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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA EFEITOS ADVERSOS DO USO REGULAR DE CORTICÓIDES INALATÓRIOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTESCOM ASMA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA/META-ANÁLISE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO CRISTINE COELHO CAZEIRO Orientador: Prof. Dr. Linjie Zhang RIO GRANDE Julho de 2016

EFEITOS ADVERSOS DO USO REGULAR DE CORTICÓIDES … · recomendadas para a asma persistente, independentemente do nível de gravidade. (MOURA, CAMARGOS& BLIC, 2002) Desde a emergência

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Page 1: EFEITOS ADVERSOS DO USO REGULAR DE CORTICÓIDES … · recomendadas para a asma persistente, independentemente do nível de gravidade. (MOURA, CAMARGOS& BLIC, 2002) Desde a emergência

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

FACULDADE DE MEDICINA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA

EFEITOS ADVERSOS DO USO REGULAR DE CORTICÓIDES

INALATÓRIOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTESCOM ASMA: UMA

REVISÃO SISTEMÁTICA/META-ANÁLISE

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

CRISTINE COELHO CAZEIRO

Orientador: Prof. Dr. Linjie Zhang

RIO GRANDE

Julho de 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

FACULDADE DE MEDICINA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA

EFEITOS ADVERSOS DO USO REGULAR DE CORTICÓIDES INALATÓRIOS

EMCRIANÇAS E ADOLESCENTES COM ASMA: UMA REVISÃO

SISTEMÁTICA/META-ANÁLISE

Mestranda: Cristine Coelho Cazeiro

Orientador: Prof. Dr. Linjie Zhang

A apresentação desta dissertação é exigência do

Programa de Pós Graduação em Saúde Pública da

Universidade Federal de Rio Grande para obtenção

do título de mestre.

RIO GRANDE

Julho de 2016

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.......................................................................................................4

LISTA DE ABREVISTURAS......................................................................................5

1. PROJETO DE PESQUISA......................................................................................6

APÊNCDICE DO PROJETO DE PESQUISA................................................................31

2. RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO.........................................................34

3. NOTA À IMPRENSA.............................................................................................37

4. ARTIGO ORIGINAL.............................................................................................39

4.1 VERSÃO EM LINGUA PORTUGUESA.......................................................................40

RESUMO......................................................................................................................42

INTRODUÇÃO.................................................................................................................44

MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................................................45

Fontes de dados e estratégias de busca..........................................................................45

Seleção dos estudos.....................................................................................................46

Extração e manejo dos dados.......................................................................................47

Avaliação do risco de viés nos estudos incluídos...........................................................48

Síntese dos dados e análise estatística...........................................................................48

RESULTADOS..........................................................................................................50

Busca literária e seleção dos estudos.............................................................................50

Características dos estudos e risco de viés.....................................................................50

Uso de CI e risco de pneumonia...................................................................................51

Uso de CI e risco de outras infecções respiratórias.........................................................53

Uso de CI e risco de infecções respiratórias: relação dose-resposta...................................53

DISCUSSÃO...............................................................................................................54

CONCLUSÃO.............................................................................................................58

REFERÊNCIAS..........................................................................................................59

5. ANEXOS DO ARTIGO .........................................................................................66

4.2 ARTIGO ORIGINAL NA VERSÃO EM INGLÊS.................................................79

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO NA REVISTA JAMA PEDIATRICS.........................80

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APRESENTAÇÃO

Conforme o regimento do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da

Universidade Federal do Rio Grande- FURG, esta dissertação de mestrado é composta por

quatro partes: projeto de pesquisa e apêndices/anexos, relatório da execução do projeto, nota à

imprensa e artigo submetido à publicação (versões em Português e Inglês).

Este volume foi elaborado pela mestranda Cristine Coelho Cazeiro, sob orientação do

professor Linjie Zhang. A defesa do projeto de pesquisa foi realizada no dia 18 de dezembro

de 2014, tendo como banca examinadora o professor Silvio Omar Prietch (Universidade

Federal do Rio Grande) e a professora Elaine Pinto Albernaz (Universidade Federal de

Pelotas).

O artigo original, integrante desse volume, intitula-se: “Corticóides inalatórios e o

risco de pneumonia e outras infecções respiratórias em crianças com asma: uma meta-análise

de ensaios randomizados”. O mesmo foi submetido para a revista JAMA em junho de 2016 e

encontra-se na fase de avaliação. Resultados parciais desta pesquisa já foram apresentados na

15ª Mostra de Produção Universitária da FURG.

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LISTA DE ABREVIATURAS

AST- Sociedade Americana do tórax

CI- Corticóide(s) Inalatório(s)

DPOC- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

ERCP- Ensaio Clínico Randomizado Controlado por Placebo

GINA- Iniciativa Global para a asma

IC 95%- Intervalo de confiança de 95%

IP- inalador pressurizado

IPO- Inalador de pó seco

ITR- Infecção do Trato Respiratório

NAEPP: Programa Nacional de Educação e Prevenção da Asma

NIH- Instituto nacional da Saúde

NJ- Nebulizador de jato

NU- Nebulizador ultrassônico

OR- Odds Ratio

PFE-Pico de Fluxo Expiratório

RR- Risco Relativo

VEF- Volume Expiratório Forçado

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1 PROJETO DE PESQUISA

(Dissertação de mestrado - Cristine Coelho Cazeiro)

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... ..8

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 10

2.1 Caracterização da doença ................................................................................................... 10

2.2 Epidemiologia da asma ....................................................................................................... 11

2.3 Tratamento medicamentoso ................................................................................................ 12

2.4 Possíveis efeitos adversos dos corticóides inalatórios ........................................................ 13

3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................ 17

4 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 18

4.1 Objetvos gerais ................................................................................................................... 18

4.2 Objetivos específicos .......................................................................................................... 18

5 METODOLOGIA ................................................................................................................ 19

5.1 Delineamento da pesquisa .................................................................................................. 19

5.2 Critérios de seleção dos estudos ......................................................................................... 19

5.3 Processo de busca dos estudos ........................................................................................... 20

5.4 Processo de seleção e avaliação dos possíveis viéses dos estudos ..................................... 20

5.5 Extração dos dados ............................................................................................................. 21

5.6 Síntese dos dados ................................................................................................................ 21

6 ORÇAMENTO DETALHADO ......................................................................................... 23

7 CRONOGRAMA ................................................................................................................. 24

REFERÊNCIAS......................................................................................................................25

APÊNDICE DO PROJETO DE PESQUISA.......................................................................28

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1INTRODUÇÃO

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas em que muitas células e

elementos celulares estão envolvidos. A resposta aumentada das vias aéreas a uma gama

de fatores, denominada de hiperresponsividade acaba levando ao processo inflamatório,

provocando o estreitamento da luz das vias aéreas (broncoespasmo) e aumento da

produção de muco, resultando em obstrução das vias aéreas de forma generalizada,

podendo ser revertida de forma espontânea ou por meio de tratamento. O quadro de

obstrução leva a uma manifestação clínica de tosse produtiva, opressão torácica,

sibilància e dispnéia. (GINA, 2014)

Consiste em um sério problema de saúde global, pois afeta pessoas de todas as

idades, classe sociais e etnias, independentemente do nível de desenvolvimento.

Atualmente, é uma das principais doenças crônicas que afetam a população mundial,

possuindo elevadas taxas de prevalência e morbidade, afeta cerca de 300 milhões de

pessoas em todo o mundo, com destaque para a população pediátrica. (SIMÕS etal,

2010); (SOLÉ et al, 2006)

A doença ainda impõe uma carga imensa aos sistemas de saúde devido aos custos

com tratamento e internações, e também sobre a sociedade, devido à perda de

produtividade no trabalho, e no caso das crianças e adolescentes, acarreta problemas

como absenteísmo escolar, restrições sociais e de atividades, estresse, distúrbios

afetivos, entre outros. (SIMÕES et al, 2010)

Apesar da alta prevalência da doença, aumentando 50% a cada década, está havendo

um declínio no número de hospitalizações e mortes por asma, provavelmente devido à

efetividade do tratamento disponível atualmente. (GINA, 2014)

Os objetivos principais do tratamento são, o alívio ou a minimização dos sintomas,

manutenção das atividades da vida diária normalmente, incluindo exercícios físicos, a

maximização da função pulmonar; a prevenção das exacerbações e da mortalidade e a

manutenção com a dose mínima eficaz do medicamento profilático. Os corticosteróides

inalatórios (CI) são, no presente, as drogas controladoras mais eficazes, sendo

recomendadas para a asma persistente, independentemente do nível de gravidade.

(MOURA, CAMARGOS& BLIC, 2002)

Desde a emergência do conceito de asma como doença inflamatória crônica, há duas

décadas, o uso de CI tem sido cada vez mais empregado, com sucesso, no manejo e

prevenção de asma persistente. Os corticóides agem nas células induzindo ou

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suprimindo diversos genes envolvidos na produção de citocinas, moléculas de adesão e

receptores relevantes nos processos inflamatórios das vias aéreas. (AREND et al, 2005)

Paralelamente aos benefícios persiste a dúvida se os CI utilizados por tempo prolongado

podem apresentar os mesmos efeitos colaterais que o uso sistêmico, visto que todos os

CI são absorvidos sistemicamente e exibem efeitos adversos sistêmicos relacionados à

dose. A absorção sistêmica pode ocorrer diretamente pela superfície pulmonar ou por

deglutição da droga. (AREND et al, 2005); (RIZZO & SOLÉ, 2006).

Entre todos os medicamentos antiinflamatórios disponíveis para o tratamento da

asma, atenção especial deve ser dispensada aos CI, para avaliar a relação entre eficácia e

segurança, levando-se em conta os possíveis efeitos adversos tais como infecções

respiratórias, osteoporose, risco elevado para fraturas, retardado crescimento, inibição

do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, hipertensão arterial, catarata e diabetes. (MOURA,

CAMARGOS E BLIC, 2002)

Geralmente, os efeitos adversos de CI não são relatados, ou são apresentados como

desfechos secundários nos ensaios clínicos, tornando a coleta desses dados um grande

desafio. Em contraste com numerosas revisões sistemáticas realizadas para avaliar

eficácia dos CI, ainda são escassas as que abordam exclusivamente os efeitos adversos,

principalmente na população pediátrica.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Caracterização da doença

A asma é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por hiperresponsividade

das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível

espontaneamente ou com tratamento. Manifesta-se clinicamente por episódios

recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela

manhã. Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental a alérgenos e

irritantes, e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos

sintomas. (GINA, 2014)

O processo inflamatório tem como resultado as manifestações clínico-funcionais

características da doença. O estreitamento brônquico intermitente e reversível é causado

pela contração do músculo liso brônquico, pelo edema da mucosa e pela hipersecreção

mucosa. A hiper-responsividade brônquica é uma resposta exagerada ao estímulo que

seria inócuo em pessoas normais. A inflamação crônica da asma é um processo no qual

existe um ciclo contínuo de agressão e reparo que pode levar a alterações estruturais

irreversíveis, isto é, o remodelamento das vias aéreas. (GINA, 2014)

Os fatores que influenciam no surgimento da asma podem ser divididos em fatores

causadores ou desencadeadores dos sintomas, alguns fazem ambos. Os primeiros

incluem fatores do hospedeiro, principalmente genéticos e os últimos são geralmente

fatores ambientais, como alérgenos específicos. (GINA, 2014)

O diagnóstico da asma deve ser baseado na anamnese, exame clínico e, sempre que

possível, nas provas de função pulmonar e avaliação da alergia. O diagnóstico clínico é

sugerido por um ou mais dos sintomas: dispnéia episódica, tosse, sibilância e opressão

toráxica, sobretudo à noite ou nas primeiras horas da manhã. Sintomas episódicos após

exposição incidental a um alérgeno, a variabilidade sazonal dos sintomas e história

familiar de asma também são guias úteis de diagnóstico. (BUSSE & LEMANSKE,

2001); (SUISSA et al, 2000). O diagnóstico de asma na infância é um desafio e tem que

ser amplamente baseado em julgamento clínico e uma avaliação de sintomas e sinais

físicos. (GINA, 2014)

De acordo com a gravidade, a asma pode ser dividida em quatro categorias:

intermitente, leve persistente, persistente moderada ou grave persistente. É importante

reconhecer que gravidade da asma envolve tanto a gravidade da doença subjacente e a

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sua capacidade de resposta ao tratamento, o qual visa manter o controle dos sintomas e a

qualidade de vida. Também é recomendada classificação da asma por nível de controle:

controlada, parcialmente controlada ou não controlada. (SOBANDE & KERCSMAR,

2008)

O objetivo primordial do manejo da asma é a obtenção do controle da doença. A

classificação da gravidade tem como principal função a determinação do tipo e da dose

de medicamentos suficiente para que o paciente atinja o controle no menor prazo

possível. Estima-se que 60% dos casos de asma sejam intermitentes ou persistentes

leves, 25% a 30% moderados e 5% a 10% graves. Ressalta-se que embora a proporção

de asmáticos graves represente a minoria dos asmáticos ela concorre com a maior

parcela na utilização dos recursos de saúde. (STIRBULOV, BERND& SOLÉ, 2006)

3.2 Epidemiologia da asma

A doença constitui um problema de saúde global. Pessoas de todas as idades em

todo o mundo são afetadas por esta doença crônica que, quando não controlada, pode

impor limites severos nas atividades de vida diárias e na qualidade de vida, e às vezes

ser fatal. São estimadas 250.000 mortes anuais por asma em todo o mundo. (GINA,

2014)

A prevalência de asma está aumentando na maioria dos países, Em todo o

mundo, estima-se que 300 milhões de pessoas são afetadas, atingindo entre 1 e 18% da

população em diferentes países.O que gera uma carga importante, não apenas em termos

de custos de saúde, mas também pela perda de produtividade no trabalho e estudos.

Além de impactos na qualidade de vida dos pacientes e seus familiares.A Organização

Mundial da Saúde(OMS) estima que 15 milhões de anos de vida ajustados por

incapacidade são perdidos anualmente devido à asma, o que representa 1% da carga

global de doença. (GINA, 2014)

No Brasil, são estimados 20 milhões de asmáticos. A doença é responsável por

cerca de 350.000 internações anuais, representando a quarta causa de hospitalizações

pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 2,3% do total. (STIRBULOV, BERND & SOLÉ,

2006)

Em 2006, os custos do SUS com internações por asma foram de 96 milhões de

reais, o que correspondeu a 1,4% do gasto total anual com todas as doenças. Os gastos

com asma grave consomem quase 25% da renda familiar dos pacientes da classe menos

favorecida, sendo que a recomendação da OMS é que não exceda 5%. Apesar disso,

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embora existam indícios de que a prevalência da asma esteja aumentando em todo o

mundo, no Brasil ela parece estar estável. (DAMASCENO et al, 2012)

O diagnóstico precoce da asma e implementação de terapia adequada reduz

significativamente seu impacto socioeconômico e melhora a qualidade de vida dos

pacientes. Há boas evidências de que as manifestações clínicas da doença

(comprometimento da função pulmonar, com distúrbios do sono e limitações da

atividade diária) podem, em grande parte dos doentes, serem controladas com um

tratamento apropriado. Não deve haver mais do que ocasionais episódios de recorrência

dos sintomas e exacerbações graves devem ser raras. (GINA, 2014)

Embora do ponto de vista do paciente e da sociedade o custo para controlar a

asma parece ser elevado, o custo de não tratar asma corretamente é ainda maior. Há

todas as razões para acreditar que a carga global de asma pode ser amplamente reduzida

através de esforços de indivíduos, profissionais de saúde, organizações de saúde e

governos. (ACCORDINI et al, 2006); (SULLIVAN, 2007)

3.3 Tratamento medicamentoso

O efetivo controle da asma se dá através de intervenções para reprimir e reverter

a inflamação, bem como o tratamento da broncoconstrição e sintomas relacionados,

com o devido respeito pela segurança do tratamento, o potencial de efeitos adversos, e

do custo de tratamento necessário para atingir esse objetivo. (GINA, 2014)

Os medicamentos para asma são classificados em duas classes gerais:

medicamentos de controle a longo prazo, utilizados para alcançar e manter a

estabilidade da doença, com o mínimo de exacerbações, e medicamentos de alívio

imediato, usados para tratar os sintomas agudos e exacerbações. (GINA, 2014)

Os CI compõem a principal classe de medicamentos utilizada no tratamento de

manutenção da asma em crianças e adultos. São a terapia de primeira linha

recomendado em todas as diretrizes nacionais e internacionais em vigor. Eles agem

reduzindo a hiper-responsividade das vias aéreas e inibindo a migração de células

inflamatórias e de ativação. São os mais potentes e eficazes medicamentos anti-

inflamatórios disponíveis atualmente. Seis CI estão atualmente comercializados para o

uso em crianças asmáticas: dipropionato de beclometasona, budesonida, propionato de

fluticasona, fumarato de mometasona e ciclesonida. Cada CI tem diferentes

propriedades biológicas e características farmacocinéticas e farmacodinâmicas, no

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entanto, todos podemgerarbenefícios terapêuticos similares, quando administrados em

doses equipotentes. (NHLBI 2007, GINA 2014).

A ampla ação dos CI sobre o processo inflamatório pode ser responsável por sua

eficácia como terapia preventiva. Seus efeitos clínicos incluem a redução da gravidade

dos sintomas; melhoria no controlo da asma e da qualidade de vida; melhora no PFE e

espirometria; diminuído hiperresponsividade das vias aéreas; prevenção de

exacerbações; redução de internações e mortes devido à asma; e, possivelmente, a

atenuação da perda da função pulmonar em adultos. (NHLBI 2007)

O controle dos sintomas e a melhora da função pulmonar podem ocorrer após uma a

duas semanas de tratamento, enquanto que para reversão da hiperresponsividade

brônquica o paciente pode necessitar de meses ou anos de utilização de CI. A dose

necessária varia para cada usuário, grande parte dos pacientes com asma leve obtém o

controle com doses baixas, enquanto que outros necessitam de doses moderadas ou

altas. A suspensão do tratamento com CI pode levar à deterioração do estado de

controle da asma. (STIRBULOV, BERND& SOLÉ, 2006)

O tratamento da asma pode ser administrado por diferentes formas: inalado, por via

oral ou por via parenteral. Em episódios de agudos, corticóides orais ou parenterais de

ação sistêmica são freqüentemente usados para obter o controle imediato da doença. A

terapia por inalação é comumente utilizada para o tratamento de manutenção, possui

como principal vantagem, o fato de que as drogas são administradas diretamente nas

vias aéreas, produzindo altas concentrações locais com risco significativamente menor

de efeitos colaterais sistêmicos. (GINA, 2014)

Existem três tipos básicos de dispositivos inalatórios, os inaladores pressurizados

(IPs), que se servem do hidrofluoralcano (HFA) como propelente; os inaladores de pó

(IPo), como Turbuhaler®, Diskus®, Aerolizer® e Pulvinal e os nebulizadores de jato (NJ)

ou nebulizadores ultrassônicos (NUs).

O tratamento ideal é o que mantém o paciente controlado e estável com a menor

dose de medicação possível. Uma vez obtido o controle sintomático por um período

mínimo de três meses, pode-se reduzir as medicações e suas doses, mantendo-se o

acompanhamento do paciente. (STIRBULOV, BERND& SOLÉ, 2006)

3.4 Possíveis efeitos adversos dos corticoides inalatórios

Apesar de claros benefícios, há riscos para o uso de contínuo de corticoesteróides

inalados. Todos eles são absorvidos sistemicamente e exibem efeitos adversos

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sistêmicos relacionados à dose. A absorção sistêmica pode ocorrer diretamente pela

superfície pulmonar ou por deglutição da droga. (RIZZO & SOLÉ, 2006)

Alguns efeitos adversos locais de CIs são, candidíase orofaríngea, disfonia, dor de

garganta e tosse. Estes não têm consequências graves para a saúde, mas podem levar à

baixa tolerância à medicação e consequentemente, baixa adesão ao tratamento. Estes

efeitos geralmente resultam da deposição de drogas ativas na orofaringe, durante a

inalação. (GINA, 2014)

A biodisponibilidade dos CIs atuais é baixa e, na maioria deles, dependente da

fração inalada que atinge a circulação sistêmica após absorção através dos pulmões.

Entretanto, vários fatores são importantes para determinar os efeitos clínicos e

sistêmicos e o índice terapêutico: dose liberada, potência, deposição, afinidade pelo

receptor e retenção local, distribuição, eliminação, além de diferenças individuais na

resposta aos glicocorticóides. (RIZZO E SOLÉ, 2006)

Os potenciais efeitos adversos sistêmicos são observados com utilização de doses

altas por tempo prolongado, são eles: aumento do risco de pneumonias, perda de massa

óssea (osteoporose), inibição do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e déficit de

crescimento. CIs também têm sido associadas com cataratas e glaucoma, e com possível

desenvolvimento de Diabetes Mellitus e miopatias. (GINA, 2014); (STIRBULOV,

BERND & SOLÉ, 2006).

Em uma busca eletrônica pela PUBMED utilizando a estratégiaAsthma AND

("adverse effects" OR "side effects" OR "collateral effects" OR growth OR pneumonia

OR osteoporosis OR diabetes OR glaucoma) AND ("inhaled corticosteroids" OR

beclomethasone OR fluticasone OR budesonide OR mometasone OR ciclesonide)

foram encontrados apenas 15 estudos de revisão sistemática sobre efeitos adversos de

CIs, sendo que a maioria focalizava apenas em um desfecho, principalmente no déficit

de crescimento. Nenhum dos estudos referia-se ao risco para infecções respiratórias,

como as pneumonias. Dos 15 artigos encontrados, 13 referiam-se a pacientes

pediátricos, seus principais resultados são apresentados na Tabela 1.

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Tabela 1. Principais resultados das 13 revisões sistemáticas sobre efeitos adversos de

CIs que incluíram pacientes pediátricos

Autor e ano de

publicação

População Nº de estudos

incluídos

Desfecho (s)

PRUTEANU2014 Crianças 10 • Redução na velocidade do crescimento em crianças

em uso de CIs em doses baixa e média.

ZHANG 2014 Crianças 25 • Dose diária baixa ou média de CIs foi associada com

uma redução de 0,48 cm na velocidade de crescimento

linear e 0,61 cm de mudança na altura de base durante

um ano de tratamento;

• Efeito mais associado com a molécula do CI do que

com dispositivo ou dose.

HOOVER2013 Crianças e

adultos

8 • Dados conflitantes sobre o efeito dos CIs no

crescimento entre os estudos.

PRASSAD2013 Crianças 10 • Evidências de alteração no nível sérico de cortisol

com o uso de fluticasona;

• Sem evidências de efeito significativo na densidade

mineral óssea;

• Sem evidência de atraso no crescimento;

WELDOM2009 Crianças e

adultos

Não

informado

• Doses elevadas de CIs com grande biodisponibilidade

podem gerar efeitos significativos sobre o crescimento

ósseo das crianças;

• Osteoporose e osteopenia pode ser desenvolvida em

adultos usuários de CIs.

RACHELEFSKY,2007 Crianças e

adultos

23 • CIs podem estar associados a efeitos adversos da

orofaringe.

• Tais eventos podem ser reduzidos através do

enxágüe da boca após o uso ou pelautilização de

espaçador.

PEDERSEN2006 Crianças 28 • Evidência de pequena diminuição no crescimento

durante o período inicial do tratamento, sem

influência na altura adulta;

• Sem evidências de efeitos significativos na

densidade mineral óssea;

• Sem evidências de alteração nas taxas de cortisol

plasmático ou urinário;

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MORTIMER 2005 Crianças e

adultos

Não

informado

• CIs podem causar uma redução dose-dependente na

densidade mineral óssea.

• Evidências de redução na velocidade de crescimento

a curto prazo sem alterações na altura adulta.

NAEP* 2002 Crianças 12 • Nenhum dos estudos disponíveis teve número de

sujeitos ou duração do acompanhamento suficiente

para afirmar definitivamente o risco para osteoporose,

catarata ou glaucoma. O risco para défict de

crescimento e insuficiência adrenal varia conforme a

dose e dispositivo de inalação.

SHAREC 2000 Crianças 5 • Evidências der redução na velocidade de

crescimento linear de 1,51 cm / ano (IC 95% 1,15 a

1,87) com beclometasona.

• Evidências de redução na velocidade de crescimento

linear de 0,43 cm / ano (IC 95% de 0,01 a 0,85) com

fluticasona.

• Os efeitos dos ICs quando usados por> 54 semanas,

ou na altura final adulta, permanecem desconhecidos.

*. NAEP: National Asthma Education and Prevention Program

SHAREC

2000

Crianças 3 • O uso de beclometasona esteve associada

significativamente com a diminuição do crescimento

linear- RR: 1.54 (IC95% 1.15 a 1.94)

LIPWORTH 1999 Crianças e

adultos

27 • Evidência de supressão adrenal com doses elevadas

de CIs (acima de 1,5 mg);

• Maior potência para supressão adrenal relacionada

com a dose da fluticasona em comparação com outros

CIs;

• CIs em doses maiores que 1,5 mg podem estar

associados com uma redução significativa na densidade

óssea.

• Não há evidências para apontar efeitos significativos

sobre a altura final (adulta) dos pacientes

• A exposição a altas doses de CIs por longo prazo

aumenta o risco de cataratas subcapsulares posteriores,

e em menor grau, o risco de glaucoma.

ALLEN 1994 Crianças 21 • Evidência de associação do uso de prednisona com

diminuição da altura final, tal efeito não foi observado

com o uso de beclometasona.

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17

3 JUSTIFICATIVA

A elevada prevalência nacional e mundial da asma, os benefícios alcançados na vida

dos pacientes através do tratamento e a preocupação com os efeitos colaterais do uso

prolongado de CIs, tornam o presente estudo extremamente relevante para a evidência

consistente dos reais riscos do uso desses medicamentos.

A revisão sistemática de ensaios clínicos é um delineamento de pesquisa adequado

para fornecer evidências sobre uma intervenção. O fato de existirem poucas revisões

sistemáticas acerca dos eventos adversos dos CIs, e os poucos existentes serem restritos

a alguns desfechos isolados, não englobando outros extremamente importantes como o

risco de infecções respiratórias, principalmente as pneumonias, reforça a relevância

desta pesquisa.

Informações consistentes sobre os efeitos adversos do uso de corticóides inalatórios

são fundamentais para a prática clínica, tanto para a escolha do melhor tratamento na

dose e dispositivo mais adequados, quanto para uma maior atenção a estes possíveis

eventos durante o tratamento dos pacientes, além da orientação mais completa acerca da

doença, tratamento e impactos na vida de pacientes e seus familiares.

O medo de efeitos adversos é apontado como um dos impeditivos à adesão ao

tratamento. Se esses efeitos estiverem bem documentados na literatura, propiciará que

os profissionais tenham maior embasamento científico para orientar seus pacientes e

esclarecer seus anseios, melhorando a adesão destes ao tratamento. (CHATKIN et al,

2006)

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18

4 OBJETIVOS

4.1 Objetivos gerais

Avaliar os possíveis efeitos adversos relacionados ao uso regular de corticoides

inalarórios em crianças com asma

4.2 Objetivos específicos

• Investigar a possível associação entre o uso regular de corticóides inalatórios e

efeitos relacionados à supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal;

• Investigar a possível associação entre o uso regular de corticóides inalatórios e

alterações na densidade óssea;

• Investigar a possível associação entre o uso regular de corticóides inalatórios e o

risco de infecções do trato respiratório:

• Investigar a possível associação entre o uso regular de corticóides inalatórios e

efeitos de toxicidade ocular levando ao glaucoma ou a catarata subcapsular;

• Investigar a possível associação entre o uso regular de corticóides inalatórios e o

desenvolvimento de Diabetes Mellitus;

• Explorar a influência do tipo de medicamento, tipo de dispositivo inalatório,

dose diária e o tempo de uso na magnitude do efeito adverso relacionados ao uso regular

de corticoide inalatório.

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19

5 METODOLOGIA

5.1 Delineamento da pesquisa

O presente trabalho será realizado através de uma revisão sistemática/meta-análise dos

ensaios clínicos randomizados.

5.2 Critérios de seleção dos estudos

Tipo de participantes:

Serão considerados como participantes crianças e adolescentes de até 18 anos com

diagnóstico de asma, baseado em critérios clínicos e funcionais.

Tipo de estudos:

Serão incluídos os ensaios clínicos randomizados, com grupos paralelos, e

controlados com placebo.

Tipo de intervenções e comparações:

Será considerada como intervenção o uso diário de corticosteróides inalatórios

(beclometasona, budesonida, fluticasona, mometasona, ciclesonide, flunisolida ou

triancinolona) por pelo menos 4 semanas consecutivas. Será considerada como

comparação o uso de placebo por a mesma duração.

Tipo de desfechos:

- Infecções respiratórias agudas: faringite, otite média aguda, rinosinusite, bronquite,

bronquiolite e pneumonias: diagnóstico clínico com ou sem exames complementares

- Insuficiência adrenal evidenciada por exames laboratoriais com base em alterações

na taxa de cortisol basal sérico e/oude cortisol urinário de 24 hs ou teste de estimulação

com o hormônio adrenocorticotrófico(ACTH).

- Osteoporose evidenciada por densitometria óssea ou histórico de fraturas de repetição;

- Glaucoma ou catarata subescapular diagnosticado por exames clínicos oftalmológicos;

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20

- Diabetes Mellitus: diagnóstico clínico e laboratorial

5.3 Processo de busca dos estudos

Fontes de busca:

A busca eletrônica dos estudos será realizada nas bases de dados Cochrane Register

of Controlled Trials (CENTRAL) (Biblioteca Cochrane), PubMed, SciELO e LILACS.

As bases de dados das empresas farmacéuticas (Glaxo- Smith-Kline, AstraZeneca e

Novartis) e da US Food and Drug Administration (FDA) também serão examinadas. As

referências bibliográficas dos artigos obtidos com texto íntegro serão revisadas e os

especialistas na área serão consultados para identificar os estudos adicionais.

Será realizada uma outra busca eletrônica, nas bases de dados da Biblioteca

Cochrane, do Centre for Reviews and Dissemination (CRD) e de MEDLINE, SciELO e

LILACS, das revisões sistemáticas e meta-análises sobre eficácia/efetividade e

segurança do uso de corticosteróides inalatórios em pacientes com asma. Os ensaios

incluídos nessas revisões sistemáticas e meta-análises serão verificados sobre sua

elegibilidade para a presente revisão.

Estratégias de busca:

A estratégia de busca dos estudos se dará pela combinação das palavras: Asthma

AND (“inhaled corticosteroid” OR “inhaled steroid” OR beclomethasone OR

budesonide OR fluticasone OR flunisolide OR mometasone OR ciclisonide).

5.4 Processo de seleção e avaliação dos possíveis viéses dos estudos

O processo de seleção dos estudos compõe-se de duas etapas, realizadas

independentemente por dois pesquisadores: na primeira, o título e o resumo dos artigos

identificados na busca eletrônica serão revisados para selecionar os estudos potenciais

para essa revisão, ou seja, ensaios clínicos randomizados, que comparam qualquer

corticosteróide inalatório com placebo, em pacientes asmáticos. Serão obtidos os artigos

com texto íntegro quando os dados contidos no título e no resumo satisfaçam os

critérios de inclusão, ou quando não houver dados suficientes para tomar decisão sobre

sua inclusão ou exclusão. Na segunda etapa, será realizada uma leitura detalhada dos

artigos obtidos com texto íntegro, para selecionar definitivamente os estudos,

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21

verificando-se os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. As discordâncias entre

dois revisores serão revolvidas pelo consenso.

Os riscos de potenciais viéses dos estudos incluídos serão avaliados

independentemente por dois revisores conforme as recomendações da Cochrane,

verificando-se os seguintes aspectos metodológicos: método usado para gerar a

sequência de alocação randomizada, processo de sigilo de alocação, método do

cegamento, perdas de acompanhamento e relato seletivo dos desfechos. Os riscos serão

classificados em níveis: baixo, médio e alto. As discordâncias entre dois revisores serão

resolvidas pelo consenso.

5.5 Extração de dados

A extração de dados será realizada por um revisor, utilizando-se um formulário-

padrão (apêndice I). Os dados extraídos serão verificados por um outro revisor. Os

seguintes dados dos estudos originais serão coletados: 1) Identificação: nome do

primeiro autor, ano de publicação, local do trabalho e financiador do trabalho; 2)

Métodos: delineamento da pesquisa, método usado para gerar a sequência de alocação

randomizada, sigilo de alocação, cegamento, análise estatística, perdas de

acompanhamento, relato seletivo dos desfechos, adesão ao tratamento e instrumentos

utilizados para coleta de dados; 3) Participantes: idade, gênero, número de participantes,

critério de inclusão e exclusão, dados basais dos pacientes; 4) Intervenções: tipo de

corticosteróides inalatórios, tipo de dispositivo inalatório, dose diária de corticostróides

e duração do tratamento; 5) Desfechos: eventos adversos de CIs (infecções respiratórias

agudas, insuficiência adrenal, osteoporose, glaucoma e catarata).

Para os desfechos dicotômicos, serão coletados o número de eventos e o número total de

participantes em cada grupo. Para os desfechos contínuos, serão coletados a média e sua

precisão (desvio padrão ou intervalo de confiança de 95%) e o número de participantes

em cada grupo.

5.6 Síntese de dados

Se houveres dados suficientes, será realizada uma mata-análise para a síntese

dos resultados. Será utilizado o modelo de efeitos aleatórios. Para os desfechos

dicotômicos, serão calculados o risco relativo e o intervalo de confiança de 95%. Para

os desfechos contínuos, serão calculadas as diferenças entre médias (padronizada ou

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22

ponderada) e o intervalo de confiança de 95%. Quando necessário, os dados originais

serão transformados para base logarítmica para sua melhor distribuição gaussiana.

Análise de subgrupos será utilizada para explorar a influência do tipo de medicamento,

tipo de dispositivo inalatório, dose diária e o tempo de uso na magnitude do efeito

adverso de CIs. A heterogeneidade de resultados dos estudos e o viés de publicação

serão investigados e manejados apropriadamente. A análise dos dados será realizada

utilizando-se o programa Stata (Versão 11.0).

Page 23: EFEITOS ADVERSOS DO USO REGULAR DE CORTICÓIDES … · recomendadas para a asma persistente, independentemente do nível de gravidade. (MOURA, CAMARGOS& BLIC, 2002) Desde a emergência

23

6 ORÇAMENTO DETALHADO

Itens Quantidade Valor/unidade

(R$)

Total

(R$)

1. CUSTEIOS

1.1 Material de consumo

Quantidade Valor unitário Valor total

Folha de papel Chamex super (A4) 3 unidades 18,00 54,00

Cartucho preto para impressora HP

Deskjet 2510 series

3 unidades 30,00 90,00

Materiais de escritório (canetas, lápis,

borracha, grampos, arquivo-pastas, etc.)

Cerca de 40

unidades

1,00 a 20,00 100,00

Aquisição dos artigos 1.000,00

SUB TOTAL 1.244,00

2. CAPIAL

Copiadora Xerox Work Centre 5225 9.623,25

Impressora HP Desjet 2510 series 299,00

Microcomputador de mesa 1.850,00

TOTAL 13.442,25

O capital encontra-se disponível na Faculdade de Medicina FURG (FAMED)

para utilização durante a realização da pesquisa.

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24

7CRONOGRAMA

Cronograma de

atividades

Out/

2014

Nov/

2014

Dez/

2014

Jan/

2015

Fev/

2015

Mar/

2015

Abr/

2015

Mio/

2015

Jun/

2015

Jul/

2015

Consolidação

do projeto e

validação de

instrumentos

X X

Busca da

literatura

X X X X X

Seleção e

avaliação de

estudos

X X X X X

Extração de

dados

X X X X X X

Manejo e

análise de

dados

X X X

Cronograma de

atividades

Ago/

2015

Set/

2015

Out/

2015

Manejo e análise de

dados

X

Preparação de

apresentação e

publicação dos

resultados obtidos e

elaboração do

relatório final da

pesquisa

X X X

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25

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APÊNDICE

APÊNDICE I- Formulário-padrão de extração de dados de ensaios randomizados

IDENTIFICAÇÃO DO ESTUDO

Primeiro autor Ano de publicação Local do

trabalho/país de

origem

Órgão financiador

METODOLOGIA

Delineamento Randomização (Geração de

sequência)

Randomização (ocultação de

alocação)

Cegamento Perdas

( ) Ensaio

randomizado,

controlado, em

grupos paralelos

( ) Placebo

( ) Computador

( ) Tabela de

número aleatório

( ) Lançar moeda

( ) Alternada (dia

de nascimento,

ano, prontuário,

etc.)

( ) Outras

( ) Incerto

( ) Randomização

central

( ) On-sitesistema

do computador

bloqueado

( ) Recipientes

consecutivamente

numerados

( ) Envelopes

opacos, lacrados

e

seqüencialmente

numerados

( ) Envelopes não

opacos e não

lacrados

( ) Lista fechada

( ) Lista aperta

( ) Alternação

( ) Incerto

( ) Participantes

( ) Pesquisadores

( ) Avaliador dos

desfechos

( ) Nenhum

( ) Outro

( ) Incerto

Análise

estatística

Relato seletivo

dos desfechos

Adesão ao

tratamento

( ) Baseada na

intenção ao tratar

( ) Cálculo do

tamanho da

amostra

( ) Características

( ) Sim

( ) Não

( ) Incerto

( ) Avaliação

adequada

( ) Não foi

avaliada

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Basais

comparadas

( ) Incerto

PARTICIPANTES

Idade (anos)

Média (Precisão da

medida)

Sexo Número

Intervenção Controle Intervenção Controle Intervenção Controle

M:

F:

M:

F:

Randomizado:

Analisado:

Randomizado:

Analisado:

Critérios de inclusão Critérios de exclusão Critérios

diagnósticos

Terapia basal

INTERVENÇÃO E CONTROLE

Nome do medicamento Descrição

(dosagem, método de

inalação, freqüência de

administração )

Duração do tratamento

Nome do controle Descrição em detalhes Duração do tratamento

Co-intervenção Descrição em detalhe

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30

DESFECHOS

Nome do desfecho Definição Tempo após início do

tratamento

1

2

3

4

5

RESULTADOS (DESFECHOS DICOTÔMICOS)

Desfechos Intervenção

(controle) N

evento

N total Não ajustado Ajustado

Medidas§ 95%

IC#

P Medidas§ 95%

IC#

P

I

C

I

C

I

C

§RR, OR, RP, DR

# Mudar para DP ou EP, se necessário

RESULTADOS (DESFECHOS CONTÍNUOS)

Desfechos

Intervenção

(controle)

Dados basais Resultados finais Diferença

(final-basal) Diferença das

diferenças (∆

intervenção -

∆controle) N Valor DP

* N Valor DP

*

P Valor DP

*

P Valor DP

* P

I

C

I

C

*DP ou EP ou 95% IC

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2. RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DO

PROJETO

(Dissertação de mestrado - Cristine Coelho Cazeiro)

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RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DO PROJETO

Como se trata de uma metanálise, o trabalho de campo consiste em busca de

artigos na literatura, seleção de estudos, coleta e análise de dados. O processo iniciou-se

no mês de agosto de 2014, com a elaboração do projeto de estudo e do instrumento de

coleta de dados. Após a qualificação do projeto, em dezembro de 2014, deu-se início a

busca da literatura.

A busca de artigos foi realizada por dois pesquisadores individualmente nas

bases de dados online, PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde do Centro Latino-

Americano e do Caribe em Ciências da Saúde (BIREME) que contém MEDLINE,

central, LILACS , SciELO, a Biblioteca Cochrane, entre outros bancos de dados,

utilizando-se os descritores asthma and ( "inhaled corticosteroid" OR "inhaled steroid"

OR beclomethasone OR budesonide OR fluticasone ou flunisolide OR mometasone OR

ciclesonide). Não houve restrição de idioma e a data limite de publicação foi o ano de

2015.

Todos os estudos encontrados na busca foram selecionados para a segunda

etapa, a qual tinha por objetivos filtrar os estudos de interesse, excluindo aqueles que

não cumprissem os critérios de inclusão para a revisão sistemática: tratar-se de ensaio

clínico randomizado com grupo de comparação em uso de placebo; ter como sujeitos

apenas crianças e adolescentes com até 18 anos de idade com diagnóstico de asma em

uso de corticóides inalatórios por no mínimo 4 semanas consecutivas; não se tratar de

estudo cross-over; ter como desfecho de estudo principal ou secundário qualquer

infecção do trato respiratório.

Essa etapa consistiu na análise por títulos e resumos, caso não estivessem claras

essas informações nos resumos, os estudos eram selecionados para a próxima etapa, que

consistia na obtenção dos textos na íntegra para leitura detalhada e decisão definitiva

sobre sua inclusão ou não na revisão sistemática.

As listas de referências dos estudos encontrados foram revisadas, buscando-se

possíveis ensaios adicionais que pudessem não ter sido identificados na busca. Além

disso, realizou-se uma pesquisa nos sites do ClinicalTrials.gov e das duas maiores

empresas farmacêuticas (GSK e AstraZeneca) para identificar ensaios completo não

publicados ou para obter dados adicionais para ensaios publicados.

A fase de seleção de estudos foi realizada minuciosamente por quatro

pesquisadoras individualmente e conferida repetidas vezes pelo orientador do trabalho.

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Após, no mês de janeiro de 2015, foi gerada a listagem definitiva dos estudos

incluídos na revisão sistemática e deu-se início à coleta de dados por meio do

instrumento previamente elaborado.

Frente a elevada quantidade de dados obtidos na busca literária e tendo em vista

que este estudo consiste em uma dissertação de mestrado com cerca de dois anos

disponíveis para sua conclusão, foi decidido que o objetivo principal do estudo seria a

avaliação somente das infecções respiratórias. Os demais desfechos previamente

planejados necessitariam de um estudo adicional para serem avaliados.

Quatro pesquisadores trabalharam na coleta de dados, coletando em cada um dos

estudos as informações: autor, ano, local de publicação e órgão financiador do estudo;

delineamento do estudo, com informações sobre randomização de participantes,

ocultação, cegamento e perdas; análise estatística utilizada; risco de viés; números e

informações sobre os participantes (idade, sexo); medicamentos e dispositivos de

administração utilizados, doses e duração do tratamento e descrição dos desfechos tanto

numéricos quanto categóricos. Uma pesquisadora conferiu todos esses dados visando

identificar possíveis erros de digitação.

Quando todas as informações já haviam sido coletadas, foram digitadas em

tabelas do exel separadamente de acordo com a infecção respiratória de desfecho. Essas

tabelas foram convertidas para o programa stata, versão 11.0 para a metanálise. Foram

seguidas as recomendações do Preferred report for Systematic Reviews and Meta-

analysis (PRISMA).

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3 NOTA À IMPRENSA (Dissertação de mestrado da Enfª Cristine Coelho Cazeiro)

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À IMPRENSA

A asma na infância é um problema global de saúde pública. Os corticosteroides

inalatórios (CIs) são atualmente considerados como o tratamento de primeira linha para

crianças com asma persistente. Embora os CIs geralmente sejam considerados como

seguros e bem tolerados, levantaram-se preocupações em relação aos efeitos colaterais

sistêmicos relacionados ao uso regular destas drogas, entre eles infecções respiratórias.

Em seu trabalho de mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde

Pública da Universidade Federal de Rio Grande, a enfermeira Cristine Coelho Cazeiro

avaliou associação entre o uso de CIs e o risco de infecções respiratórias em crianças

com asma, sob orientação do professor Dr. Linjie Zhang.

Trata-se da primeira revisão sistemática e meta-análise que aborda este tema,

incluindo 39 ensaios clínicos. A evidência sugere que não há associação significativa

entre o uso regular de CIs e o risco de pneumonia e outras infecções respiratórias, tais

como faringite, otite média, sinusite e bronquite, em crianças com asma. Estes dados

acrescentam ao corpo considerável de evidências atuais que sugerem um bom perfil de

segurança do CIs em crianças com asma.

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4. ARTIGO ORIGINAL (Dissertação de mestrado - Cristine Coelho Cazeiro)

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4.1 ARTIGO NA VERSÃO PORTUGUÊS

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Corticóides inalatórios e o risco de pneumonia e outras infecções respiratórias em

crianças com asma: uma meta-análise de ensaios randomizados.

Cristine Cazeiro1

Cristina Silva2

Susana Mayer2

Vanessa Mariany2

Claire Wainwright3

Linjie Zhang4

1Enfermeira, aluna do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública, Faculdade de

Medicina, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande-RS, Brasil.

2Acadêmica de Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio

Grande, Rio Grande-RS, Brasil.

3Médica, MD, Departamento de Medicina Respiratória e do sono, Hospital da Criança

Lady Cilento, Escola de Medicina, Universidade do Queensland, Brisbane, Austrália.

4Médico, PHD, Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública, Programa de Pós-

Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande-

RS, Brasil.

Autor para correspondência:

Linjie Zhang, Professor Associado

Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande

Rua Visconde de Paranaguá 102, Centro, Rio Grande-RS, Brazil

Telefone/fax: +55 5333030226

e-mail: [email protected]

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RESUMO

Introdução: Estudos recentes têm mostrado associação entre o uso de corticóides

inalatórios (CI) e o risco de pneumonia em pacientes adultos com doença pulmonar

obstrutiva crônica (DPOC), mas ainda não está claro se essa associação ocorre também

em pacientes com asma. Objetivo: Avaliar a associação entre o uso de CI e o risco de

pneumonia e outras infecções respiratórias em crianças com asma persistente. Método:

Realizou-se uma revisão sistemática com meta-análise. A busca da literatura foi

realizada no PUBMED e Biblioteca Virtual em Saúde do Centro Latino-Americano e do

Caribe em Ciências da Saúde (BIREME) para identificar os ensaios clínicos

randomizados que compararam CI com placebo por pelo menos 4 semanas em crianças

asmáticas de até 18 anos. O desfecho principal foi ocorrência de pneumonia como efeito

adverso. Os desfechos secundários foram outras infecções respiratórias. A meta-análise

foi realizada utilizando o modelo dos efeitos aleatórios. Resultados: Foram incluídos na

revisão 39 ensaios, dos quais 31 com um total de 11.615 crianças com asma persistente

(7465 no grupo de CI, 4150 no grupo de placebo) contribuíram os dados para meta-

análise. Nove ensaios envolvendo 4617 pacientes registraram casos de pneumonia. A

meta-análise desses nove ensaios demonstrou um efeito protetor dos CI contra

ocorrência de pneumonia (RR 0,65, IC 95% 0,44 a 0,94). A meta-análise dos 31

estudos, utilizando-se a diferença de risco (DR) como medida do efeito, não mostrou

associação significativa entre uso de CI e risco de pneumonia (DR -0,1%, 95% CI -

0,3% a 0,2%). Não foi encontrada associação significativa entre CI e risco de faringite

(23 ensaios, RR 1,01, IC 95% 0,87 a 1,18), otite média (17ensaios, RR 1,07, IC 95%

0,83 a 1,37) e sinusite (15 ensaios, RR 0,89, IC 95% 0,75 a 1,05).Conclusão: A

evidência moderada fornecida por esta revisão sistemática sugere que não há uma

associação significativa entre o uso regular de CI e o risco de pneumonia e outras

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infecções respiratórias em crianças com asma. Estes dados acrescentam ao corpo

considerável de evidências atuais que sugerem um bom perfil de segurança do CI em

crianças com asma.

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INTRODUÇÃO

Os corticosteróides inalatórios (CI) são amplamente utilizados no tratamento da

asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)1,2. Seis CI estão atualmente

disponíveis em todo o mundo3: dipropionato de beclometasona, budesonida,

ciclesonida, flunisolida, propionato de fluticasona e furoato de mometasona. Eles são

geralmente considerados seguros e bem tolerados em adultos e crianças4,5. No entanto,

estudos recentes têm levantado preocupações sobre um possível aumento do risco de

pneumonia relacionada com o uso regular de CI em pacientes adultos com DPOC6,8.

Poucos estudos avaliam a associação entre os CI e o risco de pneumonia em

pacientes com asma. A análise retrospectiva dos dados de pacientes individuais a partir

de 26 ensaios randomizados patrocinado pela Astra Zeneca identificou um risco

reduzido de pneumonia em pacientes (4-78 anos) com asma tratados com budesonida

(RR: 0,52; IC 95%: 0,36-0,76)9 .

Uma recente revisão sistemática e meta-análise de 10 estudos randomizados com

um total de 19,098 pacientes com asma também mostrou um efeito protetor do CI

contra pneumonia (RR: 0,74; IC 95%: 0,57-0,95)10. Porém, alguns cuidados devem ser

tomados na interpretação dos resultados desta revisão sistemática.

Em primeiro lugar, os autores utilizaram “pneumonia” ou “pneumonitis” como

descritor de busca. Este tipo de estratégia de busca poderia excluir um número

considerável de estudos relevantes visto que a pneumonia não é um evento adverso bem

estabelecido de CI e é menos provável de ser usada como palavra-chave ou descritor de

assunto em ensaios clínicos.

Em segundo lugar, diferentes comparadores foram utilizadas pelos estudos

incluídos. Em terceiro lugar, os autores restringiram sua busca na literatura a estudos

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envolvendo crianças, porém o maior estudo, que contribuiu com 83,1% do peso do

resultado incluiu pacientes com idade entre 5 e 66 anos de idade.

Não há dados disponíveis que se refiram apenas aos pacientes pediátricos. Até

agora, nenhum estudo avaliou a possível ligação entre o uso de CI e o risco de outras

infecções respiratórias em pacientes com asma.

Realizamos esta revisão sistemática e meta-análise de estudos randomizados

para avaliar a possível associação entre o uso regular de CI e o risco de pneumonia,

assim como outras infecções respiratórias, em crianças com asma. Também foram

investigados os possíveis modificadores de efeito, tais como moléculas CI, doses

diárias, dispositivos de administração, duração do tratamento e idade do paciente.

MÉTODOS

Foram seguidas as recomendações do Relatório Preferido para Revisões

Sistemáticas e Meta-análises (PRISMA)11 para a elaboração desta revisão sistemática. O

protocolo de avaliação foi registrado em PROSPERO (CRD42015020656)12. Há duas

diferenças entre o protocolo anteriormente registrado e esta revisão: "triancinolona" foi

adicionado, como um dos descritores da busca eletrônica e cinco análises post- hoc de

subgrupo e duas análises post-hoc de sensibilidade foram realizadas.

Fontes de dados e estratégia de busca

Foram pesquisados todos os ensaios clínicos randomizados no PUBMED desde

o início até maio de 2015. A estratégia de busca foi a seguinte: asthma and ( "inhalated

corticosteroid" OR "inhalated steroid" OR beclomethasone OR budesonide OR

fluticasone ou flunisolide OR mometasone OR ciclesonide). Foram utilizados os

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limites: clinical trial, randomized controlled trial e humans. Não houve restrição quanto

ao idioma de publicação.

Também identificamos revisões sistemáticas de estudos randomizados que

comparavam CI com placebo, através de pesquisa no PubMed e Biblioteca Virtual em

Saúde do Centro Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde (BIREME) que

contém MEDLINE, central, LILACS , SciELO, a Biblioteca Cochrane, e outros mais de

20 bancos de dados13.

Listas de referência de estudos primários e revisões sistemáticas foram

revisadas para identificar ensaios adicionais relevantes. Também realizamos uma

pesquisa nos sites do ClinicalTrials.gov e das duas maiores empresas farmacêuticas

(GSK e AstraZeneca) para identificar ensaios completos, mas não publicados ou para

obter dados adicionais para ensaios registrados e publicados.

Seleção dos estudos

Para serem incluídos nesta revisão, os estudos tinham de cumprir todos os

seguintes critérios: 1) Delineamento do estudo: ensaios clínicos randomizados (ECR);

2) Participantes: crianças até aos 18 anos de idade com diagnóstico de asma; 3) As

intervenções e comparações: uso diário do CI, administrado por qualquer tipo de

dispositivo de inalação por, pelo menos, quatro semanas, em comparação com o placebo

administrado pelo mesmo tipo de dispositivo; 4) As medidas de desfecho: para esta

revisão, nós definimos "pneumonia diagnosticada clinicamente, com ou sem

confirmação radiológica" como o desfecho primário.

Os desfechos secundários incluíram outras infecções respiratórias, como

faringite, otite, sinusite, bronquite, bronquiolite e influenza. Foram excluídos ensaios

cross-over, ensaios que compararam CI para outras intervenções, sem placebo, os

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ensaios que utilizaram CI além de outras drogas e ensaios que incluíam crianças, mas

não havia dados separados disponíveis para pacientes pediátricos.

Quatro revisores (CC, CS, SM, VM) avaliaram independentemente os títulos e

resumos de todas as citações identificados pelas pesquisas. Obtivemos os artigos

completos daqueles que cumpriram os critérios de inclusão ou dos quais não havia

dados insuficientes no título e resumo para tomar uma decisão clara para a sua inclusão.

A inclusão definitiva dos ensaios foi feita depois de analisar os textos completos.

Quaisquer divergências sobre seleção dos estudos foram resolvidas por discussão e,

quando necessário, um revisor sênior (LZ) foi consultado.

Extração e manejo dos dados

Os dados dos estudos incluídos foram extraídos independentemente por quatro

revisores (CC, CS, SM e VM) e de controles cruzados. Um formulário de extração de

dados padronizado foi usado para extrair os seguintes dados: 1) características do

estudo: ano de publicação, país e autor principal do estudo; 2) Métodos: delineamento

do estudo, métodos de geração de sequência aleatória, ocultação de alocação

ecagamento, descrição de retirada, e adesão ao tratamento; 3) Participantes: tamanho da

amostra, idade, sexo, e os critérios de inclusão e exclusão; 4) As intervenções: molécula

de corticosteróides, dose diária, intervalo de administração, duração do tratamento,

dispositivo de administração de drogas e co-intervenções; 5) Resultados: extraímos o

número de participantes afetados e o número total de participantes em cada grupo de

tratamento. Para os ensaios que examinaram várias doses de CI, combinamos os grupos

de tratamento ativo.

Conjuntos de dados de intenção-de-tratar foram utilizados sempre que

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disponíveis. Se o evento pneumonia não ocorresse em ambos os grupos, poderia não ser

relatado em muitos ensaios clínicos. Sendo assim, considerou-se ausência de eventos

de pneumonia em ambos os grupos se o ensaio houvesse relatado pelo menos um evento

de infecção respiratória, mas não mencionou explicitamente a pneumonia.

Avaliação do risco de viés nos estudos incluídos

Quatro revisores (CC, CS, SM, VM) avaliaram de forma independente o risco de

viés nos estudos incluídos examinando os seis domínios-chave de acordo com as

recomendações da Cochrane Collaboration:141) geração de seqüência de alocação, 2)

ocultação da distribuição, 3) cegamento de participantes e investigadores, 4) os dados

dos resultados incompletos, 5) relatos seletivos de resultados, e 6) Outras fontes de viés.

Cada potencial fonte de viés foi classificada como sim, não ou pouco claro, sendo o

risco de viés classificado como baixo, elevado ou desconhecido.

Quaisquer divergências sobre a avaliação do risco de viés foram resolvidas por

discussão e, se necessário, um revisor sênior (LZ) foi consultado.

Síntese dos dados e análise estatística

Foi realizada meta-análise para a síntese de dados quantitativos. O risco relativo

(RR) e intervalos de confiança de 95% (IC 95%) foram utilizados para estimar o risco

de efeitos adversos associados com os CI.

Utilizou-se o modelo de efeitos aleatórios para a meta-análise,visto que é mais

apropriado do que o modelo de efeitos fixos e dá estimativas mais conservadoras com

IC 95% mais amplos quando há heterogeneidade significativa entre os estudos. Nesse

modelo, assume-se que os pacientes e intervenções em ensaios clínicos são diferentes, o

que pode gerar um impacto sobre os resultados e, portanto, não partilham de um

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tamanho de efeito comum.14

Para os ensaios com zero eventos em um dos grupos, 0,5 foi adicionado a cada

uma das 4 células da tabela 2 X 2. Ensaios com zero eventos em ambos os grupos não

foram incluídos na análise combinada. Dado que muitos desfechos são eventos raros,

também foi realizada meta-análise usando odds ratio de Peto (OR) como medida de

efeito. Para o desfecho primário "pneumonia", também foi usada a diferença de risco

(DR) como medida de efeito, visto que esta parece ter vantagem sobre as estatísticas

relativas (RR, OR), pois a DR é definida como zero quando não houver eventos em

ambos os grupos. Tais ensaios foram, portanto, incluído na meta-análise.

Foi avaliada a heterogeneidade entre os resultados dos estudos usando o teste de

Cochrane Q (P <0,1 considerado relevante) e a estatística I2.15 A estatística I2 varia de

0% a 100% e mede o grau de incompatibilidade entre os estudos, com valores de 25%,

50% e 75%, correspondendo a baixa, moderada e elevada heterogeneidade,

respectivamente.

Foram também realizadas análises por subgrupos com base no tipo de CI

(dipropionato de beclometasona, budesonida, ciclesonida, flunisolida, propionato de

fluticasona, furoato de mometasona), tipo de dispositivo inalatório (inalador

dosimetrado, inalador de pó seco ou nebulizador) e duração da terapia (≥ 6 <meses, 6

meses), idade dos pacientes (< 4 anos ou 4-18 anos) e fonte de dados (publicados ou não

publicados).

Para avaliar os efeitos dose-resposta dos CI, foi realizada uma meta-análise

incluindo apenas ensaios que comparavam diretamente duas ou mais doses diárias.

Todas as meta-análises foram realizadas utilizando o programa Stata versão 11.0 (Stata-

Corp, CollegeStation, TX, EUA).

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RESULTADOS

Busca literária e seleção dos estudos

A estratégia de pesquisa identificou 2756 únicos registros no PubMed. Após a

triagem dos títulos e resumos foram obtidos 227 artigos em texto completo

potencialmente relevantes para uma avaliação mais aprofundada. Cento e cinquenta e

quatro artigos foram excluídos por razões apresentadas na Figura 1. Foram identificados

sete ensaios completos, mas não publicados no site ClinicalTrials.gov. Doze ensaios

adicionais foram encontrados, verificando as listas de referência de nove artigos de

revisão sistemática.

Assim, foram selecionados um total de 92 ensaios randomizados comparando CI

com placebo em crianças com asma. Trinta e sete ensaios não publicaram dados sobre

segurança e 16 ensaios não relataram infecções respiratórias como eventos adversos.

Trinta e nove ensaios contendo 13.595 (8945 grupos de tratamento e 4650 grupos

placebo) crianças com asma persistente foram, portanto, incluídos na revisão e 31

ensaios envolvendo 11.615 participantes (7465 grupos de tratamento e 4150 grupos

placebo) contribuíram com dados para a meta-análise.

Características dos estudos e risco de viés

A tabela 1 resume as características dos 39 estudos incluídos. Trinta e dois

ensaios foram publicados,16-39,47-54 mas dados não publicados foram obtidos através do

site ClinicalTrials.gov em sete ensaios.16,20,23,26,27,30,39 Sete eram estudos não publicados

identificados através ClinicalTrials. gov.40-46

Todos os 39 estudos foram ensaios randomizados, duplo-cegos e controlados

com placebo. Trinta e cinco 16-20,22-35,37-46 foram ensaios multicêntricos. Apenas seis 16-

18,35-37 objetivavam avaliar a segurança dos CI, enquanto os 33 ensaios restantes tiveram

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como principal objetivo avaliar a eficácia dos CI. Todos, com exceção de quatro

ensaios, foram financiados pela indústria farmacêutica.24,28,48

Cinco moléculas de CI foram usadas (dipropionato de beclometasona,

budesonida, ciclesonida, fluticasona e furoato de mometasona), em doses baixas ou

médias diárias. A duração da intervenção variou de quatro semanas a três anos. Os

eventos adversos foram coletados através de uma avaliação sistemática em 29 estudos,

16,18,20,22-25,29-39,41-43,45-47,50-54 mas nenhum dos ensaios tinha relatados os critérios para o

diagnóstico de pneumonia e outras infecções respiratórias.

Todos os 39 ensaios foram classificados como randomizados. No entanto,

apenas nove 18,20,28,29,31,33,35,50,51 descreveram os métodos de geração de sequência

aleatória e dois 28,35 descreveram os métodos de ocultação de alocação (Tabela

Suplementar).

O risco de viés de condução e de medição foi baixo em todos os 39 ensaios,

pois os placebos foram utilizados para o cegamento. O risco de viés de atrição também

foi baixo como a população de intenção de tratar (ITT) ou a população quase-ITT foi

utilizada para calcular a taxa de eventos adversos em todos os 31 ensaios que

contribuíram com dados para a meta-análise.

Dado que as infecções respiratórias não estão bem estabelecidas como eventos

adversos do uso de CI, pode ter ocorrido uma sub-notificação de casos de infecções

respiratórias. Foi classificado como alto risco de viés de relato seletivo de resultados em

três ensaios, 21,28,35 visto que apenas um tipo de infecção respiratória foi relatado.

Uso de CI e risco de pneumonia

Nove estudos 23,27,30,38,40,41,43,44,46 envolvendo um total de 4617 participantes

(2684 nos grupos de tratamento e 1933 nos grupos placebo) relataram pelo menos um

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caso de pneumonia. A meta-análise de nove ensaios mostrou que os CI reduziram

significativamente o risco de pneumonia em comparação com placebo (RR 0,65, IC

95% 0,44 a 0,94, p=0,02, I2=0%; OR de peto 0,63, IC 95% 0,43 a 0,93, p=0,02,

I2=22,1%) (Tabela 2).

As análises post hoc de subgrupos não revelaram efeitos significativos das

moléculas de CI, dispositivos de administração e duração do tratamento sobre o

tamanho do risco de pneumonia relacionada com CI (Tabela 3).

Análise post hoc de sensibilidade excluindo um estudo 38 que contribuiu com

mais de 50% do peso do resultado da análise não mostrou associação significativa entre

o uso de CI e risco de pneumonia (RR 0,62, IC 95% 0,21-1,86, p = 0,39, I2 = 0%; OR

de Peto 0,57, IC de 95% 0,17-1,89, p = 0,36, I2 = 31,6%).

Em outra análise post hoc de sensibilidade, excluindo três ensaios 27,40,44 em que

os eventos adversos não foram colhidos pela avaliação sistemática, os resultados não se

alteraram significativamente.

Usando a diferença de risco como estimativa de efeito, foi realizada meta-análise

incluindo todos os 31 ensaios que relataram pelo menos um evento de infecção

respiratória. Vinte e três ensaios16-22,24-26,28,29,31-37,39,42,45,46 não registraram

explicitamente pneumonia como evento adverso. Neste caso, foram consideramos zero

evento de pneumonia em ambos os grupos de tratamento.

Assim, 44 pacientes no grupo de tratamento (44/7465, 0.58%) e 63 no grupo

placebo (63/4150, 1·51%) tiveram pneumonia como evento adverso. A diferença de

risco entre os grupos de tratamento e placebo foi 0,1% (IC de 95% -0,3% a 0,2%, p =

0,66, I2 = 0%) (Tabela 2). A análise post hoc de sensibilidade excluindo oito ensaios

17,19,21,26-28,40,44 em que os eventos adversos não foram registrados pela avaliação

sistemática produziu os resultados similares.

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Uso de Corticóides inalatórios e risco de outras infecções respiratórias

A Figura 2 mostra os resultados da meta-análise de desfechos secundários -

outras infecções respiratórias. Nenhuma associação significativa foi encontrada entre o

uso de CI e risco de faringite (23 ensaios,16,18-20,22,23,26,27,29,31,33,34-42,44,45,46 RR 1,01, IC

95% 0,87 a 1,18, I2=19%), otite média (17 ensaios,16,18-20,23,26,27,30,32,33,37-41,44,46 RR 1,07,

IC 95% 0,83 a 1,37, I2=34,2%), sinusite (15 ensaios, 16,18,22,25,26,29,30,34,37-41,44,46 RR 0,89,

IC 95% 0,76-1,05, I2 = 0%), bronquite (9 ensaios, 16,23,27,28,32,37-39,46 RR 0,89, IC 95%

0,75 a 1,05, I2=0%) e influenza (4 ensaios, 16,23,41,45 RR 1,12, IC 95% 0,65-1,93, I2 =

0%).

Análises de subgrupos não apresentaram efeitos significativos das moléculas de

CI, dispositivos de administração e duração do tratamento sobre o tamanho do efeito do

tratamento com CI (Tabela 3).

Uso de Corticóides Inalatórios e risco de infecções respiratórias: relação dose-

resposta

Dezessete ensaios16,18,19,22,23,29-31,34-37,39,41-43,46 compararam duas doses diárias de

CI, dos quais cinco 16,23,30,39,46 utilizaram fluticasona (100 vs 200 ug / dia), três 18,34,43

utilizaram budesonida (200-500 vs 400-1000 ug / dia), um ensaio29 utilizou

beclometasona (100 vs 200 ug / dia), três 19,36,37 utilizaram mometasona (100 vs 200 ug

/ dia) e cinco 22,31,35,41,42 utilizaram ciclesonida (50-100 vs 100-200 ug / dia).

Três ensaios compararam três doses diárias, das quais dois 22,31 utilizaram

ciclesonida (50, 100 e 200 ug / dia) e um36, mometasona (200, 400 e 800 ug / dia).

Nestes três ensaios, foram combinadas duas doses mais elevadas em um único grupo.

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As meta-análises não mostraram uma relação dose-resposta significativa entre o uso de

CI e risco de infecções respiratórias (Figura 3).

Além disso, foi observada uma relação inversa entre a dose da CI e risco de

otite, ou seja, maior dose de CI foi significativamente associada com menor risco de

otite (nove ensaios, RR 0,73, IC 95% 0,57 a 0,93, I2=0%).

DISCUSSÃO

Esta é a primeira revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos

randomizados avaliando a associação entre o uso de CI e risco de infecções respiratórias

em crianças com asma. Esta revisão sistemática mostra que não há uma associação

significativa entre o uso regular de CI e o risco de pneumonia e outras infecções

respiratórias em crianças com asma.

As moléculas de corticóide, as doses diárias, dispositivos de administração,

duração do tratamento e a idade dos pacientes não parecem ter qualquer impacto

significativo sobre o tamanho de risco de infecções respiratórias relacionadas com a

utilização do CI.

Nesta revisão, foram utilizados dois conjuntos de dados e três diferentes medidas

de tamanho de efeito (RR, OR e OR do Peto) para estimar o risco de pneumonia devido

ao uso de CI. O primeiro conjunto de dados inclui apenas nove ensaios que relataram

pelo menos um caso de pneumonia. A meta-análise de nove ensaios utilizando RR

como medida de efeito mostra que o uso do CI pode resultar em uma redução de 35%

no risco de pneumonia quando comparado com o placebo. A meta-análise usando OR

Peto como medida de efeito produz um resultado similar. Estes resultados são

consistentes com aqueles encontrados em uma meta-análise de dez ensaios em que a

maioria dos participantes eram adultos com asma e pelo menos um caso de pneumonia

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foi relatado. No entanto, cuidado deve ser tomado na interpretação dos resultados. Em

primeiro lugar, a meta-análise pode superestimar a incidência de pneumonia se exclui os

estudos em que eventos de pneumonia não foram relatados em ambos os grupos. Em

segundo lugar, apenas um estudo contribuiu com 89% do peso do resultado da meta-

análise e os resultados não foram estatisticamente significativos quando este estudo foi

excluído na análise de sensibilidade.

Em terceiro lugar, as exacerbações da asma poderiam ser confundidas como

pneumonia, dada manifestações clínicas semelhantes entre as duas patologias. É sabido

que o CI são mais eficazes do que o placebo na redução do risco de exacerbações de

asma, 1,4 e isto pode explicar em parte a associação inversa entre o uso de CI e risco de

pneumonia em pacientes com asma encontrada por este, em estudos anteriores.

O segundo conjunto de dados consiste em todos os 31 ensaios que relataram pelo

menos um evento de infecção respiratória, mesmo que a pneumonia não tenha sido

explicitamente mencionada. A meta-análise de 31 ensaios produz uma diferença de

risco de -0,1% (IC 95% -0,3% para 0,2%) entre os grupos CI e placebo, sugerindo que

não houve associação significativa entre o uso de CI e o risco de pneumonia em

crianças com asma. Neste banco de dados, consideramos ausência de eventos em ambos

os grupos se pneumonia não fosse explicitamente relatada. A razão para esta estratégia é

que a não ocorrência de pneumonia em ambos os grupo de tratamento era propenso a

não ser relatado nos relatórios dos ensaios, pois a maioria deles tinha por objetivo

avaliar a eficácia dos CI, e pneumonia raramente seria considerado como um desfecho

de segurança a priori. Por outro lado, se o ensaio relatasse pelo menos um evento de

infecção respiratória, é improvável que a pneumonia, uma infecção mais grave, pudesse

ser ignorada.

Focando todos os dados juntos, acredita-se que o segundo conjunto de dados é

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53

provavelmente mais completo e adequado, e a meta-análise baseada nesses dados pode

fornecer uma evidência relativamente mais precisa sobre a associação entre o uso de CI

e risco de pneumonia em crianças com asma.

Reconhece-se que o método utilizado para lidar com a ausência de eventos em

ambos os grupos ainda não é validado, porém, não há outro método disponível para esta

situação.

Corticóides Inalatórios podem afetar a imunidade local e da comunidade

microbiana no trato respiratório55. Um estudo transversal demonstra que as crianças

que usam regularmente CI são quase quatro vezes mais propensas a ter a colonização da

orofaringe pelo S. pneumonia em comparação àqueles que não usam CI quando ajustada

para os potenciais fatores confundidores56.

O aumento da carga microbiana na área orofaríngea poderia plausivelmente

levar a um maior risco de infecções respiratórias, especialmente faringite, otite média e

sinusite. No entanto, esta revisão sistemática não encontrou um aumento significativo

do risco de tais infecções em crianças com asma em uso de CI. Além disso, nenhuma

associação significativa foi encontrada entre o uso de CI e outras infecções do trato

respiratório inferior, como bronquite e influenza.

Foram também explorados outros potenciais modificadores de efeito através de

análises de subgrupos, e não encontramos impacto significativo entre moléculas de CI,

dispositivos de administração, duração do tratamento e idade do paciente sobre o

tamanho do efeito do CI.

A meta-análise de 17 estudos que compararam diferentes doses de CI não mostra

uma relação dose-resposta entre o uso de CI e risco de infecções respiratórias em

crianças com asma. No entanto, apenas baixa ou média doses de CI foram usadas nos

ensaios.

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54

A maioria dos ensaios incluídos não descreveu os métodos de geração de

sequência aleatória e ocultação de alocação. Isso pode suscitar uma preocupação sobre o

potencial viés de seleção. No entanto, estes vieses potenciais podem não ter impacto

significativo sobre os resultados do estudo, uma vez que as características basais foram

semelhantes entre os grupos de tratamento em todos os ensaios incluídos.

A sub-notificação de eventos adversos do tratamento é comum em ensaios

clínicos. Esta limitação metodológica inerente de estudos primários é a principal

limitação de toda revisão sistemática de dados de segurança. Ele pode subestimar a taxa

de eventos adversos, no entanto, a estimativa do risco não poderia ser substancialmente

afetada, porque a sub-notificação pode ocorrer igualmente em ambos os grupos de

tratamento. Para minimizar o risco de viés de relato seletivo, foram obtidos dados

adicionais em sete ensaios publicados através do site ClinicalTrials.gov.

Apesar dos eventos adversos terem sido coletados por avaliação sistemática na

maioria dos 31 ensaios que contribuíram com dados para a meta-análise, nenhum dos

estudos relatou explicitamente os critérios utilizados para o diagnóstico de infecções

respiratórias. A falta de informação sobre o diagnóstico pode levantar preocupações

com o potencial viés na medição de resultados, no entanto, esse viés pode ocorrer

igualmente em ambos os grupos de tratamento e pode não ter nenhum impacto

significativo na estimativa do risco.

O viés de publicação é sempre uma preocupação na meta-análise e não existe um

método padrão para detectá-lo57. Para minimizar o potencial viés de publicação, foram

incluídos tanto dados publicados quanto os não publicados. A análise de subgrupos com

base na fonte de dados não encontrou diferença significativa entre os resultados de

ensaios publicados e não publicados, o que sugere que o potencial viés de publicação

pode não afetar substancialmente os resultados da avaliação.

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55

Dado que esta revisão não incluiu ensaios que utilizaram CI em alta dosagem ou

CI em associação com outras drogas, cuidado deve ser tomado ao extrapolar os

resultados desta avaliação para estes pacientes.

A qualidade da evidência fornecida por esta revisão sistemática poderia ser

classificada apenas como moderada, principalmente devido a limitações do estudo

acima mencionado e possível viés de publicação, de acordo com o critério de

classificação, recomendações, Avaliação e Desenvolvimento (GRADE).58

Novos estudos prospectivos examinando a segurança do CI em crianças com

asma devem incluir pneumonia e outras infecções respiratórias como os desfechos a

priori, usando critérios diagnósticos bem definidos.

CONCLUSÃO:

Em conclusão, esta revisão sistemática e meta-análise mostra que não há

associação significativa entre o uso regular de CI e o risco de pneumonia e outras

infecções respiratórias em crianças com asma. Estes dados acrescentam ao corpo já

considerável de evidências sugerindo um bom perfil de segurança do CI em crianças

com asma.

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Tabela 1. Características dos estudos incluídos

Estudo, ano e país

de publicação

Participantes

Tipo de estudo Intervenção e controle Desfecho

primário

Eventos adversos

ITR Coleta

sistemática de

dados

Allen

1998,16USA,GSK

Pacientes com idades entre 4–11

anos com asma persistente

ECRPC, multicêntrico,

52 semanas

Fluticasona100, 200 µg/d,

IPO (n=219)

Placebo, IPO (n=106)

Altura;

velocidade de

crescimento

Sim Sim

Baker 1999,47

EUA, AstraZeneca

Pacientes com idades entre6 meses–

11 anos com asma moderada

persistente

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Budesonida0·25, 0·5, 1·0

mg/d, nebulizador (n=386)

Placebo, nebulizador

(n=95)

Escore de sintoma Não Sim

Becker 2006,17

EUA, Canadá,

Hong Kong, Africa

do Sul, 7 países da

América Latina,

Merck

Meninos(6.4–9.4 anos) emeninas

(6.4–8.4 anos) com asma persistente

ECRPC, multicêntrico,

56 semanas

Beclometasona 400 µg/d,

IP(n=119)

Placebo, IP (n=121)

Altura;

velocidade de

crescimento

Sim Não claro

Berger 2005,18

EUA, AstraZeneca

Crianças com idades entre 6–12

meses com asma persistente ou

resfriado recorrente.

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Budesonida0·5, 1·0 mg/d,

nebulizador (n=92)

Placebo, nebulizador

(n=49)

Função adrenal Sim Sim

Berger 2006,19

EUA, Schering-

Plough

Crianças com idades entre 4–11 anos

com asma persistente

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Mometasona 100, 200

µg/d, IPO (n=197)

Placebo, IPO (n=99)

VEF1 Sim Não claro

Carlsen 2005,20

Austrália, Canadá,

Alemanha, Grécia,

Itália, Letônia,

Lituânia, Noruega,

Reino Unido, GSK

Crianças comidades entre 12–47

meses com sintomas de asma

recorrente/persistente

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Fluticasona 200 µg/d, IP

(n=79)

Placebo, IP (n=81)

Tempo livre de

sintomas

Sim Sim

Connett

1993,48Reino

Unido

Crianças com idades entre 1–3

anoscom sintomas de asma

persistentes

ECRPC, unicêntrico,

12 semanas

Budesonida 200 µg/d,

IP(n=20)

Placebo, IP (n=20)

Escore de

sintomas

Não Não claro

de Blic Crianças com idades entre 6–30 ECRPC, unicêntrico, Budesonida2 mg/d, Exacerbações de Sim Não claro

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1996,21França,

AstraZeneca

meses com asma severa 12 semanas

nebulizador (n=20)

Placebo, nebulizador

(n=18)

asma

Tabela.continuação

Eatudo, ano e país

de publicação

Participantes

Tipo de estudo Intervenção e controle Desfecho

primário

Eventos adversos

ITR Coleta

sistemática de

dados

FLTA2007 trial

2005,40 EUA, GSK

Crianças com idades entre 4–11

anoscom asma crônica

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Fluticasona 100 µg/d,

IPO(n=179)

Placebo, IPO (n=83)

VEF1, PFE

Sim Não claro

FMS30059 trial

2005,46

EUA, Porto

Rico, Chile, GSK

Crianças com idades entre6–23

meses com asma

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Fluticasona 100, 200 µg/d,

IP(n=142)

Placebo, IP (n=69)

Sim Sim

Gelfand 2006,22

EUA, Aventis

Crianças com idades entre4–11 anos

com asma persistente

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Ciclesonida 40, 80, 160

µg/d, IP (n=768)

Placebo, IP (n=257)

VEF1 Sim Sim

Hofstra 2000,49

Países baixos, GSK

Crianças com idades entre 6–14 anos

com asma

ECRPC, multicêntrico,

6 semanas

Fluticasona 200, 500 µg/d,

IP (n=25)

Placebo, IP (n=12)

Função pulmonar Não Não claro

Jónasson 1998,50

Norway

Crianças com idades entre 7–16 anos

com asma moderada

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Budesonida 100, 200 µg/d,

IPO (n=123)

Placebo, IPO (n=40)

Função pulmonar Não Sim

Katz 1998,23

Finland, France,

Hong Kong, Isreal,

Italy, Portugal,

Singapore, Spain,

United Arab

Emirates,GSK

Crianças com idades entre 1–5 com

asma persistente

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Fluticasona 100, 200 µg/d,

IPO (n=171)

Placebo, IPO (n=92)

PFE Sim Sim

Kerwin 2008,51

Indonésia,

Pacientes com idades entre 6–17

anos com asma moderada

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Budesonida 180, 200, 720,

800 µg/d, IPO (n=410)

VEF1 Não Sim

Page 65: EFEITOS ADVERSOS DO USO REGULAR DE CORTICÓIDES … · recomendadas para a asma persistente, independentemente do nível de gravidade. (MOURA, CAMARGOS& BLIC, 2002) Desde a emergência

65

Filipinas, Tailândia,

Singapura, EUA,

AstraZeneca

Placebo, IPO (n=106)

Tabela 1.continuação

Estudo, ano e país

de publicação

Participantes

Tipo de estudo Intervenção e controle Desfechos

primários

Eventos adversos

ITR Coleta

sistemática de

dados

Kooi 2008,24Países

baixos

Crianças com idades entre 2–5 anos

com sintomas de asma

ECRPC, multicêntrico,

6 semanas

Fluticasona200 µg/d, IP

(n=25)

Placebo, IP (n=20)

Escore de

sintomas

Sim Sim

LaForce 2000,25

EUA, GSK

Crianças com idades entre 4–11 anos

com asma persistente

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Fluticasona 200 µg/d,

IP(n=164)

Placebo, IPO (n=78)

VEF1, PFE Sim Sim

Levy 2006,26 EUA,

GSK

Crianças com idades entre 4–11 anos

com ≥ 6meses de história de asma

requerendo farmacoterapia

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Fluticasona200 µg/d, IP

(n=160)

Placebo, IP (n=81)

PFE Sim Não claro

MacKenzie

1993,27Áustria,

Beélgica, Finlândia,

Alemanha, Grécia,

Irlanda, Israel,

Itália, Países

Baixos, Noruega,

África do Sul,

Reino unido, GSK

Crianças com idades entre 6–12 anos

com asma

ECRPC, multicêntrico,

4 semanas

Fluticasona100 µg/d, IPO

(n=128)

Placebo, IPO (n=130)

Escore de

sintomas

Sim Não claro

Martinez

2011,28EUA

Paciente com idades entre 5–18 anos

com asma persistente

ECRPC, multicêntrico,

44 semanas

Beclometaasona 100µg/d,

IP (n=72)

Placebo, IP (n=74)

PFE Sim Não claro

Nayak 2002,29

EUA, 3M

Pharmaceuticals

Crianças com idades entre 5–12 anos

com asma moderada

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Beclometasona 100, 200

µg/d, IP (n=237)

Placebo, IP (n=116)

VEF1 Sim Sim

Ensaio Crianças com idades entre4–11 ECRPC, multicêntrico, Ciclesonida 200, 400 µg/d, Exacerbações de Sim Sim

Page 66: EFEITOS ADVERSOS DO USO REGULAR DE CORTICÓIDES … · recomendadas para a asma persistente, independentemente do nível de gravidade. (MOURA, CAMARGOS& BLIC, 2002) Desde a emergência

66

NCT00163293

2012,41 Canada,

Hungary, South

Africa, Takeda

anoscom asma persistente 12 meses

IP (n=155)

Placebo, IP (n=85)

asma

Tabela 1.continuação

Estudo, ano e país

de publicação

Participantes

Tipo de estudo Intervenção e controle Desfecho

primário

Eventos adversos

ITR Coleta

sistemática dos

dados

Ensaio

NCT003922882012

,42 EUA, Hungria,

México, Polônia,

Rússia, África do

Sul, Nycomed,

Sanofi

Crianças com idades entre 4–<12

anos com asma persistente

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Ciclesonida 100, 200 µg/d,

IP (n=349)

Placebo, IP (n=172)

VEF1 Sim Sim

Ensaio

NCT00569192

2013,43 Índia,

Allergan

Crianças com idades entre 12 meses–

8 anos com asma moderada

persistente

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Budesonida 0·27, 0·50

mg/d, nebulizador(n=246)

Placebo, nebulizador

(n=110)

Symptom score Sim Sim

Ensaio

NCT00920959,

2013,44 EUA, 11

centros da América

Latina, GSK

Crianças com idades entre 4–11 anos

com asma

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Fluticasona 100 µg/d,

IPO(n=304)

Placebo, IPO (n=300)

PFE Sim Não claro

Ensaio

NCT011363822014

,45 EUA, Bulgaria,

Hungria, Letônia,

Polônia, Romênia,

Slovakia, África do

Sul, AstraZeca

Crianças com idades entre 6–<12

anos com asma

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Budesonida 400 µg/d,

IP(n=152)

Placebo, IP (n=152)

PFE Sim Sim

Peden 1998,30

EUA, GSK

Crianças com idades entre 4–11anos

com asma persistente

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Fluticasona100, 200 µg/d,

IPO (n=351)

Placebo, IPO (n=86)

VEF1, PFE Yes Yes

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67

Pedersen 2010,31

Bulgária,

Alemanha,

Hungria, Polônia,

Romênia, Rússia,

África do Sul,

Espanha, Ucrânia,

Nycomed

Crianças com idades entre 6–11 anos

com asma persistente

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Ciclesonida 50, 100, 200

µg/d, IP (n=930)

Placebo, IP (n=150)

PFE Yes Yes

Tabela 1.continuação

Estudo, ano e país

de publicação

Participantes

Tipo de estudo Intervençãoe controle Desfecho

primário

Eventos adversos

ITR Coleta

sistemática dos

dados

Qaqundah 2006,32

Argentina, Chile,

EUA, GSK

Crianças com idades entre1–<4 anos

com asma

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Fluticasona 200 µg/d,

IP(n=239)

Placebo, IP (n=120)

Escore de

sintomas

Sim Sim

Schokker 2008,33

Paísesbaixos, GSK

and Stichting

Astmabestrijding

Crianças com idades entre1–5 anos

com sintomas de asma

ECRPC, multicêntrico,

6 meses

Fluticasona 200 µg/d,

IP(n=48)

Placebo, IP (n=48)

Escore de

sintomas

Sim Sim

Shapiro 1998a,52

EUA, AstraZeneca

Crianças com idades entre6–18 anos

com asma moderada ou severa

persistente

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Budesonida 100, 200, 400

µg/d, IPO(n=301)

Placebo, IPO (n=103)

PFE, VEF1 Não Sim

Shapiro 1998b,53

USA, AstraZeneca

Crianças com idades entre4–8 anos

com asma persistente

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Budesonida 0·5, 1·0, 2·0

mg/d, nebulizador (n=134)

Placebo, nebulizador

(n=44)

Escore de

sintomas

Não Sim

Shapiro 2001,34

USA, AstraZeneca

Crianças com idades entre6–17 anos

com asma persistente

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Budesonida 200, 400 µg/d,

IPO(n=183)

Placebo, IPO (n=91)

VEF1 Sim Sim

Silverman 2006,38

Reino Unido e

outros 31 países

AstraZeneca

Crianças com idades entre5–10 anos

com asma moderada persistente

ECRPC, multicêntrico,

3 anos

Budesonida 200 µg/d,

IPO(n=1004)

Placebo, IPO (n=977)

Evento relatado

de asma severa

Sim Sim

Simons

1997,54Canadá,

Crianças com idades entre6–14 anos

com asma

ECRPC, multicêntrico,

1 ano

Beclometasona 400 µg/d,

IPO(n=81)

Responsividade

aérea

Não Sim

Page 68: EFEITOS ADVERSOS DO USO REGULAR DE CORTICÓIDES … · recomendadas para a asma persistente, independentemente do nível de gravidade. (MOURA, CAMARGOS& BLIC, 2002) Desde a emergência

68

GSK Placebo, IPO (n=80)

Skoner 2008,35

Argentina, Chile,

EUA, Venezuela,

Sanofi-aventis,

Altana Pharma US,

Nycomed

Crianças com idades entre5–18 anos

com asma moderada persistente

ECRPC, multicêntrico,

1 ano

Ciclesonida 50, 100 µg/d,

IP(n=440)

Placebo, IP (n=221)

Velocidade de

crescimento

Sim Sim

Tabela 1.continuação

Estudo, ano e país

de publicação

Participantes

Tipo de estudo Intervenção e controle Desfecho

primário

Eventos adversos

ITR Coleta

sistemática dos

dados

Skoner 2010,36

USA, Schering-

Plough

Crianças com idades entre 6–11 anos

com asma moderada

ECRPC, unicêntrico, 4

semanas

Mometasona 200, 400, 800

µg/d, IPO (n=38)

Placebo, IPO (n=12)

Cortisol

plasmático

Sim Sim

Skoner 2011,37

USA, Merck

Crianças com idades entre 4–9 anos

com asma moderada persistente

ECRPC, multicêntrico,

52 semanas

Mometasona 100, 200

µg/d, IPO(n=142)

Placebo, IPO (n=45)

Velocidade de

crescimento

Sim Sim

Wasserman 2006,39

USA, GSK

Crianças com idades entre 2–4 anos

com asma requerendo terapia

medicamentosa regular

ECRPC, multicêntrico,

12 semanas

Fluticasona 100, 200 µg/d,

IP(n=219)

Placebo, IP (n=113)

Escore de

sintomas

Sim Sim

ATS: Sociedade Americana do Tórax; IP: Inalador de pó seco; GINA: Iniciativa Global para asma; VEF1: Volume expiratório forçado no primeiro segundo; IP: Inalador pressurizado; NAEPP:Programa Nacional de

Educação e Prevenção da Asma; NIH: Instituto nacional da Saúde; PFE:Pico de Fluxo Expiratório; ECRCP: Ensaio Clínico Randomizado Controlado por Placebo; ITR: Infecção do Trato Respiratório.

Page 69: EFEITOS ADVERSOS DO USO REGULAR DE CORTICÓIDES … · recomendadas para a asma persistente, independentemente do nível de gravidade. (MOURA, CAMARGOS& BLIC, 2002) Desde a emergência

69

Table 2.Risco de pneumonia associado ao uso de corticóides inalatórios em crianças com asma

Study ID Participants affected/

randomized participants

Treatment effect (95% CI)

CI Placebo Risco Relativo Odds Ratio de Peto Diferença de risco Allen 199816 0/219 0/106 UC UC 0 (-0·01 a 0·01)

Becker 200617 0/119 0/121 UC UC 0 (-0·02 a 0·02)

Berger 200518 0/92 0/49 UC UC 0 (-0·03 a 0·03)

Berger 200619 0/197 0/99 UC UC 0 (-0·02 a 0·02)

Carlsen 200520 0/79 0/81 UC UC 0 (-0·02 a 0·02)

de Blic 199621 0/20 0/18 UC UC 0 (-0·09 a 0·09)

FLTA2007 200540 0/179 2/83 0·09 (0·01 a 1·92) 0·04 (0·002 a 0·83) -0·024 (-0·06 a 0·01)

FMS30059 200546 2/142 0/69 2·45 (0·12 a 50·29) 4.45 (0·23 a 85·99) 0·01 (-0·02 a 0·04)

Gelfand 200622 0/764 0/254 UC UC 0 (-0.01 a 0.01)

Katz 199823 1/172 0/93 1·63 (0·07 a 39·62) 4·67 (0·08 a 283·50) 0·01 (-0·01 a 0·03)

Kooi 200824 0/25 0/20 UC UC 0 (-0·08 a 0·08)

LaForce 200025 0/164 0/78 UC UC 0 (-0·02 a 0·02)

Levy 200626 0/160 0/81 UC UC 0 (-0·02 a 0·02)

Mackenzie 199327 0/128 3/130 0·15 (0·01 a 2·78) 0·14 (0·01 a 1·31) -0·02 (-0·05 a 0·01)

Martinez 201128 0/143 0/74 UC UC 0 (-0·02 a 0·02)

NCT00163293 201241 1/155 0/84 1·64 (0·07 a 39·69) 4·67 (0·07 a 283·50) 0·01 (-0·02 a 0·03)

NCT00392288 201242 0/174 0/172 UC UC 0 (-0·01 a 0·01)

NCT00569192 201343 1/249 0/111 1·34 (0·06 a 32·74) 4·25 (0·06 a 295·90) 0·004 (-0·01 a 0·02)

NCT00920959 201344 0/304 1/300 0·33 (0·01 a 8·04) 0·13 (0·003 a 6·73) -0·003 (-0·01 a 0·01)

NCT01136382 201445 0/152 0/152 UC UC 0 (-0·01 a 0·01)

Nayak 200229 0/237 0116 UC UC 0 (-0·01 a 0·01)

Peden 199830 1/351 0/86 0·74 (0·03 a 18·05) 3·48 (0·03 a 480·40) 0·003 (-0·01 a 0·02)

Pedersen 201031 0/927 0/146 UC UC 0 (-0·01 a 0·01)

Qaqundah 200632 0/239 0/120 UC UC 0 (-0·01 a 0·01)

Schokker 200833 0/48 0/48 UC UC 0 (-0·04 a 0·04)

Shapiro 200134 0/183 0/91 UC UC 0 (-0·02 a 0·02)

Silverman 200638 38/1004 57/977 0·65 (0·43 a 0·97) 0·64 (0·43 a 0·96) -0·02 (-0·04 a -0·00)

Skoner 200835 0/440 0/221 UC UC 0 (-0·01 a 0·01)

Skoner 201036 0/38 0/12 UC UC 0 (-0·11 a 0·11)

Skoner 201137 0/142 0/45 UC UC 0 (-0·03 a 0·03)

Wasserman 200639 0/219 0/113 UC UC 0 (-0·01 a 0·01)

All trials combined 44/7465 63/4150 0·65 (0·44 a 0·94) 0·63 (0·43 a 0·93) -0·001 (-0·003 a 0·002)

UC: unable- Impossível de calcular usando o RR e o OR de Peto devido à ausência de eventos em ambos os grupos.

Page 70: EFEITOS ADVERSOS DO USO REGULAR DE CORTICÓIDES … · recomendadas para a asma persistente, independentemente do nível de gravidade. (MOURA, CAMARGOS& BLIC, 2002) Desde a emergência

70

Table 3.Risco de infecções respiratórias associado ao uso de corticoides inalatórios para o tratamento da asma em crianças: análises por

subgrupos

Subgrupos Pneumonia Bronquite Otite média Sisusite

RR (95% CI) Estudo

(n)

RR (95% CI) Estudo

(n) RR (95% CI) Estudo

(n) RR (95% CI) Estudo

(n)

Tipo de CI

Beclometasona

Fluticasona

Budesonida

Mometasona

Ciclesonida

p*=0·71

-

0·43 (0·11 a 1·71)

0·66 (0·44 a 0·97)

-

1·64 (0·07 a 39·69)

0

5

3

0

1

p=0·94

1·56 (0·06 a 37·89)

0·88 (0·74 a 1·04)

1·14 (0·45 a 2·90)

0·90 (0·27 a 3·02)

-

1

6

1

1

0

p=0·80

-

1·12 (0·76 a 1·64)

1·08 (0·86 a 1·34)

0·72 (0·11 a 4·76)

2·17 (0·47 a 9·98)

0

12

2

2

1

p=0·61

1·96 (0·22 a 17·32)

0·84 (0·65 a 1·08)

0·96 (0·56 a 1·65)

1·45 (0·66 a 3·18)

1·08 (0·68 a 1·72)

1

7

3

2

2

Tipo de

dispositivo

IP

IPO

Nebulizador

p=0·52

2.02 (0·23 a 18·41)

0·62 (0·42 a 0·91)

1·34 (0·06 a 32·74)

2

6

1

p=0·92

0.86 (0·45 a 1·63)

0·89 (0·75 a 1·06)

-

4

5

0

p=0·21

1·57 (0·94 a 2·60)

0·92 (0·63 a 1·36)

0·93 (0·61 a 1·43)

7

9

1

p=0·69

0·97 (0·59 a 1·61)

0·86 (0·72 a 1·03)

1·33 (0·44 a 4·03)

6

8

1

Duração do

tratamento

< 6 meses

≥ 6 meses

p=0·75

0·54 (0·17 a 1·76)

0·66 (0·44 a 0·98)

7

2

p=0·85

0.84 (0·47 a 1·48)

0·89 (0·75 a 1·06)

5

4

p=0·54

1.00 (0·66 a 1·52)

1·16 (0·93 a 1·44)

12

5

p=0·32

0·79(0·63 a 1·06)

1·20 (0·89 a 1·61)

4

11

Idade dos

pacientes

< 4 anos

4–18 anos

P=0·38

2.45 (0·12 a 50·29)

0·63 (0·43 a 0·92)

1

8

p=0·87

0.84 (0·43 a 1·61)

0·89 (0·75 a 1·06)

3

6

p=0·97

1·04 (0·78 a 1·39)

1·05 (0·73 a 1·52)

5

12

p=0·60

1·06(0·57 a 1.97)

0·89 (0·74 a 1·07)

3

12

Fonte dos

dados

Publicados

Não

publicados

p=0·94

0·64 (0·43 a 0·95)

0·68 (0·17 a 2.78)

4

5

p=0·84

0·89 (0·74 a 1·08)

0·85 (0·57 a 1·26)

4

5

p=0·66

1·15 (0·78 a 1·69)

1·01 (0·68 a 1·50)

6

10

p=0·84

0·94(0·76 a 1·16)

0·90 (0·62 a 1·29)

7

8

*p: Valor p para a comparação de subgrupos usando o teste qui-quadrado

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71

Table3.continuação

Subgrupos Faringite

RR (95% CI) Estudo

(n)

Tipo de CI

Beclometasona

Fluticasona

Budesonida

Mometasona

Ciclesonida

p=0·11

0·83 (0·43 a 1·59)

1·42 (1.01a 1·84)

0·93 (0·82 a 1·06)

0·92 (0·61 a 1·40)

0·83 (0·56 a 1·22)

1

10

4

3

5

Tipo de dispositivo

IP

IPO

Nebulizador

p=0·61

0·91 (0·67 a 1·22)

1·00 (0·89 a 1·12)

1·86 (0·40 a 8·63)

12

10

1

Duração do

tratamento

< 6 meses

≥ 6 meses

p=0·72

0·98 (0·76 a 1·27)

1·04 (0·85 a 1·26)

18

5

Idade dos pacientes

< 4 anos

4–18 anos

p=0·25

1·68 (0·70 a 3.97)

1·00 (0·85 a 1·15)

5

18

Fonte dos dados

Publicados

Não publicados

p=0·51

0·94 (0·84 a 1.06)

1·07(0·74 a 1·51)

11

12

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72

FIGURAS

Figura 1. Fluxograma de seleção dos estudos

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73

Figura 2. Use de CI e risco de outras infecções respiratórias em crianças com asma

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74

Figura 3. Uso de CI e risco de infecções respiratórias em crianças com asma: relação

dose-resposta

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75

Tabela suplementar . Avaliação do risco de vieses dos estudos incluídos

Estudo Viés de seleção (geração de sequência e ocultação de

alocação)

Vieses de condução e medição

(cegamento)

Viés de atrição Viés de relato seletivo dos desfechos

Allen 199816 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo

Baker 199947 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) NA* NA Becker 200617 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (quasi-ITT população) Baixo

Berger 200518 Não claro (block randomização, mas não detalhes sobre

ocultação de alocação)

Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo

Berger 200619 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo

Carlsen 200520 Não claro (randomização por compudor, mas não detalhes sobre

ocultação de alocação)

Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo

Connett 199348 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) NA NA

de Blic 199621 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Alto

FLTA2007 200540 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo FMS30059 200546 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo

Gelfand 200622 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo

Hofstra 200049 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) NA NA Jónasson 199850

Não claro (block randomização, mas não detalhes sobre

ocultação de alocação )

Baixo (duplo-cego) NA NA

Katz 199823 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo Kerwin 200851 Não claro (randomização por computador, mas não detalhes

sobre ocultação de alocação)

Baixo (duplo-cego) NA NA

Kooi 200824 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Alto

LaForce 200025 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo

Levy 200626 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo

Mackenzie 199327 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo Martinez 201128 Baixo (randomização central) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Alto

Nayak 200229 Não claro (randomização por computador, mas não detalhes

sobre ocultação de alocação)

Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo

NCT00163293 201241 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo

NCT00392288 201242 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (quasi-ITT população) Baixo

NCT00569192 201343 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (quasi-ITT população) Baixo NCT00920959 201344 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo

NCT01136382 201445 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo

Peden 199830 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo Pedersen 201031 Não claro (randomização por computado) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo

Qaqundah 200632 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo

Schokker 200833 Não claro (randomização por computador, mas não detalhes sobre ocultação de alocação)

Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo

Shapiro 1998a52 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) NA NA Shapiro 1998b53 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) NA NA

Shapiro 200134 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo

Silverman 200638 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo Simons 199754 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) NA NA

Skoner 200835 Baixo (randomização central) Baixo (duplo-cego) Baixo (quasi-ITT população) Alto

Skoner 201036 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo Skoner 201137 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo

Wasserman 200639 Não claro (Não detalhes relatadas ) Baixo (duplo-cego) Baixo (ITT população) Baixo

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76

4.2 ARTIGO NA VERSÃO INGLÊS

(submetido para a revista JAMA Pediatrics)

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77

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO NA REVISTA JAMA

Manuscript Checklist

1. Review manuscript submission requirements in these instructions and in our online

manuscript submission and review system.

2. Include a cover letter as an attachment.

3. Designate a corresponding author and provide a complete affiliation, postal/mail

address, telephone and fax numbers, and email address.

4. Provide first (given) and last (family) names, email addresses, and institutional

affiliations for any coauthors.

5. On the title page, include a word count for text only, exclusive of title, abstract,

references, tables, and figure legends.

6. Provide an abstract that conforms to the required abstract format (see specific

Categories of Articles).

7. Doublespacemanuscript and leave right margins unjustified (ragged).

8. Check all references for accuracy and completeness. Put references in proper format

in numerical order, making sure each is cited in sequence in the text.

9. Include a title for each table and figure and onlineonlymaterial (a brief, succinct

phrase, preferably no longer than 10 to 15 words) and explanatory legend asneeded.

10. For reports of original data, include statement from at least 1 named author, but no

more than 2 named authors, that she or he “had full access to all of the data inthe study

and takes responsibility for the integrity of the data and the accuracy of the data

analysis” in the Acknowledgment section at the end of the manuscript.

11. For all reports containing original data, the names and affiliations of all authors (or

other individuals) who conducted and are responsible for the data analysis mustbe

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78

indicated in the Acknowledgment section of the manuscript. If the individual who

conducted the analysis is not named as an author, a detailed explanation ofhis/her

contributions and reasons for his/her involvement with the data analysis should be

included.

12. Inform all coauthors that the JAMA editorial office will send an email to each author

with a link to the electronic Authorship Form to be completed after themanuscript is

submitted.

13. Inform all coauthors that each will need to complete the ICMJE Form for Disclosure

of Potential Conflicts of Interest. JAMA will request this disclosure form afterthe

manuscript is submitted.

14. Include all authors' potential conflicts of interest, including relevant financial

interests, activities, relationships, and affiliations in the Acknowledgment section of

the manuscript. The corresponding author is responsible for ensuring that the disclosure

information in the Acknowledgment section of the manuscript is consistentwith that

reported in each author's ICMJE Form for Disclosure of Potential Conflicts of Interest.

15. Include all sources of financial and material support and assistance along with

detailed information on the roles of each sponsor/funder in each of the

following:“design and conduct of the study;collection, management, analysis, and

interpretation of the data;and preparation, review, or approval of the manuscript” in

theAcknowledgment section of the manuscript.

16. In the Acknowledgment section of the manuscript, include the names, academic

degrees, affiliations, and specific contributions of all persons who havecontributed to

the work reported in the manuscript (eg, data collection, analysis, writing or editing

assistance, review of manuscript) but who do not fulfill authorshipcriteria, and also

indicate whether any compensation was received for such contributions. Written

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79

permission must be obtained from all persons named in theAcknowledgment section

and the corresponding author must confirm that such written permission has been

obtained (see also the Acknowledgment statement in theAuthorship Form that must be

completed by the corresponding author).

17. Include a copy of written permission from each individual identified as a source for

personal communication or unpublished data.

18. If appropriate, include information on institutional review board/ethics committee

approval or waiver and informed consent.

19. The reproduction of material (including tables and figures) that was previously

published is discouraged. Original material should be provided, except

underextraordinary circumstances.

20. Include Patient Permission forms for identifiable patient descriptions, photographs,

video, and pedigrees.

21. Review more detailed instructions for specific Categories of Articles.

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TTILE PAGE

Title of the article: Inhaled corticosteroids and the risk of pneumonia and other

respiratory infections in children with asthma: a meta-analysis of randomized trials

Word count: Abstract: 349 Text only: 3478

Authors:

Cristine Cazeiro, BSN, Postgraduate Program in Public Health, Faculty of Medicine,

Federal University of Rio Grande, Rio Grande, Brazil

Cristina Silva, MD, Faculty of Medicine, Federal University of Rio Grande, Rio

Grande, Brazil

Susana Mayer, MD, Faculty of Medicine, Federal University of Rio Grande, Rio

Grande, Brazil

Vanessa Mariany, MD, Faculty of Medicine, Federal University of Rio Grande, Rio

Grande, Brazil

Claire Wainwright, MD, Department of Respiratory and Sleep Medicine, Lady Cilento

Children's Hospital; School of Medicine, The University of Queensland, Brisbane,

Australia.

Linjie Zhang, MD, PhD, Postgraduate Program in Public Health, Postgraduate Program

in Health Science, Faculty of Medicine, Federal University of Rio Grande, Rio Grande,

Brazil

Corresponding author:

Linjie Zhang, Associate Professor

Faculty of Medicine, Federal University of Rio Grande

Rua Visconde de Paranagua 102, Centro, Rio Grande-RS, Brazil

Telephone/fax: +55 5333030226 e-mail: [email protected]

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ABSTRACT

IMPORTANCE—Recent studies have shown an increased risk of pneumonia related

to use of inhaled corticosteroids (ICS) in adult patients with chronic obstructive

pulmonary disease, but it remains unclear if such risk may also occur in other patient

populations, particularly children with asthma.

OBJECTIVE: To assess the association between ICS use and risk of pneumonia and

other respiratory infections in children with persistent asthma.

EVIDENCE REVIEW: We searched PUBMED from inception until May 2015 to

identify randomized trials which compared ICS with placebo for at least four weeks in

children with asthma. References of retrieved articles were screened for additional

trials. We also searched ClinicalTrials.gov and databases of pharmaceutical

manufacturers to identify unpublished trials. Four review authors independently

selected trials and assessed risk of bias of each study.

FINDINGS: We included 39 trials involving 13,595 children with persistent asthma, of

which 31 trials with 11,615 participants (7465 ICS-treated, 4150 placebo) contributed

data to the meta-analyses. Nine trials involving 4617 patients reported at least one event

of pneumonia. The meta-analysis of nine trials showed that ICS significantly reduced

the risk of pneumonia compared to placebo (risk ratio (RR) 0.65, 95% CI 0.44 to 0.94).

The results were no longer statistically significant when excluding one trial which

contributed 89% of the weight to the meta-analysisin the sensitivity analysis.Using risk

difference (RD) as effect measure, the meta-analysis including all 31 trials showed no

significant difference in the risk of pneumonia between ICS and placebo groups (RD

-0.1%, 95% CI -0.3% to 0.2%). No significant association was found between ICS and

risk of pharyngitis (23 trials, RR 1.01, 95% CI 0.87 to 1.18), otitis media (17 trials, RR

1.07, 95% CI 0.83 to 1.37) and sinusitis (15 trials, RR 0.89, 95% CI 0.76 to 1.05).

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CONCLUSIONS AND RELEVANCE: Moderate evidence provided by this

systematic review and meta-analysis suggests no significant association between regular

use of ICS and the risk of pneumonia and other respiratory infections in children with

persistent asthma. These data add to the already considerable body of evidence

suggesting a good safety profile of ICS in children with asthma.

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83

INTRODUCTION

Inhaled corticosteroids (ICS) are widely used in the treatment of asthma and

chronic obstructive pulmonary disease (COPD).1,2 Six ICS are currently available

worldwide:3 beclomethasone, budesonide, ciclesonide, flunisolide, fluticasone and

mometasone. They are generally considered safe and well tolerated in both adults and

children.4,5

However, recent studies have raised concerns about increased risk of pneumonia

related to regular use of ICS in adult patients with COPD.6-8 There have been few

studies assessing the association between ICS and risk of pneumonia in patients with

asthma.

A retrospective analysis of individual patient data from 26 AstraZeneca

sponsored randomized trials found a reduced risk of pneumonia in patients (4–78 yr)

with asthma treated with budesonide.9 A recent meta-analysis of ten randomized trials

with a total of 19,098 patients with asthma also showed a protective effect of ICS

against pneumonia.10

However, caution should be taken in interpreting the results of this review.

Firstly, the authors used “pneumonia” or “pneumonitis” as one of the search terms.

Such search strategy might exclude a considerable number of relevant studies given that

pneumonia is not a well-established adverse event of ICS and is less likely to be used as

keyword or subject heading in clinical trials. Secondly, different comparators were used

by the included trials.

Thirdly, the authors limited their literature search to adults, but the largest trial

which contributed 83.1% of the weight included patients aged 5 to 66 years old. No

separate data were available for pediatric patients.

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Up until now, no study has assessed the possible link between use of ICS and the

risk of other respiratory infections in patients with asthma. Thus, we conducted this

systematic review and meta-analysis of randomized trials to assess the association

between regular use of ICS and risk of pneumonia, as well as other respiratory

infections, in children with asthma. We also investigated the potential effect modifiers,

such as ICS molecules, daily doses, delivery devices, duration of treatment and patient’s

age.

METHODS

We followed the recommendations of the Preferred Reporting Items for

Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) statement11for writing this

systematic review. The review protocol was registered on PROSPERO

(CRD42015020656).12There are two differences between the previously registered

protocol and this review: "triamcinolone" was added in addition as a search term and

five post hoc subgroup analyses and two post hoc sensitivity analyses were also added.

Search strategy

We searched PUBMED from inception until May 2015 to identify clinical trials.

The search strategy was as follows: asthma AND ("inhaled corticosteroid" OR "inhaled

steroid" OR beclomethasone OR budesonide OR ciclesonide OR flunisolide OR

fluticasone OR mometasone OR triamcinolone).

There was no restriction on language of publication. We also identified

systematic reviews of randomized trials which compared ICS with placebo, by

searching PUBMED and the Virtual Health Library of the Latin American and

Caribbean Center on Health Sciences Information (BIREME) which contains

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85

MEDLINE, CENTRAL, LILACS, SciELO, the Cochrane Library, and more than 20

other databases.13

Reference lists of primary studies and systematic reviews were screened for

additional relevant trials. We also conducted searches on the ClinicalTrials.gov and the

databases of two main pharmaceutical manufacturers of ICS (GSK and AstraZeneca) to

identify unpublished trials and to obtain unpublished safety data of the trials.

Study selection

To be included in this review, studies had to meet all of the following criteria: 1)

Study design: randomized controlled trials; 2) Participants: children up to 18 years old

with diagnosis of asthma; 3) Interventions and comparisons: daily use of ICS, delivered

by any type of inhalation device for at least four weeks, compared to placebo delivered

by the same type of device; 4) Outcome measures: at least one of respiratory infections

reported as adverse event. For this review, we defined “clinically diagnosed pneumonia,

with or without radiological confirmation” as the primary outcome. The secondary

outcomes included other respiratory infections, such as pharyngitis, otitis media,

sinusitis, bronchitis, bronchiolitis and influenza.

We excluded cross-over trials, trials which compared ICS to other interventions

without placebo, trials which used ICS plus other drugs and trials which included

children but there were no separate data available for pediatric patients.

Four review authors (CC, SC, MS, MV), divided into two groups, independently

assessed the titles and abstracts of all citations identified by the searches. We obtained

the full articles when they appeared to meet the inclusion criteria or there were

insufficient data in the title and abstract to make a clear decision for their inclusion. The

definitive inclusion of trials was made after reviewing the full-text articles. Any

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86

disagreements about study selection were resolved by discussion and, where necessary,

a senior reviewer (ZL) was consulted.

Data extraction and management

Data from the included trials were extracted independently by four review

authors (CC, SC, MS, MV), and cross-checked. A standardized data extraction form

was used to extract the following data: 1) Study characteristics: year of publication,

country and setting of study; 2) Methods: study design, methods of random sequence

generation, allocation concealment and blinding, description of withdrawal, and

adherence to treatment; 3) Participants: sample size, age, sex, and inclusion and

exclusion criteria; 4) Interventions: corticosteroid molecule, daily dose, interval of

administration, duration of treatment, drug delivery device and co-interventions; 5)

Outcomes: we extracted the number of participants affected and the total number of

participants in each treatment arm.

For trials that examined multiple doses of ICS, we combined the active treatment

groups. Intention-to-treat datasets were used whenever available. Given that it is likely

that outcomes for which no events occur in either arm may not be mentioned in reports

of many randomized trials, we considered no events of pneumonia in both arms if the

trial had reported at least one respiratory infection event but not explicitly reporting

pneumonia.

Assessment of risk of bias in included studies

Four reviewers (CC,SC,MS,MV) independently assessed the risk of bias in

included trials by examining the six key domains according to the recommendations of

the Cochrane Collaboration:141) Allocation sequence generation, 2) Concealment of

allocation, 3) Blinding of participants and investigators, 4) Incomplete outcome data, 5)

Selective outcome reporting, and 6) Other sources of bias.

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We graded each potential source of bias as yes, no or unclear, relating to

whether the potential for bias was low, high or unknown. Any disagreements about

assessment of risk of bias were resolved by discussion and, where necessary, a senior

reviewer (ZL) was consulted.

Data synthesis and statistical analysis

We performed meta-analyses for quantitative data synthesis. The risk ratios (RR)

and 95% CI were used to estimate the risk of adverse events associated with ICS. We

used the random-effects model for pooling RRs and 95% CIs, assuming that the patients

and interventions in clinical trials would have differed in ways that could have impacted

on the results, and therefore the trials would not share a common effect size.14

For trials with no events in one arm, 0·5 was added to each of the four cell

counts of two-by-two tables. Trials with no events in both arms were not included in the

pooled analysis. Given that many outcomes are rare events, we also undertook meta-

analyses using Peto’s odds ratios (OR) as effect size measure.

For the primary outcome “pneumonia”, we also used risk difference (RD) as

effect size measure because risk difference method appears to have advantage over

relative statistics (RR, OR) in that the RD is defined as zero when no events occur in

either arm.14Such trials are therefore included in the pooled analysis. We assessed

heterogeneity in results between trials using the Cochrane Q test (P<0.1 considered

significant) and the I2 statistic.15

We conducted post hoc subgroup analyses based on type of ICS, type of delivery

device (metered-dose inhaler, dry powder inhaler, nebulizer), duration of ICS therapy (≥

6 months, < 6 months), patient’s age (< 4 yr, 4–18 yr) and data source (published data,

unpublished data). The chi-squared test was used for subgroup comparison.

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To assess dose-response effects of ICS, we conducted a meta-analysis including

only trials which compared directly two or more daily doses. We conducted two post

hoc sensitivity analyses, excluding the trials in which adverse events were not collected

by systematic assessment and the trials which contributed more than 50% of the weight

to the meta-analysis. All meta-analyses were performed using Stata version 11.0 (Stata-

Corp, College Station, TX, USA).

RESULTS

Literature search and study selection

The search strategy identified 2756 unique records from PUBMED. After

screening the titles and abstracts, we retrieved 227 potentially relevant full text articles

for further evaluation. One hundred and fifty-four articles were excluded for reasons

shown in Figure 1.

We identified seven unpublished trials from ClinicalTrials.gov website. Twelve

additional trials were found by checking the reference lists of nine systematic review

articles. Thus, a total of 92 randomized trials comparing ICS with placebo in children

with asthma were selected. Thirty-seven trials did not report safety data and 16 trials did

not report respiratory infections as adverse events.

Thirty-nine trials16-54 involving 13,595 (8945 ICS-treated, 4650 placebo)

children with persistent asthma were therefore included in the review. Thirty-one

trials16-46 involving 11,615 participants (7465 ICS-treated, 4150 placebo) contributed

data to the meta-analyses.

Study characteristics and risk of bias

Table 1 summarizes the characteristics of the 39 included trials. Thirty-two were

published trials,16-39,47-54 but unpublished safety data were obtained through

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ClinicalTrials.gov website in seven trials.16,20,23,26,27,30,39 Seven were unpublished trials

identified through ClinicalTrials.gov.40-46 All 39 studies were randomized, double-blind,

placebo-controlled trials. Thirty-five16-20,22-35,37-46 were multicentre trials.

Only six trials16-18,35-37 were designed to assess the safety of ICS, while the

remaining 33 trials aimed mainly to assess the efficacy of ICS. Adverse events were

collected by systematic assessment in 29 trials.16,18,20,22-25,29-39,41-43,45-47,50-54 All but four

trials24,28,48,50 were industry funded.

Five ICS molecules (beclomethasone, budesonide, ciclesonide, fluticasone and

mometasone) given at low or medium daily doses were used. Duration of intervention

varied from four weeks to three years.

All 39 trials were stated as randomized; however, only nine published

trials18,20,28,29,31,33,35,50,51described the methods for random sequence generation and

two28,35 described the methods for allocation concealment (eTable 1).

The risk of performance and detection bias was low in all 39 trials because

matching placebos were used for blinding. The risk of attrition bias was also low as

intention-to-treat (ITT) or quasi-ITT population was used for calculating rate of adverse

events in all 31 trials which contributed data to the meta-analyses.

Given that respiratory infections are not well-established adverse events of ICS,

under-reporting of some respiratory infection outcomes might occur. We rated the risk

of outcome reporting bias as high in the three trials21,28,35 because only one type of

respiratory infection was reported.

Use of inhaled corticosteroids and risk of pneumonia

Nine trials23,27,30,38,40,41,43,44,46 involving a total of 4617 participants (2684 ICS-

treated, 1933 placebo) reported at least one event of pneumonia. The meta-analysis of

nine trials showed that ICS significantly reduced the risk of pneumonia compared to

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90

placebo (RR 0.65, 95% CI 0.44 to 0.94, p=0.02, I2=0%; Peto’s OR 0.63, 95% CI 0.43 to

0.93, p=0.02, I2=22.1%) (Table 2). Post hoc subgroup analyses did not show significant

effects of ICS molecules, delivery devices, treatment duration, patient’s age and data

source on the size of risk of pneumonia related to ICS (eTable 2).

The post hoc sensitivity analysis excluding one trial38 which contributed more

than 50% of the weight showed no significant association between ICS use and risk of

pneumonia (RR 0.62, 95% CI 0.21 to 1.86, p=0.39, I2=0%; Peto’s OR 0.57, 95% CI

0.17 to 1.89, p=0.36, I2=31.6%). In another post hoc sensitivity analysis, excluding

three trials27,40,44 in which adverse events were not collected by systematic assessment

did not significantly change the results.

Using risk difference as effect estimate, we conducted the meta-analysis

including all 31 trials which reported at least one respiratory infection event. Twenty

three trials16-22,24-26,28,29,31-37,39,42,45,46 did not explicitly reported pneumonia as adverse

events and we considered no events of pneumonia in both treatment arms.

Thus, 44 patients in the ICS group (44/7465, 0.58%) and 63 patients in the

placebo group (63/4150, 1.51%) had pneumonia as adverse events. The summary RD

between the ICS and placebo groups was -0.1% (95% CI -0.3% to 0.2%, p=0.72,

I2=0%) (Table 2). The post hoc sensitivity analysis excluding eight trials17,19,21,26-28,40,44

in which adverse events were not collected by systematic assessment yielded the similar

results.

Use of inhaled corticosteroids and risk of other respiratory infections

Figure 2 shows the results of meta-analyses of secondary outcomes – other

respiratory infections. No significant association was found between use of ICS and risk

of pharyngitis (23 trials,16,18-20,22,23,26,27,29,31,33,34-42,44,45,46RR 1.01, 95% CI 0.87 to 1.18,

I2=19%), otitis media (17 trials,16,18-20,23,26,27,30,32,33,37-41,44,46 RR 1.07, 95% CI 0.83 to

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91

1.37, I2=34.2%), sinusitis (15 trials,16,18,22,25,26,29,30,34,37-41,44,46RR 0.89, 95% CI 0.76 to

1.05, I2=0%), bronchitis (9 trials,16,23,27,28,32,37-39,46RR 0.89, 95% CI 0.75 to 1.05, I2=0%)

and influenza (4 trials,16,23,41,45RR 1.12, 95% CI 0.65 to 1.93, I2=0%).

Post hoc subgroup analyses did not show significant effects of ICS molecules,

delivery devices, treatment duration, patient’s age and data source on the treatment

effect size of ICS (eTable 2).

Use of inhaled corticosteroids and risk of respiratory infections: dose-response

relationship

Seventeen trials16,18,19,22,23,29-31,34-37,39,41-43,46 in which two or more daily doses of

ICS were compared had contributed data to the meta-analyses. Five trials16,23,30,39,46 used

fluticasone (100 vs 200 μg/day), three trials18,34,43 used budesonide (200–500 vs 400–

1000 μg/day), one trial29 used beclomethasone (100 vs 200 μg/day), three trials19,36,37

used mometasone (100 vs 200 μg/day) and five trials22,31,35,41,42 used ciclesonide (50–

100 vs 100–200 μg/day).

Three trials compared three daily doses, of which two trials22,31 used ciclesonide

(50, 100 and 200 μg/day) and one trial36 used mometasone (200, 400 and 800 μg/day).

In these three trials, we combined two higher doses into a single group. The meta-

analyses did not show a significant dose-response relationship between ICS and risk of

respiratory infections (eFigure 1).

DISCUSSION

This systematic review and meta-analysis of randomized trials shows that there

is no significant association between regular use of ICS and the risk of pneumonia and

other respiratory infections in children with asthma. ICS molecules, daily doses,

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92

delivery devices, treatment duration and patient’s age appear to have no significant

impact on the size of risk of respiratory infections related to ICS use.

In this review, we used two datasets and three different effect size measures

(RR, Peto’s OR and RD) to estimate the risk of pneumonia due to ICS use.The first

dataset includes only nine trials which reported at least one event of pneumonia. The

meta-analysis of nine trials using RR as effect measure shows that ICS use could result

in a 35% reduction in the risk of pneumonia when compared to placebo.

The meta-analysis using Peto’s OR as effect measure yields a similar result.

These results are consistent with those found in a meta-analysis10 of ten trials in which

the majority of participants were adults with asthma. However, caution should be taken

when interpreting these results.

Firstly, meta-analysis may overestimate the incidence of pneumonia when

excluding the trials in which no events of pneumonia were reported in either arm.

Secondly, one trial38contributed 89% of the weight to the meta-analysis and the results

were no longer statistically significant when this trial was excluded in the sensitivity

analysis.

Thirdly, asthma exacerbations could be misclassified as pneumonia given

similar clinical features of the two disorders. It is well known that ICS are more

effective than placebo in reducing the risk of asthma exacerbations,1,4and this may

partly explain the inverse association between ICS use and risk of pneumonia in asthma

patients found by this and previous studies.

The second dataset consists of all 31 trials which reported at least one respiratory

infection event, even if pneumonia was not explicitly mentioned. Using RD as effect

measure, the meta-analysis of 31 trials showsno significant association between ICS use

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93

and risk of pneumonia in children with asthma. In this database, we considered no

events in both arms if pneumonia had not been explicitly reported.

The rationale for this strategy is that no events of pneumonia in either treatment

arm were likely not to be mentioned in the trial reports because the majority of trials

were designed to assess the efficacy of ICS and pneumonia was rarely to be considered

as a priori safety endpoint.

On the other hand, if the trial reported at least one respiratory infection event, it

is unlikely that pneumonia, a more severe respiratory infection, could be ignored.

Taking all together, we believe that the meta-analysis based on second dataset may

provide more accurate estimates, suggesting no significant association between ICS use

and risk of pneumonia in children with asthma.

We recognize that the method used for dealing with possibly no events in both

arms is not yet validated, but no other better method is currently available.ICS may

affect local immunity and microbial community in the respiratory tract.55

One cross-sectional study demonstrates that children regularly taking ICS are

almost four times more likely to have oropharyngeal colonization by S. pneumoniae

than those not taking ICS when adjusted for potential confounders.56 An increased

microbial burden in the oropharyngeal area could plausibly lead to a higher risk of

respiratory infections, especially infections of neighborhood sites like pharyngitis, otitis

media and sinusitis.

However, this systematic review does not find a significantly increased risk of

such infections in children with asthma taking ICS. Moreover, no significant association

was found between ICS use and other lower respiratory tract infections such as

bronchitis and influenza.

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94

We also explored other potential effect modifiers through subgroup analyses,

and we did not find significant impact of ICS molecules, delivery devices, treatment

duration and patient’s age on the effect size of ICS.

The meta-analysis of 17 trials which compared different doses of ICS does not

show a dose-response relationship between ICS and risk of respiratory infections in

children with asthma. However, only low- to medium- doses of ICS were used in the

trials.

Most of the included trials did not describe the methods for random sequence

generation and allocation concealment. This may raise a concern about the potential

selection bias. However, this potential bias may have no significant impact on the trial

results given that the baseline characteristics were similar between treatment groups in

all included trials.

Under-reporting of adverse events of treatment is common in clinical trials. This

inherent methodological shortcoming of primary trials is the main limitation of all

systematic review of safety data. It may underestimate the rate of adverse events,

however, the risk estimation could not be substantially affected because under-reporting

may occur equally in both treatment arms.

To minimize outcome reporting bias, we obtained additional data for seven

published trials through ClinicalTrials.gov website. Despite that adverse events were

collected by systematic assessment in most of the 31 trials which contributed data to the

meta-analysis, none of the trials explicitly reported the criteria used for diagnosis of

respiratory infections.

A lack of information on diagnosis may raise concerns with the potential bias in

outcome measurement, however, such bias may occur equally in both treatment groups

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and may have no significant impact on risk estimation. Publication bias is always a

concern in meta-analysis and there is no standard method for detecting it.57

To minimize the potential publication bias, we have attempted to identify the

maximum number as possible of published and unpublished trials through the following

strategies: building an effective search strategy using only two types of search terms

(asthma and inhaled corticosteroids); checking the references of retrieved articles

including systematic reviews to identify additional relevant trials; searching

ClinicalTrials.gov and the databases of GSK and AstraZeneca to identify unpublished

trials.

Moreover, the subgroup analysis based on data source did not find significant

difference in the results between published and unpublished data, suggesting that the

potential publication bias might not substantially affect the results of the review. Given

that this review did not include trials which used higher doses of ICS or ICS plus other

drugs, caution should be taken when extrapolating the findings of this review to these

patients.

The quality of evidence provided by this systematic review could be graded as

“high” due to consistent results (low heterogeneity) across trials, precise pooled effect

estimates (narrow confidence intervals) for most outcomes and directness of evidence

(head-to-head comparisons).58

A lack of dose-response relationship may also strengthen the evidence that there

is no significant association between ICS use and respiratory infections in children with

asthma. However, we downgraded the quality of evidence of this review to “moderate”

due to above-mentioned study limitations and possible publication bias.

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96

Further prospective studies assessing the safety of ICS in children with asthma

should include pneumonia and other respiratory infections as a priori outcomes, and

clearly defined diagnostic criteria should be used.

In conclusion, this systematic review and meta-analysis shows no significant

association between regular use of ICS and the risk of pneumonia and other respiratory

infections in children with asthma. These data add to the already considerable body of

evidence suggesting a good safety profile of ICS in children with asthma.

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97

ACKNOWLEDGMENTS

Dr. Zhanghad full access to all the data in the study and takes responsibility for

the integrity of the data and the accuracy of the data analysis. He is currently a research

fellow of National Counsel of Technologicaland Scientific Development (CNPq)–

Brazil.

Dr. Wainwright reported receiving research grantsfrom GlaxoSmithKline and

Novo Nordisk Pharmaceuticals; receiving income on a per patient basis derived from

Pharmaceutical Studies –Vertex Pharmaceuticals Inc., Boehringer-Ingelheim & Ablynx

NV; receiving payments for travel expenses and/or honorarium from Vertex

Pharmaceuticals and Novartis Pharmaceuticals; serving as a consultant for Vertex

Pharmaceuticals Inc., Gilead Sciences, Inc. and Medscape.

There was no external funding for this project.

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severe persistent asthma. J Pediatr. 1998; 132(6):976–982.[PubMed:9627589]

54. Simons FE. A comparisonofbeclomethasone, salmeterol, and placebo in children

with Asthma. The Canadian BeclomethasoneDiproprionateSalmeterolXinafoate Study

Group. N Engl J Med. 1997; 337(23):1659–1665.[PubMed:9385125]

Page 107: EFEITOS ADVERSOS DO USO REGULAR DE CORTICÓIDES … · recomendadas para a asma persistente, independentemente do nível de gravidade. (MOURA, CAMARGOS& BLIC, 2002) Desde a emergência

107

55. Fukushima C, Matsuse H, Saeki S et al. Salivary IgA and oral Candidiasis in

asthmatic patients treated with inhaled corticosteroid. J Asthma.2005; 42(7):601–

604.[PubMed:16169797]

56.Zhang L, Prietsch SO, Mendes AP, et al. Inhaled corticosteroids increase the risk of

oropharyngeal colonization by Streptococcus pneumonia in children with asthma.

Respirology. 2013; 18(2):272–277.[PubMed:23039314]

57.Peters JL, Sutton AJ, Jones DR, Abrams KR, Rushton L. Comparison of two

methods to detect publication bias in meta-analysis. JAMA. 2006;295(6):676–

680.[PubMed:16467236]

58. Guyatt G, Oxman AD, Sultan S, et al. GRADE guidelines: 11. Making an overall

rating of confidence in effect estimate for a single outcome and for all outcomes.J

ClinEpidemiol. 2013;66(2):151–157.[PubMed:22542023]

Page 108: EFEITOS ADVERSOS DO USO REGULAR DE CORTICÓIDES … · recomendadas para a asma persistente, independentemente do nível de gravidade. (MOURA, CAMARGOS& BLIC, 2002) Desde a emergência

108

Table 1. Characteristics of included trials

Study ID, country,

sponsor

Participants

Study design Intervention & control Primary

outcome

Adverse event outcomes

RTI

reported

Systematic data

collection

Allen

1998,16USA,GSK

Patients aged 4–11 yr with persistent

asthma (ATS criteria)

52-week, multicentre,

RDBPCT

(FLD-220 trial)

Fluticasone 100, 200 µg/d,

DPI (n=219)

Placebo, DPI (n=106)

Growth velocity,

height

Yes Yes

Baker 1999,47

USA, AstraZeneca

Patients aged 6 months–11 yr with

moderate persistent asthma

12-week, multicentre,

RDBPCT

Budesonide 0·25, 0·5, 1·0

mg/d, nebulizer (n=386)

Placebo, nebulizer (n=95)

Symptom score No Yes

Becker 2006,17

USA, Canada,

Hong Kong, South

Africa, 7 countries

in Latin America,

Merck

Boys (6.4–9.4 yr) and girls (6.4–8.4

yr) at Tanner stage I with mild

persistent asthma (GINA criteria)

56-week, multicentre,

RDBPCT

Beclomethasone 400 µg/d,

MDI (n=119)

Placebo, MDI (n=121)

Growth velocity,

height

Yes Unclear

Berger 2005,18

USA, AstraZeneca

Infants aged 6–12 months with mild

to moderate persistent asthma or

recurrent wheeze

12-week, multicentre,

RDBPCT

Budesonide 0·5, 1·0 mg/d,

nebulizer (n=92)

Placebo, nebulizer (n=49)

Adrenal function Yes Yes

Berger 2006,19

USA, Schering-

Plough

Children 4–11 yr with persistent

asthma

12-week, multicentre,

RDBPCT

Mometasone 100, 200

µg/d, DPI (n=197)

Placebo, DPI (n=99)

FEV1 Yes Unclear

Carlsen 2005,20

Australia, Canada,

Germany, Greece,

Italy, Latvia,

Lithuania, Norway,

UK, GSK

Children aged 12–47 months with

recurrent/persistent asthma

symptoms

12-week, multicentre,

RDBPCT

(FAS30007 trial)

Fluticasone 200 µg/d, MDI

(n=79)

Placebo, MDI (n=81)

Symptom-free Yes Yes

Connett 1993,48

UK

Children aged 1–3 yr with persistent

asthma symptoms

12-week, unicentre,

RDBPCT

Budesonide 200 µg/d, MDI

(n=20)

Placebo, MDI (n=20)

Symptom score No Unclear

de Blic 1996,21

France,

AstraZeneca

Infants aged 6–30 months with

severe asthma

12-week, unicentre,

RDBPCT

Budesonide 2 mg/d,

nebulizer (n=20)

Placebo, nebulizer (n=18)

Asthma

exacerbations

Yes Unclear

Page 109: EFEITOS ADVERSOS DO USO REGULAR DE CORTICÓIDES … · recomendadas para a asma persistente, independentemente do nível de gravidade. (MOURA, CAMARGOS& BLIC, 2002) Desde a emergência

109

Table 1.continued

Study ID, country,

sponsor

Participants

Study design Intervention & control Primary

outcome

Adverse event outcomes

RTI

reported

Systematic data

collection

FLTA2007 trial

2005,40 USA, GSK

Children aged 4–11 yr with chronic

asthma (ATS criteria)

12-week, multicentre,

RDBPCT

Fluticasone 100 µg/d,

DPI(n=179)

Placebo, DPI (n=83)

FEV1, PEF Yes Unclear

FMS30059 trial

2005,46

USA,

Puerto Rico, Chile,

GSK

Children aged 6–23 months with

asthma

12-week, multicentre,

RDBPCT

Fluticasone 100, 200 µg/d,

MDI(n=142)

Placebo, MDI (n=69)

PEF Yes Yes

Gelfand 2006,22

USA, Aventis

Children aged 4–11 yr with persistent

asthma (NIH criteria)

12-week, multicentre,

RDBPCT

Ciclesonide 40, 80, 160

µg/d, MDI (n=768)

Placebo, MDI (n=257)

FEV1 Yes Yes

Hofstra 2000,49 The

Netherlands, GSK

Children aged 6–14 yr with asthma

6-week, multicentre,

RDBPCT

Fluticasone 200, 500 µg/d,

MDI (n=25)

Placebo, MDI (n=12)

Lung function

measurements

No Unclear

Jónasson 1998,50

Norway

Patients aged 7–16 yr with mild

asthma

12-week, unicentre,

RDBPCT

Budesonide 100, 200 µg/d,

DPI (n=123)

Placebo, DPI (n=40)

Lung function

measurements

No Yes

Katz 1998,23

Finland, France,

Hong Kong, Isreal,

Italy, Portugal,

Singapore, Spain,

United Arab

Emirates,GSK

Patients aged 1–5 yr with persistent

asthma

12-week, multicentre,

RDBPCT

(FLIT85 trial)

Fluticasone 100, 200 µg/d,

DPI (n=171)

Placebo, DPI (n=92)

PEF Yes Yes

Kerwin 2008,51

Indonesia,

Philippnes,

Thailand,

Singapore, USA,

Patients 6–17 yr with mild asthma

12-week, multicentre,

RDBPCT

Budesonide 180, 200, 720,

800 µg/d, DPI (n=410)

Placebo, DPI (n=106)

FEV1 No Yes

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110

Study ID, country,

sponsor

Participants

Study design Intervention & control Primary

outcome

Adverse event outcomes

RTI

reported

Systematic data

collection

AstraZeneca

Table 1.continued

Study ID, country,

sponsor

Participants

Study design Intervention & control Primary

outcome

Adverse event outcomes

RTI

reported

Systematic data

collection

Kooi 2008,24 The

Netherlands

Children aged 2–5 yr with asthma-

like symptoms

6-month, multicentre,

RDBPCT

Fluticasone200 µg/d, MDI

(n=25)

Placebo, MDI (n=20)

Symptom score Yes Yes

LaForce 2000,25

USA, GSK

Children aged 4–11 yr with persistent

asthma

12-week, multicentre,

RDBPCT

Fluticasone200 µg/d,

DPI(n=164)

Placebo, DPI (n=78)

FEV1, PEF Yes Yes

Levy 2006,26USA,

GSK

Children aged 4–11 yr with ≥ 6

months’ history of asthma requiring

pharmacotherapy

12-week, multicentre,

RDBPCT

(FAP30010 trial)

Fluticasone 200 µg/d, MDI

(n=160)

Placebo, MDI (n=81)

PEF Yes Unclear

MacKenzie

1993,27Austria,

Belgium, Finland,

Germany, Greece,

Ireland, Israel,

Italy, the

Netherlands,

Norway, South

Africa, UK, GSK

Children aged 6–12 yr with asthma 4-week, multicentre,

RDBPCT

(FLIP20 trial)

Fluticasone100 µg/d, DPI

(n=128)

Placebo, DPI (n=130)

Symptom score Yes Unclear

Martinez 2011,28

USA

Patients aged 5–18 yr with mild

persistent asthma (US NAEPP

criteria)

44-week, multicentre,

RDBPCT

(NCT00394329 trial)

Beclomethasone 100 µg/d,

MDI (n=72)

Placebo, MDI (n=74)

PEF Yes Uncelar

Nayak 2002,29

USA, 3M

Children aged 5–12 yr with moderate

symptomatic asthma

12-week, multicentre,

RDBPCT

Beclomethasone 100, 200

µg/d, MDI (n=237)

FEV1 Yes Yes

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111

Study ID, country,

sponsor

Participants

Study design Intervention & control Primary

outcome

Adverse event outcomes

RTI

reported

Systematic data

collection

Pharmaceuticals Placebo, MDI (n=116)

NCT00163293 trial

2012,41 Canada,

Hungary, South

Africa, Takeda

Children aged 4–11 yr with mild

persistent asthma.

12-month, multicentre,

RDBPCT

Ciclesonide 200, 400 µg/d,

MDI (n=155)

Placebo, MDI (n=85)

Asthma

exacerbations

Yes Yes

Table 1.continued

Study ID, country,

sponsor

Participants

Study design Intervention & control Primary

outcome

Adverse event outcomes

RTI

reported

Systematic data

collection

NCT00392288 trial

2012,42 USA,

Hungary, Mexico,

Poland, Russian

Federation, South

Africa, Nycomed,

Sanofi

Children aged 4–<12 yr with

persistent asthma

12-week, multicentre,

RDBPCT

Ciclesonide 100, 200 µg/d,

MDI (n=349)

Placebo, MDI (n=172)

FEV1 Yes Yes

NCT00569192 trial

2013,43 India,

Allergan

Children aged 12 months–8 yr with

mild to moderate persistent asthma

(NIH criteria)

12-week, multicentre,

RDBPCT

Budesonide 0·27, 0·50

mg/d, nebulizer (n=246)

Placebo, nebulizer (n=110)

Symptom score Yes Yes

NCT00920959

trial, 2013,44 USA,

11 centers in Latin

America, GSK

Children was aged between 4–11 yr

with asthma

12-week, multicentre,

RDBPCT

Fluticasone 100 µg/d,

DPI(n=304)

Placebo, DPI (n=300)

PEF Yes Unclear

NCT01136382 trial

2014,45 USA,

Bilgaria, Hungary,

Latvia, Poland,

Children aged 6–<12 yr with asthma 6-week, multicentre,

RDBPCT

Budesonide 400 µg/d,

MDI(n=152)

Placebo, MDI (n=152)

PEF Yes Yes

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112

Study ID, country,

sponsor

Participants

Study design Intervention & control Primary

outcome

Adverse event outcomes

RTI

reported

Systematic data

collection

Romania, Slovakia,

South Africa,

AstraZeca

Peden 1998,30

USA, GSK

Children aged 4–11 yr with

persistent asthma (ATS criteria)

12-week, multicentre,

RDBPCT

(FLTA2006 trial)

Fluticasone100, 200 µg/d,

DPI (n=351)

Placebo, DPI (n=86)

FEV1, PEF Yes Yes

Pedersen 2010,31

Bulgaria, Germany,

Hungary, Poland,

Romania, Russia,

South Africa,

Spain, Ukraine,

Nycomed

Children aged 6–11 yr with persistent

asthma

12-week, multicentre,

RDBPCT

(RAINBOW trial)

Ciclesonide 50, 100, 200

µg/d, MDI(n=930)

Placebo, MDI (n=150)

PEF Yes Yes

Table 1.continued

Study ID, country,

sponsor

Participants

Study design Intervention & control Primary

outcome

Adverse event outcomes

RTI

reported

Systematic data

collection

Qaqundah 2006,32

Argentina, Chile,

USA, GSK

Children aged 1–<4 yr with asthma 12-week, multicentre,

RDBPCT

Fluticasone 200 µg/d,

MDI(n=239)

Placebo, MDI (n=120)

Symptom score Yes Yes

Schokker 2008,33

The Netherland,

GSK and Stichting

Astmabestrijding

Children 1–5 yr with asthma-like

symptoms

6-month, multicentre,

RDBPCT

(ASTERISK trial)

Fluticasone 200 µg/d,

MDI(n=48)

Placebo, MDI (n=48)

Symptom score Yes Yes

Shapiro 1998a,52

USA, AstraZeneca

Children was aged 6–18 yr with

moderate to severe persistent asthma

12-week, multicentre,

RDBPCT

Budesonide 100, 200, 400

µg/d, DPI(n=301)

Placebo, DPI (n=103)

PEF, FEV1 No Yes

Shapiro 1998b,53

USA, AstraZeneca

Children was aged 4–8 yr with

persistent asthma (NHI criteria)

12-week, multicentre,

RDBPCT

Budesonide 0·5, 1·0, 2·0

mg/d, nebulizer (n=134)

Placebo, nebulizer (n=44)

Symptom score No Yes

Shapiro 2001,34 Children aged 6–17 yr with persistent 12-week, multicentre, Budesonide 200, 400 µg/d, FEV1 Yes Yes

Page 113: EFEITOS ADVERSOS DO USO REGULAR DE CORTICÓIDES … · recomendadas para a asma persistente, independentemente do nível de gravidade. (MOURA, CAMARGOS& BLIC, 2002) Desde a emergência

113

Study ID, country,

sponsor

Participants

Study design Intervention & control Primary

outcome

Adverse event outcomes

RTI

reported

Systematic data

collection

USA, AstraZeneca asthma (ATS criteria) RDBPCT DPI(n=183)

Placebo, DPI (n=91)

Silverman 2006,38

UK and other 31

countries

throughout the

world, AstraZeneca

Children aged 5–10 yr with mild

persistent asthma

3-yr, multicentre,

RDBPCT

(START trial)

Budesonide 200 µg/d,

DPI(n=1004)

Placebo, DPI (n=977)

Severe asthma-

related event

Yes Yes

Simons 1997,54

Canada, GSK

Children aged 6–14 yr with asthma 1-yr, multicentre,

RDBPCT

Beclomethasone 400 µg/d,

DPI (n=81)

Placebo, DPI (n=80)

Airway

responsiveness

No Yes

Skoner 2008,35

Argentina, Chile,

USA, Venezuela,

Sanofi-aventis,

Altana Pharma US,

Nycomed

Children aged 5–18 yr with mild

persistent asthma

1-yr, multicentre,

RDBPCT

Ciclesonide 50, 100 µg/d,

MDI(n=440)

Placebo, MDI (n=221)

Growth velocity Yes Yes

Table 1.continued

Study ID, country,

sponsor

Participants

Study design Intervention & control Primary

outcome

Adverse event outcomes

RTI

reported

Systematic data

collection

Skoner 2010,36

USA, Schering-

Plough

Children aged 6–11 yr with mild

asthma

4-week, unicentre,

RDBPCT

Mometasone 200, 400, 800

µg/d, DPI(n=38)

Placebo, DPI (n=12)

Plasma cortisol Yes Yes

Skoner 2011,37

USA, Merck

Children aged 4–9 yr with mild

persistent asthma

52-week, multicentre,

RDBPCT

Mometasone 100, 200

µg/d, DPI(n=142)

Placebo, DPI (n=45)

Growth velocity Yes Yes

Wasserman 2006,39

USA, GSK

Children aged 2–4 yr with asthma

requiring regular maintenance

therapy

12-week, multicentre,

RDBPCT

(FMS30058 trial)

Fluticasone 100, 200 µg/d,

MDI(n=219)

Placebo, MDI (n=113)

Symptom score Yes Yes

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114

ATS: American Thoracic Society; DPI: dry powder inhaler; GINA: global initiative for asthma; FEV1: forced expiratory volume in the first second; MDI: metered-dose inhaler; NAEPP: National Asthma Education

and Prevention Program; NIH: National Institutes of Health; PEF: peak expiratory flow; RDBPCT: randomized double-blind placebo controlled trial; RTI: respiratory tract infection.

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115

Table 2. Risk of pneumonia associated with use of inhaled corticosteroids in children with asthma

Study ID Participants affected/

randomized participants

Treatment effect (95% CI)

ICS Placebo Risk ratio Peto odds ratio Risk difference

Allen 199816 0/219 0/106 UC UC 0 (-0·01 to 0·01)

Becker 200617 0/119 0/121 UC UC 0 (-0·02 to 0·02)

Berger 200518 0/92 0/49 UC UC 0 (-0·03 to 0·03)

Berger 200619 0/197 0/99 UC UC 0 (-0·02 to 0·02)

Carlsen 200520 0/79 0/81 UC UC 0 (-0·02 to 0·02)

de Blic 199621 0/20 0/18 UC UC 0 (-0·09 to 0·09)

FLTA2007 200540 0/179 2/83 0·09 (0·01 to 1·92) 0·04 (0·002 to 0·83) -0·024 (-0·06 to 0·01)

FMS30059 200546 2/142 0/69 2·45 (0·12 to 50·29) 4.45 (0·23 to 85·99) 0·01 (-0·02 to 0·04)

Gelfand 200622 0/764 0/254 UC UC 0 (-0.01 to 0.01)

Katz 199823 1/172 0/93 1·63 (0·07 to 39·62) 4·67 (0·08 to 283·50) 0·01 (-0·01 to 0·03)

Kooi 200824 0/25 0/20 UC UC 0 (-0·08 to 0·08)

LaForce 200025 0/164 0/78 UC UC 0 (-0·02 to 0·02)

Levy 200626 0/160 0/81 UC UC 0 (-0·02 to 0·02)

Mackenzie 199327 0/128 3/130 0·15 (0·01 to 2·78) 0·14 (0·01 to 1·31) -0·02 (-0·05 to 0·01)

Martinez 201128 0/143 0/74 UC UC 0 (-0·02 to 0·02)

NCT00163293 201241 1/155 0/84 1·64 (0·07 to 39·69) 4·67 (0·07 to 283·50) 0·01 (-0·02 to 0·03)

NCT00392288 201242 0/174 0/172 UC UC 0 (-0·01 to 0·01)

NCT00569192 201343 1/249 0/111 1·34 (0·06 to 32·74) 4·25 (0·06 to 295·90) 0·004 (-0·01 to 0·02)

NCT00920959 201344 0/304 1/300 0·33 (0·01 to 8·04) 0·13 (0·003 to 6·73) -0·003 (-0·01 to 0·01)

NCT01136382 201445 0/152 0/152 UC UC 0 (-0·01 to 0·01)

Nayak 200229 0/237 0116 UC UC 0 (-0·01 to 0·01)

Peden 199830 1/351 0/86 0·74 (0·03 to 18·05) 3·48 (0·03 to 480·40) 0·003 (-0·01 to 0·02)

Pedersen 201031 0/927 0/146 UC UC 0 (-0·01 to 0·01)

Qaqundah 200632 0/239 0/120 UC UC 0 (-0·01 to 0·01)

Schokker 200833 0/48 0/48 UC UC 0 (-0·04 to 0·04)

Shapiro 200134 0/183 0/91 UC UC 0 (-0·02 to 0·02)

Silverman 200638 38/1004 57/977 0·65 (0·43 to 0·97) 0·64 (0·43 to 0·96) -0·02 (-0·04 to -0·00)

Skoner 200835 0/440 0/221 UC UC 0 (-0·01 to 0·01)

Skoner 201036 0/38 0/12 UC UC 0 (-0·11 to 0·11)

Skoner 201137 0/142 0/45 UC UC 0 (-0·03 to 0·03)

Wasserman 200639 0/219 0/113 UC UC 0 (-0·01 to 0·01)

All trials combined 44/7465 63/4150 0·65 (0·44 to 0·94) 0·63 (0·43 to 0·93) -0·001 (-0·003 to 0·002)

UC: unable to calculate using risk ratio and Peto odds ratio because no events in either group.

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116

FIGURE LEGENDS

Figure 1.Flow diagram of study selection

Figure 2.Use of ICS and risk of other respiratory infections

Captions under figure: RTI: respiratory tract infections; ES: effect size; RR > 1 favours

placebo, suggesting a higher risk of respiratory infections in the ICS group

Figure 1. ICS use and risk of respiratory infections: dose-response relationship

Captions under figure: RTI: respiratory tract infections; ES: effect size; RR > 1 favours

lower doses, suggesting a greater risk of respiratory infections in subgroup higher doses

Page 117: EFEITOS ADVERSOS DO USO REGULAR DE CORTICÓIDES … · recomendadas para a asma persistente, independentemente do nível de gravidade. (MOURA, CAMARGOS& BLIC, 2002) Desde a emergência

117

FIGURES

Figure 1.Flow diagram of study selection

Page 118: EFEITOS ADVERSOS DO USO REGULAR DE CORTICÓIDES … · recomendadas para a asma persistente, independentemente do nível de gravidade. (MOURA, CAMARGOS& BLIC, 2002) Desde a emergência

118

Figure 2.ICS use and risk of other respiratory infections

Page 119: EFEITOS ADVERSOS DO USO REGULAR DE CORTICÓIDES … · recomendadas para a asma persistente, independentemente do nível de gravidade. (MOURA, CAMARGOS& BLIC, 2002) Desde a emergência

119

ONLINE-ONLY DOCUMENT

e-Table 1. Assessment of risk of bias in included trials

eTable 2. Risk of respiratory infections associated with use of inhaled corticosteroids in

children with asthma: subgroup analyses

eFigure 1.ICS use and risk of respiratory infections: dose-response relationship

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120

eTable 1. Assessment of risk of bias in included trials

Study Selection bias (sequence generation &

allocation concealment)

Performance bias & detection

bias(Blinding)

Attrition bias

(Incomplete outcome data)

Outcome reporting bias (Selective outcome reporting)

Allen 199816 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting bronchitis, otitis, pharyngitis, sinusitis and UTRI,

unpublished data obtained through ClinicalTrials.gov)

Baker 199947 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) NA* NA Becker 200617 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (quasi-ITT population) Low (reporting pharyngitis and URTI)

Berger 200518 Unclear (block randomization, but no details

reported for allocation concealment)

Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting otitis, pharyngitis and sinusitis)

Berger 200619 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting pharyngitis, otitis, URTI)

Carlsen 200520 Unclear (computer-generated randomization, but

no details reported for allocation concealment)

Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting otitis, pharyngitis and UTRI, unpublished data obtained

through ClinicalTrials.gov) Connett 199348 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) NA NA

de Blic 199621 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) High (reporting only URTI)

FLTA2007 200540 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting pneumonia, otitis, pharyngitis, sinusitis and UTRI) FMS30059 200546 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting sinusitis and viral infections)

Gelfand 200622 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting pharyngitis, sinusitis and UTRI)

Hofstra 200049 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) NA NA Jónasson 199850

Unclear (block randomization, but no details

reported for allocation concealment)

Low (double-blind) NA NA

Katz 199823 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting pneumonias, bronchitis, otitis, pharyngitis and UTRI, unpublished data obtained through ClinicalTrials.gov)

Kerwin 200851 Unclear (computer-generated randomization, but

no details reported for allocation concealment)

Low (double-blind) NA NA

Kooi 200824 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) High (reporting only URTI)

LaForce 200025 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting sinusitis and URTI)

Levy 200626 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting otitis, pharyngitis, sinusitis and UTRI, unpublished data obtained through ClinicalTrials.gov)

Mackenzie 199327 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting pneumonias, bronchitis, otitis, pharyngitis and UTRI,

unpublished data obtained through ClinicalTrials.gov) Martinez 201128 Low (central randomization) Low (double-blind) Low (ITT population) High (reporting only bronchitis)

Nayak 200229 Unclear (computer-generated randomization, but

no details reported for allocation concealment)

Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting pharyngitis, sinusitis and UTRI)

NCT00163293 201241 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting pneumonia, otitis, pharyngitis, sinusitis and UTRI)

NCT00392288 201242 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (quasi-ITT population) Low (reporting pharyngitis and UTRI)

NCT00569192 201343 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (quasi-ITT population) Low (reporting pneumonia and UTRI) NCT00920959 201344 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting pneumonia, otitis, pharyngitis, sinusitis and UTRI)

NCT01136382 201445 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting pharyngitis and UTRI )

Peden 199830 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting pneumonia, otitis, sinusitis and UTRI, unpublished data obtained through ClinicalTrials.gov)

Pedersen 201031 Unclear (computer-generated randomization, but

no details reported for allocation concealment)

Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting pharyngitis and UTRI)

Qaqundah 200632 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting bronchitis, otitis, pharyngitis and UTRI)

Schokker 200833 Unclear (computer-generated randomization, but

no details reported for allocation concealment)

Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting otitis and UTRI)

Shapiro 1998a52 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) NA NA

Shapiro 1998b53 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) NA NA

Shapiro 200134 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting pharyngitis and sinusitis)

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Silverman 200638 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting pneumonia, bronchitis, otitis, pharyngitis and sinusitis)

Simons 199754 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) NA NA Skoner 200835 Low (central randomization) Low (double-blind) Low (quasi-ITT population) High (reporting only pharyngitis)

Skoner 201036 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting pharyngitis and UTRI)

Skoner 201137 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting bronchitis, otitis, pharyngitis, sinusitis and URTI) Wasserman 200639 Unclear (no details reported for both) Low (double-blind) Low (ITT population) Low (reporting bronchitis, pharyngitis, sinusitis and URTI )

*NA: not applicable due to no reporting of quantitative data of adverse events

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122

Table 2. Risk of respiratory infections associated with use of inhaled corticosteroids in children with asthma:

subgroup analyses

Subgroups Pneumonia Bronchitis Otitis media Sinusitis

RR (95% CI) Trial

(n) RR (95% CI) Trial

(n) RR (95% CI) Trial

(n) RR (95% CI) Trial

(n)

Type of IC

Beclomethasone

Fluticasone

Budesonide

Mometasone

Ciclesonide

p*=0·71

-

0·43 (0·11 to 1·71)

0·66 (0·44 to 0·97)

-

1·64 (0·07 to 39·69)

0

5

3

0

1

p=0·94

1·56 (0·06 to 37·89)

0·88 (0·74 to 1·04)

1·14 (0·45 to 2·90)

0·90 (0·27 to 3·02)

-

1

6

1

1

0

p=0·80

-

1·12 (0·76 to 1·64)

1·08 (0·86 to 1·34)

0·72 (0·11 to 4·76)

2·17 (0·47 to 9·98)

0

12

2

2

1

p=0·61

1·96 (0·22 to 17·32)

0·84 (0·65 to 1·08)

0·96 (0·56 to 1·65)

1·45 (0·66 to 3·18)

1·08 (0·68 to 1·72)

1

7

3

2

2

Type of device

MDI

DPI

Nebulizer

p=0·52

2.02 (0·23 to 18·41)

0·62 (0·42 to 0·91)

1·34 (0·06 to 32·74)

2

6

1

p=0·92

0.86 (0·45 to 1·63)

0·89 (0·75 to 1·06)

-

4

5

0

p=0·21

1·57 (0·94 to 2·60)

0·92 (0·63 to 1·36)

0·93 (0·61 to 1·43)

7

9

1

p=0·69

0·97 (0·59 to 1·61)

0·86 (0·72 to 1·03)

1·33 (0·44 to 4·03)

6

8

1

Duration of

treatment

< 6 months

≥ 6 months

p=0·75

0·54 (0·17 to 1·76)

0·66 (0·44 to 0·98)

7

2

p=0·85

0.84 (0·47 to 1·48)

0·89 (0·75 to 1·06)

5

4

p=0·54

1.00 (0·66 to 1·52)

1·16 (0·93 to 1·44)

12

5

p=0·32

0·79 (0·63 to 1·06)

1·20 (0·89 to 1·61)

4

11

Patient’s age

< 4 yr

4–18 yr

P=0·38

2.45 (0·12 to 50·29)

0·63 (0·43 to 0·92)

1

8

p=0·87

0.84 (0·43 to 1·61)

0·89 (0·75 to 1·06)

3

6

p=0·97

1·04 (0·78 to 1·39)

1·05 (0·73 to 1·52)

5

12

p=0·60

1·06 (0·57 to 1.97)

0·89 (0·74 to 1·07)

3

12

Data source

Published

Unpublished

p=0·94

0·64 (0·43 to 0·95)

0·68 (0·17 to 2.78)

4

5

p=0·84

0·89 (0·74 to 1·08)

0·85 (0·57 to 1·26)

4

5

p=0·66

1·15 (0·78 to 1·69)

1·01 (0·68 to 1·50)

6

10

p=0·84

0·94 (0·76 to 1·16)

0·90 (0·62 to 1·29)

7

8

*p: p value for subgroup comparison using chi-squared test

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Table 2. continued

Subgroups Pharyngitis

RR (95% CI) Trial

(n)

Type of IC

Beclomethasone

Fluticasone

Budesonide

Mometasone

Ciclesonide

p=0·11

0·83 (0·43 to 1·59)

1·42 (1.01 to 1·84)

0·93 (0·82 to 1·06)

0·92 (0·61 to 1·40)

0·83 (0·56 to 1·22)

1

10

4

3

5

Type of device

MDI

DPI

Nebulizer

p=0·61

0·91 (0·67 to 1·22)

1·00 (0·89 to 1·12)

1·86 (0·40 to 8·63)

12

10

1

Duration of

treatment

< 6 months

≥ 6 months

p=0·72

0·98 (0·76 to 1·27)

1·04 (0·85 to 1·26)

18

5

Patient’s age

< 4 yr

4–18 yr

p=0·25

1·68 (0·70 to 3.97)

1·00 (0·85 to 1·15)

5

18

Data source

Published

Unpublished

p=0·51

0·94 (0·84 to 1.06)

1·07 (0·74 to 1·51)

11

12

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Figure 1. ICS use and risk of respiratory infections: dose-response relationship

RTI: respiratory tract infections; ES: effect size; RR > 1 favours lower doses, suggesting a greater risk

of respiratory infections in subgroup higher doses.