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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | OUTUBRO 2019 | EDIÇÃO 219 | ANO 18 Foto: Lactato Movie QUEM IRÁ GOVERNAR BENTO GONÇALVES? ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2020

ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2020 QUEM IRÁ GOVERNAR ......rildo Lucatelli, Cesar Gabardo, Diogo Siqueira, Eduardo Vi-rissimo, Evandro Speranza, Fortunato Janir Rizzardo, Juarez Piva, Moacir

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | OUTUBRO 2019 | EDIÇÃO 219 | ANO 18

Foto: Lactato Movie

QUEM IRÁ GOVERNARBENTO GONÇALVES?

ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2020

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ELEIÇÕES 2020 JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Outubro 20192

Por Rodrigo De MarcoEdição Kátia Bortolini

Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda. Rua Refatti, 101 - Maria Goretti - Bento Gonçalves - RS | Fone: (54) 3454.2018 | 3451.2500 | E-mail: [email protected] | www.integracaodaserra.com.br

Periodicidade: Mensal | Circulação: Primeira semana de cada mês, em Bento Gonçalves, Garibaldi, Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira | Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374 |

Jornalista e Social Media: Rodrigo De Marco - MTB 18973 | Área Comercial: Moacyr Rigatti | Atendimento: Sinval Gatto Jr. | Diagramação: Vania Maria Basso | Editor de Fotografia: André Pellizzari | Colaboradores e

Colunistas: Aldacir Pancotto, Carina Furlanetto, Cesar Anderle, Elvis Pletsch, João Paulo Mileski, Melissa Maxwell Bock, Rogério Gava, Thompsson Didoné

Há um ano das eleições, mais de dez nomes cotados à Casa Amarela

Foto: André Pellizzari

m 11 de outubro de 2020, o município de Bento Gon-çalves vai completar 130 anos de emancipação política com o término da segunda gestão do prefeito Guilher-

me Pasin (PP), já sabendo quem será o próximo a assumir o executivo municipal em 1º de janeiro de 2021. Há um ano das eleições municipais, com primeiro turno marcado para 4 de outubro de 2020, diretórios de partidos políticos sedia-dos em Bento Gonçalves começam a se movimentar e possí-veis candidatos aparecem na vitrine como concorrentes ao cargo de Prefeito. As especulações ganham forma e, das de-zenas de nomes que têm sido ventilados no município, pou-

POLÍTICA

cos realmente estariam dispostos a participar de mais uma corrida rumo a desejada “Casa Amarela”. Mesmo assim, dis-cursos já começam a ser ensaiados por alguns nomes que, de forma discreta, já indicam quem deve estar na disputa.

O Jornal Integração da Serra contatou os citados nessa especulação política: Aido Bertuol, Alcindo Gabrielli, Ama-rildo Lucatelli, Cesar Gabardo, Diogo Siqueira, Eduardo Vi-rissimo, Evandro Speranza, Fortunato Janir Rizzardo, Juarez Piva, Moacir Camerini, Paulo Caleffi e Rafael Fantin. Também foram contatados Adroaldo Dal Mass e Rafael Pasqualotto, que não deram retorno à reportagem.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Outubro 2019 ELEIÇÕES 2020 3

Fotos: Arquivo Pessoal

O que dizem os possíveis candidatos

Aido Bertuol/PSDBFoi prefeito de Bento Gonçal-

ves de março de 1986 a dezembro de 1988, pelo então PMDB. Foi elei-to como Vice de Ormuz Rivaldo, que renunciou ao cargo. Assumiu nova-mente como Prefeito, de 1993 a 1996, também pelo PMDB, hoje MDB. Atu-almente, é Vice-Prefeito do município pelo PSDB. Sobre a hipótese de ser candidato, disse categoricamente que são apenas especulações. “Não tenho essa pretensão. Eleição se decide nas convenções. Nesse momento não sou pré-candidato”, afirmou.

Alcindo Gabrielli/MDBFoi prefeito de Bento Gonçal-

ves de 2005 a 2008, após ter atu-ado como Vereador em duas le-gislaturas consecutivas, de 1993 até 2000. “Realmente existe essa possibilidade. Estamos à dispo-sição do partido, mas o que for definido será cumprido com ca-rinho. É uma decisão partidária. Como já fui Prefeito, não tenho receio em enfrentar de novo essa missão... mas é uma missão que primeiro depende de uma deci-são coletiva”, reiterou. “Penso que Bento Gonçalves pode se desen-volver mais, principalmente no aspecto coletivo”, acrescentou.

Amarildo Lucatelli/PPVereador licenciado e Secretário

Municipal de Viação e Obras Públicas, Amarildo Lucatelli afirmou categori-camente que é “soldado do partido” e está de prontidão para concorrer no-vamente à Câmara de Vereadores ou ao Executivo Municipal. “Estamos tra-balhando. Já tivemos várias reuniões. Se acharem que devo ser candidato a Vereador novamente, serei. Se acha-rem que posso ir como candidato a Prefeito ou Vice, também topo. Estou sim entre os pré-candidatos. Me vejo em plenas condições de ser o próximo Prefeito de Bento Gonçalves”.

Cesar Gabardo/MDBCandidato à prefeito em 2016,

Cesar Gabardo disse que não pensa em concorrer, mas admitiu uma certa pressão por parte do partido para se postular ao próximo pleito. Ele acres-centa que, no momento, uma possível candidatura acarretaria dificuldades na condução de seus negócios e com parte de sua família.

Diogo Siqueira/PSDBSecretário Municipal de Saúde e

ex-prefeito do município de Santa Te-reza, em dois mandatos consecutivos, Siqueira assumiu a pasta em 2016 e tem se destacado na função, contor-nando crises. A mais pontual foi a da greve dos médicos, ocorrida em de-zembro daquele ano. Siqueira afirmou que, no momento, “o foco é continuar coordenando a Secretaria da melhor forma possível”.

Eduardo Virissimo/PPVereador licenciado e Secretário

Municipal de Juventude, Esporte, La-zer e Habitação e Assistência Social. Virissimo é um dos nomes cotados como cabeça de chapa do PP.

“Existem outros bons nomes, mas o partido pensa no meu como um dos principais, pelo trabalho que vem sendo feito à frente da Secretaria, com bons resultados, e por eu ter con-corrido a uma cadeira na Assembleia Legislativa, no ano passado. Tenho pensado só em trabalhar, em servir, que é o meu papel, praticamente 24 horas por dia. A minha missão hoje é atuar como Secretário e ser reconheci-do pelo trabalho prestado. Se dentro desse tempo o projeto do diretório in-cluir o meu nome, talvez me coloque à disposição. É uma decisão que será tomada com o aval da família e das pessoas em que confio. Entendo que Deus coloca em nossas vidas missões que não imaginávamos. Se Deus ca-pacitar, com certeza não vou fugir da missão”.

Evandro Speranza/PLEvandro Speranza, que con-

correu à prefeitura de Bento Gon-çalves no pleito de 2016, adianta que também participará da pró-xima eleição, novamente como cabeça de chapa. “Sou candidato à prefeitura de Bento Gonçalves pelo PL. Já estou em campanha, conversando com várias pessoas de comunidade. Meu objetivo é ser Prefeito porque podemos fazer diferente, elegendo prio-ridades, o que é mais importan-te. Bento pode muito mais. Não podemos ser uma cidade de fa-chada, temos que fazer reformas estruturais, atender nosso povo”, afirma.

Fortunato Janir Rizzardo/PDTEx-prefeito por dois mandatos, de

1977 a 1983, pela extinta Arena, hoje PP e, de 1989 a 1992, pelo PDT. Rizzar-do diz que, no momento, não há nada definido, mas que está se reunindo com lideranças do PDT para avaliar a possibilidade de sua candidatura. Mesmo cuidadoso com as palavras, deu a entender que está pensando em concorrer.

Juarez Piva/PDTJuarez Piva, também candidato a

prefeito nas eleições de 2016, afirma que seu nome está novamente à disposição do partido para a chapa majoritária. “Os integrantes do diretório estão se reunin-do para analisar a situação. Tem muitas questões a serem discutidas e aprimora-das, visando o lançamento de boas can-didaturas pela sigla ao próximo pleito, tanto para o Executivo como para o Le-gislativo de Bento Gonçalves”, salienta.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Outubro 2019ELEIÇÕES 20204

Vetadas coligações na eleição para VereadoresAs eleições de 2020, para esco-

lha de Prefeitos e Vereadores em todo o país, apresentarão uma ino-vação que está no texto da nova lei eleitoral. Trata-se da proibição de coligações na eleição para Vereado-res. A coligação de partidos apenas será permitida para a chapa majori-tária, de Prefeito e Vice. Para Verea-dor, é cada um por si. A medida evita que partidos sem ideologias seme-lhantes se coliguem somente para o fim de atingir o quociente eleitoral, o que ficou conhecido como ‘efeito Tiririca’.

“Hoje, o município de Bento Gonçalves alcan-ça altos índices na saúde e educação. Somos o primeiro Município acima de 100 mil habitantes no Idese, e isso nos diferencia. Somos uma cidade favorável para o empreendedorismo, crescemos muito na questão turística. Estes índices precisam continuar crescendo. A cada momento surgem novas necessidades, novas prioridades. Um com-promisso que vamos concluir e que já está em tra-mitação é a construção do túnel de acesso norte da nossa cidade, importante avanço na questão de infraestrutura e uma demanda da população. Bento tem que voltar a sonhar com obras grandes. Um projeto que iniciamos há alguns anos e tam-bém queremos concluir são as parcerias público--privadas. Veja bem, hoje o Estado do Rio Grande do Sul não possuí nenhuma PPP em andamento, por diversas questões, principalmente a burocra-

Rafael Fantin/NovoRafael Fantin, o “Dentinho” adian-

tou que está disposto a concorrer pelo partido, ao cargo que for indicado.

Segundo o presidente do diretó-rio municipal, Marcelo Carraro, o Par-tido Novo, por ter uma metodologia diferente das demais siglas, nada de-finiu ainda. “O diretório nacional está avaliando o cenário político de Bento Gonçalves para liberar ou não a parti-cipação de filiados na próxima eleição municipal. Essa definição está sendo aguardada para até o final desse mês de outubro. Se houver essa aprova-ção, qualquer filiado pode se inscre-ver para o processo seletivo. Temos filiados interessados em participar”.

Moacir Camerini/PDTVereador em segundo mandato,

Moacir Camerini tem sido o centro das atenções da política em Bento Gonçalves. O Vereador é acusado de ter dado ordens para ex-assessores criarem perfis falsos e fake news, uti-lizando computadores do Legislativo. Mesmo com a polêmica envolvendo seu nome, Camerini se mostra con-fiante para as próximas eleições e diz estar preparado para concorrer à pre-feitura de Bento Gonçalves.

“Já faz um ano que estou como pré-candidato. Não pretendo mais concorrer a Vereador. O atendimento a maioria das demandas da comuni-dade depende do Executivo. Quero atuar diretamente na resolução dos problemas da cidade. Se o PDT en-tender que eu não serei o nome, vou concorrer por outro partido. Tenho recebido convites de diversos parti-dos. É muito cedo ainda para avaliar a questão de partido. Entendo que hoje a maioria das pessoas vota na pessoa, no candidato. Elas estão cada vez mais desconsiderando o partido”, afirma.

Paulo Caleffi/PSDEstreou como concorrente

a cargo político nas eleições de 2018, como candidato a Deputa-do Federal. Recebeu mais de 31 mil votos, ficando na suplência do deputado Danrlei de Deus. Caleffi admite a hipótese de concorrer à prefeitura de Bento Gonçalves. “Como falta um ano para o pleito, temos tempo para pensar. Essa é a minha leitura atual”, afirma.

Diretório Municipal do PTSegundo o presidente do di-

retório do partido no município, Juvelino Milese, o PT vai apre-sentar candidato à majoritária. “O partido está cogitando dois nomes para concorrer à majori-tária, que serão apresentados a outros diretórios de esquerda”, complementa. Milese não quis adiantar os nomes desses can-didatos.

Fotos: Arquivo Pessoal

Metas do prefeito Pasin para o seu último ano de mandatocia que barra que isso desenvolva. Então o desejo é que aqui em Bento tenhamos o andamento da PPP da energia através dos Resíduos Sólidos Urbanos, o que acredito que vai ser uma das grandes fontes de arrecadação e manutenção financeira da nossa cidade. E também a da iluminação pública, que irá proporcionar economia para população, segurança, e mais um passo como cidade inteligente, que nós estamos muito bem ranqueados. As duas estão em andamento e nos remetem a um patamar de quali-dade mundial. Isso vai fazer com que nossa cidade que já tem uma saúde muito bem avaliada, uma educação de qualidade, viva um novo momento. E, também, recentemente fomos o primeiro Município que assinou o contrato para integrar o programa ci-dade empreendedora com o Sebrae. Isso vai garantir sequência aos projetos que estão sendo trabalhados, qualificação do empreendedor”.

Mudanças na Lei Eleitoral

Prefeito Guilherme Pasin

Coligação proporcionaljá tem limitesJá foi aplicada na eleição de 2018

uma disposição que exige para eleição dos candidatos desempenho mínimo nas urnas. Para se eleger, o candidato deverá atingir 10% dos votos do quo-ciente eleitoral exigido para a referida eleição. “Um exemplo: se temos dez cadeiras e 100 mil votos válidos, logo o quociente partidário será de 10 mil. Isso quer dizer que a cada 10 mil votos o partido tem direito a uma cadeira. En-tretanto, só poderão ser eleitos os can-didatos que atingirem 10% do quocien-te eleitoral, que neste exemplo é de, no mínimo, 1 mil votos para ser eleito”.

Prazos e regras para os registros dos candidatos As convenções partidárias para as escolhas das nominatas de candidatos

devem ocorrer entre os dias 10 e 30 de junho de 2020. No dia 5 de julho de 2020, a Justiça Eleitoral encerra o recebimento dos pedidos de registro de candidatura apresentados por partidos políticos.

Consequentemente, o candidato – escolhido em convenção partidária – tem o direito de ter seu nome indicado no momento do pedido de registro de candidatura, que deve ser feito pelos partidos políticos e pelas coligações partidárias dentro do prazo estipulado em lei. Entretanto, caso o partido, in-justificadamente, deixe de fazer esse pedido dentro do prazo, o candidato poderá fazê-lo. Essa é uma medida que visa resguardar o futuro candidato de eventuais falhas ou arbitrariedades cometidas por partidos que não queiram indicar as pessoas legitimamente escolhidas em convenção partidária.

No momento do pedido de registro de candidatura, os partidos devem respeitar a cláusula de reserva de gênero, que os obriga a reservar vagas para cada sexo. De acordo com essa cláusula, não é possível registrar apenas homens ou apenas mulheres. Será necessário garantir vagas para cada sexo dentro dos percentuais de, no mínimo, 30% e de, no máximo, de 70%.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Outubro 2019 ELEIÇÕES 2020 5

Propaganda eleitoral: o que pode e o que não pode?Início da propagandaA propaganda eleitoral será

permitida somente após o dia 15 de agosto do ano que vem, desde que não envolva o pedido explícito de voto.

A lei não considera propagan-da eleitoral antecipada o anúncio de pré-candidatura ou a exaltação pelo pré-candidato de suas quali-dades pessoais.

Propaganda no rádio e na TVÉ proibido qualquer tipo de

propaganda eleitoral paga no rá-dio e na televisão. A propaganda gratuita é permitida nos 35 dias an-teriores à antevéspera das eleições.

Propaganda ‘cinematográfica’Nas propagandas eleitorais,

não poderão ser usados efeitos especiais, montagens, trucagens, computação gráfica e desenhos animados.

Propaganda eleitoral na imprensaSão permitidas, de 15 de agosto

até a antevéspera das eleições, a di-vulgação paga, na imprensa escrita, e a reprodução na internet do jornal impresso.

Propaganda na internetÉ permitido fazer campanha na in-

ternet por meio de blogs, redes sociais e sites. Partidos e candidatos poderão contratar o impulsionamento de con-teúdo (uso de ferramentas, gratuitas ou não, para ter maior alcance nas re-des sociais). Está proibido o impulsio-namento feito por pessoa física.

Sem ofensasÉ crime a contratação direta ou

indireta de grupo de pessoas para en-viar mensagens ou fazer comentários na internet para ofender a honra ou denegrir a imagem de candidato, par-tido ou coligação.

Propaganda na ruaÉ proibido fazer propaganda de

qualquer natureza (incluindo pintu-ras, placas, faixas, cavaletes e bonecos) em locais como cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, templos, ginásios e estádios, ainda que de propriedade privada.

A proibição se estende a postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes e paradas de ônibus, árvores, muros e cercas.

Material de propagandaÉ permitido colocar bandeiras na

rua, desde que não atrapalhem o trân-sito de pessoas e veículos. Também pode colar adesivo (de 50 cm x 50 cm) em carros, motos, caminhões, bicicle-tas e janelas residenciais.

“Envelopar” o carro (cobri-lo total-mente com adesivo) está proibido. No máximo, poderá ser adesivado o para--brisa traseiro, desde que o adesivo que seja microperfurado.

Camiseta e chaveiroNa campanha eleitoral, é proibido

distribuir aos eleitores camisetas, cha-veiros, bonés, canetas, brindes, cestas

básicas ou outros bens.

Outdoor proibidoÉ vedada a propaganda eleitoral

em outdoors, inclusive eletrônicos.

Alto-falantesO funcionamento de alto-falantes

ou amplificadores de som é permitido entre as 8h e as 22h. Porém, os equi-pamentos não podem ser usados a menos de 200 metros de locais como as sedes dos Poderes Executivo e Le-gislativo, quartéis, hospitais, escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros (quando em funcionamento).

Cabos eleitoraisA contratação de cabo eleitoral

é permitida, mas respeitando alguns critérios conforme a quantidade de eleitores no município.

ComíciosA realização de comícios e o uso

de aparelhos de som são permitidos entre as 8h e a meia-noite, exceto o comício de encerramento da campa-nha, que poderá ir até as 2h da manhã.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Outubro 20196

INHASVRegistrando

momento ímpar de Tatiana Koltz

durante sessão fotográfica

Elegante ensaio do casal Bruna Pedrotti e Jonas Rubbo,que vestem Ycastellie

André Pellizzari Fotografia

André Pellizzari Fotografia

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Outubro 2019 7SAÚDE

INTEGRAÇÃO - Quando e como des-cobristes a tua vocação para a Me-dicina?

DR. CÁSSIO - Desde pequeno já gostava de ajudar e da ideia de tratar e curar as pessoas. Quando brincava com os soldados dos “Comandos em Ação”, sempre imaginava ser o médi-co, que andava no caminhão do exér-cito com a cruz vermelha grande, para ajudar os soldados feridos na guerra imaginária...

INTEGRAÇÃO - Na graduação já ti-nhas identificado a área da Neuro-cirurgia como a em que te especia-lizaria?

DR. CÁSSIO - Para mim sempre foi um desafio pensar que ainda não sa-bemos quase nada do cérebro. Outras áreas da medicina apresentam uma carga de conhecimento maior quan-do comparadas as ciências neuroló-gicas. Do sistema nervoso, realmente ainda sabemos muito pouco. O con-tato entre duas células nervosas, por exemplo, pode criar processamentos absurdamente complexos, gerando uma infinidade de combinações de resposta. Então imagine milhares de-las... A neurocirurgia sempre me cati-vou por gostar da área cirúrgica e por poder solucionar problemas neuroló-gicos. A área estritamente clínica não foi minha primeira escolha devido a que temos, ainda hoje, várias doenças incuráveis, crônicas e degenerativas. Infelizmente, muitas vezes também temos que operar tumores incuráveis, mas faz parte do nosso labor.

INTEGRAÇÃO - Há quantos anos atua como especialista na área?

DR. CÁSSIO - Terminei a minha residência em 2009, após segui me es-pecializando em Curitiba e São Paulo. Também participei de diversos cursos na Alemanha, Finlândia e EUA, sempre buscando ter contato com serviços de ponta.

“A recompensa dos pacientes, especialmente os da rede pública, é um

verdadeiro motor, que faz a gente esquecer de todos os problemas da profissão”

18 DE OUTUBRO - DIA DO MÉDICO

Entrevista com o neurocirurgião Cássio Zottis Grapiglia

INTEGRAÇÃO - Qual o cenário atu-al da Neurologia/Neurocirurgia no Brasil e no mundo? Houve avanços nas últimas décadas?

DR. CÁSSIO - Tratamentos mais avançados, sejam farmacológicos ou cirúrgicos, tem auxiliado na qualidade de vida dos pacientes neurológicos. Nas áreas de demência temos visto melhores resultados, e procedimen-tos cirúrgicos tem tomado um papel cada vez mais importante nos trans-tornos de movimentos anormais (por exemplo, Doença de Parkinson), e in-clusive em problemas psiquiátricos. Tratamentos que envolvem células--tronco e avanços na área da neuro-modulação vem se apresentam cada vez mais promissores, mas ainda te-mos que aguardar.

INTEGRAÇÃO - Nessa trajetória prestando atendimentos a pacien-tes, algum em especial ficou na tua memória? Por quê?

DR. CÁSSIO - Lembro de uma se-nhorinha com 80 anos que consultei na primeira semana que atendi no SUS - Unidade Central aqui em Bento. Ao terminar a consulta, ela me agra-deceu e disse que estava feliz porque pela primeira vez alguém tinha expli-cado o que ela tinha (e ela havia en-tendido!), e ao contrário de outras ve-zes, não havia entrado por uma porta e saído pela outra com uma receita na mão... A recompensa dos pacientes, especialmente os da rede pública, é um verdadeiro motor que faz a gente esquecer todos os problemas da pro-fissão.

INTEGRAÇÃO - Continuas estudan-do. Agora estás fazendo Doutora-do? Por quê?

DR. CÁSSIO - Sim, terminei o Mes-trado em Saúde Coletiva e agora estou na reta final do Doutorado. A área de Saúde Coletiva nos brinda inúmeros desafios, ainda mais em um país com

um panorama de saúde complexo como o nosso. O SUS é uma luz para o mundo na área médica assistencia-lista e deve ser revitalizado e prioriza-do. Somos exemplo para vários países, mesmo como todos os problemas da rede pública. Tenho que confessar minha utopia de termos um sistema nacional realmente único de saúde, como nos países nórdicos, por exem-plo, em que o empresário ou o políti-co é atendido e operado pelo mesmo cirurgião, no mesmo hospital e com os mesmos materiais que o mais hu-milde operário. E o melhor, sem a co-brança direta de nenhum centavo... Mas infelizmente, desde que se pas-sou a chamar o “paciente” de “cliente”, se corromperam as regras intrínsecas de bom relacionamento médico-pa-ciente, gerando uma judicialização da medicina, aumentando exponen-cialmente os processos médicos. Com o foco na parte econômica, e não no assistencialismo, a medicina entrou no caos.

INTEGRAÇÃO - Sabemos que aten-des pelo SUS, com boa vontade e gratidão? Por quê?

DR. CÁSSIO - Simplesmente pelo fato de ser a minha vocação. Não é uma roupa branca que nos faz melhor ou pior que o outro. Eu trato de nem usar guarda-pó para não assustar as pessoas ou distanciá-las. O médico tem que ter empatia com o paciente. Se não tem dedicação, humildade e compreensão, não pode ser médico.

INTEGRAÇÃO - De que for-ma interpretas o ser hu-mano?

DR. CÁSSIO - Uma máquina perfeita que nós tratamos de desordenar. Fazemos todo o contrário dos animais e nos achamos superiores. Temos teorias e desculpas para tudo, para não dar-nos conta de que não somos nada. Somen-te quando entendemos o sentido da palavra humano (húmus = terra) é que enten-demos que nascemos dela e

que voltaremos a ela. E o oposto do húmus, que é o sacro = sagrado, é o que realmente nos governa...

INTEGRAÇÃO - Que dicas darias a futuros médicos?

DR. CÁSSIO - Desejo que sejam profissionais idôneos, dedicados, bem formados e especializados e que, an-tes de mais nada, saibam pensar re-almente no paciente. Todo o resto é secundário ou consequência. Não se preocupem com quantidade, mas sim com qualidade, e que sempre possam se colocar na situação do outro. Mui-tas vezes é fácil criticar, mas compre-ender ou aceitar é muito mais nobre. O dinheiro jamais deve sobrepassar a ética, e deve simplesmente ser a con-sequência do seu trabalho bem feito e com dedicação. Nunca deve ser a fi-nalidade principal. Que esses colegas realmente desejem fazer medicina e não negócio, e que trabalhem para o povo e não para os hospitais...

Desejo que não se vendam por mi-galhas, que obrem como caráter e que tratem de não se submeter a grandes organizações em que a opinião de ad-ministradores é muito mais considera-da que a dos próprios médicos.

INTEGRAÇÃO - Considerações ge-rais.

DR. CÁSSIO - Acredito na concor-rência como sendo algo frutífero para todos, e que nos auxilia na busca da excelência. Desejo que Bento Gon-çalves disponha de outro hospital, de preferência público, que possa vir ao encontro aos anseios de grande par-cela da população não satisfeita e/ou menos assistida.

Dr. Cássio Zottis Grapiglia com os filhos Marco e Lucca

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Os principais cuidados com a

saúde podem ser resumidos numa

tríade fundamental: alimentação,

exercício e desaceleração.

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Outubro 2019SAÚDE8

s alimentos são divididos em três espécies: as proteínas, os lipídios ou gorduras e os

glicídios ou carboidratos. As proteí-nas estão presentes em todos os se-res vivos, participam de praticamente todos os processos celulares e podem ser encontradas em fontes de origem animal, como na carne, ovos, leite, peixe e também em fontes de origem vegetal, como nos cereais, feijão, soja, lentilha, grão de bico, nozes e semen-tes. São essenciais para o crescimento e a manutenção do corpo, sendo o principal componente estrutural de todas as células, particularmente dos músculos.

Os lipídios ou gorduras são insolú-veis na água e fornecem energia para as células.

Os glicídios ou carboidratos são de origem predominantemente vege-tal, exercem função energética e po-dem desempenhar função estrutural.

Numa refeição grande, bem equi-librada, devem constar esses três elementos, e não só é importante selecionar a qualidade do que se vai comer, mas também saber dosar cor-retamente as proporções.

Antonio Carlos KoffMédico, Cientista, Filósofo, Humanista

A saúde

A conformação dos dentes nos indica que o ser humano é omnívoro, ou seja, pode comer de tudo, e isso é verdadeiro, mas ele precisa ter alguns cuidados. Como regra geral, pouco sal, pouco açúcar e pouca gordura, sendo conveniente fazer refeições mais frequentes e menos copiosas. Frutas, verduras e legumes têm sido propagados como os melhores e, em parte, isso é verdade. Mas não se deve esquecer dos cereais, que são muito importantes e representam o futuro da humanidade. Além disso, as fru-tas têm alto teor de acidez e convém consumi-las com moderação. Tudo o que provém do animal, deve ser redu-zido, porque, além de representar seu impiedoso sacrifício, não é o melhor para o corpo. Da mesma forma, pão branco e farinhas brancas não são as melhores opções.

Importante comer devagar, masti-gando bem os alimentos, sem pressa, tirando um tempo para isso. Se quiser ainda obter melhor proveito, procure, a cada bocado ingerido, emitir pensa-mentos de paz, harmonia e prosperi-dade, lembrando que está recebendo da fonte universal força para seu corpo

e para suas realizações. Peça, naquela hora, que suas energias se renovem e o conservem com saúde. A mente é um imã e pode atrair o que você quer.

A verdade é que o leite e seus de-rivados, como manteiga, queijo, rico-ta, requeijão e outros são os maiores responsáveis, a longo prazo, pela arte-riosclerose e entupimento dos vasos sanguíneos. Seria então o caso de se perguntar: “Como pode um alimento da natureza ser inconveniente para o ser humano”? Devemos, no entan-to, nos lembrar que o leite de vaca foi feito para o bezerro, não para os seres humanos. Ademais, a natureza

não quer que os mamíferos tornem a tomar leite depois de desmamados. Intolerância à lactose e outras é uma reação do organismo, que não deseja esse tipo de alimento, o qual pode ser substituído, com vantagem, pelo leite de soja ou de outros cereais, mistura-do a diferentes bebidas.

Do ponto de vista físico, o homem é o seu sistema osteomuscular. São os músculos que permitem ao ser huma-no expressar-se, permanecer de pé, locomover-se, alimentar-se, respirar, trabalhar, reproduzir-se ou exercer qualquer atividade.

Ter um bom sistema osteomuscu-lar é da mais alta importância. Exer-cícios de contração e descontração muscular devem ser praticados com inteligência, persistência e modera-ção, sem chegar ao cansaço. Os ana-eróbicos, por não produzirem acelera-ção cardíaca, nem respiratória, são os melhores. Com criatividade, podem ser praticados a qualquer momento e em qualquer ocasião. Exercícios aeró-bicos, que tornam o indivíduo ofegan-te, sudorético e fatigado, produzindo ácido lático, são prejudiciais e acabam levando à senilidade precoce. Andar a

Imagens: Reprodução Web

A mente é um imã e

pode atrair o que você

quer.

...é importante selecionar

a qualidade do que se vai comer,

mas também saber dosar as proporções...

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Outubro 2019 9SAÚDE

pé, respirando ar puro, em ritmo nor-mal, em temperatura agradável, evi-tando o cansaço, tendo a mente har-monizada com o cósmico, pensando na saúde e na beleza da vida, sempre com sentimento de gratidão, é, prova-velmente, um dos melhores exercícios.

Importante também é saber res-guardar-se da ação dos agentes físicos, como calor ou frio, vento, contusões, traumatismos, certos tipos de odores ou impurezas, ruídos intensos ou ra-diações muito fortes.

Evitar a prática de esportes com-petitivos, os quais provocam exaustão e desgaste físico, além de traumas fre-quentemente presentes. São válidos como espetáculo para as multidões, mas para os atletas tornam-se dano-sos, podendo até resultar em lesões definitivas, simplesmente porque o corpo não foi feito para essas violên-cias.

Viver e trabalhar de modo desa-celerado é resguardar-se do desgaste prematuro e do desperdício de forças, sendo, para isso, necessário acostu-mar-se a executar uma só tarefa de cada vez e não assumir compromissos acima das forças. Não diga SIM quando quiser dizer NÃO. Procure desenvolver sempre mais o poder de autocontrole e também levar em conta que o exces-so de informações diminui a qualidade de vida.

A maneira como se vive no lar ou no trabalho é fundamental na busca de resultados e objetivos. Querendo ou não, o indivíduo é afetado pelo

meio ambiente. Conviver com inar-mônicos, antagônicos ou com inimi-gos, recebendo radiações negativas, dificulta a concentração, atrasa a evo-lução, aumenta a insatisfação e aca-ba acarretando danos à saúde. Nada arruína mais o corpo, nada destrói de maneira mais impiedosa e nada corrói de modo mais funesto do que o sofri-mento psicológico continuado, porém as consequências só aparecem muito tempo depois.

Não viva em ambiente hostil, não vale a pena. Perto dos amigos, longe dos inimigos, para louvar a Deus, essa é a verdadeira vida. Só assim atingirá seus mais altos ideais e poderá viver nas mais altas esferas do pensamento, na paz, no silêncio e na bem-aventu-rança.

Ame-se, converse com seu corpo, com seus olhos, com seu coração, seus pulmões, seus órgãos. Envie-lhes pen-samento de amor, harmonia e de con-fiança. Eles são seus. Os pensamentos modelam o corpo, a face, a fisionomia. Influenciam os movimentos, o andar, e se manifestam de forma exuberante no todo que é a pessoa humana.

A imagem mental que cada um forma de si é o que construirá seu futu-ro. Quem se visualiza cheio de saúde, beleza, felicidade, prosperidade, atrai essas condições, sucedendo o contrá-rio aos que pensam de modo oposto. Seu futuro depende do que você está pensando e fazendo AGORA.

A lei da mente é implacável: o que você pensa, você cria. O que você sente, você atrai. O que você acredita, torna-se realidade. A fé está na frente de todas as coisas e, sem ela, nada é possível realizar.

O ser humano precisa aprender a viver em harmonia com as leis da na-tureza, abster-se de quaisquer tipos de excessos, tomar bastante água e cultivar o repouso. Necessita também reservar um tempo para meditar. Deus fala através do sentimento interno.

Existe realmente um maravilhoso estado de harmonia interna, que pode proporcionar saúde, beleza, alegria e prosperidade e que deve ser constan-temente procurado por aqueles que buscam o seu aperfeiçoamento.

Para haver harmonia interna é pre-ciso ter amor e pensamentos positivos. Quando não amamos, sentimo-nos desligados de tudo e, consequente-mente, das forças construtivas, e então um terrível sentimento de solidão nos invade. Nada é possível verdadeira-mente construir sem amor, a verdadei-ra força que move o sol e as estrelas. Com frequência, certas pessoas são acometidas de uma sensação de fra-queza, de falta de forças, sensação de peso, de cansaço, que nada mais é do que a falta de amor, sem o qual não existe a faísca que provém da alma. O amor é o melhor dos remédios, o maior dos mestres, e é a única coisa que, quanto mais se dá, mais se tem para dar.

E muitos nos perguntam: “Mas, afi-nal, o que Deus quer de nós”? Temos sempre afirmado que a obra de Deus é perfeita, mas não está terminada. E Ele quer o auxílio de cada um para ir com-pletando sua obra. Quer que você uti-lize todo o seu potencial, todos os seus dotes, a sua criatividade, sua capacida-de, que você cresça e realize o máximo que puder, tornando-se, dessa manei-ra, um canal para a manifestação das obras de Deus. Não tenha medo de crescer, não tenha medo de aparecer. Quando você cresce, o mundo cresce. Lembre-se sempre que, para andar em

harmonia com o universo, é preciso ter um caminho.

Tudo, no entanto, sem nunca se esquecer da verdadeira finalidade da vida, que é a ETERNA LUTA ENTRE O BEM E O MAL.

Não só é importante o quanto se vive, mas sim como se vive. Um dia você descobrirá que sem amor não so-mos nada.

A mente tem poder sobre o corpo e este tem o poder de se autocurar.

Se você atingir a maestria, poderá utilizar seu corpo pelo tempo que lhe aprouver e envelhecer sem ficar velho. Mas o tempo, a vida e as finanças não poupam ninguém, e um dia você terá que deixar este mundo.

Por mais parentes, amigos e co-nhecidos que você tenha, por mais bens materiais que possua, por mais poder e influência que julgue possuir, terá de cruzar sozinho o umbral da transição e nada levará consigo. Ne-nhum bem será transportado, nenhu-ma pessoa lhe acompanhará. Nem pai, nem mãe, nem irmão, nem filho, nem amigos, nem ninguém poderá lhe acompanhar. Durante a passagem es-tará totalmente sozinho e entregue à sua própria sorte. Rogue para que seja suave e sem dor. Naquele dia e hora, seria bom lembrar ou dizer aquilo que deveria ter dito durante toda a vida: “LOUVAI AO SENHOR”.

Melhor ainda que antes tenha dito: “Ando no meio das trevas, das traições, dos perigos e da morte, mas nem as trevas, nem as traições, nem os perigos e nem a morte me amedrontam por-que Deus está comigo”.

Mas é preciso também agradecer. A gratidão abre a porta para maiores bênçãos.

Andar a pé, respirando ar

puro, em ritmo normal... é,

provavelmente, um dos

melhores exercícios.

Se você tem uma casa para morar, agradeça.Se você tem uma família, agradeça.Se você tem parentes, agradeça.Se você tem amigos, também agradeça.Se você tem trabalho, agradeça.Se você tem alimento para comer, agradeça.Se você tem roupa para vestir, agradeça.Se você tem um carro, agradeça.Se você tem dinheiro, agradeça.Se você tem saúde, agradeça.Se você ainda tem pernas para andar, agradeça.Mas se você não tem nada disso, também agradeça, porque você tem a Deus. Essa luz maravilhosa que está dentro de você e que lhe acompanha sempre onde quer que você esteja.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Outubro 2019

Bento GonçalvesRua Dr. José Mário Mônaco,

227 - Sala 905, CentroFones: (54) 3702.4113

(54) 99970.4113

GuaporéClinical Center - Av. Silvio Sansom, 1435 - 2° Andar

Fones: (54) 3443.6543(54) 99912.6543

Foto: Eduardo Benini

Felipe de David,Cirurgião Plástico

Técnicas de lipoaspiraçãosão aliadas na definição corporal

SAÚDE10

erão, sol e calor combinam com praia, piscina, diversão

– e corpos em exposição. A ansiedade por esse período típico de curtição costuma vir acompa-nhada de outra grande apreensão: será possível alcançar a definição corporal desejada até a hora de en-carar o biquíni ou a sunga?

Quem almeja entrar em forma sabe que a rotina para isso exige disciplina: alimentação balanceada, prática de exercícios físicos e ado-ção de hábitos saudáveis são indis-pensáveis. Mas há um importante aliado capaz de colaborar com esse desafio: as técnicas de cirurgia plás-tica. Esses procedimentos não são responsáveis diretos pelo emagre-cimento, mas muitas vezes agem como incentivo para a pessoa recu-perar a autoestima e, assim, dedi-car-se a um estilo de vida diferente.

Uma das opções mais procura-das – e conhecidas – é a lipoaspi-

ração. A técnica – que conferiu uma grande evolução à cirurgia plástica – pode complementar a maioria das intervenções cirúrgicas – desde uma abdominoplastia até um lifting fa-cial. O procedimento vai muito além do que aspirar gorduras: ele ajuda a modelar, contornar e rejuvenescer o corpo. Por isso que, nesse contexto, as pessoas normalmente se remetem a lipoaspiração. Indicada para remover gorduras localizadas, como as que se encontram debaixo dos braços, nos quadris e na região abdominal, a lipo se torna aliada, também, de quem opta pela cirurgia bariátrica e depois deseja eliminar o excesso de pele re-sultante da perda de peso.

Ao lado dela, outras técnicas corroboram em prol de quem visa o bem-estar: cirurgia plástica no abdô-men (abdominoplastia), nas mamas (mamoplastia), em braços e coxas (braquioplastia e cruroplastia), na face (lifting facial) e nos glúteos (gluteo-plastia) podem auxiliar na obtenção de melhores resultados. Há, também, os procedimentos de lipoenxertia, que permitem a retirada de gordura para posterior aplicação em depressões ou áreas que necessitam de maior volu-

me, como as nádegas – objetivando melhor equilíbrio estético, caracterís-tico da lipoescultura. O cirurgião plás-tico, após cuidadosa avaliação clínica, é capaz de recomendar qual técnica é a mais adequada para o caso de cada paciente.

Tratamento e recuperaçãoSe o diagnóstico do cirurgião re-

comendar a lipoaspiração, é impor-tante o paciente saber como a cirurgia ocorre. O procedimento requer anes-tesia geral ou peridural – com tempo de internação variando de 12 horas, para menores volumes, a 24 horas, em cirurgias maiores. A cicatriz é discreta e não requer a retirada de pontos. Já o repouso indicado é de uma semana, com capacidade para o trabalho em três dias e exercícios físicos após um mês.

É essencial buscar orientação médicaMais da metade da população

brasileira está acima do peso ideal. O dado divulgado pelo Ministério da Saúde liga o sinal de alerta para quem faz parte desse grupo – e também para a comunidade médica, que tenta ofe-

recer alternativas para redução des-sa estatística. Em caso de obesidade mórbida, o indicado é a realização de cirurgias bariátricas. A maioria das pessoas, no entanto, pode reverter o quadro de sobrepeso por meio da readequação alimentar e a adoção de hábitos saudáveis. Nesses casos, as intervenções cirúrgicas comple-mentam os resultados do processo. O cirurgião plástico pode indicar o tratamento necessário, baseando--se nos anseios e nas necessidades do paciente. E lembre-se: é essencial buscar um médico no qual você con-fie e que seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Outubro 2019 11FESTAS DE FINAL DE ANO

Natal e Réveillon em famíliano Hotel Villa Michelon

Complexo Turístico abre suas portas para as últimas festividades de 2019

É inevitável comentar o quanto o ano de 2019 passou rápido. E na vertiginosa velocidade das coisas, é possível encontrar um tempo de paz, confraternização e reencontro com os prazeres de se viver entre família e amigos. As Ceias de Natal e Final de Ano do Villa Michelon são conhecidas pela sua fartura, alegria e ambiente familiar, em meio à natureza do rotei-ro enoturístico mais famoso do Brasil. Este ano, elas também são abertas ao público em geral, mediante reserva.

No dia 24 de dezembro, o espírito natalino toma conta da atmosfera. O Natal, por si só, já é uma celebração lú-dica, onde famílias saboreiam o prazer de voltar a ser criança, comprovando que a espera pelo Papai Noel não tem idade. No Villa Michelon, além da ceia, que conta com variedades entre sala-das, entradas, pratos quentes e sobre-mesas, há animação da música ao vivo do Sexteto Tempero Brasil, queima de fogos e, lógico, a presença do Papai Noel. “Nosso cardápio é sempre pen-sado com antecedência, de manei-

ra a satisfazer os diversos paladares. Existem famílias que passam o Natal conosco há anos; há pessoas também que vêm pela primeira vez e é sempre um prazer receber a todos para essa experiência inigualável de estar fora de casa, mas se sentindo no aconche-go do lar”, pontua a diretora geral do Villa Michelon, Elaine Michelon.

Adeus, Ano Velho!As renovações de esperanças para

o ano que se aproxima são regadas com as 29 variedades de pratos, além da “mesa das mandingas”, um atrativo para garantir toda a sorte necessária para 2020. Fogos de artifício e músi-ca ao vivo esperam os visitantes em uma ceia regada a espumantes Brut e Moscatel da casa. Elegância e alegria são pensadas também para o público externo, além dos hóspedes. Ambas possuem espaço limitado sob reser-va antecipada. As informações po-dem ser adquiridas pelo telefone (54) 2102.1800 ou mensagens de texto via WhatsApp para (54) 98112.5443.

SALADASWaldorf Salada à PrimaveraSalada Italiana com Copa Assada Salada Tropical Tomate Recheado Molhos: Tártaro e Vinagrete

FRIOSFios de Ovos Tábua de FrutasFarofa FestivaPeru Festivo Chester à Moda da Chef Tender ao Molho de Damasco ao Espumante Lombo Recheado com Molho de Laranja e Ameixa

QUENTESArroz à Grega Risoto de Morango, Damasco, e Castanha de CajúEspaguete Caseiro na ManteigaRavióli de Ricota e Nozes na ManteigaEscalopes de Filé ao Molho de Cogumelos Frescos e FunghiSalmão Grelhado ao Molho de MaracujáMolho de Queijos e Molho de Tomate Seco

SOBREMESASFigo em Calda, Ambrosia, Pera ao Vinho Tinto, Frutas Secas, Torta Guirlanda de Uvas, Torta Red Velvet, Pudim de Nozes, Torta Prestígio, Salada de Frutas ao Moscatel, Docinhos Diversos, Mesa de Cafezinho

CARDÁPIO CEIA DE NATAL24/12/2019, 20h30min

CENTRO DE EVENTOS SPAZZIO VENETO - HOTEL VILLA MICHELON

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Outubro 2019GERAL12

Rotary Club Bento Gonçalves faz campanha pela prevenção da Poliomielite

Outubro é o mês mundial de combate a Poliomielite e o Rotary Club Bento Gonçalves se mostra engajado na causa. Este ano os rotarianos de Bento Gonçalves estarão no-vamente com a ação de conscientização na Via del Vino, no próxi-mo dia 19 de outubro, o dia “D” da campanha de vacinação. Eles es-tarão das 9 às 15 horas entregando folders e conversando com as pessoas sobre a importância da vacinação e os riscos que as crian-ças correm em não serem vacinadas.

“Temos hoje uma geração de jo-vens pais que não tem noção do que é uma criança infectada com a doen-ça e muitos nunca ouviram falar, e é principalmente estes pais com idade até 40 anos que devem ser lembrados do eu ocorria antes da erradicação da doença no Brasil”, diz o presidente da Comissão da Fundação Rotária Rotary Club de Bento Gonçalves São Francis-co, José Emanueli Junior.

Em 2017 foram 22 casos, 2018, 33 casos e até agosto de 2019 já foram

VIENE VIVERE LA VITAA prefeitura de Monte Belo do Sul lança, no próximo dia 18, a segunda edição

do Viene Vivere la Vita Festival e apresenta o projeto de Sinalização Turística. O evento ocorre a partir das 17h30min, no Sítio Pitanga Nativa. Na ocasião, também será apresentado o projeto “Enoturismo Brasil - Portugal”, de intercâmbio com a Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Região Saloia (região de Lisboa).

registrados 82 casos nos dois países ainda endêmicos, Afeganistão e Pa-quistão. Este ano devido ao grande número de casos de sarampo a ênfase da campanha de ano está nesta doen-ça.

Pelo menos 312 cidades do Brasil em 2018 ficaram com índices inferio-res a 30% na vacinação de crianças com até 5 anos de idade. A prevenção é possível apenas pela vacina, que protege contra os três sorotipos do poli vírus. A eficácia da imunização é entre 90% a 95%. Ela é recomendada mesmo para as crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diar-reia”.

Lançamentos

VI NOITE BRANCA DE GARIBALDINo próximo dia 21 de outubro, ocor-

re o lançamento da sexta edição da Noite Branca de Garibaldi, das 19 às 21h, na Câ-mara de Indústria e Comércio.

Na ocasião, serão apresentados o re-gulamento e a campanha publicitária do evento. A programação também inclui mini palestras com a turismóloga Ivane Fá-vero e com a Dra. Daniella Gasperin.

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Caderno de Cultura e Arte |

Jornal Integração da Serra | Nº 72 |

Outubro 2019

Reprodução Web

O GRANDE ENCONTRO DAMÚSICA BRASILEIRA EM BENTO

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2 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Outubro 2019

RogérioGava

[email protected]

O desejoa felicidade era algo mais do que a simples satisfação de nossas von-tades. Para o filósofo, era o desejo quem justamente afastava o homem da vida feliz. Na doutrina budista, o desejo também nunca foi muito bem visto, em virtude do apego e da ilu-são que gera no homem.

Apesar de toda essa histórica propaganda contrária, no entan-to, o desejo sempre triunfou. Não é para menos: quem não deseja? A psicanálise já deixou muito claro que somos eternos seres de desejo, sempre pulando de uma satisfação a outra. O desejo é nossa natureza. Como dizia Spinoza, há quase qua-tro séculos, “o desejo é a própria es-sência do homem”.

Desejar, é claro, não é de todo ruim, muito pelo contrário. A civiliza-ção só existe por causa de nossa ân-sia em ter e realizar o que não exis-te. O desejo sempre foi o motor da arte, da ciência e do progresso. Sem ele, ainda viveríamos nas cavernas. E uma pessoa que já não deseja mais submergiu na depressão e na melancolia. A incapacidade de de-sejar é patológica, pois representa a perda do próprio gosto de viver. O desejo é, portanto, o combustível da vida. Nesse sentido, é bom que es-tejamos sempre insatisfeitos; caso contrário, nos acomodaríamos de forma doentia, passando os dias à espera da própria morte.

Qual o problema com o dese-jo, então? Simples: ele é insaciável. Como gostava de assinalar Platão, o desejo é sempre uma “falta”, e por certo ninguém deseja aquilo que já tem. E se o desejo é essa ausência, essa lacuna, tão logo preenchido, eia que perde toda a sua graça. Você está sedento e desejando um gole de água cristalina e gelada. O primeiro copo será um deleite. Tal-vez você beba um segundo, mas esse já não trará o mesmo prazer. O terceiro, bem, esse possivelmente

“Há duas tragédias na existência: não

conseguir satisfazer todos os desejos

e conseguir satisfazer todos os desejos.”

OSCAR WILDE (1854-1900)Poeta e dramaturgo irlandês

você dispense. E se alguém o obri-gasse a beber dez copos? O que era desejo terá se transformado en-tão em um martírio. Alguém aí já teve que beber dois litros de água antes de um exame?

O que acontece com esse exem-plo simples vale para tudo na vida que envolve o desejo. É por isso que as relações humanas e afetivas são tão complicadas. Ninguém sabe ao certo o que quer; ou pensa que sabe, só para se dar conta, ao conquistar o que queria, que não era bem isso o que realmente estava querendo. E lá vamos nós querer outra coisa... Os psicanalistas têm um termo para essa confusão: é a “metonímia do desejo”, essa eterna sina do homem em nunca estar satisfeito com o que tem. Não há gozo do real sem o luto do imaginário; nada na vida nos sa-tisfaz plenamente.

Esperar que a realização de nossos desejos nos faça felizes, portanto, não é uma boa ideia. Isso, porém, não significa abdicar de de-sejar. Tampouco que devemos parar de sentir aquela “coceira de insatis-fação”. Porque o desejo, esse algo sempre insatisfeito, é o que nos im-pulsiona para a frente, a lutar contra as adversidades, a vencer os fracas-sos, as perdas, as derrotas, e tudo o que aí está para nos tirar o gosto de viver. Essa pulsão de vida tão cara a nossa sanidade. E que nos faz nun-ca desistir.

Há aqui um aprendizado essen-cial: se o desejo é um eterno insatis-feito, isso não significa que devemos nos tornar pessoas insatisfeitas. Aquele tipo chato que “nunca está contente”. O típico “mal-agradecido” do qual nossas avós falavam. De-vemos, ao invés disso, saborear as conquistas alcançadas, as vitórias, as voltas por cima, embora sabe-dores de que será sempre hora de recomeçar. E que, nunca, ninguém, pode ter tudo o que deseja (por mais

que a revista Caras queira nos pro-var o contrário).

Nesta altura, o prezado leitor e a estimada leitora já devem ter re-parado: essa atitude de dar valor e aprender a curtir o que alcançamos tem um nome: “gratidão”. Note que a gratidão tem a ver com seguir de-sejando o que já conquistamos. Pa-rece estranho, mas é a pura verda-de. Desejar o que já foi conquistado é um hábito que podemos cultivar. É agradecer todos os dias e instantes pelos pequenos prazeres da vida. Quando agimos assim não caímos na cilada do desejo, ou seja, não deixamos de aproveitar o desejo que está sendo satisfeito no aqui e agora. Mesmo que, saibamos, a satisfação com o desejo alcançado pouco a pouco irá se dissipar. Até desaparecer. Só para colocar outro desejo em seu lugar.

Dizia Santo Agostinho: “não pode ser feliz alguém que não tem o que quer, mas tampouco aque-le que tem tudo o que quer”. Apa-rentemente ambígua, a mensagem é luminosa: a felicidade não está na realização de todos os nossos desejos; ao mesmo tempo, é bom que tenhamos pelo menos alguns de nossos desejos realizados. E o santo-filósofo coroa essa questão justamente com um ensinamento que já conhecemos: “a felicidade é continuar desejando aquilo que pos-suímos”.

Aprender a desejar é aceitar nos-sa eterna insatisfação, fazendo dela o motor da vida. É também não se deixar enganar pelo canto da sereia da satisfação total, onde todos os nossos desejos estarão realizados. Se o desejo é o sal da vida, há que se lembrar que beber água salga-da só nos faz ter mais sede ainda. Seguiremos sempre desejando. E sedentos pelos desejos não con-quistados. É esse nosso destino. E talvez nossa redenção.

história do desejo é antiga. No mito bíblico da criação, a queda de Adão e Eva se

dá em virtude de um desejo proi-bido. A expulsão do paraíso sim-boliza a perda de uma felicidade perfeita, em nome de um anseio não controlado. Três séculos antes de Cristo, Sócrates ensinava que

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Outubro 2019 | 3

Os jornalistas Carina Furlanetto e João Paulo Mileski estão rodando a América do Sul de carro com o projeto “Crônicas na Bagagem”, em uma expedição que deve durar até dois anos. Eles já passaram pelo Uruguai, Argentina, Chile e Bolívia e agora estão no Peru, escrevendo sobresuas experiências nas redes sociais: instagram: @cronicasnabagagem,facebook.com/cronicasnabagagem, site www.cronicasnabagagem.com e nas páginas do Integração da Serra.

Fotos: Arquivo Pessoal

Onde eu quero estarPor João Paulo Mileski

Fique Informado!Entretenimento, promoções,

músicas e muita notícia.

m Cuzco, no final de agosto, passamos três noites dormindo no carro ao lado

de uma praça. Tempo suficiente para vermos se repetir cenas de adolescentes jogando basquete na quadra de esportes, senhoras passeando com seus pets, outra vendendo pão de porta em porta e o vigia da praça mo-lhando a quadra com a mangueira.

Por alguns momentos me senti partícipe daquela rotina. Quando levei o lixo para a rua, cumprimentei os vizinhos e a amável senhora do pão como se fosse parte daquele bairro.

Às vezes sinto falta de ocupar um espaço em uma comunidade, da sensação de per-tencimento que acabamos abdicando com uma vida nômade.

Mas a minha vontade ainda não é a de voltar para a casa. Tenho desejo, mesmo, de pertencer a comunidades distintas, fazer parte de realidades opostas. De viver mais tempo com pessoas que têm muito pouco, mas ainda assim compartilham o que têm, de passar dias na Amazônia peruana, co-lombiana e brasileira imergindo em crenças opostas às minhas, vivendo com quem vive da terra, longe dos ruídos da civilização na qual fui criado e da qual herdei um modo de vida.

Quero estar em lugares que façam ques-tionar as minhas próprias certezas, que des-contruam as minhas convicções, ensinem o que ainda não sei ou deem outras perspecti-vas sobre algo que conheço.

Tenho muito a descobrir sobre o mundo, mas mais ainda sobre mim mesmo. O que me move, no final das contas, não é achar que um dia estarei pronto para encarar com maturidade toda e qualquer situação, mas saber que esse caminho de descobertas e autoconhecimento se renova todos os dias.

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4 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Outubro 2019

CésarAnderle

Diretor da Anderle Transportes

Discernimento

Não podemos ficar à espera do acontecimento, precisamos fazer acontecer e nos unirmos para uma nova realidade.

ivemos em um momento de nossa história em que nos depa-ramos com uma “enxurrada” de informações. Nunca, em toda

a história da civilização, tivemos tamanha quantidade delas num piscar de olhos. Somos jogados literalmente para dentro de jornais, revistas, internet e, sem dúvida, televisão.

Loucura imaginar essa quantidade de informações há duas ou três décadas. Tínhamos, neste período, o contato com livros e revistas, além dos aparelhos televisivos. O discernimento coletivo nesta época era apenas exposto pela televisão, mesmo que muito superficialmente, onde as pessoas eram facilmente manipuladas, pois a opinião da TV é que predominava, mesmo ela sabendo que não estava agindo de forma correta.

Muitas pessoas liam livros e interagiam com outras a respeito de um ou outro assunto. Mas a maioria esmagadora da população ficava à mercê das decisões dos formadores de opinião, pois, pelo desleixo dos que não tinham o hábito da leitura, acabavam se in-fluenciando por aquelas ideias colocadas à sua frente.

Hoje, as pessoas leem mais e se interessam pelas mais diver-sas áreas. Isso faz com que tenham um entendimento amplo da real situação. Não podemos ficar à espera do acontecimento, pre-cisamos fazer acontecer e nos unirmos para uma nova realidade.

O ocorrido numa comunidade ou na cidade vizinha, ou até nas distantes, acaba nos afetando e pode influenciar em nossas deci-sões. As informações chegam ao nosso conhecimento de forma simultânea, e talvez nem sejam verdade. Se não apurarmos cor-retamente, estamos sujeitos a cometer erros que podem manchar nossa imagem, nossos princípios.

Por isso, o discernimento é de grande importância. Se tivermos o conhecimento amplo, certamente saberemos conduzir e filtrar corretamente cada atitude do ser humano. Com isso não seremos influenciados por esta ou aquela situação que ocorre no dia a dia.

O mundo está em constante evolução. O espírito de cada pes-soa evolui na mesma proporção, mas as barreiras e os paradigmas devem ser quebrados e resolvidos, sob pena de continuarmos as-sistindo à manipulação dos que detêm a informação e formadores de opinião, mesmo não sendo a sua ou a minha opinião.

Programe-seMonty Python Band - 10 anos de Southern RockQuando: 12 de outubroOnde: Bento GonçalvesLocal: Ferrovia LiveHora: 22 às 5h

Artemisia GentileschiAula conceitual e práticaQuando: 13 de outubroOnde: Bento GonçalvesLocal: SescHora: 13h30 às 16h

Orquestra de Câmera de Bento GonçalvesQuando: 13 de outubroOnde: Bento GonçalvesLocal: Praça Via del VinoHora: 18 às 19h30

Arte em QuintaQuando: 17 de outubroOnde: Bento GonçalvesLocal: Dom Quixote LivrariaHora: 19 às 22h

Festa Nacional da MúsicaQuando: 20 a 23 de outubroOnde: Bento GonçalvesLocal: Fundação Casa das Artes, Rua Coberta e Dall’Onder Gran-de Hotel

Bento In Magic2ª EdiçãoQuando: 25 e 26 de outubroOnde: Bento GonçalvesLocal: Fundação Casa das ArtesHora: 21h

Metal Sul FestivalQuando: 1º e 2 de novembroOnde: Bento GonçalvesLocal: Fundação Casa das ArtesHora: 13h

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Outubro 2019 | 5

O articulista do Jornal In-tegração, professor Rogério Gava, lança neste mês seu mais recente livro sobre proatividade. A obra, “Empresas Proativas 4.0: estratégias para ven-cer na era digital”, escrito em coautoria com o colega professor Leonardo Araújo, da Fundação Dom Cabral (FDC), aborda a questão da proatividade, tendo como pano de fundo a temática da quarta revolu-ção industrial.

O novo livro é o terceiro naquilo que os autores batizaram de “Trilo-gia da Proatividade”, iniciada em 2011 com a publicação de “Empre-sas Proativas”, obra que conquistou o terceiro lugar no Prêmio Jabuti no ano seguinte e que também foi lan-çado na Inglaterra pela editora Pal-grave Macmillan. Em 2014 foi a vez de “Estratégias proativas de negócio: as quatro chaves da proatividade”

Proatividadeem Tempos 4.0

chegar ao mercado, dando continuidade ao tema de estudo.

“Estamos muito felizes com mais este lançamento. E também por termos tido o aval do professor Philip Kotler, maior autoridade mundial no marketing, que gentilmente nos bridou com o comentário de capa, as-sim como já havia ocorrido no primeiro livro”, comentou Gava.

Conforme os autores, a realidade 4.0 significa uma nova maneira de se fazer negócios, de trabalhar, e também de se atuar em sociedade. É um mundo que traz muitas opor-tunidades, mas também ameaças não só para as empresas, mas aos profissionais. Muitas profissões irão surgir (e já estão surgindo), ao pas-

so que outras estão em franco desaparecimento ou radical mu-dança. E isso também vale para os mercados, com o surgimento de novos modelos de negócio e a supressão de outros tantos.

Os autores destacam que a palavra-chave da ação proati-va, a antecipação, torna-se hoje ainda mais crucial. “Se antecipar a mudança é vital em mercados estáveis, essa ação se torna in-dispensável quando a turbulên-cia é a tônica. Mais do que isso, ser proativo, hoje, é questão de

sobrevivência”, destaca Gava. Empresas Proativas 4.0, como

diz a apresentação da obra, é um verdadeiro manual de sobrevivên-cia na “selva competitiva” desses novos tempos. No livro, travamos conhecimento com as melhores práticas de empresas de sucesso, com os pilares da gestão proativa e sua aplicação, bem como analisa-mos estratégias e táticas para uma melhor performance em relação ao amanhã.

Os autores fazem questão de enfatizar que a proatividade não é um “modismo” passageiro, tam-pouco uma concepção puramente abstrata e com pouca aplicação na “vida real”. Por isso mesmo, o livro encontra-se recheado de exemplos e aplicações acessíveis a toda em-

presa, de fácil entendimento e com-provadamente eficazes.

Gava destaca uma questão es-sencial para os gestores: “diante de um mundo complexo é preciso simplificar o pensamento. Como já se disse, o que é muito complicado para ser exposto geralmente carece de substância. Isso ocorre no cam-po da estratégia, onde, sob o manto de uma aparente sofisticação, mui-tas teorias sucumbem à primeira prova da experiência. Buscamos neste livro o oposto disso: a questão é ser simples, sem ser simplista; ser fácil de entender, sem perder a den-sidade”, assinalou.

O livro leva o selo Alta Books, e já está à venda na versão física e também em e-book, nas principais livrarias e “E-commerces” do país.

Fotos: Divulgação

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6 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Outubro 2019

Festa Nacional

Festa Nacional da Música 2019, que iniciou em Porto Alegre no dia 11 de outubro, com desfiles de escolas de

samba, prossegue em Bento Gonçalves de 18 a 23 deste mês, com entrega de premiações e fóruns no Dall´Onder Grande Hotel, oficinas e shows na Fundação Casa das Artes, além de apresentações de artistas na Rua Coberta. O evento vai reunir, em Bento Gonçalves, artis-tas de várias vertentes, do rock ao samba, do funk ao forró, do rap ao sertanejo e da MPB ao gospel, contemplando diversos ritmos. Além dos músicos, o município também receberá autores, empresários, compositores, entida-des representativas do setor e imprensa es-pecializada.

A programação inicia no próximo dia 18, com a gravação do Programa Galpão Criou-lo, na Rua Coberta, das 19 às 22 horas. No domingo, 20, das 14 às 18 horas, ocorre na Rua Coberta o Festival Promessas, com a apresentação de diversos artistas regionais e nacionais do estilo gospel.

O Ninho da CriaçãoAinda no domingo, a partir das 19h30,

ocorre o “Ninho da Criação”, no auditório da Fundação Casa das Artes, com a participação de grandes compositores brasileiros. Eles in-teragem com o público, cantando e contan-

Grandes nomes da música brasileira estão confirmados para o evento em Bento Gonçalves, que contempla apresentações, palestras, workshops, shows e premiação

da Música 2019

Fotos: Divulgação

do as histórias de suas composições. Os compositores Paulo Massadas, Carlos Colla, Peninha e Nando Cordel vão cantar alguns de seus sucessos como “Um Dia de Domin-go”, “Me dê Motivos”, “Sozinho”, “Whiski a Go Go”, “Uni-Duni-Tê”, “De Volta Pro meu Aconchego”, “Falando Sério”, entre outros. O show é apresentado por Gisa Nunes.

Shows na Rua CobertaNa noite de terça-feira, 22, a partir das 19

horas, se apresentam na Rua Coberta: Vitor Kley, Joana, Turma do Pagode, Ivo Meirel-les, Detonautas, Pixote, George Israel, Frank Aguiar, Sula Miranda, Maneva, Grupo Zoeira, Rádio Táxi, Silvinho Blau Blau, entre outras atrações.

O evento encerra às 10 horas do dia 23, com a divulgação da “Carta de Bento Gon-çalves”, com reinvindicações e propostas apresentadas por artistas e afins em fóruns promovidos durante o evento.

HomenagensNas noites de 21 e 22 de outubro, ocor-

re, nas dependências do Dall´Onder Grande Hotel, Noite de Shows e Premiações. Serão homenageados Dudu Nobre, Vitor Kley, Jo-anna, o roqueiro Paulo Ricardo, entre outros artistas.

Paulo Ricardo

Dudu Nobre

Vitor Kley

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Outubro 2019 | 7

PROGRAMAÇÃO18 dE OutuBRO19h - Show de música gaúcha com a gravação do GALPÃO CRIOuLOLocal: Rua CobertaParticipação: Neto Fagundes, Analise Severo, Tchê Guri, César Oliveira e Rogério Melo, Machado e Marcelo do Tchê, Roger Morais, Luisa Barbosa, Tatiéle Bueno, Cristiano Quevedo

20 dE OutuBRO14 às 18 horas - FEStIVAL PROMESSASLocal: Rua CobertaParticipação: Midian Lima, Isadora Pompeo, André e Felipe, Clóvis (Preto no Branco). Camila Campos, PG, Willy Gregory, Rebeca Carvalho, Suellen Lima, Ministério Aliança do Tabernáculo, Asbeme, Fabinho Vargas

19h30 - NINHO dA CRIAÇÃOLocal: Fundação Casa das ArtesParticipação: Paulo Massadas, Carlos Colla, Peninha e Nando Cordel

21 dE OutuBRO10h - Chegada dos artistas convidadosLocal: Dall’Onder Grande Hotel14h - Abertura dos diversos espaços de exposição do eventoLocal: Dall’Onder Grande Hotel14h30 - Abertura da mostra de instrumentos musicaisLocal: Dall’Onder Grande Hotel15h - Show na Casa das ArtesLocal: Fundação Casa das Artes(Programação em montagem)17h - Abertura do Congresso Nacional da MúsicaLocal: Dall’Onder Grande Hotel19h - Show na Casa das ArtesLocal: Fundação Casa das Artes(Programação em montagem)22h - Noite de shows e premiaçõesLocal: Dall’Onder Grande Hotel(Programação em montagem)

22 dE OutuBRO9h30 - Show para estudantes na Casa das ArtesLocal: Fundação Casa das Artes(Programação em montagem)11h - Palestra sobre direitos autorais no Espaço EcadLocal: Dall’Onder Grande Hotel11h - Workshop sobre instrumentos musicaisLocal: Dall’Onder Grande Hotel(Programação em montagem)11h - Painel Música Regional Gaúcha - Mercado Independente e Novas DiretrizesLocal: Dall’Onder Grande Hotel15h - Show nacional com the Fevers e convidadosLocal: Fundação Casa das ArtesConvidados: Daniel Del Sarto, Marcos Sabino, Ovelha, Fabiano Feltrin (cover de Elvis Presley)19 às 22hs - Show nacional na Rua CobertaLocal: Rua CobertaParticipação: Turma do Pagode, Bom Gosto, Dodô e Pixote, Zueira, Dudu Nobre, Ivo Meireles, Vitor Kley, Detonautas, George Israel, Sérgio Loroza, Frank Aguiar, Naldo Benny, Rádio Táxi, Silvinho Blau Blau, Ovelha, Adryana Ribeiro, Maneva22h - Noite de shows para televisão e redes sociais no espaço dall’OnderLocal: Dall’Onder Grande Hotel(Programação em montagem)

23 dE OutuBRO10h - divulgação da carta de Bento Gonçalves e encerramento do eventoLocal: Dall’Onder Grande Hotel

HistóriaA Festa Nacional da Música tem uma história de mais

de 50 anos. O evento, considerado o maior encontro da mú-sica brasileira, reúne anualmente artistas de vários estilos, autores, compositores, entidades representativas e impren-sa especializada. É o principal fórum de discussões em tor-no da música brasileira. Nenhum artista recebe cachê para participar e o público tem acesso livre às apresentações.

A atual Festa da Música nasceu com o nome de Festa do Disco. Durante 15 anos, nas décadas de 70 e 80, reuniu grandes nomes da MPB, no início em Porto Alegre, na sede da Sogipa. De 2005 e 2015, o evento ocorreu em Canela. Em 2016 e 2017, ocorreu em Porto Alegre, levando mais de 200 mil pessoas às ruas da capital.

A partir de 2018, a promoção foi dividida em duas eta-pas, uma regional e outra nacional. A etapa regional pas-sou a se chamar CIDADE DA MÚSICA, ocorrendo em Porto Alegre. A nacional, com a manutenção do nome principal do projeto, começou a ser promovida em Bento Gonçalves.

Fotos: Divulgação

Joanna

Detonautas

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8 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Outubro 2019

Por Rodrigo de [email protected]

É com esse sutil recorte que co-meço a descrever Douglas Ceccag-no, o escritor homenageado da 34ª Feira do Livro de Bento Gonçalves. O trecho acima compreende parte da entrevista exclusiva concedida por Ceccagno ao Jornal Integra-ção da Serra. É graduado em Le-tras de língua portuguesa e inglesa, mestre em Letras pela Universidade de Caxias do Sul e doutor em Teo-ria da Literatura pela PUC-RS, com estágio doutoral em Paris. Ceccagno é autor do livro de poemas “Rábu-la”, lançado em 2015, e dos contos “Ópera Subterrânea”, publicado em 2018, ambos pelo Fundo Municipal de Cultura.

INtEGRAÇÃO: Como foi rece-ber a notícia de que tu serias

Realização e organização:

www.prevserraassessoria.com.br

(54) 3055.3009 | 3702.0330Rua 13 de Maio, 203 - Bento Gonçalves www.prevserraassessoria.com.br

04 DE OUTUBRODIA DO MÉDICO DO TRABALHO

Parabéns a esse profissional que cuida da saúde e bem-estar do trabalhador.

ENTREVISTA

Foto: Divulgação

CECCAGNODOUGLAS

“O escritor precisa estudar, praticar, conhecer um pouco de psicologia, um pouco de teoria literária, ler muito e ter muita empatia pela humanidade...”

o homenageado da 34ª Feira do Livro de Bento Gonçalves?

CECCAGNO: Posso estar di-zendo o óbvio, mas foi mesmo uma surpresa. Eu realmente não espera-va, porque nunca fiz muitos trabalhos na Feira do Livro, apesar de sempre frequentá-la. Mas escrevia, dava aula de literatura... Até que a Eunice Pigo-zzo me chamou para dar uma oficina de escrita criativa e uma palestra so-bre literatura fantástica, há uns dois ou três anos. Aqueles eventos foram muito importantes, porque a palestra levou o público à universidade, des-mistificou aquela coisa do “escritor que só escreve para a academia”, porque eu nunca fui esse tipo de escritor. E a oficina foi fundamental, porque as pessoas viram o quanto algum conhecimento de teoria literá-ria pode ajudar na escrita. E foi o que deu origem ao Projeto Contantes, que transformou aquelas três horas

de oficina em quarenta. Eu vejo essa homenagem, portanto, como resul-tado de uma parceria que deu cer-to muito rapidamente, e acho que é uma consequência do momento em que o meu trabalho começou a ter alguma visibilidade dentro das feiras do Livro anteriores. Além, é claro, da publicação, no ano passado, do meu livro de contos “Ópera Subterrânea”, que já é o meu terceiro livro.

INtEGRAÇÃO: tu já é um es-critor conhecido na região e tem uma importante contri-buição para a área cultural. O que representa para sua carreira no universo literário ser um dos protagonistas da Feira do Livro deste ano?

CECCAGNO: É uma grande satisfação. Significa que as pesso-as estão vendo a qualidade do meu trabalho. Bento Gonçalves já não é

uma cidade pequena, não tem mais aquela coisa de “o escritor da cida-de”, porque tem muita gente produ-zindo, e produzindo coisas muito di-ferentes, que são expressão também das suas vivências e das suas leitu-ras. Só com a oficina do Projeto Con-tantes, onde dei aula de escrita fic-cional durante seis meses este ano, tem quinze novos contistas, todos de Bento, que vão publicar juntos uma antologia nos próximos meses. En-tão, tem muita gente escrevendo. A gente vê isso nos jornais também, em rede social... E, no meio desse pessoal todo, ser homenageado, é muito gratificante. Significa que as pessoas estão percebendo a serie-dade do nosso trabalho.

INtEGRAÇÃO: Quais são as suas principais influências na literatura?

CECCAGNO: Eu já tive tanta

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influência, que hoje não sei mais o que me influencia. Eu tenho cons-ciência de que o discurso literário é uma construção de várias vozes, principalmente das leituras do autor. Então, no começo, a gente tenta imi-tar os autores que admira, e isso é natural, porque precisamos aprender a escrever. Com o tempo, se tenta construir um estilo, achar a própria voz. Mas hoje, eu não me preocu-po tanto com estilo, e aí eu percebo algumas vozes de outros escritores aparecendo no que eu escrevo. Teve um crítico que leu “Rábula”, meu li-vro de poesia de 2015, e disse que encontrou muitas intertextualidades ali. Tem algumas citações: Fernando Pessoa, por exemplo, e muitas inter-textualidades mesmo, que podem ser uma palavra, uma expressão, certa maneira de cortar um verso... Aliás, é isso o estilo: a palavra tem a mesma raiz de estilete, então é o modo como a gente corta o texto. E esse corte a gente aprende com as coisas que lê.

INtEGRAÇÃO: Nos últimos anos Bento Gonçalves ga-nhou um importante impul-so na cultura, principalmen-te com os projetos do Fundo Municipal da Cultura. Mas,

na sua visão, o que ainda poderia ser feito para que a cidade ganhasse ainda mais destaque na área cultural?

CECCAGNO: Muita coisa está sendo feita, mas é claro que é preci-so ir além. Se você não vê espetácu-los de teatro, de dança, de música, ou não vai a exposições de bons ar-tistas, a arte não dialoga, e fechada em si mesma ela não vai a lugar ne-nhum: fica só se repetindo. Agora os círculos de leitura estão aparecendo, os de escrita também. Mas precisa-mos incentivar a produção e também o consumo. Então, é necessário faci-litar a montagem de espetáculos, a exposição de arte, a publicação de livros, mas também pensar na for-mação do artista, do escritor e, prin-cipalmente, do público e do leitor. É necessário incentivar as pessoas a frequentar espaços culturais, até que o sujeito que vai assistir ao ator da Globo no teatro também vá assistir aos atores daqui. Isso é algo a ser construído aos poucos, mas precisa ser incentivado sempre. Outra coisa importante é a qualificação. Então, se um pintor de Bento vê exposições de boas pinturas e consegue tam-bém fazer oficinas com bons profis-sionais, ele será um pintor melhor. Eu acredito que os artistas e escritores de Bento vão continuar, cada vez

mais, a ter destaque fora da cidade, porque muitas dessas ideias já estão sendo postas em prática. Mas esse movimento precisa continuar cres-cendo.

INtEGRAÇÃO: A conjuntura atual do Brasil externa uma situação delicada no campo social e artístico. Como que tu analisa a situação do país e de que forma isso tem im-pactado nas tuas criações?

CECCAGNO: Interessante essa pergunta, porque a gente pensa que a situação do país não vai impactar na nossa produção, mas, quando vai ver, acabou escrevendo algo que cai como uma luva na política atual. Es-tive relendo “Rábula”, o livro que lan-cei em 2015, e vi ali uma revolta que passou a fazer ainda mais sentido após o golpe de 2016 e a eleição de 2018. Então, já existia um imaginário que acabou aparecendo no texto. No “Ópera Subterrânea”, tem conto fantástico e uma certa perspectiva do absurdo da vida, mas também estão presentes temas como o futu-ro da tecnologia, o desaparecimento político, a violência urbana, o embate entre os valores das diferentes clas-ses sociais... Machado de Assis dizia que o escritor deve ter um sentimen-to íntimo que o torne um homem do

seu tempo e do seu país. Eu penso que não há como fugir da sociedade em que a gente vive. De alguma for-ma, ela sempre aparece, mesmo na poesia lírica ou nos relatos íntimos, porque a literatura carrega as mar-cas do seu tempo. Nós realmente enfrentamos no Brasil um momen-to conturbado em relação às artes: quem não agrada a ideologia oficial está sendo perseguido. Eu acredito que não exista justificativa possível para a proibição de qualquer mani-festação artística. As pessoas falam de ideologia, mas todo discurso é ideológico, até o pretensamente im-parcial: a imparcialidade também serve a certos interesses. Então esse critério da ideologia não deveria ser levado em conta. Nem o critério mo-ral, porque a arte está além da moral: ela nos faz questionar a moral.

INtEGRAÇÃO: Quais são as tuas projeções para 2020 na literatura?

CECCAGNO: Escrever. Conti-nuar escrevendo. Estou trabalhando em uma história que eu ainda não sei o que vai virar. Também tenho algumas centenas de textos narrati-vos curtos que precisam de edição e tenho um livro de poemas que eu talvez tente publicar. Mas tudo são apenas conjecturas.

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Monja Coen“O propósito do Budismo é o de despertar na mente humana a percepção de que estamos todos interligados”

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Monja Coen, nascida Cláudia Dias de Souza, paulistana, 72 anos, é uma pessoa ímpar. Antes de ser budista, casou-se aos 14 anos, teve uma filha, divorciou-se, atuou como repórter em diversos jornais do Brasil, cursou Direito e viveu inten-samente os anos 1970. Descobriu sua vocação para o budismo aos 36 anos, mudando de endereço da Califórnia, onde começou a prati-car a técnica de sentar em medita-ção silenciosa, para se tornar monja zen budista no Japão. Permaneceu 12 anos no Japão, entre oito anos no mosteiro feminino de Nagoya e quatro anos em templos espalhados pelo país oriental.

De volta ao Brasil, começou a divulgar a cultura budista em pales-tras, livros e postagens em redes sociais. A monja, uma das principais líderes espirituais budistas do Brasil, foi a primeira mulher e pessoa de ori-gem não japonesa a assumir por um ano a Presidência da Federação das Seitas Budistas do Brasil, com sede no Templo Busshinji, no bairro da Li-berdade, em São Paulo. Coen Roshi palestrou em Bento Gonçalves no último dia 8 de outubro, pelo projeto Conexão de Ideias, do Sesc, e con-versou com o Jornal Integração da Serra.

INtEGRAÇÃO - Antes de ser reli-giosa, a senhora foi repórter e viveu intensamente os anos 1970. Como descobriu sua vocação para o bu-dismo?

MONJA COEN - A redação de um jornal é um lugar importante, porque nos obriga a falar com tan-tas pessoas diferentes, abrindo os portais da nossa mente, da nossa percepção, da nossa maneira de ver o mundo, de nos relacionar com os outros. O jornal foi fundamental para essa descoberta, foi o primeiro pas-so, a grande abertura. Em matérias que necessitavam de pesquisas, aparecia o Budismo. Aí começou o meu interesse. Eu percebi como era interessante. Os Beatles meditavam.

Quando eu escutava a música deles achava as letras muito profundas, com imensa capacidade de comu-nicação. Então eu pensei “esses ca-ras meditam. O que é isso?”. Havia tantas pessoas, que eu considerava grandes comunicadores de massa, que meditavam. Além disso, as reda-ções eram predominantemente mas-culinas e tinha que provar a todo ins-tante que, apesar de ser mulher, era inteligente. Eu tenho uma visão de que homens e mulheres são igual-mente importantes na construção da vida e que todos nós temos nossas posições e nossos papéis. Um ser humano é capaz, independentemen-te se é homem ou mulher.

profundo do que flashes de alegria. É isso que o Zen nos ensina. As pes-soas que procuram, encontram.

INtEGRAÇÃO - Atualmente, o Bra-sil passa por uma fase conturbada, tanto economicamente como politi-camente. Em meio a esse estresse diário, o Budismo é uma saída para a preservação da saúde mental?

MONJA COEN - Considero que sim. Talvez as práticas de Zazen (sentar em Zen, meditar) possam ser um caminho seguro para estarmos em contato com a essência da vida – em nós e no mundo que nos cerca. Esse contato nos traz tranquilidade. Não é necessário se tornar budista, nem mesmo estudar o Budismo. As práticas de meditação são, certa-mente, portais para a libertação da mente humana. O autoconhecimen-to que transcende o próprio eu.

INtEGRAÇÃO - A senhora lan-çou sete livros abordando diferen-tes assuntos que, de certa forma, se convergem ao tema da felicidade. Destes livros, quais deles melhor se encaixam com o momento que o Brasil está passando e por quê?

MONJA COEN - Os livros” O inferno somos nós: do ódio a cul-tura da paz”, de Leandro Karnal, e “Nem anjos nem demônios: a huma-na escolha entre virtudes e vícios”, de Mario Sérgio Cortella, nos quais contribuo com diálogos, refletem o momento histórico da humanidade – não apenas do Brasil. Nos de minha autoria, como o “Aprenda a viver o agora”, procuro abordar aspectos da vida humana de forma a que possa-mos viver com mais leveza e alegria.

INtEGRAÇÃO - Hoje a maioria dos jovens continua pensando em viver ao máximo, aproveitar tudo o que vida pode oferecer, mas os tem-pos são outros e isso pode ser mais perigoso. Como a senhora vê isso?

MONJA COEN - Penso que faz parte da juventude a descoberta e nós, quando jovens, experimenta-

mos as coisas, o mundo, nosso cor-po e a nós mesmos. Mas é importan-te sabermos os limites, conhecermos os nossos próprios limites, nos dar limites. Uma sociedade muito per-missiva, que não dá limite, deixa as pessoas perdidas. Não acho que a juventude atual seja pior do que a juventude anterior. É da juventude essa vontade de fazer aquilo que é proibido. O interessante é perceber que são experiências e não ser con-sumido por essas experiências. Uma coisa é você experimentar drogas, outra coisa é a droga experimentar você e não sair mais de você. Essa é a diferença fundamental, isso pode ser para tudo, para o açúcar, para o sal, para o álcool. Não deixe que a sexualidade, a comida ou qualquer outra coisa destrua você. Existe coi-sa mais preciosa do que é você, um ser humano?

INtEGRAÇÃO - Como está o seu atual processo produtivo?

MONJA COEN - Intenso. Há dois livros a serem lançados, talvez até o final de 2019. Um deles pela Editora Planeta – intitulado “O que aprendi com o silêncio”, com trechos de uma autobiografia. O segundo, in-titulado “Zen: pensamentos da Mon-ja Coen nas palavras de Leandro Gyokan”, será embasado em frases de minha autoria. Escrevo bastante, viajo bastante, faço muitas palestras lembrando sempre que o cerne do Zen Budismo está além da leitura de livros e textos. É a prática de Zazen, de sentar e observar em profundida-de a si mesmo. Questionar-se.

INtEGRAÇÃO - Gostaria que a senhora registrasse aqui uma men-sagem para os jovens tirada da ex-periência de sua vida.

MONJA COEN - O futuro é seu, vocês fazem o meu futuro. Tudo o que eu vivi vai morrer comigo se vocês não continuarem. Então é muito importante que a juventude se mantenha viva, alerta, experimentan-do, apreciando a vida.

O que temos que acessar é um estado de

felicidade...

INtEGRAÇÃO - A sociedade dita muito nosso modo de vida: devemos ser pais exemplares, amantes e pro-fissionais bem-sucedidos. No caso dos filhos, ótimos alunos e jovens descolados. Isso tudo em busca da felicidade. O que é felicidade em sua opinião?

MONJA COEN - Gosto muito dessa interpretação que fala da ori-gem da palavra (felicidade), que vem da mesma de fértil, de frutífero, que dá frutos. E nós criamos uma ideia, um conceito de felicidade, como uma coisa que eu vou pegar de fora. É uma inversão do padrão comum: eu vou à loja, compro coisas e fico feliz. Mas, na verdade, eu não fico feliz. Eu tenho um leve contentamen-to, que passa com muita rapidez. O que temos que acessar é um esta-do de felicidade, de contentamento, com você e com a vida e que é mais

Foto: Divulgação

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Outubro 2019 | 11

O 27º Festival Bento em Dança celebrou mais uma edição bem--sucedida, que ficará marcada pela qualidade das coreografias apresen-tadas e pelo excelente currículo dos jurados e professores participantes. Ao longo dos sete dias de evento, bailarinos, professores e estudantes puderam realizar um intercâmbio cul-tural, que contribui para o desenvol-vimento da dança não só no Brasil, como também no exterior.

Em 2019, o festival superou as expectativas, somando um total de 5.000 participantes em todas as ati-

Chega ao fim mais uma edição do Bento em Dança

vidades promovidas pelo Bento em Dança. Ao todo, foram 600 coreogra-fias inscritas no concurso, que resul-tou em 35 horas de espetáculo.

O público ainda prestigiou a ma-ratona de Batalhas de Danças Urba-nas, que ocorreu, no segundo dia de evento, durante cinco horas inin-terruptas e reuniu 60 inscritos para a disputa.

O Bento em Dança também le-vou a arte para o centro da cidade e ofereceu aulas gratuitas para crian-ças de escolas municipais e estadu-ais. Ao todo mais de 100 crianças

tiveram a oportunidade se aproximar do universo da dança. Como acon-tece todos os anos, a mostra aberta também reuniu centenas de pesso-as em frente ao palco, localizado na Feira do Livro de Bento Gonçalves. Grupos e escolas que concursaram no Bento em Dança, mostraram seus trabalhos em apresentações abertas ao público.

A diretora artística Bárbara Rey, comentou que as inovações des-se ano, foram muito bem recebidas pela comunidade da dança. “Ao lon-go do evento, fomos recebendo ex-

celentes feedbacks dos coreógrafos participantes e dos diretores de es-colas em relação às melhorias imple-mentadas nesse ano, o que mostra que seguimos pelo caminho certo”, acrescenta.

Barbará revela que a comuni-dade da dança pode esperar ainda mais novidades para a próxima edi-ção do Bento em Dança, que acon-tece em 2020. “Nós já estamos pen-sando no festival do ano que vem e posso afirmar que terá ainda mais novidades e surpresas para nossos bailarinos”, finaliza.

Fotos: Solange Avelino Fotografias e Vídeos de Dança

Superando expectativas: 600 coreografias inscritas, resultaram em 35

horas de espetáculo, somando 5.000 participantes em todas as atividades

promovidas pelo Bento em Dança

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12 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Outubro 2019

Sesc Bento Gonçalves realiza a 3ª edição do Partiu Natureza, com destino à Trilha da Gruta, em Monte Belo do Sul

Foto: Divulgação

Após o sucesso das edições anteriores, o Sesc Bento Gonçalves promove o 3º Partiu Natureza no do-mingo, dia 10 de novembro. O des-tino será o interior de Monte Belo do Sul, onde dois grupos farão a Trilha da Gruta. As inscrições, que dão di-reito ao passeio, camiseta e um café colonial no final do percurso, custam R$ 70 para clientes da categoria Co-mércio e Serviços com cadastro ati-vo no Sesc/RS e R$ 80 para o públi-co geral, e podem ser feitas no Sesc

PartiuNatureza

3º Partiu NaturezaData: 10/11 (domingo)Local: Trilha da Gruta - Monte Belo do SulHorário: saída de ônibus às 7h e às 11h em frente ao Sesc BentoClassificação etária: 12 anosInscrições: no Sesc Bento ou pelo site www.sesc-rs.com.br/esporte/corridas até o dia 6 de novembroValor:R$ 70 - Comércio e ServiçosR$ 80 - Público geral* A inscrição dá direito a uma camiseta e café colonial ao final do percurso.

Bento Gonçalves (Rua General Cân-dido da Costa, 88) ou pelo site www.sesc-rs.com.br/esporte/corridas até o dia 6 de novembro. As vagas são limitadas e a idade mínima para par-ticipar é 12 anos. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (54) 3452-6103, pelo e-mail [email protected] ou no site www.sesc rs.com.br/bento_goncalves.

O projeto tem a finalidade de pro-porcionar experiências diferenciadas de lazer a partir da valorização do

turismo local e das práticas físicas em meio à natureza. Dessa forma, os participantes terão uma vista do vale e passarão por trajetos em um misto de trilhas, estradas de chão, pequenos riachos até chegar em uma formação rochosa que lembra um grande salão de pedra.

O primeiro grupo sairá às 7h da frente do Sesc Bento Gonçalves. Já o segundo ônibus parte às 11h do mesmo local. Realizado pela primei-ra vez no município em novembro de 2018, o Partiu Natureza já levou os participantes a um passeio aos Ca-minhos da Eulália e em Tuiuty, no in-terior de Bento Gonçalves.