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Rua Piauí, 220, 5º andar – Santa Efigênia – BH/MG CEP: 30150-320 Assembleia Geral reúne associados para discutir os novos rumos do setor Págs. 8 a 10 EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS Mudou-se Desconhecido Recusado Endereço insuficiente Não existe n 0 indicado Falecido Ausente Não procurado EM / / Responsável VISÃO DE FUTURO notícias Ano XIX- nº 71 - Outubro e Novembro 2016 De Olho Queijo amarelo não é sinal de gordura Pág. 11 Entrevista Eugênio Mussak reflete a importância das pessoas para a saúde da empresa Págs. 6 e 7

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notíciasAno XIX- nº 71 - Outubro e Novembro 2016

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EntrevistaEugênio Mussak reflete a importância das pessoas para a saúde da empresaPágs. 6 e 7

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Se eu tivesse que resumir, em algumas palavras, o que significou para nós o ano de 2016, diria: re-forço no estímulo ao consumo de lácteos. Muitas de nossas ações, colocadas em prática no decorrer dos últimos meses, tiveram esse objetivo. Afinal, entendemos que, cada vez mais, é necessário cons-cientizar a população sobre a im-portância do consumo de lácteos para a saúde humana e desmitifi-car a ideia de que eles são dispen-sáveis à alimentação.

O mais importante, porém, nessa trajetória, foi a descober-ta de que não estamos sozinhos. Ao realizarmos o 1º Encontro de Entidades do Setor Lácteo, que contou com a presença de em-presários do ramo, representantes do poder público e formadores de opinião, tivemos a certeza de que esse objetivo é de toda a ca-deia produtiva. Ficamos satisfeitos com os resultados alcançados por meio desse encontro, que ilumi-nou nossos passos para 2017. Ao final do evento, assinamos um termo de compromisso com duas propostas a serem realizadas no decorrer do ano: promoção do leite e derivados em conjunto com entidades afins e previsibili-dade por meio da sistematização das informações fornecidas pela indústria ao Mapa.

Acreditamos que resultados como esse são reflexos da união de todo o setor. A Assembleia Ge-ral é mais um exemplo. O nosso tradicional encontro anual reuniu os associados para um momento de integração e troca de experi-ência. Além das discussões sobre o futuro do setor e da apresen-tação do balanço das ações do Sindicato, a edição deste ano foi ainda mais especial com a entrega da premiação dos vencedores do Concurso de Desenho e Redação, uma iniciativa promovida em par-ceria com o Sindicato das Esco-las Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG). Ficamos felizes em receber belos trabalhos, que tive-ram o leite como protagonista. A expectativa para o próximo ano é nos unir novamente e firmar par-ceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e da Educação, com o intuito de levar esta ação para os alunos do ensino público.

Estimular o consumo de lácte-os: essa é a nossa missão! Por isso, em 2017, conto novamente com o seu apoio, para, juntos, conquis-tarmos resultados ainda mais ins-piradores para todos nós!

Boas festas!

João Lúcio Barreto Carneiro Presidente do Silemg

ESTÍMULO AO CRESCIMENTO

ANO XIX / Número 71 / Outubro e Novembro/2016SILEMG / Endereço: Rua Piauí, 220 / 5º andar / Santa EfigêniaCEP: 30150-320 / BH/MG / Tel: (31) 3223-1421www.silemg.com.br / [email protected]: 3.500 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVAJoão Lúcio Barreto Carneiro - Laticínios Porto Alegre LtdaPresidenteGuilherme Olinto Abreu Lima Resende - CoaperiodoceVice-presidentePaulo Bartholdy Gribel - Laticínios São Vicente de Minas LtdaDiretor AdministrativoGuilherme Silva Costa Abrantes - Laticínios Dona Formosa LtdaDiretor FinanceiroAlessandro José Rios de Carvalho - Laticínios Verde Campo LtdaDiretor Tecnológico

DIRETORIA ADJUNTACarlos da Silveira Dumont - Coop. dos Produtores Rurais do Serro Ltda Carlos Eduardo Abu Kamel - Coop. dos Produtores Rurais de Itambacuri Ltda Carlos Henrique Pereira - Forno de Minas Alimentos S/A Carlos Roberto Soares - Dairy Partners Americas Manufacturing Ltda Cícero de Alencar Hegg - Laticínios Tirolez Ltda Emerson Faria do Amaral - Hebrom Produtos do Laticínios Ltda Estevão Andrade - Laticínios PJ LtdaGiovanni Diniz Teixeira - Itambé Alimentos S/A Gregor Lima Viana Rodrigues - Gregor L V Rodrigues - ME Guglielmo Agostini da Matta - Godiva Alimentos Ltda Humberto Esteves Marques - Barbosa & Marques S/A Ivan Teixeira Cotta Filho - Cottalac Indústria e Comércio Ltda Jaime Antônio de Souza - Laticínios Bela Vista Ltda João Bosco Ferreira - Coop. Central Mineira de Laticínios Ltda Jorge Vinícius Nico - Coop. Agropecuária de Resplendor Ltda José Márcio Fernandes Silveira - F. Silveira Campos José Samuel de Souza - Coop. Agropecuária de Raul Soares Ltda Juarez Quintão Hosken - Laticínios Marília S/A Léo Luiz Cerchi - Scalon & Cerchi Ltda Louise de Souza Fonseca - Laticínios Coalhadas Ltda Lucia Alvarenga Fagundes Couto - Laticínios Lulitati Ltda Marcelino Cristino de Rezende - Nogueira e Rezende Indústria de Laticínios Ltda Marcos Alexandre Macedo Narciso - Laticínios Vida Comércio e Indústria Ltda Marcos Sílvio Gonçalves - Indústria de Laticínios Bandeirante Ltda Odorico Alexandre Barbosa - Usina de Laticínios Jussara S/A Ricardo Cotta Ferreira - Itambé Alimentos S/A Robson de Paula Valle - Laticínios Sabor da Serra Ltda Rodrigo de Oliveira Pires - BRF - Brasil Foods S/A Valéria Cristina Athouguia Dias - Indústrias Flórida Ltda Vicente Roberto de Carvalho - Vicente Roberto de Carvalho e Cia. Ltda Welson Souto Oliveira - Coop. de Laticínios Vale do Mucuri Ltda Wilson Teixeira de Andrade Leite - Laticínios Vitória Ltda

CONSELHO FISCAL EFETIVOJosé Antônio Bernardes - Embaré Indústrias Alimentícias S/A Luiz Fernando Esteves Martins - Efetivo Barbosa & Marques S/A Roberto de Souza Baeta - Cayuaba Agroindustrial Ltda

CONSELHO FISCAL SUPLENTECloves Fernandes de Almeida Filho - ME - Laticínios Santa CruzElias Silveira Godinho - Laticínio Sevilha LtdaRamiz Ribeiro Junqueira - Laticínios Curral de Minas Ltda

DELEGADOS JUNTO AO CONSELHO DE REPRESENTANTES/FIEMG - EFETIVOSGuilherme Olinto Abreu Lima Resende - CoaperiodoceJoão Lúcio Barreto Carneiro - Porto Alegre Indústria e Comércio Ltda

DELEGADOS JUNTO AO CONSELHO DE REPRESENTANTES/FIEMG -SUPLENTESGuglielmo Agostini da Matta - Godiva Alimentos Ltda Luiz Fernando Esteves Martins - Barbosa & Marques S/A

PRODUÇÃO: REDE COMUNICAÇÃO DE RESULTADOJornalista responsável: Flávia Rios (06013 JP)Projeto Gráfico: Rede Comunicação de ResultadoEdição: Jeane Mesquita e Licia LinharesRedação: Camila Corrêa, Lorena Carmo, Pamella Berzoini e Rayane DieguezDiagramação: Danilo FonsecaFoto de capa: Shutterstock

EXPEDIENTEEDITORIAL

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DIFERENCIALCOMPETITIVO

GIRO NOS ASSOCIADOS 3

O grande diferencial do Laticínio Bom Destino no mercado se deve a uma ideia audaciosa, inovadora e bas-tante lucrativa dos irmãos João Batista e Marcelo Leão: substituir a pecuária leiteira de vaca pela bubalina com o intuito de oferecer uma linha de produtos derivados do leite de búfala. “O leite bubalino tem maior rendimento industrial e importante qualidade nutricional, o que faz com que esse saboroso alimento ganhe destaque entre os consumidores que buscam mais qualidade de vida”, ex-plica João Batista.

O laticínio oferece 35 variedades de produtos fei-tos com leite de búfala, entre iogurtes, coalhadas, queijos cottage, burrata, muçarela, minas frescal, ricota, coalho, provolone e ainda manteiga e requeijão cremoso. A indús-tria está localizada na Fazenda Bom Destino, no distrito de Morro do Ferro, em Oliveira, onde, há quase três décadas, os empresários começaram com a ordenha diária de 150 litros de leite de vaca. Em 2001, iniciou-se a troca desses animais por búfalas. “Contávamos com 12 animais, com ca-pacidade de produção de 60 litros por dia. Hoje, temos um rebanho com 520 búfalas e uma produção diária de 4,2 mil litros de leite”, contabiliza João Batista.

Todos os produtos possuem o Selo de Pureza, conce-dido pela Associação Brasileira dos Criadores de Búfalos (ABCB), que garante ao consumidor a fabricação de pro-dutos legítimos, produzidos com 100% de leite de búfala, e atesta a qualidade da matéria-prima.

O laticínio conta com uma frota própria de caminhões para entregas em 21 estados das regiões Sudeste, Nordes-

LATICÍNIO BOM DESTINO Telefone: (33) 3332-6050 Localização: Sítio Bom Destino s/n - Morro do Ferro,

distrito de Oliveira Site: www.laticiniosbomdestino.com.br

te, Sul e parte do Norte do país. “A nossa meta é ampliar ainda mais esse mercado. Com a finalização da amplia-ção da fábrica em 2017, a ideia é que a produção extra seja exportada para outros países, como Estados Unidos e Canadá”, conclui.

Pioneiro no mercado de leite de búfala, Laticínio Bom Destinose destaca em Minas e em outros estados brasileiros

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Laticínio Bom Destino é referência em produtos derivados do leite de búfala

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LATICÍNIOS BOREAL Telefone: (32) 3571-1720 Localização: Av. Doutor José Neves, 326 - Rio Pomba

GIRO NOS ASSOCIADOS 4

O Laticínios Boreal é conhecido no mercado por seus produtos de qualidade e por manter algumas etapas da produção artesanal. “O produto final é resultante de um conjunto de ações que iniciam na gestão da qualidade da matéria-prima e dos ingredientes, balanceamento da fór-mula, adoção de boas práticas, ajustes e racionalização do processo, que visa à obtenção de um produto nutritivo, se-guro e sensorialmente atrativo”, explica a diretora do laticí-nio, Bernadete Soares.

Localizado no município de Rio Pomba, na Zona da Mata mineira, o Laticínios Boreal está sob a gestão de Bartolomeo Soares Vieira há 38 anos e, atualmente, comercializa seus pro-dutos, principalmente, nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A produção de seis mil litros de leite por dia resulta em uma linha de produtos, que inclui, doce de leite, queijo minas padrão e prato e requeijão cremoso.

Um de seus produtos, o queijo minas padrão, conquis-tou o primeiro lugar no Concurso Nacional de Produtos

Lácteos (EPAMIG-ILCT) em 2015 e 2016. O doce de leite ficou em terceiro lugar geral no mesmo concurso. “Esses prêmios comprovam que nossas mercadorias têm quali-dade singular. Sermos reconhecidos por isso mostra que estamos no caminho certo”, comemora Bernadete.

Para o próximo ano, o Laticínios Boreal prevê algumas novidades. “Em celebração aos 50 de formação técnica de Bartolomeo Soares Vieira, temos como meta o redirecio-namento da marca e a renovação de sua identidade visual, com intuito de modernizar a empresa e ampliar o merca-do”. Além disso, está em estudo o desenvolvimento de uma linha de produtos diet.

Com uma produção semi artesanal, Laticínios Boreal comercializa diversos produtos para Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro DE MERCADO

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VOCÊ NO SILEMG NOTÍCIAS!A história da sua empresa e cooperativa pode aparecer em nossa revista. Os interessados em participar podem enviar e-mail para [email protected], que a nossa equipe entrará em contato.

notíciasAno XVIII - nº 66 - Novembro/Dezembro 2015

Empresas do setor lácteo inovam para

atender um público mais informado,

exigente e que preza por uma vida saudável

Págs. 8 a 11

InovaçãoLaticínios usam redes sociais como o principal

canal de comunicação com o consumidor

págs. 12 e 13Entrevista Marta Pimentel, professora da Fundação Dom

Cabral, fala sobre a importância da marca

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MERCADOUM NOVO

notíciasAno XIX - nº 67 - Janeiro/Fevereiro 2016

VENDAS ONLINEE-commerce ganha força no país e cria oportunidade para a indústria de laticínios Págs. 8 a 11

De olhoInvestir em nicho de mercado garante vantagem competitivapágs. 12 e 13

EntrevistaValter Galan, da Milk Point, fala sobre o cenário leiteiro e as previsões para 2016págs. 6 e 7

notícias

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Equipe do Laticínios Boreal celebra os bons resultados conquistados

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115PONTO DE VISTA

DESNECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE

REGULARIDADE FISCAL*A decisão liminar favorável ao Silemg junto à Justiça Fe-

deral de Minas Gerais para que os laticínios não necessitem comprovar sua regularidade fiscal durante o procedimento de habilitação provisória no Programa Mais Leite Saudável será benéfica a todos os associados bem como ao setor.

A implementação possui estrita relação com as contri-buições para os Programas de Integração Social (PIS) e de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), que, de acordo com o artigo 195, §12 da Cons-tituição Federal de 1988, e o artigo 8º da Lei nº 10.925/04 serão não cumulativas em relação ao setor de laticínios que poderá aproveitar créditos presumidos decorrentes da aquisição de leite in natura.

O crédito presumido foi concedido legalmente com o intuito de amenizar os problemas vivenciados pelo setor, uma vez que o principal fornecedor de matéria-prima é o pequeno produtor, que promove suas vendas sem recolhi-mento de PIS e COFINS.

A própria exposição de motivos da Lei 10.925/2004 de-monstra a preocupação do legislador com o setor, na medi-da em que garantiu a possibilidade de apropriação do cré-dito tributário, diferentemente do que fez a outros ramos da economia, como forma de fomento à atividade exercida pelas empresas de laticínios.

Os créditos adquiridos pelos laticínios, nos moldes da legislação anteriormente vigente, eram de difícil utilização, e a compensação somente era possível com as próprias contribuições na venda de derivados do leite, cujos produ-tos são, em sua grande maioria, tributados à alíquota zero. Novamente, empreendedores de menor porte não utiliza-vam o crédito efetivamente, o que gerava um acúmulo no decorrer dos anos.

Iniciou-se, então, uma intensa negociação do setor com o poder público, que acabou por acatar o antigo pleito de modifi-cação das regras para o crédito presumido, reduzindo o seu per-centual, mas permitindo a sua utilização de forma mais ampla.

Apesar da redução do percentual para fins de apuração do crédito de 50% ou 20%, presumido dedutível de PIS e da COFINS, foi mantida a possibilidade de creditamento, de modo a fazer com que os créditos possam ser compen-sados com os demais tributos a cada trimestre.

Dessa maneira, a implementação da nova forma de tributa-ção foi regulamentada pelo Decreto nº 8533/2015, o qual esti-pulou a necessidade de apresentação e aprovação de projetos de incentivo à produção para que as empresas interessadas pudes-sem gozar do benefício tributário.

Até que decisão em sentido contrário seja proferida, as empresas envolvidas estarão dispensadas da demonstração de sua regularidade fiscal perante a Receita Federal para habilitação provisória no Programa Mais Leite Saudável, estando sujeitas somente aos demais requisitos legais.

*Denize de Castro Perdigão e Pedro Henrique Silva AnselmoPapini Lacerda Advogados

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Ser mais eficiente e, por consequência, alcançar resul-tados competitivos. Esse é o objetivo de todo negócio. Po-rém, como é possível uma empresa ir além na busca por maior eficiência e, ao mesmo tempo, ser mais produtiva sem aumentar custos? Para Eugênio Mussak, a resposta é uma gestão de pessoas inteligente e lideranças ativas e fo-cadas no desenvolvimento profissional de seus liderados.

Esse foi o conhecimento compartilhado pelo especialis-ta em Gestão de Pessoas, professor da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Dom Cabral e articulista das re-vistas Você S.A. e Vida Simples durante a Assembleia Geral 2016. Em sua palestra Eficiências e Resultados, ele destacou a importância de se estar atento e criar novas oportunidades para manter a curva do crescimento e da liderança do mer-cado. Confira esse e outros conselhos do especialista durante a entrevista a seguir para o Silemg Notícias.

Em sua palestra, o senhor explica que ser eficiente é fa-zer mais com menos. Dentro do universo da indústria de laticínios, como é possível potencializar recursos para chegar a esse objetivo?

A eficiência corresponde à relação entre resultados e recursos. É necessário balizar essas duas frentes, visto que ser competente não é suficiente para alcançar resul-tados. É preciso, além de ampliar competências, poten-cializar os recursos disponíveis, sejam eles financeiros, naturais ou humanos. No Brasil, a gestão de pessoas, que cuida dos recursos humanos, deve ser ponto de atenção. Esse é um fator que impacta profundamente a produti-vidade e, por consequência, os resultados. Os brasileiros têm uma média de produtividade muito inferior à maio-ria dos países desenvolvidos.

Estima-se que, em nosso país, um profissional traba-lhe apenas cerca de 25% em relação a um profissional nor-te-americano. Ou seja, são necessários quatro brasileiros para produzir o mesmo que um americano. Não que seja realidade em todo o país, mas essa média é um indicador importante. Isso demonstra que nós temos potencial para produzir muito mais do que fazemos hoje. O que fazer para alterar o quadro? Existem três aspectos fundamentais. São

ENTREVISTA 6

Para Eugênio Mussak, especialista em Gestão de Pessoas, a sustentabilidade de uma empresa envolve uma boa saúde financeira, investimentos em tecnologia e,

principalmente, uma equipe capacitada e satisfeita

ESTÁ NAS PESSOASO DIFERENCIAL

eles: uso de tecnologia para potencializar o trabalho e não substituir as pessoas; revisão de processos e, por fim, capa-citação e motivação das equipes.

A empatia é tratada como um diferencial nessa busca. Como ela pode ser aplicada à rotina de uma indústria?

Esse é um elemento das relações humanas indispensável, em especial para o exercício da liderança. Um bom líder se comunica bem, entende a equipe e cada um de seus colabo-radores. Além disso, contribui para a motivação e capaci-tação dos seus liderados. É preciso ver no profissional uma pessoa, e não uma peça de engrenagem. Entender um pouco sobre o ser humano ajuda as relações de trabalho, e isso tem um impacto, lá na frente, na produtividade das pessoas.

Em um período de longa crise, como o enfrentado pelo Brasil na atualidade, quais devem ser as estratégias ado-tadas para o alcance de resultados a longo prazo?

Fazer gestão da crise é diferente de fazer gestão na crise. A primeira foca o motivo do problema. A segunda, por sua vez, não permite agir sobre as causas. Hoje, estamos viven-do um período de gestão na crise, em que não podemos al-terar a causa da instabilidade. São razões macro, como eco-nomia e más decisões políticas do país nos últimos anos. Assuntos sobre as quais não temos responsabilidade. Mas considero que o Brasil esteja fazendo sua parte. Durante as crises, é tempo para reforçar a gestão e, principalmente, revisar a estratégia do negócio, que varia conforme o am-biente. Por último, é hora de reforçar o engajamento das pessoas e, ainda, investir em inovação.

Quais são os grandes erros cometidos pelos empresários na busca por lucro?

Muitas vezes, os empresários focam o lucro e se esquecem da sustentabilidade do negócio. Costumam buscar resultados a qualquer preço, e esse é um grande risco. Olham apenas para a planilha financeira, para os números. E, na verdade, uma gestão de sucesso vai muito além: envolve o clima organiza-cional, os investimentos em tecnologias, as capacitações, as satisfações do cliente - tudo isso deve ser considerado. É óbvio

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que os números são importantes e devem ser observados, mas não podem ser o único indicador. Há o risco de preocupar-se apenas com o lucro e perceber uma crise apenas quando acon-tece uma alteração nos resultados. Essa crise, porém, pode ter sido gerada por outras pequenas causas, que passaram desper-cebidas, mas culminaram em problemas financeiros.

A capacitação das equipes nem sempre é vista como um investimento relevante. O senhor trabalha focado na ges-tão de pessoas e no desenvolvimento da liderança. De que forma um time qualificado pode beneficiar o negócio?

As empresas que têm gestão inteligente e lideranças ati-vas, investem em capacitação profissional. Aquelas que vão contra essa diretriz, acabam perdendo seus talentos para outras, que têm política fortalecida de recursos humanos. Uma pessoa bem-capacitada exerce a função que outras três ou quatro, não preparadas, fariam.

O bem-estar dos empregados, dentro e fora do ambiente de trabalho, pode impactar os resultados de uma empresa?

Hoje, nós sabemos que há uma relação direta entre felicidade e produtividade. Uma pessoa mais feliz produz mais. Você pode passar por momentos de dificuldade, estresse e até de desavenças. Mas são momentos que têm curto prazo. O colaborador realiza-do vai ao trabalho motivado em fazer, sempre, o melhor.

Um dos seus livros é sobre o conceito de metacompetên-cia. De que forma as empresas podem avaliar além do que é exigido de seus colaboradores, para que equipe e empresa cresçam juntas?

O conceito de competência diz respeito à competitivi-dade. Uma organização não competitiva não se sustenta no mercado. É preciso investir em competências – para a empresa e para o colaborador. A metacompetência avalia quatro frentes - técnicas, gestão, relacionamento humano e excelência-, que juntas chegam ao melhor resultado de um negócio: crescimento sustentável.

Que orientações o senhor ofereceria aos empresários que estão em busca de novas oportunidades?

A primeira medida é fazer uma autoanálise e conhecer forças e fraquezas, além de oportunidades e riscos. É preci-so estar atento, estudar e gerir de forma inteligente, apren-dendo com o passado e vislumbrando o futuro.

A Assembleia Geral do Silemg reúne associados e personali-dades para discutir e vislumbrar o futuro dos laticínios nos próximos anos. De que forma iniciativas como essa contri-buem para o desenvolvimento e fortalecimento do setor?

Não há outra maneira de se fortalecer. Os setores estão se unindo para ganhar em oportunidades. Esses encontros têm finalidade representativa junto ao governo e, ainda, de crescimento e aprendizado conjunto. É uma chance de po-tencializar e compartilhar soluções.

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8CAPA

Nos últimos cinco anos, o consumo de lácteos perdeu a força. De acordo com o levantamento do Rabobank, banco especializado no setor de alimentos e agronegócio, entre 2010 e 2015, a demanda cresceu apenas 1,9%, enquanto, entre 2005 e 2010, o crescimento chegou a 20,45%. As justificativas para as oscilações são diversas: informações nutricionais desen-contradas sobre o leite e seus derivados, dietas extremamente restritivas e novos hábitos alimentares.

Para enfrentar esse cenário desafiador, a indústria de la-ticínios precisa se preparar. Em 2016, a Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida lançou a campanha Leite Faz Seu Tipo. A iniciativa incentiva o consumo dos mais diver-sos tipos de leite e, ainda, identifica o melhor tipo para cada pessoa. Outra ação de fomento aos produtos lácteos é o Beba Mais Leite. Liderada por duas mães formadas em medicina veterinária, o site defende o consumo de lácteos como parte essencial para uma vida saudável.

Os associados do Silemg também trabalham na busca por alternativas que incentivem o consumo dos produtos lácteos. Uma das ações para refletir estratégias e discutir novidades do mercado promovida é a Assembleia Geral. Este ano, o encon-tro aconteceu em 27 de outubro e reuniu mais de 200 partici-pantes no prédio da Fiemg, em Belo Horizonte.

Assembleia Geral do Silemg reúne associados, parceiros e fornecedores para refletir sobre o cenário lácteo no Brasil e propor mudanças

O presidente do Sindicato, João Lúcio Barreto Carneiro, considera esse momento vital para a união e o fortalecimen-to do setor. “Durante o encontro, temos ricas discussões e fomentamos ideias que podem trazer resultados expressivos aos nossos associados. Conhecer nossos potenciais e fra-quezas é indispensável para o sucesso dos nossos negócios”, afirmou na ocasião.

Para os associados presentes, além da oportunidade de networking, a Assembleia Geral é o momento ideal de compartilhar experiências bem-sucedidas. “Faço questão de comparecer ao evento e, sobretudo, repassar com a equipe as soluções aplicadas pelos colegas do segmento que apresenta-ram, aqui, bons resultados. Os problemas, muitas vezes, são comuns, e as soluções, compartilháveis”, disse o associado e diretor do laticínio Sabor da Serra, da Zona da Mata, Robson de Paula Valle.

Resultados do segmentoA Assembleia Geral ainda é oportuna para reafirmar a

transparência da atuação e ações do Silemg. Nesse sentido, o diretor financeiro do Sindicato, Guilherme Silva Costa Abrantes, apresentou o balanço financeiro-contábil referente ao último ano. O número de associados ativos subiu para 144.

Da esq. p/ dir.: Moacyr Fernandes, da Danone; Alexandre Almeida, da Itambé Alimentos; Cicero Hegg, da Tirolez; Alessandro Rios, da Verde Campo; Cesar Helou, do Piracanjuba; e Renê Machado, da Nestlé

PREPARADOS PARA NOVOS

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Os resultados de comunicação do Silemg também foram compartilhados por Flávia Rios, diretora-presi-dente da agência Rede Comunicação, responsável pela área. Dentre os destaques, estão os mais de três mil exemplares da revista bimestral Silemg Notícias entre-gues para associados, empresários, representantes do setor e formadores de opinião; matérias publicadas em veículos de comunicação do Estado e, ainda, as ativi-dades customizadas durante o Dia Mundial do Leite e do Combate à Osteoporose. “Cada vez mais, o Silemg é reconhecido como referência no segmento de laticínios no estado. Esse resultado demonstra a força do Sindicato junto aos veículos de comunicação. Com as ações do Dia Mundial do Leite e o lançamento da página do Silemg no Facebook, estamos nos aproximando mais do público e incentivando o consumo do leite e seus derivados”, co-mentou o diretor-executivo do Sindicato, Celso Moreira.

Eficiência em focoUm dos momentos mais aguardados pelo público presente

durante a Assembleia Geral foi a palestra proferida pelo espe-cialista em Gestão de Pessoas, Eugênio Mussak, que abordou o tema Eficiência e Resultados. Dentre as estratégias apresen-tadas por ele para alcançar os objetivos almejados, está o in-vestimento em pessoas e em tecnologias. Para falar mais sobre esse direcionamento, ele concedeu uma entrevista exclusiva ao Silemg Notícias (leia nas páginas 6 e 7).

Na mesa de debates, que reuniu empresários e dirigentes do setor, foram discutidos cenários da indústria de laticínios em 2020. O incentivo a produtos segmentados por nichos foi um dos grandes destaques. Alexandre Almeida, presidente da Itambé, foi um dos defensores do modelo. “A tendência é criar produtos com valor agregado, específico por nichos. Assim, conseguiremos ampliar o leque de opções e fidelizar os mais diferentes públicos.”

Estudantes e professores premiados pelo 1º Concurso de Desenho e Redação do Silemg foram reconhecidos durante a Assembleia Geral 2016. Esse foi um dos momentos mais fes-tejados no encontro. A iniciativa, promovida em parceria com o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep), teve 800 estudantes inscritos, de 35 escolas. Nove alunos e três professores foram premiados pelos projetos.

Ao longo de um mês, todos foram convidados a criar tra-balhos sobre o Dia Mundial de Combate à Osteoporose e a im-portância do consumo do leite para a saúde. O concurso teve

CONSUMIDORES DO FUTURO

por objetivo estimular o interesse dos alunos pela pesquisa, re-flexão, produção e divulgação de conhecimentos sobre hábitos alimentares saudáveis e a importância do leite na alimentação escolar, além de conscientizar a população sobre a prevenção da osteoporose, doença silenciosa que pode gerar danos irre-paráveis para a saúde.

O secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado, João Cruz Reis Filho, participou da entrega dos prê-mios e reconheceu a relevância da iniciativa para o segmento. “Ensinar aos jovens os benefícios do consumo de leite e seus derivados é indispensável. Nós precisamos preparar a geração futura. Só assim iremos garantir que a cadeia do leite seja valo-rizada”, ressaltou.

Para o vice-presidente do Sinep, Winder Almeida, a apro-ximação entre o Silemg e as escolas particulares do Estado foi

Da esq. p/ dir.: Guilherme Abrantes, diretor financeiro do Silemg; Guilherme Olinto, vice-presidente do Silemg; João Lúcio Carneiro, presidente do Silemg; Romeu Scarioli, vice-presidente da Fiemg; João Cruz, secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de MG; Paulo Bartholdi, diretor administrativo do Silemg ; Alessandro Rios, diretor tecnológico do Silemg

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1110CAPA

CATEGORIA 1º AO 4º ANO(Ensino Fundamental) – Desenho

CATEGORIA 5º AO 9º ANO(Ensino Fundamental) – Redação

CATEGORIA 1º AO 3º ANO (Ensino Médio) – Redação

TABLETMaria Luiza Jardim, Colégio Sócrates – Contagem

TABLETÁllan Richard Nogueira Alves,Colégio Santa Maria – Betim

TABLETNelmara Alvarenga Vieira, Colégio Comercial Itabirano – Itabira

BICICLETAClara Couto Faria, Instituto da Criança – Belo Horizonte

BICICLETAHeitor Dias Guimarães, Colégio Santa Maria – Betim

SMARTPHONE André Luiz Moreira Dutra, Fundação Itabirana Difusora de Ensino - CCI - Itabira

1º 1º

2º 2º

3º 3º

VIDEOGAMEJúlia de Freitas, Colégio Ilúmina -Rede Pitágoras – Belo Horizonte

VIDEOGAMELaura Alvarenga Teixeira Antunes,Instituto da Criança – Belo Horizonte

TV 32’’Henrique Lacerda Lage Lopes de Oliveira, Colégio Comercial Itabirano – Itabira

enriquecedora. “Nós trouxemos à sala de aula discussões so-bre alimentação saudável e a importância do consumo do leite e seus derivados. Além dos alunos, os professores aprenderam sobre os benefícios desses produtos. Sem dúvida, estaremos presentes na segunda edição do concurso.”

André Luiz Dutra, aluno da Fundação Itabirana Difuso-ra de Ensino – Colégio Comercial Itabirano, conquistou o 3º lugar na categoria Redação - Ensino Médio. O estudante do

Vencedores do 1º Concurso de Desenho e Redação do Silemg realizado em parceria com o Sinep-MG

1º ano foi contemplado com um smartphone e ainda ganhou uma bolsa de estudos sorteada durante a Assembleia Geral. “Costumo participar desses concursos sempre que tenho a oportunidade, porque gosto muito de escrever. No meu tex-to, falei sobre cada componente do leite. Para isso, pesquisei bastante sobre o tema e me surpreendi com a quantidade de benefícios que temos ao consumir o leite e seus derivados”, revelou o campeão.

Santuza Mara Figueiredo Couto, do Colégio Ilúmina

Cláudia Maria de Carvalho, do Instituto da Criança

Tainá Ninive Martins, da Fundação Itabirana Difusora de Ensino – Colégio Comercial Itabirano

PROFESSORAS RECONHECIDAS Premiação: um notebook

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1111DE OLHO

Ao contrário do que prega essa crença, esse tipo de alimento é

benéfico à saúde

QUANTO MAIS AMARELO, MAIS GORDURA TEM O QUEIJO?

A crença de que os queijos amarelos possuem mais gordura do que os brancos faz com que muitas pessoas os eliminem da dieta alimentar. Mas é realmente possível con-siderar o valor energético de um alimento apenas por sua coloração? Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (ABIQ), a cor do queijo é definida por um coran-te natural chamado urucum, que não interfere na quantida-de de calorias e nutrientes.

Além disso, o teor de gordura é dado diretamente pela quantidade de leite usada na fabricação, como explica a consultora de Marketing da ABIQ, Silmara Figueiredo. “Um queijo minas frescal leva, em média, seis litros de leite por quilo. Já um queijo prato gasta cerca de nove litros por quilo. Então, cada pedaço de queijo prato tem mais leite e, consequentemente, mais calorias.”

Outra diferença é que os queijos chamados “amarelos” têm menos soro na massa e mais tempo de maturação, en-quanto os “brancos”, em geral, são frescos. “Podemos citar, por exemplo, o gorgonzola, que tem massa branca, mas é

maturado e leva mais leite por quilo para ser produzido, ou seja, mais gordura. Os queijos amarelos, por terem maior quantidade de leite por pedaço, também têm mais proteí-nas, cálcio e vitaminas”, acrescenta a consultora.

Alimentação balanceadaPor se tratar de uma forma concentrada de leite, os quei-

jos, independentemente da escolha, são as melhores fontes naturais de cálcio, fósforo, potássio e vitaminas A, D e do Complexo B. “Hoje, também sabemos que boa parte da gor-dura do queijo é benéfica à saúde. O CLA, por exemplo, aju-da a emagrecer, e o ácido oleico contribui para o aumento de HDL no sangue, que é o colesterol bom”, esclarece Silmara.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo diário de três porções de lácteos, devendo variar os tipos de queijos para garantir um bom aporte de nutrien-tes. A escolha deve basear-se na idade do consumidor, em seu paladar e no conjunto de sua dieta. Vale lembrar que nenhum alimento engorda ou emagrece por si só.

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12DE OLHO

MERCADO EM SINTONIA

1º Encontro Nacional de Entidades do Setor Lácteo resultou em ações para o fortalecimento do segmento e mais estímulo ao consumo de leite

Pela primeira vez, entidades e profissionais do mer-cado lácteo mineiro se reuniram para refletir sobre os principais desafios do setor, compartilhar experiências e, juntos, vislumbrar ações que estimulem o crescimento e o fortalecimento do segmento no Brasil. Assim foi o inédito Encontro Nacional de Entidades do Setor Lácteo, reali-zado dia 26 de outubro, em Belo Horizonte. A iniciativa, que contou com o Sindicato das Indústrias de Laticínios de Minas Gerais (Silemg) como anfitrião, foi realizada pela Associação Brasileira das Indústrias de Leites Desi-dratados (Abild), Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (Abiq), Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), Conselho Nacional da Indústria de Laticínios (Conil), G100 e Viva Lácteos.

“Ficamos felizes em sediar a primeira edição desse encontro, que foi muito positiva para todos nós. O mer-cado lácteo no Brasil tem grande relevância na geração

de empregos, no desenvolvimento da economia e, espe-cialmente, na alimentação da população. Precisamos re-afirmar a nossa importância e nos tornar mais fortes e competitivos”, afirma o presidente do Silemg, João Lúcio Barreto Carneiro.

O encontro foi dividido em dois módulos, com abordagens de temas inerentes ao universo do setor, tais como regulamentação, legislação e tecnologias, e de ações de promoção dos benefícios do leite e seus derivados. Destaque, também, para a palestra proferi-da pelo professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, Paulo Henrique Fonseca da Silva, que mostrou respaldos científicos que reafirmam a importância nutricional dos lácteos na vida humana.

A participação do chefe-geral da Embrapa, Paulo do Carmo Martins, também foi bastante significativa. Ele apresentou o Ideas for Milk - Batalha de startups, movi-

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Da esq. p/ dir.: Cesar Helou, da ABLV; Fábio Scarcelli, da ABIQ; Luiz Fernando Martins, do Conil; João Lúcio Carneiro, do Silemg; Ricar-do Cotta, da Abild; Pedro Magalhães, do G100; e Marcelo Costa Martins, da Viva Lácteos

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mento pioneiro voltado com exclusividade para o leite, que une tecnologia e produção leiteira, propondo soluções para aumentar a eficiência da cadeia produtiva do leite no Brasil.

Entidades em ação

Ao final de cada módulo, especialistas e convidados compartilharam suas perspectivas e deram origem a um termo de compromisso, que pautará as próximas ações do segmento, a serem realizadas no período de um ano. Entre elas está a solicitação para que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) disponibilize, de manei-ra organizada e sistematizada, informações geradas e dis-ponibilizadas mensalmente pelas indústrias de laticínios. O

objetivo é subsidiar o mercado com dados que auxiliem a gestão e futuras melhorias do setor, de modo que permita a previsibilidade da cadeia do leite.

Também foi definido o compartilhamento de experi-ências de iniciativas de estímulo ao consumo do leite para que as entidades, juntas, possam ampliar e fortalecer seus projetos, de modo que os já realizados até aqui inspirem o surgimento de outros investimentos.

O termo de compromisso foi assinado pelos represen-tantes das entidades presentes. Em 2017, quando acontece-rá o segundo encontro, desta vez na sede da ABLV, em São Paulo, serão apresentados os resultados das ações propostas e planejados os próximos passos.

Palestrantes convidados: Paulo Henrique Fonseca da Silva, da UFJF; Paulo do Carmo Martins, chefe-geral da Embrapa; e Flávia Rios, diretora-presidente da Rede Comunicação de Resultado

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14Gestão

APOSTE NA MOTIVAÇÃO

Investir no bem-estar e na qualidade de vida dos colaboradores dentro e, até mesmo fora da empresa, é uma estratégia cada vez mais utilizada

A relação é direta e, há tempos, conhecida: pessoas fe-lizes se sentem mais estimuladas a perseguir seus objeti-vos, inclusive no campo profissional. Estudos indicam que, quanto mais satisfeito no trabalho, o profissional não só aumenta o seu rendimento como influencia os colegas, o que amplia a produtividade do ambiente como um todo.

“Dificilmente uma pessoa insatisfeita vai se engajar no trabalho, sobretudo quando se trata de posições que de-mandam o que de mais humano há no ser humano, como criatividade e capacidade de inovar. Se ela não estiver satis-feita, é pouco provável que esses atributos se manifestem”, explica o professor e coordenador do Núcleo de Desenvol-

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APOSTE NA MOTIVAÇÃO

vimento de Pessoas e Liderança da Fundação Dom Cabral, Anderson Sant´Anna.

Independente do porte ou do ramo de atuação, qual-quer empresa pode investir em um clima organizacional saudável e colher frutos dele. E nem sempre são necessá-rios grandes investimentos. Segundo o especialista, o ideal é fugir de soluções prontas e padronizadas, que podem até ajudar na atração do empregado, mas não na sua perma-nência no emprego.

“Hoje as equipes são marcadas pela diversidade, reu-nindo pessoas de diferentes classes sociais, formações, áre-as geográficas e gêneros, por exemplo. Não é raro termos três gerações no mesmo ambiente de trabalho, com valores e expectativas distintas. Gerir tudo isso é uma arte cada vez mais demandada aos gestores”, comenta.

O caminho mais adequado estaria no diálogo. An-derson afirma que cerca de 75% do tempo de um gestor de nível médio deve ser gasto conversando com as pes-soas e atuando como um sensor para antecipar conflitos. “Não há receita de bolo. É muito mais uma questão de postura do que de investimento. Somos cada vez mais levados a gerir relações. Às vezes, emprega-se tempo e dinheiro para implantar um determinado benefício que não tem o menor valor para a equipe. Atuando juntos, evita-se gastar dinheiro onde não se deve.”

Vantagens e desafiosAlém do aumento da produtividade, a retenção da mão

de obra está entre as principais vantagens de se investir na satisfação da equipe, visto que os custos com demissões e contratações podem ser altos. Hoje, a maioria das queixas é sobre a capacidade de a organização criar desafios e opor-tunidades para que o empregado cresça e se desenvolva como pessoa e profissionalmente.

“O que percebemos é uma incompatibilidade entre o leque de competências requerido no momento da contra-tação e a evolução das políticas e práticas da organização ou da área específica. Ou seja: após contratado, o profis-

sional não encontra uma ambiência organizacional que lhe permita aplicar os conhecimentos e habilidades exigidas, gerando desestímulo e insatisfação”, observa o especialista.

E aí mora um perigo. Com a inserção de pessoas mais jovens no mercado de trabalho, a insatisfação acaba le-vando à evasão. Mais preparados que as gerações ante-riores, e menos dispostos a vivenciar situações que vão de encontro às expectativas, esse perfil de empregado se arrisca a mudar de emprego e buscar alternativas com mais facilidade.

De acordo com o perfilNesse caso, é preciso entrar em ação. Meditação, exer-

cícios para fluência energética e debates objetivos acerca das sensações pessoais e profissionais foram algumas das iniciativas identificadas pela Tirolez como ideais para esti-mular a sua equipe. Elas fazem parte do Despertar, um dos programas de estímulo mantidos pela empresa, cujo objeti-vo é dar atenção à saúde mental e física da equipe.

Conduzidas por dois psicólogos especialistas, as ativi-dades alcançam mais de 1,2 mil colaboradores de todos os níveis hierárquicos, incluindo os diretores. “A Tirolez vê no Despertar uma oportunidade de desacelerar e enxergar a sabedoria interior no momento em que o mundo cor-porativo caminha no sentido oposto. É preciso trabalhar a inteligência e a saúde emocional tanto dos tomadores de decisão quanto dos que realizam tarefas operacionais”, explica Alessandra Silva, analista sênior de treinamento e desenvolvimento na área de Gente & Gestão da Tirolez.

Segundo ela, as melhorias detectadas entre a equipe, a partir dessas ações, já são muitas e bastante significativas: aumento da autoestima e da confiança, reconhecimento da importância no grupo, relacionamentos mais verdadeiros e transparentes em casa e no trabalho, e harmonia na vida. Já a empresa vem alcançando maior confiança na tomada de decisões, espírito de cooperação, leveza no ambiente de trabalho e aumento da produtividade. “Os resultados não poderiam ser melhores”, finaliza Alessandra.

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