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“Verificação da Lei de Joule pelo método do calorímetro”
Curso: Licenciatura em Engenharia
De Instrumentação e Metrologia
Grupo:5
Dinis Martins (1111148)
André Freitas (1110580)
14 de Novembro de 2012
“Verificação do efeito de Joule pelo método do calorímetro”
2
Conteúdo Objectivos ...................................................................................................................................... 3
Introdução ..................................................................................................................................... 4
Método experimental ................................................................................................................... 5
Material ..................................................................................................................................... 5
Procedimento ............................................................................................................................ 5
Cálculos e Resultados .................................................................................................................... 6
Resultados finais ....................................................................................................................... 6
Determinação da capacidade térmica do calorímetro ............................................................. 7
Verificação da proporcionalidade entre calor libertado por efeito de Joule e o tempo
decorrido ................................................................................................................................... 8
Verificação da proporcionalidade entre calor libertado por efeito de Joule e o quadrado da
intensidade de corrente eléctrica ........................................................................................... 10
Questões ................................................................................................................................. 11
Conclusão .................................................................................................................................... 12
Observações ............................................................................................................................ 12
Bibliografia .................................................................................................................................. 13
“Verificação do efeito de Joule pelo método do calorímetro”
3
Objectivos
-Verificação do efeito de Joule pelo método do calorímetro.
“Verificação do efeito de Joule pelo método do calorímetro”
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Introdução
O efeito de Joule, ou lei de Joule, relaciona o calor gerado num condutor com a
corrente que neste passa para tal calor ser gerado. Este efeito foi descrito por James Prescott
Joule (físico britânico 1818-1889) em 1840. Podemos descrever esta relação por:
= − ; onde W (J) é a energia dissipada por efeito de Joule por um condutor de resistência R (Ω),
atravessado pela corrente I (A) durante um intervalo de tempo t2-t1 (s).
Mergulhando uma resistência em água e desprezando transferências de calor para a
vizinhança do sistema, podemos então afirmar que W é igual ao calor libertado pela
resistência que será transferido para a agua. Logo W será igual á variação de temperatura da
água:
= ↔ − = − ; Onde m (g) é a massa de água, c (4186 J/Kg 0C) é a capacidade térmica mássica da agua e Ɵ2-Ɵ1 (0C) é a variação da temperatura. Podemos afirmar que Q ou W estão directamente
dependentes da resistência, da corrente e do tempo decorrido.
“Verificação do efeito de Joule pelo método do calorímetro”
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Método experimental
Material
-Fonte de corrente DC;
-Calorímetro;
-Resistência (2,4Ω);
-Amperímetro;
-Termómetro;
-Reóstato (50Ω);
-Proveta de 500ml;
-Cronómetro;
-Fios de ligação.
Procedimento
Inserimos no calorímetro 250 ml ou g de água. Mergulhamos dentro dessa água uma
resistência de 2,4 Ω. Ajustamos a tensão para 10 V e a corrente para 1,60 A com a ajuda da
fonte e do reóstato. Registamos a temperatura ao longo de 30 minutos. Por fim repetimos
toda a experiencia mas agora com um corrente de 1,80 A e após secagem pesamos o
calorímetro.
Figura 1. Esquema da montagem
“Verificação do efeito de Joule pelo método do calorímetro”
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Cálculos e Resultados
Resultados finais
Δt (min) Δt (s) Ɵ(⁰C) I=1,60A Ɵ(⁰C) I=1,80A
0 0 22,5 19,4
1 60 22,9 20,4
2 120 23,2 20,6
3 180 23,4 21
4 240 23,6 21,3
5 300 23,7 21,6
6 360 24 21,9
7 420 24,4 22,2
8 480 24,6 22,5
9 540 24,9 22,9
10 600 25 23,1
11 660 25,2 23,5
12 720 25,5 23,7
13 780 25,8 24,1
14 840 26 24,4
15 900 26,2 24,7
16 960 26,5 25
17 1020 26,7 25,4
18 1080 26,9 25,6
19 1140 27,1 25,9
20 1200 27,4 26,3
21 1260 27,6 26,6
22 1320 27,8 26,9
23 1380 28,1 27,3
24 1440 28,3 27,5
25 1500 28,5 27,9
26 1560 28,8 28,3
27 1620 29 28,6
28 1680 29,2 28,8
29 1740 29,4 29,1
30 1800 29,8 29,4 Tabela 1. Resultados finais
mcalorímetro=0,2410Kg (sem tampa, fios, resistência e termómetro).
“Verificação do efeito de Joule pelo método do calorímetro”
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Determinação da capacidade térmica do calorímetro = á + í
Com I=1,60A:
= − = 2,4 ×1,60 × 1800 − 0 = 11059,2* á = × × ∆, = 0,25 × 4186 × 29,8 − 22,5 = 7639,45* í = −á = 11059,2 − 7639,45 = 3419,75*
í = × × ∆, ↔ = í × ∆, = 3419,750,2410 × 29,8 − 22,5 = /012, 34/67
Com I=1,80A:
= − = 2,4 ×1,80 × 1800 − 0 = 13996,8* á = × × ∆, = 0,25 × 4186 × 29,4 − 19,8 = 10046,4* í = −á = 13996,8 − 10046,4 = 3950,4*
í = × × ∆, ↔ = í × ∆, = 3950,40,2410 × 29,4 − 19,8 = /9:9, ;4/67
cmédio =<=>,?@ABA,C = /3D;, 94/67
“Verificação do efeito de Joule pelo método do calorímetro”
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Verificação da proporcionalidade entre calor libertado por efeito de
Joule e o tempo decorrido
Grafico1. Resultado para I=1,60A
Grafico2. Resultado para I=1,80A
y = 0,0039x + 22,662
R² = 0,9991
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
0 500 1000 1500 2000
T(0
C)
Tempo (s)
I=1,60A
I=1,60A
y = 0,0053x + 19,939
R² = 0,9984
19
21
23
25
27
29
0 500 1000 1500 2000
T(0
C)
Tempo (s)
I=1,80A
I=1,80A
“Verificação do efeito de Joule pelo método do calorímetro”
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EFGHIIJGJGKLMNKO = PH − PIQH − QI Para I=1,60A
Y=0,0039X+22.662
Xf 1800
Xi 0
Yf 29,682
Yi 22,662
coef. Angular 0,0039 Tabela 2. Coeficiente Angular para I=1,60A
Para I=1,80A
Y=0,0053X+19,939
Xf 1800
Xi 0
Yf 29,479
Yi 19,939
coef. Angular 0,0053 Tabela3. Coeficiente angular para I=1,80A
Observando os gráficos facilmente concluímos que se trata de uma proporcionalidade linear
entre o tempo decorrido e a variação da temperatura.
Incerteza do cronometro=
R,RST√> = 2,87E-3 segundos
Incerteza do Termómetro=
ST√> = 0,290C
VWW = XYVZ[\]^]_W`\][\]^]_W`\] aD + YVZ`W\_]_W`\]`W\_]_W`\] aD
“Verificação do efeito de Joule pelo método do calorímetro”
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Para I=1,60A
bG0,0039 = XY2,87c − 31800 a + Y 0,2929,8 − 22,5a ↔ bG = 1,54c − 4
Para I=1,80A
bG0,0053 = XY2,87c − 31800 a + Y 0,2929,4 − 19,8a ↔ bG = 1,60c − 4
Verificação da proporcionalidade entre calor libertado por efeito de
Joule e o quadrado da intensidade de corrente eléctrica
ΔƟ=(Tf-Ti)
V(proporcionalidade)=dƟeT
Para I=1,60A
f = 29,8 − 22,51,6 = 2,85
Para I=1,80A
f = 29,4 − 19,81,8 = 2,96
gWhij] = 2,85 − 2,96 = −0,11
gWhij]% = |mGnoIF|2,85 × 100 = 2, 3p%
“Verificação do efeito de Joule pelo método do calorímetro”
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Questões
“O calor dissipado por efeito de Joule é função da resistência eléctrica do fio usado na
montagem. Diga de que forma é que a quantidade de calor envolvido nesta experiência seria
alterada se em vez do fio de Kanthal (CrAlFe) com um diâmetro de 0,65mm usado para a
resistência se usasse um fio de cobre de 0,50mm de diâmetro admitindo que o comprimento
do fio é mantido e a resistividade do cobre é de 0,0162Ωmm2/m.”
A resistência eléctrica é dada por:
= μ rs;
Onde µ é a resistividade, L o comprimento e A a superfície do fio. Sabendo a resistividade do
Kanthal poderemos determinar o comprimento do fio. Após pesquisa estabelecemos que a
resistividade do Kanthal é de 1,39Ωmm2/m.
Temos então que:
2,4 = 1,39 × tu × 0,652 ↔ t = 0,57
Para um fio de cobre com o mesmo comprimento temos:
= 0,0162 × 0,57u × 0,502 = 0,047Ω
Sabendo que:
W=RI2Δt, que Q=W e que Q=mcΔT, podemos afirmar que, tendo uma resistência muito menor
com o fio de cobre, teríamos uma variação de temperatura também muito menor.
“Dê exemplos de situações no seu dia-a-dia em que o efeito de Joule se manifeste.”
Temos vários aparelhos que utilizamos no dia-a-dia em que o efeito de Joule é aproveitado,
como por exemplo os aquecedores eléctricos e os termostatos. No entanto por vezes o efeito
de Joule não é o mais desejado, por exemplo nas lâmpadas incandescentes onde grande parte
da energia eléctrica é gasta na produção de calor quando o que pretendemos é transforma-la
em energia luminosa.
“Verificação do efeito de Joule pelo método do calorímetro”
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Conclusão
Verificamos a lei de Joule pelo método do calorímetro. Chegamos á conclusão que a
energia que é convertida em calor por um condutor, quando este é atravessado por uma
corrente é tanto maior quanto maior for a sua resistência á corrente e tanto maior quanto
maior for essa corrente. Este ultimo caso, o da variação de corrente foi experimentado quando
modificamos a corrente que passava na resistência de 1,60A para 1,80A, para o primeiro caso
tivemos um acréscimo de 7,30C e para o segundo 9,60C para os mesmo 1800 segundos (30
minutos).
O calor cedido pela resistência foi “partilhado” pela água e pelo calorímetro em
diferentes proporções. Esta diferença está directamente influenciada pela capacidade térmica
mássica de ambos. Determinamos então a capacidade térmica mássica do calorímetro
(1825,7J/Kg que comparamos com a capacidade térmica mássica da água (4186J/Kg e
facilmente verificamos que o calor cedido para a água foi superior ao calor cedido para o
calorímetro.
Observações
Na determinação da massa do calorímetro, esta foi determinada sem a tampa, fios,
resistência e termómetro, pelo que caso tivéssemos determinado a massa real deste, a sua
capacidade térmica seria menor uma vez que c=Q/mΔT e a massa obtida seria maior
diminuindo c.
“Verificação do efeito de Joule pelo método do calorímetro”
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Bibliografia
Guião fornecido para o trabalho prático.
http://www.casaferreira.com.br/aquecimento/fiosfitas/fiosa.htm