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notícias Ano XVIII - nº 61 - Dezembro e Janeiro/2015 ESTRATÉGIAS PARA 2015 Cenário econômico do setor foi tema da Assembleia Geral Págs. 8 e 9 Empreendedor da navegação Amyr Klink destaca o trabalho em equipe para a conquista de resultados págs. 14 e 15 Mais informação Novo site potencializa a comunicação entre Silemg e associados pág. 4 EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS Mudou-se Desconhecido Recusado Endereço insuficiente Não existe n 0 indicado Falecido Ausente Não procurado EM / / Responsável Rua Piauí, 220, 5º andar – Santa Efigênia – BH/MG CEP: 30150-320

ESTRATÉGIAS PARA 2015 - Silemgsilemg.com.br/wp-content/uploads/2015/04/Silemg-News_Ed61_Final_V... · racterizado por incertezas e desafios. Mais uma vez, a indústria registrou

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notíciasAno XVIII - nº 61 - Dezembro e Janeiro/2015

ESTRATÉGIASPARA 2015Cenário econômico do setor foi tema da Assembleia Geral Págs. 8 e 9

Empreendedor da navegaçãoAmyr Klink destaca o trabalho em equipe para a conquista de resultados págs. 14 e 15

Mais informaçãoNovo site potencializa a comunicação entre Silemg e associados pág. 4

EMPRESA BRASILEIRADE CORREIOS E TELÉGRAFOS

Mudou-se

Desconhecido

Recusado

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No ano de 2014 erramos em nossas previsões quanto ao mercado consumidor. Criamos um ambiente de surpresas e incertezas. Prevíamos uma baixa produção leiteira devido às condições climáticas adversas do fim de 2013, que se estenderam ao início do ano passado, o que moti-vou alta nos preços pagos aos pro-dutores rurais. No entanto, fomos surpreendidos com a resposta dos produtores ao estímulo financeiro, o que resultou em volume de pro-dução recorde de quase 40 bilhões de litros de leite no país. Isso é fruto, principalmente, da boa remunera-ção pela produção primária, o que permitiu, entre outras melhorias, o investimento em equipamentos e genética animal.

Ao contrário do que também prevíamos, o preço dos derivados do leite sofreu forte redução no Brasil e em todo o mundo, com queda na casa dos 50% nos preços internacionais do leite em pó. O distanciamento da curva da pro-dução em relação à de consumo trouxe desorientação à cadeia. Por isso, reafirmo que este ano será de grandes desafios tanto no ajuste na economia brasileira quanto na ca-deia do leite. As indústrias de lati-cínios e produtores rurais terão de acompanhar com atenção as varia-ções de mercado, para que tomem suas decisões de investimentos com base em cenário realista.

Além disso, com o baixo cres-cimento da economia, precisamos

ter muita cautela e reforço adi-cional sobre o controle de custos e do fluxo de caixa. O anúncio do Governo Federal sobre o rigor no controle de gastos públicos suge-re taxas de juros mais altas, eleva-ção da carga tributária e restrição ao crédito. O impacto na geração de emprego e renda vai obrigar as indústrias a reverem seu portfó-lio de investimentos e a trabalha-rem de forma mais conservadora. Precisamos encarar a situação de frente e ter bom senso para deci-dir qual será o melhor caminho a seguir.

Esse cenário desfavorável foi um dos assuntos abordados na nos-sa tradicional Assembleia Geral. O encontro é sempre uma oportuni-dade para que nós, empresários do setor, possamos nos atualizar sobre o mercado e unir forças em busca de resultados promissores e em consonância com os interesses da cadeia do leite. Dessa forma, as pa-lavras-chave de 2015 são: coragem, cautela e cooperação.

Caros companheiros indus-triais, sabemos que o mercado é assim: duro e implacável aos que o desafiam. Não cabe neste momento fantasias e ilações. Temos de ficar de olho no mercado, no caixa e no consumidor.

Boa leitura!

João Lúcio Barreto Presidente do Silemg

2015: UM ANO DE DESAFIOS

ANO XVII / Número 60 / Dezembro de 2014SILEMG / Endereço: Rua Piauí, 220 / 5º andar / Santa EfigêniaCEP: 30150-320 / BH/MG / Tel: (31) 3223-1421www.silemg.com.br / [email protected]: 3.500

DIRETORIA EXECUTIVAJoão Lúcio Barreto Carneiro - Laticínios Porto Alegre LtdaPresidenteGuilherme Olinto Abreu Lima Resende - CoaperiodoceVice-presidentePaulo Bartholdy Gribel - Laticínios São Vicente de Minas LtdaDiretor AdministrativoGuilherme Silva Costa Abrantes - Laticínios Dona Formosa LtdaDiretor FinanceiroAlessandro José Rios de Carvalho - Laticínios Verde Campo LtdaDiretor Tecnológico

DIRETORIA ADJUNTACarlos da Silveira Dumont - Coop. dos Produtores Rurais do Serro Ltda Carlos Eduardo Abu Kamel -Coop. dos Produtores Rurais de Itam-bacuri Ltda Carlos Henrique Pereira - Forno de Minas Alimentos S/A Carlos Roberto Soares - Dairy Partners Americas Manufacturing Ltda Cícero de Alencar Hegg - Laticínios Tirolez Ltda Emerson Faria do Amaral - Hebrom Produtos do Laticínios Ltda Estevão Andrade - Laticínios PJ LtdaGiovanni Diniz Teixeira - Itambé Alimentos S/A Gregor Lima Viana Rodrigues - Gregor L V Rodrigues - ME Guglielmo Agostini da Matta - Godiva Alimentos Ltda Humberto Esteves Marques - Barbosa & Marques S/A Ivan Teixeira Cotta Filho - Cottalac Indústria e Comércio Ltda Jaime Antônio de Souza - Laticínios Bela Vista Ltda João Bosco Ferreira - Coop. Central Mineira de Laticínios Ltda Jorge Vinícius Nico - Coop. Agropecuária de Resplendor Ltda José Márcio Fernandes Silveira - F. Silveira Campos José Samuel de Souza - Coop. Agropecuária de Raul Soares Ltda Juarez Quintão Hosken - Laticínios Marília S/A Léo Luiz Cerchi - Scalon & Cerchi Ltda Louise de Souza Fonseca - Laticínios Coalhadas Ltda Lucia Alvarenga Fagundes Couto - Laticínios Lulitati Ltda Marcelino Cristino de Rezende - Nogueira e Rezende Indústria de Laticínios Ltda Marcos Alexandre Macedo Narciso - Laticínios Vida Comércio e Indústria Ltda Marcos Sílvio Gonçalves - Indústria de Laticínios Bandeirante Ltda Odorico Alexandre Barbosa - Usina de Laticínios Jussara S/A Ricardo Cotta Ferreira - Itambé Alimentos S/A Robson de Paula Valle - Laticínios Sabor da Serra Ltda Rodrigo de Oliveira Pires - BRF - Brasil Foods S/A Valéria Cristina Athouguia Dias - Indústrias Flórida Ltda Vicente Roberto de Carvalho - Vicente Roberto de Carvalho e Cia. Ltda Welson Souto Oliveira - Coop. de Laticínios Vale do Mucuri Ltda Wilson Teixeira de Andrade Leite - Laticínios Vitória Ltda

CONSELHO FISCAL EFETIVOJosé Antônio Bernardes - Embaré Indústrias Alimentícias S/A Luiz Fernando Esteves Martins - Efetivo Barbosa & Marques S/A Roberto de Souza Baeta - Cayuaba Agroindustrial Ltda

CONSELHO FISCAL SUPLENTECloves Fernandes de Almeida Filho - ME - Laticínios Santa CruzElias Silveira Godinho - Laticínio Sevilha LtdaRamiz Ribeiro Junqueira - Laticínios Curral de Minas Ltda

DELEGADOS JUNTO AO CONSELHO DE REPRESENTANTES/FIEMG - EFETIVOSGuilherme Olinto Abreu Lima Resende - CoaperiodoceJoão Lúcio Barreto Carneiro - Porto Alegre Indústria e Comércio Ltda

DELEGADOS JUNTO AO CONSELHO DE REPRESENTANTES/FIEMG -SUPLENTESGuglielmo Agostini da Matta - Godiva Alimentos Ltda Luiz Fernando Esteves Martins - Barbosa & Marques S/A

Jornalista responsável: Flávia Rios (06013 JP)Projeto Gráfico: Rede Comunicação de ResultadoEdição: Jeane Mesquita e Licia LinharesRedação: Bárbara Fonseca, Fernanda Fonseca, Pamella Berzoini e Rayane DieguezDiagramação: Mayron HenriqueProdução: Rede Comunicação de Resultado Foto de capa: Shutterstock

EXPEDIENTE

EDITORIAL

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GIRO NO MERCADO 3

APLICATIVO PARA O AGRONEGÓCIO

CRESCIMENTO MODERADO

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lançou o CNA Brasil, aplicativo para celular que visa facilitar a identificação das demandas relacionadas à defesa agropecuária. Nesse ambiente virtual, o produtor rural po-derá relatar situações que comprometem a segurança no se-tor, tais como conflitos, invasões de propriedade, problemas de infraestrutura e eventos climáticos que causem prejuízo.

O aplicativo também facilita o conhecimento das de-mandas do agronegócio por parte do Instituto CNA, criado pela Confederação para realizar estudos sobre o desenvol-vimento rural. Essa prática tornará a gestão dos processos e produtos mais eficiente, a partir do monitoramento dos dados enviados pelos próprios usuários. Além disso, os pro-dutores e empresários do ramo poderão usufruir das inova-ções tecnológicas disponíveis no mercado, como modelos de projetos sustentáveis para as propriedades rurais, além de acessar os indicadores econômicos divulgados no site do Agrosustenta (www.agrosustenta.com.br).

O aplicativo CNA Brasil está disponível para download nas versões para IOS e Android.

De acordo com o balanço divulgado pelo Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística (IBGE), as indústrias proces-sadoras de leite receberam 6,2 bilhões de litros do produto no terceiro trimestre de 2014, o que representa um aumento de 4,6% sobre o mesmo período de 2013. No entanto, ao se analisar o comportamento da produção em 2014, nota-se que houve perda de intensidade desse crescimento no segundo tri-mestre - o avanço, em relação a 2013, havia sido de 8,4%.

Por sua vez, no comparativo mensal do terceiro tri-mestre de 2014, a aquisição manteve-se crescente duran-te todo o período, com destaque para o mês de agosto, que apresentou a maior variação, chegando a 5,9%. Já na comparação com o segundo trimestre do mesmo ano o crescimento foi de 8,1%.

A industrialização também acompanhou essa evolu-ção, com crescimento no terceiro trimestre de 4,9% sobre o mesmo período de 2013, e de 8,1% sobre o volume re-gistrado no segundo trimestre de 2014.

GIRO NOS ASSOCIADOS 4

NOVO CANALDE COMUNICAÇÃO

Site do Silemg traz notícias atualizadas sobre a entidade, o mercado e a indústria de laticínios

Para aproximar ainda mais o Silemg de seus associa-dos e parceiros e, assim, fortalecer a indústria de laticí-nios, foi criado um novo canal de comunicação. O site do Sindicato, lançado em novembro de 2014, oferece diver-sas informações sobre os serviços e as ações promovidas pelo Silemg, incluindo as agendas de reuniões, além de notícias dos principais temas discutidos sobre o segmen-to no Estado e em todo o país.

A ferramenta também busca promover a participa-ção dos associados em debates sobre o cenário atual. “No site, eles têm acesso a informações mais detalhadas so-bre a situação do mercado mineiro e nacional, podendo utilizá-las como fonte de dados para as suas tomadas de decisões”, explica Alessandro Rios, diretor de Tecnologia do Silemg.“Temos um grande peso na economia mineira, por isso, acredito que, ao unirmos forças, conseguiremos encontrar soluções inovadoras para o crescimento da in-dústria de laticínios.”

Além de muita informação, o site apresenta um layout bastante atrativo– cada seção é diferenciada por cores e imagens – e um mapa interativo que mostra, por meio de ilustrações, as regiões em que se encontram as indústrias e os laticínios associados ao Silemg, com con-tatos e um link para a página eletrônica de cada uma das empresas listadas.“A criação do site foi feita tomando-se como referência o histórico de demandas dos associados e os temas mais relevantes para o setor. Com base nessas informações, definimos quais assuntos deveriam receber destaque. Todo esse processo levou cerca de seis meses”, diz Alessandro.

MAPA DO SITE Agenda da Diretoria: apresentação dos

temas atuais discutidos pelo Silemg e do agendamento de reuniões com entidades do setor e do poder público.

Informações de mercado: notícias sobre a situação atual e os resultados da indústria laticinista no Brasil.

Dúvidas jurídicas e acompanhamento de legislação: informações nos âmbitos tributário e ambiental, entre outros, para melhor organização e planejamento do setor.

Acesse www.silemg.com.br e conheça as novidades do

site do Silemg.

PONTO DE VISTA 5

Com o crescimento do país abaixo de 0,20% e a queda de 0,40% no Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais em 2014, iniciamos o novo ano com um cenário econômico ca-racterizado por incertezas e desafios. Mais uma vez, a indústria registrou queda, e a despeito dos prognósticos das instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Interna-cional (FMI) e o Banco Mundial, de que 2014 representou a retomada da economia após a crise de 2008, no Brasil o desen-volvimento segue a passos bem lentos.

Como resultado de uma política econômica marcada por forte intervenção governamental, de incentivo ao consumo e bai-xo apoio à atividade industrial, para 2015, esperamos o agrava-mento de indicadores. É possível vermos o desemprego, puxado pela indústria, o que afetará a renda disponível na economia.

Podemos esperar também pela permanência das altas ta-xas de inflação em 2015. Com isso, o Banco Central do Brasil manterá uma política monetária contracionista, pautada pelo aumento da Taxa Selic estimado em 12,50% ao ano. A inflação pressionada vai afetar o poder de compra da população, o que somado a alta dos juros deve levar ao arrefecimento do crédito, afetando o consumo em geral, especialmente dos bens duráveis, mais dependentes do crédito de médio e longo prazo.

Em 2015, devemos esperar, ainda, também por um ajuste fiscal real, o que vai afetar os investimentos públicos e os repas-ses do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e atrasar investimentos privados. A crise vivida pela Petrobras também tende a ser um fator que atrasa investimentos.

Devemos lembrar que a desvalorização cambial deve favo-recer as exportações e conduzir alguma proteção adicional ao mercado doméstico. Acredito que a estruturação de uma nova equipe econômica, mais alinhada com os fundamentos macro-

econômicos, também possa ser um fator que mude as expecta-tivas dos agentes e redirecione a economia para o crescimento.

Apesar desse contexto pouco animador para a indústria, acredito que as perspectivas para o setor de laticínios são as melhores, pois o segmento de alimentos é menos afetado por movimentos na renda da população. Estimo um cresci-mento em torno de 2% a 3% no ano, no que diz respeito aos lácteos (consumo).

Apesar deste cenário, é preciso avançar. Para isso, cito al-gumas estratégias empresariais as quais eu acredito que po-dem fazer a diferença neste momento: buscar a diversificação de clientes e nichos de mercado, evitando a alta concentração em poucos clientes; investir em novos produtos; desenvolver fornecedores alternativos; prospectar mercados externos; monitorar a concorrência; focar em investimentos com re-torno à curto prazo, que propiciem, assim, redução de custos e aumento de produtividade; qualificar a mão de obra; apri-morar a gestão de estoques e ampliar as ações cooperativas no setor. Cenários econômicos de baixo crescimento nunca devem ser vistos como um quadro em que as empresas não devam investir. Pelo contrário. É nesses momentos que avan-çam aqueles que sabem inovar.

Guilherme Leão, gerente de Economia da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg)

INOVAÇÃO É A RESPOSTA

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ENTREVISTA 6M

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O CAPITÃO DOS MARES

Para o navegador Amyr Klink, a definição de um planejamento estratégico e o trabalho em equipe são os diferenciais competitivos para um empreendimento promissor

Ele já deu a volta ao mundo, enfrentou ventos de 120 km/h, quase colidiu com um iceberg de 40 metros de altura e percorreu muitas milhas em suas viagens pelos oceanos. À frente de todas essas aventuras, está o navegador Amyr Klink, reconhecido por comandar mais de 15 expedições marítimas a bordo de navegações construídas por ele próprio.

A sua história pelos mares começou em Paraty, cidade histórica do Rio de Janeiro, onde os rotineiros passeios em família pela praia desencadearam em uma paixão: as embar-cações. Aos dez anos, ganhou sua primeira canoa e, desde então, coleciona mais de 30 barcos. E o que era apenas um hobby, tornou-se um grande empreendimento. Em 1984, Amyr Klink realizou sua primeira travessia solitária a remo pelo Atlântico Sul, entre África e Brasil, que resultou em uma jornada de 3.700 milhas. De suas aventuras, surgiram cinco livros, dos quais Cem Dias Entre o Céu e o Mar e Mar sem Fim listam entre os dez mais vendidos no Brasil.

Com uma bagagem repleta de experiências, Amyr Klink foi um dos convidados da Assembleia Geral do Silemg, onde revelou os principais segredos de sua trajetória. Para ele, um planejamento estratégico bem definido e o apoio de uma equipe multidisciplinar são os diferenciais para o sucesso de qualquer empreendimento. Confira na entrevista a seguir.

O senhor é economista por formação. Porém, decidiu aban-donar a profissão para se tornar um empreendedor de expe-dições marítimas. Como foi essa decisão?

Na década de 1980, eu estava muito insatisfeito como eco-nomista. Trabalhava em um banco e, para crescer e me tornar presidente da instituição financeira, era preciso me dedicar

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por mais 25 anos. Não era isso que queria. Resolvi abando-nar o cargo e ir para Paraty, para trabalhar com produção leiteira. Aliado a isso, sempre gostei da experiência de viajar e, na cidade, tive o primeiro contato com as embarcações. Na época, Paraty não era vista como um polo turístico, po-rém, já recebia muitas embarcações de outros países, com estrangeiros que se encantavam pela região. Comecei a en-xergar ali um diferencial na cidade, afinal, havia um porto natural. Foi quando dei início ao primeiro projeto de mari-na na região para receber navegações. Dediquei-me a isso por um tempo até que decidi criar o meu próprio projeto e o meu próprio barco.

Quais foram os principais desafios na condução desse projeto, em que o senhor percorreu cem dias no oceano Atlântico Sul?

Iniciei a construção de um barco para uma travessia soli-tária a remo pelo oceano Atlântico Sul, indo da África para o Brasil. Nesse período, surgiram muitas dificuldades, pois não tinha conhecimento sobre navegações. Tive de convocar uma equipe e redigir um plano de negócios, que chamei de dos-siê amarelo e abrangia desde informações em relação à con-tratação de pessoas até contatos de órgãos importantes, como Marinha, departamentos hidrográficos e embaixadas. Além de construir o barco, tive que lidar com problemas burocrá-ticos e diplomáticos e delinear as estratégias de alimentação e de sobrevivência no mar. Foram anos de estudo, entre muitas dúvidas e soluções, para que tudo se concretizasse. A união de pessoas com o planejamento culminou na conclusão da minha experiência pelo Atlântico. Logo que voltei ao Brasil, decidi que queria trabalhar com isso e montei meu estaleiro experimental. Atualmente, cerca de 20 pessoas estão envolvi-das diariamente no meu projeto marítimo, mas existem outras 100 que me auxiliam nas demais atividades.

Durante esse período de estudos, o que foi essencial para o sucesso da expedição?

Muitas das minhas atitudes foram pautadas em uma con-versa que tive com o francês Gérard d’Aboville, primeiro na-

vegador a atravessar o Atlântico Norte. Ele era uma pessoa extremamente organizada, o que me inspirou. Com isso, per-cebi a amplitude de profissionais que teria ao meu lado para que o projeto se concretizasse. Por exemplo, precisava de uma pessoa para atuar especificamente com a minha alimentação. Não havia espaço para excessos, então, passei a me informar sobre os alimentos desidratados, como leite em pó, pastas e cereais. Como muitos deles não existiam no Brasil, tivemos que criá-los aqui. Outro ponto foi que, na época, não havia sistemas precisos de navegação e a comunicação era precária e dependia de uma rede de rádio amador. E tudo isso seria impossível se concretizar sem o esforço de uma equipe enga-jada entorno de uma mesma ideia.

O trabalho em equipe é o fator primordial para o bom anda-mento de um grande projeto?

Sim. Em todos os segmentos atuais a tendência é a as-sociação, seja ela como for. Diante de um mercado cada vez mais competitivo, nos tornamos dependentes de mais eficiência, abrangência, evolução e inovação. Trabalhar em equipe é uma necessidade para que todo o segmento atu-ante ganhe espaço, excelência e prospere. Como eu sempre viajo sozinho, muitas vezes, as pessoas não têm ideia de que, a cada projeto de navegação, trabalho com um corpo im-portante de pessoas, de inteligência e de fornecedores que são estratégicos para o sucesso das expedições.

Entre tantas aventuras, qual foi o seu maior aprendizado?Eu gosto muito do que faço, pois trabalho de uma for-

ma diferente. Existem grupos iguais ao meu em toda parte do mundo, mas eles não lidam com todos os processos que envolvem um projeto, desde a construção do barco até a navegação em si, por exemplo. Eles costumam encomen-dar embarcações ao invés de construí-la e, com isso, reali-zam um maior número de viagens. Mas aprendi que para ter um prazer especial naquilo que se faz, é preciso passar por um ciclo de trabalho como um todo e estar emocio-nalmente envolvido com ele. Temos que gostar daquilo a que nos dedicamos.

Mais opções. Mais soluções.A missão da SPX é oferecer soluções inovadoras para ajudar o mundo a atender à crescente demanda por alimentos de maior qualidade sem perder o

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Realizado anualmente, o evento marcou o encontro de em-presários do setor e de importantes representantes do merca-do para discutir os principais resultados alcançados ao longo de 2014, bem como delinear as perspectivas para este ano. “A Assembleia Geral é uma forma de organizar o setor e trocar experiências para torná-lo mais respeitado e, assim, nos pre-parar para enfrentar os desafios que estão por vir”, enfatizou o presidente do Silemg, João Lúcio Barreto.

Tendo como base esse objetivo, as 150 pessoas presen-tes no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte, conheceram os resultados alcançados pelo Sindicato em 2014.

8CAPA

INDÚSTRIA MAISINFORMADA E FORTALECIDAAssembleia Geral se consagra como um momento de troca de conhecimento entre empresários do setor lácteo que buscam uma atuação cada vez mais sustentável

O ano de 2014 foi desafiador para o setor lácteo de todo o país, principalmente o mineiro. Um dos pon-

tos mais críticos foi a questão da fraude do leite, fato que causou impactos negativos para a imagem da indústria de laticínios. A perda de evolução do consumo dos produ-tos de acordo com o crescimento da oferta do leite e seus derivados também contribuiu para a inibição do cresci-mento e da competitividade do segmento. Com o intuito de refletir a respeito desses percalços e buscar soluções com foco na mudança desse cenário, o Silemg promoveu a Assembleia Geral, um dos mais relevantes encontros nacionais do segmento no Estado.

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DiscussõesApós a apresentação das ações realizadas pelo Silemg

durante o ano, os participantes discutiram a respeito de um dos principais problemas enfrentados pela indústria de lácteos: a qualidade do leite. Cuidados com a higiene na ordenha, a sanidade do rebanho, armazenamento e trans-porte inadequado do produto podem prejudicar, e muito, a utilização da matéria-prima no processo produtivo, além de ser um perigo para a saúde alimentar dos consumidores.

Com o intuito de auxiliar uma produção mais eficiente, segura e com um menor consumo dos recursos naturais, o gerente de Meio Ambiente da Fiemg, Wagner Soares Cos-

ta, apresentou o Guia Técnico Ambiental da Indústria de Laticínios, uma publicação elaborada em parceria com o Silemg, a Fundação Estadual de Meio Ambiente, o Minas Sustentável Sesi e o Sistema Fiemg. O documento iden-tifica o perfil das indústrias mineiras, a cadeia produtiva e os aspectos e impactos ambientais, além de induzir a adoção de boas práticas. “A gestão ambiental gera a re-dução de custos operacionais. Acompanhar indicadores ambientais de processo e propor ações educativas na re-dução de insumos e matéria-prima garante uma boa qua-lidade do produto, de uma forma sustentável”, afirmou o palestrante. O guia se encontra disponível para down-load no site htpp://www7.fiemg.com.br/fiemg/produto/producao-mais-limpa.

Roberto Baeta, diretor do laticínio Entre Rios de Minas, sempre presente na Assembleia Geral, considerou o tema pertinente. Para ele, a troca de informação e conhecimento entre representantes do setor é de grande relevância para a qualidade do leite, bem como para o fortalecimento do negócio. “Esta é uma oportunidade para nos atualizar com informações recentes do mercado, conhecer a atuação do Silemg e fortalecer laços com demais colegas, empresas e fornecedores do segmento”, frisou.

Complementando a programação, Rafael Ribeiro de Lima Filho, zooctenista e analista de mercado da Scot Consultoria, fez uma análise profunda a respeito do mer-cado, tendo como base os números divulgados pela Pes-quisa Trimestral do Leite em 2014. Segundo ele, o volume de leite adquirido no primeiro semestre foi 8,6% maior do que em 2013; já no mês de setembro, o índice foi 8,8% superior ao mesmo período do ano anterior. “Apesar de esse fato animar bastante o mercado de lácteos, este ano não haverá muitas mudanças e viveremos um momento de incertezas. Será preciso pensar em uma forma de escoar a alta produção gerada.”

Na tentativa de reverter essa visão, diretores de indús-trias de destaque no país traçaram um panorama para os próximos meses, analisando as mudanças que devem ser feitas com foco no desenvolvimento do negócio e da inova-ção. “A Mesa de Debate foi um momento muito oportuno para todos nós, pois identificamos as demandas e os desa-fios do setor para, assim, construirmos uma agenda positiva e estratégias que potencializem os resultados de toda a ca-deia de leite”, explicou João Lúcio.

Para Valéria Dias, proprietária da Indústrias Flórida, de Juiz de Fora, a Assembleia Geral foi uma oportunidade de muito aprendizado, justamente por atualizá-la a respeito dos caminhos de crescimento a seguir. “Tenho 20 anos de experiência à frente de laticínios e 15 anos de associação ao Sindicato e, sempre que posso, venho a Belo Horizonte com o objetivo de prestigiar a Assembleia Geral. Trata-se de um momento de interação com os demais colegas do setor e uma forma de evolução profissional”, concluiu.

João Lúcio Barreto (ao centro) se reúne com dirigentes do Silemg, associados e representantes do setor para discutir o futuro da indústria de lacticínios

CAPA 10

ATUAÇÃOESTRATÉGICAAo longo de 2014, o Silemg esteve à frente de inúme-ras iniciativas junto a órgãos públicos e representati-vos do setor, com o objetivo de fortalecer a indústria de lácteos e gerar novos negócios. Entre as atividades realizadas, destacam-se Dia Mundial da Amamenta-ção, Dia do Combate à Osteoporose e Dia Mundial do Leite. Confira outras ações estratégicas:

4 REUNIÕES NA CÂMARA DOS DEPUTADOS

6 NEGOCIAÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO

Combate à Fraude do Leite. Conferência Nacional do Leite. Impactos da Importação de Leite

e Queijos da Argentina e Uruguai.

2 AÇÕES JUDICIAIS

Silemg X Anvisa – RDC 54 – açúcares específicos – norma que impede a informação frontal nos rótulos da condição de produto sem lactose ou com baixa lactose. Portaria DNER – proibição de trânsito

de carretas durante o feriado de natal e ano novo.

Negociação de convenções coletivas de trabalho com a Federação de Trabalhadores na Indústria da Alimentação do Estado de Minas Gerais e nove sindicatos profissionais de trabalhadores.

5 REUNIÕES NO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA 1 REUNIÃO NO MINISTÉRIO DO

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E DO COMÉRCIO EXTERIOR

3 REUNIÕES NA SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE DE MG 3 TEMAS TRATADOS NA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE MG

3 REUNIÕES NA SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA DE MG

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Aprovação do novo Riispoa. Alternativas para utilização de Créditos Acumulados de PIS/COFINS.

8 REUNIÕES NA SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DE MG

Composição da base de cálculo do leite adquirido de produtores rurais: exclusão do frete e convalidação. Manutenção do MVA para cálculo do

ICMS/ST de Iogurtes. Manutenção do Prazo de Recolhimento

do ICMS/ST. Ampliação das hipóteses de utilização

dos créditos acumulados do ICMS. Programa Mineiro da Melhoria da Qualidade do Leite.

2 REUNIÕES NO INSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUÁRIA

Recepção à comitiva europeia de bem estar animal. Assinatura de convênio para habilita-

ção das indústrias inspecionadas pelo IMA para migração para o selo SISBI.

Revisão de parâmetros de emissões atmosféricas. Proposta de revisão da DN74 – porte e

potencial poluidor

Pl obrigando disposição nas embala-gens da expressão: contém lactose. Sta-tus: arquivado. Pl alterando a alíquota de ICMS de pro-

dutos que contenham soro de leite em sua composição para 30% - sob o argumento de combate à fraude. Status: arquivado. Pl obrigando a disposição nas embala-

gens do nome do resposável pela tabela nu-tricional dos produtos. Status: em trami-tação como solicitação de arquivamento.

DE OLHO 12

O planejamento estratégico sempre foi fundamental para o sucesso de qualquer atividade. Conhecer bem o cenário em que atua e estudar as possibilidades futuras é essencial para o cresci-mento contínuo do negócio. Na pecuária leiteira, não poderia ser diferente. A análise dos acontecimentos passados e as pro-jeções para o que está por vir tornam produtores e empresários mais bem preparados para dar os próximos passos.

No primeiro trimestre de 2014, houve uma forte espe-culação acerca da produção leiteira devido à seca. A falta de chuva castigou o gado e fez com que os produtores tives-sem que adotar novas técnicas a fim de aquecer o comércio. Como consequência, o mercado se firmou e os preços ao produtor subiram. No decorrer dos meses, houve um pico de produção, mas o consumo não aumentou com a mesma proporção e, de lá para cá, os preços começaram a cair.

Para 2015, a previsão é que o cenário não sofra gran-des alterações. “Continuaremos com uma alta na oferta e isso ocorrerá em âmbito universal. Já em relação aos pre-ços, o ano é de incertezas”, opina o zootecnista e analista de mercado da Scot Consultoria, Rafael Ribeiro de Lima Filho. Para ele, o segredo para reverter esse quadro é en-contrar novas maneiras de escoar essa alta na produção.

Mas, como encontrar essas soluções? A troca de in-formações e a adoção de boas práticas a partir de exem-plos reais são algumas das alternativas. Por isso, Eduardo Nascimento e Luiz Fernando Esteves Martins, que fazem parte de duas importantes empresas do setor, os laticínios Jussara S/A e Barbosa & Marques S/A, respectivamente, compartilham, a seguir, as experiências vividas em 2014, bem como as suas projeções para este ano.

2015 SERÁ O ANO DO LEITE?

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LUIZ FERNANDO ESTEVES MARTINS, DIRETOR DA

BARBOSA & MARQUES S/ABalançoO ultimo ano fechou com um crescimento de 15% na produção primária de leite e com 0% de cresci-mento do Produto Interno Bruto (PIB). Isso é gra-ve, pois indica que o mesmo volume de dinheiro na economia teria que adquirir 15% a mais de deri-vados. O principal desafio foi o alto valor pago aos produtores de leite, o que gerou a superoferta de to-dos os derivados e, agora, na safra de leite in natura. O ajuste no preço pago é penoso, mas necessário.

ProjeçõesO ano de 2015 já começou com a previsão de um PIB de 0,8%, e a projeção é de alto nível de esto-ques. Isso, aliado ao baixo crescimento econômico, poderá retardar a recuperação dos preços da ma-téria-prima para o segundo semestre. A Barbosa & Marques S/A pretende focar suas atividades no lançamento de novos produtos em comemoração ao seu segundo século de atuação.

EDUARDO NASCIMENTO, GERENTE DE POLÍTICA LEITEIRA DA USINA DE

LATICÍNIOS JUSSARA S/ABalançoA safra 2014/2015 tem sido uma das maiores dos últimos anos, consequência do estímu-lo dos produtores em virtude dos bons pre-ços praticados. Entretanto, os altos volumes ofertados pressionaram o mercado de venda negativamente, forçando a queda dos pre-ços de quase todos os produtos lácteos. Para uma grande parte das empresas que não pos-suem mercado sedimentado, o escoamento da safra foi um dos principais problemas encontrados. Várias organizações sofreram para negociar o volume recebido, e o esco-amento dos produtos acabados também fi-cou comprometido e gerou um aumento dos estoques, o que provocou uma continuidade na pressão de oferta ao varejo a preços abai-xo do normal.

ProjeçõesA previsão é que o incremento produtivo brasileiro em 2015 não superará a média, permanecendo em torno de 3% a 5% de au-mento. Como a balança de oferta/consumo não sofrerá grandes interferências externas, é provável que a flutuação de preços obte-nha uma maior interferência da sazonalida-de produtiva, com possibilidade de preços pontualmente mais elevados na entressafra de 2015 e uma forte retração dos preços tão logo ocorra a entrada da safra da região Sul.

De aumento na produção leiteira em setembro de 2014 em relação ao mesmo período de 2013.

Mais barato o preço praticado em 2014 do que em outubro de 2013.

Mais volume de leite adquirido no 1º trimestre de 2014 em relação a 2013.

8,8%

8,6%

7%

O LEITE EM 2014

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EM DIACOM A LEI Fique por dentro dos prazos para adequações legais na indústria de laticínios e garanta a perenidade de seu negócio

Possuir licença ambiental para a atividade indus-trial não significa estar isento de outras obrigações le-gais junto aos órgãos fiscalizadores federais e estaduais. Isso porque somente ela não é garantia de que não ha-verá riscos ambientais, o que torna necessário o moni-toramento contínuo de determinados indicadores. O empresário do ramo de laticínios, portanto, deve estar atento às exigências e, sobretudo, aos seus prazos de execução. Para isso, conheça as principais obrigações legais ambientais para a indústria do setor que devem ser cumpridas até o dia 31 de março de 2015.

Cadastro Técnico Federal (CTF)O Cadastro Técnico Federal é obrigatório para

pessoas físicas e jurídicas que exercem atividades po-tencialmente poluidoras e que utilizam de recursos am-bientais (CTF/APP) e/ou atividades e instrumentos de defesa ambiental (CTF/AIDA).

Informações: www.ibama.gov.br

Relatório Anual de Atividades Potencialmente Po-luidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais (RAPP)

O preenchimento do RAPP é obrigatório para pessoas físicas e jurídicas que se dediquem, isolada ou cumulativamente, a atividades potencialmente poluido-ras e que tenham como base os recursos ambientais. O preenchimento deve ser feito a partir do site do Ibama.

Informações: www.ibama.gov.br

Pagamento da 1ª parcela de 2015 da Taxa de Con-trole e Fiscalização Ambiental (TCFA)

Instituída pela Lei 10.165/00, a TCFA é obrigatória a todo aquele cuja atividade por ele exercida apresente

potencial para poluir. As atividades estão relacionadas no Anexo VIII da lei. O boleto é gerado pelo Ibama. Informações: www.ibama.gov.br

Pagamento da 1ª parcela de 2015 da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado de Minas Gerais (TFAMG)

A taxa foi instituída pela Lei Estadual nº 14.940/2003.Com a unificação entre a Taxa de Controle e Fiscaliza-ção Ambiental do Estado de Minas Gerais e a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental cobrada pelo Ibama, o empresário deverá pagar um único boleto, emitido através do site do Ibama.

Informações: www.ibama.gov.br

Entrega da Declaração de Carga PoluidoraOs responsáveis por empreendimentos locali-

zados em Minas Gerais que geram efluentes líqui-dos devem apresentar à Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) a Declaração de Carga Poluidora referente ao ano anterior, de acordo com a Delibera-ção Normativa Conjunta COPAM/CERH 01/2008, a Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH 01/2008, a Resolução CONAMA 357/2005 e a Reso-lução CONAMA 430/2011.

Informações: www.feam.br

Entrega do Inventário de Resíduos Sólidos IndustriaisOs responsáveis por empreendimentos classes 3 a 6

que desenvolvem as atividades listadas no artigo 4º da De-liberação Normativa Copam 90/2005 devem apresentar à Feam o Inventário de Resíduos Sólidos Industriais refe-rente ao ano anterior.

Informações: www.feam.br

SUSTENTABILIDADE

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O duelo entre manteiga e margarina é antigo e a cada nova pesquisa de especialistas fica mais acirrado. Durante muito tempo, a manteiga foi considerada vilã por possuir altos níveis de colesterol e gorduras saturadas – co-muns em alimentos de origem animal. Por isso, a margari-na, que é obtida por meio da hidrogenação de óleos vegetais, ricos em gorduras insaturadas, já chegou a ser considerada a opção mais saudável. Porém, hoje se sabe que esse proces-so forma a gordura trans, que é prejudicial à saúde, sendo a manteiga, portanto, considerada a melhor opção nutricional.

A manteiga é produzida a partir da gordura do leite, que é batida até se transformar em uma emulsão cremosa. Depois de ser lavada e manuseada, adquire a forma sólida conhecida. Já a margarina é um produto artificial, criada no século XIX como um substituto mais barato à manteiga, a partir de gorduras de origem vegetal, que precisam ser hidrogenadas para ficarem cremosas.

A nutricionista funcional Andrezza Fernandes expli-ca que a etapa de hidrogenação ocorre para dar mais fir-meza e aumentar o tempo de conservação do produto, o que modifica a composição original do óleo vegetal.“Esse processo inclui o uso de elementos emulsificantes, agen-tes conservadores, corantes, aromatizantes e solventes, que alteram a consistência, aparência, volume, sabor e cheiro da margarina, o que resulta em um não-alimento. Por isso, a escolha pela margarina é contraindicada do ponto de vista nutricional”, afirma.

A manteiga contém ômega 6, que é um ácido graxo es-sencial para o bom funcionamento do organismo, comba-tendo o colesterol ruim e os altos níveis de glicose no san-gue. “Ou seja, se consumida com moderação, como tudo nessa vida, manteiga faz bem à saúde. A indicação é de ape-nas uma ponta de faca para um pão francês ou uma fatia de pão integral”, ensina Andrezza.

MANTEIGA OUMARGARINA?Na hora de escolher um desses produtos para acompanhar o pão francês e deixar

o café da manhã mais saboroso, surge a dúvida sobre qual é a opção mais saudável

SAÚDE COM SABORSh

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