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Instalações Elétricas
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Encargos e Tributos na conta de luz
Grupo:Emanoel LiquerFelipe BragaJosé Marcos SouzaLeonardo NetoMarcos SuaidTiago Rosado
Exemplo de encargos e tributos em uma tarifa de energia residencial em Março de 2015 - Espirito Santo
Total da conta: 450,97
Mapeamento dos tributos que incidem sobre o setor elétrico
Os principais destinos de tais tributos são:
• União;
• Estados;
• Municípios;
• Entidades Autônomas de Serviço Social,
• Aneel;
• ONS;
• Usinas Termoelétricas.
A União dispõe de uma série de tributos que incidem sobre as empresas do setor elétrico, dentre elas estão relacionadas as seguintes:
• IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica;
• CSLL – Contribuição Sobre o Lucro Líquido;
• PIS – Programa de Integração Social / PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público.
Aos Governos Municipais são contemplados com dois principais tributos e uma contribuição:
• ISS – Imposto Sobre Serviços;
• IPTU – Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana;
• Cosip ou Cip (Contribuição Custeio dos Serviços de Iluminação Pública).
Mapeamento dos tributos que incidem sobre o setor elétrico
Mapeamento dos tributos que incidem sobre o setor elétrico
Levando em conta a receita bruta das
empresas de distribuição e comercialização
de energia elétrica consideradas no estudo,
de R$102,5 bilhões de reais, conclui-se que
a carga tributária consolidada do setor é de
45.08%. Isso significa que quase metade do
que se paga na conta de luz destina-se a
financiar programas de governo, e não à
remuneração dos custos de fornecimento de
energia.
Mapeamento dos tributos que incidem sobre o setor elétrico
Os tributos visíveis ao consumidor na sua conta
de luz não refletem a carga tributária total que
incide sobre os consumidores de energia elétrica.
Existe uma série de outros tributos e encargos
pagos pelas concessionárias de distribuição que
não são destacados na conta de energia elétrica
ou que são cobrados dos elos ao montante da
cadeia produtiva do setor elétrico.
Em outras palavras, além das empresas
distribuidoras, elo visível para o consumidor,
também pagam impostos as empresas de
geração e transmissão.
Evolução da carga tributária consolidada do setor elétrico.
• Reserva Global de Reversão (RGR):
• Conta de Consumo de Combustíveis (CCC):
• Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE):
• Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA):
• Conta de Desenvolvimento Energético (CDE):
• Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH):
• P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e Eficiência Energética:
• Encargo de Serviços do Sistema (ESS)
• Encargo de Energia de Reserva (EER)
• Operador Nacional do Sistema (ONS):
Encargos setoriais
Encargos setoriaisEncargos setoriais
Participação dos encargos setoriais na conta de luz
PROPOSTAS PARA O APRIMORAMENTO DA TRIBUTAÇÃO NO SETOR ELÉTRICO
ALGUMAS PROPOSTAS: • Redução das contribuições do PIS/PASEP e COFINS;• Redução gradual das alíquotas do ICMS;• Extinção dos encargos RGR e CCC;• ICMS “por fora”;• Repasse automático da totalidade dos recursos da TFSEE à
ANEEL ou redução da TFSEE;• Exigir transparência na aplicação dos recursos da CFURH;• Transferir gestão do fundo RGR e CDE ao BNDES.
Redução das contribuições do PIS/PASEP e COFINSA forma de inserção das contribuições para o PIS/PASEP e COFINS, proposta pela NotaTécnica n.º 115/2005 – SFF/SER/ANEEL poderia ser melhorada. Bastaria que fosse expurgado do cálculo das receitas dos agentes de distribuição, os créditos de PIS/PASEP p e COFINS, quando o agente for optante pelo sistema de apuração não cumulativo.
Dessa forma, o valor da tarifa básica seria obtido com base nos custos efetivos do agente dedistribuição, “descontaminando-os” dos efeitos dos créditos do PIS/PASEP e COFINS, já que osmesmos estariam diminuídos dos créditos.
Assim, o valor do PIS/PASEP e da COFINS a ser adicionado à tarifa homologada pela ANEELseria obtido com base nas alíquotas nominais, ou seja, 1,65% e 7,60% respectivamente.No exemplo abaixo, embora simplório perante a complexidade do assunto, é possívelvisualizar o argumento exposto.
Redução das contribuições do PIS/PASEP e COFINS
Redução das contribuições do PIS/PASEP e COFINSObserve-se que o valor da tarifa final ao consumidor é o mesmo, independentemente dametodologia aplicada. No entanto, a metodologia ora proposta possibilita maior uniformidade esimplicidade na aplicação, visto que:
• Elimina a necessidade de se aplicar uma alíquota diferente a cada mês para cobrança doPIS/PASEP e da COFINS, evitando a necessidade de elaboração de uma tabela tarifaria mensal.• Evita duvidas por parte dos consumidores, tendo em vista a variação no valor final da tarifa porkWh, decorrente da aplicação de alíquotas diferentes de PIS/PASEP e COFINS para cada mês defaturamento.• Reduz a probabilidade de imposição de ônus desnecessário ao consumidor ou à distribuidora,decorrente do descompasso entre o período de apuração da alíquota efetiva e o de sua aplicação,tendo em vista a flutuação dos montantes de receitas e despesas.
Considerando que os custos passíveis de “creditamento” do PIS/PASEP e da COFINS, pelosagentes distribuidores, são conhecidos/estimados no momento da revisão tarifária.
REDUÇÃO GRADUAL DAS ALIQUOTAS DO ICMS
As alíquotas de ICMS sobre o consumo de
energia elétrica variam conforme o nível de
consumo mensal.
Portanto, para comparar as alíquotas entre
estados é necessário definir o nível de
consumo.
O gráfico a seguir mostra as alíquotas nos
estados considerando o consumo médio
residencial no país - da ordem de 150
quilowatts-hora por mês (kWh/mês).
REDUÇÃO GRADUAL DAS ALIQUOTAS DO ICMS
Em um ambiente de crescimento
econômico, pode-se promover reduções
da carga tributária sem gerar reduções
no volume da arrecadação. No gráfico,
demonstra-se que, se os governos
estaduais se comprometerem a manter
o atual nível de arrecadação de ICMS
advindo do setor elétrico constante por
dez anos e seria possível reduzir a
alíquota efetiva média em cerca de 8
pontos percentuais.
Extinção dos Encargos RGR e CCC.
A referida proposta pede a extinção de encargos que, a priori, já atenderam suas finalidades sem que haja qualquer prejuízo econômico pelo encerramento de suas cobranças. No entanto, a RGR foi revogada até 2035 (art. 21 da Lei nº 12.783, de 2013), contrariando a previsão de encerramento, antes definido, para o final de 2010.
Cabe destacar que de acordo com o estudo realizado, a extinção do Fundo RGR não afetaria os financiamentos para os quais este encargo era destinado. Ainda segundo esse estudo, esse Fundo dispunha de R$7,5 bilhões ao final de 2009 (conforme a Controladoria Geral da União), além dos R$7,7 bilhões que a Eletrobrás havia aplicado em diversos investimentos que deveriam ser devolvidos com um rendimento de 5% ao ano.
Segundo o texto referência (ANEEL), o saldo disponível vem aumentando desde então, pois a necessidade de aplicação do recurso é muito inferior ao montante arrecadado.
Quanto ao CCC, este foi cancelado em 2013 pela Lei nº 12.783, do mesmo ano, para a partir de então seus dispêndios passarem a integrar o orçamento anual da CDE. Em outras palavras, continua a vigorar integrado a outro encargo.
ICMS “Por Fora”
Essa proposta solicitada maior transparência na cobrança desse imposto que incide diretamente sobre o
consumidor final.
O imposto em questão é coletada pelo vendedor, o que facilita a administração pelo fisco. No cálculo para
definição de valores de venda, o fisco calcula qual deveria ser o preço de uma venda para que o
vendedor possa receber a quantia que receberia se não houvesse a cobrança do ICMS. Porém, para que
haja uma margem de segurança, o próprio fisco aumenta a quota cobrada do consumidor.
Assim, no cálculo “por dentro” (forma, atualmente praticada) uma alíquota nominal de ICMS de 25%
representa, na verdade uma alíquota de 33,3%.
Repasse Automático da Totalidade dos Recursos da TFSEE à ANEEL ou Redução da TFSEE
A finalidade a taxa TFSEE é de proporcionar os recursos necessários ao desempenho das funções de regulação e
fiscalização do setor elétrico praticados pela ANEEL.
Porém, entre 2003 e 2009, foi observado o bloqueio de 55% do montante pela União, para fim diferente do qual a
taxa se destina, no caso, essa importância foi direcionada à reserva de contingenciamento que ajuda a União a
atingir a meta de superávit fiscal consolidado das três esferas do governo.
Embora não seja ilícito o exercício de tal prática, fica claro que não há necessidade de que haja a essa taxação no
nível em que ocorre.
Em outros termos, o que se pede é a racionalização do sistema tributário. Que os valores cobrados em forma de
taxas sejam na medida em que se fazem necessários e, assim, destinados, unicamente, aos fins que os originam.
Ainda que o país esteja passando por um momento em que a União precise elevar a arrecadação, este aumento
deve ser feito de forma transparente.
Exigir Transparência na Aplicação dos Recursos da CFURHOs recursos adquiridos via royalties pagos pelas empresas geradoras em virtude de suas atividades à
União, Estados e aos Municípios, não sofre uma regulação adequada.
A legislação apenas veta o uso do montante para fins de aplicação em folha de pagamento ou
pagamento de dívidas. O que dá espaço para um mal direcionamento da verba adquirida.
Solicita-se, portanto, que seja apresentado anualmente um plano de aplicação do recurso ao Congresso
Nacional e às respectivas Assembleias Estaduais e Câmaras Municipais, que deverá ser amplamente
divulgado e conter mecanismos formais para disciplinar a aplicação e prestação de contas desses
recursos, possibilitando o acompanhamento pela população.
Transferir Gestão do Fundo RGR e CDE ao BNDES.
A Eletrobrás, atual detentora da administração dos recursos oriundos das fontes citadas, é uma holding
que agrega algumas das principais empresas do setor elétrico brasileiro. O que permite supor que os
projetos propostos pela "Eletrobrás Geradora", ou "Eletrobrás Transmissora", ou "Eletrobrás
Distribuidora" usufruam de privilégios referente à investimentos em comparação com outras empresas.
Nesse cenário, considera-se o BNDES como gestor desses recursos. Como a atividade fim do BNDES é
a mesma que a Eletrobrás vem desempenhando nesse assunto, não haverá qualquer prejuízo.
Sendo tal proposta acolhida, haverá um sentimento maior de neutralidade nas análises e, possíveis,
concessões de financiamentos.
Bandeiras Tarifárias
Video Explicando as Bandeiras
https://www.youtube.com/watch?v=CSgmV5A3CHI
Bandeiras Tarifárias
Assim como janeiro, fevereiro e março, no mês de abril será cobrada a tarifa vermelha.
As bandeiras se aplicam a todas as classes de consumidores?
As Bandeiras Tarifárias são faturadas por meio das contas de energia e, portanto,
todos os consumidores cativos das distribuidoras pagam o mesmo valor, proporcional
ao seu consumo, independente de sua classe de consumo.
Cabe ressaltar, as bandeiras tarifárias têm descontos para os consumidores
residenciais baixa-renda beneficiários da Tarifa Social.
Dúvidas
Como o consumidor fica sabendo da bandeira do mês seguinte?
No final de cada mês, a ANEEL disponibiliza em seu site (www.aneel.gov.br) o valor
da bandeira para o mês seguinte. Nesse endereço é possível consultar o calendário
anual de divulgação das bandeiras. A bandeira vigente deve ser informada também no
site de todas as distribuidoras, em até dois dias úteis depois da divulgação pela
ANEEL.
Dúvidas
Aplica-se a Bandeira mesmo que o consumidor consuma menos de 100kWh?
Sim. A bandeira é aplicada a todos os consumidores, multiplicando-se o consumo (em
quilowatts) pelo valor da bandeira (em Reais) – se ela for amarela ou vermelha. Se,
por exemplo, a bandeira está vermelha, o adicional é de R$5,50 por 100 kWh. Se o
consumo mensal foi de 60 kWh, por exemplo, então o adicional seria de
0,6*5,50=R$3,30. A esses valores são acrescentados os impostos vigentes.
Dúvidas
Todos os estados serão incluídos no sistema de bandeiras tarifárias?
Não. Os estados do Amazonas, Amapá e Roraima não estão totalmente incluídos no
Sistema Interligado Nacional e, por enquanto, não participam do sistema de
bandeiras. No entanto, é importante que os consumidores desses estados também
utilizem a energia de forma consciente e assim contribuam para reduzir os custos de
geração de energia do sistema.
Dúvidas
Quando a ANEEL vai rever o valor das Bandeiras?
No final de cada ano a ANEEL irá definir o valor das Bandeiras Tarifárias para o ano
seguinte, considerando a previsão das variações relativas aos custos de geração por
fonte termelétrica e à exposição aos preços de liquidação no mercado de curto prazo
que afetem os agentes de distribuição de energia elétrica conectados ao Sistema
Interligado Nacional - SIN.
Dúvidas
Há incidência de tributos sobre o valor da bandeira tarifária?
Sim. Aplicam-se às bandeiras os mesmos tributos incidentes sobre as tarifas.
Dúvidas