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FACULDADE BOA VIAGEM
CPPA – CENTRO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO
ARNALDO FERNANDO LOPES MAÇAIRA
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA:
um estudo da contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das
empresas conveniadas na visão dos empresários, bem como, do nível de
satisfação dos egressos com a instituição.
RECIFE
2007
ARNALDO FERNANDO LOPES MAÇAIRA
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA:
um estudo da contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das
empresas conveniadas na visão dos empresários, bem como, do nível de
satisfação dos egressos com a instituição.
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em
Administração da Faculdade Boa Viagem, como
requisito parcial para obtenção do grau de Mestre.
Área de Concentração: Negócios Internacionais
ORIENTADOR: Prof. JOSÉ RAIMUNDO VERGOLINO, Ph.D.
RECIFE
2007
“cutter” – M 113 e
Maçaira, Arnaldo Fernando Lopes Educação Profissional e Tecnológica: um estudo da contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas na visão dos empresários, bem como, do nível de satisfação dos egressos com a instituição / Arnaldo Fernando Lopes Maçaira. – Recife: O Autor, 2007. 134 folhas : tab., qua., graf. Dissertação (mestrado) – Faculdade Boa Viagem. Administração, 2007. Inclui bibliografia, apêndice e anexos.
1. Educação Profissional e Tecnológica 2. Educação 3. Qualificação Profissional 4. Egressos 5. Mercado de Trabalho I. Título
331.363 CDU
ARNALDO FERNANDO LOPES MAÇAIRA
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA:
um estudo da contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas
conveniadas na visão dos empresários, bem como, do nível de satisfação dos egressos com a
instituição.
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em
Administração da Faculdade Boa Viagem, como
requisito parcial para obtenção do grau de Mestre.
Área de Concentração: Negócios Internacionais
Aprovado em: ___ / ___ / ___.
BANCA EXAMINADORA
José Raimundo Vergolino – Ph.D. Orientador
Olímpio de Arroxelas Galvão – Ph.D.
Fernando de Mendonça Dias – Dr.
Dedico este trabalho a Associação Educacional Boa Viagem como um todo,
especialmente aos seus gestores, e a Faculdade Boa Viagem, em particular, por ter iniciado um
projeto da magnitude de um programa de pós-graduação em nível de mestrado stricto sensu,
como o Mestrado em Administração, neste caso Turma 1.
Dedico ainda, aos Coordenadores do Curso e aos Docentes de um modo geral, e em
especial, aos professores da linha de pesquisa Negócios Internacionais, aos meus orientadores, e
também, aos colegas do mestrado, que muito colaboraram para o término desta minha
qualificação profissional e para a obtenção desta Certificação Profissional que está sendo
concluída neste momento.
Aos meus Pais Elvite e Hebe, e minha Irmã Élia, pela admiração, colaboração de
sempre, aprendizado mútuo e dedicação permanente em sermos professores neste Brasil. Vale
salientar que a profissão mais nobre e necessária de uma nação.
Aos meus Amados e Queridos Filhos Tália, Vinícius e Ravi, pela emoção permanente
de ser Pai e pela oportunidade de ensinar e reaprender a viver com eles, bem como, a Simone,
pelo sentimento de respeito por ser a mãe dos meus filhos.
A minha saudosa família portuguesa, com gratidão e apreço.
Ao CEFET/PE e todos os seus funcionários, pelo trabalho e pela oportunidade de
crescimento pessoal e profissional, como também, por ter servido como tema da minha
dissertação, e que, certamente, também lhe será útil.
Aos respondentes dos questionários, ou seja, as empresas e os egressos do CEFET/PE,
pois sem os dados a pesquisa não se realizaria.
A todos os colegas profissionais de Educação Física, minha formação acadêmica de
graduação e especialização, concluída há 15 anos atrás, profissão esta que venho exercendo até o
momento na minha vida e que me fez chegar até aqui.
A todos os trabalhadores deste país que tem que matar um leão por dia para sobreviver,
lembrando que no momento que se transformar os pensamentos e as atitudes, aprendendo a se
trabalhar melhor no coletivo, compreendendo-o e respeitando-o, de forma mais cooperativa e
menos competitiva, os resultados alcançados por um grupo, por uma corporação ou qualquer
outra instituição serão muito melhores.
E finalmente, a DEUS, por estar sempre presente ao meu lado, e pelo fato de sem ele a
vida não ter sentido, não caminhar a contento e não termos a fé suficiente para viver nos dias
atuais, nos motivando para enfrentar novos desafios.
AGRADECIMENTO
Agradeço a todas as pessoas que de uma forma mais significativa ou menos importante,
em momentos difíceis ou sutis, pessoas de renome ou que ainda permanecem no anonimato, que
por isso mesmo precisam da nossa emoção e do nosso apoio, e que a partir desta troca divina se
criam e se recriam as histórias e a própria vida, agradeço a todas elas indiferentemente que
acabaram por contribuir para que eu pudesse chegar até aqui, concluindo este mestrado.
OBRIGADO!
RESUMO
Esta pesquisa tem por objetivo investigar como as empresas conveniadas com o Centro Federal
de Educação Tecnológica de Pernambuco - CEFET/PE, avaliam o desempenho pessoal e
profissional apresentado pelos egressos da instituição no ambiente de trabalho e a importância da
participação geral desses trabalhadores no desenvolvimento das mesmas, a partir da percepção
das suas chefias imediatas e tendo como referência a sua formação profissional. A pesquisa se
propõe, ainda, investigar o nível de satisfação dos egressos com o processo de certificação
profissional do CEFET/PE e a importância da instituição e da experiência adquirida através da
prática profissional exercida no mercado de trabalho para o seu desenvolvimento pessoal e
profissional. Tendo como base essas verificações e avaliações, pretendemos, portanto, analisar a
contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição
a partir dos egressos e na visão dos empresários, empresas estas localizadas na Região
Metropolitana do Recife – RMR, aferindo ainda o nível de satisfação dos egressos com a
certificação profissional obtida e a importância da instituição e do mercado de trabalho para o
desenvolvimento dos egressos como um todo. A presente pesquisa parte do princípio de que o
CEFET/PE, ao ser responsável pela oferta e pela promoção de Educação Profissional e
Tecnológica – EPT, logo, por formação de capital humano e pela qualificação profissional de
jovens trabalhadores que acabam por ingressar no mundo do trabalho em atendimento a demanda
produtiva e como mão de obra qualificada que vem a ser requerida pelas empresas, se configura
num centro de formação educacional e profissional de referência para o mercado de trabalho
local.
Palavras-chave: Educação Profissional e Tecnológica. Educação. Qualificação Profissional.
Egressos. Mercado de Trabalho.
ABSTRACT
The objective of this research is to investigate how the companies associated with the Centro
Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco (CEFET-PE) evaluate the personal and
professional performances of the students who graduated from the CEFET and entered the
workforce. Taking into account the professional development of the students and the viewpoint
of their direct managers, the research focuses on the contribution of those students to the
development of the companies associated with the CEFET. The research also investigates the
level of satisfaction of the students certified by the CEFET-PE, the role of the Center, and the
relevance of the work experience for their personal and professional development. This atudy is
based on the fact that the CEFET-PE is an educational and professional training center for the
local job market. In sum, the Center offers and promotes Professional and Technological
Education and qualified labor force required by the job market.
Keywords: Professional and Technological Education. Education. Personal and Professional
Development. Qualified Labor. Workforce. Job Market.
LISTA DETABELAS
Tabela 1 – Pernambuco: Titulação dos docentes do CEFET/PE (Sede e Unidade de Pesqueira)
Setembro/2007..............................................................................................................38
Tabela 2 – Pernambuco: Progressão do número de vagas oferecidas pelo CEFET/PE e de
inscrições no seu concurso
Setembro/2007..............................................................................................................39
Tabela 3 – Pernambuco : Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Técnicos Seqüenciais e a
concorrência no mesmo ano
Setembro/2007..............................................................................................................40
Tabela 4 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Técnicos Integrados e a
concorrência no mesmo ano
Setembro/2007..............................................................................................................41
Tabela 5 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Tecnológicos de Nível
Superior e a concorrência no mesmo ano
Setembro/2007..............................................................................................................42
Tabela 6 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os cursos técnicos integrados do
PROEJA e a concorrência no mesmo ano
Setembro/2007..............................................................................................................43
Tabela 7 – Pernambuco: Questionários aplicados
Setembro/2007..............................................................................................................67
Tabela 8 – Pernambuco: Caracterização das empresas, segundo o tamanho.
Setembro/2007...............................................................................................................68
Tabela 9 – Pernambuco: Caracterização dos egressos quanto ao sexo
Setembro/2007..............................................................................................................70
Tabela 10 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto a Certificação Profissional
obtida
Setembro/2007............................................................................................................72
Tabela 11 – Pernambuco: Indicadores aferidos quanto à avaliação das empresas sobre os egressos
Setembro/2007...........................................................................................................84
Tabela 12 - Indicador de Desempenho Pessoal – IDP1.................................................................86
Tabela 13 - Indicador de Desempenho Profissional – IDP 2.........................................................88
Tabela 14 - Indicador de Participação Geral – IPG........................................................................90
Tabela 15 – Pernambuco: Indicadores aferidos quanto à avaliação feita pelos egressos
Setembro/2007............................................................................................................91
Tabela 16 – Grupo A: Indicador de Satisfação do Egresso – ISE..................................................92
Tabela 17 - Grupo B: Indicador de Satisfação do Egresso – ISE...................................................93
Tabela 18 – Grupo C: Indicador de Satisfação do Egresso - ISE...................................................94
Tabela 19 – Indicador de Satisfação do Egresso – ISE..................................................................95
Tabela 20 - Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso –
ICEPE..........................................................................................................................98
Tabela 21 – Resultados Finais dos Indicadores............................................................................100
LISTA DE QUADROS E GRÁFICOS
Quadro 1 – Classificação do SEBRAE...........................................................................................63
Quadro 2 – Escala de referência para valores intermediários.........................................................64
Gráfico 1 – Pernambuco: Caracterização das empresas, segundo o ramo de atuação
Setembro/2007.............................................................................................................69
Gráfico 2 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à faixa etária
Setembro/2007.............................................................................................................71
Gráfico 3 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao tempo de conclusão do
curso
Setembro/2007.............................................................................................................73
Gráfico 4 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à rede de ensino anterior ao
CEFET/PE
Setembro/2007.............................................................................................................74
Gráfico 5 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao grau de escolaridade
atual
Setembro/2007.............................................................................................................75
Gráfico 6 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao tempo de trabalho na empresa
atual
Setembro/2007.............................................................................................................76
Gráfico 7 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto a ter sido estagiário na empresa
Setembro/2007.............................................................................................................77
Gráfico 8 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao período de tempo para o 1º
emprego
Setembro/2007.............................................................................................................78
Gráfico 9 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à empresa atual corresponder ao
1º emprego do egresso
Setembro/2007.............................................................................................................78
Gráfico 10 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao número de empresas
trabalhadas anteriormente
Setembro/2007...........................................................................................................79
Gráfico 11 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao tempo de experiência
profissional
Setembro/2007...........................................................................................................80
Gráfico 12 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à jornada de trabalho
Setembro/2007...........................................................................................................81
Gráfico 13 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao nível de
remuneração
Setembro/2007...........................................................................................................82
Gráfico 14 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à contratação dos egressos via
CIEE
Setembro/2007...........................................................................................................83
LISTA DE SIGLAS
APL Arranjo Produtivo Local.
CEFET/PE Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco.
CONFETEC Conferência Nacional de Educação Profissional e Tecnológica
DEX/CIEE Diretoria de Extensão/Coordenação de Integração Escola Empresa.
EAF’S Escolas Agrotécnicas Federais.
EPT Educação Profissional e Tecnológica.
FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
FUNDEB Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica.
FUNDEF Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental.
ICEPE Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do
Egresso.
IDP1 Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso.
IDP2 Indicador de Desempenho Profissional do Egresso.
IFE Instituição Federal de Ensino.
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
IPG Indicador da Participação Geral do Egresso.
ISE Indicador de Satisfação do Egresso.
LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
MTE Ministério do Trabalho e Emprego.
PAC Programa de Aceleração do Crescimento.
PDE Plano de Desenvolvimento da Educação.
PROEJA Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a
Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos,
destinado a trabalhadores acima de 21 anos.
PROEP Programa de Expansão da Educação Profissional.
RMR Região Metropolitana do Recife.
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
SETEC/MEC Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica/Ministério da Educação.
Sistema S Senai, Senac, Sesi, Sesc, Sest, Senat, Senar, Sebrae, Sescoop.
UNED’S Unidades de Ensino Descentralizadas.
UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
UT Universidade Tecnológica.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 17 CAPÍTULO I 1 EDUCAÇÃO, QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.......................................................................................................................... 22
1.1 A EDUCAÇÃO COMO FATOR DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL ... 27
1.2 A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – EPT E A NECESSIDADE DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL........................................................................................ 31 CAPÍTULO II 2 O CEFET/PE, O ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS E O MERCADO DE TRABALHO ATUAL ................................................................................................................. 37
2.1 A INSTITUIÇÃO E A REDE FEDERAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA....................................................................................................................... 46 2.2 A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS NO MERCADO DE TRABALHO E NAS EMPRESAS ........................................................................................... 49
CAPÍTULO III 3 OBJETIVOS E METODOLOGIA DO ESTUDO................................................................. 53
3.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................................ 53 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................................. 53 3.3 METODOLOGIA................................................................................................................ 55
3.3.1 Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso – IDP1............................................ 57 3.3.2 Indicador de Desempenho Profissional do Egresso – IDP2.................................... 58
3.3.3 Indicador de Participação Geral do Egresso – IPG ............................................... 58 3.3.4 Indicador de Satisfação do Egresso – ISE............................................................... 59 3.3.5 Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso – ICEPE.................................................................................................................. 61
CAPÍTULO IV 4 ANÁLISES DOS RESULTADOS........................................................................................... 67
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DE EMPRESAS ................................................. 67 4.2 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DE EGRESSOS .................................................. 70 4.3 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS PARA RESPONDER AOS OBJETIVOS DA PESQUISA QUANTO À AVALIAÇÃO FEITA PELAS EMPRESAS SOBRE OS EGRESSOS ............................................................................................................................... 84
4.3.1 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso – IDP1 e seu resultado final............................................................................. 85 4.3.2 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Desempenho Profissional do Egresso – IDP2 e seu resultado final ....................................................... 87 4.3.3 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Participação Geral do Egresso – IPG e seu resultado final .............................................................................. 89
4.4 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS PARA RESPONDER AOS OBJETIVOS DA PESQUISA QUANTO À AVALIAÇÃO FEITA PELOS EGRESSOS................................... 91
4.4.1 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Satisfação do Egresso – ISE e seu resultado final .................................................................................... 92 4.4.2 Resultados acerca do dos aspectos que integram o Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso – ICEPE e seu resultado final .. 96
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................................... 100 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 105
APÊNDICE ................................................................................................................................ 108 APÊNDICE A - Ficha de dados cadastrais da empresa, da chefia imediata e do funcionário egresso do CEFET/PE a ser respondido pelo Departamento de Recursos Humanos da empresa conveniada .................................................................................................................. 109 APÊNDICE B - Carta à chefia imediata do funcionário egresso do CEFET/PE................ 111 APÊNDICE C – Questionário da chefia imediata do funcionário egreso do CEFET/PE .. 112 APÊNDICE D - Carta ao funcionário egresso do CEFET/PE .............................................. 118 APÊNDICE E – Questionário do funcionário egresso do CEFET/PE..................................119 APÊNDICE F - Perguntas de qualificação e dados complementares do funcionário egresso do CEFET/PE. ........................................................................................................................... 128 ANEXO........................................................................................................................................131 ANEXO A - Ofício circular do CEFET/PE para as empresas integrantes da amostra...... 132
17
INTRODUÇÃO
Este estudo nasce com o intuito de verificar como as empresas conveniadas com o
Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco - CEFET/PE, responsável pela oferta de
Educação Profissional e Tecnológica - EPT, avaliam o desempenho pessoal e profissional dos
egressos da instituição no ambiente de trabalho e a importância da participação geral desses
trabalhadores no desenvolvimento das mesmas, a partir da percepção das suas chefias imediatas e
tendo como referência a sua formação profissional.
Este estudo também se propõe a investigar o nível de satisfação dos egressos com o
processo de certificação profissional do CEFET/PE, além de avaliar a importância da instituição
e da experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o
desenvolvimento pessoal e profissional dos egressos.
Para alcançar os objetivos acima explicitados foram levados em consideração, durante o
transcorrer da pesquisa, três aspectos fundamentais que subsidiaram a análise da contribuição do
CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição. Dada a forte
concentração espacial dos egressos do CEFET/PE, a pesquisa se concentrou na Região
Metropolitana do Recife (RMR), visto que a maioria absoluta das empresas conveniadas nela se
localiza.
Os dois primeiros aspectos considerados foram os Indicadores de Desempenho Pessoal
e Profissional do Egresso, denominados neste trabalho de IDP1 e IDP2, referentes,
respectivamente, aos desempenhos pessoais e profissionais apresentados pelos egressos do
CEFET/PE no seu ambiente de trabalho. O terceiro aspecto considerado foi o Indicador da
Participação Geral do Egresso, denominado neste trabalho de IPG, que diz respeito à importância
da participação geral do egresso do CEFET/PE no desenvolvimento da empresa, tendo como
referência a sua formação profissional.
Todos esses três indicadores foram obtidos através de um processo de avaliação de
aspectos utilizados para a sua composição e cujo levantamento foi feito a partir da percepção das
chefias imediatas dos egressos no ambiente de trabalho das empresas integrantes da amostra da
pesquisa.
Para verificar o nível de satisfação dos egressos com o processo de certificação
profissional do CEFET/PE foi obtido o Indicador de Satisfação do Egresso, denominado neste
18
trabalho de ISE, enquanto que, para avaliar a importância do CEFET/PE e da experiência
adquirida através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o desenvolvimento
pessoal e profissional do egresso, foi obtido o Indicador da Importância do CEFET/PE e da
Experiência Profissional do Egresso, denominado neste trabalho de ICEPE.
Esses dois indicadores foram obtidos através de um processo de avaliação de aspectos
utilizados para a sua composição, levantamento este feito junto aos próprios egressos da
instituição e realizado no ambiente de trabalho das empresas integrantes da amostra da pesquisa.
Portanto, o que se pretendeu foi realizar um processo de análise que contempla a
avaliação das empresas sobre o CEFET/PE a partir dos egressos, e a avaliação dos egressos em
relação à certificação profissional obtida e sobre a importância da instituição e da experiência
profissional que tiveram para o seu desenvolvimento como um todo.
A verificação desses aspectos nos dará subsídio para analisar a contribuição do
CEFET/PE, enquanto centro de formação e de qualificação profissional, para as empresas que
contratam a mão de obra qualificada na instituição em atendimento a demanda produtiva
requerida pelo mundo do trabalho, aferindo, ainda, a importância da instituição para os egressos
que, ao concluir a sua certificação profissional, estão aptos a ingressar no mercado de trabalho,
atestando deste modo o cumprimento pelo CEFET/PE(2006) da sua missão que é: “Promover a
Educação Profissional e Tecnológica, através do ensino, pesquisa e extensão, visando a formação
de cidadãos éticos, qualificados para o trabalho e socialmente responsáveis”.
É inquestionável a necessidade da expansão da escolaridade, de um modo geral, como
elemento estratégico para o desenvolvimento socioeconômico e sustentável do país, bem como a
expansão e a importância da qualidade da formação profissional que vem a ser oferecida aos
jovens pelas instituições que tem essa missão, como por exemplo, as que promovem a EPT.
Neste caso, o papel do CEFET/PE é absolutamente fundamental considerando a
carência do mercado de trabalho local por mão de obra especializada que atenda a crescente e a
acelerada evolução tecnológica utilizada nos modernos processos de produção dominantes
existentes no país.
Sobre a necessidade de um desenvolvimento equilibrado entre a oferta educacional e
profissional em relação ao mundo do trabalho, e de suas distorções, Barros, Henriques e
Mendonça (2002, p.16, grifo do autor) explicitam:
A análise do funcionamento do mercado de trabalho nos permite identificar a heterogeneidade da escolaridade da força de trabalho como o principal
19
determinante do nível geral da desigualdade salarial observada no Brasil. A comparação internacional nos permite, ainda, reconhecer que essa heterogeneidade educacional aparenta responder, de forma significativa, pelo excesso de desigualdade do país em relação ao mundo industrializado. O processo de desenvolvimento econômico brasileiro nas últimas décadas, no entanto, reforça as conseqüências da heterogeneidade educacional no país. A acelerada expansão tecnológica brasileira, constitutiva de nosso propalado período de ‘milagre’ econômico, esteve sistematicamente associada a um lento processo de expansão educacional. O progresso tecnológico claramente venceu a corrida contra o sistema educacional. Vitória de Pirro, anunciando um triunfo perverso da sociedade brasileira.
O que se espera é que a oferta educacional e o processo de profissionalização no Brasil
melhorem com o passar do tempo, objetivando elevar o padrão de desenvolvimento do país como
um todo e, assim, mantendo-o nos níveis dos países típicos de desenvolvimento similar ao nosso,
e se possível, ultrapassando-os para alcançar os padrões de desenvolvimento dos países mais
desenvolvidos do mundo.
É nesta perspectiva que esta pesquisa se realizou, ou seja, buscando avaliar os
desempenhos e a participação dos egressos do CEFET/PE nas empresas conveniadas com a
instituição e identificando a importância da qualificação profissional que os egressos tiveram e da
experiência profissional adquirida no mercado de trabalho para o seu desenvolvimento pessoal e
profissional.
A dissertação está estruturada em cinco capítulos, além desta introdução.
No primeiro capítulo, abordamos a importância da educação como fator de
desenvolvimento humano e social, bem como da necessidade da qualificação profissional para o
desenvolvimento sustentável do país, particularmente, quanto ao fomento e à promoção da
Educação Profissional e Tecnológica - EPT.
No segundo capítulo, apresentamos o CEFET/PE e a importância do acompanhamento
de egressos no mercado de trabalho e nas empresas como forma de monitorar os egressos frente
às necessidades profissionais e tecnológicas do mercado de trabalho atual, objetivando alimentar
permanentemente a instituição com essas informações, e deste modo, atualizar o processo de
certificação profissional e a estruturação dos currículos de formação dos cursos oferecidos. Neste
capítulo, ainda, analisamos a realidade do mercado de trabalho atual e contextualizamos o mundo
do trabalho contemporâneo.
No terceiro capítulo, são apresentados os objetivos, a metodologia da pesquisa e a
descrição dos indicadores aferidos.
20
No quarto capítulo, são feitas as análises dos resultados obtidos.
No quinto capítulo, apresentam-se as conclusões e as recomendações finais.
Por fim, são apresentados as referências, os apêndices e anexos utilizados.
21
CAPÍTULO I
22
1 EDUCAÇÃO, QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
As evidências relativas aos índices de crescimento econômico e desenvolvimento social
daqueles países que investiram fortemente em educação básica, bem como em ciência e
tecnologia como forma de qualificar a sua população e de enfrentar os desafios desse novo
momento mundial em curso caracterizado pela globalização, estão claramente presentes nos
casos de países como a Coréia, Irlanda, Austrália, Japão, China e Índia.
As conseqüências positivas advindas dos investimentos feitos em educação uma, duas e
até três décadas atrás, foram à mola propulsora para o crescimento econômico e para o
desenvolvimento social desses países. Esses resultados positivos podem ser constatados através
dos seus atuais indicadores educacionais, econômicos e sociais, bem como na forma como esse
retorno está ocorrendo.
Segundo Pereira (2001, p.11-12), os investimentos em educação são responsáveis por
conseqüências positivas tanto para os indivíduos quanto para a sociedade. Ele explica essa
questão afirmando:
Os investimentos em educação resultam em dois tipos de efeitos: sociais e privados. Os efeitos sociais são as externalidades decorrentes da educação de um indivíduo que compreendem um vasto número de indicadores socioeconômicos de uma sociedade. Por sua vez, os efeitos privados de uma elevação do nível de educação são os impactos exclusivamente sobre os indivíduos resultantes de um aumento da sua capacidade produtiva e de um melhor estoque de qualificações que, mesmo sendo gerais, os posicionam em situação privilegiada em relação àqueles que não as obtiveram. Estes impactos correspondem ao aumento salarial decorrente da maior produtividade e de uma melhor capacidade de adaptação ao meio em que vive, face [às] constantes e aceleradas mutações técnicas, econômicas e sociais. Exemplo disso, é o reconhecimento por parte do meio empresarial [de] que as pessoas com maior nível de escolaridade podem ser treinadas com menor custo. Há ainda uma série de efeitos de natureza privada, como o aumento da Qualidade de vida advindo de uma utilização mais eficiente dos recursos familiares e da melhor compreensão das informações sobre saúde, nutrição, etc., que dentre outros impactos, podem, num segundo momento, reduzir o tamanho da família e diminuir o tamanho da pobreza.
A sociedade brasileira vem realizando desde a última década do século passado uma
ampla reforma educacional que se deu com o processo de universalização do acesso à
escolaridade obrigatória, ou seja, da educação básica, que compreende o ensino fundamental e o
23
ensino médio, que teve como desafio à melhoria na eficiência, na qualidade e na equidade dos
sistemas educacionais. (VELOSO; ALBUQUERQUE; SOUZA, et al., 1999).
Puderam ser observadas muitas mudanças no campo educacional, tendo como base legal
a Constituição Federal promulgada em 1988, que dedicou um capítulo específico à educação, e,
dentre os quais podem ser citados: o processo de descentralização, a vinculação de recursos
financeiros específicos, a colaboração entre união, estados e municípios e a democratização da
gestão em todos os níveis de organização dos sistemas educacionais. (MELO, 2004).
No bojo dessas mudanças no âmbito educacional foi possível, então, criar uma lei
complementar, específica para a educação e com características mais inovadoras, que foi a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação – LDB, Lei 9.394/96 (Lei Darcy Ribeiro), que acabou por
representar um marco e uma diretriz concreta para a implementação dessas novas concepções
pedagógicas da educação que estavam emergindo naquele momento e que tiveram como
finalidade manter uma maior sintonia com as demandas da sociedade contemporânea.
Um outro instrumento indutor da recente reforma educacional brasileira foi à criação do
FUNDEF – Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental, mecanismo de redistribuição do
financiamento do Ensino Fundamental para viabilizar a gestão educacional e induzir a
cooperação entre as três esferas federativas, como também, mais recentemente, a criação do
FUNDEB – Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica, que amplia o FUNDEF na medida
que tem como meta financiar toda a Educação Básica, que inclui tanto o ensino fundamental
como o ensino médio, já tendo sido, inclusive, regulamentado, sancionado e está em vias de
implantação.
Além disso, em 2001, sob a coordenação do INEP - Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais, e, por intermédio do convênio NUPES-USP/UNESCO, foi elaborado o
Plano Nacional de Educação, para atender aos dispositivos legais em vigor, inclusive, com a
conseqüente elaboração dos planos estaduais e municipais de educação, e ainda, a criação dos
conselhos estaduais e municipais de educação, com representantes da sociedade civil e do poder
público, com o objetivo de fiscalizar e operacionalizar as novas diretrizes da educação brasileira
que precisam ser implementadas, a partir dos objetivos e das metas educacionais que acabavam
de ser estabelecidas naquele momento para as décadas seguintes.
É oportuno sublinhar que o Art. 87 - § 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional(2006) determinou a elaboração desse plano, tendo como objetivo estabelecer as
24
“diretrizes e metas para os dez anos seguintes, em sintonia com a Declaração Mundial de
Educação para Todos”.
Naquela altura, portanto, estabeleceu-se o compromisso de fiscalizar a aplicação dos
recursos financeiros repassados pelo Ministério da Educação, para estados, municípios e
entidades da sociedade civil responsáveis por gerir todos os programas no âmbito da educação,
dentre os quais podem ser citados: a merenda escolar, os livros didáticos, o transporte de alunos e
o programa Brasil alfabetizado, entre outros, recursos esses advindos do FUNDEF e do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE.
Entretanto, apesar de todos esses avanços, os indicadores relativamente à educação
brasileira ainda são insatisfatórios frente à necessidade do país, bem como comparativamente a
realidade atual de outros países da comunidade internacional, e principalmente, quanto à
necessidade de o Brasil melhorar seu crescimento econômico, gerando desenvolvimento social
sustentável e qualidade de vida para a sua população.
Segundo dados da UNESCO (2006), apesar dos grandes investimentos realizados em
educação no Brasil o resultado ainda é precário. Observa-se que 72% das crianças de até seis
anos não freqüentam creche ou pré-escola e 47 milhões de pessoas acima de 15 anos não
conseguem ler e escrever satisfatoriamente. Além disso, apenas 59 de cada 100 alunos que
entram na escola concluem seus estudos, apenas quatro em cada 10 estudantes terminam o ensino
médio, e ainda, 45% dos alunos do ensino fundamental não tem acesso à biblioteca e 62% não
tem acesso à quadra de esportes.
As evidências disponíveis indicam que o problema não reside apenas no acesso de um
modo geral, mas também na qualidade da educação que é oferecida em todos os níveis de ensino.
O desafio para esta década, portanto, é dar continuidade ao processo de afirmação e a
melhoria da educação brasileira como um todo, ampliando as conquistas alcançadas até aqui e
buscando elevar a qualidade da educação oferecida em todos os níveis, objetivando melhorar os
indicadores educacionais do país.
Além disso, torna-se necessário concluir o processo de universalização do ensino médio
já iniciado na década passada, ampliando, inclusive, a oferta de Educação Profissional e
Tecnológica, que tem como fim específico à qualificação de mão-de-obra para atender as
demandas produtivas do país, requeridas pelo mercado em expansão e em crescimento.
25
Vale ressaltar que a educação básica deve representar o objetivo central de todo
processo de qualificação profissional. Considerando dados de 1990, Vieira e Alves (1995, p. 5-6,
grifo do autor), concluem que há pelo menos duas questões importantes a serem tratadas. A
primeira diz respeito à qualificação geral do trabalhador que por essa época era bastante reduzida.
A segunda diz respeito à inadequação dos cursos profissionais para o mercado de trabalho, cursos
estes ministrados para trabalhadores cuja qualificação geral já era reduzida. Nas palavras dos
autores:
Os dados sobre o grau de instrução da força de trabalho não são nada animadores. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – 1990 (PNAD/90), 53% da força de trabalho, cerca de 33 milhões de trabalhadores, [tinham] até cinco anos de estudo: segundo análises internacionais, são necessários pelo menos oito anos para se obter os conhecimentos mínimos que possibilitam a eficácia de treinamentos específicos. O país tem, portanto, um enorme obstáculo a vencer: o de qualificar em tempo coerente com as necessidades, os trabalhadores, para assegurar-lhes empregos de qualidade e garantir o sucesso do processo de modernização produtiva. Essa tarefa esbarra na superação dos seguintes pontos de estrangulamento: 1. Os baixos níveis de escolaridade dos trabalhadores; 2. O grande número de jovens egressos a cada ano, do sistema educacional, com preparo inadequado para enfrentar as exigências do mercado de trabalho; 3. A desatualização e ineficiência do sistema de formação profissional para atender com rapidez às mudanças tecnológicas e gerenciais; 4. A inexistência de metodologias (já testadas) de ensino adequadas as novas necessidades do setor produtivo e ao perfil educacional desejado do trabalhador; e por último, 5. A inexistência do componente de qualificação profissional na política pública de combate ao desemprego. Essa realidade acarreta desperdício macroeconômico dos investimentos, devido à má utilização ou sub-utilização da tecnologia instalada e a incapacidade do trabalhador de adequar-se às modernas técnicas de gestão dado seu baixo nível de escolaridade .
É fato que a sociedade brasileira dedicou um grande esforço no sentido de melhorar os
níveis de educação básica nas últimas décadas no país e, com efeito logrou-se resultado positivo.
No entanto, informações sobre a qualidade e a efetividade dos cursos profissionalizantes, ainda
deixam a desejar.
É imprescindível pela ótica da efetividade, que se ofereça uma estrutura educacional
adequada através de um sistema e de uma política educacional coerente com a realidade nacional
e com a diversidade regional. O objetivo a ser perseguido deve permitir à população em geral um
processo de escolarização pleno, particularmente da população jovem, contemplando,
inicialmente, um padrão mínimo de qualidade na educação geral e, depois, um conjunto de
conhecimentos específicos, atualizados e relevantes para a sua profissionalização.
26
Todo este processo, que vai da educação básica ao ensino superior, passando pelo
campo da Educação Profissional e Tecnológica - EPT, tem como meta oferecer as condições
necessárias ao estudante e ao futuro trabalhador para incluir-se profissional e socialmente,
permitindo-o contribuir com a sua capacidade intelectual e produtiva para o desenvolvimento
sustentável do país.
Para que isto ocorra, porém, é necessário que haja investimentos significativos e
efetivos no âmbito da Educação, de um modo geral, e da Educação Profissional e Tecnológica -
EPT, em particular, como forma de qualificar seus jovens trabalhadores, bem como toda a mão
de obra que hoje está à margem do mercado de trabalho, logo, defasada perante os avanços
tecnológicos atuais e, portanto, necessitando de um programa de re-inclusão profissional e re-
inserção produtiva.
Considerando as evidências disponíveis que apontam para a necessidade do país em
oferecer uma base educacional e uma formação profissional de qualidade com o objetivo de
atender as demandas do mundo do trabalho com geração de emprego e renda, observa-se hoje um
esforço do governo federal no sentido de implementar um conjunto de políticas públicas que
impulsione o crescimento econômico e promova desenvolvimento social e sustentável no Brasil,
e dentre elas pode-se citar o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, e, no âmbito da
Educação, o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, através dos quais pretende melhorar
os dados relativos à educação e aos indicadores sociais no País.
Uma outra possibilidade de se gerar crescimento econômico e desenvolvimento social
sustentável com geração de emprego e renda é a valorização e o incentivo aos arranjos produtivos
locais - APL’S, ou clusters, que reconhecem o conhecimento, a força de trabalho, a cultura e as
potencialidades regionais nos processos de produção de bens e serviços, seguindo na direção da
descentralização produtiva que cria um ambiente econômico favorável ao desenvolvimento de
determinadas atividades econômicas. (ALMEIDA, et al, 2003)
Em suma, todo esse processo que vai da escolarização básica, passando pela
qualificação profissional dos trabalhadores e sua inclusão profissional no mundo do trabalho,
refere-se a um fenômeno que se denomina de circulo virtuoso de desenvolvimento sustentável,
que é conseqüência da efetividade no cumprimento das seguintes etapas:
a) a formação de capital humano e a qualificação profissional dos trabalhadores;
27
b) a inclusão profissional desses trabalhadores no mercado de trabalho em atendimento a
demanda produtiva requerida pelo mercado de trabalho;
c) o fortalecimento das instituições, públicas e privadas, através da melhoria da qualidade dos
desempenhos dos seus funcionários;
d) a conseqüente melhora na prestação dos serviços e nos produtos oferecidos à sociedade de um
modo geral pelas empresas;
e) a abertura de novas vagas de trabalho e contratações a partir do processo de crescimento,
desenvolvimento e expansão das empresas, tendo como premissa à melhoria no ambiente macro-
econômico do país;
f) os conseqüentes ganhos econômicos para as empresas e para os trabalhadores empregados,
derivados de todo esse processo;
g) o aumento na arrecadação tributária e na receita do estado e da região, através do aumento dos
impostos pagos pelas empresas e pelos seus funcionários.
Por conseguinte, é a geração de um ambiente favorável ao crescimento econômico e ao
desenvolvimento social do país, decorrente desses fatores e proveniente, ainda, do aumento na
capacidade de investimentos que permitirão à melhoria da qualidade na prestação dos serviços
públicos essenciais oferecidos à população, bem como a realimentação dessa grande cadeia
produtiva, que acaba por consolidar o desenvolvimento sustentável local, regional e nacional.
1.1 A EDUCAÇÃO COMO FATOR DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL
A importância dos investimentos em capital humano é recorrente na literatura sobre
desenvolvimento econômico e social. Segundo Schultz (1987), o capital humano e os
investimentos em educação são responsáveis por grande parte da melhoria na qualidade de vida
da população e de suas implicações econômicas. Os investimentos feitos em educação,
tradicionalmente, representam a mola propulsora para o desenvolvimento econômico e social,
pois permite elevar o nível de conhecimentos úteis da população que se agregam à formação do
capital humano e ao processo de qualificação das pessoas, possibilitando aumentos significativos
nos níveis de produtividade, melhoria da renda e bem-estar da população.
28
Segundo o autor, investir em capital humano gera, conseqüentemente, crescimento
econômico, desenvolvimento social e qualidade de vida para a população.
Schultz (1973, p.31-32, grifo do autor), a cerca das conseqüências do investimento em
capital humano, esclarece, dizendo que:
Embora seja óbvio que as pessoas adquiram capacidades úteis e conhecimentos, não é óbvio que essas capacidades e esses conhecimentos sejam uma forma de capital, que esse capital seja, em parte substancial, um produto do investimento deliberado, que tem-se desenvolvido no seio das sociedades ocidentais a um índice muito mais rápido do que o capital convencional (não-humano), e que o seu crescimento pode muito bem ser a característica mais singular do sistema econômico. Observou-se amplamente que os aumentos ocorridos na produção nacional têm sido amplamente comparados aos acréscimos de terra, de homens-hora e de capital físico reproduzível. O investimento do capital humano talvez seja a explicação mais consentânea para esta assinalada diferença. Muito daquilo a que damos o nome de consumo constitui investimento em capital humano. Os gastos diretos com a educação, com a saúde e com a migração interna para a consecução de vantagens oferecidas por melhores empregos são exemplo claros. Os rendimentos auferidos, por destinação prévia, por estudantes amadurecidos que vão à escola e por trabalhadores que se propõem a adquirir um treinamento no local de trabalho são igualmente claros exemplos. Não obstante, em lugar algum tais fatores entram nos registros contábeis nacionais. A utilização do tempo de lazer para a melhoria de capacidades técnicas e de conhecimentos é um fato amplamente difundido e, também isto, não se acha registrado. Por estas e outras maneiras, a qualidade do esforço humano pode ser grandemente ampliada e melhorada e a sua produtividade incrementada. Sustentarei que um investimento desta espécie é o responsável pela maior parte do impressionante crescimento dos rendimentos reais por trabalhador.
Sem embargo, a necessidade de se articular a formação educacional e a qualificação
profissional em consonância com as novas tecnologias disponíveis com a finalidade de inserir-se
bem no mundo atual globalizado, pode ser corroborada por Gates (1995), que afirma que a
educação é sem dúvida o melhor investimento que uma sociedade pode realizar, principalmente,
se for oferecida de forma integrada aos recursos tecnológicos hoje acessíveis.
Segundo o autor, a articulação desses fatores gera uma atmosfera extremamente positiva
no processo ensino-aprendizagem, através da inclusão digital e da utilização da rede mundial de
computadores que possibilita a exploração de documentos eletrônicos, a interatividade e a troca
de informações com outras pessoas em qualquer parte do mundo, ampliando o acesso a todo o
conhecimento disponível na rede.
29
Ainda segundo Gates (1995), a utilização dos recursos tecnológicos disponíveis nos dias
atuais e que estão em permanente aperfeiçoamento é fundamental para impulsionar o
desenvolvimento mundial em geral, e pode ser muito útil no processo de educação de toda a
população do planeta, contribuindo para a elevação dos padrões educacionais de todas as
gerações atuais e futuras.
Portanto, é fundamental que se articulem ao processo de escolarização, da educação
básica ao ensino superior, e principalmente, quanto à Educação Profissional e Tecnológica, os
recursos tecnológicos hoje disponíveis, para que se potencialize a aprendizagem e se melhore o
nível das certificações profissionais oferecidas pelas instituições.
Entretanto, relativamente ao estágio atual do processo de escolarização dos jovens no
Brasil, Soares, Carvalho e Kipnis (2003, p.1-2), constatam um quadro ainda insatisfatório,
considerando que o país chegou no ano de 2000 com mais de 34 milhões de jovens entre 15 e 24
anos, porém, embora o índice de analfabetismo entre os jovens de 14 a 24 anos tenha sido
reduzido de 15,7% para 5,8% entre 1980 e 2000, predominam ainda, na faixa entre 20 e 24 anos,
54,8% de jovens sem escolarização fundamental.
Segundo os autores:
Apesar dos avanços na escolaridade da população brasileira, observa-se que os esforços são prioritariamente direcionados para a população matriculada e/ou em idade escolar compulsória e, dentre essas, o público-alvo do ensino fundamental. A população evadida, a população sem a escolarização fundamental ou média, mesmo que ainda na faixa da escolarização compulsória, não tem sido mobilizada de forma preferencial por meio de campanhas de re-inclusão na vida escolar, através de alternativas escolares mais apropriadas para este segmento. A maioria dos jovens brasileiros, na faixa etária entre 15 e 24 anos, experimenta hoje o pior dos mundos: nem se escolarizou de forma satisfatória para atender aos requisitos das inovações aceleradas, nem conta com possibilidades compensatórias de emprego no mercado de trabalho para suprir suas necessidades de expansão de conhecimentos e de preparação para o mundo do trabalho. Considerando os avanços de cobertura, particularmente, no ensino fundamental, conseguidos na última década, os futuros jovens adultos provavelmente terão oportunidades educacionais maiores que os atuais. Entretanto, os que são hoje jovens possivelmente carregarão por toda a vida, como traço geracional, esse drama pessoal.
É clara a necessidade do país de ampliar às oportunidades de acesso a um processo de
escolarização perene, pleno e sólido para os jovens, que, sobretudo, leve em consideração as
mudanças dos paradigmas atuais em todos os âmbitos e de suas implicações no mundo do
30
trabalho contemporâneo, que exige um bom nível de escolarização para a inserção e a
permanência desses jovens no mercado de trabalho.
Observa-se ainda que, relativamente à educação como fator de desenvolvimento
humano e social, existe uma forte relação entre os investimentos feitos no âmbito educacional e o
desenvolvimento sócio-econômico dos países, que é corroborado por Barros, Henrique e
Mendonça (2002, p.1, grifo do autor), que afirma que:
A sustentabilidade do desenvolvimento socioeconômico está diretamente associada à velocidade e à continuidade do processo de expansão educacional. Essa relação direta se estabelece a partir de duas vias de transmissão distintas. Por um lado, a expansão educacional aumenta a produtividade do trabalho, contribuindo para o crescimento econômico, o aumento de salários e a diminuição da pobreza. Por outro, a expansão educacional promove maior igualdade e mobilidade social, na medida em que a condição de ‘ativo não-transferível’ faz da educação um ativo de distribuição mais fácil do que a maioria dos ativos físicos. Além disso, devemos observar que a educação é um ativo que pode ser reproduzido e geralmente é ofertado à população pobre por intermédio da esfera pública. Essas duas vias de transmissão, portanto, tornam transparente que, do ponto de vista econômico, a expansão educacional é essencial para fomentar o crescimento econômico e reduzir a desigualdade e a pobreza.
Portanto, torna-se indispensável investir fortemente em educação como forma de gerar
crescimento econômico, desenvolvimento social e, principalmente, distribuição de renda para a
população, já que existem grandes desigualdades e disparidades inter-regionais no país.
Quanto ao papel da educação na diminuição dessas desigualdades sociais no Brasil,
Vergolino, et al., (2004) afirmam que a educação tem uma grande participação na aceleração do
processo de convergência das rendas per capita e no crescimento econômico das microrregiões
do país, particularmente, quanto à conseqüência dos investimentos feitos em educação que
sinalizam para a redução dessas disparidades inter-regionais e, que corrobora a tese de que países
mais pobres têm condições de reduzir seus quadros de desigualdades a partir do desenvolvimento
de um programa de incentivo à formação de capital humano.
31
1.2 A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – EPT E A NECESSIDADE DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
A literatura que trata da análise dos investimentos em educação no país mostra que a
Educação Profissional surgiu no Brasil no início do século XIX com a criação do Colégio das
Fábricas pelo Príncipe Regente, futuro D. João VI, após a suspensão da proibição no
funcionamento das indústrias manufatureiras do país.
Durante o século dezenove foram construídas dez casas de educandos e artífices nas
capitais de província, bem como foram criadas sociedades civis para amparo de crianças órfãs e
abandonadas, tendo sido as mais importantes os Liceus de Artes e Ofícios do Rio de
Janeiro(1858), Salvador(1872), Recife(1880), São Paulo(1882), Maceió(1884) e Ouro
Preto(1886). Além disso, foi criado o tradicional Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1837,
para ministrar o ensino secundário regular e servir de referência para os demais estabelecimentos
de ensino da época.
No início do século XX, em 1909, o então Presidente Nilo Peçanha implantava 19
Escolas de Aprendizes Artífices destinadas a ministrar o ensino profissional primário gratuito,
preferencialmente para os meninos pobres e humildes, em cada uma das capitais dos estados
brasileiros. Eram escolas similares aos Liceus de Artes e Ofícios, porém voltadas para o ensino
industrial.
Nas décadas de 30 e 40, através da chamada “Reforma Francisco Campos” foi
regulamentada a organização do ensino primário, do ensino secundário, do ensino agrícola e do
ensino profissional comercial, através das suas respectivas leis orgânicas, bem como, as escolas
de aprendizes artífices passaram a ser denominadas de Liceus Industriais, através do decreto-lei
n° 4.073, de 30 de janeiro de 1942, chamada de Lei Orgânica do Ensino Industrial, através do
qual os Liceus Industriais vieram a se modificar completamente, passando a oferecer o ensino
médio e aos poucos foram se integrando como instituições abertas a todas as classes sociais.
Nesta época foram criadas, ainda, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial –
SENAI, em 1942 e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC, em 1946.
O ensino industrial foi, então, sendo melhorado e se expandindo com o passar dos anos,
em função, inclusive, da necessidade do país de se desenvolver perante toda a demanda de
industrialização que estava emergindo naquela altura no Brasil, e em conseqüência, também, da
32
reorganização de todos os países e da reestruturação da economia mundial após a segunda grande
guerra. Portanto, o ensino industrial se integrou completamente ao processo de industrialização
do país que perdurou pelas décadas seguintes.
Na década de 60 os estabelecimentos de ensino industrial recebem a denominação de
Escolas Técnicas Federais. Já na década de 70, através da Lei Federal nº 5.692/71, ocorre um
processo de expansão na profissionalização de jovens no nível de ensino do então chamado
segundo grau, hoje, ensino médio, como também, começam a ocorrer às primeiras mudanças das
Escolas Técnicas Federais para Centros Federais de Educação Tecnológica, tendo sido os três
primeiros do país, os estados de Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.
Nas décadas de oitenta e noventa, a partir da Constituição Federal de 1988 que dedicou
um capítulo específico à Educação, e através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB,
Lei 9394/96 (Lei Darcy Ribeiro), que tratou a Educação a partir da sua especificidade e com
exclusividade, é que a Educação Profissional começou a ser mais bem discutida na sociedade
brasileira a partir da configuração da identidade do ensino médio como uma etapa de
consolidação da educação básica, através da qual objetivava-se preparar o educando para o
trabalho e para a cidadania.
Nesse período, portanto, a Educação Profissional e Tecnológica começou a se fortalecer
e a se configurar numa modalidade de ensino fundamental para o desenvolvimento nacional,
perante, inclusive, a necessidade do país de se integrar à nova ordem mundial que começava a se
caracterizar, tendo como cenário a globalização, tendo sido, assim, regulamentada de forma
preliminar.
Em 1997, através do Decreto Federal 2.208/97, a Educação Profissional e Tecnológica
teve, enfim, seu marco legal regulamentado e estabelecido através de legislação específica, com a
posterior criação do Programa de Expansão da Educação Profissional - PROEP.
Já no século XXI, em 2004, através do Decreto Federal nº 5.154/04, que alterou o
Decreto 2.208/97, o ensino profissional teve seu marco legal alterado, através do qual foi
permitida a articulação do ensino técnico ao nível médio, de forma integrada, inclusive da mesma
forma como já vinha ocorrendo nas instituições da Rede Federal de Educação Profissional e
Tecnológica anteriormente a publicação do Decreto 2.208/97, quando foi desarticulado o ensino
técnico do nível médio, passando, então a serem chamados de cursos técnicos integrados.
33
De fato, ao longo desses dois séculos de existência, a Educação Profissional e
Tecnológica no Brasil foi se aperfeiçoando e se ajustando à necessidade do país e a conjuntura
internacional, fruto, inclusive, da transformação da sociedade brasileira, da melhoria do ensino
profissionalizante e tecnológico, bem como das novas demandas do mundo do trabalho
contemporâneo que requereram melhorias nessa modalidade de ensino.
Na realidade, todo esse processo de mudanças recentes no âmbito da EPT vem
ocorrendo em função da necessidade atual do país de expansão dessa modalidade de ensino, já
que ela faz parte de um grande esforço nacional e de uma ação estratégica voltada para um
projeto nacional de desenvolvimento sustentável. Este projeto tem como meta à elevação do nível
de qualificação profissional dos jovens adultos trabalhadores, objetivando atender a demanda
produtiva do mercado de trabalho local, regional e nacional, promovendo a inclusão profissional
e a geração de renda.
Existem inúmeras instituições e entidades da sociedade que ao longo da evolução da
EPT, concomitantemente ao desenvolvimento do país, ofertaram e continuam a promover a
profissionalização de jovens e adultos visando seu ingresso no mundo do trabalho. Instituições
públicas e privadas, integrantes de redes de ensino públicas e privadas, na esfera municipal,
estadual e federal, devidamente reconhecidas e habilitadas vêm implementando seus projetos
institucionais voltados à promoção e ao desenvolvimento da EPT.
Dentre elas pode-se citar as instituições que integram o sistema S, bem como as demais
instituições que exerceram e continuam a ter grande contribuição na qualificação profissional dos
jovens e dos trabalhadores de um modo geral, seja em nível regional ou nacional, instituições
estas de caráter técnico, tecnológico e agrícola.
No âmbito do estado de Pernambuco, nomeadamente, pode-se citar, ainda, as
tradicionais Escolas Técnicas Professor Agamenon Magalhães e Almirante Soares Dutra, como
também, as Escolas Técnicas Agrícolas de Bezerros, Escada, Palmares e do Pajeú.
Relativamente à oferta de formação profissional orientada pelas instituições de
Educação Profissional e Tecnológica em atendimento à demanda do mundo do trabalho, Castro
(2003, p. 30-31, grifo do autor), afirma que:
[...] Em um primeiro momento havia um total esquecimento quanto à formação profissional. Até a metade do século XX não havia praticamente nada fora do mundo industrializado. Logo em seguida houve uma corrida frenética para se qualificar cada vez mais profissionais. Este impulso, no entanto, levou o processo de formação profissional para além do limite do mercado em absorver
34
profissionais qualificados. Agora é hora de retroceder e de fazer com que a oferta da formação profissional seja determinada pela demanda. Este princípio tem, entretanto, seus riscos inerentes. Ele pode levar-nos a esquecer tanto dos limites de uma política baseada unicamente na demanda, quanto da necessidade de se olhar dentro da ‘caixa preta’ da formação profissional.
A Educação Profissional e Tecnológica, portanto, tem nos dias atuais um papel muito
importante, tornando-se uma necessidade urgente e uma ação estratégica objetivando desenvolver
o país nos mais diversos setores produtivos, porém é necessário que ela seja oferecida de forma
adequada e compatível com as demandas do mercado de trabalho atual, cada vez mais
especializado e exigente.
A qualificação profissional através da EPT integra, portanto, um programa nacional de
qualificação profissional, bem como a formação profissional oferecida pelo CEFET/PE tem como
meta atender a demanda produtiva local, ou seja, do estado de Pernambuco, conjuntamente com
as demais instituições na esfera estadual e no âmbito regional que oferecem essa modalidade de
ensino voltada para o trabalho e para a cidadania.
Vale salientar que o estado de Pernambuco está vivendo um momento histórico
particular, considerando a implantação de novos e grades investimentos estruturadores, como a
Refinaria de Petróleo, o Estaleiro, o Pólo de Poliéster, o Pólo Fármaco-Químico, a Hemobrás, o
Pólo Têxtil, o Porto Digital, dentre outros projetos que geram grande impacto na infra-estrutura
social e de serviços, provocando expansão da produção, do emprego e da renda na economia do
estado.
Esses investimentos deverão ter como conseqüência um impacto muito positivo sobre
os mais diversos setores produtivos e as cadeias produtivas já existentes, bem como sobre as
novas cadeias que poderão emergir a partir deles. Estes são alguns dos exemplos dos benefícios e
das novas oportunidades profissionais que são projetadas a partir do novo conjunto de demandas
setoriais e da nova estrutura econômica do estado com a concretização desses grandes projetos,
que por sua vez irão gerar grande demanda por mão de obra qualificada.
Portanto, para atender a essa grande e especializada demanda produtiva é necessário que
sejam valorizados os programas de formação profissional existentes nas diversas instituições que
desenvolvem o ensino profissional e tecnológico em nível local e regional, bem como que sejam
criados novos programas específicos de qualificação profissional plenamente alinhados com a
necessidade desses investimentos estruturadores.
35
São inegáveis a importância e a participação de todas as instituições de ensino no
âmbito da EPT no estado de Pernambuco e no País, seja no que se refere ao próprio
desenvolvimento do ensino profissionalizante e de sua contribuição na qualificação profissional
dos jovens e dos trabalhadores de um modo geral, seja no que se refere à contribuição que vem
sendo dada por elas, pelos seus docentes e pelos seus egressos para o desenvolvimento regional e
nacional.
Porém, como esta pesquisa tem como o foco analisar a participação do CEFET/PE junto
às empresas que com ele estão conveniadas, nos concentraremos, exclusivamente, na avaliação
feita por essas empresas quanto aos egressos da instituição, e ainda, na avaliação feita pelos
egressos quanto à certificação profissional obtida e quanto à importância do CEFET/PE e da
experiência profissional que tiveram para o seu desenvolvimento como um todo.
36
CAPÍTULO II
37
2 O CEFET/PE, O ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS E O MERCADO DE TRABALHO ATUAL
O CEFET/PE é uma Instituição Federal de Ensino – IFE e uma Autarquia Federal que
integra a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e como tal está vinculada ao
Ministério da Educação - MEC e é supervisionada pela Secretaria de Educação Profissional e
Tecnológica – SETEC.
A instituição foi criada em 23 de setembro de 1909, através do decreto nº 7566, a partir
do qual o Presidente Nilo Peçanha fez surgir em cada uma das capitais dos estados do Brasil uma
escola de aprendizes artífices, iniciando suas atividades em 16 de fevereiro de 1910 no edifício da
escola de aprendizes artífices, situado no bairro do Derby, na cidade do Recife.
A então “Escola de Aprendizes Artífices”, com as denominações sucessivas de “Liceu
Industrial de Pernambuco”, “Escola Técnica do Recife”, “Escola Técnica Federal de
Pernambuco” e agora “Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco”, ao longo da
sua existência, vem procurando servir à região através do cumprimento de sua missão no âmbito
do ensino profissional e tecnológico perante a sociedade.
A antiga Escola Técnica Federal de Pernambuco – ETFPE passou a funcionar na nova
sede em 17 de janeiro de 1983, situada na Av. Prof. Luis de Barros Freire, nº 500 – Bairro do
Curado. A sede atual está implantada num terreno de 130.000m², com área construída de
16.000m².
Em 22 de dezembro de 1998, a ETFPE veio a se tornar Centro Federal de Educação
Tecnológica de Pernambuco - CEFET/PE, em adequação as mudanças que estavam ocorrendo no
âmbito da EPT no país, particularmente quanto à transformação das Escolas Técnicas Federais
em CEFET’S, adequando o seu organograma a esta nova realidade em abril de 1999.
O CEFET/PE além da sua sede, conta com a unidade de Pesqueira, na cidade de
Pesqueira/PE, em funcionamento, e com a unidade de Ipojuca, localizada no litoral sul de
Pernambuco, em vias de implantação e funcionamento.
Segundo TERRER (2005), o quadro funcional da instituição em 2004 contava com 845
funcionários, sendo 496 docentes e 349 administrativos. Somava, ainda, no mesmo ano, 4.796
alunos matriculados, incluindo a Sede e a unidade de Pesqueira.
38
Relativamente aos docentes do CEFET/PE, incluindo a sede e a unidade de pesqueira,
verifica-se a seguinte distribuição quanto à titulação dos seus respectivos professores:
Tabela 1 – Pernambuco: Titulação dos docentes do CEFET/PE (Sede e Unidade de Pesqueira)
Setembro/2007
Titulação
N
Doutores
26
Mestres
140
Especialistas
201
Graduados
74
Professores com Formação de nível Técnico
10
Fonte: Coordenação de Seleção e Desenvolvimento de Pessoal - CSDP/CEFET/PE.
Para o ingresso dos alunos na instituição é necessário que os candidatos se submetam e
sejam aprovados em processo seletivo que o CEFET/PE realiza todos os anos, com a finalidade
do preenchimento das vagas disponíveis nas modalidades de ensino e nos cursos que são
oferecidos.
Tendo em vista o aumento da demanda dos jovens por qualificação profissional com
vistas a sua profissionalização e, conseqüentemente, seu ingresso no mercado de trabalho, tem-se
observado um aumento considerável no número de inscrições no concurso vestibular da
instituição ano a ano, bem como uma crescente oferta no número de vagas oferecidas pela
instituição, proveniente, inclusive, do aumento dos cursos que são oferecidos pelo CEFET/PE, já
que em 2005 existiam apenas três Cursos Tecnológicos de Nível Superior e, dois anos depois, em
2007, a instituição já oferece dois cursos a mais nesse nível de ensino, ou seja, cinco cursos
superiores.
39
Tabela 2 – Pernambuco: Progressão do número de vagas oferecidas pelo CEFET/PE e de
inscrições no seu concurso
Setembro/2007
Ano
Número de vagas
Número de inscritos
2004
1.487
9.487
2005
1.871
13.386
2006
2.080
20.705
2007
2.120
25.290
Fonte: Comissão de Concurso/CEFET/PE
O CEFET/PE atualmente oferece cursos de formação e de qualificação profissional em
quatro modalidades de ensino. Os Cursos Técnicos na modalidade Seqüencial e Integrado, os
Cursos Superiores Tecnológicos e os Cursos Técnicos Integrados do Programa Nacional de
Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de
Jovens e Adultos - Proeja.
No presente momento, na sua sede, oferece dez Cursos Técnicos Seqüenciais, com
duração de dois anos, que são destinados aos alunos que concluíram o ensino médio em uma
outra instituição e que vem a ingressar no CEFET/PE para obter a sua certificação profissional.
40
Tabela 3 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Técnicos Seqüenciais e a
concorrência no mesmo ano
Setembro/2007
Cursos Técnicos Seqüenciais
Vagas oferecidas em 2007
Relação candidatos por vaga
Segurança do Trabalho
88
34,0
Telecomunicações
88
20,4
Química Industrial
96
16,6
Turismo
66
13,6
Eletrônica
68
13,1
Mecânica
128
12,6
Eletrotécnica
192
11,5
Saneamento Ambiental
138
5,7
Edificações
204
5,3
Refrigeração
108
4,6
Fonte: Comissão de concurso/CEFET/PE
Oferece ainda sete Cursos Técnicos Integrados, ou seja, Curso Técnico mais o Ensino
Médio de forma concomitante, que fazem parte da nova estrutura curricular da instituição para
esta modalidade de ensino, em atendimento a legislação em vigor, ou seja, ao decreto 5.154/04, e
que foram oferecidos aos alunos a partir do ano de 2006, com duração de quatro anos.
41
Tabela 4 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Técnicos Integrados e a
concorrência no mesmo ano
Setembro/2007
Cursos Técnicos Integrados
Vagas oferecidas em 2007
Relação candidatos por vaga
Segurança do Trabalho
76
21,1
Eletrotécnica
80
12,8
Química industrial
80
11,4
Edificações
40
11,3
Saneamento Ambiental
40
9,9
Eletrônica
120
7,2
Mecânica
120
6,5
Fonte: Comissão de concurso/CEFET/PE.
A instituição oferece, ainda, cinco Cursos Tecnológicos de Nível Superior, destinados
aos alunos que concluíram o Ensino Médio em qualquer instituição e que pretendem obter a sua
Certificação Profissional em nível de terceiro grau no CEFET/PE, através desses cursos
superiores, com duração de dois anos, e através dos quais os egressos desse nível de ensino são
denominados de Tecnólogos.
42
Tabela 5 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Tecnológicos de Nível
Superior e a concorrência no mesmo ano
Setembro/2007
Cursos Tecnológicos Superiores
Vagas oferecidas em 2007
Relação candidatos por vaga
Design Gráfico
40
29,6
Análise e Desenvolvimento de
Sistemas
40
19,6
Radiologia
40
18,3
Gestão Ambiental
80
10,9
Gestão de Turismo
80
6,6
Fonte: Comissão de concurso/CEFET/PE
Por fim, o CEFET/PE oferece o Ensino Técnico Integrado do PROEJA, Programa
Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de
Educação de Jovens e Adultos, destinado a trabalhadores acima de 21 anos, com trajetórias
escolares interrompidas ou descontinuadas, sem o ensino fundamental ou ensino médio
completos, ou ainda, para aqueles sem formação profissional formal, com duração de dois anos.
43
Tabela 6 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os cursos técnicos integrados do
PROEJA e a concorrência no mesmo ano
Setembro/2007
Cursos Integrados do PROEJA
Vagas oferecidas em 2007
Relação candidatos por vaga
Eletrotécnica
36
11,6
Mecânica
36
7,1
Refrigeração
36
4,1
Fonte: Comissão de concurso/CEFET/PE
O CEFET/PE dispõe, ainda, de uma diretoria e de uma coordenação que são
responsáveis pela integração e articulação da instituição com o mercado de trabalho e com as
empresas conveniadas, que são a Diretoria de Extensão – DEX e a Coordenação de Integração
Escola Empresa - CIEE.
A DEX e o CIEE são responsáveis pelos convênios estabelecidos entre as empresas e o
CEFET/PE, objetivando encaminhar os alunos da instituição para as empresas que ofertam
estágios e empregos.
A palavra egresso é originária do latim, e compõe-se de “gressus” que significa “passo”
e “e” que indica “saída, para fora”. Portanto, “e-gresso” é todo aquele que está dando um passo
para fora ou saindo de uma instituição.
O egresso, portanto, é considerado todo aquele que efetivamente concluiu as disciplinas
regulares com as suas respectivas cargas horárias, bem como realizou o estágio curricular,
tornando-se apto a receber o diploma de conclusão do curso e, assim, está com a sua certificação
profissional concluída.
O processo de acompanhamento de egressos através da interação escola-empresa é um
mecanismo indispensável para as instituições de ensino de um modo geral e, particularmente,
aquelas que ofertam a Educação Profissional e Tecnológica manterem-se atualizadas frente às
transformações ocorridas na sociedade e no mundo do trabalho. É importante que haja um
intercâmbio permanente que permita a elas incorporar no seu currículo e na formação profissional
44
que oferecem, as novas demandas de conhecimento advindas do mercado de trabalho e as
inovações tecnológicas que vão sendo implementadas nas empresas.
Portanto, o egresso acaba por tornar-se uma fonte de informações indispensável para
manter o intercâmbio e a sintonia entre a instituição responsável pela certificação profissional e o
mundo do trabalho em permanente modernização e aperfeiçoamento.
O processo de acompanhamento de egressos de uma instituição torna-se importante,
ainda, por permitir identificar, acompanhar, controlar e avaliar a atuação e os desempenhos dos
trabalhadores nas empresas, obtendo elementos para diagnosticar a qualidade do ensino e da
formação profissional que obtiveram, e deste modo, poder prestar cada vez melhor os seus
serviços educacionais e profissionais para com a sociedade. Ou seja, o acompanhamento dos
egressos permite avaliar e aprimorar a eficiência da instituição na qualificação de trabalhadores.
Sobre a importância de uma boa interação escola-empresa através do processo de
acompanhamento de egressos, como mecanismo para a melhoria da formação profissional
oferecida pela instituição, Machado (2001, p.13), afirma que:
A importância está na qualidade e na diversidade de informações, proveniente dos egressos e das empresas, que o acompanhamento de egressos fornece à instituição sobre o mercado de trabalho e, conseqüentemente, as mudanças que estão sendo procedidas, ocasionadas pelo desenvolvimento tecnológico, para a manutenção atualizada do processo ensino-aprendizagem.
O processo de acompanhamento de egressos permite, ainda, a criação de um banco de
dados que contém informações atualizadas sobre o perfil dos egressos, os dados pessoais e
profissionais dos mesmos, o cadastramento das empresas conveniadas e dos empregadores, além
das suas características e demandas profissionais.
Outro objetivo possível é o envio de informações atualizadas quanto a eventos a serem
realizados, novos cursos que a instituição venha a oferecer, atividades de extensão e as
oportunidades de estágios e empregos encaminhadas à Diretoria de Extensão – DEX e à
Coordenação de Integração Escola Empresa – CIEE, por parte das empresas, dos agentes de
integração e das agências de recrutamento e seleção de pessoal.
O mundo do trabalho, por sua vez, para onde os egressos acabam por se encaminhar,
vem passando por profundas transformações em conseqüência de todas as mudanças ocorridas
nas mais diversas áreas do conhecimento, seja no âmbito da economia, da política, da ciência, da
comunicação, da informática e da alta tecnologia, que acaba por gerar uma maior democratização
do conhecimento e da informação, provocando mudanças na sociedade como um todo.
45
O momento atual caracterizado por esse cenário induz a uma crescente exigência quanto
à qualidade do desempenho no âmbito pessoal e profissional dos trabalhadores, decorrente da
necessidade de aumentos da produtividade das empresas e da competitividade entre elas.
Este fato exige grande adaptação na forma de organização do trabalho em todas as
esferas e níveis, seja nas grandes corporações, seja nas instituições públicas ou privadas, seja nas
estruturas governamentais ou nas pequenas organizações sociais.
Todas estas transformações em curso neste novo século, caracterizado pela globalização
do espaço econômico mundial e dos mercados, são resultantes dos avanços tecnológicos em
curso e que acabam por caracterizar a chamada terceira revolução industrial.
Sobre a terceira revolução industrial, Rifkin (1995, p.64, grifo do autor), assinala que:
A terceira revolução industrial surgiu imediatamente após a II guerra mundial e somente agora está começando a ter um impacto significativo no modo como a sociedade organiza sua atividade econômica. Robôs com controle numérico, computadores e softwares avançados estão invadindo a última esfera humana – os domínios da mente. Adequadamente programadas, estas novas “máquinas inteligentes” são capazes de realizar funções conceituais, gerenciais e administrativas e de coordenar o fluxo da produção, desde a extração da matéria-prima ao marketing e à distribuição do produto final e de serviços.
Portanto, a partir dessa nova ordem mundial que vem se estabelecendo, a sociedade, o
poder público, as instituições de ensino, pesquisa e extensão, e principalmente as empresas,
precisam adequar-se, adaptando sua organização de trabalho e os seus sistemas de gestão, onde a
prioridade passa a ser o investimento na qualificação profissional dos seus funcionários de forma
sistemática e continua com o objetivo de apresentar níveis satisfatórios de desempenho, e
conseqüentemente, melhorar a qualidade dos serviços e dos produtos oferecidos.
Entretanto, para que o país possa integrar e interagir de forma satisfatória e segura nessa
nova ordem mundial que vem se configurando é preciso oferecer as condições mínimas
necessárias ao fortalecimento das instituições e das corporações de um modo geral. Para que isso
ocorra é necessário que sejam realizadas inúmeras mudanças e reformas, particularmente,
naquelas áreas e setores que interferem diretamente no desempenho das empresas e que acabam
por contribuir fortemente para a melhoria da qualidade de vida da população.
Dentre os aspectos que precisam ser melhorados um deles se destaca, que é o ambiente
macroeconômico onde as empresas, as instituições e a sociedade estão imersos e, portanto,
46
dependentes dessa atmosfera favorável para crescerem e se desenvolverem satisfatoriamente,
logo, proporcionando geração de emprego e de renda para os trabalhadores.
2.1 A INSTITUIÇÃO E A REDE FEDERAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E
TECNOLÓGICA
O CEFET/PE é, portanto, uma instituição de ensino profissional e tecnológico que
integra a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica.
A instituição ao longo dos seus 98 anos vem procurando exercer o seu papel na
formação e na qualificação profissional de jovens e adultos com vistas a atender a demanda do
mercado de trabalho local e regional através dos egressos que lá concluem a sua certificação
profissional.
Este foi o trabalho realizado pela instituição ao longo do tempo e esta continua sendo a
sua missão, ou seja, preparando os seus alunos para o mundo do trabalho.
Entretanto, mais recentemente, considerando todas as mudanças ocorridas no âmbito da
Educação Profissional e Tecnológica – EPT, e em conseqüência dos avanços e das
transformações ocorridas na sociedade de um modo geral e no mercado de trabalho em particular,
a instituição vem buscando se aprimorar perante a atual conjuntura econômica e social do país,
especificamente no que se refere à qualidade da mão de obra que é preparada e que vem atender
às demandas produtivas requeridas pelas empresas.
Inclusive, este vem sendo também o objetivo da Rede Federal de EPT e da
SETEC/MEC, na medida em que busca consolidar as instituições federais como centros de
referência quanto ao fomento e a promoção da Educação Profissional e Tecnológica no país.
O CEFET/PE, portanto, considerando esta perspectiva, vem buscando melhorar o
padrão do ensino profissional e tecnológico que oferece, objetivando acima de tudo cumprir com
a sua missão perante a sociedade.
Portanto, foi nesta perspectiva que esta pesquisa se realizou, averiguando a contribuição
do CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas a partir da avaliação que elas
fazem acerca dos desempenhos apresentados pelos egressos da instituição no ambiente de
47
trabalho, bem como, a avaliação que os egressos fazem acerca da formação profissional que
tiveram e acerca da importância da instituição e da experiência profissional adquirida para o seu
desenvolvimento como um todo.
No que se refere à Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, a mesma é
composta atualmente por 152 instituições, sendo, uma Universidade Tecnológica Federal –
CEFET/PR e seus seis campus vinculados, 33 CEFET’s, 44 UNED’s (Unidades de Ensino
Descentralizadas), 36 EAF’s (Escolas Agrotécnicas Federais), 30 Escolas Técnicas Vinculadas às
Universidades Federais, a Escola Técnica Federal de Palmas (TO) e o tradicional Colégio Pedro
II, no Rio de Janeiro.
Ao todo, a Rede Federal atende mais de 250 mil alunos no nível técnico e nos cursos
superiores oferecidos nas instituições integrantes da rede.
A Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica dispõe, ainda, de uma grande
vantagem comparativa quanto ao atendimento à sociedade e na sua tarefa de preparação dos
jovens para o trabalho e para a sua inserção produtiva que é a sua disposição geográfica,
considerando a grande presença que tem nas regiões do interior dos estados brasileiros, o que
democratiza a sua presença e permite a expansão na oferta dessa modalidade de ensino nas mais
diversas e longínquas regiões do país.
A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – SETEC(2006), que supervisiona
a rede e está vinculada ao Ministério da Educação – MEC, tem a missão de fortalecer a Educação
Profissional e Tecnológica no país e está voltada para um projeto nacional de desenvolvimento
sustentável, elevando o nível de qualificação e a escolaridade de jovens e adultos. Para isso, vem
procurando realizar um amplo processo de debates com a sociedade visando entre outros
aspectos, o aperfeiçoamento da legislação da EPT, a questão das fontes de financiamento para o
fomento da EPT, a institucionalização de um subsistema nacional de EPT, a adaptação à
implementação do ensino técnico articulado ao ensino médio, a questão da qualidade da
certificação profissional nas instituições que promovem a EPT e por fim, a oferta das graduações
tecnológicas.
Segundo as estratégias de políticas de Educação Técnica e Profissional da Secretaria de
Educação Profissional e Tecnológica – SETEC(2006), do Ministério da Educação - MEC, é
necessário que se garanta uma profissionalização sustentável para que o projeto de
desenvolvimento brasileiro possa se concretizar, comprometendo-se com três grandes eixos, a
48
saber: a inclusão social, o desenvolvimento das forças produtivas e a diminuição das
vulnerabilidades. A profissionalização sustentável refere-se a dois aspectos particulares que são:
a atualização e o acompanhamento da rápida transformação tecnológica que estamos inseridos e a
garantia dos direitos sociais do trabalhador.
A SETEC/MEC vem ainda, executando em parceria com o Ministério do Trabalho e
Emprego/ MTE, o Programa de Expansão da Educação Profissional – PROEP.
O PROEP atua no campo da qualificação básica e das habilitações técnicas e
tecnológicas, buscando ampliar a oferta de trabalhadores qualificados para o mundo do trabalho,
procurando adequar os currículos e os cursos oferecidos no âmbito da EPT às necessidades e
potencialidades do desenvolvimento socioeconômico local e regional, bem como desenvolver
ações integradas e articuladas com a sociedade e, assim, expandir, atualizar e melhorar a
qualidade da Educação Profissional e Tecnológica oferecida no País.
Considerando a importância de interlocução com a sociedade, a SETEC juntamente com
as secretarias responsáveis pelo fomento da Educação Profissional e Tecnológica nos estados
brasileiros, realizou no ano de 2006, as Conferências Estaduais de EPT, com o objetivo de
discutir o tema e levar as suas proposições para a Conferência Nacional de Educação Profissional
e Tecnológica - CONFETEC, realizada em Brasília, no período de cinco a oito de novembro do
mesmo ano.
A CONFETEC teve como finalidade estabelecer as diretrizes e as metas dessa
modalidade de ensino para os próximos anos, a partir do marco legal, conceitual,
técnico/científico, pedagógico e profissional inerentes a ela, objetivando definir uma Política
Nacional de Educação Profissional e Tecnológica.
As contribuições advindas da CONFETEC vem sendo utilizadas pela SETEC/MEC para
o aperfeiçoamento da EPT e das próprias instituições integrantes da rede, através da
implementação das mudanças necessárias à melhoria da certificação profissional que oferecem
por intermédio dos cursos técnicos e tecnológicos.
Mais recentemente, a partir do Decreto 6.095, de 24 de abril de 2007, que pretende
equiparar os Centros Federais às Universidades, vem se iniciando um processo de discussões
junto aos dirigentes dos CEFET’S do país com vistas à implementação das mudanças que devem
ocorrer nas instituições integrantes da rede quando das suas transformações em IFET’S –
Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia.
49
2.2 A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS NO MERCADO DE
TRABALHO E NAS EMPRESAS
O acompanhamento de egressos no mercado de trabalho e nas empresas torna-se
fundamental por permitir a obtenção de informações consideradas muito importantes para a
instituição certificadora, para as empresas e para os próprios egressos, pois possibilita a esses
segmentos manterem-se constantemente atualizados frente às mudanças ocorridas na sociedade e
no mundo do trabalho.
Estas informações podem advir, dentre outras formas, através de um processo de
avaliação quanto aos desempenhos dos egressos no ambiente de trabalho, quanto à participação
desses trabalhadores no desenvolvimento das empresas, quanto ao nível de satisfação dos
egressos com a certificação profissional obtida, e, ainda, quanto à importância de uma instituição
e da experiência profissional que os egressos da mesma tiveram para o seu desenvolvimento
como um todo, como o que foi realizado nesta pesquisa.
Elas, portanto, são muito significativas por vários motivos, dentre os quais pode-se
destacar:
a) servem de subsídio para a tomada de decisões pelo empregador e pelo empregado, já que os
resultados devem espelhar a vida funcional do trabalhador na empresa, bem como, a percepção
do egresso sobre a instituição e sobre o mercado de trabalho para o seu desenvolvimento pessoal
e profissional. Logo, estes resultados os mantém conscientes dos aspectos que precisam de
aperfeiçoamento permanente e contínuo, permitindo a ambos, empregadores e empregados,
tomarem as decisões adequadas quanto as suas necessidades e aspirações pessoais, profissionais e
gerenciais;
b) os gestores de um modo geral, de posse desses dados empíricos, passam a dispor das
informações mínimas necessárias à elaboração e à implementação de programas de treinamento
específicos e de políticas públicas voltadas à qualificação de mão de obra e à formação
profissional. A elaboração e a implementação desses programas depende necessariamente de um
bom diagnóstico da realidade, realizado nas empresas, sejam elas públicas ou privadas, quanto ao
perfil dos trabalhadores, o nível de qualificação dos mesmos e o padrão dos desempenhos
50
apresentados. Este diagnóstico passa a ser, portanto, o lastro para um planejamento estratégico e
o suporte para o seu monitoramento;
c) a coleta de informações quanto ao nível de satisfação dos egressos com o processo e a
qualidade da sua certificação profissional, bem como quanto à importância da instituição e da
experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o seu
desenvolvimento pessoal e profissional servirá para identificar o significado educacional,
profissional e social da instituição, considerando todo o desenvolvimento ocorrido através da
formação e do conseqüente processo de inclusão profissional dos egressos no mercado de
trabalho;
d) por fim, a análise da contribuição da instituição para o desenvolvimento das empresas
conveniadas com ela servirá para identificar a sua importância para o desenvolvimento local e
regional, considerando os ganhos econômicos e sociais decorrentes do processo de formação e de
inclusão dos egressos no mundo do trabalho, o que acaba por verificar se a missão da instituição
para com a sociedade está sendo cumprida.
Cabe ressaltar que boa parte do problema levantado neste estudo surge da escassez de
informações quanto ao desempenho dos trabalhadores no mercado de trabalho, e particularmente
daqueles mais jovens. Sobre esta questão, Reis e Camargo (2005, p.13) dizem o seguinte:
As firmas geralmente tem poucas informações sobre as características produtivas dos trabalhadores no início de carreira. Essas informações são adquiridas gradativamente com o tempo, à medida que o desempenho dos empregados no mercado de trabalho vai sendo observado.
Portanto, além da formação profissional, é fundamental que se faça o acompanhamento
dos egressos, possibilitando assim à instituição responsável pela certificação profissional verificar
os desempenhos dos mesmos no mercado de trabalho e nas empresas, principalmente, por se
tratar de trabalhadores jovens.
Vale ressaltar aqui as características do mercado atual que se caracterizam pela
globalização e pela competitividade corporativa. Isto vem exigindo um alto nível quanto ao
desempenho dos trabalhadores que é requerido pelas empresas, tendo em vista a necessidade de
se manter níveis elevados de excelência quanto à oferta de serviços e produtos, e ainda,
considerando a necessidade de atuar no mercado local com padrão internacional.
Sobre a questão do mercado atual e da globalização, Vieira e Alves (1995, p.5), dizem o
seguinte:
51
A tendência mundial aponta para um fenômeno irreversível e com intensidade crescente: a globalização dos mercados, decorrente da internacionalização da economia. Nesse novo ambiente, o Brasil, para ampliar e consolidar sua presença no comercio internacional tem de adequar sua produção aos padrões de qualidade e produtividade vigentes na economia mundial. O processo de modernização se dá tanto pelas inovações tecnológicas desses setores para outros ramos industriais e de serviços tem sido intenso. A previsão é que cada vez mais empresas adotarão processos modernos de produção, e, portanto, a qualificação profissional do trabalhador poderá constituir-se em nó crítico para a expansão desses processos.
Portanto, é necessário que as empresas mantenham um quadro de pessoal sempre
preparado para atender as suas necessidades e demandas, utilizando inclusive um bom programa
de gestão de pessoas que permita um permanente processo de aperfeiçoamento pessoal e
profissional, de um efetivo gerenciamento de seus processos e procedimentos, e do
acompanhamento do desempenho dos seus funcionários com vistas a alcançar bons resultados.
Outro aspecto fundamental para as empresas apresentarem nos dias atuais padrões de
desempenho satisfatórios é a utilização de um modelo de gestão empresarial atual, moderno,
eficiente e alinhado com o mercado de atuação da empresa, com os seus consumidores e clientes,
buscando manter uma posição de destaque no setor e no segmento que atua.
Considerando todos esses aspectos abordados torna-se imprescindível o
acompanhamento e o monitoramento dos egressos no mercado de trabalho e nas empresas por
parte das instituições de ensino com o objetivo de absorver as novas demandas de conhecimento
oriundas do mundo do trabalho e de suas inovações tecnológicas, objetivando atualizar seus
currículos e oferecer uma formação profissional compatível com as necessidades produtivas
atuais.
52
CAPÍTULO III
53
3 OBJETIVOS E METODOLOGIA DO ESTUDO
3.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo geral deste trabalho é o de analisar a contribuição do CEFET/PE para o
desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição a partir dos desempenhos pessoais
e profissionais apresentados pelos egressos no ambiente de trabalho e da importância da
participação geral desses trabalhadores no desenvolvimento das mesmas, na percepção das suas
chefias imediatas e tendo como referência a sua formação profissional.
Objetiva-se, ainda, identificar o nível de satisfação dos egressos com o processo de
certificação profissional do CEFET/PE e avaliar a importância da instituição e da experiência
adquirida através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o desenvolvimento
pessoal e profissional dos egressos.
Considerando o objetivo geral desta pesquisa através da verificação e análise dos
aspectos acima mencionados, o presente estudo pretende constatar o cumprimento pelo
CEFET/PE(2006) da sua missão, que é: “Promover a Educação Profissional e Tecnológica,
através do ensino, pesquisa e extensão, visando a formação de cidadãos éticos, qualificados para
o trabalho e socialmente responsáveis”.
Vale frisar que a formação de jovens-cidadãos-trabalhadores e o seu conseqüente
processo de inclusão profissional no mercado de trabalho referem-se ao fechamento de um ciclo
que tem como conseqüência ganhos econômicos e sociais para as empresas e para os egressos,
considerando o atendimento à demanda produtiva através da mão-de-obra que é qualificada no
CEFET/PE.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) traçar o perfil das empresas pesquisadas quanto ao porte e ao ramo de atuação;
54
b) traçar o perfil dos egressos do CEFET/PE que compõem a amostra da pesquisa quanto aos
seguintes aspectos:
- gênero;
- faixa etária;
- certificação profissional obtida;
- tempo de conclusão do curso;
- rede de ensino anterior ao CEFET/PE (Pública ou Privada);
- grau de escolaridade atual;
- tempo de trabalho na empresa atual;
- se desempenha função compatível com a formação profissional obtida no CEFET/PE;
- se foi estagiário antes de ser contratado como funcionário;
- período de tempo entre a conclusão do curso e o ingresso no mercado de trabalho considerando
o primeiro emprego;
- se a empresa atual corresponde ao primeiro emprego do egresso;
- número de empresas trabalhadas pelo egresso antes da atual;
- tempo de atuação do egresso no mercado de trabalho considerando a formação profissional
obtida no CEFET/PE e o primeiro emprego;
- jornada de trabalho do egresso na empresa atual;
- nível de remuneração do egresso na empresa atual;
- se a contratação pela empresa foi feita via DEX/CIEE;
- se o egresso tem algum tipo de deficiência ou necessidade especial,
c) verificar como as empresas conveniadas com o CEFET/PE avaliam o desempenho pessoal e
profissional dos egressos da instituição no ambiente de trabalho, a partir da percepção das suas
chefias imediatas, através dos aspectos estabelecidos para compor o Indicador de Desempenho
Pessoal do Egresso (IDP1) e o Indicador de Desempenho Profissional do Egresso (IDP2);
d) verificar como as empresas conveniadas com o CEFET/PE avaliam a importância da
participação geral dos egressos da instituição no desenvolvimento da empresa, a partir da
percepção das suas chefias imediatas e tendo como referência a sua formação profissional,
através da avaliação dos aspectos estabelecidos para compor o Indicador de Participação Geral do
Egresso (IPG);
55
e) verificar o nível de satisfação dos egressos do CEFET/PE com o processo de certificação
profissional da instituição, através da avaliação dos aspectos estabelecidos para compor o
Indicador de Satisfação dos Egressos – ISE, avaliação esta feita pelos próprios egressos;
f) verificar a importância do CEFET/PE e da experiência adquirida através da prática profissional
exercida no mercado de trabalho para o desenvolvimento pessoal e profissional do egresso,
através da avaliação dos aspectos estabelecidos para compor o Indicador da Importância do
CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso – ICEPE, avaliação esta feita pelos próprios
egressos;
g) analisar os resultados das avaliações feitas pelas empresas e pelos egressos quanto aos
aspectos que integram os cinco indicadores da pesquisa, bem como, quanto aos indicadores finais
e ao que eles se referem, ou seja, acerca da contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento
das empresas conveniadas com a instituição, acerca do processo de certificação profissional do
CEFET/PE e acerca do desenvolvimento pessoal e profissional dos egressos.
3.3 METODOLOGIA
A proposta da pesquisa é apresentar um estudo descritivo de natureza quantitativa e
explicativa, a partir de um processo de avaliação que contempla um conjunto de aspectos que
integra cada um dos cinco indicadores do estudo e que servirão de subsídio para a análise do que
a mesma se propõe investigar.
Segundo Costa e Costa (2001, p. 62, grifo do autor):
Uma pesquisa pode ter abordagem qualitativa e/ou quantitativa. A qualitativa se preocupa com uma realidade que não pode ser quantificada. Ela trabalha com o subjetivo dos sujeitos (crenças, valores, atitudes, etc.). Esta abordagem também pode trabalhar com dados, porém, o tratamento não deve envolver estatística avançada. A abordagem quantitativa é aquela que tem como suporte medidas e cálculos mensurativos. A abordagem qualitativa busca a compreensão e a quantitativa a explicação.
Os aspectos selecionados e avaliados pelas empresas e pelos egressos correspondem aos
fatores e aos critérios de avaliação que foram escolhidos para atender aos objetivos da pesquisa.
56
Esses aspectos são recorrentes na literatura que aborda os processos e os métodos de avaliação de
desempenho de funcionários em empresas (Ver Chiavenato, 2006; Bergamini, 2007; Reis, 2003).
Os fatores e os critérios de avaliação dizem respeito às habilidades, capacidades,
comportamentos e conceitos mensurados, escolhidos para:
a) verificar os desempenhos pessoais e profissionais dos egressos do CEFET/PE no ambiente de
trabalho das empresas e a importância da participação geral desses trabalhadores no
desenvolvimento das mesmas, como forma de analisar a contribuição do CEFET/PE para o
desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição;
b) verificar o nível de satisfação dos egressos com o processo de certificação profissional do
CEFET/PE como forma de analisar a qualificação profissional que os mesmos obtiveram na
instituição;
c) verificar a importância da instituição e da experiência profissional adquirida como forma de
analisar a importância de ambos para o desenvolvimento pessoal e profissional dos egressos;
Sobre o significado e a importância do processo de avaliação de desempenho,
Chiavenato (2004, p. 223) conceitua, assinalando:
A avaliação do desempenho é uma apreciação sistemática do desempenho de cada pessoa, em função das atividades que ela desempenha, das metas e resultados a serem alcançados e do seu potencial de desenvolvimento. A avaliação de desempenho é um processo que serve para julgar ou estimar o valor, a excelência e as qualidades de uma pessoa e, sobretudo, qual é a sua contribuição para o negócio da organização. A avaliação do desempenho recebe denominações variadas como avaliação do mérito, avaliação de pessoal, relatórios de progresso, avaliação de eficiência individual ou grupal, etc. Varia enormemente de uma organização para outra. Na realidade, a avaliação do desempenho é um processo dinâmico que envolve o avaliado e seu gerente e representa uma técnica de direção imprescindível na atividade administrativa de hoje. É um excelente meio pelo qual se localizam problemas de supervisão e gerência, de integração das pessoas à organização, de adequação da pessoa ao cargo, de localização de possíveis dissonâncias ou carências de treinamento e, conseqüentemente, estabelecer os meios e programas para eliminar ou neutralizar tais problemas. No fundo, a avaliação do desempenho constitui um poderoso meio de resolver problemas de desempenho e melhorar a qualidade de vida dentro das organizações.
O estudo, portanto, através da avaliação dos aspectos selecionados buscou obter os
seguintes indicadores:
a) Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso - IDP1;
b) Indicador de Desempenho Profissional do Egresso - IDP2;
57
c) Indicador de Participação Geral do Egresso – IPG;
d) Indicador de Satisfação do Egresso – ISE;
e) Indicador de Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso - ICEPE.
O IDP1, IDP2 e IPG foram utilizados para analisar a contribuição do CEFET/PE para o
desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição na visão dos empresários; O ISE
para analisar o processo de certificação profissional do CEFET/PE e o ICEPE para analisar o
desenvolvimento dos egressos como um todo.
A avaliação dos aspectos que integram os seus respectivos indicadores foi feita através
da técnica de pesquisa quantitativa com o uso de questionário, aplicado no ambiente de trabalho
das empresas junto às chefias imediatas dos egressos e aos próprios egressos, onde cada pergunta
do questionário correspondeu a um aspecto avaliado.
A partir dos resultados obtidos nesse processo de avaliação e através da composição dos
indicadores da pesquisa, foram feitas as análises dos resultados com o intuito de alcançar os
objetivos almejados pelo estudo e com vistas a responder ao problema-objeto desta pesquisa.
3.3.1 Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso – IDP1
Para obter o Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso – IDP1, que se refere ao
desempenho pessoal apresentado pelo egresso do CEFET/PE no ambiente de trabalho da
empresa, foi avaliado pelas chefias imediatas dos egressos os seguintes aspectos:
a) pró-atividade e dinamismo;
b) criatividade para sugerir e implementar novos procedimentos;
c) comunicação e relacionamentos com chefias, subordinados e demais funcionários;
d) equilíbrio emocional para solucionar problemas e conflitos;
e) liderança positiva e cooperativa;
f) iniciativa e autoconfiança para tomar decisões;
g) motivação individual e contribuição para a motivação do grupo.
58
3.3.2 Indicador de Desempenho Profissional do Egresso – IDP2
Para obter o Indicador de Desempenho Profissional do Egresso – IDP2, que se refere ao
desempenho profissional apresentado pelo egresso do CEFET/PE no ambiente de trabalho da
empresa, foi avaliado pelas chefias imediatas dos egressos os seguintes aspectos:
a) assiduidade e pontualidade;
b) conhecimento técnico-profissional (teórico/prático);
c) eficiência no desempenho da função e na realização de tarefas;
d) produtividade na concretização de objetivos e metas;
e) capacidade empreendedora e participação nos processos de inovação tecnológica da empresa;
f) conhecimentos atualizados sobre o mercado de atuação da empresa;
g) ética profissional.
Para a avaliação desses aspectos que formaram o IDP1 e o IDP2, utilizou-se uma escala
intervalar de nível de valor, composta de cinco conceitos básicos que foram estabelecidos como
parâmetro para a sua avaliação, atribuídos às perguntas do questionário, a saber: Conceito Fraco
– Valor 1; Conceito Regular – Valor 2; Conceito Bom – Valor 3; Conceito Muito Bom – Valor
4 e Conceito Excelente – Valor 5.
3.3.3 Indicador de Participação Geral do Egresso – IPG
Para obter o Indicador de Participação Geral do Egresso – IPG, que se refere à
importância da participação geral do egresso do CEFET/PE no desenvolvimento da empresa, foi
avaliado pelas chefias imediatas dos egressos os seguintes aspectos:
a) envolvimento e comprometimento com a empresa, com seus resultados e com a melhoria de
sua gestão, de seus serviços e produtos;
b) atuação permanente e efetiva no cotidiano da empresa com o propósito de contribuir para o seu
desenvolvimento;
c) qualidade na prestação dos serviços profissionais e no trabalho realizado;
d) postura pessoal adequada e compatível com o ambiente de trabalho;
59
e) participação global do funcionário egresso do CEFET/PE no desenvolvimento desta empresa,
tendo como referência a sua formação profissional;
f) considerando todos os aspectos até aqui abordados e outros que não tenham sido contemplados
neste questionário, qual o nível de importância que você atribui à participação geral do
funcionário egresso do CEFET/PE no desenvolvimento desta empresa como um todo, tendo
como referência a sua formação profissional.
Para a avaliação dos aspectos que compuseram o IPG, foi utilizada uma escala
intervalar de nível de importância, composta de cinco conceitos básicos que foram estabelecidos
como parâmetro para a sua avaliação, atribuídos às perguntas do questionário, a saber: Conceito
Irrelevante – Valor 1; Conceito Pouco Importante – Valor 2; Conceito Importante – Valor 3;
Conceito Muito Importante – Valor 4; Conceito Imprescindível – Valor 5.
3.3.4 Indicador de Satisfação do Egresso – ISE
Para obter o Indicador de Satisfação do Egresso – ISE, que se refere ao nível de
satisfação do egresso com o processo de certificação profissional do CEFET/PE, foi avaliado
pelos próprios egressos os seguintes aspectos, divididos em três grupos (A, B e C), da seguinte
forma:
Grupo A - Quanto ao nível de satisfação com o curso realizado.
Grupo B - Quanto ao nível de satisfação com a instituição de um modo geral.
Grupo C - Quanto ao nível de satisfação com o processo de acompanhamento dos egressos
da instituição.
O nível de satisfação dos egressos quanto ao curso realizado (GRUPO A) foi obtido a
partir da avaliação dos seguintes aspectos:
a) a qualidade da formação técnica-profissional quanto ao nível do ensino, dos docentes da
instituição e quanto à atualidade dos conhecimentos adquiridos para o mercado de trabalho;
b) a relevância do curso para o mercado de trabalho quanto à oferta de estágios e empregos;
c) a organização curricular e a prática pedagógica quanto às disciplinas e aos conteúdos
ministrados;
d) o sistema e os métodos de avaliação adotados pela instituição e pelos professores.
60
O nível de satisfação dos egressos quanto à instituição de um modo geral (GRUPO B)
foi obtido a partir da avaliação dos seguintes aspectos:
a) a infra-estrutura do CEFET/PE: salas de aula, laboratórios, equipamentos e recursos didáticos,
biblioteca, auditórios, espaços esportivos e de lazer;
b) a sua gestão administrativa (diretores, gerentes, coordenadores) e os serviços administrativos
de apoio ao aluno na instituição;
c) os valores fomentados pela instituição, particularmente quanto à ética e a responsabilidade
social;
d) a qualidade da instituição de um modo geral.
O nível de satisfação dos egressos quanto ao processo de acompanhamento dos egressos
da instituição (GRUPO C) foi obtido a partir da avaliação dos seguintes aspectos:
a) o atendimento na instituição e os serviços de orientação profissional oferecidos aos egressos
pelo CEFET/PE;
b) o acompanhamento dos egressos realizado pelo CEFET/PE no mercado de trabalho e nas
empresas;
c) o apoio institucional do CEFET/PE oferecido aos egressos no mercado de trabalho e nas
empresas;
d) as oportunidades de atualização e re-qualificação profissional oferecido pelo CEFET/PE após
o seu egresso da instituição;
e) a sua participação em alguma pesquisa na condição de egresso do CEFET/PE;
f) o processo de certificação profissional do CEFET/PE como um todo.
Para a avaliação dos aspectos que compuseram o ISE, foi utilizada uma escala intervalar
de nível de satisfação, composta de cinco conceitos básicos que foram estabelecidos como
parâmetro para a sua avaliação, atribuído às perguntas do questionário, a saber: Conceito
Totalmente Insatisfeito – Valor 1; Conceito Pouco Insatisfeito – Valor 2; Conceito Satisfeito –
Valor 3; Conceito Muito Satisfeito – Valor 4; Conceito Totalmente Satisfeito – Valor 5.
61
3.3.5 Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso – ICEPE
Para captar a importância do CEFET/PE e da experiência adquirida através da prática
profissional exercida no mercado de trabalho no desenvolvimento pessoal e profissional dos
egressos, foi obtido o Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do
Egresso – ICEPE, através da avaliação feita pelos próprios egressos quanto aos seguintes
aspectos:
a) a instituição CEFET/PE para o seu desenvolvimento pessoal e profissional;
b) a melhoria da sua empregabilidade e da sua renda decorrente da formação profissional obtida
no CEFET/PE;
c) a certificação profissional do CEFET/PE como diferencial para o seu ingresso no mercado de
trabalho e sua contratação pelas empresas;
d) a experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o
seu desenvolvimento pessoal e profissional;
e) a empresa atual para o seu desenvolvimento pessoal e profissional;
f) o reconhecimento das empresas de um modo geral pelo trabalho realizado, para o seu
desenvolvimento pessoal e profissional;
g) as oportunidades de ascensão profissional dada pelas empresas de um modo geral, para o seu
desenvolvimento pessoal e profissional;
h) as oportunidades de capacitação e treinamento dado pelas empresas de um modo geral, para o
seu desenvolvimento pessoal e profissional;
i) a valorização dada à sua formação profissional a ao curso realizado no CEFET/PE pelo
mercado de trabalho de um modo geral, para o seu desenvolvimento pessoal e profissional;
j) a importância do CEFET/PE e da experiência adquirida através da prática profissional exercida
no mercado de trabalho, para o seu desenvolvimento pessoal e profissional como um todo.
Para a avaliação dos aspectos que compuseram o ICEPE, foi utilizada uma escala
intervalar de nível de importância, composta de cinco conceitos básicos que foram estabelecidos
como parâmetro para a sua avaliação, atribuído às perguntas do questionário, a saber: Conceito
Irrelevante – Valor 1; Conceito Pouco Importante – Valor 2; Conceito Importante – Valor 3;
Conceito Muito Importante – Valor 4; Conceito Imprescindível – Valor 5.
62
A composição dos cinco indicadores da pesquisa foi feita considerando a média dos
valores correspondentes aos conceitos atribuídos às perguntas dos questionários, ou seja, quanto à
avaliação dos aspectos integrantes de cada indicador, avaliação esta feita pelas chefias imediatas
dos egressos no ambiente de trabalho, no caso do IDP1, IDP2 e IPG, e pelos próprios egressos,
no caso do ISE e do ICEPE, por empresa. Vale salientar que cada pergunta do questionário
correspondeu a um aspecto avaliado, e que foi levado em consideração o desvio padrão dos
respectivos escores obtidos.
O método utilizado no estudo com o objetivo de realizar esse processo de avaliação foi
do tipo “Listas de Verificação” (check-lists). Este é um método considerado tradicional de
avaliação de desempenho, que se baseia numa relação de aspectos a serem observados sobre um
funcionário ou sobre algo que se pretende avaliar.
Segundo Chiavenato (2004), os métodos tradicionais de avaliação de desempenho mais
utilizados são: escalas gráficas, escolha forçada, pesquisa de campo, incidentes críticos e listas de
verificação.
O instrumento utilizado para a coleta de dados foi o questionário com perguntas
fechadas, com suas escalas correspondentes.
Para a obtenção das informações que resultaram no IDP1, IDP2 e IPG, o questionário
foi respondido pela chefia imediata do egresso do CEFET/PE no ambiente de trabalho das
empresas e constou de vinte perguntas no total, ou seja, vinte aspectos avaliados, sendo sete para
a obtenção do IDP1, sete para a obtenção do IDP2 e seis para a obtenção do IPG.
Para a obtenção do ISE e ICEPE, o questionário foi respondido pelos próprios egressos
do CEFET/PE no ambiente de trabalho das empresas e constou de vinte e quatro perguntas no
total, ou seja, vinte e quatro aspectos avaliados, sendo quatorze para a obtenção do ISE e dez para
a obtenção do ICEPE.
Utilizamos esse instrumento como recurso para obtenção dos dados e das informações
necessárias para a realização da pesquisa.
Além da obtenção desses dados e dessas informações através dessa fonte primária,
utilizou-se fontes secundárias que foram trabalhos afins a este já realizados, bem como, a
literatura pertinente à temática da presente pesquisa e do seu objeto de estudo, como forma de
agregar valor ao mesmo e de fundamenta-lo teoricamente.
63
A população da pesquisa refere-se às empresas conveniadas com o CEFET/PE que estão
localizadas na RMR, que no momento corresponde a 315 empresas.
A amostra da pesquisa foi extraída dessa população de empresas e foi do tipo
estratificada, considerando a classificação do SEBRAE quanto ao porte da empresa (grande,
média, pequena e micro empresa), que leva em consideração o número de funcionários e o ramo
de atuação da mesma.
Esta classificação está assim definida, segundo o Estudo MPE nº 1, de Julho/03 –
Unidade de Estratégias e Diretrizes, do SEBRAE.
Quadro 1- Classificação do SEBRAE
INDÚSTRIA,
Micro: até 19 empregados.
Pequena: 20 até 99 empregados.
Média: 100 até 499 empregados.
Grande: mais de 499 empregados.
COMÉRCIO/SERVIÇOS,
Micro: até 9 empregados.
Pequena: 10 até 49 empregados.
Média: 50 até 99 empregados.
Grande: mais de 99 empregados.
Com base nessa classificação, portanto, foi feita uma amostra aleatória composta de dez
micro-empresas, dez empresas de pequeno porte, dez empresas de médio porte e dez empresas de
grande porte, totalizando quarenta empresas, ou seja, mais de 10% da população total de
empresas conveniadas com a instituição, localizadas na RMR.
64
Para cada empresa integrante da amostra foram escolhidos aleatoriamente um (a)
funcionário (a) egresso (a) do CEFET/PE e um (a) respectivo (a) chefe (ia) imediato (a) deste (a)
egresso (a) para responder os questionários.
Portanto, para cada empresa foram respondidos dois questionários. Um pelo egresso e
outro pela sua chefia imediata, totalizando, assim, oitenta questionários respondidos, sendo
quarenta pelos egressos e quarenta pelas suas chefias imediatas.
Para a aplicação dos respectivos questionários junto aos egressos e as suas chefias
imediatas foi utilizado o departamento de recursos humanos das empresas integrantes da amostra,
através do qual foi identificado aleatoriamente o funcionário egresso do CEFET/PE, bem como, a
sua chefia imediata na empresa para a aplicação dos respectivos questionários.
Para a obtenção dos indicadores finais da pesquisa, considerando a amostra de 40
empresas, utilizamos, portanto, a média das médias dos valores (escores) correspondentes aos
aspectos avaliados por indicador, feitos pela chefia imediata ou pelo egresso.
Quando da composição dos indicadores foi obtido valor intermediário relativamente à
média dos valores (escores), utilizou-se uma escala de referência para valores intermediários que
atribuiu correspondências e estabeleceu o seguinte:
Quadro 2- Escala de referência para valores intermediários
Entre 1 e 1,5, corresponde ao valor 1.
a) acima de 1,5 e até 2,5, corresponde ao valor 2.
b) acima de 2,5 e até 3,5, corresponde ao valor 3.
c) acima de 3,5 e até 4,5, corresponde ao valor 4.
d) acima de 4,5 e até 5, corresponde ao valor 5.
Após fazer a correlação e se encontrar o valor correspondente, considerou-se a escala
específica utilizada para a avaliação dos aspectos de cada um dos cinco indicadores da pesquisa
e, conseqüentemente, ao conceito que a média obtida corresponde.
65
Quando a média dos escores correspondente a avaliação dos aspectos que integra cada
indicador for um valor inteiro, utilizou-se diretamente a escala específica do referido indicador e,
conseqüentemente, ao conceito que a média obtida corresponde.
66
CAPÍTULO IV
67
4 ANÁLISES DOS RESULTADOS
Para a obtenção dos dados da pesquisa foram aplicados dois questionários por empresa,
sendo um deles respondido pela chefia imediata do egresso no ambiente de trabalho que
corresponde à avaliação das empresas sobre os egressos, e o outro respondido pelo egresso do
CEFET/PE, que corresponde a sua avaliação sobre a certificação profissional obtida e sobre a
importância da instituição e do mercado de trabalho para o seu desenvolvimento pessoal e
profissional, totalizando, 80 questionários respondidos.
Tabela 7 – Pernambuco: Questionários aplicados
Setembro/2007
Questionários
n
Chefias Imediatas dos Egressos do CEFET/PE no
Ambiente de Trabalho das Empresas
40
Egressos do CEFET/PE no Ambiente de Trabalho das
Empresas
40
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DE EMPRESAS
Os dados da pesquisa advieram das 40 empresas que fizeram parte da amostra da
mesma, dentro de um universo atual de 315 empresas conveniadas com a instituição que estão
localizadas na RMR.
68
Foi feita uma amostra aleatória das empresas, correspondendo a 12,69% do universo
total. Esta amostra é representativa para o universo e foi utilizada neste estudo.
De forma a garantir o mínimo de representatividade para cada um dos 4 grupos de
empresas segundo o porte, ou seja, microempresa, empresa de pequeno porte, empresa de médio
porte e empresa de grande porte, optou-se por uma divisão equitativa da amostra de 40 empresas
entre esses 4 grupos. Isto se deu devido ao pequeno tamanho da amostra que é representativa
apenas para o universo das empresas.
Portanto, a amostra de empresas ficou distribuída da seguinte forma quanto ao porte,
conforme a tabela a seguir.
Tabela 8– Pernambuco: Caracterização das empresas, segundo o tamanho.
Setembro/2007
Porte da empresa
n
%
Micro empresa
10
25
Empresa de pequeno porte
10
25
Empresa de médio porte
10
25
Empresa de grande porte
10
25
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.
69
Quanto ao ramo de atuação das empresas pesquisadas, obtivemos a seguinte distribuição
percentual, considerando que de um total de 40 empresas integrantes da amostra desta pesquisa,
20 são do ramo da indústria, 19 do setor de serviços e apenas uma do ramo do comércio.
Gráfico 1 – Pernambuco: Caracterização das empresas, segundo o ramo de atuação
Setembro/2007
50,0%
2,5%
47,5% Indústria
Comércio
Serviços
Fonte: pesquisa direta realizada pelo autor
Quanto ao ramo de atuação das empresas integrantes da amostra da pesquisa, verificou-
se, portanto, a predominância da área da indústria e do setor de serviços, em detrimento do ramo
do comércio, o que ratifica a tradição construída pelo CEFET/PE ao longo da sua história que é
servir predominantemente ao setor da industria e, mais recentemente, aumentando a sua
contribuição e participação no setor de serviços, o que fica claro nos dados coletados quanto ao
número e percentual de empresas desses setores que acabaram por integrar a amostra dessa
pesquisa.
Este dado é corroborado ainda pelo fato dos cursos oferecidos pela instituição
atualmente estarem mais direcionados para os ramos da indústria e do setor de serviços, logo,
para onde os egressos se encaminham predominantemente já que um maior número de empresas
desses setores acaba por estabelecer convênio com a instituição com o objetivo de absorver a mão
de obra que é qualificada no CEFET/PE.
70
4.2 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DE EGRESSOS
Além dos questionários aplicados que teve como meta coletar os dados necessários à
concretização dos objetivos da pesquisa, obtivemos, ainda, informações com o intuito de
caracterizar a amostra dos egressos respondentes dos questionários, dados esses que são
apresentados a seguir.
Cabe ressaltar que trata-se de uma amostra pequena, de apenas 40 observações, coletada
no interesse de referenciar os resultados da avaliação dos egressos. Não foi possível, dadas as
limitações deste estudo, trabalhar com uma amostra grande o suficiente para ser representativa do
universo de egressos do CEFET-PE, instituição com 98 anos de atividade e que forma em torno
de 600 egressos por ano.
No entanto, apesar de pequena, a amostra de egressos é suficiente para permitir uma
noção de como os egressos avaliam a instituição e a contribuição do mercado de trabalho para o
seu desenvolvimento como um todo.
Quanto ao sexo dos egressos a amostra ficou assim distribuída:
Tabela 9 – Pernambuco: Caracterização dos egressos quanto ao sexo
Setembro/2007
Sexo dos Egressos
n
%
Masculino 26 65
Feminino 14 35
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.
71
Quanto à faixa etária dos egressos verificou-se que a maioria absoluta da amostra
pesquisada, 32 entre os 40 egressos pesquisados está na faixa entre 21 e 30 anos, o que
corresponde a 80 % do total.
Gráfico 2 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à faixa etária
Setembro/2007
5%
80%
10%5%
18 a 20 anos
21 a 30 anos
31 a 40 anos
Mais de 40 anos
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor
72
Quanto à Certificação Profissional obtida na instituição, a amostra coletada apresentou a
seguinte distribuição, quanto ao número e percentual dos cursos correspondentes a formação
profissional dos egressos integrantes da amostra da pesquisa.
Tabela 10 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto a Certificação Profissional obtida
Setembro/2007
Certificação Profissional
n
%
Mecânica
10
25
Edificações
9
22,5
Eletrotécnica
7
17,5
Eletrônica
4
10
Química Industrial
3
7,5
Segurança do trabalho
3
7,5
Refrigeração
2
5
Telecomunicações
1
2,5
Saneamento Ambiental
1
2,5
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.
Vale salientar que os cursos correspondentes à formação profissional dos egressos
integrantes da amostra da pesquisa foram escolhidos aleatoriamente pelo departamento de
recursos humanos das empresas.
73
Quanto ao tempo de conclusão do curso, a amostra de egressos tem dois grupos mais
representativos em percentual, que foram aqueles que tem mais de 60 meses de concluído o seu
curso com 40 % do total de 40 egressos (16 egressos) e aqueles que tem até 12 meses de
concluída sua certificação profissional com 22,5 % (9 egressos).
Gráfico 3 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao tempo de conclusão do curso
Setembro/2007
0
10
20
30
40
50
0 a 12meses
13 a 24meses
25 a 36meses
37 a 48meses
49 a 60meses
Mais de60 meses
n%
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.
74
Quanto à rede de ensino que o egresso do CEFET/PE integrou antes de ingressar na
instituição, verificou-se a predominância da rede pública em detrimento da privada na amostra
pesquisada, correspondente a 45% da rede pública (18 egressos) e 37,5 % da rede privada (15
egressos), o que demonstra a tendência dos alunos que passam a integrar o CEFET/PE serem
oriundos da rede pública de ensino. Inclusive, o CEFET/PE, hoje, adota o sistema de cotas para o
ingresso na instituição, através do qual, destina-se 50 % do total de vagas em todos os cursos
oferecidos exclusivamente para os alunos oriundos da rede pública de ensino.
Gráfico 4 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à rede de ensino anterior ao
CEFET/PE
Setembro/2007
37,5
17,5
45
Pública Privada Pública e Privada
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.
75
Quanto à escolaridade atual dos egressos verificou-se que 52,5 % (21 egressos)
mantiveram-se no nível Técnico/Tecnológico, 42,5 % (17 egressos) tem o nível Superior
Incompleto e apenas 5 % (2 egressos) do total de 40 integrantes da amostra, tem o nível superior
completo ou é pós-graduado.
Gráfico 5 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao grau de escolaridade
atual
Setembro/2007
0102030405060
Técn
ico/
Tecn
ológ
ico
Supe
rior
Inco
mpl
eto
Supe
rior
Com
plet
o
Pós-
grad
uaçã
o
n%
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor
76
Quanto ao tempo de trabalho na empresa atual, verificou-se dois grupos mais
representativos quanto aos percentuais coletados, que foram aqueles que têm até um ano de
trabalho na empresa atual com 35% (14 egressos) e os que têm acima de cinco anos com 27,5%
(11 egressos).
Gráfico 6 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao tempo de trabalho na empresa
atual
Setembro/2007
0 10 20 30 40
0 a 12 meses
13 a 24 meses
25 a 36 meses
37 a 48 meses
49 a 60 meses
mais de 60 meses
%
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.
77
Quanto a ter sido estagiário na empresa atual antes de ser contratado como funcionário,
observou-se que 82% dos egressos pesquisados foram estagiários antes de serem efetivados como
funcionário da empresa.
Gráfico 7 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto a ter sido estagiário na empresa
Setembro/2007
82%
18%
SimNão
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.
Quanto à questão que procurou verificar se o funcionário egresso do CEFET/PE
desempenha função compatível com a formação profissional obtida na instituição, obteve-se um
percentual de 100% de compatibilidade no exercício da função na empresa com a formação
profissional obtida, o que garante que o investimento feito na qualificação profissional desses
jovens e quanto ao conhecimento que adquiriram está sendo plenamente utilizado pelo mercado
de trabalho e pelas empresas.
78
Quanto ao período de tempo entre o término da certificação profissional e o ingresso no
mercado de trabalho considerando o primeiro emprego, constatou-se que 33 dos 40 egressos
integrantes da amostra, ou seja, 82,5 %, conseguiu a sua colocação no mercado de trabalho em
até 6 meses após concluída a sua formação profissional.
Gráfico 8 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao período de tempo para o 1º
emprego
Setembro/2007
0
20
40
60
80
100
Até 6 meses 6 meses ou mais
%
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor
Quanto ao aspecto da caracterização dos egressos que procurou verificar se a empresa
atual corresponde ao 1º emprego, obtivemos 65 % (26 egressos) que sim e 35 % (14 egressos)
que não. Gráfico 9 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à empresa atual corresponder
ao 1º emprego do egresso
Setembro/2007
Sim
Não
% 65 35
n 26 14
Sim Não
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor
79
Quanto ao número de empresas trabalhadas anteriormente pelos egressos, a amostra
verificou que 65% dos egressos (26 egressos) não tinha nenhuma experiência profissional
anterior, confirmando o resultado anterior referente ao primeiro emprego, que apresentou o
mesmo percentual.
Gráfico 10 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao número de empresas trabalhadas
anteriormente
Setembro/2007
% 65 5 12,5 10 2,5 5
n 26 2 5 4 1 2
Nenhuma
1 empresa
2 empresa
3 empresa
4 empresa
5 ou mais
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor
80
Quanto à experiência profissional dos egressos, ou seja, há quanto tempo o egresso do
CEFET/PE atua no mercado de trabalho considerando a certificação profissional obtida na
instituição e o seu primeiro emprego, verificou-se na amostra pesquisada dois grupos mais
representativos percentualmente que foram aqueles com mais de 60 meses de experiência
profissional, com 32,5 % (13 egressos), e aqueles com até 12 meses de experiência profissional,
com 25 % (10 egressos) do total de 40 egressos integrantes da amostra pesquisada.
Gráfico 11 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao tempo de experiência profissional
Setembro/2007
%n
% 25 7,5 7,5 15 12,5 32,5
n 10 3 3 6 5 13
0 a 12 13 a 24 25 a 36 37 a 48 49 a 60 mais de
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor
81
Quanto à jornada de trabalho desempenhada pelos egressos nas empresas, 45 % das
empresas (18 empresas) declararam que os mesmos cumprem uma carga horária de 40
h/semanais e 45 % delas informaram 44 h/semanais de trabalho (18 empresas). Outras 5 %
informaram 30 h/semanais (2 empresas) e 5 % (2 empresas) não informaram.
Gráfico 12 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à jornada de trabalho
Setembro/2007
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
1 2
30 h/semanais40 h/semanais44 h/semanaisN.I.
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor
82
Quanto ao nível de remuneração dos egressos, verificou-se uma parcela mais
significativa dos 40 egressos na faixa entre 2 e 3 salários mínimos, com 27,5 % (11 egressos). Em
seguida a faixa que corresponde a mais de 1 e até 2 salários mínimos, com 22,5 % (9 egressos). A
faixa que corresponde a mais de 3 e até 4 salários mínimos teve 20 % do total dos 40 egressos
integrantes da amostra, ou seja, 8 egressos. Os outros 30% (12 egressos) ficaram distribuídos
entre as demais faixas de salário ou não foi informado.
Gráfico 13 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao nível de remuneração
Setembro/2007
0 5 10 15 20 25 30
Até 1 S.M.
Mais de 1 e até 2 S.M.
Mais de 2 e até 3 S.M.
Mais de 3 e até 4 S.M.
Mais de 4 e até 5 S.M.
Acima de 5 S.M.
N.I.
n%
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor
83
Quanto ao aspecto da caracterização dos egressos que procurou verificar se a
contratação dos mesmos foi feita via Coordenação de Integração Escola Empresa - CIEE
constatou-se que 60 % das empresas fizeram a contratação por intermédio do referido
departamento, que é responsável pela integração da instituição com o mercado de trabalho e com
o processo de colocação dos alunos e dos egressos nos estágios curriculares e nos empregos
requeridos pelo mercado de trabalho.
Gráfico 14 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à contratação dos egressos via CIEE
Setembro/2007
30%
60%
10%Não
Sim
N.I.
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor
Constatou-se ainda na pesquisa que não havia nenhum egresso na amostra pesquisada
com algum tipo de deficiência ou necessidade especial.
84
4.3 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS PARA RESPONDER AOS OBJETIVOS DA
PESQUISA QUANTO À AVALIAÇÃO FEITA PELAS EMPRESAS SOBRE OS EGRESSOS
O questionário respondido pela chefia imediata procurou obter a avaliação da empresa
sobre os desempenhos pessoais e profissionais do egresso no ambiente de trabalho e sobre a
importância da participação geral do egresso no desenvolvimento da mesma, resultado esse que
foi utilizado para compor o Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso – IDP1, Indicador de
Desempenho Profissional do Egresso – IDP2 e o Indicador da Participação Geral do Egresso –
IPG, considerando para isso a média com o seu respectivo desvio padrão, sobre os escores dos
resultados da avaliação dos aspectos que integraram cada um desses três indicadores. Esses três
indicadores serviram de base para analisar a contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento
das empresas conveniadas com a instituição na visão dos empresários.
Tabela 11 – Pernambuco: Indicadores aferidos quanto à avaliação das empresas sobre os egressos
Setembro/2007
Indicadores aferidos quanto à avaliação das empresas sobre os egressos
Indicador de desempenho pessoal do egresso – IDP 1.
Indicador de desempenho profissional do egresso – IDP 2
Indicador de participação geral do egresso – IPG.
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.
85
4.3.1 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso – IDP1 e seu resultado final
Quanto aos aspectos que integraram o Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso –
IDP1, o aspecto melhor avaliado, considerando a média dos resultados das 40 empresas, foi
“comunicação e relacionamentos com chefias, subordinados e demais funcionários”, com valor
médio 4 e desvio padrão 1, ou seja, correspondente ao conceito Muito Bom na escala de
referência utilizada para a aferição deste indicador.
Os aspectos integrantes do IDP1 com a pior avaliação foram “criatividade para sugerir e
implementar novos procedimentos”, “liderança positiva e cooperativa” e “iniciativa e
autoconfiança para tomar decisões”, todos com 3,4 de média e desvio padrão 1. Vale salientar
que o valor médio obtido para esses três aspectos, corresponde ainda a uma avaliação positiva,
considerando a escala de referência utilizada para valores intermediários e que corresponde neste
caso ao valor 3, portanto, ao conceito Bom.
O resultado final para o Indicador de Desempenho Pessoal – IDP1, levando em
consideração a avaliação dos 7 aspectos que o integra por empresa, e neste caso, a média das
médias das 40 empresas, foi de 3,6 e desvio padrão 0,7, ou seja, correspondendo a um conceito
Muito Bom, considerando a escala de referência específica utilizada para aferir este indicador e a
escala de referência para valores intermediários.
86
Tabela 12 - Indicador de Desempenho Pessoal – IDP1
Aspectos Avaliados Média Desv. P. Conceito Comunicação e relacionamentos com chefias, subordinados e demais funcionários
4,0
1
Muito Bom
Pró-atividade e dinamismo
3,8
1
Muito Bom
Equilíbrio emocional para solucionar problemas e conflitos
3,6
1
Muito Bom
Motivação individual e contribuição para a motivação do grupo
3,6
1
Muito Bom
Criatividade para sugerir e implementar novos procedimentos
3,4
1
Bom
Liderança positiva e cooperativa
3,4
1
Bom
Iniciativa e autoconfiança para tomar decisões
3,4
1
Bom
Resultado final do IDP1 3,6 0,7 Muito Bom
Fonte:Pesquisa direta realizada pelo autor.
87
4.3.2 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Desempenho Profissional do Egresso – IDP2 e seu resultado final
Quanto aos aspectos que integraram o Indicador de Desempenho Profissional do
Egresso – IDP 2, o aspecto melhor avaliado, considerando a média dos resultados das 40
empresas, foi “Ética profissional” , com valor médio 4,3 e desvio padrão 0,7, ou seja,
correspondendo ao valor 4 na escala de referência utilizada para valores intermediários, portanto,
ao conceito Muito Bom.
O aspecto do IDP 2 com pior avaliação foi “capacidade empreendedora e participação
nos processos de inovação tecnológica da empresa”, com média 3,3 e desvio padrão 0,9. Ainda,
sim, correspondendo a uma avaliação positiva, considerando tanto o valor máximo de 5 de todas
as escalas utilizadas para a aferição dos cinco indicadores da pesquisa, quanto para este caso que,
tendo como base a escala de referência para valores intermediários, corresponde a um valor 3,
portanto, ao conceito Bom.
O resultado final para o Indicador de Desempenho Profissional – IDP 2, levando em
consideração a avaliação dos 7 aspectos que o integra por empresa, e neste caso, a média das
médias das 40 empresas, foi de 3,7 e desvio padrão 0,6, ou seja, correspondendo a um conceito
Muito Bom, considerando a escala de referência específica utilizada para aferir este indicador e a
escala de referência para valores intermediários.
88
Tabela 13 - Indicador de Desempenho Profissional – IDP 2
Aspectos Avaliados Média Desv. P. Conceito
Ética profissional 4,3 0,7 Muito Bom
Assiduidade e pontualidade 4,0 0,9 Muito Bom
Conhecimento técnico-profissional (teórico/prático) 3,7 0,8 Muito Bom
Eficiência no desempenho da função e na realização de tarefas
3,7 0,8 Muito Bom
Produtividade na concretização de objetivos e metas
3,7 0,9 Muito Bom
Conhecimentos atualizados sobre o mercado de atuação da empresa
3,4 0,9 Bom
Capacidade empreendedora e participação nos processos de inovação tecnológica da empresa
3,3 0,9 Bom
Resultado Final IDP2 3,7 0,6 Muito Bom
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.
89
4.3.3 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Participação Geral do Egresso – IPG e seu resultado final
Quanto aos aspectos que integraram o Indicador de Participação Geral do Egresso –
IPG, o aspecto melhor avaliado, considerando a média dos resultados das 40 empresas, foi
“Postura pessoal adequada e compatível com o ambiente de trabalho”, com valor médio 4,2 e
desvio padrão 0,8, ou seja, correspondendo ao conceito Muito Importante na escala utilizada para
aferir este indicador e, ainda, na escala de referência para valores intermediários. Os aspectos do
IPG com pior avaliação foram “Participação global do funcionário egresso do CEFET/PE no
desenvolvimento desta empresa, tendo como referência a sua formação profissional”, com média
3,9 e desvio padrão 0,6, “Considerando todos os aspectos até aqui abordados e outros que não
tenham sido contemplados neste questionário, qual o nível de importância que você atribui à
participação geral do funcionário egresso do CEFET/PE no desenvolvimento desta empresa como
um todo, tendo como referência a sua formação profissional”, com média 3,9 e desvio padrão
0,6, e “Atuação permanente e efetiva no cotidiano da empresa com o propósito de contribuir para
o seu desenvolvimento”, com média de 3,9 e desvio padrão de 0,7. Vale ressaltar que o resultado
médio obtido para esses três aspectos corresponde a um conceito Muito Importante na escala
utilizada para aferir este indicador e, ainda, na escala de referência para valores intermediários.
O resultado final para o Indicador de Participação Geral – IPG, levando em consideração
a avaliação dos 6 aspectos que o integra por empresa, e neste caso, a média das médias das 40
empresas, foi de 4,0 e desvio padrão 0,6, ou seja, correspondendo a um conceito Muito
Importante, considerando a escala de referência específica utilizada para aferir este indicador.
90
Tabela 14 - Indicador de Participação Geral – IPG
Aspectos Avaliados Média Desv. P. Conceito
Postura pessoal adequada e compatível com o ambiente de trabalho
4,2 0,8 Muito Importante
Qualidade na prestação dos serviços profissionais e no trabalho realizado
4,1 0,7 Muito Importante
Envolvimento e comprometimento com a empresa, com seus resultados e com a melhoria de sua gestão, de seus serviços e produtos
4,0 0,8 Muito Importante
Participação global do funcionário egresso do CEFET/PE no desenvolvimento desta empresa, tendo como referência a sua formação profissional
3,9 0,6 Muito Importante
Considerando todos os aspectos até aqui abordados e outros que não tenham sido contemplados neste questionário, qual o nível de importância que você atribui à participação geral do funcionário egresso do CEFET/PE no desenvolvimento desta empresa como um todo, tendo como referência a sua formação profissional
3,9 0,6 Muito Importante
Atuação permanente e efetiva no cotidiano da empresa com o propósito de contribuir para o seu desenvolvimento
3,9 0,7 Muito Importante
Resultado Final do IPG 4,0 0,6 Muito Importante
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.
91
4.4 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS PARA RESPONDER AOS OBJETIVOS DA
PESQUISA QUANTO À AVALIAÇÃO FEITA PELOS EGRESSOS
O questionário respondido pelo egresso procurou obter o nível de satisfação do mesmo
com o processo de certificação profissional do CEFET/PE, resultado esse que foi utilizado para
compor o ISE – Indicador de Satisfação do Egresso, considerando para isso a média com o seu
respectivo desvio padrão, sobre os escores dos resultados da avaliação dos aspectos que integrou
esse indicador.
Além disso, o questionário respondido pelo egresso procurou avaliar a importância do
CEFET/PE e da experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de
trabalho para o desenvolvimento pessoal e profissional do egresso, resultado esse que foi
utilizado para compor o ICEPE – Indicador da Importância do CEFET/PE e da experiência
profissional do Egresso, considerando para isso a média com o seu respectivo desvio padrão,
sobre os escores dos resultados da avaliação dos aspectos que integrou esse indicador.
Tabela 15 – Pernambuco: Indicadores aferidos quanto à avaliação feita pelos egressos
Setembro/2007
Indicadores aferidos quanto à avaliação feita pelos egressos
Indicador de Satisfação do Egresso – ISE
Indicador da Importância do CEFET/PE e da experiência profissional do egresso – ICEPE
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.
92
4.4.1 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Satisfação do Egresso – ISE e seu resultado final
Quanto aos aspectos que integraram o Indicador de Satisfação do Egresso – ISE, que foi
dividido em 3 grupos, obtivemos a melhor avaliação quanto ao Grupo A, considerando a média
das respostas dos 40 egressos, para o aspecto: “A relevância do curso para o mercado de trabalho
quanto à oferta de estágios e empregos” com média 3,4 e desvio padrão 0,9, e com pior avaliação
o aspecto “O sistema e os métodos de avaliação adotados pela instituição e pelos professores”
com média 3,0 e desvio padrão 0,7. O Grupo A, diz respeito ao nível de satisfação dos egressos
com o curso realizado. Em ambos os casos o conceito correspondente às médias obtidas foi
Satisfeito, considerando a escala específica deste indicador e, ainda, a escala de referência para
valores intermediários.
O resultado final para o Grupo A do ISE, levando em consideração a avaliação dos 4
aspectos que o integra, por egresso, e neste caso, a média das média dos 40 egressos, foi de 3,2 e
desvio padrão 0,6, ou seja, correspondendo ao conceito satisfeito, considerando a escala de
referência específica utilizada para aferir este indicador e a escala de referência para valores
intermediários. Tabela 16 - Grupo A - ISE
Aspectos Avaliados Média Desv. P. Conceito
A relevância do curso para o mercado de trabalho quanto à oferta de estágios e empregos
3,4 0,9 Satisfeito
A qualidade da formação técnico-profissional quanto ao nível do ensino, dos docentes da instituição e quanto à atualidade dos conhecimentos adquiridos para o mercado de trabalho
3,2 0,7 Satisfeito
A organização curricular e a prática pedagógica quanto às disciplinas e aos conteúdos ministrados
3,1 0,6 Satisfeito
O sistema e os métodos de avaliação adotados pela instituição e pelos professores
3,0 0,7 Satisfeito
Resultado final do Grupo A do ISE 3,2 0,6 Satisfeito
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.
93
Quanto ao grupo B do ISE, que diz respeito ao nível de satisfação dos egressos com a
instituição de um modo geral, o aspecto melhor avaliado considerando a média das repostas dos
40 egressos integrantes da amostra, foi “Os valores fomentados pela instituição, particularmente
quanto à ética e a responsabilidade social”, com média 3,2 e desvio padrão 0,6, o que
corresponde ao conceito Satisfeito. O aspecto pior avaliado pelos egressos foi “A gestão
administrativa do CEFET/PE, particularmente, quanto aos diretores, gerentes e coordenadores,
bem como quanto aos serviços administrativos de apoio ao aluno na instituição”, com média 2,6 e
desvio padrão de 0,9, correspondendo, portanto, ao conceito intermediário da escala de nível de
satisfação utilizada para aferir esse indicador e, ainda, a escala de referência para valores
intermediários, ou seja, ao conceito Satisfeito.
O resultado final para o Grupo B do ISE, levando em consideração a avaliação dos 4
aspectos que o integra, por egresso, e neste caso, a média das média dos 40 egressos, foi de 2,9 e
desvio padrão de 0,6, ou seja, correspondendo ao conceito satisfeito, considerando a escala de
referência específica utilizada para aferir este indicador e a escala de referência para valores
intermediários.
Tabela 17 - Grupo B - ISE Aspectos Avaliados Média Desv. P. Conceito Os valores fomentados pela instituição, particularmente quanto à ética e à responsabilidade social
3,2 0,6 Satisfeito
A qualidade da instituição de um modo geral 3,0 0,6 Satisfeito
A infra-estrutura do CEFET/PE: salas de aula, laboratórios, equipamentos e recursos didáticos, biblioteca, auditórios, espaços esportivos e de lazer
2,7 1,0 Satisfeito
A sua gestão administrativa(diretores, gerentes, coordenadores) e os serviços administrativos de apoio ao aluno na instituição
2,6 0,9 Satisfeito
Resultado final do Grupo B do ISE 2,9 0,6 Satisfeito
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.
94
Quanto ao grupo C, correspondente ao nível de satisfação dos egressos com o processo
de acompanhamento de egressos da instituição e com o processo de Certificação Profissional
como um todo, obtivemos a melhor média das respostas dos 40 egressos para o aspecto “o
processo de Certificação Profissional do CEFET/PE como um todo”, com média 3,0 e desvio
padrão 0,8, o que corresponde ao conceito Satisfeito. O aspecto pior avaliado pelos egressos neste
grupo foi “As oportunidades de atualização e requalificação profissional oferecido pelo
CEFET/PE após o seu egresso da instituição”, com média 2,1 e desvio padrão 0,9, o que
corresponde ao conceito Pouco Satisfeito, tendo como referência a escala específica utilizada
para aferir esse indicador e a escala de referência para valores intermediários.
O resultado final para o Grupo C do ISE, levando em consideração a avaliação dos 6
aspectos que o integra, por egresso, e neste caso, a média das média dos 40 egressos, foi de 2,5 e
desvio padrão de 0,7, ou seja, correspondendo ao conceito Pouco Satisfeito, considerando a
escala de referência específica utilizada para aferir este indicador e a escala de referência para
valores intermediários.
Tabela 18 - Grupo C - ISE Aspectos Avaliados Média Desv. P. Conceito O processo de certificação profissional do CEFET/PE como um todo
3,0 0,8 Satisfeito
O atendimento na instituição e os serviços de orientação profissional oferecidos aos egressos pelo CEFET/PE
2,9 0,8 Satisfeito
O acompanhamento dos egressos realizado pelo CEFET/PE no mercado de trabalho e nas empresas
2,5 0,8 Pouco Satisfeito
O apoio institucional do CEFET/PE oferecido aos egressos no mercado de trabalho e nas empresas
2,4 0,9 Pouco Satisfeito
A sua participação em alguma pesquisa na condição de egresso do CEFET/PE
2,2 0,9 Pouco Satisfeito
As oportunidades de atualização e re-qualificação profissional Oferecido pelo CEFET/PE após o seu egresso da instituição
2,1 0,9 Pouco Satisfeito
Resultado final do Grupo C do ISE 2,5 0,7 Pouco Satisfeito
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.
95
O resultado final para o Indicador de Satisfação do Egresso – ISE, levando em
consideração a avaliação dos 14 aspectos que o integra, por egresso, e neste caso, a média das
médias dos 40 egressos, foi de 2,8 e desvio padrão 0,5, ou seja, correspondendo a um conceito
Satisfeito, considerando a escala de referência específica utilizada para aferir este indicador e a
escala de referência para valores intermediários.
Tabela 19 - Indicador de Satisfação do Egresso – ISE
Aspectos Avaliados Média Desv. P.
Conceito
A relevância do curso para o mercado de trabalho quanto à oferta de estágios e empregos - Grupo A
3,4 0,9 Satisfeito
Os valores fomentados pela instituição, particularmente quanto à ética e à responsabilidade social- Grupo B
3,2 0,6 Satisfeito
A qualidade da formação técnico-profissional quanto ao nível do ensino, dos docentes da instituição e quanto à atualidade dos conhecimentos adquiridos para o mercado de trabalho - Grupo A
3,2 0,7 Satisfeito
A organização curricular e a prática pedagógica quanto às disciplinas e aos conteúdos ministrados - Grupo A
3,1 0,6 Satisfeito
A qualidade da instituição de um modo geral - Grupo B 3,0 0,6 Satisfeito
O sistema e os métodos de avaliação adotados pela instituição e pelos professores - Grupo A
3,0 0,7 Satisfeito
O processo de certificação profissional do CEFET/PE como um todo - Grupo C
3,0 0,8 Satisfeito
O atendimento na instituição e os serviços de orientação profissional oferecidos aos egressos pelo CEFET/PE - Grupo C
2,9 0,8 Satisfeito
A infra-estrutura do CEFET/PE: salas de aula, laboratórios, equipamentos e recursos didáticos, biblioteca, auditórios, espaços esportivos e de lazer - Grupo B
2,7 1,0 Satisfeito
96
A sua gestão administrativa(diretores, gerentes, coordenadores) e os serviços administrativos de apoio ao aluno na instituição - Grupo B O acompanhamento dos egressos realizado pelo CEFET/PE no mercado de trabalho e nas empresas - Grupo C O apoio institucional do CEFET/PE oferecido aos egressos no mercado de trabalho e nas empresas - Grupo C A sua participação em alguma pesquisa na condição de egresso do CEFET/PE - Grupo C As oportunidades de atualização e re-qualificação profissional oferecido pelo CEFET/PE após o seu egresso da instituição - Grupo C
2,6
2,5
2,4
2,2
2,1
0,9
0,8
0,9
0,9
0,9
Satisfeito
Pouco Satisfeito
Pouco Satisfeito
Pouco Satisfeito
Pouco Satisfeito
Resultado final do ISE 2,8 0,5 Satisfeito
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.
4.4.2 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso – ICEPE e seu resultado final
Quanto aos aspectos que compuseram o Indicador da Importância do CEFET/PE e da
Experiência Profissional do Egresso – ICEPE, que teve como objetivo verificar a importância da
instituição e da experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de
trabalho para o desenvolvimento pessoal e profissional do egresso obteve-se a melhor avaliação
para os aspectos: “A experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de
trabalho para o seu desenvolvimento pessoal e profissional”, “A empresa atual para o seu
desenvolvimento pessoal e profissional” e “As oportunidades de capacitação e treinamento dado
pelas empresas de um modo geral para o seu desenvolvimento pessoal e profissional”. Nesses 3
97
casos, obteve-se a média 4,2, relativamente à média dos resultados dos 40 egressos, com desvios
padrão 0,7, 0,7 e 0,9, respectivamente, ou seja, correspondendo a um conceito Muito Importante,
considerando a escala específica desse indicador e a escala de referência para valores
intermediários.
Os aspectos com pior avaliação quanto ao ICEPE foram: “A instituição CEFET/PE para
o seu desenvolvimento pessoal e profissional”, “As oportunidades de ascensão profissional dado
pelas empresas de um modo geral para o seu desenvolvimento pessoal e profissional”, “A
valorização dada à sua formação profissional e ao curso realizado no CEFET/PE pelo mercado de
trabalho de um modo geral para o seu desenvolvimento pessoal e profissional” e “A melhoria da
sua empregabilidade e da sua renda decorrente da formação profissional obtida no CEFET/PE”.
Todos esses aspectos obtiveram 3,9 na média das respostas dos 40 egressos, com desvios de 0,6,
0,7, 0,7 e 0,8, respectivamente, o que corresponde ao conceito Muito Importante, considerando a
escala específica desse indicador e a escala de referência para valores intermediários.
O resultado final para o Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência
Profissional do Egresso – ICEPE, levando em consideração a avaliação dos 10 aspectos que o
integra, por egresso, e neste caso, a média das médias dos 40 egressos, foi de 4,0 e desvio padrão
0,4, ou seja, correspondendo a um conceito Muito Importante, considerando a escala de
referência específica utilizada para aferir este indicador.
98
Tabela 20 - Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso – ICEPE
Aspectos Avaliados Média Desv. P. Conceito A experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o seu desenvolvimento pessoal e profissional
4,2 0,7 Muito Importante
A empresa atual para o seu desenvolvimento pessoal e profissional 4,2 0,7 Muito Importante
As oportunidades de capacitação e treinamento dado pelas empresas de um modo geral, para o seu desenvolvimento pessoal e profissional
4,2 0,9 Muito Importante
A importância do CEFET/PE e da experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de trabalho, para o seu desenvolvimento pessoa e profissional como um todo
4,1 0,6 Muito Importante
O reconhecimento das empresas de um modo geral pelo trabalho realizado, para o seu desenvolvimento pessoal e profissional
4,0 0,6 Muito Importante
A certificação profissional do CEFET/PE como diferencial para o seu ingresso no mercado de trabalho e sua contratação pelas empresas
4,0 0,8 Muito Importante
A instituição CEFET/PE para o seu desenvolvimento pessoal e profissional
3,9
0,6
Muito Importante
As oportunidades de ascensão profissional dado pelas empresas de um modo geral, para o seu desenvolvimento pessoal e profissional
3,9 0,7 Muito Importante
A valorização dada à sua formação profissional e ao curso realizado no CEFET/PE pelo mercado de trabalho de um modo geral, para o seu desenvolvimento pessoal e profissional
3,9 0,7 Muito Importante
A melhoria da sua empregabilidade e da sua renda decorrente da formação profissional obtida no CEFET/PE
3,9 0,8 Muito Importante
Resultado final do ICEPE 4,0 0,4 Muito Importante
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.
99
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
100
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
A presente pesquisa teve o objetivo de analisar a contribuição do CEFET/PE para o
desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição na visão dos empresários, bem
como, aferir o nível de satisfação dos egressos com o processo de certificação profissional do
CEFET/PE e, ainda, avaliar a importância da instituição e da experiência profissional adquirida
no mercado de trabalho para o desenvolvimento do egresso como um todo.
Para tanto, realizou um processo de avaliação de aspectos que foi utilizado para compor
os 5 indicadores do trabalho, resultados finais apresentados na tabela a seguir:
Tabela 21 – Resultados Finais dos Indicadores Indicador Média Desvio Padrão Conceito IDP 1 3,6 0,7 Muito Bom
IDP 2 3,7 0,6 Muito Bom
IPG 4,0 0,6 Muito Importante
ISE- Grupo A 3,2 0,6 Satisfeito
ISE- Grupo B ISE- Grupo C ISE Final ICEPE
2,9
2,5
2,8
4,0
0,6
0,7
0,5
0,4
Satisfeito
Pouco Satisfeito
Satisfeito
Muito Importante
Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.
Os três primeiros indicadores IDP1, IDP2 e IPG, foram utilizados para analisar a
contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição
na visão dos empresários, e para isso, foi realizado um processo de avaliação de aspectos quanto
aos desempenhos pessoais, profissionais e quanto à importância da participação geral dos
egressos no desenvolvimento das empresas, a partir da percepção das suas chefias imediatas e
tendo como referência a formação profissional do egresso.
101
Para a obtenção e composição do IDP1 – Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso,
que teve o objetivo de verificar o desempenho pessoal apresentado pelo egresso do CEFET/PE no
ambiente de trabalho, foi utilizado a média dos valores (escores) obtidos nos resultados da
avaliação dos aspectos que integrou esse indicador, por empresa.
Considerando a amostra de 40 empresas, o IDP1 final corresponde à média das médias
das 40 empresas, quanto aos valores (escores) obtidos nos resultados da avaliação dos aspectos
que integrou esse indicador, que correspondeu ao valor 3,6 e desvio padrão 0,7, ou seja, ao
conceito MUITO BOM, considerando a escala específica utilizada para aferir esse indicador e a
escala utilizada para valores intermediários.
Para a obtenção e composição do IDP2 – Indicador de Desempenho Profissional do
Egresso, que teve o objetivo de verificar o desempenho profissional apresentado pelo egresso do
CEFET/PE no ambiente de trabalho, foi utilizado a média dos valores (escores) obtidos nos
resultados da avaliação dos aspectos que integrou esse indicador, por empresa.
Considerando a amostra de 40 empresas, o IDP2 final corresponde à média das médias
das 40 empresas, quanto aos valores (escores) obtidos nos resultados da avaliação dos aspectos
que integrou esse indicador, que correspondeu ao valor 3,7 e desvio padrão 0,6, ou seja, ao
conceito MUITO BOM, considerando a escala específica utilizada para aferir esse indicador e a
escala utilizada para valores intermediários.
Para a obtenção e composição do IPG – Indicador de Participação Geral do Egresso,
que teve o objetivo de verificar a importância da participação geral do egresso no
desenvolvimento da empresa, foi utilizada a média dos valores (escores) obtidos nos resultados
da avaliação dos aspectos que integrou esse indicador, por empresa.
Considerando a amostra de 40 empresas, o IPG final corresponde à média das médias
das 40 empresas, quanto aos valores (escores) obtidos nos resultados da avaliação dos aspectos
que integrou esse indicador, que correspondeu ao valor 4,0 e desvio padrão 0,6, ou seja, ao
conceito MUITO IMPORTANTE, considerando a escala específica utilizada para aferir esse
indicador.
Portanto, a partir do resultado final obtido quanto a esses três indicadores, IDP1, IDP2 e
IPG, que objetivaram servir de subsídio para a analise da contribuição do CEFET/PE para o
desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição a partir dos egressos e na visão dos
empresários, considerando os dados coletados através da amostra desta pesquisa, constatou-se
102
que as empresas conveniadas com o CEFET/PE, localizadas na RMR, consideraram muito bons
os desempenhos pessoais e profissionais dos egressos da instituição no ambiente de trabalho, e
consideraram, ainda, como muito importante à participação geral dos egressos do CEFET/PE no
desenvolvimento das mesmas, tendo como referência à formação profissional dos egressos.
Assim, a partir do resultado final da avaliação das empresas sobre os egressos do
CEFET/PE, pode-se concluir que o CEFET/PE está contribuindo de forma bastante significativa
para o desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição, localizadas na RMR, e
deste modo, vem cumprindo com a sua missão de promover a educação profissional e
tecnológica, através do ensino, pesquisa e extensão, visando a formação de cidadãos éticos,
qualificados para o trabalho e socialmente responsáveis.
Os outros dois indicadores, ISE e ICEPE, foram utilizados para verificar,
respectivamente, o nível de satisfação dos egressos com o processo de certificação profissional
do CEFET/PE, e, a importância da instituição e da experiência adquirida através da prática
profissional exercida no mercado de trabalho para o desenvolvimento pessoal e profissional do
egresso.
Para a obtenção e composição do ISE – Indicador de Satisfação do Egresso, que teve o
objetivo de verificar o nível de satisfação do egresso com o processo de certificação profissional
do CEFET/PE, foi utilizada a média dos valores (escores) obtidos nos resultados da avaliação dos
aspectos que integrou esse indicador, por egresso.
Considerando a amostra de 40 egressos, o ISE final corresponde a média das médias dos
40 egressos, quanto aos valores (escores) obtidos nos resultados da avaliação dos aspectos que
integrou esse indicador, que correspondeu ao valor 2,8 e desvio padrão 0,5, ou seja, ao conceito
SATISFEITO, considerando a escala específica utilizada para aferir esse indicador e a escala de
referência para valores intermediários.
Portanto, a partir do resultado final obtido quanto a esse indicador, ISE, que objetivou
aferir o nível de satisfação dos egressos com o processo de certificação profissional do
CEFET/PE, considerando os dados coletados através da amostra desta pesquisa, conclui-se que
os egressos do CEFET/PE estão satisfeitos com o processo de certificação profissional do
CEFET/PE como um todo.
Para a obtenção e composição do ICEPE – Indicador da Importância do CEFET/PE e da
Experiência Profissional do Egresso – ICEPE, que teve o objetivo de verificar a importância da
103
instituição e da experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de
trabalho para o desenvolvimento pessoal e profissional do egresso, foi utilizada a média dos
valores (escores) obtidos nos resultados da avaliação dos aspectos que integrou esse indicador,
por egresso.
Considerando a amostra de 40 egressos, o ICEPE final corresponde à média das médias
dos 40 egressos, quanto aos valores (escores) obtidos nos resultados da avaliação dos aspectos
que integrou esse indicador, que correspondeu ao valor 4,0 e desvio padrão 0,4, ou seja, ao
conceito MUITO IMPORTANTE, considerando a escala específica utilizada para aferir esse
indicador.
Portanto, a partir do resultado final obtido quanto a esse indicador, ICEPE, que
objetivou avaliar a importância do CEFET/PE e da experiência profissional adquirida no mercado
de trabalho para o desenvolvimento do egresso como um todo, considerando os dados coletados
através da amostra desta pesquisa, conclui-se que os egressos do CEFET/PE consideram como
muito importante à instituição e a experiência que adquiriram no mercado de trabalho para os
seus desenvolvimentos pessoais e profissionais.
A partir do que foi identificado ao longo desta pesquisa, através dos dados obtidos na
mesma, observamos que os resultados de um modo geral são positivos. No entanto, os resultados
também indicam que há espaço para melhorias, particularmente quanto à avaliação feita pelos
egressos.
Considerando esses resultados e o que foi observado ao longo desta pesquisa,
recomendamos o seguinte:
a) que sejam oferecidas oportunidades de atualização e re-qualificação profissional pelo
CEFET/PE para os já egressos da instituição, considerando que o processo de escolarização e de
qualificação profissional deve ocorrer de forma continuada e, portanto, esta deve ser uma
prioridade das instituições públicas de ensino de um modo geral, objetivando manter os
trabalhadores permanentemente atualizados educacional e profissionalmente, inclusive, na
mesma perspectiva como vem sendo desenvolvido pelo CEFET/PE o programa de integração da
educação profissional com a educação básica na modalidade de educação de jovens e adultos –
PROEJA, que destina-se aos trabalhadores acima de 21 anos, com trajetórias escolares
interrompidas ou descontinuadas, ou seja, sem o ensino fundamental ou médio completos, e ainda
para aqueles que não tenham obtido uma formação profissional formal.
104
b) que seja feito o acompanhamento dos egressos do CEFET/PE no mercado de trabalho,
objetivando incluir permanentemente na formação profissional que a instituição oferece as novas
demandas de conhecimento e as inovações tecnológicas que surgem constantemente, ou seja,
mantendo uma boa sintonia entre a certificação profissional e as necessidades das empresas
quanto aos desempenhos a serem apresentados pelos egressos da instituição no ambiente de
trabalho.
c) que o CEFET/PE tenha como objetivo central a qualidade da certificação profissional que
oferece em todos os níveis, objetivando ser um centro de excelência na qualificação profissional
de jovens e adultos, e visando, também, o bom atendimento às demandas produtivas locais
através da mão de obra que é preparada na instituição.
d) que sejam realizados diagnósticos permanentes das demandas produtivas locais, com o
objetivo de serem criados e oferecidos novos cursos técnicos e tecnológicos pela instituição,
expandindo a oferta de EPT;
e) que sejam oferecidos cursos voltados ao setor do comércio, já que na amostra desta pesquisa
verificou-se um percentual muito baixo de empresas que integram esse ramo de atuação e que
estão conveniadas com a instituição;
f) que sejam realizadas pesquisas acerca da EPT, com o objetivo de contribuir para o
desenvolvimento dessa modalidade de ensino e de suas instituições, melhorando a qualidade da
formação profissional oferecida e os serviços prestados por elas à sociedade;
g) que seja realizado um processo de avaliação com os egressos da instituição que contemple
também os cursos tecnológicos já que esses acabaram por não integrar a amostra desta pesquisa;
h) recomendamos, ainda, que seja implementada uma política de avaliação permanente dos
cursos técnicos e tecnológicos que são oferecidas no âmbito das instituições que promovem a
EPT, objetivando sua melhoria constante, bem como, permitindo estabelecer critérios e
parâmetros de avaliação a serem utilizados pelos órgãos competentes que as supervisionam, com
vistas à destinação e ao repasse dos recursos financeiros disponíveis para o fomento e o
desenvolvimento dessa modalidade de ensino no país.
105
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M.B. de. et al. Identificação e Avaliação de Aglomerações Produtivas: uma proposta metodológica para o nordeste. Recife: IPSA/PIMES, 2003. BERGAMINI, C. W.; BERALDO, D. G.R. Avaliação de Desempenho Humano na Empresa. 4ª edição. São Paulo: Atlas, 2007. VELOSO, J.P.R.; ALBUQUERQUE, R.C.; SOUZA, P.R.; et al. Um modelo para a educação no século XXI. Rio de Janeiro: José Olímpio,1999. BARROS, R. P.; HENRIQUES, R.; MENDONÇA, R. Pelo fim das décadas perdidas: Educação e Desenvolvimento Sustentado no Brasil. Rio de Janeiro: IPEA, 2002. (Texto para discussão, 857). CASTRO, C. de M. Formação Profissional na Virada do Século. Belo Horizonte: FIEMG, 2003. Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco – CEFET/PE. Missão da Instituição. Disponível na Internet URL. Disponível em: < http://cefetpe.br>. Acesso em: 3 de Nov. 2006. CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. CHIAVENATO, I. Recursos Humanos: o capital humano das organizações. 8ª edição. São Paulo: Atlas, 2006. COSTA, M. A. F; COSTA, M. F. B. Metodologia de Pesquisa: conceito e técnicas. Rio de Janeiro: Interciência, 2001. GATES, B. A estrada do futuro. São Paulo: Companhia das letras, 1995.
106
MACHADO, A. de S. Acompanhamento de Egressos: CEFET/PR – Unidade Curitiba. Florianópolis, abril de 2001. Dissertação de Mestrado. CEFET/PR. MELO, G..N. Educação Escolar Brasileira. O que trouxemos do século XX? Porto Alegre: Artmed Editora S.A., 2004. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA – UNESCO. Dados da Educação Brasileira 2006 e Plano Nacional de Educação. Disponível na Internet URL. Disponível em: <http://unesco.org.br>. Acesso em: 14 de Abril, 2006. PEREIRA, D. J. de S. Rendimento do Trabalho nas Regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. São Paulo, março de 2001. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. REIS, G.G. Avaliação 360 graus: um instrumento de desenvolvimento gerencial. 2ª edição. São Paulo: Atlas, 2003. REIS, M.C; CAMARGO, J.M. Desemprego dos jovens no Brasil: os efeitos da estabilização da inflação em um mercado de trabalho com escassez de informação. Rio de Janeiro: IPEA, 2005. (Texto para discussão, 1116). RIFKIN, J. O fim dos Empregos. O declínio inevitável dos níveis dos empregos e a redução da força global de trabalho. São Paulo: Makron Books, 1995. SCHULTZ, T. W. Investindo no povo: O segredo econômico da qualidade da população. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1987. SCHULTZ, T.W. O capital humano: Investimentos em Educação e Pesquisa. Rio de Janeiro: Zahar, 1973. SEBRAE. Estudo MPE nº 1, julho/03 – Unidade de Estratégias e Diretrizes. Recife, 2006. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA - SETEC. Histórico, Missão, Políticas e Dados da EPT. Disponível na Internet URL. Disponível em: <http://mec.gov.br/setec>. Acesso em: 05 de Dezembro, 2006.
107
SOARES, S.; CARVALHO, L.; KIPNIS, B. Os jovens adultos de 18 a 25 anos: retrato de uma dívida da política educacional. Rio de Janeiro: IPEA, 2003. (Texto para discussão, 954). TERRER, C. e T. Diagnóstico Organizacional do CEFET/PE. Minuta e Anexos. Recife, 2005. VIEIRA, C.A.S; ALVEZ, E.L.G. Qualificação Profissional: uma proposta de política pública. Rio de Janeiro: IPEA, 1995. (Texto para discussão, 376).
108
APÊNDICE
109
APÊNDICE A - Ficha de dados cadastrais da empresa, da chefia imediata e do funcionário egresso do CEFET/PE a ser respondido pelo Departamento de Recursos Humanos da empresa conveniada
Nome da Empresa.
______________________________________________________________________________
Ramo de atuação da empresa
______________________________________________________________________________
Responsável pelas informações no RH.
______________________________________________________________________________
Telefone/ramal/e-mail do RH.
______________________________________________________________________________
Nome do funcionário egresso do CEFET/PE respondente do questionário.
______________________________________________________________________________
Departamento/setor de atuação do funcionário egresso do CEFET/PE na empresa.
______________________________________________________________________________
Telefone/ramal do departamento/setor de atuação do funcionário egresso do CEFET/PE.
______________________________________________________________________________
Cargo/função que o funcionário egresso do CEFET/PE desempenha na empresa.
______________________________________________________________________________
Nome da chefia imediata do funcionário egresso do CEFET/PE respondente do questionário.
______________________________________________________________________________
110
Cargo/função da chefia imediata do funcionário egresso do CEFET/PE.
______________________________________________________________________________
O referido funcionário egresso do CEFET/PE antes de ser funcionário foi estagiário da empresa?
SIM ( ) NÃO ( )
Data de admissão do funcionário egresso do CEFET/PE na empresa.
______________________________________________________________________________
Jornada de trabalho do funcionário egresso do CEFET/PE.
______________________________________________________________________________
Nível de remuneração do funcionário egresso do CEFET/PE.
1 S.M. 2 S.M. 3 S.M. 4 S.M. Acima de 5SM
A contratação do mesmo foi feita via Diretoria de Relações Empresariais - DRE / CIEE do
CEFET/PE?
SIM ( ) NÃO ( )
_______________________________________
Responsável pelas informações - DRH.
111
APÊNDICE B - Carta à chefia imediata do funcionário egresso do CEFET/PE
Prezado (a) Sr (a),
Vimos através desta solicitar a sua colaboração no sentido de responder ao questionário em
anexo que faz parte da pesquisa: “Educação Profissional e Tecnológica: A contribuição do
CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição na visão
dos empresários”, que tem como objetivo analisar a contribuição do CEFET/PE para o
desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição, a partir da avaliação feita acerca
do desempenho pessoal e profissional apresentado pelo egresso do CEFET/PE no ambiente de
trabalho e da importância da participação geral desse funcionário no desenvolvimento desta
empresa, na percepção da sua chefia imediata e tendo como referência a sua formação
profissional. Procura, também, verificar o nível de satisfação do egresso com o processo de
certificação profissional do CEFET/PE e a importância da instituição e da experiência adquirida
através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o desenvolvimento pessoal e
profissional do egresso.
Agradeço antecipadamente a atenção e coloco-me à disposição para qualquer esclarecimento
que se fizer necessário.
Cordialmente,
_______________________
Arnaldo Fernando Lopes Maçaira.
Mestrando em Gestão Empresarial – Negócios Internacionais
Faculdade Boa Viagem / FBV.
Telefones: (81)3467-3374 / (81)92428961
E-mail: arnaldomaç[email protected]
112
APÊNDICE C – Questionário da chefia imediata do funcionário egreso do CEFET/PE
GOVERNO FEDERAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE PERNAMBUCO
QUESTIONÁRIO DA CHEFIA IMEDIATA DO FUNCIONÁRIO EGRESSO DO
CEFET/PE
ASSUNTO: COLETA DE DADOS/DISSERTAÇÃO DE MESTRADO/EGRESSOS
INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO PELA CHEFIA
IMEDIATA DO FUNCIONÁRIO EGRESSO DO CEFET/PE.
1. O presente questionário consta de 20 perguntas.
2. Ele tem por objetivo avaliar o desempenho pessoal e profissional do funcionário egresso
do CEFET/PE no ambiente de trabalho e a importância da participação geral dele no
desenvolvimento desta empresa, a partir da percepção da sua chefia imediata e tendo
como referência a sua formação profissional.
3. As informações coletadas têm a finalidade exclusiva de elaboração da dissertação de
mestrado intitulada: “Educação Profissional e Tecnológica: a contribuição do
CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição na
visão dos empresários”, de autoria do Prof. Arnaldo Maçaira, Mestrando em Gestão
Empresarial – Negócios Internacionais, pela Faculdade Boa Viagem - FBV.
4. A chefia imediata responderá as questões indicando o conceito que melhor representa a
sua percepção quanto aos aspectos a seguir relacionados.
113
COMO VOCÊ AVALIA O DESEMPENHO PESSOAL DESTE FUNCIONÁRIO
EGRESSO DO CEFET/PE QUANTO AOS SEGUINTES ASPECTOS?
1. Pró-atividade e dinamismo.
FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE
2. Criatividade para sugerir e implementar novos procedimentos.
FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE
3. Comunicação e relacionamentos com chefias, subordinados e demais funcionários.
FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE
4. Equilíbrio emocional para solucionar problemas e conflitos.
FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE
5. Liderança positiva e cooperativa.
FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE
114
6. Iniciativa e autoconfiança para tomar decisões.
FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE
7. Motivação individual e contribuição para a motivação do grupo.
FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE
COMO VOCÊ AVALIA O DESEMPENHO PROFISSIONAL DESTE
FUNCIONÁRIO EGRESSO DO CEFET/PE QUANTO AOS SEGUINTES ASPECTOS?
1. Assiduidade e Pontualidade.
FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE
2. Conhecimento técnico-profissional (teórico/prático).
FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE
115
3. Eficiência no desempenho da função e na realização de tarefas.
FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE
4. Produtividade na concretização de objetivos e metas.
FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE
5. Capacidade empreendedora e participação nos processos de inovação tecnológica da
empresa.
FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE
6. Conhecimentos atualizados sobre o mercado de atuação da empresa.
FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE
7. Ética profissional.
FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE
116
GOSTARÍAMOS AGORA DE OBTER SUA AVALIAÇÃO SOBRE A
IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO GERAL DESTE FUNCIONÁRIO EGRESSO DO
CEFET/PE NO DESENVOLVIMENTO DESTA EMPRESA.
QUAL O NÍVEL DE IMPORTÂNCIA QUE VOCÊ ATRIBUI AOS SEGUINTES
ASPECTOS:
1. Envolvimento e comprometimento com a empresa, com seus resultados e com a melhoria
de sua gestão, de seus serviços e produtos.
IRRELEVANTE E
E
ELPOUCO
IMPORTANTE
IMPORTANT MUITO
IMPORTANT
IMPRESCINDÍV
2. Atuação permanente e efetiva no cotidiano da empresa com o propósito de contribuir para
IRRELEVANTE POUCO
IMPORTANTE
IMPORTANTE MUITO
I NT
IMPRESCINDÍVEL
o seu desenvolvimento.
MPORTA E
3. Qualidade na prestação dos serviços profissionais e no trabalho realizado.
IRRELE
IMPORTANTE IMPORTANTE
INDÍVEL
VANTE POUCO IMPORTANTE MUITO IMPRESC
117
4. Postura pessoal adequada e compatível com o a iente de trabalho.
RELEVANTE POUCO IMPORTANTE MUITO IMPRESCINDÍVEL
mb
IR
IMPORTANTE IMPORTANTE
5. Participação global do funcionário egresso do CEFET/PE no desenvolvimento desta
em referência a sua formação profissional.
RELEVANTE POUCO IMPORTANTE MUITO IMPRESCINDÍVEL
presa, tendo como
IR
IMPORTANTE IMPORTANTE
6. Considerando todos os aspectos até aqui aborda não tenha ido
contemplados neste questionário, qual o nível de importância que você atribui à participação
geral do funcionário egresso do CEFET/PE no desenvolvim presa como um
todo, tendo como referência a sua formação profissional.
IRRELE EL
dos e outros que m s
ento desta em
VANTE POUCO
IMPORTANTE
IMPORTANTE MUITO
IMPORTANTE
IMPRESCINDÍV
Nome da chefia imedi io egr FET
________ _______ __
Nome funcionário egresso do CEFET/P valiado.
_______________________________________________________
Assinatura da chefia imediata do funcionário egresso do CEFET/PE.
ata do funcionár
__
esso do CE
_____________
E a
/PE.
____________
do
118
APÊNDICE D -
Prezado (a) Sr (a) E
Vimos atrav tionário em
nexo que faz parte da pesquisa: “Educação Profissional e Tecnológica: A contribuição do
as com a instituição na visão
os empresários”, que tem como objetivo analisar a contribuição do CEFET/PE para o
a instituição, a partir da avaliação feita acerca
o desempenho pessoal e profissional apresentado pelo egresso do CEFET/PE no ambiente de
trab
Arnaldo Fernando Lopes Maçaira.
Faculdade Boa Viagem / FBV.
Telefones: (81)3467-3374 / (81)92428961
E-mail: ar efetpe.br
Carta ao funcionário egresso do CEFET/PE
x-aluno (a) do CEFET/PE,
és desta solicitar a sua colaboração no sentido de responder ao ques
a
CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniad
d
desenvolvimento das empresas conveniadas com
d
alho e da importância da participação geral desse funcionário no desenvolvimento desta
empresa, na percepção da sua chefia imediata e tendo como referência a sua formação
profissional. Procura, também, verificar o nível de satisfação do egresso com o processo de
certificação profissional do CEFET/PE e a importância da instituição e da experiência adquirida
através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o desenvolvimento pessoal e
profissional do egresso.
Agradeço antecipadamente a atenção e coloco-me à disposição para qualquer esclarecimento
que se fizer necessário.
Cordialmente,
_________________________
Mestrando em Gestão Empresarial – Negócios Internacionais
naldomaçaira@c
119
APÊNDICE E - Questionário do funcionário egresso do CEFET/PE
GOVERNO FEDERAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
PERNAMBUCO
QUESTIONÁRIO DO CEFET/PE
ASSUNTO: COLETA DE DADOS/DISSERTAÇÃO DE MESTRADO/EGRESSOS
INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO PELO
1. O
2. Ele tem por objetivo, na primeira parte, identificar o seu nível de satisfação com o
/PE, e para isso consta de 14 perguntas,
divididas em três grupos de perguntas (A, B e C).
3.
al exercida no mercado de trabalho para
o seu desenvolvimento pessoal e profissional, e para isso consta de 10 perguntas.
4.
ção do
CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição na
5.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO ECNOLÓGICA DE T
DO FUNCIONÁRIO EGRESSO
FUNCIONÁRIO EGRESSO DO CEFET/PE.
presente questionário consta de 24 perguntas.
processo de certificação profissional do CEFET
Na segunda parte, ele tem por objetivo avaliar a importância da instituição e da
experiência adquirida através da prática profission
As informações coletadas têm a finalidade exclusiva de elaboração da dissertação de
mestrado intitulada: “Educação Profissional e Tecnológica: a contribui
visão dos empresários”, de autoria do Prof. Arnaldo Maçaira, Mestrando em Gestão
Empresarial – Negócios Internacionais, pela Faculdade Boa Viagem - FBV.
O funcionário egresso do CEFET/PE responderá as questões indicando o conceito que
melhor representa a sua opinião quanto aos aspectos a seguir relacionados.
120
QUAL O SEU NÍVEL DE SATISFAÇÃO COM O PROCESSO DE
NÍVEL DE S REALIZADO
CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL DO CEFET/PE QUANTO AOS ASPECTOS
ABAIXO RELACIONADOS:
ATISFAÇÃO COM O CURSO
GRUPO A:
1. A qualidade da formação té onal, quanto ao nível do ensino, dos
docentes da instituição e quanto à atualidade dos conhecimentos adquiridos para o
mercado de trabalho.
TOTALM
INSATISFEITO INSATISFEITO ISFEITO
SATISFEITO
cnica-profissi
ENTE POUCO SATISFEITO MUITO
SAT
TOTALMENTE
ercado de trabalho quanto à oferta de estágios e empregos.
TOTALMENTE
INS
POUCO SATISFEITO MUITO TOTALMENTE
2. A relevância do curso para o m
ATISFEITO INSATISFEITO SATISFEITO SATISFEITO
3. A organização curricular e a prática ped gógica quanto às disciplinas e aos conteúdos
ministrados.
T
INSATISFEITO INSATISFEITO SATISFEITO
E
SATISFEITO
a
OTALMENTE POUCO SATISFEITO MUITO TOTALMENT
121
4. O sistema e os m avali la in pelo
TOTALMENTE
INSAT
SATISFEITO MUITO TOTALMENTE
étodos de ação adotados pe stituição e s professores.
ISFEITO INSATISFEITO SATISFEITO SATISFEITO
POUCO
NÍVEL DE SATISFAÇÃO COM A INSTITUIÇÃO DE UM MODO GERAL
GRUPO B:
1. A infra-estrutura do CEFET/PE: salas de aula, laboratórios, equipamentos e
recursos didáticos, biblioteca, auditórios, espaços esportivos e de lazer.
TOTALM
INSATISFEIT
TE
ITO
ENTE
O
POUCO
INSATISFEITO
SATISFEITO MUITO
SATISFEITO
TOTALMEN
SATISFE
2. A sua gestão administrativa (diretores, gerentes, coordenadores) e os serviços
administrativos de apoio ao aluno na instituição.
TOTALM
INSATISFEITO INSAT
E
SATISFEITO
ENTE POUCO
ISFEITO
SATISFEITO MUITO
SATISFEITO
TOTALMENT
122
3. Quanto aos valores fomentados pela instituição, particularmente quanto à ética e a
responsabilidade social.
TOTALMENTE
INSATISFEITO
POUCO
INSATISFEITO
UITO
SATISFEITO
TOTALMENTE
SATISFEITO
SATISFEITO M
4. A qualidade da institu modo geral.
TOTALMENTE
INSATISFEITO
PO
INSATISFEITO SATISFEITO
TOTALMENTE
SATISFEITO
ição de um
UCO SATISFEITO MUITO
NÍVEL DE SATISFAÇÃO COM O PROCESSO DE ACOMPANHAMENTO DOS
EGRESSOS DA INSTITUIÇÃO
GRUPO C:
1. O atendimento na instituição e os serviços de orientação profissional oferecidos ao
egresso pelo CEFET/PE.
TOTALMENTE
INSATISFEITO
POUCO
INSATISFEITO
UITO
SATISFEITO
TOTALMENTE
SATISFEITO
SATISFEITO M
123
2. O acompanhamento dos egressos realizado pelo CEFET/PE no mercado de trabalho e nas
TOTALMENTE POUCO
INS O
SATISFEITO MUITO
SA O
TOTALMENTE
empresas.
INSATISFEITO ATISFEIT TISFEIT SATISFEITO
3. O apoio institucional do CEFET/PE oferecido aos egressos no mercado de trabalho e nas
TOTALMENTE POUCO
INS O
SATISFEITO MUITO
SA O
TOTALMENTE
empresas.
INSATISFEITO ATISFEIT TISFEIT SATISFEITO
4. As oportunidades de atualização e re-qualificação profissional oferecido pelo CEFET/PE após
TOTALMENTE POUCO
INS O
SATISFEITO MUITO
SA O
TOTALMENTE
o seu egresso da instituição.
INSATISFEITO ATISFEIT TISFEIT SATISFEITO
5. A sua participação em alguma pesquisa na condição de egresso do CEFET/PE.
TOTALMENTE POUCO
INS O
SATISFEITO MUITO
SA O
TOTALMENTE
INSATISFEITO ATISFEIT TISFEIT SATISFEITO
124
6. Considerando todos esses aspectos até aqui abordados e outros que não tenham sido
c
TOTALMENTE POUCO
INS O
SATISFEITO MUITO
SA O
TOTALMENTE
ontemplados neste questionário, qual o seu nível de satisfação de um modo geral com o
processo de certificação profissional do CEFET/PE, como um todo.
INSATISFEITO ATISFEIT TISFEIT SATISFEITO
125
GOSTARÍAMOS AGORA DE OBTER SUA OPINIÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA
DO C
QUAL O NÍVEL DE IMPORTÂNCIA QUE VOCÊ ATRIBUI AOS SEGUINTES
EFET/PE E DA EXPERIÊNCIA ADQUIRIDA ATRAVÉS DA PRÁTICA
PROFISSIONAL EXERCIDA NO MERCADO DE TRABALHO PARA O SEU
DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL.
ASPECTOS:
1. A instituição CEFET/PE para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.
IRRELEVANTE POUCO
IMPORTANTE
IMPORTANTE MUITO
I NT
IMPRESCINDÍVEL
MPORTA E
2. A melhoria da sua empregabilidade e da s ação profissional
obtida no C FET/PE.
IRRELEVANTE POUCO
IMPORTANTE
I UITO
IMPORTANTE
IMPRESCINDÍVEL
ua renda decorrente da form
E
MPORTANTE M
3. A certificação profiss diferencial para o seu ingresso no mercado
de trabalho e sua contratação pelas empresas.
IRR
IMPOR
ional do CEFET/PE como
ELEVANTE POUCO
TANTE
IMPORTANTE MUITO
IMPORTANTE
IMPRESCINDÍVEL
126
4. A experiência a travé ssion no m
esenvolv ento pessoal e profissional.
RELEVANTE POUCO MPORTANTE MUITO MPRESCINDÍVEL
dquirida a
para o seu d
s da prática profi
im
al exercida ercado de trabalho
IR
IMPORTANTE IMPORTANTE
I I
5. A ara o seu envolvim rofissional.
RELEVANTE POUCO
IMPORTANTE
MPORTANTE MUITO
IMPORTANTE
MPRESCINDÍVEL
empresa atual p des ento pessoal e p
IR I I
6. O reconhecim pre geral lho re
volvimen essoal e
RELEVANTE POUCO
IMPORTANTE
MPORTANTE MUITO
IMPORTANTE
MPRESCINDÍVEL
ento das em
desen
sas de um modo
to p
pelo traba
profissional.
alizado para o seu
IR I I
7. As oportunidades de ascensão profissional dada pelas empresas de um modo geral para o
esen al e p l.
IRRELEVANTE POUCO
IMPORTANTE
IMPORTANTE MUITO
IMPORTANTE
IMPRESCINDÍVEL
seu d volvimento pesso rofissiona
127
8. As oportunidades de capacitação e treinamento dado pelas empresas de um modo geral
a o seu desenvolvimento pessoal e profissionpar al.
I IMPORTANTE
IMPORTANTE
RRELEVANTE POUCO
IMPORTANTE
MUITO IMPRESCINDÍVEL
pelo mercado imento pessoal e
profissional.
IRREL ANTE POUCO
IMPORTANTE
IMPORTANTE
IMPORTANTE
IMPRES
9. A valorização dada à sua formação profissional e ao curso realizado no CEFET/PE
de trabalho de um modo geral para o seu desenvolv
EV MUITO CINDÍVEL
10. Co
contem o
geral ao CEFET/PE e à experiência adq da prática profissional exercida no
mercado de trabalho para o seu desenvolvime to pessoal e profissional como um todo.
IRRELEVANT
IMPORTANTE
IM RTANT
IMPORTANTE
IMPRESCINDÍVEL
nsiderando todos esses aspectos anteriormente abordados e outros que não tenham sido
plados neste questionário, qual o nível de importância que você atribui de um mod
uirida através
n
POE POUCO E MUITO
_______________________________________
Funcionário egresso do CEFET/PE.
128
APÊNDICE F - Perguntas de qualificação e dados complementares do funcionário egresso do C
Nome do funcionário egresso do CEFET/PE respondente do questionário: M ( ) F( )
EFET/PE.
Idade:
___________________________________________________________________________
Formação profissional obtida no CEFET/PE (Curso Realizado):
Qual foi o ano de conclusão do curso realizado no CEFET/PE?
__________________________________________________________________________
ual o seu tempo de formado pelo CEFET/PE.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
rau de escolaridade atual (Especificar o Curso):
_
Q
_
Anterior ao CEFET/PE você foi aluno da rede de ensino pública ou privada?
_
G
uperior Incompleto - _________________________________________________________
___________________________________
Técnico/Tecnológico - ________________________________________________________
S
Superior Completo - _______________________
Pós-graduação - _____________________________________________________________
129
Tempo de trabalho nesta empresa:
Cargo/função que desempenha nesta empresa:
___________________________________________________________________________
Tempo de trabalho no cargo/função que desempenha no momento nesta empresa:
Desempenha cargo/função nesta empresa compatível com a formação profissional obtida no
EFET/PE?
ual foi o período de tempo entre a conclusão do curso no CEFET/PE e o seu ingresso no
mprego?
IM ( ) NÃO ( )
________________________________________________________________
á quanto tempo está atuando no mercado de trabalho considerando a formação profissional
_____________________________
ocê é uma pessoa com algum tipo de deficiência ou necessidades especiais?
C
SIM ( ) NÃO ( )
Q
mercado de trabalho considerando o primeiro e
___________________________________________________________________________
A empresa atual corresponde ao seu primeiro emprego?
S
Se a resposta anterior for não, em quantas empresas já trabalhou antes?
___________
H
obtida no CEFET/PE.
______________________________________________
V
SIM ( ) NÃO ( )
130
Qual tipo de deficiência ou necessidade especial?
___________________________________________________________________________
__________________________________
Funcionário egresso do CEFET/PE
131
ANEXO
132
ANEXO A - Ofício circular do CEFET/PE pa as empresas integrantes da amostra
GOVERNO FEDERAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO ECNOLÓGICA DE PERNAMBUCO
Ofício Circular nº 001/2006 - GD
Recife, 23 de outubro de 2006.
Às Empresas Conveniadas
Assunto: Aplicação de questionário/ coleta de dos/ dissertação de mestrado/egressos.
Prezado (a) Senhor (a),
Venho por meio deste,
pedir a co s a
estionário com a chefia imediata de um funcionário dessa
PE e com este próprio egresso da instituição.
a exclusiva finalidade de servir à elab
o em Gestão Empresarial intitulada: “Educação Profissional e Tecnológica: a
ET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas com a
é analisar a contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento
presas conveniadas com a instituição, a partir da avaliação feita acerca dos desempenhos
rofissionais apresentados pelo egresso da instituição no ambiente de trabalho e da
Diretor Geral em Exercício
ra
T
da
apresentar o Sr. Professor Arnaldo Fernando Lopes Maçaira e
laboração dessa empresa conveniada no sentido de colaborar com a coleta de dado
ser feita através da aplicação de qu
empresa que seja egresso do CEFET/
As informações coletadas têm oração da Dissertação
de Mestrad
contribuição do CEF
instituição na visão dos empresários”.
O objetivo da pesquisa
das em
pessoais e p
importância da participação geral deste funcionário no desenvolvimento desta empresa,
considerando a percepção da sua chefia imediata e a sua formação profissional.
Respeitosamente,
________________________________
FRANCISCO DE MELO GRANATA