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EM FORMA COM MARISA CRUZ Marisa Cruz, Ana Bravo, Abel Sousa Dias e Márcio Conforti

Em Forma com Marisa Cruz - PDF Leyapdf.leya.com/2011/Oct/em_forma_com_marisa_cruz_mpid.pdfCAPÍTULO 6 > UM PLANO DE EXERCÍCIOS À SUA MEDIDA 143 7 Introdução COMO TUDO COMEÇOU

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EM FORMA COM MARISA CRUZ

Marisa Cruz, Ana Bravo, Abel Sousa Dias e Márcio Conforti

Em Forma com Marisa Cruz

© 2011, Marisa Cruz, Ana Bravo, Abel Sousa Dias e Márcio ConfortiTodos os direitos reservados

ISBN: 9789892311937

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Este livro foi escrito de acordo com a grafia anterior ao novo acordo ortográfico.

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Índice

INTRODUÇÃO > COMO TUDO COMEÇOU 7

CAPÍTULO 1 > COMER COM PRAZER... E EMAGRECER 19

CAPÍTULO 2 > UM PLANO ALIMENTAR À SUA MEDIDA 45

CAPÍTULO 3 > SEGREDOS HOMEOPÁTICOS PARA UMA VIDA SAUDÁVEL 77

CAPÍTULO 4 > LEVES E DELICIOSAS: AS RECEITAS DO CHEF VÍTOR SOBRAL 95

RECEITAS DE SOPA 99

RECEITAS DE PEIXE 102

RECEITAS DE CARNE 112

CAPÍTULO 5 > TUDO NO LUGAR: O PODER DO EXERCÍCIO 123

CAPÍTULO 6 > UM PLANO DE EXERCÍCIOS À SUA MEDIDA 143

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Introdução

COMO TUDO COMEÇOU

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Enquanto adolescente, fui sempre muito magrinha: daquelas rapari-gas magras a quem chamamos Olívia Palito. Tinha complexos com a minha magreza e na escola chegava a usar dois pares de collants – ou o pijama! – debaixo das calças de ganga. Desejava ter mais formas, corpo de mulher. E, apesar de já naquela altura usar óculos, não con-seguia ver que estava bem assim. E não sabia então o que o futuro me reservava.

Era muito nova quando comecei a trabalhar como manequim. Aos 16 anos, fui viver para Lisboa e a minha mãe levou -me a uma agên-cia de modelos. Um ano mais tarde, fui eleita Miss Portugal. Tinha apenas 17 anos.

Essa eleição catapultou o meu trabalho e rapidamente comecei a viajar para todo o lado em trabalho. Na lufa -lufa que é o dia -a -dia da profissão, as modelos não têm a vida facilitada. Quando não estamos na estrada ou “no ar”, ficamos enfiadas dias inteiros em estúdios ou nos locais onde vamos desfilar e acabamos por alimentar -nos mal.

Durante muito tempo, não me preocupei em ter uma alimentação cuidada. A verdade é que, por ser nova e magra, nem pensava nisso. Quando comecei a trabalhar, não tinha cuidado com o que comia nem fazia exercício físico. Até aos 20 e poucos anos, nunca pratiquei nenhum tipo de desporto. Como o meu corpo se mantinha igual, não

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via necessidade de ir a um ginásio ou de fazer uma alimentação mais regrada. E, na altura, ninguém me chamou a atenção.

Só mais tarde, por volta dos 25 anos, é que o corpo me começou a alertar para as mudanças que estava a atravessar. Ainda hoje, a roupa é o meu melhor barómetro e, na altura, comecei por notar que as cal-ças me começavam a ficar apertadas. Quando me olhava ao espelho, também via uma ou outra gordura que antes não estava lá.

Estreei -me então nas idas ao ginásio, mas, sem uma motivação forte – nem uma necessidade maior –, ao fim de uma semana desistia. Só regressava três meses depois, para voltar a fazer o mesmo: ir ao giná-sio outra semana e voltar a desaparecer.

Entretanto, devido à exigência da profissão, também não podia igno-rar que o meu corpo estava a mudar. Para pisar a passerelle tinha de estar magra. Essa consciência levou -me a experimentar várias die-tas, algumas radicais, sempre nas vésperas de trabalhos importantes. Lembro -me de fazer a dieta da seiva, que é uma dieta desintoxicante. Durante três dias, só bebia uma mistura de xarope de seiva natural, sumo de limão natural e pimenta de caiena, ingredientes que eram diluídos em água. Não comia nada.

Realmente, emagrecia depressa. Conseguia “perder” dois quilos com facilidade. Mas, ao primeiro deslize, recuperava tudo num abrir e fechar de olhos. Experimentei outras dietas, como a da sopa – de manhã à noite, a única coisa que comia era sopa – e a das maçãs. Como será fácil de adivinhar, nesta última só comia maçãs. Estava a enga-nar o meu corpo. Hoje sei que não há milagres.

“Fechar a boca”, como se diz na gíria popular, era um sacrifício enorme para mim. Não aguentava fazer dieta durante muito tempo. Sempre gostei muito de comer. Não sou uma pessoa de doces, mas não resisto, por exemplo, a uma feijoada à transmontana, às tripas à moda do Porto ou a um simples pão com manteiga.

Tenho 1,74 metros de altura e o meu peso oscilou sempre entre os 55 e os 57 quilos. O número na etiqueta da minha roupa era o 36. E digo era porque quando fui mãe pela primeira vez, aos 30 anos, ganhei 12 quilos durante a gravidez. Com medo que o bebé estivesse a alimentar--se mal, porque via a minha barriga tão pequena, cometi o mesmo

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erro de muitas grávidas: comi por dois e não para dois. E, por falta de informação, não tive cuidados importantes, como por exemplo cor-tar no sal. Depois de o João nascer, demorei cerca de quatro meses a retomar a forma.

Com o Diogo foi diferente. Engordei 14 quilos durante a gestação, fiquei muito inchada e cansada, sobretudo na fase final da gravidez. Mais uma vez, não tive cuidados especiais. Comi tudo o que me apete-ceu. Lembro -me que até bebi Sumol de laranja durante toda a gravidez, coisa que nunca faço, porque nem me lembro de beber refrigerantes. Pode dizer -se que foi o meu desejo de grávida, porque, tirando essa bebida, não me lembro de querer muito outra coisa. Apesar de ter ganho ainda mais peso na segunda gravidez, esperava que a recupe-ração fosse tão fácil como da primeira.

Quando o meu segundo filho nasceu, eu pesava 70 quilos. Natu-ralmente – e nestas coisas a idade trabalha contra nós –, não conse-gui perder o peso que tinha a mais com tanta facilidade. Os médicos dizem que, por cada filho que têm, as mulheres aumentam normal-mente um quilo ao seu peso corporal.

O facto de os dois partos terem sido por cesariana não ajuda o corpo a “voltar ao lugar” rapidamente. A recuperação é mais lenta depois de uma cesariana: a mulher sente dores quando está de pé, quando espirra, quando tosse, quando ri... Não podemos pegar em pesos nem fazer esforço físico ou ginástica durante pelo menos dois meses após a cirurgia.

O timing da Dr.a Ana Bravo – que me contactou quando eu ainda estava grávida e me convidou para ser a cara da Saudarte, uma clí-nica de nutrição e homeopatia – foi perfeito. “Já que estás aqui, vamos fazer uma consulta de nutricionismo”, disse -me.

Uma análise completa da minha composição corporal permitiu cal-cular a massa gorda, a massa muscular e a quantidade de água no meu corpo. Fiquei assustada. Tinha muita gordura localizada. Em nove meses, tinha ganho um “pneuzito” à volta da cintura, gordura nos braços e a minha cara ficou mais redonda. As pernas estavam inchadas, devido à retenção de líquidos – que é habitual nas grávidas –, mas isso ia ser o mais fácil de tratar.

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Iniciei tratamentos com vista a desintoxicar o organismo a acele-rar o seu metabolismo, ajudando -o a livrar -se das gorduras acumu-ladas durante a gravidez. Comecei por receber massagens drenantes e bebia religiosamente uma infusão que resultava da mistura de chá verde, cavalinha, funcho e centelha asiática. O objectivo era comba-ter a retenção de líquidos, a gordura localizada e a celulite, bem como melhorar a circulação sanguínea.

A Dr.a Ana sempre sublinhou a importância de, para além de cum-prir estas indicações, iniciar a prática de exercício físico e alterar alguns hábitos alimentares. Não se tratava de começar uma dieta com prin-cípio, meio e fim, mas sim de reformular o meu regime alimentar de forma a alcançar bem -estar e saúde. Disse -me: “Não tens de deixar de comer, mas agora vais comer outras coisas.” Antes de ser acompa-nhada por uma nutricionista, emagrecer era um bicho -de -sete -cabeças.

Sempre cozinhei pratos apetitosos, em que, para além de sal, usava caldos já preparados. Comia a fruta no fim das refeições, quando sei agora que deve ser ingerida antes. Bebia água ou sumo de laranja natural durante a refeição, achando que estava a fazer bem. E, ao jan-tar, cozinhava e comia o que calhasse, mas juntava sempre batata e arroz, e não dispensava os molhos. Reformular o meu regime ali-mentar também passou por conhecer os alimentos, as suas pro-priedades, saber como combiná -los e aprender formas de confecção mais saudáveis.

Uma das coisas que mais me surpreendeu foi conseguir deixar de comer à noite. Não foi fácil, mas pude substituir aquilo que comia – pão com manteiga e leite com chocolate – por outros alimentos, que, sendo igualmente bons, o corpo transforma com mais facilidade, em vez de os absorver.

De manhã, deixei de beber leite com café ou cevada. Além de esta bebida ser de difícil digestão, não me fazia bem por eu ser intolerante à lactose. Mas mudar esse hábito foi uma luta para mim. Quando a Dr.a Ana Bravo me pediu para deixar de beber leite, pensei: “O que é que eu vou fazer à minha vida? Então e a osteoporose e outros proble-mas de saúde?”. Mas claro que existem outras fontes de cálcio, como o queijo ou o iogurte, e com a vantagem de não fermentarem no

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estômago; e que, por isso, não provocam digestões lentas ou outras desordens no organismo.

Tomar um bom pequeno -almoço, não saltar refeições (incluindo “merendas” a meio da manhã e a meio da tarde) e evitar os assaltos noc-turnos ao frigorífico são alterações que devem ficar para sempre e que podem abranger toda a família, ainda que com as devidas adaptações.

Mantenho a “dieta” traçada pela Dr.a Ana Bravo ainda hoje. E fazer dieta não quer dizer que, de vez em quando, não possa comer uma fatia de bolo de chocolate... É importante que haja um dia por semana, sobretudo se já tivermos alcançado os nossos objectivos ou se estiver-mos no bom caminho para o conseguir, em que possamos compensar os sacrifícios e tenhamos liberdade para cometer um “pecado” gastro-nómico. Digo um, não vários. Não podemos beber um refrigerante, comer fritos e um doce de sobremesa, tudo no mesmo dia “excepcio-nal”. Isso estragaria o trabalho de meses.

Foi uma colaboradora minha, a Mara, que me falou da Academia da Praia, um ginásio de fitness só para mulheres, de Márcio Conforti, tri-campeão mundial de ginástica aeróbica e reputado professor de ginás-tica e coreógrafo.

Experimentei uma aula e voltei. Encontrei na Academia da Praia uma motivação e um ambiente que me agradaram e me ajudaram a cumprir os meus objectivos – queria eliminar gordura e definir o corpo. Nos outros ginásios, não puxavam por mim daquela maneira. Ali, ninguém nos facilitava a vida. Nas primeiras aulas, dava por mim de rastos ainda no aquecimento, quando as outras mulheres todas – no grupo havia senhoras com 70 anos! – ainda estavam frescas.

Treinava cinco vezes por semana. Lembro -me de nos primeiros dias ficar com dores musculares. Doíam -me músculos que eu desconhe-cia que existissem. Doía -me literalmente o corpo todo e eu pensava: “Trabalhei tudo.”

As aulas eram sempre diferentes e eu, que frequentava aulas de grupo e treinos personalizados, ainda fazia exercícios à parte para melhorar a postura. A parte dos alongamentos foi, de resto, muito importante para a minha saúde, compensando o mal -estar físico provocado por uma escoliose, um desvio que tenho na coluna.

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No início do plano de treino, só fazia 15 ou 20 agachamentos, mas ao cabo de três semanas já tinha evoluído e hoje consigo fazer 300. Antes de conhecer o Márcio Conforti, nunca tinha feito uma flexão na vida. O trabalho de braços era um castigo para mim, mas come-cei por fazer três séries de dez e, agora, consigo chegar às cem – com intervalos, claro, e sempre de joelhos no chão.

Tenho os músculos definidos e os meus glúteos nunca preenche-ram tão bem uns jeans. Sinto mais energia no dia -a -dia e não me canso como antes a carregar os sacos do supermercado ou a pegar no meu filho ao colo. As dores de costas que sempre tive desapareceram com a prática regular de exercício físico. O reforço muscular funciona como um colete que nos estica a silhueta, corrigindo a postura.

O contributo do Dr. Abel Sousa também foi fundamental. Já estava a seguir a “dieta” e a ser acompanhada pela Dr.a Ana Bravo quando consultei este médico homeopata e sócio dela na clínica Saudarte.

A homeopatia, acerca da qual eu nada sabia até conhecer o Dr. Abel, é um ramo da medicina que actua ao nível da reestruturação das defe-sas do organismo.

Através de um exame à íris dos olhos, ele soube instantaneamente que eu tinha uma gastrite e que sofria de obstipação (mais conhecida como prisão de ventre), que não dormia bem e que era ansiosa. Devo confessar que fiquei impressionada. Definiu -me exactamente como sou. Descobri que o aumento de peso estava relacionado com o facto de eu não dormir profundamente, com a ansiedade e o stress, que me levavam a atacar o frigorífico.

Comecei a tomar silício e a colocar gotinhas de água oxigenada – sim, água oxigenada – num copo de água, que bebia antes das prin-cipais refeições. O primeiro ajuda à absorção de cálcio pelos ossos, à formação de novas células e a nutrir os tecidos; a segunda auxilia as células na eliminação de toxinas. Noto que hoje tenho o cabelo mais forte e brilhante e o mesmo se aplica às unhas e à pele.

Sou modelo e tenho a felicidade de ainda poder trabalhar no mundo da moda, mas também sou mulher e mãe – e tenho 37 anos. Não é fácil ter uma profissão, gerir um negócio, ser o alicerce da vida fami-liar e encontrar tempo para estar bonita e em forma e, mais impor-

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tante, cuidar do nosso bem -estar. Não me enganaram, dizendo que o seria – e eu também não vos posso enganar.

Mas há pequenos passos que são simples de cumprir. Se a mulher fizer sempre o trabalho de casa – se preparar os lanches e, no caso de não encontrar opções saudáveis perto do local de trabalho, o almoço tam-bém –, no dia seguinte, não custa nada comer de forma mais saudável.

Outra mudança simples passa por deixar de encher o carrinho de compras daquelas tentações que, uma vez na despensa, nos vão fazer “pecar”. Se houver bolachas de chocolate ou batatas fritas em casa, há sempre um dia...

No dia -a -dia, há vários truques para pôr o corpo a mexer, sem grande esforço, como ir a pé para o trabalho ou deixar o carro mais longe e fazer parte do percurso a pé; acompanhar os miúdos na futebolada ou no passeio de bicicleta, escolher as escadas em vez do elevador, fazer pausas da “secretária” para alongar o corpo.

Quando está bom tempo, podem aproveitar -se as idas à praia para andar a pé na areia. É um exercício aeróbico e excelente para tonificar as coxas e os glúteos. Eu aproveito todas as situações do dia para me mexer e tento incutir aos meus filhos o gosto pelo desporto e pela vida ao ar livre.

Pode ser complicado, no início, alterar rotinas e arranjar tempo para praticar exercício, mas é da saúde que se trata. É importante escolher um tipo de exercício físico que nos agrade – quem não gosta de cor-rer tem outras alternativas, como andar a pé, dançar ou fazer aulas de ginástica –, entendermos o novo regime de alimentação – ao invés de seguir uma dieta por obrigação – e, acima de tudo, ter força de vontade.

É preciso força de vontade para nos levantamos às sete da manhã (ou mais cedo) para ir ao ginásio antes de levar os miúdos à escola, para ultrapassar a “dor de burro” que nos trai nos primeiros treinos, para cumprir à risca as indicações dos profissionais que nos acompa-nham. Mas é uma reviravolta para melhor. É um esforço e um trabalho que dá frutos e, mais importante, que dá saúde. Uma mulher activa é uma mulher com mais saúde e energia para aguentar a correria do dia -a -dia. Enfim, sente -se mais capaz, mais bonita, mais mulher, mais jovem. Eu sinto -me assim.

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“Sempre tive uma admiração enorme pela Marisa Cruz. Há várias figuras públicas e há figuras públicas que nos dão confiança. Revemo -nos nelas. E para ser a imagem de um projecto de trabalho, como a minha clínica, teria de ser alguém responsável e idóneo. Sabia que ela estava grávida, que estava a ganhar algum peso e que ia precisar mais de mim do que alguém que não estivesse a passar pelo mesmo processo.

Na consulta de nutricionismo, começámos por fazer a análise completa da composição corporal da Marisa. Lembro -me de que ela fazia retenção de líquidos, que tinha pouca massa muscular e alguma gordura, sobretudo na barriga. Tinha as pernas inchadas, o que é normal, sobretudo depois de uma gravidez. Sofria também de obstipação, que tínhamos de controlar porque lhe causava mal -estar.”

Ana Bravo

“A Marisa Cruz nasceu em África e as pessoas que lá nascem ou vivem sofrem agressões a nível hepático que as que moram na Europa não sofrem. A medicação que tomam para prevenir doenças, como o paludismo ou a febre -amarela, altera -lhes a função hepática e é agressiva para o fígado.

O fígado da Marisa tinha um bocadinho de gordura na sua estrutura. Ela também tinha uma gastrite e uma colite (inflamação no intestino), que surgiram pelo facto de ser intolerante à lactose. Era uma pessoa ansiosa quando a conheci. Desaconselhei -lhe o consumo de leite e sugeri outras alterações ao seu regime alimentar. E, durante três meses, a Marisa tomou medicação à base de centella asiática, para melhorar a função intestinal; silício, para fortalecer a coluna e a sustentação óssea, e um concentrado de vitamina B12, vitamina B6 e passiflora, que actuava ao nível do sistema nervoso.”

Abel Sousa Dias

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“Quando veio ter comigo, a Marisa já tinha feito uma avaliação corporal detalhada e estava já a seguir uma dieta alimentar. Queria perder peso, definir os músculos do corpo e melhorar a postura. Sofria com dores nas costas, devido a uma escoliose.

Concebi um programa de treino adaptado a ela, tendo em conta esses aspectos e que privilegiava, pelo menos no início, um trabalho aeróbico, ou seja, aquele que vai buscar a gordura como fonte de energia.

Ela começou por treinar cinco vezes por semana. Fazia três treinos personalizados comigo (alternávamos entre a caminhada no tapete e o treino funcional) e duas aulas de grupo, em que fazia step e ginástica localizada. Dava o máximo nos treinos, apesar de, nos primeiros tempos, sair do ginásio ‘rebentada’.”

Márcio Conforti