Eletricista Fora e Controle_Dispositivos e Comandos Eltricos de Baixa e Mdia Tenso

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    ELETRICISTAFORA ECONTROLE

    DISPOSITIVOS E COMANDOSELTRICOS DE BAIXA E MDIATENSO

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    DISPOSITIVOS E COMANDOS ELTRICOS DE BAIXAE MDIA TENSO

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    PETROBRAS Petrleo Brasileiro S.A.Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19.2.1998.

    proibida a reproduo total ou parcial, por quaisquer meios, bem como a produo de apostilas, semautorizao prvia, por escrito, da Petrleo Brasileiro S.A. PETROBRAS.

    Direitos exclusivos da PETROBRAS Petrleo Brasileiro S.A.

    CORRA, Carlos Jesus Anghinoni e DUTRA FILHO, Getlio Delano,Dispositivos e Comandos Eltricos de Baixa e Mdia Tenso / CEFET-RS. Pelotas, 2008.

    59P.:28il.

    PETROBRAS Petrleo Brasileiro S.A.

    Av. Almirante Barroso, 81 17 andar CentroCEP: 20030-003 Rio de Janeiro RJ Brasil

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    NDICE

    UNIDADE I ............................................................................................................................................... 7

    1.1 Introduo ......................................................................................................................................7

    1.2 Equipamentos e Dispositivos Eltricos de BT e MT......................................................................7

    1.2.1 Transformadores ....................................................................................................................7

    1.2.2 Capacitores...........................................................................................................................12

    1.2.3 Transformadores de Corrente ..............................................................................................17

    1.2.4 Seccionadoras......................................................................................................................20

    1.2.5 Chaves Fusveis ...................................................................................................................20

    1.2.6 Disjuntores............................................................................................................................211.2.7 Contatores ............................................................................................................................21

    1.2.8 Botoeira - boto liga e desliga..............................................................................................23

    1.2.9 Rel Trmico ........................................................................................................................23

    1.2.10 Materiais Condutores .........................................................................................................25

    1.2.11 Eletrodutos, Conexes e Acessrios..................................................................................28

    1.2.12 Iluminao ..........................................................................................................................38

    1.3 Aterramento .................................................................................................................................50

    1.3.1 Ligaes a terra....................................................................................................................50

    1.3.2 Aterramento funcional (FE): .................................................................................................50

    1.3.3 Aterramento do condutor neutro...........................................................................................50

    1.3.4 Aterramento de proteo (PE):.............................................................................................51

    1.3.5 Aterramento combinado de proteo e funcional (PEN)......................................................51

    1.3.6 Esquemas de Ligao de Aterramento em Baixa Tenso...................................................52

    1.3.7 Esquemas de Ligao de Aterramento em Mdia Tenso..................................................54

    1.3.8 Esquema TNR ......................................................................................................................55

    1.3.9 Esquema TTN e TTS............................................................................................................56

    1.3.10 Esquemas ITN, ITS e ITR ..................................................................................................57

    BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................................................58

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura. 1.1 - Contator .............................................................................................................................21

    Figura. 1.2 Tipos de contatos..............................................................................................................22

    Figura. 1.3 Contatos auxiliares............................................................................................................22

    Figura 1.4 Boto liga / desliga.............................................................................................................23

    Figura 1.5 Rel bimetlico...................................................................................................................23

    Figura 1.6 - Fio TW-TRC da Ficap.........................................................................................................25

    Figura 1.7 - Cabo TCW-TRC da Ficap...................................................................................................25

    Figura 1.8 - Cabo com isolao e cobertura Superflex 750 V da Siemens ...........................................25

    Figura 1.9 - Escolha de condutores .......................................................................................................27Figura 1.10 - Braadeiras.......................................................................................................................32

    Figura 1.11 Filamento de lmpada incandescente ............................................................................. 38

    Figura 1.12 Lmpada incandescente..................................................................................................39

    Figura 1.13 - Caractersticas de lmpadas incandescentes .................................................................. 39

    Figura 1.14 Ligaes de lmpadas fluorescentes...............................................................................42

    Figura 1.15 - Caractersticas de lmpadas mista...................................................................................44

    Figura 1.16 Lmpada vapor de sdio alta presso.............................................................................46

    Figura 1.17 Lmpadas multivapores metlicos...................................................................................47

    Figura 1.18 - Comparao dos tipos de lmpadas ................................................................................ 48Figura 1.19 Luminrias - Especificao e distncias..........................................................................49

    Figura 1.20 - Aterramento de proteo..................................................................................................51

    Figura 1.21 - Esquema TN-S .................................................................................................................52

    Figura 1.22 - Esquema TN-C-S..............................................................................................................52

    Figura 1.23 - Esquema TN-C .................................................................................................................53

    Figura 1.24 - Esquema TT .....................................................................................................................53

    Figura 1.25 - Esquema IT.......................................................................................................................54

    Figura 1.26 - Esquema TNR ..................................................................................................................55

    Figura 1.27 - Esquema TTN e TTS........................................................................................................56

    Figura 1.28 - Esquemas ITN, ITS e ITR.................................................................................................57

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1.1 Tipos de lquidos isolantes................................................................................................10

    Tabela 1.2 Picos de tenso e corrente em manobras ........................................................................ 16

    Tabela 1.3 - Denominao para os aparelhos nos esquemas eltricos................................................24

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    APRESENTAO

    O desenvolvimento industrial, que o pas est passando, trouxe consigo necessidades

    crescentes de conhecimentos, de todos que se dediquem ao meio em questo, sobretudo nas suas

    atividades tcnicas.

    Novos processos industriais, alteraes dos produtos manufaturados e modernas tcnicas

    modificaram bastante a aparncia das instalaes, exigindo um contnuo aperfeioamento dos

    conhecimentos de todos os envolvidos.

    Assim, os esforos, que cada vez mais encontram adeptos, no sentido de uma maior integrao

    entre a indstria e as escolas, uma vez que os futuros profissionais devero estar capacitados para

    resolver os problemas industriais com que se depararo.A preocupao, dessa apostila, a de colocar ao dispor dos profissionais um texto que rena os

    elementos e conceitos mais necessrios nas atividades dentro de uma indstria, compilando, para

    tanto, numa anlise primeira, os dispositivos e equipamentos mais comuns utilizados nas instalaes

    eltricas de baixa e mdia tenso.

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    I DISPOSITIVOS/EQUIPAMENTOS ELTRICOS

    1.1 Introduo

    Partindo dos componentes de uma instalao eltrica, particularmente voltando a ateno para o

    aspecto industrial, a presente apostila aborda os equipamentos, aparelhos e elementos de

    interligao.

    Tanto as instalaes eltricas de mdia, quanto as de baixa tenso devem obedecer s normas

    tcnicas da ABNT (NBR 5410, NBR 5418 e outras).

    Da mesma forma nessa apostila foram includas todas as resolues referentes a terminologia esimbologia atinentes ao setor analisado.

    Assim, feita a anlise das condies a serem satisfeitas, tanto pelos equipamentos quanto pela

    tcnica de instalao.

    A apostila aborda tanto os elementos encontrados no setor de baixa tenso como no de mdia

    tenso, dando maior nfase ao primeiro.

    1.2 Equipamentos e Dispositivos Eltricos de BT eMT

    1.2.1 Transformadores

    1.2.1.1 Definio

    O transformador um aparelho eltrico, esttico que, por meio de induo eletromagntica

    transferi energia de um ou mais circuitos (primrio) para outro ou outros circuitos

    (secundrio,tercirio), sendo mantida a mesma freqncia, porm, geralmente , com tenses e

    correntes diferentes.

    Trata-se de um equipamento esttico, largamente utilizado em usinas, linhas, fbricas, etc.

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    1.2.1.2. Partes Constituintes do Transformador

    Basicamente, o transformador constitudo de parte ativa e no ativa.

    A parte ativa compreende ncleo e bobinas.

    A parte no ativa compreende:

    a) Tanque principal b) Tanque de expanso

    c) Radiadores d) Rel Buccholz

    e) Tanque de exploso f) Lquido isolante

    Os itens a,c e f so caractersticos dos transformadores de distribuio , e os transformadores

    de fora normalmente utilizam todos itens.

    1.2.1.3 Cuidados com a Segurana do Transformador

    Os cuidados com os transformadores requerem conhecimento especfico de alguns componentes

    do mesmo, entre os quais, destacamos;

    a) Isoladores

    Os isoladores de porcelana tm finalidade de isolar fios ou cabos internos das paredes do

    tanque, servir de suporte aos terminais de sada e manter a estanqueidade do equipamento. Os

    isoladores no devem apresentar trincas, lascas, rachaduras, ou mesmo depsitos de poeira, sais, ou

    quaisquer materiais estranhos.

    Durante as inspees deve-se desenergizar o transformador para limpar os isoladores, sempre

    que se fizer necessrio.

    Se algum isolador apresentar trinca, rachaduras, ou lascas, torna-se necessrio sua substituio

    urgente.

    Quando as buchas forem montadas ou no caso de troca de ligaes internas, ao abrir otransformador cujo ncleo esteja coberto de leo, os seguintes cuidados so necessrios:

    No levar nada nos bolsos

    As chaves devero ser amarradas

    As chapas de ligao e suas respectivas porcas devero ser retiradas com extremo

    cuidado para que no ocorra queda das mesmas no interior do transformador.

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    b) Caixa ou Tanque Principal

    O tanque principal tem por funes conter o leo isolante, proteger a parte ativa e conter os

    acessrios externos e internos.

    Como se trata de uma parte do transformador construda de chapas de ferro, tubos de ferro, fica

    sujeita corroso.Os trabalhos compreendem o lixamento e a repintura do local atingido.

    Durante a manuteno deve-se desenergizar o transformador.

    c) leo Isolante

    O leo isolante exerce duas funes nos transformadores: dissipar na atmosfera o calor gerado

    quando o equipamento se encontra em operao e em isolar as partes vivas da massa.

    A circulao do leo feita por conveco ou bombeamento. O leo deve possuir boas

    propriedades dieltricas, ter baixa viscosidade e ser um bom condutor trmico para desempenhar

    suas funes bsicas.

    Quando o equipamento encontra-se em operao frequentemente o leo encontra-se exposto ao

    ar. Aliada a exposio ao ar a temperaturas elevadas e influncia catalisadora do cobre, tende a

    produzir alteraes qumicas, no leo que conduzem formao de cidos e borra.

    Com isso, o leo perde suas capacidades de isolao e transferncia de calor, aumentando com

    isso as possibilidades de danos ao transformador, e em conseqncia riscos de acidentes.

    Entre os ensaios fsicos qumicos do leo isolante, destacamos: densidade, ponto de fulgor,

    viscosidade, ndice de neutralizao enxofre livre, fator de potncia, tenso interfacial, rigidez

    dieltrica .O conhecimento desses ensaios importante para investigar aspectos especficos do leo

    isolante.

    Entre as caractersticas importantes sob aspecto de segurana, destacamos a inflamabilidade e

    os pontos de fulgor, fogo e auto-ignio.

    a) Ponto de Fulgor

    a menor temperatura sob a qual um lquido libera vapores em concentrao suficiente para

    formar uma mistura inflamvel com o ar, prximo superfcie do lquido ou no interior do recipiente.

    Geralmente, ponto de fulgor de uma substncia situa-se alguns graus abaixo do respectivo ponto defogo temperatura do ponto de fulgor, o vapor no suficiente para sustentar a combusto aps

    removida a fonte de ignio e pode produzir somente um claro instantneo ( mnimo 140 0 C)

    b) Ponto de Fogo ou de Combusto

    a menor temperatura sob a qual a concentrao de vapor liberado pelo lquido isolante

    suficiente para sustentar a combusto, aps removida a fonte de ignio externa ( mnimo 1730 C ).

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    c) Temperatura de Auto-Ignio

    a menor temperatura sob a qual uma substncia slida, lquida ou gasosa, em contato com o

    oxignio, inicia combusto espontnea e pode sustent-la sem a necessidade de uma fonte de

    ignio externa. Esta temperatura consideravelmente mais alta do que o ponto de fulgor, sendo 3460

    C, para determinados leos isolantes.

    d) Lquido Inflamvel

    um lquido cujo ponto de fulgor inferior a 37,8 oC ( 100 0 F ) , em condies especificadas de

    presso de vapor.

    e) Lquido Combustvel

    um lquido cujo ponto de fulgor igual ou superior 37,80 C ( 100 0 F ).

    Tabela 1.1 Tipos de lquidos isolantes

    Tipo de lquido isolante Ponto Fulgor ( 0C ) Ponto Combusto ( 0 C)

    leo mineral 140 173Rtemp 284 312Silicone 307 360Askarel 199 -

    1.2.1.4 Transformadores a Seco

    A necessidade de transformadores a seco surgiu a partir das dificuldades encontradas no uso de

    dieltricos.

    O leo mineral,apesar de suas propriedades isolantes, baixo custo, boa transferncia de calor,

    apresenta algumas desvantagens, entre elas seu grande poder de inflamabilidade ( ponto de fulgor =

    150 0C , ponto de combusto 160 0C ) , que causa motivo de preocupao, quando o transformador

    precisa ser instalado em lugares com normas rgidas de segurana, tais como lugares de alta

    concentrao de pessoas ou ambientes onde o risco de exploso deve ser minimizado ( refinarias ,

    indstria qumica ,etc. )

    Para sanar esse tipo de problema, procurou-se desenvolver a substituio do meio dieltrico dos

    transformadores. Tal substituio foi feita por um lquido isolante sinttico, no inflamvel, a base de

    compostos clorados.

    Esse lquido possua propriedades dieltricas e trmicas semelhantes s do leo mineral e a

    grande vantagem de no ser inflamvel.

    Aparentemente, estava solucionado o problema.

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    Os transformadores que empregavam tal meio dieltrico foram muito bem aceitos, pois atendia

    uma necessidade especfica.

    Porm, mesmo aps aperfeioamento, foram se descobrindo outros tipos de problemas, relativos

    ao uso dos equipamentos que possuam o novo tipo de dieltrico. Entre eles, o dieltrico sinttico

    revelou-se altamente irritante para a mucosa e a epiderme, obrigando, portanto, ao uso de medidasespeciais de proteo sade.

    Existe ainda o risco de haver curtos-circuitos na parte interna dos transformadores, pois o

    dieltrico mais pesado do que a gua, causando uma condensao eventual de umidade, na parte

    superior deles, justamente onde se localizam os taps, sadas, comutador.

    Existe tambm o risco de ocorrncia de descargas eltricas causadas por eventuais defeitos

    internos no transformador que, por sua vez, ocasionaria a liberao, por parte do dieltrico, de cido

    clordrico, que altamente corrosivo e txico.

    Foi observado ainda, que o dieltrico corri as gaxetas normais de borracha sinttica.

    Para sanar esse problema, deve-se substituir essas gaxetas comuns por outras de cortia que

    trazem, por serem muito frgeis, a desvantagem de necessitar constantemente de manuteno.

    Outro problema seria o de no se poder pintar a parte interna dos transformadores, pois as tintas

    usuais so altamente atacadas por dieltricos clorados.

    Um ponto importante a ser considerado que o leo isolante comum e o sinttico clorado no

    podem ser misturados. Consequentemente se forem usados os dois tipos de transformadores, torna-

    se necessrio se executarem em duplicatas as instalaes de tratamento de leo para a manuteno.

    Por todos os problemas verificados atravs do leo isolante, comeou-se a pensar na sua

    possvel eliminao.

    A partir dessa idia, surgiram ento os transformadores a seco.

    Os transformadores a seco oferecem maior segurana de uso, alm das seguintes vantagens:

    1. Sua instalao bem mais simples, exigindo apenas local limpo e abrigado.

    2. No possuem gaxetas, exigindo, portanto menor manuteno.

    3. Dispensam equipamento de tratamento de leo

    4. No so sujeitos a vazamentos, podendo ser montados em plataformas e prdios.

    Entre as limitaes de uso, destacamos:1. No podem ser instalados expostos intemprie, exigindo ambientes fechados ou

    cubculos a prova do tempo.

    2. A potncia e classe de tenso so limitadas, em termos de fabricao nacional.

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    1.2.2 Capacitores

    1.2.2.1 Definio

    Capacitor, ou condensador um dispositivo cujo objetivo primrio introduzir capacitncia num

    circuito eltrico. tambm considerado um sistema de condutores e dieltricos dispostos de tal modo

    que uma grande carga eltrica seja armazenada num pequeno volume.

    1.2.2.2 Usos Internos e Externos

    Normalmente os capacitores de baixa tenso so fabricados para uso interno (em ambiente

    ventilado), embora em casos especiais possam ser fabricados para uso externo.

    Os capacitores de alta tenso so normalmente fabricados para uso externo em ambiente

    ventilado, embora possam ser utilizados internamente em ambientes ventilados.

    1.2.2.3 Dispositivos de Descarga

    O capacitor ser considerado adequadamente descarregvel , desde que entre o capacitor e o

    equipamento utilizado para a descarga no haja seccionador , fusvel ou qualquer outro meio de

    desligamento. Eventualmente o circuito de descarga, se no estiver permanentemente conectado ao

    capacitor poder ser aceito se for automaticamente inserido aps o desligamento do capacitor.

    No caso geral, os capacitores so fornecidos j com dispositivo de descarga prprio. Tal

    dispositivo deve ser capaz de reduzir a tenso residual a 50 V, dentro de 1 minuto para os de baixa

    tenso, ou 5 minutos para os de alta tenso, tempo contado a partir do desligamento do capacitor.

    Em capacitores automaticamente manobrados, deve-se verificar que sua tenso residual sejasuficientemente baixa (10 % da tenso nominal) no instante do desligamento.

    Observe-se que a presena do dispositivo de descarga apenas uma segurana adicional, no

    dispensando a prtica de curto-circuitar o capacitor antes de seu manuseio.

    Condies de Servio

    Os capacitores so normalmente fabricados prevendo-se que sero instalados em locais de

    altitudes no superiores a 1.800 metros.

    Os limites de temperatura variam entre 40 0 C at 46 0C, dependendo do tipo de montagem.

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    No caso de instalaes internas exigem-se consideraes especiais, em vista da possibilidade da

    existncia de temperaturas ambientes continuadamente altas ou ventilao restrita.. Nestes casos

    devem ser solicitadas recomendaes do fabricante.

    As unidades capacitivas so normalmente projetadas para montagem em posio vertical, com

    as buchas para cima, exceto quando outros tipos de montagem forem especificamente recomendadospelo fabricante.

    A mxima tenso de trabalho de 110 % de sua tenso nominal, incluindo eventuais

    harmnicos.

    A potncia mxima de trabalho de 135% de sua potncia nominal.

    1.2.2.4 Condies Anormais de Servio

    Condies anormais de servio podem exigir construo ou operao especial, de modo que tais

    condies anormais devam ser levadas ao fabricante para que possam ser adotadas providncias

    cabveis.

    Entre as condies anormais de servio esto:

    a) Operao em altitude superior a 1.800 metros

    b) Temperatura ambiente for dos limites de tolerncia, ou vizinhana de corpos quentes, ou

    ventilao deficiente.

    c) Ar salino ou muito mido, contaminao atmosfrica em geral, com poeiras abrasivas ou

    condutivas

    d) Condies climticas severas em geral

    e) Exposio a choques ou vibraes

    f) Condies adversas de transporte ou armazenagem

    g) Limitaes de espao de instalao

    h) Requisitos anormais de isolao ou tenso

    i) Anormalidade no ciclo operativo ou dificuldade de manuteno

    j) Operao sob tenso instvelk) Exposio a harmnicas excessivas ou ondas distorcidas de tenso (presena de fornos de

    arco ,mquinas de solda e retificadores).

    l) Manobras muito freqente, especialmente no caso de bancos muito prximos entre si ou

    prximos a um barramento de grande capacidade.

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    1.2.2.5 Recomendaes Gerais Quanto ao Esquema de Ligao

    a) Se o transformador a ser corrigido pelo banco estiver ligado em estrela aterrada, o banco

    tambm dever ser ligado em estrela aterrada. Do ponto de vista de segurana contra ressonncia,esta combinao a que mais se recomenda.

    b) Se o transformador a ser corrigido pelo banco estiver ligado em estrela no aterrado, o banco

    dever ser ligado preferencialmente em tringulo., ou estrela no aterrada.

    c) Se o transformador a ser corrigido pelo banco estiver ligado em tringulo, o banco dever

    preferencialmente ser ligado em estrela no aterrada ou tringulo.

    1.2.2.6 Escolha das Tenses

    A tenso nominal de cada fase do banco capacitivo deve ser igual tenso da linha quando o

    banco for ligado em tringulo , ou no mnimo igual a 58 % da tenso de linha quando for ligado em

    estrela.

    Linhas com nveis de tenso pouco estveis, ou tambm com cargas muito variveis (fornos a

    arco , mquinas de solda , retificadores de mercrio) , normalmente requerem capacitores com

    tenses nominais mais elevadas , porm nestes casos deve haver consulta ao fabricante.

    1.2.2.7 Proteo do Banco ( em Mdia Tenso )

    Os capacitores so normalmente projetados para poderem suportar at 135 % da potncia

    nominal (devido sobretenso - desde que no supere 110 % da tenso nominal, devido

    harmnicos e tolerncia de fabricao).

    A proteo recomendada contra sobrecarga e sobretenso o disjuntor, pois ao contrrio dos

    elos fusveis detectam pequenas sobrecargas e so mais precisos.Entretanto, por medida de economia freqente se encontrarem bancos capacitores ligados

    rede, sem disjuntor exclusivo.

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    1.2.2.8 Perigos da Proteo Incorreta

    Quando um capacitor entre em curto-circuito, ele ser atravessado por uma corrente-

    dependente do esquema de ligao e dos valores de curto-circuito, que se durarem alm de tempospr-determinados, pode ocasionar a ruptura da caixa do capacitor, devido presso do gs oriundo

    da decomposio dos materiais dieltricos pela ao do arco na regio do defeito. Quanto mais tempo

    durar a passagem desta corrente de defeito, maior a probabilidade de uma ruptura da caixa.

    Os danos que um capacitor mal protegido pode ocasionar vo desde um simples vazamento de

    lquido at uma violenta exploso da caixa, cujos fragmentos podem acidentar pessoas ou danificar

    equipamentos.

    1.2.2.9 Recomendaes de Segurana

    Os capacitores devero ter suas carcaas ligadas terra, como ocorre com qualquer

    equipamento eltrico nas mesmas condies .

    Se outras convenincias indicarem o no aterramento das carcaas dos capacitores, estas

    devero ser ostensiva e adequadamente isoladas da terra, observando-se ainda os devidos cuidados

    para evitar algum contato pessoal fortuito.

    1.2.2.10 Controle dos Capacitores de Mdia Tenso

    Em virtude das caractersticas de sua aplicao, os capacitores de alta tenso so normalmente

    manobrados com menor frequncia que os de baixa tenso.

    Normalmente os bancos de alta tenso so desligados nos perodos em que sua presena no

    necessria, para que seja evitada a ocorrncia de fator de potncia demais capacitivo na rede , oque

    poderia trazer eventualmente inconvenientes de tenso muito elevada. Convm, porm observar-se afrequncia das manobras no estar comprometendo a vida do banco, conforme tabela abaixo.

    O banco, qualquer que seja seu esquema de ligao, deve sempre ser provido de meios que

    permitam o seu desligamento pronto e seguro.

    Recomenda-se desligar o banco sempre que a instalao por ele corrigida esteja parada (ou

    carga muito baixa), principalmente se a tenso no for muito estvel e se a distncia do banco

    subestao alimentadora for da ordem alguns quilmetros.

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    Os transitrios de tenso e corrente devidos manobras no costumam ser significativos,

    entretanto medida que aumenta o nmero de ocorrncias os transitrios devem ser considerados.

    Tabela 1.2 Picos de tenso e corrente em manobras

    Provvel n0 anual dechaveamento

    Pico de tenso transitriopermissvel em termos da

    nominal

    Pico de corrente transitriapermissvel em termos da

    nominal4 5 150040 4 1150400 3,4 8004000 2,9 400

    1.2.2.11 Proteo dos Bancos ( em Baixa Tenso )

    A proteo dos bancos capacitores de baixa tenso basicamente feita por fusveis, de

    caractersticas retardadas, devendo ser dimensioandos para 105% da corrente nominal do capacitor.

    Preferencialmente deve-se usar fusveis individuais de proteo. Entretanto, pode-se ligar at 3

    capacitores em paralelo , protegidos por fusveis de grupo.

    Os fusveis utilizados so do tipo NH ou Diazed.

    1.2.2.12 Equipamentos de Controle

    Normalmente os capacitores de potncia, em baixa tenso so ligados ou desligados juntamente

    com a carga que eles esto corrigindo, como bem exemplifica o caso dos capacitores diretamente

    conectados aos motores. Neste caso.,o controle dos capacitores efetuado pela prpria manobra da

    carga e no pede nenhum outro equipamento suplementar.

    Se por,outro lado , a correo capacitiva for obtida pela correo de grupos de cargas, como o

    caso de bancos maiores, dever haver um controle dos estgios do banco capacitivo que devem ou

    no permanecer ligados, de acordo com a necessidade de reativos que a carga esteja apresentando.

    Assim, em instalaes mais complexas, poder haver a convenincia de se adotar um controle

    automtico das fraes do banco capacitivo.

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    1.2.2.13 Recomendaes de Segurana para Bancos de BT

    Os capacitores devem ter sua caixa ligada a terra como medida de segurana, como qualquer

    equipamento eltrico.Se o valor da resistncia de terra obtido no for suficientemente confivel, prefervel no ter

    ligaes a se ter uma falsa impresso de segurana.

    Se a caixa no estiver convenientemente aterrada, a mesma no deve ser tocada, enquanto o

    capacitor no estiver descarregado.

    Capacitores, mesmo depois de desligados, podem estar carregados. Os capacitores de baixa

    tenso possuem resistores internos de descargas dimensionados para que em um minuto a tenso

    residual entre seus terminais seja inferior a 50 volts.

    Apesar disso, antes de tocar um capacitor observe o seguinte:

    1. Aguarde alguns minutos para a reduo da tenso residual

    2. Aps esse tempo, use um cabo isolado para curto-circuitar os terminais entre si e contra

    a caixa.

    1.2.3 Transformadores de Corrente

    1.2.3.1 Definio

    So transformadores destinados a refletir em seu circuito secundrio a corrente de seu circuito

    primrio com sua posio fasorial mantida em suas propores definidas, e adequados para uso em

    instrumentos de medio , controle e proteo.

    1.2.3.2 Finalidades

    a) Isolar os instrumentos e rels do circuito de AT

    b) Fornecer no secundrio uma corrente proporcional a do primrio.

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    1.2.3.3 Caractersticas de um TC

    a ) Fator Trmico de um TC ( FT)

    a relao entre a mxima corrente primria admissvel em regime permanente e a correnteprimria nominal.

    Os valores usuais so: 1; 1,3;1,5,2

    O fator trmico define a capacidade de sobrecarga.

    b ) Fator de Sobrecorrente ( FS)

    a relao entre a mxima corrente de curto-circuito que pode passar pelo TC e a sua corrente

    nominal , para que a sua classe de exatido seja mantida.

    FS= ImxCC/ In do TC

    Os valores padronizados:

    Pela ASA FS =20

    Pela ABNT FS= 5, 10.15 e 20.

    c) Limite Trmico de um TC

    a mxima corrente de curto-circuito simtrica que um TC pode suportar durante 1 segundo,

    com o secundrio em curto-circuito.

    d) Classe de Exatido

    As classes de exatido correspondem aos erros de 2,5% e 10 % , para correntes de curto-

    mxima de FS-5,10 15 e 20, ou seja, respectivamente 5xIN, 10xIN, 15x IN e 20xIN no secundrio para

    que o erro no ultrapasse o valor estipulado, produzindo ento a saturao do TC.

    A classe de exatido pela norma ASA definido em termos de tenso, ou seja, a mxima

    tenso que pode aparecer no secundrio do TC, para uma corrente de 20xIN, para que o erro no

    ultrapasse 2,5% ou 10%.

    Por exemplo, um TC classe 10H400, um TC de alta reatncia, de tal modo que , quandoocorrer um curto-circuito secundrio de 20x5=100 A , no mximo dever ter no secundrio 400 Volts,

    para que o erro devido saturao no ncleo do TC no ultrapasse.

    Isto j define o mximo carregamento que pode ser conectado ao secundrio do TC para esta

    corrente de curto especificada e para que o erro estipulado no seja ultrapassado.

    No caso do nosso exemplo, o carregamento ser.

    400/20x5= 4 ohms

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    Para corrente de 5xIN = 5x5 =25 A, temos.

    400/25 =16 ohms

    Concluso: A carga do TC, incluindo resistncia da fiao, rels, dever ser no mximo 16 ohms,

    nesta situao.

    A classe de exatido pela norma ABNT definido em termos de potncia aparente VA que se

    pode conectar ao secundrio do TC para que com uma corrente de curto-circuito em relao ao

    secundrio de 5xIN , 10x IN , 15xIN ou 20xIN

    Os TCs so dados, por exemplo:

    A10F20C50

    Significa:

    A:- alta reatncia

    10:- erro admissvel para sua classe de exatido ( 10 % )

    F; - fator de sobrecorrente

    20- 20xIN =20x5= 100 A

    C carga do TC em corrente nominal IN do TC

    50- 50 VA do TC em corrente nominal IN =5 A do TC

    A impedncia de carga dos rels dada por:

    S=ZxI2 50VA= Zx52 50=Zx25

    Z=2 ohms

    Se utilizarmos as normas ASA, teremos:

    Vmx /20XiN =Z Vmx=Zx20xIN Vmx=2x20x5= 200 Volts

    Portanto A10F20C50 o mesmo que 10H200.

    Os TCs devem manter o erro em sua classe para correntes de 10 a 100% de IN

    As classes usadas so 0,3; 0,6 e 1,2.

    As potncias padronizadas so: 12,5; 25; 50; 100; 200; 400 e 800 VA.

    Os TCs de medio devem manter a preciso para cargas nominais, e os TCs de proteo

    devem ser precisos para correntes de curto circuito.

    Os TCs de proteo no devem saturar durante as correntes de curto-circuito.

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    1.2.3.4 Recomendaes de Segurana para TCs

    a) Dever ser verificado a capabilidade dos transformadores quanto aos nveis de curto-circuito,

    correntes nominais e de sobrecargas.

    b) Dever ser verificada a classe de preciso para identificar se o TC de medio ou proteo

    c) Dever ser verificada a carga imposta ao TC para realizar os clculos de saturao. Conhecer

    saturao de TCs importante, pois caso haja saturao dos mesmos, os rels de proteo deixam

    de atuar.

    d) Jamais deve se abrir o secundrio do TC, pois isto provocar a saturao do mesmo,

    elevando as perdas a um valor elevadssimo, tendo como consequncia aquecimento excessivo,

    podendo romper a isolao.

    Alm disso, tambm existe o fato da elevada tenso induzida no secundrio, podendo colocar em

    risco os trabalhadores.

    e) Especificar adequadamente os TCs, pois nos sistemas eltricos ocorrem :

    Aumento das correntes de curto

    Aumento constante de tempo da componente assimtrica

    Necessidade de rels cada vez mais rpidos Necessidade de maior confiabilidade nos esquemas de proteo.

    1.2.4 Seccionadoras

    As seccionadoras , basicamente devem possuir capacidade em termos de corrente nominal.

    Recomenda-se que tenha uma capacidade de pelo menos 50% acima da corrente mxima do

    circuito.

    1.2.5 Chaves Fusveis

    As chaves fusveis devero possuir uma capacidade em kA para correntes de curto-circuito e

    nvel de tenso compatvel com o sistema.

    A capacidade de abrir circuitos sob carga limitado.

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    1.2.6 Disjuntores

    Os disjuntores devero possuir capacidade expresso em MVA ou kA de interromper correntes de

    curto-circuito.O valor em MVA o produto do valor eficaz da corrente de curto , pela tenso aplicada e o fator

    1,732.

    Outro dado a ser considerado o valor da corrente capaz de circular permanentemente, sem

    provocar aquecimentos excessivos.

    Tambm deve ser observado a capacidade de fechamento em MVA, normalmente da ordem 2,5

    vezes a capacidade de ruptura.

    Recomenda-se que os disjuntores sejam projetados com fator de segurana de 20%.

    1.2.7 Contatores

    Contator um dispositivo eletromagntico que liga e desliga o circuito do motor. Usado de

    preferncia para comandos eltricos automticos distncia.

    constitudo de uma bobina que quando alimentada cria um campo magntico no ncleo fixo

    que por sua vez atrai o ncleo mvel que fecha o circuito. Cessando a alimentao da bobina,

    desaparece o campo magntico, provocando o retorno do ncleo atravs de molas, conforme a figura.

    Figura. 1.1 - Contator

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    1.2.7.1 Contatos

    No contator temos os contatos principais e auxiliares. Os principais do contator so mais

    robustos e suportam maiores correntes que depende da carga que esse motor ir acionar, quantomaior a carga acionada, maior ser a corrente nos contatos.

    Figura. 1.2 Tipos de contatos

    Os contatos auxiliares, utilizados para sinalizao e comandos de vrios motores, existem o

    contato NF (normalmente fechado) e NA (normalmente aberto).

    Figura. 1.3 Contatos auxiliares

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    1.2.8 Botoeira - boto liga e desliga

    Figura 1.4 Boto liga / desliga

    1.2.9 Rel Trmico

    So construdos para proteo de motores contra sobrecarga, falta de fase e tenso. Seu

    funcionamento baseado em dois elementos metlicos, que se dilatam diferentemente provocando

    modificaes no comprimento e forma das lminas quando aquecidas.

    Figura 1.5 Rel bimetlico

    Colocao em funcionamento e indicaes para operao:

    1. Ajustar a escala corrente nominal da carga.

    2. Boto de destravao (azul):

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    Antes de por o rel em funcionamento, premer o boto de destravao. O contato auxiliar

    ajustado pela fbrica para religamento manual (com bloqueio contra religamento automtico).

    Comutao para religamento automtico: premer o boto de destravao e gir-lo no sentido anti-

    horrio, at o encosto, da posio H (manual) para A (automtico).

    1. Boto " Desliga" (vermelho). O contato auxiliar abridor ser aberto manualmente, se forapertado este boto.

    2. Indicador Lig./Desl - (verde). Se o rel estiver ajustado para religamento manual, um

    indicador verde sobressair da capa frontal se ocorrer o disparo (desligamento) do rel.

    Para religar o rel, premer o boto de destravao. Na posio "automtico", no h

    indicao.

    3. Terminal para bobina do contator, A2.

    4. Dimenses em mm.

    - Com contato auxiliar 1F ou 1A;

    - Com contatos auxiliares 1F + 1A ou 2F + 2A;

    - Para fixao rpida sobre trilhos suporte conforme DINEN 50022;

    - Neste lado do rel, distncia mnima de partes aterradas.

    1.2.9.1 Simbologia Eltrica

    Tabela 1.3 - Denominao para os aparelhos nos esquemas eltricos

    Denominaco Aparelhos

    b0 Boto de comando - desliga

    b1 Boto de comando - liga

    b2 b22 Boto de comando - esquerda/direita

    K1 K2 - K3 - K4 - K5 Contator principal

    d1 d2 - d3 Contator auxiliar-rel de tempo rel aux.

    F1 F2 - F3 Fusvel principal

    F7 F8 - F9 Rel bimetlicoF21 - F22 Fusvel para comando

    h1 Armao de sinalizao - liga

    h2 Armao de sinalizao direita/esquerda

    M1 Motor, trafo - principal

    M2 Auto - trafo

    R S T Circuito de medio-corrente alternada

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    1.2.10 Materiais Condutores

    1.2.10.1 Consideraes Bsicas

    Condutor eltrico um corpo constitudo de material bom condutor, destinado transmisso da

    eletricidade. Em geral de cobre eletroltico e, em certos casos, de alumnio.

    Fio um condutor slido, macio, em geral de seo circular, com ou sem isolamento.

    Cabo um conjunto de fios encordoados, no isolados entre si.

    Pode ser isolado ou no, conforme o uso a que se destina. So mais flexveis que um fio de

    mesma capacidade de carga.

    Figura 1.6 - Fio TW-TRC da Ficap

    Figura 1.7 - Cabo TCW-TRC da Ficap

    Para isolar eletricamente um condutor de outro e da terra, usa-se revesti-lo com uma camada de

    material mau condutor de eletricidade, o que constitui a isolao do condutor. Um cabo isolado um

    cabo que possui isolao. Alm da isolao, recobre-se com uma camada denominada cobertura

    quando os cabos devem ficar em instalao exposta, colocados em bandejas ou diretamente no solo.

    Figura 1.8 - Cabo com isolao e cobertura Superflex 750 V da Siemens

    Os cabos podem ser:

    Unipolares, quando constitudos por um condutor de fios tranados com cobertura isolante

    protetora;

    Multipolares, quando constitudos por dois ou mais condutores isolados, protegidos por uma

    camada protetora de cobertura comum.

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    Exemplo:

    A Pirelli fabrica cabos uni- e multipolares Sintenax antiflan 0,6/1KV, e a Siemens, os cabos

    unipolares Noflam BWF 750 V e Multipolares Superflex 750V.

    A Ficap fabrica os cabos TCW-TRC 750 V uni- e tripolares. A INBRAC produz os cabos

    unipolares PVC-750 V e Vinilplast 750 V para dois e trs condutores.

    Seo nominal de um fio ou cabo a rea aproximada da seo transversal do fio ou da soma

    das sees dos fios componentes de um cabo. A seo de um condutor a que nos referimos no

    inclui a isolao e a cobertura (se for o caso de possuir cobertura).

    At o ano de 1982, para a caracterizao das bitolas, usava-se no Brasil a escala AWG/CM

    (American Wire Gauge circular mil). A AWG baseada numa progresso geomtrica de dimetros

    expressos em polegadas at a bitola 0000 (4/0).

    Acima desta bitola, as sees so expressas em circular mils -CM ou mltiplo de mil circular mils

    - MCM. Um mil a abreviatura de 1 milionsimo de polegadas: 1 CM = 5,067 x 10-6 cm2.

    A partir de dezembro de 1982, a Norma Brasileira NB-3 da ABNT foi reformulada, recebendo do

    INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial) a designao de

    NBR-5410. Nesta Norma, em vigor, os condutores eltricos so especificados por sua seo em

    milmetros quadrados (mm2), segundo a escala padronizada, srie mtrica da IEC (International

    Electotechinical Comission).

    A seo nominal de um cabo multipolar igual ao produto da seo do condutor de cada veia

    pelo nmero de veias que constituem o cabo.

    Material

    Em instalaes residenciais s podem ser empregados condutores de cobre, exceto condutores

    de aterramento e proteo.

    Em instalaes comerciais permitido o emprego de condutores de alumnio com sees iguais

    ou superiores a 50 mm2 .

    Em instalaes industriais podem ser utilizados condutores de alumnio, desde que sejam

    obedecidas simultaneamente as seguintes condies:- Seo nominal dos condutores seja 10mm2.

    - Potncia instalada seja igual ou superior 50 kW.

    - Instalao e manuteno qualificadas.

    - Sees Mnimas dos Condutores

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    Seo Mnima do Condutor Neutro

    O condutor neutro deve possuir a mesma seo que o(s) condutor(es) fase nos seguintes casos:

    a) Em circuitos monofsicos e bifsicos, qualquer que seja a seo.b) Em circuitos trifsicos, quando a seo do condutor fase for inferior ou igual a 25 mm 2, em

    cobre ou em alumnio.

    c) Em circuitos trifsicos, quando for prevista a presena de harmnicos qualquer que seja a

    seo.

    Figura 1.9 - Escolha de condutores

    Propagadores da chama

    So aqueles que entram em combusto sob a ao direta da chama e a mantm mesmo aps a

    retirada da chama.

    Pertencem a esta categoria o etileno - propileno (EPR) e o polietileno reticulado (XLPE).

    No-propagadores de chama

    Removida a chama ativadora, a combusto de material cessa.

    Considera-se o cloreto de polivinila (PVC) e o neoprene como no propagadores de chama.

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    Resistentes chama

    Mesmo em caso de exposio prolongada, a chama no se propaga ao longo do material

    isolante do cabo. o caso dos cabos Sintenax Antiflan, da Pirelli, e Noflam BWF 750V, da Siemens.

    Resistentes ao fogo

    So materiais especiais incombustveis e que permitem o funcionamento do circuito eltrico

    mesmo em presena de um incndio. So usados em circuitos de segurana e sinalizaes de

    emergncia.

    As caractersticas principais dos fios e cabos mais comumente usados so apresentados em

    tabelas (quadros resumidos) dos fabricantes.

    1.2.11 Eletrodutos, Conexes e Acessrios

    1.2.11.1 Eletrodutos

    So tubos destinados colocao e proteo de condutores eltricos.

    1.2.11.2 Finalidades

    Os eletrodutos tm por finalidade:

    Proteger os condutores contra aes mecnicas e contra corroso; Proteger o meio ambiente contra perigos de incndio, provenientes do superaquecimento ou da

    formao de arcos por curto-circuito;

    Constituir um envoltrio metlico aterrado para os condutores (no caso de eletroduto metlico),

    o que evita perigos de choque eltrico;

    Funcionar como condutor de proteo, proporcionando um percurso para a terra (no caso de

    eletrodutos metlicos).

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    1.2.11.3 Classificao

    Os eletrodutos podem ser:

    Rgidos; Flexveis, que podem ser curvados mo.

    1.2.11.4 Material

    Quanto ao material de que so constitudos os eletrodutos rgidos, dividem-se em eletrodutos de:

    Ao carbono;

    Alumnio (usado nos Estados Unidos); PVC;

    Plstico com fibra de vidro;

    Polipropileno.

    Polietileno de alta densidade.

    1.2.11.5 Proteo contra corroso

    Quanto proteo dos eletrodutos de ao contra corroso, a mesma pode ser constituda por:

    Cobertura de esmalte a quente;

    Galvanizao ou banho de zinco a quente;

    Cobertura externa de composto asfltico ou plstico;

    Proteo interna e (ou) externa adicional de tinta epxica.

    1.2.11.6 Modalidades de instalao e tipos usados

    Os eletrodutos podem ser instalados:

    Em lajes e alvenaria: eletrodutos rgidos metlicos ou de plsticos rgidos;

    Enterrados no solo: eletrodutos rgidos no-metlicos ou de ao galvanizado;

    Enterrados, porm embutidos em lastro de concreto:

    eletrodutos rgidos no-metlicos ou metlicos galvanizados ou revestidos de epxi;

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    Aparentes, fixados por braadeiras a tetos, paredes ou elementos estruturais: eletrodutos

    rgidos metlicos ou de PVC rgido;

    Aparentes, em prateleiras ou suportes tipo mo francesa: rgidos metlicos e de PVC.

    Aparentes, em locais onde a atmosfera contiver gases ou vapores agressivos: PVC rgidos, por

    exemplo Tigre da Cia. Hansen Industrial, ou metlicos com pintura epxica. Ligao de ramais de motores e equipamentos sujeitos a vibraes: eletrodutos flexveis

    metlicos (conduits) formados por uma fita enrolada em hlice. Podem ser revestidos por uma

    camada protetora de material plstico quando se teme a agressividade de agentes poluentes ou

    lquidos agressivos.

    1.2.11.7 Eletrodutos metlicos rgidos

    Os eletrodutos rgidos so vendidos em varas de 3 m de comprimento, rosqueadas nas

    extremidades, e com uma luva em uma das extremidades. So fabricados nos seguintes tipos:

    a) Leve, esmaltado, denominados eletrodutos comuns, nos tipos Leve I, Leve II e Leve III (LI, LII,

    LIII) de acordo com a EB-568.

    b) Pesado - de acordo com a EB-341.

    c) Extra - de acordo dom a EB-341.

    d) Pesado galvanizado - de acordo com a EB-342.

    e) Leve I galvanizado - de acordo com a EB-568.

    O tamanho nominal do eletroduto no caso dos tipos leves LI, LII e LIII refere-se ao dimetro

    externo, variando o dimetro interno de acordo com a espessura do tubo. No caso dos tubos pesados

    e extra, segundo a EB-341, existe uma pequena diferena entre ambos.

    1.2.11.8 Acessrios dos eletrodutos metlicos

    Os eletrodutos interligam caixas de derivao. Para emendar os tubos, mudar a direo e fix-los

    s caixas, so empregados os acessrios abaixo descritos:

    Luvas - So peas cilndricas rosqueadas internamente com rosca paralela, usadas para unir

    dois trechos de tubo, ou um tubo a uma curva. Quando se requer estanqueidade, usam-se luvas com

    rosca cnica BSP (British Standards Pipe) ou NPT (National Pipe Threads).

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    Buchas - So peas de arremate das extremidades dos eletrodutos rgidos, destinadas a

    impedir que ao serem puxados os condutores durante a enfiao o encapamento seja danificado por

    eventuais rebarbas na ponta do eletroduto. Ficam na parte interna das caixas.

    Porcas - So arruelas rosqueadas internamente e que, colocadas externamente s caixas,

    completam, com as buchas, a fixao do eletroduto parede da mesma. Curvas - Para dimetros de 1/2, 3/4 e 1 , pode-se curvar o eletroduto metlico a frio em

    ngulo de deflexo menor que 90 e com o cuidado para que o trecho curvo no fique

    inaceitavelmente amassado. Para dimetros maiores que 1, devem-se usar curvas pr-fabricadas,

    embora em instalaes aparentes se usem tambm estas curvas nos dimetros menores.

    Para raios de curvatura, trechos de tubulao entre caixas ou equipamentos com comprimentos

    maiores que 15m.

    Quando se colocam curvas, este espaamento fica reduzido de 3m para dada curva de 90.

    1.2.11.9 Conexes no - rosqueadas

    Existem luvas, curvas e buchas que dispensam o rosqueamento do eletroduto para sua

    adaptao. H dois tipos principais:

    As peas possuem parafusos para aperto contra o eletroduto.

    Ex.: Conexes Unidut da Daisa, de liga de alumnio com 9 a 13 % de silcio, em bitolas de 1/2 a 6.

    As peas se adaptam por encaixe e presso.

    1.2.11.10 Eletrodutos metlicos flexveis

    Tambm designados por conduits, estes eletrodutos no podem ser embutidos nem utilizados

    nas partes externas das edificaes, em localizaes perigosas e de qualquer forma expostos ao

    tempo. Devem constituir trechos contnuos, no devendo ser emendados por luvas ou soldas.

    Necessitam ser firmemente fixados por braadeiras a, no mximo, cada 1,30m e a uma distncia de,no mximo 30cm de cada caixa de passagem ou equipamento. Em geral so empregados na

    instalao de motores ou de outros aparelhos sujeitos a vibrao ou que tenham necessidade de ser

    deslocados de pequenos percursos ou em ligaes de quadros de circuitos.

    Para se fixar um conduit em um eletroduto, usa-se o box reto interno, e para fix-lo a uma caixa,

    usa-se o box reto externo ou box curvo.

    Os conduits flexveis podem ser curvados, mas o raio dever ser maior que 12 vezes o dimetro

    externo dos mesmos.

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    Os conduits, como alis os eletrodutos rgidos, podem ser fixados a paredes, tetos ou outros

    elementos estruturais por meio de braadeiras.

    Na figura abaixo vemos as braadeiras de ferro modular galvanizadas tipo unha, tipo dupla e

    reforada, de fabricao de Blinda Eletromecnica Ltda.

    Figura 1.10 - Braadeiras

    1.2.11.11 Instalao em Dutos

    Os dutos so tubos destinados conduo de cabos, em geral, quando estes devam ficar

    enterrados. Podem ser de cermica vitrificada, amianto-cimento, PVC rgido ou de outros materiais

    resistentes e impermeveis.

    Um conjunto de dutos envolvido por concreto constitui um leito de dutos. A fixao dos dutos

    realiza-se atravs de caixas de enfiao ou passagem. Estas caixas devem ser tambm instaladas

    nas mudanas de direo. Tambm se designam com o nome de dutos para barramento (bus-duct)

    os dutos metlicos retangulares nos quais o fabricante fornece, fixados em blocos isolante,

    barramentos nus em substituio a cabos isolados. Este sistema de instalaes pr-fabricadas,

    tambm designadas por bus-ways, empregado em indstrias, principalmente nos Estados Unidos.

    Os dutos metlicos devem ser aterrados e deve ser mantida a continuidade do mesmo em todasas emendas.

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    1.2.11.12 Instalao em calhas e canaletas

    As calhas e as canaletas (calhas pequenas) podem ser abertas ou fechadas, com ou sem

    ventilao direta: De concreto ou alvenaria com reboco impermevel.

    De chapa dobrada ou liga de alumnio fundido, colocadas em lajes ou alvenaria.

    Canalizaes eltricas Canalis de 1.000 a 4.300 A, modelo KG, da Tlemecanique, para

    transporte e distribuio de correntes de grande intensidade, tipo bus-duct.

    Calha de concreto ou cobertura com tampa de concreto

    Calha de concreto com tampa metlica

    Podem ter tampa ou cobertura em:

    Placas de concreto pr-moldado, quando a calha for de concreto ou alvenaria, fechada.

    Placas de ferro fundido, ou chapas de ao doce devidamente pintadas com tinta antiferrugem.

    Placas do material da prpria calha, simplesmente colocadas ou parafusadas.

    Grades para permitir melhor ventilao.

    Os cabos colocados em calhas devem ter isolamento que no fique comprometido por eventual

    umidade ou gua que eventualmente infiltre pela juno com a tampa. No devem ser colocados em

    locais onde, pelo piso, possa escorrer lquido agressivo decorrente de algum processo ou operao

    industrial.

    Nas calhas, podem ser colocados cabos ou eletrodutos contendo cabos. Para impedir o contato

    de algum lquido com os cabos, podem-se usar prateleiras no interior da canaleta e sempre prever a

    possibilidade de drenagem da mesma.

    1.2.11.13 Calhas de Piso

    Em prdios de escritrios e comerciais com especificaes de instalaes de elevado padro,

    so empregadas calhas de piso com tampa aparafusada ou justaposta, constitudas por dutos da

    seo retangular, com aberturas para enfiao e derivao de trechos em trechos.Colocao de calhas de piso na laje, antes de sua concretagem Sistema SIK da Siemens de

    canaletas de piso com caixas de sada simples para tomadas de piso.

    Alguns fabricantes designam o sistema como canaletas (Sistema SIK, da Siemens; Sistema X,

    da PIAL Legrand; Canaletas Dutoplast) ou como dutos.

    O Sistema SIK permite a execuo no piso de uma linha geral de alimentao com at quatro

    sistemas independentes (fiao eltrica, telefonia, intercomunicao e telex), separados rigidamente

    entre si por divises formando canaletas distintas.

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    As canaletas e caixas em chapa de ao galvanizado so montadas diretamente sobre a laje e

    embutidas no contrapiso (enchimento). Nas caixas de distribuio mantida a separao

    intersistemas, a qual feita por acessrios de material isolante (pontes de cruzamento e cantoneiras

    de separao) As sadas individualizadas (caixas de onde saem os fios para os aparelhos) so

    montadas diretamente sobre as canaletas. Elas possuem tampa cega, que evita a penetrao decorpos estranhos durante a concretagem. Aps a colocao do carpete, instala-se a placa-suporte de

    aparelhos e, em seguida, a moldura com tampa basculante para fazer o acabamento da caixa com o

    carpete. No caso de se querer eliminar um ponto de sada, basta retirar a moldura com tampa de

    mola e substitu-la por uma tampa cega recoberta por um pedao do material de acabamento do piso.

    Ao se pretender, por exemplo, modificar um ponto de sada eltrico de tomada monofsica para

    tomada monofsica com plo de terra, basta trocar a placa-suporte de aparelhos, que fixada por

    dois parafusos.

    A Tlemecanique fabrica canalizaes eltricas Canalis, no interior das quais j vm instalados

    os condutores ou barramentos, para alimentao de aparelhos de iluminao, motores e quadros de

    distribuio. Os tipos principal de canalizaes Canalis so:

    a) KB4 40A. Compe-se de um perfil de ao galvanizado em forma de U, no qual colocado,

    contra uma face lateral, um cabo isolado de seo chata com dois ou trs condutores + terra. O cabo

    apresenta, com intervalos regulares, derivaes embutidas em aberturas retangulares. O perfil

    comporta, na parte inferior, perfuraes em forma de botoeiras, que permitem a ligao dos

    elementos entre si e a suspenso dos aparelhos de iluminao. Os conectores para derivaes so

    para 10 A e 380 V.

    b) KJ4 : 40 A e KJ6 : 63 A - trs ou quatro condutores + terra. Conectores: 20 - 500 V.

    c) KM3 : 63 A e KM5 : 100 A - trs ou quatro condutores + terra. Conectores: 40 A - 500 V.

    d) KU1 a KU7, de 160 A at 700 A - trs a quatro condutores + terra.

    Cofres: de 85 A a 315 A - 500 V.

    So usados para instalaes industriais de mdia potncia.

    Podem ser considerados como bus-ducts de pequena e mdia capacidades. A derivao do

    duto para uma ramificao se faz em um cofre, no qual so colocados fusveis Diazed at 63

    A e NH acima de 63 A.

    Canalizaes eltricas KB4 40 A Canalis, da Tlemecanique, para iluminao de prdiosindustriais, administrativos e comerciais.

    Canalizaes eltricas Canalis de 160 at 700 A, modelo KU1 e KU7, da Tlemecanique,

    para instalaes industriais de mdia potncia.

    e) KG, de 1.000 A a 4.300 A - trs a quatro condutores + terra ou tripolar + neutro + terra.

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    Conforme a intensidade da corrente, o barramento pode ser constitudo por uma, duas, trs ou

    quatro barras por fase. Para derivaes so adaptados cofres, com dispositivos fusveis de proteo

    tipo NH. Este modelo corresponde ao bus-ducts para grande capacidade de conduo de corrente.

    Canalizaes eltricas Canalis de 1.00 a 4.300 A, modelo KG, da Tlemecanique, para

    transporte e distribuio de correntes de grandes intensidades, vendo-se os cofres de distribuio.

    1.2.11.14 Bandejas

    As bandejas ou leito de cabos so prateleiras rgidas sobre as quais so colocados os cabos, de

    modo a serem facilmente alcanados. Em geral so de chapa de ao ou de alumnio, podendo

    eventualmente ser de amianto-cimento reforado ou mesmo constitudas por uma prateleira de

    concreto armado.

    A NBR-5410 determina que a instalao em bandejas s seja utilizada em estabelecimentos

    industriais ou comerciais em que a manuteno seja sistemtica e executada por pessoas advertidas

    ou qualificadas. Os cabos que podem ser colocados em prateleiras so isolados e com cobertura.

    Deve haver, acima da bandeja ou prateleira, espao suficiente para que seja feita a instalao e

    manuteno dos cabos. Os cabos devem ser dispostos, de preferncia, em uma s camada e fixados

    convenientemente estrutura da bandeja.

    Prescries do National Electrical Code quanto ao uso de bandejas.

    1. Cabos multipolares. Tenso nominal de at 2kV.

    a) Bandejas ventiladas, contendo cabos multipolares de luz ou fora ou qualquer combinao de

    cabos multipolares de luz, fora, controle e sinalizao:

    Quando todos os cabos forem de seo igual ou superior a 107 mm 2 (4/0 AWG), a soma dos

    dimetros de todos os cabos no pode exceder a largura da bandeja, e os cabos devem ser dispostos

    numa nica camada.

    Quando todos os cabos forem de seo inferior a 107 mm2 (4/0 AWG), a soma das reas de

    todos os cabos no pode exceder os valores das Tabelas de fabricantes, para as larguras de

    bandejas adequadas. Quando houver cabos de seo de 107 mm2 (4/0 AWG) juntamente com outros de seo maior

    e menor, na mesma bandeja, a soma das reas de todos os cabos de seo inferior a 107 mm2 no

    deve exceder o valor resultante dos clculos indicados nas Tabelas de fabricantes para as larguras de

    bandeja adequadas; os cabos de seo de 107 mm2 e maiores devem ser instalados numa nica

    camada, e os demais cabos no devem ser instalados sobre eles.

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    b) Quando uma bandeja ventilada, com profundidade til igual ou inferior a 50 mm, contiver

    apenas cabos multipolares de controle e/ou sinalizao, a soma das reas de todos os cabos no

    deve exceder a 50% da rea til da bandeja.

    A profundidade de 150 mm deve ser usada para o clculo da rea til de qualquer bandeja que

    possua profundidade til superior a 150 mm, e a rea do cabo no poder exceder a 1.438 mm2

    embandejas com 76 mm de largura, ou 2.903 mm2, em bandejas com 101 mm de largura.

    Bandeja ventilada, com tampa tambm ventilada.

    2. Cabos unipolares. Tenso nominal at 2kV

    a) Bandejas ventiladas, contendo cabos unipolares:

    Quando todos os cabos forem de seo de 500 mm2 (1.000.000 CM) ou maior, a soma dos

    dimetros de todos os cabos no pode exceder largura da bandeja.

    Quando todos os cabos forem de seo inferior a 500 mm2, a soma das reas de todos os

    cabos no pode exceder os valores das Tabela de fabricantes, para as larguras de bandejas

    adequadas.

    Quando houver cabos de seo de 500 mm2, juntamente com outros de seo maior ou menor,

    na mesma bandeja, a soma das reas de todos os cabos de seo inferior a 500 mm 2 no deve

    exceder o valor resultante dos clculos indicados nas Tabelas de fabricantes, para as larguras de

    bandeja indicadas.

    b) Quando uma bandeja ventilada, com profundidade til igual ou inferior a 100 mm, contiver

    cabos unipolares, a soma dos dimetros de todos os cabos no deve exceder largura interna da

    bandeja.

    Eletrocalha Sano em fibrocimento, para sustentao e conduo de cabos de energia eltrica e

    telefnicos etc., em indstrias, ferrovias tneis, centrais eltricas e em edificaes onde se faam

    necessrios o suporte e a conduo de cabos atingindo grandes distncias.

    c) Bandejas no ventiladas, contendo cabos multipolares de luz ou fora, ou qualquer

    combinao de cabos multipolares de luz, fora, controle e sinalizao:

    Quando todos os cabos forem de seo igual ou superior a 107 mm 2 (4/0 AWG), a soma dos

    dimetros de todos os cabos no deve exceder a 90% da largura da bandeja, e os cabos devem ser

    dispostos numa nica camada.

    Quando todos os cabos forem de seo inferior a 107 mm2 (4/0 AWG), a soma das reas detodos os cabos no pode exceder os valores das Tabelas de fabricantes, para as larguras de bandeja

    adequadas.

    Quando houver cabos de seo 107 mm2, juntamente com outros de seo maior ou menor, na

    mesma bandeja, a soma das reas de todos os cabos de seo inferior a 107 mm 2 no deve exceder

    o valor dos clculos indicados nas Tabelas de fabricantes, para as larguras de bandeja adequadas; os

    cabos de sees 107 mm2 e maiores devem ser instalados em uma nica camada, e os demais cabos

    instalados sobre eles.

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    d) Quando uma bandeja no ventilada, com profundidade til igual ou inferior a 150 mm, contiver

    apenas cabos multipolares de controle e/ou sinalizao, a soma das reas de todos os cabos no

    deve exceder a 40 % da rea til da bandeja. A profundidade de 150 mm deve ser usada para o

    clculo da rea til de qualquer bandeja que possua profundidade til superior a 150 mm.

    e) Quando forem usadas bandejas ventiladas tipo canal formadas por chapas perfuradasdobradas em U, contendo cabos multipolares de qualquer tipo, a soma das reas de todos os cabos

    no poder exceder 838 mm2, em bandejas com 76 mm de largura, ou 1.616 mm2, em bandejas com

    101 mm de largura.

    Exceo: Quando for instalado apenas um cabo multipolar numa bandeja ventilada tipo canal. A

    figura anterior fornece dados da eletrocalha SANO, de fibrocimento, do tipo no ventilada.

    1.2.11.15 Molduras, Rodaps e Alizares

    A NBR-5410 prev a utilizao destes elementos para passagem de condutores. Estabelece as

    seguintes recomendaes:

    No devem ser usados em locais midos ou sujeitos a lavagens freqentes.

    No devem ser imersos na alvenaria nem recobertos por papel de parede, tecido ou outro

    qualquer material, devendo sempre permanecer aparentes.

    As de madeira s so admitidas em locais em que desprezvel a probabilidade de presena

    de gua. As de plstico so admitidas nestes locais e tambm onde haja possibilidade de quedas

    verticais de gotas de gua, por condensao de umidade, por exemplo.

    Devem possuir tampas ou coberturas com boa fixao.

    As ranhuras devem ter dimenses tais que os cabos possam alojar-se facilmente.

    Nas mudanas de direo os ngulos das ranhuras devem ser arredondados.

    Uma ranhura s dever conter cabos de um mesmo circuito, os quais devem ser isolados.

    Os cabos devem ser contnuos, sendo as emendas e derivaes realizadas em caixas

    especiais.

    As molduras, rodaps e alizares no devem apresentar qualquer descontinuidade ao longo do

    comprimento que possa comprometer a proteo mecnica dos cabos.A PIAL Indstria e Comrcio Ltda. fabrica o sistema X de sobrepor, constitudo por dutos ou

    canaletas de pequenas dimenses que so aplicados s paredes, junto aos rodaps, alizares e

    molduras.

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    1.2.12 Iluminao

    1.2.12.1 Classificao

    As Lmpadas usadas em iluminao classificam-se em lmpadas incandescentes e lmpadas de

    descarga.

    Vejamos os principais tipos de cada uma destas modalidades.

    Lmpadas incandescentes

    Possuem um bulbo de vidro, em cujo interior existe um filamento de tungstnio, enrolado uma,

    duas ou trs vezes, e que, pela passagem da corrente eltrica, fica incandescente.

    Para evitar que o filamento se oxide, realiza-se o vcuo no interior do bulbo (lmpadas tipo B), ou

    nele se coloca um gs inerte, em geral o nitrognio ou o argnio (lmpadas tipo C). O tungstnio um

    metal de ponto de fuso muito elevado (3.400C), o que permite temperatura, no filamento, de cerca

    de 2.500C.

    Figura 1.11 Filamento de lmpada incandescente

    O bulbo pode ser transparente, translcido ou opalino, este ltimo sendo usado para reduzir a

    luminncia ou o ofuscamento (luminncia muito intensa).

    A cor da luz branco-avermelhada. Na reproduo em cores, sobressaem as cores amarela e

    vermelha, ficando amortecidas as tonalidades verde e azul.

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    As lmpadas podem ser:

    Figura 1.12 Lmpada incandescente

    Comuns ou de uso geral

    So empregadas em residncias, lojas e locais de trabalho que no exijam ndices de

    iluminamento elevados.

    Como foi dito acima, podem ser de bulbo transparente, translcido ou opalizado (Argenta, da

    Philips), e so fabricadas nas potncias indicadas na tabela abaixo.

    Figura 1.13 - Caractersticas de lmpadas incandescentes

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    Com bulbo temperado

    Funcionam ao tempo, sem necessitarem de luminria protetora.

    Com bulbo de quartzo ou incandescentes halgenas

    Possuem um bulbo tubular de quartzo no qual so colocados aditivos de iodo ou bromo (da o

    nome de halgenas), que, atravs de uma reao cclica, reconduzem o tungstnio volatilizado de

    volta ao filamento, evitando o escurecimento do bulbo. Em temperaturas prximas a 1.400C, o

    halognio (bromo ou iodo) adiciona-se ao gs contido no bulbo. Por efeito de conveco, o composto

    se aproxima novamente do filamento. A alta temperatura a reinante decompe o chamado haleto, eparte do tungstnio deposita-se de volta no filamento.

    So lmpadas de grande potncia, mais durveis, de melhor rendimento luminoso, menores

    dimenses e que reproduzem mais fielmente as cores, sendo, todavia, mais caras. Encontram

    aplicao na iluminao de praas de esporte, ptios de armazenamento de mercadorias e

    iluminao externa em geral, teatros, estdios de TV, museus, monumentos etc. Exemplo: lmpadas

    HA-HAD da Philips, de 300, 500, 1.000, 1.500 e 2.000W.

    Lmpadas incandescentes para fins especficos

    Alm das lmpadas coloridas ornamentais, das empregada em faris de veculos, das

    miniaturas, das usada em flash fotogrfico, das de projetores cinematogrficos e das usadas para

    espantar insetos (Insetilux, Philips), merecem ser destacadas:

    Lmpadas infravermelhas. Usadas em secagem de tintas, vernizes, no aquecimento em certas

    estufas e, tambm, em fisioterapia e criao de animais em climas frios. Nunca podem, porm, ser

    usadas coo fontes luminosas, uma vez que sua radiao se encontra na faixa de ondas calorficas(106 a 780nm).

    Podem ser de bulbo ou tubulares, em quartzo. possuem uma vida mdia til de 5.000 horas.

    Lmpadas refletoras. So fontes de luz de alto rendimento luminoso, dimenses

    reduzidas e facho dirigido.

    Possuem o bulbo de formatos especiais e internamente um revestimento de alumnio em parte

    de sua superfcie, de modo a concentrar e orientar o facho de luz. Existe um tipo cuja calota do bulbo

    prateada.

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    As lmpadas de bulbo prateado orientam o facho luminoso no sentido de sua base e devem ser

    usadas com um refletor adequado que produza a reflexo da luz, proporcionando iluminao indireta.

    As lmpadas de vidro prensado podem ser usadas tanto para iluminao interna quanto externa,

    sem precaues especiais, devido sua grande resistncia s intempries.

    Lmpadas de Descarga

    Nas lmpadas denominadas de descarga, a energia emitida sob a forma de radiao, que

    provoca uma excitao de gases ou vapores metlicos, devido tenso eltrica entre eletrodos

    especiais.

    A radiao, que se estende da faixa do ultravioleta at a do infravermelho, passando pela do

    espectro luminoso, depende, entre outros fatores, da presso interna da lmpada, da natureza do gs

    ou da presena de partculas metlicas ou halgenas no interior do tubo.

    As lmpadas de descarga podem ser das seguintes classes:

    Fluorescente, luz mista, vapor de mercrio de alta presso com ou sem material fluorescente,

    vapor de sdio de baixa ou de alta presso, multivapores metlicos, com ou sem material

    fluorescente, xennio, e de luz negra.

    Faamos algumas consideraes sobre estes diversos tipos de lmpadas de descarga.

    Lmpadas fluorescentes

    So constitudas por um tubo em cujas paredes internas fixado um material fluorescente e onde

    se efetua uma descarga eltrica, a baixa presso, em presena de vapor de mercrio.

    Produz-se, ento, uma radiao ultravioleta que, em presena do material fluorescente existente

    nas paredes (cristais de fsforo), se transforma em luz visvel.

    O bulbo das lmpadas fluorescentes tubular e de vidro, e em suas extremidades encontram-se

    eletrodos de tungstnio (ctodos), enrolados helicoidalmente e recobertos de determinados xidosque aumentam seu poder emissor. A instalao de uma lmpada fluorescente complementada com

    os seguintes acessrios:

    Reator- tem por finalidade provocar um aumento da tenso durante a ignio e uma reduo

    na intensidade da corrente, durante o funcionamento da lmpada. Consistia essencialmente em uma

    bobina, com ncleo de ferro, ligada em srie com a alimentao da lmpada. Atualmente, a grande

    maioria dos reatores do tipo eletrnico, cuja principal caracterstica a de aumentar a vida til do

    conjunto reator lmpada.

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    Existem dois tipos de reatores indutivos:

    Comuns ou convencionais - que podem ser simples e duplos

    De partida rpida - que no necessitam de starter. Podem ser tambm, dos tipos simples

    ou duplos.

    Figura 1.14 Ligaes de lmpadas fluorescentes

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    Tipos de lmpadas fluorescentes. Conforme as cores outonalidades proporcionadas.

    Aplicaes das diversas lmpadas fluorescentes

    Suave de luxo. Iluminao residencial em geral; ambientes de estar.

    Branca natural. Ambientes onde se necessita de excelente reproduo de cores e aparncia de

    cores agradvel: museus, pinacotecas, pesquisas e exames mdicos.

    Branca fria. Fbricas, armazns e oficinas, onde no exigida fidelidade de cores e a luz artificial

    deve harmonizar-se com a luz do dia.

    Luz do dia real. Indstria de tecidos, tintas, grficas, fotografias, tabaco, etc.

    Branca de luxo. Ambientes onde se necessita muito boa reproduo de cores e boa eficincia

    luminosa. As cores naturais como as de madeiras, tecidos e pele humana so muito bemreproduzidas.

    Luz do dia. Iluminao industrial e comercial em geral. Alta eficincia luminosa, aparncia de luz

    diurna e que permite razovel reproduo de cores.

    Luz do dia especial. Recintos onde se exige perfeita distino de cores. ideal para anlise crtica

    de cor, como, por exemplo, tipografias, industriais grficas, etc.

    Lmpada fluorescente de ctodo quente.

    Possuem um ctodo de espiral trplice, o qual possibilita um aquecimento inicial rpido, graas

    a uma auto-induo auxiliar, e dispensa o uso de starter para realizar o pr aquecimento dos

    eletrodos, necessrio nas lmpadas comuns. Em 1 a 2 segundos, a lmpada acende sob uma tenso

    de partida elevada, necessria para iniciar a descarga pelo vapor de mercrio, e durante sua

    operao o filamento continua aquecido pela passagem de uma corrente, porm de pequena

    intensidade.

    Eliminam o efeito de cintilao provocado pelos dispositivos de partida que continuam tentandoacender as lmpadas convencionais (ctodo pr-aquecido) cuja vida til j esteja esgotada, mas que

    ainda tremulam, porque o funcionamento das lmpadas de ctodo quente e partida rpida cessa de

    maneira definitiva e instantaneamente.

    Devem ser usadas com reatores para partida rpida ou eletrnicos.

    As lmpadas possuem apenas um pino em cada extremidade, ao contrrio do que ocorre com as

    de ctodo pr-aquecido. So usadas em locais que devam permanecer continuamente iluminados,

    mas a ligao muito freqente reduz o tempo de vida das mesmas.

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    Lmpadas fluorescentes de ctodo frio.

    So de acendimento instantneo, no necessitando de starter.

    Nelas os eltrons so bombardeados instantaneamente, sob uma elevada tenso para dentro darea luminosa do tubo, em lugar de serem constantemente aquecidos termo-ionicamente, como

    acontece nas lmpadas fluorescentes comuns, de ctodo quente. Necessitam de um reator com

    caractersticas de autotransformador, porque a tenso de operao gira em torno de 450V. Possuem

    longa durao. A vida mdia da lmpada Lmina, de fabricao da C.B.L. Cia Brasileira de lmpadas,

    de 25.000 horas. No produzem radio-interferncia.

    Lmpada de descarga - luz mista

    Rene em uma s lmpada as vantagens da lmpada incandescente, da fluorescente e da de

    vapor de mercrio.

    Assim:

    A luz do filamento emite luz incandescente;

    A luz do tubo de descarga a vapor de mercrio emite intensa luz azulada.

    A radiao invisvel (ultravioleta), em contato com a camada fluorescente do tubo,

    transforma-se em luz avermelhada.

    Figura 1.15 - Caractersticas de lmpadas mista

    Como resultado, consegue-se uma luz semelhante luz do dia.

    O fluxo luminoso de 20 a 35% maior do que o da lmpada incandescente, e a durao, cerca

    de seis vezes maior.

    Exemplos: Lmpadas MLL Philips e LM Sylvania.

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    Lmpada de descarga a vapor de mercrio

    Consta de um tubo de quartzo ou vidro duro, contendo uma pequena quantidade de mercrio e

    cheio de gs argnio, com quatro eletrodos - dois principais e dois auxiliares colocados nasextremidades do tubo. Os dois eletrodos auxiliares e o gs argnio estabelecem um arco de ignio

    preliminar que vaporiza o mercrio. Forma-se, em seguida, o arco luminoso definitivo entre os dois

    eletrodos principais.

    O bulbo revestido internamente com uma camada fluorescente de fosfato de trio vanadato, o

    que transforma a radiao ultravioleta em luz avermelhada, que melhora a reproduo das cores e

    distribui uniformemente a luz do tubo por toda a superfcie do bulbo, evitando o ofuscamento viso.

    O bulbo de vidro evita a irradiao ultravioleta fora do tubo, protegendo, assim, a vista das

    pessoas. Aps a ligao, a lmpada leva cerca de trs minutos para atingir a totalidade do fluxo

    luminoso nominal. Depois de apagada, a lmpada acender somente aps trs minutos de

    resfriamento.

    A radiao proveniente da descarga sob alta presso de vapor de mercrio situa-se

    principalmente na zona visvel. A descarga ocorre num recipiente relativamente pequeno de quartzo,

    protegido por um bulbo de vidro. Para corrigir a deficiente reproduo das cores, aplica-se material

    fluorescente na parede interna do bulbo, de modo a transformar a radiao ultravioleta, gerada na

    descarga, em luz. A instalao requer reator e ignitor para aumentar a tenso de ignio e um

    capacitor de compensao, a fim de melhorar o fator de potncia.

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    Lmpadas a vapor de sdio

    O tubo de descarga da lmpada de sdio constitudo de sdio e uma mistura de gases inertes

    (nenio e argnio) a uma determinada presso suficiente para obter uma tenso de ignio baixa. Adescarga ocorre num invlucro de vidro tubular a vcuo, coberto na superfcie interna por uma

    camada de xido de irdio. Esta camada age como um refletor infravermelho. A lmpada de sdio de

    baixa presso possui uma radiao quase monocromtica, elevada eficincia luminosa e vida til

    longa.

    So muito usadas na iluminao de vias pblicas; estacionamentos, reas industrias internas e

    externas, depsitos e fachadas.

    Figura 1.16 Lmpada vapor de sdio alta presso

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    Lmpadas de multivapores metlicos

    A adio de certo compostos metlicos halogenados ao mercrio (iodetos e brometos) permite

    tornar contnuo o espectro da descarga de alta presso. Consegue-se, assim, uma excelentereproduo de cores e que corresponde luz do dia. As lmpadas, neste caso, podero ter ou no

    material fluorescente no bulbo.

    A Osram as fabrica sob a designao de Power Stars HQI-E e HQI-T, de 360 a 3.500 W, e a

    Philips, sob a designao HPI e HPI-T, no formato ovide e tubular, com potncias de 400 W, 1.000W

    e 2.000 W.

    Figura 1.17 Lmpadas multivapores metlicos

    So especialmente recomendadas quando se requer tima qualidade na reproduo de cores,

    como por exemplo em estdios, pistas de corrida de cavalos, ginsios, museus, iluminao de

    fachadas altas, pavilhes etc., principalmente quando se pretende televisionamento em cores.

    Requerem ignitor de partida e eventualmente capacitor para melhorar o fator de potncia.

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    Vida til e Rendimento Luminoso nas Lmpadas

    As lmpadas podem funcionar durante um nmero de horas designado com vida til das

    mesmas. As vibraes na tenso, vibraes mecnicas, freqncia de liga-desliga, condiesambientais e outras afetam a vida til, de modo que esta grandeza expressa por uma faixa e no

    por um nmero.

    A vida til varia de acordo com, o tipo de lmpada, conforme se observa na tabela abaixo.

    Figura 1.18 - Comparao dos tipos de lmpadas

    Uma lmpada, quando opera sob tenso inferior tenso nominal, tem sua vida til aumentada,

    acontecendo o contrrio quando funciona com tenso superior.

    Emprego de Ignitores

    Ignitores so dispositivos de partida para lmpadas a vapor metlico e a vapor de sdio de alta

    presso.

    Notas:

    1. Os ignitores so prprios para uma rede eltrica de 50 ou 60 Hz.

    2. Na instalao devero ser obedecidas necessariamente as indicaes para ligao dos

    terminais, conforme esquema no prprio ignitor.

    3. Os equipamentos auxiliares para lmpadas de sdio e vapores metlicos podero ficar no

    mximo a 14 e 40 metros respectivamente das lmpadas.

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    Luminrias

    As luminrias so constitudas pelos aparelhos com as lmpadas. Nos aparelhos so colocadas

    as lmpadas. Os aparelhos as protegem, orientam ou concentram o facho luminoso; difundem a luz;reduzem o brilho e o ofuscamento ou proporcionam um bom efeito decorativo.

    Na escolha da luminria ou aparelho de iluminao, alm dos objetivos mencionados, deve-se

    atender a fatores de ordem econmica, durabilidade, facilidade de manuteno, alm, naturalmente,

    das caractersticas do ambiente ou local a iluminar.

    Existem aparelhos prprios para iluminao indireta e outros para iluminao semi-indireta,

    semidireta, direta, semiconcentrante direta e concentrante direta. o que mostra a tabela abaixo, da

    General Electric S.A., na qual so tambm indicados os espaamentos e as distncias ao teto dos

    aparelhos de iluminao indireta e semi-indireta.

    Figura 1.19 Luminrias - Especificao e distncias

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    1.3 Aterramento

    Os Sistemas de Aterramento devem satisfazer s prescries de segurana das pessoas e do

    funcionamento das instalaes eltricas.O valor da resistncia de aterramento deve satisfazer s condies de proteo e de

    funcionamento da instalao eltrica.

    1.3.1 Ligaes a terra

    Qualquer que seja sua finalidade (proteo ou funcional) o aterramento deve ser nico em cada

    local da instalao.

    Para casos especficos, de acordo com as prescries da instalao, podem ser usados

    separadamente desde que sejam tomadas as devidas precaues.

    1.3.2 Aterramento funcional (FE):

    Aterramento de um ponto (do sistema, da instalao ou do equipamento) destinado a outros finsque no a proteo contra choques eltricos. Em particular, no contexto da seo, o termo funcional

    est associado ao uso do aterramento e da equipotencializao para fins de transmisso de sinais e

    de compatibilidade eletromagntica.

    1.3.3 Aterramento do condutor neutro

    Quando a instalao for alimentada por concessionria de energia eltrica, o condutor neutrodeve ser sempre aterrado na origem da instalao.

    Do ponto de vista da instalao, o aterramento do neutro na origem proporciona uma melhoria na

    equalizao de potenciais que essencial segurana.

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    1.3.4 Aterramento de proteo (PE):

    A proteo contra contatos indiretos proporcionada em parte pelo equipamento e em parte pela

    instalao aquela tipicamente associada aos equipamentos classe I.Um equipamento classe I tem algo alm da isolao bsica: sua massa provida de meios de

    aterramento, isto , o equipamento vem com condutor de proteo (condutor PE, ou fio terra),

    incorporado ou no ao cordo de ligao ou ento sua caixa de terminais inclui um terminal PE para

    aterramento. A instalao deve permitir ligar esse equipamento adequadamente, conectando-se o fio

    terra do equipamento ao PE da instalao, na tomada ou caixa de derivao o que pressupe uma

    instalao dotada de condutor PE, conforme norma NBR 5410:2004, garantindo que, em caso de

    falha na isolao desse equipamento, um dispositivo de proteo atue automaticamente, promovendo

    o desligamento do circuito.

    Figura 1.20 - Aterramento de proteo

    1.3.5 Aterramento combinado de proteo e funcional (PEN)

    Quando for exigido um aterramento por razes combinadas de proteo e funcionais, as

    prescries relativas s medidas de proteo devem prevalecer.

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    1.3.6 Esquemas de Ligao de Aterramento em Baixa Tenso

    Esquema TN-S (O condutor neutro e o condutor de proteo so separados ao longo de

    toda a instalao).

    Figura 1.21 - Esquema TN-S

    Esquema TN-C-S (As funes de neutro e de condutor de proteo so combinadas em

    um nico condutor em uma parte da instalao).

    Figura 1.22 - Esquema TN-C-S

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    Esquema TN-C (As funes de neutro e de condutor de proteo so combinadas em