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Capítulo II: Elementos básicos sobre projetos de fundações 1- Tipos de fundações Um dos primeiros cuidados de um projetista de fundações deve ser o emprego da terminologia correta. As fundações são convencionalmente separadas em dois grandes grupos: Fundações superficiais (ou "diretas" ou rasas); Fundações profundas.

Capitulo 2 - Elementos Basicos Sobre Projetos de Fundações

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Geotecnia

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  • Captulo II: Elementos bsicos sobre projetos de

    fundaes

    1- Tipos de fundaes

    Um dos primeiros cuidados de um projetista de fundaes deve

    ser o emprego da terminologia correta. As fundaes so

    convencionalmente separadas em dois grandes grupos:

    Fundaes superficiais (ou "diretas" ou rasas);

    Fundaes profundas.

  • -

    A distino entre estes dois tipos feita segundo o critrio

    (arbitrrio) de que umafundao profunda aquela cujo mecanismo

    de ruptura de base no surgisse na superfcie do terreno.

    Como os mecanismos de ruptura de base atingem, acima dela,

    tipicamente duas vezes sua menor dimenso, a norma NBR 6122

    determinou que fundaes profundasso aquelascujas bases esto

    implantadas a uma profundidade superior a duas vezes sua

    menor dimenso(Fig. 2.1), e a pelo menos 3 m de profundidade.

  • Quanto aos tipos de fundaes superficiais:

    Bloco - elemento de fundao de concreto simples,

    dimensionado de maneira que as tenses de traonele

    resultantes possam ser resistidas pelo concreto, sem

    necessidade de armadora;

    Sapata - elemento de fundao superficial de concreto armado,

    dimensionado demodo que as tenses de trao nele resultantes

    sejam resistidas por armadura especialmente disposta para

    este fim (por isso as sapatas tm menor altura que os blocos);

  • Sapata corrida - sapata sujeita a aao de uma carga distribuda

    linearmente ou de pilares em um mesmo alinhamento (as

    vezes chamada de baldrame ou de viga de fundao);

    Grelha - elemento de fundao constitudo por um conjunto de

    vigas que se cruzamnos pilares (tipo no citado na norma NBR

    6122/2010);

    Sapata associada- sapata que recebe mais de um pilar;

    Radier - elemento de fundao superficial que recebe parte ou

    todos os pilares de uma estrutura.

  • As fundaes profundas, por sua vez, so separadas em trs

    grupos (Fig. 2.3):

    Estaca: elemento de fundao profunda executado por

    ferramentas ou equipamentos, execuo esta que pode ser por

    cravao ou escavao, ou ainda, mista;

  • Tubulo: elemento de fundao profunda de forma cilndrica

    que, pelo menos na sua fase final de execuo, requer a descida

    de operrio ou tcnico (o tubulo no difere da estaca por suas

    dimenses, mas pelo processo executivo, que envolve a descida

    de pessoas);

    Caixo: elemento de fundao profunda de forma prismtica,

    concretado na superfciee instalado por escavao interna

    (tipo no citado na norma NBR 6122/2010).

  • 2- Elementos necessrios ao projeto de fundaes

    Os elementos necessrios para o desenvolvimento de um projeto de

    fundaes so:

    A. Topografia da rea

    Levantamento topogrfico (planialtimetrico);

    Dados sobre taludes e encostas no terreno (ou que possam atingir o

    terreno).

    B. Dados geolgico-geotcnicos

    Investigao do subsolo (as vezes em duas etapas: preliminar e

    complementar);

  • Outros dados geolgicos e geotcnicos (mapas, fotos areas e

    de satlite, levantamentos aerofotogramtricos, artigos sobre

    experincias anteriores na rea etc.).

    C. Dados sobre construes vizinhas

    Nmero de pavimentos, carga mdia por pavimento;

    Tipo de estrutura e fundaes;

    Desempenho das fundaes;

    Existncia de subsolo;

    Possveis conseqncias de escavaes e vibraes provocadas pela

    nova obra.

  • D. Dados da estrutura a construir

    Tipo e uso que ter a nova obra;

    Sistema estrutural (hiperestaticidade, flexibilidade etc.);

    Sistema construtivo (convencional, pr-moldado etc.);

    Cargas (aes nas fundaes).

  • 3- Aes nas fundaes

    As solicitaes a que uma estrutura est sujeita podem ser

    classificadas de diferentes maneiras. Em outros pases, comum

    separ-las em dois grandes grupos:

    Cargas "vivas";

    Cargas "mortas".

  • No Brasil, a norma NBR 8681 (Aes e segurana nas estruturas)

    classifica as aes nas estruturas em:

    Aes permanentes: as que ocorrem com valores constantes

    ou de pequena variao em torno de sua media, durante

    praticamente toda a vida da obra (peso prprio da construo e

    de equipamentos fixos, empuxos, esforos devidos a recalques

    de apoios);

    Aes variveis: as que ocorrem com valores que apresentam

    variaes significativas em torno de sua media, durante a vida

    da obra (aes variveis devidas ao uso da obra e aes

    ambientais, como vento, ondas, correnteza etc.);

  • Aes excepcionais: so as que tm durao extremamente

    curta e muito baixa probabilidade de ocorrncia durante a

    vida da construo, mas que devem serconsideradas nos

    projetos de determinadas estruturas (exploses, colises,

    incndios,enchentes, sismos).

  • A norma NBR 8681 estabelece critrios para combinaes dessas

    aes na verificao dos estados limites de uma estrutura (assim

    chamados os estados a partir dos quais a estrutura apresenta

    desempenho inadequado s finalidades da obra):

    Estados limites ltimos, ELU (associados a colapsos parciais

    ou a colapso total da obra);

    Estados limites de utilizao ou de servio, ELS (quando

    ocorrem deformaes, fissuras etc. que comprometem o uso

    da obra).

  • O projetista de fundaes deve avaliar cuidadosamente, ainda,

    as aes decorrentes do terreno (empuxos de terra) e da gua

    superficial e subterrnea (empuxos hidrosttico e hidrodinmico),bem

    como aes excepcionais da fase de execuo da fundao e

    infraestruturas(escoramentos provisrios por estroncas ou

    tirantes, operao de equipamentos pesados etc.).

  • 4- Requisitos de um projeto de fundao

    Tradicionalmente, os requisitos bsicos a que um projeto de

    fundaes dever atender so:

    1. Deformaes aceitveis sob as condies de trabalho (ver Fig.

    2.5a);

    2. Segurana adequada ao colapso do solo de fundao ou

    estabilidade "externa" (verFig. 2.5b);

    3. Segurana adequada ao colapso dos elementos estruturais ou

    estabilidade "interna"(ver Fig. 2.5e).

  • O atendimento ao requisito (1) corresponde a verificao de estados

    limites de utilizao ou de servio (ELS) de que trata a norma NBR

    8681.

    O atendimento aos requisitos (2) e (3)corresponde a verificao de

    estados limites ltimos (ELU).

  • Outros requisitos especficos de certos tipos de obra so:

    a. Segurana adequada ao tombamento e deslizamento

    (tambm estabilidade "externa"), a ser verificada nos casos em

    que forcas horizontais elevadas atuam em elementos de fundao

    superficial (ver Fig. 2.5c-d);

    b. Segurana a flambagem;

    c. Nveis de vibrao compatveis com o uso da obra, a serem

    verificados nos casos de aes dinmicas.

  • 5- Verificao da segurana ao colapso e coeficientes de

    segurana

    Conforme mencionado anteriormente, a verificao dos possveis

    colapsos conhecidacomo verificao dos estados limites ltimos

    (ELU).

    Nos problemas de fundaes, ha sempre incertezas, seja nos

    mtodos de clculo (modelo matemtico), sejanos valores dos

    parmetros do solo que so introduzidos nesses clculos, seja nas

    cargas a suportar.

    Portanto se faz necessrio considerar nos clculos os coeficientes de

    segurana (tambm chamados fatores de segurana) que levem em

    conta essas incertezas.

  • Conceitualmente, a fixao desses coeficientes de segurana para

    os problemas geotcnicos mais difcil que no clculo

    estrutural, onde entram materiais fabricados, relativamente

    homogneos e, por isso, com propriedades mecnicas que podem ser

    estimadas com mais preciso.

    O solo que participa do comportamento de uma fundao , na

    maioria das vezes, heterogneo,e seu conhecimento restrito ao

    revelado pelas investigaes realizadas em alguns pontos

    doterreno e que no impedem a ocorrncia de surpresas, seja

    durante a execuo das fundaes,seja depois da construo

    concluda.

  • Conceitos e influncias a considerar Influncias a considerar

    As incertezas comeam com as investigaes geotcnicas, pois

    praticamente impossvel ter um conhecimento "completo" do

    subsolo sobre o qual se vaiconstruir.

    Deve-se prever uma margem de segurana para levar em conta a

    eventual presena de materiais menos resistentes no detectados

    pelas sondagens etc. (Meyerhof, 1970).

    Os parmetros de resistncia e compressibilidade dos solos

    determinados, seja em ensaios de laboratrio, seja a partir de

    correlaes com ensaios de campo (SPT, CPT etc.),apresentam

    tambm, inevitavelmente, erros que devem ser cobertos por uma

    margem de segurana.

  • Os clculos de capacidade de carga (carga de ruptura do solo que

    suporta uma fundao) so elaborados utilizando modelos que

    procuram representar a realidade, mas semprerequerem a

    introduo de simplificaes das quais resultam erros que devero

    ser cobertos por uma margem de segurana.

    Tambm as cargas para as quais se projetam as fundaes contm

    erros que devero ser considerados pela margem de segurana.

    Finalmente, a margem de segurana dever levar em conta as

    imperfeies da execuo das fundaes, que podem, mediante

    adequada fiscalizao, ser reduzidas, mas nunca totalmente

    eliminadas.

  • Assim, ha incertezas:

    Nas investigaes

    Nos parmetros dos materiais

    Nos mtodos de clculo

    Nas aes

    Na execuo.

  • Coeficientes de segurana globais e parciais

    Se todas as incertezas anteriormente mencionadas forem includas

    num nico coeficiente de segurana, ele ser chamado

    coeficiente ou fator de segurana global.

    Se as incertezasindicadas forem tratadas nos clculos com

    coeficientes de ponderao para cada aspecto do clculo, ter-

    se-o os chamados coeficientes de segurana parciais (oufatores

    de ponderao, na Engenharia Estrutural).

    O uso de fator de segurana global usualmente chamado de

    Mtodo de Valores Admissveis. O uso de fatores de segurana

    parciais usualmente chamado de Mtodo de Valores de Projeto.

  • Uso de fator de segurana global ou Mtodo de Valores

    Admissveis

    A Tab. 2.1, recomendada por Terzaghi e Peck (1967), conforme

    Meyerhof (1977), explicitaos fatores de segurana para alguns

    tipos de obras.

    Os valores superiores so usados em anlises de estabilidade de

    estruturas sob condies normais de servio e os valores

    inferiores,em anlises baseadas nas condies de carregamento

    mximo e obras provisrias.

  • A Norma Brasileira NBR 6122/2010 estabelece que as fundaes

    devem ser verificadas pela anlise de estados limites ltimos.

    Os estados limitesltimos podem ser vrios (perda de capacidade

    de carga, tombamento, ruptura por trao,flambagem etc.).

    Na anlise de um estado limite ltimo, os valores das aes so

    comparados aos valores da resistncia do elemento de fundao.

  • As aes devem ser calculadas de acordo com as normas

    brasileiras em vigor.

    No que concerne aos valores de projeto da resistncia do elemento

    estrutural, devem-se obedecer asprescries pertinentes aos

    materiais constituintes desseelemento (concreto, ao ou

    madeira).

  • A resistncia de um elemento de fundao deve ser obtida como

    valor caracterstico,podendo-se utilizar:

    Mtodo terico (empregando-se valores caractersticos de

    resistncia dos solos erochas);

    Mtodo semi-emprico ou emprico (mais comum em fundaes

    profundas);

    Resultados de provade carga.

    No caso de uso de fator de segurana global (ou Mtodo de Valores

    Admissveis), o valorda resistncia admissvel do elemento

    defundao obtido dividindo-se a resistncia caracterstica do

    elemento de fundao por um fator de segurana global.

  • - Fundaessuperficiais

    A NBR 6122 fornece os valores de fatores de segurana globais

    conforme a tabela a seguir.

  • - Fundaes profundas

    No caso de fundaes profundas sob cargas axiais de

    compresso, o fator de segurana global, em principio, 2,0,

    como indicado na Tab. 2.3. O uso de um fator de segurana 1,6

    possvel quando se dispe do resultado de um nmero mnimo de

    provas de carga determinado em norma, em elementos

    representativos da fundao.

    As provas de carga devem ser executadas na fase de projeto ou de

    adequao deste antes do incio da obra (e no com a obraavanada

    ou concluda, como instrumento de controle de qualidade das

    fundaes).

  • Uso de fatores de segurana parciais ou Mtodo de Valores

    de Projeto

    A Norma Brasileira NBR 6122/2010 no caso de uso de coeficientes

    parciais (ou Mtodo de Valores de Projeto), o valor da resistncia

    de projeto do elemento de fundao obtido dividindo-se o valor da

    resistncia caracterstica do elemento defundao por

    coeficientes de minorao detalhados a seguir.

  • -Fundaessuperficiais

    Para obteno do valor da resistncia de projeto, o valor da

    resistncia caracterstica do elemento de fundao deve ser dividido

    por um coeficiente de minorao da Tab. 2.5.

  • -Fundaes profundas

    No caso de fundaes profundas sob cargas axiais de

    compresso, o coeficiente de minorao da resistncia, em

    principio, 1,4, corno indicado na Tab. 2.5.

    O uso de um coeficiente de minorao 1,14 possvel quando se

    dispe do resultado de um nmero mnimo de provas de carga

    determinado em norma.

  • Situaes a verificar

    Dependendo das caractersticas de drenagem do solo, h

    diferentes situaes a serem verificadas. Nos solos de drenagem

    lenta (solos argilosos saturados), ha que se verificarem asseguintes

    situaes:

    Segurana em curto prazo ou no drenada (geralmente a

    situao critica);

    Segurana em longo prazo ou drenada.

  • Em principio, para o caso de fundaes cujo carregamento produz

    excessos de poropresso, a segurana aumenta com o tempo,

    uma vez que os excessos de poropresses se dissipam com o

    tempo, causando um aumento de tenses efetivas e,

    conseqentemente, de resistncia. Assim, a segurana em longo

    prazo maior.

    A segurana em curto prazo pode no ser critica em solos que

    apresentam comportamento viscoso, pois as deformaes que

    sofrem com o tempo podem gerar poropresses num processo

    mais rpido que o processode drenagem (adensamento).

    Nesse caso, o fator de segurana passa por um mnimo algum

    tempo aps o carregamento (e tem seu valor aumentado aps

    esse ponto).

  • Nos solos de drenagem rpida (solos arenosos em geral e solos

    argilosos parcialmentesaturados), basta, em principio, verificar a

    condio drenada.

    Para decidir se uma anlise no drenada necessria, preciso

    avaliar:

    A permeabilidade do solo (e as distncias de drenagem, que so

    as distncias as faces drenantes da camada de argila que ser

    solicitada)

    A velocidade do carregamento.

    Alguns tipos de carregamento so relativamente rpidos, como no

    caso do enchimento de silos, passagem de veculos, ao do

    vento etc.

  • Na Fig. 2.7 esto indicados - de forma esquemtica - dois tipos de

    carregamento.

    A Fig. 2.7a mostra uma evoluo das cargas tpica de umedifcio

    residencial ou de escritrio, caso em que o peso prprio da obra

    maior que as cargas de ocupao.

    A Fig. 2.7b mostra a evoluo das cargas em um silo ou armazm,

    onde as cargas operacionais so elevadasem relao ao peso prprio

    e podem variar rapidamente (este o caso, tambm, de

    pontesferrovirias, por exemplo).

  • 6- Deslocamentos em estruturas e danos Associados

    Toda fundao sofre deslocamentos verticais (recalques),

    horizontais e rotacionais em funo das solicitaes a que

    submetida.

    Esses deslocamentos dependem do solo e da estrutura, isto ,

    resultam da interao solo-estrutura.

    Quando os valores desses deslocamentos ultrapassam certos

    limites, poder-se- chegar ao colapso da estrutura pelo

    surgimento de esforos para os quais ela no est

    dimensionada.

  • Pode-se dizer, assim, que os deslocamentos,conforme a sua

    magnitude, tero uma influncia sobre a estrutura, que vai desde

    o surgimento de esforos no previstos at o colapso.

    H dois procedimentos para o clculo de uma estrutura:

    A estrutura calculada com a hiptese de que seus

    apoios, fundaes so indeslocveis e os esforos assim

    obtidos so transmitidos ao projetista das fundaes, que vai

    projet-las de modo que seus inevitveis deslocamentos

    sejam aceitveis para a obra;

    O conjunto fundao - estrutura calculada como um

    todo, levando-se em conta a interao que h entre a fundao

    e a estrutura.

  • O primeiro procedimento o usual nos projetos correntes de

    pontes, edifcios etc., e os resultados obtidos so satisfatrios desde

    que os profissionais envolvidos tenham bom senso ecompetncia.

    O segundo procedimento exige a utilizao de um mtodo de

    anlise sofisticado, geralmente um mtodo computacional.

    Ha estruturas que exigem a considerao da interao solo-estrutura,

    como as estruturas hiperestticas, para as quais se prevem

    recalques elevados,ou as estruturas no correntes de grande

    responsabilidade (plataformas off-shore e usinas nucleares,

    por exemplo).

    Em qualquer caso, no parece razovel utilizar um mtodo de

    clculosofisticado com parmetros dos solos que no representem a

    realidade.

  • Na fixao de deslocamentos admissveis so encontradas

    algumasdificuldades que podem ser resumidas nos seguintes pontos

    (I.S.E., 1989):

    A utilizao subjetiva e depende tanto da funo da obra como

    da reao dos usurios;

    As estruturas variam tanto entre si, seja no geral ou no

    detalhe, que difcil estabelecer orientaes gerais quanto aos

    deslocamentos admissveis;

  • As estruturas, inclusive as fundaes, raramente se

    comportam como previsto, porque os materiais de

    construo apresentam propriedades diferentes das admitidas

    no projeto; alm disso, uma anlise "total" ou "global",

    incluindo terreno e alvenarias, seria extremamente complexa e

    conteria ainda hipteses questionveis;

    Alm de depender das cargas e dos recalques, os deslocamentos

    nas estruturas podem decorrer de outros fatores, tais como

    deformao lenta, retrao e temperatura; no entanto, ten-se

    apenas um entendimento quantitativo desses fatores, efaltam

    avaliaes cuidadosas do comportamento de estruturas reais.

  • Limites de utilizao

    E importante distinguir entre danos causados a elementos

    estruturais e danos causadosa alvenarias e acabamentos.

    Os movimentos das fundaes afetam a aparncia visual, a

    funo e a utilizao, mas essencial reconhecer que prejuzos de

    natureza puramente estticaso menos importantes, e essa

    importncia depende do tipo e da utilizao da obra. A Tab.2.6

    apresenta uma classificao de danos s paredes de edifcios de

    acordo com o seu uso.

  • O aparecimento de fissuras sempre indicio de que algo est

    acontecendo, embora elas nem sempre decorram de deslocamentos

    da estrutura.

    De qualquer forma, aconselhvel acompanhar sua evoluo,

    medindo-se periodicamente as diagonais de um retngulo traadode

    sorte a ser cortado pela fissura, ou por meio de um "fissurmetro" ou

    qualquer outro instrumentode medida de preciso.

  • Deformaes limites

    Uma estrutura ou edificao pode deformar-se de um dos trs

    principais modosmostrados na Fig. 2.10 ou numa combinao deles.

    No primeiro modo, ocorrer danos estticos e funcionais - se os

    recalques forem muito grandes, e danos as ligaes da estrutura

    como exterior (tubulaes de gua, esgoto e outras; rampas,

    escadas, passarelas etc.).

    No segundo caso, ocorrer danos estticos decorrentes do

    desaprumo (mais visvel quanto mais alto oprdio) e danos

    funcionais decorrentes do desnivelamento de pisos etc.

  • No ltimo caso, almdos danos estticos e funcionais

    mencionados nos dois casos anteriores, ha tambm danos dessa

    mesma natureza decorrentes da fissurao, e h os danos

    estruturais.