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FACULDADE BOA VIAGEM CPPA – CENTRO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO ARNALDO FERNANDO LOPES MAÇAIRA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA: um estudo da contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas na visão dos empresários, bem como, do nível de satisfação dos egressos com a instituição. RECIFE 2007

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FACULDADE BOA VIAGEM

CPPA – CENTRO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

ARNALDO FERNANDO LOPES MAÇAIRA

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA:

um estudo da contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das

empresas conveniadas na visão dos empresários, bem como, do nível de

satisfação dos egressos com a instituição.

RECIFE

2007

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ARNALDO FERNANDO LOPES MAÇAIRA

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA:

um estudo da contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das

empresas conveniadas na visão dos empresários, bem como, do nível de

satisfação dos egressos com a instituição.

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em

Administração da Faculdade Boa Viagem, como

requisito parcial para obtenção do grau de Mestre.

Área de Concentração: Negócios Internacionais

ORIENTADOR: Prof. JOSÉ RAIMUNDO VERGOLINO, Ph.D.

RECIFE

2007

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“cutter” – M 113 e

Maçaira, Arnaldo Fernando Lopes Educação Profissional e Tecnológica: um estudo da contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas na visão dos empresários, bem como, do nível de satisfação dos egressos com a instituição / Arnaldo Fernando Lopes Maçaira. – Recife: O Autor, 2007. 134 folhas : tab., qua., graf. Dissertação (mestrado) – Faculdade Boa Viagem. Administração, 2007. Inclui bibliografia, apêndice e anexos.

1. Educação Profissional e Tecnológica 2. Educação 3. Qualificação Profissional 4. Egressos 5. Mercado de Trabalho I. Título

331.363 CDU

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ARNALDO FERNANDO LOPES MAÇAIRA

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA:

um estudo da contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas

conveniadas na visão dos empresários, bem como, do nível de satisfação dos egressos com a

instituição.

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em

Administração da Faculdade Boa Viagem, como

requisito parcial para obtenção do grau de Mestre.

Área de Concentração: Negócios Internacionais

Aprovado em: ___ / ___ / ___.

BANCA EXAMINADORA

José Raimundo Vergolino – Ph.D. Orientador

Olímpio de Arroxelas Galvão – Ph.D.

Fernando de Mendonça Dias – Dr.

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Dedico este trabalho a Associação Educacional Boa Viagem como um todo,

especialmente aos seus gestores, e a Faculdade Boa Viagem, em particular, por ter iniciado um

projeto da magnitude de um programa de pós-graduação em nível de mestrado stricto sensu,

como o Mestrado em Administração, neste caso Turma 1.

Dedico ainda, aos Coordenadores do Curso e aos Docentes de um modo geral, e em

especial, aos professores da linha de pesquisa Negócios Internacionais, aos meus orientadores, e

também, aos colegas do mestrado, que muito colaboraram para o término desta minha

qualificação profissional e para a obtenção desta Certificação Profissional que está sendo

concluída neste momento.

Aos meus Pais Elvite e Hebe, e minha Irmã Élia, pela admiração, colaboração de

sempre, aprendizado mútuo e dedicação permanente em sermos professores neste Brasil. Vale

salientar que a profissão mais nobre e necessária de uma nação.

Aos meus Amados e Queridos Filhos Tália, Vinícius e Ravi, pela emoção permanente

de ser Pai e pela oportunidade de ensinar e reaprender a viver com eles, bem como, a Simone,

pelo sentimento de respeito por ser a mãe dos meus filhos.

A minha saudosa família portuguesa, com gratidão e apreço.

Ao CEFET/PE e todos os seus funcionários, pelo trabalho e pela oportunidade de

crescimento pessoal e profissional, como também, por ter servido como tema da minha

dissertação, e que, certamente, também lhe será útil.

Aos respondentes dos questionários, ou seja, as empresas e os egressos do CEFET/PE,

pois sem os dados a pesquisa não se realizaria.

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A todos os colegas profissionais de Educação Física, minha formação acadêmica de

graduação e especialização, concluída há 15 anos atrás, profissão esta que venho exercendo até o

momento na minha vida e que me fez chegar até aqui.

A todos os trabalhadores deste país que tem que matar um leão por dia para sobreviver,

lembrando que no momento que se transformar os pensamentos e as atitudes, aprendendo a se

trabalhar melhor no coletivo, compreendendo-o e respeitando-o, de forma mais cooperativa e

menos competitiva, os resultados alcançados por um grupo, por uma corporação ou qualquer

outra instituição serão muito melhores.

E finalmente, a DEUS, por estar sempre presente ao meu lado, e pelo fato de sem ele a

vida não ter sentido, não caminhar a contento e não termos a fé suficiente para viver nos dias

atuais, nos motivando para enfrentar novos desafios.

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AGRADECIMENTO

Agradeço a todas as pessoas que de uma forma mais significativa ou menos importante,

em momentos difíceis ou sutis, pessoas de renome ou que ainda permanecem no anonimato, que

por isso mesmo precisam da nossa emoção e do nosso apoio, e que a partir desta troca divina se

criam e se recriam as histórias e a própria vida, agradeço a todas elas indiferentemente que

acabaram por contribuir para que eu pudesse chegar até aqui, concluindo este mestrado.

OBRIGADO!

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RESUMO

Esta pesquisa tem por objetivo investigar como as empresas conveniadas com o Centro Federal

de Educação Tecnológica de Pernambuco - CEFET/PE, avaliam o desempenho pessoal e

profissional apresentado pelos egressos da instituição no ambiente de trabalho e a importância da

participação geral desses trabalhadores no desenvolvimento das mesmas, a partir da percepção

das suas chefias imediatas e tendo como referência a sua formação profissional. A pesquisa se

propõe, ainda, investigar o nível de satisfação dos egressos com o processo de certificação

profissional do CEFET/PE e a importância da instituição e da experiência adquirida através da

prática profissional exercida no mercado de trabalho para o seu desenvolvimento pessoal e

profissional. Tendo como base essas verificações e avaliações, pretendemos, portanto, analisar a

contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição

a partir dos egressos e na visão dos empresários, empresas estas localizadas na Região

Metropolitana do Recife – RMR, aferindo ainda o nível de satisfação dos egressos com a

certificação profissional obtida e a importância da instituição e do mercado de trabalho para o

desenvolvimento dos egressos como um todo. A presente pesquisa parte do princípio de que o

CEFET/PE, ao ser responsável pela oferta e pela promoção de Educação Profissional e

Tecnológica – EPT, logo, por formação de capital humano e pela qualificação profissional de

jovens trabalhadores que acabam por ingressar no mundo do trabalho em atendimento a demanda

produtiva e como mão de obra qualificada que vem a ser requerida pelas empresas, se configura

num centro de formação educacional e profissional de referência para o mercado de trabalho

local.

Palavras-chave: Educação Profissional e Tecnológica. Educação. Qualificação Profissional.

Egressos. Mercado de Trabalho.

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ABSTRACT

The objective of this research is to investigate how the companies associated with the Centro

Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco (CEFET-PE) evaluate the personal and

professional performances of the students who graduated from the CEFET and entered the

workforce. Taking into account the professional development of the students and the viewpoint

of their direct managers, the research focuses on the contribution of those students to the

development of the companies associated with the CEFET. The research also investigates the

level of satisfaction of the students certified by the CEFET-PE, the role of the Center, and the

relevance of the work experience for their personal and professional development. This atudy is

based on the fact that the CEFET-PE is an educational and professional training center for the

local job market. In sum, the Center offers and promotes Professional and Technological

Education and qualified labor force required by the job market.

Keywords: Professional and Technological Education. Education. Personal and Professional

Development. Qualified Labor. Workforce. Job Market.

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LISTA DETABELAS

Tabela 1 – Pernambuco: Titulação dos docentes do CEFET/PE (Sede e Unidade de Pesqueira)

Setembro/2007..............................................................................................................38

Tabela 2 – Pernambuco: Progressão do número de vagas oferecidas pelo CEFET/PE e de

inscrições no seu concurso

Setembro/2007..............................................................................................................39

Tabela 3 – Pernambuco : Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Técnicos Seqüenciais e a

concorrência no mesmo ano

Setembro/2007..............................................................................................................40

Tabela 4 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Técnicos Integrados e a

concorrência no mesmo ano

Setembro/2007..............................................................................................................41

Tabela 5 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Tecnológicos de Nível

Superior e a concorrência no mesmo ano

Setembro/2007..............................................................................................................42

Tabela 6 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os cursos técnicos integrados do

PROEJA e a concorrência no mesmo ano

Setembro/2007..............................................................................................................43

Tabela 7 – Pernambuco: Questionários aplicados

Setembro/2007..............................................................................................................67

Tabela 8 – Pernambuco: Caracterização das empresas, segundo o tamanho.

Setembro/2007...............................................................................................................68

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Tabela 9 – Pernambuco: Caracterização dos egressos quanto ao sexo

Setembro/2007..............................................................................................................70

Tabela 10 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto a Certificação Profissional

obtida

Setembro/2007............................................................................................................72

Tabela 11 – Pernambuco: Indicadores aferidos quanto à avaliação das empresas sobre os egressos

Setembro/2007...........................................................................................................84

Tabela 12 - Indicador de Desempenho Pessoal – IDP1.................................................................86

Tabela 13 - Indicador de Desempenho Profissional – IDP 2.........................................................88

Tabela 14 - Indicador de Participação Geral – IPG........................................................................90

Tabela 15 – Pernambuco: Indicadores aferidos quanto à avaliação feita pelos egressos

Setembro/2007............................................................................................................91

Tabela 16 – Grupo A: Indicador de Satisfação do Egresso – ISE..................................................92

Tabela 17 - Grupo B: Indicador de Satisfação do Egresso – ISE...................................................93

Tabela 18 – Grupo C: Indicador de Satisfação do Egresso - ISE...................................................94

Tabela 19 – Indicador de Satisfação do Egresso – ISE..................................................................95

Tabela 20 - Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso –

ICEPE..........................................................................................................................98

Tabela 21 – Resultados Finais dos Indicadores............................................................................100

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LISTA DE QUADROS E GRÁFICOS

Quadro 1 – Classificação do SEBRAE...........................................................................................63

Quadro 2 – Escala de referência para valores intermediários.........................................................64

Gráfico 1 – Pernambuco: Caracterização das empresas, segundo o ramo de atuação

Setembro/2007.............................................................................................................69

Gráfico 2 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à faixa etária

Setembro/2007.............................................................................................................71

Gráfico 3 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao tempo de conclusão do

curso

Setembro/2007.............................................................................................................73

Gráfico 4 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à rede de ensino anterior ao

CEFET/PE

Setembro/2007.............................................................................................................74

Gráfico 5 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao grau de escolaridade

atual

Setembro/2007.............................................................................................................75

Gráfico 6 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao tempo de trabalho na empresa

atual

Setembro/2007.............................................................................................................76

Gráfico 7 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto a ter sido estagiário na empresa

Setembro/2007.............................................................................................................77

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Gráfico 8 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao período de tempo para o 1º

emprego

Setembro/2007.............................................................................................................78

Gráfico 9 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à empresa atual corresponder ao

1º emprego do egresso

Setembro/2007.............................................................................................................78

Gráfico 10 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao número de empresas

trabalhadas anteriormente

Setembro/2007...........................................................................................................79

Gráfico 11 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao tempo de experiência

profissional

Setembro/2007...........................................................................................................80

Gráfico 12 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à jornada de trabalho

Setembro/2007...........................................................................................................81

Gráfico 13 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao nível de

remuneração

Setembro/2007...........................................................................................................82

Gráfico 14 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à contratação dos egressos via

CIEE

Setembro/2007...........................................................................................................83

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LISTA DE SIGLAS

APL Arranjo Produtivo Local.

CEFET/PE Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco.

CONFETEC Conferência Nacional de Educação Profissional e Tecnológica

DEX/CIEE Diretoria de Extensão/Coordenação de Integração Escola Empresa.

EAF’S Escolas Agrotécnicas Federais.

EPT Educação Profissional e Tecnológica.

FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

FUNDEB Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica.

FUNDEF Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental.

ICEPE Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do

Egresso.

IDP1 Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso.

IDP2 Indicador de Desempenho Profissional do Egresso.

IFE Instituição Federal de Ensino.

INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.

IPG Indicador da Participação Geral do Egresso.

ISE Indicador de Satisfação do Egresso.

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

MTE Ministério do Trabalho e Emprego.

PAC Programa de Aceleração do Crescimento.

PDE Plano de Desenvolvimento da Educação.

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PROEJA Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a

Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos,

destinado a trabalhadores acima de 21 anos.

PROEP Programa de Expansão da Educação Profissional.

RMR Região Metropolitana do Recife.

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

SETEC/MEC Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica/Ministério da Educação.

Sistema S Senai, Senac, Sesi, Sesc, Sest, Senat, Senar, Sebrae, Sescoop.

UNED’S Unidades de Ensino Descentralizadas.

UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

UT Universidade Tecnológica.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 17 CAPÍTULO I 1 EDUCAÇÃO, QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.......................................................................................................................... 22

1.1 A EDUCAÇÃO COMO FATOR DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL ... 27

1.2 A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – EPT E A NECESSIDADE DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL........................................................................................ 31 CAPÍTULO II 2 O CEFET/PE, O ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS E O MERCADO DE TRABALHO ATUAL ................................................................................................................. 37

2.1 A INSTITUIÇÃO E A REDE FEDERAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA....................................................................................................................... 46 2.2 A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS NO MERCADO DE TRABALHO E NAS EMPRESAS ........................................................................................... 49

CAPÍTULO III 3 OBJETIVOS E METODOLOGIA DO ESTUDO................................................................. 53

3.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................................ 53 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................................. 53 3.3 METODOLOGIA................................................................................................................ 55

3.3.1 Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso – IDP1............................................ 57 3.3.2 Indicador de Desempenho Profissional do Egresso – IDP2.................................... 58

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3.3.3 Indicador de Participação Geral do Egresso – IPG ............................................... 58 3.3.4 Indicador de Satisfação do Egresso – ISE............................................................... 59 3.3.5 Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso – ICEPE.................................................................................................................. 61

CAPÍTULO IV 4 ANÁLISES DOS RESULTADOS........................................................................................... 67

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DE EMPRESAS ................................................. 67 4.2 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DE EGRESSOS .................................................. 70 4.3 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS PARA RESPONDER AOS OBJETIVOS DA PESQUISA QUANTO À AVALIAÇÃO FEITA PELAS EMPRESAS SOBRE OS EGRESSOS ............................................................................................................................... 84

4.3.1 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso – IDP1 e seu resultado final............................................................................. 85 4.3.2 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Desempenho Profissional do Egresso – IDP2 e seu resultado final ....................................................... 87 4.3.3 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Participação Geral do Egresso – IPG e seu resultado final .............................................................................. 89

4.4 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS PARA RESPONDER AOS OBJETIVOS DA PESQUISA QUANTO À AVALIAÇÃO FEITA PELOS EGRESSOS................................... 91

4.4.1 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Satisfação do Egresso – ISE e seu resultado final .................................................................................... 92 4.4.2 Resultados acerca do dos aspectos que integram o Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso – ICEPE e seu resultado final .. 96

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................................... 100 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 105

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APÊNDICE ................................................................................................................................ 108 APÊNDICE A - Ficha de dados cadastrais da empresa, da chefia imediata e do funcionário egresso do CEFET/PE a ser respondido pelo Departamento de Recursos Humanos da empresa conveniada .................................................................................................................. 109 APÊNDICE B - Carta à chefia imediata do funcionário egresso do CEFET/PE................ 111 APÊNDICE C – Questionário da chefia imediata do funcionário egreso do CEFET/PE .. 112 APÊNDICE D - Carta ao funcionário egresso do CEFET/PE .............................................. 118 APÊNDICE E – Questionário do funcionário egresso do CEFET/PE..................................119 APÊNDICE F - Perguntas de qualificação e dados complementares do funcionário egresso do CEFET/PE. ........................................................................................................................... 128 ANEXO........................................................................................................................................131 ANEXO A - Ofício circular do CEFET/PE para as empresas integrantes da amostra...... 132

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INTRODUÇÃO

Este estudo nasce com o intuito de verificar como as empresas conveniadas com o

Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco - CEFET/PE, responsável pela oferta de

Educação Profissional e Tecnológica - EPT, avaliam o desempenho pessoal e profissional dos

egressos da instituição no ambiente de trabalho e a importância da participação geral desses

trabalhadores no desenvolvimento das mesmas, a partir da percepção das suas chefias imediatas e

tendo como referência a sua formação profissional.

Este estudo também se propõe a investigar o nível de satisfação dos egressos com o

processo de certificação profissional do CEFET/PE, além de avaliar a importância da instituição

e da experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o

desenvolvimento pessoal e profissional dos egressos.

Para alcançar os objetivos acima explicitados foram levados em consideração, durante o

transcorrer da pesquisa, três aspectos fundamentais que subsidiaram a análise da contribuição do

CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição. Dada a forte

concentração espacial dos egressos do CEFET/PE, a pesquisa se concentrou na Região

Metropolitana do Recife (RMR), visto que a maioria absoluta das empresas conveniadas nela se

localiza.

Os dois primeiros aspectos considerados foram os Indicadores de Desempenho Pessoal

e Profissional do Egresso, denominados neste trabalho de IDP1 e IDP2, referentes,

respectivamente, aos desempenhos pessoais e profissionais apresentados pelos egressos do

CEFET/PE no seu ambiente de trabalho. O terceiro aspecto considerado foi o Indicador da

Participação Geral do Egresso, denominado neste trabalho de IPG, que diz respeito à importância

da participação geral do egresso do CEFET/PE no desenvolvimento da empresa, tendo como

referência a sua formação profissional.

Todos esses três indicadores foram obtidos através de um processo de avaliação de

aspectos utilizados para a sua composição e cujo levantamento foi feito a partir da percepção das

chefias imediatas dos egressos no ambiente de trabalho das empresas integrantes da amostra da

pesquisa.

Para verificar o nível de satisfação dos egressos com o processo de certificação

profissional do CEFET/PE foi obtido o Indicador de Satisfação do Egresso, denominado neste

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trabalho de ISE, enquanto que, para avaliar a importância do CEFET/PE e da experiência

adquirida através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o desenvolvimento

pessoal e profissional do egresso, foi obtido o Indicador da Importância do CEFET/PE e da

Experiência Profissional do Egresso, denominado neste trabalho de ICEPE.

Esses dois indicadores foram obtidos através de um processo de avaliação de aspectos

utilizados para a sua composição, levantamento este feito junto aos próprios egressos da

instituição e realizado no ambiente de trabalho das empresas integrantes da amostra da pesquisa.

Portanto, o que se pretendeu foi realizar um processo de análise que contempla a

avaliação das empresas sobre o CEFET/PE a partir dos egressos, e a avaliação dos egressos em

relação à certificação profissional obtida e sobre a importância da instituição e da experiência

profissional que tiveram para o seu desenvolvimento como um todo.

A verificação desses aspectos nos dará subsídio para analisar a contribuição do

CEFET/PE, enquanto centro de formação e de qualificação profissional, para as empresas que

contratam a mão de obra qualificada na instituição em atendimento a demanda produtiva

requerida pelo mundo do trabalho, aferindo, ainda, a importância da instituição para os egressos

que, ao concluir a sua certificação profissional, estão aptos a ingressar no mercado de trabalho,

atestando deste modo o cumprimento pelo CEFET/PE(2006) da sua missão que é: “Promover a

Educação Profissional e Tecnológica, através do ensino, pesquisa e extensão, visando a formação

de cidadãos éticos, qualificados para o trabalho e socialmente responsáveis”.

É inquestionável a necessidade da expansão da escolaridade, de um modo geral, como

elemento estratégico para o desenvolvimento socioeconômico e sustentável do país, bem como a

expansão e a importância da qualidade da formação profissional que vem a ser oferecida aos

jovens pelas instituições que tem essa missão, como por exemplo, as que promovem a EPT.

Neste caso, o papel do CEFET/PE é absolutamente fundamental considerando a

carência do mercado de trabalho local por mão de obra especializada que atenda a crescente e a

acelerada evolução tecnológica utilizada nos modernos processos de produção dominantes

existentes no país.

Sobre a necessidade de um desenvolvimento equilibrado entre a oferta educacional e

profissional em relação ao mundo do trabalho, e de suas distorções, Barros, Henriques e

Mendonça (2002, p.16, grifo do autor) explicitam:

A análise do funcionamento do mercado de trabalho nos permite identificar a heterogeneidade da escolaridade da força de trabalho como o principal

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determinante do nível geral da desigualdade salarial observada no Brasil. A comparação internacional nos permite, ainda, reconhecer que essa heterogeneidade educacional aparenta responder, de forma significativa, pelo excesso de desigualdade do país em relação ao mundo industrializado. O processo de desenvolvimento econômico brasileiro nas últimas décadas, no entanto, reforça as conseqüências da heterogeneidade educacional no país. A acelerada expansão tecnológica brasileira, constitutiva de nosso propalado período de ‘milagre’ econômico, esteve sistematicamente associada a um lento processo de expansão educacional. O progresso tecnológico claramente venceu a corrida contra o sistema educacional. Vitória de Pirro, anunciando um triunfo perverso da sociedade brasileira.

O que se espera é que a oferta educacional e o processo de profissionalização no Brasil

melhorem com o passar do tempo, objetivando elevar o padrão de desenvolvimento do país como

um todo e, assim, mantendo-o nos níveis dos países típicos de desenvolvimento similar ao nosso,

e se possível, ultrapassando-os para alcançar os padrões de desenvolvimento dos países mais

desenvolvidos do mundo.

É nesta perspectiva que esta pesquisa se realizou, ou seja, buscando avaliar os

desempenhos e a participação dos egressos do CEFET/PE nas empresas conveniadas com a

instituição e identificando a importância da qualificação profissional que os egressos tiveram e da

experiência profissional adquirida no mercado de trabalho para o seu desenvolvimento pessoal e

profissional.

A dissertação está estruturada em cinco capítulos, além desta introdução.

No primeiro capítulo, abordamos a importância da educação como fator de

desenvolvimento humano e social, bem como da necessidade da qualificação profissional para o

desenvolvimento sustentável do país, particularmente, quanto ao fomento e à promoção da

Educação Profissional e Tecnológica - EPT.

No segundo capítulo, apresentamos o CEFET/PE e a importância do acompanhamento

de egressos no mercado de trabalho e nas empresas como forma de monitorar os egressos frente

às necessidades profissionais e tecnológicas do mercado de trabalho atual, objetivando alimentar

permanentemente a instituição com essas informações, e deste modo, atualizar o processo de

certificação profissional e a estruturação dos currículos de formação dos cursos oferecidos. Neste

capítulo, ainda, analisamos a realidade do mercado de trabalho atual e contextualizamos o mundo

do trabalho contemporâneo.

No terceiro capítulo, são apresentados os objetivos, a metodologia da pesquisa e a

descrição dos indicadores aferidos.

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No quarto capítulo, são feitas as análises dos resultados obtidos.

No quinto capítulo, apresentam-se as conclusões e as recomendações finais.

Por fim, são apresentados as referências, os apêndices e anexos utilizados.

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CAPÍTULO I

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1 EDUCAÇÃO, QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

As evidências relativas aos índices de crescimento econômico e desenvolvimento social

daqueles países que investiram fortemente em educação básica, bem como em ciência e

tecnologia como forma de qualificar a sua população e de enfrentar os desafios desse novo

momento mundial em curso caracterizado pela globalização, estão claramente presentes nos

casos de países como a Coréia, Irlanda, Austrália, Japão, China e Índia.

As conseqüências positivas advindas dos investimentos feitos em educação uma, duas e

até três décadas atrás, foram à mola propulsora para o crescimento econômico e para o

desenvolvimento social desses países. Esses resultados positivos podem ser constatados através

dos seus atuais indicadores educacionais, econômicos e sociais, bem como na forma como esse

retorno está ocorrendo.

Segundo Pereira (2001, p.11-12), os investimentos em educação são responsáveis por

conseqüências positivas tanto para os indivíduos quanto para a sociedade. Ele explica essa

questão afirmando:

Os investimentos em educação resultam em dois tipos de efeitos: sociais e privados. Os efeitos sociais são as externalidades decorrentes da educação de um indivíduo que compreendem um vasto número de indicadores socioeconômicos de uma sociedade. Por sua vez, os efeitos privados de uma elevação do nível de educação são os impactos exclusivamente sobre os indivíduos resultantes de um aumento da sua capacidade produtiva e de um melhor estoque de qualificações que, mesmo sendo gerais, os posicionam em situação privilegiada em relação àqueles que não as obtiveram. Estes impactos correspondem ao aumento salarial decorrente da maior produtividade e de uma melhor capacidade de adaptação ao meio em que vive, face [às] constantes e aceleradas mutações técnicas, econômicas e sociais. Exemplo disso, é o reconhecimento por parte do meio empresarial [de] que as pessoas com maior nível de escolaridade podem ser treinadas com menor custo. Há ainda uma série de efeitos de natureza privada, como o aumento da Qualidade de vida advindo de uma utilização mais eficiente dos recursos familiares e da melhor compreensão das informações sobre saúde, nutrição, etc., que dentre outros impactos, podem, num segundo momento, reduzir o tamanho da família e diminuir o tamanho da pobreza.

A sociedade brasileira vem realizando desde a última década do século passado uma

ampla reforma educacional que se deu com o processo de universalização do acesso à

escolaridade obrigatória, ou seja, da educação básica, que compreende o ensino fundamental e o

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ensino médio, que teve como desafio à melhoria na eficiência, na qualidade e na equidade dos

sistemas educacionais. (VELOSO; ALBUQUERQUE; SOUZA, et al., 1999).

Puderam ser observadas muitas mudanças no campo educacional, tendo como base legal

a Constituição Federal promulgada em 1988, que dedicou um capítulo específico à educação, e,

dentre os quais podem ser citados: o processo de descentralização, a vinculação de recursos

financeiros específicos, a colaboração entre união, estados e municípios e a democratização da

gestão em todos os níveis de organização dos sistemas educacionais. (MELO, 2004).

No bojo dessas mudanças no âmbito educacional foi possível, então, criar uma lei

complementar, específica para a educação e com características mais inovadoras, que foi a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação – LDB, Lei 9.394/96 (Lei Darcy Ribeiro), que acabou por

representar um marco e uma diretriz concreta para a implementação dessas novas concepções

pedagógicas da educação que estavam emergindo naquele momento e que tiveram como

finalidade manter uma maior sintonia com as demandas da sociedade contemporânea.

Um outro instrumento indutor da recente reforma educacional brasileira foi à criação do

FUNDEF – Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental, mecanismo de redistribuição do

financiamento do Ensino Fundamental para viabilizar a gestão educacional e induzir a

cooperação entre as três esferas federativas, como também, mais recentemente, a criação do

FUNDEB – Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica, que amplia o FUNDEF na medida

que tem como meta financiar toda a Educação Básica, que inclui tanto o ensino fundamental

como o ensino médio, já tendo sido, inclusive, regulamentado, sancionado e está em vias de

implantação.

Além disso, em 2001, sob a coordenação do INEP - Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Educacionais, e, por intermédio do convênio NUPES-USP/UNESCO, foi elaborado o

Plano Nacional de Educação, para atender aos dispositivos legais em vigor, inclusive, com a

conseqüente elaboração dos planos estaduais e municipais de educação, e ainda, a criação dos

conselhos estaduais e municipais de educação, com representantes da sociedade civil e do poder

público, com o objetivo de fiscalizar e operacionalizar as novas diretrizes da educação brasileira

que precisam ser implementadas, a partir dos objetivos e das metas educacionais que acabavam

de ser estabelecidas naquele momento para as décadas seguintes.

É oportuno sublinhar que o Art. 87 - § 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional(2006) determinou a elaboração desse plano, tendo como objetivo estabelecer as

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“diretrizes e metas para os dez anos seguintes, em sintonia com a Declaração Mundial de

Educação para Todos”.

Naquela altura, portanto, estabeleceu-se o compromisso de fiscalizar a aplicação dos

recursos financeiros repassados pelo Ministério da Educação, para estados, municípios e

entidades da sociedade civil responsáveis por gerir todos os programas no âmbito da educação,

dentre os quais podem ser citados: a merenda escolar, os livros didáticos, o transporte de alunos e

o programa Brasil alfabetizado, entre outros, recursos esses advindos do FUNDEF e do Fundo

Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE.

Entretanto, apesar de todos esses avanços, os indicadores relativamente à educação

brasileira ainda são insatisfatórios frente à necessidade do país, bem como comparativamente a

realidade atual de outros países da comunidade internacional, e principalmente, quanto à

necessidade de o Brasil melhorar seu crescimento econômico, gerando desenvolvimento social

sustentável e qualidade de vida para a sua população.

Segundo dados da UNESCO (2006), apesar dos grandes investimentos realizados em

educação no Brasil o resultado ainda é precário. Observa-se que 72% das crianças de até seis

anos não freqüentam creche ou pré-escola e 47 milhões de pessoas acima de 15 anos não

conseguem ler e escrever satisfatoriamente. Além disso, apenas 59 de cada 100 alunos que

entram na escola concluem seus estudos, apenas quatro em cada 10 estudantes terminam o ensino

médio, e ainda, 45% dos alunos do ensino fundamental não tem acesso à biblioteca e 62% não

tem acesso à quadra de esportes.

As evidências disponíveis indicam que o problema não reside apenas no acesso de um

modo geral, mas também na qualidade da educação que é oferecida em todos os níveis de ensino.

O desafio para esta década, portanto, é dar continuidade ao processo de afirmação e a

melhoria da educação brasileira como um todo, ampliando as conquistas alcançadas até aqui e

buscando elevar a qualidade da educação oferecida em todos os níveis, objetivando melhorar os

indicadores educacionais do país.

Além disso, torna-se necessário concluir o processo de universalização do ensino médio

já iniciado na década passada, ampliando, inclusive, a oferta de Educação Profissional e

Tecnológica, que tem como fim específico à qualificação de mão-de-obra para atender as

demandas produtivas do país, requeridas pelo mercado em expansão e em crescimento.

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Vale ressaltar que a educação básica deve representar o objetivo central de todo

processo de qualificação profissional. Considerando dados de 1990, Vieira e Alves (1995, p. 5-6,

grifo do autor), concluem que há pelo menos duas questões importantes a serem tratadas. A

primeira diz respeito à qualificação geral do trabalhador que por essa época era bastante reduzida.

A segunda diz respeito à inadequação dos cursos profissionais para o mercado de trabalho, cursos

estes ministrados para trabalhadores cuja qualificação geral já era reduzida. Nas palavras dos

autores:

Os dados sobre o grau de instrução da força de trabalho não são nada animadores. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – 1990 (PNAD/90), 53% da força de trabalho, cerca de 33 milhões de trabalhadores, [tinham] até cinco anos de estudo: segundo análises internacionais, são necessários pelo menos oito anos para se obter os conhecimentos mínimos que possibilitam a eficácia de treinamentos específicos. O país tem, portanto, um enorme obstáculo a vencer: o de qualificar em tempo coerente com as necessidades, os trabalhadores, para assegurar-lhes empregos de qualidade e garantir o sucesso do processo de modernização produtiva. Essa tarefa esbarra na superação dos seguintes pontos de estrangulamento: 1. Os baixos níveis de escolaridade dos trabalhadores; 2. O grande número de jovens egressos a cada ano, do sistema educacional, com preparo inadequado para enfrentar as exigências do mercado de trabalho; 3. A desatualização e ineficiência do sistema de formação profissional para atender com rapidez às mudanças tecnológicas e gerenciais; 4. A inexistência de metodologias (já testadas) de ensino adequadas as novas necessidades do setor produtivo e ao perfil educacional desejado do trabalhador; e por último, 5. A inexistência do componente de qualificação profissional na política pública de combate ao desemprego. Essa realidade acarreta desperdício macroeconômico dos investimentos, devido à má utilização ou sub-utilização da tecnologia instalada e a incapacidade do trabalhador de adequar-se às modernas técnicas de gestão dado seu baixo nível de escolaridade .

É fato que a sociedade brasileira dedicou um grande esforço no sentido de melhorar os

níveis de educação básica nas últimas décadas no país e, com efeito logrou-se resultado positivo.

No entanto, informações sobre a qualidade e a efetividade dos cursos profissionalizantes, ainda

deixam a desejar.

É imprescindível pela ótica da efetividade, que se ofereça uma estrutura educacional

adequada através de um sistema e de uma política educacional coerente com a realidade nacional

e com a diversidade regional. O objetivo a ser perseguido deve permitir à população em geral um

processo de escolarização pleno, particularmente da população jovem, contemplando,

inicialmente, um padrão mínimo de qualidade na educação geral e, depois, um conjunto de

conhecimentos específicos, atualizados e relevantes para a sua profissionalização.

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Todo este processo, que vai da educação básica ao ensino superior, passando pelo

campo da Educação Profissional e Tecnológica - EPT, tem como meta oferecer as condições

necessárias ao estudante e ao futuro trabalhador para incluir-se profissional e socialmente,

permitindo-o contribuir com a sua capacidade intelectual e produtiva para o desenvolvimento

sustentável do país.

Para que isto ocorra, porém, é necessário que haja investimentos significativos e

efetivos no âmbito da Educação, de um modo geral, e da Educação Profissional e Tecnológica -

EPT, em particular, como forma de qualificar seus jovens trabalhadores, bem como toda a mão

de obra que hoje está à margem do mercado de trabalho, logo, defasada perante os avanços

tecnológicos atuais e, portanto, necessitando de um programa de re-inclusão profissional e re-

inserção produtiva.

Considerando as evidências disponíveis que apontam para a necessidade do país em

oferecer uma base educacional e uma formação profissional de qualidade com o objetivo de

atender as demandas do mundo do trabalho com geração de emprego e renda, observa-se hoje um

esforço do governo federal no sentido de implementar um conjunto de políticas públicas que

impulsione o crescimento econômico e promova desenvolvimento social e sustentável no Brasil,

e dentre elas pode-se citar o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, e, no âmbito da

Educação, o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, através dos quais pretende melhorar

os dados relativos à educação e aos indicadores sociais no País.

Uma outra possibilidade de se gerar crescimento econômico e desenvolvimento social

sustentável com geração de emprego e renda é a valorização e o incentivo aos arranjos produtivos

locais - APL’S, ou clusters, que reconhecem o conhecimento, a força de trabalho, a cultura e as

potencialidades regionais nos processos de produção de bens e serviços, seguindo na direção da

descentralização produtiva que cria um ambiente econômico favorável ao desenvolvimento de

determinadas atividades econômicas. (ALMEIDA, et al, 2003)

Em suma, todo esse processo que vai da escolarização básica, passando pela

qualificação profissional dos trabalhadores e sua inclusão profissional no mundo do trabalho,

refere-se a um fenômeno que se denomina de circulo virtuoso de desenvolvimento sustentável,

que é conseqüência da efetividade no cumprimento das seguintes etapas:

a) a formação de capital humano e a qualificação profissional dos trabalhadores;

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b) a inclusão profissional desses trabalhadores no mercado de trabalho em atendimento a

demanda produtiva requerida pelo mercado de trabalho;

c) o fortalecimento das instituições, públicas e privadas, através da melhoria da qualidade dos

desempenhos dos seus funcionários;

d) a conseqüente melhora na prestação dos serviços e nos produtos oferecidos à sociedade de um

modo geral pelas empresas;

e) a abertura de novas vagas de trabalho e contratações a partir do processo de crescimento,

desenvolvimento e expansão das empresas, tendo como premissa à melhoria no ambiente macro-

econômico do país;

f) os conseqüentes ganhos econômicos para as empresas e para os trabalhadores empregados,

derivados de todo esse processo;

g) o aumento na arrecadação tributária e na receita do estado e da região, através do aumento dos

impostos pagos pelas empresas e pelos seus funcionários.

Por conseguinte, é a geração de um ambiente favorável ao crescimento econômico e ao

desenvolvimento social do país, decorrente desses fatores e proveniente, ainda, do aumento na

capacidade de investimentos que permitirão à melhoria da qualidade na prestação dos serviços

públicos essenciais oferecidos à população, bem como a realimentação dessa grande cadeia

produtiva, que acaba por consolidar o desenvolvimento sustentável local, regional e nacional.

1.1 A EDUCAÇÃO COMO FATOR DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL

A importância dos investimentos em capital humano é recorrente na literatura sobre

desenvolvimento econômico e social. Segundo Schultz (1987), o capital humano e os

investimentos em educação são responsáveis por grande parte da melhoria na qualidade de vida

da população e de suas implicações econômicas. Os investimentos feitos em educação,

tradicionalmente, representam a mola propulsora para o desenvolvimento econômico e social,

pois permite elevar o nível de conhecimentos úteis da população que se agregam à formação do

capital humano e ao processo de qualificação das pessoas, possibilitando aumentos significativos

nos níveis de produtividade, melhoria da renda e bem-estar da população.

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Segundo o autor, investir em capital humano gera, conseqüentemente, crescimento

econômico, desenvolvimento social e qualidade de vida para a população.

Schultz (1973, p.31-32, grifo do autor), a cerca das conseqüências do investimento em

capital humano, esclarece, dizendo que:

Embora seja óbvio que as pessoas adquiram capacidades úteis e conhecimentos, não é óbvio que essas capacidades e esses conhecimentos sejam uma forma de capital, que esse capital seja, em parte substancial, um produto do investimento deliberado, que tem-se desenvolvido no seio das sociedades ocidentais a um índice muito mais rápido do que o capital convencional (não-humano), e que o seu crescimento pode muito bem ser a característica mais singular do sistema econômico. Observou-se amplamente que os aumentos ocorridos na produção nacional têm sido amplamente comparados aos acréscimos de terra, de homens-hora e de capital físico reproduzível. O investimento do capital humano talvez seja a explicação mais consentânea para esta assinalada diferença. Muito daquilo a que damos o nome de consumo constitui investimento em capital humano. Os gastos diretos com a educação, com a saúde e com a migração interna para a consecução de vantagens oferecidas por melhores empregos são exemplo claros. Os rendimentos auferidos, por destinação prévia, por estudantes amadurecidos que vão à escola e por trabalhadores que se propõem a adquirir um treinamento no local de trabalho são igualmente claros exemplos. Não obstante, em lugar algum tais fatores entram nos registros contábeis nacionais. A utilização do tempo de lazer para a melhoria de capacidades técnicas e de conhecimentos é um fato amplamente difundido e, também isto, não se acha registrado. Por estas e outras maneiras, a qualidade do esforço humano pode ser grandemente ampliada e melhorada e a sua produtividade incrementada. Sustentarei que um investimento desta espécie é o responsável pela maior parte do impressionante crescimento dos rendimentos reais por trabalhador.

Sem embargo, a necessidade de se articular a formação educacional e a qualificação

profissional em consonância com as novas tecnologias disponíveis com a finalidade de inserir-se

bem no mundo atual globalizado, pode ser corroborada por Gates (1995), que afirma que a

educação é sem dúvida o melhor investimento que uma sociedade pode realizar, principalmente,

se for oferecida de forma integrada aos recursos tecnológicos hoje acessíveis.

Segundo o autor, a articulação desses fatores gera uma atmosfera extremamente positiva

no processo ensino-aprendizagem, através da inclusão digital e da utilização da rede mundial de

computadores que possibilita a exploração de documentos eletrônicos, a interatividade e a troca

de informações com outras pessoas em qualquer parte do mundo, ampliando o acesso a todo o

conhecimento disponível na rede.

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Ainda segundo Gates (1995), a utilização dos recursos tecnológicos disponíveis nos dias

atuais e que estão em permanente aperfeiçoamento é fundamental para impulsionar o

desenvolvimento mundial em geral, e pode ser muito útil no processo de educação de toda a

população do planeta, contribuindo para a elevação dos padrões educacionais de todas as

gerações atuais e futuras.

Portanto, é fundamental que se articulem ao processo de escolarização, da educação

básica ao ensino superior, e principalmente, quanto à Educação Profissional e Tecnológica, os

recursos tecnológicos hoje disponíveis, para que se potencialize a aprendizagem e se melhore o

nível das certificações profissionais oferecidas pelas instituições.

Entretanto, relativamente ao estágio atual do processo de escolarização dos jovens no

Brasil, Soares, Carvalho e Kipnis (2003, p.1-2), constatam um quadro ainda insatisfatório,

considerando que o país chegou no ano de 2000 com mais de 34 milhões de jovens entre 15 e 24

anos, porém, embora o índice de analfabetismo entre os jovens de 14 a 24 anos tenha sido

reduzido de 15,7% para 5,8% entre 1980 e 2000, predominam ainda, na faixa entre 20 e 24 anos,

54,8% de jovens sem escolarização fundamental.

Segundo os autores:

Apesar dos avanços na escolaridade da população brasileira, observa-se que os esforços são prioritariamente direcionados para a população matriculada e/ou em idade escolar compulsória e, dentre essas, o público-alvo do ensino fundamental. A população evadida, a população sem a escolarização fundamental ou média, mesmo que ainda na faixa da escolarização compulsória, não tem sido mobilizada de forma preferencial por meio de campanhas de re-inclusão na vida escolar, através de alternativas escolares mais apropriadas para este segmento. A maioria dos jovens brasileiros, na faixa etária entre 15 e 24 anos, experimenta hoje o pior dos mundos: nem se escolarizou de forma satisfatória para atender aos requisitos das inovações aceleradas, nem conta com possibilidades compensatórias de emprego no mercado de trabalho para suprir suas necessidades de expansão de conhecimentos e de preparação para o mundo do trabalho. Considerando os avanços de cobertura, particularmente, no ensino fundamental, conseguidos na última década, os futuros jovens adultos provavelmente terão oportunidades educacionais maiores que os atuais. Entretanto, os que são hoje jovens possivelmente carregarão por toda a vida, como traço geracional, esse drama pessoal.

É clara a necessidade do país de ampliar às oportunidades de acesso a um processo de

escolarização perene, pleno e sólido para os jovens, que, sobretudo, leve em consideração as

mudanças dos paradigmas atuais em todos os âmbitos e de suas implicações no mundo do

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trabalho contemporâneo, que exige um bom nível de escolarização para a inserção e a

permanência desses jovens no mercado de trabalho.

Observa-se ainda que, relativamente à educação como fator de desenvolvimento

humano e social, existe uma forte relação entre os investimentos feitos no âmbito educacional e o

desenvolvimento sócio-econômico dos países, que é corroborado por Barros, Henrique e

Mendonça (2002, p.1, grifo do autor), que afirma que:

A sustentabilidade do desenvolvimento socioeconômico está diretamente associada à velocidade e à continuidade do processo de expansão educacional. Essa relação direta se estabelece a partir de duas vias de transmissão distintas. Por um lado, a expansão educacional aumenta a produtividade do trabalho, contribuindo para o crescimento econômico, o aumento de salários e a diminuição da pobreza. Por outro, a expansão educacional promove maior igualdade e mobilidade social, na medida em que a condição de ‘ativo não-transferível’ faz da educação um ativo de distribuição mais fácil do que a maioria dos ativos físicos. Além disso, devemos observar que a educação é um ativo que pode ser reproduzido e geralmente é ofertado à população pobre por intermédio da esfera pública. Essas duas vias de transmissão, portanto, tornam transparente que, do ponto de vista econômico, a expansão educacional é essencial para fomentar o crescimento econômico e reduzir a desigualdade e a pobreza.

Portanto, torna-se indispensável investir fortemente em educação como forma de gerar

crescimento econômico, desenvolvimento social e, principalmente, distribuição de renda para a

população, já que existem grandes desigualdades e disparidades inter-regionais no país.

Quanto ao papel da educação na diminuição dessas desigualdades sociais no Brasil,

Vergolino, et al., (2004) afirmam que a educação tem uma grande participação na aceleração do

processo de convergência das rendas per capita e no crescimento econômico das microrregiões

do país, particularmente, quanto à conseqüência dos investimentos feitos em educação que

sinalizam para a redução dessas disparidades inter-regionais e, que corrobora a tese de que países

mais pobres têm condições de reduzir seus quadros de desigualdades a partir do desenvolvimento

de um programa de incentivo à formação de capital humano.

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1.2 A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – EPT E A NECESSIDADE DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

A literatura que trata da análise dos investimentos em educação no país mostra que a

Educação Profissional surgiu no Brasil no início do século XIX com a criação do Colégio das

Fábricas pelo Príncipe Regente, futuro D. João VI, após a suspensão da proibição no

funcionamento das indústrias manufatureiras do país.

Durante o século dezenove foram construídas dez casas de educandos e artífices nas

capitais de província, bem como foram criadas sociedades civis para amparo de crianças órfãs e

abandonadas, tendo sido as mais importantes os Liceus de Artes e Ofícios do Rio de

Janeiro(1858), Salvador(1872), Recife(1880), São Paulo(1882), Maceió(1884) e Ouro

Preto(1886). Além disso, foi criado o tradicional Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1837,

para ministrar o ensino secundário regular e servir de referência para os demais estabelecimentos

de ensino da época.

No início do século XX, em 1909, o então Presidente Nilo Peçanha implantava 19

Escolas de Aprendizes Artífices destinadas a ministrar o ensino profissional primário gratuito,

preferencialmente para os meninos pobres e humildes, em cada uma das capitais dos estados

brasileiros. Eram escolas similares aos Liceus de Artes e Ofícios, porém voltadas para o ensino

industrial.

Nas décadas de 30 e 40, através da chamada “Reforma Francisco Campos” foi

regulamentada a organização do ensino primário, do ensino secundário, do ensino agrícola e do

ensino profissional comercial, através das suas respectivas leis orgânicas, bem como, as escolas

de aprendizes artífices passaram a ser denominadas de Liceus Industriais, através do decreto-lei

n° 4.073, de 30 de janeiro de 1942, chamada de Lei Orgânica do Ensino Industrial, através do

qual os Liceus Industriais vieram a se modificar completamente, passando a oferecer o ensino

médio e aos poucos foram se integrando como instituições abertas a todas as classes sociais.

Nesta época foram criadas, ainda, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial –

SENAI, em 1942 e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC, em 1946.

O ensino industrial foi, então, sendo melhorado e se expandindo com o passar dos anos,

em função, inclusive, da necessidade do país de se desenvolver perante toda a demanda de

industrialização que estava emergindo naquela altura no Brasil, e em conseqüência, também, da

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reorganização de todos os países e da reestruturação da economia mundial após a segunda grande

guerra. Portanto, o ensino industrial se integrou completamente ao processo de industrialização

do país que perdurou pelas décadas seguintes.

Na década de 60 os estabelecimentos de ensino industrial recebem a denominação de

Escolas Técnicas Federais. Já na década de 70, através da Lei Federal nº 5.692/71, ocorre um

processo de expansão na profissionalização de jovens no nível de ensino do então chamado

segundo grau, hoje, ensino médio, como também, começam a ocorrer às primeiras mudanças das

Escolas Técnicas Federais para Centros Federais de Educação Tecnológica, tendo sido os três

primeiros do país, os estados de Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.

Nas décadas de oitenta e noventa, a partir da Constituição Federal de 1988 que dedicou

um capítulo específico à Educação, e através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB,

Lei 9394/96 (Lei Darcy Ribeiro), que tratou a Educação a partir da sua especificidade e com

exclusividade, é que a Educação Profissional começou a ser mais bem discutida na sociedade

brasileira a partir da configuração da identidade do ensino médio como uma etapa de

consolidação da educação básica, através da qual objetivava-se preparar o educando para o

trabalho e para a cidadania.

Nesse período, portanto, a Educação Profissional e Tecnológica começou a se fortalecer

e a se configurar numa modalidade de ensino fundamental para o desenvolvimento nacional,

perante, inclusive, a necessidade do país de se integrar à nova ordem mundial que começava a se

caracterizar, tendo como cenário a globalização, tendo sido, assim, regulamentada de forma

preliminar.

Em 1997, através do Decreto Federal 2.208/97, a Educação Profissional e Tecnológica

teve, enfim, seu marco legal regulamentado e estabelecido através de legislação específica, com a

posterior criação do Programa de Expansão da Educação Profissional - PROEP.

Já no século XXI, em 2004, através do Decreto Federal nº 5.154/04, que alterou o

Decreto 2.208/97, o ensino profissional teve seu marco legal alterado, através do qual foi

permitida a articulação do ensino técnico ao nível médio, de forma integrada, inclusive da mesma

forma como já vinha ocorrendo nas instituições da Rede Federal de Educação Profissional e

Tecnológica anteriormente a publicação do Decreto 2.208/97, quando foi desarticulado o ensino

técnico do nível médio, passando, então a serem chamados de cursos técnicos integrados.

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De fato, ao longo desses dois séculos de existência, a Educação Profissional e

Tecnológica no Brasil foi se aperfeiçoando e se ajustando à necessidade do país e a conjuntura

internacional, fruto, inclusive, da transformação da sociedade brasileira, da melhoria do ensino

profissionalizante e tecnológico, bem como das novas demandas do mundo do trabalho

contemporâneo que requereram melhorias nessa modalidade de ensino.

Na realidade, todo esse processo de mudanças recentes no âmbito da EPT vem

ocorrendo em função da necessidade atual do país de expansão dessa modalidade de ensino, já

que ela faz parte de um grande esforço nacional e de uma ação estratégica voltada para um

projeto nacional de desenvolvimento sustentável. Este projeto tem como meta à elevação do nível

de qualificação profissional dos jovens adultos trabalhadores, objetivando atender a demanda

produtiva do mercado de trabalho local, regional e nacional, promovendo a inclusão profissional

e a geração de renda.

Existem inúmeras instituições e entidades da sociedade que ao longo da evolução da

EPT, concomitantemente ao desenvolvimento do país, ofertaram e continuam a promover a

profissionalização de jovens e adultos visando seu ingresso no mundo do trabalho. Instituições

públicas e privadas, integrantes de redes de ensino públicas e privadas, na esfera municipal,

estadual e federal, devidamente reconhecidas e habilitadas vêm implementando seus projetos

institucionais voltados à promoção e ao desenvolvimento da EPT.

Dentre elas pode-se citar as instituições que integram o sistema S, bem como as demais

instituições que exerceram e continuam a ter grande contribuição na qualificação profissional dos

jovens e dos trabalhadores de um modo geral, seja em nível regional ou nacional, instituições

estas de caráter técnico, tecnológico e agrícola.

No âmbito do estado de Pernambuco, nomeadamente, pode-se citar, ainda, as

tradicionais Escolas Técnicas Professor Agamenon Magalhães e Almirante Soares Dutra, como

também, as Escolas Técnicas Agrícolas de Bezerros, Escada, Palmares e do Pajeú.

Relativamente à oferta de formação profissional orientada pelas instituições de

Educação Profissional e Tecnológica em atendimento à demanda do mundo do trabalho, Castro

(2003, p. 30-31, grifo do autor), afirma que:

[...] Em um primeiro momento havia um total esquecimento quanto à formação profissional. Até a metade do século XX não havia praticamente nada fora do mundo industrializado. Logo em seguida houve uma corrida frenética para se qualificar cada vez mais profissionais. Este impulso, no entanto, levou o processo de formação profissional para além do limite do mercado em absorver

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profissionais qualificados. Agora é hora de retroceder e de fazer com que a oferta da formação profissional seja determinada pela demanda. Este princípio tem, entretanto, seus riscos inerentes. Ele pode levar-nos a esquecer tanto dos limites de uma política baseada unicamente na demanda, quanto da necessidade de se olhar dentro da ‘caixa preta’ da formação profissional.

A Educação Profissional e Tecnológica, portanto, tem nos dias atuais um papel muito

importante, tornando-se uma necessidade urgente e uma ação estratégica objetivando desenvolver

o país nos mais diversos setores produtivos, porém é necessário que ela seja oferecida de forma

adequada e compatível com as demandas do mercado de trabalho atual, cada vez mais

especializado e exigente.

A qualificação profissional através da EPT integra, portanto, um programa nacional de

qualificação profissional, bem como a formação profissional oferecida pelo CEFET/PE tem como

meta atender a demanda produtiva local, ou seja, do estado de Pernambuco, conjuntamente com

as demais instituições na esfera estadual e no âmbito regional que oferecem essa modalidade de

ensino voltada para o trabalho e para a cidadania.

Vale salientar que o estado de Pernambuco está vivendo um momento histórico

particular, considerando a implantação de novos e grades investimentos estruturadores, como a

Refinaria de Petróleo, o Estaleiro, o Pólo de Poliéster, o Pólo Fármaco-Químico, a Hemobrás, o

Pólo Têxtil, o Porto Digital, dentre outros projetos que geram grande impacto na infra-estrutura

social e de serviços, provocando expansão da produção, do emprego e da renda na economia do

estado.

Esses investimentos deverão ter como conseqüência um impacto muito positivo sobre

os mais diversos setores produtivos e as cadeias produtivas já existentes, bem como sobre as

novas cadeias que poderão emergir a partir deles. Estes são alguns dos exemplos dos benefícios e

das novas oportunidades profissionais que são projetadas a partir do novo conjunto de demandas

setoriais e da nova estrutura econômica do estado com a concretização desses grandes projetos,

que por sua vez irão gerar grande demanda por mão de obra qualificada.

Portanto, para atender a essa grande e especializada demanda produtiva é necessário que

sejam valorizados os programas de formação profissional existentes nas diversas instituições que

desenvolvem o ensino profissional e tecnológico em nível local e regional, bem como que sejam

criados novos programas específicos de qualificação profissional plenamente alinhados com a

necessidade desses investimentos estruturadores.

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São inegáveis a importância e a participação de todas as instituições de ensino no

âmbito da EPT no estado de Pernambuco e no País, seja no que se refere ao próprio

desenvolvimento do ensino profissionalizante e de sua contribuição na qualificação profissional

dos jovens e dos trabalhadores de um modo geral, seja no que se refere à contribuição que vem

sendo dada por elas, pelos seus docentes e pelos seus egressos para o desenvolvimento regional e

nacional.

Porém, como esta pesquisa tem como o foco analisar a participação do CEFET/PE junto

às empresas que com ele estão conveniadas, nos concentraremos, exclusivamente, na avaliação

feita por essas empresas quanto aos egressos da instituição, e ainda, na avaliação feita pelos

egressos quanto à certificação profissional obtida e quanto à importância do CEFET/PE e da

experiência profissional que tiveram para o seu desenvolvimento como um todo.

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CAPÍTULO II

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2 O CEFET/PE, O ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS E O MERCADO DE TRABALHO ATUAL

O CEFET/PE é uma Instituição Federal de Ensino – IFE e uma Autarquia Federal que

integra a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e como tal está vinculada ao

Ministério da Educação - MEC e é supervisionada pela Secretaria de Educação Profissional e

Tecnológica – SETEC.

A instituição foi criada em 23 de setembro de 1909, através do decreto nº 7566, a partir

do qual o Presidente Nilo Peçanha fez surgir em cada uma das capitais dos estados do Brasil uma

escola de aprendizes artífices, iniciando suas atividades em 16 de fevereiro de 1910 no edifício da

escola de aprendizes artífices, situado no bairro do Derby, na cidade do Recife.

A então “Escola de Aprendizes Artífices”, com as denominações sucessivas de “Liceu

Industrial de Pernambuco”, “Escola Técnica do Recife”, “Escola Técnica Federal de

Pernambuco” e agora “Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco”, ao longo da

sua existência, vem procurando servir à região através do cumprimento de sua missão no âmbito

do ensino profissional e tecnológico perante a sociedade.

A antiga Escola Técnica Federal de Pernambuco – ETFPE passou a funcionar na nova

sede em 17 de janeiro de 1983, situada na Av. Prof. Luis de Barros Freire, nº 500 – Bairro do

Curado. A sede atual está implantada num terreno de 130.000m², com área construída de

16.000m².

Em 22 de dezembro de 1998, a ETFPE veio a se tornar Centro Federal de Educação

Tecnológica de Pernambuco - CEFET/PE, em adequação as mudanças que estavam ocorrendo no

âmbito da EPT no país, particularmente quanto à transformação das Escolas Técnicas Federais

em CEFET’S, adequando o seu organograma a esta nova realidade em abril de 1999.

O CEFET/PE além da sua sede, conta com a unidade de Pesqueira, na cidade de

Pesqueira/PE, em funcionamento, e com a unidade de Ipojuca, localizada no litoral sul de

Pernambuco, em vias de implantação e funcionamento.

Segundo TERRER (2005), o quadro funcional da instituição em 2004 contava com 845

funcionários, sendo 496 docentes e 349 administrativos. Somava, ainda, no mesmo ano, 4.796

alunos matriculados, incluindo a Sede e a unidade de Pesqueira.

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Relativamente aos docentes do CEFET/PE, incluindo a sede e a unidade de pesqueira,

verifica-se a seguinte distribuição quanto à titulação dos seus respectivos professores:

Tabela 1 – Pernambuco: Titulação dos docentes do CEFET/PE (Sede e Unidade de Pesqueira)

Setembro/2007

Titulação

N

Doutores

26

Mestres

140

Especialistas

201

Graduados

74

Professores com Formação de nível Técnico

10

Fonte: Coordenação de Seleção e Desenvolvimento de Pessoal - CSDP/CEFET/PE.

Para o ingresso dos alunos na instituição é necessário que os candidatos se submetam e

sejam aprovados em processo seletivo que o CEFET/PE realiza todos os anos, com a finalidade

do preenchimento das vagas disponíveis nas modalidades de ensino e nos cursos que são

oferecidos.

Tendo em vista o aumento da demanda dos jovens por qualificação profissional com

vistas a sua profissionalização e, conseqüentemente, seu ingresso no mercado de trabalho, tem-se

observado um aumento considerável no número de inscrições no concurso vestibular da

instituição ano a ano, bem como uma crescente oferta no número de vagas oferecidas pela

instituição, proveniente, inclusive, do aumento dos cursos que são oferecidos pelo CEFET/PE, já

que em 2005 existiam apenas três Cursos Tecnológicos de Nível Superior e, dois anos depois, em

2007, a instituição já oferece dois cursos a mais nesse nível de ensino, ou seja, cinco cursos

superiores.

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Tabela 2 – Pernambuco: Progressão do número de vagas oferecidas pelo CEFET/PE e de

inscrições no seu concurso

Setembro/2007

Ano

Número de vagas

Número de inscritos

2004

1.487

9.487

2005

1.871

13.386

2006

2.080

20.705

2007

2.120

25.290

Fonte: Comissão de Concurso/CEFET/PE

O CEFET/PE atualmente oferece cursos de formação e de qualificação profissional em

quatro modalidades de ensino. Os Cursos Técnicos na modalidade Seqüencial e Integrado, os

Cursos Superiores Tecnológicos e os Cursos Técnicos Integrados do Programa Nacional de

Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de

Jovens e Adultos - Proeja.

No presente momento, na sua sede, oferece dez Cursos Técnicos Seqüenciais, com

duração de dois anos, que são destinados aos alunos que concluíram o ensino médio em uma

outra instituição e que vem a ingressar no CEFET/PE para obter a sua certificação profissional.

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Tabela 3 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Técnicos Seqüenciais e a

concorrência no mesmo ano

Setembro/2007

Cursos Técnicos Seqüenciais

Vagas oferecidas em 2007

Relação candidatos por vaga

Segurança do Trabalho

88

34,0

Telecomunicações

88

20,4

Química Industrial

96

16,6

Turismo

66

13,6

Eletrônica

68

13,1

Mecânica

128

12,6

Eletrotécnica

192

11,5

Saneamento Ambiental

138

5,7

Edificações

204

5,3

Refrigeração

108

4,6

Fonte: Comissão de concurso/CEFET/PE

Oferece ainda sete Cursos Técnicos Integrados, ou seja, Curso Técnico mais o Ensino

Médio de forma concomitante, que fazem parte da nova estrutura curricular da instituição para

esta modalidade de ensino, em atendimento a legislação em vigor, ou seja, ao decreto 5.154/04, e

que foram oferecidos aos alunos a partir do ano de 2006, com duração de quatro anos.

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Tabela 4 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Técnicos Integrados e a

concorrência no mesmo ano

Setembro/2007

Cursos Técnicos Integrados

Vagas oferecidas em 2007

Relação candidatos por vaga

Segurança do Trabalho

76

21,1

Eletrotécnica

80

12,8

Química industrial

80

11,4

Edificações

40

11,3

Saneamento Ambiental

40

9,9

Eletrônica

120

7,2

Mecânica

120

6,5

Fonte: Comissão de concurso/CEFET/PE.

A instituição oferece, ainda, cinco Cursos Tecnológicos de Nível Superior, destinados

aos alunos que concluíram o Ensino Médio em qualquer instituição e que pretendem obter a sua

Certificação Profissional em nível de terceiro grau no CEFET/PE, através desses cursos

superiores, com duração de dois anos, e através dos quais os egressos desse nível de ensino são

denominados de Tecnólogos.

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Tabela 5 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Tecnológicos de Nível

Superior e a concorrência no mesmo ano

Setembro/2007

Cursos Tecnológicos Superiores

Vagas oferecidas em 2007

Relação candidatos por vaga

Design Gráfico

40

29,6

Análise e Desenvolvimento de

Sistemas

40

19,6

Radiologia

40

18,3

Gestão Ambiental

80

10,9

Gestão de Turismo

80

6,6

Fonte: Comissão de concurso/CEFET/PE

Por fim, o CEFET/PE oferece o Ensino Técnico Integrado do PROEJA, Programa

Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de

Educação de Jovens e Adultos, destinado a trabalhadores acima de 21 anos, com trajetórias

escolares interrompidas ou descontinuadas, sem o ensino fundamental ou ensino médio

completos, ou ainda, para aqueles sem formação profissional formal, com duração de dois anos.

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Tabela 6 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os cursos técnicos integrados do

PROEJA e a concorrência no mesmo ano

Setembro/2007

Cursos Integrados do PROEJA

Vagas oferecidas em 2007

Relação candidatos por vaga

Eletrotécnica

36

11,6

Mecânica

36

7,1

Refrigeração

36

4,1

Fonte: Comissão de concurso/CEFET/PE

O CEFET/PE dispõe, ainda, de uma diretoria e de uma coordenação que são

responsáveis pela integração e articulação da instituição com o mercado de trabalho e com as

empresas conveniadas, que são a Diretoria de Extensão – DEX e a Coordenação de Integração

Escola Empresa - CIEE.

A DEX e o CIEE são responsáveis pelos convênios estabelecidos entre as empresas e o

CEFET/PE, objetivando encaminhar os alunos da instituição para as empresas que ofertam

estágios e empregos.

A palavra egresso é originária do latim, e compõe-se de “gressus” que significa “passo”

e “e” que indica “saída, para fora”. Portanto, “e-gresso” é todo aquele que está dando um passo

para fora ou saindo de uma instituição.

O egresso, portanto, é considerado todo aquele que efetivamente concluiu as disciplinas

regulares com as suas respectivas cargas horárias, bem como realizou o estágio curricular,

tornando-se apto a receber o diploma de conclusão do curso e, assim, está com a sua certificação

profissional concluída.

O processo de acompanhamento de egressos através da interação escola-empresa é um

mecanismo indispensável para as instituições de ensino de um modo geral e, particularmente,

aquelas que ofertam a Educação Profissional e Tecnológica manterem-se atualizadas frente às

transformações ocorridas na sociedade e no mundo do trabalho. É importante que haja um

intercâmbio permanente que permita a elas incorporar no seu currículo e na formação profissional

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que oferecem, as novas demandas de conhecimento advindas do mercado de trabalho e as

inovações tecnológicas que vão sendo implementadas nas empresas.

Portanto, o egresso acaba por tornar-se uma fonte de informações indispensável para

manter o intercâmbio e a sintonia entre a instituição responsável pela certificação profissional e o

mundo do trabalho em permanente modernização e aperfeiçoamento.

O processo de acompanhamento de egressos de uma instituição torna-se importante,

ainda, por permitir identificar, acompanhar, controlar e avaliar a atuação e os desempenhos dos

trabalhadores nas empresas, obtendo elementos para diagnosticar a qualidade do ensino e da

formação profissional que obtiveram, e deste modo, poder prestar cada vez melhor os seus

serviços educacionais e profissionais para com a sociedade. Ou seja, o acompanhamento dos

egressos permite avaliar e aprimorar a eficiência da instituição na qualificação de trabalhadores.

Sobre a importância de uma boa interação escola-empresa através do processo de

acompanhamento de egressos, como mecanismo para a melhoria da formação profissional

oferecida pela instituição, Machado (2001, p.13), afirma que:

A importância está na qualidade e na diversidade de informações, proveniente dos egressos e das empresas, que o acompanhamento de egressos fornece à instituição sobre o mercado de trabalho e, conseqüentemente, as mudanças que estão sendo procedidas, ocasionadas pelo desenvolvimento tecnológico, para a manutenção atualizada do processo ensino-aprendizagem.

O processo de acompanhamento de egressos permite, ainda, a criação de um banco de

dados que contém informações atualizadas sobre o perfil dos egressos, os dados pessoais e

profissionais dos mesmos, o cadastramento das empresas conveniadas e dos empregadores, além

das suas características e demandas profissionais.

Outro objetivo possível é o envio de informações atualizadas quanto a eventos a serem

realizados, novos cursos que a instituição venha a oferecer, atividades de extensão e as

oportunidades de estágios e empregos encaminhadas à Diretoria de Extensão – DEX e à

Coordenação de Integração Escola Empresa – CIEE, por parte das empresas, dos agentes de

integração e das agências de recrutamento e seleção de pessoal.

O mundo do trabalho, por sua vez, para onde os egressos acabam por se encaminhar,

vem passando por profundas transformações em conseqüência de todas as mudanças ocorridas

nas mais diversas áreas do conhecimento, seja no âmbito da economia, da política, da ciência, da

comunicação, da informática e da alta tecnologia, que acaba por gerar uma maior democratização

do conhecimento e da informação, provocando mudanças na sociedade como um todo.

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O momento atual caracterizado por esse cenário induz a uma crescente exigência quanto

à qualidade do desempenho no âmbito pessoal e profissional dos trabalhadores, decorrente da

necessidade de aumentos da produtividade das empresas e da competitividade entre elas.

Este fato exige grande adaptação na forma de organização do trabalho em todas as

esferas e níveis, seja nas grandes corporações, seja nas instituições públicas ou privadas, seja nas

estruturas governamentais ou nas pequenas organizações sociais.

Todas estas transformações em curso neste novo século, caracterizado pela globalização

do espaço econômico mundial e dos mercados, são resultantes dos avanços tecnológicos em

curso e que acabam por caracterizar a chamada terceira revolução industrial.

Sobre a terceira revolução industrial, Rifkin (1995, p.64, grifo do autor), assinala que:

A terceira revolução industrial surgiu imediatamente após a II guerra mundial e somente agora está começando a ter um impacto significativo no modo como a sociedade organiza sua atividade econômica. Robôs com controle numérico, computadores e softwares avançados estão invadindo a última esfera humana – os domínios da mente. Adequadamente programadas, estas novas “máquinas inteligentes” são capazes de realizar funções conceituais, gerenciais e administrativas e de coordenar o fluxo da produção, desde a extração da matéria-prima ao marketing e à distribuição do produto final e de serviços.

Portanto, a partir dessa nova ordem mundial que vem se estabelecendo, a sociedade, o

poder público, as instituições de ensino, pesquisa e extensão, e principalmente as empresas,

precisam adequar-se, adaptando sua organização de trabalho e os seus sistemas de gestão, onde a

prioridade passa a ser o investimento na qualificação profissional dos seus funcionários de forma

sistemática e continua com o objetivo de apresentar níveis satisfatórios de desempenho, e

conseqüentemente, melhorar a qualidade dos serviços e dos produtos oferecidos.

Entretanto, para que o país possa integrar e interagir de forma satisfatória e segura nessa

nova ordem mundial que vem se configurando é preciso oferecer as condições mínimas

necessárias ao fortalecimento das instituições e das corporações de um modo geral. Para que isso

ocorra é necessário que sejam realizadas inúmeras mudanças e reformas, particularmente,

naquelas áreas e setores que interferem diretamente no desempenho das empresas e que acabam

por contribuir fortemente para a melhoria da qualidade de vida da população.

Dentre os aspectos que precisam ser melhorados um deles se destaca, que é o ambiente

macroeconômico onde as empresas, as instituições e a sociedade estão imersos e, portanto,

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dependentes dessa atmosfera favorável para crescerem e se desenvolverem satisfatoriamente,

logo, proporcionando geração de emprego e de renda para os trabalhadores.

2.1 A INSTITUIÇÃO E A REDE FEDERAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E

TECNOLÓGICA

O CEFET/PE é, portanto, uma instituição de ensino profissional e tecnológico que

integra a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica.

A instituição ao longo dos seus 98 anos vem procurando exercer o seu papel na

formação e na qualificação profissional de jovens e adultos com vistas a atender a demanda do

mercado de trabalho local e regional através dos egressos que lá concluem a sua certificação

profissional.

Este foi o trabalho realizado pela instituição ao longo do tempo e esta continua sendo a

sua missão, ou seja, preparando os seus alunos para o mundo do trabalho.

Entretanto, mais recentemente, considerando todas as mudanças ocorridas no âmbito da

Educação Profissional e Tecnológica – EPT, e em conseqüência dos avanços e das

transformações ocorridas na sociedade de um modo geral e no mercado de trabalho em particular,

a instituição vem buscando se aprimorar perante a atual conjuntura econômica e social do país,

especificamente no que se refere à qualidade da mão de obra que é preparada e que vem atender

às demandas produtivas requeridas pelas empresas.

Inclusive, este vem sendo também o objetivo da Rede Federal de EPT e da

SETEC/MEC, na medida em que busca consolidar as instituições federais como centros de

referência quanto ao fomento e a promoção da Educação Profissional e Tecnológica no país.

O CEFET/PE, portanto, considerando esta perspectiva, vem buscando melhorar o

padrão do ensino profissional e tecnológico que oferece, objetivando acima de tudo cumprir com

a sua missão perante a sociedade.

Portanto, foi nesta perspectiva que esta pesquisa se realizou, averiguando a contribuição

do CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas a partir da avaliação que elas

fazem acerca dos desempenhos apresentados pelos egressos da instituição no ambiente de

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trabalho, bem como, a avaliação que os egressos fazem acerca da formação profissional que

tiveram e acerca da importância da instituição e da experiência profissional adquirida para o seu

desenvolvimento como um todo.

No que se refere à Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, a mesma é

composta atualmente por 152 instituições, sendo, uma Universidade Tecnológica Federal –

CEFET/PR e seus seis campus vinculados, 33 CEFET’s, 44 UNED’s (Unidades de Ensino

Descentralizadas), 36 EAF’s (Escolas Agrotécnicas Federais), 30 Escolas Técnicas Vinculadas às

Universidades Federais, a Escola Técnica Federal de Palmas (TO) e o tradicional Colégio Pedro

II, no Rio de Janeiro.

Ao todo, a Rede Federal atende mais de 250 mil alunos no nível técnico e nos cursos

superiores oferecidos nas instituições integrantes da rede.

A Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica dispõe, ainda, de uma grande

vantagem comparativa quanto ao atendimento à sociedade e na sua tarefa de preparação dos

jovens para o trabalho e para a sua inserção produtiva que é a sua disposição geográfica,

considerando a grande presença que tem nas regiões do interior dos estados brasileiros, o que

democratiza a sua presença e permite a expansão na oferta dessa modalidade de ensino nas mais

diversas e longínquas regiões do país.

A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – SETEC(2006), que supervisiona

a rede e está vinculada ao Ministério da Educação – MEC, tem a missão de fortalecer a Educação

Profissional e Tecnológica no país e está voltada para um projeto nacional de desenvolvimento

sustentável, elevando o nível de qualificação e a escolaridade de jovens e adultos. Para isso, vem

procurando realizar um amplo processo de debates com a sociedade visando entre outros

aspectos, o aperfeiçoamento da legislação da EPT, a questão das fontes de financiamento para o

fomento da EPT, a institucionalização de um subsistema nacional de EPT, a adaptação à

implementação do ensino técnico articulado ao ensino médio, a questão da qualidade da

certificação profissional nas instituições que promovem a EPT e por fim, a oferta das graduações

tecnológicas.

Segundo as estratégias de políticas de Educação Técnica e Profissional da Secretaria de

Educação Profissional e Tecnológica – SETEC(2006), do Ministério da Educação - MEC, é

necessário que se garanta uma profissionalização sustentável para que o projeto de

desenvolvimento brasileiro possa se concretizar, comprometendo-se com três grandes eixos, a

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saber: a inclusão social, o desenvolvimento das forças produtivas e a diminuição das

vulnerabilidades. A profissionalização sustentável refere-se a dois aspectos particulares que são:

a atualização e o acompanhamento da rápida transformação tecnológica que estamos inseridos e a

garantia dos direitos sociais do trabalhador.

A SETEC/MEC vem ainda, executando em parceria com o Ministério do Trabalho e

Emprego/ MTE, o Programa de Expansão da Educação Profissional – PROEP.

O PROEP atua no campo da qualificação básica e das habilitações técnicas e

tecnológicas, buscando ampliar a oferta de trabalhadores qualificados para o mundo do trabalho,

procurando adequar os currículos e os cursos oferecidos no âmbito da EPT às necessidades e

potencialidades do desenvolvimento socioeconômico local e regional, bem como desenvolver

ações integradas e articuladas com a sociedade e, assim, expandir, atualizar e melhorar a

qualidade da Educação Profissional e Tecnológica oferecida no País.

Considerando a importância de interlocução com a sociedade, a SETEC juntamente com

as secretarias responsáveis pelo fomento da Educação Profissional e Tecnológica nos estados

brasileiros, realizou no ano de 2006, as Conferências Estaduais de EPT, com o objetivo de

discutir o tema e levar as suas proposições para a Conferência Nacional de Educação Profissional

e Tecnológica - CONFETEC, realizada em Brasília, no período de cinco a oito de novembro do

mesmo ano.

A CONFETEC teve como finalidade estabelecer as diretrizes e as metas dessa

modalidade de ensino para os próximos anos, a partir do marco legal, conceitual,

técnico/científico, pedagógico e profissional inerentes a ela, objetivando definir uma Política

Nacional de Educação Profissional e Tecnológica.

As contribuições advindas da CONFETEC vem sendo utilizadas pela SETEC/MEC para

o aperfeiçoamento da EPT e das próprias instituições integrantes da rede, através da

implementação das mudanças necessárias à melhoria da certificação profissional que oferecem

por intermédio dos cursos técnicos e tecnológicos.

Mais recentemente, a partir do Decreto 6.095, de 24 de abril de 2007, que pretende

equiparar os Centros Federais às Universidades, vem se iniciando um processo de discussões

junto aos dirigentes dos CEFET’S do país com vistas à implementação das mudanças que devem

ocorrer nas instituições integrantes da rede quando das suas transformações em IFET’S –

Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia.

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2.2 A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS NO MERCADO DE

TRABALHO E NAS EMPRESAS

O acompanhamento de egressos no mercado de trabalho e nas empresas torna-se

fundamental por permitir a obtenção de informações consideradas muito importantes para a

instituição certificadora, para as empresas e para os próprios egressos, pois possibilita a esses

segmentos manterem-se constantemente atualizados frente às mudanças ocorridas na sociedade e

no mundo do trabalho.

Estas informações podem advir, dentre outras formas, através de um processo de

avaliação quanto aos desempenhos dos egressos no ambiente de trabalho, quanto à participação

desses trabalhadores no desenvolvimento das empresas, quanto ao nível de satisfação dos

egressos com a certificação profissional obtida, e, ainda, quanto à importância de uma instituição

e da experiência profissional que os egressos da mesma tiveram para o seu desenvolvimento

como um todo, como o que foi realizado nesta pesquisa.

Elas, portanto, são muito significativas por vários motivos, dentre os quais pode-se

destacar:

a) servem de subsídio para a tomada de decisões pelo empregador e pelo empregado, já que os

resultados devem espelhar a vida funcional do trabalhador na empresa, bem como, a percepção

do egresso sobre a instituição e sobre o mercado de trabalho para o seu desenvolvimento pessoal

e profissional. Logo, estes resultados os mantém conscientes dos aspectos que precisam de

aperfeiçoamento permanente e contínuo, permitindo a ambos, empregadores e empregados,

tomarem as decisões adequadas quanto as suas necessidades e aspirações pessoais, profissionais e

gerenciais;

b) os gestores de um modo geral, de posse desses dados empíricos, passam a dispor das

informações mínimas necessárias à elaboração e à implementação de programas de treinamento

específicos e de políticas públicas voltadas à qualificação de mão de obra e à formação

profissional. A elaboração e a implementação desses programas depende necessariamente de um

bom diagnóstico da realidade, realizado nas empresas, sejam elas públicas ou privadas, quanto ao

perfil dos trabalhadores, o nível de qualificação dos mesmos e o padrão dos desempenhos

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apresentados. Este diagnóstico passa a ser, portanto, o lastro para um planejamento estratégico e

o suporte para o seu monitoramento;

c) a coleta de informações quanto ao nível de satisfação dos egressos com o processo e a

qualidade da sua certificação profissional, bem como quanto à importância da instituição e da

experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o seu

desenvolvimento pessoal e profissional servirá para identificar o significado educacional,

profissional e social da instituição, considerando todo o desenvolvimento ocorrido através da

formação e do conseqüente processo de inclusão profissional dos egressos no mercado de

trabalho;

d) por fim, a análise da contribuição da instituição para o desenvolvimento das empresas

conveniadas com ela servirá para identificar a sua importância para o desenvolvimento local e

regional, considerando os ganhos econômicos e sociais decorrentes do processo de formação e de

inclusão dos egressos no mundo do trabalho, o que acaba por verificar se a missão da instituição

para com a sociedade está sendo cumprida.

Cabe ressaltar que boa parte do problema levantado neste estudo surge da escassez de

informações quanto ao desempenho dos trabalhadores no mercado de trabalho, e particularmente

daqueles mais jovens. Sobre esta questão, Reis e Camargo (2005, p.13) dizem o seguinte:

As firmas geralmente tem poucas informações sobre as características produtivas dos trabalhadores no início de carreira. Essas informações são adquiridas gradativamente com o tempo, à medida que o desempenho dos empregados no mercado de trabalho vai sendo observado.

Portanto, além da formação profissional, é fundamental que se faça o acompanhamento

dos egressos, possibilitando assim à instituição responsável pela certificação profissional verificar

os desempenhos dos mesmos no mercado de trabalho e nas empresas, principalmente, por se

tratar de trabalhadores jovens.

Vale ressaltar aqui as características do mercado atual que se caracterizam pela

globalização e pela competitividade corporativa. Isto vem exigindo um alto nível quanto ao

desempenho dos trabalhadores que é requerido pelas empresas, tendo em vista a necessidade de

se manter níveis elevados de excelência quanto à oferta de serviços e produtos, e ainda,

considerando a necessidade de atuar no mercado local com padrão internacional.

Sobre a questão do mercado atual e da globalização, Vieira e Alves (1995, p.5), dizem o

seguinte:

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A tendência mundial aponta para um fenômeno irreversível e com intensidade crescente: a globalização dos mercados, decorrente da internacionalização da economia. Nesse novo ambiente, o Brasil, para ampliar e consolidar sua presença no comercio internacional tem de adequar sua produção aos padrões de qualidade e produtividade vigentes na economia mundial. O processo de modernização se dá tanto pelas inovações tecnológicas desses setores para outros ramos industriais e de serviços tem sido intenso. A previsão é que cada vez mais empresas adotarão processos modernos de produção, e, portanto, a qualificação profissional do trabalhador poderá constituir-se em nó crítico para a expansão desses processos.

Portanto, é necessário que as empresas mantenham um quadro de pessoal sempre

preparado para atender as suas necessidades e demandas, utilizando inclusive um bom programa

de gestão de pessoas que permita um permanente processo de aperfeiçoamento pessoal e

profissional, de um efetivo gerenciamento de seus processos e procedimentos, e do

acompanhamento do desempenho dos seus funcionários com vistas a alcançar bons resultados.

Outro aspecto fundamental para as empresas apresentarem nos dias atuais padrões de

desempenho satisfatórios é a utilização de um modelo de gestão empresarial atual, moderno,

eficiente e alinhado com o mercado de atuação da empresa, com os seus consumidores e clientes,

buscando manter uma posição de destaque no setor e no segmento que atua.

Considerando todos esses aspectos abordados torna-se imprescindível o

acompanhamento e o monitoramento dos egressos no mercado de trabalho e nas empresas por

parte das instituições de ensino com o objetivo de absorver as novas demandas de conhecimento

oriundas do mundo do trabalho e de suas inovações tecnológicas, objetivando atualizar seus

currículos e oferecer uma formação profissional compatível com as necessidades produtivas

atuais.

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CAPÍTULO III

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3 OBJETIVOS E METODOLOGIA DO ESTUDO

3.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral deste trabalho é o de analisar a contribuição do CEFET/PE para o

desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição a partir dos desempenhos pessoais

e profissionais apresentados pelos egressos no ambiente de trabalho e da importância da

participação geral desses trabalhadores no desenvolvimento das mesmas, na percepção das suas

chefias imediatas e tendo como referência a sua formação profissional.

Objetiva-se, ainda, identificar o nível de satisfação dos egressos com o processo de

certificação profissional do CEFET/PE e avaliar a importância da instituição e da experiência

adquirida através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o desenvolvimento

pessoal e profissional dos egressos.

Considerando o objetivo geral desta pesquisa através da verificação e análise dos

aspectos acima mencionados, o presente estudo pretende constatar o cumprimento pelo

CEFET/PE(2006) da sua missão, que é: “Promover a Educação Profissional e Tecnológica,

através do ensino, pesquisa e extensão, visando a formação de cidadãos éticos, qualificados para

o trabalho e socialmente responsáveis”.

Vale frisar que a formação de jovens-cidadãos-trabalhadores e o seu conseqüente

processo de inclusão profissional no mercado de trabalho referem-se ao fechamento de um ciclo

que tem como conseqüência ganhos econômicos e sociais para as empresas e para os egressos,

considerando o atendimento à demanda produtiva através da mão-de-obra que é qualificada no

CEFET/PE.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) traçar o perfil das empresas pesquisadas quanto ao porte e ao ramo de atuação;

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b) traçar o perfil dos egressos do CEFET/PE que compõem a amostra da pesquisa quanto aos

seguintes aspectos:

- gênero;

- faixa etária;

- certificação profissional obtida;

- tempo de conclusão do curso;

- rede de ensino anterior ao CEFET/PE (Pública ou Privada);

- grau de escolaridade atual;

- tempo de trabalho na empresa atual;

- se desempenha função compatível com a formação profissional obtida no CEFET/PE;

- se foi estagiário antes de ser contratado como funcionário;

- período de tempo entre a conclusão do curso e o ingresso no mercado de trabalho considerando

o primeiro emprego;

- se a empresa atual corresponde ao primeiro emprego do egresso;

- número de empresas trabalhadas pelo egresso antes da atual;

- tempo de atuação do egresso no mercado de trabalho considerando a formação profissional

obtida no CEFET/PE e o primeiro emprego;

- jornada de trabalho do egresso na empresa atual;

- nível de remuneração do egresso na empresa atual;

- se a contratação pela empresa foi feita via DEX/CIEE;

- se o egresso tem algum tipo de deficiência ou necessidade especial,

c) verificar como as empresas conveniadas com o CEFET/PE avaliam o desempenho pessoal e

profissional dos egressos da instituição no ambiente de trabalho, a partir da percepção das suas

chefias imediatas, através dos aspectos estabelecidos para compor o Indicador de Desempenho

Pessoal do Egresso (IDP1) e o Indicador de Desempenho Profissional do Egresso (IDP2);

d) verificar como as empresas conveniadas com o CEFET/PE avaliam a importância da

participação geral dos egressos da instituição no desenvolvimento da empresa, a partir da

percepção das suas chefias imediatas e tendo como referência a sua formação profissional,

através da avaliação dos aspectos estabelecidos para compor o Indicador de Participação Geral do

Egresso (IPG);

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e) verificar o nível de satisfação dos egressos do CEFET/PE com o processo de certificação

profissional da instituição, através da avaliação dos aspectos estabelecidos para compor o

Indicador de Satisfação dos Egressos – ISE, avaliação esta feita pelos próprios egressos;

f) verificar a importância do CEFET/PE e da experiência adquirida através da prática profissional

exercida no mercado de trabalho para o desenvolvimento pessoal e profissional do egresso,

através da avaliação dos aspectos estabelecidos para compor o Indicador da Importância do

CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso – ICEPE, avaliação esta feita pelos próprios

egressos;

g) analisar os resultados das avaliações feitas pelas empresas e pelos egressos quanto aos

aspectos que integram os cinco indicadores da pesquisa, bem como, quanto aos indicadores finais

e ao que eles se referem, ou seja, acerca da contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento

das empresas conveniadas com a instituição, acerca do processo de certificação profissional do

CEFET/PE e acerca do desenvolvimento pessoal e profissional dos egressos.

3.3 METODOLOGIA

A proposta da pesquisa é apresentar um estudo descritivo de natureza quantitativa e

explicativa, a partir de um processo de avaliação que contempla um conjunto de aspectos que

integra cada um dos cinco indicadores do estudo e que servirão de subsídio para a análise do que

a mesma se propõe investigar.

Segundo Costa e Costa (2001, p. 62, grifo do autor):

Uma pesquisa pode ter abordagem qualitativa e/ou quantitativa. A qualitativa se preocupa com uma realidade que não pode ser quantificada. Ela trabalha com o subjetivo dos sujeitos (crenças, valores, atitudes, etc.). Esta abordagem também pode trabalhar com dados, porém, o tratamento não deve envolver estatística avançada. A abordagem quantitativa é aquela que tem como suporte medidas e cálculos mensurativos. A abordagem qualitativa busca a compreensão e a quantitativa a explicação.

Os aspectos selecionados e avaliados pelas empresas e pelos egressos correspondem aos

fatores e aos critérios de avaliação que foram escolhidos para atender aos objetivos da pesquisa.

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Esses aspectos são recorrentes na literatura que aborda os processos e os métodos de avaliação de

desempenho de funcionários em empresas (Ver Chiavenato, 2006; Bergamini, 2007; Reis, 2003).

Os fatores e os critérios de avaliação dizem respeito às habilidades, capacidades,

comportamentos e conceitos mensurados, escolhidos para:

a) verificar os desempenhos pessoais e profissionais dos egressos do CEFET/PE no ambiente de

trabalho das empresas e a importância da participação geral desses trabalhadores no

desenvolvimento das mesmas, como forma de analisar a contribuição do CEFET/PE para o

desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição;

b) verificar o nível de satisfação dos egressos com o processo de certificação profissional do

CEFET/PE como forma de analisar a qualificação profissional que os mesmos obtiveram na

instituição;

c) verificar a importância da instituição e da experiência profissional adquirida como forma de

analisar a importância de ambos para o desenvolvimento pessoal e profissional dos egressos;

Sobre o significado e a importância do processo de avaliação de desempenho,

Chiavenato (2004, p. 223) conceitua, assinalando:

A avaliação do desempenho é uma apreciação sistemática do desempenho de cada pessoa, em função das atividades que ela desempenha, das metas e resultados a serem alcançados e do seu potencial de desenvolvimento. A avaliação de desempenho é um processo que serve para julgar ou estimar o valor, a excelência e as qualidades de uma pessoa e, sobretudo, qual é a sua contribuição para o negócio da organização. A avaliação do desempenho recebe denominações variadas como avaliação do mérito, avaliação de pessoal, relatórios de progresso, avaliação de eficiência individual ou grupal, etc. Varia enormemente de uma organização para outra. Na realidade, a avaliação do desempenho é um processo dinâmico que envolve o avaliado e seu gerente e representa uma técnica de direção imprescindível na atividade administrativa de hoje. É um excelente meio pelo qual se localizam problemas de supervisão e gerência, de integração das pessoas à organização, de adequação da pessoa ao cargo, de localização de possíveis dissonâncias ou carências de treinamento e, conseqüentemente, estabelecer os meios e programas para eliminar ou neutralizar tais problemas. No fundo, a avaliação do desempenho constitui um poderoso meio de resolver problemas de desempenho e melhorar a qualidade de vida dentro das organizações.

O estudo, portanto, através da avaliação dos aspectos selecionados buscou obter os

seguintes indicadores:

a) Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso - IDP1;

b) Indicador de Desempenho Profissional do Egresso - IDP2;

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57

c) Indicador de Participação Geral do Egresso – IPG;

d) Indicador de Satisfação do Egresso – ISE;

e) Indicador de Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso - ICEPE.

O IDP1, IDP2 e IPG foram utilizados para analisar a contribuição do CEFET/PE para o

desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição na visão dos empresários; O ISE

para analisar o processo de certificação profissional do CEFET/PE e o ICEPE para analisar o

desenvolvimento dos egressos como um todo.

A avaliação dos aspectos que integram os seus respectivos indicadores foi feita através

da técnica de pesquisa quantitativa com o uso de questionário, aplicado no ambiente de trabalho

das empresas junto às chefias imediatas dos egressos e aos próprios egressos, onde cada pergunta

do questionário correspondeu a um aspecto avaliado.

A partir dos resultados obtidos nesse processo de avaliação e através da composição dos

indicadores da pesquisa, foram feitas as análises dos resultados com o intuito de alcançar os

objetivos almejados pelo estudo e com vistas a responder ao problema-objeto desta pesquisa.

3.3.1 Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso – IDP1

Para obter o Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso – IDP1, que se refere ao

desempenho pessoal apresentado pelo egresso do CEFET/PE no ambiente de trabalho da

empresa, foi avaliado pelas chefias imediatas dos egressos os seguintes aspectos:

a) pró-atividade e dinamismo;

b) criatividade para sugerir e implementar novos procedimentos;

c) comunicação e relacionamentos com chefias, subordinados e demais funcionários;

d) equilíbrio emocional para solucionar problemas e conflitos;

e) liderança positiva e cooperativa;

f) iniciativa e autoconfiança para tomar decisões;

g) motivação individual e contribuição para a motivação do grupo.

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3.3.2 Indicador de Desempenho Profissional do Egresso – IDP2

Para obter o Indicador de Desempenho Profissional do Egresso – IDP2, que se refere ao

desempenho profissional apresentado pelo egresso do CEFET/PE no ambiente de trabalho da

empresa, foi avaliado pelas chefias imediatas dos egressos os seguintes aspectos:

a) assiduidade e pontualidade;

b) conhecimento técnico-profissional (teórico/prático);

c) eficiência no desempenho da função e na realização de tarefas;

d) produtividade na concretização de objetivos e metas;

e) capacidade empreendedora e participação nos processos de inovação tecnológica da empresa;

f) conhecimentos atualizados sobre o mercado de atuação da empresa;

g) ética profissional.

Para a avaliação desses aspectos que formaram o IDP1 e o IDP2, utilizou-se uma escala

intervalar de nível de valor, composta de cinco conceitos básicos que foram estabelecidos como

parâmetro para a sua avaliação, atribuídos às perguntas do questionário, a saber: Conceito Fraco

– Valor 1; Conceito Regular – Valor 2; Conceito Bom – Valor 3; Conceito Muito Bom – Valor

4 e Conceito Excelente – Valor 5.

3.3.3 Indicador de Participação Geral do Egresso – IPG

Para obter o Indicador de Participação Geral do Egresso – IPG, que se refere à

importância da participação geral do egresso do CEFET/PE no desenvolvimento da empresa, foi

avaliado pelas chefias imediatas dos egressos os seguintes aspectos:

a) envolvimento e comprometimento com a empresa, com seus resultados e com a melhoria de

sua gestão, de seus serviços e produtos;

b) atuação permanente e efetiva no cotidiano da empresa com o propósito de contribuir para o seu

desenvolvimento;

c) qualidade na prestação dos serviços profissionais e no trabalho realizado;

d) postura pessoal adequada e compatível com o ambiente de trabalho;

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e) participação global do funcionário egresso do CEFET/PE no desenvolvimento desta empresa,

tendo como referência a sua formação profissional;

f) considerando todos os aspectos até aqui abordados e outros que não tenham sido contemplados

neste questionário, qual o nível de importância que você atribui à participação geral do

funcionário egresso do CEFET/PE no desenvolvimento desta empresa como um todo, tendo

como referência a sua formação profissional.

Para a avaliação dos aspectos que compuseram o IPG, foi utilizada uma escala

intervalar de nível de importância, composta de cinco conceitos básicos que foram estabelecidos

como parâmetro para a sua avaliação, atribuídos às perguntas do questionário, a saber: Conceito

Irrelevante – Valor 1; Conceito Pouco Importante – Valor 2; Conceito Importante – Valor 3;

Conceito Muito Importante – Valor 4; Conceito Imprescindível – Valor 5.

3.3.4 Indicador de Satisfação do Egresso – ISE

Para obter o Indicador de Satisfação do Egresso – ISE, que se refere ao nível de

satisfação do egresso com o processo de certificação profissional do CEFET/PE, foi avaliado

pelos próprios egressos os seguintes aspectos, divididos em três grupos (A, B e C), da seguinte

forma:

Grupo A - Quanto ao nível de satisfação com o curso realizado.

Grupo B - Quanto ao nível de satisfação com a instituição de um modo geral.

Grupo C - Quanto ao nível de satisfação com o processo de acompanhamento dos egressos

da instituição.

O nível de satisfação dos egressos quanto ao curso realizado (GRUPO A) foi obtido a

partir da avaliação dos seguintes aspectos:

a) a qualidade da formação técnica-profissional quanto ao nível do ensino, dos docentes da

instituição e quanto à atualidade dos conhecimentos adquiridos para o mercado de trabalho;

b) a relevância do curso para o mercado de trabalho quanto à oferta de estágios e empregos;

c) a organização curricular e a prática pedagógica quanto às disciplinas e aos conteúdos

ministrados;

d) o sistema e os métodos de avaliação adotados pela instituição e pelos professores.

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O nível de satisfação dos egressos quanto à instituição de um modo geral (GRUPO B)

foi obtido a partir da avaliação dos seguintes aspectos:

a) a infra-estrutura do CEFET/PE: salas de aula, laboratórios, equipamentos e recursos didáticos,

biblioteca, auditórios, espaços esportivos e de lazer;

b) a sua gestão administrativa (diretores, gerentes, coordenadores) e os serviços administrativos

de apoio ao aluno na instituição;

c) os valores fomentados pela instituição, particularmente quanto à ética e a responsabilidade

social;

d) a qualidade da instituição de um modo geral.

O nível de satisfação dos egressos quanto ao processo de acompanhamento dos egressos

da instituição (GRUPO C) foi obtido a partir da avaliação dos seguintes aspectos:

a) o atendimento na instituição e os serviços de orientação profissional oferecidos aos egressos

pelo CEFET/PE;

b) o acompanhamento dos egressos realizado pelo CEFET/PE no mercado de trabalho e nas

empresas;

c) o apoio institucional do CEFET/PE oferecido aos egressos no mercado de trabalho e nas

empresas;

d) as oportunidades de atualização e re-qualificação profissional oferecido pelo CEFET/PE após

o seu egresso da instituição;

e) a sua participação em alguma pesquisa na condição de egresso do CEFET/PE;

f) o processo de certificação profissional do CEFET/PE como um todo.

Para a avaliação dos aspectos que compuseram o ISE, foi utilizada uma escala intervalar

de nível de satisfação, composta de cinco conceitos básicos que foram estabelecidos como

parâmetro para a sua avaliação, atribuído às perguntas do questionário, a saber: Conceito

Totalmente Insatisfeito – Valor 1; Conceito Pouco Insatisfeito – Valor 2; Conceito Satisfeito –

Valor 3; Conceito Muito Satisfeito – Valor 4; Conceito Totalmente Satisfeito – Valor 5.

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3.3.5 Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso – ICEPE

Para captar a importância do CEFET/PE e da experiência adquirida através da prática

profissional exercida no mercado de trabalho no desenvolvimento pessoal e profissional dos

egressos, foi obtido o Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do

Egresso – ICEPE, através da avaliação feita pelos próprios egressos quanto aos seguintes

aspectos:

a) a instituição CEFET/PE para o seu desenvolvimento pessoal e profissional;

b) a melhoria da sua empregabilidade e da sua renda decorrente da formação profissional obtida

no CEFET/PE;

c) a certificação profissional do CEFET/PE como diferencial para o seu ingresso no mercado de

trabalho e sua contratação pelas empresas;

d) a experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o

seu desenvolvimento pessoal e profissional;

e) a empresa atual para o seu desenvolvimento pessoal e profissional;

f) o reconhecimento das empresas de um modo geral pelo trabalho realizado, para o seu

desenvolvimento pessoal e profissional;

g) as oportunidades de ascensão profissional dada pelas empresas de um modo geral, para o seu

desenvolvimento pessoal e profissional;

h) as oportunidades de capacitação e treinamento dado pelas empresas de um modo geral, para o

seu desenvolvimento pessoal e profissional;

i) a valorização dada à sua formação profissional a ao curso realizado no CEFET/PE pelo

mercado de trabalho de um modo geral, para o seu desenvolvimento pessoal e profissional;

j) a importância do CEFET/PE e da experiência adquirida através da prática profissional exercida

no mercado de trabalho, para o seu desenvolvimento pessoal e profissional como um todo.

Para a avaliação dos aspectos que compuseram o ICEPE, foi utilizada uma escala

intervalar de nível de importância, composta de cinco conceitos básicos que foram estabelecidos

como parâmetro para a sua avaliação, atribuído às perguntas do questionário, a saber: Conceito

Irrelevante – Valor 1; Conceito Pouco Importante – Valor 2; Conceito Importante – Valor 3;

Conceito Muito Importante – Valor 4; Conceito Imprescindível – Valor 5.

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A composição dos cinco indicadores da pesquisa foi feita considerando a média dos

valores correspondentes aos conceitos atribuídos às perguntas dos questionários, ou seja, quanto à

avaliação dos aspectos integrantes de cada indicador, avaliação esta feita pelas chefias imediatas

dos egressos no ambiente de trabalho, no caso do IDP1, IDP2 e IPG, e pelos próprios egressos,

no caso do ISE e do ICEPE, por empresa. Vale salientar que cada pergunta do questionário

correspondeu a um aspecto avaliado, e que foi levado em consideração o desvio padrão dos

respectivos escores obtidos.

O método utilizado no estudo com o objetivo de realizar esse processo de avaliação foi

do tipo “Listas de Verificação” (check-lists). Este é um método considerado tradicional de

avaliação de desempenho, que se baseia numa relação de aspectos a serem observados sobre um

funcionário ou sobre algo que se pretende avaliar.

Segundo Chiavenato (2004), os métodos tradicionais de avaliação de desempenho mais

utilizados são: escalas gráficas, escolha forçada, pesquisa de campo, incidentes críticos e listas de

verificação.

O instrumento utilizado para a coleta de dados foi o questionário com perguntas

fechadas, com suas escalas correspondentes.

Para a obtenção das informações que resultaram no IDP1, IDP2 e IPG, o questionário

foi respondido pela chefia imediata do egresso do CEFET/PE no ambiente de trabalho das

empresas e constou de vinte perguntas no total, ou seja, vinte aspectos avaliados, sendo sete para

a obtenção do IDP1, sete para a obtenção do IDP2 e seis para a obtenção do IPG.

Para a obtenção do ISE e ICEPE, o questionário foi respondido pelos próprios egressos

do CEFET/PE no ambiente de trabalho das empresas e constou de vinte e quatro perguntas no

total, ou seja, vinte e quatro aspectos avaliados, sendo quatorze para a obtenção do ISE e dez para

a obtenção do ICEPE.

Utilizamos esse instrumento como recurso para obtenção dos dados e das informações

necessárias para a realização da pesquisa.

Além da obtenção desses dados e dessas informações através dessa fonte primária,

utilizou-se fontes secundárias que foram trabalhos afins a este já realizados, bem como, a

literatura pertinente à temática da presente pesquisa e do seu objeto de estudo, como forma de

agregar valor ao mesmo e de fundamenta-lo teoricamente.

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A população da pesquisa refere-se às empresas conveniadas com o CEFET/PE que estão

localizadas na RMR, que no momento corresponde a 315 empresas.

A amostra da pesquisa foi extraída dessa população de empresas e foi do tipo

estratificada, considerando a classificação do SEBRAE quanto ao porte da empresa (grande,

média, pequena e micro empresa), que leva em consideração o número de funcionários e o ramo

de atuação da mesma.

Esta classificação está assim definida, segundo o Estudo MPE nº 1, de Julho/03 –

Unidade de Estratégias e Diretrizes, do SEBRAE.

Quadro 1- Classificação do SEBRAE

INDÚSTRIA,

Micro: até 19 empregados.

Pequena: 20 até 99 empregados.

Média: 100 até 499 empregados.

Grande: mais de 499 empregados.

COMÉRCIO/SERVIÇOS,

Micro: até 9 empregados.

Pequena: 10 até 49 empregados.

Média: 50 até 99 empregados.

Grande: mais de 99 empregados.

Com base nessa classificação, portanto, foi feita uma amostra aleatória composta de dez

micro-empresas, dez empresas de pequeno porte, dez empresas de médio porte e dez empresas de

grande porte, totalizando quarenta empresas, ou seja, mais de 10% da população total de

empresas conveniadas com a instituição, localizadas na RMR.

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Para cada empresa integrante da amostra foram escolhidos aleatoriamente um (a)

funcionário (a) egresso (a) do CEFET/PE e um (a) respectivo (a) chefe (ia) imediato (a) deste (a)

egresso (a) para responder os questionários.

Portanto, para cada empresa foram respondidos dois questionários. Um pelo egresso e

outro pela sua chefia imediata, totalizando, assim, oitenta questionários respondidos, sendo

quarenta pelos egressos e quarenta pelas suas chefias imediatas.

Para a aplicação dos respectivos questionários junto aos egressos e as suas chefias

imediatas foi utilizado o departamento de recursos humanos das empresas integrantes da amostra,

através do qual foi identificado aleatoriamente o funcionário egresso do CEFET/PE, bem como, a

sua chefia imediata na empresa para a aplicação dos respectivos questionários.

Para a obtenção dos indicadores finais da pesquisa, considerando a amostra de 40

empresas, utilizamos, portanto, a média das médias dos valores (escores) correspondentes aos

aspectos avaliados por indicador, feitos pela chefia imediata ou pelo egresso.

Quando da composição dos indicadores foi obtido valor intermediário relativamente à

média dos valores (escores), utilizou-se uma escala de referência para valores intermediários que

atribuiu correspondências e estabeleceu o seguinte:

Quadro 2- Escala de referência para valores intermediários

Entre 1 e 1,5, corresponde ao valor 1.

a) acima de 1,5 e até 2,5, corresponde ao valor 2.

b) acima de 2,5 e até 3,5, corresponde ao valor 3.

c) acima de 3,5 e até 4,5, corresponde ao valor 4.

d) acima de 4,5 e até 5, corresponde ao valor 5.

Após fazer a correlação e se encontrar o valor correspondente, considerou-se a escala

específica utilizada para a avaliação dos aspectos de cada um dos cinco indicadores da pesquisa

e, conseqüentemente, ao conceito que a média obtida corresponde.

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Quando a média dos escores correspondente a avaliação dos aspectos que integra cada

indicador for um valor inteiro, utilizou-se diretamente a escala específica do referido indicador e,

conseqüentemente, ao conceito que a média obtida corresponde.

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CAPÍTULO IV

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4 ANÁLISES DOS RESULTADOS

Para a obtenção dos dados da pesquisa foram aplicados dois questionários por empresa,

sendo um deles respondido pela chefia imediata do egresso no ambiente de trabalho que

corresponde à avaliação das empresas sobre os egressos, e o outro respondido pelo egresso do

CEFET/PE, que corresponde a sua avaliação sobre a certificação profissional obtida e sobre a

importância da instituição e do mercado de trabalho para o seu desenvolvimento pessoal e

profissional, totalizando, 80 questionários respondidos.

Tabela 7 – Pernambuco: Questionários aplicados

Setembro/2007

Questionários

n

Chefias Imediatas dos Egressos do CEFET/PE no

Ambiente de Trabalho das Empresas

40

Egressos do CEFET/PE no Ambiente de Trabalho das

Empresas

40

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DE EMPRESAS

Os dados da pesquisa advieram das 40 empresas que fizeram parte da amostra da

mesma, dentro de um universo atual de 315 empresas conveniadas com a instituição que estão

localizadas na RMR.

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68

Foi feita uma amostra aleatória das empresas, correspondendo a 12,69% do universo

total. Esta amostra é representativa para o universo e foi utilizada neste estudo.

De forma a garantir o mínimo de representatividade para cada um dos 4 grupos de

empresas segundo o porte, ou seja, microempresa, empresa de pequeno porte, empresa de médio

porte e empresa de grande porte, optou-se por uma divisão equitativa da amostra de 40 empresas

entre esses 4 grupos. Isto se deu devido ao pequeno tamanho da amostra que é representativa

apenas para o universo das empresas.

Portanto, a amostra de empresas ficou distribuída da seguinte forma quanto ao porte,

conforme a tabela a seguir.

Tabela 8– Pernambuco: Caracterização das empresas, segundo o tamanho.

Setembro/2007

Porte da empresa

n

%

Micro empresa

10

25

Empresa de pequeno porte

10

25

Empresa de médio porte

10

25

Empresa de grande porte

10

25

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.

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69

Quanto ao ramo de atuação das empresas pesquisadas, obtivemos a seguinte distribuição

percentual, considerando que de um total de 40 empresas integrantes da amostra desta pesquisa,

20 são do ramo da indústria, 19 do setor de serviços e apenas uma do ramo do comércio.

Gráfico 1 – Pernambuco: Caracterização das empresas, segundo o ramo de atuação

Setembro/2007

50,0%

2,5%

47,5% Indústria

Comércio

Serviços

Fonte: pesquisa direta realizada pelo autor

Quanto ao ramo de atuação das empresas integrantes da amostra da pesquisa, verificou-

se, portanto, a predominância da área da indústria e do setor de serviços, em detrimento do ramo

do comércio, o que ratifica a tradição construída pelo CEFET/PE ao longo da sua história que é

servir predominantemente ao setor da industria e, mais recentemente, aumentando a sua

contribuição e participação no setor de serviços, o que fica claro nos dados coletados quanto ao

número e percentual de empresas desses setores que acabaram por integrar a amostra dessa

pesquisa.

Este dado é corroborado ainda pelo fato dos cursos oferecidos pela instituição

atualmente estarem mais direcionados para os ramos da indústria e do setor de serviços, logo,

para onde os egressos se encaminham predominantemente já que um maior número de empresas

desses setores acaba por estabelecer convênio com a instituição com o objetivo de absorver a mão

de obra que é qualificada no CEFET/PE.

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70

4.2 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DE EGRESSOS

Além dos questionários aplicados que teve como meta coletar os dados necessários à

concretização dos objetivos da pesquisa, obtivemos, ainda, informações com o intuito de

caracterizar a amostra dos egressos respondentes dos questionários, dados esses que são

apresentados a seguir.

Cabe ressaltar que trata-se de uma amostra pequena, de apenas 40 observações, coletada

no interesse de referenciar os resultados da avaliação dos egressos. Não foi possível, dadas as

limitações deste estudo, trabalhar com uma amostra grande o suficiente para ser representativa do

universo de egressos do CEFET-PE, instituição com 98 anos de atividade e que forma em torno

de 600 egressos por ano.

No entanto, apesar de pequena, a amostra de egressos é suficiente para permitir uma

noção de como os egressos avaliam a instituição e a contribuição do mercado de trabalho para o

seu desenvolvimento como um todo.

Quanto ao sexo dos egressos a amostra ficou assim distribuída:

Tabela 9 – Pernambuco: Caracterização dos egressos quanto ao sexo

Setembro/2007

Sexo dos Egressos

n

%

Masculino 26 65

Feminino 14 35

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.

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71

Quanto à faixa etária dos egressos verificou-se que a maioria absoluta da amostra

pesquisada, 32 entre os 40 egressos pesquisados está na faixa entre 21 e 30 anos, o que

corresponde a 80 % do total.

Gráfico 2 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à faixa etária

Setembro/2007

5%

80%

10%5%

18 a 20 anos

21 a 30 anos

31 a 40 anos

Mais de 40 anos

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor

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72

Quanto à Certificação Profissional obtida na instituição, a amostra coletada apresentou a

seguinte distribuição, quanto ao número e percentual dos cursos correspondentes a formação

profissional dos egressos integrantes da amostra da pesquisa.

Tabela 10 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto a Certificação Profissional obtida

Setembro/2007

Certificação Profissional

n

%

Mecânica

10

25

Edificações

9

22,5

Eletrotécnica

7

17,5

Eletrônica

4

10

Química Industrial

3

7,5

Segurança do trabalho

3

7,5

Refrigeração

2

5

Telecomunicações

1

2,5

Saneamento Ambiental

1

2,5

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.

Vale salientar que os cursos correspondentes à formação profissional dos egressos

integrantes da amostra da pesquisa foram escolhidos aleatoriamente pelo departamento de

recursos humanos das empresas.

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73

Quanto ao tempo de conclusão do curso, a amostra de egressos tem dois grupos mais

representativos em percentual, que foram aqueles que tem mais de 60 meses de concluído o seu

curso com 40 % do total de 40 egressos (16 egressos) e aqueles que tem até 12 meses de

concluída sua certificação profissional com 22,5 % (9 egressos).

Gráfico 3 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao tempo de conclusão do curso

Setembro/2007

0

10

20

30

40

50

0 a 12meses

13 a 24meses

25 a 36meses

37 a 48meses

49 a 60meses

Mais de60 meses

n%

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.

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74

Quanto à rede de ensino que o egresso do CEFET/PE integrou antes de ingressar na

instituição, verificou-se a predominância da rede pública em detrimento da privada na amostra

pesquisada, correspondente a 45% da rede pública (18 egressos) e 37,5 % da rede privada (15

egressos), o que demonstra a tendência dos alunos que passam a integrar o CEFET/PE serem

oriundos da rede pública de ensino. Inclusive, o CEFET/PE, hoje, adota o sistema de cotas para o

ingresso na instituição, através do qual, destina-se 50 % do total de vagas em todos os cursos

oferecidos exclusivamente para os alunos oriundos da rede pública de ensino.

Gráfico 4 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à rede de ensino anterior ao

CEFET/PE

Setembro/2007

37,5

17,5

45

Pública Privada Pública e Privada

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.

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75

Quanto à escolaridade atual dos egressos verificou-se que 52,5 % (21 egressos)

mantiveram-se no nível Técnico/Tecnológico, 42,5 % (17 egressos) tem o nível Superior

Incompleto e apenas 5 % (2 egressos) do total de 40 integrantes da amostra, tem o nível superior

completo ou é pós-graduado.

Gráfico 5 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao grau de escolaridade

atual

Setembro/2007

0102030405060

Técn

ico/

Tecn

ológ

ico

Supe

rior

Inco

mpl

eto

Supe

rior

Com

plet

o

Pós-

grad

uaçã

o

n%

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor

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76

Quanto ao tempo de trabalho na empresa atual, verificou-se dois grupos mais

representativos quanto aos percentuais coletados, que foram aqueles que têm até um ano de

trabalho na empresa atual com 35% (14 egressos) e os que têm acima de cinco anos com 27,5%

(11 egressos).

Gráfico 6 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao tempo de trabalho na empresa

atual

Setembro/2007

0 10 20 30 40

0 a 12 meses

13 a 24 meses

25 a 36 meses

37 a 48 meses

49 a 60 meses

mais de 60 meses

%

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.

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77

Quanto a ter sido estagiário na empresa atual antes de ser contratado como funcionário,

observou-se que 82% dos egressos pesquisados foram estagiários antes de serem efetivados como

funcionário da empresa.

Gráfico 7 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto a ter sido estagiário na empresa

Setembro/2007

82%

18%

SimNão

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.

Quanto à questão que procurou verificar se o funcionário egresso do CEFET/PE

desempenha função compatível com a formação profissional obtida na instituição, obteve-se um

percentual de 100% de compatibilidade no exercício da função na empresa com a formação

profissional obtida, o que garante que o investimento feito na qualificação profissional desses

jovens e quanto ao conhecimento que adquiriram está sendo plenamente utilizado pelo mercado

de trabalho e pelas empresas.

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Quanto ao período de tempo entre o término da certificação profissional e o ingresso no

mercado de trabalho considerando o primeiro emprego, constatou-se que 33 dos 40 egressos

integrantes da amostra, ou seja, 82,5 %, conseguiu a sua colocação no mercado de trabalho em

até 6 meses após concluída a sua formação profissional.

Gráfico 8 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao período de tempo para o 1º

emprego

Setembro/2007

0

20

40

60

80

100

Até 6 meses 6 meses ou mais

%

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor

Quanto ao aspecto da caracterização dos egressos que procurou verificar se a empresa

atual corresponde ao 1º emprego, obtivemos 65 % (26 egressos) que sim e 35 % (14 egressos)

que não. Gráfico 9 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à empresa atual corresponder

ao 1º emprego do egresso

Setembro/2007

Sim

Não

% 65 35

n 26 14

Sim Não

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor

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79

Quanto ao número de empresas trabalhadas anteriormente pelos egressos, a amostra

verificou que 65% dos egressos (26 egressos) não tinha nenhuma experiência profissional

anterior, confirmando o resultado anterior referente ao primeiro emprego, que apresentou o

mesmo percentual.

Gráfico 10 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao número de empresas trabalhadas

anteriormente

Setembro/2007

% 65 5 12,5 10 2,5 5

n 26 2 5 4 1 2

Nenhuma

1 empresa

2 empresa

3 empresa

4 empresa

5 ou mais

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor

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80

Quanto à experiência profissional dos egressos, ou seja, há quanto tempo o egresso do

CEFET/PE atua no mercado de trabalho considerando a certificação profissional obtida na

instituição e o seu primeiro emprego, verificou-se na amostra pesquisada dois grupos mais

representativos percentualmente que foram aqueles com mais de 60 meses de experiência

profissional, com 32,5 % (13 egressos), e aqueles com até 12 meses de experiência profissional,

com 25 % (10 egressos) do total de 40 egressos integrantes da amostra pesquisada.

Gráfico 11 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao tempo de experiência profissional

Setembro/2007

%n

% 25 7,5 7,5 15 12,5 32,5

n 10 3 3 6 5 13

0 a 12 13 a 24 25 a 36 37 a 48 49 a 60 mais de

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor

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Quanto à jornada de trabalho desempenhada pelos egressos nas empresas, 45 % das

empresas (18 empresas) declararam que os mesmos cumprem uma carga horária de 40

h/semanais e 45 % delas informaram 44 h/semanais de trabalho (18 empresas). Outras 5 %

informaram 30 h/semanais (2 empresas) e 5 % (2 empresas) não informaram.

Gráfico 12 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à jornada de trabalho

Setembro/2007

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

1 2

30 h/semanais40 h/semanais44 h/semanaisN.I.

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor

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Quanto ao nível de remuneração dos egressos, verificou-se uma parcela mais

significativa dos 40 egressos na faixa entre 2 e 3 salários mínimos, com 27,5 % (11 egressos). Em

seguida a faixa que corresponde a mais de 1 e até 2 salários mínimos, com 22,5 % (9 egressos). A

faixa que corresponde a mais de 3 e até 4 salários mínimos teve 20 % do total dos 40 egressos

integrantes da amostra, ou seja, 8 egressos. Os outros 30% (12 egressos) ficaram distribuídos

entre as demais faixas de salário ou não foi informado.

Gráfico 13 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao nível de remuneração

Setembro/2007

0 5 10 15 20 25 30

Até 1 S.M.

Mais de 1 e até 2 S.M.

Mais de 2 e até 3 S.M.

Mais de 3 e até 4 S.M.

Mais de 4 e até 5 S.M.

Acima de 5 S.M.

N.I.

n%

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor

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Quanto ao aspecto da caracterização dos egressos que procurou verificar se a

contratação dos mesmos foi feita via Coordenação de Integração Escola Empresa - CIEE

constatou-se que 60 % das empresas fizeram a contratação por intermédio do referido

departamento, que é responsável pela integração da instituição com o mercado de trabalho e com

o processo de colocação dos alunos e dos egressos nos estágios curriculares e nos empregos

requeridos pelo mercado de trabalho.

Gráfico 14 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à contratação dos egressos via CIEE

Setembro/2007

30%

60%

10%Não

Sim

N.I.

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor

Constatou-se ainda na pesquisa que não havia nenhum egresso na amostra pesquisada

com algum tipo de deficiência ou necessidade especial.

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4.3 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS PARA RESPONDER AOS OBJETIVOS DA

PESQUISA QUANTO À AVALIAÇÃO FEITA PELAS EMPRESAS SOBRE OS EGRESSOS

O questionário respondido pela chefia imediata procurou obter a avaliação da empresa

sobre os desempenhos pessoais e profissionais do egresso no ambiente de trabalho e sobre a

importância da participação geral do egresso no desenvolvimento da mesma, resultado esse que

foi utilizado para compor o Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso – IDP1, Indicador de

Desempenho Profissional do Egresso – IDP2 e o Indicador da Participação Geral do Egresso –

IPG, considerando para isso a média com o seu respectivo desvio padrão, sobre os escores dos

resultados da avaliação dos aspectos que integraram cada um desses três indicadores. Esses três

indicadores serviram de base para analisar a contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento

das empresas conveniadas com a instituição na visão dos empresários.

Tabela 11 – Pernambuco: Indicadores aferidos quanto à avaliação das empresas sobre os egressos

Setembro/2007

Indicadores aferidos quanto à avaliação das empresas sobre os egressos

Indicador de desempenho pessoal do egresso – IDP 1.

Indicador de desempenho profissional do egresso – IDP 2

Indicador de participação geral do egresso – IPG.

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.

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4.3.1 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso – IDP1 e seu resultado final

Quanto aos aspectos que integraram o Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso –

IDP1, o aspecto melhor avaliado, considerando a média dos resultados das 40 empresas, foi

“comunicação e relacionamentos com chefias, subordinados e demais funcionários”, com valor

médio 4 e desvio padrão 1, ou seja, correspondente ao conceito Muito Bom na escala de

referência utilizada para a aferição deste indicador.

Os aspectos integrantes do IDP1 com a pior avaliação foram “criatividade para sugerir e

implementar novos procedimentos”, “liderança positiva e cooperativa” e “iniciativa e

autoconfiança para tomar decisões”, todos com 3,4 de média e desvio padrão 1. Vale salientar

que o valor médio obtido para esses três aspectos, corresponde ainda a uma avaliação positiva,

considerando a escala de referência utilizada para valores intermediários e que corresponde neste

caso ao valor 3, portanto, ao conceito Bom.

O resultado final para o Indicador de Desempenho Pessoal – IDP1, levando em

consideração a avaliação dos 7 aspectos que o integra por empresa, e neste caso, a média das

médias das 40 empresas, foi de 3,6 e desvio padrão 0,7, ou seja, correspondendo a um conceito

Muito Bom, considerando a escala de referência específica utilizada para aferir este indicador e a

escala de referência para valores intermediários.

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Tabela 12 - Indicador de Desempenho Pessoal – IDP1

Aspectos Avaliados Média Desv. P. Conceito Comunicação e relacionamentos com chefias, subordinados e demais funcionários

4,0

1

Muito Bom

Pró-atividade e dinamismo

3,8

1

Muito Bom

Equilíbrio emocional para solucionar problemas e conflitos

3,6

1

Muito Bom

Motivação individual e contribuição para a motivação do grupo

3,6

1

Muito Bom

Criatividade para sugerir e implementar novos procedimentos

3,4

1

Bom

Liderança positiva e cooperativa

3,4

1

Bom

Iniciativa e autoconfiança para tomar decisões

3,4

1

Bom

Resultado final do IDP1 3,6 0,7 Muito Bom

Fonte:Pesquisa direta realizada pelo autor.

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87

4.3.2 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Desempenho Profissional do Egresso – IDP2 e seu resultado final

Quanto aos aspectos que integraram o Indicador de Desempenho Profissional do

Egresso – IDP 2, o aspecto melhor avaliado, considerando a média dos resultados das 40

empresas, foi “Ética profissional” , com valor médio 4,3 e desvio padrão 0,7, ou seja,

correspondendo ao valor 4 na escala de referência utilizada para valores intermediários, portanto,

ao conceito Muito Bom.

O aspecto do IDP 2 com pior avaliação foi “capacidade empreendedora e participação

nos processos de inovação tecnológica da empresa”, com média 3,3 e desvio padrão 0,9. Ainda,

sim, correspondendo a uma avaliação positiva, considerando tanto o valor máximo de 5 de todas

as escalas utilizadas para a aferição dos cinco indicadores da pesquisa, quanto para este caso que,

tendo como base a escala de referência para valores intermediários, corresponde a um valor 3,

portanto, ao conceito Bom.

O resultado final para o Indicador de Desempenho Profissional – IDP 2, levando em

consideração a avaliação dos 7 aspectos que o integra por empresa, e neste caso, a média das

médias das 40 empresas, foi de 3,7 e desvio padrão 0,6, ou seja, correspondendo a um conceito

Muito Bom, considerando a escala de referência específica utilizada para aferir este indicador e a

escala de referência para valores intermediários.

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Tabela 13 - Indicador de Desempenho Profissional – IDP 2

Aspectos Avaliados Média Desv. P. Conceito

Ética profissional 4,3 0,7 Muito Bom

Assiduidade e pontualidade 4,0 0,9 Muito Bom

Conhecimento técnico-profissional (teórico/prático) 3,7 0,8 Muito Bom

Eficiência no desempenho da função e na realização de tarefas

3,7 0,8 Muito Bom

Produtividade na concretização de objetivos e metas

3,7 0,9 Muito Bom

Conhecimentos atualizados sobre o mercado de atuação da empresa

3,4 0,9 Bom

Capacidade empreendedora e participação nos processos de inovação tecnológica da empresa

3,3 0,9 Bom

Resultado Final IDP2 3,7 0,6 Muito Bom

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.

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89

4.3.3 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Participação Geral do Egresso – IPG e seu resultado final

Quanto aos aspectos que integraram o Indicador de Participação Geral do Egresso –

IPG, o aspecto melhor avaliado, considerando a média dos resultados das 40 empresas, foi

“Postura pessoal adequada e compatível com o ambiente de trabalho”, com valor médio 4,2 e

desvio padrão 0,8, ou seja, correspondendo ao conceito Muito Importante na escala utilizada para

aferir este indicador e, ainda, na escala de referência para valores intermediários. Os aspectos do

IPG com pior avaliação foram “Participação global do funcionário egresso do CEFET/PE no

desenvolvimento desta empresa, tendo como referência a sua formação profissional”, com média

3,9 e desvio padrão 0,6, “Considerando todos os aspectos até aqui abordados e outros que não

tenham sido contemplados neste questionário, qual o nível de importância que você atribui à

participação geral do funcionário egresso do CEFET/PE no desenvolvimento desta empresa como

um todo, tendo como referência a sua formação profissional”, com média 3,9 e desvio padrão

0,6, e “Atuação permanente e efetiva no cotidiano da empresa com o propósito de contribuir para

o seu desenvolvimento”, com média de 3,9 e desvio padrão de 0,7. Vale ressaltar que o resultado

médio obtido para esses três aspectos corresponde a um conceito Muito Importante na escala

utilizada para aferir este indicador e, ainda, na escala de referência para valores intermediários.

O resultado final para o Indicador de Participação Geral – IPG, levando em consideração

a avaliação dos 6 aspectos que o integra por empresa, e neste caso, a média das médias das 40

empresas, foi de 4,0 e desvio padrão 0,6, ou seja, correspondendo a um conceito Muito

Importante, considerando a escala de referência específica utilizada para aferir este indicador.

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90

Tabela 14 - Indicador de Participação Geral – IPG

Aspectos Avaliados Média Desv. P. Conceito

Postura pessoal adequada e compatível com o ambiente de trabalho

4,2 0,8 Muito Importante

Qualidade na prestação dos serviços profissionais e no trabalho realizado

4,1 0,7 Muito Importante

Envolvimento e comprometimento com a empresa, com seus resultados e com a melhoria de sua gestão, de seus serviços e produtos

4,0 0,8 Muito Importante

Participação global do funcionário egresso do CEFET/PE no desenvolvimento desta empresa, tendo como referência a sua formação profissional

3,9 0,6 Muito Importante

Considerando todos os aspectos até aqui abordados e outros que não tenham sido contemplados neste questionário, qual o nível de importância que você atribui à participação geral do funcionário egresso do CEFET/PE no desenvolvimento desta empresa como um todo, tendo como referência a sua formação profissional

3,9 0,6 Muito Importante

Atuação permanente e efetiva no cotidiano da empresa com o propósito de contribuir para o seu desenvolvimento

3,9 0,7 Muito Importante

Resultado Final do IPG 4,0 0,6 Muito Importante

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.

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91

4.4 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS PARA RESPONDER AOS OBJETIVOS DA

PESQUISA QUANTO À AVALIAÇÃO FEITA PELOS EGRESSOS

O questionário respondido pelo egresso procurou obter o nível de satisfação do mesmo

com o processo de certificação profissional do CEFET/PE, resultado esse que foi utilizado para

compor o ISE – Indicador de Satisfação do Egresso, considerando para isso a média com o seu

respectivo desvio padrão, sobre os escores dos resultados da avaliação dos aspectos que integrou

esse indicador.

Além disso, o questionário respondido pelo egresso procurou avaliar a importância do

CEFET/PE e da experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de

trabalho para o desenvolvimento pessoal e profissional do egresso, resultado esse que foi

utilizado para compor o ICEPE – Indicador da Importância do CEFET/PE e da experiência

profissional do Egresso, considerando para isso a média com o seu respectivo desvio padrão,

sobre os escores dos resultados da avaliação dos aspectos que integrou esse indicador.

Tabela 15 – Pernambuco: Indicadores aferidos quanto à avaliação feita pelos egressos

Setembro/2007

Indicadores aferidos quanto à avaliação feita pelos egressos

Indicador de Satisfação do Egresso – ISE

Indicador da Importância do CEFET/PE e da experiência profissional do egresso – ICEPE

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.

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4.4.1 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Satisfação do Egresso – ISE e seu resultado final

Quanto aos aspectos que integraram o Indicador de Satisfação do Egresso – ISE, que foi

dividido em 3 grupos, obtivemos a melhor avaliação quanto ao Grupo A, considerando a média

das respostas dos 40 egressos, para o aspecto: “A relevância do curso para o mercado de trabalho

quanto à oferta de estágios e empregos” com média 3,4 e desvio padrão 0,9, e com pior avaliação

o aspecto “O sistema e os métodos de avaliação adotados pela instituição e pelos professores”

com média 3,0 e desvio padrão 0,7. O Grupo A, diz respeito ao nível de satisfação dos egressos

com o curso realizado. Em ambos os casos o conceito correspondente às médias obtidas foi

Satisfeito, considerando a escala específica deste indicador e, ainda, a escala de referência para

valores intermediários.

O resultado final para o Grupo A do ISE, levando em consideração a avaliação dos 4

aspectos que o integra, por egresso, e neste caso, a média das média dos 40 egressos, foi de 3,2 e

desvio padrão 0,6, ou seja, correspondendo ao conceito satisfeito, considerando a escala de

referência específica utilizada para aferir este indicador e a escala de referência para valores

intermediários. Tabela 16 - Grupo A - ISE

Aspectos Avaliados Média Desv. P. Conceito

A relevância do curso para o mercado de trabalho quanto à oferta de estágios e empregos

3,4 0,9 Satisfeito

A qualidade da formação técnico-profissional quanto ao nível do ensino, dos docentes da instituição e quanto à atualidade dos conhecimentos adquiridos para o mercado de trabalho

3,2 0,7 Satisfeito

A organização curricular e a prática pedagógica quanto às disciplinas e aos conteúdos ministrados

3,1 0,6 Satisfeito

O sistema e os métodos de avaliação adotados pela instituição e pelos professores

3,0 0,7 Satisfeito

Resultado final do Grupo A do ISE 3,2 0,6 Satisfeito

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.

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Quanto ao grupo B do ISE, que diz respeito ao nível de satisfação dos egressos com a

instituição de um modo geral, o aspecto melhor avaliado considerando a média das repostas dos

40 egressos integrantes da amostra, foi “Os valores fomentados pela instituição, particularmente

quanto à ética e a responsabilidade social”, com média 3,2 e desvio padrão 0,6, o que

corresponde ao conceito Satisfeito. O aspecto pior avaliado pelos egressos foi “A gestão

administrativa do CEFET/PE, particularmente, quanto aos diretores, gerentes e coordenadores,

bem como quanto aos serviços administrativos de apoio ao aluno na instituição”, com média 2,6 e

desvio padrão de 0,9, correspondendo, portanto, ao conceito intermediário da escala de nível de

satisfação utilizada para aferir esse indicador e, ainda, a escala de referência para valores

intermediários, ou seja, ao conceito Satisfeito.

O resultado final para o Grupo B do ISE, levando em consideração a avaliação dos 4

aspectos que o integra, por egresso, e neste caso, a média das média dos 40 egressos, foi de 2,9 e

desvio padrão de 0,6, ou seja, correspondendo ao conceito satisfeito, considerando a escala de

referência específica utilizada para aferir este indicador e a escala de referência para valores

intermediários.

Tabela 17 - Grupo B - ISE Aspectos Avaliados Média Desv. P. Conceito Os valores fomentados pela instituição, particularmente quanto à ética e à responsabilidade social

3,2 0,6 Satisfeito

A qualidade da instituição de um modo geral 3,0 0,6 Satisfeito

A infra-estrutura do CEFET/PE: salas de aula, laboratórios, equipamentos e recursos didáticos, biblioteca, auditórios, espaços esportivos e de lazer

2,7 1,0 Satisfeito

A sua gestão administrativa(diretores, gerentes, coordenadores) e os serviços administrativos de apoio ao aluno na instituição

2,6 0,9 Satisfeito

Resultado final do Grupo B do ISE 2,9 0,6 Satisfeito

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.

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Quanto ao grupo C, correspondente ao nível de satisfação dos egressos com o processo

de acompanhamento de egressos da instituição e com o processo de Certificação Profissional

como um todo, obtivemos a melhor média das respostas dos 40 egressos para o aspecto “o

processo de Certificação Profissional do CEFET/PE como um todo”, com média 3,0 e desvio

padrão 0,8, o que corresponde ao conceito Satisfeito. O aspecto pior avaliado pelos egressos neste

grupo foi “As oportunidades de atualização e requalificação profissional oferecido pelo

CEFET/PE após o seu egresso da instituição”, com média 2,1 e desvio padrão 0,9, o que

corresponde ao conceito Pouco Satisfeito, tendo como referência a escala específica utilizada

para aferir esse indicador e a escala de referência para valores intermediários.

O resultado final para o Grupo C do ISE, levando em consideração a avaliação dos 6

aspectos que o integra, por egresso, e neste caso, a média das média dos 40 egressos, foi de 2,5 e

desvio padrão de 0,7, ou seja, correspondendo ao conceito Pouco Satisfeito, considerando a

escala de referência específica utilizada para aferir este indicador e a escala de referência para

valores intermediários.

Tabela 18 - Grupo C - ISE Aspectos Avaliados Média Desv. P. Conceito O processo de certificação profissional do CEFET/PE como um todo

3,0 0,8 Satisfeito

O atendimento na instituição e os serviços de orientação profissional oferecidos aos egressos pelo CEFET/PE

2,9 0,8 Satisfeito

O acompanhamento dos egressos realizado pelo CEFET/PE no mercado de trabalho e nas empresas

2,5 0,8 Pouco Satisfeito

O apoio institucional do CEFET/PE oferecido aos egressos no mercado de trabalho e nas empresas

2,4 0,9 Pouco Satisfeito

A sua participação em alguma pesquisa na condição de egresso do CEFET/PE

2,2 0,9 Pouco Satisfeito

As oportunidades de atualização e re-qualificação profissional Oferecido pelo CEFET/PE após o seu egresso da instituição

2,1 0,9 Pouco Satisfeito

Resultado final do Grupo C do ISE 2,5 0,7 Pouco Satisfeito

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.

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O resultado final para o Indicador de Satisfação do Egresso – ISE, levando em

consideração a avaliação dos 14 aspectos que o integra, por egresso, e neste caso, a média das

médias dos 40 egressos, foi de 2,8 e desvio padrão 0,5, ou seja, correspondendo a um conceito

Satisfeito, considerando a escala de referência específica utilizada para aferir este indicador e a

escala de referência para valores intermediários.

Tabela 19 - Indicador de Satisfação do Egresso – ISE

Aspectos Avaliados Média Desv. P.

Conceito

A relevância do curso para o mercado de trabalho quanto à oferta de estágios e empregos - Grupo A

3,4 0,9 Satisfeito

Os valores fomentados pela instituição, particularmente quanto à ética e à responsabilidade social- Grupo B

3,2 0,6 Satisfeito

A qualidade da formação técnico-profissional quanto ao nível do ensino, dos docentes da instituição e quanto à atualidade dos conhecimentos adquiridos para o mercado de trabalho - Grupo A

3,2 0,7 Satisfeito

A organização curricular e a prática pedagógica quanto às disciplinas e aos conteúdos ministrados - Grupo A

3,1 0,6 Satisfeito

A qualidade da instituição de um modo geral - Grupo B 3,0 0,6 Satisfeito

O sistema e os métodos de avaliação adotados pela instituição e pelos professores - Grupo A

3,0 0,7 Satisfeito

O processo de certificação profissional do CEFET/PE como um todo - Grupo C

3,0 0,8 Satisfeito

O atendimento na instituição e os serviços de orientação profissional oferecidos aos egressos pelo CEFET/PE - Grupo C

2,9 0,8 Satisfeito

A infra-estrutura do CEFET/PE: salas de aula, laboratórios, equipamentos e recursos didáticos, biblioteca, auditórios, espaços esportivos e de lazer - Grupo B

2,7 1,0 Satisfeito

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A sua gestão administrativa(diretores, gerentes, coordenadores) e os serviços administrativos de apoio ao aluno na instituição - Grupo B O acompanhamento dos egressos realizado pelo CEFET/PE no mercado de trabalho e nas empresas - Grupo C O apoio institucional do CEFET/PE oferecido aos egressos no mercado de trabalho e nas empresas - Grupo C A sua participação em alguma pesquisa na condição de egresso do CEFET/PE - Grupo C As oportunidades de atualização e re-qualificação profissional oferecido pelo CEFET/PE após o seu egresso da instituição - Grupo C

2,6

2,5

2,4

2,2

2,1

0,9

0,8

0,9

0,9

0,9

Satisfeito

Pouco Satisfeito

Pouco Satisfeito

Pouco Satisfeito

Pouco Satisfeito

Resultado final do ISE 2,8 0,5 Satisfeito

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.

4.4.2 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso – ICEPE e seu resultado final

Quanto aos aspectos que compuseram o Indicador da Importância do CEFET/PE e da

Experiência Profissional do Egresso – ICEPE, que teve como objetivo verificar a importância da

instituição e da experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de

trabalho para o desenvolvimento pessoal e profissional do egresso obteve-se a melhor avaliação

para os aspectos: “A experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de

trabalho para o seu desenvolvimento pessoal e profissional”, “A empresa atual para o seu

desenvolvimento pessoal e profissional” e “As oportunidades de capacitação e treinamento dado

pelas empresas de um modo geral para o seu desenvolvimento pessoal e profissional”. Nesses 3

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casos, obteve-se a média 4,2, relativamente à média dos resultados dos 40 egressos, com desvios

padrão 0,7, 0,7 e 0,9, respectivamente, ou seja, correspondendo a um conceito Muito Importante,

considerando a escala específica desse indicador e a escala de referência para valores

intermediários.

Os aspectos com pior avaliação quanto ao ICEPE foram: “A instituição CEFET/PE para

o seu desenvolvimento pessoal e profissional”, “As oportunidades de ascensão profissional dado

pelas empresas de um modo geral para o seu desenvolvimento pessoal e profissional”, “A

valorização dada à sua formação profissional e ao curso realizado no CEFET/PE pelo mercado de

trabalho de um modo geral para o seu desenvolvimento pessoal e profissional” e “A melhoria da

sua empregabilidade e da sua renda decorrente da formação profissional obtida no CEFET/PE”.

Todos esses aspectos obtiveram 3,9 na média das respostas dos 40 egressos, com desvios de 0,6,

0,7, 0,7 e 0,8, respectivamente, o que corresponde ao conceito Muito Importante, considerando a

escala específica desse indicador e a escala de referência para valores intermediários.

O resultado final para o Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência

Profissional do Egresso – ICEPE, levando em consideração a avaliação dos 10 aspectos que o

integra, por egresso, e neste caso, a média das médias dos 40 egressos, foi de 4,0 e desvio padrão

0,4, ou seja, correspondendo a um conceito Muito Importante, considerando a escala de

referência específica utilizada para aferir este indicador.

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Tabela 20 - Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso – ICEPE

Aspectos Avaliados Média Desv. P. Conceito A experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o seu desenvolvimento pessoal e profissional

4,2 0,7 Muito Importante

A empresa atual para o seu desenvolvimento pessoal e profissional 4,2 0,7 Muito Importante

As oportunidades de capacitação e treinamento dado pelas empresas de um modo geral, para o seu desenvolvimento pessoal e profissional

4,2 0,9 Muito Importante

A importância do CEFET/PE e da experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de trabalho, para o seu desenvolvimento pessoa e profissional como um todo

4,1 0,6 Muito Importante

O reconhecimento das empresas de um modo geral pelo trabalho realizado, para o seu desenvolvimento pessoal e profissional

4,0 0,6 Muito Importante

A certificação profissional do CEFET/PE como diferencial para o seu ingresso no mercado de trabalho e sua contratação pelas empresas

4,0 0,8 Muito Importante

A instituição CEFET/PE para o seu desenvolvimento pessoal e profissional

3,9

0,6

Muito Importante

As oportunidades de ascensão profissional dado pelas empresas de um modo geral, para o seu desenvolvimento pessoal e profissional

3,9 0,7 Muito Importante

A valorização dada à sua formação profissional e ao curso realizado no CEFET/PE pelo mercado de trabalho de um modo geral, para o seu desenvolvimento pessoal e profissional

3,9 0,7 Muito Importante

A melhoria da sua empregabilidade e da sua renda decorrente da formação profissional obtida no CEFET/PE

3,9 0,8 Muito Importante

Resultado final do ICEPE 4,0 0,4 Muito Importante

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.

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CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

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CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

A presente pesquisa teve o objetivo de analisar a contribuição do CEFET/PE para o

desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição na visão dos empresários, bem

como, aferir o nível de satisfação dos egressos com o processo de certificação profissional do

CEFET/PE e, ainda, avaliar a importância da instituição e da experiência profissional adquirida

no mercado de trabalho para o desenvolvimento do egresso como um todo.

Para tanto, realizou um processo de avaliação de aspectos que foi utilizado para compor

os 5 indicadores do trabalho, resultados finais apresentados na tabela a seguir:

Tabela 21 – Resultados Finais dos Indicadores Indicador Média Desvio Padrão Conceito IDP 1 3,6 0,7 Muito Bom

IDP 2 3,7 0,6 Muito Bom

IPG 4,0 0,6 Muito Importante

ISE- Grupo A 3,2 0,6 Satisfeito

ISE- Grupo B ISE- Grupo C ISE Final ICEPE

2,9

2,5

2,8

4,0

0,6

0,7

0,5

0,4

Satisfeito

Pouco Satisfeito

Satisfeito

Muito Importante

Fonte: Pesquisa direta realizada pelo autor.

Os três primeiros indicadores IDP1, IDP2 e IPG, foram utilizados para analisar a

contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição

na visão dos empresários, e para isso, foi realizado um processo de avaliação de aspectos quanto

aos desempenhos pessoais, profissionais e quanto à importância da participação geral dos

egressos no desenvolvimento das empresas, a partir da percepção das suas chefias imediatas e

tendo como referência a formação profissional do egresso.

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Para a obtenção e composição do IDP1 – Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso,

que teve o objetivo de verificar o desempenho pessoal apresentado pelo egresso do CEFET/PE no

ambiente de trabalho, foi utilizado a média dos valores (escores) obtidos nos resultados da

avaliação dos aspectos que integrou esse indicador, por empresa.

Considerando a amostra de 40 empresas, o IDP1 final corresponde à média das médias

das 40 empresas, quanto aos valores (escores) obtidos nos resultados da avaliação dos aspectos

que integrou esse indicador, que correspondeu ao valor 3,6 e desvio padrão 0,7, ou seja, ao

conceito MUITO BOM, considerando a escala específica utilizada para aferir esse indicador e a

escala utilizada para valores intermediários.

Para a obtenção e composição do IDP2 – Indicador de Desempenho Profissional do

Egresso, que teve o objetivo de verificar o desempenho profissional apresentado pelo egresso do

CEFET/PE no ambiente de trabalho, foi utilizado a média dos valores (escores) obtidos nos

resultados da avaliação dos aspectos que integrou esse indicador, por empresa.

Considerando a amostra de 40 empresas, o IDP2 final corresponde à média das médias

das 40 empresas, quanto aos valores (escores) obtidos nos resultados da avaliação dos aspectos

que integrou esse indicador, que correspondeu ao valor 3,7 e desvio padrão 0,6, ou seja, ao

conceito MUITO BOM, considerando a escala específica utilizada para aferir esse indicador e a

escala utilizada para valores intermediários.

Para a obtenção e composição do IPG – Indicador de Participação Geral do Egresso,

que teve o objetivo de verificar a importância da participação geral do egresso no

desenvolvimento da empresa, foi utilizada a média dos valores (escores) obtidos nos resultados

da avaliação dos aspectos que integrou esse indicador, por empresa.

Considerando a amostra de 40 empresas, o IPG final corresponde à média das médias

das 40 empresas, quanto aos valores (escores) obtidos nos resultados da avaliação dos aspectos

que integrou esse indicador, que correspondeu ao valor 4,0 e desvio padrão 0,6, ou seja, ao

conceito MUITO IMPORTANTE, considerando a escala específica utilizada para aferir esse

indicador.

Portanto, a partir do resultado final obtido quanto a esses três indicadores, IDP1, IDP2 e

IPG, que objetivaram servir de subsídio para a analise da contribuição do CEFET/PE para o

desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição a partir dos egressos e na visão dos

empresários, considerando os dados coletados através da amostra desta pesquisa, constatou-se

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que as empresas conveniadas com o CEFET/PE, localizadas na RMR, consideraram muito bons

os desempenhos pessoais e profissionais dos egressos da instituição no ambiente de trabalho, e

consideraram, ainda, como muito importante à participação geral dos egressos do CEFET/PE no

desenvolvimento das mesmas, tendo como referência à formação profissional dos egressos.

Assim, a partir do resultado final da avaliação das empresas sobre os egressos do

CEFET/PE, pode-se concluir que o CEFET/PE está contribuindo de forma bastante significativa

para o desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição, localizadas na RMR, e

deste modo, vem cumprindo com a sua missão de promover a educação profissional e

tecnológica, através do ensino, pesquisa e extensão, visando a formação de cidadãos éticos,

qualificados para o trabalho e socialmente responsáveis.

Os outros dois indicadores, ISE e ICEPE, foram utilizados para verificar,

respectivamente, o nível de satisfação dos egressos com o processo de certificação profissional

do CEFET/PE, e, a importância da instituição e da experiência adquirida através da prática

profissional exercida no mercado de trabalho para o desenvolvimento pessoal e profissional do

egresso.

Para a obtenção e composição do ISE – Indicador de Satisfação do Egresso, que teve o

objetivo de verificar o nível de satisfação do egresso com o processo de certificação profissional

do CEFET/PE, foi utilizada a média dos valores (escores) obtidos nos resultados da avaliação dos

aspectos que integrou esse indicador, por egresso.

Considerando a amostra de 40 egressos, o ISE final corresponde a média das médias dos

40 egressos, quanto aos valores (escores) obtidos nos resultados da avaliação dos aspectos que

integrou esse indicador, que correspondeu ao valor 2,8 e desvio padrão 0,5, ou seja, ao conceito

SATISFEITO, considerando a escala específica utilizada para aferir esse indicador e a escala de

referência para valores intermediários.

Portanto, a partir do resultado final obtido quanto a esse indicador, ISE, que objetivou

aferir o nível de satisfação dos egressos com o processo de certificação profissional do

CEFET/PE, considerando os dados coletados através da amostra desta pesquisa, conclui-se que

os egressos do CEFET/PE estão satisfeitos com o processo de certificação profissional do

CEFET/PE como um todo.

Para a obtenção e composição do ICEPE – Indicador da Importância do CEFET/PE e da

Experiência Profissional do Egresso – ICEPE, que teve o objetivo de verificar a importância da

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instituição e da experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de

trabalho para o desenvolvimento pessoal e profissional do egresso, foi utilizada a média dos

valores (escores) obtidos nos resultados da avaliação dos aspectos que integrou esse indicador,

por egresso.

Considerando a amostra de 40 egressos, o ICEPE final corresponde à média das médias

dos 40 egressos, quanto aos valores (escores) obtidos nos resultados da avaliação dos aspectos

que integrou esse indicador, que correspondeu ao valor 4,0 e desvio padrão 0,4, ou seja, ao

conceito MUITO IMPORTANTE, considerando a escala específica utilizada para aferir esse

indicador.

Portanto, a partir do resultado final obtido quanto a esse indicador, ICEPE, que

objetivou avaliar a importância do CEFET/PE e da experiência profissional adquirida no mercado

de trabalho para o desenvolvimento do egresso como um todo, considerando os dados coletados

através da amostra desta pesquisa, conclui-se que os egressos do CEFET/PE consideram como

muito importante à instituição e a experiência que adquiriram no mercado de trabalho para os

seus desenvolvimentos pessoais e profissionais.

A partir do que foi identificado ao longo desta pesquisa, através dos dados obtidos na

mesma, observamos que os resultados de um modo geral são positivos. No entanto, os resultados

também indicam que há espaço para melhorias, particularmente quanto à avaliação feita pelos

egressos.

Considerando esses resultados e o que foi observado ao longo desta pesquisa,

recomendamos o seguinte:

a) que sejam oferecidas oportunidades de atualização e re-qualificação profissional pelo

CEFET/PE para os já egressos da instituição, considerando que o processo de escolarização e de

qualificação profissional deve ocorrer de forma continuada e, portanto, esta deve ser uma

prioridade das instituições públicas de ensino de um modo geral, objetivando manter os

trabalhadores permanentemente atualizados educacional e profissionalmente, inclusive, na

mesma perspectiva como vem sendo desenvolvido pelo CEFET/PE o programa de integração da

educação profissional com a educação básica na modalidade de educação de jovens e adultos –

PROEJA, que destina-se aos trabalhadores acima de 21 anos, com trajetórias escolares

interrompidas ou descontinuadas, ou seja, sem o ensino fundamental ou médio completos, e ainda

para aqueles que não tenham obtido uma formação profissional formal.

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b) que seja feito o acompanhamento dos egressos do CEFET/PE no mercado de trabalho,

objetivando incluir permanentemente na formação profissional que a instituição oferece as novas

demandas de conhecimento e as inovações tecnológicas que surgem constantemente, ou seja,

mantendo uma boa sintonia entre a certificação profissional e as necessidades das empresas

quanto aos desempenhos a serem apresentados pelos egressos da instituição no ambiente de

trabalho.

c) que o CEFET/PE tenha como objetivo central a qualidade da certificação profissional que

oferece em todos os níveis, objetivando ser um centro de excelência na qualificação profissional

de jovens e adultos, e visando, também, o bom atendimento às demandas produtivas locais

através da mão de obra que é preparada na instituição.

d) que sejam realizados diagnósticos permanentes das demandas produtivas locais, com o

objetivo de serem criados e oferecidos novos cursos técnicos e tecnológicos pela instituição,

expandindo a oferta de EPT;

e) que sejam oferecidos cursos voltados ao setor do comércio, já que na amostra desta pesquisa

verificou-se um percentual muito baixo de empresas que integram esse ramo de atuação e que

estão conveniadas com a instituição;

f) que sejam realizadas pesquisas acerca da EPT, com o objetivo de contribuir para o

desenvolvimento dessa modalidade de ensino e de suas instituições, melhorando a qualidade da

formação profissional oferecida e os serviços prestados por elas à sociedade;

g) que seja realizado um processo de avaliação com os egressos da instituição que contemple

também os cursos tecnológicos já que esses acabaram por não integrar a amostra desta pesquisa;

h) recomendamos, ainda, que seja implementada uma política de avaliação permanente dos

cursos técnicos e tecnológicos que são oferecidas no âmbito das instituições que promovem a

EPT, objetivando sua melhoria constante, bem como, permitindo estabelecer critérios e

parâmetros de avaliação a serem utilizados pelos órgãos competentes que as supervisionam, com

vistas à destinação e ao repasse dos recursos financeiros disponíveis para o fomento e o

desenvolvimento dessa modalidade de ensino no país.

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SOARES, S.; CARVALHO, L.; KIPNIS, B. Os jovens adultos de 18 a 25 anos: retrato de uma dívida da política educacional. Rio de Janeiro: IPEA, 2003. (Texto para discussão, 954). TERRER, C. e T. Diagnóstico Organizacional do CEFET/PE. Minuta e Anexos. Recife, 2005. VIEIRA, C.A.S; ALVEZ, E.L.G. Qualificação Profissional: uma proposta de política pública. Rio de Janeiro: IPEA, 1995. (Texto para discussão, 376).

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108

APÊNDICE

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109

APÊNDICE A - Ficha de dados cadastrais da empresa, da chefia imediata e do funcionário egresso do CEFET/PE a ser respondido pelo Departamento de Recursos Humanos da empresa conveniada

Nome da Empresa.

______________________________________________________________________________

Ramo de atuação da empresa

______________________________________________________________________________

Responsável pelas informações no RH.

______________________________________________________________________________

Telefone/ramal/e-mail do RH.

______________________________________________________________________________

Nome do funcionário egresso do CEFET/PE respondente do questionário.

______________________________________________________________________________

Departamento/setor de atuação do funcionário egresso do CEFET/PE na empresa.

______________________________________________________________________________

Telefone/ramal do departamento/setor de atuação do funcionário egresso do CEFET/PE.

______________________________________________________________________________

Cargo/função que o funcionário egresso do CEFET/PE desempenha na empresa.

______________________________________________________________________________

Nome da chefia imediata do funcionário egresso do CEFET/PE respondente do questionário.

______________________________________________________________________________

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110

Cargo/função da chefia imediata do funcionário egresso do CEFET/PE.

______________________________________________________________________________

O referido funcionário egresso do CEFET/PE antes de ser funcionário foi estagiário da empresa?

SIM ( ) NÃO ( )

Data de admissão do funcionário egresso do CEFET/PE na empresa.

______________________________________________________________________________

Jornada de trabalho do funcionário egresso do CEFET/PE.

______________________________________________________________________________

Nível de remuneração do funcionário egresso do CEFET/PE.

1 S.M. 2 S.M. 3 S.M. 4 S.M. Acima de 5SM

A contratação do mesmo foi feita via Diretoria de Relações Empresariais - DRE / CIEE do

CEFET/PE?

SIM ( ) NÃO ( )

_______________________________________

Responsável pelas informações - DRH.

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111

APÊNDICE B - Carta à chefia imediata do funcionário egresso do CEFET/PE

Prezado (a) Sr (a),

Vimos através desta solicitar a sua colaboração no sentido de responder ao questionário em

anexo que faz parte da pesquisa: “Educação Profissional e Tecnológica: A contribuição do

CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição na visão

dos empresários”, que tem como objetivo analisar a contribuição do CEFET/PE para o

desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição, a partir da avaliação feita acerca

do desempenho pessoal e profissional apresentado pelo egresso do CEFET/PE no ambiente de

trabalho e da importância da participação geral desse funcionário no desenvolvimento desta

empresa, na percepção da sua chefia imediata e tendo como referência a sua formação

profissional. Procura, também, verificar o nível de satisfação do egresso com o processo de

certificação profissional do CEFET/PE e a importância da instituição e da experiência adquirida

através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o desenvolvimento pessoal e

profissional do egresso.

Agradeço antecipadamente a atenção e coloco-me à disposição para qualquer esclarecimento

que se fizer necessário.

Cordialmente,

_______________________

Arnaldo Fernando Lopes Maçaira.

Mestrando em Gestão Empresarial – Negócios Internacionais

Faculdade Boa Viagem / FBV.

Telefones: (81)3467-3374 / (81)92428961

E-mail: arnaldomaç[email protected]

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112

APÊNDICE C – Questionário da chefia imediata do funcionário egreso do CEFET/PE

GOVERNO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE PERNAMBUCO

QUESTIONÁRIO DA CHEFIA IMEDIATA DO FUNCIONÁRIO EGRESSO DO

CEFET/PE

ASSUNTO: COLETA DE DADOS/DISSERTAÇÃO DE MESTRADO/EGRESSOS

INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO PELA CHEFIA

IMEDIATA DO FUNCIONÁRIO EGRESSO DO CEFET/PE.

1. O presente questionário consta de 20 perguntas.

2. Ele tem por objetivo avaliar o desempenho pessoal e profissional do funcionário egresso

do CEFET/PE no ambiente de trabalho e a importância da participação geral dele no

desenvolvimento desta empresa, a partir da percepção da sua chefia imediata e tendo

como referência a sua formação profissional.

3. As informações coletadas têm a finalidade exclusiva de elaboração da dissertação de

mestrado intitulada: “Educação Profissional e Tecnológica: a contribuição do

CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição na

visão dos empresários”, de autoria do Prof. Arnaldo Maçaira, Mestrando em Gestão

Empresarial – Negócios Internacionais, pela Faculdade Boa Viagem - FBV.

4. A chefia imediata responderá as questões indicando o conceito que melhor representa a

sua percepção quanto aos aspectos a seguir relacionados.

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113

COMO VOCÊ AVALIA O DESEMPENHO PESSOAL DESTE FUNCIONÁRIO

EGRESSO DO CEFET/PE QUANTO AOS SEGUINTES ASPECTOS?

1. Pró-atividade e dinamismo.

FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE

2. Criatividade para sugerir e implementar novos procedimentos.

FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE

3. Comunicação e relacionamentos com chefias, subordinados e demais funcionários.

FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE

4. Equilíbrio emocional para solucionar problemas e conflitos.

FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE

5. Liderança positiva e cooperativa.

FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE

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114

6. Iniciativa e autoconfiança para tomar decisões.

FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE

7. Motivação individual e contribuição para a motivação do grupo.

FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE

COMO VOCÊ AVALIA O DESEMPENHO PROFISSIONAL DESTE

FUNCIONÁRIO EGRESSO DO CEFET/PE QUANTO AOS SEGUINTES ASPECTOS?

1. Assiduidade e Pontualidade.

FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE

2. Conhecimento técnico-profissional (teórico/prático).

FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE

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115

3. Eficiência no desempenho da função e na realização de tarefas.

FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE

4. Produtividade na concretização de objetivos e metas.

FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE

5. Capacidade empreendedora e participação nos processos de inovação tecnológica da

empresa.

FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE

6. Conhecimentos atualizados sobre o mercado de atuação da empresa.

FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE

7. Ética profissional.

FRACO REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE

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116

GOSTARÍAMOS AGORA DE OBTER SUA AVALIAÇÃO SOBRE A

IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO GERAL DESTE FUNCIONÁRIO EGRESSO DO

CEFET/PE NO DESENVOLVIMENTO DESTA EMPRESA.

QUAL O NÍVEL DE IMPORTÂNCIA QUE VOCÊ ATRIBUI AOS SEGUINTES

ASPECTOS:

1. Envolvimento e comprometimento com a empresa, com seus resultados e com a melhoria

de sua gestão, de seus serviços e produtos.

IRRELEVANTE E

E

ELPOUCO

IMPORTANTE

IMPORTANT MUITO

IMPORTANT

IMPRESCINDÍV

2. Atuação permanente e efetiva no cotidiano da empresa com o propósito de contribuir para

IRRELEVANTE POUCO

IMPORTANTE

IMPORTANTE MUITO

I NT

IMPRESCINDÍVEL

o seu desenvolvimento.

MPORTA E

3. Qualidade na prestação dos serviços profissionais e no trabalho realizado.

IRRELE

IMPORTANTE IMPORTANTE

INDÍVEL

VANTE POUCO IMPORTANTE MUITO IMPRESC

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117

4. Postura pessoal adequada e compatível com o a iente de trabalho.

RELEVANTE POUCO IMPORTANTE MUITO IMPRESCINDÍVEL

mb

IR

IMPORTANTE IMPORTANTE

5. Participação global do funcionário egresso do CEFET/PE no desenvolvimento desta

em referência a sua formação profissional.

RELEVANTE POUCO IMPORTANTE MUITO IMPRESCINDÍVEL

presa, tendo como

IR

IMPORTANTE IMPORTANTE

6. Considerando todos os aspectos até aqui aborda não tenha ido

contemplados neste questionário, qual o nível de importância que você atribui à participação

geral do funcionário egresso do CEFET/PE no desenvolvim presa como um

todo, tendo como referência a sua formação profissional.

IRRELE EL

dos e outros que m s

ento desta em

VANTE POUCO

IMPORTANTE

IMPORTANTE MUITO

IMPORTANTE

IMPRESCINDÍV

Nome da chefia imedi io egr FET

________ _______ __

Nome funcionário egresso do CEFET/P valiado.

_______________________________________________________

Assinatura da chefia imediata do funcionário egresso do CEFET/PE.

ata do funcionár

__

esso do CE

_____________

E a

/PE.

____________

do

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118

APÊNDICE D -

Prezado (a) Sr (a) E

Vimos atrav tionário em

nexo que faz parte da pesquisa: “Educação Profissional e Tecnológica: A contribuição do

as com a instituição na visão

os empresários”, que tem como objetivo analisar a contribuição do CEFET/PE para o

a instituição, a partir da avaliação feita acerca

o desempenho pessoal e profissional apresentado pelo egresso do CEFET/PE no ambiente de

trab

Arnaldo Fernando Lopes Maçaira.

Faculdade Boa Viagem / FBV.

Telefones: (81)3467-3374 / (81)92428961

E-mail: ar efetpe.br

Carta ao funcionário egresso do CEFET/PE

x-aluno (a) do CEFET/PE,

és desta solicitar a sua colaboração no sentido de responder ao ques

a

CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniad

d

desenvolvimento das empresas conveniadas com

d

alho e da importância da participação geral desse funcionário no desenvolvimento desta

empresa, na percepção da sua chefia imediata e tendo como referência a sua formação

profissional. Procura, também, verificar o nível de satisfação do egresso com o processo de

certificação profissional do CEFET/PE e a importância da instituição e da experiência adquirida

através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o desenvolvimento pessoal e

profissional do egresso.

Agradeço antecipadamente a atenção e coloco-me à disposição para qualquer esclarecimento

que se fizer necessário.

Cordialmente,

_________________________

Mestrando em Gestão Empresarial – Negócios Internacionais

naldomaçaira@c

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119

APÊNDICE E - Questionário do funcionário egresso do CEFET/PE

GOVERNO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

PERNAMBUCO

QUESTIONÁRIO DO CEFET/PE

ASSUNTO: COLETA DE DADOS/DISSERTAÇÃO DE MESTRADO/EGRESSOS

INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO PELO

1. O

2. Ele tem por objetivo, na primeira parte, identificar o seu nível de satisfação com o

/PE, e para isso consta de 14 perguntas,

divididas em três grupos de perguntas (A, B e C).

3.

al exercida no mercado de trabalho para

o seu desenvolvimento pessoal e profissional, e para isso consta de 10 perguntas.

4.

ção do

CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição na

5.

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO ECNOLÓGICA DE T

DO FUNCIONÁRIO EGRESSO

FUNCIONÁRIO EGRESSO DO CEFET/PE.

presente questionário consta de 24 perguntas.

processo de certificação profissional do CEFET

Na segunda parte, ele tem por objetivo avaliar a importância da instituição e da

experiência adquirida através da prática profission

As informações coletadas têm a finalidade exclusiva de elaboração da dissertação de

mestrado intitulada: “Educação Profissional e Tecnológica: a contribui

visão dos empresários”, de autoria do Prof. Arnaldo Maçaira, Mestrando em Gestão

Empresarial – Negócios Internacionais, pela Faculdade Boa Viagem - FBV.

O funcionário egresso do CEFET/PE responderá as questões indicando o conceito que

melhor representa a sua opinião quanto aos aspectos a seguir relacionados.

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QUAL O SEU NÍVEL DE SATISFAÇÃO COM O PROCESSO DE

NÍVEL DE S REALIZADO

CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL DO CEFET/PE QUANTO AOS ASPECTOS

ABAIXO RELACIONADOS:

ATISFAÇÃO COM O CURSO

GRUPO A:

1. A qualidade da formação té onal, quanto ao nível do ensino, dos

docentes da instituição e quanto à atualidade dos conhecimentos adquiridos para o

mercado de trabalho.

TOTALM

INSATISFEITO INSATISFEITO ISFEITO

SATISFEITO

cnica-profissi

ENTE POUCO SATISFEITO MUITO

SAT

TOTALMENTE

ercado de trabalho quanto à oferta de estágios e empregos.

TOTALMENTE

INS

POUCO SATISFEITO MUITO TOTALMENTE

2. A relevância do curso para o m

ATISFEITO INSATISFEITO SATISFEITO SATISFEITO

3. A organização curricular e a prática ped gógica quanto às disciplinas e aos conteúdos

ministrados.

T

INSATISFEITO INSATISFEITO SATISFEITO

E

SATISFEITO

a

OTALMENTE POUCO SATISFEITO MUITO TOTALMENT

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121

4. O sistema e os m avali la in pelo

TOTALMENTE

INSAT

SATISFEITO MUITO TOTALMENTE

étodos de ação adotados pe stituição e s professores.

ISFEITO INSATISFEITO SATISFEITO SATISFEITO

POUCO

NÍVEL DE SATISFAÇÃO COM A INSTITUIÇÃO DE UM MODO GERAL

GRUPO B:

1. A infra-estrutura do CEFET/PE: salas de aula, laboratórios, equipamentos e

recursos didáticos, biblioteca, auditórios, espaços esportivos e de lazer.

TOTALM

INSATISFEIT

TE

ITO

ENTE

O

POUCO

INSATISFEITO

SATISFEITO MUITO

SATISFEITO

TOTALMEN

SATISFE

2. A sua gestão administrativa (diretores, gerentes, coordenadores) e os serviços

administrativos de apoio ao aluno na instituição.

TOTALM

INSATISFEITO INSAT

E

SATISFEITO

ENTE POUCO

ISFEITO

SATISFEITO MUITO

SATISFEITO

TOTALMENT

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122

3. Quanto aos valores fomentados pela instituição, particularmente quanto à ética e a

responsabilidade social.

TOTALMENTE

INSATISFEITO

POUCO

INSATISFEITO

UITO

SATISFEITO

TOTALMENTE

SATISFEITO

SATISFEITO M

4. A qualidade da institu modo geral.

TOTALMENTE

INSATISFEITO

PO

INSATISFEITO SATISFEITO

TOTALMENTE

SATISFEITO

ição de um

UCO SATISFEITO MUITO

NÍVEL DE SATISFAÇÃO COM O PROCESSO DE ACOMPANHAMENTO DOS

EGRESSOS DA INSTITUIÇÃO

GRUPO C:

1. O atendimento na instituição e os serviços de orientação profissional oferecidos ao

egresso pelo CEFET/PE.

TOTALMENTE

INSATISFEITO

POUCO

INSATISFEITO

UITO

SATISFEITO

TOTALMENTE

SATISFEITO

SATISFEITO M

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2. O acompanhamento dos egressos realizado pelo CEFET/PE no mercado de trabalho e nas

TOTALMENTE POUCO

INS O

SATISFEITO MUITO

SA O

TOTALMENTE

empresas.

INSATISFEITO ATISFEIT TISFEIT SATISFEITO

3. O apoio institucional do CEFET/PE oferecido aos egressos no mercado de trabalho e nas

TOTALMENTE POUCO

INS O

SATISFEITO MUITO

SA O

TOTALMENTE

empresas.

INSATISFEITO ATISFEIT TISFEIT SATISFEITO

4. As oportunidades de atualização e re-qualificação profissional oferecido pelo CEFET/PE após

TOTALMENTE POUCO

INS O

SATISFEITO MUITO

SA O

TOTALMENTE

o seu egresso da instituição.

INSATISFEITO ATISFEIT TISFEIT SATISFEITO

5. A sua participação em alguma pesquisa na condição de egresso do CEFET/PE.

TOTALMENTE POUCO

INS O

SATISFEITO MUITO

SA O

TOTALMENTE

INSATISFEITO ATISFEIT TISFEIT SATISFEITO

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124

6. Considerando todos esses aspectos até aqui abordados e outros que não tenham sido

c

TOTALMENTE POUCO

INS O

SATISFEITO MUITO

SA O

TOTALMENTE

ontemplados neste questionário, qual o seu nível de satisfação de um modo geral com o

processo de certificação profissional do CEFET/PE, como um todo.

INSATISFEITO ATISFEIT TISFEIT SATISFEITO

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125

GOSTARÍAMOS AGORA DE OBTER SUA OPINIÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA

DO C

QUAL O NÍVEL DE IMPORTÂNCIA QUE VOCÊ ATRIBUI AOS SEGUINTES

EFET/PE E DA EXPERIÊNCIA ADQUIRIDA ATRAVÉS DA PRÁTICA

PROFISSIONAL EXERCIDA NO MERCADO DE TRABALHO PARA O SEU

DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL.

ASPECTOS:

1. A instituição CEFET/PE para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

IRRELEVANTE POUCO

IMPORTANTE

IMPORTANTE MUITO

I NT

IMPRESCINDÍVEL

MPORTA E

2. A melhoria da sua empregabilidade e da s ação profissional

obtida no C FET/PE.

IRRELEVANTE POUCO

IMPORTANTE

I UITO

IMPORTANTE

IMPRESCINDÍVEL

ua renda decorrente da form

E

MPORTANTE M

3. A certificação profiss diferencial para o seu ingresso no mercado

de trabalho e sua contratação pelas empresas.

IRR

IMPOR

ional do CEFET/PE como

ELEVANTE POUCO

TANTE

IMPORTANTE MUITO

IMPORTANTE

IMPRESCINDÍVEL

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126

4. A experiência a travé ssion no m

esenvolv ento pessoal e profissional.

RELEVANTE POUCO MPORTANTE MUITO MPRESCINDÍVEL

dquirida a

para o seu d

s da prática profi

im

al exercida ercado de trabalho

IR

IMPORTANTE IMPORTANTE

I I

5. A ara o seu envolvim rofissional.

RELEVANTE POUCO

IMPORTANTE

MPORTANTE MUITO

IMPORTANTE

MPRESCINDÍVEL

empresa atual p des ento pessoal e p

IR I I

6. O reconhecim pre geral lho re

volvimen essoal e

RELEVANTE POUCO

IMPORTANTE

MPORTANTE MUITO

IMPORTANTE

MPRESCINDÍVEL

ento das em

desen

sas de um modo

to p

pelo traba

profissional.

alizado para o seu

IR I I

7. As oportunidades de ascensão profissional dada pelas empresas de um modo geral para o

esen al e p l.

IRRELEVANTE POUCO

IMPORTANTE

IMPORTANTE MUITO

IMPORTANTE

IMPRESCINDÍVEL

seu d volvimento pesso rofissiona

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8. As oportunidades de capacitação e treinamento dado pelas empresas de um modo geral

a o seu desenvolvimento pessoal e profissionpar al.

I IMPORTANTE

IMPORTANTE

RRELEVANTE POUCO

IMPORTANTE

MUITO IMPRESCINDÍVEL

pelo mercado imento pessoal e

profissional.

IRREL ANTE POUCO

IMPORTANTE

IMPORTANTE

IMPORTANTE

IMPRES

9. A valorização dada à sua formação profissional e ao curso realizado no CEFET/PE

de trabalho de um modo geral para o seu desenvolv

EV MUITO CINDÍVEL

10. Co

contem o

geral ao CEFET/PE e à experiência adq da prática profissional exercida no

mercado de trabalho para o seu desenvolvime to pessoal e profissional como um todo.

IRRELEVANT

IMPORTANTE

IM RTANT

IMPORTANTE

IMPRESCINDÍVEL

nsiderando todos esses aspectos anteriormente abordados e outros que não tenham sido

plados neste questionário, qual o nível de importância que você atribui de um mod

uirida através

n

POE POUCO E MUITO

_______________________________________

Funcionário egresso do CEFET/PE.

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128

APÊNDICE F - Perguntas de qualificação e dados complementares do funcionário egresso do C

Nome do funcionário egresso do CEFET/PE respondente do questionário: M ( ) F( )

EFET/PE.

Idade:

___________________________________________________________________________

Formação profissional obtida no CEFET/PE (Curso Realizado):

Qual foi o ano de conclusão do curso realizado no CEFET/PE?

__________________________________________________________________________

ual o seu tempo de formado pelo CEFET/PE.

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

rau de escolaridade atual (Especificar o Curso):

_

Q

_

Anterior ao CEFET/PE você foi aluno da rede de ensino pública ou privada?

_

G

uperior Incompleto - _________________________________________________________

___________________________________

Técnico/Tecnológico - ________________________________________________________

S

Superior Completo - _______________________

Pós-graduação - _____________________________________________________________

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129

Tempo de trabalho nesta empresa:

Cargo/função que desempenha nesta empresa:

___________________________________________________________________________

Tempo de trabalho no cargo/função que desempenha no momento nesta empresa:

Desempenha cargo/função nesta empresa compatível com a formação profissional obtida no

EFET/PE?

ual foi o período de tempo entre a conclusão do curso no CEFET/PE e o seu ingresso no

mprego?

IM ( ) NÃO ( )

________________________________________________________________

á quanto tempo está atuando no mercado de trabalho considerando a formação profissional

_____________________________

ocê é uma pessoa com algum tipo de deficiência ou necessidades especiais?

C

SIM ( ) NÃO ( )

Q

mercado de trabalho considerando o primeiro e

___________________________________________________________________________

A empresa atual corresponde ao seu primeiro emprego?

S

Se a resposta anterior for não, em quantas empresas já trabalhou antes?

___________

H

obtida no CEFET/PE.

______________________________________________

V

SIM ( ) NÃO ( )

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Qual tipo de deficiência ou necessidade especial?

___________________________________________________________________________

__________________________________

Funcionário egresso do CEFET/PE

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131

ANEXO

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132

ANEXO A - Ofício circular do CEFET/PE pa as empresas integrantes da amostra

GOVERNO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO ECNOLÓGICA DE PERNAMBUCO

Ofício Circular nº 001/2006 - GD

Recife, 23 de outubro de 2006.

Às Empresas Conveniadas

Assunto: Aplicação de questionário/ coleta de dos/ dissertação de mestrado/egressos.

Prezado (a) Senhor (a),

Venho por meio deste,

pedir a co s a

estionário com a chefia imediata de um funcionário dessa

PE e com este próprio egresso da instituição.

a exclusiva finalidade de servir à elab

o em Gestão Empresarial intitulada: “Educação Profissional e Tecnológica: a

ET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas com a

é analisar a contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento

presas conveniadas com a instituição, a partir da avaliação feita acerca dos desempenhos

rofissionais apresentados pelo egresso da instituição no ambiente de trabalho e da

Diretor Geral em Exercício

ra

T

da

apresentar o Sr. Professor Arnaldo Fernando Lopes Maçaira e

laboração dessa empresa conveniada no sentido de colaborar com a coleta de dado

ser feita através da aplicação de qu

empresa que seja egresso do CEFET/

As informações coletadas têm oração da Dissertação

de Mestrad

contribuição do CEF

instituição na visão dos empresários”.

O objetivo da pesquisa

das em

pessoais e p

importância da participação geral deste funcionário no desenvolvimento desta empresa,

considerando a percepção da sua chefia imediata e a sua formação profissional.

Respeitosamente,

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FRANCISCO DE MELO GRANATA

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