Upload
fagner-bitencourt
View
16
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
5/20/2018 Elegia Ao Canone
1/4
RESENHA
BLOOM, Harold. Elegia para o cnone. In: O cnone ocidental. So Paulo: Obe!i"a,
#$$%.
&agner 'o(!a e Sil"a#
O a)ericano Harold Bloo) * cr+!ico, en(a+(!a e !erico da li!era!ura. Au!or de
li"ro( -ue cau(ara) grande i)pac!o no( e(!udo( li!errio(, co)o: O Cnone Ocidental,
Agon: Rumo a uma Teoria do revisionismo, Shakespeare: A Inveno do umano e
Como por !ue "er#$ /ornou0(e pro!agoni(!a da de1e(a apai2onada do en(ino no
poli!i3ado da li!era!ura, geral)en!e e) (ua( per(pec!i"a( de anli(e !en!a de(-uali1icar
-ual-uer in!en4o poli!ica -ue po((a e2i(!ir na lei!ura ou na produ4o li!erria. Para
Bloo) a li!era!ura * unica)en!e u) go3o e(!*!ico.
No li"ro O cnone ocidental, e(peci1ica)en!e no en(aio%legia para o cnone,
Bloo) de1ende (eu pon!o de "i(!a a cerca da )anu!en4o e da i)por!ncia do e(!udo de
au!ore( reno)ado( da li!era!ura, pole)i3a (obre !end5ncia( !erica( da *poca de (eu(
e(cri!o( -ue pre!ende 6abrir7 e(!e cnone para au!ore( -ue no 1ora) inclu(o(, (egundo
ele, e(!e( e(cri!ore( no !i"era) no!oriedade para incluir0(e por (i (, re(u)ida)en!e
por no !ere) no!oriedade li!erria. E -ue o argu)en!o do( pen(adore( cul!urali(!a( de
-ue 6o 'none *, (obre!udo, -ue(!8e( pol+!ica(, * 1al9o * errneo. E) (eu !e2!o, Bloo)
1a3 di"er(a( re1erencia( a 6g5nio(7 ;(obre (eu pri()a?
5/20/2018 Elegia Ao Canone
2/4
2
e(!*!ica, 1lu5ncia da e(cri!a e poder de encan!ar o( lei!ore(, ca(o algu) e(cri!or no
con(iga alcan4ar co) genialidade e(!e( pon!o( no )erecer (er le)brado no 1u!uro.
A((ociado a e(!a de1e(a do cnone, o cr+!ico no perde opor!unidade( para
pro"ocar e re1u!ar de 1or)a generali3a argu)en!o( de e(!udio(o( -ue (o ligado( ao(
e(!udo( cul!urai(, 6A cri!ica cul!ural * )ai( u)a !ri(!e ci5ncia (ocial, )a( a cri!ica
li!erria, co)o u)a ar!e, (e)pre 1oi e (e)pre (er u) 1en)eno eli!i(!a7 ;Bloo), p ?
5/20/2018 Elegia Ao Canone
3/4
%
uma qualidade impar em seus escritos, "lu&ncia e poder de encantamento ao
leitor, por'm, os argumentos que utili$a para re"utar a n(o entrada de outros
escritores no seleto grupo mostra!se "al#o, ) que em sua cr*tica re"ora que
escritores renegados pelo c+none n(o possuem a qualidade necessria para
"a$er parte do grupo,mas em nen#um momento mostra com eemplos estas
inqualidades, passando para o leitor que seu ponto de vista sobre estes
literrios se baseia em vis-es preconceituosas, e que muito provavelmente n(o
con#ece a obra destes, al'm de n(o citar os nomes dos autores que n(o
poder(o entrar no c+none, n(o tra$ "ragmentos mostrando a "alta de qualidade
esttica de seus tetos.
Outro "ator que incomoda e "a$ com que o teto de loom percaqualidade argumentativa, ' sua necessidade de ac#ar que a literatura acabou
# no m*nimo cem anos, mostrar despre$o por autores contempor+neos, sem
contar o "ato de que tudo se resume a S#a/espeare, sabemos o que o autor
ingl&s representa para a #ist0ria da literatura, mas a pai(o de loom pelo
dramaturgo parece mais uma de"esa da l*ngua inglesa e sua superioridade
sobre qualquer outra l*ngua eistente, ou qualquer outro povo que n(o "ale este
idioma.
omo um todo, o teto do ensa*sta arold loom ' uma verdadeira obra
re"erencial, possibilita ao leitor con#ecer escritores que s(o considerados
celebres na literatura, ' apaionante a maneira como ele "ala dos livros que
leu, e das sensa-es que obteve com estas eperi&ncias, acredito que todos
amantes da literatura dividem este sentimento com o ensa*sta. 3 respaldado
nestas qualidades est'ticas 4provavelmente seria um elogio que o ensa*sta
gostaria de receber5 que constr0i seu ponto de vista a socos e pontap's,
desquali"icando teorias contrrias as suas com argumentos baseados em
preconceitos e generali$a(o de ideias, n(o se apro"unda nas ideias dos
adversrios, as descarta somente pelo t*tulo. Sua escrita ' envolvente, mas
quando nos deparamos com as minucias de suas ideias, veremos que s(o
en0"obas, conservadoras e beiram uma esp'cie de "ascismo literrio.
5/20/2018 Elegia Ao Canone
4/4
6