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Projeto Político Pedagógico 2017 EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS · Esta Unidade Escolar, intitulada EMEB “José Augusto Oliveira Santos” tem como premissa o atendimento público ... Aline Cristina Barroso

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Projeto Político Pedagógico 2017

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Projeto Político Pedagógico 2017

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ÍNDICE INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 4

I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR...................................................................... 7

1- Quadros de Identificação dos Funcionários.................................................... 9

2- Quadro de Organização das Modalidades.....................................................11

3- Histórico da Unidade Escolar........................................................................... ..13

II. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA...................................................................................... .16

1 - O que entendemos sobre o que é a criança?....................................................17

2 - A creche é ou não escola?...................................................................................18

3 - A Relação ensino-aprendizagem.........................................................................20

4 - Relação educador-educando..............................................................................22

5 - Atendimento à diversidade...................................................................................24

6 - Interações................................................................................................................25

7 - Autonomia...............................................................................................................29

8 - Gestão democrática.............................................................................................32

III. ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2016...............34

IV. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA.........41

1. Caracterização da Comunidade....................................................................41

2. Comunidade Escolar ........................................................................................43

2.1.- Caracterização .......................................................................43

2.2.- Plano de Ação para Comunidade Escolar .........................51

2.3.- Avaliação.................................................................................52

3. Equipe Escolar ...................................................................................................53

3.1.- Professores ................................................................................53

3.2.-

3.1.1 – Caracterização...........................................................54

3.1.2 – Plano de Formação para os Professores...................56

3.1.3 – Avaliação do Plano de Formação............................62

Auxiliares em Educação ........................................................63

3.2.1 – Caracterização...........................................................64

3.2.2 – Plano de Ação para os Auxiliares.............................66

3.2.3 – Avaliação do Plano de Ação...................................66

3.3.- Funcionários ...........................................................................67

3.3.1 – Caracterização...........................................................68

3.3.2 – Plano de Ação para os Funcionários........................71

3.3.3 – Avaliação do Plano de Ação....................................72

4. Conselhos ......................................................................................................... .73

4.1.- Conselho de Escola ...............................................................73

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4.1.1 – Caracterização do Conselho de Escola...................74

4.1.2 – Plano de Ação do Conselho de Escola....................75

4.1.3 – Avaliação do Plano de Ação....................................77

5. Associação de Pais e Mestres ............................................................. ...........78

V. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO.................82

1. Objetivos............................................................................ ................................82

1.1 – Objetivos da Escola..................................................................82

1.2 – Objetivos da Educação Infantil – 0 a 3 anos........................83

2. – Rompendo paradigmas com relação à fragmentação das áreas de conhecimento......84

2.1 – Planos e Conceitos – Berçário Inicial......................................86

2.2 – Planos e Conceitos – Infantil I..................................................88

2.3 – Planos e Conceitos – Infantil II.................................................99

3. Rotina........................................................................................... .....................105

3.1 – Organização do Tempo/Espaço...........................................105

3.2 – Acolhimento.............................................................................107

3.3 – Histórias... Muitas Histórias... ....................................................110

3.4 – Brincadeiras Orais ....................................................................112

3.5 – Rodas Diversas..........................................................................114

3.6 – Atividade Diversificada...........................................................121

3.7 –Atividade Simbólica..................................................................123

3.8 – Explorações...............................................................................126

3.9 – Atividades na Área Externa / Solários....................................129

3.10 – Hora da Higiene.....................................................................132

3.11 – Sono e Repouso.....................................................................134

3.12 – Refeições................................................................................136

4. Avaliação da Unidade....................................................................................138

4.1 – Avaliação das Aprendizagens das Crianças.......................139

5. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos.................................140

VI. CALENDÁRIO ESCOLAR HOMOLOGADO..........................................................143

VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................144

5.1– Caracterização..........................................................................79

5.2 – Plano de Ação da APM...........................................................79

5.3 – Avaliação..................................................................................81

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INTRODUÇÃO

A Educação Infantil é a “primeira etapa da Educação Básica, oferecida

em creches e pré-escolas, às quais se caracterizam como espaços institucionais

não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou

privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período

diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão

competente do sistema de ensino e submetidos a controle social” (Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, 2010).

Esta Unidade Escolar, intitulada EMEB “José Augusto

Oliveira Santos” tem como premissa o atendimento público

educacional às crianças de 0 a 3 anos de idade em

período integral, sendo supervisionada pelo Município de

São Bernardo do Campo e pelas leis nacionais que a

consolidam.

Este documento denominado “P.P.P.”, ou seja,

Projeto Político Pedagógico, reúne os princípios,

fundamentos, concepções e procedimentos definidos

pelas principais leis e diretrizes que regulam a Educação

Infantil em nosso país; contempla a legislação estadual e

as orientações do Município de São Bernardo do Campo

atinentes aos assuntos e normas do respectivo sistema,

bem como reúne as reflexões, anseios e encaminhamentos

desta Equipe Escolar.

Este Projeto tem como fundamento, ser, efetivamente humanizador, e

neste sentido, pensamos que, “o ser humano só alcançará sua humanidade, se

incorporar em sua subjetividade formas de comportamento e ideias criadas

pelas gerações anteriores e retrabalhadas por ele e por aqueles que com ele

convivem”, conforme bem descrito por Alessandra Arce e Lígia M. Martins. Nossa

esperança (do verbo esperançar e não esperar), é que as crianças ao longo do

percurso histórico, os quais estão (e estamos) todos inseridos, possam se

humanizar, de forma a compreender o mundo que as cerca, mas também,

transformar a realidade tal como está posta.

Neste documento, além de firmarmos nosso compromisso, primeiramente

com a humanização das crianças que estudam nesta instituição, clareamos

nossos posicionamentos frente à educação pública de qualidade, nossas

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concepções de aprendizagem,

educação, autonomia, identidade, etc.;

assim como, apresentamos o grupo de

funcionários que aqui atuam; orientamos

as ações da instituição; e definimos os

objetivos e metas que pretendemos

alcançar para a aprendizagem e o

desenvolvimento das crianças que nela

são educadas e cuidadas, tendo como

base a caracterização e os anseios da

comunidade a que pertencem.

Convidamos a todos a percorrerem as páginas deste documento para

conhecer e refletir conosco as possibilidades apresentadas... No Item I,

descrevemos a Escola e os agentes que nela atuam, bem como a organização

interna (seja das salas, dos professores, dos funcionários, etc.), perpassando pela

própria história desta Unidade Escolar.

No Item II, convidamos a todos a realizarem uma leitura minuciosa sobre

nossa Concepção Pedagógica e as diretrizes assumidas por esta equipe, e

percorrendo as páginas posteriores, apresentamos ainda, a Avaliação do ano

anterior (Item III), seguido da Caracterização e Planos de Ação para cada

segmento da escola, onde revelamos o que pretendemos discutir, refletir e

estudar com cada subgrupo (Item IV).

No Item V desvendamos como se dá a Organização e desenvolvimento

do trabalho pedagógico, com os objetivos e desafios atinentes a cada faixa

etária, seguidos de como o trabalho desenvolvido vai se delimitando no dia-a-

dia (Rotina).

Finalizando a leitura, apresentamos como se dá a avaliação nesta

modalidade de ensino, bem como ocorre a estrutura e o acompanhamento de

nossos instrumentos metodológicos e outras ações suplementares.

O P.P.P. é um documento elaborado e discutido todos os anos, levando

em conta os alunos ingressantes, os que já estudavam na U.E. no ano anterior,

os novos funcionários que adentram com o processo de remoção e os que já

estavam na escola, bem como o perfil da comunidade atendida e as

predisposições legais instaladas.

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Pensamos que, falar em P.P.P. implica pensar em “tempo”, como

satisfatoriamente diz o Professor Moacir Gadotti:

“A noção de projeto implica, sobretudo tempo: tempo para

amadurecer ideias - só os projetos burocráticos são impostos e, por isso,

revelam-se ineficientes a médio prazo; há um tempo para sedimentar

ideias; um projeto precisa ser discutido e isso leva tempo”.

Continuamos afirmando e entendendo que nossas discussões não se

esgotarão durante este ano, assim como este documento... Já que falar em

projeto implica, sobretudo falar de tempo. Tempo para discutir, experimentar,

interiorizar, refletir, agir, sonhar, realizar... e já estamos caminhando!

Sabemos que a garantia de acesso à creche, ainda é, uma problemática

existente no Município, uma vez que a população vem crescendo

continuamente, o que causa certa disparidade entre o que é ofertado e o que

é necessitado pelas comunidades locais. O acesso na creche é encaminhado

pela municipalidade, por meio da inscrição das crianças e o processo de

seleção é realizado pelo Departamento de Educação, a partir de critérios

previamente definidos para seleção das mesmas.

A permanência de todos que adentram nesta Unidade Escolar, é princípio

para garantia de direito à educação. Buscamos efetivar a permanência das

crianças, tendo em vista nossas adequações (internas) e outras que dependem,

efetivamente, da parceria com a Secretaria de Educação e famílias (externas).

Geralmente, os pais/responsáveis desistem das vagas dos filhos, por motivos de

mudança e adequações a vida cotidiana.

Esta escola busca envolver todos os seus agentes na construção de sua

identidade, é aquela que dialoga com

a comunidade, que se abre para

mudanças, interage com a tecnologia

e flexibiliza-se diante das

transformações. Não é uma escola

pronta. É uma escola que

continuadamente reflete sobre si

mesma no presente, vislumbrando seu

potencial criador e transformador

como futuro.

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I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

Denominação:

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Endereço: Estrada Poney Club, nº 1418

Bairro: Jardim das Orquídeas

Cidade: São Bernardo do Campo

Estado: São Paulo

CEP: 09853-005

Telefones: 4357-5533 / Fax: 4358-1144

CIE : 229945

E-mail: [email protected]

Localização Geográfica:

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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Diretora da Unidade Escolar

Thays Costa Santos de Mello (PRD)

Coordenadora Pedagógica

Juliana Zuzarte Patrizi Antiqueira

Orientador Pedagógico

Alzira Imaculada Vasconcellos

Psicóloga

Ana Paula Neves Lopes

Fonoaudióloga

Simone Favaretto

T.O.

Aline Cristina Barroso Silva

Modalidade de Ensino oferecido pela Unidade Escolar

Educação Infantil de 0 a 3 anos

Horário de Funcionamento

7h30 às 17h30 – Período Integral

Horário de Funcionamento Secretaria

8h às 17h

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1 – QUADROS DE IDENTIFICAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS

Detalharemos a seguir, os diversos profissionais que atuam nesta Unidade

Escolar, bem como seus segmentos e horários para atendimento das

necessidades das crianças e comunidade.

Quadro Administrativo:

Quadro Professores:

MATRÍC. NOME HORÁRIO DE

TRABALHO FUNÇÃO

37.405-0 THAYS COSTA SANTOS DE MELLO 7h00 às 17h00 PRD

38.762-9 JULIANA ZUZARTE PATRIZI ANTIQUEIRA 7h30 às 16h30 Coord. Pedag.

39.663-4 SABRINA DUARTE DA SILVA 8h às 17h Oficial de Escola

23.705-4 ALESSANDRA MORELIS 7h às 15h PROFESSORA

18.481-3 ADRIANA APARECIDA BATISTA GOMES 7h às 15h PROFESSORA

42.530-4 AGNES RAUNAIMER MONFRE 10h às 18h PROFESSORA

41.978-7 ANA PAULA XAVIER DA SILVA 10h às 18h PROFESSORA

40.067-5 CINTIA OLIVEIRA DOS SANTOS 7h às 15h PROFESSORA

38.357-8 EDIANGELA MARIA DA SILVA 10h às 18h PROFESSORA

33.409-0 EDILAINE DE PAULA B. FERNANDES 10h às 18h PROFESSORA

36.083-3 EDVANIA MARIA DA S. SILVA 7h às 15h PROFESSORA

41.671-2 MARCIA MARIA PEREIRA LIMA 10h às 18h PROFESSORA

42.537-0 MARLI LOPES DE NOVAES 10h às 18h PROFESSORA

36.707-1 MONICA XAVIER DA SILVA IYEIRI 10h às 18h PROFESSORA

36.537-0 NATHALIA DOS SANTOS FIGUEREDO 10h às 18h PROFESSORA

40.965-3 ROSANGELA BARACHO SANTOS 10h às 18h PROFESSORA

37.879-5 SANDRA ROBERTO FARIA 7h às 15h PROFESSORA

36.554-0 SUZANE CARVALHO R. DOS PRAZERES 7h às 15h PROFESSORA

38.730-2 SIMONE DE SOUSA GUEDES 7h às 15h PROFESSORA

36.939-0 MAÍRA CECÍLIA ROSSI 7h às 15h PROFESSORA

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Quadro dos auxiliares/monitores de creche:

38.115-2 ANACELI MESALINO DOS SANTOS 8h às 17h Aux. Educ.

42.142-3 ANA LUIZA COUTO LOPES 8h às 17h Aux. Educ.

41.983-4 BRUNA DANIELA SAMPAIO ROCHA 8h às 17h Aux. Educ.

34.813-6 CARLIENE DIAS DE MACEDO 8h às 17h Aux. Educ.

34.814-4 ELISABETE Mª CORSI LUCILO 8h às 17h Aux. Educ.

34.941-7 ELMIRA EFIGENIA DE O. FERREIRA 8h às 17h Aux. Educ.

38.096-0 GIANE MARIA DA S. SABATINE 8h às 17h Aux. Educ.

42.603-3 JENIFER MAYARA MONTEIRO 8h às 17h Aux. Educ.

36.024-9 LUCIENE CAVALVANTE 8h às 17h Aux. Educ.

33.284-4 MAGIOLLI CAETANO DA SILVA 8h às 17h Aux. Educ.

35.913-5 MARIA SUELI BARROS 8h às 17h Aux. Educ.

42.515-0 ROBERTA FERREIRA DE C. FERNANDES 8h às 17h Aux. Educ.

31.876-3 ROGERIO VIANA DE A. FILHO 8h às 17h Aux. Educ.

39.196-9 SILVIA REGINA NETO DOS SANTOS LIMA 8h às 17h Aux. Educ.

Quadro dos funcionários de apoio:

19.248-2 CLEIDEMAR DO NASCIMENTO 7h às 16h Auxiliar de Limpeza

61.270-5 ELIANA ALVES GOMES 9h às 18h Auxiliar de Limpeza

62.261-9 HELEY GRECIELY DOS SANTOS 9h às 18h Auxiliar de Limpeza

60.609-9 KÁTIA APARECIDA GONÇALVES 7h às 16h Auxiliar de Limpeza

19.608-8 MARLENE PEREIRA ALVES 7h às 16h Auxiliar de Limpeza

21.368-0 MARIA DAS DORES SILVA LOPES 9h às 18h Auxiliar de Limpeza

60.102-3 VANESSA APARECIDA DA SILVA 7h às 16h Auxiliar de Limpeza

Quadro dos funcionários da CONVIDA / COZINHA:

CLEONICE MENDES OLIVEIRA 7h às 16h48 Cozinheira

ERICA BASTOS GUIMARÃES 7h às 16h48 Cozinheira

RICARDINA MARIA CONCEIÇAO MADEIRA 7h às 16h48 Cozinheira

Apesar deste documento apresentar divisões entre os segmentos, temos

um modo de estabelecer nossa relação dentro desta escola, que perpassa pela

responsabilização coletiva das nossas ações. Intitulamo-nos como Equipe da

EMEB “José Augusto Oliveira Santos”.

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2 – QUADRO DE ORGANIZAÇÃO DAS MODALIDADES

Nossa escola possui oito (8) salas de aula, num total de 146 alunos

atendidos em horário integral - das 7h30 às 17h30, sendo esta estrutura

apresentada em 2016.

A atribuição de horário das professoras é feita por meio de uma escala

interna que obedece a critérios de chamamento em concurso público e

pontuação específica.

Já a atribuição das salas de aula é realizada pela Dupla Gestora

conforme perfil das turmas e professoras, obedecendo a critérios próprios de

observação.

Organização das salas e educadores

Turma N° alunos

por sala Educadores

Berçário Final 12 Mônica, Ediangela e Sueli

Infantil I “A” 16 Maira, Nathalia e Giane

Infantil I “B” 18 Suzane, Ana Paula e Elmira

Infantil I “C” 18 Edvania, Agnes e Ana Luisa

Infantil I “D” 18 Simone, Maria do Socorro e Jenifer

Infantil II “A” 20 Sandra, Rosangela e Rogério

Infantil II “B” 20 Alessandra, Márcia e Magiolli

Infantil II “C” 20 Cíntia, Edilaine e Bruna

Auxiliares - Apoio - Anaceli, Carliene, Elisabete, Luciene e Roberta

Profª Volante - Marli

Profª Substituta - Adriana

Neste capítulo apresentamos, sistematicamente, os agrupamentos como

foram formados e, no Capítulo IV, detalharemos as características das faixas

etárias, bem como o trabalho que realizaremos.

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Nossa Instituição possui documentação organizada sobre as crianças,

como: Ficha de matrícula, Cópia da Certidão de Nascimento, Cópia do Cartão

de Vacinação, Documentos expedidos por Juiz (Ex.: Documento de Guarda das

crianças), bem como Encaminhamentos Médicos, que são anexados ao

Prontuário das mesmas.

Os funcionários possuem também uma ficha com seus principais dados

para averiguação e acompanhamento, bem como fazem parte do Censo

Escolar e PRODESP.

*Os nomes das crianças estão na PRODESP para consulta, bem como na

caderneta de chamada e não são divulgados neste documento, para

proteção da identidade das mesmas.

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3. HISTÓRICO DA UNIDADE ESCOLAR

Esta Unidade Escolar está localizada no Jardim das Orquídeas, região

periférica de São Bernardo do Campo. Bairro este, que surgiu por meio de

pressão popular, uma vez que é área de manancial. O Jardim das Orquídeas

surgiu do desmembramento de olarias que funcionavam à beira da Represa

Billings, por meio da venda de lotes pela Imobiliária Santa Tereza, em meados

dos anos de 1979 e 1981.

Esta escola foi denominada “José Augusto Oliveira Santos” em

homenagem a um jovem morador do bairro que faleceu precocemente, vítima

de afogamento na Represa Billings. Soubemos que tanto José Augusto, quanto

seus familiares, participaram ativamente do movimento comunitário para

melhorias na região, tendo contribuído também, para a fundação da

Sociedade “Amigos do Bairro”.

Este vínculo com a história da comunidade deixa a herança e o desafio

de que esta escola, além de cumprir sua função básica de assegurar educação

e cuidados às crianças na faixa etária entre 0 a 3 anos, participe da vida do

bairro, das atividades aqui desenvolvidas, bem como traga para dentro da

escola as famílias atendidas.

A primeira inauguração da escola foi em 31 de Agosto de 1996, porém só

iniciou as atividades, após a reforma, em Março de 1998, vindo a ser

reinaugurada somente em 29 de Agosto de 1998.

Inicialmente, ao entrar em funcionamento em Março de 1998, apenas três

profissionais atuavam: uma monitora, uma professora que respondia pela

direção e uma merendeira, sendo que havia em funcionamento apenas uma

sala de crianças com 3 anos. Dias depois é que chegaram novas professoras e

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

foi possível ampliar o atendimento, passando a apresentar duas classes de 2

anos e duas classes de 3 anos.

Atualmente, nossa Unidade Escolar contempla 8 salas de aula com 145

crianças atendidas das 7h30 às 17h30, com 18 professores e 13 auxiliares

(conforme Identificação no Quadro págs. 8 e 9).

Com as reformas que seguiram foi possível ampliar e melhorar o

atendimento, voltados mais adequadamente às necessidades básicas e criar

espaços comuns às crianças para educação, entretenimento e formação.

Inicialmente o prédio desta Unidade escolar, assim como as últimas

creches construídas pela Prefeitura, apresentavam os seguintes espaços: 1 Sala

da Equipe Gestora, 1 Mini-Biblioteca, 1 Almoxarifado, 1 Cozinha, 1 Banheiro para

funcionários, 1 Banheiro para crianças, 1 lavanderia no corredor de passagem

do refeitório para a área externa, 1 lactário, 1 sala para berçário com banheiro

e 5 salas de aula.

Com as reformas realizadas ao longo dos anos e a última reforma

realizada em janeiro de 2008, atualmente temos os seguintes espaços: 1 Sala da

Equipe Gestora, 1 Secretaria, 1 Refeitório, 8 Salas de aula (sendo: 1 berçário e 1

sala de 1 ano com Banheiro acoplado; 3 salas de 1 ano - Infantil I - e 3 salas de 2

anos – Infantil II), Banheiro Infantil, Banheiro para visitantes, Banheiro de

funcionários, Sala de Reuniões, Cozinha, Despensa, Refeitório de funcionários

(Copinha), Sala de Apoio 1 e 2 (para guardar brinquedos e materiais),

Lavanderia, Solários (1, 2 e 3 - sendo o último, ação realizada por meio do

Conselho de Escola, que deliberou o fechamento do estacionamento, para virar

outro espaço para realização de atividades, que ocorreu em 2010) e Parque

com tanque de areia.

O endereço formal desta unidade escolar é Estrada Poney Club n° 1418,

principal via do bairro Jardim das Orquídeas, paralela à Rodovia dos Imigrantes,

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no entanto, sua entrada “real” localiza-se na Rua: Sheila de Melo Sobral, n°17

(que pela vontade de muitos moradores, seria Irmã Adriana Rubino, figura

religiosa importante por suas ações no Bairro, mas por estar viva, não pôde

continuar a denominar a rua).

Nas proximidades da Unidade Escolar, se encontram instaladas outras

escolas, sendo duas unidades municipais (EMEB’s Fernando Pessoa e Bosko

Preradovic), duas estaduais (E.E.’s Francisco Cristiano Lima de Freitas e Marco

Antônio Prudente de Toledo), quatro particulares e três filantrópicas (Creche

Jesus de Nazaré – Unidades I e II, mantida por freiras católicas e o Complexo

Educacional das Irmãs Coreanas).

Próximo à escola há também uma Unidade Básica de Saúde e uma U.P.A.,

para onde encaminhamos as crianças que necessitam de atendimento médico.

Buscamos parcerias com estes órgãos e dispomos de bom relacionamento com

Agentes de Saúde, Gerentes e até mesmo Médicos e Enfermeiros, para

atendimento às crianças e comunidade local.

Destacamos ainda, que a fila de espera para atendimento ainda é muito

grande, necessitando de um olhar mais apurado por parte dos órgãos

competentes. Este é um tema recorrente em nossas pautas de Conselho Escolar,

principalmente, porque somos obrigados em muitos casos, a matricular crianças

por ordem judicial.

O bairro também conta com uma Biblioteca Escolar Interativa na EMEB

Bosko Preradovic (nome de um líder importante do Bairro).

A administração escolar, corpo docente, funcionários, membros da APM e

Conselho de Escola e pais de alunos de forma geral, estão em constante

avaliação do espaço e das necessidades da escola e da comunidade.

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II – CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA

Neste espaço, revelaremos as concepções que adotamos nesta Unidade

Escolar e que foi objeto de trabalho/estudo por parte deste grupo.

Por meio do Projeto Político Pedagógico nos comprometeremos em fazer

valer a função sociopolítica e pedagógica da escola, de tais formas:

Oferecendo condições e recursos para que as crianças usufruam seus

direitos civis, humanos e sociais;

Assumindo a responsabilidade de compartilhar e complementar a

educação e cuidado das crianças com as famílias;

Possibilitando tanto a convivência entre as crianças e entre adultos e

crianças quanto à ampliação de saberes e conhecimentos de diferentes

naturezas;

Promovendo a igualdade de oportunidades educacionais entre as crianças

de diferentes classes sociais no que se refere ao acesso a bens culturais e às

possibilidades de vivência da infância;

Construindo novas formas de sociabilidade e de subjetividade

comprometidas com a ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do

planeta e com o rompimento de relações de dominação etária,

socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional, linguística e religiosa.

Ainda, temos como premissa, os princípios definidos na Resolução N°5, de 17

de dezembro de 2009 que fixa as Diretrizes Nacionais para a Educação Infantil.

Nossa proposta incide sobre os princípios:

*Ética – da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito

ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e

singularidades.

*Política - dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito

à ordem democrática.

*Estética: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de

expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais.

Abaixo, seguirão alguns pontos de esclarecimentos, do que pensamos a

respeito de vários temas pertinentes a criança, a escola e seus desdobramentos,

que foi fruto das discussões realizadas coletivamente, e serão revistos sempre

que necessários.

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1 - O QUE ENTENDEMOS SOBRE QUEM É A CRIANÇA

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil de 2010

assume que criança é:

“Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e

práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e

coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa,

experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza

e a sociedade, produzindo cultura”. (Brasil. Ministério da Educação- Brasília: MEC,SEB,2010)

Sabemos que as sociedades constroem suas ideias de criança e cada

uma dessas culturas apresenta uma concepção diferente.

Sendo um sujeito social, desde cedo, a criança começa a interagir com o

outro e com o meio, a princípio em sua família e em seguida na escola.

A interação é parte fundante e primitiva, dentro do contexto histórico o

qual estamos inseridos, e é próprio da arte de conviver. Arte esta, que é

caracterizada por sua complexidade, uma vez que reúne a parte singular de

cada um, que é construída, sobretudo com base nas vivências com o/do

coletivo. Como bem dizia Mario Quintana:

“A arte de viver é simplesmente a arte de conviver ...

Simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!”

Arte de viver, não tão simples, mas necessária e possível no nosso modo

de entender...

Sabemos que cada criança é um ser único, são indivíduos em condições

de aprendizagens próprias e é necessário respeitar suas necessidades, ritmos,

sua diversidade social e cultural, bem como sua constituição familiar. Ser que é

capaz de contribuir para a formação individual do outro, mas que também, por

este, é afetado/contribuído.

Sendo assim, a criança é um ser que constrói conhecimentos a partir de

conexões entre as experiências, as interações e as brincadeiras com outrem.

O conhecimento não se constitui em cópia da realidade, mas sim, é fruto

de intenso trabalho de criação e (re) significação, isto é, a criança busca

diferentes respostas para solucionar problemas, memorizar, prestar atenção em

algo e construir conceitos sobre diferentes objetos e situações, a partir das

interações e experiências compartilhadas. A criança aprende a partir daquilo

que lhe é significativo.

Projeto Político Pedagógico 2017

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2 - A CRECHE É OU NÃO ESCOLA?

Entendemos a escola como um local de construção de conhecimento,

como produto de um processo histórico que ao longo do tempo vem se

transformando, e, refletindo sobre sua constituição, suas finalidades e seus

objetivos.

Por que aqui é uma escola? A partir do momento que a creche, em seu

percurso histórico, desvinculou-se da condução da Assistência Social e foi

conduzida à Educação, assumiu um caráter educativo, ou seja, “lugar onde se

privilegia o ensino e a aprendizagem”, como muito bem revelam Alessandra

Arce e Lígia M. Martins:

“Os espaços Institucionais, destinados aos pequenos constituem-se

como escolas e, como tal, caracterizam-se por um trabalho pedagógico

sistematicamente ancorado nos domínios da ciência.

(...) Independentemente da idade daqueles que atende, é um espaço

privilegiado e ímpar para a promoção das apropriações, por todos os

indivíduos, do patrimônio cultural historicamente produzido pelos

homens...”

(in, Ensinando os pequenos de 0 a 3 anos, Ed. Alínea/2012)

O que não significa, no nosso ponto de vista, escolarizar as crianças... Este

espaço assume sua função social e educativa, que consiste em desenvolver

globalmente a criança, respeitando, a fase de desenvolvimento que lhe é

peculiar.

Nossa escola é pública, laica e gratuita, ou seja: é de todos e para todos;

não há predominância de qualquer religião ou crenças, e é mantida/financiada

pelos órgãos públicos. E o que isso significa ? Significa que esta escola: acolhe

toda e qualquer criança desta municipalidade (dentro dos limites, é claro, de

capacidade física que possuímos); organiza suas atividades pedagógicas sem

predominância de qualquer abordagem religiosa e não desenvolve atividades

com fins lucrativos.

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Sabemos que a garantia de acesso à creche, ainda é, uma problemática

existente no município, uma vez que a população vem crescendo

continuamente, o que causa certa disparidade entre o que é ofertado e o que

é necessitado pelas comunidades locais. O acesso na creche é encaminhado

pela municipalidade, por meio da inscrição das crianças e o processo de

seleção é realizado pelo Departamento de Educação, a partir de critérios

previamente definidos para seleção das mesmas.

A permanência de todos que adentram nesta Unidade Escolar, é princípio

para garantia de direito à educação. Buscamos efetivar a permanência das

crianças, tendo em vista nossas adequações (internas) e outras que dependem

efetivamente, da parceria com a Secretaria de Educação e famílias (externas).

Geralmente, os pais/responsáveis desistem das vagas dos filhos, por motivos de

mudança de endereço e adequações à vida cotidiana.

Esta escola busca envolver todos os seus agentes na construção de sua

identidade, é aquela que dialoga com a comunidade, que se abre para

mudanças, interage com a tecnologia e flexibiliza-se diante das transformações.

Não é uma escola pronta. É uma escola que continuadamente reflete sobre si

mesma no presente, para ser no futuro.

Projeto Político Pedagógico 2017

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3 - A RELAÇÃO ENSINO – APRENDIZAGEM

A escola é o ambiente propulsor de relações, por consequência promove

diferentes situações que visam conhecer, interagir e respeitar todos que nela são

e estão como protagonistas. Levando em consideração que o ser humano é

constituído a partir de vivências e culturas próprias, a criança faz parte deste

contexto, considerando que a mesma, apesar de tão pequenina, carrega

consigo as bagagens de sua própria família, como: cultura, ideias, imagens e

posturas. O que denota esta situação é a diversidade encontrada no ambiente

escolar.

Por meio desta realidade, a

criança quando adentra na escola se

depara com o novo e, envolvida em

diferentes realidades, aprende a

conhecer o outro, a lidar com as regras

e relacionar-se de forma respeitosa.

No processo de aprendizagem devemos entender que as crianças são

diferentes entre si em diversos aspectos: sócio cultural, emocional, etc., cada

uma possui um ritmo de aprendizagem, capacidades e características, mesmo

em uma sala da mesma faixa etária.

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Considerando a diversidade encontrada, o educador deve estar sempre

disposto ao novo, nunca deve achar que suas concepções são únicas e

acabadas, deve ser autor e ator de sua práxis, flexibilizando-se de acordo com

as condições e necessidades do grupo, refletindo e agindo com ética e postura

profissional. Tendo consciência disto, cabe ao educador observar, acolher,

problematizar, permitir vivências, refletir, proporcionar às crianças meios para

que possam interagir com o grupo que as cerca, ampliando as relações sociais,

criando formas de comunicação e expressão. Através das trocas sociais as

crianças aprendem com os outros, estabelecem vínculos por meio de recursos

que as mesmas utilizam como: a imitação/representação de papéis, a

linguagem e a apropriação da imagem corporal.

Desta forma, a intervenção do educador será determinante no processo

para a criança avançar. Nosso grupo assume a concepção que toda criança

tem a capacidade de aprender e para isso devemos disponibilizar, inclusive,

recursos materiais para auxi liá-la no processo de construção do saber.

A aprendizagem da criança será cada vez maior, melhor e significativa,

quando a equipe escolar oferecer um espaço acolhedor, onde a criança

adquira condições de exercitar o pensamento, a escolha, a tomada de decisão

e a interação com o grupo para a construção da autonomia. Assim, o ambiente

escolar apresenta oportunidades de aprendizado sobre si e sobre o mundo, e é

este, nosso desafio permanente.

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

4 - RELAÇÃO EDUCADOR – EDUCANDO

Como sabemos, não existe educador sem educando. Portanto, o

educador deve conhecer, analisar e acompanhar os conhecimentos dos

educandos, sempre respeitando os diferentes níveis de compreensão, as formas,

o tempo de aprendizagem, bem como as experiências que trazem consigo

para que assim possa planejar atividades que proporcionem às crianças, seu

desenvolvimento integral. Para isto, os educadores devem oferecer uma grande

variedade de atividades significativas, pensando nos objetivos que traçamos,

nas características do grupo como um todo e na individualidade de cada um.

O ambiente escolar deve ser aconchegante e acolhedor, local onde a

criança se sinta segura para que haja uma aproximação afetiva entre educador

e educando. Assim, com o passar do tempo e por meio das observações, será

possível reconhecer gestos, sinais e até mesmo o motivo do choro das crianças,

ainda que elas não utilizem a linguagem oral.

É essencial conhecer o máximo possível sobre a criança e suas

experiências anteriores, sua cultura e sua linguagem, observar e ouvir a criança

para descobrir o que ela está prestando atenção ou no que está interessada e

quer aprender.

O educador é: o mediador entre a criança e o

mundo que a rodeia; aquele que estimula a criança à

curiosidade para a construção do conhecimento; é o

organizador de um ambiente favorável às

aprendizagens; assim como o facilitador para realização

de suas escolhas (como por exemplo: atividades

diversificadas, músicas, etc).

O educador deve apresentar oportunidades para

a criança vivenciar: descobertas, sentimentos,

exploração de materiais, construção de conhecimento,

Projeto Político Pedagógico 2017

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interação com as outras crianças e adultos, resolução de conflitos, etc. Nessas

situações cabe ao professor intervir, propiciando interação com crianças de

diferentes níveis de desenvolvimento, bem como garantir seu espaço individual.

No capítulo V, revelaremos os saberes das faixas etárias, o que podem saber

mais e nossos desafios com cada uma delas.

Para tanto, entendemos que toda equipe escolar é responsável direta ou

indiretamente pelo processo educativo das crianças, favorecendo o respeito

mútuo, a afetividade, a valorização e a confiança. Todos da equipe escolar são

corresponsáveis para garantia dos direitos e do desenvolvimento integral das

crianças.

Projeto Político Pedagógico 2017

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5 - ATENDIMENTO À DIVERSIDADE

Entendemos que a Escola é o local onde a diversidade se faz presente, é

o local que traduz a escola para e por todos, que visa desenvolver um

planejamento e uma prática que atenda a diversidade dos alunos e valorizem

ao mesmo tempo, sua individualidade.

Para que a diversidade seja incorporada pelas crianças, a atitude de

aceitação do outro em suas diferenças e particularidades precisa estar

presente nos atos e atitudes dos adultos com quem convivem na

instituição, bem como em situações de aprendizagem em que esta questão seja

tema de conversa de trabalho.

Falar em diversidade implica em complexidade, tendo em vista que, falar

em inclusão não depende apenas dos profissionais que aqui atuam, mas de

uma estrutura organizacional da sociedade, dos órgãos públicos, etc.

Apesar da complexidade que envolve o tema, firmamos um compromisso

em atender com qualidade a todos, independentemente da classe, etnia,

gênero, sexo, credo religioso e características individuais ou necessidades

educacionais especiais.

Temos consciência que, estamos a caminho para a efetivação dessa

escola inclusiva, mesmo porque, precisamos vencer barreiras tanto internas,

quanto externas, mas estamos buscando essa implantação pensando até

mesmo na organização da rotina, do planejamento que leva em conta a

individualidade e as necessidades de cada um, se estendendo a oferta da

merenda, acolhimento das crianças e das famílias, etc.

É interessante que a escola venha a valorizar as características de cada

um, sabendo que a criança expressa a cultura vivida em sua própria família, e

que possui habilidades que enriquecem o conhecimento e a vivência na

instituição.

De fato, o desejo, como já dissemos anteriormente, é que a escola pública

seja de qualidade para todos, além de ser um espaço para aprender a fazer,

aprender a ser, aprender a conhecer e aprender a viver juntos, e sabemos que

há um caminho longo a trilhar.

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6 - INTERAÇÕES “Através dos outros, nos tornamos nós mesmos”

(Vygotsky)

Desde o nascimento interagimos com um mundo de pessoas, objetos,

lugares, cheiros, cores, etc.

Vygotsky (1994), ao destacar a importância das interações sociais, traz a

ideia da mediação e da internalização como aspectos fundamentais para a

aprendizagem, defendendo que a construção do conhecimento ocorre a partir

de um intenso processo de interação entre as pessoas. Portanto, é a partir de

sua inserção na cultura que a criança, por meio da interação social com as

pessoas que a rodeiam, vai se desenvolvendo.

A criança, ao ingressar na instituição de Educação Infantil, traz consigo

conhecimentos já decorrentes de suas interações na instituição familiar, e, ou,

favorecidas por ela.

A escola, por sua vez, tem o papel de observar e escutar as crianças para

conhecer a riqueza de sua cultura infantil, uma vez que acreditamos que as

mesmas são capazes de produzirem cultura desde a mais tenra idade.

Ao chegar à instituição escolar, a criança deve se deparar com um

ambiente acolhedor em que possa sentir-se segura para interagir com o meio e

com os outros.

As interações acontecem em

diferentes âmbitos (criança x criança,

criança x adulto, adulto x adulto, escola x

família), sendo que cada um deles exerce

papel fundamental no desenvolvimento de

cada educando.

O educador tem seu papel marcado

pela função mediadora, ou seja, é

Mediador de saberes, de relações, de

conflitos, entre outros... Mediação esta carregada de afetividade e carinho, pois

por meio destes ingredientes é possível estabelecer uma relação de confiança e

segurança para os pequenos.

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Nesta unidade escolar vemos o papel da interação, do momento em que

as crianças passam pelo portão e são recebidas

cordialmente pelas funcionárias da Equipe de

Apoio, passando pelo momento das refeições,

onde as merendeiras incentivam e auxiliam na

alimentação e culminando nos mais diversos

momentos da rotina, onde as crianças têm a

oportunidade de interagirem entre si, bem como

com educadores e demais funcionários .

Os educadores desta creche assumem o

papel de mediadores, como já explicitado

anteriormente, ao longo do dia, a fim de que as

crianças reconheçam seus próprios limites e os dos

outros por meio do diálogo, da cooperação e da

vivência em grupo.

Algumas propostas também são pensadas

para favorecer a integração de todas as crianças,

independente da faixa etária, uma vez que

acreditamos que as aprendizagens acontecem por meio de parceiros com

experiências diferentes. São elas: as inter salas – atividade realizada entre os

grupos de todas as turmas, com propostas que propiciem experiências de

interação entre crianças de diferentes idades e com adultos de outros grupos.

Esta proposta é importante porque a organização dos agrupamentos desta

unidade, é feita por faixa etária e com adultos referencia que permanecem ao

longo do ano na mesma turma.

Na proposta de inter salas, são pensadas em diversas atividades em

diferentes espaços, de modo que cada criança possa escolher onde e o que

fazer naquele momento. Essa proposta é planejada para acontecer

quinzenalmente, com objetivos de desenvolver atitudes de iniciativa, escolha,

integração, avaliação, além de auxiliar na construção da autonomia das

crianças.

Durante o intersalas, a escola como um todo, é envolvida a fim de garantir

a boa circulação dos alunos, sua segurança e participação. Nesse momento as

Projeto Político Pedagógico 2017

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propostas são pensadas objetivando a pluralidade de experiências, e

consequentemente novas

aprendizagens.

Tais atividades

englobam os seguintes eixos:

- Atividades: utilizando

estações de desafios corporais,

circuitos com obstáculos,

circuitos temáticos, circuitos com motocas, dança.

- Simbólicas: casinha, médico, escritório, salão de beleza, feira,

marceneiro, mecânico, veterinário, quarto de bebê, entre outros.

- Exploração: materiais não estruturados, com diferentes texturas; cores,

formas, temperaturas, flexibilidade, sucata, etc.

- Artes: utilizando as diferentes técnicas e materiais para produção artística

( desenho, pintura, colagem, dobradura, modelagem, etc.).

- Jogos: propostas com regras para atingir um objetivo ( boliche, jogo das

argolas, quebra – cabeça, jogo da memória, dominó de imagens, tomba lata,

boca do palhaço, etc.).

- Sala de histórias: diferentes maneiras de contato com histórias (contação

pelo educador, fantoches, imagens, sequenciadas, livros, DVD’s, etc).

Leitura de imagens, artes, jogos com regras simbólicas, exploração corpo

e movimento, entre outros.) Desta forma, as crianças interagem com os colegas

de outras turmas, bem como com outros educadores e funcionários. Essas

atividades ocorrem quinzenalmente, com duração de meia hora à quarenta e

cinco minutos.

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Entre uma proposta de inter sala e outra, temos um encontro coletivo. Este

encontro se caracteriza por uma proposta

organizada pelos adultos que trabalham na

unidade independente da função e possibilita

diferentes experiências na qual as crianças

identifiquem potenciais criativos inerentes aos

humanos independentes das atuações

profissionais, bem como os múltiplos papéis que

podemos assumir nas diversos contextos e

situações sociais.

Além disso, ao término da atividade, as

crianças participam de uma roda de conversa, na

qual poderão falar sobre o que vivenciou para os

demais colegas, suas experiências e

aprendizagens nas atividades que teve a

oportunidade de vivenciar. Verdadeiramente, este

momento é planejado, com intuito de reconstituir o

que foi vivido(ouvir os relatos das crianças), de maneira que tudo isso passa a

compor a história do grupo, favorecendo assim a construção da identidade

coletiva. Nestas situações utilizamos de alguns recursos para a realização do

registro, como: gravação das falas, fotografias e depois são compostas com os

balões de “fala”, filmagens, de ntre outros.

Projeto Político Pedagógico 2017

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7 - AUTONOMIA

O conceito de autonomia confunde-se com o de liberdade, no entanto, a

autonomia consiste na qualidade de um indivíduo tomar suas próprias decisões

de acordo com os princípios universais, com base na razão.

O principio da autonomia é constantemente levado à reflexão em nossa

U.E. devido sua importância na formação do indivíduo e sua inserção na

sociedade. Mediante isso, acreditamos que inicialmente é importante

esclarecer o conceito da palavra autonomia. Segundo o dicionário Aurélio:

“Diz-se que autonomia é a faculdade de se

governar por si mesmo. Propriedade pela qual

um homem pretende escolher as Leis que

regem sua conduta.”

Ainda segundo o Referencial Curricular Nacional, “é a capacidade de

conduzir e tomar decisões por si próprio, levando em conta regras, valores,

perspectivas pessoais, bem como a perspectiva do outro”.

Sabemos que a criança necessita desenvolver esta capacidade uma vez

que biológica e socialmente ela encontra-se em outro estagio denominado

heteronomia. Este distingue-se da autonomia pois trata-se da condição “de

pessoa ou de grupo que receba de um elemento que lhe é exterior, ou de um

principio estranho, ou de um principio estranho à razão, a Lei a que se deve

submeter” (Dicionário Aurélio).

Escolher trabalhar a luz do principio de autonomia foi opção adotada em

nossa Unidade Escolar, pois acreditamos que esta contribuirá para a construção

de um sujeito mais humano, mais crítico, criativo, e autor da sua própria vida.

A autonomia em suas diversas dimensões (Afetiva, Social, Física/Fisiológica

e Cognitiva) promove a construção de valores como a cooperação, a

solidariedade e a reciprocidade, que é própria da sociedade adulta, que

devem ser introduzidos aos pequenos desde o berço.

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Entendemos que nesta faixa etária, a criança de 0 a 3 anos não tem a real

compreensão do que é autonomia efetivamente, mas temos como premissa a

preparação para vivência em

sociedade e o exercício

consciente de sua autonomia.

Para que venha a alcançar a

autonomia se faz necessária a

formação de inteligências ativas,

proporcionando e propiciando a

cooperação entre iguais e

respeitando a criança como sendo um sujeito construtor de seu conhecimento.

Nosso trabalho então tem como objetivo o exercício da autonomia.

Autonomia nas pequenas ações e dentro das possibilidades que o sujeito desta

faixa etária pode apresentar.

Cabe ao educador proporcionar um ambiente que possibilite a construção

de valores como a cooperação, solidariedade, reciprocidade, etc. e a

construção destes valores só é possível quando este ambiente é baseado em

um contexto que considera regras de convivência, a perspectiva pessoal, bem

como a perspectiva do outro.

Para isso oportunizamos atividades (Ex. Escolha e divisão de brinquedos;

atividades frente ao espelho e brincadeiras de esconder - reconhecimento de si

e do outro; gestos de afetividade ; desculpas e carinho, bem como a

negociação) que promovem a cooperação e a socialização entre os sujeitos.

Nosso trabalho vai à perspectiva de que a criança, aos poucos, vá se

deslocando do seu egocentrismo inicial (o que é normal nesta faixa etária) e

coloque-se na perspectiva do outro. É na constância do trabalho do dia-a-dia e

na intencionalidade de nossas ações que o nosso trabalho vai se constituindo.

Projeto Político Pedagógico 2017

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Os combinados na educação infantil são regras

refletidas com as crianças com o intuito de fazê-las

pensarem em/sobre suas decisões, a fim de que estas

favoreçam uma boa convivência, o respeito a si e ao

espaço do outro; sua decisão e a do outro. Estes são

inseridos aos poucos, para que percebam a sua

finalidade. São repetidos muitas vezes, incentivando-os

a pratica-los, bem como gestos de solidariedade, de

respeito ao outro, de cuidado com os materiais,

pertences e higiene pessoal.

O adulto dentro desse processo deve ser coerente,

pensando que somos o modelo de comportamento

para as crianças e os combinados levantados com as

crianças devem ser refletidas nas ações do adulto.

Cabe a nos educadores a pesquisa constante em busca de uma

educação ativa, rica e interativa, na qual a construção do conhecimento e

feito por ambos, professor e alun o.

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8 -GESTÃO DEMOCRÁTICA

A gestão democrática é o exercício cotidiano de convivência entre

alunos, professores, pais, direção e equipe de apoio; e é permeada por relações

vinculares complexas, multiplicidade de concepções e referenciais, conflitos e

divergências.

O objetivo da gestão democrática vem dentro deste contexto: conhecer

melhor o conjunto das necessidades e opiniões de todos os envolvidos no

processo e com isso ampliar a aprendizagem das crianças.

A participação das famílias vem se estendendo para além das reuniões e

eventos, pois, como por exemplo, as mesmas participam também da escolha

dos temas dos Projetos que serão desenvolvidos ao longo do ano, ou até mesmo

como está acontecendo neste ano de 2015, as famílias estão oferecendo suas

próprias residências com intuito de proporcionar diferentes vivências e ampliar

as experiências das crianças com temas relacionados ao meio ambiente, hortas,

animais da fazenda, dentre outros. Isso porque algumas possuem criação de

galinhas, vacas leiteiras e/ou hortas, possibilitando nossos estudos do meio nestes

ambientes.

De forma que, considerar o interesse das famílias foi decisivo para a

organização de um trabalho em parceria.

Estas ações também têm sido intensificadas com a participação da

comunidade por meio dos órgãos colegiados: APM e Conselho de Escola.

Sabemos que estas ações não são protagonizadas com facilidade uma vez que,

vivemos historicamente um período longo de ditadura onde esta, não permitia

ou vedava toda e qualquer forma de participação. Ainda, estamos num

processo de aprendizagem da Democracia e sabemos que isso leva tempo...

Um dos princípios preconizados pela atual gestão da SE se refere à

dimensão relacionada ao Acesso e Permanência na Educação.

Ao avaliarmos este princípio na atual Política de atendimento à creche

identificamos, por exemplo, que ainda não está universalizado neste Município e

não há uma proposta clara que vislumbre este caminho!

Há que se revisitar esta lógica, acreditamos que há algumas questões que

merecem um olhar mais apurado e reflexivo. Só para se ter ideia, nesta Unidade

Escolar, as inscrições foram de 339 crianças, sendo que a oferta de vagas reais

foi apenas de 65. Estas crianças que não foram contempladas e suas famílias se

tornam reféns de instituições conveniadas ou filantrópicas. O município tem

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

grandes desafios a serem superados, sendo que um deles, diz respeito à oferta

de vagas.

Em nossa avaliação de

Conselho de Escola e APM este

conteúdo é tema recorrente de

análises e reflexões. O acesso é

tema bastante discutido, com

encaminhamentos à Secretaria de

Educação, com relação ao

número em excesso de crianças

no Berçário e Infantil I, bem como, de pais representantes no PPA do Bairro, com

reinvindicações a respeito da necessidade de construção de mais escolas na

região.

De fato, lamentamos que haja fila de espera nesta Unidade Escolar, e que

uma grande parcela da população infantil fique sem um trabalho tão

comprometido. Temos plena consciência que, também, não podemos carregar

os ônus das superlotações das salas. Reforçamos nosso sofrimento com os

mandatos de justiça expedidos pelo juiz para matrícula nas salas, que vão além

das determinações e regulamentações do número de crianças por sala.

Neste sentido, as ações são voltadas para incluir ao máximo as opiniões e

decisões da comunidade escolar. Nem sempre todos os segmentos conseguem

estar presentes (o que entendemos), mas a responsabilidade de gerenciar as

necessidades da escola é sempre compartilhada. As reuniões sempre são

marcadas e divulgadas com antecedência, sendo que ainda buscamos o

melhor horário para um maior número de participantes. Todas as ações são

compartilhadas com Boletins informativos bimestrais.

Desta forma todos ficam a par tanto das conquistas da Unidade Escolar,

dos investimentos realizados, assim como das necessidades que são apontadas

ao longo do documento.

Projeto Político Pedagógico 2017

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III. ANÁLISE E REFLEXÕES DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA

EQUIPE ESCOLAR EM 2016

SISTEMATIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO 2016.

DIMENSÃO 1 – Planejamento Institucional

Nesta dimensão, procuramos identificar como estava a qualidade do PPP em relação a: proposta pedagógica consolidada; planejamento, acompanhamento e avaliação e o registro da prática educativa e constatamos:

Quanto ao registro da prática educativa, observamos que a maioria das professoras

apresenta um olhar aguçado e cuidadoso no momento do registro reflexivo. Assim

como o olhar distanciado do educador para sua própria ação como objeto de análise,

permitindo a reflexão crítica dos seus fazeres, possibilitando-lhes perceberem as

potencialidades de cada criança e, a partir disso, pensaram e replanejaram suas

ações, novas intervenções e novos focos de observação e registros coerentes.

Observamos ainda que, a ausência de um tempo maior entre o trio de

educadores em sala dificultou a realização destes registros conjuntos, de forma que eles

foram realizados individualmente pelas professoras e partilhados umas com as outras a

fim de conhecerem as múltiplas experiências das crianças.

Desta forma, constatamos que existe a necessidade de organizar um horário

entre o trio de educadores da sala para discutirem sobre as crianças, assim como

planejarem algumas atividades juntos, visando aprimorar o olhar pedagógico do trio

que por sua vez terá sua prática refletida num trabalho mais alinhado. Como por

exemplo, as professoras sugeriram que fosse oportunizado um período durante as

reuniões pedagógicas e também, quinzenalmente um rodízio entre as professoras

volantes para assumirem a condução das salas visando que estas discussões

aconteçam.

Projeto Político Pedagógico 2017

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Além disso, é necessário favorecer o encontro dos dois professores da sala para a

realização e discussão dos registros com a equipe gestora. No entanto, este indicativo

foi prejudicado devido às demandas ao longo do ano e tivemos uma defasagem

significativa de professores volantes na escola, de modo que necessitamos realizar

acordos internos para que ao menos as substituições nas salas de aula fossem

garantidas.

Outro aspecto que necessita de uma atenção maior está relacionado às

devolutivas dos registros e planejamentos pela Coordenadora Pedagógica.

Ao longo deste ano organizamos estudos do

meio com a equipe escolar, como por exemplo:

MASP, visitação à exposição “Histórias da Infância” e

à BIENAL DE ARTE com o tema “Incerteza Viva”, a fim

de propiciar a multiplicidade de experiências, as

múltiplas vivências, trocas que enriquecessem a

prática pedagógica, promovessem uma

sensibilização do olhar e inspirasse a todos.

Observamos que estas experiências

enriqueceram o planejamento das vivências,

de maneira que, as obras de arte

começaram a fazer parte da vida das

crianças como instrumento de leitura de

mundo e de si mesmas. Além de ampliar o

universo cultural das crianças, contribuiu

também para o desenvolvimento como a sensibilidade e a criatividade,

As vivências citadas acima refletiram positivamente nas práticas da equipe

escolar como, por exemplo, o Projeto Coletivo “Brinquedos e brincadeiras” que inspirou

Projeto Político Pedagógico 2017

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e impulsionou a participação no Seminário “Territórios de Aprendizagem” com esse e

outras práticas que acontecem rotineiramente na escola, que foi muito gratificante

para todos os envolvidos.

Desde o começo do ano nos organizamos com os horários destinados à Jornada

Formativa (HTPC, HTP e HTPL), de forma que estes “tempos” puderam ser aproveitados

para organização de atividades coletivas, planejamentos, registros reflexivos,

formações, avaliações, dentre outros.

Durante HTPC’s, ao longo do ano, alguns temas foram trabalhados como por

exemplo: Modalidades Organizativas, Avaliação/Relatórios, Importância dos Registros,

Foco na observação das crianças, dentre outros.

Também não tivemos, ao longo deste ano, professores volantes na escola

disponíveis para que pudéssemos fazer um rodízio facilitando um momento em que os

professores titulares de sala trocassem informações, ideias, facilitando assim a

elaboração de planejamentos, registros, avaliações das crianças, uma vez que

houveram muitas licenças, inviabilizando a efetivação desta ação.

Projeto Político Pedagógico 2017

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DIMENSÃO 2 – Multiplicidade de Experiências e Linguagens

Nesta dimensão, procuramos identificar como estava a qualidade do PPP considerando o

princípio do acesso ao conhecimento pautados pelos valores: Crianças construindo sua

autonomia; relacionando-se com o ambiente natural e social; tendo experiências agradáveis e

saudáveis com o próprio corpo; expressando-se por meio de diferentes linguagens plásticas,

simbólicas, musicais e corporais; experiências agradáveis, variadas e estimulantes com a

linguagem oral e escrita e reconhecendo suas identidades e valorizando as diferenças e a

cooperação. Constatamos:

Consideramos que este ano foi um ano muito enriquecedor, de maneira que

promovemos saídas pelo bairro. Por diversas vezes, ao longo do ano as crianças foram

ao Poliesportivo do Bairro vivenciar atividades ligadas à Sequenciada das Olimpíadas

2016, assim como ao Projeto Coletivo “Brinquedos e Brincadeiras”. Para estes momentos

contamos com a mobilização de toda a equipe escolar, com a flexibilização de

horários e períodos, com o revezamento das turmas, além do auxílio de alguns

transportadores escolares que depois do pedido da Gestão escolar se dispuseram a

ajudar voluntariamente para que estes estudos do meio acontecessem mesmo em dias

de chuva.

Algumas turmas promoveram saídas pelo bairro como, por exemplo, a visitação

ao supermercado “Joanin” com diferentes objetivos.

A equipe concluiu que existe a necessidade de pensar em novas possibilidades

de modo que sejam garantidas as saídas pelo entorno do bairro com maior frequência,

tais quais não necessitam ser custeadas pela verba da APM.

Este ano, um combinado foi realizar um Estudo do Meio de acordo com os

interesses das crianças de cada turma e, pensando que atendemos crianças muito

pequenas, concordamos que no segundo semestre todos estariam mais maduros e a

equipe inicialmente decidiu que deveríamos escolher um período em que o clima

estivesse favorável, de forma que o mês escolhido foi Novembro. No entanto, após

terem vivenciado estas experiências, avaliarmos os aspectos positivos e negativos, a

equipe indicou que para o próximo ano organizássemos as saídas pedagógicas de

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

forma que estivessem organizadas entre o primeiro semestre e a outra no segundo

semestre por uma questão de melhor organização dos planejamentos.

Salientamos que o aumento no quadro de auxiliares e a flexibilização das

Jornadas Formativas, ao longo deste ano, viabilizou uma ótima organização dos Estudos

do Meio.

A participação das famílias já foi favorecida desde o começo do ano, de forma que

todas tiveram oportunidade de escolher entre três temas de

Projetos Coletivos que poderiam ser trabalhados com as

crianças ao longo do ano. Consideramos que houve

grande adesão da comunidade, que enviaram suas

respostas, sendo que os dois temas mais votados foram:

Região Nordeste e Brinquedos e Brincadeiras, tal qual o

último ganhou por poucos votos a mais.

As famílias foram convidadas a vivenciarem com as

crianças Brinquedos e Brincadeiras de sua infância, de

forma que as professoras combinaram com os pais os

horários em que eles pudessem estar dentro da escola

compartilhando suas vivências e experiências.

A participação das famílias superaram as expectativas e contribuiu para o sucesso

do Projeto, visto que em alguns casos houve inclusive integração entre turmas. Estes

momentos foram tão positivos que os motivou a se disponibilizarem para auxiliarem em

atividades permanentes da nossa rotina, como por exemplo: almoço, escovação,

dentre outros. Isso tudo despertou um olhar solidário com relação ao trabalho dos

professores e auxiliares.

Observamos que, ao longo deste ano, as famílias estiveram mais próximas da escola

de modo que sua participação se deu nas seguintes:

Sábados letivos;

Homenagem à equipe escolar;

Voluntariado na Manutenção das Máquinas de Lavar, consertos das portas

dobradiças, manutenção elétrica e hidráulica da escola;

Culinárias.

Projeto Político Pedagógico 2017

39

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Durante este ano, elaboramos um rodízio em que os auxiliares do módulo se

revezassem entre as salas do Infantil I para que as professoras pudessem contar com

maior auxílio durante as atividades mais elaboradas de modo que as crianças tivessem

todo acompanhamento necessário.

Tentamos antecipar os planejamentos semanais, no entanto, nem sempre foi possível.

O grupo esteve preocupado e engajado com os planejamentos das atividades

com foco na importância da linguagem oral e na intencionalidade das mesmas!

Foi por meio de Formações nos HTPC's que pesquisamos algumas teorias que nos

auxiliasse na compreensão da oralidade, assim como na diferenciação entre: fala,

linguagem, língua e comunicação. Para ampliar nosso olhar e sensibilizar todos os

envolvidos diariamente com a educação das crianças (equipe de apoio, cozinha,

oficial, auxiliares e professores), numa Reunião Pedagógica recebemos Marisa

(psicóloga) e Janice (fonoaudióloga), que fazem parte da Equipe de Orientação

Técnica, com uma formação com o Tema: "Aquisição e Desenvolvimento da

Linguagem" Nesta formação, todos puderam se aproximar ainda mais da importância

deste trabalho com as crianças diariamente, momentos de discussão e reflexão foram

proporcionados acerca do que já fazemos sem intencionalidade, o que podemos

modificar o olhar e o cuidado que precisamos ter ao conversar com as crianças.

Algumas professoras conseguiram registrar as experiências proporcionadas

durante as vivências com as crianças com o enfoque na oralidade por meio de relatos,

áudios, vídeos, dentre outras estratégias. Além disso, algumas deram continuidade à

reflexão da oralidade por meio da escuta atenta aos áudios/vídeos, roda de conversa

sobre as percepções das crianças, dentre outros aspectos. Observamos que este

trabalho foi de grande valia para o desenvolvimento da linguagem oral das crianças,

alem do olhar diferenciado dos professores diante destas vivências, proporcionando um

trabalho intencional e principalmente, reflexivo!

Projeto Político Pedagógico 2017

40

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Quantos às atividades coletivas, desde o início do ano, planejamos e organizamos

maneiras de como poderíamos garantir esta prática pensando em garantir uma

regularidade, de forma que a Equipe Gestora esteve sempre trabalhando em conjunto

para a efetivação destas e outras práticas. Assim, no HTPC de março, após a

adaptação das crianças, organizamos nossa planilha por meio de sorteios entre as

duplas de turmas que ficariam responsáveis em cada mês pelas Apresentações

Coletivas (2 apresentações de cada turma ao longo do ano), de forma que todas as

crianças se reuniram no refeitório da escola para vivenciarem uma experiência

diferenciada.

Desta forma, todos os meses, foi realizada uma apresentação diferente, sendo que

todos estiveram preocupados em ampliar os repertórios das crianças por meio de

diferentes modalidades de apresentações: musicais, histórias, teatros, entre outras... No

entanto, apontamos que ainda existe a necessidade de maior envolvimento e

disponibilidade voluntária de toda a equipe escolar, independente de estarem

envolvidos diretamente ou não com a proposta, colaborem com a montagem,

desmontagem, conduzindo as crianças para os lugares, tendo em vista que o trabalho

é coletivo, mesmo porque o foco são as crianças e o objetivo é que tudo transcorra da

melhor forma possível.

Esta prática foi tão significativa tanto para as crianças quanto para os professores,

que inspirou um trio de professoras para apresentarem este tema no Seminário

"Territórios de Aprendizagem" que aconteceu no mês de Setembro. Foi extremamente

significativo este momento de partilha de conhecimentos entre professores de outras

unidades escolares, demonstrou o quanto estamos engajados com nossos pequenos e

as múltiplas experiências que lhes são proporcionadas, garantindo um bom

desenvolvimento.

Projeto Político Pedagógico 2017

41

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

IV. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS

DE ATUAÇÃO DA ESCOLA

1. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE

Segundo dados de 2012 (Medici, Ademir. São Bernardo 200 anos depois, São

Bernardo do Campo, 2012), o Bairro Jardim das Orquídeas possui 2.766 residências

com inscrições imobiliárias e um total de nove mil eleitores. A escola está em

local asfaltado, servida por transporte coletivo e infraestrutura básica.

Localizada numa região de manancial, o bairro Jardim das Orquídeas, existe há

cerca de 30 anos e passou por um processo de urbanização há alguns anos.

Muitas residências ainda se encontram em construção com casas térreas e

assobradadas, observa-se uma estrutura de ocupação planejada com lotes de

bom tamanho e ruas largas. O sonho dos moradores ainda é permeado pela

vontade da regularização fundiária.

É necessário salientar que apesar da escola estar localizada no Jardim das

Orquídeas, as crianças atendidas são oriundas de outros bairros próximos, como:

Jardim Telma, Las Palmas, João de Barro, Parque Ideal, Jardim das Garças, Novo

Horizonte, Parque Alvarenga, Laura, entre outros.

O entorno da escola é ocupado por barracas de vendedores ambulantes

com característica comercial variadas: alimentos, CD’s, DVD’s, especiarias, etc.

Próximo à escola e em todo bairro, existem diversos estabelecimentos

comerciais: farmácia, supermercado e pequenos mercados, panificadoras,

doceiras, madeireiras, bazares, açougues, lojas de móveis, floriculturas, chaveiro,

loja de materiais de construção, consultórios odontológicos, dentre outros. Às

Projeto Político Pedagógico 2017

42

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

terças-feiras acontece a feira livre na avenida principal do bairro, a Estrada do

Poney Club.

Quanto aos equipamentos para esporte e lazer, o bairro conta com uma

quadra e um ginásio poliesportivo, duas academias de ginástica e um campo

de futebol. Ainda é precário com relação ao oferecimento destes serviços e a

população espera investimentos, principalmente para atração de jovens e

crianças.

Projeto Político Pedagógico 2017

43

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

São Paulo99%

Alagoas1%

2. COMUNIDADE ESCOLAR

2.1 – CARACTERIZAÇÃO

Em 2017 foi realizada, em nossa Unidade Escolar, uma pesquisa para que

pudéssemos, com as informações obtidas, traçar um perfil das famílias atendidas

pela EMEB José Augusto. Os dados coletados, num primeiro momento, de ordem

burocrática, foram coletados na ficha de matrícula e, posteriormente, foram

realizados alguns levantamentos de dados mais específicos relacionados à vida

familiar e social da criança por meio de questionários enviados aos familiares.

Com este perfil traçado, direcionaremos o nosso trabalho de acordo com

as características de cada segmento.

Obtivemos 127 pesquisas respondidas no total, o que corresponde a 85%

do total de nossas crianças.

Seguem dados apontados nos gráficos abaixo e segmentos pesquisados:

Origem das crianças

As pesquisas demonstram que grande parte das crianças são oriundas do

Estado de São Paulo, com pouca preponderância em outros Estados.

Projeto Político Pedagógico 2017

44

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

São Paulo67%

Bahia10%

Pernambuco4%

Guatemala1%

Alagoas1%

Ceará6%

Paraná2%

Minas8%

Rio de Janeiro1%

São Paulo64%

Bahia7%

Pernambuco4%

Paraíba2%

Alagoas1%

Ceará4%

Paraná2%

Minas8%

Piauí5%

Destrito Federal1%

Rio Grande do Norte

2%

Origem do Estado onde os pais das crianças nasceram:

Conforme apontamento do gráfico, a maioria dos pais dos alunos são

provenientes do Estado de São Paulo, seguidos de uma boa porcentagem da

Bahia, Ceará e Minas Gerais. Logo em seguida aparecem os Estados de

Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Piauí, Paraná, e por último Goiás e Rio de

Janeiro.

Origem do Estado onde as mães das crianças nasceram:

Tendo em vista o gráfico a seguir é possível afirmar que as mães também

são em grande parte provenientes do Estado de São Paulo, seguidos das

nascidas na Bahia.

Projeto Político Pedagógico 2017

45

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Idade dos Pais das crianças

A maioria dos pais possui idade entre 26 a 32, seguidos de uma boa

parcela com idade entre 33 a 39 anos.

De 15 a 20 anos6%

De 21 a 29 anos29%

De 30 a 35 anos34%

De 36 a 40 anos18%

De 41 a 5013%

Idade das mães das crianças

A maioria das mães possui idade entre 26 a 32 anos, seguidos de uma

parcela considerável com idade entre 18 a 25 anos.

De 15 a 20

anos11%

De 21 a 29 anos29%

De 30 a 35 anos38%

De 35 a 40

anos13%

Mais de 419%

Projeto Político Pedagógico 2017

46

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Escolaridade dos Pais

Podemos verificar que o grau de escolaridade predominante no

segmento “Pais” é o Ensino Médio completo, seguido pelo Ensino Fundamental

incompleto.

Fund. Completo5%

Fund. Incompleto

16%

Médio Completo

54%

Médio Incompleto

13%

Superior Completo

5%

Superior Incompleto

5%

Não possui escolaridade

2%

Escolaridade das Mães

Percebemos abaixo que a escolaridade das mães tem predominância no

Ensino Médio, vindo seguida de uma parcela significativa do Ensino Superior

completo e incompleto.

Fund. Completo

10%

Fund. Incompleto

13%

Médio Completo

52%

Médio Incompleto

14%

Superior Completo

7%

Superior Incompleto

2%

Não possui escolaridade

1%

Pós-Graduação1%

Projeto Político Pedagógico 2017

47

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Quantidade de irmãos das crianças

Observamos que a maioria das crianças não possui irmãos, seguidos dos que

possuem apenas um irmão.

Não possui irmãos

39%

1 irmão26%

2 irmãos23%

3 irmãos7%

4 irmãos5%

Com quem vive a criança

Mais da metade das crianças vivem na mesma casa com o pai e mãe,

seguido de uma parcela significativa que vive somente com a mãe.

Mãe e Pai69%

Só com mãe20%

Com avós6%

Outros5%

Projeto Político Pedagógico 2017

48

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Quantidade de pessoas que moram com a criança

Grande parte das famílias possui de três a quatro integrantes morando na

mesma casa, seguidos das famílias que se constituem de cinco membros.

2 pessoas7%

3 pessoas33%

4 pessoas32%

5 pessoas18%

6 pessoas8%

7 pessoas ou mais2%

Criança tem acesso

Segundo a pesquisa que realizamos com as famílias destaca-se como

principal mídia a qual as crianças têm acesso à televisão. Em segundo lugar vêm

papéis para desenhar, seguido do acesso aos livros, bem como o computador e

revistas, que também aparecem com um número significativo.

TV44%

Revistas / Jornais

7%

Vídeo Game10%

Computador19%

Livros / Gibis20%

Nenhum0%

Projeto Político Pedagógico 2017

49

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Alimentos preferidos pelas crianças

Dos alimentos citados pelas famílias podemos destacar como os preferidos:

arroz, carne, macarrão e leite.

0

20

40

60

80

100

120

140

Consideramos e validamos todas as informações que são levantadas, no

entanto, entendemos que somos agentes transformadores, que podemos mudar

muitas práticas que em casa talvez as famílias não consigam, e vice-versa.

A partir da pesquisa realizada com as famílias objetivamos conhecer um

pouco mais sobre o intuito de refletir sobre a realidade de cada um deles, sobre

o mundo e sobre nós mesmos (condição de sujeito). Nessa direção, a realização

do indivíduo como sujeito histórico distingui sua conexão com a coletividade e

seu acordo com a mudança social.

Assim, ao perceber a realidade, a capacidade de transformar e de inovar, a

criança possa perceber-se como ser inventivo, suplantando seus limites. Ao se

estabelecer como sujeito da história passa a situar-se como um ser social na

convivência com outros.

Como por exemplo, ao observarmos o levantamento dos “Alimentos

preferidos”, percebemos que nem sempre os alimentos apontados pelos pais

são realmente os que as crianças “preferem”, pois observamos na creche que

muitos aceitam grande parte do que lhes são oferecidos. Pensamos que os

próprios pais desconheçam que as crianças possam aceitar a experimentação

de novos alimentos.

Projeto Político Pedagógico 2017

50

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

O que você espera da escola? Da Equipe Escolar?

Diante das expectativas levantadas pelos pais dos alunos ou responsáveis,

é possível afirmar que grande parte dos mesmos espera que a escola contribua

e desenvolva a criança nos aspectos pessoais assim como seja referência no

desenvolvimento da cidadania o que corrobora às expectativas e anseios da

Equipe Escolar.

Contribuição para o desenvolvimento e socialização da criança. 31%

Espero carinho, cuidado, atenção, dedicação e compromisso com as crianças. 17%

Continuidade do trabalho pedagógico excelente que a escola

tem/competência. 11%

Trabalho de parceria e transparência entre FAMÍLIA e EDUCADORES. 15%

Ambiente escolar saudável, acolhedor, alegre e envolvente. 5%

Desenvolver mais autonomia e que a criança aprenda a dividir; 4%

Que as crianças sejam acolhidas com muito amor e carinho. 3%

Esperam que a escola seja dedicada, paciente, compreensiva e que haja

companheirismo. 3%

Que aprendam a dividir, amar o próximo. 2%

Que aconteça o desenvolvimento da fala, alimentação, coordenação motora. 2%

Que interaja bem com as crianças e educadoras e se desenvolva com carinho

e dedicação. 1%

Desenvolver bom comportamento 1%

Que tenha lembranças boas e divertidas dos momentos vividos na Creche. 1%

Que ajude a criança nas principais dificuldades e necessidades. 1%

Que seja feliz na Creche. 1%

Que tenha muitos aprendizados e faça muitas amizades. 1%

Estes dados coletados revelam, acerca das expectativas apresentadas pelos pais, de que os

mesmos veem o espaço da Creche como um direito social das crianças, o qual oferece

assistência e educação, oportunizando um atendimento comprometido com o desenvolvimento

da criança em seus aspectos físicos, emocionais, cognitivos e sociais. Quando deixadas pelos

pais nas creches, as crianças ficam sob total zelo dos professores e funcionários, os quais têm o

dever de cuidar e educar das crianças.

Esta mudança de concepção sobre a função social da creche, nos coloca no desafio de

quebrar paradigmas, de trabalhar esta ideia da responsabilidade de todos (escola e família) na

educação das crianças, no nosso papel importante na construção deste sujeito histórico. Isso nos

assegura uma atuação mais fortalecida nos CE e APM e na luta pela defesa dos direitos das

crianças.

Projeto Político Pedagógico 2017

51

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

2.2 – PLANO DE AÇÃO PARA COMUNIDADE ESCOLAR

Justificativa: Pensando em qualificar a educação em nossa Unidade Escolar,

apontamos como necessidade o envolvimento da comunidade escolar com o

instrumento IQEI (Indicadores de Qualidade da Educação Infantil).

Incluir os pais na avaliação

APRESENTAR O

INSTRUMENTO AOS PAIS

E COMUNIDADE, BEM

COMO SEU OBJETIVO

* Apresentar o documento aos familiares em reuniões de

pais

* Organizar reuniões para aprofundar as discussões iniciadas

nas reuniões de pais e nas reuniões do Conselho de Escola e

APM.

* Participar das discussões juntamente com a equipe escolar

para avaliar e validar o trabalho pedagógico desenvolvido

ao longo do ano.

GARANTIR A

PARTICIPAÇÃO DA

EQUIPE ESCOLAR , APM

E C.E., NAS DECISÕES

DE UTILIZAÇÃO DOS

RECURSOS DO TERMO

DE COLABORAÇÃO. (DAR CONTINUIDADE)

* Traçar plano de ação para que a participação da

comunidade seja efetiva;

* Socializar os projetos e quais as intenções dos trabalhos a

serem realizados, quais as necessidades da equipe

pedagógica para realizar as propostas;

* Levantar sugestões entre segmentos e Órgãos Colegiados e

definir/executar de maneira consciente o uso dos recursos

passados à U.E.;

* Listar prioridades de atendimentos e registrar.

PARTICIPAÇÃO NOS

PROJETOS

DA ESCOLA

*Participação de salas interativas, nos sábados letivos, com

intuito da comunidade se envolver nos Projetos da Escola;

* Favorecer a participação na escolha do Projeto Coletivo,

por meio da realização de pesquisa para que cada família

opine o tema que norteará o trabalho ao longo do ano;

*Realizar pesquisas com os filhos sobre o tema central dos

Projetos;

*Socializar experiências pessoais que fazem referência ao

projeto com as crianças da Creche, a fim de enriquecer os

conhecimentos das mesmas, além de fortalecer o vínculo

entre escola e família.

*Todas estas ações serão desenvolvidas ao longo do ano e todos nós da

escola seremos responsáveis, sendo que, ora terá mais atuação a equipe

gestora, ora os educadores, ora os pais/comunidade, etc.

Projeto Político Pedagógico 2017

52

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

2.3 - AVALIAÇÃO

Partindo do suposto que a avaliação das ações com a comunidade

escolar servirá como instrumento para verificar se os objetivos estabelecidos

foram alcançados, acreditamos que em todas as ações é essencial que se

avalie todas as intervenções.

Utilizaremos como estratégias para a avaliação, diferentes recursos, como

os Indicadores de Qualidade da Educação Infantil que nos servirá de base para

as discussões e realização de avaliações formais também sobre algumas ações

realizadas junto à Comunidade Escolar, como por exemplo: Sábados Letivos,

Projeto Coletivo, Estudos do Meio, Mostra Cultural, entre outros.

Deixaremos um caderno específico para este fim na SECRETARIA para que

a comunidade avalie e contribua com sugestões e críticas visando o

aprimoramento da prática educativa.

Nas Reuniões com Pais os educadores, orientados pela equipe gestora,

apresentarão instrumentos de avaliação para que os pais expressem suas

opiniões a respeito da aprendizagem dos seus filhos e da rotina escolar. Após

essas avaliações, os dados servirão como base para um novo planejamento ou

para confirmação dos objetivos cumpridos.

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

3. EQUIPE ESCOLAR

3.1. PROFESSORES

Nome Situação

funcional

Escolaridade Tempo

PMSBC

Tempo

na escola Graduaç

ão

Pós-

Gra

dua

ção

ADRIANA A. BATISTA GOMES Celetista Superior Sim 13 Anos 7 Anos

AGNES RAUNAIMER MONFRE Estatutária Superior Não 8 Meses 2 Meses

ALESSANDRA MORELIS Estatutária Superior Sim 22 Anos 16 Anos

ANA PAULA XAVIER DA SILVA Estatutária Superior Sim 1 Ano e

3 Meses 2 Meses

CINTIA OLIVEIRA DOS SANTOS Estatutária Superior

Cursando Não

3 Anos e

4 Meses 2 Meses

EDIANGELA MARIA DA SILVA Estatutária Superior Sim 5 Anos 4 Anos

EDILAINE DE PAULA B. FERNANDES Estatutária Superior Sim 9 Anos 4 Anos

EDVÂNIA M. SILVEIRA Estatutária Superior Sim 7 Anos 7 Anos

MARCIA MARIA PEREIRA LIMA Estatutária Superior Sim 2 Anos 2 Meses

MAÍRA CECÍLIA ROSSI SANTOS Estatutária Superior Sim 6 Anos 6 Anos

MARIA DO SOCORRO DE A.PASSOS Estatutária Superior Sim 3 Anos 2 Anos

MARLI LOPES DE NOVAES Estatutária Superior Não 8 Meses 3 Meses

MONICA XAVIER DA SILVA IYEIRI Estatutária Superior Sim 6 Anos 6 Anos

NATHALIA DOS SANTOS FIQUEIREDO Estatutária Superior Sim 6 Anos 6 Anos

ROSANGELA BARACHO SANTOS Estatutária Superior Não 3 Anos 1 Ano

SANDRA ROBERTO FARIA Estatutária Cursando Não 10 Anos 8 Anos

SIMONE SOUZA GUEDES Estatutária Superior Não 6 Anos 6 Anos

SUZANE CARVALHO R. DOS PRAZERES Estatutária Superior Sim 9 Anos 6 Anos

Projeto Político Pedagógico 2017

54

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

3.1.1. – CARACTERIZAÇÃO

A composição do quadro de professores desta Unidade Escolar

apresenta, como principal característica, a entrada de poucos integrantes pós

Remoção dos Profissionais do Magistério (apenas 4 educadoras).

Este movimento de continuidade dos profissionais que aqui atuam é, para

nós, muito importante do ponto de vista da sequência na formação e

identidade do grupo.

Do nosso grupo de 18 professoras mais da metade já possui curso de pós-

graduação na área da Educação, o que apresenta uma boa dedicação

profissional, com intuito de atualizarem-se com frequência.

Ao final do ano letivo de 2016 realizamos um “feed back” sobre o percurso

anual, individualmente, sendo que este foi um momento em que a Equipe

Gestora e o profissional puderam avaliar juntos seu desempenho profissional e

alguns apontamentos positivos e negativos que foram feitos para que o mesmo

pudesse continuar realizando um bom trabalho, bem como ser valorizado

enquanto ser humano, que tem a oportunidade de marcar a vida de pequenos

“seres humanos” diariamente.

Podemos dizer que esta experiência foi enriquecedora, tanto profissional

como também pessoal, pois pudemos sentir a emoção, a gratidão, o sentimento

de pertencimento desta equipe. Partilhamos de momentos indescritíveis de

valorização profissional e pessoal de cada um.

Desta maneira, como nos preocupamos com os novos integrantes do

grupo, assim que o ano se inicia realizamos um primeiro contato por meio de

uma reunião individualizada entre E.G e funcionário, com o objetivo de

conhecermos um pouco o profissional, seu percurso na profissão, suas

experiências anteriores, preferências, dentre outras questões. Para que então

Diretora e Coordenadora reúnam-se para organizar os trios que atuariam juntos

ao longo do ano de 2017.

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Sempre nos preocupamos com o fato de realizarmos agrupamentos em

que esteja presente uma professora que já atuava na Unidade Escolar e outra

recém-chegada, para que juntas consigam se organizar melhor nos espaços e

organização da rotina que já acontece, além de valorizarmos a troca de

experiências, de conhecimentos.

Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo

O H.T.P.C. dos professores será realizado às terças-feiras em dois grupos:

- G1: das 8h30 às 10h30, sendo destinado à formação.

- G2: das 15h30 às 17h30, sendo destinado à formação.

- G1 e G2 das 17h30 às 18h30 destinado ao planejamento da dupla de

educadores e avisos.

Reuniões Pedagógicas – serão focadas na formação de toda equipe

escolar e P.P.P. (Vide Calendário Escolar 2017 Homologado em ANEXO).

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

3.1.2. – PLANO DE FORMAÇÃO PARA OS PROFESSORES

DIMENSÃO 1

Durante a retomada da avaliação do ano de 2016, a equipe concluiu que

existe a necessidade de adotarmos um olhar mais cuidadoso para

determinados aspectos da prática pedagógica, com um maior embasamento

teórico, com um conhecimento mais aprofundado sobre as etapas do

desenvolvimento das crianças e, principalmente, a compreensão da

importância destes dados para a prática diária.

Algumas ações foram pensadas a fim de contemplar o Planejamento

Institucional de forma qualificada, como por exemplo: direcionamento dos focos

de observação, garantir encontro cos professores da sala de pelo menos uma

hora semanal, formação e acompanhamento durante os HTPC’s, formação

com auxiliares, equipe de apoio e cozinha, devolutivas com sugestões e

encaminhamentos conforme os registros.

Diante disso, nosso objetivo é garantir que os educadores na sala considerem

que cada criança é um ser único, tendo seu próprio percurso de

desenvolvimento singular, que não vão se desenvolver ao mesmo tempo.

Desenvolvemos estratégias, mecanismos para que os professores consigam

observar a todos com mais cuidado, garantindo assim acompanhamento

efetivo.

Projeto Político Pedagógico 2017

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

DIMENSÃO INDICA-

DOR PRIORIDADE PROBLEMAS AÇÕES RESPONSÁVEIS PRAZO

1

AMARELO

PLANEJA-MENTO,

ACOMPA-

NHAMENTO E

AVALIAÇÃO

ORGANIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO E

ACOMPANHAMENTO DAS CRIANÇAS

- Falta tempo para encontro

dos educadores da sala de

aula;

- Falta de formação nos

HTPC’s e formação

continuada dos auxiliares.

- Garantir momentos para os trios se

reunirem nas reuniões pedagógicas;

- Professor Volante assumir a

condução da turma por 1 hora

enquanto a dupla de educadores

discutem os planejamentos.

- Formação e acompanhamento

durante os HTPC’s com foco formativo

e momentos de formação dos

auxiliares.

Equipe Gestora

Médio

AVALIAÇÃO

AVALIAÇÃO

- Avaliar constantemente

como está sendo o processo

de planejamento e registro.

- Devolutivas com sugestões e

encaminhamentos, conforme os

registros.

Coordenação

Pedagógica. Imediato

Projeto Político Pedagógico 2017

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

DIMENSÃO 2

No início do ano realizamos um levantamento com o grupo de professores e

funcionários, sendo que sinalizamos algumas questões significativas que

precisamos ficar atentos quanto à Multiplicidade de Experiências e Linguagens.

Como por exemplo, com relação às crianças relacionando-se com o

ambiente natural e social, a equipe concluiu que existe a necessidade de

pensar em novas possibilidades de modo que sejam garantidas as saídas pelo

entorno do bairro com maior frequência, tais quais não necessitam ser

custeadas pela verba da APM. Além disso: buscar informações sobre as

possibilidades de Estudos do Meio; flexibilizar horários da equipe escolar e contar

com o apoio dos pais de outras turmas para acompanhar as crianças nos

Estudos do Meio; realizar revezamento das turmas; promover estudos do meio

de acordo com os temas abordados (projetos, sequenciadas, curiosidades);

organizar as saídas entre os 1os e 2os Semestres; atentar-se ao clima quando

agendar; ter um “plano B” – organização – caso o Estudo do Meio não

aconteça; conhecer o local antes de levar as crianças.

- SUGESTÕES DE SAÍDAS: Contação de histórias em Bibliotecas Públicas;

Visitas a outras escolas do bairro (Bosko, Fernando Pessoa); Brincadeiras na

Associação do Bairro, parquinhos, quadra, pesquisar folheto de atividades

culturais das cidades; passeio com os bombeiros; Utilizar o espaço do Teatro

Martins Pena para apresentações coletivas (2º Semestre).

Quanto à participação das famílias, salientamos que ainda as mesmas

apresentam pouco conhecimento da realidade da creche e do trabalho

realizado pelos educadores e que ainda sentimos falta de parceria (presença

em reuniões, participação/contribuição em atividades variadas). Como

sugestões de ações levantamos a elaboração de propostas estimulantes que

envolvam as famílias; valorização da Reunião com Pais no mês de ABRIL

Projeto Político Pedagógico 2017

59

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

(mostrar a rotina e o conceito de escola); criação/atualização do BLOG da

escola para aumentar interesse dos pais.

Com relação das crianças tendo experiências agradáveis, variadas e

estimulantes com a linguagem escrita, observamos que o grupo esteve

preocupado e engajado com os planejamentos das atividades com foco na

importância da linguagem escrita e na intencionalidade das mesmas!

Conseguimos organizar a participação de mais educadores durante estes

momentos, mesmo ainda estando com o quadro reduzido de professor volante.

Já, referente às crianças tendo experiências agradáveis, variadas e

estimulantes com a linguagem oral, tivemos relatos de que algumas professoras

conseguiram registrar as experiências proporcionadas durante as vivências com

as crianças com o enfoque na oralidade por meio de relatos, áudios, vídeos,

dentre outras estratégias. No entanto, ainda não são todas elas que

conseguiram efetivar estas ações, desta forma, daremos continuidade ao

trabalho ao longo deste ano.

Tais práticas efetivas são fundamentais para que a prática pedagógica

aconteça da melhor maneira possível.

Projeto Político Pedagógico 2017

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

3.1.3 – AVALIAÇÃO DO PLANO DE FORMAÇÃO

A avaliação será realizada no decorrer do trabalho para nortear as ações

formativas, de acordo com as necessidades apontadas. Será realizada tanto pela

equipe de professores (por meio da utilização de instrumentos de pesquisa ofertados ao

final da formação), como pela equipe gestora, que avaliará as reuniões formativas a

partir da observação da participação do grupo, da devolutiva dos professores e das

necessidades levantadas ao longo do ano por meio do acompanhamento da prática

pedagógica.

Para isso, a equipe utilizará diferentes momentos e instrumentos:

- Leitura dos planejamentos, dos registros e relatórios realizados;

- Acompanhamento das avaliações e autoavaliações realizadas pelos professores

no planejamento semanal;

- Observação em sala de aula, para embasar a reflexão sobre a ação;

- Atendimentos individuais quando estes forem necessários;

- Análise dos avanços apresentados a partir de observação da prática

pedagógica – Acompanhamento dos instrumentos metodológicos;

- Avaliar e reavaliar os espaços formativos em que as discussões sobre oralidade

acontecerão com intuito de aprimorar as discussões e os objetivos em questão.

- Sistematização das avaliações realizadas nos espaços formativos (HTPC´s, HTP’s,

Reuniões Pedagógicas e Relatórios Individuais).

Além disso, a partir do ano de 2013 adotamos o instrumento: Indicadores de

Qualidade da Educação Infantil (IQEI) com intuito de nortear o processo de avaliação

do trabalho pedagógico ao longo de cada ano escolar.

48

Projeto Político Pedagógico 2017

61

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

3.2 AUXILIARES EM EDUCAÇÃO

Nome Situação

funcional

Escolaridade Tempo

na

PMSBC

Tempo

na Escola Graduação Pós-

Graduaç

ão ANACELI MESALINO DOS

SANTOS Estatutária

Superior

(completo) Não 5 Anos

1 Ano e 2

Meses

ANA LUIZA COUTO LOPES Estatutária Superior

Cursando Não 11 Meses 10 Meses

BRUNA DANIELA SAMPAIO

ROCHA Estatutária

Superior

Cursando Não

1 Ano e 2

Meses

1 Ano e 2

Meses

CARLIENE DIAS DE

MACEDO Estatutária

Superior

(completo) Não 7 Anos 7 Anos

ELISABETE MARIA CORSI Estatutária Superior

(completo) Não 7 Anos 4 Anos

ELMIRA E. O. FERREIRA Estatutária Ensino Médio Não 11 Anos e

10 Meses 6 Anos

GIANE MARIA DA S.

SABATINI Estatutária

Superior

(completo) Não 5 Anos

1 Ano e 2

Meses

JENIFER MAYARA

MONTEIRO Estatutária

Superior

(Completo) Não 7 Meses 7 Meses

LUCIENE CAVALCANTE

PEREIRA Estatutária

Superior

(completo) Sim 7 Anos 3 Anos

MAGIOLLI CAETANO DA

SILVA Estatutária

Superior

(completo) Não 9 Anos 8 Anos

MARIA SUELI BARROS Estatutária Ensino Médio Não 11 Anos 6 Anos

ROGÉRIO VIANA DE

ALCÂNTARA FILHO Estatutária

Superior

Cursando Não 12 Anos 12 Anos

ROBERTA FERREIRA DE

CASTRO Estatutária

Superior

Cursando

Não

12 Anos 1 Ano

Projeto Político Pedagógico 2017

62

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

3.2.1. CARACTERIZAÇÃO

Nosso quadro atual conta com 13 auxiliares, sendo que apenas 4

entraram no ano de 2016.

Este grupo é composto por 2 homens e 10 mulheres com faixa

etária entre 25 e 50 anos.

Nossa formação dar-se-á de forma contínua, uma vez que nossas

discussões já iniciaram nos anos anteriores. Vale salientar que em razão

dos auxiliares de educação não possuírem horário específico para

trabalho pedagógico coletivo como os professores (dentro de sua

jornada de trabalho), a equipe gestora realizou alterações na rotina

diária para a organização de H.T.P.C. para esses educadores, em razão

da necessidade primordial de garantir o desenvolvimento das atividades

junto às crianças com a qualidade que devam ser realizadas.

Nosso intuito é que os auxiliares sejam formados para que

tenhamos um alinhamento da prática pedagógica dentro e fora da sala

de aula

Desta forma, o HTPC dos Auxiliares em Educação ocorrerá

quinzenalmente, às segundas-feiras, das 12h50 às 13h50.

Observamos que, além do curso exigido (2º grau) para ingresso no

cargo, contamos com 5 auxiliares com Curso Superior Completo e 2

auxiliares com Ensino Superior Completo.

Projeto Político Pedagógico 2017

63

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

No início do ano de 2016 foi elaborado um plano de ação a fim de

garantir a formação quinzenal dos auxiliares, de forma que para que isso

acontecesse, contamos com o auxílio dos professores, que por sua vez cederam

uma hora do seu HTP mensalmente para que estes momentos formativos se

efetivassem.

Nestes encontros procuramos proporcionar momentos de reflexões,

valorização dos profissionais, discussões, documentários, compreensão da

prática pedagógica, da dinâmica escolar, participação das decisões da rotina

escolar, foram elencados alguns assuntos que despertavam a curiosidade dos

auxiliares e que pudessem ser investigados, discutidos, assimilados, dentre outros

aspectos.

Além disso, estes momentos foram muito ricos para socialização dos

anseios, receios, dificuldades, facilidades, partilha de experiências e até mesmo

para cada um se conhecer um pouco mais de perto, aproximação e

fortalecimento, uma vez que a rotina diária dos auxiliares é muito movimentada,

sendo que não conseguem por muitas vezes nem ao menos conversarem uns

com os outros e socializarem.

No segundo semestre a frequência dos encontros formativos foi

prejudicada devido às diversas Licenças de funcionários que direta ou

indiretamente estavam envolvidos para que isso pudesse acontecer, de modo

que gerou um impacto para a efetivação destas ações.

Projeto Político Pedagógico 2017

64

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

3.2.2 - PLANO DE AÇÃO PARA OS AUXILIARES

3.2.3 – AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO O plano de formação para as auxiliares em educação terá o foco

na discussão sobre questões relacionadas à construção de um bom

convívio no espaço escolar, embasados na ética e afetividade, além do

fortalecimento dos papéis de cada um.

Os encontros serão registrados em ATA, tais quais os próprios

auxiliares se revezarão para a elaboração dos mesmos.

Além disso, utilizaremos como instrumentos de avaliação:

Auto-avaliação;

A observação das práticas, pela equipe gestora; Realizaremos avaliação acerca de cada conteúdo trabalhado por

meio de questionários e levantamento de dúvidas;

Caderno de registro próprio para cada um, onde utilizarão para

realizar suas reflexões, levantamento de questões e necessidades.

DIMENS

ÃO

INDICA-

DOR PROBLEMAS AÇÕES

RESPONSÁ-

VEIS PRAZO

1

AMARELO

SISTEMATIZAR AS FORMAÇÕES

COM OS AUXILIARES VISANDO:

- Maior compreensão

da prática pedagógica

e dinâmica escolar;

- Dificuldades de

horários e de

funcionários para a

realização das

formações.

- Organização do

tempo.

- Promover formações

voltadas aos temas

específicos de curiosidade

dos Auxiliares e/ou aspectos

que necessitam, ser revistos.

- Prática reflexiva;

- Busca pelo conhecimento

- Formação quinzenal às

segundas-feiras das 12h50 às

13h50

Equipe

Gestora

e

Educado-

res

Secretaria

da

Educação

Imedia

to

Projeto Político Pedagógico 2017

65

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

3.3 – FUNCIONÁRIOS

Nome

Situação

funcional

Escolaridade Tempo na

PMSBC

Tempo na

escola Graduação Pós-Graduação

CLEIDEMAR DO

NASCIMENTO SILVA C.L.T.

Superior

incompleto

- 12 anos 12 anos

ELIANA ALVES GOMES C.L.T.

Ensino Fund.

completo

- 10 anos

4 meses

10 anos

4 meses

HELEY GRECIELY DOS

SANTOS C.L.T.

Ensino Fund.

completo

- 9 anos 9 anos

KÁTIA APARECIDA

GONÇALVES C.L.T.

Ensino Fund.

completo

- 11 anos

5 meses 10 anos

MARLENE PEREIRA

NEVES C.L.T.

Ensino Fund.

completo

- 12 anos

10 anos

5 meses

MARIA DAS DORES

SILVA LOPES C.L.T.

- 26 anos 1 ano

VANESSA APARECIDA

DA SILVA C.L.T.

Ensino Fund.

completo

- 11 anos

3 meses

11 anos

3 meses

Projeto Político Pedagógico 2017

66

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

3.3.1 - CARACTERIZAÇÃO

Este grupo é composto por 7 integrantes e 100% pelo sexo feminino.

Destaca-se por ser um grupo que já trabalha nesta U.E. por alguns anos,

sendo que apenas uma da equipe possui 1 ano na Unidade Escolar e

todas as outras mais de 9 anos.

Observamos ser um grupo muito envolvido, para além das

questões relativas somente à função de limpeza dos espaços. Uma vez

que as consideramos educadoras, as mesmas assumem de fato este

papel, muitas vezes auxiliando as educadoras da creche, ou até mesmo

desempenhando uma função de caráter pedagógico, como

contadoras de histórias.

Temos neste grupo duas funcionárias que fazem, atualmente, curso

de Pedagogia e sempre trazem muitas contribuições para o grupo.

Todo o grupo optou por trabalhar nesta Unidade Escolar devido à

proximidade de suas residências, fator este que estimula a permanência

na mesma.

Observamos que ainda existe a necessidade de discutir e realizar mais

formações a respeito da importância de ampliação da interação com as

crianças nos diferentes contextos. Infelizmente não foi possível realizar

formações mensais com o segmento do apoio e cozinha, uma vez que a

dinâmica do trabalho tem prejudicado o desdobramento desta ação. Essa

dificuldade também está relacionada com a redução no quadro de

funcionários da cozinha e equipe de apoio. Solicitamos junto a Secretaria de

Educação a necessidade de contratação ou reposição de funcionários para

que estes quadros estivessem completos.

Demos início a uma parceria entre os Conselhos desta unidade escolar e

da EMEB Fernando Pessoa, com intuito de solicitar indicações diretas à

Secretaria de Educação, uma vez que a escassez de funcionários destes

Projeto Político Pedagógico 2017

67

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

segmentos gera um grande impacto em nossa rotina. No entanto, por conta de

uma questão de organização, não conseguimos êxito nestes

encaminhamentos.

Ainda este ano, tivemos uma Formação em uma de nossas Reuniões

Pedagógicas com a Fonoaudióloga Janice e Psicóloga Marisa, trazendo o

tema, “Aquisição e Desenvolvimento da Linguagem”. Avaliamos que esta veio

de encontro aos nossos encaminhamentos, uma vez que o grupo pôde

participar efetivamente e ampliar seus conhecimentos, havendo assimilação,

pois houve troca de experiências entre o grupo. A resposta da equipe foi

bastante positiva, pois o intuito de trazer um pouco daquilo que era

compartilhado pelas formadoras, estava ligado intimamente com o nosso

cotidiano da creche.

Para que houvesse aproximação e facilitação na comunicação entre

todos os segmentos, viabilizamos um caderno de comunicados para a

secretaria, apoio e cozinha. O que ajudou de forma significativa, pois todos os

bilhetes e/ou comunicados que eram enviados para as famílias, por meio das

agendas, como por exemplo: autorizações com datas e horários de passeios,

horários de programações diferenciadas, avisos, solicitações de materiais para

o uso no em cada um destes departamentos, passou a ser de conhecimento de

todos.

Além disso, organizamos estudos do meio com a equipe escolar, como por

exemplo: MASP, visitação à exposição “Histórias da Infância” e à BIENAL DE

ARTE com o tema “Incerteza Viva”, a fim de propiciar a multiplicidade de

experiências, as múltiplas vivências, trocas que enriquecessem a prática

pedagógica, promovessem uma sensibilização do olhar e inspirasse a todos.

Observamos que estas experiências ampliaram o universo cultural dos

profissionais, contribuiu também para o desenvolvimento como a sensibilidade e

a criatividade, refletiu no olhar para as atividades propostas pelos professores

da escola.

Projeto Político Pedagógico 2017

68

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Nossos PRINCÍPIOS com estes momentos formativos são:

Garantir aos funcionários um espaço para colocarem suas

expectativas, frustrações, dificuldades e sugestões a respeito de um

assunto apresentado;

Compartilhar conhecimentos acerca dos assuntos em pauta para

envolver a todos na ação educativa;

Promover a participação de todos na gestão da Unidade Escolar, em

prol da educação de qualidade buscando, estudando e participando

de projetos para a transformação;

Sensibilizar todos os funcionários sobre o direito e o dever de

participarem de todo o processo educativo, seja ele nos aspectos

educativos, o sociais e afetivos;

Desenvolver um trabalho na Unidade Escolar baseado no respeito à

diversidade e desenvolvimento de atitudes de ajuda e colaboração.

O QUE PODE SER TRABALHADO ESPECIFICAMENTE... RESPONDEM PARA

ESCOLA DE UMA MANEIRA DIFERENTE,. POR CONTA DA PARCERIA,

RECONHECIMENTO, ENVOLVIMENTO QUE JÁ FORAM CONQUISTADOS HÁ

UM TEMPO

Para que isso aconteça da melhor forma possível, os funcionários

realizarão um levantamento das necessidades e problemas encontrados

na Unidade Escolar. A partir deste levantamento, surgirão conteúdos a

serem discutidos e assim, ações planejadas para atuação de todos.

Utilizaremos diferentes estratégias para abordar os temas a serem

trabalhados. Os detalhes de cada intervenção, bem como o

cronograma dos encontros, serão registrados em documento próprio

criado pela Equipe Gestora.

Exemplos de estratégias a serem trabalhadas nos grupos:

Discussão em roda de conversa;

Leitura de textos diversos sobre os assuntos abordados;

Projeto Político Pedagógico 2017

69

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Leitura de situações hipotéticas para levantamento de aspectos

positivos e negativos e propostas de ações;

Dramatizações de situações vividas;

Utilização de filmes ou documentários na íntegra, ou trechos, ou

ainda de curtas metragens para abordar um tema;

Exploração de documentos existentes para pesquisa, como o E.C.A.

LDB, Direitos Humanos, Proposta Curricular de São Bernardo do Campo,

Caderno de Validação, entre outros;

Leitura de livros, de periódicos, como notícia em jornais, na Internet e

outras redes sociais.

Projeto Político Pedagógico 2017

70

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

3.3.2. PLANO DE AÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS

DIMENS

ÃO

INDICA-

DOR PROBLEMAS AÇÕES

RESPONSÁ-

VEIS PRAZO

1

AMARELO

DEMANDA DE TRABALHO MAIOR

DO QUE O QUADRO DE

FUNCIONÁRIOS DO APOIO E DA

COZINHA.

QUAL O PROBLEMA DE

TER ISSO? AMPLIAR ESTAS

QUESTÕES

EXPLICITAR PARA FICAR

MAIS CLARO O QUE

ESTAMOS FALANDO

- Regulamentação do

tempo de formação;

- Contratação de mais

profissionais (equipe de

apoio e cozinha);

- Reuniões mensais por

segmento.

Secretaria

da

Educação

QUEM VAI

MOBILIZAR

?

CONSELH

O DE

ESCOLA

Equipe

Gestora

Longo

Médio

Imedi-

ato

Projeto Político Pedagógico 2017

71

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

3.3.3 – AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO

A avaliação deverá ser contínua, para que seja possível avaliar as

ações e a capacidade das mesmas em gerar transformações no dia-a-

dia de cada funcionário. Em cada encontro, os funcionários avaliarão

sua própria atuação e, depois, do grupo, da estratégia utilizada e das

ações planejadas.

Ao iniciar um novo encontro, retomaremos as ações previstas e uma

nova avaliação deste período será necessária, para que assim, se

destaque mudanças ou dificuldades, dando instrumentos para novos

planejamentos.

A equipe de gestão também fará avaliações periódicas, uma vez

por mês, sobre a formação. Essa avaliação será por escrito e

apresentada a todos em momento oportuno.

Outros instrumentos de avaliação poderão surgir da necessidade do

próprio grupo. Serão registrados no planejamento específico dessas

formações.

Projeto Político Pedagógico 2017

72

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

4. CONSELHOS

4.1. CONSELHO DE ESCOLA

Representante Nome R.G.

Diretor Escolar/Membro Nato Thays Costa Santos de Mello 42.510.777-2

Representante dos Professores Monica Xavier da Silva Iyeri 30.971.863-6

Representante dos Funcionários Heley Graciely dos Santos 25.747.221-6

Representante do apoio à Direção Juliana Zuzarte Patrizi Antiqueira 35.258.680-1

Representante dos Funcionários Suplente Maria do Socorro de Albuquerque

Passos 36.319.933-0

Representante dos Pais Agnes Raunaimer Monfre 33.266.017-5

Representante dos Pais Solange Lima da Silva 27.816.869-3

Representante dos Pais Francisco Ocimar Alberto do

Nascimento 49.313.557-4

Representante dos Pais Luciene Cavalcante Pereira 46.902.112-3

Representante dos Pais

Suplente

Ana Thalita Ferreira de Castro

Fernandes 38.959.585-8

Representante dos Pais

Suplente Priscila Ramos 34.490.327-8

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

4.1.1. CARACTERIZAÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA

Na primeira Reunião de Pais deste ano, a Equipe Gestora convidou a

todos para participarem tanto do Conselho de Escola, quanto da APM.

Alguns pais demonstraram interesse em participar naquele momento,

porém, no dia da Primeira Assembleia Extraordinária, pouquíssimos pais

compareceram, não sendo suficiente o número de presentes para

compor os dois colegiados. Após a Assembleia, precisamos intervir

individualmente, conversando com os responsáveis nos momentos das

entradas e saídas dos alunos.

O Conselho de Escola estabelece objetivos e direções a serem

tomadas a partir de levantamentos das necessidades da Unidade

Escolar. Este colegiado tem importante papel para assegurar que toda a

comunidade seja envolvida nas tomadas de decisões, garantindo uma

gestão democrática.

"Não é no silêncio que os homens se fazem,

mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.”

Paulo Freire

Projeto Político Pedagógico 2017

74

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

4.1.2. PLANO DE AÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA

OBJETIVOS

Envolver a comunidade nas decisões de planejamentos, nos

orçamentos, no desenvolvimento das ações que realizaremos durante o

ano, tanto pedagógica como estruturais.

Trabalhar em parceria com a APM.

Conhecer o Projeto Pedagógico da Unidade Escolar;

Contribuir com a equipe escolar na gestão de todas as questões

relacionadas à Unidade Escolar, primando por um ensino de boa

qualidade;

Participar ativamente de reuniões para definição, tomadas de

decisão, acompanhar o trabalho pedagógico, as aquisições e

necessidades de modo geral; ou qualquer outra questão relacionada

aos acontecimentos que envolvem os alunos e/ou funcionários da

escola;

Sentir-se parte integrante e co-responsável na gestão democrática.

Participar das reuniões propostas pela escola com intuito de contribuir

com as demandas das crianças e participar da construção do

conhecimento das mesmas.

Projeto Político Pedagógico 2017

75

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

PLANO DE AÇÃO

Participação em eventos da escola, como Mostra Cultural, Reunião

de Pais, Sábados Letivos e Estudos do Meio.

Aprovar e propor o calendário escolar baseado no calendário oficial.

Acompanhar a execução do Projeto Pedagógico Escolar ao longo

do ano letivo, respeitando as diretrizes da Secretaria da Educação e

Cultura e demais leis vigentes.

Discutir os problemas específicos da escola e da comunidade,

deliberando sobre os encaminhamentos necessários.

Decidir sobre as prioridades da utilização dos recursos financeiros.

Reuniões mensais, conforme calendário escolar, para discussão e

avaliação da rotina escolar, do regimento e do processo de

aprendizagem dos alunos;

Reunião conjunta entre APM e Conselho – por tratar-se de uma

escola pequena, a APM e o Conselho vêm trabalhando juntos nas

questões e decisões das ações planejadas pela escola para o ano, sem

o destaque das funções e cargos dos grupos.

Encaminhar propostas e anseios da comunidade nesse espaço.

Pleitear a reforma da escola no que diz respeito às necessidades

oriundas ao espaço e necessidades das crianças.

Discutir temas correlatos a educação pública de qualidade;

Organizar a eleição dos membros da APM do ano de 2017 utilizando

como estratégias para sensibilização da comunidade escolar, como por

exemplo: confecção de cartazes, panfletos, bilhetes, informativos, dentre

outros.

Projeto Político Pedagógico 2017

76

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Responsáveis:

Representantes do Conselho

Cronograma:

As Reuniões ocorrerão na última semana de cada mês, com

pautas pré- definidas e com formação em torno das necessidades

apresentadas pelo grupo.

4.1.3. AVALIAÇÃO

As ações do Conselho de Escola serão avaliadas por toda a equipe

escolar, na Reunião Pedagógica destinada a Avaliação Geral do ano

letivo, bem como por cada membro no término das reuniões mensais.

Projeto Político Pedagógico 2017

77

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

5. ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES

COMPOSIÇÃO DO QUADRO: MEMBROS 2017

CONSELHO

DELIBERATIVO

NOME CARGO CATEGORIA

Thays Costa Santos de Mello Presidente PRD da escola

Nathália dos Santos

Figueiredo Primeiro Secretário Professora

Angelica Silva do Alto Pereira Segundo

Secretário Mãe de aluno

Fernanda Aparecida Lino

Gomes Membro Mãe de aluno

Patrícia Rodrigues M. Moura Membro Mãe de aluno

DIRETORIA

EXECUTIVA

NOME CARGO CATEGORIA

Suzane Carvalho Ribeiro dos

Prazeres Diretora Executiva Mãe de aluno

Aline Ramos de Oliveira Vice Diretor

Executivo Mãe de aluno

Elizana Pereira de Luna Primeiro Tesoureiro Mãe de aluno

Edilaine de Paula Barbosa

Fernandes

Segundo

Tesoureiro Mãe de aluno

Sandra Roberto Faria Primeiro Secretário Professora

Edvania Maria da Silveira Silva Segundo

Secretário Professora

CONSELHO

FISCAL

NOME CARGO CATEGORIA

Angélica Ribeiro Calcanhoto Presidente Mãe de aluno

Andressa Carvalho Aguiar Membro Mãe de aluno

Maíra Cecília Rossi Santos Membro Professora

Projeto Político Pedagógico 2017

78

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

5.1 - CARACTERIZAÇÃO

Temos neste ano o ingresso de novos pais e também de professores

que se propuseram a participar, demonstrando interesse por colaborar e

pensar coletivamente em ações e decisões que deverão tomar para

este ano. Grande parte dos pais é novamente integrante na composição

da A.P.M. O mandato deste grupo se dará: de 1º de Abril de 2017 a 31 de

Março de 2018.

5.2 - PLANO DE AÇÃO PARA A.P.M.

OBJETIVOS

Entender a forma de trabalho da APM, em relação aos diferentes

recursos: Convênio e PDDE;

Contribuir com a equipe escolar na gestão de todas as questões

relacionadas às necessidades da Unidade Escolar: aquisições de diversos

materiais, manutenção predial, entre outros;

Participar ativamente de reuniões para definição, avaliação,

acompanhar o trabalho pedagógico, as aquisições e necessidades de

modo geral ou qualquer outra questão relacionada às necessidades da

Unidade Escolar;

Representar as aspirações e necessidades da comunidade escolar;

Sentir-se parte integrante e co-responsável na gestão democrática;

Verificar todos os documentos relacionados a movimentação da

APM;

Participar dos Estudos do Meio;

Projeto Político Pedagógico 2017

79

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Gerenciar recursos financeiros conforme deliberação do Conselho de

Escola e/ou regulamentação de convênio no repasse das verbas;

Discutir temas correlatos à educação pública de qualidade.

PLANO DE APLICAÇÃO DOS RECURSOS

Acompanhar os repasses de verba- Convênio;

Acompanhar e fiscalizar as prestações de contas da escola;

Auxiliar a escola na pesquisa de preços para compra de materiais

diversos;

Acompanhar o planejamento:

1. Estudo do meio – eventos culturais (teatro / cinema /

exposições).

2. Eventos: Semana da criança;

Sábados Letivos;

Festa de encerramento do ano letivo.

Divulgar as ações da APM, elaborando informativos para prestar

conta à comunidade local em relação aos gastos, aquisições, enfim, das

ações da APM.

Prestar contas a comunidade por meio de assembleia denominada

“Prestação de Contas”.

Periodicidade das Reuniões:

Regulares

Responsáveis:

Todos os participantes.

Projeto Político Pedagógico 2017

80

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Cronograma:

As Reuniões ocorrerão preferencialmente na terceira semana de

cada mês (podendo ocorrer mudanças), com pautas pré- definidas e

com formação em torno das necessidades apresentadas pelo grupo.

Segue abaixo planejamento com as datas programadas:

24/2 (SEXTA-FEIRA) 17/3 (SEXTA-FEIRA) 20/4 (QUINTA-FEIRA)

19/5 (SEXTA-FEIRA) 9/6 (SEXTA-FEIRA) 17/8 (QUINTA-FEIRA)

15/9 (SEXTA-FEIRA) 19/10 (QUINTA-FEIRA) 17/11 (SEXTA-FEIRA)

7/12 (QUINTA-FEIRA)

5.3. AVALIAÇÃO

Faremos avaliações semestrais para análise dos resultados e

atuações do grupo:

Quanto ao repasse de verbas e suas aplicações;

Avaliação das propostas em relação: ao estudo do meio, eventos e

condução das reuniões;

Avaliação realizada por cada membro deste colegiado ao término

das reuniões mensais.

Projeto Político Pedagógico 2017

81

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

V – ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

PEDAGÓGICO “A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica,

oferecida em creches e pré-escolas, às quais se caracterizam como

espaços institucionais não domésticos que constituem

estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e

cuidam das crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em

jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão

competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. É

dever de o Estado garantir a oferta de educação Infantil pública,

gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção.” (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – 2010)

1 – OBJETIVOS

1.1 - OBJETIVO GERAL DA ESCOLA

Trabalharemos para que as crianças tenham, na Escola, um ambiente

cada vez mais estruturado de modo a favorecer não somente a

aprendizagem formal, como também a prática do diálogo, o incentivo à

cooperação, à solidariedade, à tolerância e o respeito às diferenças;

que nossos educandos tenham acesso: aos conhecimentos que

permitam o desenvolvimento e o exercício da cidadania; dos

conhecimentos históricos e socialmente construídos pela humanidade,

contribuindo assim, para o pleno desenvolvimento de suas

potencialidades afetivas, cognitivas, psicológicas, sociais, físicas e

biológicas.

Projeto Político Pedagógico 2017

82

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

1.2 - OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL – 0 A 3 ANOS

A educação infantil deverá se organizar de forma que os alunos

construam as seguintes capacidades:

* Brincar, ampliando suas capacidades expressivas e simbólicas,

reelaborando significados sobre o mundo, sobre os contextos e as

relações entre os seres humanos;

* Ampliar o conhecimento sobre seu próprio corpo, suas possibilidades de

atuação no espaço, bem como desenvolver e valorizar hábitos de

cuidado com a saúde e bem estar;

* Construir uma imagem positiva de si, com confiança em suas

capacidades, atuando cada vez mais de forma autônoma nas

situações cotidianas;

* Conhecer diferentes manifestações culturais como constitutivas de

valores e princípios, demonstrando respeito e valorizando a diversidade;

* Construir e ampliar as relações sociais, aprendendo a articular seus

interesses e pontos de vista com os demais, respeitando as diferenças e

desenvolvendo atitudes cooperativas;

* Valorizar e desenvolver atitudes de preservação do meio ambiente,

* Construir e apropriar-se do conhecimento organizado nas diferentes

linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita), utilizando-as

para expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos,

ampliando sua rede de significações;

* Aprender a buscar informações de forma autônoma, exercitando sua

curiosidade frente ao objeto de conhecimento.

Projeto Político Pedagógico 2017

83

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

2 - ROMPENDO PARADIGMAS COM RELAÇÃO A

FRAGMENTAÇÃO DAS ÁREAS DE CONHECIMENTO

A opção em romper com a fragmentação das disciplinas ou áreas

do conhecimento, e consequentemente com a separação de

conteúdos é justificada por uma concepção dialética que compreende

que o conhecimento é construído historicamente pela humanidade e

que esse não ocorre de forma compartimentada.

A separação por disciplinas desponta no século XIX e é

influenciada por uma forma de organização escolar consolidada na

visão tradicional escolástica, ou seja, “a questão não era ensinar um

certo montante de conhecimentos no menor tempo possível, mas ter os

alunos, entre as paredes da sala de aula, submetidos ao olhar vigilante

do professor o tempo suficiente para domar seu caráter e dar forma

adequada a seu comportamento.” (ENGUITA, 1989, p.115). Essa

concepção, que valoriza a cultura letrada e os conteúdos como

instrução, tinha a função de adaptar o trabalhador a interesses fabris, a

fim de homogeneizar crenças, costumes e valores, aliados à burguesia

industrial. Quanto maior o controle, mais próximo o aluno ficava dos

padrões desejáveis pela fábrica e pelo mercado.

SANTOMÉ (1998. p. 3) afirma: “O problema das escolas tradicionais,

nas quais se dá uma forte ênfase aos conteúdos apresentados em

pacotes disciplinares, é que não conseguem que os alunos e alunas

sejam capazes de ver esses conteúdos como parte de seu próprio

mundo”, ou seja, não é dado significado a esses conteúdos o que

dificulta a aprendizagem, pois como afirmam vários autores como Paulo

Projeto Político Pedagógico 2017

84

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Freire (1987), Ângela Kleimann, (1989) só se aprende o que tem sentido e

significado. O educando precisa saber o quê está aprendendo e por que

está aprendendo. É importante que seja preparado para o presente,

formulando hipóteses, buscando possíveis respostas para diferentes

situações, tendo condições para interagir com o outro nas mais diversas

situações de comunicação, expondo seu ponto de vista, fazendo críticas

e indagações acerca do mundo.

Por acreditar na necessidade de pensar no ser humano em suas

dimensões, bem como o processo de seu desenvolvimento e as relações

entre o homem e o mundo, optou-se por ressignificar os

conhecimentos/conteúdos estabelecendo-se relações entre as áreas do

conhecimento e as linguagens, no sentido de conceber educadores e

educandos como produtores de cultura.

A partir das discussões inseridas no ano de 2012, que levou em

conta o contexto histórico atual, que considera a criança em suas

peculiaridades e o espaço escolar enquanto local privilegiado de

conhecimento, efetivamente humanizador, não há conexão com aquilo

que pensamos com o que outrora foi concebido no currículo escolar.

Refletimos, discutimos, nos chocamos entre pares e muitas vezes com

nossas próprias convicções (que já não eram as mais seguras) e enfim,

construímos saberes e hoje, compreendemos, que as áreas do

conhecimento tal como estavam postas já não representam os anseios

para as crianças e para nós, enquanto profissionais... Anteriormente a

este capítulo, já explicamos o percurso realizado por esta equipe.

Mudamos e assumimos o compromisso com um novo modo de

organização curricular, que foi escrito a várias mãos e pensamentos...

Projeto Político Pedagógico 2017

85

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

A partir das discussões realizadas coletivamente, nossa nova forma

de estruturação frente aos conteúdos para a faixa de zero a três anos

ficou assim estruturada:

A interação é parte fundante e primitiva, dentro do contexto

histórico o qual estamos inseridos, e é próprio da arte de conviver. Arte

esta, que é caracterizada por sua complexidade, uma vez que reúne a

parte singular de cada um, que é construída, sobretudo com base nas

vivências com o/do coletivo. Como bem dizia Mario Quintana:

“A arte de viver é simplesmente a arte de conviver ...

Simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!”

2.1 – PLANOS E CONCEITOS – BERÇÁRIO FINAL

CARACTERÍSTICAS DE UMA CRIANÇA (8 MESES A 1 ANO E 5 MESES)

Engatinha e senta sem apoio;

Aponta para objetos ou pessoas;

Pega pequenos objetos com o indicador e o polegar;

Precisam de apoio para manterem-se em pé;

Sentem-se inseguros em brincar no chão (no início);

Todas as necessidades são expressadas através do choro ( fome, sede, dor,

sono, medo);

Permanece sentado com o tronco ereto, se tiver apoio;

Senta-se com apoio e permanece ereto por pouco tempo;

A partir dos 12-15 meses, começa a andar sozinho;

Vocaliza algumas palavras (uma ou duas palavras) e sílabas repetidas;

Comunicam-se através de gestos, expressão corporal e expressão do

olhar;

Projeto Político Pedagógico 2017

86

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Ainda têm pouca concentração em qualquer atividade;

Inconstância e necessidades biológicas distintas (ex. Sono em diferentes

momentos);

Necessidade de atenção individual do adulto;

Necessidade de explorar o ambiente;

Adoram música ;

Emite sons e às vezes gosta de ouvir a própria voz;

Troca sorrisos, atende ao seu nome e ao “não”;

Envolvem-se em diferentes brincadeiras e experiências;

Às vezes apresentam resistência para aceitação de novos alimentos

alimentação;

Insegurança nos momentos de higiene (troca de fraldas, banho);

Desenvolvimento da noção de permanência do objeto, ou seja, a noção

de que uma coisa continua a existir mesmo que não a consiga ver;

Gosta que os objetos sejam nomeados e começa a reconhecer palavras

familiares como "papa","mamã", "adeus",

sendo progressivamente capaz de associar ações a determinadas

palavras (por ex: tchau-tchau" - acenar);

O bebê sabe exatamente o que vai acontecer quando bate num

determinado objeto (produz som) ou quando deixa cair um brinquedo (o pai

ou a mãe apanha-o). Começa também a relacionar os objetos com o seu

fim (por ex., coloca o telefone junto ao ouvido);

Presença de ansiedade perante estranhos: sendo igualmente uma etapa

normal do desenvolvimento emocional do bebê, manifesta-se quando

pessoas desconhecidas o abordam diretamente;

Reconhece sua imagem no espelho e reage com euforia;

Descobre o seu corpo por meio de toques afetuosos e estimulantes;

Levam tudo que pegam até a boca, pois ela é um importante canal de

exploração do mundo;

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

A criança sente a chegada dos dentes lhe rasgando as gengivas, e aí

começam, também as famosas e tão recorrentes mordidas;

Iniciam o processo de imitação: repetem gestos, atribuindo significado

(ex: dançam, batem palmas)

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

FAIXA ETÁRIA/TURMA BERÇÁRIO FINAL

LOCOMOÇÃO O QUE ESTA CRIANÇA

PODERÁ SABER MAIS:

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE TRABALHO QUE

AJUDARÃO ESTA CRIANÇA A SABER MAIS:

Conhecer o ambiente

da creche, familiarizando-

se com o mesmo;

Passeios pelos diferentes espaços da creche,

onde os educadores possam nomeá-los, bem

como apresentar as pessoas que se encontram

pelo caminho.

Desenvolver as

habilidades físico/motoras

como: sentar, engatinhar,

rolar, arrastar e andar;

Brincadeiras em que as crianças possam

explorar todas as suas possibilidades corporais,

com desafios/obstáculos crescentes;

Adquirir a marcha;

Vivências em espaços organizados com barras

para apoio e objetos que facilitem o apoio da

criança, passando segurança para que possa dar

os primeiros passos;

Vivências em que os educadores possam

incentivar a marcha, através da oferta de estímulo

visual;

VÍNCULO AFETIVO O QUE ESTA CRIANÇA

PODERÁ SABER MAIS:

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE TRABALHO QUE

AJUDARÃO ESTA CRIANÇA A SABER MAIS:

Desenvolver-se social e

afetivamente;

Vivências onde a criança possa receber afeto

dos educadores, bem como observar relações

afetuosas;

Brincadeiras com bonecas, em que

educadores e crianças interajam de forma

afetuosa;

Brincadeiras com cenários e objetos que

possam ser utilizados na imitação de ações

realizadas pelos adultos;

Adquirir progressiva

segurança física e

emocional;

Interações com os educadores de modo que

os mesmos estabeleçam um vínculo com as

crianças, transmitindo desta forma segurança às

mesmas;

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

VÍNCULO AFETIVO O QUE ESTA CRIANÇA

PODERÁ SABER MAIS:

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE TRABALHO QUE

AJUDARÃO ESTA CRIANÇA A SABER MAIS:

Interagir com as

crianças (de diferentes

idades) e adultos da

creche, aceitando a

aproximação dos mesmos;

Interação com turma de outra faixa etária

para a realização de alguma atividade (músicas,

teatro, histórias, etc);

Sentir-se seguros e

repousar (descansar);

Vivências em espaços organizados

cuidadosamente (iluminação, conforto, som) para

o momento de descanso, contando com a

presença e afeto dos educadores neste momento,

bem como podendo contar com objetos de

apego;

IDENTIDADE O QUE ESTA CRIANÇA

PODERÁ SABER MAIS:

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE TRABALHO QUE

AJUDARÃO ESTA CRIANÇA A SABER MAIS:

Desenvolver o

processo de construção

de identidade;

Brincadeiras com fotos onde as crianças

possam ver a si mesma, bem como seus familiares;

Vivências onde as que as crianças possam

escolher e ter opções, conhecendo desta forma

suas preferências;

Reconhecer a si e aos

outros;

Brincadeiras com músicas onde as crianças

possam dizer seus amigos;

Vivências onde as crianças possam se ver e ver

seus amigos frente a um espelho, explorando

gestos, feições, caretas, etc;

Reconhecer a si e aos

outros;

Brincadeiras com músicas onde as crianças

possam dizer seus amigos;

Vivências onde as crianças possam se ver e ver

seus amigos frente a um espelho, explorando

gestos, feições, caretas, etc;

EXPRESSÃO O QUE ESTA CRIANÇA

PODERÁ SABER MAIS:

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE TRABALHO QUE

AJUDARÃO ESTA CRIANÇA A SABER MAIS:

Desenvolver as

diferentes percepções

sonoras, visuais, táteis,

olfativas e gustativas;

Brincadeiras para estimulação sensório-motora,

onde as crianças possam explorar e colocar em

jogo todos os seus sentidos (ex: tapete sensorial,

lanternas, melecas, cesto dos tesouros, etc);

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

EXPRESSÃO O QUE ESTA CRIANÇA

PODERÁ SABER MAIS:

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE TRABALHO QUE

AJUDARÃO ESTA CRIANÇA A SABER MAIS:

Utilizar de diversas

formas corporais para se

comunicar;

Vivências em que seus gestos e choros devam

ser significados e interpretados pelo educador;

Ampliar a

concentração

progressivamente;

Interações com diferentes materiais, onde os

educadores brincam junto e estimulam a

exploração, de modo que a criança sinta-se

envolvida com a proposta;

Desenvolver a

memória;

Brincadeiras em que as situações se repetem e

que vão sendo retomadas com o grupo

juntamente com os educadores;

Apreciação de imagens conhecidas, onde as

crianças devem nomeá-las;

Desenvolver

gradativamente as

diferentes linguagens (oral,

gestual, musical e

plástica), utilizando-as em

suas interações;

Brincadeiras (com tintas comestíveis, culinária,

melecas, apreciação de músicas ritmos ritmos e

gêneros diversos, apreciação de imagens,

apreciação de histórias, rodas de música e dança

etc), onde a criança possa expressar-se

plenamente;

EXPLORAÇÃO O QUE ESTA CRIANÇA

PODERÁ SABER MAIS:

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE TRABALHO QUE

AJUDARÃO ESTA CRIANÇA A SABER MAIS:

Desenvolver

autonomia no manuseio

de diferentes objetos

(como talheres, copos,

mamadeiras, brinquedos,

etc;) e desempenho de

algumas ações;

Vivências onde as crianças tenham

oportunidade de realizar ações solicitadas pelos

educadores, bem como manusear objetos e

brinquedos com a supervisão dos mesmos;

Conhecer objetos de

diferentes formas,

tamanhos, cores e

texturas;

Brincadeiras em que as crianças possam

explorar diferentes materiais estruturados ou não;

Familiarizar-se com

elementos da cultura por

meio da música, dança,

jogos, brinquedos e

brincadeiras populares;

Vivências onde as crianças possam ter contato

com elementos de nossa cultura (ex: apreciação

musical que vá além das músicas infantis,

brincadeiras, vídeos, etc);

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

EXPLORAÇÃO O QUE ESTA CRIANÇA

PODERÁ SABER MAIS:

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE TRABALHO QUE

AJUDARÃO ESTA CRIANÇA A SABER MAIS:

Ampliar as

possibilidades de relações,

comparações e

explorações com objetos

e seres vivos existentes em

seu meio ambiente;

Brincadeiras e propostas de exploração dos

diferentes elementos da natureza que se

encontram presentes na creche (ex. Água, terra,

bichinhos do jardim, etc), tendo os educadores;

Conhecer novos

alimentos, aperfeiçoando

a mastigação e

deglutição de diferentes

texturas e sabores;

Brincadeiras com diferentes alimentos, onde as

crianças possam explorar e provar sabores e

texturas;

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

2.2 - PLANOS E CONCEITOS – – INFANTIL I

CARACTERÍSTICAS DE UMA CRIANÇA DE 1 ANO A 2 ANOS.

Emite algumas palavras ou sons;

Comunica-se por meio de gestos, choro e/ou expressão corporal;

Compreende quase tudo o que lhe é falado, embora nem sempre utilize

a linguagem oral;

Apresenta oscilação de compreensão com relação à fala do outro;

Emprega o “meu”;

Começa a nomear objetos ou gravuras;

Repete fala de adultos ou crianças;

Demonstra vontade própria;

Testa limites;

Fala muito a palavra NÃO;

Começa a reconhecer o que é seu e o que é do outro;

Inicia certa autonomia;

Participa da arrumação de suas coisas;

Desenvolve o sentimento de posse relativamente às suas coisas, sendo

difícil partilhá-las;

Participa do ato de se vestir;

Transforma qualquer objeto em brinquedo;

Gosta de brinquedos de puxar, arremessa e apanha objetos (repete esta

ação);

Mantém relação afetiva com objeto de seu agrado e irrita-se quando

procuram tirá-lo;

Recusa, protesta, é do contra;

Aparecem os medos (escuro, animais, tempestade, pessoas estranhas);

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Começa a apresentar inapetência por alguns alimentos;

Necessitam de ambiente aconchegante no momento do sono, sendo

que alguns ainda precisam de objetos de apego e serem ninados;

Ainda não apresentam controle dos esfíncteres;

Começa a se interessar por brincadeiras simbólicas/imitação;

Evolução dos movimentos corporais / capacidade de coordenação.

Exploração contínua do ambiente e objetos;

Levam tudo que pegam até a boca, pois ela é um importante canal de

exploração do mundo;

A criança sente a chegada dos dentes lhe rasgando as gengivas, e aí

começam também as famosas e tão recorrentes mordidas, muitas vezes

como forma de resolver situações conflituosas (ex: disputa de brinquedo),

outras vezes como simples forma de exploração e conhecimento do outro.

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

FAIXA ETÁRIA/TURMA INFANTIL I

O QUE ESTA CRIANÇA

PODERÁ SABER MAIS:

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE TRABALHO QUE

AJUDARÃO ESTA CRIANÇA A SABER MAIS:

Reconhecimento de si

e do outro como parte do

grupo, bem como as

diferenças respeitando-as

em suas dimensões.

Brincadeiras cooperativas;

Brincadeiras com objetos e brinquedos com

diversidade de características (Ex: bonecas e

bonecos de diferentes etnias, histórias que

valorizam a diversidade étnica e cultural, etc);

Vivências com a participação de todas as

turmas das diferentes faixas etárias (atividades

coletivas, integrações, festas).

Desenvolver a

memória, bem como a

concentração e

imaginação.

Brincadeiras musicais e/ou corporais em que

as situações se repetem e que vão sendo

retomadas com o grupo juntamente com os

educadores;

Rodas de música com os diferentes recursos;

Rodas de histórias com os diferentes recursos;

Brincadeiras com músicas em que as crianças

devem dizer o nome dos amigos;

Apreciação de imagens conhecidas, em que

as crianças devem nomeá-las;

Brincadeiras simbólicas simples, com poucos

elementos e intervenção dos educadores;

Vivências com enredo imaginário (Ex: passeio

na floresta), bem como momentos de

participação na retomada de histórias

conhecidas.

Desenvolver o

processo de construção

de identidade.

Brincadeiras com fotos em que as crianças

possam ver a si mesmas, bem como seus

familiares;

Vivências em que as crianças possam

escolher e ter opções, conhecendo desta forma

suas preferências;

Atividades para conhecimento do próprio

corpo/imagem corporal e/ou refletida (espelho)

e conhecimento de novas possibilidades

corporais.

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

O QUE ESTA CRIANÇA

PODERÁ SABER MAIS:

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE TRABALHO QUE

AJUDARÃO ESTA CRIANÇA A SABER MAIS:

Interagir com o meio

ambiente, explorando-o

com as mais diversas

possibilidades corporais,

ampliando as

possibilidades de relações,

comparações e

explorações com objetos

e seres vivos existentes.

Brincadeiras e propostas de exploração dos

diferentes elementos da natureza que se

encontram presentes na creche (Ex. Água, terra,

bichinhos do jardim, etc).

Desenvolver a

atenção;

Atividades da rotina em geral: brincadeiras

com regras, chamadinha, rodas de música,

histórias, atividades dirigidas, dentre outras, pois a

criança necessita atenção para conseguir

participar. Lembramos que os disparadores

concretos devem sempre ser utilizados nesta

faixa etária.

Deslocar-se com

destreza progressiva no

espaço ao andar, correr,

subir, pular, etc,

desenvolvendo atitude de

confiança nas próprias

capacidades motoras,

bem como controlar

progressivamente

movimentos como força,

velocidade, resistência,

sensibilidade e

flexibilidade, conhecendo,

gradativamente, os limites

e as potencialidades do

seu corpo.

Brincadeiras em que as crianças possam

explorar todas as suas possibilidades corporais,

com desafios/obstáculos crescentes (Ex: circuitos,

rodas, dança, parque, etc);

Projeto Político Pedagógico 2017

96

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

O QUE ESTA CRIANÇA

PODERÁ SABER MAIS:

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE TRABALHO QUE

AJUDARÃO ESTA CRIANÇA A SABER MAIS:

Relacionar-se com o

outro de modo afetivo e

respeitoso.

Vivências a rotina como um todo sendo que

os educadores servem de modelo para as

relações afetivas e respeitosas de forma que os

mesmos intervêm com as crianças quando o

contrário acontece.

Ter noções de

cuidados como espaço

da escola. Ex. Jogar lixo

no lixo, arrumar

brinquedos.

Vivências em que as crianças possam

colaborar com a arrumação dos espaços

juntamente com os educadores.

Desenvolver hábitos

de higiene.

Vivências em que as crianças possam utilizar-

se de procedimentos de higiene com orientação

dos educadores;

Dialogar com as crianças nos momentos das

trocas.

Nomear as partes do

corpo, apropriando-se da

imagem corporal e

desenvolvendo atitudes

de interesse e cuidado

com o próprio corpo.

Brincadeiras com músicas (que falam das

partes do corpo) na hora das trocas;

Vivências em que as crianças possam se ver e

ver seus amigos frente a um espelho, explorando

e observando as partes do corpo.

Conhecer e

diferenciar texturas de

superfícies por meio das

várias partes do corpo.

Brincadeiras para estimulação sensório-

motora, onde as crianças possam explorar e

colocar em jogo todos os seus sentidos (Ex:

tapete sensorial, lanternas, melecas, cesto dos

tesouros, etc).

Conhecer as

diferentes possibilidades

de deixar marcas nos mais

diversos suportes.

Vivências em que as crianças possam

explorar diferentes materiais (aquosos ou secos),

meios (pincéis e utensílios diferenciados) e

suportes (bi e tridimensionais).

Desenvolver e utilizar

os movimentos de

preensão, encaixe,

lançamento para o uso de

objetos diversos.

Brincadeiras com blocos de encaixe, potes e

tampas, objetos para empilhar, etc.

Projeto Político Pedagógico 2017

97

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

O QUE ESTA CRIANÇA

PODERÁ SABER MAIS:

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE TRABALHO QUE

AJUDARÃO ESTA CRIANÇA A SABER MAIS:

Desenvolver o

raciocínio lógico,

conhecer e usando de

forma significativa as

relações quantitativas,

medidas, formas e

orientações espaço-

temporais.

Brincadeiras em que possam explorar objetos

(com tamanhos, formas e texturas diversas) onde

possam compará-los e estabelecer relações

entre os mesmos;

Vivências em que as crianças possam resolver

situações-problema;

Brincadeiras que explorem o deslocamento

corporal pelo espaço da creche.

Ampliar vocabulário;

Nomear pessoas e

objetos;

Usar cada vez mais a

linguagem oral para

expressar-se, mesmo que

de forma não

convencional.

Vivências onde as crianças interajam umas

com as outras e educadores e que favoreçam a

comunicação (Ex: Rodas de música, leitura de

histórias, apreciação de imagens, músicas que

dizem o nome das crianças, exploração de caixa

surpresa, exploração de caixa tátil, etc).

Desenvolver

gradativamente as

diferentes linguagens (oral,

gestual, musical, científica,

lógico-matemática e

plástica), utilizando-as em

suas interações.

Vivências com tintas comestíveis, culinária,

melecas, apreciação de músicas, ritmos e

gêneros diversos, apreciação de imagens,

explorações de materiais não estruturados,

apreciação de histórias, rodas de música e

dança, com instrumentos musicais, etc, em que a

criança possa expressar-se plenamente.

Desenvolver

autonomia no manuseio

de diferentes objetos e

desempenho de algumas

ações;

Compreende / atende

comandas simples:

colocar o sapato na

colmeia, levar até o lixo,

etc.

Vivências em que as crianças tenham

oportunidade de realizar ações solicitadas pelos

educadores (tirar sapatos, guardar ou pegar seus

pertences reconhecendo-os, andar e comer

sozinho, usar caneca, beber água, guardar

brinquedos) bem como manusear objetos e

brinquedos com a supervisão dos mesmos.

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

O QUE ESTA CRIANÇA

PODERÁ SABER MAIS:

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE TRABALHO QUE

AJUDARÃO ESTA CRIANÇA A SABER MAIS:

Ter contato com

diversos gêneros textuais

orais e escritos.

Vivências em momentos de leitura pelo

educador ou de exploração pelas crianças, de

diversos gêneros textuais.

Familiarizar-se com

elementos da cultura,

bem como manifestações

culturais.

Vivências em que as crianças possam ter

contato com elementos de nossa cultura (Ex:

apreciação musical que vá além das músicas

infantis, brincadeiras tradicionais, vídeos, etc).

Desenvolver o gosto

pelo trabalho, respeitando

a própria produção, a

produção de artistas, bem

como do colega.

Vivências onde suas produções são expostas

e apreciadas pelo grupo;

Apreciação de outros artistas.

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

2.3 – PLANOS E CONCEITOS – – INFANTIL II

CARACTERÍSTICAS DE UMA CRIANÇA DE 2 ANOS A 3 ANOS

Possui marcha, apesar de estar se aperfeiçoando motoramente;

Conquista crescente da independência motora;

Inicia construções com brinquedos/objetos;

Corre, pula, sobe, desce, escala, salta, pedala;

Segura e manipula objetos;

Transporta objetos enquanto caminha;

Alimenta-se utilizando colheres e bebe líquidos utilizando canecas;

Comunica-se de múltiplas formas (fala, gesticula);

Inicia a consciência de si;

Executa ordens simples;

Inicia a capacidade de compreender símbolos mentalmente;

Imita atitudes de adultos e crianças/ imita papéis e falas de personagens

das histórias;

Lembra-se de coisas e fatos;

Apresenta muita curiosidade e utiliza o por que?

Constrói hipóteses sobre as coisas;

Começa a categorizar objetos (por cores, formas, etc);

Começa a brincar junto com outras crianças e adultos;

Reconhece e nomeia figuras, sons e objetos;

Reconhece e nomeia pessoas de seu convívio;

Percebe mudanças na rotina, presença/ausência de educadores e

crianças na sala;

Nomeia personagens, lugares e reconta partes das histórias que mais lhe

chamaram atenção;

Projeto Político Pedagógico 2017

100

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Exprime seus sentimentos com atitudes primeiramente corporais;

Apresenta capacidade de escolha;

Concentração / atenção ainda estão em desenvolvimento;

Começa a simbolizar (imagina que tem uma boneca na mão);

Aumenta a percepção e a memória;

Há aperfeiçoamento do controle dos esfíncteres;

Distingue pessoas conhecidas;

Começa a fazer uso das vivências pessoais para resolver problemas;

Encontram-se na fase do enfrentamento, recusa e protesto;

Sabe o que é dela mesma e do outro, no entanto quer controlar tudo que

está ao seu redor;

Manifesta medos;

Gosta de repetição;

Demonstra interesse por livros/histórias, manuseando-os;

Apropria-se de procedimentos simples do cotidiano (guarda mochila,

retira excesso de comida do prato, veste-se sozinha, coloca canecas no

lugar, etc);

Fala com brinquedos;

Resolve conflitos com colegas utilizando expressões corporais ;

Reconhece sua imagem;

Ajuda a arrumar os objetos coletivos;

Seu raciocínio lógico está em desenvolvimento;

Interessa-se por tintas, cores e exploração de diferentes materiais e

texturas;

Expressa-se melhor nos momentos livres;

Percebe que seus movimentos junto a alguns materiais deixam marcas.

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

FAIXA ETÁRIA: 2 A 3 ANOS

O QUE ESTA CRIANÇA

PODERÁ SABER MAIS:

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE TRABALHO QUE AJUDARÃO

ESTA CRIANÇA A SABER MAIS:

Desenvolver o

processo de construção

de identidade.

Brincadeiras com fotos onde as crianças possam

ver a si mesma, bem como seus familiares;

Vivências onde as crianças possam escolher e ter

opções, conhecendo desta forma suas preferências.

Experimentar novos

alimentos, ampliando o

repertório gustativo.

Brincadeiras com diferentes alimentos, onde as

crianças possam explorar e provar sabores e texturas.

Desenvolver as

diferentes percepções

sonoras, visuais, táteis,

olfativas e gustativas.

Vivências onde as crianças possam ouvir músicas

distintas, cantar, produzir e ouvir diversos sons;

experimentar diferentes alimentos, texturas, cores e

sabores; exploração tátil com caixa surpresa (com

diferentes texturas, temperatura, peso, etc.; sentir

cheiros distintos - com base na experimentação de

“coisas” do cotidiano...

Controlar esfíncteres e

demais procedimentos

de promoção de saúde e

bem estar.

Vivências onde as crianças sintam-se confiantes,

seguras e estimuladas a comunicarem suas

necessidades ou desconfortos, bem como a iniciar o

uso de sanitários e outros procedimentos de higiene.

Desenvolver-se social e

afetivamente.

Vivências em que as crianças possam receber

afeto dos educadores, bem como observar relações

afetuosas;

Brincadeiras com bonecas em que educadores e

crianças interajam de forma afetuosa;

Brincadeiras com cenários e objetos que possam

ser utilizadas na imitação de ações realizadas pelos

adultos.

Interagir/relacionar-se

socialmente com outros

(seja adulto ou criança)

de modo cordial e

afetivo.

Vivências onde as crianças possam ter contato e se

apropriar de algumas regras de convivência,

participando de relações cordiais e afetivas;

Integração entre as turmas, atividades coletivas, etc;

Elaboração de combinados com as crianças.

Projeto Político Pedagógico 2017

102

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

O QUE ESTA CRIANÇA

PODERÁ SABER MAIS:

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE TRABALHO QUE AJUDARÃO

ESTA CRIANÇA A SABER MAIS:

Desenvolver a

autonomia por meio do

manuseio de diferentes

objetos e desempenho

de algumas ações.

Vivências onde as crianças tenham oportunidade

de realizar ações solicitadas pelos educadores (tirar

sapatos, guardar ou pegar seus pertences

reconhecendo-os, vestir-se, andar e comer sozinho,

usar caneca para beber água, guardar brinquedos)

bem como manusear objetos e brinquedos com a

supervisão dos mesmos.

Desenvolver

gradativamente as

diferentes linguagens

(oral, gestual, musical e

plástica), utilizando-as

para expressar

sentimentos, desejos e

necessidades.

Brincadeiras (com tintas comestíveis, culinária,

melecas, apreciação de músicas, ritmos e gêneros

diversos, apreciação de imagens, apreciação de

histórias, rodas de música e dança, com instrumentos

musicais, etc.), onde a criança possa expressar-se

plenamente;

Utilizar as diferentes linguagens: matemática (por

meio de observações do cotidiano: números, formas,

brincadeiras com regras, exploração de materiais,

etc.), científica (projeto como fonte científica,

higiene, alimentação), oral (música, contação de

histórias, diálogos travados em qualquer momento

da rotina), artística (pintura com diferentes suportes,

fotografia, teatro, música...).

Ampliar vocabulário.

Vivências em que as crianças interajam com

outras crianças e educadores e que favoreçam a

comunicação (Ex: Rodas de música, leitura de

histórias, apreciação de imagens, músicas que dizem

o nome das crianças, exploração de caixa surpresa,

exploração de caixa tátil, etc).

Entrar em contato com

diversos gêneros textuais

orais e escritos.

Vivências em momentos de leitura pelo educador

ou de exploração pelas crianças, de diversos

gêneros textuais (gibis, jornais, quadrinhas, parlendas,

bilhetes, revistas, livros), bem como em ambiente

dotado de textos escritos significativos (nomes nos

pertences, lista de nome dos amigos, cartaz com a

receita realizada, etc).

Projeto Político Pedagógico 2017

103

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

O QUE ESTA CRIANÇA

PODERÁ SABER MAIS:

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE TRABALHO QUE AJUDARÃO

ESTA CRIANÇA A SABER MAIS:

Conhecer e ampliar

papéis sociais nos

momentos do brincar.

Brincadeiras simbólicas.

Estruturar-se

motoramente, ampli-

ando e aperfeiçoando

seus movi-mentos

corporais como pular,

correr, subir, descer,

andar de costas, rastejar,

etc.; bem como

equilibrar-se com desafios

crescentes;

Desenvolver a noção

espacial do seu próprio

corpo em relação ao

outro e espaço;

Aprimorar a

coordenação motora.

Brincadeiras em que as crianças possam explorar

todas as suas possibilidades corporais, com

desafios/obstáculos crescentes (Ex: circuitos, rodas,

dança, parque, etc).

Desenvolver o

raciocínio lógico,

conhecer e usar de

forma significativa as

relações quantitativas,

medidas, formas e

orientações espaço-

temporais.

Brincadeiras em que possam explorar objetos

(com tamanhos, peso, formas e texturas diversas)

onde possam compará-los e estabelecer relações

entre os mesmos.

Vivências em que as crianças possam resolver

situações-problema.

Brincadeiras que explorem o deslocamento

corporal pelo espaço da creche

Vivências em atividades lúdicas que envolvam:

contagem oral, relações espaciais e temporais,

agrupamentos de objetos, formas geométricas,

situações-problema, dentre outros.

Projeto Político Pedagógico 2017

104

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

O QUE ESTA CRIANÇA

PODERÁ SABER MAIS:

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE TRABALHO QUE AJUDARÃO

ESTA CRIANÇA A SABER MAIS:

Ampliar a memória,

bem como a

concentração e

imaginação.

Brincadeiras em que as situações se repetem e

que vão sendo retomadas com o grupo juntamente

com os educadores;

Brincadeiras com músicas em que as crianças

devem dizer o nome dos amigos;

Apreciação de imagens conhecidas, onde as

crianças devem nomeá-las;

Brincadeiras simbólicas;

Vivências com enredo imaginário (Ex: passeio na

floresta);

Reconto de histórias.

Familiarizar-se com

elementos da cultura em

que estão inseridos, bem

como manifestações

culturais.

Vivências onde as crianças possam ter contato

com elementos de nossa cultura (Ex: apreciação

musical que vá além das músicas infantis,

brincadeiras tradicionais, vídeos, etc);

Apreciação de obras de arte (repertório nacional).

Desenvolver

Autocontrole

Vivências em que as crianças tenham

oportunidades de se expressarem, bem como

ouvirem outras crianças ou adultos (Ex: rodas de

conversa);

Brincadeiras em que se faz necessário uma

pequena espera para a realização da tarefa (Ex:

corre-cotia);

Interações afetuosas com adultos e crianças;

Brincadeiras com regras simples.

É necessário salientar que nossas discussões não se esgotaram e

voltaremos a nos debruçar sob este capítulo no decorrer deste ano

letivo.

Projeto Político Pedagógico 2017

105

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3. ROTINA

3.1 - ORGANIZAÇÃO DO TEMPO/ESPAÇO

A rotina em nossa creche está estruturada na organização do

tempo em nosso espaço educacional estando inerentemente ligada às

atividades que são propostas para o desenvolvimento das crianças, além

do suprimento de suas necessidades básicas.

A organização do espaço educativo reflete as concepções de

crianças, ensino e aprendizagem das instituições. A forma como as salas

estão organizadas, a disposição dos móveis, a acessibilidade aos

brinquedos, os livros, a exposição ou não das produções infantis, a

“decoração” são indícios reveladores sobre como as crianças são vistas

e consideradas.

O modo como a sala é organizada reflete em um conjunto de

aprendizagens nas crianças, uma vez que: se localizam melhor em um

ambiente organizado; exercitam a autonomia; se apropriam de

procedimentos coletivos, entre outras saberes.

O educador deverá ter

a sensibilidade de pensar em

como devem ser os armários

e/ou demais objetos que

compõem um determinado

espaço, as estantes e

prateleiras da sala (altas,

baixas, abertas, fechadas).

Projeto Político Pedagógico 2017

106

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Embora saibamos que as

estantes e prateleiras devam ser

adequadas à estatura das crianças

e os brinquedos podem e devem

ficar ao alcance delas, ainda

contamos com uma questão

estrutural (salas pequenas e sem

colmeias), que dificulta, mas não

impede que oportunizemos estas ações de outras formas (os materiais

são colocados ao alcance das crianças em alguns momentos e

guardados em outros).

Em nossa creche organizamos alguma s

atividades permanentes (a seguir) para

compor a rotina, mas que tem como

objetivo nortear o trabalho do professor, mas

não engessá-lo. O tempo e espaço

destinados às mesmas estão sempre

condicionados às necessidades das

crianças, bem como ao envolvimento das

mesmas com as propostas.

Projeto Político Pedagógico 2017

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3.2 - ACOLHIMENTO

A entrada da criança na escola é um momento em que a mesma

necessita ser acolhida pelos educadores com atenção e carinho, afinal,

é um momento em que está se separando dos pais/responsáveis para

participar da sua vida escolar.

Neste sentido é necessário que as atividades propostas pelos

educadores sejam acolhedoras e propiciem escolhas por parte da

criança. As atividades devem ser aquelas em que as crianças possam

realizar sozinhas as propostas tendo em vista que neste momento,

também é necessário priorizar as outras crianças que estão chegando na

sala, os pais/responsáveis, etc., além da necessidade de direcionar

bolsas nas devidas colmeias, olhar agendas, entre outras ações.

No momento da entrada, o ambiente é preparado para acolher

as crianças, de forma a convidá-las a descobrir o novo, a interagir com

outros colegas/professores, etc. Procuramos oferecer um ambiente

estruturado, organizado e limpo, com brinquedos diversos, adequados à

faixa etária.

Recentemente as professoras da manhã também tem investido em

decorações ou propostas diferenciadas na porta de entrada com intuito

de proporcionar uma recepção atraente e convidativa para a criança.

Lembramos que as intervenções começam a acontecer a partir do

momento que as crianças sentem-se mais seguras e dispostas. (estas

propostas são mais frequentes nas salas do Infantil II).

O acolhimento é considerado fundamental para que a criança se

sinta querida e segura. O educador procura pegar a criança no colo,

abraçar, dar as mãos, sempre que preciso, conversando e atendendo

suas necessidades, tendo em vista a organização e o bom andamento

da rotina escolar.

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

No momento da saída, os educadores

ficam atentos para entregar as crianças trocadas

e limpas, com o ambiente também preparado de

forma prazerosa para não assustar os pequenos,

uma vez que as crianças não saem todas ao

mesmo tempo, mas gradativamente.

O horário da saída também é muito

importante uma vez que ao ver outros pais

chegando, geralmente as crianças pequenas se

põem a chorar. O nosso comprometimento é o de

fazer a criança se sentir querida e segura.

Em nossa escola, o horário de entrada ocorre das 7h30 às 8h00 da

manhã e a saída ocorre das 17h às 17h30. O portão é aberto

primeiramente para o transporte escolar às 16h50 e posteriormente para

os pais às 17h.

Os pais que trouxerem as crianças após às 8h ou retirarem antes

das 17h, devem assinar caderno próprio para este fim, que fica na

Secretaria da escola.

No momento da saída é sempre necessário verificar os

responsáveis autorizados pela retirada de cada criança, caso não seja o

familiar acostumado a fazê-lo.

Em nossa unidade escolar primamos que o educador transmita à

criança e à família: segurança, tranquilidade e a cordialidade como

uma atitude constante do seu perfil profissional.

CUIDADOS ESSENCIAIS

Cumprimentar crianças e familiares com um sorriso;

Pegar informações importantes com os responsáveis (de forma

prática e rápida tendo em vista que o principal é a criança);

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109

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Falar palavras de segurança para a família;

Oferecer propostas interessantes e acolhedoras;

Brincar junto com as crianças;

Incentivar a exploração de outros espaços;

Observar os interesses e sentimentos das crianças para saber o

próximo passo;

Permitir objetos de apego;

Preparar o ambiente para acolher as crianças;

Cumprimentar as crianças quando chegar na sala (para o educador

do segundo período);

Atentar-se a necessidade de banheiro quando a criança chega;

Atentar- se as crianças que necessitam de cuidados especiais, como

refluxo;

Atentar-se a porta para a criança não sair e se perder na própria

creche nos momentos de circulação de várias pessoas;

Verificar encaminhamentos médicos na entrada das crianças;

Tentar aproximação física com a criança, respeitando caso resista;

Propor atividade dirigida na qual, familiares e crianças sintam se bem

no ambiente escolar;

Apresentar um ambiente estruturado, organizado e limpo;

Propor a troca de fraldas com pais e educadores juntos;

Verificar machucados e marcas na criança, logo cedo, anotando a

ocorrência na agenda e caderno de ocorrências.

Recolher e verificar a agenda logo na entrada, bem como se há

medicação a ser dada, com a devida receita médica;

Verificar bilhetes;

Pegar no colo, abraçar, dar as mãos, sempre que preciso;

Abaixar na altura da criança para conversar e acolher a mesma;

Ter paciência com a família, acolhendo-a também;

Sair com a criança da sala para acalmá-la, em caso de choro.

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3.3 - HISTÓRIAS...MUITAS HISTÓRIAS...

Sabemos que são inúmeros os benefícios da leitura na primeira

infância, estando entre estes, o reforço do vínculo afetivo entre o

contador de histórias e a criança, o aumento da capacidade linguística

e a formação do comportamento de leitor na criança.

Aqui em nossa creche, a contação de histórias se dá diariamente,

adequando o material a ser utilizado para

cada faixa etária, bem como tomando

alguns cuidados para garantir o sucesso

deste momento como: preparar o

cenário usando a criatividade

envolvendo-o no contexto da história; preparar o clima começando com

um pequeno diálogo explicando o título, autor e o tema estimulando a

curiosidade das crianças; entonação da voz; estabelecer um momento

do dia para esse momento; utilização de fantoches, brinquedos,

desenhos, figurinos também devem ser utilizados para contar histórias.

Acreditamos que as crianças devam ter contato com histórias

infantis, desde sempre. Ainda que não compreendam o que as marcas

nos livros significam, iniciam o primeiro contato com o mundo letrado.

As histórias enriquecem a experiência, a capacidade de dar

sequencia lógica aos fatos, sentido da ordem, esclarecimento do

pensamento, atenção, gosto literário, ampliação do vocabulário, o

estímulo e interesse pela leitura, a linguagem oral e escrita, etc.

A leitura é tão importante em nossa concepção que estendemos

esta ação para além dos muros da escola, ou seja, realizamos

empréstimos quinzenais de livros para as turmas de Infantil II, levando em

conta a parceria com a família.

Projeto Político Pedagógico 2017

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O manuseio dos livros também é realizado desde a mais tenra

idade em nossa Unidade Escolar. Investimos em parceria com a A.P.M.

na compra de livros diferenciados

(pano, de banho, etc.) e próprios

para cada faixa etária, como

materiais necessários aos nossos

propósitos.

Enfim, são os adultos que

tem o papel de apresentar o mundo escondido nos livros e encantar os

pequeninos!

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS:

Acreditamos que em todas as turmas é necessário que os

educadores busquem diversos recursos para o envolvimento dos

educandos nesta atividade;

No caso do Berçário e turmas de um ano, essa necessidade fica

mais evidente, pois as crianças precisam de mais elementos para

despertar o interesse e concentração;

Adequar o tempo da atividade com a faixa etária: quanto

menores, menor é o tempo de concentração, não sendo recomendáveis

histórias longas;

Considerar que todos os educandos usufruem deste momento,

ainda que nem todos apresentem a mesma postura corporal;

Os educadores poderão escolher histórias diferentes para serem

lidas/contadas, formando assim grupos menores.

Permitir que as crianças manuseiem os livros já lidos pelos

educadores.

Projeto Político Pedagógico 2017

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3.4 - BRINCADEIRAS ORAIS

Embora a linguagem oral esteja presente no cotidiano das

instituições de educação infantil, nem sempre é tratada como algo a ser

intencionalmente trabalhado com as crianças.

Em nossa Unidade Escolar esta visão vem sendo mudada por meio

das reflexões fomentadas pelas formações do grupo de educadores, e

pelas vivências na sala de aula...

“Todo contato que a criança

estabelece com o mundo é sempre

mediado pela linguagem” (Vygotsky,

1985;202).

Entendemos que falar é natural do ser humano, no entanto, é

preciso oferecer recursos para que a linguagem ou expressão oral

desenvolva–se com adequação e qualidade.

Portanto, para que esses objetivos sejam alcançados, se faz

necessário um momento de formação que esteja voltado para discussão

e reflexão do tema “Oralidade”.

Atividades como: músicas com foco na sonoridade, contação de

histórias com entonação vocal, parlendas, adivinhas, trava línguas,

atividades coletivas, etc, são exemplos de experiências que irão

assegurar a qualidade na elaboração das atividades sequenciadas.

Sendo assim, os resultados serão alcançados por meio de

planejamento, intencionalidade e frequência.

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Possuir um bom repertório

de brincadeiras tem para a

criança o peso de uma

importante bagagem que ela

carregará ao longo de toda

vida. Fizemos um levantamento

de repertório de textos orais

(brincadeiras cantadas, atividades de passagem, etc.) conhecida pelos

diferentes educadores contribuindo assim para uma prática elaborada e

enriquecedora em nossa rotina, como por exemplo: “Palhacinho de

Brinquedo”, “Trula Bilula”, “Água Gelada gotinha de limão”, etc.

Temos em nossa rotina diversas oportunidades que contribuem

para o desenvolvimento da oralidade, mas acreditamos que brincar com

as palavras é motivo de diversão para as crianças. Repetir parlendas,

cirandar ao som de cantigas de rodas, desafiar as crianças com

adivinhas são algumas práticas já exercidas em nossa escola.

Estas brincadeiras não necessitam ser realizadas em um momento

fixo na rotina, mas garantida nos mais diversos momentos (brincadeira

simbólica; troca de ambientes: ida para o refeitório, ida para o parque,

momento de higiene, momento da troca de fraldas, etc.), bem como

planejadas e sistematizadas.

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3.5 - RODAS DIVERSAS

As rodas fazem parte da rotina da EMEB José Augusto procurando

atender a diferentes objetivos. No início do ano vemos esta proposta

sendo realizada com as turmas do Infantil II considerando a dinâmica do

grupo, visto que nas salas de Berçário e Infantil I elas ainda não possuem

a linguagem oral como um recurso de comunicação, nem tampouco

conseguem a contenção corporal necessária para a realização da

proposta. Com o passar do tempo algumas rodas vão sendo vivenciadas

pelas turmas menores também.

“É na roda que se exercitam as capacidades e os valores como

a escuta atenta, a atenção, a concentração, a tolerância, a

socialização do pensamento, o respeito pelo outro (...)é um

momento da rotina em que a aprendizagem ocorre no coletivo,

o conhecimento circula e é compartilhado de maneira lúdica”

(São Bernardo do Campo, 2001 c, p.19/Proposta Curricular,

Educação Infantil, Vol. II, Caderno 2,2007).

Além das diferentes rodas, a disposição das mesmas é

diferenciada. Há dois movimentos importantes: um do grupo no coletivo

e outro de vários minigrupos que possibilitam que as crianças consigam

se expor com maior

desenvoltura, e favorecer

de fato, um diálogo com

melhores intervenções e

observações dos

educadores.

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

RODA DE MÚSICA

A música amplia o espaço da

roda para além da sala de aula e se

incorpora em outros momentos da

rotina. É um momento de

socialização, alegria, descontração e

expressão. Onde se amplia o repertório cultural de crianças e adultos,

oferecendo-lhes oportunidades de trabalhar corpo e voz, corpo e

movimento, ritmos individuais e coletivos.

Para enriquecer essa atividade são utilizados vários recursos como

violão, instrumentos da bandinha, de sucatas, cd’s, vídeo, imagens,

bailes coletivos e rodas de músicas coletivas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS:

Planejar a atividade levando-se em conta cada idade da turma

que é atendida, devendo sempre oferecer repertórios possíveis de serem

dados (ex. músicas curtas) e gradativamente ir aumentando a

complexidade;

Apresentar diferentes instrumentos, compositores, ritmos, épocas e

estilos circulando os conhecimentos relativos à apreciação musical.

Levar em conta também que esse momento precisa ser

agradável, por isso o número de

instrumentos a serem explorados

deve ser observado de modo a

propiciar harmonia e não

barulho.

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RODA DE CONVERSA

As rodas de conversa são uma oportunidade de exercitar a fala e

a escuta atenciosa, comentar preferências e trocar informações. Nessa

situação há a interação com os colegas e aprende-se a escutar, discutir

regras e argumentar. Os temas para este momento podem ser os mais

variados possíveis, como por exemplo, um passeio realizado, um

acontecimento ocorrido na escola, relatos de casa, combinados, etc.

Também utilizamos alguns disparadores que dão início a uma

conversa, como: cartões com imagens, livros, fotos.

A roda de conversa é praticada com as salas de Infantil II (crianças

de 2 e 3 anos). Nessa faixa etária já é possível a disposição dos alunos em

círculo, de modo a favorecer a visualização de todos, assim como o

exercício da fala e da escuta.

Ela também pode acontecer no Infantil I desde que haja um

elemento disparador (algum objeto, por exemplo), porém no primeiro

momento a disposição dos alunos em círculo não acontece (no início do

ano). Este momento acontece de maneira dirigida com intuito de

trabalharmos a oralidade e a escuta.

O educador deve mediar este momento, tendo o papel de

retomar os assuntos para que não se percam.

É importante respeitar a criança que se recusa a se expor perante

o grupo, significando suas intenções e transmitindo confiança para que

este quadro seja revertido com o tempo. A participação como ouvinte

também deve ser considerada como rica em aprendizagem nesta

proposta.

A roda de conversa é um momento importante, onde:

Projeto Político Pedagógico 2017

117

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Os educadores realizam os combinados com as crianças de modo

que elas possam participar de forma ativa;

Os alunos podem expressar suas opiniões, narrar e apreciar suas

produções e de seus colegas, fatos do dia-a-dia;

Exercitar a fala e a escuta atenciosa, além da concentração;

Aguçar a curiosidade e descoberta que possibilitam a ampliação

e enriquecimento da visão de mundo das crianças e de seu

vocabulário.

É uma das atividades fundamentais da rotina, e, portanto deve ser

planejada de modo que seja prazerosa, tranquila e organizada. É

importante trazer discussões presentes no dia-a-dia e propiciar para que

todos falem respeitando o tempo de cada um utilizando de diferentes

recursos, como: caixa surpresa, cartões com imagens, livros, fotos, uma

situação da rotina, uma novidade, uma entrevista, datas comemorativas,

combinados, entre outros.

Cada roda de conversa apresenta características específicas de

discurso e interlocução. Sendo importante também valorizar o

inesperado e por vezes o conhecimento de algum fato trazido pela

criança.

Na roda de conversa é possível contemplar e enriquecer as

diferentes áreas do conhecimento, estimulando a convivência social

mesmo que a criança só participe na forma de observação.

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

RODA DE CURIOSIDADE

Esta modalidade de roda é muito importante para aguçar a

curiosidade e descoberta, possibilitando a ampliação e enriquecimento

da visão de mundo das crianças e de seu vocabulário.

A caixa surpresa é um recurso didático para este momento. Muitas

vezes iniciamos em roda, mas este formato logo é quebrado, pois a

necessidade de aproximação, pela própria curiosidade, sobrepõe a

competência de manterem-se parados e em círculo.

Também trazemos para esta roda objetos, imagens e até mesmo

animais, que suscitam e despertam grande curiosidade por grandes

descobertas.

RODA DE APRECIAÇÃO

As rodas de apreciação possibilitam a interação com o ambiente

e com as pessoas que dele fazem parte. Pode ser enriquecida pelo

contato e pela vivência com o fazer artístico, contribuindo para ampliar

o repertório em busca de um olhar crítico que vai sendo construído de

acordo com as especificidades de cada faixa etária. Neste momento as

crianças tem a oportunidade de apresentar suas produções, perguntar

ao amigo como fez, ou simplesmente falarem sobre alguma outra

produção artística convencional.

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RODA DE ENTREVISTA

Nesta roda, selecionamos uma pessoa para ir à “entrevista” , que

pode ser um amigo, um educador ou um funcionário da escola.

Com estímulo dos professores as crianças dizem o que gostariam

de saber sobre o entrevistado (com o objetivo de conhecer um pouco

mais sobre o mesmo) de forma que a partir da curiosidade delas, os

professores elaboram as perguntas.

Estas rodas são realizadas no Infantil II, que possui um maior

repertório de palavras e curiosidades. Estas rodas também acontecem

quando as crianças já criaram um vínculo no grupo e sentem-se mais à

vontade e seguras para participar.

Todas essas modalidades de rodas fazem parte da rotina da

creche e, portanto, devem ser planejadas de modo que sejam

prazerosas , tranquilas e organizadas.

Cada roda apresenta características específicas de discurso e

interlocução, contemplando e enriquecendo os diferentes saberes,

estimulando a convivência social, ainda que a criança só participe na

forma de observação.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS:

BERÇÁRIO E 1 ANO:

É importante que o educador organize o mesmo espaço para o

desenvolvimento desta atividade;

Projeto Político Pedagógico 2017

120

EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

As crianças não precisam ficar necessariamente sentadas em roda

nessa faixa etária, essa disposição poderá ser conquistada ao longo do

ano;

O papel do educador como interlocutor nesse grupo é de suma

relevância para que os objetivos dessa atividade possam ser

alcançados;

Roda de conversa com imagens é um recurso atrativo e que

possibilita muitas possibilidades de comunicação.

TURMAS 2 E 3 ANOS:

Nessa faixa etária, é importante a disposição dos alunos em círculo,

de modo a favorecer a visualização de todos, permitindo o exercício da

fala e da escuta;

O educador deve mediar este momento, tendo o papel de retomar

os assuntos para que não se percam;

Respeitar a criança que recusa-se a expor-se perante o grupo,

significando suas intenções e transmitindo confiança, para que este

quadro seja revertido com o tempo.

Projeto Político Pedagógico 2017

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3.6 - ATIVIDADE DIVERSIFICADA

A atividade diversificada é um dos momentos da rotina em que

podemos garantir que as crianças possam vivenciar diferentes situações

de aprendizagem escolhendo, exercitando a autonomia e buscando

conhecer as próprias necessidades, preferências e desejos ligados à

construção de conhecimento e relacionamento interpessoal.

As atividades são dispostas em cantos organizadas previamente

pelo professo r onde as crianças podem escolher qual atividade querem

participar.

Os ambientes são organizados de

forma confortável e convidativos e as

propostas, recursos ou tipos de materiais

oferecidos estão sempre acessíveis às

crianças.

Com essa modalidade de organização

garantimos que as crianças possam vivenciar

diferentes situações de aprendizagem

escolhendo, exercitando a autonomia e

buscando conhecer as próprias

necessidades, preferências e desejos ligados

a construção de conhecimentos e

relacionamento interpessoal.

O professor, neste momento, posiciona-se como observador das

atitudes, preferências, hipóteses e estratégias, sendo que suas

observações irão subsidiar seu planejamento e organização de outra

atividade de rotina ou na ampliação das atividades posteriores. O

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

professor também poderá, em determinados momentos, ser parceiro nas

atividades, participando, criando e ampliando o repertório dentro das

propostas.

(MODALIDADE TRABALHADA A PARTIR DO INFANTIL II)

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS:

Permitir a escolha de propostas com autonomia tendo suas decisões

respeitadas;

Valorizar ações de cooperação e solidariedade, desenvolvendo

atitudes de ajuda e colaboração e compartilhando suas vivências;

Incentivar a criança a relacionar-se com os outros, adultos e crianças,

demonstrando suas necessidades, gostos, interesses e preferências;

Garantir que as crianças conheçam os brinquedos antes de introduzi-lo

neste momento;

Proporcionar momentos de aprendizagem onde as crianças sejam

capazes de guardarem os materiais utilizados, sendo que o professor deverá

auxiliá-las até que as mesmas tenham competência e autonomia para fazê-

lo.

Aproveitar o momento da atividade diversificada para atendimentos e

intervenções individualizadas realizando um acompanhamento mais

específico, como por exemplo, ensinar as regras de um jogo para

determinado grupo de alunos.

Organizar essas atividades de maneira a contemplar somente uma

área de conhecimento ou mais de uma, devendo haver equilíbrio entre as

atividades que exigem maior e menor nível de concentração, respeitando

assim os ritmos e gostos individuais.

O educador poderá utilizar a atividade diversificada como um

instrumento de observação e avaliação de aprendizagens e conhecimentos

adquiridos.

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

3.7 - ATIVIDADE SIMBÓLICA

“O jogo simbólico como a representação de um

objeto ausente, a partir da comparação entre um

elemento dado (real) e um imaginado ( imagem

mental). No jogo simbólico ocorre o início da ficção,

mostrando claramente o desenvolvimento da

inteligência na criança. Nesse período ela se interessa

pelas realidades simbolizadas, o que auxilia nas suas

aprendizagens.”

Jean Piaget

Nesta faixa etária, grande parte das

crianças ainda está em fase de imitação e outra

parte saindo desta para a simbolização

propriamente dita.

O educador entra com papel de

observador e mediador das situações intervindo

de forma intencional, brincando junto, servindo

assim de modelo e enriquecendo cada vez mais

a brincadeira. Tal observação nos possibilita

levantamento de informações a respeito de

preferências, aptidões, liderança, ou seja, o d

esenvolvimento da criança.

Tendo como base a consideração de que o jogo é uma realidade,

limitada pelo espaço e tempo, uma manifestação otimista, alegre e

plena da energia vital, que engloba repertórios cognitivos, emocionais e

sociais e que também possui características antagônicas, “regra e

liberdade”, “fantasia e imitação”; “seriedade e não seriedade”.

O símbolo é um sinal arbitrário, convencionado pela a sociedade,

ligado ao significado (conceito) capaz de representar um determinado

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

objeto (imagem mental). Assim, no jogo simbólico o movimento corporal,

as expressões faciais e a própria linguagem podem ser elementos

capazes de simbolizar a realidade vivida. Nesse sentido, Piaget (1978),

mostrou que no jogo simbólico ou faz de conta, por implicar na

representação de um objeto ausente, exige que a criança compare

imagem, ou o objeto dado (significante), com o objeto imaginado ou o

conceito (significado) demonstrando o aparecimento do pensamento.

O jogo simbólico permite o exercício de uma particular forma de

pensamento que é a imaginação.

“O jogo simbólico como uma ponte entre a

fantasia e a realidade”.

Bruno Bettelheim

Podemos observar por meio desse jogo

como a criança vê e constrói o mundo, os seus

sentimentos, os seus pensamentos. Pelo jogo

simbólico a criança expressa a si própria, enfrenta

e domina suas dificuldades, tenta compreender

as deficiências sentidas.

Enquanto brinca, a criança sente prazer de

ser o que imita ou imagina, de ter o controle, o

domínio, realiza fantasias imaginativas que

ajudam a superar as pressões que sofre na vida,

compreende as limitações da realidade, como as consequências que

são irreversíveis.

Na simbólica propõem-se situações diferenciadas de brincadeiras,

garantindo a inserção da criança na fantasia e na imitação da

realidade. Nossa proposta é que a brincadeira esteja totalmente

contextualizada para a criança de maneira que é realizado um trabalho

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

anterior como rodas de conversa sobre a temática, vídeos, imagens e

até mesmo, a visita ao espaço real aproveitando o que a comunidade

dispõe (salão de beleza, sacolão, feira, mercado, farmácia, academia

de ginástica, etc.).

A escola dispõe de forma

organizada alguns kits temáticos como:

Beleza, Médico, Mercado, Feira, Banda,

Fantasias diversas para Baile, Ferramentas,

Casinha (quarto, cozinha, sala,

lavanderia), Veterinário, Estética,

Escolinha, Comidinhas com grãos de

verdade, etc. e a partir destes, os

professores criam novas situações de

brincadeiras utilizando materiais diversos

(inclusive objetos reais). Dentre elas:

pescaria, praia, boliche, restaurante, etc.

Ao longo do tempo percebemos

que o ambiente deve estar preparado e devidamente organizado para

que a entrada das crianças nos ambientes já propicie a brincadeira, sem

tempo de espera.

Enfatizamos que a brincadeira não é dada de forma “engessada”,

sendo as crianças também criadoras de situações e arranjos.

Projeto Político Pedagógico 2017

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3.8 - EXPLORAÇÕES

Sabemos que as explorações também são muito importantes para

essa faixa etária. Muitas aprendizagens, relações, comparações,

internalizações são realizadas durante as vivências com materiais

diversos.

Destacamos que na grande maioria das vezes que realizamos estas

propostas a tranquilidade da sala é intrigante! Garantindo material para

todos para que não tenham que entrar em disputas, o sucesso e a

tranquilidade para aprenderem são garantidos.

As diferentes possibilidades de materiais enriquecem nosso

planejamento além de também trabalharmos de diferentes maneiras

com os mesmos materiais.

As sensações diante de cada textura são demonstradas pelas

crianças com entusiasmo e

por vezes até com certa

agonia ou receio, mas

entendemos que isso também

faz parte do processo de

construção da aprendizagem

uma vez que em outros

ambientes fora da escola,

talvez a criança não tenha tido a oportunidade de tal vivência. Diante

das diversas reações, procuramos respeitar o “desejo” da criança, mas

sempre estimulando-as.

Exploração de gelatina: sendo que colocamos alguns brinquedos

na tigela antes da gelatina endurecer. Dessa maneira as crianças

Projeto Político Pedagógico 2017

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tiveram que mergulhar as mãos dentro dos potes para pegar os

brinquedos afundados. Salientamos que as crianças foram orientadas a

ficarem de joelhos nas cadeiras para brincarem.

Exploração de papel higiênico: cada criança recebeu um

rolo e a comanda foi “sejam felizes!” (kkkkkkkk). Diante disso iniciaram a

exploração sentadas, mas aos poucos, foram percebendo a

necessidade de levantarem e as

integrações também começaram a

acontecer. Além disso, as novas

possibilidades de brincadeiras

partiram das próprias crianças.

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Janelas das sensações:

vários tipos de materiais foram

escondidos nas colmeias com as

mais diferentes texturas. As

crianças deveriam colocar as

mãos sem olhar e dizer o que

poderia ser, ou seja, levantar hipóteses diante da percepção tátil. Os

materiais utilizados foram: papel crepon em tiras, amoeba, palha de aço,

gelo, areia, grama sintética e bolas de gude. Certamente foi um desafio

grande para os pequenos visto que muitos ainda não possuem repertório

de vivências e até mesmo palavras para expressarem aquilo que

desejam, contudo, algumas hipóteses foram levantadas, como por

exemplo, cola e massinha quando experimentaram a amoeba e diante

do gelo muitos disseram: “Nossa, tá gelado!”.

Projeto Político Pedagógico 2017

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3.9 - ATIVIDADES NA ÁREA EXTERNA / SOLÁRIOS

(MOVIMENTO E BRINCADEIRAS LIVRES)

Em nossa escola contamos com três espaços externos descobertos

nos quais realizamos atividades diversas com as crianças, a saber:

Solário I: chão revestido com borracha pastilha, uma parede

revestida com azulejos, outra com lousa de giz, mesas, cadeiras e

playground (é preciso realizar uma reforma deste espaço, pois as

placas de borracha estão soltando);

Solário II: chão com placas de EVA e um pequeno palco

para apresentações;

Solário III: (antigo estacionamento) piso de cimento pintado

e rampa de entrada lateral. Possui um dos lados com grade que

dá visão para a rua (é preciso realizar uma apropriação do chão

deste Solário).

Parque: chão de areia, com brinquedos de madeira,

balanças e casa do Tarzan, cercado e coberto por tela.

As atividades de movimento na área externa

são momentos de exploração do corpo, nas quais as

crianças são estimuladas a desenvolverem suas

competências corporais e também trabalharem suas

capacidades físicas, emocionais e sociais que

acontecem de diferentes formas. Correr, saltar,

escorregar, subir, pendurar-se, dançar, circuitos,

exploração de materiais diversos, jogos com regras e

atividades dirigidas, em geral são maneiras de

exercitar a força, a velocidade, a resistência, o

equilíbrio, a flexibilidade e a expressão.

Utilizamos como recursos materiais: túnel,

Projeto Político Pedagógico 2017

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bancos, colchões, pneus, tapetes, cd’s, elásticos, cabanas, bambolês,

jornais, cordas, bolas, motocas, sucatas, praticáveis, escorregador, entre

outros.

Muitos destes materiais ficam disponíveis em um container de

forma que as intervenções nos espaços possam ser feitas independente

da proposta que está planejada para ser executada nos mesmos.

Neste caso os materiais não são utilizados diretamente com as

crianças, mas complementando o espaço, e fazendo deste por si um

novo desafio. (teias de aranha feitas com elástico no parque, tecidos

amarrados que dão ar de cabana, etc.).

Considerando que são crianças de período integral, conciliamos

momentos de contenção e de mobilidade, tanto em sala de aula,

quanto na área externa, uma vez que utilizar-se de movimentos

espontâneos e/ou propostos pelo professor propicia maior capacidade

de exploração do meio, além de permitir o desenvolvimento de

competências e construção de

repertórios próprios.

Nas brincadeiras livres,

procuramos intervir em situações

conflitantes e de risco ou com

intervenções realizadas no

espaço, porém, é um momento

de observar as preferências de

cada criança e do grupo, a fim

de incluí-las nas atividades

dirigidas de movimento. É importante também que o educador participe

da brincadeira da criança, cabendo a ele enriquecê-la com novos

elementos.

A área externa poderá ser organizada com ou sem a participação

das crianças, de acordo com a faixa etária e materiais a serem utilizados.

No caso dos bebês e Infantil I como parte do planejamento, um dos

componentes do trio dirige-se até a área externa antes da chegada das

crianças a fim de preparar a proposta, expor materiais e deixar tudo

pronto para desenvolver as atividades sem que os alunos precisem ficar

Projeto Político Pedagógico 2017

131

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esperando. O mesmo ocorre no momento de saída da área externa

para realizarmos melhor organização. Já com os maiores, é possível, a

participação das crianças na organização, de acordo com cada

proposta.

Todas as salas que atendemos na

creche são essenciais que haja planejamento

sério e cauteloso. Sério no sentido de priorizar

todas as formas de desenvolvimento corporal,

necessários a faixa etária na qual atuamos e,

cauteloso porque as atividades propostas

devem levar em conta as dificuldades e os

perigos que oferece e, portanto, olhos atentos

e condução do que é oferecido.

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3.10 - HORA DA HIGIENE

Em nossa rotina a higiene das mãos acontece antes da oferta de

alimentos, após o uso do sanitário ou alguma atividade que assim exija

(Ex: como na pintura, na modelagem, no parque, etc.).

A escovação acontece uma vez ao dia com os educadores

auxiliando as crianças conforme as necessidades da faixa etária, sempre

incentivando e ensinando-as a fazê-la sozinha, com movimentos corretos

da escovação dos dentes e língua, o bochechar e o cuspir.

Trabalhamos o reconhecimento e a conservação de seus

pertences, o uso adequado dos sanitários, a quantidade de papel

higiênico e o uso adequado da água.

As atividades de higiene são programadas com pequenos grupos

para evitar esperas. Enquanto isso o restante do grupo se envolve com

outras atividades.

O banho acontece conforme a necessidade apresentada pelas

crianças. Durante o banho os educadores conversam com as crianças,

nomeando partes do seu corpo, suas roupas, etc..., buscando tornar esse

momento prazeroso e de aprendizagem.

Para os maiores, quando se faz necessário as trocas, o educador

incentiva os educandos a se vestirem sozinhos, calçarem os sapatos e

arrumar os cabelos propiciando o exercício da autonomia, auxiliando em

suas necessidades.

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS:

Nomear as partes do corpo, nos momentos de higiene;

Trocar a roupa da criança respeitando a temperatura do ambiente;

Verificar os ambientes antes de propor a atividade atentando-se

quanto à higienização de toda a escola (parques e jardins sem cocô de

gato);

Secar o vaso sanitário antes de o aluno sentar;

Verificar se os meninos colocaram a cueca corretamente;

Incentivar as crianças a darem descarga;

Fazer roda de conversa e contar histórias para mostrar todo

procedimento de higiene;

Oferecer brinquedos durante o banho;

Reservar um tempo na rotina para levar as crianças ao banheiro;

Utilização de pomada, lenços umedecidos, algodão, de acordo com

o costume da criança;

Guardar a roupa suja separadamente das demais;

Verificar constantemente a higiene facial (nariz, boca, olhos);

Escovação adequada para cada faixa etária;

Arrumar o cabelo das crianças antes da saída;

Realizar a higiene antes e depois do almoço;

Orientar sobre os procedimentos de higiene após o uso dos

banheiros;

Higienizar trocadores e cubas antes e pós-troca/banho;

Separar os brinquedos para serem higienizados;

Manter a higienização de todos os utensílios que servem para

alimentação (pratos, copos, canecas, xícaras, mamadeiras, etc.).

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3.11 - SONO E REPOUSO

Nesse momento, os educadores organizam um espaço acolhedor

para que as crianças possam repousar, buscando respeitar a

individualidade dos educandos e oferecendo também outras

possibilidades, como atividades tranquilas para aqueles que não querem

dormir. Primeiro entendemos este momento como primordial/necessário

ao atendimento das crianças, já que o sono e o repouso são importantes

para a saúde em geral e para o sistema nervoso, em particular.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS:

Cantar ou colocar no rádio canções de ninar ou tranquilas.

Tocar, embalar, massagear, acalentar as crianças que necessitam de

cuidados para relaxar e/ou dormir.

Conversar com a criança para que ela se sinta segura.

Colocar os bebês e crianças pequenas de lado para evitar acidentes

(no caso das crianças regurgitarem ou vomitarem).

Acompanhar com cautela as crianças no momento do sono;

Favorecer autonomia e segurança;

Oferecer carinho e ficar próxima deste momento;

Respeitar o momento de a criança dormir;

Preparar um espaço para a criança que não quer dormir (em casos

extremos, pois acreditamos ser essencial o sono para o bem estar das

crianças, tendo em vista a quantidade de tempo que passam na escola;

Intercalar as crianças deixando que fiquem em posições invertidas,

para que não respirem no rosto do outro;

Projeto Político Pedagógico 2017

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Observar o tempo do sono de cada criança para organizar os

colchões;

Planejar atividades para as crianças que acordam

antecipadamente;

Manter moderação de barulho no momento do sono;

Preparar uma música calma;

Repetir a rotina para dar segurança e acalmar as crianças;

Verificar os materiais antes (lençóis e travesseiros);

No caso de alguma criança sujar os lençóis, no momento de

descanso (saliva, xixi, etc), encaminhar imediatamente para a lavagem;

Colocar os colchões com calma, evitando stress neste momento;

Investigar os hábitos de cada um;

Verificar a temperatura ambiente, oferecendo a roupa de cama

adequada;

Verificar a altura do travesseiro, por conta dos casos de refluxo;

Cuidar para que o ambiente esteja ventilado e circulando ar;

Verificar as fraldas antes do momento de descanso;

Manter-se atenta enquanto as crianças dormem;

No berçário, utilizar de outros recursos, como carrinhos e balanços

para embalar as crianças;

Garantir sempre que as crianças tenham seus lençóis, travesseiros e

edredons individualizados; identificando-as e proporcionando a

autonomia das mesmas.

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3.12 - REFEIÇÕES

Nosso refeitório conta com mesas e cadeiras coloridas no tamanho

adequado às crianças tornando o ambiente agradável e facilitador aos

momentos de refeição. O cardápio é oferecido pela própria Prefeitura

do Município e possuímos horários para nossa melhor organização.

A alimentação é servida pelos educadores e os mesmos auxiliam-

nos a comer respeitando seus limites.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Evitar conversas paralelas, dando o máximo de atenção às crianças

neste momento;

Conhecer os procedimentos no caso de uma criança engasgar;

Não oferecer comida fria ou muito quente às crianças;

Atentar-se às recomendações referentes à intolerância a

determinados alimentos;

Elogiar e ter paciência para alimentar a todos, estimulando a

autonomia de cada um;

Adaptar a oferta dos alimentos, tornando-os mais atrativos, como por

exemplo, colocar mais caldinho ou menos conforme preferência da

criança;

Trocar a roupa caso esteja suja;

Higienização das mãos antes e depois das refeições;

Incentivar alimentação na sua diversidade;

Antecipar o cardápio (levar o prato na sala);

Auxiliar a criança no momento da alimentação;

Projeto Político Pedagógico 2017

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Oferecer e provar diversos alimentos, servindo de modelo;

Colocar uma quantidade pequena de alimentos e se necessário,

oferecer repetição;

Respeitar o tempo de cada criança;

Prender os cabelos para colocar comida nos pratos das crianças;

Perguntar sobre as preferencias de cada um, respeitando-as;

Segurar na mão da criança, ensinando o procedimento correto de

alimentar-se;

Acompanhar a criança até o local onde jogam o excedente,

auxiliando-os;

Oferecer os alimentos separadamente;

Estabelecer uma parceria com os pais em relação à alimentação;

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4. AVALIAÇÃO DA UNIDADE

"Do ponto de vista da função educacional da escola, a ênfase

no processo e nas condições gerais em que é oferecido o ensino

torna-se condição essencial para que educadores, alunos e as

próprias instituições educacionais usufruam do potencial

redirecionador da avaliação, não só no sentido de potencializar

condições para um efetivo domínio dos conhecimentos pelos

estudantes, como para uma formação que se estende a outras

esferas"

(Barreto, 2001, s/p).

A avaliação é parte inseparável do processo de ensino-

aprendizagem e, por isso, as formas e instrumentos de avaliação devem

ser definidos no momento do planejamento.

A avaliação também é compreendida como ferramenta para o

planejamento e reorganização das ações de todos os segmentos

atuantes na Escola.

O trabalho realizado na Unidade escolar será avaliado

semestralmente, tanto pela equipe escolar, quanto pela comunidade,

através de questionários formulados de acordo com os objetivos

propostos.

Além disso, ao final do ano letivo realizamos um “feed back” sobre

o percurso anual, INDIVIDUAL. Um momento em que a Equipe Gestora e

o profissional têm oportunidade de avaliarem juntos seu desempenho

profissional e realizar apontamentos positivos e negativos com intuito de

aprimorar o trabalho, bem como valorizar o funcionário enquanto ser

humano, que tem a oportunidade de marcar a vida de pequenos “seres

humanos” diariamente.

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4.1 - AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DAS CRIANÇAS

“Na ação de avaliar deve-se refletir sobre todos os

elementos que compõem o processo ensino aprendizagem,

pensar na própria prática para poder tomar uma atitude para

o presente e para o futuro. Portanto, o ato de avaliar é

processual.”

Maria Helena da Silva Meller

A avaliação na Creche tem o caráter de acompanhamento do

processo, com o objetivo de atingir o potencial de desenvolvimento de

cada criança.

Um dos principais instrumentos utilizados pelo educador é a

observação. Nesta faixa etária as aprendizagens vão muito além de

conceitos e registros concretos, de forma que o desenvolvimento como

um todo necessita do olhar atento do educador.

Desta forma as necessidades de aprendizagem vão sendo

explicitadas, tornando-se foco do (re) planejamento.

Ao final de cada semestre as aprendizagens das crianças são

sistematizadas em relatórios, que são socializados com as famílias.

Projeto Político Pedagógico 2017

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5. ACOMPANHAMENTO DOS INSTRUMENTOS

METODOLÓGICOS

Com intuito de organizar melhor os planejamentos das atividades,

utilização dos espaços externos e momentos das refeições, adotamos um

formato único de grade de planejamento (documento organizado com

a grade de horários dos

espaços externos a serem

utilizados semanalmente,

das refeições e a

organização das atividades

planejadas diariamente, de

acordo com a rotina de

cada sala de aula) para a

elaboração do

PLANEJAMENTO das ações

semanais com as crianças.

Além disso, cada educador, à sua maneira, elabora um REGISTRO

REFLEXIVO semanal referente às propostas realizadas com as crianças, ou

seja, registro das observações realizadas no dia a dia, das brincadeiras,

vivências, dificuldades, impasses, produções e aprendizagens de cada

criança e do grupo.

São elaboradas também, tabelas de OBSERVÁVEIS com focos

específicos para acompanhamento do desenvolvimento das crianças,

como por exemplo: autonomia, movimento, etc. Para que assim um

plano de trabalho possa ser realizado objetivamente, conforme as

necessidades apresentadas pelas crianças.

Projeto Político Pedagógico 2017

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Os Planejamentos e os Registros são acompanhados

semanalmente pela Coordenadora Pedagógica, sendo que a mesma

realiza uma devolutiva a partir da leitura, apreciação e observação das

atividades realizadas e/ou dificuldades apresentadas pelas professoras.

Estas devolutivas serão compostas por sugestões, validações,

questionamentos referente ao desenvolvimento das crianças e da turma,

além de sugestões de textos de leitura para aprofundamento em

determinados assuntos.

O RELATÓRIO INDIVIDUAL é um dos instrumentos que tem por

objetivo sistematizar as aprendizagens das crianças ao longo de um

período. Estes são realizados semestralmente e são acompanhados pela

coordenadora pedagógica e diretora, de forma que os olhares se

complementem, resultando em devolutivas específicas sobre todos os

aspectos da aprendizagem e desenvolvimento dos educandos.

É realizada a entrega de uma amostragem dos relatórios

previamente (2 relatórios por turma), e, a partir da leitura a

coordenadora pedagógica faz apontamentos para serem revisados

pelas educadoras. Os apontamentos são realizados muitas vezes por

meio da ferramenta “COMENTÁRIO” do Word e algumas solicitações de

modificações são realizadas no próprio corpo do relatório utilizando uma

cor diferente.

Também vale ressaltar que outro instrumento de

acompanhamento é a observação em sala de aula realizada pela

coordenadora pedagógica. Esta é planejada previamente com as

professoras, com pauta também discutida. Após a observação, a

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

devolutiva e os encaminhamentos são discutidos em atendimentos

individuais.

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VI. CALENDÁRIO ESCOLAR HOMOLOGADO

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação

Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação

infantil/Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação

Fundamental.–Brasília: MEC/SEF,1998. (Volumes 1, 2 e 3)

São Bernardo do Campo. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento

de Ações Educacionais. Proposta Curricular da Prefeitura De São Bernardo do

Campo 2004. (Volumes 1,2 e 4)

______________. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações

Educacionais. Caderno de Educação Municipal – Caderno VALID’AÇÃO’ -

AVALIAÇÃO 2001

Brasil. Ministério da Educação e Secretaria de Educação Básica. Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – Brasília: MEC, 2010.

Arce. Alessandra, Martins M. Lígia. Ensinando aos pequenos de zero a três

anos. Campinas, S.P. Editora Alínea, 2012

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

Currículos – Planejamento – Fazenda Rio Grande (PR). 2. Ensino fundamental –

Fazenda Rio Grande (PR) – Currículos. 3. Educação infantil - Fazenda Rio

Grande (PR) – Currículos. 4. Educação especial – Fazenda Rio Grande (PR) –

Currículos. I. Fazenda Rio Grande (PR). Prefeitura Municipal. Gerência

Municipal de Educação.

PROJETO ESCOLA VIVA - Garantindo o acesso e permanência de todos os

alunos na escola – Alunos com necessidades educacionais especiais, Brasília:

Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2000.

Projeto Político Pedagógico 2017

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EMEB JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SANTOS

PARECER DA ORIENTADORA PEDAGÓGICA

O presente Projeto Político Pedagógico atende ao exposto no

artigo 64 do Regimento Único para as escolas de educação Infantil e

Ensino Fundamental, aprovado e publicado em 24.10.2003 no DOE.

São Bernardo do Campo, ______/_______/2017.

_____________________________________

ALZIRA IMACULADA VASCONCELOS

Orientadora Pedagógica

DESPACHO DA CHEFIA DA SEÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL.

De acordo com o parecer do Orientador Pedagógico,

homologamos o presente Projeto Político Pedagógico.

Encaminhe-se para ser arquivada junto ao documento referido.

São Bernardo do Campo, ______/_______/2017

__________________________________________

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO-REGIÃO 4