Enciclopédia Prática da Construção Civil_11 a 15

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    ENCICLOPEDIA. .--------:

    DA ~CONSTRUCAO,PRA.TICA

    CIVIL'l'EXTO 1 ' : . DESENHOS DE F. Pl:REIU.A DA. COSTA

    MADEIRAMENTOSNA chamada cateqoria d.e telhados especiais contamostod.as as coberturas de: cupula, de forma corneae as ponteagudas e de crista que ceroam os torreoes,

    Algumas destas construcoes sao problemas de diici1execucao, pe:la estrutura um tanto complicada, quandose trata de carpintaria. Na serralharia, porem, sao rodasestas obras de rnais surnaria concepcao e e rambem [orade duvida que a construcao metalica lhe e mais apro-priada, quando as dime.nsOes da edificacao sejam rela-tivamente grancles.

    Os toscos de algumas cupulae, para que o seu inte-rior nfio seja um amontoado de barrotes e escoras, e

    E TELHADOSmister serem estudados dentro da boa arte da carpin-taria civil.Os telhados conicos podem, quando 0caso cia suaarmac;ao far convenientemente delineado, apresentar U'IIlsistema de tosco estetico, de boa composicao e de exe-cw;ao muito pratica,Todos os trabalhos de carpinteria civil podern e de-vern ser de concepcao correntia e de aqradavel aspecto,E tudo questao de estudo e de born gosto.A serralharia civil resolve: -melhor a construcao inte-rior das armacoes cupulares, pelo menos sob 0ponte de:vista c ia estetica.

    Fig. I-MADEIRAMBNTO DE COBERTURA CONICA

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    MADEIRAMENTOS E TELHADOS

    TELHADOSf1

    os madeirazaentos para os telhados especiais sao, namaioria das obras, cases unicos. Se os madeira-mentes para 2.S coberturas de vulgares pavilhoes ou edi-Hcios de: plantas trianqulares, quadradas, pentagonaisou sextavadas sao todos mais ou rnenos sistemas estu-dados e de construcao corrente, ha, parent, edificacoesde particular ?lanta e de fantasiosa elevacao e forma,que exiqem do construtor urn novo e especial tracado.

    Nos telhados especiais, conicos, cupulares e de pa-vilhao elevado, cada cobertura e um caso proprio, sendoas sistemas dos -madeirarnentos verdadeiramente singula-res. Uma coisa hi!. igual para todas estas obras: (J em-barbe das varas DOS Irechais.

    Na sequranca de cada estrutura, no conjunto com-pleto da armacao, sao grandes e diferentes as Iormascia sua construcao,Dai; pais, a. neoessidade de se estudar cada obra

    de per si, para a obten

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    MADEIRAMENTOS E TELHADOS

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    "~rI- . - r - - - . I,-+- _.. - '- -J.52 - - - - - - +

    Fig. 2 - MADEIRAMENTO DE COPULA ESFeRICAPormenores des Lig~Oes das Cembotes entre si

    feito, Ficando a parte central achatada, onde se eleva 0lanternim, de 1.52 de diametro,

    A sua forma exterior e perfeirissima, nada ficandoa

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    MADEIRAMENTOS E TELHADOS- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

    jt! '; I

    pronta com os seus biqodes nos locais destinados a rece-be:: as carnbotas.Preparam-se as quatro primeiras pernas inclinadas,que apoiando por dente cmrnechado nu:::n cachorro, seelevam firmando a cadeia do lanternim.

    Estas pernas fieam devidamente escoradas ate a con-clusao de obra, para se manter bem 0equilibria de todoo tosco, Assim. arvoradas estas nernas inclinadas, arvo-ram-se logo as cambotas que Ih~ Hearn por ciraa.A estrutura vai seguindo sernpre equiiibrada. Depoisdo arvoramento das quatro primeiras ca mbote s. sequem--se-lhes as outras doze restantes, acornpanhadas das per-nas inclmadas, de baixo.

    Seguidamente preparam-se as madres que sao cons-tituidas tarnbem, como e natural, por pedacos de circulo,Assentam-se. pregando-as ou aparafusando-as para ascarnbotas principals ja assentes e escorarido-as para aspernas rnclmadas.Assentam-se agora sobre as madres as restantes cam-betas intermedias. Por fim assenta-se sabre todas ascambotas 'Um ripado especial. por ser circular, e clare,a im de receber chapas de zinco ou quaisquer outrasque formem 0 revestimento superior da cupula.Deixamos para 0 final 0proprio lanternim, que va-mos agora descrever.'Tendo-se deixado ficar aberto

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    F\k!

    J .~e A

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    MADEIRAME~TOS E TELHADOSqaebredo de 3 pontos e a sua altura pode ser de qualquermedida.

    Vamos agora tratar da sua construcao, ja que conhe-cernes a forma de preparar 0varedo.Depots de preparadas todas as varas preparemos 0

    peridural. que nao e mais do que urn pequeno pedacode: viga; uns 0.40 ou 0,50 cheqarn muito hem. e faceta-mo-le com 12 Iacetas iguais. Em cada uma destas face-tas abrimos uma escarva para dar entrada ao bigodedas pontas das varas.

    Iniciamos 0 arvoramento da construcao pelo assen-tamento de duas varas aparceiradas e fixadas no pen-dural. Com umas escoras provisorias sustentamos a equi-libria da obra,

    Seguidamente arvorasnos -mais uma vara de cadalade. Formando um cruzamento de quatro varas.

    P~r enquanto vamos assentando apenas as varasmais compridas. Em breve chegara a vez de assentarrnosas varas medias e as varas pequenas.

    Depois do assentamentc das quatro prnneiras varase ja 'Com a construcao equilibrada, assentamos as tresordens de madres.

    A respeito das enadres esclarecemos que a seu mi-mero de ordens depende da altura da cupula.o escoramento das .madres pode ser 'Como 0 que indi-camos ou de qualquer outra ,forma. que melhores resul-tados de.

    Depois faz-se 0arvoramento das restantes varas raaiscompridas por ordem alternada. a fim. de se continuer amanter 0 equilibria. pregando ou aparafusando-as

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    " YlADEIRAMENTOS E TELHA;) ...3

    Fig. 6 - MADEIRAMENTO DE CUPULA DE ARGO QUEBR.ADO

    mad res a s V2.!"3S. ao contrano do que se pratica Comtodos os outros madeiramentos.Seguida:n en te assen tam- se os rincoes nos qua troangulos do maderramento. Aqui, nesta obra os rincOesHearn a face: do varedo. E agora Iaz-se 0assentamentodas varas cur-tas, que neste estudo sao apenas oito.

    Sabre todo 0varedo assenta-se urn ripado, que tantopode ser destrnado a .telhas (-devidamente aramadas ) oua chapas me talicas e laminas de ardosia.Em .muitas destas obras em lugar de ripado assen-ta-se sobre 0varedo urn forro de tabuas que quase sem-pre e de macho e femea para -melhor e mais perfeitajuncao. .Em geral estas coberturas de: pavilhao terminam em.forma de crista. e. assim, no nosso estudo apresentamosesse 'acab a.merrto. As varas embarbarn no pedaco de fi-leira .deixando, porem, uma orelha para empalmar

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    MADEIRAMENTOS E TELHADOS

    Pig_7- ESTRUTURA DA CuPULA DE ARGO QUEBRADO

    Fig- 8-PLANTA VA ESTRUTURA DA CuPULA

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    \ MADEIRAMENTOS. E TELHADOS

    Fig. 9 - ESTI?UTURA DO MADEIRAMENTODE UM PAVILHAO DE CRISTAEm cime: Al

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    MADEIRAMENTOS E TELHADOS

    PORMENORES DAS COBERTURASA construcao dos telhados de uma maneira geral estaestudada atraves dos nO$SOS estudos, Os proble-mas das ccberturas, tanto no que diz respeito aos madei-ramentos como no tocante aos telhados, quer dos sis-temas ordinaries. quer dos cases de ordezn especial, estaopara ecdos os nossos Ieitores, tecnicos ou principiantes.sobejamente resolvidos,_ Mas. a parte a ordem 9eral da construcao, ha oscases particulares, aqueles cases que surgem a s vezesinesperadamente e que teremos de resolver sempre abem e pelo Iado rnelhor, Sa.o estes os porrnenores c iaconstrucfio des telhados, generalizados como e ccnve-niente, a Iim de Hear simplificada a resolucao da rnaioriados problemas das coberturas.'Todos estes porrnenores que DaO perrencern aos Pre-lim inares da construcao das coberturas, tem de sex estu-da:dos a um par urn, para se pcder fazer com periciaurn complicado madeirame.nto e U.ID rernate difidl de te-lhado,

    CONTRaVENTAMENTOSA f - i I D . de se ligarem sclidamente Duma estrutura unicaas -dife.rent-especas .dos madelramenzos, criaram-sevaries sistemas de contraoentemcntos, rtOO05 com mais oumenos aproveitamento. De entre esses sistemas desra-camos dois, que sao sera duvida dos melhores e sao tam-besn os mais usados entre nos, na nossa ConstrucaoCivil.Ambos estes sistemas de contraventamento sao bas-tante praticos: a sua construcao e faciJima.

    Para q'ue ()S resultados sejazn as dcsejados pOI' estaaplicecao e necessaria que as rnadeiras que entram nasua factura sejam bern secas e esqua.dria das, 0 que deresto ja -basra:ntes vezes temos repetido, a respeito detodos os trabalhos de carpinteria civrl.

    Crazes de Sento Andre - Este contraventamento ebastante simples: arenas uma oruzeta em forma de X

    aberto e nada rnais. 0 cruzarnento das duas pecas efeito a meis-medeire e devidamente pregado.As suas liga~6es aos prumos ou aos pendurais das

    asnas, i: eito POI ' uma sarnblaqem de dente pregada parades. As vezes os dentes das pe~as das cruz.etas, cujocomprimento deve ser esperto, sao acompanhados de res-piga que entra na escarva aberta DO prumo.Escores de Bonece - E este contraventamento des-tinado nao so a garantir a solidez de uma estruzuca peloaperto des seus elementos entre si, como tambem 3. su-portar alguma parte do peso dos elementos superioresdo madeiramento.A aplicacao do sistema de bonece oferece absolutesequranca e e.stabilidade numa obra onde tenha lugar.A construcao deste oontraventamento obedece a umsimplicissimo tra~ado, 0que ha de mais pratico,

    Divide-se 0espaco de prumo a prumo em ,tres par-tes iguais. Duas dessas partes, as des lades, desunam-seas escoras e a que fica no meio e 0 lugar da bonece.Os coznprimentos destas tres pec;as, as duas escoras e abonece. devem ficar bern espettos para que a travacaoIique bem apertada.As samblagens a usar neste genero de trabaTho e 0dente e 0 biqcde. Toda a construcao deve Hear muitobem pregada.As escoras ficam znetidas a 450 Os prumos fieamapertados a Ii/eira ou a uma longarina, conforme oscases da sua aplicacao, pOI' orelha deirebede e talflO.

    Dais pregos de meie-qaleote ou de galeota. conforeneas espessuras da madeira, firmam estas liga~6es.As boneces sao pregadas para cima, para a ileiraou para qualquer outra viga, aonde ligam.

    TELRAS TELHA.DOS ESPECIAISA s telhas usadas nas coberturas da totalidade desediflcios do nosso Pais sao umas pecas de barrecozido, de varies fermatas e com dispositivos apropriados

    Fig. ]0 - CONTRA VENTAMENTO CONSTRWlX)COM CR,UZES DE s: ANDR~

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    !vI AD EI,RA MEN T 0 S E TEL HAD 0 S

    Fig. l1-CONTRAVENTAMENTO CONSTR.U1lXJCOM BONECAS

    (A - LigBt;JO do Prum.o a Viga)

    para se assencarem sabre as ripas do .madeira mento. Deentre os tipos de telhas em uso actualmente nas nossasconstrucoes, e que vamos descrever convenientemente,hoi algumas >desimplicidade como as telhas de meia-canaou de canal e outras d e : mais engenhosa manufactura,como as telhas lusas.No entanto todas elas sao de aplicacao muitissimopratica e, na generalidade. todas de bom-efeito.

    A industria ce,rfumi-ca de materia is de construcao esta,no nosso Pais. relativamente desenvolvida, produzindode: uma .maneira quase geral produtos de boa qualifica-~io. .o valor das telhas esta na boa qualidade do barro deque sao fabricadas, na sua boa cozedura e perfeicao deforma. Com telhas empenadas -DaD se pede construir urn

    born telhado. Nunca e conveniente aplicar num mesmotelhado telhas de varies Fabricos, e.mbora do rnesmo tipo,porque se as suas drmensdes forem iguais nao 0sao.decerto. as suas abas de assentamento.T elhes de Canal - As mais antigas telhas usadasnas nossas coberturas sao as telhas de cneia-cana outelhas portuguesas. 0 Sell aparecimento e imemorial.Llsaram-se -tambem nas edificacoes ricas as folhas deardosia e nas grandes construcoes chapas de ferro degrandes caneluras, imitando telhas, Estas telhas sao po--sitivarnente em forma de rneia-cana, mais largas numaextremrdade do que noutra.

    Em tempos fabncaram-se destas telhas com umas pe-que.nas placas nos lados. que: se denommavam ocelhes,e que tinham per Iim Iacilitar 0assentamento do telhado.

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    Fig. 12-BEIRAlS DE TEmADDS A . POR.TUGUESAA - Telhedo com beiredo e sub-beiesdo, B - Plent, C - Code;D - Beir'Eli de anguio (a - Conjanto: b - Ang-.llo com Poisa-

    -Pardais: c - Poisa-Pardais,

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    :.1AD E I _ R A MEN T 0 SET ELHAD 0 S

    Fig. J3-TELHAIXJ MEIO~MOURISCADOA - Cobertuee de Rinciio; B - Cumieice de telhedo mnrselhes,

    C - Cumieira de telhedo de censl.

    T elhas merselhes - Quase, no ultimo quarrel do se-culo passado fizerazn 0seii aparecimento entre nos asrelhas rnarselhas, de pratico assentamento, que vieramdo sul cia Franca, da regiao marselhesa. Foi devido asua origem que no nosso Pais lhe demos 0nome por quesao conhecidas.A sua forma e uma placa rectangular tendo nos seuslades, respectivamente, uma aba de espera e urna aba decobrir.Telhas Iuses e romeries - Nos ultimos temposcriaram-se as telhas lusas, tambem bastante utilitarias,e as telhas .rornanas: ambas sao telhas de meia-cana aper-fe::i

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    MAD EI 'RA ,MENT 0 SET ELHAD 0 S

    Fig. J1-GUARDA DE TELHADO DE BEIR.AL

    Telhes centiledores - Nos telhados de telhas mar-selhas, lusas e afins empreqam-se para ventilacao desrnadeiraraentos e sotaos as telhas ventiladoras, cujos for>mates sao ig~ais as telhas normals e por isso casarn con-veniente rneare umas com as outras.

    Estas telhas tern no centro uma especie de: elevacao,como se Iosse urn degrat.:. aberto na sua Irente com va -rios Furos. por vezes em forma de florao, por onde pass ao at.Do lado interior essa caixa e totalmenre aberta,o areiamento do s6tao e complete.

    Cumieires - Tern esta desiqnacao a'S telhas que co-brem 0 es?igao do ,te:lhzdo. Nas coberturas ordinariasernpreqam-se em geral as reihas de meia-cana, sobrepos-tas umas nas outras como nas vertentes dos telhadcs.Em algumas obras aplicarn-se telhas mais compridas doque 0norzaal que se designam telhoes.

    Nos telhados a portuguesa bern construidos, as telhasdas curnieiras sao acompanhadas nas suas extrernidades,nas liga

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    MAD EI ,RA ~J!ENT 0 SET EL HAD 0 S

    Telhes de uidro - De qualquer dos tipos e forma-fOS das ielhas de barre, Iabricam-se .telhas de vidro des-inadas a obtencao de luz DOS sotaos, esconsos e. onde par-lualqueI motive se DaO possam construir darab6ias.

    Estas telhas ern geral casarn bern com outras relhas~ economtcamente resolvem 0 problema de ilumina

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    MADEI~RAMENTOS E TELHADOS

    Fig. 17-EMPENA COM BEIRAL

    o telhado e aoarecem-nos sobre este com 0,40 ou 0,60 dealtura, a vist~ (Fig. 16).Nos espacos dos s6taos das grandes edificacoes COf-tados pelas pare des do guarda-[ogo deixam-se ficarumas aberturas ou portals, para a. livre passagem atra-ves de todo 0 edificio e viqiar-se a conservacao do ma-deiramento.

    As paredes dos guarda-fogos atravessam a casa nasua largura, entre fachadas, aonde encastram como su-cede com todas as paredes diviscrias, e acima do te-lhado ligam as platibandas, interrompendo os algerozes.Estes tem- as suas saidas proprias dentro do espaco en-tre os guarda-fogos.

    Os guarda-fogos, pelo menos exteriorrnente, devernset embocadcs e rebocados como todas as outras pare~des. Acima do telhado recebem a caiacao au a pinrura,tal qual como as chammes e as platibandas.

    GUARDAS DOS TLHADOS

    QUANDO os telhados sao desprovidos de platibanda,como sucede com as coberturas a portuguesa, emulto conveniente aphcar-se-lhe tzma guarda de:stinadaa proteger as visitas de cons ervac ao.E de uso corrente fazer as guardas dos te!hadospor meio de grades de ferro, da rnaior simplicidade pos-sivel, A localizacao deste motive, que de utilitario passaa Set ornamental e, em geraL urn pouco atras do beirado.A sua fixa

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    MADEJ-RAMENTOS E TELHADOS_------------------- .._ - ----_._----

    ; k/}a~t> .Ie!~.vQ/'ri'u~r t! ' /ho..:!_!

    AED1FICAyAO

    I ,

    EDJflCACAo

    ~t,1~ _ _ ~~ _ _ ~~ _ _ ~~--~~~

    BPig. 18-REMATE DE BEIR_AL

    (A - A1~ado; B - Planta)

    E dispensavel que as telhas do sub-beirado secombinem com as do beiral. No nosso desenho (Fig. 12)mostramos a disposicao do sub-beiral em rela

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    \ ~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ~ - - - - - - - - - .2 ,. ,ENCICLOPEDIA PRATICADA _CONSTRUt;AO CIVIL 12TE.XTO :e DESENHOS DE F. PER.I"QA DA. COSTA

    TECTOSO S tectos das habitacees sao em geral de dois gene~

    . ros: os de madeira e os estucados. _Os tectos de madeira ainda constituem variadas es-

    pecies desdr- as antiquadas coberturas de vigas de rna-deiras pesadas, a vista, e dos de caixotoes ric-amente tb~balhados. ate as esteire s de ferro, leves e simples.

    A variedade e assaz grande. As formas dos rectos demadeira sao do mesmo modo tam'be-m grandes_Os rectos estuc-ados formam -relativa va-riedade de-weos de mais rica ornamentacao ate aos -de maier singeleza.

    De entre os tectos estucados ,hit aqueles de esteira

    DIVERSOSde Fasquiado. de placas de estafe e os das lajes de betaoarmado.

    Fora deste quadro so ha a contar as rectos especiais,construidos por necessidades imperiosas de determinadase-difica ~ r < 1 ~ "~ ~~_JY~'~ v~-. ._- -Fig. I - TECTO DE CAIXOTOES DE MADEIRA-- 1 -

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    TECTOS tDIVERSOS

    I A sR L MIA construcao dos tectos esti: actualmente generauzada

    simpJesmente aqceles que sao estucados, nas casasde hahita~o de ordem vulgar. Nas casas de certa im-portancia ainda se constroem rectos de Madeiras pesadase de rica ornamentacao.

    Fora desta ordem de edificacoes aplicam-se tectos defactura requtntada em estabelecimentos comerciais, onde,por vezes. vernos magnificos trabalhos de carpintaria.

    Em alguns saloes particulares tambem se constroemrectos de preciosas madeiras e de esruque revestido defolhas -de oiro, com sanqueados perenes de delicadaornamentacao.Sao tres 05 principals tipos de construcao de tectos

    nas nossas edificacoes. qu':enumeramos com pormenores.Temos os rectos assentes em esteira, os que se cons-troem no vigamento .dos pavimentos e os .que se Fazemnas placas de be-tao armado que servem de pavimentos.Estes 'l11timossao meramente esbocados e caiados ouesbocados e esrucados, enquanto que os primeiros po d e -r a o -ser de madeira, estucados ou constituidos pOI places

    dos mais diversos materials.

    VIGAMENTOS DE., ESTEIRAA todos OS vigamentos desti:oados a suportar os tectosse da a designa9io de vigamentos de esteire. ou sim-plesmente esteira, ou ainda esteire de tectos.A sua -disposicao e, em ge:ral, mais ou menos identicaaos vigamentos para sobrados, desenvolvida no sentidomais estreito das dependencias a cobrir, por ereitos de,economia, tanto do volume da madeira como da mao deobra ..

    Para afastamento das vigas bastam uns 0.10 deeixo a eixo das suas espessuras ou 0,30 entre elas,quando se tratar de tectos vulgares estucados ou de ma-deira. Para outros generos de tectos 0afastamento dasvigas sera diferente, como teremes ocasiao de observar.

    As seccoes precisas para estas esteires estao na con-cordancia geral estabelecida 'no mercado, que pouco maisou menos acerra com os calculos arbitrados para cadasuperficie.

    A media das secedes usadas para as eseeiras dos rec-tos ~ a seguinte: 0,lOXO,06, O,12XO,06 e O,HXO,07,para dependencies de superficie ate 3,50 d-e comprimentoe de maior cutelo para maiores dimensoes. Todes estesvigame:ntos deverao SCI -devidamente taruqados, comofazemos para os pavimentos (1), a fim de se ohter umasolidez que evite oscilacoes que pode:m rachar os rectosquando estucados. Tambem nos cabe aqui lembrar quetodas estas madeiras deverao estar bern secas para seevitarem os torcimentos, que prejudicarao bern de-pressaas rectos em toda a sua estrutura, quer sejam estucadosou de:madeira.o mau estado das rnadeiras e muitas vezes, quasesempre, 0motivo danificador dos tectos.

    , '(') VeI 0Cadttuo Nb7 desta Enc'idodia (Paoimenfos deMadeira). J

    -2-

    N R EAs vezes, em cerros cases, quando a superficie a co-

    brir e de deminutas dimensoes, constroe-se a esteira ape-nas com serrafoes de O.08XO,05 ou ainda de O,08XO,04e tambem de O.07XO.03, 0 que se pode considerar sufi-ciente, tanto rnais que 0peso a suportar pelos rectos e :apenas a sua carga propria, Para efeito das visitas aosotao, deixam-se ficar assentes sobre as paredes dasdivisorias umas passadeiras consntuidas por uma ouduas tabuas de 0.035 de espessura, que DaO sobrecarre-gam os tectos.Em todas as plantas das edifka~ces vemos que haumas dependencias maiores do que outras, 0 que: nosaz prever uma economia de madeira :oa construcao dasesteiras, a respeito dos cutelos -das vigas. 0 que podefazer-se, mas lemhramos, contudo, que II! proprio riorma-lizar-se todo 0vigamento numa '56 seccao, a znais forte,Como vantagem indicamas que, sendo as depeadenciaspequenas, podemos fazer correr um vigamento ou serra-fado cornprido sobre alguns desses compartimentos, 0que nos traz 'economia de mao de obra e aumento desolidez na estrutura, No entanto cada obra e urn caseproprio.o construtor estudara a econornia convenierrte, por-que as vezes um vigamento curto podera topejar com urnoutre de maior comprimento, obtendo-se boa segurancae fazendo-se 0aproveitamenro .da madeira de peque:oasdimensoes.

    Ternes deserito a CODStru~aOde irma esteira vulgarpara teetos estucados e de madeira e vamos de seguidaestudar as esteiras para tectos encebeiredos. senqueedose de messeit:e.

    Para qua1que:r destes generos de rectos constroe-seprimeiramente a esteira pelo sistema vulgar (Fig. 2) edeviclamente tarugada, como dissemos, para a SUa boaestabilidade.

    Para os tectos encebeiredos ' : ' senqueedos fazemos 0assentamento de chinchereis ou tarugos entre as duasiiltimas vigas de cada lado das paredes longitudinais(Fig. 3) para :oeles assentarrnos as tabuas de cabeira,tal qual como nos sobrados, e as cambotas para as san-cas respectivamente.

    As cambotas fieam pregadas superior-mente nos chin-chareis e mferiormente Hearn encastradas rias paredes,Algumas vezes OSchinchareis nao fkam assentes entreas -duas vigas, porque se dispensou a que fica encostadaa parede,Assim, neste case, 0 chincharel assents de urn Iadono forneco aberto na viga e a outra extrernidada en-castra na parede.

    Nao se deve olvidar que todo -este trabalho cleveser muito hem nivelado.Para os rectos amasseirados poderernos tambem Fazer

    a aposicao de chinchareis, como fizemos para os rectos jilestudados, mas vamos atender urn poueo na economia daobra.o asse ntarnento d~ vigotas da masseira e fcito pre-gando-as de: par nas vigas da esteira no senticlo do com-primento destas (Fig. 7), por meio de orelha e dente, en~ca'Stranclo as suas pontas inferiores nas paredes.

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    . . TECTOS DIVERSOSNo sentido da larqura da casa '0 assentamento

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    TECTOS lDIVERSOS

    Nesta ordem de irabalhos nao e necessario que se. assente nma esteira, como Fazemos para os tectos vul-~ares de made-ira ou estucados,As esteiras para os tectos [elsos devem construir-secom serrafces apropriados, assentes de par rias vigasprincipals ou, 0que sucede muitas vexes. preqados nosentido transversal .da esteira,Nos desenhos que apresentamos para os estudos dosrectos de- caixot6es (Fig. 20) mostramos a execuc;;:ao doassentamento do serrafado.Tam ' oem [azemos referencia as esteiras apropriadas

    para os subceus, que sao sempre provides de cadeias,a fim de se deixarern as caixas para os envidracados.

    'Fora des ceixas para os envidracados. constroi-sea esteira apropriada ao tecto que se adoptar.Esta esteira preparada para center subceus deve ser

    cuidadosamente executada, com as vigas bem esquadria-das, pois que qualquer lige:iro empeno pede prejudicaro assentamento des envidracados.o case das esteires enqrededes, solucao que naosatisfaz plename:nte 0fim visado,' e tambem assunto paraestudo. Recorre-5 a -este 'Sistema de esteire quando asuperficie de qualquer dependencia a cobrir nao podecomportar grandes vigas. por falta -de elegimento paraelas ou por qualquer outro motive estranho.

    Algumas vezes para rectos estucados de -gran desefeitos decoratlvos em que se teme:0cornportarnento dasvigas por oscilacces. torcimentos e outros inconvenien-tes proprios das madeiras nem semprz hem secas e de-sempenadas, constroem-se estes engradamentos.

    Esta construcao consta simplesmente de ta:buas del-gadas. UJlS 0.03 e quanto basta. com 0cut-do de 0.18ou 0,20. encastradas nas ex tremidades. como de ordi-nario, e tarugadas amiudadamente em fiadas de tabuasd .a mesma espessura e altura. como mostrarnos 110 de-senho (Fig. 1).Os pedacos de 1:abua que taruqam as tabuas com-pridas entram nestas por rasgos abertos em toda a sua

    I,I

    rIg. 5~ COR:I'E DE TECTO DEMADEIRA E DO PAVIMENTO

    SUPER.IOR.

    -4-

    altura. Fica estabelecida uma especie de grade. cujasolidez e absoluta e parece que pode evitar os ternidosdesmandos de madeiras verdes ou de r n a qualidade. alernde serem muito leves, 0que em certos cases e de estimar,

    Par este processo podem construir-sa rectos de rna-deira au estucados, de qualquer dos sistema'S em usa.

    TECTOS SOB SOBR.A.DOSE ' da .rnaior pratica consfruirem-se os rectos no viga-menta -dos sobrados, E : medida economica e conce-bicla como nada pre-judicial; no entanto surgem as vezesdesvantagens ou prejuizos de -grande importancia.A combinacao dos varies elementos -dos sobradosComos tectos nem sempre resulta como se deseja, Llmasvezes e 0 solho que esta verde e puxa para certo Iado,outras 'Sao as vigas a to:rce-r para um lado e outro, epara concluir estas consideracoes, fazemos notar que 0forro dos tectos de madeira -e 0 Iasquiado dos tectosestucados -tambem puxam cada um para a 'Sua banda.Resultado: os tectos a rachar e a avizinharem-se todasas consequencias,

    Nas -construc;;:oes vUlgares . e assim, porem, que seconstroi e e suficiente, As vigas recebem 0 solho porcima e 0tecto POI' debaixo (Fig. 5 e 6).

    Nos tectos de 1uxo faz-se 0 assentamento de umaesteira par debaixo do vigamento do sobrado, a Iim dotecto Dao sofrer as causas do pavimento. Mas isto. eclaro, e obra mais cara. As secc;;:6esdestas esteiras saoiguais as restantes esteiras livres.A construcao de:stes tectos [elsos e usada por rieces-sidade nas casas cuja oobertura e uma 1aje ou placa debetao armado, para ser evitada a pas-sagem de humid a-. des que vem -do exterior. _

    Neste caso 0 tecto e complerernenre isolado da co-bertura do edificio, como nos tectos dos ultimos andaresde qualquer -ediica~ao.

    Pig. 6 - CORTE DE TECTO ESTU.CADO E DO PAVIMENTO

    SUPERIOR

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    ' . TECTOS DIVERSOS

    P'g. 7 - TECTO DE MASSEIRA(Do Lade Esquer-do: Code L:mgitudiMJ1; Do Lado Direito: Coete TcdTlS!le:'sal}

    TEC-TOS DEo s rectos de madeira sao os mais antigos, desde quecomecou a conscrucao de tectos nas habitacces.Os primitives tectos eram apenas uma 'cobertura, as-

    sente 'sabre urn viqamento, tat qual como sa o os soalhosdes pavimentos dos andares. .As coberturas das 'habita

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    TECTOS DIVERSOS

    &. . . . , , ~ : : ' - T Fig.8 -:-TECTO DE FORRO DE JUNTA

    A altura das abas e variavel. podendo tambem sermol durad a. . .

    A aba e preqada por tacos embebidos nas paredes,tal qua:1 como fazemos com os roda-pes.Algumas vezes as juntas do ferro sao cobertas com

    uma fasquia simples ou moldurada [Fig. 8).Te-cias as tabu as sao devidarnente galgadas, para que

    o seu numero numa esteira seja ri':gular e com a mesmaIargura,Forro chanfrado - Para este genero de esteira pre-

    param-se as tabuas. devidamente galgadas e coin oscantos chanfrados. Assentam-se encostando tambem astabuas urnas a s outras.Ha Iorros com os chanfros -de cada canto simetricosurn an outre, para se encontrarem ,tabuas de espera ede cobrir e ho3forros com os chanfros opostos em cadacanto. No Ultimo caso a esteira assenta-se a encher eno prime.iro assentam-se primeiramente as ta:buas de es-pera,. espacadas devidamente de acordo com a Jargurad . a s t.:buas de cobrir .. que s6 no fim se pregam e Hearnentaladas entre as de espera. .Forro de meio-fio - Tem estas tabuas os cantos pro-vidos de meio-jio, tal qual como as tabu as de solho eassim tambezn se assentam, havendo 'as tabuas de esperae as de cobrir. As tabu as t e r n tambem de ser bem gal-gadas para que a perfeicao seja obtida Iacilm ente.o pregamento - e executado pregando-sa a tabua deespera com um prego ao centro e s6 depois se prega atabua .de cobrir com um prego em cada margem. Quando

    , estes -tabuas .de cobrir sao de boa largura preqa-se tam-hem urn prego no rneio. . . ', , '

    FOR.ROS SOBREPOSTOSOs fOITOS mais usados nas casas de habitac;ao sao_aqueles que geralme:ote se designam de esteiresobreposts. (Fig. 9).As tabuas para este sistema de ferro sao simples-mente aplairiadas numa face e com os dois cantos feitos,no que se xeiexe as 1:abuas de espera: a respeito das ta~buas -de cobrir, estas sao taaibem aplainadas riuma f.acee depois dos cantos -{citos sao desengrossadas r a junteira-6-

    pelo seu tardoz. E este desengrossamento nos dois ladosdas tabuas de cobrir que assenta sobre as de espera(Fig. 11).Os cantos das tahuas de cobrir sao em geral moldu-rados com femea QU com qualquer outre perfil muitoSimples. \o assentamento deste Iorro, quando e a encher; Faz>-se pregando as tabuas de e:spera au camisas com umprego a meio, sobre cada viga, ficando espacadas umasdas outras a Iargura necessaria para se fazer 0 assen-tamento das tabu as de cobrir ou seies, que se fixam comdais pregos aos Iados para atingirem as cemises,Em volta dos tectos assentam-se sobre as paredes

    as abas. 0 assentamento destas este:iras e de uma grandesingeleza, como pelos descnhos muito hem se observa.

    T ectos encebeiredos - Quando sao de relativa :im-portancia as dependencias a forrar tambem quase sern-pre se encsbeirem as esteiras. 0 encabeirado dos forros ,consiste em assentar ern toda a volta das esteiras urna.ou mais tabuas -de cabaira; Estas sao em geral iguaisas que se pregam a '::Ochera esteira.

    As liga~Oes < las cebeires nos angulos das casas tantopodem ser feitas por meia-esquadria, como de topo.: Asjun

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    TECTOS DIVERSOSVIGAI'

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    TECTOS DIVERSOS

    Fig. 12 - TECTOS ESCONSOSA) - Esteire de EscJ'IDUi; B) - Esteire de Forro Sobreposto

    k j ~ : ~ ~ ,] ; 0 : ; ; : , ~ ~ , ; " j c ~ ~i~~{; !~ '~ -~ : I .~~;~if~~l~',~~~-~ '~ t :6~,~ \~ /_ ~ ? ~ ;~ :;:,~,~:;p-i~J~~~;:~~~o tracado para os apainelados e obtido dividindoa superhcie a cobrir no mimero de partes iguais quefique de acordo com a planta do tecto: a sua marcacaono vigamento da esteira e feita com cor deis Iixados empregos epontedos,Para a -boa execucao destes rectos constituidos porpaineis, e da maier conveniencia desenhar-se a plantapormenorizada -da esteira , mesmo que se estude 0 tectoprcpriarnente dito,

    E segundo a planta que se az a construcao da es-trutura do tecto.

    ESTEIRAS EsCONSASO s tee-tog em raznpa podem ser Iorrados par diferen-tes modos. aJguns dos quais estudamos .dentro dosprincipios usados na carpinteria.

    Urn dos sistemas destes forros e 0da sobreposicao.preqando-se no serrafado a camisa e sobre esta a seie,como se pratica nos tectos vulgares destas obras.

    Outro sistema ern usa correnre eo -de escerne. 0 seu

    Fig. 13 - TECTO El\CABElRADO E QUADRlCULADO-8-

    assentarnento inicia-se preqando-se a prirneira tabu asohre o serrafado de urn lado e sabre 'uma ripa, paraIhe dar altura, do outro.Seguidament: vao-se pregando as tabuas sabre 0serraiado e sobre a tabua j i l . assente, ficando sobrepostasumas as outras em toda a extensao do tecto.Este sistema e bastante pratico. A preparacao dastabuas consta 56, alem .do a'plainado da face, da Iacturados cantos. Urn dos cantos. 0que fica -do lado exterior,assente sobre a tabua anterior, e em geral molduradoou chanfrado.As ta'buas sao desengrossadas, correndo-se a jun-teira no tardoz, a f i n : ! de obter uma espessura igual emtodas elas, junto ao canto exterior. con forme vemos noPormenor dos nossos desenhos (Fig. ]2). Estes rectosde rampa sa o utilizados em sotaos para aproveitamentoda inclinacao do telhado, Lembramos, porem, que paraa consrrucao destas esreiras nao deve ser aproveitadoo varedo da cobertura. Constroi-se, a parte, urn serra-fado ou viqamento de esteira, para se evitar que 'as vibra-~5es da coberrura ou torcimento clas sua's madeiras in-Iluam perniciosarnente -na -estrutura dos rectos e nas pa-redes divisorias que lhes Iiquem ligadas.

    As coberturas dos edi licios apoiadas. como niio po-dia deixar de ser. nas parcdes mestras e raras vezes nasinteriores, nao devem ligar-se as esteiras de tectos nern aoutros motivos interiores da construcao.

    TE.CTOS DE MASSEIRA.Os rectos de messeirn (Fig. 18) que sao constituidos

    por uma esteira plana central e por esteiras inch-nadas para as paredes, formando como que urn tectochanfrado, foram muito usados nos seculos anteriores,quer construidos em madeiras quer depois, rnais tarde.estucados,Actualmente ainda se constroem nas rnoradias pro-prias e de aT solarenqo estes interessantes rectos. onde,por vezes, a pintura dccorativa mostra 0 sell 'belo es-plendor.

    Os vig2~entos para as messeires S20 em principioconstruidos pela forma geral de todos os vigamentos.Assenram-se as viq as de parede a pare-de com a equi~_distancia estabelecida, umas das outras, e depois faz-seo assentamento dos serrafoes au vigotas :inclinadas(Fig. 7) para a fixaC;ao das rnasseiras. Estes sezre foespodem SeT ?regados de par as vigas no sentido longi-tudinal -da esteira, e encastrados na parede, e no sen-tido transversal sao Hxados 'as vigas par boca de loboou per biqode (Fig. 19) e tambem com as suas oontasencastradas ria parede,

    A indinac;:ao do arnasseirado e variavel.Vai dos -450'ai:e a um espraiamento que 0arquitectotenha projectado.Quando par conveniencia para qualquer efeito da

    masscira as vigotas nao possam 'coincidir corn as vigasda esteira no seu sentido longitudinal. e mister Fazer-seo assentamento de chinchareis (") para neles se assen-tarem as mesmas vigotas, ficando assim desencontradasdas vigas. . ~ r

    (-) An~igamente os chinchareis tam-bern cram desiqnados por[ornecos, nome proprio da escarva onde entra a orelha do chincharel,

    "

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    TECTOS DIVERSOS

    Fig. 14 - TECTO DE FOR.R.O R.TNCOADO

    Conclutdo, por consequinte. 0vigaroe:nto da -esreira,vamos .descrever 0forro da masseira. pois que odo tectoe jii nosso conhecido.o revesrimento da masseira pode ser Feito -de Ferroa encher, como sabemos pelo esrudo dos tectos rectos,com rabuas largas ou estreitas, sobrepostas, encostadas.de meio-Iio e de macho e remea.

    Qualquer gene:ro de forro pode sec aplicado nasmasseiras,

    Nas boas construcoes as masseiras, as vezes, saocoristituidas por paineis engradados e almofadados(Fig. 18) que: se fixam as vigotas par pregos e tambemem rnuitas obras por parafusos.

    Nestes tectos -de masseira tambem. quando a suaesteira central forma paineis almofadados, se empregao 'engradamcnto coo a sua fixa~a6 aparafusada ao viga,mente.

    Todos as sistemas de tectos apainelados, quer sejarn

    I.I

    - - U. iL .Fig. 16 - TECTO DE FORRO DE MACHO

    E FE-MEA

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    c-. _. c.... _ .l_j~,~'~:~'~f~i~~:'~~:"~~~~~~~':~~~~_, . =f

    Fig. 15 - TECTO DE FORRO MOWURADO

    os paine is obtidos por reguas quer por almofadas enqra-dadas, tanto podern ser planes como dobrados.Nos nossos desenhos mostramos em pormenor aforma pratica desse genero de trabalbo, bern como as1iga;;5esdas .masseiras com as esteiras.

    Estas Jiga

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    TECTOS DIVERSOS

    !.~I/~i ~:@:'!(~';::@a'/"'.r!f{

    Quando, porem, 0 tecto e feito numa esteira livrede pavimentos pode.m os caixotoes ser metidos por c:imae assim Hxados.o que nunca e conveniente e que se Iaca a decora-c;ao dos caixotoes sobre 0 tardoz do proprio solho dopavimento, ernbora t-enha sido tratado com urn acaba-

    , me:nto para esse fim. As inconveniencias sao muitissimaspara a perfeicao da obra. As vibracoes do pavimenroreflectiam-se lla duracao cia estabilidade do tecto.

    E da rnelhor ccnveniencia nunc a esquecer 0earn por-tamento das varias especies de madeiras durante asestacoes.

    Os rectos dos caixotoes proprramentz ditos sao cons-tituidos por uns tampos :ngradados e almofadados commolduras que se fix am para as serrafoes que previa-mente se pregaram nas vigas. para esse fim, comoadiante dissemos,

    Por dcbaixo desses rectos pregamos OU aparafnsa-mos para as vigas urnas guar:cic;oes ou Fasquias -moldu-radas que os sustem, case fiquem desligados dos serra-foes por qualquer conveniencia. E de facto nada nosobriga a pregar 0 tampa dos caixotoes. Podem ficar sol-tos sobre as guarni

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    '. 'rECTOS OIVERSOS

    I f.

    melhor maneira de os conservarrnos sem deformacaonenhuma, As vibrac,;oes do vigamento nao podem destemodo atingir os rectos dos caixotoes, que Hearn incc-lumes,

    No nosso desenho (Fig. 23) mostramos os diversosmodes de "Sefazer 0assentamento dos caixotoes.A decoracao .dos artezoes depende .do projecto da

    depe ndencia em que a 'Sua aplicacao se faz, pois que setem construido caixotces de extrema simpiicidade e deriqulssima concepcao artlszlca.

    Algumas obras comportam caixotoes de grande re-levo, de altas znolduras e de requintada talha.

    Obedecendo a curioso recorte de passadas 'epocastem-se construido caixotoes de aspecto soberbo de im-ponencia, varjando-sr, os ornatos de cada caixotao nummesmo tecto, tal como se praticava em varies estilos at;quitectcnicos, sobretudo na Arte Gatica.o efeito destes tectos e magnifico (Fig. 1) e empre-gam~'Se: muito em saloes e vestibules nao 56 de casasparticulares como em estabelecimentos em que e exigidarica apresentacao.Cada caixotao forma em re1a

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    TECTOS DIVERSOS

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    ) I-~ - - B -~ ~Fig. 22 - TECTO DE VIGAS A VISTA

    ANOTACOE,SNos tectos de peguenos pavirrientos interrnedios nas

    casas cornerciais . e costume [azer-se, para se naodesperdrcar 0 pe d:reito existe nte, que nestas pequenasobras e sempre dirninuto, aplicar no solho superior queserve de tecto, uns serrafos moldurados a imitarem vigasa vista.

    Do mesino 0000 e com 0mesmo objectivo tambemalgumas vezes se pregam os serrafos em quadriculanesses rectos. na imita

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    '. TECTOS DIVERSOS

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    Fig. 2 4 - TEeTOS SANQUEADOS(Corle Lonqitedinel > Corle 'I'ransuecsel]

    TECTOS ESTUCADOSOs tectos estucados sao de origem Italiana e foi daItalia que sairam para todos os paises da Europamagnificos estucadores. que fizerarn escola nas obrasonde exemplificaram a sua arte. M,as vai longe essaepoca dos grandes estuques, repletos de ornamentacaorica e bela. Actualmente os tectos estucados, entre nos.sao simples e quase sempre desprovidos de ornatos degrande desenvolvimento artistico.

    Para as rectos estucados consrroi-sc, como e &bvio.a esteira vulgar. devidarnente tarugada,Sobre a esteira assenta-se 0 fasquiado ou placas deestafe. 0 primeiro destes sistemas ja esta qtrase fora

    de uso nas nossas edificacoes.

    Os tectos estucados acompanham todas as modaii-clades que Se usam nestas coberturas, quer se trate de:masseiras, sanqueados ou mesmo 'artezonados, Todasestas modalidacles vamos descrever separadamente.

    -- _.-_ ,. ,.A_ _, -.~.r'~__~-- " ,.:

    ESTEIR.AS FASQUIADAS:DEPOIS c ia esreira esiet pronta Iaz-se 0 assentamenrodo fasquiado, cujas Iasquias de seccao trapezoidalsao preqadas sobre todas as vigas com urn prego defasquiado n.O 4. As Iasquias que: tern de: espessura 0.015ou 0.01'8 e tern de Iargura maxima 0,02 beam separadas

    A) ~ Tecto Fesquiedo: B) - Tecto Fesauisdo, Rdxx:ooo, Esb~ado eEssuesdo: C) ~ Tectode Plscesde Estate, Esbocedo e Estucado.(D o Lado Esquerdo: Corte Trensoersel, Do Lado Diretto: Corte Longitudinal)-13-

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    TECTOS iDIVERSOS

    Fig. 26 - SANCAS DE TECTOSESTUCADOS

    A) - Sence Fesqaisde: B) - Sence reves-tide de- Esteie, C) - Dobra de MesseireFesouiede: D) - Pormenoc da Quebra daMasseira

    umas das outras cerca de . ( ) ,OIS, espaco este que 0f a s -quiedor calcula pela espessura do seu dedo maximo damao direita.As Fasquias sao preqadas com a base mais estreitapara cima, para que 0 reboco, vulqarmente chamadoperdo, nao caia, A disposicso do fasquiado e perpen-dicular ao vigamento ou serrafado e. para pe:xfei

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    '. TECTOS DIVERSO~

    TECTOS DE. ABOBADILHA;.

    Os tectos de abobadilh~ sao os mais pobres dos rectosestucados. No entariro exige:m perfeicao, pelo me-

    DOS, na sua factura final.Estes tectos sao, como se sabe, 0 tardoz dos pavi-mentes de abobadilha. cobrindo as superficies de tijoloentre as. vigas de ferro, Sao qeralmente curvos, de uma. aba de viga a outra, acompanhando a pequena ab6badado tijolo, mas em certas obras deixam-sz Iicar rectosem todo 0 seu espaco.

    Sabre 0 tijolo faz-se 0 eostumado reboco de arga-massa de cal e areia, depois 0 esboco e finalmente 0estuque.:As abas das vigas de ierro ficam pintadas com tinta

    de oleo de linhaca.Quando tratac-mos dos Pavime:ntos Dioersos apre-

    sentaremos os desenhos respectivos que nos mostramestes tectos, pois que sao relacionados com as aboba-drlhas,

    TECTOS DE., BETAO A.RMADOQUANDO as. placas de betao arm~do

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    TECTOS DIVERSOS

    o R o sTA LEM dos tectos d e : madeira e estucados ha a contar

    ainda com alguns rectos de: construcao invulgar,mas que -em certas ocasioes sao de absoluta necessi-dade. A ccnstrucfio dos rectos especiais depends semprecia natureza da obra e cos fins a que se destinarn asdependencies onde ternos de construi-los.

    Sao por vezes tectos d~ grande preco, com materialsrices. e podem do mesmo modo serem -apenas umas sim-pies esteiras constituidas per pobres folhas de cartaocornprirnido.

    Alguns tectos destas variadas cateqorias tern inte-resse e por iS50descreverno-los convenientemente, paraIicarem corihecidos nas suas bases construtivas.

    TECTOS FALSOSOs tectos falsos sao aglleles que se constroem abaixo

    dos rectos proprios urna vezes para diminuicao degrandes pes direitos, ourras. para encobrir deficienciasexistentes no verdadeiro ~ecto e ainda aqueles que Hearnpor debaixo das placas de betao armado a fim de evitarinfiltracoes de cima.

    Os tectos Ialsos que tanto pod em ser de madeiracomo estucados ou de outros quaisquer materials. saop o r vezes de b o a a p r e s e 3 t a < ; : a o .

    As esteiras p a r a estes rectos sao em geral consti-tuidas par serrafoes ou s~mples serrafos se as superficiessao estreitas. 0 encastrarnez to destes serra foes Iaz-sefacilmente. deixando os agulheiros relativamente espa-.o;;osos. Depois do acompanhamento dos serra foes estarseco aplica-se 0 revestizrento de madeira ou de estafepara estucar,

    TECTOS FOR.TESNAS dependencies on de seja conveniente construirparedes de forte revestimanto, tambern se cons-

    troern tectos fortes. Estes rectos com 0 sen vigamentoda esteira assente pelo sistema vulgar, sao compostospar uma rede metalicr; pregada nas vigas. Depois defix a d a a rede aplica-se pclas malhas, que pcderao medir0,0 1X0.03 pouco rnais ou menos, urn entrancado d eestopa ou sisal, destinado a receber a argamassa de en-chimento,A argamassa que: e lata com cimento e areia pelotr 2 < ; : 0 de 1:2 OU mesrno de 1:1 e por isso denom inadamassa forte. Inferiormen te aplica-se 0 'esbo

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    ~ ~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ~ENCICLOPEDIA PRATICADA "CONTRU{:AO CIVIL

    TEXTO E DESENHOS DE F. PEREIRA DA. COSTA.

    OBRAS DEA S ohras de alvenaria, em qualquer das suas modali-

    aades. formam a parte 'mais importante -da Arte-ie Construir. A alvenaria eo agee-gade das pedras natu-'ais com arqamassa e 0a'grega:do des '1)10cos artificiaiscom a argamassa 1ambem. 'Como os tipos de alvenaria sao varios 'do mesmo

    nodo as argamassas sao -de dife.ren'tes quahdades. E e m!era-l 'a qualidade da argamassa que caracteriza a alve-naria.

    A boa. argarn'assa origina trma boa alvenaria i!esta e1uprema garan'tia 'de uma boa edificacao, Tanto '3are:iazomc a 'cal au 0 cimento devem estar -livres de rnateriasestranhas.Os elementos consriturtivos das arqamassas devemiCC sernpre de superiores qualidades, como rambem a

    ALVENARIAconstituicfio des traces deve .sempre ohservar-se risoro-sanrente.

    As 'boas qualidades das pedras naturals e dos blocosartificiais devem igualmente ser 'garan'tida'S,A agtra e sem duvi'(la 0 de-menta indispensavel dapreparacao cia arqamassa e da fonnac;ao da alvenariasNao 'deve ser desprezado 0seu estado proprio: deveser doce e limpa, embora aos estranhos da Construcaoisso pareca dispeusave'l.

    A alvenaria na: sua Formacao, elevando as paredes, euma boa consumidora do ,me : lhor dos Iiquidos. Deveacompanhar os pedreiros em Ito'dos os seas trabalhos.desda as 'fundac;oes a . te as platibandas, passando pelasparedes e revestimentos, pelos tijolos e pelos azirlejos.

    PAREDE DE ALVENAI?!A VULGAR(Alr;ado e Corle)

    .---~.I'-~.~

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    OBRAS DE ALVENARIA

    p R E L IM,": Io s materials que en tram na cornposicao da alvenariasao as pedras naturais calcareas e silicicsas, osaglomerad'Os di:: barre e de cimento, - os tijolos e osblocos, a areia e os produtos de agregac;ao, a cal. 0cirnerrto e a agu'a.A pedra e empreqada desde os tempos rmemcriais eo tijolo de barre -seco 80 sol foi corihecido das velhascivilizacces, como '00-10 atestam as minas das remorasedificacoes da Assiria e da Caldea.A CODS'truC;.aoda casa vern de -distantes epocas, tal-

    vez quase do' inicio da hurnanidade., -pois a historia doseu principio perdeu-se ha muitos milenios na 'lIoite dostempos.

    A argarnassa, 0elemen to cia agregac;ao. essa e rnuitomais moderna e diz-se que foram os Romanos os seusinventores. As suas construcoes assim 0atestam,Enquanto se nao descobriu a argamassa, a alvenariaera formada por pedras aparelhadas justa postas e' sobre-pastas umas a s outras,Os monumentos dos Gregos e dos Egipcios eramassim construidos e chegaram ate nos, imponentes ebelos. As obras de tijolo seco dos Assirios e dos Caldeussao llmas tristes rurnas de aspecto desolador.

    Com 0desenvolvimento das argamassas foi desapa-recendo 0 emprego da pedra aparelhada, pois

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    '. OBRAS DE ALVENARIA

    A L. V EA alverraria e urn macico constituido por pedras dediferentes dimensoes, partidas 2'0 calhar, ligadas. por argama'ssa umas as outras.A alvenaria classifica-sz, em qualidades devidas espe-

    cialmente a natureza cos rriateriais que as .distinqtrem.As principals qualidades das alvenarias s~io entreourras: ordinaria, hidreulice, de cimento, de tijolo, -deadobes, de perpeenhos, etc.A alvenaria ordinaria e constituida per fragmentesde pedras de varias dimensoes e 'argamassa de cal eareia. A sloenerie hidraulica e constituida par identicosFraqmentos pedregosos e argamassa de cal hidraulica eareia, A eloenerie de cimento tambem desiqnada hidrau-lica e Feita com arqamassa de: cimenro e areia, alem dosir-agmentos de pedras como as anterior es a'lvenarias.A eloenerie de tijolo e censtituida per qualquer tipode -tij'Oloe argamassa ordinaria ou hidraulica,

    A eloenerie de adobe ou adobo e constituida pel osadobes e argamassa ordinaria. A alvenaria de perpea-nhos, usada no -norte 'do pais. e constrtuida ,par pedrasem forma de paralelepipedos e argamassa de qualquertipo.

    Entre nos as aIvenarias sao conszituidas per pedra,tijolo. adobes e bleees de cimento, mas Ia Fora diz-seque elas sao consrituidas por pedras rraturais e artificiais.A construcao -das alvenarias obedece a s dimensoesdas paredes que constrtuem.

    Quanta as Eases construtivas a alvenaria subdivide-se-em dois tipos: 'alvenaria em fundac;oes e em eleoeciio,A primeira que e corrstituida par pedra rija e perargamassa mais ,forte faz 0 e:nchircento das fundacoese forma os ailicerces 'da edifi'ca

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    OBRAS DE ALVENARIA

    Nao se devern construir -trocos .(Ie paredes, por rna-iscurtos que sejam, so com pedras pequenas, porque naose obtern assim nenhum travamento. .

    Quan

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    "OBRAS DE ALVENARIA

    I l , I-' -

    Pig. 8-PAREDE DE ALVENARJA APARE-LHADA (SfLHAf(ES - Opus Pseudisodomum)

    ALVE,NARIA MISTAA alvenaria construida com pedre de eloenerie emfragmentos Irregulares e com opedras aparelhadas-m solidos prismaticos tern a' vulgar designa

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    OBRAS DE ALVENARIA

    Cprr~-!--'---__;:_----'------L--..--f.._-cA~hlA I 'd ' , ;; '&1 0 .1 'I ! ! ~ ii I ~ ! ~! ! i ~ !I I , ~ ~ I~ I n I I

    II ! ! I I I ~ !! ~ ~ i I~ I I i I-, -P;g. 10--A)-PAR.EDE DE TI]OLO A CUTEW;B) -PAREDE DE TI10W A MEIA VEZ

    Fig. 11 - PAREDES DE TI]OLO A 1 VEZAparclho de Sistema lng!es

    -6-

    Quando 0e:difido fica encostado a outro au no meiode outros as paredes latera is que: -encostam s a o as em-penes e) 'e tOOl menor espessura co que as fa-cha-cias.

    As paredes que formam as divisoes da casa sao aspeiedes interiotes ou paredes divisOrias.As paredes mteriores podem como as exteriores terdiferentes espessuras. Tudo depende da grandeza daobra. AS paredes interiores que separam os diferentescorpos de urn edrficio sao em -geraJ relatrvamente '91"'OS-sas e, por-tanto,. construidas de alvenaria como as paredesmestras.De ordinaria as paredes interiores sao as tebiques eos frontais. .Estas designac;6es vern dos tempos da construcao dosesqueletos "de madeira. hoje .desaparecidos e substituidosper tijolo.Assim O' S tabiques actuais sao paredes ou penos detijolo a Y 2 vez e as frontais sao paredes de tijol0 a 1 vez.Os penos (2 ) -de tijdlo a cutelo ' t amb"em correspondem atabiques estreitos,

    Para a construcao das paredes de qualquer sistematern 0pedreiro de se servir consranterrrente do nive! e dofio do prumo, para que elas se mantenham sempre bemnive'1adas e -aprurna'das 'CIesde a sua hase sQhre as fun-da~Oes

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    '.OBRAS DE ALVENARfA

    grandes. 'tanto no sentido longitudinal como no trans-versed. Uma alve:naria de pedr:aS"-iniooas e argamassanao tern 'a ccnsistencia 'necessaria para a elevacao e naoresiste eo esmapamento.As paredes vao crescendo por fiadas e em trocos derelative comprimeoto. Ern geral trabalham nas pare-despelo rnenos dois pedreiros. urn de cada lado, um 'POr den-tro e outro por fora,

    Nas grandes obras as .paredes sao construidas pormuitos pedreiros.

    A composicao das pedras nas alvenarias 'Cleve ncarbern macic;;ada com pequenos fragmentos de pedra nosespacos entre os gran des blocos,

    Nao e converriente deixar nas alvenarias vazios nerogran-des recheios de arqamassa, As liga

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    OBRAS DE ALVENARIA----------------------------------------------------------~-

    l(fI I 41yo",",I I I I !~ [ J ' I I I h c_i'"I II I L"kdA I '/gnt a 4 ' . " / N I ' I I 4 U1--- - . -

    1 ~ ,//////.I r"'~/0I J J! I JI Pb"rc ~I/ 1/4d,pr M

    Pig. 14-PAI?EDES DE TIIOLO A])1 VEZESJ) ':""'Aparelhode Sisieme. Holendiis; I)- Aperelho

    de Sistema Ingles

    Pig. IS-PAREDES DE TIIOLO A J Y 2 VEZESL) -Aparelho de Sistema 'ngUs; M) -Aparelho

    de Sistema Flamengo

    , V .~,/////'c . .. t' ",

    IPJ.mt....I.cr r: T--..z I~

    f_ ~: II IJ W .= r= - - I !== -= F- I, , -! I I: .t :':'d~' b Q'~' I

    Pig. 16 - PAI?EDE DE TIIOLO A 2 VEZESApareIho de Sistema Ingles

    Fig. J7-PAREDE DE TlJOLO A 2 VEZESApareIho de Sistema F/amengo

    -8-

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    '. OBRAS DE AI -VENARIAA 1r--.---.---~--~

    r l . - . -- - .- - -. - -~ ~

    Fig. 18-PAREDES DE TIJOLOA) - Paredes de 3 ....exes - Aparelho de SistemaIngles; B) - Paredes de 3 Y 2 -vezes - Aparelho de

    Sistema Ing[~s

    ~I

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    Fig. 19-PAREDES DE TIJOLO A 1: VEZESAparelho de Sistema Ingles

    C--''::.=J--'- AhI. If,~t/tJU Pam-

    (I I Ii-I.1~ i ~,

    "It

    B

    1'-' ,--'- .-._._ Br;;'d. .u /'"fN'r~'

    I _ JI ITIll jII !ig. 20-CUNHAlS DE TI]OLD A 1VEZA-B) - Apardho de Sistema Ingles; CoD) -Apa-relho de Siseemo Plamengo; E-F - Aparelho de Sis-

    teme Ffllr:cesFig. 21-CUNHAL DE TIJOW A 2 Y 2 VEZES

    Aperelho de Sistema lngle . ' t

    -9-

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    OBRAS DE ALVENARiANas CODStruC;Oe-S de alvenaria de tijolo e costumeassentar os tijolos d':fcituosos 110 interior e os rnais

    perfeitos nos pararnentos.Descritas as paredes o e alvenaria de tijolo, vamos

    de seguida descrever os frontais e tabiques e1evados COmo mesmo material.

    ros 'e tijolos furados dizem-se paredes de tijolo misto,A sua construcao faz-se per fradas horizontais e sempreem posicao desencontrada ou de mara-juntas, tanto hori-zontalmenta come verticalmente,

    A espessura da argamassa entre os tijoles vai de-0.008 a 0.01. Iazendo-se 0possive'l para que 11 a altura daparede fique urn 1lumuo cerro de Iiadas,

    Para efeito das fiadas de tijoios usam-se umas Ias-quias como rnestres, onde se marcam as alturas dasfiadas com a junta de argamassa inclulda,o nivelamento das paredes e obUclo com 0 fio deprumo e 0 alinhamento e conservado por IOriO de cordeles'ticado no comprimento da parede,

    Todos os tijolos sao previamente molhados. a Iim deos Iimpar de poeiras e tirar-Ihe as qualidades < 1 0 barre,de absorcao da humidade -da argamassa e -dar-lh-e boaaderencia.

    Quando a parede forma cunhal deixam-se fiear al-gum tijolos

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    OBRAS bE ALVENARtAc :c .= . . = - r ' ~ - A. - r - -

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    .Ijig. 24-CUNHAL DE TI]OLOSA 2 VEZES

    Aparelho de Sistema FlamengoFig. 26 - CUNHAL DE TljOLOS

    A 3 VEZESAparelho de Sistema Irr!7[e~

    Fig. 25-CUNHAL DE TI]OLOSA 1~ VEZES

    Apexelho de Sistenu, Ingles

    das niveladas e as' juntas des tijolos devem ficar desen-contradas para melhor eravamento,PAREDES DE 1VEZ DE TIJOLO. - Sao ainda

    ccnsideradas Frontais estas paredes cuja espessura eem osso 0,23.o assentamento des tijolos nestas paredes e feito porHadas, sendo um tiiolo ao comprido e dois atravessadose sempre alternados em todo 0comprimento da paredee assentes ao baixo.'Mantem-se '0 nivelamento das fiadas por cordel ecom 0fio de 'promo garante:-se a prumada,

    Em geral nao se empreqam nestas paredes tijolosquebrados senao nas extremidades 'para conclusao dasIiadas,Nas liga

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    OBRAS DE ALVENARTAbetao, a mao-de-obra e quase nula, a D a O ser a do amas-sadouro que do rnesmo modo tambem conta para a alve-naria.

    A rnassa do betao pede SCI transportada do arnas-sadouro ou da betoneire (1) para 0 l ocad da fun'da

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    '.OBRAS DE ALVENARIA

    T'arnbem se da 0nOIRe de cortina ao muro que SU~r -rta 0 terrene que serve de caminho .sobranceiro aqueie, I que assents.

    A sua forma de construcao e i"dentka a 's das restan-res paredes, Empregam-se alvenarias das mesmas espe-

    -s e tratarn-se das Iundacoes pelos mesmos pro-I '>SOS.

    Para 0amparo de terrenos escarpados e que ameacarndesprendimento constroem-sz empedrados inclinados e-cocsmentas com as juntas ,das pedras tomadas comgamassa de cimento e areia .As vezes os empedrados sao construidos por pedra

    < - "ca ou eluenerie insosse.Os muros nas dlvisorias de terrenos sao muitas vezes

    _..)nstruidos de pedro. seca, sendo a sua sequranca bernobtida pelo reboco aplicados em ambos os seus para-entos.

    CUNHAIS"\ s cunheis das paredes que -devem sempI'~ 'fkar bernV construidos, tanto pod-em ser de alvenaria de pe--':-a como de -,tijdlo. No primeiro caso devem previa-ente aparelhar-se as pedras a picfio grosso. como

    Jd dissemos. a fim de bern condizerem com os paramen-tos das elevacoes e formarem os angulos de acordo comforma da 'planta da edificacao, Quando cozistruidos:! tijol0 0 apare:lho deve ser cuidado de- rnaneira arazer-se urna 'boa travacao, combi'11ando-se 'bern 0Ideseo-centro

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    OBRAS DE AILVENARIA

    Mo AA s argamassa:s sao massas constituidas por rniscuras

    de cal e areia e cirnento e areia, amassadas comagua proporcionalrnenta ao volume,o local onde se fazem as argamassas -charna-seemes sedouro e e preparado no terrene limpo e batido oue cons tituido por um grande estrado de madeira, me-isou menos quadrado e doegrandes -dimensoes: 2,50 X2,00;

    2,'50X2.50 ou 3,OOX2.50 com v aba s -em tIes dos seusIados.

    A frente nao [eva aba, porque e nela que trabalhao serventc do arnassa'douro na operacao da mistura dosmateriais e na arnassadura Jeita por rneio da enxada.Jun'to do amassadouro urn pequeno prumo grossomctrdo no diao 'e -encima.co par urn topo Ide ta:bua serve-pa:ra descanco dos coches e -das latas enquarrto se en-chern de argamassa, e Iacultam melhor do que no I::hao 0seu carregamento pelo servente que os transporta aolocal c ia execucao da alvenaria,Actualrnente. as argamassas sao quase sempre trans-porcadas em .Jatas quadradas, das que servem a petro-leo. mas ate ha POllCO -tempo eram e ainda em ~:Igumaslocalidades 0 sao, 'transportadas

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    '. OBRAS DE ALVENARIA

    sO se encontra nas rnontanhas onde existem ou te-1:' ~-existido Vl.1'1c6es,deve 0 seu nome a Pouzzoles. ~0.:.0-dade dos arredores de Napoles, na vizinhanca do v ~ -vic, de: onde se extraem grandes quantrdades,

    A pozolene. (: g-er.a-1reente constituida por srlica, i:-:~minio e piroxido de .ferro. Nunca e utHizad'a 'em n2.:-':"-"';Para ser ernpreqada adiciona-se-lhe, conforrne 0Y2-=-~do trabalho. quarrtidades calculadas 'de magnesia. ::~ esodio ou POtaSS'3.

    Como as riecessidades industriais desre produtc ~~grandes. fabricavarn-se ,tambem pozolanas artiS--~-constituidas por varias sirbstancias. tendo como base 2-silica e 0alIuminio.Com 0 desenvolvimento da industria dos dcc~a eroprego da pozolana quase que desapareceu por ~~pleto na l lguD ' s paises.

    Obtem-se uma pozolana artificial de regu'lar q==:-dade. rnuito propria .para grandes rnacicos. calcinz::-.:ccalcareos que: contenharn de 57 a 84 partes de arqila ;.;;.43 a 16 -de carbonate de: cal, a que : se : junta, .depcis 2e:perfeita pulverizacao, urn pouco de cal gorda.Esta pozo1arra assim obtida : muito econornica e aseu eadurecimento muito rapido.

    II

    I-- ~

    Fig. 3O-PILAR,ES QUADRADOS DE TIJOLOA) - Pilar de 2 oezes: B-C) - Pilares de 1 5 1 CJc.::.s.:

    D)- Pilar de 1 IIez

    CIMENTOo S cimerrtos arti'ficiais sao obtidos da cakinaC;30 '!:pUl1veriza~o -de: pe-dras calcareas a g-ralldes :~-::;-

    peraruras.o cimento natural e : 0 de Portland, na Ing.la:,::-:-z...mas fabricam~se em quase todos os paises bons cimc":l..."'5para alvenarias e para 'be'tao armado.

    Os cimentos classiftcam-se 'pelas suas qualrdadcs, ::;~~sao: de prese rapida. de pcese: Zenia e de prese ~i-;:.z-o primeiro endurece em a-J.g,u'ns minutes e 0 St..~.~.i::demora de 8 a 18 horas em rmersao.Os cirnentos de presa 'len'ta de cerras proveni~:':c.lSerrdurecem a s vezes com aJguma rapi'dez.

    II

    ~

    ,.--~.l'I11T

    Fig. 31- PILARES RECTANGULARES DE TIJOLOA) - Pilar de 2 oezes; B) - Pilar de 2 oezes POI' 2 Y z CJe-zes: C)-Pilar- de I oe:z por 1 Y z vezcs. D)-Pilar de 1 oez

    Para 0b em o 0cimento nrais apropriado e 0de presa~2:-dia. porque durante a -sua cesao ha 0 tempo neces-:.2.rio para se juntarcrn as carnadas que formam 0 todo:. a obra, em perfeira qiga

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    QBRAS DE ALVENARIA

    AREIAA areia para a construcao de alvenarla deve serpura, de grao seco. anguloso e aspero e iserita

    de terra e de outras materia'S.A areia 'Para a -aTgamassa de alvenaria 'Vulgar deveset:' -de grao medio e para a argamassa de tijolo e depedra aparelhada de gao fino.A areia quartzoza e sjliciosa e a melhor para as boasargamassas.

    As areias salgadas e argilosas nao devem ser em-pregadas na confeccao de qualquer aTgam2SS2.

    A classificacao das areias e Ieita do seguinte modo:areia de grao fino a que passa '!IO crivo de ~ rniiimetro:G de grao medic a que passa no crivo de 2 maimetros efica no -de ~ e a Ide grao grosso a que passa no crivo de5 znilimetros e fica no de 2.

    SAIBROE M algumas l'egioes onde a boa areia escasseia em-preqa-se na confeccao da argamassa o :saibro,especie de terra mais ou menos engranitada.

    Para a arqamassa destin ada a alverraria ordinariaaceita-se urn saibro de grao mcdio e limpo de mate riasestranhas, quaisquer ~lle: sejarn.

    Na construcao de Iormiqoes ernpreqa-se de prefe-rencia urn saibro arg11oso quando a brita e siliciosa eutilisa-se um saibro silicioso e aspero se a brita e cal-carea.

    TRACOSPARA a confeccao de argamassas os melhores traces

    sao aqueles que vamos indicar,PA'RA FUNDAe 't.er~e urn grande cuidado: 0cimenro deve conservar-se :abrigado para nao sofrer alte-racoes que Ihe prejudicarn as qua'[idades e podera estra-gar-se.

    Corn -a enxada em movimentos .de vai-vem e aper-tando corn ela os elementos de encontro a s tabuas < 1 0amassadouro para que a sua aHrega~.3D seja perfe:ita,conseque-se 0 melhor processo de amassadura,

    A s paredes de alvenaria de pedra e :argamassa ' t e ma espessura que. OS projectos estabelecem. qualquer

    que e:'laseja, a partir, pelo de 0,35. .Na boa alvenaria Ide lCijdlo nao devem aplicar-se boca-

    dos desse materiai, nem nas paredes

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    - ,ENCICLOPEDIA PRATICAD~ ~-CONSTRU(_:AO CIVIL 4

    TEXTO E. DESENHOS DE F. PERE1RA DA. COSTA..

    OBRAS DEEXPOS:A no Czderno ' f - ! . .o 13 a constituicao das al~~-

    narias com os materiais seus componentes, especifi-cando as argamassas, tratamos agora neste Cedernoda.s suas diferentes aplicacoes. 'Desenvolvemos os casas

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    o BRA S D E A L v E N A R fA

    F oNA s fundaroes au elicerces de uma edificacao. que seiniciam pela abertura de ceboucos au fundafoes.e um dos trabalhos de mais responsabilidade c ia cons-trucao civil As boas fundac;;oes garantem a boa solidezde urna casa atraves dos tempos. A boa alvenaria a em-preqar nas -Furidacoes e um factor primordial para asboas Fundacoes.As mas iundacoes D20 podem 'garantir. nem nuncagamntiram, a solidez cia construcao: sao frequentes osessentementos. que prejudicarn para sempre 0edificio.Fazendo-o jingar e tirando-Ihe 0nivelamento e as pru-rrradas, 'bases essenciais de 10da a cdificacao.

    Antes -de entrar-rnos propriamente no -estudo da al-venaria das fundacoes, vamos tratar da implantacao.pois -que e desS'e principio que sai a abertura des ca-boucos.

    IMPLANTACAOoS melhores terrenos para edifrcacoes sao os de rochafirme, os de -terra compacta ou dura e de: super-fide: plana ou quase plana. Os -piores terrenos sao osde areia, de: terra vegetal, de terra Iodosa e de correnteshurnidas.

    Os terrenos de superficie irregular, de socalcos e degrandes rebaixamentos, embora de boa qua . J . i d : ade naosao aconselhaveis, per encarecerern a construcao, devidoa mums de suporte e a outros trabalhos de elevadopreco. para sequranca da edifjca

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    >_ o BRA S 0 E ALV E N ARIA

    Fig. 3-PLANTA DAS FUNDAC;OES DE UMACASA ENTRE OUTRAS EDIFICACDES

    FUND.A.COESD'EPOIS de concluida toda a implantacao da obra 'a

    construi r. inicia-se a abertura das fun dacoes, coma escavacao Feita correctarnentz entre as dois cordeisfixados nas est2C2.S. '

    Admitindo--se per principio. que o terreno e bampara a edificacao. as Iundacoes sao abertas ate: a pro-fundidade de 1.00. sendo convenienta 'que em todo 0tracado, lfiquem sempre ao mesmo nivel. para que: nocaso de se darem esseritementos, se ocasionem per igua']em toda a superficie da obra,Se por ventura 0 terrene em algum ponto ameacaresboroar-se para dentro -d a 'Iundacao, .ampara-se com

    tabu as ou taipais estroncados do lado oposto, ate ao en-chinrento (Fig. 1).Os esp3

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    o BRA. S 0 E A L V E N A R 'IA---- .._-----------------------

    JPig. 5-DlVERSOS TlPOS DE FUNDAC;OES, A)-FUNDAcAO COM SAPATADE BETAO saBRE CASCALHO; B) -FUNDAcAO COM SAPATA DE SETAO;

    C) - FUNDACAO DE ALVENA,RIA OOBREA TERRA

    Uma placa -de betao armado em toda a superfjcie c iae:di'ficac;iio e outros sistemas mais -ou menos identicos.estao indicados obedecendo a ca1cuIos de resistencia.

    Nos terrenos duvidosos tern de proceder-se semprea construcao de sapatas, como ja vimos, dando porvezes cuidados apreciaveis, pois os assentamentos e osescorreqementos surqem-nos quando menos os -espera-mos.

    Para -terrenos que DOS nao ofe:recem confianca cons-truimos boas sapaeas com a

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    53/

    !Itl

    J

    If

    ITIt

    '. o BRA S 0 E ALV EN AR IAsucas sabre as fuodac;5es 0,10 de cada lado so emcertos casos, porque de: 'crdiriario rnanteern-se 'as espes-suras -das 'funda

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    o }) . A S DE A L V E N A R lA--- --- ------------,-------------E L v

    CRESCIDAS em nivel 'geraI todas as -paredes das fun-dacoes e da caixa+da ar, na altura indicada noCorte do projecto da obra, para 0 primeiro piso, pro--cede-se ao chamado ensoleiramento. que estabeIece dessenivel para cirna todas as alturas do ediHcio que se-vaierquer.

    Par meio de urn escantilhao, que e uma regua de:madeira, com. todas as alturas rnarcadas. que se colocaem cima da soleira da porta principal. val-se rnarcandoe apalpando todos os nivelamentos da o'bra na 5Uaaltura.

    As paredes mestras, que sao de .alvenaria de pedrae arqamassa. que S e c eJevam depois de: marcadas sabreas paredes das 'funda

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    '. o BRA S D E .\ L V E N ARIAPara a construcao de vaos de janelas faz-se 0 tra-

    cado das suas larguras, tal qual como se. pratica paraas portas. na ocasiao < 1 0 ensolelramento, como atrasdissemos. Ate atinqir a altura do peitoril, que em ge:raIe de: 0,90. constroi-se 0pano de peito de tijolo macicoa ~ vez: Em edificios de certa irnportancia 0pano depeito e construido com 1 vez de tijolo rambem macico,para se evirar a infiltra

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    1I Ir

    o BRA S D E A L V E N A R'lA------------------------------------------------------

    Fig. 10- vAOS DE PORTAS E lANELAS(Alr;ados e Plantas) - Golas de tiiolo

    Pig. 11- vAOS DE PORTAS ElANELAS(Alr;ados e Ptar.tas) - Golas de sluensrie

    peito horizontal e outras um chan fro ou esbarro(Fig. 18).

    Para a ressalva de vaos que se am-em em paredesde alverraria existente, e muito pratica a aplicacao devigas de ferro 'I, devidamente calculadas para 0suporteda carga que sobre elas incidira,

    Fig. J2-PAREDES DE ALVENARIA DE PEDR.A(CunMis. Piteseres e Enchslcos)

    -'8- "

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    I{f ) , _,,'

    '. o BRA S 0 E A L V EN ARIA

    ~---+

    /.!1C/Mo hSb/~j-3-An'r/4

    I

    Fig, 13-PAl?EDES DE ALVENAR.IA DE PEDR.A(Geoetos, Cunhais. Golas e Enchelcos )

    Fig, 14- VAO S COM ARCOS DE RESSALVA DE T/JOW

    Fig. IS-PAREDES DE ALVENARIA DE PEDRA(A1~"ado e Plerd: com cuixos para socos epilastrasj

    ENCHALCOSA os espacos entre as espessuras das paredes e osparapeitos -das janelas ou vaos -de portas da-se 0nome de enchelcos ou enchelces. 0 rasgamento das. pa-redes desde 0para-perto 'a te a s erestes e a abertura dovao pdo lado interior.

    Os tectos dos -enchialcos ou sejarn os seus sofitos. tewtambem 0seu rasgamento ate '3 aresta que se de-nominaooo ou ooemento.As erestas tanto do rasgamento como do ooemeniodevem comportar tacos para a 'fixa

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    o BRA S D E A L V E N /I. R 'lA--------------------------------------------------------

    Fig. 17 - PORT AIS EM PAREDES [NT ERIOJ(ES DE TIJOLO. (.it Esquerde vancom area de tij%; a Direite vao com verqe de madeira)

    Para se obter 0 ;bom ~quillbrio dos rasgamentos emister considerar uma [in'ha do eixo do vao, e -estabeIe-ciclas as distancias de cada lado da linha do eixo paraas golas. da-se para abu-gar 0 rasgamento .a~ n : e-dida rrrais rias.Nas construcoes a:1tiga~ as paredes divis6rias cramos ,rrontais e os tab::rues. cuj a esL--utura_era ~e =:deira. Actualmente: esses tipos de consrrucao estao pra-ticamenre -postos de iado (. ) - 50 em cases de ordemespecial ainda se COI:ls:roe:m- .As -divisorias que t e m d.: st:?Or;ar carqas maioressao CO:lscruicias a I vez d.:- djolo e correspondem 205Irontais e 'as de menor esfo~o sao cO:Js!ruldas a X vezde tijolo -e correspondem 2.;)5 !2i:>iques. ':.5 divis6:iasde: rnaior simplicidade sao '::0::.s~ra::las com tIJolo a curelo.

    (0 ) E::J. outre> Cadcrr.o d,:~:3. = - - : " ' c ~ . ~ : . c . a .~crao esrudados osFroateis. Tabiques e Ol.:~z_s. ~ : :: - .. . : : -~ 2 . . S ~ znacerra.-10-

    Assirn, no nosso desenho (Fig. 6) indicamos as es-pessuras das paredes diviscrias.

    As divisoes principais da construcao, as paredes queformam a caixa da escede e ourras conforme as neces-sidades, sao sempre construidas a 1 vez de tijolo furado(2 Iuros ) se as carqas sao pequerras, mas se tem desuportar vigas 011 lajes de beiao armado constroem-secom tijolo macico. Em certos trabalhos constroem-se asparedes a1 vez de tijolo com tijolos macicos no sentidotransversal, os travadouros, e com tijolos furados nosentido longitudinal. Da-se a esta forma de construira designac;ao de tijolo misto.

    Os penos de tijolo a cutelo sao aplicados nas divi-sorias -de retretes, vestiarios e outros tabiques que naosuporram peso algum 011 nao chegam aos rectos.Os frontais que medem 0,23 ern tosco (1 vez de ti-jolo ) e os tabiques que 'tem em tosco 0.111 e 0,075 saoessenies sobre 'as funda(oes no sell eixo, e elevam-se ate-ao nivel do vigame:nto ou da placa de betao armada que:forma 0 piso do andar superior e -seznpre assim ate 0ultimo andar ,do edificio,

    ANDAIME,SQUANDO as parades atingem mais de 1.10 ja OS pe-dreiros nao podem trabaJhar porque lhes falta aaltura necessaria. Comeca-se- por 1550 a armacao dosendeimes.

    Atravessam-se na parede que se constroi uzis traves-sanhos que se apoiam nas suas extremida des em pru-rnos assentes no chao; ~espa~ados de 2.00 em 2.00. Osprurnos devem comportar a altura necessaria para sec'hegar ao fim -da parede. isto e . ao sen ponto rnais alto.

    "

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    j

    '.

    Fig_ IS-COR-rES DE TANELAS E FRESTAS

    A largura do andaime. que e 0 comprimento des tra-vessanhos. sera de mold-ea dar 'lugar a duas 1abuas.cerca de 0,30 desviadas da parede, de cada Iado delas.Estas tabuas que sao vulgares tern 'gerahneTlte 0.20 ou0.25 de Iargura e beam pcegadas nos travessanhos. Quepor sua vez sao preqados nos prumos.

    A pare-de vai subinclo e novo piso se da ao 'andaimeate se terminer. De prumo a prumo prega-se pela alturade 0,90 uma costeneire, tabua estreira, que serve paraamparo .dos operarios e que: e 0guarda-costas.

    A subida para 0 andaime e Ieita por UIDa pranchade madeira. 'as vezes constituida por duas tahuas. comripas au serrafos 'atravessados, como se Iossem degraus.para faeilitar a subida. 'Esta prenchnde e preferivel auma escada que 'tornava di.fIcil a circulacao do pessoal.

    Os buracos que serviram de lugar aos travessanhos,os bueiros, sao no [inal da construcao da pareda tapadosconvenientemente,

    PORTAlSTEM a d.esigna~ao geral de porta is ,todos os vaos doe_ portas das paredes interiores. As suas larguras saomarcadas sobre as paredes das 'funda

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    o BRA S DE AL V EN A R~AE oo R M

    - : 3 OB esta designa~ao agrupamos uma serie de traba-lhos complementares -da alvenaria uns e seus re-ultantes outros.Todos des ficam bem esclarecidos e aqueles que

    necessitam de tracados especiais tem~os aqui hem ex-postos como convem,Ha, porem, uns especiais pormenores, que tanto di-

    em respeito a trabalhos de alvenaria como de cantaria,sendo mesmo neste material que eles tern mais aplica-cao, 'logo os reservamos para 0Caderno Obras de Can-}ria.

    FRONTOE,So: [rontoes que alguns edificios compor tarn comocoroamento e que rras obras de elevado 'Pre~o saoe cantaria, tambem podem ser consrruidos de alvenaria ..S saliencias podem, como ja virnos para as vu'lgarescimalhas on cornijas, sex construidas de tijolo revestido.Ie reboco, com 'as molduras corridas como e vulgar.

    Os .frontOes tem a sua origem na arquiteetura chis-s.ca e: podem ser construidos com as formas triangulare curvaPara 0 sea tracado, conquanto haja 'absoluta liber-ade na sua execucao, demais a mais na arquitecturacnamada moderaisza, deixou 0 famoso arquitecto ita-Iiano Sebastiao tSerIio (T ) uma interessante reqra, pela

    .ALt;ADO CORTEFig. 20- VAO DE JANELA

    (Alt;ado ~ Corle)

    - 1'2-

    R E squal se desenham ,fron.toes triangulares e curves de for-ma eleqannssima (Fig. 1).

    Tra'ba'l"ha-se esta regra de: curiosa maneira:'Estabeleddo 0 comprimento .0 0 Ifrontao, A-B. na

    linha superior da cornija, traca-se urna linha perpendi-cular pelo eixo C da linha A-B. Desse centro -tira-se dolado inferior um areo de circulo de A para B. que tocan-do na linha de eixo da 0'Ponto D. De D centra-sa de Apara B superiormerrte urn area -de circulo, que passandope1a linha de eixo d a 0 ponte E. que e a altura dofrontao, .

    Fig. 21- VAo DE PORTA(Alt;..u1o, Planta. e Corle)

    As molduras do frontao sao as mesrnas da cornijesobre a qual assenta.Nos vertices dos Irontces triangulares colocam-seem muitos cases peenhes ou plintos -a que se da 0nome de ecroterios, para comportarem figuras ou OI"-nates.

    A parte triangular dos Frontoes, entre as suas moi-duras, onde no nosso desenho marcamos a letra C, quede ordinario fica na prumada do usto da parede do

    (*) 'Sebastiao Serlio viveU:a grande epoca do Rcnascimerrtoe ccmparrilhou cia gloria de Vignola. Paladio. Miguel-Angelo e detantos outros,

    " .

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    '. o BRA S D E A L V E N ARIAalcado cia obra. e que pode ser liza ou decorada deno-znina-se timpeno,-Este: timpano mesrno que as rnolduras sejam de can-

    taria pode muito bern ser de alvenaria e rebocado, esbo-cado e estucado ou revesrido do mesrno reboco aplicadoem toda a Ifachada.

    PLATIBANDASA s platibandas que: tambem usarn a designa

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    o BRA S DE A LV EN A R lAM u

    ENTR.E nos a desjgna~o de mums so If : atribuida a pa-redes que DaO fazem parte de edificios. Assim,

    dentro deste principio temos os rnuros de vedacao, desuporte de terras, cortinas. mur etes, guardas de pontes.de escadarias, etc.

    A coristrucao dos znuros obedece aos rnesrnos prin-cipios -da construcao de todas as paredes e as alvena-rias para -a sua formacao sao exactamente as mesmasque se utilizam na construcao das paredes dos edifictos.Apenas variam as argamassas, quando se trata da

    c DFig. 21-DlVER.SOS PERFIS DE MU!K>S

    A) - Mum de crista; B) - Muro cbeniredo: C) - Muro redondo;D) - M uro boleado

    ccnstrucao de rnuros junto do mar, como muralhas dediques, cais, etc. Na construcao civil propriamenre ditaos zaurcs sao igu'ais a s paredes, no ,fundo uma e a rnesmacoisa, apenas questao de nomenclatura.Se os rnuros sao destrnados a receber soeos de can-terie . e conveniente deixar na sua espessura a respectivacaixa ou rebaixo para se fazer esse assentamento, quan-

    APig. 25-DJVERSOS PEJ?FJS DE MUROS

    A) -Muro dl',cape

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    -,

    MUROS DE. VDACAOOs muros de: vedacao que em~.geral s~o construidoscomo todas as paredes di!: alvenaria de :pedro. eargamassa, -d e cal e .areia ou cimento e areia. sao 'emmuiras 'propriedades construidos de pedre seca e ouzrasvezes 'tomam-se as juntas das pedras nas 'faces dos para-mentes. com .arqamaasa, ficande interiorrnente a slce-naria insossn.

    'Tambem em muites casas os muros de pedre soltesao enrbocados e rebocados nos seus pararnentos, 0que:Ihes vale uma certa sequranca.

    Os mums de Ileda

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    o BRA S DE AL V E N ARIA

    ernprego - e dado aos Fragmentos de pedra e aos escaci-lhos de tijo'1o, que s6 se -devem apiioar nas paredes deencosto e noutras de sornenos irnportancia.

    Piq. 28 - DlVERSOS TIPOS DE MUROS DE VEDACAO

    utrlizam tijolos brencos silico-caicareos e tijolos de ci-menta brsnco.

    As coznbinacoes de tijolos de cores sao urn rno-tivo decorativo de primeira ordem para este genero deconstrucao. -

    Os znuros ae vedacao tambem podem ser construidosde perpianhos e de blocos de cimento, sendo nestes casesrebocados com argamassa de cimento e areia ou cale areia, como melhor coavier,

    Nes rnuros de certa cateqoria utilizam--se os tijolosprensedos de barre vulgar, cujas juntas poderao set:tomadas no refrechamento, com massa colorida e outrasvezes com cirnento branco.

    OUTR.OS MUR.OSA L E M : das v-u-Igarescortinas, muros de vedacso e mu-ros de suporte, constroem-sa por vezes certas pa-redes destinadas a varies fins, quase sempre de ordemespecial. como paredoes, mur alhas , que mais DaO saodo que paredes -g ross as. paredes duplas e paredes en-oostadas. etc. -

    Algumas obras que comportam os muros de -grandeespessura sao construidas na sua totalidade por gran-des blocos de cantaria ou simples pedras de aparelhorustico, Ifazendo uma alvenaria quase que ciclopica emque oa argamassa de cimenzo e a reia tern grande apli-cacao, Os perpianhos t e r n nestas muralhas adequadoiugar_

    Em todos os tipos dos charnados pare.d6e-s pequeno

    ENR.OCA.MENTOSoENOMTNAM-SE gera-lmente enrocamentos os empedra-dos de rampas ou ribanceiras e socalcos para SI!-

    guran

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    "I ,- ,,5 ENCICLOPEDIA PRATICA 1 5I DA CONSTRUCAO CIVIL,I TRXTO : : DSENHOS DE y_ Pl".RE.I~A DA- COSTA.

    ARCOS ,E ABOBADASAs ebobedes foram nos recuados tempos ups dos mais

    curiosos e principais motives da construcao.Em geral todas as edificacoes tin:ham as suas abo-

    bedes construidas segundo as usancas das epocas, empedra de cantaria ou em tijoIo. As abobadas eobriam asconstrucoes, como na arquitectura bisantina, e 'serviamde tectos como na arte ogival. As abcbadas eram cons-truidas com mais ou menos importancia, segundo a ca-tegoria do edHicio que as comportava,Os ercos. de 'que as 'a'oobadas sao os seus desenvclvi-

    mentos e que datam do tempo das famosas construcces

    rcrnanas, tern ainda na arquitectura de

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    ARCOS E ABOBADAS

    TRACADODESDE a cpoca bn1ha:::lte em que os construtores roma-

    nos tiveram a 'feliz ideia cia construcao dos arcos,-tern 'estes motives arquitectcnicos ocupado .}ugar degrande destaqus ate aos 'IlOSSOS was nas mais famosasconstrucoes,

    Quase todos as esulos comportam como parte Inte-grante do seu todo estes motives, 'lM.S suas mais variadase caprichosas formas,

    S6 ultimarnenta, corn a criacjio e desenvolvimento dobetao arrnado, se reduziu a larga trtilizacao que des ar-cos se rfazia. No entanto, a beleza IiIlCquitectonica aindaexige a construcao de arcadas, quer em Farnosas arcarias,quer em portais de caprichosas 'achadas.

    Os arcos sao construcoes curvas destinadas a veneergrandes espacos, a ressalvarem os motivos de constru-

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    " ARCOS E ABOBADAS

    Quando 'as arcos sao construldos em alvenaria au emtijolo para rebocar, pede: -dar-se-lhes 0 aspecto que sedesejar, fazendo-lhes juntas ou aparelhos 'como se Iossernde pedra. . -'Porem, se sao construidos de tijdlo para ficar a vista.emprega-se tijolo prensado e em certas edHica~Oes re-corre-se ate ao tijolo vidrado.'Qualquer sistema de construcao pode ser aplicado a

    qualquer tipo de arco, que tanto pede ser de volta per-[eite, de asa de cesto, aviajado ou qualquer outre.

    INa construcao dos arcos de volta perfeita 'e de asade cesto deixa-sr; ficar abaixo das suas nascencas, decada lado, .acima

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    ARCOS E ABOBADAS

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    Fig. 8 - AReO ABATlDO DE3CENTROS

    Fig. 9-A1?CO ABATlDO DE5CENTROS

    A.R .COS ABATIDOSArco Abatido de 3 Centxos (Fig_ 8) - Divide-sa a

    largura do arco, A-B, em 4 partes e -divide-sa 0arco decirculo, A-R em 3 partes, A, a, a', B. De a sai uma Iinhapara C e do meio de A-a, 0ponto b, parte vma lirrha pa-ralela a a-C. que passando pelo ponto 2 encontra aiiuha de eixo formando 0centro 1.o ponto z e 0centro 2 e 0centro 3 simetrioo a essee obtido pela construcao completa -da 'igura ou mesmopar simetria.Os arcos abatidos sa o tarnbem designados por arcosde asa de cesto.Arco Abetido de 5 Centros (FiB. 9) - Divide~e a

    linha da largura do areo. A-B. em - 4 : partes 19uais e di-vide-sa 0arco de circulo, A-B, em 5 partes 1:ambern iguais,a -que marc-amos a. b. b', a'

    Destes pontos do P01igODo assiro obtido tiramos Ii-nhas para C. Seguidamentc dividimos os lados do po-ligono em duas partes iguais. d e cujos centres, c ee',-1-

    faze-mos partir linhas em direccso a linha do eixo daconstrucao, A linha saida de c' fica paralela a linha b-Cate encontrar a linha do eixo, obtendo a centro .'1;:a linhasaida de: c fica paralela 'a a-C, ou seja, sai de: c e passapeb ponto 1. A sua intersecc;ao com a linha c'-l da 0centro 2.0 centro -1 e.ao rnesmo tempo uma das divisoesda Iinha A-B e io 3 interseq:ao da mesma Iinha na lin'ha c-Z,Os centres 3 e 5, bem como as lin'has que lbes dizemrespeito, sao obtidos por simetria Oil pela construcaocornpleta da figura. As lin'has -de construcao prolonqadasde A-B ate ao arco de cireulo Iimitam entre si as dife-rentes partes do arco,

    Assim, de 1 tiramos urn arco de circulo de A para ahnha de c: de 2 centramos a continuac;ao ate a linha dec' e de 1 centramos a conrinuacao do arco ate a parteconstruida do .jado oposto e que partiu de B para trasem sirnetria.

    Area Abatido de- 3Centros com a altura dada (Fi-gura 10) - A-B e a largura do arco e A-D a sua altura:a 11nha c-C '; 0eixo do arco ..De D tira-se urn arco com 0raio igua1 aD-A, clandoo ponto a, .donde se tira para b uma distancia igual aa-c. 'De b, a e. c tiram-se lin'has para A para melhor com-preensao .da figura.

    De.Da e da-se a mesrna medida de b a a ou de a a c.fazendo-se depois urna 1inha de cae- e -cia interseccfiodas linhas C-e e b-A rnarca-se 0ponto f. Do meio daIirrha f- A tira-se uma linha que cruzando a recta A-B

    ~,, ,\ ,\ J\ I I, I\~I

    Fig. JO-ARCO ABATIDO DE 3 CEN-TROSC~M A ALTURA DADAFig. 11- ARCO ABATIDO DE 3 CEN-TROS COM A ALTURA DADA

    '.

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    ._ ARCOS E ABOBADAS

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    Fig. 12-AJ'KO ABATJDO DE 9 CENTR.OS

    . . . . . . . . . . . . . . . . .

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    Fig. 13-AJ?CO ABATlDO DE 11 CENTROS

    da 0centro 2, e do porrto f sai uma linha que: passandopelo ponte 2 atinge 0 prolongamento da lin-ha, do eixoc-C, dando 0'centro 1_-0 centro 3 e obti do por simetria. 'Este area e umadas mais eleqantes construcoes de: ese de cesto,Areo Abatido de 3 Centros com a altura dada(Fig. 11). - Inscreve-se na largura do area A-B, POl'meio de urn arco de: circulo com centro 'em C, a altura

    dada B~D. Tiram-se l:nhas diaqonais da altura a paraas extremidades da Iazgura d