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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC EN3703 - FOTÔNICA EXPERIMENTO 02 LEI DE MALUS Diego Vinicius Drumond da Cruz Eduardo Castilho Martinez João Geraldo Courel Lucas de Andrade e Santos Sérgio Fabiano Santo André 2015

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

    EN3703 - FOTNICA

    EXPERIMENTO 02

    LEI DE MALUS

    Diego Vinicius Drumond da Cruz

    Eduardo Castilho Martinez

    Joo Geraldo Courel

    Lucas de Andrade e Santos

    Srgio Fabiano

    Santo Andr

    2015

    http://engenhariaaeroespacial.ufabc.edu.br/old/disciplinas/EN3703.html

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    Resumo

    Esse experimento buscou desenvolver os conceitos da Lei de Malus, aplicando-os em

    uma bancada ptica. Assim, utilizando um tipo de polarizador, foi possvel determinar a

    direo de uma lente com polarizao linear, alm da potncia ptica transmitida para o

    fotodiodo.

    Palavras-Chave: Lei de Malus, Polarizadores, Polarizao Linear, pitica

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    Sumrio

    1.INTRODUO ............................................................................................................................. 4

    1.1.Polarizao por absoro e Lei de Malus ............................................................................ 5

    2.MATERIAIS .................................................................................................................................. 7

    3.MTODOS ................................................................................................................................... 7

    4.RESULTADOS .............................................................................................................................. 9

    5.CONCLUSO ............................................................................................................................. 11

    6.BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................... 12

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    1.INTRODUO

    A luz pode ser tratada como uma onda eletromagntica transversal, conforme

    estabelecido em [1], tal que a luz natural consiste de um grande nmero de tomos

    emissores randomicamente orientados, no caso, com a direo do campo eltrico

    variando de forma rpida e randmica. Assim sendo, Randomicamente polarizada

    uma expresso mais coerente para a luz natural

    Com isso, temos que polarizao da luz consiste em gerar, modificar e

    manipular a direo dos campos eltricos da luz de forma arbitrariamente ordenada. Por

    exemplo, na polarizao por absoro, pode-se utilizar um material transparente tal que

    suas caractersticas fsico-qumicas so alteradas de modo que, somente os campos

    eltricos que estiverem paralelos com a direo de polarizao do polarizador ou,

    componentes projetadas de acordo com o ngulo dos demais campos eltricos no

    paralelos, no sejam absorvidos pelo material e continuem a se propagar, conforme

    Figura 1.

    Figura 1. Polarizao Vertical

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    1.1.Polarizao por absoro e Lei de Malus

    Em um filme Polaroid, a direo perpendicular do alinhamento das molculas

    o eixo de transmisso. Se uma onda linearmente polarizada incidir nessa direo, ela

    atravessa o Polaroid. No entanto, se a onda for linearmente polarizada na direo

    perpendicular, ela ser quase que totalmente absorvida. Se a onda for linearmente

    polarizada em outra direo, a intensidade transmitida dada pela equao conhecida

    como lei de Malus.

    Para descrever a lei de Malus, vamos considerar uma onda eletromagntica com

    direo de polarizao fazendo um ngulo com relao ao eixo x. Essa onda pode ser

    decomposta em duas componentes ao longo dos eixos x e y, com amplitudes

    e , respectivamente. Se a onda incidir em um polarizador cujo o

    eixo de transmisso est ao longo do eixo x, a componente em x no sofre perdas,

    enquanto a componente em y totalmente absorvida. Como, a intensidade da onda

    proporcional ao quadrado do campo eltrico, a intensidade transmitida [2]:

    Equao 1

    Esta a expresso conhecida como Lei de Malus, em homenagem ao seu

    observador E. L. Malus que viveu entre 1775 e 1812.

    Se a luz incidente for no polarizada, as componentes em cada eixo tm na

    mdia a mesma amplitude e a intensidade transmitida metade da intensidade original.

    Esse resultado tambm pode ser obtido pela equao 1, lembrando que o valor mdio do

    cosseno quadrado

    (na luz no polarizada, a direo do campo eltrico varia

    aleatoriamente, portanto uma varivel aleatria e podemos fazer a mdia sobre todos

    os valores possveis)[2].

    As fontes de luz mais comuns emitem luz no polarizada, e um polarizador pode

    ser usado para obter luz linearmente polarizada. Assim, para verificar a lei de Malus

    deveremos ter dois polarizadores com eixos de transmisso rodados de um ngulo um

    em relao ao outro. Nesse caso, o ngulo da equao 1 o ngulo entre os eixos de

    transmisso dos polarizadores, como mostrado na figura 2. Quando os eixos de

    transmisso dos dois polarizadores forem perpendiculares, nenhuma luz transmitida,

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    porque a direo de transmisso para um a direo de absoro para o outro; dito

    que nessa situao temos polarizadores cruzados.

    Figura 2. Representao esquemtica de dois polarizadores com eixos de transmisso

    deslocados de ngulos teta[2].

    Um fato interessante ocorre quando um terceiro polarizador colocado entre

    dois polarizadores cruzados. Suponha que o eixo de transmisso desse polarizador faa

    um ngulo com o eixo do primeiro, e um ngulo de /2 com o segundo. Para obter

    a intensidade total, basta aplicar duas vezes a lei de Malus:

    Equao 2

    Ou seja, agora h luz transmitida, mesmo estando os dois polarizadores externos

    cruzados. Isso ocorre porque a polarizao da luz aps atravessar o segundo polarizador

    no mais perpendicular ao eixo de transmisso do terceiro polarizador, sendo que a

    intensidade da luz que emerge do conjunto depende da orientao do eixo de

    transmisso do segundo polarizador em relao aos demais. Ento, como se o segundo

    polarizador alterasse a direo da polarizao da luz, ou seja, o mesmo se comporta

    como um meio capaz de alterar a direo de polarizao da luz. De fato, existem

    materiais que possuem essa propriedade, isto , de alterar o estado de polarizao da

    luz, sendo usualmente denominados de materiais que apresentam atividade tica. Um

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    exemplo desses materiais so os cristais lquidos presentes, por exemplo, nos displays

    de relgios digitais. Neste caso particular, o ngulo de rotao da polarizao induzido

    pelo material depende do campo eltrico, logo pode ser alterado aplicando-se uma

    tenso eltrica. Assim, colocando-se esse material entre dois polarizadores cruzados

    possvel controlar a intensidade da luz que atravessa o conjunto.

    2.MATERIAIS

    Para a realizao deste experimento, foram necessrios os seguintes equipamentos:

    01 Canho de Laser HeNe (Helium-neon), cujo modelo utilizado possui 2mW,

    633nm e, linearmente polarizado;

    01 Polarizador linear, acoplado ao suporte de rotao graduado;

    01 Fotodiodo acoplado a um suporte;

    01 Medidor de potncia pitica, modelo OPHIR com sensor PD300-TP;

    Suporte para o canho de Laser, com ajuste de altura.

    3.MTODOS

    Para o desenvolvimento experimental:

    Primeiramente realizo-se a montagem da bancada ptica, conforme a ilustrao

    abaixo, de modo que o laser atravesse o polarizador e atinja o fotodiodo;

    Figura 3. Esquemtico da montagem do experimento[2].

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    Em seguida, ajuste a direo da polarizao do laser com a referencial horizontal

    do polarizador. Deve-se realizar esse procedimento para no ter que considerar o

    ngulo de leitura no suporte do polarizador na condio onde o feixe de sada do

    laser teria direo de polarizao paralela ao eixo de transmisso, conforme as

    etapas abaixo.

    Etapa 1: Com o feixe de luz do laser incidindo sobre a lente de polarizao,

    realizou-se a rotao do polarizador at que no houvesse transmisso de luz, ou

    at que a potncia ptica fosse mnima.

    Etapa 2: Aps a concluso da etapa 1, verificou-se se a luz estava sendo

    polarizada, efetuando-se uma rotao de 180 no suporte do polarizador. Caso o

    feixe na sada do laser tivesse direo da polarizao paralela ao eixo de

    transmisso do polarizador, a no transmisso de luz deveria permanecer.

    Entretanto, como isto no ocorreu, foi necessrio ajustar novamente a angulao

    entre o feixe de luz e o polarizador, rotacionando o eixo do polarizador, em

    120.

    Etapa3: Para determinar a direo de polarizao, rotacionou-se a lente de

    polarizao para que o laser fosse refratado em um plano (uma folha branca).

    Assim, a transmisso do feixe no plano, caso a mesma apresentasse uma

    intensidade de luz crescente de acordo com o aumento do ngulo de incidncia,

    tratava-se da polarizao na direo vertical. Isso ocorre pelo fato de ser uma

    polarizao dita transversal eltrica (TE). Entretanto, se o feixe fosse totalmente

    extinto, indicava uma polarizao na horizontal, pelo fato da refletividade ser

    nula para um determinado ngulo de Brewster na polarizao transversal

    magntica (TM).

    Ajuste-se o medidor de potncia ptica da seguinte maneira: Posio Filter In

    no mdulo do Medidor e ajustou-se o valor do comprimento de onda para 633

    nm;

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    4.RESULTADOS

    Na Tabela 1, constam todos os valores de potncia do feixe de laser de sada do

    fotodiodo com base no ngulo de leitura do suporte de rotao

    Tabela 1. Medidas de potncia do feixe de laser transmitido para o fotodiodo

    Medida P(mW) ()

    1 1,69 0

    2 1,9 10

    3 2,1 20

    4 2,26 30

    5 2,22 40

    6 1,91 50

    7 1,66 60

    8 1,31 70

    9 0,95 80

    10 0,58 90

    11 0,27 100

    12 0,08 110

    13 0,04 120

    14 0,11 130

    15 0,32 140

    16 0,62 150

    17 0,98 160

    18 1,42 170

    19 1,78 180

    20 2,08 190

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    Figura 4. Variao da potncia ptica transmitida em funo da variao angular do

    suporte da lente polarizada

    Figura 5. Ajuste dos dados da tabela um com a funo cosseno.

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    O ajuste indicou uma potncia mxima de entrada =2,25 mW (figura 5),

    enquanto que os dados mensurados apresentaram uma potncia mxima =2,26 mW na

    medida 4, referente a 30 (figura 4).

    Um parmetro importante para se especificar em um feixe de luz quanto a sua

    polarizao a porcentagem de polarizao. Para medir essa grandeza, faz-se o feixe

    atravessar um polarizador, e mede-se a intensidade da luz na condio de mnima e

    mxima transmisso, Pmn e Pmx. A partir da tabela 1, a porcentagem de polarizao

    pode ser calculada por:

    Equao 3

    Sendo assim, podemos observar que os valores obtidos para a potncia ptica

    transmitida pelo polarizador com base no ngulo de leitura do suporte de rotao

    permaneceram e a porcentagem de polarizao esto na ordem de grandeza esperada

    para as especificaes do experimento.

    5.CONCLUSO

    Como o resultados obtidos foram satisfatrios, foi possvel ajustar a curva

    experimental e a curva terica com baixo valor de erro, e desta maneira, o embasamento

    terico da Lei de Malus pode ser constatado com a variao da potncia ptica

    transmitida pelo polarizador linear de acordo com a variao angular do mesmo. Alm

    disso, utilizando o polarizador linear, foi possvel averiguar quando uma onda

    linearmente polarizada est horizontal ou vertical de acordo com o eixo do polarizador.

    Por fim, tambm foram compreendidos os cuidados necessrios ao se manusear

    equipamentos como lasers e medidores de potncia ptica.

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    6.BIBLIOGRAFIA

    [1] [1] Hecht, Eugene - Optics, 4th ed, Pearson, 2002

    [2] Laboratrio de pitica: Polarizao, lei de Malus e Atividade ptica. Disponvel em:

    Acessado em: 16/03/2015