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SISTEMA DE GESTÃO CERTIFICADO ISO 9001:2000 ÓRGÃO INFORMATIVO DO SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO PESADA DO ESTADO DE SÃO PAULO ANO XXII – N O 172 MARÇO/ABRIL 2010 BIMESTRAL Distribuição gratuita REPRESENTANDO A CATEGORIA ECONÔMICA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, RECUPERAÇÃO, REFORÇO, MELHORAMENTO, MANUTENÇÃO, SINALIZAÇÃO, CONSERVAÇÃO E OPERAÇÃO DE ESTRADAS, BARRAGENS, HIDRELÉTRICAS, TERMOELÉTRICAS, METRÔS, FERROVIAS, HIDROVIAS, TÚNEIS, ECLUSAS, DRAGAGEM, DRENAGEM, AEROPORTOS, PORTOS, CANAIS, DUTOS, MONTAGEM INDUSTRIAL, PONTES, VIADUTOS, OBRAS DE SANEAMENTO, ATERROS SANITÁRIOS, PAVIMENTAÇÃO, OBRAS DE TERRAPLENAGEM EM GERAL E CONCESSIONÁRIAS PÚBLICAS. Programa Pró-Egresso reserva vagas para ex-presidiários nos contratos de obras e serviços Os diversos projetos de longo prazo refletem um mercado aquecido, mas sinalizam carência e ne cessidade de aperfeiçoamento da mão de obra. Págs. 2 e 3 O Programa Pró-Egresso, instituído por meio do Decreto n o 55.126 de 07 de dezembro de 2009, estabelece que as empresas contratadas pelo poder público estadual se comprometam a usar 5% de mão de obra de egressos do sistema penitenciário. O presi- dente do SINICESP, engenheiro Marlus Renato Dall’Stella, na foto com o Secretário do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, compareceu à soleni- dade de lançamento do programa. Pág. 12 RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA APONTA PARA NOVAS OPORTUNIDADES O governador José Serra imprimiu, como mar- ca do seu governo, a recuperação da malha rodoviária do Estado, além de investir em im- portantes obras de infraestrutura de transportes. Pouco antes de deixar o governo como pré-can- didato à Presidência da República, inaugurou o Trecho Sul do Rodoanel, entregou obras na região de Marília e Bauru e a ampliação da primeira etapa da Marginal do Tietê. Págs. 6, 7 e 11 MARC MARCA DO A DO DE DE SÃO PA SÃO PA ULO ULO GOVERNO GOVERNO DO DO ESTADO ESTADO INVESTIMENTOS INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA EM INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA: RODOVIÁRIA:

EEM INFRAESTRUTURAM INFRAESTRUTURA …sinicesp.org.br/boletins/informativo/172.pdf · 2012-04-04 · E ainda tem a Copa do Mundo de ... são 25 acessos assim divididos: 7 da pista

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S I S T E M A D E G E S T Ã O C E R T I F I C A D O I S O 9 0 0 1 : 2 0 0 0

ÓRGÃO INFORMATIVO DO

SINDICATO DA INDÚSTRIA

DA CONSTRUÇÃO PESADA

DO ESTADO DE SÃO PAULO

ANO XXII – NO 172

MARÇO/ABRIL 2010

BIMESTRAL

Distribuição gratuita

REPRESENTANDO A CATEGORIA ECONÔMICA DA

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, RECUPERAÇÃO,

REFORÇO, MELHORAMENTO, MANUTENÇÃO,

SINALIZAÇÃO, CONSERVAÇÃO E OPERAÇÃO

DE ESTRADAS, BARRAGENS, HIDRELÉTRICAS,

TERMOELÉTRICAS, METRÔS, FERROVIAS,

HIDROVIAS, TÚNEIS, ECLUSAS, DRAGAGEM,

DRENAGEM, AEROPORTOS, PORTOS, CANAIS, DUTOS,

MONTAGEM INDUSTRIAL, PONTES, VIADUTOS,

OBRAS DE SANEAMENTO, ATERROS SANITÁRIOS,

PAVIMENTAÇÃO, OBRAS DE TERRAPLENAGEM EM

GERAL E CONCESSIONÁRIAS PÚBLICAS.

Programa Pró-Egresso reserva

vagas para ex-presidiários nos

contratos de obras e serviços

Os diversos projetos de longo prazo refletem um mercado aquecido, mas sinalizam

carência e ne cessidade de aperfeiçoamento da mão de obra. Págs. 2 e 3

O Programa Pró-Egresso, instituído por meio do Decreto

no 55.126 de 07 de dezembro de 2009, estabelece que as empresas

contratadas pelo poder público estadual se com prometam a usar

5% de mão de obra de egressos do sistema penitenciário. O presi-

dente do SINICESP, engenheiro Marlus Renato Dall’Stella, na foto com

o Secretário do Trabalho, Guilherme Afi f Domingos, compareceu à soleni-

dade de lançamento do programa. Pág. 12

RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA APONTA PARA NOVAS OPORTUNIDADES

O governador José Serra imprimiu, como mar-

ca do seu governo, a recuperação da malha

rodo viária do Estado, além de investir em im-

portantes obras de infraestrutura de transportes.

Pouco antes de deixar o governo como pré-can-

didato à Presidência da República, inaugurou o

Trecho Sul do Rodoanel, entregou obras na região

de Marília e Bauru e a ampliação da primeira etapa

da Marginal do Tietê. Págs. 6, 7 e 11

MARCMARCA DOA DO

DE DE SÃO PASÃO PAULOULO

GOVERNO GOVERNO DODO ESTADO ESTADO

INVESTIMENTOS INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURAEM INFRAESTRUTURA

RODOVIÁRIA:RODOVIÁRIA:

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O Brasil saiu da crise mundial mais rapidamente e com me-nos problemas do que outros

países. O setor da construção pesada se recupera bem, com uma projeção, nos próximos anos, de fortes aplica-ções em infraestrutura. Depois da es-tagnação econômica sentida mais fortemente nas décadas de 80 e 90, pelo menos nos últimos cinco anos se vê uma retomada nos investimentos e os anúncios de novos projetos indicam que as empresas deverão estar prepa-radas para os desafi os propostos.

Da parte do governo federal, o lan-çamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deu uma di-mensão do quanto se pode esperar. De acordo com nota divulgada pela Casa Civil, a primeira edição do programa, lançada em janeiro de 2007, chegou a R$ 638 bilhões, que deverão ser pagos até o fi nal de 2010. Segundo o docu-mento, o valor investido até 2009 foi de R$ 403,8 bilhões. O lançamento do PAC II, em 29 de março último, apre-sentou proposta de R$ 1,59 trilhão de investimentos, sendo R$ 958,9 bilhões de 2011 a 2014 e os R$ 631,6 restantes para depois de 2014.

E ainda tem a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016 que demandarão inúmeras obras. Em mineração, por exemplo, só a Vale tem um plano para 2010 que é o maior de uma empresa privada no país e o maior dentre as empresas de mineração no mundo: US$ 12,9 bi-

lhões. Já a Petrobras atualizou seu Plano de Negócios 2011/2014, totali-zando investimentos de até R$ 250 bilhões, que foram incluídos no PAC II. O Conselho também aprovou para o período pós 2014 um conjunto de projetos que totalizam investimentos de cerca de R$ 462 bilhões.

Especifi camente aqui no estado de São Paulo, também há projetos de

Os diversos projetos de longo prazo refl etem um mercado aquecido, mas sinalizam carência e

necessidade de aperfeiçoamento da mão de obra.

vulto. Em 30 de março passado foi inaugurado o Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, com 61,4 km de extensão e investimento de R$ 5 bilhões, que liga as rodovias do interior do Estado ao sistema Anchieta-Imigrantes, além da região do ABC. Em convênios DER/Dersa com a Prefeitura paulistana, fo-ram pagos em 2009 R$1,68 bilhões e, até março de 2010, R$ 316,30 milhões.

APONTA PARA NOVAS OPORTUNIDADESR E C U P E R A Ç Ã O

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Com todo esse ce nário promissor, as aten-ções se voltam para

as empresas que são responsá-veis diretas por transformar esses

investimentos em obras concretas. Pesquisa aqui do próprio SINICESP

indica que, no acumulado dos últimos 12 meses, o setor teve uma alta de 4,52%

no número de trabalhadores (62.658 em fevereiro/2009 e 65.491 em fevereiro/2010,

último mês contabilizado). No estado são 863 empresas fi liadas ao Sindicato.

É justamente a formação dessa mão de obra que o SINICESP considera ser o grande diferencial para enfrentar os novos com-promissos. É preciso qualifi car o pessoal da melhor maneira possível, desde o servente, que não pode mais ser analfabeto, como em nível de diretoria, com incentivos para os que se aprimoram mais. A empresa, por exemplo, pode pagar uma parte ou o todo de um curso de pós-gradua ção e fazer um plano para que o funcionário possa faltar ao trabalho em determinados dias para estudar, ou investir em uma viagem de aperfeiçoamento para ele fora do País.

Se, por um lado, a empresa precisa pre-parar o profi ssional, os trabalhadores devem se empenhar na própria formação. O perfi l necessário para um bom desempenho mudou, é preciso buscar conhecimento. Um diretor de engenharia, por exemplo, deve evitar se preocupar só com aspectos técni-cos, enfatizando o relacionamento em grupo, a capacidade de liderança e o geren-ciamento de equipes e projetos complexos. É do trabalho conjunto empresa/funcioná-rio que vão surgir as novas lideranças.

O próprio SINICESP tomou a iniciativa de contribuir para a formação de mão de obra especializada e fi rmou, em agosto de 2008, um convênio com o SENAI que já formou, até agora, 400 trabalhadores, es-

pecialmente na operação de máquinas como moto-niveladoras, pás-carre-gadeiras, escavadeiras e vibroacabadoras, além de carpinteiros e arma dores. A empresa interessada deve entrar em contato com o Sin-dicato e fornecer local e equipa-mentos para aulas práticas e teóricas. O SENAI entra com professores e material didático. Os cursos, de 20 a 24 horas, são gratuitos e, ao fi nal, o aluno chega a ter um acréscimo salarial de até 25%. A ideia surgiu pela constante sofi sticação das máquinas utilizadas atualmente, que são similares aos principais modelos europeus e asiáticos, por exemplo. Nos canteiros do próprio Ro-doanel foram realizados cursos, assim como em duas regionais do DER, Campinas e So-rocaba (a próxima deverá ser Itapetininga).

A questão dos engenheiros, de uma ma neira geral, merece destaque porque há falta de profi ssionais e a tendência é de agravamento. As empresas, cada vez mais, buscam jovens já nas próprias faculdades. Os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) indicam que são formados em engenharia cerca de 32 mil estudantes anualmente. O coordenador do curso de En genharia de Produção da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de

Juiz de Fora (MG), Vanderli Fava de Olivei-ra, lançou um livro em fevereiro deste ano, “Tra jetória e estado da arte da formação em Engenharia, Arquitetura e Agronomia vo-lume I: Engenharias”, em que faz um his-tórico dos cursos no Brasil e mostra a situação atual. Ele cita informações divul-gadas durante o Congresso Mundial de Engenheiros, de 2008, que os Estados Uni-dos precisam de 100 mil engenheiros/ano. Formam 70 mil e buscam o restante no exterior. Na Coréia do Sul, 80 mil concluem os cursos para uma população local de 49 milhões de habitantes, um quarto da bra-sileira. Na China, são 400 mil engenheiros por ano; na Índia, 250 mil. Ainda longe de outros países, precisamos não só de quan-tidade como de qualidade.

As conclusões do Mapa Estratégico da Indústria – 2007-2015, uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e apresentadas também por Oliveira, sin-tetizam a importância do conhecimento para o futuro: “O maior valor agregado da produção hoje provém do conhecimento; a informação constitui insumo básico para a competitividade; a agilidade e a quali-dade são elementos essenciais no contexto competitivo; a inovação é uma estratégia-chave para o desenvolvimento econômico e implica constantes mudanças; a educa-ção é elemento essencial para a inclusão social e política, por ser imprescindível ao exercício da cidadania”n

Marlus Renato Dall’Stella

D A E C O N O M I A MÃO DE OBRA

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A primeira fase das obras de ampliação da Mar-

ginal Tietê, principal corredor viário da cida-

de de São Paulo, chegou ao fi m com a liberação

para o tráfego da nova pista central. Os usuários já

contam com 46 km adicionais de pista, 23 km em cada

sentido – Ayrton Senna/Castello Branco e Castello

Branco/Ayrton Senna – com três faixas de rolamento.

Orçada em R$ 1,8 bilhão, a readequação da Margi-

nal Tietê, que teve início em junho de 2009, resultou

em um total de 36 acessos ao longo da via no sentido

Ayrton Senna/Castello Branco, sendo 11 da pista local

para a pista central; 7 da central para a expressa; 9 da

expressa para a central; e outros 9 da central para a

local. No sentido oposto (Castello Branco/Ayrton

Senna), são 25 acessos assim divididos: 7 da pista local

para a central; 6 da pista central para a expressa; mais

6 da expressa para central e outros 6 da central para

local. Também estão restabelecidas plenamente as

alças de acesso das pontes que sofreram prolonga-

mento para abertura do vão que permitiu a passagem

da pista central, localizadas na Ponte da Vila Maria,

sentido Ayrton Senna-Castello Branco, e na Ponte da

Casa Verde, sentido Castello Branco-Ayrton Senna.

Entre outubro/2009 e fevereiro/2010, foram feitas

intervenções para aumento da extensão em cinco

pontes da via – Freguesia do Ó, Limão, Casa Verde,

Bandeiras e Vila Maria – que ganharam 16 metros a

mais e passagem inferior para a pista central. À exce-

Liberada Liberada ao tráfego ao tráfego primeira etapa primeira etapa da ampliaçãoda ampliação

O Governo do

Estado de São Paulo, por

intermédio da Dersa, concluiu

mais uma importante obra, que

teve participação de empresas filiadas

do SINICESP, reafirmando a qualidade

da engenharia brasileira. Trata-se da

primeira fase das obras de ampliação

da Marginal Tietê, significando

substancial melhoria no

trânsito paulistano.ção da Ponte

das Bandeiras,

que foi prolongada

no sentido Ayrton Senna/Castello Branco, nas demais

o prolongamento foi feito no sentido contrário (Cas-

tello Branco/Ayrton Senna). Também foi aberto o via-

duto que liga as Avenidas Tiradentes e Santos Dumont

à pista central da Marginal Tietê, que integra o Com-

plexo Bandeiras.

OBRA SERÁ CONCLUÍDA EM DEZEMBRO DE 2010

A segunda etapa, com previsão de término em outubro/2010, consiste em quatro novas pontes (Complexos Bandeiras, Cruzeiro do Sul, Tatuapé e Dutra/Castello Branco) e dois viadutos, que irão ligar a Rodovia Presidente Dutra à pista central da Marginal, sentido Ayrton Senna/Castello Branco; e a pista central da via, sentido Castello Branco/Ayrton Senna à Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé.

A Nova Marginal Tietê estará totalmente pronta em dezembro/2010, quando será fi nalizado o Complexo Tamanduateí. Uma ponte estaiada ligará a Avenida do Estado às pistas central e local da via, sentido Ayrton Senna/Castello Branco.

MARGINAL DO TIETÊ:MARGINAL DO TIETÊ:

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Em visita à Petrobras, o diretor do Sinicesp, do Deconcic/Fiesp e coordenador do GT Vias, Manuel Carlos de Lima Rossitto, e Carlos Laurito, coordenador de operações do Deconcic/Fiesp, foram recebidos pelo gerente geral de Comércio de Produtos Especiais, Sillas Oliva Filho, oportunidade em que obteveram as seguintes informações de interesse das empresas:

MARGINAL DO TIETÊ:

O diretor do SINICESP, Manuel Car-los de Lima Rossitto, que coordena

o Grupo de Trabalho GT Vias, na FIESP, informa que recebeu importantes co-mentários do empresário Eder Vianna, presidente da ABEDA, que reitera uma previsão de consumo para 2010 em tor-no de 3 milhões de toneladas, estando inclusos os asfaltos modifi cados, betu-minosos e as emulsões.

De acordo com Manuel Carlos de Lima Rossitto, essa expectativa serve de alerta para a necessidade de superação de gargalos, tais como a capacitação/qualifi cação de mão de obra especiali-zada, logística de armazenamento e distribuição, planejamento prévio e tra-balho compartilhado/integrado entre

Previsão de consumo em 2010 é de três milhões de toneladas

as entidades representativas da cadeia que integram o GT Vias, bem como me-lhor qualifi cação de projetos e utiliza-ção dos recursos da CIDE.

O presidente da ABEDA felicita o Coordenador do GT Vias pela maneira como vem se posicionando e acompa-nhando a questão da produção e entre-ga dos materiais betuminosos no País.

Segundo Eder Vianna, “o que vía-mos no passado eram apenas críticas em relação à qualidade dos pavimentos (uso fi nal dos produtos asfálticos) em que os asfaltos sempre eram, por desco-nhecimento dos órgãos de comunicação, apontados como produtos de qualidade duvidosa, esquecendo da cadeia produ-tiva, hoje tão bem agrupada pela FIESP

1 A Petrobras fechou contrato de importação de aproxi-madamente 15.000 t/mês, de diversas origens, dentre elas Espanha e EUA, para evitar falta de abastecimento no Nordeste, mantendo o preço que já vem praticando no mercado brasileiro. No Brasil, esta operação acaba sendo mais econômica do que o custo de transporte de uma refi naria do Centro-Sul para atender a demanda do Nordeste;

2 Atualmente, a Petrobras tem um estoque médio de 18 dias (os recordes de vendas e os produtos em estoque mostram a capacidade de produção da Petrobras);

3 A Petrobras deverá manter em 2010 o nível de preço do asfalto atual e deseja debater com as entidades da cadeia produtiva do asfalto qual a melhor metodologia a ser implantada para uma política de preços (mensal ou anual?). A Petrobras não tem nenhum sinalizador de alta no momento, pois o asfalto está tendo tratamento de produto social;

PETROBRAS PRETENDE MANTER PREÇOS ESTE ANO

4 Com relação à pavimentação urbana, sugeriu-se que o GT Vias mantenha contatos com o Ministério das Ci-dades, que está conduzindo projetos de pavimentação urbana, a fi m de verifi car a melhor forma de contribuir com as propostas que estão sendo analisadas sobre o tema naquele Ministério;

5 Verifi cou-se, ainda, a necessidade de desenvolver meca-nismos de suporte às Prefeituras Municipais para elabora-ção de projetos, realização de licitações, bem como no uso mais econômico dos asfaltos na pavimentação urbana;

6 A Petrobras estuda fabricar CAP 30-45 em outras refi na-rias (Ex. REGAP) devido à grande aceitação do produto no Sudeste e Sul, atualmente produzido em Paulínia-SP.

Ao fi nal do encontro, o gerente geral de Comércio de Pro-dutos Especiais, Sillas Oliva Filho, elogiou a atuação do DNIT, ANEOR e ABEDA na promoção dos cursos de formação de mão de obra, bem como nos planejamentos de consumo.

via DECONCIC, com a participação de todos os setores envolvidos, tais como a produtora (Petrobras), os Distribuidores e Produtores de materiais Betuminosos (ABEDA), as Construtoras de Estradas (ANEOR), os fornecedores de agregados minerais, fabricantes de equipamentos rodoviários e Empresas de Consultoria e Projetos, alem do DNIT e DER-SP.”

Para o presidente da ABEDA, “no ano de 2010, em decorrência do calen-dário eleitoral, como também das ne-cessidades e exigências do País por uma rede rodoviária melhor aparelhada e conservada, a demanda estimada se aproximará de 3 milhões de toneladas, incluindo-se neste volume as emulsões asfálticas e os asfaltos modifi cados”.

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TRECHO SUL

MELHORA TRÂNSITO

E POUPA TEMPO

DE VIAGEM

O Rodoanel Mario Covas irá reor-

denar o transporte de veículos

de cargas da Região Metropolitana de

São Paulo (RMSP), facilitando o esco-

amento até o Porto de Santos sem

passar pela capital. “Este é um ganho

tremendo para o interior, para o lito-

ral e para outros estados do Brasil

porque caminhões que vêm para o

litoral paulista não vão precisar mais

atravessar a cidade de São Paulo”,

disse o governador José Serra. A obra

também será responsável pela signi-

ficativa redução dos congestiona-

mentos e de poluentes no sistema

viário da cidade.

O Trecho Sul do Rodoanel irá in-

terligar as rodovias Anchieta e Imi-

grantes, além da Região do ABC, às

rodovias Bandeirantes, Anhanguera,

Castello Branco, Raposo Tavares e

Régis Bittencourt, que já estavam

interligadas pelo Trecho Oeste desde

outubro de 2002. O novo trecho Sul

passa pelos municípios de Embu das

Artes, Itapecerica da Serra, São Paulo,

São Bernardo do Campo, Santo An-

dré, Ribeirão Pires e Mauá.

O novo trecho do Rodoanel ter-

mina em Mauá, próximo à Aveni-

da Papa João XXIII. Futuramente,

esta avenida, que está sendo dupli-

cada, será interligada à Jacu-Pêssego.

Quando o Complexo Jacu-Pêssego

for fi nalizado, ainda no segundo se-

mestre, facilitará o escoamento em

vias como a Avenida do Estado, as

rodovias Ayrton Senna, Dutra e Ae-

roporto de Cumbica, dando mais

uma alternativa para moradores da

Zona Leste da capital e parte da Re-

gião Metropolitana.

O Trecho Sul tem três faixas em

cada sentido da Régis Bittencourt até

a Imigrantes e quatro da rodovia Imi-

grantes até a Anchieta. Cada faixa tem

3,60 metros de largura. Há também

uma faixa de segurança de um metro

e acostamentos de 3 metros e um

canteiro central gramado de 11 me-

tros de largura.

Complexa, a obra teve grandes

desafios de engenharia. Foram 134

viadutos, pontes e acessos, o que

equivale a cerca de 20 km de extensão

ou um terço da obra. Vale destacar

que as duas pontes sobre a represa

Billings, uma de 685 metros e outra de

1.755 metros, representam mais de

8% da obra. Diferentemente de outros

projetos, a maior ponte do Trecho Sul

tem vãos de 100 metros para minimi-

zar o impacto no fundo da represa.

Essa preocupação com soluções de

menor impacto para região foi uma

constante no Rodoanel Sul.

A obra exigiu investimento de

R$ 5 bilhões, sendo R$ 3,2 bilhões

referentes às obras brutas e R$ 1,8

bilhão destinado às compensações

ambientais, desapropriações, reas-

sentamentos e interferências. “É uma

obra que vai ter um retorno altíssimo

para a economia paulista e, acima de

tudo, para o emprego em São Paulo.

Só esta obra já deu na sua construção

cerca de 40 mil empregos diretos e

indiretos”, ressaltou o governador.

BANDEIRA DE LUTA DO SINICESP, O

RODOANEL SE TRANSFORMA EM

REALIDADE E GANHA PROJEÇÃO,

MELHORANDO A CIRCULAÇÃO DE

VEÍCULOS E DESAFOGANDO O

TRÂNSITO. A MAIOR OBRA VIÁRIA DA

AMÉRICA DO SUL, QUE VAI INTERLIGAR

CINCO RODOVIAS DO INTERIOR AO

LITORAL PAULISTA (PELO SISTEMA

ANCHIETA-IMIGRANTES) SEM PASSAR

PELA CAPITAL, NASCEU DE ESTUDOS

DESENVOLVIDOS PELO SINDICATO. O

GOVERNADOR MÁRIO COVAS, QUE

ACATOU A IDEIA, INICIOU A OBRA,

AMPLIADA E DESENVOLVIDA PELO

GOVERNADOR JOSÉ SERRA. O DIRETOR

DA ENTIDADE MANUEL CARLOS

DE LIMA ROSSITTO REPRESENTOU O

SINDICATO NA SOLENIDADE DE

INAUGURAÇÃO DO TRECHO SUL.

RODOANELRODOANEL

Prefeito Gilberto Kassab e governador José Serra

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TRAVESSIA DO LITORAL:

Dar novas opções de acesso às cidades lito-râneas e melhorar o sistema de travessia

já existente estão entre as prioridades do Go-verno de São Paulo, além das obras de sanea-mento básico que fazem parte do programa Onda Limpa. Por isso, o governador José Serra anunciou o projeto de ligação seca entre Santos e Guarujá. O complexo de 4,6 km, sendo 1 km de ponte estaiada, irá benefi ciar não só os 24 mil veículos que passam todo dia pela balsa, mas também os cerca de um milhão de pessoas que vivem em Santos, São Vicente e Guarujá. Es-sa ligação irá substituir de vez a travessia de veículos pela balsa, facilitando a vida dos mo-toristas que trafegam entre as duas cidades diariamente. Estimadas em cerca de R$ 700 milhões, as obras terão duração prevista de 30 meses, após a assinatura do contrato.

Sistema de balsasAtualmente, há duas formas de ir de Santos para

o Guarujá: pelas rodovias Anchieta e Cônego Do-menico Rangoni, num percurso de 45 quilômetros, ou por uma das sete balsas que operam na traves-sia diariamente e que, em 2009, transportaram 8,6 milhões de veículos.

Desde o dia 8 de fevereiro, após a fi nalização da reforma, as duas gavetas do atracadouro do Gua-rujá estão liberadas para operação. As duas gavetas reformadas têm o mesmo sistema de acionamento com pistão hidráulico da terceira gaveta, permi-tindo que o embarque/desembarque de veículos seja feito, em média, em 5 minutos. Com as obras concluídas, o sistema de travessia Santos/Guarujá passa a contar com quatro (3 gavetas e 1 fl utuante) rampas de acesso para embarque e desembarque, ganhando fl uidez na operação.

Para maior comodidade e otimização dos espa-ços disponíveis, o Serviço de Hora Marcada conta com mais uma opção: o acesso pela Internet com débito em cartão de crédito através do cartão Visa. Com isso, além de passar a dispor de serviço 24 horas, o usuário poderá pagar a tarifa no venci-mento da fatura de seu cartão.

A travessia entre Ilhabela e São Sebastião tam-bém está mais rápida. A balsa Valda II foi totalmente reformada pelo Governo de São Paulo e agora faz o percurso em apenas 15 minutos, contra os 25 minu-tos de antes. A rapidez é resultado dos quatro moto-res eletrônicos novos e quatro reversores. A Valda II também recebeu reparos na pintura e no convés. A novidade deve levar mais turistas para a ilha.

Estado anuncia construção de

ligação seca entre Santos e Guarujá e

conclui reformas em Ilhabela

Governo de São Pauloinveste em ponte e no sistema de balsas

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O SINICESP promoveu no dia 16 março, em sua

sede, evento destinado a reunir representantes

das áreas de Recursos Humanos das empresas.

Trata-se de encontros destinados a possibilitar inter-

câmbio de informações e experiências entre funcioná-

rios de diversas áreas empresariais.

Ao recepcionar os visitantes, o supervisor do Depar-

tamento Jurídico do Sindicato, advogado Cesar Augusto

Del Sasso, destacou a importância do Grupo de Relações

do Trabalho, integrado por representantes das empresas.

O GRT tem a seu encargo, além da discussão do Dissídio

Coletivo, o estudo de temas relacionados às relações ca-

pital/trabalho e o acompanhamento da legislação traba-

lhista e previdenciária.

Pela importância do GRT, o supervisor do Departa-

mento Jurídico do SINICESP solicitou maior participação

dos integrantes dos setores de relações humanas das em-

presas, com presença efetiva nas reuniões agendadas.

SINICESPPROMOVE ENCONTRO DE REPRESENTANTESDAS ÁREAS DE RECURSOS HUMANOS DAS EMPRESAS

CAPACITAÇÃO DE TRABALHADORES: CURSOS NOS CANTEIROS DE OBRAS

Zidem Bertaiolli Abrahão, Cesar Augusto Del Sasso, Edson Otero, Diego Alves de Souza Xavier (Odebrecht)

Francisco Glauber (S/A Paulista), Vera Minquini Perroti, Cesar Augusto Del Sasso, Milton Hahoru Kamazawa (Azevedo e Travassos),

Carolina Godoy Martins Vizeu e Simone Nery

Os cursos vão qualifi car os trabalhadores. Eles estarão mais preparados

para o mercado competitivo.

Empresas fi liadas do SINICESP já podem pro-gramar a realização de cursos des tinados a ca-pacitar trabalhadores. O programa é desenvol-vido pelo SENAI, por intermédio de convênio fi rmado com o Sindicato, e conta com apoio da FIESP. O objetivo é aumentar o número de trabalhadores benefi ciados, resultando em ganhos de produtividade para as empresas.

Em 2009 foram desenvolvidos cursos nos canteiros de obras de diversas fi liadas aten-dendo, principalmente, áreas de manutenção de máquinas e equipamentos, laboratoristas de solos, concreto e asfalto, motoristas de caminhões, operadores de escavadeiras e pá

carregadores, entre outras atividades específi -cas da construção pesada.

Para o SENAI, o treinamento dos profi ssio-nais nos canteiros de obras das empresas atingiu nível elevado. As associadas que rece-beram os professores do SENAI reagem posi-tivamente. Afi nal, o treinamento nada custa aos empregadores.

As empresas, diante dos desafi os a serem enfrentados no campo da qualifi cação dos trabalhadores, devem valer-se do trabalho que está sendo desenvolvido pelo SENAI em convênio com o SINICESP.

Empresas interessadas em promover cur-sos em seus canteiros de obras devem agen-dá-Ios no Setor Técnico do SINICESP com o engenheiro Alfredo Petrilli Jr, pelo telefone 3179.5800.

Mário Ravedutti (C. R. Almeida), Rosana de Fátima Rodrigues Bueno (Vial Engenharia), Luiza Catarina Rodrigues (Vial Engenharia), Milton Antonio Nascimento (Mendes Junior) e Tatiane Bertuli (Mendes Junior).

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As empresas devem preencher seus cargos na seguinte proporção: em-presas com até 200 empregados =

2%, empresas com 201 a 500 empregados = 3%, empresas com 501 a 1.000 emprega-dos = 4% e, fi nalmente, empresas com 1.001 empregados em diante = 5%.

O médico José Carlos do Carmo ressal-tou que a multa pelo não cumprimento da lei é de R$ 1.400,00, podendo ser acrescida de 50%, por pessoa com deficiência que deixa de ser contratada, limitando-se a multa a R$ 140.000,00 por autuação, sendo certo que a fi scalização pode multar a cada 24 horas.

Acrescentou que o objetivo da SRTE/SP não é exclusivamente a autuação das em-presas, mas, também, conscientizar sobre o assunto. Permite-se, assim, que os sindi-catos celebrem pacto coletivo possibilitan-do que a cota seja cumprida num prazo de dois anos, mediante contrapartidas, como, por exemplo: promover a acessibilidade nas empresas, utilização das edifi cações, espaços, mobiliários e equipamentos de forma adequada, desenvolver ações de conscientização junto aos colegas de tra-balho, chefi as e aos próprios trabalhadores com defi ciência, promover a capacitação profi ssional de pessoas com defi ciência, e patrocinar estudo sobre a qualidade da inclusão.

O SINICESP fi rmou, em abril de 2008, pacto coletivo com o Sindicato dos Traba-lhadores nas Indústrias da Construção

Pesada e Afins do Estado de São Paulo e anuência da SRTE/SP.

Ao final, a advogada Carolina Godoy Martins Vizeu, do Setor Jurídico do SINI-CESP, fez breve exposição sobre o trabalho do Grupo de Estudos, criado em agosto de 2009, com a fi nalidade de promover a dis-cussão e troca de experiências entre as empresas que aderiram ao pacto sobre a questão da inclusão. O grupo tem se reuni-

do uma vez por mês, sendo certo que um dos trabalhos desenvolvidos é a criação de cursos de capacitação profi ssional para a pessoa com defi ciência. O grupo já está em contato com a Microlins e o SENAI para que sejam desenvolvidos cursos de capacitação para canteiro de obras, incluindo pedreiro, carpinteiro e soldador.

O Grupo de Estudos constatou, por meio de pesquisa encaminhada às filia-das, que quase nenhuma empresa possui programa de inclusão da pessoa com defi -ciência. Tendo em vista esse dado e o tra-balho que o grupo vem realizando, será elaborado um manual eletrônico, que fi ca-rá disponível na internet, onde serão abor-dados a legislação, o pacto, como tratar uma pessoa com defi ciência, onde locali-zar essas pessoas e o que se acredita ser o mais importante: as empresas que pos-suem programa de inclusão relatarão sua experiência. Avalia-se que essa pode ser uma ferramenta que auxilie outras empre-sas, servindo como uma diretriz.

Outra constatação foi a de que o envol-vimento da diretoria da empresa é a chave para que inclusão efetivamente ocorra nas empresas. Há exemplos das empresas que aderiram ao pacto e que, enquanto a dire-toria não estava envolvida, o número de con-tratações era muito baixo, situação revertida a partir da participação da diretoria. A advo-gada do SINICESP destacou que a entidade tem por objetivo renovar o pacto, que deve ter participação maior das empresas.

O médico e fi scal da Superintendência

Regional do Trabalho de São Paulo –

SRTE/SP, José Carlos do Carmo,

participou da reunião da Diretoria do

SINICESP, realizada no dia 2 de março.

Em breve palestra, enfatizou a

importância da inclusão da pessoa

com defi ciência. Ele discorreu

sobre a chamada “Lei de Cotas”,

que na verdade não é uma lei

específi ca, mas a previsão legal

contida no artigo 93 da lei no 8.213/91,

que obriga empresas com 100 ou

mais empregados a preencherem

uma parcela de seus funcionários

com a contratação de

benefi ciários reabilitados ou

pessoas com defi ciência.

José Carlos do Carmo e Marlus Renato Dall´Stella

Carolina Godoy Martins Vizeu e José Carlos do Carmo

PACTO PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS

SINICESP elabora manual eletrônico, que fi cará disponível na Internet e abordará a legislação, o pacto, como tratar uma pessoa com defi ciência e onde localizar esses profi ssionais.

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AMPLIA EM

A assinatura do governador José Serra ocorreu no dia 1o de abril. O novo Pro-grama de Reestruturação

e Ajuste Fiscal – PAF para o triênio 2010-2012 aumenta em R$ 3,3 bi-lhões a capacidade de tomada de cré-ditos para investimentos, por meio da contratação de fi nanciamentos junto a instituições fi nanceiras in ter-nacionais, organismos multilaterais e bilaterais de crédito e entidades de crédito nacional e internacional. No mesmo ato, o governador também assinou a proposta à Assembleia Le-gislativa solicitando autorização para contratação das operações de crédi-tos, que deverão fi nanciar obras do Metrô e do Rodoanel. Com a contra-partida do Estado, os valores a serem aplicados nos dois projetos chegam a R$ 8,14 bilhões.

as operações de crédito representará quase R$ 25,5 bilhões. A expectativa do governo é atingir, nos quatro anos da administração, um valor total de R$ 62 bilhões em investimentos em infraestrutura, o maior valor da histó-ria do Estado.

Entre as entidades que poderão conceder o crédito estão o Banco Nacional de Desenvolvimento Eco-nômico e Social (BNDES), a CaixaEconômica Fe deral (CEF), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Internacional para Re-construção e Desenvol vimento (BIRD), o Japan Bank for Internacional Coo-peration (JBIC) e Consórcio de Bancos Internacionais, a Japan International Cooperation Agency (JICA).

UM DOS ÚLTIMOS ATOS DO GOVERNADOR JOSÉ SERRA À FRENTE DO GOVERNO DE SÃO PAULO, ANTES DE SE AFASTAR,

FOI A ASSINATURA DO NOVO PROGRAMA DE REESTRUTURAÇÃO FISCAL, COM A CONCESSÃO DE LINHAS DE CRÉDITO

QUE PODERÃO SER OBTIDAS PARA PROJETOS DO TRECHO NORTE DO RODOANEL E METRÔ. O SINICESP APOIA A MEDIDA,

POIS DARÁ SEQUÊNCIA A IMPORTANTES OBRAS DE INFRAESTRUTURA, NECESSÁRIAS AO DESENVOLVIMENTO PAULISTA.

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“Na verdade, o que nós estamos fa-zendo aqui é assinar um termo de ajuste fi scal, voltado ao futuro, evi-dentemente, para o governador Gold-man e para o próximo governador”, disse o governador José Serra.

A autorização para a ampliação da capacidade de contratação por inter-médio de um novo PAF, dada pelo go-verno federal em função do bom desempenho das contas paulistas, eleva de R$ 11,6 bilhões para R$ 15 bi-lhões o volume de recursos contrata-dos com agentes fi nanceiros desde o início desse governo. Foram R$ 6,7 bi-lhões em 2007, R$ 3,5 bilhões em 2008 e R$ 1,44 bilhão no ano passado. In-cluídas as contrapartidas, o total apli-cado nos projetos benefi ciados com

CONTRATOS DE FINANCIAMENTO

R$ 3,3 BI

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Órgão ofi cial do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo.Sede: Alameda Santos, 200 • 9o e 10o andares – Cerqueira César • São Paulo/SP – 01418-000 • Tel. (11) 3179.5800 • Fax (11) 3179.5816Site: http://www.sinicesp.org.brE-mail: [email protected]

DIRETORIAPresidente: Marlus Renato Dall’Stella1o Vice-presidente: Carlos Pacheco Sil-veira Vice-presidentes: Silvio Ciampa-glia, Carlos Alberto Ferreira Leão, Carlos Al berto Mendes dos Santos, João Lá zaro Simoso, Louzival Luiz Lago Mascare- nhas Jr., João Leopoldino Neto, Ricardo Pernambuco Backheuser Junior e Dario de Queiroz Galvão Filho Secretários: Luiz Carlos Martire e Wayne do Carmo Faria Sobrinho. Tesoureiros: Clóvis Sa-lioni Jr. e Carlos Alberto de Salles Pinto Lancellotti.

CONSELHO SUPERIOR ELEITOAnwar Damha, Romildo José dos Santos Filho, Dario Rodrigues Leite Neto e Rosaldo Malucelli

CONSELHO SUPERIORMembros Natos: Newton Cavalieri (presidente), Aluízio Guimarães Cu-pertino (secretário), Marlus Renato Dall’Stella, Carlos Pacheco Silveira, Carlos Alberto Magalhães Lancellotti, José de Jesus Alvares da Fonseca e Pe-lerson Soares Penido.

CONSELHO FISCALEfetivos: Ademar Guido Belinato, José Luiz Misorelli e Manoel Carlos Ferrari.

CONSELHO FISCALSuplentes: Luiz Albert Kamilos, Geraldo Tadeu Rossi e Luiz Raimundo Neves.

DELEGADOSREPRESENTANTES NA FIESPEfetivos: Manuel Carlos de Lima Ros-sitto e Adhemar Rodrigues Alves.

DELEGADOS REPRESENTANTES NA FIESPSuplentes: Newton Cavalieri e Sidney Silveira Lobo da Silva Lima.

Editor Responsável: Guido Fidelis (MTb 7896) • Supervisão Geral: Marco Túllio Bottino, diretor-executivo • Colabora-dores: Cesar Augusto Del Sasso, super-visor do Setor Jurídico; Hélcio Petrônio de Farias, consultor técnico; Ivan Bar-bosa Rigolin, professor de Direito Admi-nistrativo, Luis Fernando Xavier Soares de Mello e Eduar do Gutierrez (tributaris-tas) e José Carlos Tafner Jorge e Maria Heloiza Soares (fotos).

PRODUÇÃO: RG EditoresRua Santo Antonio, 555 – 1o A. – conj. 11

São Paulo – SP – Tel.: (11) [email protected]

Diagramação: Neide Siqueira

ESTADO INVESTE R$ 360 MILHÕES NA DUPLICAÇÃO DA BAURU-MARÍLIAPara o SINICESP, as obras realizadas pelo Governo de São Paulo aceleram o desenvolvimento e facilitam o escoamento da produção.

O Governo do Estado de São Pau-lo continua a investir em obras de infraestrutura em todo o território paulista, demons-

trando arrojo e preocu pação com o bem estar da população. Para o SINI-CESP, as obras realizadas pelo Governo aceleram o desenvolvimento e facili-tam o escoamento da produção agroin-dustrial.

Com o objetivo de atender a todos os municípios, o governador José Serra e o secretário dos Transportes, Mauro Arce, acabam de entregar as obras de duplicação da SP-294 (Rodovia Co-mandante João Ribeiro de Barros), a Bauru-Marília. Antiga reivindicação da população, a duplicação de 45 quilô-metros da rodovia – trecho Duartina-Gália-Garça – recebeu R$ 360 milhões em investimentos.

As obras de duplicação da rodovia foram feitas com modernas técnicas de engenharia, sendo que sua fundação foi preparada para receber tráfego pesado e ao mesmo tempo diminuir o desgaste provocado no asfalto. Outro aspecto importante é o número de dispositivos implantados ao longo da rodovia. Em média, a cada três quilômetros a SP-294 – no trecho Duartina-Gália-Garça – re-cebeu um dispositivo de retorno. Ao to-do são 17 dispositivos, instalados nos acessos aos municípios, bem como aqueles construídos na intersecção com estradas vicinais.

Uma das principais ligações entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, a SP-294 também serve, neste trecho, de li-gação entre os municípios da nova Alta Paulista. Utilizada tanto para o escoa-mento da produção agrícola, de produ-tos industrializados e por veículos particulares, a rodovia chega a registrar em média 10 mil veículos por dia. “A Bauru-Marília vai ajudar no desenvolvi-mento de uma região que já prospera bastante”, ressaltou o governador.

Considerando os últimos quatro anos, apenas o eixo Bauru-Marília da SP-294 recebeu aproximadamente R$ 414 milhões em recursos. Em janeiro de 2008, o governador José Serra esteve em Duartina, quando fez a entrega da du-plicação dos 15 quilômetros, no trecho entre Duartina e Piratininga.

POLO REGIONALA SP-294 é a ligação entre os polos

industriais de Bauru, Marília e Alta Paulista, o que explicita a importância desta via. Além do tráfego constante e frequente de estudantes, que utilizam centros universitários espalhados na região, a duplicação da João Ribeiro de Barros também será um instrumento para aquecer ainda mais a economia, com a facilitação para o escoamento da produção de café e dos produtos das in-dústrias alimentícias instaladas no eixo Bauru-Marília.

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muito positivos,

tanto que 90%

dos presos e ex-

detentos treina-

dos se recu peram efetivamente e voltam a se integrar à

sociedade.

É posição do governo que só a capacitação garante a

reinserção social, disse Guilherme Afi f Domingos, pois a

opção pelo crime é também consequência da falta de opor-

tunidade, pois mais de 90% dos presidiários não são capa-

citados e 85% jamais tiveram vínculo empregatício formal.

Os benefi ciados serão os que deixaram o sistema pri-

sional há menos de um ano ou que estão no regime aberto

ou semiaberto e, para facilitar a contratação pelas empre-

sas, o portal “Emprega São Paulo” permite que, pela Inter-

net, os empregadores procurem a mão de obra de que

precisam, cadastrem-se e encontrem as opções levando

em conta os egressos residentes no município

em que a obra contratada será feita.

Já o Secretário de Administração

Penitenciária, Lourival Gomes, res-

saltou a quantidade de presos soltos

diretamente nas ruas sem nenhum

cuidado do Estado. “Todo ano são

30 mil presos que voltam para as

ruas. Cabe à sociedade dar-lhes a

chance de se recuperar e não mais

delinquir. Esta oportunidade é a quali-

fi cação profi ssional e o emprego.”

O Programa

Pró-Egresso, instituí-

do por meio do Decreto

no 55.126 de 07 de dezembro

de 2009, estabelece que as em-

presas contratadas pelo poder

pú blico estadual se comprome-

tam a usar 5% de mão de obra

de egressos do sistema

penitenciário.

Serão ofere-

cidas, pelo Estado,

60 mil bolsas para cur-

sos de 250 horas que in-

cluem não só a capacitação,

mas também o reforço do

ensino fundamental, con-

siderado absolutamente

necessário.

odos os contra-

tos para realiza-

ção de obras e serviços do

Governo do Estado passa-

rão a exigir, de agora em

diante, que as empresas

contratadas se compro-

metam a usar 5% de mão de obra de egressos do sistema

penitenciário. O anúncio, na presença de representantes

das entidades que serão afetadas, foi feito pelo secretário

Guilherme Afi f Domingos, do Emprego e Relações do Tra-

balho, e pelo secretário Lourival Gomes, de Administra-

ção Penitenciária. O presidente do SINICESP, engenheiro

Marlus Renato Dall’Stella, representou a entidade.

O secretário do Trabalho explicou que para capacitar

a mão de obra foi criado o programa Pró-Egresso, cujo

objetivo é ensinar uma profi ssão aos presidiários que

cumprem pena em regime aberto e semiaberto. Com o

programa, planeja oferecer 30 mil trabalhadores capa-

citados ao mercado de trabalho, o que há de reduzir o

que chama de “ gargalo da mão de obra”, que vem sendo

registrado pela indústria neste momento de aquecimento

econômico.

Os dados apresentados indicam que o problema é

complicado, pois o Estado tem 167 mil presos,

50% dos quais sequer completaram o ensi-

no fundamental. Isso os incapacita a ab-

sorver as informações dos cursos que

são ministrados.

A solução foi o oferecimento de

60 mil bolsas pelo Estado, para

cursos de 250 horas que incluem,

não só a ca pacitação, mas também

o reforço do ensino fundamental,

con siderado absolutamente necessá-

rio. Os primeiros resultados, porém, são

Programa Pró-Egresso reserva

vagas para ex-presidiários nos

contratos de obras e serviços

TSecretário do Trabalho Guilherme Afi f Domingos

anuncia Programa Pró-Egresso

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