25
ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL CRISTÃ DO BRASIL FACULDADE INTEGRADA DO BRASIL – FAIBRA COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA MAURICELIA INACIO FREITAS GESTÃO ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL

EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

Embed Size (px)

DESCRIPTION

TCC sobre EJA

Citation preview

Page 1: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL CRISTÃ DO BRASIL

FACULDADE INTEGRADA DO BRASIL – FAIBRA

COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

MAURICELIA INACIO FREITAS

GESTÃO ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL

ITAÚ - RN

2014

Page 2: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

MAURICELIA INACIO FREITAS

GESTÃO ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em

Pedagogia da Faculdade Integrada do Brasil – FAIBRA como requisito para

obtenção do Título de Graduada em Pedagogia.

Aprovada em ____ de ________________ de 2014.

_______________________________________________

Orientadora: Profª Esp. Jaciara Gomes Pereira.

_____________________________________________

Banca Examinadora

_____________________________________________

Banca Examinadora

Page 3: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

Dedico esse trabalho a todos aqueles que

desejam o melhor, pra mim e acreditam

em tudo o que faço. A minha família,

minha mãe Zenilda Inácio. Meu irmão

Mauricio Junior, e minha filha Analice

Freitas E Meu esposo Deniberg Martins, e

aos demais parentes e amigos e colegas

que estiveram comigo nessa luta para a

vitória.

Page 4: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

AGRADECIMENTOS

Agradeço acima de tudo, a Deus, que com toda certeza, esteve ao meu lado

me abençoando e permitindo que realizasse o grande sonho de concluir minha

graduação. Os meus queridos Avos Maria Do Socorro & Francisco Ricarte, as

palavras nunca serão suficientes para expressar a gratidão e o respeito que tenho

para com aqueles que só não me deram amor, carinho e incentivo, como também

orientaram os meus passos. Foi pro vocês que cheguei até aqui. “E é por vocês que

seguirei em frente.” Aos colegas e professores que com muita paciência podemos

compartilhar momentos de trocas de experiências e de saberes durante os últimos

anos.

Page 5: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

"O homem livre não deve ser obrigado a

aprender como se fosse escravo. Os

exercícios físicos, quando praticados à

força, não causam dano ao corpo, mas as

lições que se fazem entrar à força na

alma, nela não permanecerão."

(Platão)

Page 6: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

EJA: A FORMAÇÃO DO PROCESSO HISTÓRICO E PRÁTICO EDUCATIVO E

SUA IMPORTÂNCIA NO ENSINO-APRENDIZAGEM

MAURICELIA INACIO FREITAS1

RESUMO:

O referido trabalho de conclusão de curso objetiva fazer uma análise da temática: "A gestão escolar no ensino fundamental", numa perspectiva democrática, apresentando ao leitor uma reflexão quanto ao papel do gestor escolar, no que se refere a sua teoria e prática, e a sua competência face aos desafios e mudanças na educação. Pensando assim, surge a necessidade que se transforma em desejo de buscar respostas, apontamentos com novas abordagens para os desafios contemporâneos da gestão democrática. É preciso averiguar desde as práticas de gestão escolar, as representações sobre a figura do gestor e os anseios da comunidade escolar em participar e assumir responsabilidades frente à escola pública. O trabalho que desenvolvemos intenciona, portanto, contribuir com algumas reflexões sobre os limites e possibilidades da gestão escolar, questionando a cultura, organização e papel do gestor no contexto educacional

Palavras Chaves: Gestão escolar. Democracia. Qualidade da educação

1 Graduanda em Pedagogia pela Faculdade Integrada do Brasil- FAIBRA

Page 7: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

ABSTRACT:

The conclusion of that work course aims to analyze the theme: "The school management in elementary school ", a democratic perspective, presenting the reader with a reflection on the role of the school manager, as regards their theory and practice, and theirjurisdiction meet the challenges and changes in education. Thinking thus, the need arises to turns into a desire to seek answers, notes with new approaches to contemporary challenges of democratic management. You need to find out from the management practices school, the representations of the figure of the manager and the wishes of the school community in participate and take responsibility before the public school. The work we do intends, therefore, contribute to some reflections on the limits and possibilities of management school, questioning the culture, organization and role of the manager in the educational context

Key Words: School management. Democracy. Quality of education.

Page 8: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................8

1 DESENVOLVIMENTO........................................................................................10

1.1 O papel do gestor escolar nas políticas de educação..................................10

1.2 O gestor escolar na construção das coletivas..............................................12

2 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................17

Page 9: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

INTRODUÇÃO

Gestão educacional é um conceito novo que supera o enfoque da

administração escolar e que se refere à mobilização dinâmica e coletiva das

pessoas; a energia e competência como condições básicas e fundamentais para a

melhoria da qualidade do ensino e a transformação da própria identidade brasileira e

das escolas.

Este estudo é relevante devido às transformações que vêm ocorrendo no

ambiente escolar, e algo que tem inquietado os educadores, pois cada vez mais as

escolas não estão sendo geridas de forma a integrar todas as pessoas da

comunidade escolar.

O gestor-cidadão e educador é a pessoa de maior importância e de maior

influência individual numa escola. Ele é o responsável por todas as atividades na

escola e as que ocorrem ao seu redor, e afetam diretamente o trabalho escolar. É a

sua liderança que dá o tom das atividades escolares, que cria o clima para a

aprendizagem o nível de profissionalismo e a atitude dos professores e dos alunos,

bem como a credibilidade junto a comunidade, por ser o principal elo entre esses e

elementos. Sua atuação determina, em grande parte, as características de uma.

Estão democráticas ou individualista e autoritária. Desse contexto, o

desenvolvimento da gestão escolar enfrenta como um dos principais desafios, a

profissionalização fundamental para a qualidade do processo educativo. Trata-se,

em primeiro lugar, de promover um novo tipo de liderança, motivado pela

capacidade de diálogo, que alie uma sólida base conceitual e prática sobre gestão

da educação, trabalhe com as diferenças, mede avanços e conflitos, facilite a

integração entre segmentos da comunidade e as representações sociais e,

sobretudo, tome decisões que visem a melhoria e elevação dos padrões dos

resultados da aprendizagem dos alunos, em direção a gestão democrática. Vale

ressaltar que o conceito de gestão escolar está intrinsecamente associado ao

movimento de fortalecimento da democratização de todo o processo pedagógico,

que possibilita a participação coletiva com resultados cada vez mais significativos.

Assim, a gestão democrática constitui-se em uma maneira de conduzir uma dada

Page 10: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

instituição escolar com possibilidade de garantir participação, transparência e,

sobretudo, democrática. Como afirma Dourado (2003, p. 62), "Na escola todos têm

contribuições e saberes para compartilhar e que todos os processos realizados nos

espaços escolares da escola são vivências formativas e cidadãs". No âmbito da

educação brasileira, a gestão democrática favorece a qualidade do ensino e da

aprendizagem, uma vez que está aberta à participação de todos os sujeitos

envolvidos no processo de ensino/aprendizagem. Diante da importância do tema

aqui proposto, consideramos que são grandes os entraves e desafios para que a

gestão escolar puramente democrática aconteça. Isso só tornará efetivo e real se

contar com a participação de toda comunidade, opinando, discutindo e refletindo.

Page 11: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

1 DESENVOLVIMENTO

1.1 O papel do gestor escolar nas políticas de educação

Discutir seu papel nas políticas nacionais de educação implica ter em conta e

os sistemas de ensino não são meros refletores da política educacional, mas

constituem e são constituídos na relação entre o contexto social e ação das pessoas

atuam nos ambientes escolares, quais sejam: diretores, professores, auxiliares,

pedagogos, pais, alunos e comunidade em geral. Nesta perspectiva, atenção Em

1961, foi aprovada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a

LDB n° 4.024/61. Ela manteve a estrutura tradicional do ensino, não fixando um

currículo nacional, de forma que respeitava as especificidades regionais e

evidenciava seu caráter descentralizador. Quanto a função do diretor de escola, em

seu artigo 42, consta que "o diretor de escola deverá ser educador qualificado", mas

os termos dessa qualificação são amplos, ficando por conta dos estados uma

regulamentação mais específica. A partir de então, segundo Santos (2002, p. 70),

em atenção a essa definição do Conselho Federal de Educação e ao espírito

descentralizador da LDB, os estados passaram a criar regulamentos para o

preenchimento do cargo de Diretor de Escola.

A concepção de administração escolar que predominou durante todo este

período apoiou-se no modelo clássico de administração empresarial, ou seja, a

administração era concebida como um processo técnico, cientificamente

determinado e burocrático, cujo fim era obter unidade, economia de tempo e de

recursos e de maior produtividade. Esse processo envolvia normas rígidas,

autoridade centralizada, hierarquia, planejamento, organização detalhada e

avaliação de resultados. A partir dos anos 90, o termo administração foi substituído

pelo termo gestão. Essa substituição não significa uma mera mudança

terminológica, mas uma alteração conceitual ou mesmo paradigmática, que tem sido

alvo de muitas controvérsias (cf. CARVALHO, s/d). Para alguns, esse processo se

relaciona com a transposição do conceito do campo empresarial para o campo

educacional, a fim de submeter a administração da educação à lógica de mercado

Page 12: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

(cf. LAVAL, 2004). Para outros, o novo conceito de gestão ultrapassa o de

administração, uma vez que envolve "uma mudança de paradigma, isto é, de uma

visão de mundo e óptica com se percebe e reage em relação à realidade" (LUCK,

2006, p. 34), ao convencer a participação da comunidade nas decisões que são

tomadas na escola (cf. LUCK, 2000).

Outros, ainda, entendem que o conceito de administração é mais amplo, já é.

que é utilizado num sentido genérico e global que abrange a política educativa", ao

passo que o termo "gestão escolar" refere-se a uma "função executiva destinada a

pôr em prática as políticas previamente definidas" (BARROSO, 2001, p. 10). A

gestão passa a ser sinônimo de ambiente autônomo e participativo, o que implica

trabalho coletivo e compartilhado por várias pessoas para atingir objetivos comuns.

No que diz respeito ao papel do diretor, este deixa de ser alguém que tem a função

de fiscalizar e controlar, que centraliza em si as decisões para ser "I ... ] um gestor

da dinâmica social, um mobilizado, um orquestrador de atores, um articulador da

diversidade para dar unidade e consistência, na construção do ambiente

educacional e promoção segura da formação de seus alunos" (LUCK, 2000, p. 16).

Ou ainda:

[ ... ] o diretor coordena, mobiliza, motiva, lidera, delega aos membros da equipe escolar, conforme suas atribuições especiais, as responsabilidades decorrentes das decisões, acompanha o desenvolvimento das ações, presta contas e submete a avaliação da equipe o desenvolvimento das decisões tomadas coletivamente (UBANEO, OLIVEIRA e TOSCHI, 2003, p. 335).

Com a nova concepção de gestão e do papel do diretor, intensificam-se os

debates sobre a necessidade da profissionalização das pessoas envolvidas na

administração escolar como condição para a melhoria da qualidade da educação

básica. Estes debates resultaram em propostas de "capacitação de dirigentes",

pautados especialmente nas competências gerenciais. Abordaremos essa questão

mais adiante.

A LOB 9394/96 pouco inovou em relação ao cargo de diretor escolar quando

contemplou que a formação deste fosse por curso de pedagogia. Em seu art. 67,

contempla também, que os profissionais da educação pública tinham a exclusividade

de ingresso no cargo por meio do concurso público de provas e títulos (não definidos

seus critérios) e no parágrafo único que "a experiência docente é pré-requisito para

Page 13: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

exercício profissional de quaisquer outras funções de magistério, nos termos.as

normas de cada sistema de ensino". Porém, esta normatização também não é

especifica gestor escolar e sim de todos os profissionais da educação. Nesse novo

cenário, especialmente quando se trata da gestão de escolas publicas, é inegável a

importância da ação de gestor da escola para garantir a efetivação das conquistas

legais e a democratização das relações e de ensine.

1.2 O gestor escolar na construção das coletivas

A escola come unidade social é um organismo vive e dinâmico, e corno tal

deve ser entendido. Assim, ao. Caracterizar-se por uma rede de relação. Entre os

elementos que nela interfere, direta eu indiretamente, a sua direção. Demanda em

neve enfoque de organização. E é a essa necessidade que a gestão. Educacional

tenta responder.

Nesse sentido, a gestão. Democrática é um instrumento. De transformação

das práticas escolares. Para Lioaneo (2004), a escola não. Pede ser mais uma

instituição. Isolada em si mesma. Compreende-se que a escola deverá está

mobilizada cem os atores sociais dentre e fera de ambiente escolar. Na escola de

gestão. Democrática, e gesto. r é e sujeite que facilita a interação. E participação. Da

escola com a comunidade, de forma que a escola seja aberta a propostas de forma

participativa e democrática, visando. O bem comum de toda comunidade.

Consideramos que uma boa gestão se consolida pele compromisso e

participação. Dos sujeitos sociais envolvidos no processo; ou seja, a gestão.

Democrática não deve ser algo que se alcance por decrete. Buscamos, assim,

investigar e compreender, pela fala dos envolvidos na gestão da escola.

A gestão democrática da escola que é contemplada como exigência no seu

Projete Político Pedagógico, propõe que a busca das relações de poder pressupõe

gerar integração, cooperação e participação.

Voltada para um processo. De decisão. Baseada na participação. e na deliberação. Pública, a gestão. Democrática expressa um anseio. De crescimento dos indivíduos corno cidadãos e do. Crescimento. Da sociedade enquanto. Sociedade democrática. Por isso. A gestão. Democrática é a gestão. De uma administração. Concreta. Por que concreta? Porque o. Concreto (cum crescere do latim, é crescer com) é o que nasce com e que cresce com o outro. Este caráter gentor é o horizonte

Page 14: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

de uma nova cidadania em nosso país, em nossos sistemas de ensino. E em nossas instituições escolares. (CURY apud OLIVEIRA, 2005, p. 20).

Para ser pensada a proposta educacional corno processo de emancipação, é

necessário que exista clareza coletiva mínima acerca do tipo do ser humano que a

escola pretende formar. É preciso saber que a formação humana deve ser o fio

condutor do trabalho político pedagógico da escola. Nesse entendimento,

professores, equipe técnico-pedagógica, alunos, funcionários, comunidade e pais

são mais do que partes do ambiente cultural, pois ajudam na construção e formação

desse ambiente, através do agir, caracterizando a identidade da escola na

comunidade e também o seu papel na mesma, e seus resultados. Essa mudança de

consciência a requerer o "reconhecimento desse fator pelos participantes do

processo escolar, de sua compreensão ao seu papel em relação ao todo". (LUCK,

2000, p. 16).

Vale ressaltar que nesta forma integrada do exercício, o gestor escolar acaba

se tornando um verdadeiro animador da equipe, responsável por estimular e regular

os diferentes setores da comunidade escolar. Para tanto, caberá a este perfil de

gestor ser possuidor de determinadas aptidões, a saber: iniciativa, entusiasmos com

planos e metas, acreditar no que está sendo planejado a ser um bom comunicador.

Isto porque um bom comunicador. Isto porque um gestor democrático não exerce

sua autoridade se eximindo das suas responsabilidades, muito pelo contrário, mais

do que ninguém, ele tem consciência do papel que cada um deverá assumir na

instituição ao qual representa. Assim, vale frisar que o papel do gestor diante deuma

gestão democrática consiste em ser um profissional proativo e deverá sempre

encontrar novas maneiras de desenvolver a educação, potencializando cada vez

mais seus profissionais. Ele precisa começar a pensar como agente de mudança,

pois mudar é necessário para que possamos sempre oferecer o melhor para nossos

educando e sermos definidores de metas, inspiradores de confiança e instigadores

de uma educação na qual prime excelência. Os gestores são profissionais que

necessitam ter também uma boa escuta para que façam sempre o melhor para a

comunidade e saibam gerir ideias e adequá-Ias. a realidade de seus alunos.

(TAVARES, 2009, p. 116).

E através do exercício da liderança que o gesto r conseguirá fazer com que

as equipes venham a perseguir determinadas metas ou objetivos. Por isto que

Page 15: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

liderança e motivação são palavras justapostas, uma vez que a motivação é um fator

e para o bom desempenho das pessoas. Dificilmente alguém se motiva a realizar um

bom trabalho, dando o máximo de si, caso não aja uma liderança positiva no sentido

de incentivar, valorizar e reconhecer o trabalho desta pessoa. Entendemos que é

função do gestor escolar e dos que com ele direcionam a elaboração do

planejamento participativo, agir no sentido de sensibilizar a comunidade da realidade

em que vivem e a desenvolverem um sentimento de crítica, a verem além das

aparências as ideologias impostas pelo sistema dominante, para que atinja as

causas mais profundas dos seus problemas. Pensamos que a melhor maneira de

conseguir mudança de atitudes, é pela conscientização, e não pela imposição de

uma nova ideologia (a do gestor talvez), o que apenas perpetuaria a comunidade na

visão alienada em que vivemos.

O importante, pensamos, é olhar para frente e ter bem claro quais os seus

objetivos como gestor escolar. Se pretende comprometer-se com a educação de

qualidade, voltada ao indivíduo como pessoa para a formação de pessoas sérias e

sensíveis à realidade social.

Page 16: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

2 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho foi de suma importância, uma vez que nos deu a

oportunidade de aprofundarmos nossos conhecimentos em relação às ações do

gestor. Nesse novo cenário, especificamente quando se trata da gestão de escolas

públicas, é inegável a importância da ação do gestor da escola para garantir a

efetivação das conquistas legais e a democratização das relações do ensino. Toda a

expectativa é que ele corresponda à forma de "gerir" o bem público numa

perspectiva de participação da comunidade e compartilhamento de tomada de

decisão.

Assim, busquemos analisar o papel do gestor nas políticas públicas nacionais,

entender as especificidades atuais dessa atuação profissional, analisar suas

principais formas de provimento e suas principais atribuições. Com base nisso,

procuramos situar o papel do gesto r escolar em face das possibilidades de se

realizar uma gestão democrática que articule proposta e ação. Contribuir, também,

para que ele assuma um papel efetivo na elaboração, discussão, planejamento e

encaminhamento de propostas no âmbito educacional de forma a priorizar uma

formação que possibilite aos sujeitos entenderem a realidade social, nela intervindo

de modo mais consciente.

Vale ressaltar que o conceito de gestão escolar está intrinsecamente

associado ao movimento de fortalecimento da democratização de todo o processo

pedagógico, que possibilita a participação coletiva com resultados cada vez mais

significativos. Assim, a gestão democrática constitui-se em uma maneira de conduzir

uma dada instituição escolar, com possibilidade de garantir participação,

transparência e, sobretudo, democracia. Sabemos que tudo isso faz parte de um

grande desafio diante dos problemas sociais que vivenciamos e diante dos quais,

muitas vezes, nos sentimos limitados em frente ao desinteresse e falta de

responsabilidades de pessoas que, às vezes, caminham conosco dentro do nosso

ambiente de trabalho. Sentimos-nos enfraquecidos pelo descaso em relação ao

material, estrutura física, número reduzido de pessoal sem contar a cobrança dos

nossos superiores. Entretanto, essa nova concepção de gesto r exige do profissional

Page 17: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

instituído da função (gestor escolar), uma qualificação sustentada nos fundamentos

da liderança voltada para o sucesso do processo do desenvolvimento humano e a

formação da cidadania, por meio da organização, mobilização e articulação de todas

as condições humanas e materiais disponíveis.

Page 18: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei 9394/96. Rio de

Janeiro: 1998.

BARROSO, J. Relatório da disciplina "Teoria das organizações e da

administração educacional". Lisboa: Faculdade de Psicologia e Ciências da

Educação da Universidade de Lisboa, 2001.

CARVALHO, E. J. G. Política e gestão da educação no Brasil. Texto Mineo, s/d.

CURY C.R.J conselho nacional de educação e a gestão democrática: In:

NEIRA, D.A (org.). Gestão democrática da educação: desafios contemporâneos.

Petrópolis, RJ: Vozes, 1997, p. 199 - 245.

CK, H. Perspectiva da gestão escolar e implicações quanto à formação de Seus

gestores. Em aberto, Brasília. V. 17. p. 11- 33. fev/jun 2000 8ANEO J. C. Educação

escolar: políticas, estrutura e organização. José C. Ubaneo João F. de Oliveira,

Mirza S. Toshi. São Paulo: Cortez, 2003.

LAVAL, C. A escola não é uma empresa: o neo-liberalismo em ataque ao ensino

público. Londrina: Editora Planta, 2004. SANTOS, C. R. O gestor educacional de

uma escola em mudança. São Paulo: Thonsom, 2002.

TAVARES, W. R. Gestão democrática: gerindo escolas para a cidadania crítica.

Rio de Janeiro: Wark, 2009.

Page 19: EJA (Ensino de Jovens e Adultos)

Itaú/RN 10 de maio de 2014.

____________________________________________________________

Mauricelia Inacio Freitas

Graduanda