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SUMÁRIO
ELEMENTOS BÁSICOS DA CONTABILIDADE..............................................................................41 NOÇÕES DE CONTABILIDADE...................................................................................................41.1 Conceito de Contabilidade...........................................................................................................41.2 Objetivo da Contabilidade............................................................................................................ 41.3 Finalidades da Contabilidade.......................................................................................................41.4 Técnica Contábeis....................................................................................................................... 51.5 Campo de atuação da Contabilidade..........................................................................................61.6 Interessados nas Informações Contábeis...................................................................................62 PATRIMÔNIO.................................................................................................................................. 72.1 Conceito......................................................................................................................................... 72.2 Componentes................................................................................................................................ 72.3 Aspectos Patrimoniais.................................................................................................................. 82.3.1 Aspecto Jurídico........................................................................................................................ 92.3.2 Aspecto Econômico................................................................................................................... 92.3.3 Aspecto Financeiro.................................................................................................................... 92.3.4 Aspecto Específico.................................................................................................................. 102.3.5 Aspecto Contábil...................................................................................................................... 102.4 Ativo, Passivo e Situação Líquida.............................................................................................112.5 Atos e Fatos Contábeis.............................................................................................................. 132.5.1 Fatos Permutativos ou compensativos..................................................................................132.5.2 Fatos Modificativos.................................................................................................................. 142.5.3 Fatos Mistos ou Compostos...................................................................................................153 CAPITAL........................................................................................................................................ 183.1 Conceito....................................................................................................................................... 183.1.1 Capital Nominal ou Legalizado...............................................................................................193.1.2 Capital Próprio ou Líquido.......................................................................................................193.1.3 Capital de Terceiros................................................................................................................. 193.1.4 Capital a Disposição da Empresa...........................................................................................193.1.4.1 Capital Autorizado................................................................................................................ 193.1.4.2 Capital Subscrito................................................................................................................... 203.1.4.3 Capital a Integralizar............................................................................................................. 203.1.4.4 Capital Realizado.................................................................................................................. 204 CONTAS......................................................................................................................................... 204.1 Conceito de conta....................................................................................................................... 204.2 Teoria das Contas....................................................................................................................... 204.2.1 Teoria Personalística............................................................................................................... 214.2.2 Teoria Materialística................................................................................................................ 214.2.3 Teoria Patrimoniais.................................................................................................................. 224.3 Débito, Crédito e Saldo............................................................................................................... 224.3.1 Débito........................................................................................................................................ 234.3.2 Créditos.................................................................................................................................... 244.3.3 Saldo........................................................................................................................................ 254.4 Plano de Contas.......................................................................................................................... 265 ESCRITURAÇÃO.......................................................................................................................... 335.1 Métodos de escrituração............................................................................................................ 335.2 Processo de escrituração...........................................................................................................345.3 Lançamento ou Partida Contábil................................................................................................345.4 Funções do Lançamento Contábil.............................................................................................345.5 Elementos essenciais do lançamento.......................................................................................35
5.6 Fórmulas de lançamento............................................................................................................355.7 Livros Contábeis.......................................................................................................................... 405.8 Livros de Escrituração................................................................................................................ 415.9 Livro Obrigatório......................................................................................................................... 415.10 Livros Facultativos.................................................................................................................... 425.11 Formalidades dos livros de escrituração.................................................................................425.12 Livros Fiscais............................................................................................................................. 435.13 Livros Trabalhistas.................................................................................................................... 435.14 Livros Societários...................................................................................................................... 435.15 Erros de escrituração e sua correção.....................................................................................446 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS GERALMENTE ACEITOS..............................................................476.1 Principios contábeis................................................................................................................... 476.2 Convenções Contábeis............................................................................................................... 487 CUSTOS E DESPESAS................................................................................................................ 488 RECEITAS...................................................................................................................................... 518.1 Deduções..................................................................................................................................... 518.2 Regimes de Contabilização.......................................................................................................528.3 Regimes de Caixa....................................................................................................................... 528.4 Regimes de Competência..........................................................................................................528.5 Despesas não-pagas e receitas não recebidas........................................................................539 APROPRIAÇÕES.......................................................................................................................... 539.1 Provisões..................................................................................................................................... 539.2 Depreciação, amortização e exaustão......................................................................................549.3 Despesas pagas antecipadamente............................................................................................559.4 Receitas recebidas antecipadamente........................................................................................5610 FORMAS DE APRESENTAÇÃO...............................................................................................5710.1 Finalidades................................................................................................................................ 5710.2 Apresentação............................................................................................................................ 5811 BALANÇO PATRIMONIAL........................................................................................................5911.1 Conceito..................................................................................................................................... 5911.2 Importância................................................................................................................................ 5911.3 Comentários à estrutura e composição dos grupos de contas do balanço patrimonial......6011.4 Balancete de Verificação..........................................................................................................6211.5 Ajuste dos saldos das contas...................................................................................................6311.6 Conferência do saldo de caixa.................................................................................................6311.7 Conferência de bancos conta movimento...............................................................................6311.8 Conferência de duplicatas a receber e provisão para devedores duvidosos.......................6411.9 Conferência de contas do ativo permanente imobilizado......................................................6411.10 Conferência de contas de obrigações...................................................................................6511.11 Fechamento das contas de resultado...................................................................................6511.12 Demonstrações Financeiras..................................................................................................6611.13 Balanço Patrimonial................................................................................................................ 6611.14 Demonstrativos....................................................................................................................... 6611.14.1 Demonstração do Resultado do Exercício.........................................................................6611.14.2 Demonstração de Lucros ou Prejuízos..............................................................................6711.14.3 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.......................................................6711.14.4 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos....................................................6811.15 Notas Explicativas................................................................................................................... 6812 INSTRUÇÕES PARA SE FAZER UM BALANÇO PATRIMONIAL..................6912.1 Balancete de Verificação Preliminar........................................................................................6912.2 Balanço Patrimonial................................................................................................................. 6912.3 Procedimentos básicos para se fazer um balanço................................................................70
13 EXERCÍCIO SOCIAL E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS...............................................7213.1 Seção I....................................................................................................................................... 7213.1.1 Exercício social...................................................................................................................... 7213.2 Seção II...................................................................................................................................... 7213.2.1 Demonstrações Financeiras.................................................................................................7213.2.1.1 Disposições Gerais............................................................................................................. 7213.3 Escrituração.............................................................................................................................. 7313.4 Seção III.................................................................................................................................... 7413.4.1 Balanço Patrimonial............................................................................................................... 7413.4.1.1 Grupo de Contas................................................................................................................ 7413.5 Ativo........................................................................................................................................... 7413.6 Passivo exigível........................................................................................................................ 7513.7 Resultados de exercício futuros...............................................................................................7513.8 Patrimônio Líquido.................................................................................................................... 7513.9 Critérios de avaliação do ativo.................................................................................................7613.10 Critérios de avaliação do passivo.........................................................................................7713.11 Correção Monetária................................................................................................................ 7813.12 Seção IV.................................................................................................................................. 7813.12.1 Demonstrações de Lucros ou Prejuízos Acumulados......................................................7813.13 Seção V................................................................................................................................... 7913.13.1 Demonstrações do resultado do exercício.........................................................................7913.14 Seção VI.................................................................................................................................. 8013.14.1 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos..................................................8014 BIBLIOGRAFIA........................................................................................................................... 80
1 NOÇÕES DE CONTABILIDADE
1.1 C1.1 CONCEITOONCEITO DEDE C CONTABILIDADEONTABILIDADE
A contabilidade pelo seu conjunto de princípios, normas e procedimentos próprios, é
uma ciência com o objetivo de conhecer a situação patrimonial das pessoas e as suas
mutações.
Diversos são os conceitos apresentados, onde destacamos:
“É a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante o registro, a
demonstração expositiva e a interpretação dos fatos nele ocorridos, com o fim de
oferecer informações sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado
econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial." 1
“É a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro
relat ivo aos atos e fatos da administração econômica".2
1.2 O1.2 OBJETIVOBJETIVO DADA C CONTABILIDADEONTABILIDADE
A contabilidade tem por objeto o patrimônio administrável e em constante alteração.
1.3 F1.3 FINALIDADESINALIDADES DADA C CONTABILIDADEONTABILIDADE
Estudar e controlar o patrimônio, fornecendo informações a quem dela necessitar.
Modernamente as finalidades da contabilidade são reunidas em duas: FINALIDADE DE
PLANEJAMENTO E FINALIDADE DE CONTROLE .
O PLANEJAMENTO consiste em adotar um modelo de ações dentre diversos outros
possíveis. Pode abranger toda a entidade, com a mudança do comportamento até hoje
adotado ou apenas parcialmente, dependendo do objetivo maior da organização. A informação
contábil pode ser um forte suporte para o planejamento e, mais ainda, quando estabelecendo
padrões, torna claro situações futuras.
O CONTROLE está ligado à análise da obediência das definições adotadas pela
organização. A informaçáo contábil apresenta-se como o indicador da situação patrimonial
tornando possível a verificação do desempenho da organização em atingir as metas traçadas.
Como conseqüência, e pelo possível retorno no caso de êxito no atingimento das metas e
políticas delineadas, a informação contábil além de meio de comunicação é uma forma de
promover a motivação de todo o corpo organizacional.
1.4 T1.4 TÉCNICAÉCNICA C CONTÁBEISONTÁBEIS
Para atingir os seus objetivos a contabilidade se utiliza de técnicas próprias, quais
sejam:
ESCRITURAÇÃO;
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS;
ANÁLISE DE BALANÇOS;
AUDITORIA.
Entende-se por ESCRITURAÇÃO a técnica pela qual as ocorrências com efeitos no
patrimônio são registradas. Algumas regras devem ser seguidas para que as informações
1 FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral.2 1o CONGRESSO BRASILEIRO DE CONTABILIDADE, 1924.
4
possam ser aproveitadas e compreendidas por todos aqueles interessados. A escrituração é
um meio utilizado para possibilitar, pela agregação dos diversos fatos ocorridos, a elaboração
de demonstrativos capazes de formar a posição da riqueza patrimonial.
As DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS podem ser apresentadas sob diversos ângulos
informativos. Algumas são, digamos, uma consolidação dos fatos registrados ou escriturados.
O Balanço Patrimonial, por exemplo, mostra a situação do patrimônio, em determinado
momento, resultante da escrituração de diversos fatos. A Demonstracão do Resultado do
Exercício também é resultante de diversos fatos, positivos e negativos, escriturados durante
um ano. Mostra como a empresa se saiu naquele ano. O Inventário é outra demonstração e
preocupa-se em mostrar a composição de alguns itens patrimoniais, analiticamente, alguns
sem a utilização dos registros contábeis como, por exemplo, os estoques que são fisicamente
verificados e outros com base nos registros contábeis como valores a receber e a pagar,
valores que a empresa mantém nas instituições financeiras e outros.
A ANÁLISE DE BALANÇOS é a técnica pela qual determina-se a capacidade de
pagamento da empresa, o grau de solvência, a evolução da empresa, a estrutura patrimonial e
outras. Pela análise de balanços á possível comparar a situação da empresa dentro do setor
de que faz parte. Apresenta quocientes úteis para os interessados na riqueza patrimonial,
efetivos e potenciais, auxiliando-os, pela relação entre elementos naquele período e pela
evolução durante os anos, a interpretar os demonstrativos apresentados.
A AUDITORIA é a técnica pela qual é verificada a qualidade da informação prestada
confirmando, ou não, se os demonstrativos apresentados representam com fidelidade a
situação patrimonial. Na auditoria examina-se os documentos geradores da transformação
patrimonial e a estrutura dos demonstrativos contábeis, elaborando-se PARECER conclusivo
sobre a correta utilização dos procedimentos e princípios contábeis, inclusive a fidedignidade
da informação.
1.5 C1.5 CAMPOAMPO DEDE ATUAÇÃOATUAÇÃO DADA C CONTABILIDADEONTABILIDADE
A contabilidade tem um vasto campo de atuação, podendo atuar nas pessoas físicas e
nas pessoas jurídicas, com finalidade lucrativa ou não, inclusive as de Direito Público como a
União, Estados, Distrito Federal, Municípios e demais.
Por seu objeto, o patrimônio, e as suas finalidades, é fácil concluir a importância da
contabilidade e, como conseqüência, a amplitude do seu campo de atuação.
1.6 I1.6 INTERESSADOSNTERESSADOS NASNAS I INFORMAÇÕESNFORMAÇÕES C CONTÁBEISONTÁBEIS
Junto a cada organização existe um grupo de pessoas com interesse direto nas
informações fornecidas pela contabilidade.
Essas pessoas são direta ou potencialmente vinculadas a entidade indo, os seus
interesses, desde o sentimentalismo, até o de retorno de investimentos. Resumidamente
apresentamos os principais interessados na informação contábil:
EEMPREGADOMPREGADO DADA EMPRESAEMPRESA tem interesse por ser, a empresa, a sua fonte individual de
recursos traduzidos pelo salário, gratificações e participações nos lucros. É normalmente, o
5
responsável pela manutenção da sua família devendo haver, portanto, o esforço pessoal para
os bons resultados da sua fonte de renda.
SSÓCIOSÓCIOS EE ACIONISTASACIONISTAS podem ser encarados sob vários aspectos. Os sócios e
acionistas podem ter como principal interesse o retorno do investimento feito nas empresas e a
segurança da aplicação. Se, além da participação na sociedade, são responsáveis pelas
decisões na empresa, a quantidade e qualidade das informações são maiores pela
responsabilidade de dirigir o destino da organização, traçando planos e metas. Nas
organizações mais fechadas ainda existe a ligação sentimental, havendo o respeito e amor
pela obra realizada.
AADMINISTRADORESDMINISTRADORES EE OUTROSOUTROS RESPONSÁVEISRESPONSÁVEIS PELASPELAS DECISÕESDECISÕES necessitam de
informações similares ao sócio-administrador acima referido.
FFORNECEDORESORNECEDORES EE EMPRESTADORESEMPRESTADORES DEDE DINHEIRODINHEIRO tem como principal objetivo o
retorno dos recursos investidos, seja pela entrega de mercadorias, de dinheiro ou outra
forma de propiciar o funcionamento da organização. As informações que necessitam são, pois,
ligadas à rentabilidade e garantia de retorno dos capitais investidos.
GGOVERNOOVERNO tem dois grandes interesses que podem tornar como suporte as
informações contábeis. O financiamento da atividade governamental, para o bem-estar de toda
a população, necessita de recursos que, em grande parte, vem da atividade empresarial sob o
forma de tributos. Outra informação que pode ser extraída da contabilidade é sobre o
desenvolvimento em áreas geográficas, setores de atividade e outras que, convenientemente
compiladas, podem orientar a politica de desenvolvimento da nação.
PPESSOASESSOAS EMEM GERALGERAL somos todos interessados nas informações fornecidas pela
contabilidade, em sentido amplo, quando potencialmente investidores de recursos ou, mesmo
de uma forma restrita, a do nosso dia-a-dia, conciliando renda com gastos. Não
necessariamente precisamos montar um sistema de contabilidade pessoal, embora possível,
mas lembremos que o objeto da contabilidade é o patrimônio e, o individual, deve ser
administrado caracterizando contabilidade.
2 PATRIMÔNIO
2.1 C2.1 CONCEITOONCEITO
Pela maioria dos autores patrimônio é definido como o "conjunto de bens, direitos e
obrigacões, susceptíveis de avaliação em dinheiro e vinculados e uma pessoa (física ou
jurídico)".
2.2 C2.2 COMPONENTESOMPONENTES
BBENSENS Os bens são as coisas transformadas pelo homem para a satisfação de suas
necessidades e avaliáveis em dinheiro. Podem ser classificados em corpóreos e incorpóreos,
também denominados materiais ou imateriais. Como corpóreos temos mercadorias, veículos e
outros. Como incorpóreos, por exemplo, fundo de comércio, patentes de invenção etc. Os bens
são também chamados de direitos reais, pois recaem sobre coisas avaliáveis em dinheiro.
DDIREITOIREITO Os direitos são decorrentes de operações de crédito onde o favorecido é o
patrimônio em análise. São também denominados direitos pessoais.
6
OOBRIGAÇÕESBRIGAÇÕES As obrigações são também decorrentes de operações de crédito tendo
como favorecido um terceiro ao patrimônio em análise, contra este.
EEXEMPLOSXEMPLOS::
BBENSENS: Mercadorias;
Dinheiro;
Veículos;
Imóveis;
Máquinas;
Equipamentos;
Patentes.
DDIREITOIREITO: Duplicatas a receber;
Títulos a receber;
Outros valores a receber.
OOBRIGAÇÕESBRIGAÇÕES: Títulos a pagar;
Duplicatas a pagar;
Impostos a recolher;
Salários a pagar.
Os bens e direitos são os elementos positivos na estrutura patrimonial e as obrigações,
os elementos negativos. O patrimônio é representado pela igualdade entre elementos positivos
e negativos havendo, pois, a necessidade de um “equilibrador” da equação patrimonial, no
caso a situação líquida:
BBENSENS + D + DIREITOSIREITOS – O – OBRIGAÇÕESBRIGAÇÕES = S = SITUAÇÃOITUAÇÃO L LÍQUIDAÍQUIDA
2.3 A2.3 ASPECTOSSPECTOS P PATRIMONIAISATRIMONIAIS
O patrimônio, como visto, é um conjunto de bens, direitos e obrigações, avaliáveis em
dinheiro e pertencentes a uma pessoa física ou jurídica com fins lucrativos ou ideais: Pela
relação com terceiros, movimentação e avaliação de recursos, o patrimônio é estudado sob
diversos aspectos como os abaixo:
7
2.3.1 A2.3.1 ASPECTOSPECTO J JURÍDICOURÍDICO
O patrimônio é definido como um "conjunto de direitos e obrigações de uma pessoa,
apreciáveis em dinheiro" ou como o "complexo de relações jurídicas de uma pessoa tendo
valor pecuniário".
O direcionamento dado é o estudo da propriedade, das relações jurídicas, pecuniárias,
com terceiros.
O patrimônio, sob este aspecto, compreende os direitos reais (bens), direitos pessoais
e as obrigações.
Patrimônio sob o Aspecto Jurídico
ELEMENTOS POSITIVOS ELEMENTOS NEGATIVOS
DDIREITOSIREITOS::
–– RREAISEAIS (B (BENSENS):):
• Mercadorias
• Veículos
–– PPESSOAISESSOAIS::
• Títulos a receber
• Bancos com movimento
• Duplicatas a receber
OOBRIGAÇÕESBRIGAÇÕES::
• Salários a pagar
• Impostos a receber
• Duplicatas a pagar
DDIREITOIREITO DODO PROPRIETÁRIOPROPRIETÁRIO SOBRESOBRE OO PATRIMÔNIOPATRIMÔNIO
2.3.2 A2.3.2 ASPECTOSPECTO E ECONÔMICOCONÔMICO
A Economia estuda o patrimônio como o conjunto de bens materiais formadores da
riqueza social. Os créditos, por exemplo, são excluídos por significar bens em poder de
terceiros, concorrendo para formação daquela riqueza. Os créditos e débitos são compensados
entre todos os entes, resultando, apenas, ao final, os bens materiais — riqueza social.
2.3.3 A2.3.3 ASPECTOSPECTO F FINANCEIROINANCEIRO
Sob o aspecto financeiro, estuda-se as disponibilidades e ingressos financeiros para
fazer face às obrigações ou saídas de recursos. Pondera-se a solvabilidade do patrimônio pela
medida do fluxo de recursos.
Patrimônio sob o Aspecto Financeiro
– Disponibilidades no início do período
–– Entradas de recursos no período
– Saídas de recursos no período
– Disponibilidades no final do período
8
2.3.4 A2.3.4 ASPECTOSPECTO E ESPECÍFICOSPECÍFICO
Diz respeito à nomenclatura dos diversos elementos, positivos e negativos, e de seus
agrupamentos de acordo com as funções exercidas e classificadas tecnicamente.
Temos, por exemplo, entre os elementos disponíveis, as contas caixa (dinheiro em
poder da empresa), bancos conta movimento (dinheiro da empresa nas instituições financeiras)
e aplicações de liquidez imediata (valores aplicados no mercado financeiro rapidamente
"retornáveis").
2.3.5 A2.3.5 ASPECTOSPECTO C CONTÁBILONTÁBIL
O patrimônio, sob o aspecto contábil, é um todo coordenado, composto de elementos
materiais e imateriais e direcionado ao objetivo-fim da organização. Temos a análise dos
elementos patrimoniais voltada para dois aspectos: qualitativo e quantitativo.
No aspecto qualitativo os elementos são separados pela sua natureza e representsdos
por contas que são títulos agrupadores dos componentes de mesma natureza. A qualidade do
patrimônio é atribuída sob o prisma julgado relevante ao analista vinculado, claro, à melhor
composição necessária ao atingimento dos seus fins.
Sob o aspecto quantitativo o patrimônio é visto como um fundo de valores; de um lado,
valores positivos (o ATIVO, formado pelo conjunto de bens e direitos) e, do outro, valores
negativos (o PASSIVO, formado pelas obrigações assumidas). A medida de valor para que se
tenha um todo mensurável deve ser uniforme, utilizando-se a moeda como medidor comum.
No confronto entre valores positivos e negativos, três situações podem ocorrer, quais
sejam:
11aa SITUAÇÃOSITUAÇÃO:: ATIVO PASSIVO
Nesse caso, os bens e direitos, valores positivos, são maiores que as obrigações,
valores negativos, resultando uma SITUAÇÃO LÍQUIDA ATIVA (SLa) também denominada
POSITIVA, SUPERAVITÁRIA ou FAVORÁVEL.
Graficamente:
ATIVO PASSIVO
BBENSENS OOBRIGAÇÕESBRIGAÇÕES
EE
DDIREITOSIREITOS
9
SITUAÇÃO SITUAÇÃO LÍQUIDALÍQUIDAATIVA,ATIVA,POSITIVA OUPOSITIVA OUATIVO ATIVO LÍQUIDOLÍQUIDO
Os bens e direitos são suficientes apenas para honrar as obrigações. A SITUAÇÃO
LÍQUIDA é NULA ou COMPENSADA.
ATIVO PASSIVO
BBENSENS
EE OOBRIGAÇÕESBRIGAÇÕES
DDIREITOSIREITOS
33aa SITUAÇÃOSITUAÇÃO:: ATIVO PASSIVO
Teríamos insuficiência de bens e direitos para o pagamento das obrigações. A
diferença entre o passivo e o ativo é denominada SITUAÇÃO LÍQUIDA PASSIVA (SLp)
também denominada NEGATIVA, DEFICITÁRIA ou DESFAVORÁVEL.
O excesso de elementos negativos quando relacionados com os positivos, demonstra
um PASSIVO A DESCOBERTO.
ATIVO + SITUAÇÃO LÍQUIDA PASSIVA = PASSIVO
Ou graficamente:
ATIVO PASSIVO
BBENSENS
EE
DDIREITOSIREITOS
OOBRIGAÇÕESBRIGAÇÕES
2.4 A2.4 ATIVOTIVO, P, PASSIVOASSIVO EE S SITUAÇÃOITUAÇÃO L LÍQUIDAÍQUIDA
O ATIVO, também denominado ATIVO REAL, é composto pelos elementos positivos ao
patrimônio: os bens e direitos.
Analisando-se mais detidamente os elementos componentes do ativo, podemos
observar que são destinações de recursos, ou seja, supondo uma empresa do ramo comercial
existe a necessidade de comprar mercadorias para revenda. Os recursos são aplicados na
aquisição das mercadorias. Assim como este, todos os demais elementos podem ser
considerados destinação de recursos ou APLICAÇÕES DE RECURSOS.
O PASSIVO, ou PASSIVO REAL, de forma contrária ao ativo, é onde reúnem-se as
obrigações da empresa com terceiros, elementos negativos, que representam, digamos, os
valores que terceiros ao patrimônio entregam a este para o seu funcionamento. Um
10
22aa SITUAÇÃOSITUAÇÃO:: ATIVO = PASSIVO
SITUAÇÃO SITUAÇÃO LÍQUIDALÍQUIDAPASSIVA, PASSIVA, NEGATIVA OU NEGATIVA OU PASSIVO A PASSIVO A DESCOBERTODESCOBERTO
empréstimo feito numa instituição financeira, por exemplo, é bem representativo de que no
passivo encontramos as ORIGENS DE RECURSOS DE TERCEIROS ou CAPITAIS DE
TERCEIROS à disposição do patrimônio.
Sobre a SITUAÇAO LÍOUIDA devemos tecer alguns comentários adicionais. Vimos, até
agora, que a situação líquida funciona como um equilibrador, é uma "meia verdade". Os
registros na contabilidade são feitos envolvendo, no mínimo, dois elementos: um fornecendo o
recurso para ser aplicado no outro, o que na verdade acontece em qualquer situação. Um
exempto bem simples: fazer compras. No ato do pagamento das compras feitas, você está
movimentando dois elementos de seu patrimônio: o primeiro é o dinheiro que você tem que
dispor e o segundo, o estoque de mantimentos. O seu dinheiro, que vai diminuir, é a ORIGEM
DOS RECURSOS que foram APLICADOS no seu estoque de mantimentos. Da mesma forma
acontece se você pagar com cheque (ORIGEM NA CONTA BANCÁRIA) ou, mesmo, se você
comprar a prazo, gerando uma obrigação (ORIGEM DA CONTA A PAGAR).
Devemos ter nítida a separação na análise das origens e aplicações de recursos.
Quando definido que os elementos ativos são aplicações recursos e os passivos são origens
de, recursos, estabelecemos uma definição sob o ponto de vista ESTÁTICO, ou seja, do
patrimônio apresentado, “fotografado". O "retrato”, entretanto, é formado após uma série de
operações e em cada uma delas existem a ORIGEM e a APLICAÇÃO DOS RECURSOS
independentes de ser elemento ativo ou passivo, como foi o caso acima, pois, na operação,
houve a ORIGEM DE RECURSOS em elemento ativo (dinheiro ou conta corrente bancária). É
uma definição sob o ponto de vista DINÂMICO, a própria alteração patrimonial.
Por sempre estar envolvendo no mínimo dois elementos, um funcionando como
fornecedor e outro como recebedor do recurso, existe a garantia da igualdade no patrimônio e
como conseqüência o equilíbrio.
O sentido que queremos dar agora à situação líquida é a de ORIGEM DE RECURSOS
PRÓPRIOS ou CAPITAIS PRÓPRIOS. A Constituição das empresas segue um ritual próprio,
formal, existindo o comprometimento dos sócios para a formação do CAPITAL SOCIAL,
integralizado, em boa parte das vezes, em dinheiro. É a primeira origem de recursos próprios,
aplicado, no caso, em dinheiro um disponível da empresa.
São também componentes da situação líquida os resultados obtidos, lucros ou
prejuízos, na atividade operacional. Os lucros fortalecem os capitais próprios pelo aumento na
situação líquida, tornando cada vez melhor a situação da empresa. Prejuízos seguidos podem
levar à situação líquida nula, quando consumido todo o Capital Social e à situação de passivo a
descoberto, quando ultrapassam o valor do Capital Social.
11
Temos portanto:
P A T R I M Ô N I O
ELEMENTOS POSITIVOS ELEMENTOS NEGATIVOS
ATIVO PASSIVO E SITUAÇÃO LÍQUIDA
APLICAÇÃO DE RECURSOS ORIGEM DE RECURSOS OU FONTES
BENS: OBRIGAÇÕES DE TERCEIROS:
Dinheiro Emp. Bancários
Mercadorias Dup. a pagar
Imóveis Emp. de clientes
DIREITOS: SITUAÇÃO LÍQUIDA: (CAPITAL PRÓPRIOS)
Contas bancárias Capital Social
Duplicatas a receber Reservas
Adiantamentos a empregados
2.5 A2.5 ATOSTOS EE F FATOSATOS C CONTÁBEISONTÁBEIS
Os ATOS CONTÁBEIS, têm a característica de não alterar a situação patrimonial embora,
potencialmente, possam trazer efeitos à estrutura patrimonial. Podemos destacar, dentre a
infinidade de atos, a assinatura de contratos, a remessa de duplicatas para cobrança bancária,
hipotecas, avais e fianças prestadas, dentre outros. Por si só, são atividades que não
provocam alterações patrimoniais mas que podem trazê-las.
Os FATOS CONTÁBEIS, por outro lado, são as atividades exercidas que modificam a
estrutura patrimonial, em seus elementos e valores. Os fatos contábeis são classïficados em:
Fatos contábeïs permutativos ou compensativos;
Fatos contábeis modificativos;
Fatos contábeis mistos ou compostos.
2.5.1 F2.5.1 FATOSATOS P PERMUTATIVOSERMUTATIVOS OUOU COMPENSATIVOSCOMPENSATIVOS
São os fatos que modificam o valor dos bens, direitos e obrigações sem, entretanto,
alterar a situação líquida do patrimônio. Subdividem-se em:
FATOS PERMUTATIVOS ENTRE ELEMENTOS ATIVOS, representados pela mutação (+ A –
A). É o caso de compra de mercadorias a vista, pois diminui um elemento ativo (dinheiro)
aumentando, em seu lugar, um outro elemento ativo (mercadorias).
FATOS PERMUTATIVOS ENTRE ELEMENTOS PASSIVOS, representados pela mutação (+ P
– P). É o caso da troca de uma obrigação por outra, de diferente espécie.
FATOS PERMUTATIVOS ENTRE ELEMENTOS ATIVOS E PASSIVOS, pelas mutações (+ A +
P) e (– A – P). Podem aumentar os totais do ativo e passivo, chamamos aditivos, como é o
caso da compra de mercadorias a prazo, pois aumenta um elemento ativo (mercadorias) e um
passivo (conta a pagar) ou diminuir, chamamos subtrativos ou redutivos, onde temos, por
exemplo, o pagamento de uma dívida pois diminui um elemento ativo (dinheiro) e um passivo
(conta a pagar).
12
2.5.2 F2.5.2 FATOSATOS M MODIFICATIVOSODIFICATIVOS
Os FATOS MODIFICATIVOS têm a característica de, a partir de uma alteração em um
elemento ativo ou passivo, modificar a situação líquida. Subdividem-se em:
Fatos modificativos aumentativos;
Fatos modificativos diminutivos.
Os FATOS MODIFICATIVOS AUMENTATIVOS podem ser representados pelas mutações (+ A
+ SL) e ( P + SL). Na primeira hipótese, temos, por exemplo, o recebimento de uma receita
de juros ou de serviços prestados. Um elemento ativo, dinheiro disponível, é aumentado sem
qualquer correspondência com outro elemento ativo ou passivo, aumentanda,
conseqüentemente, a situação líquida. O segundo tipo corresponde a diminuição de uma
obrigação sem correspondência de outro elemento ativo ou passivo, que é o caso do perdão de
uma dívida ou diminuição de uma conta a pagar por abatimento dado pelo credor do
patrimônio.
Os FATOS MODIFICATIVOS DIMINUTIVOS são representados pelas mutações ( A SL) e
(+P SL). No primeiro caso, temos como exemplo, o pagamento dos salários dos funcionários
no final do mês, diminui um elemento ativo (dinheiro) diminuindo a situação líquida. O segundo
caso, também vinculado às despesas com pessoal, pode acontecer quando no final do mês a
empresa não paga o salário dos funcionários, utilizando uma autorização legal de pagar
apenas no início do mês seguinte, prática comum hoje. No final do mês, entretanto, a empresa
reconhece que já está devendo aquele valor, pois o fato gerador da despesa já ocorreu, no
caso, os serviços prestados pelos funcionários. O reconhecimento é feito pelo registro
aumentando uma obrigação (salário a pagar) e diminuindo a situação líquida.
2.5.3 F2.5.3 FATOSATOS M MISTOSISTOS OUOU C COMPOSTOSOMPOSTOS
Os fatos mistos ou compostos são os que combinam a permutação de elementos
patrimoniais com a alteração da situação líquida. Podem, assim como os modificativos, ser
classificados em:
Fatos mistos aumentativos;
Fatos mistos diminutivos.
São provenientes de permutação entre elementos ativos, passivos ou ativos e
passivos:
FATOS MISTOS AUMENTATIVOS são, principalmente, os que apresentam as seguintes
mutações:
(+ A A + SL)
É uma permutação entre elementos ativos modificando aumentativamente a situação
líquida. Como exemplo, podemos citar a venda de mercadoria com lucro pois, se uma
mercadoria custou $ 10 e foi vendida por $ 12, o elemento estoque é diminuído de $ 10, o
caixa é aumentado de $ 12 e a situação líquida tem um aumento de $ 2 pelo lucro.
(+ P P + SL)
É uma permutação entre elementos passivos, aumentando a situação líquida. Por
exemplo: uma permuta de obrigações onde é concedido um abatimento na obrigação na
obrigação inicial.
13
( A P + SL)
Permutações entre elementos ativos e passivos com aumento na situação líquida.
Pagamento de uma duplicata (P) com dinheiro disponível (A) obtendo um desconto por
pontualidade (+SL).
(+ A + P + SL)
Permutação aditiva, acréscimos no ativo e passivo com aumento na situação líquida.
Compra de um veículo (+A) a prazo (+p) com desconto (+SL).
As outras permutações possíveis são bem menos freqüentes, desnecessário o
comentário, inclusive quando envolve vários elementos do ativo e/ou passivo.
FATOS MISTOS DIMINUTIVOS são, principalmente, os que apresentam as seguintes
mutações:
(+ A A SL)
Permutação entre elementos ativos com diminuição da situação líquida. Pode ser
citado como exemplo, o recebimento de uma dupiicata (A) com crédito em conta corrente
bancária (+A), concedendo-se um desconto ao cliente (SL).
(+ P P SL)
Permutação entre elementos passivos com redução da situação líquida. A troca de uma
obrigação com acréscimos de juros provoca este fato.
( A P SL)
Permutação redutiva, diminuição no ativo e passivo e redução da situação líquida. Um
dos fatos possíveis é o pagamento de uma duplicata devida (P), com dinheiro disponível (A),
inclusive juros de mora por atraso (SL).
(+ A + P SL)
Permutação entre elementos ativos e passivos, aumentando-as, e diminuição da
situação líquida. Um exemplo clássico é o da obtenção de um empréstimo bancário (+P) com
crédito na conta corrente da empresa (+A) e pagamento de despesas bancárias (SL).
Estes são os principais fatos contábeis mistos diminutivos.
FATO MISTO AUMENTATIVO
Mutação (+ A A + SL)
ATIVO PASSIVOCaixa 200.000,00 Dupl. A pagar 200.000,00Bancos 100.000,00
(+A) Dupl. a receb. 280.000,00(A) Mercadorias 50.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDA
Veículos 40.000,00 Capital Social 400.000,00Instalações 60.000,00 130.000,00 (+SL)
TOTAL 730.000,00 TOTAL 730.000,00
14
FATO MODIFICATIVO DIMINUTIVO
Mutação ( A SL)
ATIVO PASSIVO(A) Caixa 190.000,00 Dupl. A pagar 200.000,00
Bancos 100.000,00Dupl. a receb. 280.000,00Mercadorias 50.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDAVeículos 40.000,00 Capital Social 400.000,00Instalações 60.000,00 120.000,00 (SL)
TOTAL 720.000,00 TOTAL 720.000,00
FATO MODIFICATIVO DIMINUTIVO
Mutação (+ P SL)
ATIVO PASSIVOCaixa 190.000,00 Dupl. A pagar 200.000,00Bancos 100.000,00 Salário a pagar 50.000,00 (+P)Dupl. a receb. 280.000,00Mercadorias 50.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDAVeículos 40.000,00 Capital Social 400.000,00Instalações 60.000,00 Lucro 70.000,00 (SL)
TOTAL 720.000,00 TOTAL 720.000,00
FATO MISTO DIMINUTIVO
Mutação ( A P SL)
ATIVO PASSIVO
Caixa 190.000,00 Dupl. A pagar 150.000,00 (P)
(A) Bancos 45.000,00 Salário a pagar 50.000,00
Dupl. a receb. 280.000,00
Mercadorias 50.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDA
Veículos 40.000,00 Capital Social 400.000,00
Instalações 60.000,00 Lucro 65.000,00 (SL)
TOTAL 665.000,00 TOTAL 665.000,00
FATO MISTO AUMENTATIVO
Mutação (+ A A + SL)
ATIVO PASSIVOCaixa 190.000,00 Dupl. A pagar 150.000,00
(+A) Bancos 350.000,00 Salário a pagar 50.000,00 (A) Dupl. a receb. 0,00
Mercadorias 50.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDAVeículos 40.000,00 Capital Social 400.000,00Instalações 60.000,00 Lucro 90.000,00 (SL)
TOTAL 690.000,00 TOTAL 690.000,00
15
FATO PERMUTATIVO ENTRE ELEMENTOS PASSIVOS
Mutação (+ P P)
ATIVO PASSIVOCaixa 190.000,00 Dupl. A pagar 0,00 (P)Bancos 350.000,00 Promis. a pagar 150.000,00 (+P) Mercadorias 40.000,00 Salário a pagar 50.000,00Veículos 40.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDAInstalações 60.000,00 Capital Social 400.000,00
Lucro 90.000,00TOTAL 690.000,00 TOTAL 690.000,00
FATO MODIFICATIVO AUMENTATIVO
Mutação (+ A + SL)
ATIVO PASSIVO(+A) Caixa 220.000,00 Promis. A pagar 150.000,00
Bancos 350.000,00 Salário a pagar 50.000,00 Mercadorias 50.000,00Veículos 40.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDAInstalações 60.000,00 Capital Social 400.000,00
Lucro 120.000,00 (+SL)TOTAL 720.000,00 TOTAL 720.000,00
3 CAPITAL
3.1 C3.1 CONCEITOONCEITO
Várias ciências apontam definições próprias de CAPITAL. A economia tem duas
correntes: uma leva em conta a qualidade dos elementos componentes do patrimônio e a sua
capacidade de gerar riquezas; uma outra situa o capital como uma categoria histórica, não
geradora de riquezas. De uma forma geral, considera o capital como o conjunto de bens como
máquinas, equipamentos, matéria-primas e outros utilizados para a obtenção de outros bens.
O direito considera capital o valor registrado sob este título no contrato social registrado da
empresa. Na contabilidade, diversos conceitos de capital são apresentados. Destacamos os
seguintes:
3.1.1 C3.1.1 CAPITALAPITAL N NOMINALOMINAL OUOU L LEGALIZADOEGALIZADO
E igual ao conceito adotado no direito. Corresponde aos recursos aplicados na
constituição da empresa, na forma de bens e/ou direitos e constante no Contrato Social.
Novas destinações podem acontecer com injeção de recursos ou aproveitamento das reservas
acumuladas na empresa. A sua alteração, mesmo contábil, só acontece pela formalização nos
órgãos de registro do comércio. A diminuição de seu valor também pode acontecer, embora
mais difícil.
16
3.1.2 C3.1.2 CAPITALAPITAL P PRÓPRIORÓPRIO OUOU L LÍQUIDOÍQUIDO
Corresponde à situação líquida até agora estudada. É um fundo de valores
pertencentes a uma pessoa, abrangendo não só os valores inicialmente aplicados na empresa,
como também as reservas provenientes de sua operação, ou não. É o patrimônio líquido.
3.1.3 C3.1.3 CAPITALAPITAL DEDE T TERCEIROSERCEIROS
É o montante de recursos de terceiros ao patrimônio, postos a disposição deste para o
desenvolvimento de sua operação. São as obrigações da empresa.
3.1.4 C3.1.4 CAPITALAPITAL AA D DISPOSIÇÃOISPOSIÇÃO DADA E EMPRESAMPRESA
É o montante de recursos que a empresa dispõe para o atingimento de seus fins.
Fundo de valores composto do capital próprio ou líquido e de terceiros apreciáveis
monetariamente.
Alguns outros conceitos de capital surgem decorrentes da legislação comercial dentre
os quais destacamos:
3.1.4.1 C3.1.4.1 CAPITALAPITAL A AUTORIZADOUTORIZADO
Não é de muita utilização embora exista a previsão. É um limite fixado nos estatutos
sociais, em valor ou número de ações, até o qual pode haver a deliberação de aumentar o
capital da companhia sem uma reforma no estatuto.
3.1.4.2 C3.1.4.2 CAPITALAPITAL S SUBSCRITOUBSCRITO
É o montánte de recursos "prometido" pelos sócios a ser entregue, com contribuições
em dinheiro ou bens suscetíveis de avaliação em dinheiro, à empresa.
3.1.4.3 C3.1.4.3 CAPITALAPITAL AA I INTEGRALIZARNTEGRALIZAR
Corresponde a diferença entre o capital subscrito e o montante de recursos já
entregues pelo subscritor.
3.1.4.4 C3.1.4.4 CAPITALAPITAL R REALIZADOEALIZADO
É o capital subscrito menos a parcela a integralizar. Corresponde os valores entregues
pelos subscritores do capital.
4 CONTAS
4.1 C4.1 CONCEITOONCEITO DEDE CONTACONTA
"Conta é o registro de débitos e créditos da mesma natureza, identificados por um título
que qualifica um componente do patrimônio ou uma variação patrimonial".3
"Conta é a representação gráfica da relação débito-crédito de um fato administrativo".4
3 FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral.4 WALTER, Milton Augusto.
17
"Conta é a representação gráfica das mutações patrimoniais de uma mesma espécie e
agrupadas sob um título, referentes a uma pessoa".5
4.2 T4.2 TEORIAEORIA DASDAS C CONTASONTAS
Muitos foram os estudiosos que se dedicaram ao estudo das contas. Dezenas de
teorias, durante anos apresentadas, algumas perfeitamente fundamentadas e outras sem
qualquer cunho lógico.
Restam, ainda hoje, três teorias ainda usuais seja pela sua facilidade no entendimento
da ciência contábil, seja pela estrutura de classificação das contas apresentadas. São:
Teoria Personalística ou Personalista das contas, que teve como maiores
divulgadores: Marchi, Cerboni, Rossi e outros.
Teoria Materialística ou da Materialidade das contas, com Fábio Besta, Morrison e,
com variações, Kester, Durmarchey e outros.
Teoria Patrimonialista, partícipe da Teoria Moderna da Contabilidade.
4.2.1 T4.2.1 TEORIAEORIA P PERSONALÍSTICAERSONALÍSTICA
Classifica as contas em:
Contas de agentes consignatários;
Contas de correspondentes; e
Contas do proprietário.
Os AGENTES CONSIGNATÁRIOS são "pessoas" nomeadas pelo proprietário da empresa
para serem os responsáveis pela guarda dos BENS. Cada agente consignatário é o responsável
pelo conjunto de bens de mesma natureza. Teríamos, pois, a conta veículos como um
responsável pelos veículos da empresa; a conta caixa como um responsável pela guarda do
dinheiro, etc.
Os CORRESPONDENTES são "pessoas" que mantém relação de débito e crédito com o
proprietário da empresa. São as contas de DIREITOS e OBRIGACÕES.
As CONTAS DO PROPRIETÁRIO são as contas de controle direto do proprietário da
empresa, dentre elas as contas Capital, Reservas, Receitas e Despesas que compõem a
SITUAÇÃO LÍQUIDA.
O princípio desta teoria, que as contas são pessoas, é importante para o entendimento
do "débito" e "crédito". Tanto os agentes consignatários como os correspondentes são pessoas
com ligação direta com o proprietário do patrimônio mantendo, com este, uma relação de
natureza obrigacional. Tomemos como exemplo o agente consignatário responsável pelo
dinheiro da empresa, o SR. CAIXA. O Sr. Caixa tendo dinheiro do proprietário é um DEVEDOR
deste. Na medida em que mais dinheiro é entregue, MAIS DEVEDOR ele se torna, sendo, pois,
DEBITADO. Se por outro lado o proprietário necessita de dinheiro para fazer um pagamento
qualquer, MENOS DEVEDOR ele se torna, sendo esta uma operação de CRÉDITO do Sr. Caixa
perante o proprietário.
O CRÉDITO e o DÉBITO são definidos, em cada operação, pela situação do agente
consignatário ou do correspondente perante o proprietário do patrimônio. Uma conta de
obrigação, por exemplo, será creditada quando a "pessoa obrigação" tiver mais direitos
5 STUDART, Newton Jacques.
18
(crédito) perante o proprietário, que é o caso de uma compra a prazo feita pelo proprietário do
patrimônio.
As contas do proprietário devem ser encaradas pela terminologia cotidiana. O CRÉDITO
são ocorrências positivas e o DÉBITO, negativas. Quando é obtida uma receita, a conta utilizada
é CREDITADA e, quando ocorre uma despesa, esta conta é DEBITADA.
4.2.2 T4.2.2 TEORIAEORIA M MATERIALÍSTICAATERIALÍSTICA
A teoria materialística classifica as contas em:
Contas INTEGRAIS ou ELEMENTARES;
Contas DIFERENCIAIS ou DERIVADAS.
As CONTAS INTEGRAIS é o conjunto de contas que compõe o patrimônio da entidade
sejam positivas (bens e direitos) sejam negativas (obrigações). A forma variante da teoria
adotou dividir contas integrais em dois grupos: as CONTAS DE ATIVO (bens e direitos) e as
CONTAS DE PASSIVO (obrigações).
As CONTAS DIFERENCIAIS são as contas que determinam as variações na situação
patrimonial, ou seja, as contas de situação líquida (Capital, Reservas, Receitas e Despesas),
correspondendo às contas do proprietário da teoria personalística. Na variante desta teoria
chamam-se CONTAS DO LÍQUIDO OU DA SITUAÇÃO LÍQUIDA.
4.2.3 T4.2.3 TEORIAEORIA P PATRIMONIAISATRIMONIAIS
É a teoria mais em uso atualmente. Classifica as contas em:
Contas PATRIMONIAIS
Contas DE RESULTADO
As CONTAS PATRIMONIAIS são as que demonstram a estrutura patrimonial com seus
elementos positivos e negativos havendo, entretanto, o destaque do Patrimônio Líquido. As
contas patrimoniais evidenciam a POSIÇÃO ESTÁTICA DO PATRIMÔNIO em determinado momento.
São contas patrimoniais as representativas dos BENS, DIREITOS, OBRIGAÇÕES e PATRIMÔNIO
LÍQUIDO (Capital Social, Reservas e Lucros ou Prejuízos Acumulados).
As CONTAS DE RESULTADO são as contas que provocam as alterações do patrimônio.
Evidenciam a DINÂMICA PATRIMONIAL ou seja, os motivos pelos quais o patrimônio cresceu ou
decresceu. São contas de resultado as representativas das receitas. custos e despesas.
Observamos que as contas de resultado têm um período certo de duração sendo transferidas
para a nova posição patrimonial e posteriormente reiniciadas, enquanto as patrimoniais não
sofrem esta descontinuidade.
4.3 D4.3 DÉBITOÉBITO, C, CRÉDITORÉDITO EE S SALDOALDO
Simplificadamente as contas podem ser representadas em forma de "T", mais fácil de
trabalhar e contemplando apenas alguns dos elementos acima. Seria:
D C
19
TÍTULO DA CONTA
Onde o lado esquerdo recebe os valores lançados a DÉBITO, o lado direito os valores
lançados a CRÉDITO e o saldo apurado ao final pela diferença entre DÉBITOS e CRÉDITOS.
A representação acima é comumente denominada RAZONETE OU REPRESENTACÁO EM T
DA CONTA
A sistemática de débito e crédito é constrangedora para o iniciante no estudo da
contabilidade, normalmente correspondente ao inverso do que se pensa. Temos que
ultrapassar esta barreira, não é?
Já apresentamos, para facilitar a compreensão do débito e crédito, como ocorre a
movimentação dos elementos patrimoniais, quem aumenta de valor e quem diminui; fluxo de
recursos-origens e aplicações; apresentamos a teoria personalística das contas que dá uma
excelente idéia de como se comportar para identificar o débito e créditos nas contas de
agentes consignatários e de correspondentes. Agora vamos concluir a teoria DEVEDOR x
CREDOR.
4.3.1 D4.3.1 DÉBITOÉBITO
Temos, até agora, três grupos de contas: as ativas (bens e direitos), as passivas
(obrigações) e a situação líquida (capital, reservas, receitas e despesas).
As CONTAS DO ATIVO são debitadas quando AUMENTAM O SEU VALOR em virtude do fato
contábil. Equivale a dizer que a "pessoa" ficou devendo mais ao proprietário do patrimônio ou
que foram APLICADOS RECURSOS na aquisição de bens ou direitos.
As CONTAS DO PASSIVO são DEBITADAS quando DIMINUEM DE VALOR em virtude da
ocorrência. Equivale a dizer que o correspondente ficou com um crédito menor junto ao
proprietário do patrimônio ou que FORAM APLICADOS RECURSOS no pagamento das obrigações.
As CONTAS DE SITUAÇÃO LÍQUIDA tem o mesmo comportamento que as contas do
passivo . Devemos ressaltar que as contas de despesas e receitas tem o comportamento
"normal" ou seja, as despesas, quando aumentam de valor são debitadas, pois foi uma
aplicação de recursos naquele elemento além de ter havido uma diminuição da situação
líquida. Não falaremos por ora em débito nas contas de receitas.
temos:
20
DÉBITODÉBITO
ATIVOATIVO PASSIVOPASSIVOSITUAÇÃO LÍQUIDASITUAÇÃO LÍQUIDA
Aumentodo valor
Aumentodo valor
Diminuiçãodo valor
Diminuiçãodo valor
Diminuição do valor
Diminuição do valor
Aplicaçãode recursosAplicação
de recursos
Aplicaçãode recursosAplicação
de recursos
Aplicaçãode recursosAplicação
de recursos
4.3.2 C4.3.2 CRÉDITOSRÉDITOS
Os créditos são, em cada fato específico, o originador dos recursos que são aplicados
na conta que é debitada. Tem, pois funcionamento inverso do débito.
As CONTAS DO ATIVO são CREDITADAS quando tem o seu valor diminuído. Equivale a
dizer que a "pessoa" ficou devendo menos ao proprietário do patrimônio. Dessa "pessoa"
ORIGINAM-SE OS RECURSOS para a aquisição de outros bens/direitos ou para pagamento de
obrigações.
As CONTAS DO PASSIVO quando tem o seu valor aumentado são creditadas. O
correspondente forneceu o recurso e ficou com um crédito maior com o proprietário do
patrimônio.
As CONTAS DE SITUACÃO LÍQUIDA também tem o mesmo comportamento das contas do
passivo. Desta feita destacamos as contas de receitas que, quando tem o seu valor aumentado
são creditadas, são origens de recursos e, além disso, fazem crescer a situação líquida.
4.3.3 S4.3.3 SALDOALDO
O saldo de uma conta é determinado pela diferença entre débitos e créditos sendo
devedor, se os débitos forem maiores que os créditos, ou CREDOR, se os créditos forem
maiores que os débitos. Como consequência temos que contas do ativo tem natureza
devedora; as CONTAS DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Capital, Reservas e Lucros
acumulados anteriormente) TEM NATUREZA CREDORA, AS CONTAS DE DESPESA (menos situação
líquida) DEVEDORA E AS CONTAS DE RECEITAS (mais situação líquida) CREDORAS. As conta caixa,
por exemplo, sempre terá saldo devedor ou, no máximo, zero. A conta duplicatas a pagar
21
CRÉDITOCRÉDITO
ATIVOATIVO PASSIVOPASSIVOSITUAÇÃO LÍQUIDASITUAÇÃO LÍQUIDA
Diminuiçãodo valor
Diminuiçãodo valor
Aumentodo valor
Aumentodo valor
Aumento do valor
Aumento do valor
Origemde recursos
Origemde recursos
Origemde recursos
Origemde recursos
Origemde recursos
Origemde recursos
sempre será credora ou zero pois, ou existe duplicatas a pagar (saldo credor) ou não (saldo
zero).
Deve ser observado, também, para a determinação do saldo da conta, se existia algum
saldo anterior a ser transferido de um período para outro pois deve ser levado em
consideração.
Para exemplificar, consideremos os seguintes fatos envolvendo a conta Bancos c/
movimento:
1) Saldo anterior .................................................R$ 200.000,00;
2) Pagamento de uma duplicata com cheque......R$ 50.000,00;
3) Depósito bancário............................................R$ 30.000,00;
4) Desconto de um cheque para suprir o caixa... R$ 100.000,00.
O razonete seria:
BANCOS C/MOVIMENTO
(1) 200.000,00 50.000,00 (2)
(3) 30.000,00 100.000,00 (4)
230.000,00 150.000,00
80.000,00
(1), (2), (3) e (4) saldo anterior e fatos contábeis.
Observe os fatos e justifique os registros a débito e a crédito. Estamos estudando, no
caso, só a conta Bancos c/ movimento.
Em resumo, podemos a apresentar o quadro abaixo:
GRUPOS DÉBITOS CRÉDITOS NATUREZA DO SALDOAtivo Aumenta Diminui Devedor
Passivo Diminui Aumenta CredorSituação Líquida
Diminui AumentaPatr. Líquido credorReceitas credorDespesas devedor
4.4 P4.4 PLANOLANO DEDE C CONTASONTAS
As contas utilizadas pelas empresas devem ser ordenadas de forma a permitir a
uniformidade na escrituração de fatos semelhantes, facilitar o conhecimento da riqueza
patrimonial e atender às normas legais e princípios contábeis.
A relação ordenada das contas utilizadas pela empresa com as suas funções e
funcionamento é o Plano de Contas, assim definido:
22
TOTAL DÉBITOS(OPCIONAL)
SALDO FINAL
TOTAL CRÉDITO(OPCIONAL)
"Conjunto harmonioso de contas a ser utilizado pela empresa, baseado nos seus
objetivos atuais, nas informações necessárias à administração e nas exigências legais em
vigor".6
Na elaboração do plano de contas deve ser levado em conta a complexidade das
operações desenvolvidas pela empresa de forma a torná-la não excessivo e de difícil consulta.
Deve ser FLEXÍVEL, ou seja, adaptar-se com facilidade às alterações internas e externas devido
a novos tipos de fatos provocados pela administração ou pela própria estrutura do País,
suprimindo ou adicionando novas contas.
O plano de contas para satisfazer seus objetivos deve ser simples tanto no que se
refere à consulta, como na interpretação da função e funcionamento das contas, visto ser, no
processo de escrituração, muito consultando pelos responsáveis.
Entende-se por FUNCÃO da conta aquilo a que ela deve representar. Se tivermos
exemplo a conta DUPLICATA A PAGAR, a sua função é: registrar as obrigações da empresa
em virtude de compras efetuadas a prazo e representadas por duplicatas. O FUNCIONAMENTO
da conta diz respeito a quando ela deve ser debitada e quando creditada, ficando bem clara a
sua interveniência a débito e a crédito. Na conta acima teríamos, simplificadamente, que seria
debitada pelo pagamento da duplicata e creditada pelas compras à prazo, representada por
duplicatas. Alguns planos de contas destacam, ainda o relacionamento da conta em estudo
com as demais contas utilizadas pela empresa.
O ALENCO DE CONTAS difere do plano de contas por ser, apenas, uma relação das
contas utilizadas pela empresa não contendo as suas respectivas funções e funcionamento. É
uma parte do plano de contas. Apresentamos abaixo um elenco de contas para uma maior
visualização da estrutura normalmente adotada pelas empresas comerciais. Recomendamos
uma leitura minuciosa.
ELENCO DE CONTAS1000.00 ATIVO1100.001110.001111.001111.011112.001112.XX1113.001114.001114.011120.001121.001121.XX1122.001122.XX1123.001123.XX1124.001124.XX1125.001125.XX1126.00
ATIVO CIRCULANTEDISPONIBILIDADESCAIXA GERALCaixa-MatrizBANCOS C/MOVIMENTOBanco "A"NUMERÁRIO EM TRÂNSITOAPLICAÇÕES DE LIQUIDEZ IMEDIATAFundo de Aplicação Financeira-FAFCRÉDITOS DE CURTO PRAZODUPLICATAS A RECEBERCliente "A"/ - / DUPLICATAS DESCONTADASBanco "A"TÍTULOS A RECEBEREmitente "A"/ - / TÍTULOS DESCONTADOSBanco "A"CHEQUES A RECEBEREmitente "A"BANCOS C/VINCULADAS
6 STUDART, Newton Jacques.
23
1126.XX1127.001127.XX1128.001128.XX1129.001130.001131.001132.001134.001135.001140.001141.001141.011141.021150.001151.001152.001153.00
Banco "A"ADIANTAMENTOS DIVERSOSDevedor "A"DEVEDORES DIVERSOSDevedor "A"ESTOQUESMERCADORIASMATERIAIS DE EMBALAGENSFRETES, SEGUROS E DESPACHOS/ - / DEVOLUÇÁO DE COMP'RAS/ - / PROVISXO P/ AJUSTE DE ESTOQUESOUTROS VALORES REALIZAVEISIMPOSTOS A RECUPERARICMS a recuperarIR a recuperarANTECIPAÇÃO DE DESPESASJUROS A AMORTIZARSEGUROS A AMORTIZARASSINATURA DE INFORMATIVOS E PERIÓDICOS
1200.00 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO1220.001220.001230.001240.001240.001250.001250.00
DEPÓSITO PARA INVESTIMENTOSCONSÓRCIOSAQUISIÇÃO DE DIREITOS DE USO DE TELEFONEEMPRÉSTIMOS A COLIGADAS E CONTROLADASEmpresa “A”EMPRÉSTIMOS A DIRETORESDiretor “A”
1300.00 ATIVO PERMANENTE1310.001311.001311.XX1312.001313.001314.001315.001315.XX1316.00
INVESTIMENTOSPARTICIPAÇÃO EM COLIGADAS E CONTROLADASEmpresa “A”ÁGIO EM PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS/ - / DESÁGIO EM PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS/ - / PROVISÃO P/ PERDAS EM INVESTIMENTOSPARTICIPAÇÕES EM OUTRAS EMPRESASEmpresa “A”OUTROS INVESTIMENTOS
1320.00 IMOBILIZADO1321.001322.001323.001324.001325.001326.001327.001328.001328.011328.021328.031329.001329.011329.02
TERRENOSEDIFICAÇÕESVEÍCULOSMÓVEIS E UTENSÍLIOSINSTALAÇÕESCONSTRUÇÕES EM ANDAMENTOREAVALIAÇÃO DE BENSOUTRAS IMOBILIZAÇÕESDIREITO DE USO DE TELEFONEMARCAFUNDOS DE COMÉRCIO/ - / DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS/ - / DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS/ - / AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS
1330.00 DIFERIDO133100 DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS
24
133200133300
133400133500133600
133900
DESPESAS DE MODERNIZAÇÃODESPESAS COM PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS
CUSTOS DE PROJETOS TÉCNICO-ECONÔMICOSDESPESAS DE JUROS PAGOS DURANTE O PERÍODO DE CONSTRUÇÃODESPESAS DE JUROS PAGOS AOS ACIONISTAS NO PERÍODO PRÉ-OPERACIONAL/ - / AMORTIZAÇÃO ACUMULADA
2000.00 PASSIVO
2100.002110.002110.XX2120.002130.002130.XX2140.002140.XX2150.002150.XX2160.002160.012160.022160.032160.042160.052160.062160.072160.082160.092160.102160.112160.122160.132160.142160.152160.162170.002180.002190.00
2190.XX2195.002195.XX
PASSIVO CIRCULANTE DUPLICATAS A PAGARFornecedor "A" CREDORES DIVERSOS Credor "A"TÍTULOS A PAGAR Banco "A" FINANCIAMENTOSBanco "A" EMPRÉSTIMOS CAUCIONADOS Banco "A"OBRIGAÇÕES SOCIAIS E TRIBUTÁRIAS INSS a recolherFGTS a recolherPIS s/ receita operacional a recolher FINSOCIAL a recolherDividendos a pagar Ordenados a pagar Férias a pagar13o salário a pagarContribuições sindicais a recolher Comissões a pagarGratificações a pagar Participações de empregados a pagarIRF a recolher ICMS a recolherISS na fonte a recolher IRF s/ lucros a recolher PROVISÂO PARA IMPOSTO DE RENDAPROVISÃO PARA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL S/ LUCROS CREDITOS DE DIRETORES
Diretor "A"CRÉDITOS DE EMPRESAS COLIGADAS E CONTROLADAS Empresa "A"
2200.00 PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO2210.002210.XX2220.002020.XX2230.002230.XX2240.002240.XX
FINANCIAMENTO Banco "A"TÍTULOS A PAGAR Banco "A" CRÉDITOS DE EMPRESASEmpresa "A" CREDITOS DE DIRETORES Diretor "A"
25
2300.00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2310.002311.002312.002312.XX
CAPITAL SOCIAL CAPITAL SUBSCRITO/ - / CAPITAL A INTEGRALIZAR Acionista "A".
2320.00 RESERVAS DE CAPITAL2321.002322.002323.002324.002325.002326.002330.002331.002340.002341.002342.002343.002344.002345.002350.002351.002352.00
Reserva de correção monetária do capital realizadoReserva de ágio na emissão de açõesProduto da alienação de partes beneficiáriasProduto da alienação de bônus de subscriçãoReserva de prâmios na emissão de debênturesDoações e subvenções p/ investimentosRESERVAS DE REAVALIAÇÃOReserva de reavaliação de ativosRESERVAS DE LUCROSReserva LegalReserva estatutáriaReserva p/ contingênciasRetenção de lucrosReserva de lucros a realizarLUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOSLucros acumulados/ - / Prejuizos acumulados
3000.00 CUSTOS E DESPESAS DO EXERCÍCIO3100.003110.003200.003210.003210.013210.023210.033210.043210.053210.063210.073210.083210.093210.103210.113220.003220.013220.023220.033220.04
CUSTOS DE EXERCÍCIOCustos das Mercadorias VendidasDESPESAS DO EXERCÍCIODESPESAS ADMINISTRATIVASHonorários da DiretoriaGratificações à DiretoriaHonorários diversosContribuições p/ INSSMateriais de Expediente ConsumidosSegurosDespesas de ViagensContribuições e doaçõesAssinaturas de jornais e revistasDepreciaçõesAmortizaçõesDESPESAS COM PESSOALOrdenados e férias13o salárioGratificação a empregadosContribuições p/ INS
3220.05 Contribuições p/ FGTS3220.063220.073220.083230.003230.013230.023230.033230.04
IndenizaçõesRefeitórioVale TransporteDESPESAS COM VENDASComissões s/ vendasFretes s/ vendasContribuições p/ INSSDespachos Propaganda
26
3240.003240.013240.023240.033240.043240.053240.063240.073240.083240.093250.003251.003251.013251.023251.033251.043251.053251.063252.003252.013252.023252.033252.043252.053252.063252.073260.003261.003261.013261.023262.003262.013262.02
DESPESAS TRIBUTÁRIASImposto s/ operações financeirasIR s/ aplicações financeirasContribuição Social s/ lucrosPIS s/ Receita OperacionalI.P.V.AAdicional do IR - EstadualI.P.T.UImpostos e taxas diversosMultas FiscaisENCARGOS FINANCEIROS LÍQUIDOSDESPESAS FINANCEIRASJuros de mora passivosJuros passivosDescontos concedidosDespesas bancáriosCorreção pré-fixada passivaMultas contratuais/ - / RECEITAS FINANCEIRASJuros AtivosJuros de Mora ativosCorreção monetária pré-fixada ativoDescontos obtidosComissões ativasRenda de participaçõesRenda de aplicações financeirasENCARGOS MONETÁRIOS LfQUIDOSVARIAÇÕES MONETÁRIAS PASSIVASCorreção monetária pós-fìxada passivaVariação cambial passiva/ - / VARIAÇÕES MONETÁRIAS ATIVASCorreção monetária pós-fixada ativaVariação cambìal ativa
3270.003270.013270.023270.033270.043270.053270.063270.073270.083280.003280.013280.023280.033280.043280.053280.063290.003290.013300.003310.003320.003330.003340.003350.003360.003370.003380.00
DESPESAS OUTRASConservação e limpezaComunicaçõesEnergia elétrícaÁgua e esgotoAluguéis passivosDespesas cj veículosLeasingDespesas diversasPERDAS DIVERSASPerdas por insolvénciaFormação de Prov: p/ Riscos de CréditosVariação de estoquesPerdas por avariasPerdas em investimentosOutras perdasDESPESAS NÃO OPERACIONAISCusto na venda de bens de usoCORREÇÃO MONETÁRIA DEVEDORA DO BALANÇOCorreção monetária do capital social realizadoCorreção monetária das reservas de capitalCorreção monetária da reserva de reavaliaçãoCorreção monetária das reservas de lucrosCorreção monetária dos lucros ou prejuízos acumuladosCorreção monetária dos adiantamentos p/ aumento de capitalCorreção monetária dos créditos de coligadas e controladasCorreção monetária dos créditos de sócios
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40.000.00 RECEITAS E RENDIMENTOS DO EXERCÍCIO41100.004110.004110.014110.024110.034120.004120.014120.024120.034120.04
RECEITAS OPERACIONAL LÍQUIDARECEITAS COMERCIAISVendas à vistaVendas a prazoOutras saídas faturadas/ - / DEDUÇÕES DE VENDAS/ - / Devoluções de vendas/ - / ICMS destacado nas vendas/ - / PIS s/ Receita Operacional/ - / FINSOCIAL s/ faturamento
4300.004300.014300.024300.034500.004500.014700.004710.004730.004720.004740.004750.004760.00
RECEITAS DIVERSASRecuperação de despesasRecuperação de insolváveisReversão de Prov. p/ Risco de CréditosRECEITAS NÃO OPERACIONAISReceita da venda de bens de usoCORREÇÃO MONETÁRIA CREDORA DO BALANÇOCorreção monetária dos investimentosCorreção monetária do ativo imobilizadoCorreção monetária do ativo diferidoCorreção monetária dos créditos em coligadas e controladasCorreção monetária dos créditos com sóciosCorreção monetária de outros ativos
5000.00 APURAÇAO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
5100.00 RESULTADO DO EXERCÍCIO
9000.00 SISTEMA DE COMPENSACÃO9100.009110.009110.XX 9120.00 9120.XX 9130.00 9130.XX 9140.009140.XX9200.009210.00 9220.00 9230.00 9240.00
CONTAS DE COMPENSAÇÃO DO ATIVOAÇÕES CAUCIONADAS DIRETOR "A"SEGUROS CONTRATADOS Companhia "A" BANCOS C/ COBRANÇA SIMPLESBanco "A" BANCOS C/ COBRANÇA CAUCIONADABanco "A"/ - / CONTAS DE COMPENSAÇÃO DO PASSIVOCAUÇÃO DA DIRETORIA CONTRATOS DE SEGUROS ENDOSSO P/ COBRANÇA SIMPLES ENDOSSO P/ COBRANÇA CAUCIONADA
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5 ESCRITURAÇÃO
É uma das técnicas que a contabilidade utilizada para atingir os seus objetivos. Cuida
do registro dos fatos contábeis mediante, é claro, normas e princípios próprios da contabilidade
possibilitando o entendimento e a extração das informações sobre a situação patrimonial. A
contabilidade, poderíamos dizer, mostra toda a história de uma empresa sendo implacável no
registro das ocorrências. A escrituração fornece estes elementos, sendo um "idioma"
conhecido dos estudiosos da ciência contábil.
5.1 M5.1 MÉTODOSÉTODOS DEDE ESCRITURAÇÃOESCRITURAÇÃO
A título meramente ilustrativo podemos classificar os métodos de escrituração em:
Método das partidas simples
Método das partidas dobradas
O método das partidas simples está totalmente em desuso para a aplicação na
contabilidade por serem específicos para alguns elementos patrimoniais, enquanto, a
contabilidade deve trabalhar como um todo interrelacionado.
Pelo MÉTODO DAS PARTIDAS SIMPLES são escrituradas apenas as contas de
correspondentes para controle dos direitos e obrigações. Não considera em seus registros os
bens e os elementos formadores da situação líquida que são apurados da seguinte forma: OS
BENS, por inventário; a SITUACÃO LÍQUIDA, por diferença entre ativo e passivo e, o RESULTADO,
pela evolução da situação líquida de um ano para outro.
O MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS é o método universalmente adotado para a
escrituração. Movimenta toda a estrutura patrimonial e de resultados preconizando a igualdade
dos elementos positivos e negativos do patrimônio. O método, exposto pelo frade franciscano
Lucca Paccioli, em 1494, revolucionou todo o estudo da contabilidade permitindo ser hoje uma
ciência.
O método das partidas dobradas tem um princípio fundamental:
"Não há devedor sem credor e vice-versa"
Equivale a dizer: para cada registro ou soma de registros a débito, haverá um registro
ou soma de registros a crédito, de igual valor.
Decorrentes do princípio fundamental temos alguns corolários:
a soma dos débitos é sempre igual dos créditos;
a soma de todos os saldos devedores é sempre igual A soma dos saldos credores;
A soma do ativo, constituído de contas de natureza devedora e representativas das
aplicações de recursos é sempre igual a soma do passivo, constituído de contas de natureza
credora e representativas da origem de recursos, próprios e de terceiros.
5.2 P5.2 PROCESSOROCESSO DEDE ESCRITURAÇÃOESCRITURAÇÃO
A escrituração, durante os anos e devido ao desenvolvimento tecnológico, tem passado
por diversas formas de fazer, ainda hoje existentes:
ESCRITURACÃO MANUAL todo o processo de escriturar os fatos contábeis, nos
diversos livros existentes, é feito a mão.
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ESCRITURAÇÃO MAQUINIZADA utiliza máquinas de datilografar normais. Adota-se, às
vezes, formulários próprios slips ou vouchers que, após datilografados com os
lançamentos dos fatos contábeis são transferidos por meio de gelatina para os livros próprios.
ESCRITURACÃO MECANIZADA utiliza máquinas desenvolvidas para a escrituração
contábil. Permite a escrituração simultânea do Diário e Razão, em folhas ou fichas, podendo
ser transferido por decalque ou colecionado em folhas soltas, sob determinadas condições
legais.
Escrituração computadorizada é prática comum a utilização da computação
eletrónica para a escrituração contábil. Apresenta diversas vantagens como: higiene, rapidez,
capacidade de processar grandes volumes de informações, etc. Uma de suas desvantagens é
a necessidade de utilização de códigos e padrões tendo o responsável um período para
adaptação.
5.3 L5.3 LANÇAMENTOANÇAMENTO OUOU P PARTIDAARTIDA C CONTÁBILONTÁBIL
O LANCAMENTO CONTÁBIL é o registro de um fato contábil. Utiliza-se para os
lançamentos o método das partidas dobradas, além de elementos essenciais e fórmulas, de
modo a tornar possível a interpretação do fato ocorrido com influência no patrimônio.
5.4 F5.4 FUNÇÕESUNÇÕES DODO L LANÇAMENTOANÇAMENTO C CONTÁBILONTÁBIL
Duas funções são destacadas:
FUNÇÃO HISTÓRICA relaciona-se com a ordem cronológica obrigatória a ser seguida
nos assentamentos contábeis e, mais especificamente, nos registros contábeis.
FUNÇÃO MONETÁRIA por estarem os fatos contábeis envolvidos com valores que
alteram elementos do patrimônio e/ou resultado, o lançamento tem como uma de suas
funções, registrar esse valor e o seu agrupamento segundo a natureza.
5.5 E5.5 ELEMENTOSLEMENTOS ESSENCIAISESSENCIAIS DODO LANÇAMENTOLANÇAMENTO
Os elementos essenciais do lançamento são cinco:
Local e data;
Conta(s) debitada(s);
Conta(s) creditada(s);
Histórico;
Valor.
O LOCAL E DATA e o HISTÓRICO exercem a FUNCÃO HISTÓRICA do lançamento e os demais
elementos, CONTA DEBITADA CONTA CREDITADA E VALOR, A FUNCÃO MONETÁRIA.
O HISTÓRICO nada mais é que uma descrição clara e simplificada do fato contábil.
30
5.6 F5.6 FÓRMULASÓRMULAS DEDE LANÇAMENTOLANÇAMENTO
Segundo a quantidade de contas debitadas e creditadas utilizadas para o registro do
fato, existem quatro fórmulas de lançamento no Livro Diário:
LANÇAMENTOS DE 1a FÓRMULA: UM DÉBITO X UM CRÉDITO
Os modelos do lançamento contábil de 1a fórmula:
ou
ou
Os modelos apresentados são bastante usuais, todos, e objetivamos, com a sua
apresentação, familiarizar as representações do lançamento. Devemos observar que a
partícula "a" é um identificador da(s) conta(s) que é (são) creditada(s).
No terceiro modelo as colunas representam os livros de escrituração que trazem à
esquerda a coluna de débitos e à direita, a de créditos. O posicionamento das contas também
é convencionado.
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DÉBITODÉBITO CRÉDITOCRÉDITO
Local, dataConta debitadaa Conta creditada
Histórico Valor
Local, dataConta debitadaa Conta creditada
Histórico Valor
Local, dataD - Conta debitadaC - Conta creditada
Histórico Valor
Local, dataD - Conta debitadaC - Conta creditada
Histórico Valor
Local, data
Conta debitada Valor a débitoConta creditada Valor a crédito
Histórico
Local, data
Conta debitada Valor a débitoConta creditada Valor a crédito
Histórico
Incontáveis são os fatos, tomemos como exemplo, um depósito bancário no Banco do
Brasil:
Fortaleza-CE, 06 de janeiro de 1999BANCOS C/ MOVIMENTO
Banco do Brasil S/Aa CAIXA
Valor n/depósito conf.recibo nº 123.456 ........................................................10.000,00
ou uma compra de mesas e cadeiras, para uso, a prazo, mediante aceite de duplicatas:
Fortaleza-CE, 15 de fevereiro de 1999.D - MÓVEIS E UTENSÍLIOS C - DUPLICATAS A PAGAR
Fornecedor "X"Valor s/ Nota Fiscal nº 1515 ref. aquisição de mesas e cadeirasmarca "Jet Ski".....................................................200.000,00
LANÇAMENTOS DE 2a FÓRMULA: UM DÉBITO X MAIS DE UM CRÉDITO
CRÉDITO
DÉBITO
DÉBITO
Modelo do lançamento contábil de 2a fórmula:
ou
Existem, como visto acima, variantes no modelo de 2a fórmula. No primeiro caso, o
valor à direita seria o totalizador da conta única (debitada); no segundo caso, obedece o
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Local, data
Conta debitadaa Diversosa Conta creditada 1
Histórico 1 Valor crédito 1a Conta creditada 2
Histórico 2 Valor crédito 2 Total de débito
Local, data
Conta debitadaa Diversosa Conta creditada 1
Histórico 1 Valor crédito 1a Conta creditada 2
Histórico 2 Valor crédito 2 Total de débito
Local, data
D – Conta debitadaHistórico débito valor débito
C – DiversosC – Contas creditada – 1
Histórico crédito – 1 valor crédito – 1 C – Conta creditada – 2
Histórico crédito – 2 valor crédito – 2
Local, data
D – Conta debitadaHistórico débito valor débito
C – DiversosC – Contas creditada – 1
Histórico crédito – 1 valor crédito – 1 C – Conta creditada – 2
Histórico crédito – 2 valor crédito – 2
posicionamento das colunas do Diário. Temos a destacar a utilização da palavra "Diversos"
quando, na ocorrência, mais de uma conta é creditada e/ou, veremos adiante, debitada.
Para exemplificar consideremos o seguinte fato: Recebimento de uma duplicata com
juros.
Fortaleza-CE, 15 de janeiro de 1999
CAIXA
a DIVERSOS
a DUPLICATAS A RECEBER
Pedro Filó
Recebido dupl. nº 415 vencida
dia 10 p.p...................................................................40.000,00
a JUROS DE MORA ATIVOS
Recebido juros por mora
dupl. nº 415 venc. 10/01/99 .......................... 2.000,00 42.000,00
MODELO DO LANÇAMENTO CONTÁBIL DE 3a FÓRMULA
CRÉDITO
DÉBITO
DÉBITO
Modelo do lançamento contábil de 3a fórmula:
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Local, data
Diversosa Conta creditada
Conta debitada – 1 Histórico – 1 valor débito – 1
Contas creditada – 2Histórico – 2 valor crédito – 2 Total crédito
Local, data
Diversosa Conta creditada
Conta debitada – 1 Histórico – 1 valor débito – 1
Contas creditada – 2Histórico – 2 valor crédito – 2 Total crédito
Exemplo: aquisição de um imóvel com pagamento à vista, em cheque:
Fortaleza-CE, 31 de janeiro de 1999.
DIVERSOS
a BANCOS C/ MOVIMENTO
Banco Real S/A
TERRENOS
Vr. Terreno à Rua Y com área de 200 m2 adquirido do Sr. Fulano conforme
escritura no cartório tal... 15.000.000,00
EDIFICAÇÕES
Vr. Edificação encravada no terreno acima, com área de 150
m2...............................................20.000.000,00 35.000.000,00
LLANÇAMENTOANÇAMENTO DEDE 4 4AA F FÓRMULAÓRMULA: M: MAISAIS DEDE UMUM DEVEDORDEVEDOR XX M MAISAIS DEDE UMUM CREDORCREDOR::
Débito Crédito
Débito Crédito
MMODELOODELO DODO LANÇAMENTOLANÇAMENTO CONTÁBILCONTÁBIL DEDE 4 4aa F FÓRMULAÓRMULA::
Os lançamentos de 4a fórmula são muito pouco utilizados. Podemos apresentar o
seguinte exemplo: Resgate de aplicação no Fundo de Aplicação Financeira, com crédito em
conta corrente bancária e incidência de IOF.
Fortaleza-CE, 31 de janeiro de 1999.
DIVERSOS
Local, data
DIVERSOSa DIVERSOS
Conta debitada 1 Histórico – 1 vr. débito – 1
Conta debitada – 2 Histórico – 2 vr. débito – 2 Total débitos
a Conta creditada – 1 Histórico – 3 vr. crédito – 1
a Conta creditada – 2 Histórico – 4 vr. crédito – 2 Total créditos
Local, data
DIVERSOSa DIVERSOS
Conta debitada 1 Histórico – 1 vr. débito – 1
Conta debitada – 2 Histórico – 2 vr. débito – 2 Total débitos
a Conta creditada – 1 Histórico – 3 vr. crédito – 1
a Conta creditada – 2 Histórico – 4 vr. crédito – 2 Total créditos
a DIVERSOS
BANCOS C/ MOVIMENTOS
Caixa Econômica Federal
Vr. líquido do resgate de FAF..................... 109.000,00
DESPESAS TRIBUTÁRIAS
Impostos s/Operações Financeiras
Vr. IOF s/resgate FAF.................................. 1.000,00 110.000,00
a APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ IMEDIATA
Fundos de Aplicação Financeira
Vr. resgate FAF............................................ 100.000,00
a RECEITAS FINANCEIRAS
Renda de Aplicações Financeiras
Vr. rendimentos FAF no período
03/2/98 a 06/12/98....................................... 10.000,00 110.000,00
Os modelos apresentados, repetimos, têm simplesmente o objetivo de familiarização.
Maior atenção deve ser dada à identificação do fato, contas alteradas e se estas alterações
provocaram um crédito ou um débito.
Doravante utilizaremos nos lançamentos contábeis formas simplificadas sem datas e
históricos.
FORMALIDADES INTRÍNSECAS: são fomalidades a serem observadas na escrituração dos
livros. Os livros deverão:
ser escriturados em rigorosa ordem cronológica;
obedecer um método de escrituração uniforme, em língua e moeda nacionais, de
forma mercantil, com individualização e clareza;
não ter rasuras, emendas, entrelinhas, raspaduras ou borrões, espaços em branco,
observações ou escritas à margem.
5.7 L5.7 LIVROSIVROS C CONTÁBEISONTÁBEIS
Como já vimos, a escrituração contábil é feita, basicamente, em dois livros: o DIÁRIO e o
RAZÃO.
Existem ainda os livros de controle interno e os diários auxiliares, utilizados por muitas
empresas como recursos que ajudam a Contabilidade no controle de seus trabalhos.
Os livros de controle interno tanto podem estar conjugados com a Contabilidade,
conforme o plano de contas, quanto mantidos nas respectivas seções, sem que estejam
ligados aos lançamentos de diário. Quando extracontábeis, servem para conferência diária ou
mensal dos saldos das contas apresentadas no Balancete extraído do razão. Exemplos: livro
caixa (ou, simplesmente, caixa), livro de contas a pagar, de contas a receber, de contas
correntes, de controle de estoques etc.
Cada página do livro utilizada para controle de um cliente ou fornecedor, de um Banco
ou de um tipo de mercadoria ou material. O funcionamento se dá em três colunas: débitos,
créditos e saldos, ou entradas, saídas e saldos.
Os diários auxiliares diferenciam-se dos livros de controle por se revestirem das
formalidades intrínsecas e extrínsecas exigidas por lei. Sua adoção fica a critério da entidade
geralmente se dá em função do porte da empresa, pois acarreta uma racionalização de seus
serviços.
Vamos citar alguns: diário auxiliar de caixa, diário de recebimentos e pagamentos,
diário de Bancos, de contas a receber, de contas a pagar, de compras, de vendas.
Um livro contábil muito utilizado é o diário auxiliar de caixa. Sua função é controlar a
entrada e a saída de dinheiro (em moeda ou cheque). Nele, todos os recebimentos são
registrados como débito de caixa, e todos os pagamentos como crédito de caixa. Por esse
motivo, a entidade que o utiliza dispensa o diário de recebimentos e pagamentos.
Em substituição a esse livro, muitas empresas utilizam o boletim de caixa, o qual
contém duas vias: a primeira, destacável, que acompanha os documentos enviados à seção de
Contabilidade, e a outra, fixa, que forma o bloco, de arquivo sequencial e cronológico, e fica em
poder do departamento que realiza o controle.
5.8 L5.8 LIVROSIVROS DEDE E ESCRITURAÇÃOSCRITURAÇÃO
Do ponto de vista contábil, a escrituração é feita, basicamente em dois livros: (o DIÁRIO,
e o RAZÃO).
5.9 L5.9 LIVROIVRO O OBRIGATÓRIOBRIGATÓRIO
o Livro DIÁRIO
5.10 L5.10 LIVROSIVROS F FACULTATIVOSACULTATIVOS
Livros de controle internos utilizados para auxiliar na contabilidade. O mais
importante desses livros é o RAZÃO.
O Livro Diário é um livro OBRIGATÓRIO, cronológico e principal que tem por função
abrigar toda a movimentação da empresa, dia-a-dia, representada pelos lançamentos
contábeis. É o livro que "conta a vida da empresa". O livro Diário, que deve ter numeração
tipográfica seqüencial, pode ser substituído por fichas soltas ou avulsas, também numeradas.
É admitida a escrituração resumida no Diário, por totais que não excedam o período de
um mês das contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do
estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares para o registro individualizado.
O livro RAZÃO é, com a nova determinação legal citada, OBRIGATÓRIO pela legislação
fiscal, SISTEMÁTICO E PRINCIPAL. Registra todas as operações ocorridas na empresa e
anteriormente registradas no Diário só que a sua forma de ordenação toma por preponderante
a conta, daí ser sistemático. O livro Razão, por sua forma de escriturar, permite que a cada
momento seja conhecido o saldo de todas as contas devendo, pelo método das partidas
dobradas, a soma de todos os saldos devedores ser igual a soma de todos os saldos credores.
É de enorme utilidade nas conciliações de contas, levantamento de balancetes de verificação e
demais demonstrativos. Podemos até generalizar dizendo que o livro Diário guarda a
importância histórica pelo registro cronológico dos fatos mas, operacionalmente, o livro Razão
é o mais importante.
5.11 F5.11 FORMALIDADESORMALIDADES DOSDOS LIVROSLIVROS DEDE ESCRITURAÇÃOESCRITURAÇÃO
Os livros de escrituração obrigatórios devem obedecer algumas formalidades exigidas
pela legislação comercial. São elas:
FORMALIDADES EXTRÍNSECAS: são as formalidades ligadas à apresentação dos livros
obrigatórios. Estes deverão:
ser encadernados;
ter suas folhas numeradas tipograficamente;
ter termo de abertura e de encerramento onde conste, resumidamente, os dados da
empresa, do livro (número de folhas, qual o livro, número de ordem do livro) e a assinatura dos
responsáveis.
Alguns livros obrigatórios deverão também, ter autenticações (Junta Comercial,
coletorias, etc) que consideramos uma outra formalidade a ser observada.
Nem todas as informações contidas no diário auxiliar de caixa precisam ser remetidas
ao diário geral. Basta apenas reproduzi-las resumidamente.
Assim, o diário geral conterá registros "sintéticos" dos movimentos, e o diário auxiliar de
caixa, registros "analíticos".
5.12 L5.12 LIVROSIVROS F FISCAISISCAIS
Os livros fiscais registram documentos e eventos de natureza fiscal, com o fim especial
de apurar e controlar os impostos devidos aos governos federal, estadual ou municipal.
Para cada área governamental, a legislação exige livros próprios, além do livro diário
geral da Contabilidade da empresa.
5.13 L5.13 LIVROSIVROS T TRABALHISTASRABALHISTAS
Ainda na esfera federal, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) impõe às
empresas a adoção de dois livros:
registro de empregados;
inspeção do trabalho.
No primeiro, são feitos os registros referentes a cada funcionário, retratando as
mesmas anotações constantes da Cateira de Trabalho e Previdência Social de cada um. Esse
livro normalmente é substituído por fichas, o que facilita o manuseio e possibilita a classificação
em ordem alfabética.
O segundo livro destina-se a receber “termos” relativos às visitas fiscais dos agentes
ou inspetores do Trabalho, da Previdência Social (IAPAS), do FGTS, PIS, sindicatos etc.
5.14 L5.14 LIVROSIVROS S SOCIETÁRIOSOCIETÁRIOS
As sociedades anônimas são obrigadas a manter livros para escriturar o movimento de
suas ações, as deliberações em reuniões da Diretoria, da Assembléia Geral dos Acionistas ou
do Conselho Fiscal.
O artigo 100 da Lei nº 6404 estabelece que "a companhia deve ter, além dos livros
obrigatórios para qualquer comerciante, os seguintes, revestidos das mesmas formalidades
legais".
registro de ações nominativas;
registro de ações endossáveis;
transferência de ações nominativas;
registro de partes beneficiárias nominativas;
transferência de partes beneficiárias nominativas;
registro de partes beneficiárias endossáveis;
registro de debêntures endossáveis;
registro de bônus de subscrição endossâveis;
atas das assembléias gerais;
presença de acionistas;
atas de reuniões do Conselho de Administração;
atas de reuniões da Diretoria;
atas e pareceres do Conselho Fiscal.
5.15 E5.15 ERROSRROS DEDE ESCRITURAÇÃOESCRITURAÇÃO EE SUASUA CORREÇÃOCORREÇÃO
Decorrente de diversos fatores da própria condição humana, erros podem acontecer na
escrituração dos livros. As formalidades intrínsecas são rígidas na manutenção da fidelidade
dos livros não permitindo a utilização da famosa "borracha".
Os principais erros notados na escrituração dos livros são:
Erro na identificação da conta debitada ou creditada;
Inversão das contas;
Lançamento em duplicidade;
Omissão de lançamento;
Erro no valor (lançado a mais ou a menos);
Erro na narração do fato contábil.
Esses erros podem ser identificados imediatamente ou posteriormente, na conciliação
das contas.
Os erros de escrituração podem ser corrigidos pelos seguintes métodos:
Estorno do lançamento;
Lançamento retificativo;
Lançamento complementar;
Ressalva por profissional qualificado.
O estorno do lancamento consiste, resumidamente, em anular o efeito do lançamento
errado com um outro lançamento, debitando-se quem anteriormente tinha sido creditado e
creditando-se quem tinha sido debitado, mantendo constante o valor. É aplicado em todas as
circunstâncias sendo o método estabelecido na legislação comercial.
EXEMPLO: Pagamento do INSS incidente sobre a folha de pagamento de
novembro/98, em 10/12/98, no valor de R$ 53.000,00, mediante emissão
de cheque do Banco do Brasil S/A.
LANÇAMENTO EFETUADO:
Fortaleza 10/12/99
INSS A RECOLHER
a CAIXA
Pago INSS do mês de nov/98 conforme guia..................53.000,00
ESTORNO DO LANÇAMENTO:
Fortaleza 10/12/99
CAIXA
a INSS A RECOLHER
Estorno do lançamento acima....................................... 53.000,00
LANÇAMENTO CORRETO:
Fortaleza 10/12/99
INSS A RECOLHER
a BANCOS C/MOVIMENTO
Banco do Brasil S/A
INSS s/folha de pagamento de nov/98, che-
que 015818.......................................................................53.000,00
Com o LANÇAMENTO RETIFICATIVO é possível corrigir erros na intitulação de contas e
também erros no registro de valor, feitos a maior.
EXEMPLO: Aquisição de veículo para o uso da empresa no valor de R$ 50.000,00
mediante emissão de Nota Promissória.
LANÇAMENTO EFETUADO:
(1) D - MÓVEIS E UTENSÍLIOS
C - TÍTULOS A PAGAR
Baby Doll....................................................50.000,00
LANÇAMENTO RETIFICATIVO:
(2) D - VEÍCULOS
C - MÓVEIS E UTENSÍLIOS.................................50.000,00
Vejamos nos razonetes abaixo o efeito provocado pelo lançamento retificativo:
D MÓVEIS E UTENSÍLIOS C D TÍTULOS A PAGAR C
SALDO ANTERIOR
(1) 50.000,00 50.000,00 (2)
SALDO ANTERIOR
50.000,00 (1)
D VEÍCULOS C
SALDO ANTERIOR
(2) 50.000,00
A conta MÓVEIS E UTENSÍLIOS teria, ao final, o saldo que tinha anteriormente tendo sido
anulado o efeito do lançamento errado. A conta veículos recebeu o valor a débito tendo ficado
correto o seu saldo.
O LANÇAMENTO COMPLEMENTAR tem como função, complementar valor registrado a
menor.
EXEMPLO: Pagamento, em dinheiro, de combustível para o veículo da empresa no
valor de R$ 55,00.
LANÇAMENTO EFETUADO:
D – DESPESAS C/ VEÍCULOS
C – CAIXA................................................................ 5,00
LANÇAMENTO COMPLEMENTAR:
D – DESPESAS C/ VEÍCULOS
C – CAIXA............................................................... 50,00
A RESSALVA POR PROFISSIONAL HABILITADO é efetuada quando surgem borrões, rasuras,
folhas ou linhas em branco, devendo citar o fato e assinar.
Os erros na narração do fato, se possível, devem ser corrigidos na própria narração
utilizando-se termos como "digo", "em tempo" e outros. Se o lançamento já tiver sido concluído
deve ser estornado e refeito com o histórico correto.
Os lançamentos omitidos quando detectados devem ser feitos com a indicação no
histórico da data da ocorrência do fato contábil e a sua condição de regularizador.
Quando feito lançamento em duplicidade um estorno de lançamento corrige o erro.
A inversão de contas pode ser corrigida com lançamento retificativo com o valor em
dobro.
EXEMPLO: Pagamento de duplicata no valor de R$10.000,00 em dinheiro.
LANÇAMENTO EFETUADO:
(1) D – CAIXA
C – DUPLICATAS A PAGAR........................................... 10.000,00
LANÇAMENTO RETIFICATIVO:
(2) D – DUPLICATAS A PAGAR
C – CAIXA.........................................................................20.000,00
Em razonetes:
D CAIXA C D DUPLICATAS A PAGAR C
SALDO ANTERIOR
(1) 10.000,00 20.000,00 (2)
(2) 20.000,00 SALDO ANTERIOR
10.000,00 (1)
Sendo, pois, similar ao lançamento correto:
D – DUPLICATAS A PAGAR
C – CAIXA................................................................ 10.000,00
6 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS GERALMENTE ACEITOS
Os PRINCÍPIOS CONTÁBEIS GERALMENTE ACEITOS, PCGA como são tratados pelos
profissionais, estão divididos em duas partes distintas. De um lado, os princípios, que são
regras básicas, e, de outro, as convenções, que são complementos ou restriçóes aos
princípios.
6.1 P6.1 PRINCIPIOSRINCIPIOS CONTÁBEISCONTÁBEIS
ENTIDADE mantém-se a Contabilidade para a empresa, para controlar o seu
patrimônio; isto é, não se deve confundir o patrimônio de cada sócio ou mesmo do titular da
firma individual com o da entidade.
COMPETÊNCIA o espaço de tempo entre um Balanço e outro chama-se período
contábil.
As despesas e as receitas que provocam alterações no patrimônio devem ser
consideradas dentro do período de sua ocorrência, ou seja, no período de competência.
REALIZAÇÃO para se considerar uma receita, não bastam a produção de um bem, à
definição de seu valor ou uma proposta de compra ou de venda. É necessária a ocorrência de
transmissão de sua propriedade em troca de outro bem (dinheiro) ou título representativo
(venda a prazo).
DENOMINADO COMUM MONETÁRIO a Contabilidade é um sistema de medição da
situação patrimonial. Usa a unidade de medida moeda, como um denominador comum, que
possibilita juntar todos os componentes do patrimônio num só corpo.
CUSTO COMO BASE DE VALOR o valor da compra de um bem, pago em sua aquisição,
ou o custo de sua fabricação devem ser o valor preferido na avaliação dos elementos do Ativo,
pela sua objetividade e definição.
CONTINUIDADE supõe-se que a empresa continuará a operar indefinidamente, ao se
avaliar seus componentes patrimoniais. Se as atividades são paralisadas, ocorre a
descontinuidade, fato que pode justificar a atribuição de valores de mercado para os elementos
patrimoniais.
6.2 C6.2 CONVENÇÕESONVENÇÕES C CONTÁBEISONTÁBEIS
OBJETIVIDADE diante de alternativas igualmente válidas para a avaliação de uma
operação, deve-se escolher a mais objetiva, evitando-se valores subjetivos.
CONSISTÊNCIA aconselha-se a uniformidade na adoção de critérios de avaliação, para
que a comparabilidade dos demonstrativos contábeis não seja prejudicada. Uma vez adotado
um critério, deve-se usar o mesmo tratamento para os fatos contábeis posteriores.
MATERIALIDADE os fatos de importância irrelevante podem ser desconsiderados,
mesmo que prejudiquem a exatidão dos resultados. O consumo de materiais de pequena
monta (materiais de limpeza, por exemplo) pode ser considerado no ato da compra, pois o
controle de estoque seria um desperdício de tempo é dinheiro e não implicaria resultados muito
diferentes.
CONSERVADORISMO aconselha-se adotar uma atitude de precaução na apuração de
lucros, ou seja: não considerar receitas por antecipação; considerar despesas ou perdas
mesmo que seu montante não possa ser determinado. Resume-se na adoçáo dos maiores
valores possíveis para o Passivo e dos menores para o Ativo.
7 CUSTOS E DESPESAS
Antes de mais nada, retomaremos os conceitos custo e despesas, principalmente para
esclarecer uma confusão bastante frequente que se faz entre eles. Embora na linguagem
comum esses dois termos possam parecer até sinônimos, na Contabilidade têm conotações
distintas.
Custo refere-se ao valor pelo qual se obtém um serviço ou um bem. Numa empresa de
serviços, aparece o custo dos serviços prestados; numa empresa comercial, o custo das
mercadorias vendidas; numa industrial, o custo de produção e o custo dos produtos vendidos.
CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS montante de insumos e mão-de-obra utilizados para
a conclusão dos serviços prestados a clientes. Inclui materiais, mão-de-obra própria ou de
terceiros, encargos ligados a essa mão-de-obra, fretes, depreciações dos equipamentos
utilizados e sua manutenção etc.
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (CMV) valor de aquisição dos bens comprados e
já vendidos. Este montante corresponde ao valor das mercadorias existentes no início do
período mais as compras feitas, e menos o valor das mercadorias existentes no último dia do
período.
Resumindo e usando termos técnicos, temos:
CMV = Estoque inicial + compras estoque final
CUSTO DE PRODUÇÃO é a soma dos três componentes do produto (matéria-prima,
mão-de-obra e outros custos), necessários à transformação da matéria-prima ou à montagem
de componentes para a fabricação de um novo produto.
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (CPV) tem semelhança com CMV, compondose do
valor do estoque no início do exercício, mais o custo dos produtos acabados, menos o valor
dos produtos existentes ao final do período.
Na gestão dos negócios e na condução da política interna da empresa, ocorrem
dispêndios com pessoal da administração e de vendas, com aluguéis, impostos, seguros,
propaganda, correio, luz, telefone etc., que constituem o que se chama despesas.
Despesa refere-se aos gastos não ligados diretamente à prestação dos serviços, à
compra e venda de mercadorias ou à produção de bens, mas voltados para a administração.
Embora custos e despesas sejam igualmente gastos que a empresa realiza para
exercer as suas atividades, são diferenciados dentro da Contabilidade com o propósito de se
obter um controle mais detalhado do resultado.
Especialmente nas atividades industriais, a apuração do custo de produção é essencial porque,
enquanto não vendidos, os bens devem permanecer no Ativo. Quando o produto for vendido, deve-se
apurar o lucro bruto, pela comparação entre a receita de venda e o respectivo custo:
Receita de vendas de produtos.............................................................$ 20.000
( - ) custo dos produtos vendidos.........................................................$ (9,000)
lucro bruto. ..................................................................................$ 11.000
Obtido o lucro bruto, são subtraídas as despesas e adicionados outras
receitas. Assim se obtém o lucro líquido:
Lucro bruto.......................................................................................... $ 11.000
( - ) despesas....................................................................................... $ (7.000)
+ receitas diversas.............................................................................. $ 1.000
= lucro lïquido...................................................................................... $ 5.000
Da mesma forma, numa atividade comercial, separam-se os custos das despesas:
receita de vendas de mercadorias....................................................... $ 20.000
( - ) CMV.............................................................................................. $(12.000)
lucro bruto............................................................................................ $ 8.000
( - ) despesas....................................................................................... $ (5.000)
+ receitas diversas................................................................................$ 1.000
= lucro líquido........................................................................................$ 4.000
Da mesma forma, na atividade de prestação de serviços, os dispêndios com materiais e
pessoal envolvidos diretamente na execução dos serviços constituem os custos. Os demais
gastos são considerados despesas. Ao final do exercício, o lucro bruto e o líquido são
apurados separadamente:
receita de vendas de serviços........................................................... $ 40.000
( - ) custo dos serviços prestados.......................................................$ (16.000)
lucro bruto............... ...........................................................................$ 24.000
( - ) despesas......................................................................................$ (16.000)
+ receitas diversas............................................................................. $ 1.000
= lucro líquido..................................................................................... $ 9.000
Por essa razão, já existe uma separação entre custos e despesas no plano de contas.
Dentre as depesas mais comuns, temos as administrativas, as de vendas, as tributárias ou
financeiras. Elas representam os esforços despendidos para promover as vendas, efetivar os
recebimentos relativos às vendas feitas a prazo, pagar as obrigações assumidas, cumprir a
legislação fiscal, social e trabalhista e, especialmente, obter receitas que cubram os custos
mais as próprias despesas, gerando um excedente, ou seja, lucro.
8 RECEITAS
Existem dois tipos de receitas: de vendas e diversas.
O grupo Receitas de vendas tem dois componentes : a recuperação do custo e o lucro
bruto. Quando vendemos uma mercadoria por R$ 20, pretendemos recuperar o valor que fora
pago na sua aquisição, digamos R$ 15, e obter uma margem de lucro (R$ 5).
Receita de venda ($20)
Recuperação de custo (R$ 15)
Margem de lucro (R$ 5)
No grupo Receitas diversas, os valores já são líquidos, constituídos pelos juros e
aluguéis recebidos, descontos obtidos etc. Elas devem ser adicionadas ao lucro bruto para se
obter o lucro bruto para se obter o lucro líquido.
8.1 D8.1 DEDUÇÕESEDUÇÕES
As deduções da receita bruta parecem despesas mas não são. Na verdade, chamam-
se contas redutoras de receitas. São elas: Devoluções de vendas, abatimentos sobre vendas,
ISS incidente, ICMS sobre vendas, PIS e IPI sobre vendas.
Todas essas contas se apresentam com saldos devedores, tal como as despesas,
porém sua colocação no plano de contas revela que não são despesas, mas contas redutoras
de receitas.
Na demonstração de resultados de uma empresa de serviços, temos a seguinte
posição:
Receita de vendas de serviços.................................................... R$ 100.000
( - ) abatimentos e devoluções.........................................R$ 2.000
( - ) ISS incidente..............................................................R$ 5.000
( - ) PIS .............................................................................R$750 (R$7.750)
receita líquida.............................................................................. R$ 92,250
Desse valor de vendas líquidas é que será subtraído o valor do custo dos serviços
prestados, para se obter o lucro bruto. Logo depois, deduzem-se as despesas e adicionam-se
outras receitas, para se chegar ao lucro líquido.
8.2 R8.2 REGIMESEGIMES DEDE C CONTABILIZAÇÃOONTABILIZAÇÃO
A identificação do que é custo, despesa ou receita e a contabilização em si são
bastante simples, tornando-se tarefas corriqueiras para o setor contábil de uma empresa. O
que oferece alguma preocupação diz respeito â obdiência ao regime de contabilização.
8.3 R8.3 REGIMESEGIMES DEDE C CAIXAAIXA
É costume, muito bem aceito pela classe contábil, quando se tratar de entidades de fins
não-lucrativos, considerar somente as receitas recebidas e as despesas efetivamente pagas.
Nessas entidades, adota-se o chamado regime de caixa na contabilïzação de receitas e
despesas. Os relatórios financeiros mensais (Balancetes) ou anuais (Balanços) demonstram a
situação patrimonial sempre em bases financeiras. Se as receitas superam as despesas, a
diferença positiva denominada superávit aumenta o patrimônio social; caso contrário, chama-se
déficit, e provoca a sua redução.
Nesse tipo de contabilização não são levadas em conta as despesas ainda não pagas
ou as receitas ainda não recebidas.
8.4 R8.4 REGIMESEGIMES DEDE C COMPETÊNCIAOMPETÊNCIA
As entidades que auferem lucros devem pagar Imposto de Renda. Para estas, a
legislação do Imposto de Renda não admite o regime de caixa e impõe a adoção do regime de
competência, derivado do princípio da competência de exercícios.
Esse princípio orienta que o resultado (lucro ou prejuízo) seja apurado ao final do
exercício, considerando-se todas as receitas auferidas, independentemente de terem sido
recebidas, e todas as despesas incorridas, pagas ou não.
As despesas pagas e as receitas recebidas são normalmente registradas nas contas
respectivas, pela natural necessidade de lançamento dos recebimentos e dos pagamentos. No
entanto, podem ocorrer despesas ou receitas cujo pagamento ou recebimento não se efetuem
no mês a que se referem. Exemplos: o aluguel devido pelo uso do prédio durante o mês de
dezembro só é pago no dia 10 de janeiro do período futuro. Um serviço concluído no dia 22 de
março somente será pago pelo cliente em abril futuro, conforme combinado em contrato.
A Contabilidade deve controlar essas situações para poder fornecer a qualquer
momento informações adequadas sobre os resultados da empresa.
8.5 D8.5 DESPESASESPESAS NÃONÃO--PAGASPAGAS EE RECEITASRECEITAS NÃONÃO RECEBIDASRECEBIDAS
Para que a Contabilidade possa obedecer ao regime de competência nas empresas
com fins lucrativos, ela adota alguns procedimentos específicos. Trataremos aqui dos casos
mais comuns de contabilização de despesas e receitas, cujo pagamento ou recebimento não
ocorre no mês de compentência.
9 APROPRIAÇÕES
Quando uma despesa não é paga dentro do período em que ocorreu, é necessário
efetuar o seguinte procedimento contábil:
reconhecer a obrigação de pagá-la (registrar a dívida) por meio de um lançamento no
Passivo;
efetuar a apropriação da despesa incorrida.
Contabilmente, apropriação significa "assumir a despesa", isto é , fazer o lançamento
na conta de despesa correspondente.
Exemplos de despesas que, ao final de cada mês, devem ser apropriadas e registradas
como obrigações:
salários de empregados que recebem no mês seguinte;
contas de telefone, luz, gás, água, imposto predial ou territorial etc.;
aluguéis, juros, comissões, honorários, que normalmente são pagos no mês
seguinte.
9.1 P9.1 PROVISÕESROVISÕES
Existem também algumas despesas que podem ou devem ser previstas, mas sobre as
quais não existem uma data fixa para o pagamento, nem o seu valor é tão preciso. Constitui-se
assim uma provisão, que é o ato de separar ou constituir uma parcela necessária para suportar
um evento futuro, conhecido ou previsto. O procedimento contábil aqui exigido é o seguinte:
registrar a provisão do Passivo, indicando que está sendo guardado um valor para
suportar o encargo;
registrar a apropriação da despesa correspondente.
São exemplos de despesas que, ao final de cada mês, devem ser provisionadas:
férias de empregados;
13o salário de empregados.
Vamos verificar na prática como funcionam a apropriação e a provisão, contabilizando
uma folha de pagamento de salários; contas de telefone, água, luz; e, finalmente, juros e
aluguéis.
9.2 D9.2 DEPRECIAÇÃOEPRECIAÇÃO, , AMORTIZAÇÃOAMORTIZAÇÃO EE EXAUSTÃOEXAUSTÃO
Os bens que a empresa registra no seu Ativo permanente têm uma vida limitada. Este
período é chamado vida útil. Desde o momento em que o bem começa a ser utilizado, ele vai
perdendo sua eficiência, em função do uso ou em virtude do aparecimento de modelos mais
modernos.
Pelo desgate ou obsolescência, em cada período contábil uma parcela do valor do bem
deve ser lançada como despesa ou custo.
Com relação sos bens corpóreos, como máquinas, equipamentos, móveis, veículos,
edificações, esta parcela calculada e apropriada como despesa ou custo chama-se
depreciação.
Quanto aos bens incorpóreos e aos recursos aplicados em despesas que beneficiem
vários exercícios, como marcas e patentes, gastos de organização, de constituição, despesas
pré-operacionais, o nome dado à parcela calculada e apropriada em despesas ou custos é
amortização.
As jazidas minerai s e as florestas têm sua vida útil medida em termos de capacidade
dos recursos que delas podem ser extraídos, em m3, Kg, barris etc. À medida que esses
recursos são extraídos, deve-se levar proporcionalmente a custo a parcela chamada exaustão.
Houve tempos em que os autores de livros de Contabilidade e os contadores utilizavam
a conta Provisão para depreciações, ou, ainda, Fundo para depreciações, para o registro das
depreciações calculdas sobre os bens de uso da empresa, constantes do Imobilizado. Da
mesma forma, usavam Provisão para amortização ou Provisão para exaustão para outros
ativos.
Tal procedimento era adotado pela necessidade de se constituírem provisões para a
futura reposição do bem, que se tornaria imprestável no decorrer de sua vida útil. O fundo ou a
provisão seriam utilizados para a compra de um novo bem.
Atualmente, o conceito é outro. Entende-se que mensal ou anualmente uma parte ideal
do valor do bem deve ser lançada como despesa ou custo. Como contrapartida, usam-se
contas redutoras do valor do bem, tai s como as de Depreciação acumulada sobre veículos e
de Amortização acumulada sobre gastos de organização, não mais a título de provisões.
Essa nova conceituação está expressa no RIR.
"Poderá ser computada, como custo ou encargo em cada exercício, a importância
correspondente à diminuição do valor dos bens do Ativo resultante do desgaste pelo
uso, ação da natureza e obsolescência normal."
Está dito que o bem tem o seu valor de custo diminuído pelas razões expressas,
especialmente pelo uso. Ora, essa diminuição tem as mesmas características da diminuição do
estoque de qualquer material, à medida que vai sendo usado. A parte utilizada, seja de
materiais ou por desgates, é despesa ou custo. Se o bem for uma máquina de somar usada no
escritório, a depreciação será uma despesa administrativa; mas se for uma máquina de
costura, utilizada numa indústria de confecção, a depreciação será considerada como um custo
de produção.
9.3 D9.3 DESPESASESPESAS PAGASPAGAS ANTECIPADAMENTEANTECIPADAMENTE
Caso inverso ao das despesas incorridas e não-pagas, que devem ser apropriadas no
mês correspondente, são os pagamentos antecipados de aluguéis, comissões, juros etc.
O valor aplicado deve ser lançado em conta de Ativo, em Despesas do exercício
seguinte. No mês de competência, isto é, no mês a que a despesa se refere, é feito um
lançamento de transferência do valor da conta do Ativo para a conta de despesa respectiva.
* No plano de contas que apresentamos como modelo não inserimos contas de
exaustão por serem específicas de empresas ligadas à mineração e à exploração florestal.
É bastante comum as empresas contratarem seguros contra riscos de roubo e
incêndio, cujas apólices vigoram por um ano. Durante esse prazo, as companhias de seguros
garantem uma indenização às empresas caso ocorra algum sinistro coberto pelo contrato. Para
dar essa garantia, as seguradoras cobram um preço (prêmio de seguro). Esse preço será
considerado despesa para as empresas e deverá ser distribuído entre os 12 meses de vigência
da apólice, mesmo que seu pagamento seja efetuado a vista.
EXEMPLO: Uma casa comercial fez um seguro contra fogo para sua loja, avaliando o
seu estabelecimento em R$ 200.000. Para tanto, pagou à companhia de
seguros o prémio de R$ 120, igual a 0,06% do valor segurado. O
pagamento foi feito em agosto de 19x8. A garantia dada vai até julho do
ano seguinte.
LANÇAMENTO:
Debitar: Seguros antecipados
Seguros contra fogo
Creditar: Bancos conta movimento
Banco do Brasil S/A
Nosso chque nº 3333, pelo pagamento de prêmio de seguro contra fogo a
Cia. Certeza Ltda. ,
conforme apólice nº 44...................120
Ao final do mês de agosto de 19x8, o contador fez o seguinte lançamento:
Débito: Despesas administrativas
Seguros
Crédito: Seguros antecipados
Seguros contra fogo
Valor referente a 1/12 do prêmio
da apólice nº 44.................................. 10
Repetiu o lançamento em setembro, outubro, novembro e dezembro, apropriando como
despesas um total de R$ 50. Permanecendo no Ativo (Seguros antecipados) o valor de R$ 70,
que corresponde ao seguro de janeiro em diante, este será, portanto, despesa do ano
seguinte.
9.4 R9.4 RECEITASECEITAS RECEBIDASRECEBIDAS ANTECIPADAMENTEANTECIPADAMENTE
As receitas recebidas antecipadamente devem ser contabilizadas na conta de Passivo
classificada no grupo Resultado de exercícios futuros, com o título Receitas antecipadas.
Os custos ou as despesas ligadas a essa receita, enquanto não realizada efetivamente,
devem ser demonstrados no Balanço, dedutivamente, dentro do mesmo grupo.
As publicações do Balanço e Demonstração do Resultado do Exercício poderão ser
feitas adotando-se como expressão monetária “milhares de reais”
Serão feitas, as publicações, em órgão oficial da União ou do Estado e em outro
jornal de grande circulação editado na localidade em que está situada a sede da empresa; se
não for editado jornal na localidade, utilizar um órgão de grande circulação local;
As publicações devem ser feitas sempre no mesmo jornal e, havendo mudanças, os
acionistas devem ser previamente avisados;
As demonstrações financeiras devem ser assinadas pelos administradores e por
contabilistas legalmente habilitados.
Além do Balanço Patrimonial, as demais demonstrações financeiras são:
DEMONSTRACÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO que evidencia, estruturadamente, as
contas de resultado (receitas, custos e despesas) e o resultado apurado no período, inclusive
por ação do Capital Social. É denominada, também. Demonstração da Dinâmica Patrimonial.
DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS que mostra a movimentação
dos lucros ou prejuízos acumulados. Esta demonstração pode ser substituída pela
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido que envolve todas as contas do Patrimônio
Líquido com suas alterações no período.
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS que com o estudo da
variação dos valores não circulantes demonstra o acréscimo do Capital Circulante Líquido
(Ativo Circulante menos Passivo Circulante). É não obrigatória para as companhias fechadas e
com Patrimônio Líquido inferior a 20.000 UFIR's.
10 FORMAS DE APRESENTAÇÃO
O Balanço Patrimonial pode ser apresentado obedecendo uma das formas abaixo:
Seções contíguas ou bilateral onde o ativo ocupa o lado esquerdo do demonstrativo
e o passivo e patrimenio líquido o lado direito; e,
Seções sobrepostas onde o ativo ocupa a parte superior e o passivo e patrimônio
líquido a parte inferior.
10.1 F10.1 FINALIDADESINALIDADES
Diversas são as finalidades pelas quais são apresentadas as demonstrações contábeis
financeiras e, em especial, o Balanço Patrimonial, dentre as quais podemos citar:
FINALIDADE LEGAL o Código Comercial Brasileiro obriga a apresentação da situação
patrimonial e suas variações pelas empresas. Destaca-se também a obrigatoriedade de
apresentação de informações ao governo para exercer o seu poder de tributar e colher
informações econômicas.
FINALIDADES ADMINISTRATIVA as informações fornecidas no Balanço Geral da
empresa, possibilitam avaliar a gestão e posicionar os tornadores de decisão sobre a
continuidade dos planos de ação e metas, até então adotados, necessidade de ajuste ou
mesmo a sua reformulação.
FINALIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA de interesse dos emprestadores de dinheiro e
investidores, análises estruturais, de evolução, de solvência, de liquidez, de garantia de
capitais, de retorno dos valores investidos e outras, podem ser feitas partindo-se dos
demonstrativos elaborados e apresentados pela empresa.
10.2 A10.2 APRESENTAÇÃOPRESENTAÇÃO
O Balanço Patrimonial das empresas deverá ser apresentado segundo orientações
contidas na Lei 6404/76. A uniformidade nos termos, forma e conteúdo torna mais fácil a
obtenção de informações e elaboração de análises, não se permitindo demonstrativos
individuais e particulares.
Algumas observações são feitas pela Lei 6404/76 para a apresentação dos
demonstrativos, dentre eles o Balanço Patrimonial:
Deverá haver a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do
exercício anterior;
As contas semelhantes poderão ser agrupadas;
Os pequenos saldos poderão ser agregados desde que indicada a sua natureza e
que não ultrapassem 10% (dez por cento) do valor do respectivo grupo de contas;
É vedada a utilização de designações genéricas como "outras contas", "diversas
contas", etc.;
Para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício, deverá
haver a complementação dos demonstrativos por notas explicativas, quadros analíticos ou
outros demonstrativos contábeis;
Se uma empresa de serviços recebe o pagamento antecipado por um serviço
contratado, o valor deve ser contabilizado da seguinte forma:
Debitar: Caixa
Caixa geral
Creditar: Receitas antecipadas
Antecipações recebidas
Valor referente à 1a parcela
do contrato nº 2222 com J. Airosa S/A
Por ocasião da efetiva prestação dos serviços, com a emissão da respectiva nota fiscal,
transfere-se o valor para uma conta do grupo
RECE I T AS:
Debi t ar : Recei t as ant eci padas
Antecipações recebidas
Creditar: Vendas de Serviços
Prestação de serviços
Valor referente ao término de serviços, conforme nota fiscal nº
5555
11 BALANÇO PATRIMONIAL
11.1 C11.1 CONCEITOONCEITO
Ao final de cada exercício social, as empresas deverão elaborar, com base na
escrituração, demonstrativos que apresentarão a situação do patrimônio e as mutações
ocorridos no exercício.
O balanço Patrimonial dentre os demonstrativos exigidos é o que apresenta a situação
de todo o patrimônio sendo assim definido.
"É um demonstrativo contábil que evidencia, de forma equacional, sintética e ordenada,
os valores específicos dos bens, direitos e obrigações e a situação líquida da entidade."7
O Balanço Patrimonial é portanto a posição do patrimônio em determinado instante
dentro da vida da empresa quando há o reconhecimento e agregação do resultado do exercício
findo.
11.2 I11.2 IMPORTÂNCIAMPORTÂNCIA
O Balanço Patrimonial é a situação patrimonial resultante de uma série de fatos
ocorridos na empresa. Permite que análises sejam feitas mesmo sem o conhecímento de cada
fato específico sendo importante, portanto, por fornecer informações a todos aqueles
interessados na situação patrimonial e nas variações ocorridas em determinado período de
tempo e sob determinada administração.
7 STUDART, Newton Jacques.
Balanço Patrimonial
(em 31.12.XXXX)
ATIVO 31.12.xx 31.12.xx PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 31.12.xx 31.12.x
x
ATIVO CIRCULANTE
(Contas)
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO
PRAZO
(Contas)
ATIVO PERMANENTE
Investimentos
(Contas)
Ativo Imobilizado
(Contas)
Ativo Diferido
(Contas)
PASSIVO CIRCULANTE
(Contas)
PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO
PRAZO
(Contas)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
(Contas)
Reservas de Capital
(Contas)
Reservas de Reavaliação
(Contas)
Reservas de lucros
(Contas)
Lucros ou Prejuízos Acumulados
(Contas)
TOTAL DO ATIVO TOTAL PASSIVO + PATRIM.
LÍQUIDO
11.3 C11.3 COMENTÁRIOSOMENTÁRIOS ÀÀ ESTRUTURAESTRUTURA EE COMPOSIÇÃOCOMPOSIÇÃO DOSDOS GRUPOSGRUPOS DEDE CONTASCONTAS DODO BALANÇOBALANÇO PATRIMONIALPATRIMONIAL
No ativo as contas serão dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez. assim
entendido a conversibilidade do bem ou direito em dinheiro. Parte portanto, dentro dos grupos,
dos valores mais líquidos para os menos líquidos;
Considerar-se-ão como circulante os bens, direitos e obrigações realizáveis ou
exigíveis no exercício subsequente. As empresas com ciclo operacional superior a este prazo
classificarão seus elementos de acordo com este ciclo operacional em circulantes e de longo
prazo. O ciclo operacional é definido como o tempo que leva a empresa para, a partir de
elementos disponíveis, fazer a aplicação de recursos na sua produção, elaborar o produto,
vendê-lo e novamente ter valores disponíveis. Os principais exemplos de empresas com ciclo
operacional elevado são as de construção civil pesada, da fabricação de navios aviões, etc.
Independente do prazo de vencimento, os créditos que a empresa tenha com sócios,
diretores, acionistas, sociedades coligadas e controladas decorrentes de vendas,
adiantamentos ou empréstimos que não constituirem negócios usuais, serão classificados no
ativo realizável a longo prazo,
Os elementos serão registrados principalmente observando os objetivos da empresa.
Se for de realização para o próximo exercício, CIRCULANTE; se tiver como objetivo a realização
mas não tão imediata, REALIZÁVEL A LONGO PRAZO e, por outro lado, se não houver o objetivo de
realização e sim de permanência, será classificado como ATIVO PERMANENTE.
As despesas do exercício seguinte registrarão valores cujo fato gerador da despesa só
ocorrerá no exercïcio posterior. No ativo diferido serão registrados os gastos que trarão
benefícios para diversos exercícios da empresa e com fatos geradores perfeitos e acabados.
As despesas do exercício seguinte serão apropriadas como despesas na medida em que o
fator determinador ocorra, norrnalmente o tempo.
As reservas de capital diferem das reservas de lucros porque não são originadas da
atividade operacional da empresa. As principais reservas de capital são:
Ágio na emissáo de ações;
Doações e subvenções para investimentos;
Prêmio na emissão de debêntures;
Produto da venda de partes beneficiárias; e
Correção monetária do capital realizado, Capital Social não poder receber
diretamente a a sua correção monetária necessitando de ato formal registrado.
As reservas de lucros, constituídos por apropriação dos resultados do exercício são:
Reserva legal;
Reserva estatutária;
Reserva para contingências;
Retenção de lucros;
Reserva de lucros a realizar.
A RESERVA LEGAL tem por fim assegurar a integridade do capital social, só podendo ser
utilizada para aumentar o Capital Social ou compensar prejuízos.
A RESERVA ESTATUTÁRIA deve ser prevista no estatuto social inclusive quanto a sua
finalidade, critérios para a sua constituição e limite máximo de constituição.
A RESERVA PARA CONTINGÊNCIAS é constituída com a finalidade de compensar, em
exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável e de valor
estimado.
Normalmente a retenção de lucro é constituída para as inversões de capital
previamente aprovadas ou para projetos de investimentos.
As RESERVAS DE LUCROS A REALIZAR tem por objetivo postergar, para a não distribuição
de dividendos, lucros obtidos sem que tenha havido a sua realização financeira, como o
proveniente de saldo credor da correção monetária, ganhos na equivalência patrimonial e
lucros no longo prazo de vendas feitas a prazo.
As ações em tesouraria retificam a conta que "fornece" os recursos para a sua
aquisição. São ações da própria empresa que ela mesmo adquire.
Para demonstrar os procedimentos fiscais no encerramento do exercício social da
empresa PKK Brinquedos Divertidos Ltda., tomemos o balancete de verificação a seguir:
Encarramento do Balanço é o nome que se dá ao conjunto de procedimentos
realizados pela Contabilidade no final de um exercício, com o objetivo de apurar o resultado
alcançado pela empresa. A partir dos dados obtidos são elaboradas as demonstrações
financeiras.
11.4 B11.4 BALANCETEALANCETE DEDE V VERIFICAÇÃOERIFICAÇÃO
Um dos procedimentos mais importantes no encerramento do Balanço é o Balancete
de verificação, levantado no último mês do exercício. Como a maioria das empresas tem o
exercício financeiro de janeiro a dezembro, vamos aqui fazer referência ao Balancete de
31.12.19xx.
Mensalmente, a Contabilidade deve fornecer aos administradores ou gerentes um
Balancete que mostre os saldos das contas até aquele momento. Como dezembro é o mês de
apurar os lucros e demonstrar o patrimônio, o último Balancete merece muitos cuidados, como
preliminar para o fechamento do exercício.
11.5 A11.5 AJUSTEJUSTE DOSDOS SALDOSSALDOS DASDAS CONTASCONTAS
A contabilização dos fatos, a débito e a crédito das contas, é feita diária ou
mensalmente, gerando o saldo para o Balancete de verificação. Para a apuração do resultado
e encerramento do Balanço, feito o Balancete de verificação de 31.12.19xx, deve-se proceder
ao ajuste dos saldos das contas. Cada um desses saldos deve ser conferido, testado e
confirmado, pois dessa exatidão depende uma justa apuração do lucro final.
A melhor maneira de conferir os saldos das contas é confrontá-los com a realidade.
11.6 C11.6 CONFERÊNCIAONFERÊNCIA DODO SALDOSALDO DEDE CAIXACAIXA
Efetua-se a contagem de todo o dinheiro existente na empresa, incluindo o valor
correspondente a vales, selos, adiantamentos, cheques da empresa, cheques de terceiros,
enfim, tudo o que represente valores.
Apura-se o saldo da conta Caixa. Confrontam-se os dois valores obtidos.
Após a verificação, se existirem valores em caixa representados por vales de
empregados e adiantamentos, deve-se fazer sua transferência para as contas
correspondentes, creditando-se à conta Caixa.
Da mesma forma, cheques de terceiros ou cheques da empresa que estejam
compondo o saldo de Caixa deverão ser transferidos para as respectivas contas. Os valores de
cheques de terceiros devem ser objeto do seguinte lançamento:
Debitar: Cheques em cobrança
Creditar: Caixa
Com relação aos cheques da empresa, o certo seria estornar da conta Bancos conta
movimento, creditando-se a conta Caixa.
11.7 C11.7 CONFERÊNCIAONFERÊNCIA DEDE BANCOSBANCOS CONTACONTA MOVIMENTOMOVIMENTO
Os Bancos informam às empresas sobre o seu saldo através de extratos que
relacionam todos os movimentos.
Efetua-se a conciliação das contas pelo confronto do saldo indicado nos extratos com o
saldo analítico de cada Banco.
Desse confronto, é normal aparecerem, por um lado, valores ainda não contabilizados
pela empresa; ou, por outro lado, já lançados pela empresa e ainda não considerados pelo
Banco.
Vejamos como exemplo o saldo da conta Banco do Brasil S/A. No razão da empresa, a
conta se apresenta com saldo devedor no valor de R$ 25.467 e, pelo extrato bancário em
31/i2/19x1, credor no valor de R$ 32.671.
11.8 C11.8 CONFERÊNCIAONFERÊNCIA DEDE DUPLICATASDUPLICATAS AA RECEBERRECEBER EE PROVISÃOPROVISÃO PARAPARA DEVEDORESDEVEDORES DUVIDOSOSDUVIDOSOS
O saldo da conta Provisão para devedores duvidosos deve ser regularizado com os
lançamentos de baixas das duplicatas consideradas incobráveis. A conciliação do saldo desta
conta deve ser feita juntamente com a conferência do saldo de Duplicatas a receber, tanto nas
FOLHA DE CONCILIACÃO BANCÁRIAFOLHA DE CONCILIACÃO BANCÁRIABanco do Brasil S/A - conta corrente nº 44433667-00-Ag 03221032?1'
Saldo apresentado pelo razão em 31/12/19x1................25.467( - ) Aviso de débito de despesas não-contabilizado............. (36)(36);+ Juros cobrados sobre dupl. nº 234 não-contabilizados... 149149'( - ) Erro de lançamento do depósito do dia 22/12/19x1........ (9)(g);
saldo conciliado........................................................25.571
Saldo conforme extrato em 31/12/19x1.......................... 32.671 ( - ) Cheques aìnda não-apresentados:
0985421.........................3.400
0985426.........................4.500
0985428.........................2.600 (10.500)
+ Depósito em cheques,ainda.não-creditado........................... 3.400
Saldo conciliado.............................................................25.571
Feito por: ______________________________ Vi sto: ______________
Lançamentos complementares feitos em ____/____ /_____ por: ______
__________________________________________________________
FOLHA DE CONCILIACÃO BANCÁRIAFOLHA DE CONCILIACÃO BANCÁRIABanco do Brasil S/A - conta corrente nº 44433667-00-Ag 03221032?1'
Saldo apresentado pelo razão em 31/12/19x1................25.467( - ) Aviso de débito de despesas não-contabilizado............. (36)(36);+ Juros cobrados sobre dupl. nº 234 não-contabilizados... 149149'( - ) Erro de lançamento do depósito do dia 22/12/19x1........ (9)(g);
saldo conciliado........................................................25.571
Saldo conforme extrato em 31/12/19x1.......................... 32.671 ( - ) Cheques aìnda não-apresentados:
0985421.........................3.400
0985426.........................4.500
0985428.........................2.600 (10.500)
+ Depósito em cheques,ainda.não-creditado........................... 3.400
Saldo conciliado.............................................................25.571
Feito por: ______________________________ Vi sto: ______________
Lançamentos complementares feitos em ____/____ /_____ por: ______
__________________________________________________________
baixas quanto no cálculo da provisão para o exercício seguinte, especialmente se efetuado
dentro do limite legal.
11.9 C11.9 CONFERÊNCIAONFERÊNCIA DEDE CONTASCONTAS DODO ATIVOATIVO PERMANENTEPERMANENTE IMOBILIZADOIMOBILIZADO
Da mesma forma que fizemos com a Caixa, efetuamos a contagem física dos
elementos relativos às contas: Móveis e utensílios (relação de mesas, cadeiras etc., com
respectivos valores de aquisição; a manutenção de um fichário auxilia muito nessa hora);
Veículos; Instalações; Máquinas e equipamentos.
É muito importante a realização de uma conferência anual, para dar baixa aos bens
considerados sucatas, aos não-encontrados etc. Os bens existentes, mesmo que já estejam
totalmente depreciados, não devem ser baixados dos registros contábeis. A apuração e a
conferência anual auxiliam bastante na preparação dos cálculos das depreciações,
especialmente quando feitas ao final do exercício.
11.10 C11.10 CONFERÊNCIAONFERÊNCIA DEDE CONTASCONTAS DEDE OBRIGAÇÕESOBRIGAÇÕES
Não podemos deixar de verificar os saldos das contas credoras que representam as
obrigações da empresa, para evitar os "passivos fictícios" no Balanço Patrimonial.
A conta Duplicatas a pagar merece cuidado especial. É conveniente a elaboração de
uma relação individualizada de cada credor, com as respectivas duplicatas ou notas e o seu
saldo final.
Apurados os valores inventariados, efetua-se o seu confronto com os saldos do
Balancete. Nas divergências encontradas, após a análise de suas causas, devem-se efetuar os
lançamentos de correção ou complementares, para ajustar o saldo das contas à realidade.
* D* DARAR BAIXABAIXA:: "dar baixa em conta consiste em lançar um valor, com a finalidade de
diminuir ou anular o saldo de uma conta. Dar baixa no estoque:
lançamento da saída de mercadorias ou matérias que permaneciam
armazenadas e que foram passadas à produção, ou ainda, que se
perderam. O mesmo que diminuição ou eliminação. No nosso caso,
refere-se à eliminação.”8
11.11 F11.11 FECHAMENTOECHAMENTO DASDAS CONTASCONTAS DEDE RESULTADORESULTADO
O processo de encerramento do Balanço se resume, essencialmente, no fechamento
das contas de resultado.
As contas do Ativo e do Passivo devem ser mantidas com os seus saldos, com
exceção daquelas representativas dos estoques, que serão alteradas para se apurarem os
valores inventariados na data do Balanço. Como já vimos, os estoques iniciais e finais
interferem na apuração dos custos de vendas ou mesmo de despesas, quando relativos a
materiais de escritório ou similares.
8 CALDERELLI, Antônio. Enciclopédia contábil brasileira, v. 1, p. 73.
As contas Custos, Despesas e Receitas devem ser encerradas, e seus saldos
transferidos para as contas Transitórias e de apuração.
Nesse último grupo de contas, são efetuadas as agregações necessárias à apuração
da receita líquida, do lucro operacional bruto, do lucro operacional líquido, do lucro antes do
Imposto de Renda, das provisões necessárias e da distribuição do resultado.
11.12 D11.12 DEMONSTRAÇÕESEMONSTRAÇÕES F FINANCEIRASINANCEIRAS
Feitos esses procedimentos, inicia-se a elaboração das demonstrações fínanceiras,
que são relatórios padronizados que informam à Diretoria, aos sócios ou acionistas,
fornecedores, Bancos, fiscalização etc., sobre a situação da empresa, seja no aspecto
financeiro, patrimonial ou econômico.
As sociedades anônimas são obrigadas a publicar esses relatórios em jornais de
grande circulação. Outros tipos de sociedade não publicam suas demonstrações.
As principais demonstrações são: Balanço patrimonial, Demonstração do resultado do
exercício, Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, Demonstração das mutações do
patrimônio líquido e Demonstração das origens e aplicações dos recursos.
11.13 B11.13 BALANÇOALANÇO P PATRIMONIALATRIMONIAL
Como já vimos, o Balanço patrimonial mostra a situação patrimonial da empresa, em
duas partes distintas: Ativo e Passivo.
11.14 D11.14 DEMONSTRATIVOSEMONSTRATIVOS
11.14.1 D11.14.1 DEMONSTRAÇÃOEMONSTRAÇÃO DODO R RESULTADOESULTADO DODO E EXERCÍCIOXERCÍCIO
Ela é feita de forma dedutiva, isto é, inicia-se pelo lançamento do maior valor formador
do resultado e finaliza-se com o lucro líquido.
A receita bruta é o total do faturamento do período, de cujo valor são retiradas as
devoluções, os abatimentos e os impostos incidentes, de forma proporcional às receitas. Da
mesma maneira, são deduzidas as contribuições para o PIS.
Obtida a receita líquida, deduz-se o valor do custo dos serviços prestados, ou custo
das mercadorias vendidas, ou custo dos produtos vendidos. Assim, obtém-se o resultado
operacional bruto. Dele são deduzidas as despesas operacionais, que são aquelas incorridas
dentro da atividade e do giro normal da empresa, desde que não incluídas nos custos. Dentre
elas, temos as representas pelas contas: Despesas administrativas, Despesas tributárias,
Despesas de vendas, Despesas financeiras.
Efetuadas todas essas deduções, devemos somar as receitas nãooperacionais e
subtrair as despesas não-operacionais, para obter o resultado líquido antes do Imposto de
Renda, que pode ser lucro ou prejuízo.
Caso haja lucro real (lucro tributável pela legislação do Imposto de Renda), calcula-se e
deduz-se a provisão para o Imposto de Renda. Se for apurado prejuízo, calcula-se a provisão,
que é então adicionada ao resultado líquido. A parte restante será o lucro ou prejuízo líquido do
exercício.
Esquematicamente, temas o processo global:
RECEITA OPERACIONAL BRUTA:
( - ) Impostos, abatimentos, devoluções, contribuições Receita operacional
líquida
( - ) Custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços
Resultado operacional bruto
( - ) Despesas operacionais Lucro operacional líquido
( + ) Receitas não-operacionais
( - ) Despesas não-operacionais Lucro antes do IR
( - ) Provisão para o IR
Lucro ou prejuízo líquido do exercício
11.14.2 D11.14.2 DEMONSTRAÇÃOEMONSTRAÇÃO DEDE L LUCROSUCROS OUOU P PREJUÍZOSREJUÍZOS
É a demonstração do movimento das contas que compõem o subgrupo Lucros ou
prejuízos acumulados do patrimônio líquido.
11.14.3 D11.14.3 DEMONSTRAÇÃOEMONSTRAÇÃO DASDAS M MUTAÇÕESUTAÇÕES DODO P PATRIMÔNIOATRIMÔNIO L LÍQUIDOÍQUIDO
É a demonstração do movimento de todas as contas do grupo patrimônio líquido.
11.14.4 D11.14.4 DEMONSTRAÇÃOEMONSTRAÇÃO DASDAS O ORIGENSRIGENS EE A APLICAÇÕESPLICAÇÕES DEDE R RECURSOSECURSOS
É a demonstração das mutações no capital circulante líquido (Ativo circulante e Passivo
circulante).
11.15 N11.15 NOTASOTAS E EXPLICATIVASXPLICATIVAS
As demonstrações financeiras costumam ter notas explicativas sobre os critérios
adotados pela empresa para o encerramento do exercício. Trazem também, quando forem
necessários:
Detalhamento sobre Estoques, Imobilizado e outros grupos ou contas que estejam
sintetizados no Balanço patrimonial.
Os vencimentos, juros, garantias oferecidas com relação às contas do Realizável e
do Exigível a longo prazo.
As reavaliações efetuadas com esclarecimentos sobre os procedimentos usados.
As alteraçoes nos procedimentos contábeis e seus efeitos no resultado ou no grupo
Patrimônio líquido.
Os eventos subsequentes.
Tomando como exemplo uma empresa prestadora de serviços, na qual a Diretoria tem
direito a uma gratificação com base nos lucros, e aos seus empregados é destinada uma
participação, vamos apresentar um resumo das etapas para o encerramento do Balanço.
Verificam-se os saldos das contas do Balancete de 31/12/19x1, devidamente
confrontados aos inventários. Efetuam-se os lançamentos de ajustes, principalmente das
contas de resultado.
Faz-se a transferência do saldo das contas Custos e Despesas e Receitas para as
contas Transitórias e de apuração, o que possibilita a obtenção do lucro ou prejuízo.
Apurando-se prejuízo, este deverá ser transferido para a conta do patrimônio líquido
correspondente. Na hipótese de lucro, ele é chamado lucro contábil. Calcula-se a seguir o lucro
real, adicionando-se e subtraindo-se ao lucro contábil apurado as despesas não-dedutíveis e
as receitas isentas ou com tributação exclusivamente na fonte que porventura existam. Esse
lucro real é a base para o cálculo do imposto devido, que será contabilizado na conta
Provisão para IR.
Apurado o lucro após o Imposto de Renda, deve-se distribuí-lo, conforme o que
estiver determinado no contrato social ou nos estatutos da sociedade.12 INSTRUÇÕES PARA SE FAZER UM BALANÇO PATRIMONIAL
12.1 B12.1 BALANCETEALANCETE DEDE V VERIFICAÇÃOERIFICAÇÃO P PRELIMINARRELIMINAR
Após determinado período de movimentação do patrimônio, temos necessidade de
verificar a posição dos seus elementos constitutivos.
Para tanto, a contabilidade apura preliminarmente o saldo de cada uma das contas do
LIVRO RAZÃO (balancete de verificação).
Após apuração dos saldos de todas as contas patrimoniais e de resultados, são estes
relacionados em um quadro demonstrativos, separando de acordo com a sua natureza:
DEVEDORA ou CREDORA. A esse relatório, damos o nome de BALANCETE DE VERIFICAÇÃO.
O BALANCETE DE VERIFICAÇÃO tem por finalidade demonstrar a exatidão dos
lançamentos efetuados nas fichas ou livro razão. Isso porque, a contabilidade utiliza o método
das partidas dobradas, isto é, não há devedor sem credor e vice-versa. Um mesmo valor é
lançado a débito de uma conta e a crédito de outra. Assim sendo, dizemos que o balancete
está "fechado, batido" quando a soma da coluna de saldos devedores é igual a soma da coluna
dos saldos credores.
Se porventura, ocorrer uma diferença entre os débitos e créditos no balancete e,
sabendo-se que a SOMA das duas colunas está correta, deduzimos que pode ter ocorrido uma
das seguintes situações:
Fato contábil debitado e não creditado, ou vice-versa.
Fato contábil debitado por um valor e creditado por outro valor.
Fato contábil debitado ou creditado em duplicidade.
12.2 B12.2 BALANÇOALANÇO P PATRIMONIALATRIMONIAL
CONCEITO: É a representação sintétìca dos elementos patrimoniais. No sentido amplo,
dá-se o nome de "BALANÇO" aos procedimentos gerais de final de exercícios destinados ao
levantamento da SITUAÇÃO PATRIMONIAL da empresa.
Tais procedimentos visam, como meta final, a elaboração de duas peças contábeis
fundamentais denominadas:
BALANÇO PATRIMONIAL
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (antiga demonstração de lucros e
perdas).
12.3 P12.3 PROCEDIMENTOSROCEDIMENTOS BÁSICOSBÁSICOS PARAPARA SESE FAZERFAZER UMUM BALANÇOBALANÇO
Para o levantamento do "balanço" e consequente encerramento do exercício, tornam-
se necessários, preliminarmente, alguns procedimentos básicos, abaixo colocados numa
ordem prática:
LEVANTAMENTO DO BALANCETE DE VERIFICACÃO PRELIMINAR: Visa a listagem de todas
as contas cujo RAZÃO acusa existência de saldos, a fim de se constatar a iguaidade dos
débitos e dos créditos efetuados no período.
LEVANTAMENTO FÍSICO DOS BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES QUE COMPÕEM O PATRIMÔNIO:
ou sela elaboração do inventário, visa a listagem das existências físicas de bens, direitos e
obrigações do patrimônio.
CONCILIAÇÃO E AJUSTES DE CONTAS: Tem a finalidade de estabelecer um confronto
entre as existências reais de bens, direitos e obrigações (constatadas pelo inventário físico) e o
exame dos dados contábeis (saldos apresentados no razão). Através dessa comparação
poder-se-ão constatar eventuais diferenças entre os dois valores, que originarão acertos para
MAIS ou para MENOS nos saldos do livro.
CONSTITUIÇÃO DAS PROVISÕES DIVERSAS: Refere-se esta etapa, principalmente ao
cálculo da "Provisão para devedores duvidosos" e outras que se fizerem necessárias para
respeitar ao princípio contábil da competência nos exercícios isto é as receitas e despesas
devem ser recolhidas na apuração do resultado do período a que pertencem e, de forma
simultânea, quando se correlacionarem. As despesas devem ser reconhecidas
independentemente do seu pagamento e as receitas somente quando de sua realização.
CORREÇÃO MONETÁRIA DAS CONTAS PATRIMONIAIS (Ativo Permanente e Patrimônio
Líquido): De acordo com o Decreto-lei 1598/77 as contas sujeitas a correção monetária em um
balanço patrimonial são as contas pertencentes ao agrupamento do ATIVO PERMANENTE e
PATRIMÔNIO LÍQUIDO. Caso esses dois agrupamentos tenham totais desiguais, será gerado um
SALDO DEVEDOR ou SALDO CREDOR de correção monetária, que influenciará o resultado do
exercício. Sempre em contrapartida com uma única conta chamada RESULTADO DE CORREÇÃO
MONETÁRIA, o valor da correção monetária é debitada nas próprias contas do ATIVO
PERMANENTE ou creditadas nas próprias contas do PATRIMÔNIO LÍQUIDO exceto no caso da
conta CAPITAL, cujo crédito de correção monetária e feito em conta à parte, também do
agrupamento Patrimônio Líquido chamada RESERVA DE CORREÇÃO MONETÁRIA DO CAPITAL
REALIZADO, porque somente o capital realizado é sujeito a correção monetária.
LEVANTAMENTO DE BALANCETE DE VERIFICAÇÃO FINAL: Este levantamento visa a
constatação da igualdade entre os débitos e créditos do livro razão, após os ajustes efetuados.
APURAÇÃO DO RESULTADO COM MERCADORIAS: É a fase reiacionada com tratamento
das contas vinculadas à movimentação de Mercadorias. Quando se trabalha com esta conta
desdobrada, a apuração do resultado com mercadorias envolverá as contas MERCADORIAS,
COMPRAS, DEVOLUÇÕES DE COMPRAS, VENDAS, DEVOLUÇÃO DE VENDAS, RESULTADO COM
MERCADORIAS e CUSTOS DE MERCADORIAS VENDIDAS.
CÁLCULO DA PROVISÃO PARA O PAGAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA: Envolve à parcela
do lucro que será provisionada para o pagamento do Imposto de Renda que atualmente esta
aliquota é de 35% (podendo ser alterada). Feito esse cálculo, faz-se a sua contabilização
debitando RESULTADO DO EXERCÍCIO e creditando a conta PROVISÃO PARA O PAGAMENTO DO
IMPOSTO DE RENDA.
ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO: Trata-se em relacionar
o somatório das receitas menos o somatório das despesas o resultado será LUCRO, PREJUÍZO
ou NULO. Em caso de lucro logo em seguida faz-se a provisão para o pagamento do imposto
de renda conf. item 08 donde iremos chegar a um novo lucro que é chamado LUCRO APÓS O
IMPOSTO DE RENDA.
ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO: É a fase em que se encerram, por
DÉBITO a RESULTADO DO EXERCÍCIO as contas de despesas e por crédito a RESULTADO DO
EXERCÍCIO as contas de receitas. O saldo líquido apurado no final – LUCRO LÍQUIDO DO
EXERCÍCIO (ou prejuizo) será feíto a distribuição às diversas contas de RESERVAS e ou para
lucros ACUMULADOS ou PREJUÍZOS ACUMULADOS, que contará do Balanço Patrimonial.
ELABORAÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL: Estando já encerradas as contas de
resultado ou seja receitas e despesas restam agora nessa etapa do trabalho os seus
respectivos agrupamentos que já foi assunto tratado em aulas anteriores, ou seja: ATIVO
CIRCULANTE, ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, ATIVO PERMANENTE, PASSIVO CIRCULANTE,
PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO, RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS e PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
13 EXERCÍCIO SOCIAL E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
13.1 S13.1 SEÇÃOEÇÃO I I
13.1.1 E13.1.1 EXERCÍCIOXERCÍCIO SOCIALSOCIAL
Art. 175. O exercício social terá duração de 1(um) ano e a data do término será fixada
no estatuto.
Parágrafo Único - Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o
exercicio social poderá ter duração diversa.
13.2 S13.2 SEÇÃOEÇÃO II II
13.2.1 D13.2.1 DEMONSTRAÇÕESEMONSTRAÇÕES F FINANCEIRASINANCEIRAS
13.2.1.1 D13.2.1.1 DISPOSIÇÕESISPOSIÇÕES G GERAISERAIS
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a Diretoria fará elaborar, com base na
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão
exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no
exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuizos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e
IV - demonstração das origens e aplicações de recursos.
§ 1o - As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos
valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.
§ 2o - Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os
pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não
ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a
utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas correntes".
§ 3o - As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a
proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembléia
geral.
§ 4o - As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros
quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação
patrimonial e dos resultados do exercício.
§ 5o - As notas deverãv indïcar:
os principais critérios de especialmente estoques, dos e exaustão, de constituição e
dos ajustes para atender elementos do ativo;
os investimentos, em outras 247, parágrafo único);
o aumento de valor de elemento do ativo resultante de novas avaliações (art. 182, §
3o );
os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;
a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;
o número, espécies e classes das ações do capital social;
as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;
os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o);
os eventos subseqüêntes à data de encerramento do exercício que tenham, ou
possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da
companhia.
§ 6o - A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, não
superior ao valor nominal de 20.000 (vinte mil) UFIR's, não será obrigada à elaboração e
publicação da demonstração das origens e aplicações de recursos.
13.3 E13.3 ESCRITURAÇÃOSCRITURAÇÃO
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com
obediência aos preceitos da legislação comercial e desta lei e aos princípios de contabilidade
geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e
registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência.
§ 1o - As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de
métodos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar
esses efeitos.
§ 2o - A companhia observará em registros auxiliares, sem modificação da escrituração
mercantil e das demonstrações reguladas nesta lei, as disposições da lei tributária, ou de
legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam métodos ou
critérios contábeis diferentes ou determinem a elaboração de outras demonstrações
financeiras.
§ 3o - As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as
normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, e serão obrigatoriamente auditadas
por auditores independentes registrados na mesma comissão.
§ 4o - As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por
contabilistas legalmente habilitados.
13.4 S13.4 SEÇÃOEÇÃO III III
13.4.1 B13.4.1 BALANÇOALANÇO P PATRIMONIALATRIMONIAL
13.4.1.1 G13.4.1.1 GRUPORUPO DEDE C CONTASONTAS
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da
sïtuação financeira da companhia.
§ 1o - No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez
dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
ativo circulante;
ativo realizável a longo prazo;
ativo permanente, dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido.
§ 2o - No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
passivo circulante;
passivo exigível a longo prazo;
resultados de exercícios futuros;
patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas e
reavaliação, reservas de lucros ou prejuízos acumulados.
§ 3o - Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar
serão classificados separadamente.
13.5 A13.5 ATIVOTIVO
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do
exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;
I I - no ativo realizável a longo prazo: os di rei tos real i závei s após o término da
exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a
sociedades coligadas ou controladas (art. 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro
da companhia, que não constituírem negócios na exploração do objeto da companhia;
III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à
manutenção da ativídade da companhia ou da empresa;
IV - no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens destinados a
manutenção das atividadesda companhia e da empresa, ou exercidos com
essa finalidade, inclusive os de propriedade industriai ou comercial;
V - no ativo diferido: as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a
formação do resultado de mais de um exercicio social, inclusive os juros pagos ou
creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início dasoperações sociais.
Parágrafo Único: Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração
maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo
desse ciclo.
13.6 P13.6 PASSIVOASSIVO EXIGÍVELEXIGÍVEL
Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de
direitos do ativo permanente, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem
no exercício seguinte, e no passivo exigível a longo prazo, se tiverem vencimento em prazo
maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179.
13.7 R13.7 RESULTADOSESULTADOS DEDE EXERCÍCIOEXERCÍCIO FUTUROSFUTUROS
Art. 181. Serão classifícadas como resultado de exercício futuro as receitas de
exercicios futuros, díminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes.
13.8 P13.8 PATRIMÔNIOATRIMÔNIO L LÍQUIDOÍQUIDO
Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a
parcela ainda não realizada.
1o - Serão classíficadas como reservas de capital as contas que registrarem:
a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do
preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à
formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debéntures ou
partes beneficiárias;
o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
o prêmio recebido na emissão de debêntures;
as doações e as subvenções para investimento.
§ 2 o - Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária
do capital realizado, enquanto não capitalizado.
§ 3 o - Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de aumentos
de valor atribuïdos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo
nos termos do art. 8o, aprovado pela assembléia geral.
§ 4 o - Serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas pela
apropriação de lucros da companhia.
§ 5o - As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da
conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.
13.9 C13.9 CRITÉRIOSRITÉRIOS DEDE AVALIAÇÃOAVALIAÇÃO DODO ATIVOATIVO
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes
critérios:
I - os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores mobiliários não classíficados
como investimentos, pelo custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este for menor,
serão excluídos os já prescritos e feitas as provisões adequadas para ajustá-lo ao valor
provável de realização, e será admitido aumento do custo de aquisição, até o limite do valor do
mercado, para registro de correção monetária, variação cambiai ou juros acrescidos;
II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da
companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado,
pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado,
quando este for inferior;
III - os investimentos em participação no capital social de outras socidades, ressalvado
o disposto nos art. 248 a 250, pelo custo de aquisiçião, deduzido de provisão para perdas
prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como
permanente e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a
companhia, de ações ou quotas bonificadas;
IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para
atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução
do custo de aquisição ao valor de mercado, quando esse for inferior;
V – os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo
da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão;
VI - o ativo diferido, pelo valor do capital aplicado, deduzido do saldo das contas que
registrem a sua amortização.
§ 1 o - Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor de mercado:
— das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser
repostos, mediante compra no mercado;
— dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante
venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a
margem de lucro;
— dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros.
§ 2 o - A diminuição de valor dos elementos do ativo imobilizado será registrada
periodicamente nas contas de:
— depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que tem por objeto
bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
absolescéncia;
— amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição
de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou
exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utìlização por prazo legal ou
contratualmente limitado;
— exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de
direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.
§ 3 o - Os recursos aplicados no ativo diferido serão amortizados periodicamente, em
prazo não superior a 10(dez) anos, a partir do início da operação normal ou do exercício em
que passem a ser usufruídos os benefícios deles decorrentes, devendo ser registrada a perda
do capital aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se
destinavam, ou comprovado que essas atividades não poderão produzir resultados suficientes
para amortizá-los.
§ 4 o - Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados
pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.
13.10 C13.10 CRITÉRIOSRITÉRIOS DEDE AVALIAÇÃOAVALIAÇÃO DODO PASSIVOPASSIVO
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os
seguintes critérios:
I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive imposto de
renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor atualizado até
a data do balanço;
II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão
convertidas em moeda nacional à taxa de câmbío em vigor na data do balanço;
III - as obrigações sujeitas à correção monetária serão atualizadas até a data do
balanço.
13.11 C13.11 CORREÇÃOORREÇÃO M MONETÁRIAONETÁRIA
Art. 185. * Nas demonstrações financeiras deverão ser considerados os efeitos da
modificação no poder de compra da moeda nacional sobre o valor dos elementos do patrimônio
e os resultados do exercício.
§ 1 o - Serão corrigidos, com base nos índices de desvalorização da moeda nacional
reconhecidos pelas autoridades federais:
— o custo de aquisição dos elementos do ativo permanente, inclusive os recursos
aplicados no ativo diferido, os saldos das contas de depreciação, amortização e exaustão, e as
provisões para perdas;
— os saldos das contas do patrimônio líquido.
§ 2 o - A avaliação nas contas do patrimônio líquido, decorrente da correção monetãria,
será acrescida aos respectivos saldos, com exceção da correção do capital realizado, que
constituirá a reserva de capital de que trata o § do art. 182.
§ 3o - As contrapartidas dos ajustes de correção monetária serão registradas em conta
cujo saldo será computado no resultado do exercício.
13.12 S13.12 SEÇÃOEÇÃO IV IV
13.12.113.12.1 DDEMONSTRAÇÕESEMONSTRAÇÕES DEDE L LUCROSUCROS OUOU P PREJUÍZOSREJUÍZOS A ACUMULADOSCUMULADOS
Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará:
I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção
monetária do saldo inicial;
II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao
capital e o saldo ao fim do período.
§ 1o - Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes
de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado
exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subseqüentes.
§ 2o - A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante
do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações
do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia.
* O artigo 185 foi revogado em janeiro de 1989.
13.13 S13.13 SEÇÃOEÇÃO V V
13.13.1 D13.13.1 DEMONSTRAÇÕESEMONSTRAÇÕES DODO RESULTADORESULTADO DODO EXERCÍCIOEXERCÍCIO
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e
os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços
vendidos e o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as
despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
IV - o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais e o saldo
da conta de correção monetária (art. 185, § 3o);
V - o resultado do exercício antes do imposto de renda e a provisão para o imposto;
VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes
beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de
empregados;
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital
social.
§1 o - Na determinação do resultado do exercício serão computados:
— as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua
realização em moeda; e
— os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a
essas receitas e rendimentos.
§2 o - O aumento do valor de elementos do ativo em virtude de novas avaliações,
registrado como reserva de reavaliação (art. 182, § 3o, somente depois de realizado poderá ser
computado como lucro para efeito de distribuição de dividendos ou participações.
13.14 S13.14 SEÇÃOEÇÃO VI VI
13.14.1 D13.14.1 DEMONSTRAÇÕESEMONSTRAÇÕES DASDAS O ORIGENSRIGENS EE A APLICAÇÕESPLICAÇÕES DEDE R RECURSOSECURSOS
Art. 188. A demonstração das origens e aplicações de recursos indicará as
modificações na posição financeira da companhia, discriminando:
I - as origens dos recursos, agrupadas em:
— lucro do exercício, acrescido de depreciação, amortização ou exaustão e ajustado
pela variação nos resultados de exercícios futuros;
—realização do capital social e contribuições para reservas de Capital;
— recursos de terceiros, originários do aumento do passivo exigível a longo prazo, da
redução do ativo realizável a longo prazo e da alienação de investimentos e direitos do ativo
imobilizado;
II - as aplicações de recursos, agrupadas em:
— dividendos distribuídos:
— aquisição de direitos do ativo imobilizado;
—aumento do ativo realizável a longo prazo, dos investimentos e do ativo diferido;
— redução do passivo exigível a longo prazo;
III - o excesso ou insuficiência das origens de recursos em relação às aplicações,
representando aumento ou redução do capital circulante líquido;
IV - os saldos, no início e no fim do exercício, do ativo e passivo circulantes, o
montante do capital circulante lïquido e o seu aumento ou redução durante o exercício.
14 BIBLIOGRAFIA
1 – IUDICIBUS, Sérgio. Contabilidade introdutória.
2 – FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral.
3 – EQUIPE PROF. FEA/USP. Contabilidade introdutória.
4 – ORNÚ, Mussolini. Contabilidade Geral.
5 – MARION, José Carlos. Contabilidade básica.
6 – __________. Contabilidade empresarial.