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3 5 7 ESALQ recepcionou Rede Magalhães Matrícula, recepção e salas de aula O Campus no início do século 20 Empreendedorismo, Camerata e Orquestra ESALQ marcam aula inaugural ESALQComunidade Áreas degradadas Depto. de Ciências Biológicas (LCB) (19) 3429 4136, ramais 229 e 231 - Recuperação a partir de consultoria, projetos e cursos Ano IX Número 27 março/2012 ISSN 1984-6592 Qualidade Total - Gestão pela qualidade total e sistemas de informações; controle estatístico de qualidade Depto. de Ciências Exatas (LCE) (19) 3429 4144, ramal 232 As ações do idealizador da ESALQ, Luiz Vicente de Souza Queiroz, foram marcadas pelo caráter empreendedor. Após herdar a Fazenda Engenho d’Água, em Piracicaba, foi o responsável, entre outros feitos, pela cons- trução de uma fábrica de tecidos, pela arborização de vias públicas com recursos próprios e pela instalação do primeiro telefo- ne na cidade. Esses e outros aspectos da vida de Luiz de Queiroz foram abordados no dia 9 de mar- ço, na aula inaugural dos cursos de gradua- ção da Escola. Para tanto, o tema “Empreen- dedorismo e Sustentabilidade: o Legado de Luiz de Queiroz” foi apresentado por Jacques Marcovitch, professor titular e reitor da USP na gestão 1997-2001, que dedica-se ao estu- do do pioneirismo empresarial, estratégia e inovação com foco no crescimento econômi- co, na distribuição de renda e na susten- tabilidade ambiental. Marcovitch coordena a exposição Pio- neiros & Empreendedores: a Saga do Desen- volvimento no Brasil, concebida a partir das trajetórias biográficas de 24 empresários pio- neiros que atuaram no Brasil nos dois últi- mos séculos, tendo por base o projeto edito- rial composto por três volumes com o mes- mo nome, todos de sua autoria. No portal Pioneiros & Empreendedores (www.usp.br/ pioneiros), encontram-se depoimentos, rese- nhas e artigos sobre o projeto. Camerata Mahle – Na sequência, o pú- blico assistiu à apresentação da Camerata Mahle, sob regência de Ernest Mahle. No programa, foram entonadas obras de Anto- nio Vivaldi, George Friederich Handel, Ernest Mahle e C.G. Peixe. Mahle nasceu em Stuttgart, Alemanha, em 1929 e está no Bra- sil desde 1951. Em 1953, foi um dos funda- dores da Escola de Música de Piracicaba, onde exerceu, durante 50 anos, as funções de dire- tor artístico, professor e maestro dos vários conjuntos da entidade: Coro e Orquestra de Câmera e Sinfônica. Orquestra – Após a apresentação da Camerata Mahle, a maestrina Cíntia Pinotti acom- panhou, ao piano, Bruno Galli (violino), gradu- ando em Ciências dos Alimentos; José Guilher- me Martin (violino), doutorando em Ciência e Tecnologia de Alimentos; Carolina Grando (vi- olino), doutoranda em Genética e Ana Rosária Sclifo Zucon (violoncelo), graduanda em En- genharia Florestal. Juntos, tocaram o Hino da ESALQ, de autoria de Zilmar Ziller Marcos, marcando os primeiros acordes do Projeto Or- questra ESALQ. “A Orquestra é uma amplia- ção das atividades culturais na Escola. Perce- bemos que os alunos estudaram música na ado- lescência, participaram dos mais diversos proje- tos ou tocaram em uma igreja, escola de música, mas prestaram vestibular e aquele violino fica esquecido”, comentou Cíntia. Com inscrições abertas no endereço www.esalq.usp.br/orquestra, na primeira etapa, a Orquestra atenderá alunos de graduação e pós- graduação. “A princípio identificaremos quem já toca e estamos providenciando a compra de alguns instrumentos de percussão, que dá para aprender rápido e, depois, promoveremos cur- sos para que todos os interessados possam inte- grar-se”, finalizou a maestrina. Roberto Amaral (Acom) Jacques Marcovitch abordou o legado de Luiz de Queiroz Roberto Amaral (Acom) O Hino da Escola foi o tema da estreia da Orquesta ESALQ Roberto Amaral (Acom) A Camerata Mahle se apresentou após a palestra de Marcovitch

Empreendedorismo, Camerata e Orquestra ESALQ marcam …Matrícula, recepção e salas de aula O Campus no início do século 20 Empreendedorismo, Camerata e Orquestra ESALQ marcam

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ESALQ recepcionou Rede Magalhães

Matrícula, recepção e salas de aula

O Campus no início do século 20

Empreendedorismo, Camerata eOrquestra ESALQ marcam aula inaugural

ESALQComunidade • Áreas degradadas

Depto. de Ciências Biológicas (LCB)

(19) 3429 4136, ramais 229 e 231

- Recuperação a partir de consultoria,projetos e cursos

Ano IX Número 27 março/2012

ISSN 1984-6592

• Qualidade Total- Gestão pela qualidade total e sistemas deinformações; controle estatístico de qualidade

Depto. de Ciências Exatas (LCE)

(19) 3429 4144, ramal 232

As ações do idealizador da ESALQ, LuizVicente de Souza Queiroz, foram marcadaspelo caráter empreendedor. Após herdar aFazenda Engenho d’Água, em Piracicaba, foio responsável, entre outros feitos, pela cons-trução de uma fábrica de tecidos, pelaarborização de vias públicas com recursospróprios e pela instalação do primeiro telefo-ne na cidade.

Esses e outros aspectos da vida de Luizde Queiroz foram abordados no dia 9 de mar-ço, na aula inaugural dos cursos de gradua-ção da Escola. Para tanto, o tema “Empreen-dedorismo e Sustentabilidade: o Legado deLuiz de Queiroz” foi apresentado por JacquesMarcovitch, professor titular e reitor da USPna gestão 1997-2001, que dedica-se ao estu-do do pioneirismo empresarial, estratégia einovação com foco no crescimento econômi-co, na distribuição de renda e na susten-tabilidade ambiental.

Marcovitch coordena a exposição Pio-neiros & Empreendedores: a Saga do Desen-volvimento no Brasil, concebida a partir dastrajetórias biográficas de 24 empresários pio-neiros que atuaram no Brasil nos dois últi-mos séculos, tendo por base o projeto edito-rial composto por três volumes com o mes-mo nome, todos de sua autoria. No portalPioneiros & Empreendedores (www.usp.br/pioneiros), encontram-se depoimentos, rese-nhas e artigos sobre o projeto.

Camerata Mahle – Na sequência, o pú-blico assistiu à apresentação da CamerataMahle, sob regência de Ernest Mahle. Noprograma, foram entonadas obras de Anto-

nio Vivaldi, George Friederich Handel, ErnestMahle e C.G. Peixe. Mahle nasceu emStuttgart, Alemanha, em 1929 e está no Bra-sil desde 1951. Em 1953, foi um dos funda-dores da Escola de Música de Piracicaba, ondeexerceu, durante 50 anos, as funções de dire-tor artístico, professor e maestro dos váriosconjuntos da entidade: Coro e Orquestra deCâmera e Sinfônica.

Orquestra – Após a apresentação daCamerata Mahle, a maestrina Cíntia Pinotti acom-panhou, ao piano, Bruno Galli (violino), gradu-ando em Ciências dos Alimentos; José Guilher-me Martin (violino), doutorando em Ciência eTecnologia de Alimentos; Carolina Grando (vi-olino), doutoranda em Genética e Ana RosáriaSclifo Zucon (violoncelo), graduanda em En-genharia Florestal. Juntos, tocaram o Hino da

ESALQ, de autoria de Zilmar Ziller Marcos,marcando os primeiros acordes do Projeto Or-questra ESALQ. “A Orquestra é uma amplia-ção das atividades culturais na Escola. Perce-bemos que os alunos estudaram música na ado-lescência, participaram dos mais diversos proje-tos ou tocaram em uma igreja, escola de música,mas prestaram vestibular e aquele violino ficaesquecido”, comentou Cíntia.

Com inscrições abertas no endereçowww.esalq.usp.br/orquestra, na primeira etapa, aOrquestra atenderá alunos de graduação e pós-graduação. “A princípio identificaremos quemjá toca e estamos providenciando a compra dealguns instrumentos de percussão, que dá paraaprender rápido e, depois, promoveremos cur-sos para que todos os interessados possam inte-grar-se”, finalizou a maestrina.

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Jacques Marcovitch abordou olegado de Luiz de Queiroz

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O Hino da Escola foi o tema da estreia da Orquesta ESALQ

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A Camerata Mahle se apresentouapós a palestra de Marcovitch

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2 Ano IX Número 27 março/2012

Expediente/Editorial

A internacionalização do ensino superior

Jornalista responsável / EditoraçãoCaio Albuquerque (Mtb 30356)Redação e reportagemAlicia Nascimento Aguiar (Mtb 32531),Ana Carolina Miotto (estagiária) eCarla de Oliveira (estagiária)Pauta e RevisãoCarmen M. S. F. Pilotto; José Djair Vendramim;Luciana Joia de Lima; Marcia Azanha Ferraz Diasde MoraesProjeto gráfico / EditoraçãoJosé Adilson MilanêzColaboraçãoAlessandra Carvalho; Bárbara Burger; JéssicaGaldino; Sueli Pereira NunesProdução gráficaServiço de Produções Gráficas - SVPGrafTiragem 3.500 exemplares

Assessoria de Comunicação - AcomAv. Pádua Dias, 11 • Caixa Postal 913418-900 Piracicaba, SP • Telefone: (19) 3429.4485www.esalq.usp.br/acom • [email protected]

Publicação Trimestral da E. S. A. “Luiz de Queiroz”

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”Diretor

José Vicente Caixeta Filho

Vice-DiretoraMarisa Aparecida Bismara Regitano d’Arce

Universidade de São PauloReitor

João Grandino Rodas

Vice-reitorHélio Nogueira da Cruz

ESALQ notícias

Vice-reitor Executivo de AdministraçãoAntonio Roque DechenVice-reitor Executivo de Relações InternacionaisAdnei Melges de Andrade

Marisa A. B. Regitano d´Arce,Vice-diretora e Presidente da Comissão de Ativida-des Internacionais da ESALQ

Clique Este espaço é seu. Envie sua foto de prédios oupaisagens do Campus com boa resolução para

[email protected]

Tucanos flagrados na Alameda dos Jerivás

Fotografia de Neivaldo Costa, especialista em pro-teção radiológica do Centro de Energia Nuclear naAgricultura (CENA)

Hoje os tempos são outros! Os alunosque chegam à ESALQ já sabem que os qua-tro a cinco anos que passarão na Gloriosanão serão apenas em sala de aula, laborató-rios ou campos experimentais. Podem so-nhar com a possibilidade de estudar noexterior, em uma das universidades comas quais temos convênio. Podem se prepa-rar para passar um período de seu cursoem um país estrangeiro e, até, conseguiruma dupla titulação, que lhe oferece a opor-tunidade de ter as suas atribuições profis-sionais reconhecidas em outro país, quenão só o Brasil. Claro que isso demandaum planejamento de vida pessoal ecurricular, a dedicação aos estudos e o do-mínio de uma segunda língua.

A internacionalização, o intercâmbio ea cooperação acadêmica são termos cotidi-anos dentro da universidade nos dias dehoje. Isto se constitui num desafio ao ensi-no superior, pois exige organizaçãoinstitucional, união de esforços para o for-talecimento e para a constante busca deoportunidades de intercâmbio de estudan-tes, docentes, pesquisadores e até de fi-nanciamento internacional para projetos depesquisa conjunta.

A almejada projeção internacional chega

a passos largos graças à maior visibilidadeconseguida através de posições de destaquenos rankings de avaliação das universidades.

Os programas internacionais impõema modernização das estruturas acadêmicase a flexibilização dos conteúdos curricu-lares, favorecendo a formação de novosperfis profissionais. A participação em as-sociações ou redes de universidades apro-xima instituições com interesses comuns ecatalisa a formação de parcerias com insti-tuições estrangeiras, alavancando ainternacionalização dos currículos e a mai-or presença discente e docente no exterior.Dentro desse contexto, o estabelecimentode duplos diplomas, tanto em nível de gra-duação como de pós-graduação, acontececomo uma decorrência natural da aproxi-mação com universidades estrangeiras.

Com a certeza de que quanto mais in-ternacionalizados formos, mais competiti-vos nossos egressos serão, temos traba-lhado para ampliar cada vez mais o númerode oportunidades como estas para os alu-nos da ESALQ.

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Ano IX Número 27 março/2012 3

ESALQHoje

Visão Agrícola

www.esalq.usp.br/visaoagricola

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Deputados debateram CódigoFlorestal na Escola

José Vicente Caixeta Filho, Paulo Piau (PMDB-MG)e Antonio Carlos de Mendes Thame (PSDB-SP)

Para debater aspectos técnicos do Códi-go Florestal, a ESALQ recebeu, em 27 defevereiro, os deputados federais Paulo Piau(PMDB-MG), redator do Código Florestal,e Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP). Os convidados foram recepcionadospelo diretor da Escola, José Vicente CaixetaFilho, e pelo professor Luiz Gustavo Nussio,do Departamento de Zootecnia (LZT). Esti-veram presentes ainda Gerd Sparovek, doDepartamento de Ciência do Solo (LSO);Ricardo Ribeiro Rodrigues, do Departamen-to de Ciências Biológicas (LCB); Pedro

Henrique Santin Brancalion, do Departamen-to de Ciências Florestais (LCF); Luiz Anto-nio Martinelli, do Centro de Energia Nuclearna Agricultura (CENA), e a pós-doutoraLetícia Couto Garcia, do Laboratório de Eco-logia e Restauração Florestal (LERF), doLCB. Na oportunidade, o professor RicardoRibeiro Rodrigues entregou ao deputado Piaua Carta Aberta da Sociedade Brasileira para oProgresso da Ciência (SBPC) e da AcademiaBrasileira de Ciências (ABC), na qual são re-latadas as sugestões para a melhoria do textofinal do Código.

ESALQ recepcionou Rede Magalhães

A Rede Magalhães é uma rede acadêmicaformada por 32 universidades, sendo 17 euro-péias e 15 latino-americanas, da qual a USPfaz parte. Nos dias 8 e 9 de março, a USPsediou reunião do “Follow-Up Committee” daRede Magalhães, nos campi São Paulo ePiracicaba. O evento contou com a presençade representantes de duas instituições europeias– Politécnico di Milano e KTH Royal Instituteof Technology – e de duas latino-americanas –Pontifícia Universidad Católica Del Peru eUniversidad Tecnológica de Panamá. OFollow-Up Committee tem o objetivo de dis-cutir temas importantes para preparação da

Assembleia Geral, que acontecerá no segundosemestre em Barcelona, na UniversitatPolitècnica de Catalunya. Durante o biênio2011-2012, o vice-reitor executivo de Rela-ções Internacionais da USP, Adnei Melges deAndrade, preside a Rede. Segundo GiancarloSpinelli, da Politécnico di Milano, a visita aoBrasil foi importante para estabelecer ações deintercâmbio de estudantes em nível de gra-duação e pós-graduação. “Sobre a estadiano Brasil, destaco a intenção em fortalecerprogramas de dupla diplomação e a possibili-dade de ingresso de outras instituições na Rede,sejam elas europeias ou latino-americanas”.

Rede Magalhães promove intercâmbio nas áreasde Engenharia, Arquitetura e Educação Física

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A 10ª edição da revista Visão Agrícolatraz o tema Agricultura e Sustentabilidade.Os coordenadores da revista, professoresGerd Sparovek, do Departamento de Ci-ência do Solo (LSO), e João Luís FerreiraBatista, do Departamento de Ciências Flo-restais (LCF), convidaram pesquisadorese técnicos especializados na área, políti-cos e juristas para se posicionarem diantedas questões que envolvem o Código Flo-restal, em votação na esfera federal. Alémda apresentação dos resultados de reuni-ões ocorridas na ESALQ entre professo-res da área com senadores e deputadosfederais, estão publicados artigos que abor-dam a questão sob diversas óticas.

Saiba mais em:

Science DaysCom objetivo de caracterizar e ava-

liar o estado atual e os meios de fortale-cimento da participação da ESALQ emprojetos de pesquisa, desenvolvimentoe inovação, em âmbito nacional e inter-nacional, aconteceu em 23 e 24 de mar-ço o “I Science Days”.

Na ocasião, docentes da Escola iden-tificaram modos e meios de inserção daInstituição em temas de “frontiers ofScience”, oportunidades para implementaracordos de cooperação com outras insti-tuições universitárias, além de avaliareme planejarem sistemas de governançainstitucional. A reunião indicou um con-junto de projetos e programas com vistasa otimizar a competitividade da ESALQnas áreas das Ciências Básicas, Agrope-cuária, Agroindústria, Meio Ambiente eTecnologia & Sociedade.

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Ano IX Número 27 março/20124

Visão além da viga

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Rústico e de uso permanente sob a ótica domanejo sustentável, o bambu é objeto de pes-quisa na ESALQ para ser utilizado como maté-ria-prima estrutural, com aplicação social. A ideiaé agregar valor à planta, fabricando produtossustentáveis de alta qualidade e de baixo custo,que possam ser usados ou produzidos por co-munidades carentes e rurais.

De acordo com a doutoranda Claudia de LimaNogueira, do Programa de Pós-graduação(PPG) em Recursos Florestais, o bambu preci-sa ser processado para que possa ser emprega-do da mesma maneira que se utiliza a madeiraem estruturas. "Há necessidade de colocar a ci-ência na prática, o que significa transferirtecnologias desenvolvidas nas universidadespara as comunidades e para o setor produtivo",explica a pesquisadora.

O estudo relata que a falta de informaçõessobre o bambu, seu alto teor de sílica e o fatodele ser oco, induzem a escolha de outros mate-riais, mesmo os não amigáveis ao ambiente, parausos generalizados, porém o bambu seria mes-mo um material oportuno e adequado. O Labo-ratório de Engenharia da Madeira, do Departa-mento de Ciências Florestais (LCF), onde foirealizado grande parte do estudo, possui duaslinhas de trabalho com bambu - a primeira base-ada no uso de colmos, e a segunda, baseada nouso do bambu industrializado na forma delaminado colado.

O projeto é baseado fundamentalmente nasanálises de amostras retiradas da matéria-primae dos produtos obtidos em diferentes fases detransformações físicas e ou mecânicas, utilizan-do ensaios mecânicos estruturados, microscopiaeletrônica de varredura, microscopia óptica e

um sistema de microanálise de raios-X porespectroscopia de energia dispersiva eespalhamento de raios-X a baixos ângulos eestereoscopia. Enfim, a proposta inicial, que foia de fabricar e testar a resistência de vigas estru-turais à base de bambu laminado colado, esten-deu-se para o estudo da microestrutura da maté-ria-prima e do produto resultante. Dessa forma,atualmente, a pesquisa busca na microestruturaexplicações para a elevada variabilidade en-contrada nos resultados dos ensaios mecâni-cos realizados nas amostras, a fim de identi-ficar variáveis da matéria-prima e do proces-so de fabricação que influenciam diretamentena qualidade do painel, principalmente naadesão entre as lâminas.

Varredura - A utilização do microscópio ele-trônico de varredura possibilitou o entendimen-to da anatomia do colmo e, principalmente, aju-dou na compreensão da ancoragem dos adesi-vos no tecido lenhoso do bambu. Assim, está setornando mais claro o fenômeno da adesão quemotiva ensaios exploratórios e práticos genera-lizados para culminar no aumento da resistênciae da rigidez de peças laminadas coladas de gran-des dimensões. "Os resultados estão sendo ob-servados para explicar a alta variabilidade daspropriedades mecânicas oriundas dos colmos,das ripas, das lâminas e das vigas com intençãode diferenciar a variabilidade natural do materialbambu, daquela introduzida pelo processo deindustrialização. O aprimoramento das técnicasde processamento mecânico do material, comênfase na qualidade das superfícies a serem co-ladas, tem sido tratado como um tema básicopara unir peças a baixa pressão", explica a pes-quisadora.

Cláudia destaca, ainda, que a produção depainéis e vigas de bambu deve ser otimizada emfunção do grande risco que existe de se perderenergia demasiada no processo de fabricação.Ela explica que o desperdício de energia redun-da em uma imensa dificuldade de se usar o bam-bu laminado colado em ambientes carentes."Quando isso acontece, a solução recomendadaé o uso do colmo como peça estrutural. O usoeficaz e seguro de colmos em estruturas nãoconvencionais será o assunto para a pesquisade pós-doutorado dentro de parcerias do Labo-ratório de Engenharia da Madeira com institui-ções internacionais", conclui a doutoranda.

Além de matriculada no PPG em RecursosFlorestais, a pesquisadora, que é orientada peloprofessor José Nivaldo Garcia, do LCF, tam-bém está envolvida na co-orientação de alunosde graduação da ESALQ e de outras escolasem pesquisas de iniciação científica. "Claudiafoi pioneira na USP e talvez no Brasil a aplicaro microscópio eletrônico na observação damicroestrutura do bambu sob a ótica da enge-nharia do material bambu, correlacionado aspropriedades dos produtos com indicadoresvistos nas imagens relacionada às propriedadesmecânicas e adesão de lâminas. Esse fato, ren-deu a ela, importantes elogios, contatos científi-cos e premiações em eventos nacionais e inter-nacional", comenta Garcia. No XXIII Congres-so da Sociedade Brasileira de Microscopia eMicroanálise, a acadêmica foi classificada em2º lugar com a micrografia 'Micro-visão dobambu laminado colado', e 3º com 'Visão alémda viga'. "Hoje, muitos laboratórios de renomeestão seguindo a ideia e a metodologia por elaempregadas", finaliza o orientador.

InovaçãoTecnológica

Pesquisa aplica o microscópio eletrônico naobservação da microestrutura do bambu; naimagem, linha de cola que une duas lâminasprocessadas mecanicamente do colmo àcondição de unidade estrutural

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EmDestaque

Ano IX Número 27 março/2012 5

Matrículas e salas de aula Papo com aPró-reitora

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Em visita à ESALQ no primeiro dia dematrícula dos alunos ingressantes, TelmaZorn, pró-reitora de Graduação da USP, fa-lou sobre investimentos em espaço físico,valorização dos cursos noturnos e ética noambiente universitário.Quais as principais demandas queocupam sua agenda?

Preocupo-me em dar maior sustentabili-dade física aos ambientes de ensino e traba-lhar em prol de sua recuperação. As unidadestem uma verba para isso, mas era necessáriotirar do foco administrativo geral e colocar nofoco da pró-reitoria de Graduação. Para tantofoi criado o Programa de Recuperação de Es-paços Didáticos (Proed), que pretende recu-perar todos os espaços, dando prioridade aoscursos noturnos.Quanto será investido?

Contamos com R$ 23 milhões e todasas unidades mandaram seus projetos e al-gumas já solicitaram a sua liberação, comoaqui na ESALQ, onde será construída umanova Central de Aula.Que mensagem gostaria de passar aosingressantes?

Primeiro dou-lhes os parabéns pelaaprovação na Fuvest. E lembrá-los do re-conhecimento que deverão prestar à socie-dade, que vai mantê-los aqui. Além disso,reforço a necessidade de trabalharmos comos ingressantes a preservação da ética emâmbito universitário.De que forma isso será feito?

Distribuímos, no primeiro dia de aula,o Código de Ética da USP. Dele parte adiscussão para trabalharmos a ética na ex-perimentação, nos projetos de pesquisa, dorespeito à propriedade intelectual, inclusi-ve na avaliação do conhecimento.

No dia 8 de fevereiro, com o objetivo depromover uma boa interação entre alunosingressantes e comunidade acadêmica, o diretorda ESALQ, José Vicente Caixeta Filho, ao ladoda pró-reitora de Graduação da USP, Telma Zorn,e do presidente da Comissão de Graduação daESALQ, Antonio Augusto Domingos Coelho,receberam pais e filhos no Salão Nobre, do Edi-fício Central. No mesmo local, incluindo o dia 9,uma equipe ofereceu atendimento personalizadoaos pais, enquanto seus filhos efetuavam a matrí-cula na sala do CTA. O atendimento constou deinformações e orientações sobre os serviçosdisponíveis na Escola como tutoria, alternati-vas de moradia e alimentação, bem como deatividades acadêmicas, esportivas e culturais.Para Telma Zorn, que pela manhã esteve noSalão Nobre e, na parte da tarde, visitou o poloPiracicaba do curso semipresencial de licenci-atura em Ciências, além de cuidar da manuten-ção da estrutura física, o desafio da pró-reito-ria de Graduação, ao recepcionar os 10.852novos alunos da USP, é cuidar da preservaçãoda ética e dos valores na universidade (confe-

rir Papo com a pró-reitora).Infraestrutura – A novidade para quem in-

gressa na ESALQ, em 2012, foi o anúncio daconstrução de uma Central de Salas de Aula. Ainstalação constará de 1.681,74m2 de áreaconstruída e abrigará 7 salas de aula com capaci-dade somada para atender 467 alunos. Além dis-so, o edifício contará com secretaria, sala de ma-teriais didáticos, sala de estudos, banheiros adap-tados e área de circulação integrada.

Segundo Coelho, a obra está orçada emcerca de R$2,5 milhões, dos quais R$ 700 milserão repassados pelo Programa de Recupera-ção de Espaços Didáticos (Proed), da pró-rei-toria de Graduação, sendo o restante alocado apartir do orçamento da Escola. “Hoje os alu-nos têm que circular de um departamento a ou-tro entre as aulas e acabam não acessando abiblioteca, o restaurante, a secretaria de formaeficiente. Com a centralização desses serviços,aliada à construção dos novos restaurante e cen-tro de vivência, será possível otimizar a utiliza-ção de recursos didáticos e, inclusive, minimizarriscos de segurança”, conclui Coelho.

Telma Zorn

José Vicente Caixeta Filho (diretor), Telma Zorn (pró-reitora de Graduação) e Marisa d´Arce (vice-diretora)observam projeto da nova Central de Salas de Aula

Trote não! Ação solidária sim!Em 30 de janeiro, com o propósito de colo-

car em prática ações solidárias para com os alu-nos ingressantes de ensino superior, o Fórumdos Dirigentes das Instituições de Ensino Su-perior de Piracicaba anunciou, na ESALQ, omote da filosofia que pauta a agenda de cadainstituição. “Trote não! Ação solidária sim!” é oslogan que fortalecerá a cultura da recepção dealunos ingressantes, encaminhando-os paraações solidárias que favoreçam o estreitamentode sua relação com a sociedade. “ConvidamosPiracicaba e região a dizer que somos contraqualquer tipo de ação truculenta que possa estarimplícito no termo ‘trote’ e a favor da solidarie-dade.”, afirmou o diretor da ESALQ, José

Vicente Caixeta Filho, que também preside oFórum. Além do diretor e da vice-diretora daESALQ, Marisa Aparecida Bismara Regitanod´Arce, estiveram presentes na coletiva à im-prensa Gustavo Jacques Dias Alvim, vice-rei-tor da Universidade Metodista de Piracicaba(Unimep); Antonio Carlos Copatto, diretor exe-cutivo da Fumep; Leonardo Rios, diretor acadê-mico da EEP/Fumep; Antonio Vargas de Oli-veira Figueira, diretor do Centro de Energia Nu-clear na Agricultura (CENA); Cícera Bezerra daSilva, diretora do Senac Águas de São Pedro;Rosana Silveira, coordenadora de ensino supe-rior do Senac Águas de São Pedro e Jack JorgeJúnior, diretor da FOP/Unicamp.

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Formatura da Classe 2011

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Thalita Peixoto Basso, doutorandado Programa de Pós-graduação (PPG)em Microbiologia Agrícola, classificou-se em 1º lugar no Prêmio Brasil de En-genharia 2011, área temática Sustentabi-lidade Energética, categoria Mestrado.Orientada pelos professores CláudioRosa Gallo, do Departamento deAgroindústria, Alimentos e Nutrição(LAN), e Luiz Carlos Basso, do Depar-tamento de Ciências Biológicas (LCB),o estudo avaliou a atividade celulolíticade fungos isolados de bagaço de cana-de-açúcar e serapilheira, atuantes sobrebagaço de cana e farelo de arroz comosubstratos.

O cortejo universitário esteve composto por 283 alunos

A Sessão Solene de Colação de Grau daClasse de 2011 aconteceu em 20 de janeiro,no Gramado Central da Escola. A classe foicomposta pelas 108ª Turma de Engenhei-randos Agrônomos, 37ª Turma de Engenhei-randos Florestais, 11ª Turma de Bacharelan-dos em Ciências Econômicas, 7ª Turma deBacharelandos em Ciências dos Alimentos,7ª Turma de Bacharelandos em Gestão Am-biental, 6ª Turma de Bacharelandos e Licenci-ados em Ciências Biológicas, e Licenciadosem Ciências Agrárias. O sarau de abertura con-tou com a participação da Pirajazz Band Expe-rimental, sob direção de Marco Antonio deAbreu Moraes. Logo em seguida, ocorreu aentrada do cortejo universitário, composto por283 formandos, que tiveram como paraninfo o

engenheiro agrônomo Marcos Sawaya Jank,presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Os patronos foram RobertoCano de Arruda, para Engenharia Agronômi-ca; Marcelo Strufaldi Castelli, para Engenha-ria Florestal; Julio Toledo Piza, para CiênciasEconômicas; Colin Butterfield, para Ciênciasdos Alimentos; Marina Silva, para GestãoAmbiental e Jorge Abrahão, para Ciências Bio-lógicas.

Na oportunidade, os alunos Daniel Pre-zotto Longatto, Laura de Sales Orioli, Nata-lia Zancan Mariano, Paulo Roberto de Araú-jo Berni, Nikolas Cristofoletti e Sheron Agnezda Silva receberam o Prêmio “Luiz deQueiroz” por serem os primeiros alunos co-locados nas suas respectivas turmas.

PrêmioEngenharia

O Rally da Safra é um projeto queavalia as condições das lavouras de sojae milho. A expedição acontece no perí-odo de desenvolvimento das lavouras ecolheita e, neste ano, ocorreu entre 16de janeiro e 22 de março. Cada uma dasoito equipes da edição 2012 contou comum integrante do Grupo de Pesquisa eExtensão em Logística Agroindustrial(ESALQ-LOG). Os esalqueanos veri-ficaram as condições de armazenageme qualificação das vias nos cerca de 60mil quilômetros percorridos, em 13 es-tados.

Saiba mais em:

Rally daSafra 2012

log.esalq.usp.br

Em 8 de março, a Associação Atlé-tica Acadêmica “Luiz de Queiroz”(AAALQ) realizou o Dia da Atlética.Entre outras atividades, Luiz Lima, na-dador campeão pan-americano em1999 e atleta olímpico em 1996, 2000e 2008, proferiu a palestra “Trajetóriade um atleta campeão”. Com o objeti-vo de despertar o interesse pelo es-porte, aliado na vida acadêmica, Limalembrou que a paixão pela natação co-meçou ainda na infância e reforçou opapel da família e a recompensa peloesforço desprendido por mais de umadécada dentro d’água.

Dia daAtlética

Com o propósito de mostrar aos estu-dantes o modo de vida brasileiro, de 4 dejaneiro a 9 de fevereiro, 18 alunos da OhioState University participaram do 13º progra-ma Alpha Zeta Partners. Coordenado peloprofessor Ricardo Shirota, do Departamentode Economia, Administração e Sociologia(LES), os alunos desenvolveram uma série deatividades acadêmicas, sociais, culturais e tu-rísticas, permitindo contato com uma realida-de brasileira nem sempre divulgada fora dopaís. Participaram também do projeto os pro-fessores Fernando Curi Peres, Dalcio Caron ePedro Carvalho de Mello, todos do LES. Aequipe americana esteve acompanhada da pro-fessora Jill Pfister. “A visita contemplou a par-te científica e tecnológica e proporcionou aosalunos uma experiência cultural sobre a nossasociedade. Procuramos abrigar as várias fren-tes do agronegócio”, contou Shirota.

Realidadebrasileira

Raphael Campos Castilho é o autor daprimeira tese do Programa de Pós-graduaçãoem Entomologia redigida em inglês. Com otítulo “Taxonomy of Rhodacaroidea mites(Acari: Mesostigmata)”, e orientada pelo pro-fessor Gilberto José de Moraes, do Departa-mento de Entomologia e Acarologia (LEA),foi conduzida em parte na Universidade deAmsterdam, com a qual a ESALQ tem ummemorando de entendimento para a condu-ção de pesquisas conjuntas e intercâmbio dealunos. “Esses ácaros estudados possuem umpotencial muito grande para serem usados comopredadores de pragas que ocorrem no solo.Porém, não existia até o momento ferramentaspara identificação desse grupo”, conta Raphael.O projeto teve apoio da Fundação de Amparo àPesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e doConselho Nacional de Desenvolvimento Cien-tífico e Tecnológico (CNPq).

Tese redigidaem inglês

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Fitopatologia

Clínica do Leite

Ano IXI Número 27 março/2012 7

www.zootecnia.esalq.usp.br/clinicadoleite

Painel

No Congresso Paulista de Fitopatologia, re-alizado entre 14 e 16 de fevereiro, na EmbrapaMeio Ambiente, a Associação Paulista deFitopatologia outorgou o Prêmio Paulista deFitopatologia , versão 2011, a Sérgio FlorentinoPascholati, professor do Departamento deFitopatologia e Nematologia (LFN).

O Campus no início do século 20

Desenvolver e disponibilizar ferramentas para o gerenciamento da pecu-ária de leite visando o aumento da eficiência financeira da atividade e àmelhoria da qualidade do leite é a missão da Clínica do Leite, Laboratório doDepartamento de Zootecnia (LZT). Inaugurada em 1996, atende cerca de 35mil produtores e analisa 25% do leite nacional, proveniente de Minas Gerais,São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Mato Grosso. Criada a partir do projeto“Programa Integrado de Melhoramento da Produção e da Qualidade do Lei-te”, com recursos provenientes da Fundação de Amparo à Pesquisa do Esta-do de São Paulo (FAPESP), ESALQ, Instituto de Zootecnia da Secretaria daAgricultura e do Abastecimento do Estado de São Paulo, Associação Brasi-leira de Criadores (ABC), empresas processadoras e produtores, a Clínica doLeite, em função de suas atividades, tornou-se credenciada junto ao Ministé-rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), como integrante daRede Brasileira de Laboratórios de Análise da Qualidade do Leite (RBQL).

Saiba mais em:

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ConheçaaESALQ

Em 13 de janeiro, faleceu, aos 86 anos,Moacyr Oliveira Camponez do Brasil Sobrinho,docente aposentado do Departamento de Ciên-cia do Solo (LSO). Moacyr formou-se naESALQ em 1948, onde lecionou entre 1952 e1989 a disciplina Adubos e Adubações e ofere-ceu a optativa Nutrição e Adubação de PlantasCultivadas. Foi um dos pioneiros na avaliaçãodo índice de boro do solo.

Homenagem

Em 30 de janeiro, Luís Reynaldo FerracciúAlleoni, professor do Departamento de Ciênciado Solo (LSO), foi eleito vice-presidente daAssociação Brasileira de Editores Científicos(ABEC) para o biênio 2012-2013. Alleoni é, des-de 2001, editor-chefe da Scientia Agricola (SA),publicação da ESALQ. Na mesma eleição,Sigmar de Mello Rode (Unesp) foi eleito presidente.

ABEC

Aplausos

Uma iniciativa do Serviço de Cultura e Ex-tensão Universitária (SVCEx), Seção de Ativi-dades Culturais (SCAC), Museu e Centro deCiências “Luiz de Queiroz”, Assessoria de Co-municação (Acom), com apoio da Pró-Reitoriade Cultura e Extensão Universitária da USP,levou à digitalização de um acervo de 1.139negativos de vidro, com imagens do Campus“Luiz de Queiroz” nas décadas de 1920 a 1950.

Ana Maria Liner Pereira Lima, professo-ra do Departamento de Produção Vegetal(LPV), recebeu, em 10 de fevereiro, do vere-ador André Gustavo Bandeira, a Moção deAplausos nº 130/10, na Câmara de Vereado-res de Piracicaba. A homenagem ocorreu pelainiciativa do curso “Inclusão Social Atravésdas Técnicas de Jardinagem”.

O resultado da ação foi exibido na mostra“Fotografias dos Negativos em Vidro”, instala-da no Museu e Centro de Ciências, Educação eArtes “Luiz de Queiroz” entre 13 de fevereiro e2 de março. O público pode conferir 40 fotosimpressas e legendadas pelos professoresAnivaldo Pedro Cobra, Duvílio Aldo Ometto eJusto Moretti Filho, além da projeção digital detodas as imagens.

Sob a copa de algumas árvores, que ainda estão no local, vista dafachada do Edifício Central sem a varanda e sem o terceiro pavimento

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Cheia de Graça

De 8 a 30 de março, servidoras e alunas do Campus “Luiz de Queiroz”apresentaram suas artes, na mostra “A artista mulher EsalqueANA –Cheia de Graça”. Pinturas, músicas, textos, esculturas, danças, dese-nhos, fotografias e artesanatos permaneceram à disposição do público noMuseu e Centro de Ciências, Educação e Artes “Luiz de Queiroz”

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SímbolosdaESALQ

“Parar não é bom”

ProjetoMemória

Ano IX Número 27 março/20128

Walter de Paula Lima“Um mito não é forte porque éverdadeiro, mas sim pela sua

capacidade de convencer”

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Antiga Casa do Diretor

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Walter de Paula Lima nasceu em Chavantes(SP), em 2 de julho de 1940. Filho de um funci-onário da Companhia Sorocabana, permaneceuna cidade natal até os 9 anos, quando o pai pediutransferência para São Paulo para que os filhospudessem ter uma educação de melhor qualida-de. “Na capital, pagávamos aluguel e o saláriodo meu pai, de certa forma, perdeu força e logomeus irmãos e eu fomos trabalhar. Comecei aos13 anos, em um banco durante o dia e fazia ocolegial à noite”.

Quando teve que optar por uma formaçãosuperior, uma viagem a Piracicaba condicionousua escolha. “Eu sabia apenas o que eu não que-ria, não queria ser médico porque não consigover sangue, mas a engenharia me atraía de algu-ma forma. Assim, em uma excursão com a esco-la, vim conhecer a ESALQ, instituição que meupai já havia sugerido que eu conhecesse anterior-mente”. Era 1962, e a decisão por estudar fora deSão Paulo estava tomada, mas seria adiada até1964, ano do seu ingresso na Escola. “Não foifácil o período inicial, porque meu pai não tinhacondição financeira e eu também ganhava poucoe ainda contribuía com o orçamento em casa, masem um rompante de coragem acabei vindo pra cá,porém nas férias de julho do primeiro ano euainda voltei para São Paulo para trabalhar”.

Na graduação, morou na Casa do Estu-dante Universitário (CEU) e, a convite docolega [Shunhiti] Torigoi trabalhou no atualcursinho CLQ/Objetivo na parte administra-tiva e também lecionando. No último ano dagraduação optou por silvicultura e, algunsdias após a última prova, foi chamado porHelládio do Amaral Mello, professor cate-drático na área. “Ele elogiou meu seminário,disse que o curso de Engenharia Florestalestava autorizado na ESALQ e que a área demanejo de bacias hidrográficas precisaria deum professor”. Era uma área ainda em for-mação no País. “Fui procurar no dicionário osignificado daquela expressão!” (risos).

Paula Lima aceitou o convite, já assu-

mindo o desafio de cursar mestrado em Ohio(EUA) para se aprimorar na disciplina queassumiria. Entre os anos de 1970 e 1971,permaneceu nos Estados Unidos, junto comoutros professores, integrando como bolsistao convênio que a Escola mantinha com a OhioState University. “No meio desse período ain-da me casei por procuração. Minha esposafoi para os Estados Unidos e, em dezembrode 1971, voltamos para o Brasil”.

Em 1972, integrou o corpo docente da pri-meira turma do curso de Engenharia Florestalda ESALQ. Em março daquele ano começou adar aulas como auxiliar de ensino e, depois deassinado o contrato, seu mestrado reconheci-do e passou a ser professor assistente. “O di-retor na época era o professor [Ferdinando]Galli e nem ele sabia o significado da discipli-na Manejo de Bacias Hidrográficas, tão novosseu conteúdo e propósito no meio acadêmico.Levou cerca de uma década para que o realsignificado da disciplina passasse a ser total-mente compreendido por outras áreas. Hoje,todo mundo reconhece como uma ferramentade sustentabilidade”.

Enquanto docente, procurou decifrar omito envolvendo a plantação de eucalipto. “Per-cebi a polêmica relacionada ao consumo deágua dessa planta e busquei desenvolver algonovo, porque havia um consenso de que oeucalipto gastava muita água”. Em 1975, dou-torou-se na ESALQ, estudando o balançohídrico em plantações de eucalipto e pinus.“O mito ainda não está resolvido, pois muitoainda discute-se e publica-se sobre o tema,afinal um mito não é forte porque é verdadei-ro, mas sim pela sua capacidade de conven-cer”. Em 1992, publicou “Impacto ambientaldo eucalipto”, obra de referência sobre o tema.

O professor lembra ainda que o contato en-tre pesquisadores e setor produtivo, possibili-tou à comunidade científica convencer as em-presas sobre a necessidade de monitoramentodo manejo de plantações florestais. “Assim, ini-

ciamos a observação em microbaciashidrográficas, acumulando dados consistentessobre a relação entre o eucalipto e a água emdiversas regiões do País, o que permite hojeentender melhor a relação dessa planta com águaem diferentes condições de solo”.

Concluiu três pós-doutorados, em 1978,na Austrália, em 1987, na Inglaterra, em 1992,na Escócia. Entre 1994 e 1997, chefiou o De-partamento de Ciências Florestais (LCF); foipresidente da Comissão de Cultura e Exten-são Universitária (CCEx) entre 1999 e 2003e vice-diretor da ESALQ entre 1998 e 2002.Em abril de 2007, aposentou-se, mas o coti-diano acadêmico ainda permeia sua vida. “Pa-rar não é bom, por isso trabalho até hoje,continuo me dedicando às publicações. Sónesse início de ano foram três trabalhos, doisdeles em publicações internacionais”.

Nas horas vagas, dedica-se a cuidar dojardim em casa e exerce seu papel de avô daprimeira neta, Maria Paula, de um ano e meio.

Instalada em frente a um dos maciços verdes do Campus “Luiz deQueiroz”, a antiga Casa do Diretor foi construída em 1906. Tem doispavimentos e área de 488,80 m². Até meados da década de 1940,serviu de morada para os diretores da Escola, época quando essafinalidade passou a ser do edifício hoje ocupado pelo Museu Luiz deQueiroz. Após passar por uma reforma na fachada, no início dadécada de 1990, abrigou o Serviço Social (atual Serviço de PromoçãoSocial da Divisão de Atendimento à Comunidade – DVATCOM), daPrefeitura do Campus “Luiz de Queiroz” (PCLQ). Atualmente, notérreo encontra-se o Núcleo de Apoio à Pesquisa em MicroscopiaEletrônica aplicada à Pesquisa Agropecuária (NAP/MEPA) e, nopavimento superior, estão instalados os Programas de Pós-graduação em Fitotecnia e em Fisiologia e Bioquímica de Plantas(secretarias, salas de aula e salas de estudos). A imagem aolado reproduz a fachada original.