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RUBENS PALMA FILHO EFEITOS DA OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA EM LESÕES ACTÍNICAS DA VEIA CAVA E AORTA INFRA-RENAL. ESTUDO EXPERIMENTAL EM RATOS Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo, para obtenção do Título de Doutor em Ciências. SÃO PAULO 2007 Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.

EFEITOS DA OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA EM LESÕES … · segmento de veia cava e aorta pinçados para serem ressecados..... 9 Figura 4 - Foto onde se observa o grupo de três animais

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RUBENS PALMA FILHO

EFEITOS DA OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA EM LESÕES

ACTÍNICAS DA VEIA CAVA E AORTA INFRA-RENAL. ESTUDO

EXPERIMENTAL EM RATOS

Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo, para obtenção do Título de Doutor em Ciências.

SÃO PAULO 2007

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RUBENS PALMA FILHO

EFEITOS DA OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA EM LESÕES

ACTÍNICAS DA VEIA CAVA E AORTA INFRA-RENAL. ESTUDO

EXPERIMENTAL EM RATOS

Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo, para obtenção do Título de Doutor em Ciências.

ORIENTADOR: Prof. Dr. Paulo de Oliveira Gomes CO-ORIENTADORA: Profa. Dra. Maria Ligia Lyra Pereira

SÃO PAULO 2007

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Palma Filho, Rubens Efeitos da oxigenoterapia hiperbárica em lesões actínicas da veia cava e

aorta infra-renal. Estudo experimental em ratos/Rubens Palma Filho – São Paulo, 2007

xviii, 63f Tese (Doutorado) – Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de

Medicina. Programa de Pós-Graduação em Cirurgia e Experimentação. Hyperbaric oxygen on radiation injuries in the vena cava and aorta of rats. 1. Oxigenação hiperbárica. 2 Radioterapia. 3. Veia Cava. 4. Aorta.

5.Apoptose.

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, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA UNIFESP-EPM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

CIRURGIA E EXPERIMENTAÇÃO COORDENADOR: Prof. Dr. José Luiz Martins

TESE DE DOUTORADO

AUTOR: Rubens Palma Filho ORIENTADOR: Prof. Dr. Paulo de Oliveira Gomes CO-ORIENTADORA: Profa. Dra. Maria Ligia Lyra Pereira TÍTULO: Efeitos da oxigenoterapia hiperbárica em lesões actínicas da veia cava e aorta infra-renal. Estudo experimental em ratos. BANCA EXAMINADORA: 1- Presidente: Prof. Dr. Paulo de Oliveira Gomes Professor Adjunto do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de São Paulo UNIFESP-EPM. MEMBROS EFETIVOS: 2 – Prof. Dr. Newton de Barros Junior

Professor Adjunto da Disciplina de Cirurgia Vascular da Universidade Federal de São Paulo. UNIFESP-EPM. 3 – Prof. Dr. Carlos Henrique de Alvarenga Bernardes

Professor Titular da Disciplina de Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina da Universidade Metropolitana de Santos / UNIMES. 4 – Prof. Dr. Paulo Eduardo Soares Novaes

Professor Assistente da Disciplina de Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade Metropolitana de Santos / UNIMES..

5 – Profa. Dra. Regina de Faria Bittencourt da Costa

Professora Doutora em Medicina pela UNIFESP / Chefe do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital Heliópolis. MEMBROS SUPLENTES 1- Profa. Dra. Edna Frasson de Souza Montero

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Professor Adjunto da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Universidade Federal de São Paulo-Escola Paulista de Medicina. 2 - Prof. Dr. Ângelo Sementilli Professor Adjunto da Disciplina de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas de Santos / UNILUS.

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“O valor do homem está nas poucas coisas que cria e não nas muitas que acumula”.

Gibran Khalil Gibran

1883-1931

DEDICATÓRIA

Aos meus pais Rubens e Marly, pelo exemplo de vida, perseverança, honestidade e

respeito ao próximo. Agradeço a vocês por minha formação e por todo amor dedicado.

À minha Mônica; por seu apoio em todas as horas, por seu amor incondicional.

Agradeço seu esforço em conciliar suas atividades de mãe, esposa e médica.

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Ao meu pequeno Gabriel, filho amado; você é minha inspiração e esperança em dias

melhores para o nosso mundo.

As minhas irmãs; Rogéria, Eugênia e Ana. Agradeço a vocês pelo amor, carinho e

paciência dedicados em todos os momentos.

AGRADECIMENTO ESPECIAL

Ao meu orientador Prof. Dr. Paulo de Oliveira Gomes, Professor Adjunto do

Departamento de Cirurgia e Orientador do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia e

Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina,

orientador deste trabalho, por todo incentivo e ensinamentos. Muito obrigado por ter me

acolhido como seu aluno e pela confiança em mim depositada

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À minha co-orientadora Profa. Dra. Maria Ligia Lyra Pereira. Não tenho como

expressar minha gratidão pela oportunidade de participar desta linha de pesquisa que foi

criada graças a seu brilhantismo como médica e pesquisadora.

AGRADECIMENTOS

À UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – ESCOLA PAULISTA DE

MEDICINA – UNIFESP-EPM, por ter me recebido como aluno do Programa de Pós-

Graduação em Cirurgia e Experimentação, possibilitando minha titulação.

Ao Prof. Dr. José Luiz Martins, Professor Adjunto, Livre-Docente da Disciplina de

Cirurgia Pediátrica e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia e

Experimentação da UNIFESP-EPM, agradeço a confiança em meu trabalho, valiosos

ensinamentos e orientação.

Ao Prof. Dr. Djalma José Fagundes, Professor Adjunto da Disciplina de Técnica

Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM, pelas informações e conhecimentos

de grande valia.

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Ao Prof. Dr. João Luiz Moreira Coutinho de Azevedo, Professor Adjunto da

Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM, pelos

ensinamentos dirigidos principalmente à língua portuguesa e à metodologia científica.

Ao Prof. Dr. Murched Omar Taha, Professor Afiliado ao Departamento de Cirurgia

da UNIFESP-EPM, pelos ensinamentos transmitidos.

Ao Prof. Dr. Manuel de Jesus Simões, Professor Livre Docente Chefe da Disciplina

de Histologia e Biologia Estrutural do Departamento de Morfologia da UNIFESP-EPM, por

sua valiosa contribuição na elaboração do estudo histológico desta pesquisa.

Ao Prof. Dr. João Francisco Junior, Professor Adjunto da Disciplina de Técnica

Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM, por seus ensinamentos durante o

curso de pós-graduação.

Ao Prof. Dr. Hélio Plapler, Professor Adjunto da Disciplina de Técnica Operatória e

Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM, por seus ensinamentos em informática e análise de

projetos.

Ao meu amigo cirurgião vascular Dr. Kleber Fabbri das Neves Louro, por sua

amizade e colaboração. Muito obrigado.

À amiga e funcionária da UNIFESP-EPM Elaine Maria Alves Bazzi Dantas, pela

amizade, apoio e paciência nestes anos de muito trabalho. Muito obrigado pela colaboração

nesta pesquisa.

À estatística Sandra Malagutti, pelo talentoso desempenho estatístico na realização

deste trabalho.

Ao Prof. Osimar de Carvalho Sanches, Professor assistente da Universidade do Oeste

Paulista, por sua valiosa contribuição na realização desta pesquisa.

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A Prof. Dra. Celina Tizuko Fugiyama Oshima, Professora do Departamento de

Patologia Estrutural da UNIFESP-EPM, por sua inestimável contribuição no estudo imuno-

histoquímico deste trabalho.

À Valdelice Justiniano Soares, secretária do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia

e Experimentação da UNIFESP, pela sua amizade, apoio e disponibilidade na execução deste

trabalho.

À Benedita Salete Costa Lima Valverde e Rita de Cássia Almeida Bonfim

funcionárias da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP, pela

colaboração durante a realização do presente trabalho.

Aos colegas do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia e Experimentação da

UNIFESP, pela convivência, amizade e ajuda na formação do espírito crítico.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Fluxograma dos diferentes procedimentos realizados nos animais

dos quatro grupos.............................................................................

6

Figura 2 - Foto de um animal do grupo simulado (GS) onde se observa o

segmento de veia cava e aorta infra-renal a ser ressecado..............

8

Figura 3 - Foto de um animal do grupo irradiado (RT) onde se observa o

segmento de veia cava e aorta pinçados para serem

ressecados........................................................................................

9

Figura 4 - Foto onde se observa o grupo de três animais com placa de

chumbo protetora focalizando a área efetiva de exposição à

radiação............................................................................................

10

Figura 5 - Foto de três animais em posição sob o aparelho de ortovoltagem

e prontos para iniciar a exposição à Radiação..............................

11

Figura 6 - Foto dos animais em câmara hiperbárica de acrílico para animais

de pequeno porte, sob três atmosferas absolutas de pressão (3

ATA)................................................................................................

12

Figura 7 - Fotomicrografia em HE aumento de 4x onde podemos observar

segmento de veia cava e aorta infra-renal no GS............................

34

Figura 8 - Fotomicrografia em HE do segmento de veia cava aumento de

40x, onde podemos observar a ausência de alterações no GOHB...

34

Figura 9 - Fotomicrografia em HE do segmento de veia cava aumento de

40x, onde podemos observar lesões nas camadas íntima, média e

adventícia no GRT...........................................................................

35

Figura 10 - Fotomicrografia em HE do segmento de veia cava aumento de

40x, onde podemos observar áreas de ausência de endotélio no

GRT.................................................................................................

35

Figura 11 - Fotomicrografia em HE do segmento de aorta, aumento de 40x

onde podemos observar as 3 camadas sem alterações no GOHB..

36

Figura 12 - Fotomicrografia em HE do segmento de aorta aumento de 40x,

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onde podemos observar a tumefação da vaso-vasorum na camada

adventícia do GRT...........................................................................

36

Figura 13 - Fotomicrografia em HE do segmento de aorta, aumento de 40x,

onde podemos observar a normalidade da vasa-vasorum na

camada adventícia do GRT/OHB....................................................

37

Figura 14 - Fotomicrografia em AgNOR do segmento de veia cava, aumento

de 100x, no GRT, onde podemos observar a escassez de NORs....

37

Figura 15 - Fotomicrografia em AgNOR do segmento de veia cava, aumento

de 100x, no GRT/OHB, onde podemos observar o aumento do

número de NORs nas camadas íntima e média...............................

38

Figura 16 - Fotomicrografia em AgNOR do segmento de aorta, aumento de

100x, no GRT, onde podemos observar a escassez do número de

NORs...............................................................................................

38

Figura 17 - Fotomicrografia em AgNOR do segmento de aorta, aumento de

100x, no GRT/OHB, onde podemos observar o aumento do

número de NORs na camada média................................................

39

Figura 18 - Fotomicrografia do segmento de veia cava do GS, onde podemos

observar a escassez de células coradas em castanho expressando a

positividade à caspase-3. (Imuno-histoquímica - 40x)....................

39

Figura 19 - Fotomicrografia do segmento de veia cava do GOHB, onde

podemos observar a escassez de células coradas em castanho

expressando a positividade a caspase-3. (Imuno-histoquímica -

40x)..................................................................................................

40

Figura 20 - Fotomicrografia do segmento de veia cava do GRT, onde

podemos observar a presença de células caspase positivas coradas

em castanho nas camadas íntima, média e adventícia. (Imuno-

histoquímica – 40x).........................................................................

40

Figura 21 - Fotomicrografia do segmento de veia cava do GRT/OHB, onde

podemos observar a escassez de células coradas em castanho

expressando a positividade a caspase-3. (Imuno-histoquímica –

40x)..................................................................................................

41

Figura 22 - Fotomicrografia do segmento de Aorta do GS, onde não se

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observa células coradas em castanho expressando a positividade a

caspase-3 nas camadas íntima, média e adventícias. (Imuno-

histoquímica – 40x).........................................................................

41

Figura 23 - Fotomicrografia do segmento de Aorta do GOHB, onde podemos

observar a escassez de células em castanho caspase positivas.

(Imuno-histoquímica – 40x)............................................................

42

Figura 24 - Fotomicrografia do segmento de Aorta do GRT, onde podemos

observar a presença de células coradas em castanho caspase

positivas nas camadas, íntima e média. (Imuno-histoquímica –

40x)..................................................................................................

42

Figura 25 - Fotomicrografia do segmento de Aorta do GRT, onde podemos

observar a presença de células castanhas caspase positivas.

(Imuno-histoquímica – 40x)............................................................

43

Figura 26 - Fotomicrografia do segmento de Aorta do GRT, onde podemos

observar a presença de células castanhas caspase positivas na

camada adventícia, inclusive na vasa-vasorum. (Imuno-

histoquímica - 40x)..........................................................................

43

Figura 27 - Fotomicrografia do segmento de Aorta do GRT/OHB, onde se

pode observar intensa vacuolização e escassas células castanhas

caspase positivas. (Imuno-histoquímica - 40x)...............................

44

Figura 28 - Fotomicrografia do segmento de Aorta do GRT/OHB, onde

podemos observar escassas células castanhas caspase

positivas nas distintas camadas da artéria. (Imuno-

histoquímica – 40x).......

44

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Medidas resumo das variáveis de peso em gramas nos instantes pré

e pós, segundo o grupo.........................................................................

17

Tabela 2 - Medidas resumo da diferença dos pesos em gramas (pós-pré),

segundo o grupo...................................................................................

18

Tabela 3 - Medidas resumo da porcentagem de ausência de endotélio na

camada íntima da veia observados em toda sua circunferência em

aumento de 40 vezes.............................................................................

19

Tabela 4 - Medidas resumo da porcentagem de lesão da vasa-vasorum na

camada adventícia da artéria observadas em toda sua circunferência

em aumento de 40 vezes.......................................................................

20

Tabela 5 - Medidas resumo dos três segmentos da parede arterial ( íntima,

camada média e adventícia) para a contagem de NORs observados

em 100 células pelo método de AgNor................................................

22

Tabela 6 - Medidas resumo dos três segmentos da parede venosa (íntima,

camada média e adventícia) para a contagem de NORs observados

em 100 células pelo método de AgNor................................................

25

Tabela 7 - Medidas resumo dos três segmentos da parede arterial (íntima,

camada média e adventícia), dos percentuais de células caspase

positivas em relação ao total de células encontradas em 20 campos

aleatórios com aumento de 40 vezes em Imuno-histoquímica

(Caspase 3 Clivada)..............................................................................

28

Tabela 8 - Medidas resumo dos três segmentos da parede venosa (íntima,

camada média e adventícia), dos percentuais de células caspase

positivas em relação ao total de células encontradas em 20 campos

aleatórios com aumento de 40 vezes em imuno-histoquímica

(caspase 3 clivada)................................................................................

31

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Valores em gramas de peso dos ratos dos diferentes grupos ao

início dos procedimentos...............................................................

17

Gráfico 2 - Variação do peso dos ratos em gramas, dos diferentes grupos ao

final dos procedimentos..................................................................

18

Gráfico 3 - Valores percentuais da ausência de endotélio na camada íntima

das veias nos diferentes grupos......................................................

19

Gráfico 4 - Valores percentuais do número de vasa-vasorum lesadas na

camada adventícia das artérias dos diferentes

grupos..............................................................................

20

Gráfico 5 - Contagem do número de NORs por células da camada íntima das

artérias nos diferentes grupos.........................................................

23

Gráfico 6 - Contagem do número de NORs por células da camada média das

artérias nos diferentes grupos.........................................................

23

Gráfico 7 - Contagem do número de NORs por células da camada adventícia

das artérias nos diferentes grupos...................................................

24

Gráfico 8 - Contagem do número total de NORs por células das três

camadas das artérias nos diferentes grupos..................................

26

Gráfico 9 - Contagem do número de NORs por células da camada íntima das

veias nos diferentes grupos.............................................................

26

Gráfico 10 - Contagem do número de NORs por células da camada média

das veias nos diferentes grupos......................................................

26

Gráfico 11 - Contagem do número de NORs por células da camada adventícia

das veias nos diferentes grupos......................................................

27

Gráfico 12 - Contagem do número total de NORs por células das três

camadas das veias nos diferentes grupos.......................................

27

Gráfico 13 - Valores percentuais de células caspase positivas nos diferentes

grupos na camada íntima das artérias.............................................

29

Gráfico 14 - Valores percentuais de células caspase positivas nos diferentes

grupos na camada média das artérias............................................

29

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Gráfico 15 - Valores percentuais de células caspase positivas nos diferentes

grupos na camada adventícia das artérias.......................................

30

Gráfico 16 - Valores percentuais de células caspase positivas nos diferentes

grupos na camada íntima das veias................................................

32

Gráfico 17 - Valores percentuais de células caspase positivas nos diferentes

grupos na camada média das veias.................................................

32

Gráfico 18 - Valores percentuais de células caspase positivas nos diferentes

grupos na camada adventícia das veias..........................................

33

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LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

- micrômetro

C - graus Celsius

ATA - atmosfera absoluta cm - centímetro

D.P. – desvio padrão F- análise da variância paramétrica

g - grama GL - Gal Lussac

GOHB – grupo oxigenoterapia hiperbárica GRT – grupo radioterapia

GRT/OHB – grupo radioterapia e oxigenoterapia hiperbárica GS – grupo simulado

Gy – gray mg - miligrama

mg.Kg -1 - miligrama por kilograma min - minuto

ml - mililitro NS - não significante

OHB – oxigenoterapia hiperbárica RT - radioterapia

RT/OHB - radioterapia e oxigenoterapia hiperbárica AgNOR – região organizadora de nucléolos argintofílicos

NORs – região organizadora de nucléolos

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RESUMO Objetivos: Estudar o efeito da Oxigenoterapia Hiperbárica sobre as lesões causadas pela

radiação ionizante na veia cava e aorta. Método: Foram utilizados 32 ratos adultos

distribuídos aleatoriamente em 4 grupos: 3 no grupo controle; 10 no grupo oxigenoterapia

hiperbárica (5 sessões e 3 ATA e após 3 dias, operados), 9 no grupo radioterapia (8 sessões de

5Gy, atingindo 54Gy, sendo operados após 7 dias), 10 no grupo radioterapia e oxigenoterapia

hiperbárica (procedimento radioterapia, observação por 7 dias, submetidos a 5 sessões de

oxigenoterapia hiperbárica e após 3 dias, são operados. Ressecamos a veia cava e aorta infra-

renal para estudo morfológico (integridade endotelial, infiltrado inflamatório e integridade da

vasa-vasorum), avaliação do ciclo celular pelo método do AgNOR e índice de apoptose nas

distintas camadas dos vasos, através da Caspase-3 (imuno-histoquímica). Resultados: O

grupo radioterapia – oxigenoterapia hiperbárica apresentou diminuição estatisticamente

significativa das alterações morfológicas em vasa-vasorum, aumento da atividade celular na

camada média e também diminuição do índice de apoptose nas camadas íntima e média da

aorta infra-renal quando comparados ao grupo apenas submetidos à radiação ionizante. A

lesões rádio induzidas na veia cava não apresentaram melhora significativa com a

oxigenoterapia hiperbárica Conclusão: A oxigenoterapia hiperbárica é capaz de minimizar as

lesões radio-induzidas em fase aguda em aorta.

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ABSTRACT Objectives: The role of hyperbaric oxygen treatment on radiation injuries in vena cava and

aorta. Methods: It was chosen 32 rats distributed in 4 groups: 3 surgery; 10 hyperbaric

oxygenation (5 exposures to 3 ATA for 90 minutes and after 3 days surgery); 9 radiotherapy

(8 exposures of 5 Gy each reaching a total dose of 54 Gy in the vena cava and aorta, after

7days, surgery procedures), and 10 radiotherapy/ hyperbaric oxygenation (8 exposures of 5

Gy each reaching a total dose of 54 Gy, after 7 days, 5 exposures to 3 ATA for 90 minutes

and after 3 days surgery). The vena cava and aorta species were studied by histological

morphology, histochemical (AgNOR), and immunocytochemical aspects (caspase-3).

Results: There have been statistically significant differences among the group radiotherapy

and radiotherapy/hyperbaric oxygenation in morphological aspects of aorta vasa-vasorum,

cellular cycle of the media aorta wall and decrease at apoptosis index in the endothelium and

media. There have been no statistically significant differences among the group radiotherapy

and radiotherapy/hyperbaric oxygenation in vena cava. Conclusion: The hyperbaric

oxygenation reduced the radiation injures in the aorta wall.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 1

2. OBJETIVOS....................................................................................................... 4

3. MÉTODOS......................................................................................................... 5

4. RESULTADOS.................................................................................................. 17

5. DISCUSSÃO...................................................................................................... 45

6. CONCLUSÕES.................................................................................................. 54

7. REFERÊNCIAS................................................................................................. 55

8. NORMAS ADOTADAS.................................................................................... 59

APÊNDICE......................................................................................................... 60

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1. INTRODUÇÃO

A radioterapia demonstrou ser eficaz no tratamento curativo e paliativo dos tumores

pélvicos1.

Apesar da melhora nos resultados com aumento da longevidade e diminuição no

índice de recidiva local, os efeitos precoces e tardios da radiação sobre os órgãos pélvicos

também aumentaram na proporção direta da difusão de método, portanto os cuidados para

minimizar estes efeitos são tão importantes quanto a sua indicação e utilizações precisas2-5.

A resposta dos tecidos normais à radiação representa a soma e a interação dos danos

em todos os diferentes tipos de células componentes desse tecido6.

Existe diferença na resposta radiobiológica entre o tecido normal e o tecido tumoral,

bem como entre os diferentes tecidos normais e estão relacionadas com a capacidade da célula

em reparar ou não as lesões radioinduzidas7.

As lesões vasculares induzidas pela radioterapia foram reconhecidas e estudadas desde

a década de 60, e hoje já são conhecidos seus efeitos, como a precocidade e aceleração do

processo aterosclerótico, fibroses, tromboses e conseqüente diminuição do fluxo em inúmeros

órgãos e sistemas8,9.

A morte celular aguda, particularmente a das células endoteliais vasculares, pode

causar disfunção orgânica tardia dentro de vários meses ou anos após a exposição a

radiação10,11.

Estas lesões podem ser precoces (até seis meses após a exposição à radiação

ionizante), ou tardias (após seis meses), acometem tanto artérias quanto veias, em todos os

calibres, sendo que a camada endotelial é a mais acometida na fase precoce, podendo levar a

estenoses e/ou tromboses.

As camadas médias e adventícias quando muito comprometidas nas artérias podem

evoluir com dilatação aneurismática e ruptura, levando às situações dramáticas10.

A abordagem operatória dos vasos severamente acometidos pela doença

aterosclerótica em territórios previamente irradiados (segmento Aorto-ilíaco ou Carotídeo),

bem como o tratamento das tromboses e/ou estenoses em veias comprometidas pelos efeitos

da radiação ionizante demonstrou ser um verdadeiro desafio e os resultados obtidos nesses

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2

procedimentos, muitas vezes inadequados, mesmo quando realizados por cirurgiões

experientes, tornou-se tema de intensa investigação científica12-15.

O aparecimento de lesão actínica está associado ao aumento de fenômenos

apoptóticos, ou à morte celular programada 6,7. Estas alterações podem ser detectadas através

da observação das alterações morfológicas e por estudos imuno-histoquímicos6,7,16.

O ciclo celular em condições de morte celular seja por apoptose ou por necrose,

também são comprometidos nessas situações e podem ser avaliados por método histoquímico

onde se observa a diminuição do número de Regiões Controladoras de Nucléolos (NORs)17

O processo de apoptose é desencadeado por uma cascata de reações bioquímicas de

enzimas proteolíticas, sendo que dentro das principais proteases responsáveis estão as do

grupo das caspases, em especial as denominadas caspase-3. A sua presença é indicativa do

aparecimento de fenômenos apoptóticos antes mesmo da expressão morfológica celular

ocorrer. Funciona com um excelente marcador prognóstico e diagnóstico de apoptose 18.

A Oxigenoterapia hiperbárica (OHB) seria uma das opções para diminuir os efeitos

adversos da radioterapia, diminuindo seus efeitos sobre as estruturas vasculares16.

A ação da OHB potencializa o efeito radiobiológico, quando realizada concomitante às

sessões de radioterapia. O aumento na oferta de oxigênio amplia a produção de radicais livres,

com aumento da lesão oxidativa do ácido desoxirribonucléico (DNA) e agravamento no

índice de morte celular18,19.

Por outro lado a OHB promove também aumento na produção de óxido nítrico, com

conseqüente vaso dilatação local, o que diminuiria a isquemia na fase aguda da aplicação

ionizante e seria um dos mecanismos de diminuição de fenômenos apoptóticos, sendo assim

um fator de proteção às lesões radio induzidas20-24.

As lesões radio induzidas que ocorrem sobre as distintas camadas da veia cava e aorta

são potencialmente graves e de difícil tratamento e a revisão da literatura biomédica não

proporcionou o encontro de trabalhos em animais de experimentação que analisassem os

efeitos da OHB sobre o sistema vascular irradiado25.

Desse modo, pareceu pertinente realizar em um modelo experimental de doença onde

pudéssemos avaliar os eventuais efeitos das oxigenoterapia hiperbárica sobre a veia cava e

aorta infra-renal de ratos submetidos à radiação ionizante.

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3

As possíveis alterações morfológicas e morfométricas, uma avaliação histoquímica e

imuno-histoquímica pela caspase-3 foram utilizadas como parâmetros que poderiam

estabelecer a relação entre a radiação ionizante e a aplicação da OHB.

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4

2. OBJETIVOS

Geral:

Estudar o efeito da oxigenoterapia hiperbárica sobre as lesões radio induzidas na veia cava e

aorta infra-renal.

Especifico:

Estudar o efeito da oxigenoterapia hiperbárica através de métodos morfológicos,

histoquímicos e imuno-histoquímicos sobre as lesões actínicas da veia cava e aorta infra-

renal.

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3. MÉTODOS

Amostra

Foram utilizados 32 ratos adultos (Rattus norvegicus albinus), da linhagem Wistar-

OUT EPM-l, originários do Laboratório Charles Rivers com peso médio de 265 gramas

(variação de 250 a 280g), com idade entre dois e três meses, provenientes do Biotério da

Faculdade de Ciências Médicas de Santos, Universidade Lusíadas (FCMS-UNILUS).

Os animais foram alojados no referido Biotério em gaiolas de 40x30x25cm, com água

e ração balanceada ad libitum, iluminação controlada por ciclo de doze horas claro e doze

horas escuro, limpeza diária das gaiolas, temperatura e umidade mantidas por ar

condicionado.

A distribuição aleatória dos animais em 4 grupos foi a seguinte:

Grupo Simulado (GS): 3 animais anestesiados e submetidos à ressecção do segmento de veia

cava e aorta infra-renal.

Grupo Radioterapia (GRT): 9 animais submetidos a oito sessões de radioterapia (60Gy),

que após sete dias foram anestesiados e submetidos a ressecção do segmento de veia cava e

aorta infra-renal.

Grupo Oxigenoterapia Hiperbárica (GOHB): 10 animais submetidos a sessões diárias de

oxigenação hiperbárica por cinco dias e que após três dias foram anestesiados e submetidos à

ressecção do segmento de veia cava e aorta infra-renal.

Grupo Radioterapia e Oxigenoterapia Hiperbárica (GRT/OHB): 10 animais submetidos a

oito sessões de radioterapia (60Gy) e que após sete dias da última aplicação foram expostos a

sessões diárias de OHB por cinco dias ; após três dias foram anestesiados e submetidos à

ressecção de veia cava e aorta infra-renal.

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6

.

Figura 1 – Fluxograma dos diferentes procedimentos realizados nos animais dos quatro grupos.

RESSECÇÃO DE SEGMENTO DE

GOHB

GRUPOS

RTA 8 SESSÕES

OHB 5 SESSÕES

GRT/OHB

GS

8º DIA:

RESSECÇÃO +

RTA 8 SESSÕES

7 DIAS OBSERVAÇÃO 3 DIAS

OBSERVAÇÃO 7 DIAS OBSERVAÇÃO

9º DIA:

RESSECÇÃO +

5 DIAS OHB

3 DIAS OBSERVAÇÃO

16º DIA:

RESSECÇÃO +

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7

PROCEDIMENTOS

Os procedimentos foram realizados no Laboratório de Técnica Cirúrgica da FCMS-

UNILUS, após aprovação do Projeto de Pesquisa pelo Comitê de Ética em pesquisa (CEP) do

Hospital São Paulo – UNIFESP-EPM, protocolados sob o número 1353/05 e ratificado pela

FCMS-UNILUS.

Procedimento anestésico

Os animais foram pesados e submetidos à anestesia com zolazepam em combinação

com tiletamina* na dose de 50mg/kg, associada à analgesia com cloreto de petidina** a

0,2mg/kg em uma única aplicação por via intramuscular, no músculo gastrocnêmico medial.

A eficácia da anestesia e analgesia foram comprovadas pela perda do reflexo palpebral e da

retirada do membro pélvico ao estímulo doloroso provocados por preensão após dois minutos

da administração. Os animais foram mantidos em respiração espontânea.

___________ *Zoletil®

**Dolossal®

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8

Procedimento de radioterapia

Os animais do Grupo Radioterapia, em grupo de três animais em cada sessão, foram

pesados e após o procedimento anestésico, transportados em gaiolas de 40x30x25cm para o

Serviço de Radioterapia da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos.

Foram posicionados em decúbito dorsal horizontal sobre placa de acrílico. Para

exposição à radiação apenas do abdome inferior, foi posicionada uma placa de chumbo

protetora de 0,2cm de espessura, com três aberturas centrais de 4,5x4,5cm sobre o animal,

tendo como limite cranial a cicatriz umbilical e limite caudal a projeção óssea das espinhas

ilíacas ântero-superiores.

Cada animal foi submetido a oito sessões de radiação de 5Gy. A exposição foi obtida

através de um aparelho de ortovoltagem RT Muller 200, com filtro externo de meio milímetro

de cobre, para cento e sessenta quilovolts e quinze miliampéres, camada semi-redutora de

0,9mm de cobre acoplada a cone localizador de 20x24 centímetros e cinqüenta centímetros de

distância fonte-animal, durante treze minutos, três vezes por semana.

Foi obtida, de acordo com a tabela de efeito somatório de radiação, uma dose total de

60Gy na superfície do animal e de 54Gy no segmento aorto-ilíaco a ser estudado. Entre as

sessões os animais foram observados no biotério.

Após a última sessão os animais permaneceram sob observação por sete dias, quando

foram pesados, submetidos a procedimentos anestésico e operatório semelhantes aos dos

animais do Grupo Simulado.

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9

Figura 4 – Foto onde se observa o grupo de três animais com placa de chumbo

protetora focalizando a área efetiva de ex-posição à radiação.

Figura 5 – Foto de três animais em posição sob o aparelho de ortovoltagem e

prontos para iniciar a exposição à Radiação.

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10

Procedimento de Oxigenoterapia Hiperbárica

Os animais do Grupo Oxigenoterapia Hiperbárica foram pesados e levados ao

Laboratório de Técnica Cirúrgica da FCMS-UNILUS, onde foram colocados em grupos de

três animais, sem anestesia, em câmara hiperbárica de acrílico para animais de pequeno porte,

foram expostos a oxigenação hiperbárica a 3 atmosferas absolutas (ATA), por noventa

minutos por dia, durante cinco dias. Após três dias de observação foram submetidos aos

mesmos procedimentos anestésicos e operatórios descritos para os animais do Grupo

Simulado.

Figura 6 – Foto dos animais em câmara hiperbárica de acrílico para animais de pequeno

porte, sob três atmosferas absolutas de pressão (3 ATA).

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11

Procedimento de radioterapia e OHB

Os animais do Grupo Radioterapia e Oxigenoterapia Hiperbárica foram submetidos

numa primeira etapa ao processo de exposição à radioterapia, semelhante ao descrito para os

animais do grupo RT, e em seguida observados por sete dias. No oitavo dia foram expostos a

oxigenoterapia hiperbárica por cinco dias e após três dias submetidos aos procedimentos

anestésico e operatório, semelhantes ao descritos para os animais do grupo OHB.

Procedimento operatório

Os animais foram colocados sobre uma prancha, em decúbito dorsal horizontal, com

as extremidades dos membros torácicos e pélvicos imobilizados com fita adesiva.

Os pelos da parede ventral do abdome foram submetidos à epilação. Realizou-se a

anti-sepsia com tintura de iodo polivilpirrolidona com posterior delimitação da região

operatória com panos esterilizados.

Uma laparotomia, através de incisão longitudinal mediana, foi feita com bisturi de

lâmina 15, com 5 cm de extensão, interessando pele, tela subcutânea, linha Alba e o peritônio

parietal. O afastamento da parede abdominal e conseqüente exposição da cavidade abdominal

foi realizado com auxílio de um afastador auto-estático metálico.

Em cada animal foi realizada a exposição transperitonial do segmento de aorta infra-

renal e das artérias ilíacas, posteriormente os mesmos foram ligados e ressecados. A peça

operatória retirada foi colocada em solução salina de cloreto de sódio a 0,9% e posteriormente

em frasco contendo formalina a 10%

Foi realizado o fechamento da cavidade abdominal em plano único com fio de algodão

3.0

O procedimento de eutanásia foi realizado por aprofundamento da anestesia e

conseqüente depressão respiratória.

Os procedimentos foram semelhantes nos animais dos grupos OHB, RT e RT/OHB.

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12

Figura 2 – Foto de um animal do grupo simulado (GS) onde se observa o segmento de

veia cava e aorta infra-renal a ser ressecado.

Figura 3 – Foto de um animal do grupo irradiado (RT) onde se observa o segmento

de veia cava e aorta pinçados para serem ressecados.

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13

Coletas de amostras para o estudo histológico

As peças operatórias foram lavadas com solução salina e colocadas em solução de formalina a 10% por no mínimo vinte e quatro horas.

A preparação do tecido para confecção de lâminas26 incluiu a desidratação em álcoois

etílicos (70GL, 90GL e 100GL, consecutivamente), diafanização em xilol P.A (pró-análise) e

impregnação em parafina histológica (ponto de fusão 56 – 58 graus Centígrados), “a

temperatura de 59 graus Centígrados. Os blocos foram seccionados com micrótomo

rotativo*, ajustado para 3 milimícras de espessura, sempre no sentido transversal dos vasos,

de modo que pudessem ser observadas em toda espessura de sua parede. As lâminas obtidas

foram coradas com Hematoxilina e Eosina (HE), coloração de AgNOR e estudo imuno-

histoquímico, pela Caspase 3 clivada.

A análise dos dados microscópicos foi realizada no Laboratório de Histologia da

UNIFESP-EPM.

As imagens foram capturadas através de câmara de captura de imagem de alta

resolução, software AXIOcam MRC da ZEISS** e a leitura realizada em microscópio óptico

CARL ZEISS Axilab. O programa utilizado foi a Axiovision Rel 4.2 da ZEISS.

Os critérios de avaliação incluíram a descrição morfológica qualitativa e quantitativa

dos três segmentos da parede arterial e venosa (íntima, camada média e adventícia). Foi

avaliada em HE, a presença de necrose, descolamento endotelial, edema e células

inflamatórias na camada íntima. Na camada média foi verificada a presença de células

inflamatórias, edema e hemorragia e na camada adventícia, avaliamos a presença de

hemorragia, infiltrados inflamatórios e aspectos da vasa-vasorum (Aorta).

Esta avaliação foi realizada através da análise de toda a circunferência dos vasos, em

aumento de 40 vezes, nas lâminas obtidas de cada animal de cada grupo.

_____________________________ *Tipo MINOT®, marca REICHERT®, modelo 820. **marca ZEISS®. Modelo Standart 25 acoplado a um conjunto para fotomicrografia, marca ZEISS®, modelo MC 80.

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14

Estudo Histoquímico – Técnica do AgNOR

As amostras de aorta e veia cava dos diferentes grupos foram fixadas em solução de

formol a 10% tamponado, pH 7,0 por 24 a 48 horas e depois lavadas em água corrente por

uma hora. Após isso o material foi transferido para uma solução de álcool a 70% e

processadas de acordo com a técnica de rotina para microscopia óptica. Com o auxílio do

micrótomo rotativo secções de 5 µm de espessura foram obtidas. Os cortes foram

desparafinizados, hidratados em série alcoólica decrescente e lavados em água destilada

deionizada. Foram então incubadas em câmara úmida ao abrigo da luz por 30 minutos, a 60ºC

em solução contendo nitrato de prata. A solução a base de nitrato de prata para uso é

constituída de uma parte da solução A (1 grama de gelatina incolor, 0,5 ml de ácido fórmico e

50ml de água deionizada), para duas partes da solução B (12,5gramas de nitrato de prata e 25

ml de água deionizada). Quando as amostras apresentaram coloração marrom escura, as

lâminas foram retiradas da solução corante e lavadas em água deionizada morna (45ºC), para

retirar o precipitado formado pela gelatina. A seguir as mesmas foram passadas em solução de

tiossulfato de sódio a 5% por 5 minutos, com a finalidade de retirar a prata reduzida

depositada sobre as células27-29. Em seguida as lâminas foram desidratadas para o

procedimento de montagem. Foi contado o número de NOR por núcleo em cada uma das

camadas da veia cava e aorta em 100 células, em aumento de 100x.

Estudo Imuno-histoquímico – Caspase 3 clivada

O procedimento de coloração imuno-histoquímica para a marcação da caspase-3 foi

realizado no laboratório de patologia estrutural da UNIFESP-EPM.

Foram realizados cortes histológicos de 3 µm de espessura do material incluído em

parafina, foram colados em lâminas de vidro previamente tratadas com adesivo as bases de 3-

aminopropyl-triethoxy-silane۠* e deixadas por 24 horas em estufa regulada a 60ºC. Os cortes

foram desparafinizados em xilol por 5 minutos (3 banhos), hidratados em álcol etílico

absoluto (4 banhos) e lavados com solução salina tamponada (SST) em pH 7,4 por 5 minutos;

posteriormente os cortes foram tratados com perióxido de hidrogênio (H2O2) a 3% diluído em

SST por 5 minutos para bloqueio de peroxidase endógena. Utilizou-se o método de

recuperação de epítopos pelo calor (SST de citrato com pH 6,4 por 15 minutos em forno de

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15

microondas) para a pesquisa de caspase 3. Em seguida, os tecidos foram incubados com

anticorpo primário anti-caspase 3 em média por 16 horas, incluindo o período noturno. No dia

seguinte, após lavagem em SST, os cortes foram incubados com anticorpo secundário

biotinilado no diluição de 1: 300 (Vector Corporation, Burlingame, Califórnia, EUA). A

seguir realizou-se incubação 45 minutos com complexo ABC na proporção de 1 gota do

reagente A (avidina) e uma do reagente B (biotina ligada à peroxidase) na diluição de 5 ml de

solução tampão de TRIS e solução de peróxido de hidrogênio (H2O2) por 5 minutos. Os cortes

foram contra-corados com hematoxilina de Harris por 20 segundos ou verde de metila por 5

minutos com posterior desidratação em banhos de álcool etílico absoluto (5 banhos) e xilol (3

banhos). Todos os passos da reação imuno-histoquímica foram realizados à temperatura

ambiente, com exceção da incubação no forno de microondas. Entre cada passo da reação as

lâminas foram lavadas várias vezes com SST (pH = 7,4).

O programa de computador Axiovision Rel 4,2 – Zeiss® permitiu a marcação das

células coradas em marrom acastanhado (expressão imunohistoquímica da caspase 3), sua

contagem em 20 campos aleatórios, cálculo de sua porcentagem em relação às células não

coradas em marrom-castanho (células sem expressão imunohistoquímica da caspase 3) e

apresentação dessas medidas em média e desvio padrão. O índice de apoptose foi calculado

considerando a porcentagem de células apoptóticas marcadas em cada 1000 células contadas.

_________________ *Sigma, A-3648, USA.

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16

Estudo Estatístico

As variáveis foram representadas por média, desvio padrão (d.p.), mediana, valores

mínimo e máximo.

Foram utilizados testes não paramétricos devido à natureza das variáveis e à grande

variabilidade dentro dos grupos.

Os grupos foram comparados quanto à distribuição das variáveis pela Prova de

Kruskal-Wallis e foi aplicado o teste de comparações múltiplas de Dunn para localizar as

diferenças. Foi adotado o nível de significância de 0,05 (α = 5%) e níveis descritivos (p)

inferiores a esse valor foram considerados insignificantes e representados por *. Todas as

análises foram realizadas pelo programa estatístico SPSS versão 12.0 for Windows®.

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4. RESULTADOS Resultados da Análise Estatística

Tabela 1 - Medida resumo das variáveis de peso em gramas nos instantes pré e pós, segundo o grupo. Tempo Grupo N Média D.P. Mínimo Mediana Máximo Pré GS 3 253,3 5,8 250 250 260 GRT 9 258,9 12,7 250 250 280 GOHB) 10 264,0 19,0 230 265 290 GRT/OHB 10 253,0 4,8 250 250 260 p = 0,408 Pós GS 3 253,3 5,8 250 250 260 GRT 9 202,2 19,2 180 200 250 GOHB) 10 256,0 19,0 220 255 290 GRT/OHB 10 199,0 31,1 150 200 240

O resultado da Tabela 1 apresenta uma análise exploratória do peso e o resultado

obtido do teste comparativo (p = 0,408). O resultado mostra evidência de que não há

diferença dos pesos entre os grupos estudados.

GS GRT GOHB GRT/OHB

Grupo

240

260

280

Peso

(g) n

o pr

é-pr

oced

imen

to

p = 0,408

Gráfico 1 – Valores em gramas de peso dos ratos ao início dos

procedimentos nos diferentes grupos.

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18

Tabela 2 - Medidas resumo da diferença dos pesos em gramas (pós-pré), segundo o grupo.

Grupo N Média D.P. Mínimo Mediana Máximo p

GS 3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 <0,001 GRT 9 -56,7 19,4 -100,0 -50,0 -30,0 GOHB 10 -8,0 7,9 -20,0 -10,0 0,0 GTR/OHB 10 -54,0 30,3 -100,0 -55,0 -10,0 Teste de comparação múltipla: Simulado ≠ RT, RT/OHB; OHB ≠ RT, RT/OHB.

Os resultados da Tabela 2 apresentam uma análise exploratória da diferença entre os

pesos e o resultado obtido do teste comparativo (p < 0,001). O resultado mostra evidência de

diferença de peso entre os grupos estudados. Após realizar um teste de comparação múltipla a

fim de verificar quais grupos diferiram, constatou-se que houve diferença do grupo Simulado

com os grupos Radioterapia e Radioterapia/Oxigenoterapia; também houve diferença do

grupo Oxigenoterapia Hiperbárica com o grupo Radioterapia e Radioterapia/Oxigenoterapia

hiperbárica.

p < 0,001GSGRTGSGRT/OHBGOHB GRTGOHB GRT/OHB

GS GRT GOHB GRT/OHB

Grupo

-100

-75

-50

-25

0

Red

ução

de

Peso

(g) a

o fin

al d

o pr

oced

imen

to

Gráfico 2 – Variação do peso dos ratos em gramas, ao final dos procedimentos nos diferentes

grupos.

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19

Tabela 3 - Medidas resumo da porcentagem de ausência de endotélio na camada íntima da veia observadas em toda sua circunferência em aumento de 40 vezes.

Veia Grupo Média D.P. Mínimo Mediana Máximo p %Ausência de Endotélio

GS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 <0,001 GRT 23,89 15,77 0,00 20,00 50,00 GOHB 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 GRT/OHB 11,50 7,09 0,00 10,00 20,00

__________________________________________________________________________________

Teste de comparação múltipla: Ausência de Endotélio: GRT ≠GS, GRT ≠ OHB, GRT/OHB GS, GRT/OHB GOHB

GS GRT GOHB GRT/OHB

Grupo

0

10

20

30

40

50

Veia

s - A

usên

cia

de E

ndot

élio

(%) -

Cam

ada

Íntim

a

p < 0,001GSGRTGSGRT/OHBGOHB GRTGOHB GRT/OHB

Gráfico 3 – Valores percentuais da ausência de endotélio na camada íntima das

veias nos diferentes grupos.

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20

Tabela 4 - Medidas resumo da porcentagem de lesão da vasa-vasorum na camada adventícia da artéria observados em toda sua circunferência em aumento de 40 vezes.

Artéria %Lesão de Vasa-vasorum

GS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,001 GRT 50,00 41,53 0,00 50,00 100,00 GOHB 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 GRT/OHB. 7,00 16,36 0,00 0,00 50,00

Teste de comparação múltipla: Lesão de Vasa-vasorum: GRT ≠GS, GRT ≠ GOHB, GRT GRT/OHB

p = 0,001GSGRTGOHB GRTGRT/OHB GRT

GS GRT GOHB GRT/OHB

Grupo

0

25

50

75

100

Art

éria

s - L

esão

de

Vasa

Vas

orum

- C

amad

a A

dven

tícia

Gráfico 4 – Valores percentuais do número de vasa-vasorum lesadas na camada adventícia das artérias dos diferentes grupos.

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21

Na Tabela 3 observa-se evidência de uma diferença significante entre os grupos

quanto a porcentagem de ausência de endotélio na camada íntima das veias (p < 0,001).

Verifica-se também que existe diferença entre os grupos quanto à porcentagem de lesão da

vasa vasorum na camada adventícia das artérias (p = 0,001).

Para a porcentagem de ausência do endotélio, o grupo Simulado diferiu dos outros

dois grupos: Radioterapia e Radioterapia/Oxigenoterapia, o grupo Oxigenoterapia Hiperbárica

diferiu dos outros dois grupos: Radioterapia e Radioterapia/Oxigenoterapia.

Para a porcentagem de lesão da vasa vasorum, o grupo Radioterapia diferiu dos outros

três grupos: Simulado, Oxigenoterapia Hiperbárica e Radioterapia/Oxigenoterapia.

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22

Tabela 5 - Medidas resumo dos três segmentos da parede arterial (íntima, camada média e adventícia) para a contagem de NORs observados em 100 células pelo método de AgNor.

Artéria Grupo Média D.P. Mínimo Mediana Máximo p %Íntima

GS 104,00 6,00 98,00 104,00 110,00 0,005 GRT 89,67 12,96 71,00 87,00 113,00 GOHB 106,40 5,68 99,00 107,50 115,00 GRT/OHB 94,60 9,52 84,00 97,00 108,00

%Média GS 106,67 2,08 105,00 106,00 109,00 <0,001 GRT 81,89 14,02 51,00 85,00 96,00 GOHB 106,50 4,88 101,00 105,50 117,00 .GRT/OHB 98,40 15,11 72,00 100,50 131,00

%Adventícia GS 101,67 5,03 97,00 101,00 107,00 <0,001 GRT 74,44 14,57 42,00 74,00 97,00 GOHB 103,30 4,94 94,00 102,50 109,00 GRT/OHB 86,30 8,47 70,00 85,50 100,00

Total GS 312,33 11,93 304,00 307,00 326,00 <0,001 GRT 246,00 31,15 203,00 243,00 295,00 GOHB 316,20 7,48 305,00 315,00 328,00

GRT/OHB. 279,30 17,84 256,00 285,00 299,00

Teste de comparação múltipla: - Íntima: GOHB ≠ GRT, GRT/OHB

- Média: GRT ≠GS, GOHB, GRT/OHB; GOHB ≠ GRT/OHB - Adventícia: GOHB ≠ GRT, GRT/OHB; GS≠ GRT

- Total: GOHB ≠ GRT, GRT/OHB; GS ≠ GRT

Os resultados da Tabela 5 mostram diferenças significantes dos segmentos da parede

arterial: íntima (p = 0,005), camada média (p < 0,001) e adventícia

(p < 0,001), entre os grupos, quando utilizado o método do AgNor. Também se observa que

há diferença no total dos três segmentos (p < 0,001). No segmento da parede arterial íntima

houve diferença entre o grupo Oxigenoterapia Hiperbárica com os grupos Radioterapia e

Radioterapia/Oxigenoterapia. Em relação ao segmento da camada média o grupo Radioterapia

diferiu dos demais e o Oxigenoterapia Hiperbárica diferiu do grupo

Radioterapia/Oxigenoterapia. Já para o segmento da adventícia houve diferença entre o grupo

Oxigenoterapia Hiperbárica com os Radioterapia e Radioterapia/Oxigenoterapia e entre o

grupo Simulado com o Radioterapia. A mesma diferença detectada entre os grupos para o

segmento da adventícia ocorreu para o total dos segmentos.

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23

GS GRT GOHB GRT/OHB

Grupo

70

80

90

100

110

Art

éria

s - N

ors

- Cam

ada

Íntim

a

p = 0,005GOHB GRTGOHB GRT/OHB

Gráfico 5 – Contagem do número de NORs por células na camada íntima das artérias

nos diferentes grupos.

p < 0,001GSGRTGOHBGRTGRT/OHB GRTGOHBGRT/OHB

GS GRT GOHB GRT/OHB

Grupo

50

75

100

125

Art

éria

s - N

ors

- Cam

ada

Méd

ia

Gráfico 6 – Contagem do número de NORs por células na camada média das artérias

nos diferentes grupos.

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24

p < 0,001GSGRTGOHB GRTGOHB GRT/OHB

GS GRT GOHB GRT/OHB

Grupo

40

60

80

100

Art

éria

s - N

ors

- Cam

ada

Adv

entíc

ia

Gráfico 7 – Contagem do número de NORs por células na camada adventícia das

artérias nos diferentes grupos.

p < 0,001GSGRTGOHBGRTGOHBGRT/OHB

GS GRT GOHB GRT/OHB

Grupo

50

75

100

125

Art

éria

s - N

ors

- Tot

al

Gráfico 8 – Contagem do número total de NORs por células nas três camadas das

artérias nos diferentes grupos.

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25

Tabela 6 - Medidas resumo dos três segmentos da parede venosa (íntima, camada média e adventícia) para a contagem de NORs observados em 100 células pelo método de AgNor.

Veia Grupo Média D.P. Mínimo Mediana Máximo p %Íntima GS 132,00 27,05 104,00 134,00 158,00 <0,001 GRT 84,33 1,71 68,00 87,00 99,00 GOHB 132,10 11,99 109,00 135,00 148,00 GRT/OHB 92,40 9,67 73,00 95,50 104,00 %Média GS 111,33 4,51 107,00 111,00 116,00 <0,001 GRT 78,78 13,75 48,00 79,00 94,00 GOHB 11,50 4,12 104,00 109,00 117,00 .GRT/OHB 95,70 7,45 84,00 96,00 110,00 %Adventícia GS 104,00 2,00 102,00 104,00 106,00 <0,001 GRT 73,89 11,68 44,00 78,00 82,00 GOHB 103,50 3,78 98,00 104,00 108,00 GRT/OHB 88,20 1,62 72,00 87,50 105,00 Total GS 347,33 25,15 319,00 356,00 367,00 <0,001 GRT 237,00 23,18 193,00 245,00 262,00 GOHB 346,10 12,11 326,00 347,50 362,00 .GRT/OHB 276,30 19,24 241,00 280,50 301,00

Teste de comparação múltipla: Íntima: GS≠ GRT, GRT/OHB; GOHB ≠ GRT, GRT/OHB

Média: GS≠ GRT; GOHB ≠ GRT, GRT/OHB Adventícia: GS≠ GRT; GOHB ≠G RT, GRT/OHB

Total:GS ≠ GRT, GRT/OHB; GOHB ≠ GRT, GRT/OHB

Os resultados da Tabela 6 mostram diferenças significantes dos segmentos da parede

venosa: íntima (p < 0,001), camada média (p < 0,001) e adventícia (p < 0,001), entre os

grupos. Também se observa diferença significante no total dos três segmentos (p < 0,001).

Para o segmento da parede venosa íntima houve diferença entre o grupo Simulado com

os Radioterapia e Radioterapia/Oxigenoterapia e entre o grupo Oxigenoterapia Hiperbárica

com os Radioterapia e Radioterapia/Oxigenoterapia. Em relação ao segmento da camada

média o grupo Simulado diferiu do grupo Radioterapia e o grupo Oxigenoterapia Hiperbárica

diferiu dos grupos Radioterapia e da Radioterapia/Oxigenoterapia. A mesma diferença

detectada entre os grupos para o segmento da camada média ocorreu para a adventícia e a

mesma diferença detectada entre os grupos para o segmento da parede venosa íntima ocorreu

para o total dos segmentos.

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26

GS GRT GOHB GRT/OHB

Grupo

75

100

125

150

Veia

s - N

ors

- Cam

ada

Íntim

a

p < 0,001GSGRTGSGRT/OHBGOHBGRTGOHBGRT/OHB

Gráfico 9 – Contagem do número de NORs por células na camada íntima das veias nos

diferentes grupos.

p < 0,001GSGRTGOHB GRTGOHB GRT/OHB

GS GRT GOHB GRT/OHB

Grupo

50

75

100

Veia

s - N

ors

- Cam

ada

Méd

ia

Gráfico 10 - Contagem do número de NORs por células na camada média das veias

nos diferentes grupos.

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27

p < 0,001GSGRTGOHBGRTGOHBGRT/OHB

GS GRT GOHB GRT/OHB

Grupo

50

75

100Ve

ias

- Nor

s - C

amad

a Ad

vent

ícia

Gráfico 11 - Contagem do número de NORs por células na camada adventícia das veias

nos diferentes grupos.

p < 0,001GSGRTGSGRT/OHBGOHB GRTGOHB GRT/OHB

GS GRT GOHB GRT/OHB

Grupo

200

250

300

350

Veia

s - N

ors

- Tot

al

Gráfico 12 – Contagem do número total de NORs por células nas três camadas das

veias nos diferentes grupos.

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28

Tabela 7 - Medidas resumo dos três segmentos da parede arterial (íntima, camada média e adventícia), dos percentuais de células caspase positivas em relação ao total de células encontradas em 20 campos aleatórios com aumento de 40 vezes em Imuno-histoquímica (Caspase 3 Clivada).

Artéria Grupo Média D.P. Mínimo Mediana Máximo p %Íntima

GS 6,32 4,43 3,22 4,35 11,40 <0,001 GRT 47,83 14,97 23,50 49,00 69,10 GOHB 5,33 2,20 2,33 4,84 8,70 .GRT/OHB 18,43 16,61 0,00 15,85 41,10

%Média GS 9,36 7,19 3,29 7,50 17,30 <0,001 GRT 43,47 14,62 16,40 47,60 63,80 GOHB 4,81 3,11 1,75 3,77 12,40 GRT/OHB 15,72 12,97 0,00 14,75 34,65

%Adventícia GS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003 GRT 14,57 15,70 0,00 13,70 45,40 GOHB 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 GRT/OHB 4,25 8,08 0,00 0,00 22,75

Teste de comparação múltipla:

Íntima: GRT ≠GS, GOHB, GRT/OHB Média: GRT ≠GS, GOHB, GRT/OHB

Adventícia: GRT ≠ GOHB, GS

O resultado da Tabela 7 mostra evidência de uma diferença significante do segmento

da parede arterial íntima entre os grupos (p < 0,001) quando utilizado Imuno-histoquímica

(Caspase 3 Clivada). Verifica-se também que existe diferença entre os segmentos da camada

média (p < 0,001) e adventícia (p = 0,003).

Para o segmento da parede arterial íntima o grupo da Radioterapia diferiu dos três

grupos: Simulado, Oxigenoterapia Hiperbárica e Radioterapia/Oxigenoterapia. A mesma

diferença entre os grupos tem ocorrido em relação ao segmento da parede arterial da camada

média. Para o segmento da parede arterial adventícia constatou-se diferença entre o grupo

Radioterapia e os grupos Simulado e Oxigenoterapia Hiperbárica.

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29

GS GRT GOHB GRT/OHB

Grupo

0

20

40

60A

rtér

ias

- Cas

pase

(%) -

Cam

ada

Íntim

a p < 0,001GSGRTGOHBGRTGRT/OHB GRT

Gráfico 13 – Valores percentuais de células caspase positivas na camada íntima das

artérias nos diferentes grupos.

p < 0,001GSGRTGOHB GRTGRT/OHB GRT

GS GRT GOHB GRT/OHB

Grupo

0

20

40

60

Art

éria

s - C

aspa

se (%

) - C

amad

a M

édia

Gráfico 14 – Valores percentuais de células caspase positivas na camada média das artérias nos diferentes grupos.

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30

p = 0,003GSGRTGOHBGRT

GS GRT GOHB GRT/OHB

Grupo

0

10

20

30

40A

rtér

ias

- Cas

pase

(%) -

Cam

ada

Adv

entíc

ia

Gráfico 15 – Valores percentuais de células caspase positivas na camada adventícia das artérias nos diferentes grupos.

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31

Tabela 8 - Medidas resumo dos três segmentos da parede venosa (íntima, camada média e adventícia), dos percentuais de células caspase positivas em relação ao total de células encontradas em 20 campos aleatórios com aumento de 40 vezes em Imuno-histoquímica (Caspase 3 Clivada).

Veia Grupo Média D.P. Mínimo Mediana Máximo p %Íntima

GS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003 GRT 40,38 32,90 0,00 48,10 77,80 GOHB 0,30 0,67 0,00 0,00 2,00 GRT/OHB 8,65 10,47 0,00 5,22 28,60

%Média GS 2,33 4,04 0,00 0,00 7,00 <0,001 GRT 46,50 26,41 10,30 38,80 88,90 GOHB 0,60 1,35 0,00 0,00 4,00 GRT/OHB 19,93 19,89 0,00 13,12 64,45

%Adventícia GS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 GRT 24,46 25,67 0,00 28,50 65,80 GOHB 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 GRT/OHB 4,68 6,35 0,00 2,02 16,07

Teste de comparação múltipla:

Íntima: GS ≠ GRT; GOHB ≠ GRT, GRT/OHB Média: GS≠ GRT; GOHB ≠ GRT, GRT/OHB

Adventícia: GRT ≠ GS, GOHB

Os resultados da Tabela 8 mostram diferenças significantes dos segmentos da parede

venosa: íntima (p = 0,003), camada média (p < 0,001) e adventícia (p = 0,017), entre os

grupos.

Para o segmento da parede venosa íntima houve diferença entre o grupo Radioterapia

e o Simulado, e entre o grupo Oxigenoterapia Hiperbárica com os grupos Radioterapia e

Radioterapia/Oxigenoterapia. A mesma diferença dos grupos em relação à parede venosa

íntima tem ocorrido no segmento da parede venosa da camada média. Já para o segmento

adventícia, houve diferença do grupo Radioterapia com os Simulado e Oxigenoterapia

Hiperbárica.

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32

p = 0,003GSGRTGOHBGRTGOHBGRT/OHB

GS GRT GOHB GRT/OHB

Grupo

0

25

50

75

Veia

s - C

aspa

se (%

) - C

amad

a Ín

tima

Gráfico 16 – Valores percentuais de células caspase positivas na camada íntima das

veias nos diferentes grupos.

GS GRT GOHB GRT/OHB

Grupo

0

25

50

75

Veia

s - C

aspa

se (%

) - C

amad

a M

édia p < 0,001

GSGRTGOHBGRTGOHBGRT/OHB

Gráfico 17 – Valores percentuais de células caspase positivas na camada média das

veias nos diferentes grupos.

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33

p = 0,017GSGRTGOHBGRT

GS GRT GOHB GRT/OHB

Grupo

0

20

40

60

Veia

s - C

aspa

se (%

) - C

amad

a Ad

vent

ícia

Gráfico 18 - Valores percentuais de células caspase positiva na camada adventícia das

veias nos diferentes grupos.

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34

Figura 7 – Fotomicrografia em HE, aumento de 4x onde podemos observar segmento de veia cava e aorta

infra-renal no GS.

Figura 8 – Fotomicrografia em HE de segmento de veia cava, aumento de 40x, onde podemos observar a

ausência alterações no GOHB.

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35

Figura 9 – Fotomicrografia em HE de segmento de veia cava, aumento de 40x, onde podemos observar

lesão nas camadas íntima, média e adventícia no GRT.

Figura 10 - Fotomicrografia em HE de segmento de veia cava, aumento de 40x, onde podemos observar

áreas de ausência de endotélio no GRT.

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36

Figura 11 - Fotomicrografia em HE do segmento de aorta, aumento de 40x onde podemos observar as 3

camadas sem alterações no GOHB.

Figura 12 – Fotomicrografia em HE do segmento de aorta, aumento de 40x, onde podemos observar a

tumefação da vaso-vasorum na camada adventícia do GRT.

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37

Figura 13 – Fotomicrografia em HE do segmento de aorta, aumento de 40x, onde podemos observar a

normalidade da vasa-vasorum na camada adventícia do GRT/OHB.

Figura 14 – Fotomicrografia em AgNOR do segmento de veia cava, aumento de 100x, no GRT, onde

podemos observar a escassez de NORs nas suas distintas camadas.

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38

Figura 15 – Fotomicrografia em AgNOR do segmento de veia cava, aumento de 100x, no GRT/OHB,

onde podemos observar o aumento do número de NORs nas camadas íntima e média.

Figura 16 - Fotomicrografia em AgNOR do segmento de aorta, aumento de 100x, no GRT, onde

podemos observar a escassez do número de NORs nas suas distintas camadas.

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39

Figura 17 – Fotomicrografia em AgNOR do segmento de aorta, aumento de 100x, no GRT/OHB, onde

podemos observar o aumento do número de NORs na camada média.

Figura 18 – Fotomicrografia do segmento de veia cava do GS, onde podemos observar a escassez de

células coradas em castanho expressando a positividade à caspase-3. (Imuno-histoquímica - 40x).

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40

Figura 19 – Fotomicrografia do segmento de veia cava do GOHB, onde podemos observar a escassez de

células coradas em castanho expressando a positividade a caspase-3.(Imuno-histoquímica - 40x).

Figura 20 – Fotomicrografia do segmento de veia cava do GRT, onde podemos observar a presença de

células caspase positivas coradas em castanho nas camadas íntima, média e adventícia. (Imuno-histoquímica – 40x).

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41

Figura 21 – Fotomicrografia do segmento de veia cava do GRT/OHB, onde podemos observar a escassez

de células coradas em castanho expressando a positividade a caspase-3. (Imuno-histoquímica – 40x).

Figura 22 – Fotomicrografia do segmento de Aorta do GS, onde não se observa células coradas em

castanho expressando a positividade a caspase-3 nas camadas íntima média e adventícia. (Imuno-histoquímica – 40x).

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42

Figura 23 – Fotomicrografia do segmento de Aorta do GOHB, onde podemos observar a escassez de

células em castanho caspase positivas. (Imuno-histoquímca – 40x).

Figura 24 – Fotomicrografia do segmento de Aorta do GRT, onde podemos observar a presença de

células coradas em castanho caspase positivas nas camadas íntima e média. (Imuno-histoquímica – 40x).

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43

Figura 25 - Fotomicrografia do segmento de Aorta do GRT, onde podemos observar a presença de

células castanhas caspase positivas. (Imuno-histoquímica – 40x).

Figura 26- Fotomicrografia do segmento de Aorta do GRT, onde podemos observar a presença de células

castanhas caspase positivas na camada adventícia, inclusive na vasa-vasorum. (Imuno-histoquímica - 40x).

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44

Figura 27 – Fotomicrografia do segmento de Aorta do GRT/OHB, onde se pode observar intensa

vacuolização e escassas células castanhas caspase positivas. (Imuno-histoquímica - 40x).

Figura 28 – Fotomicrografia do segmento de Aorta do GRT/OHB, onde podemos observar escassas

células castanhas caspase positivas nas distintas camadas da artéria. (Imuno-histoquímica – 40x).

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5. DISCUSSÃO

A utilização da radioterapia em doenças oncológicas é baseada no princípio de que as

altas taxas de mitoses das células tumorais as tornam mais susceptíveis às mudanças

estruturais moleculares induzidas pela radiação ionizante, levando estas à morte por necrose30.

O grande desafio da radioterapia é encontrar o ponto de equilíbrio entre a destruição

das células tumorais e preservação das normais3.

As células neoplásicas devido à maior atividade mitótica ficam mais sensíveis às

variações energéticas que as células maduras e quiescentes. No entanto as células não

neoplásicas, também são afetadas e acabam por sofrer igualmente os efeitos da radiação e

podem evoluir com necrose30,31.

Tanto artérias como as veias, nos diferentes diâmetros e localizações, são passíveis de

serem acometidos pelos efeitos da radiação ionizante, sendo que o dano vascular será

diretamente proporcional ao tempo e a dose de radioterapia instituídos10.

As lesões radio induzidas nas artérias e veias de grande calibre, podem ser

classificadas em precoces (até seis meses após a radioterapia) ou tardias (após seis meses da

radioterapia). Em artérias acometidas na fase precoce, as células endoteliais são as mais

acometidas, no entanto, as repercussões hemodinâmicas são mínimas, uma vez que sua parede

apresenta uma estrutura muito forte, mas em fase tardia, essa exposição do espaço

subendotelial irá induzir um processo de aterosclerose extremamente intenso e agressivo10. As

camadas médias e adventícias apresentam menos lesões em fase precoce, porém quando

ocorrem, poderão ser seguidas de ruptura ou trombose10.

Já as veias de médio e grande calibre, apesar de apresentarem maior resistência que as

de pequeno calibre, também podem ser acometidas pela radiação ionizante tanto em fase

precoce, através de descolamento endotelial e posterior trombose (menos freqüente), quanto

em fase tardia, quando podem vir a apresentar fibrose intimal, estenoses ou oclusão10,32.

O tratamento das lesões actínicas em vasos ainda hoje é controverso. Apesar dos

avanços tecnológicos da última década e o advento das técnicas endovasculares que em muito

tem contribuído para o tratamento dessas afecções, muitos casos continuam a desafiar a

perícia do mais experiente cirurgião vascular, sendo os resultados em algumas situações

desastrosos para o paciente33,34.

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46

Uma maneira de se avaliar o comprometimento celular causado pela radiação

ionizante seria através da análise do ciclo celular pela quantificação das regiões organizadoras

de nucléolos (NORs)17,35. Os NORs são regiões do DNA localizados nos nucléolos que

possuem genes para transcrição do DNA ribossômico (rDNA). Esses genes são responsáveis

pela transcrição do acido ribonucléico (rRNA) e são desta maneira envolvidos na síntese de

ribossomas. Nas células normais (na fase de interfase), os NORs estão exclusivamente

agregados aos nucléolos. A prata reage seletivamente com proteínas ácidas não histônicas,

ricas em grupos sulfídricos e dissulfetos, que por sua vez reduzem os íons de prata, sendo

possível observar na óptica como agregados negros no interior dos núcleos e nucléolos. Seu

tamanho e número podem refletir a proliferação e a transformação celular36,37.

Cada ponto manchado pela prata corresponde, no nível ultra estrutural, em um centro

fibrilar com a associação de componentes fibrilares densos. Esses centros fibrilares e no

componente fibrilar denso do nucléolo, encontram-se as mesmas proteínas que são

encontradas exclusivamente nos NORs. Assim, durante a interfase, os NORs correspondem

aos centros fibrilares e estão associados aos componentes fibrilares densos36. A região

controladora de nucléolos (AgNOR) é um marcador desta duplicação celular, dependente de

várias proteínas que formam os ribossomas38-41.

Dois métodos têm sido utilizados para realizar a análise quantitativa de proteínas

AgNORs: o método de contagem e o método morfométrico. O método de contagem consiste

na enumeração de cada ponto impregnado por célula, diretamente em um microscópio com

magnificação de cem vezes; a vantagem deste método é que o mesmo é de fácil execução e

baixo custo. O método morfométrico consiste na mensuração automática ou semi-automática

da área ocupada por estruturas impregnadas pela prata dentro do contorno nuclear, através de

uma análise de imagem acoplada ao computador. Apesar de ser necessária tecnologia

apurada, optou-se por esse método a fim de se avaliar as eventuais alterações no ciclo celular,

individualmente em cada distinta camada do segmento de veia cava e aorta abdominal

acometidos pela radiação ionizante e também após receberem oxigenação hiperbárica, por ser

mais rápido, preciso e objetivo35.

A morte celular por necrose é caracterizada por uma resposta a um agente lesivo que

compromete a membrana plasmática. A resposta do organismo à agressão é traduzida por

uma reação inflamatória, que levará no estágio final à reparação ou à cicatrização tecidual7.

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47

O tecido necrótico será reposto por células de mesma natureza (reparação) ou por

células fibróticas (cicatrização), na dependência da intensidade, tempo de ação, virulência do

agente agressor ou da natureza da célula atingida6.

O processo natural de homeostase, associado à renovação celular, está relacionado ao

mecanismo conhecido por morte celular programada ou apoptose6,7.

O fenômeno de apoptose é um processo de morte celular que foi reconhecido em

1972, devido a sua morfologia distinta e foi assim denominada seguindo o temo grego “cair

fora”. È uma forma de morte celular destinada a eliminar células indesejáveis do hospedeiro

através da ativação de uma série coordenada e programada de eventos executados por um

conjunto de produtos gênicos. A sua ocorrência pode se dar nos seguintes contextos gerais: 1-

durante o desenvolvimento embriológico, 2- como um mecanismo homeostático para manter

as populações celulares nos tecidos, 3- como um mecanismo de defesa (reações imunes), 4-

quando as células são lesadas por uma doença ou agentes nocivos e 5- no envelhecimento13,14.

O processo de apoptose está associado a inúmeros processos fisiológicos, adaptativos

e patológicos. Está especialmente ligada aos fenômenos de morte celular em tumores, mais

frequentemente na fase de regressão e excepcionalmente na fase de proliferação e deleção

celular em populações de células em proliferação42,43.

Estímulos nocivos como calor, quimioterápicos e radiação ionizante podem induzir

apoptose se forem de grau leve, mas em altas doses os mesmos estímulos resultam em morte

celular necrótica43.

As seguintes características morfológicas, algumas bem estabelecidas à microscopia

eletrônica, caracterizam as células que sofrem apoptose: retração celular, condensação da

cromatina sob a membrana nuclear, formação de bolhas citoplasmáticas e corpúsculos

apoptóticos e fagocitose das células ou dos corpúsculos apoptóticos42.

O processo de apoptose é o ponto final de uma cascata dependente de energia de

eventos moleculares, desencadeadas por certos estímulos. Consiste em quatro componentes

distinguíveis: vias sinalizadoras (desencadeiam a apoptose), controle e integração (moléculas

reguladoras que inibem, estimulam ou antecipam a apoptose e assim, determinam o

prognóstico), fase de execução comum (onde estão envolvidas as proteases do grupo das

caspases) e remoção das células mortas7,18,42.

Dentre as vias sinalizadoras é conhecida a chamada sinalização intracelular, que exclui

a ação de agentes físico-químicos como o calor e a radiação ionizante18.

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48

O estágio de controle e integração é mediado por proteínas especificas que conectam

os sinais de morte ao programa de execução. A identificação destas proteínas é importante,

pois, sua existência implica em uma determinação de que a morte celular é inevitável. As

oncoproteinas da família Bel-2 são monitores importantes no acompanhamento e

monitorização de doenças neoplásicas ou a estímulos sabidamente lesivos7,18,42.

A fase de execução é a parte final do processo. Uma cascata de proteólise, que está

ligada a todas as formas de apoptose, é mediada pela família das caspases, que abrange mais

de dez membros. Elas existem como zimogênios e ao sofrerem clivagem coloca em

movimento um processo de ativação rápida e seqüencial. O alvo da ativação das caspases no

núcleo inclui proteínas envolvidas na transcrição, replicação do DNA, e no reparo do DNA. A

caspase-3 em particular converte uma DNase citoplasmática em uma forma ativa por

clivagem de um inibidor de enzima, resultando na clivagem internucleossômica típica do

DNA7,18,42.

A remoção das células mortas se faz por fagocitose de modo eficiente, sem deixar

vestígios e praticamente não há atividade inflamatória21.

A exposição das células à radiação ou quimioterápicos induz apoptose por um

mecanismo que é desencadeado por lesão do DNA (estresse genotóxico), envolvendo um

gene supressor tumoral p53. O gene acumula-se quando o DNA é lesado e interrompe o ciclo

celular (na fase G1), para conceder tempo adicional ao reparo. Contudo, se o processo de

reparação falha, o p53 desencadeia apoptose. Desse modo, o gene p53 normalmente estimula

o processo de apoptose; quando sofre mutação ou está ausente, favorece a sobrevida celular.

O mecanismo pelo qual a lesão do DNA recruta os efetores da morte distal aos das caspases é

complexo, mas sua função está bem caracterizada na regulação da transcrição do DNA7,18,42.

Considerando o exposto, realizou-se a correlação da ocorrência de apoptose, sua

monitorização para fins prognósticos ou terapêuticos, com as lesões actínicas que atingem

órgãos vizinhos a áreas tumorais irradiadas, comprometendo a qualidade de vida do paciente,

e agravamento do quadro geral da doença.

Partindo-se do referencial teórico da potencial avaliação da atividade celular pelo

AgNOR, da apoptose em estruturas vasculares e do referencial empírico da lesão actínica em

vasos, o modelo experimental proposto verificou a correlação entre o ciclo celular e o índice

de apoptose nas distintas camadas da veia cava e aorta infra-renal submetidas a radiação

ionizante, bem como suas alterações morfológicas.

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49

Concomitantemente agregou-se ao projeto uma opção terapêutica: a oxigenoterapia

hiperbárica (OHB), que por suas características teóricas de modo de ação poderia proteger

estas células das camadas vasculares dos efeitos nocivos da radiação16,21,35.

A OHB provoca aumento nas taxas de oxigenação tecidual e já foi utilizada

concomitante às aplicações de radioterapia, pois amplifica em duas ou três vezes seu efeito

nos tecidos tumorais, induzindo a um aumento da lesão celular produzida pelos radicais livres

e maior efetividade do tratamento, no entanto, também aumenta as lesões nas estruturas

adjacentes, sendo este o motivo de sua utilização apenas no período pós-exposição à radiação

ionizante6, 7,31.

Para o modelo animal de doença foi escolhido o rato. Um levantamento nas bases de

dados da Biblioteca de Medicina incluindo a Medline (National Library of Medicine – USA),

Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SciELO (Scientific

Eletronic Library Online) e Biblioteca Cochrane (The Cochrane Database of Systematic

Reviews) sobre as seis espécies animais mais comumente citadas, num período de quatro

anos, mostraram que nas quatro bases de dados, o rato é o animal mais usado em pesquisa,

seguidos pelo camundongo, coelho, cão, suínos e primatas. Cerca de 85% dos artigos da

Medline e 70,5%% dos artigos da Lilacs são referentes a ratos e camundongos44.

A escolha do rato como animal de experimentação deveu-se também ao fato de que

seu pequeno porte permite fácil manipulação e baixo custo de manutenção. É resistente a

infecções, agressões externas e oferece facilidade no controle de parâmetros biológicos 19,45.

Os dados da tabela 1 mostram que a amostra foi homogênea quanto aos pesos iniciais

dos animais. A tabela 2 mostra que ao final dos procedimentos, no momento da eutanásia, o

grupo Simulado e OHB, mantiveram seus pesos, enquanto os dos grupos RT e RT/OHB

diminuíram significativamente seus pesos iniciais. Este fato deve-se as alterações do trato

gastrintestinais e conseqüente desidratação a que esses grupos previamente irradiados

apresentaram.

Os animais dos grupos RT e RT/HBO foram submetidos à anestesia para cada sessão

de radioterapia. O procedimento anestésico com o uso de zolazepam associada à tiletamina e

analgesia com cloridrato de petidina promoveu anestesia e analgesia, que se iniciou após 2 a 4

minutos e manteve-se por aproximadamente 2 horas após a administração. Não há na

literatura consultada referência sobre a eventual interferência da anestesia em procedimentos

de radioterapia ou oxigenação hiperbárica. Não houve nenhuma alteração significativa em

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50

parâmetros vitais dos animais com hipotermia, hipotensão ou depressão respiratória. O

mesmo procedimento foi utilizado em todos os grupos e, portanto uniforme nas suas eventuais

influências nos parâmetros avaliados.

O modelo de indução de lesão actínica vascular procurou simular uma situação que

ocorre em seres humanos que necessitam ser submetido à radioterapia para tratamento de

tumores pélvicos. Foi estabelecido um paralelo entre a dose empregada de radiação e a

distância do órgão alvo. O modelo foi reforçado por relatos que estimam em 5% o risco de

desenvolvimento de complicações em 5 anos com dose total entre 60 a 65 Gy , embora outros

já refiram aparecimento de lesão com o uso de 10 Gy. A escolha da dose usada foi semelhante

a trabalho em ratos que realizaram OHB para tratamento de lesões actínicas em outros órgãos,

simulando situações de tratamento de tumores pélvicos40,45,47.

A radioterapia em máquina de ortovoltagem produziu um feixe direcional de baixa

energia e penetração tecidual. A baixa energia linear transferida tem indicação para uso em

alvos superficiais30,31.

A intensidade do feixe de radiação respeitou a lei do quadrado da distância onde: “a

intensidade do feixe decresce proporcionalmente ao quadrado da distância da fonte”. Através

da utilização das tabelas de dose de padrão nominal48 e da porcentagem de dose profunda 49

foi realizado cálculo para atingir uma dose total de 60 Gy na superfície do animal e de 54 Gy

no segmento de aorta e veia cava infra-renal. A tabela de dose padrão nominal relacionou a

dose, o tempo de exposição e o fracionamento da dose com o número de exposições por

semana.

Definiu-se, desse modo o fracionamento das aplicações em 8 sessões de 5 Gy, três por

semana, para atingir dose total de 60 Gy.

A tabela de porcentagem de dose profunda determinou, de acordo com a camada

semicondutora utilizada, qual a quantidade atingiria o órgão alvo que se encontrava a

aproximadamente 1cm da superfície abdominal do animal. A taxa de dose foi de 90,6% da

dose total de 60 Gy aplicada, ou seja, 54 Gy.

O procedimento de radioterapia foi realmente efetivo uma vez que em alguns, talvez

com maior radiossensibilidade, desenvolveram uma radiodermite traduzida por lesões

erosivas na pele da parede abdominal, dentro da área compreendida pela “janela” de

irradiação (Figura 4 – Protocolo IV – Apêndice).

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51

Um dos animais do grupo radioterapia (RT) apresentou durante o período de

observação sinais de comprometimento pulmonar (pneumonia), evoluindo a óbito, sendo que

a necropsia não revelou outros sinais de lesão orgânica.

Para a OHB foi utilizada câmara hiperbárica de acrílico para animais de pequeno

porte50, que mantinha os animais sem necessidade de anestesia ou analgesia em condições

adequadas para receber oxigênio a 100% em 3 ATA, sem intercorrências na fase de

compressão ou descompressão47. Sua utilização foi observada em ratos submetidos à lesão de

isquemia e reperfusão, demonstrando a prevenção da ocorrência de lesão de mucosa

intestinal, quando aplicada durante a isquemia51e também um efeito protetor nas lesões radio

induzidas no colon e vesícula urinária35,47.

A avaliação da lesão actínica vascular em aorta e veia cava foi basicamente realizada

pelo estudo morfológico e morfométrico, uma que vez que no momento do ato operatório para

retirada das peças não foi possível notar alterações macroscópicas nos animais irradiados

(grupos RT e RT/OHB).

O procedimento convencional de coloração das lâminas histológicas pela hemotoxilina

e eosina permitiu avaliar de forma qualitativa as estruturas das camadas dos vasos: intima

média e adventícia52.

Os animais do grupo simulado (GS) estabeleceram o padrão de normalidade dentro da

amostra escolhida (figura 7). Por orientação estatística e seguindo os preceitos da Comissão

de Ética, que sugere a utilização do menor número de animais possível, foram alocados três

animais no grupo.

Os animais do grupo oxigenoterapia hiperbárica (GOHB), tiveram descrição

histológica semelhante ao grupo de animais normais (GS). A OHB não provocou alterações

estruturais apreciáveis à microscopia de luz (figuras 8 e 11).

Nos animais do grupo radioterapia (GRT), observamos em veia cava: na camada

íntima ausência de endotélio ocorreu significativamente (figura 9 e 10); nas camadas médias e

adventícias, não se observou outras alterações morfológicas. Já em Aorta, no GRT, não

observamos alterações morfológicas significativas em camada íntima e media, no entanto em

adventícia, notamos o comprometimento significativo da vasa-vasorum (figura 12).

A avaliação dos animais submetidos à radioterapia e oxigenoterapia hiperbárica

(RT/OHB) quanto aos aspectos histológicos mostrou que na veia cava, apesar de uma

tendência a melhora no descolamento endotelial, este não foi evidenciado de maneira

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52

significativa (tabela 3), provavelmente devido ao tamanho da amostra. Já em Aorta, houve

uma recuperação estatisticamente muito significativa da vasa-vasorum, na camada adventícia

(figura 13), (tabela 4).

A interpretação provável é que a OHB promoveu de algum modo uma melhora na

evolução das lesões actínicas dos vasos submetidos à radiação ionizante. O mecanismo de

ação deste efeito protetor da OHB neste caso pode ser devido a vaso dilatação causada pela

liberação de oxido nítrico endógeno. A hiperóxia em condições hiperbáricas ativa a óxido

nítrico sintetase (NOS) e também favorecem a recuperação mais rápida dos estágios

inflamatórios nas distintas camadas dos vasos, uma vez que a oxigenação hiperbárica modula

a atividade dos neutrófilos53,54.

A ampliação da pesquisa para períodos de observação maiores e dos parâmetros de

avaliação quantitativas destas alterações morfológicas permitirá estabelecer uma relação mais

clara de causa e efeito entre a OHB e a lesão actínica em vasos de grande calibre.

Quando avaliamos o ciclo celular, utilizando o método do AgNOR, tivemos no grupo

simulado o padrão de normalidade em contagem de NORs, tanto em artérias quanto em veia,

situação semelhante que ocorreu no grupo OHB. O grupo apenas irradiado teve diminuição

significativa do ciclo celular nas camadas íntima, média e adventícia, tanto em artérias quanto

em veias (figuras 14 e 16), sendo que no grupo RT/OHB houve sempre uma tendência a um

aumento de ciclo celular, apesar de ter sido significativo do ponto de vista estatístico apenas

na camada média das artérias (figuras 15 e 17), (tabelas 5 e 6).

A avaliação da caspase -3 para estabelecer um índice apoptótico baseou-se nas

evidências de que a radiação, além de promover a morte celular por necrose, também está

associada à morte celular programada pela clivagem do DNA. O processo de apoptose foi

determinado por ensaio imuno-histoquímico que é procedimento padronizado e

industrializado com alto grau de confiabilidade e especificidade55,56.

O endotélio vascular tem índices de apoptose muito baixo, tanto em artérias quanto em

veias, quando comparado a outros órgãos. Isso pode ser explicado devido aos riscos que a

morte celular endotelial em grande escala, com conseqüente exposição do espaço

subendotelial, implicar em aumento da ocorrência de aterosclerose e de trombose venosa por

alteração da “Tríade de Virchow”57.

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53

A radioterapia seria um dos fatores de aumento dos índices de apoptose, não somente

no endotélio, mas também na camada média e adventícia de artérias e veias, sendo este o

provável motivo das lesões agudas e crônicas que podem se instalar nesses vasos58.

Os animais o grupo simulado e, portanto animais normais, bem como os animais do

grupo oxigenoterapia hiperbárica, apresentaram índices muito baixos de apoptose em todas as

camadas dos vasos (veia cava e aorta), o que era esperado, pois em condições normais esta

não ocorre em grande escala (figuras 18, 19, 22 e 23).

Os animais submetidos à radiação houve sempre um aumento significativo dos índices

de apoptose tanto nas veias quanto nas artérias (coloração castanha típica do método), nas

camadas íntima, média e adventícia (figuras 20, 24, 25 e 26).

Já no grupo radioterapia e oxigenoterapia hiperbárica (GRT/OHB), houve diminuição

significativa dos índices de apoptose nas camadas íntimas e médias das artérias (aorta),

mostrando uma recuperação próxima aos padrões fisiológicos (figuras 27 e 28), (tabela 7).

Considerando a análise dos resultados obtidos, podemos perceber que o modelo de

lesão actínica em veia cava e aorta proposto foi adequada para o estudo e pode ser utilizado

em outros protocolos de pesquisa.

Apesar de apresentar uma tendência a melhora em todos os parâmetros analisados

nesse estudo, a veia cava não apresentou de maneira significativa os benefícios esperados

após a OHB. O motivo dessa pouca resposta observada, provavelmente deve-se a maior

fragilidade da estrutura da veia e conseqüente maior intensidade das lesões, bem como o curto

período de observação (figuras 20 e 21), (tabela 8).

Contrapondo-se aos achados em veias cava, as aortas apresentaram significativa

melhora dos aspectos morfológicos em sua vasa-vasorum, ciclo celular na camada média e

diminuição dos índices de apoptose nas camadas endotelial e média.

A oxigenoterapia hiperbárica mostrou uma participação benéfica, que deve ser melhor

explorada em estudos futuros das lesões radio induzidas em vasos, sobretudo em artérias,

onde estes efeitos parecem ser mais significativos.

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54

6. CONCLUSÕES 1. A oxigenoterapia hiperbárica preserva a vasa vasorum da camada adventícia,

restabelece o ciclo celular avaliado através do número de NORs na camada média e

diminui o processo de apoptose nas camadas íntima e média das artérias submetidas a

radiação ionizante.

2. O índice de apoptose, o ciclo celular e as alterações morfológicas das distintas

camadas das veias lesadas pela radiação ionizante não é alterado pela oxigenoterapia

hiperbárica.

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(Together with Nomina Histológica, 2 ed. And Nomina embriológica veterinária).

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APÊNDICE PROTOCOLO I OPERAÇÃO Data do procedimento: Identificação do animal: Número: Grupo: Peso: Anestesia: Droga: zoletil (zolazepam + tiletamina) Dose: 50 mg/kg Via: intramuscular Início: Analgesia: Droga: dolossal (cloreto de petidina) Dose: 0,2mg/kg Descrição do ato operatório: Início: Término: Intercorrências:

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Recuperação anestésica: PROTOCOLO II OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA Data do procedimento: Identificação do animal: Número: Grupo: Peso: Dia de exposição: Tempo de compressão: Valores pressóricos: Tempo de exposição: Tempo de descompressão: Intercorrências:

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PROTOCOLO III RADIOTERAPIA Data do procedimento: Identificação do animal: Número: Grupo: Peso: Anestesia: Droga: zoletil (zolazepam + tiletamina) Dose: 50 mg/kg-¹ Via: intramuscular Início: Analgesia: Droga: dolossal (cloreto de petidina) Dose: 0,2mg/kg-¹ Transporte: Tempo: Intercorrências: Exposição:

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Dia: Tempo: Dose: Intercorrências: PROTOCOLO IV OBSRVAÇÃO PÓS-RADIAÇÃO Data do procedimento: Identificação do animal: Número: Grupo: Dia de observação: Diarréia: Presente ( ) Ausente ( ) Sangue ( ) Muco ( ) Intercorrências:

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