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CONTEÚDOS DA ETAPA DA CRISMA Crisma

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CONTEÚDOS DA ETAPA DACRISMA

Crisma

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PARÓQUIA SÃO GERALDO MAGELA

ARQUIDIOCESE DE CAMPINAS

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BLOCO I

A PESSOA HUMANA E SUAS RELAÇÕES

ETAPA DA CRISMA – PARÓQUIA SÃO GERALDO MAGELA – ARQUIDIOCESE DE CAMPINAS 3

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B L O C O 1 – A P E S S O A H U M A N A

A pessoa humana e suas relações

Objetivo: Quem sou eu? Levar o crismando a fazer uma análise pessoal de si mesmo.

Acolhida/Oração inicial: Fotografias/figuras de pessoas em situações diversas, Jesus, cidades, natureza, etc.

Partir da realidade do grupo - DinâmicaRoda da vida: Cada pessoa recebe uma folha de papel com o desenho de um círculo, juntamente com algumas palavras relacionadas ao encontro (família, amizades, natureza, comunidade, Deus, etc.), escritas no canto da folha. O crismando “fatiará” esse círculo, com cores diferentes, com fatias em tamanho proporcional ao nível da relação (se estou bem com minha família, por exemplo, a fatia dela será maior).

Após a dinâmica, os crismandos partilham o que sentiram no desenvolvimento da dinâmica e partilham as perguntas (se for o caso).

Leitura bíblicaSalmo 138/139

DebateA partir de todo o encontro, criar debate com os crismandos, levando-os a se perceberem como pessoas especiais, em relação consigo mesmo, com o outro (família, colegas, namorado/a, irmãos de fé), com o meio ambiente (natureza/sociedade – bairro, comunidade, etc), e com Deus (ser filho Dele).

Oração FinalEspontânea, a partir de todo o encontro, agradecendo o fato de sermos seus filhos e consagrando-nos a Ele.

Outras SugestõesOração InicialPode ser conduzida de forma a levar o crismando a se perceber no meio de situações variadas (membro de uma família, estudante, trabalhador, membro de uma comunidade, um ser no meio natural, filho de Deus, etc), relacionando com o tema do encontro.Outras dinâmicas a serem realizadasDança da cadeira: faz-se a brincadeira normalmente, sendo que, ao saírem as pessoas, cada uma recebe uma pergunta sobre o tema do encontro (reflexão pessoal). O vencedor ganha um prêmio, como fazer a oração final, por exemplo.Árvore da vida: a mesma coisa que a “roda da vida”, só que a pessoa desenha uma árvore (o tronco), sendo que os galhos terão tamanhos proporcionais ao nível da relação (se estou mal com Deus, o galho Dele será pequeno, e assim por diante).Outras leituras bíblicasSalmo 08Gênesis 1 (a criação). Sugere-se comparar o texto da criação com o texto da Anti-evolução, em anexo.

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B L O C O 1 – A P E S S O A H U M A N A

João 17 (“Eles estão no mundo, mas não são do mundo”).

Anti-Evolução (Jorge Zink, 1979) No princípio, Deus criou o céu e a terra. Depois de muitos milhões de anos, o homem criou coragem e resolveu assumir o comando do mundo e do futuro. Então começaram os 6 últimos dias da história. Na manhã do primeiro dia, o homem resolveu ser livre e belo, bom e feliz. Resolveu não ser mais a imagem e semelhança de Deus, mas ser simplesmente homem. E como devia acreditar em alguma coisa, acreditou em liberdade e felicidade, em bolsa de valores, em caderneta de poupança, em processo, em planejamento, em desenvolvimento e especialmente em segurança. Sim, a segurança era a base. Disparou satélites pesquisadores e preparou foguetes carregados de bombas atômicas. E foi a tarde e a manhã do primeiro dia. No segundo dia dos últimos tempos, morreram os peixes dos rios, poluídos pelos lixos das indústrias. Morreram os peixes do mar pelo vazamento dos grandes petroleiros e pelo depósito no fundo dos oceanos: os depósitos eram radioativos. Morreram os pássaros do céu, devido a gases venenosos. Morreram os animais que atravessaram as grandes auto-estradas, envenenados pelas descargas do trânsito infernal e atropelados pelos carros velozes. Mas morreram também os cachorrinhos de estimação, pelo excesso de tinta que avermelhava as lingüiças. E foi a tarde e a manhã do segundo dia. No terceiro dia, secaram o capim nos cerrados, a folhagem nas árvores, o musgo dos rochedos e as flores nos jardins. Porque o homem resolveu controlar as estações segundo um plano bem exato. Só que houve um pequeno erro no computador da chuva, e até descobrirem o defeito, secaram os mananciais, e os barcos que corriam pelos rios festivos encalharam nos leitos ressequidos. E foi a tarde e a manhã do terceiro dia. No quarto dia, dos 6 bilhões de homens, morreram 5 bilhões. Uns contaminados por vírus cultivados em provetas. Outros, vítimas do esquecimento imperdoável de fechar os depósitos bacteriológicos, preparados para a guerra seguinte. Outros ainda morreram de fome, porque alguém não se lembrava mais onde havia escondido as chaves dos depósitos de cereais. E amaldiçoaram a Deus: e Ele era bom, porque permitia tantos males?E foi a tarde e a manhã do quarto dia. No quinto dia, os últimos homens resolveram acionar o botão vermelho, porque se sentiam ameaçados. O fogo envolveu o planeta, as montanhas fumegaram e os mares evaporaram. Nas cidades, os esqueletos de concreto armado ficaram negros, lançando fumaça pelas órbitas abertas. E os anjos do céu assistiam espantados ao espetáculo do planeta azul, que havia tomado a cor do fogo, depois cobriu-se de um marrom sujo e finalmente ficou cor de cinza. Eles interromperam os seus cantos durante dez minutos.E foi a tarde e a manhã do quinto dia. No sexto dia, apagou-se a luz. Poeira e cinza encobriam o sol, a lua e as estrelas. E a última barata que tinha escapado num abrigo anti-atômico morreu pelo excesso de calor.E foi a tarde e a manhã do sexto dia. No sétimo dia, havia sossego, até que enfim! A terra estava informe e vazia, as trevas cobriam o abismo, e o espírito do homem, o fantasma do homem, pairava sobre o caos. Mas, no fundo do inferno, comentava-se a história fascinante do homem que assumira os comandos do mundo, e as gargalhadas estrondosas ecoaram, abafando até os coros dos anjos.

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B L O C O 1 – A P E S S O A H U M A N A

Pode-se fazer esse momento de forma celebrativa. Primeiro, lê-se a criação em Gênesis, sendo que alguns crismandos vão acendendo uma vela para cada dia da criação. Depois, lê-se o texto acima, apagando-se uma vela para cada dia. Depois, pode-se fazer uma discussão sobre as diferenças entre o que Deus criou e a ação do homem no mundo, que pode destruí-lo.

Auto-estima

Objetivo: Levar o jovem a se valorizar totalmente, acima de modismos ou da valorização apenas corporal.

Acolhida/Oração Inicial: Parábola do Vaso Trincado, encerrando com o refrão da música Eu quero ser um vaso novo.... Símbolo: vaso.

Partir da realidade do grupo - DinâmicaEspelho: Participantes: 10 a 20 pessoas. Tempo Estimado: 30 minutos. Material: Um espelho escondido dentro de uma caixa, de modo que ao abri-la o integrante veja seu próprio reflexo. Descrição: O coordenador motiva o grupo: "Cada um pense em alguém que lhe seja de grande significado. Uma pessoa muito importante para você, a quem gostaria de dedicar a maior atenção em todos os momentos, alguém que você ama de verdade... com quem estabeleceu íntima comunhão... que merece todo seu cuidado, com quem está sintonizado permanentemente... Entre em contato com esta pessoa, com os motivos que a tornam tão amada por você, que fazem dela o grande sentido da sua vida..." Deve ser criado um ambiente que propicie momentos individuais de reflexão, inclusive com o auxílio de alguma música de meditação. Após estes momentos de reflexão, o coordenador deve continuar: “... Agora vocês vão encontrar-se aqui, frente a frente com esta pessoa que é o grande significado de sua vida”.Em seguida, o coordenador orienta para que os integrantes se dirijam ao local onde está a caixa (um por vez). Todos devem olhar o conteúdo e voltar silenciosamente para seu lugar, continuando a reflexão sem se comunicar com os demais. Finalmente é aberto o debate para que todos partilhem seus sentimentos, suas reflexões e conclusões sobre esta pessoa tão especial. É importante debater sobre os objetivos da dinâmica.Virtudes e Defeitos: Material: Lápis e papel. Como Fazer: 1. O facilitador pedirá a cada participante que forme par com alguém (havendo número ímpar, uma dupla se transformará em trio). 2. Em seguida distribuirá uma folha de papel a cada participante que deverá escrever duas coisas de que não goste em si mesmo, iniciando com a expressão "Eu sou...". 3. Ao concluir, compartilhará com o parceiro. 4. Na mesma folha, deverá escrever 10 coisas que aprecie em si mesmo, iniciando com a expressão: "Eu sou...". 5. Na maioria das vezes as pessoas sentem dificuldade de reconhecer suas qualidades, por isso o parceiro pode ajudar essa pessoa sugerindo várias qualidades e virtudes que acha que o outro possui. 6. Ao concluir compartilhará com o parceiro. Compartilhar: Todos somos dotados de qualidades e defeitos, quando nos conhecemos bem podemos trabalhar com as nossas limitações e deixar que o Espírito Santo tenha mais liberdade em nossas vidas. Reconhecer as nossas qualidades não deve servir para a nossa soberba, mas sim, para louvor a Deus.Carta a si próprio: Objetivo: Levantamento de expectativas individuais, compromisso consigo próprio, percepção de si, auto-conhecimento, sensibilização, reflexão, auto-motivação, absorção teórica. Material: Envelope, papel e caneta. Como Fazer: 1. Individualmente, cada integrante escreve uma carta a si próprio, como se estivesse escrevendo a seu(sua) melhor amigo(a). 2. Dentre os assuntos, abordar: como se sente no momento, o que espera do grupo, como espera estar pessoal e profissionalmente daqui a 30 dias. 3. Destinar o envelope a si próprio (nome e endereço completo para remessa). 4. O facilitador recolhe os envelopes endereçados, cola-os perante o grupo e, após 45 dias aproximadamente, remete ao integrante (via correio). Obs.: Procurar conhecer nos Correios a prática da carta social (a R$ 0,01 cada).

Leitura bíblicaSalmo 138/139Lucas 15, 11-32 (parábola do filho pródigo)Mateus 25, 14-30 (parábola dos talentos)

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DebateA partir de todo o encontro, criar debate com os crismandos, levando-os a se perceberem como pessoas especiais, em relação consigo mesmo, com o outro (família, colegas, namorado/a, irmãos de fé), com o meio ambiente (natureza/sociedade – bairro, comunidade, etc), e com Deus (ser filho Dele).

Oração final

Vaso trincado Na proximidade de um fazendeiro muito honesto e caridoso existia um jardim muito lindo. À margem deste jardim, escondido entre arbusto, se encontrava um vaso trincado. Certo dia o fazendeiro, vasculhando entre os arbustos encontrou o vaso e acolhendo-o com amor, exclamou: " Querido vaso, eu vou precisar de ti ". Envergonhado e sem jeito, o vaso trincado respondeu: " Senhor, sou um vaso trincado e não sirvo para nada ". O fazendeiro insistiu: " Meu querido vaso, é assim que eu quero precisar de ti. Eu poderia plantar uma flor no jardim e ela cresceria, e , contemplando-a, todos admirariam. Eu preciso de ti para dentro plantar uma flor e assim poder embelezar recintos como salas, capelas e outros ambientes ". O vaso, preso em seu defeito de rachadura, esquecia-se de que tinha muitas e boas qualidades. Respondeu então com tristeza e desprezo: " Mas senhor, não irei embelezar; aparecerá logo minha rachadura e tirará a beleza da flor". O senhor lhe respondeu: " Meu querido vaso, não tenhas medo, deixa-te manipular por mim para onde eu quiser colocar-te, e plantarei uma flor dentro de ti de maneira que ela se estenda sobre o teu lado trincado, cobrindo-o com suas folhas verdes e belas ". O vaso, cabisbaixo, trêmulo, arriscou- se a pronunciar o seu SIM, dizendo: " Aceito ser usado por ti assim como sou disponível para o que quiseres de mim, contanto que se FAÇA A TUA VONTADE ". Ouvindo isso o fazendeiro, com todo carinho, tomou o vaso trincado, colocou terra boa no seu interior e plantou uma flor muito linda, que se estendeu sobre sua rachadura e cobriu-a com suas folhas verdes e belas... Colocou-o na portaria de sua casa para que todos os que ali passassem pudessem admirar aquela flor, que, por ser tão linda, trazia presente o poder do seu Criador. O vaso percebendo que, apesar de trincado, fora escolhido para gerar uma flor dentro de si, exclamou: " Senhor , não deixes jamais morrer dentro de mim essa flor, pois sem ela sou um vaso sem vida, feio e sem graça. Obrigado porque quiseste precisar de mim assim como sou, para revelar o teu poder e as tuas maravilhas aos meus irmãos. Que todos os que se chegarem a mim sintam a tua presença" .

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Ser jovem cristão hoje

Objetivo: Levar o jovem a se perceber como pessoa que “está no mundo, mas não é do mundo”, e que ele deve fazer diferença na sociedade em que vive.

Acolhida/Oração Inicial: Oração de São Francisco ou outra a escolher.

Partir da realidade do grupo - Dinâmicaa. Estudo, pessoal e em grupos, do texto bíblico do “jovem rico” (Mt

19, 16-22), refletindo o que impede o jovem em encontrar um verdadeiro referencial na vida (seguir Jesus), o que significa hoje cumprir os mandamentos, o que será hoje dispor de tudo (como Jesus pediu), etc.

b. Estudo, pessoal e em grupos, do texto bíblico da “cura do cego” (Mc 10, 46-52, refletindo quais são as “cegueiras” dos jovens de hoje, quais as “cegueiras” dos próprios crismandos, o que seria hoje “ficar à beira do caminho”, o que seria “ajudar o cego a ir até Jesus”, em que situação do texto o crismando se enquadraria (como o cego, o discípulo...), etc.

c. Montar um teatro sobre a situação do cotidiano da juventude atual (dos catequistas ou dos próprios crismandos, de acordo com a realidade do grupo), que leve o jovem a refletir e decidir sobre determinada situação.

Após a dinâmica, os crismandos partilham o que sentiram e refletiram.

Leitura bíblicaUm dos textos mencionados acima.

DebateA partir de todo o encontro, criar debate com os crismandos, a partir de questões como “o que seria ser um jovem cristão hoje?”, “o que um jovem cristão tem de igual ou de diferente dos outros jovens?”, etc. O catequista deve procurar refletir e se colocar na situação dos jovens, evitando moralismos (não se deve fazer tal coisa porque Deus não quer), levando

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os crismandos a formar consciência crítica e opinião própria diante da realidade (por que devo ou não devo fazer tal coisa).

Oração finalMúsica É preciso saber viver, na versão de Roberto Carlos ou dos Titãs.

Vocação

Objetivo: Levar o jovem a colocar seus dons a serviço de Deus e dos irmãos.

Acolhida/Oração Inicial (Sugestões): - Apresentar o padroeiro da Comunidade, como pessoa chamada por

Deus e que se dedicou ao serviço Dele.- Fotografias de profissionais, religiosos, voluntários em seus

trabalhos.- Músicas vocacionais (O Deus que me criou; Me chamaste; Eis-me

aqui, Senhor!; Navegar; Há um barco esquecido na praia; e outras, dependendo de como se quer conduzir o encontro).

Partir da realidade do grupo - Dinâmica- não se apresentaram sugestões, mas se for realizar alguma, que

seja com o tema do serviço aos irmãos.

Os crismandos partilham o que sentiram e refletiram no desenvolvimento da dinâmica, se for feita. Ou então, refletir com os crismandos suas expectativas de vida (O que vocês querem quanto aos estudos? E que profissionais querem ser? O que seria vocação? Qual a minha vocação? Alguém pensa em uma vocação “religiosa”? etc...)

Leitura bíblicaSugere-se escolher algum texto vocacional, como o chamado de Abraão (Gn 12, 1-9), de Samuel (1Sm 3,1-11), dos profetas Isaías (Is 6, 1-13) e Jeremias (Jr 1,4-10), a vocação de Maria (Lc 1, 26-38) e dos apóstolos, como Jesus chamando Pedro e os outros a serem pescadores de homens (Mt 4, 18-22 ou Lc 5, 1-11), etc...

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DebateA partir de todo o encontro, criar debate com os crismandos, refletindo sobre o que é vocação. Que se tire o “medo” dos crismandos sobre o tema (“isso é coisa de ser padre ou freira”), mostrando que para qualquer serviço a Deus e aos irmãos (incluindo ser pai ou mãe, dona de casa, qualquer profissional, qualquer serviço na Comunidade ou mesmo voluntariado) é necessário ser vocacionado. Seria legal, por exemplo, o catequista falar um pouco de si (sua própria vocação de catequista, ou seus trabalhos profissionais e na Comunidade). Outro item a considerar é a questão dos sonhos: ainda é possível realizar seus sonhos nos dias de hoje (lembrar da grave situação profissional do jovem, por exemplo)? Como chegar lá?

Oração finalMúsica a escolher.

Textos de Apoio do Bloco 1

A pessoa em relação A pessoa é um ser que se relaciona consigo mesmo, com o outro, com a vida e com Deus.

1. O relacionamento consigo mesmo

Este relacionamento se dá pelo auto-conhecimento. Podemos nos perguntar: • Eu me aceito como sou? • Me dou valor?• Me amo?

Precisamos ser conscientes das nossas qualidades para ter confiança em nós mesmos. A pessoa tem confiança em si mesma quando está plenamente consciente das suas capacidades. A pessoa que é consciente de suas qualidades também evita muitas ansiedades, e terá mais facilidade para aceitar-se, amar-se e dar-se valor. Crer em nós mesmos é, talvez, o que de mais importante podemos fazer na vida. Somente os que não crêem em si mesmos temem a perda de sua reputação. É necessário aprender a querer-se. Se já aprendeu a querer-se terá tudo de que necessita para se feliz. No relacionamento consigo mesmo é preciso encontrar um sentido para a vida. O sentido da vida e os valores são "razões", "motivações" que

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movem o ser humano a adotar determinado comportamento: como ser forte, resistir, etc. Quando se está apaixonado por um grande ideal, por interesses, por valores, é fácil eliminar o tédio, o vazio interior, a depressão, a insatisfação pessoal. Haverá então a alegria de viver.

2. O relacionamento com os outros

O relacionamento com os outros se dá geralmente pelo serviço e aceitação do outro:

• Aceito os outros? • Dou-lhes valor e os amo? • Sou agressivo com as pessoas?

Não posso amá-los, dar-lhes valor ou aceitá-los, se não me amo, se não reconheço o meu valor ou não aceito a mim mesmo. Neste caso as minhas relações serão muito competitivas e agressivas. Para relacionar-nos melhor com os outros, nos pode ajudar o diálogo. No diálogo podem sobressair três pontos:

Agressão. Se expressa como imposição, invasão do espaço do outro. Quando o espaço do outro é invadido, tiro-lhe sua identidade. Não permito que haja diálogo.

A submissão. Estar disposto a que o outro decida sozinho. Aqui então perco a minha identidade. Neste caso não pode existir diálogo porque o diálogo se fundamenta em dizer quem sou, manifestando minha opinião ou minhas idéias.A afirmação. É dizer o que sinto e penso, com clareza, amor, caridade e autenticidade. Somente pode haver diálogo quando afirmo o que sinto e penso, escuto o outro sem agredi-la.

3. O relacionamento com o ambiente, a natureza

O modo de ver a realidade da vida, do ambiente, é o principal meio para aceita-los. Se não posso mudar uma situação (doença, morte, etc.), como sou livre, posso mudar minha atitude diante dessa situação, se a aceito. O que nos perturba e nos faz sofrer, não é o que acontece, mas "o modo de ver" o que acontece. É importante aprender a ver a realidade da vida de maneira positiva. A importância de cuidar da natureza, das coisas, elas estão a serviço da vida e das pessoas. Temos que cultivar "o cuidado", pois o mundo é a casa de todos.

4. O relacionamento com Deus

Na vida cuidamos de desenvolver o corpo, a mente, e o espírito, mas tudo isso pode ser desenvolvido por qualquer mestre de ioga, de budismo, etc.

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A característica do cristão é a adesão pessoal a Jesus Cristo. Esta dimensão sobrenatural é própria somente do cristão. O caminho de Deus até nós é diferente do nosso caminho até Ele. Um dos meios do nosso relacionamento com Deus é a oração. Na oração é preciso entregar-se a Deus, deixar que Ele ore em nossa oração. Orar é deixar-se amar por Deus. A presença de Deus em nós suscita nossa própria presença. O relacionamento com Deus passa pelo relacionamento com as pessoas, acontecimentos, etc. Deus está dentro e fora de nós.

A importância da auto-estima

A auto-estima tem dois componentes: o sentimento de competência e o sentimento de valor pessoal.

A auto-estima é a soma da auto-confiança com o auto-respeito. Ela reflete o julgamento implícito da nossa capacidade de lidar com os desafios da vida (saber lidar com as dificuldades e problemas) e o direito de ser feliz (respeitar e defender os próprios interesses e necessidades).

Ter uma auto-estima elevada é sentir-se confiantemente adequado á vida, isto é, competente e merecedor.

Ter uma auto-estima baixa é sentir-se inadequado à vida, errado, não sobre este ou aquele assunto, mas errado como pessoa.

Ter uma auto-estima média é flutuar entre sentir-se adequado ou inadequado, certo ou errado como pessoa e manifestar essa inconsistência no comportamento - às vezes agindo com sabedoria, às vezes como tolo - reforçando por tanto a incerteza.

Desenvolve, a auto-estima é desenvolver a comunicação de que somos capazes de viver e de que somos merecedores da felicidade e, portanto,

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capazes de enfrentar a vida com mais confiança e otimismo, que nos ajudam a atingir nossas metas e a sentirmo-nos realizados.

Desenvolver a auto-estima é expandir nossa capacidade de ser feliz. Quanto maior a nossa auto-estima, maiores serão as nossas possibilidades de manter relações saudáveis, em vez de destrutivas, pois, assim como o amor atrai o amor, a saúde atrai a saúde, e a vitalidade e a comunicabilidade atraem mais do que o vazio e o oportunismo.

Quanto maior a nossa auto-estima, mais alegria teremos pelo simples fato de ser, de despertar pela manhã, de viver dentro dos nossos próprios corpos. São essas as recompensas que a nossa auto-confiança e o nosso auto-respeito nos oferecem.

A auto-estima, seja qual for o nível, é uma experiência íntima; reside no cerne do nosso ser. É o que eu penso e sinto sobre mim mesmo, não o que o outro pensa e sente sobre mim.

A tragédia é que muitas pessoas procuram a auto-confiança e a auto-estima em todos os lugares, menos dentro delas mesmas e, assim, fracassam em sua busca.

A verdadeira auto-estima não se expressa pela auto-glorificação à custa dos outros, ou pelo ideal de se tornar superior aos outros, ou de diminuir os outros para se elevar. A arrogância, a jactância e a superestima de nossas capacidades são atitudes que refletem uma auto estima inadequada, e não, como imaginam alguns, excesso de auto-estima.

Uma das características mais significativas da auto-estima saudável é que ela é o estado da pessoa que não esta em guerra consigo mesma ou com os outros. A auto-estima saudável é o fundamento da serenidade de espírito que toma possível desfrutar a vida.

Qual é a estima que você tem de si mesma(o)?

OS DEZ MANDAMENTOS DASRELAÇOES HUMANAS

1. FALE com as pessoas. Nada há tão agradável e animado quanto uma palavra de saudação, particularmente hoje em dia quando precisamos mais de "sorrisos amáveis".

2. SORRIA para as pessoas. Lembre-se que acionamos 72 músculos para franzir a testa e somente 14 para sorrir.

3. CHAME as pessoas pelo nome. A música mais suave para muitos ainda é ouvir o seu próprio nome.

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4. SEJA amigo e prestativo. Se você quiser ter amigos, seja amigo.

5. SEJA cordial. Fale e aja com toda a sinceridade: tudo o que você fizer, faça-o com todo prazer.

6. INTERESSE-SE sinceramente pelos outros. Lembre-se que você sabe o que sabe. Seja sinceramente interessado pelos outros. 7. SEJA generoso em elogiar, cauteloso em criticar. Os líderes elogiam. Sabem encorajar, dar confiança, elevar os outros.

8. SAIBA considerar os sentimentos dos outros. Existem três lados numa controvérsia: o seu, o do outro, e o lado de quem está certo.

9. PREOCUPE-SE com a opinião dos outros. Três comportamentos de um verdadeiro líder: ouça, aprenda e saiba elogiar. 10. PROCURE apresentar um excelente serviço. O que realmente vale em nossa vida é aquilo que fazemos para os outros.

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BLOCO II

BÍBLIA

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B L O C O 2 – B Í B L I A

Conhecendo a Bíblia: Noções básicas

Objetivo: Conscientizar o jovem da importância do estudo da palavra de Deus. O amor de Deus começa com o amor à vida.

Ambientação: Escolher um lugar tranqüilo e confortável. Colocar uma música de fundo, fazer um circulo, sentados.

Partir da realidade do grupo - DinâmicaA Bíblia passa de mão em mão, sem pressa. Cada um pega com amor, folheia em silêncio, contempla com as mãos e olhos as letras, as folhas, a capa..., antes de passar para o seguinte; fala com Deus no coração, agradecendo pelo presente que é a Bíblia.

Após, perguntar: O que sabem sobre a Bíblia?

Conteúdo

a. Noções básicasBíblia – palavra grega que significa livros. A Bíblia é o nosso livro sagrado. Nela, Deus revela um rosto de Pai e Mãe, amigo e companheiro, mas também firme na defesa dos pequeninos. A Bíblia é sagrada não só para nós cristãos, mas também para os judeus. Outros grupos religiosos também amam e lêem muito a Bíblia.Cada religião tem o seu livro sagrado, o álbum onde vê o rosto de Deus. A Bíblia é mais que um livro. É uma coleção de livros reunidos num único volume. Eles contêm a história, a sabedoria e a oração de um povo que aprendeu a reconhecer o rosto de Deus na vida. Os livros da Bíblia estão organizados em duas partes: o Primeiro Testamento e o Segundo Testamento.A Bíblia é composta por 73 livros, agrupados em 46 no Primeiro Testamento, e 27 no Segundo Testamento.O primeiro é a maior parte da Bíblia, e contém 46 livros. Eles estão agrupados em quatro grupos menores:

(Motivar o grupo para que busquem na Bíblia os textos a seguir. Ex: O Pentateuco são os cinco primeiros livros da Bíblia. Quais são eles? E assim por diante)

* Pentateuco (5): O principal assunto é a formação do povo hebreu, desde as origens da humanidade até o momento da Aliança com Deus. * Livros históricos (16): falam sobre a vivência da Aliança na história do povo, os erros do passado e os projetos para o futuro.* Livros sapienciais (7): são poemas, orações, hinos, reflexões e ditos populares que revelam a sabedoria adquirida pelo povo na busca da felicidade.* Livros proféticos (18): os profetas vivenciam os acontecimentos e apontam as infidelidades do povo ao projeto de Deus, chamando à conversão.

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O Segundo Testamento contém 27 livros nascidos da experiência com Jesus ressuscitado feita pelas primeiras comunidades. São eles:* Evangelhos (4): contam a experiência dos discípulos com Jesus de Nazaré, o anúncio da Boa Notícia do Reino, bem como a morte e ressurreição de Jesus.* Atos dos Apóstolos (1): Contam fatos da vida das primeiras comunidades. * Cartas ou Epístolas (21): Coleção escrita pelo apóstolo Paulo e por discípulos dele, visando responder a problemas bem concretos das comunidades.* Apocalipse (1): uma reflexão crítica sobre a época das primeiras comunidades escrita em linguagem simbólica para despistar os perseguidores.

As citações da Bíblia são apresentados da seguinte maneira: livro, capítulo e versículos. Nas citações, é muito importante saber distinguir o valor dos sinais de pontuação, bem como das abreviaturas dos livros (explicar como se fazem as citações, conforme o anexo).

b. Como foi escrita a Bíblia?A Bíblia foi escrita ao longo de mais de mil anos! No começo (mais ou menos 1200 anos antes de Cristo), as Histórias do povo eram contadas de pais para filhos, em casa ou nos santuários onde iam, em romaria, rezar e repartir os bens com os pobres. Mais ou menos mil anos a.C., o povo começou a escrever essas histórias em folhas de papiro (um tipo de papel) e pergaminho (couro seco de ovelha). O objetivo era preservar bem na memória a revelação de Deus na vida do povo. Por fim, no século I depois de Cristo, os primeiros cristãos escreveram sua experiência com Jesus de Nazaré. A Bíblia foi terminada por volta do ano 100 d.C.

Debater com os crismandos: Quais são os projetos que animam, hoje, a caminhada das pessoas

em geral? Qual é o projeto do povo cristão? Hoje, que projetos humanos trazem a marca da inspiração divina?

c. Em que línguas a Bíblia foi escrita?Os primeiros textos foram escritos em hebraico, língua falada pelos hebreus.Por volta de 300 a.C., o grego estava sendo falado em todo canto. Na terra da Bíblia nem se falava mais o hebraico, mas o aramaico.Foi preciso traduzir o Primeiro Testamento para o grego. Na tradução foram incluídos sete livros escritos originalmente em grego ou aramaico, chamado deuterocanônicos (que quer dizer segunda lista). São eles: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, e 2 Macabeus e Baruque.

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Muitos judeus da época não aceitaram a tradução. Hoje, eles só consideram sagrados os livros escritos originalmente em hebraico. Eles não aceitam os deuterocanônicos como livros sagrados. Os primeiros cristãos entendiam melhor o grego e aceitaram a tradução. Acolheram também os livros deuterocanônicos como Palavra de Deus.

Oração final

FONTES DE PESQUISA: LIVRO: ENCONTROS DE CATEQUESE – CRISMA, MARIA LÚCIA DE CARVALHO PAGNONCELLI, 3ª EDIÇÃO – PAULUS; LIVRO: CRISMA O SACRAMENTO DA RESPONSABILIDADE, CARMEN SÍLVIA MACHADO GALVÃO, ANTÔNIO MESQUITA GALVÃO, 10ª EDIÇÃO EDITORA – AVE MARIA; ECOANDO ANO I Nº 2.

Anexo: Como se fazem as citações de textos da Bíblia

A vírgula separa capítulo de versículo. Ex.: Gn 3,1 (Livro do Gênesis, cap. 3, v. 1);

O ponto e vírgula separa capítulos e livros. Ex.: Gn 5,1-7; 6,8; Ex 2,3 (Livro do Gênesis, cap. 5, vv. de 1 a 7; cap. 6, v. 8; Livro do Êxodo, cap. 2, v. 3);

O ponto separa versículo de versículo, quando não seguidos.Ex.: 2Mc 3,2.5.7-9 (2º livro dos Macabeus cap. 3, vv. 2,5 e de 7 a 9);

O hífen indica seqüência de capítulos ou de versículos.Ex.: Jo 3-5; 2Tm 2,1-6; Mt 1,5-12,9 (Evangelho segundo s. João, capítulos de 3 a 5, 2ª carta a Timóteo, cap. 2, vv. de 1 a 6; Evangelho segundo s. Mateus, do cap 1, v. 5 ao cap. 12, v. 9).

As abreviaturas dos livros encontram-se geralmente nas primeiras páginas de uma Bíblia.(TEXTO EXTRAÍDO DO SITE WWW.PAULUS.COM.BR – BÍBLIA PASTORAL ON-LINE)

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Deus na História do seu povo

Objetivo: Levar ao crismando a história do povo de Deus que se expressa em solidariedade e liberdade.

Oração inicial: Salmo 23, ou outro a escolha.

Sugestão de ambientação: Procurar um atlas ou um mapa do mundo, para mostrar aos crismandos onde ocorreu a história do povo de Deus

Partir da realidade do grupoConversar com os crismados, para que comentem suas histórias de vida e coloque em comum suas experiências! De onde veio, porque veio, o que encontrou, foi bom ou ruim, o que fez sair de onde estava?... O que motivou a saída? Quem ajudou?...

Conteúdo

a. IntroduçãoTodo mundo sabe como é amizade. Pessoas se conhecem, vão se aproximando devagarinho. Compartilham momentos, crescem na intimidade. Passam por desentendimentos e reconciliações, crescendo sempre mais no amor. O amor entre Deus e seu povo se parece muito com o amor de marido e mulher (Os 2, 21-22; Ct 8,6) É um encontro que vai se aprofundando entre encontros e desencontros.Vamos ver como a história do povo de Deus foi acontecendo através do tempo. Uma plantinha não cresce da noite para o dia. Assim, também, nosso relacionamento com Deus vai crescendo devagarinho, quando a gente se dedica e abre espaço para Ele.

LINHA DO TEMPO - PRIMEIRO TESTAMENTO

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1850 1250 1100 1010-587 587-539 400 100 0

b. 1.800 a C. Os Patriarcas começam uma nova história As coisas andavam difíceis na Mesopotâmia, terra de Abraão e Sara. Os altos impostos geravam desigualdade e violência. A religião do país ensinava o povo a se conformar com a opressão. Cada família tinha seus deuses particulares.Nessa época, o Deus Vivo se apresentou a Abraão e Sara. Ele os chamou para um grande projeto: formar o povo de Deus, que daria a todos os povos do mundo um testemunho de justiça e fraternidade. Para isso, o Deus Vivo lhes concedeu terra e filhos, os maiores tesouros para uma família (Gn 12, 1-3). Abraão e Sara abandonaram os deuses para servir ao Deus Vivo e saíram de sua terra em busca de uma vida melhor em Canaã. A certeza que guiava essa família era a fé no Deus Vivo. Abraão e Sara simbolizam as inúmeras famílias que confiam no Deus Vivo e buscam uma vida nova, longe da injustiça, da violência e da desigualdade.

c. 1.250 a.C. Êxodo: Deus está com seu povoOs hebreus, no Egito, eram obrigados a trabalhar de graça para o Faraó (Ex 1,11). A opressão não tinha limites. Javé, o Deus Vivo, foi fiel à promessa feita a Abraão e socorreu seu povo (Ex 3, 7-8).Moisés liderou o povo na saída do Egito, chamada de êxodo. A festa que comemora, até hoje, a saída dos hebreus pela mão de Javé é a Páscoa. Com Moisés os Hebreus saíram em busca da terra prometida, em Canaã. Fizeram com Javé uma Aliança. A obediência aos mandamentos era a forma concreta de serem fiéis a Javé, o libertador (Dt 5,6-21; 6,20-23).

d. 1.100 a.C. Tribos: terra, igualdade e justiçaA entrada em Canaã não foi fácil. Os hebreus encontraram nas cidades o mesmo esquema de injustiça do Egito: impostos, violência e opressão. O jeito foi lutar por uma nova sociedade, baseada na igualdade. Os hebreus se aliaram aos diversos grupos que resistiam contra a opressão em Canaã (Js 2, 3-6). Buscaram sua força em Javé, o Deus do Êxodo, na luta contra os reis cananeus (Js 5,1).Mas os hebreus não foram fiéis ao projeto de Javé... Acabaram fazendo com os povos de Canaã o mesmo que os reis faziam antes (Js 1,28).

e. 1010-587 a.C. Reis x ProfetasA partir do reinado de Davi os israelitas se tornaram mais fortes que os cananeus e começaram a imitar o estilo de vida deles. Esqueceram o projeto de igualdade das tribos. Recomeçam a cobrança de impostos e os trabalhos forçados, gerando miséria.Em Jerusalém, Salomão construiu um templo a Javé, mas os profetas avisavam que Javé queria justiça e não cultos fingidos (Am 5, 21-24).Os profetas gritavam contra a infidelidade à Aliança com Javé (Am 2, 6-10). Os mais conhecidos dessa época são: Elias, Eliseu, Oséias, Amós, Miquéias, Isaías, Jeremias e Sofonias.

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f. 930 a.C. O Reino dos israelitas se divideSalomão, o filho de Davi, exigiu muitos impostos do povo, principalmente no norte do país. Seu herdeiro Roboão prometeu fazer o mesmo e o norte declarou independência (1Rs 12,4. 13-14.16). Formaram então o reino do norte (ISRAEL) e o reino do sul (JUDÁ);O reino do norte acabou em 722 a.C., quando o império da Assíria invadiu a capital Samaria e levou o povo para o exílio.Em Samaria, a Assíria assentou outros povos, que foram chamados de samaritanos. Ainda na época de Jesus os samaritanos eram desprezados (Jó 4,9).

g. 587-538 a.C. Exílio: abalo nas raízes do povoEm 722 a.C., a Assíria destruiu o reino do Norte porque não atendia mais suas exigências. Em 587 a.C. foi a vez do reino do Sul. O império da Babilônia invadiu e destruiu Jerusalém. A elite foi levada para o exílio na Babilônia (2Rs 25,8-12).Uma grande decepção tomou conta deles. Onde estavam a promessa a Abraão e o Deus poderoso do Êxodo? Javé não era fiel apenas aos israelitas? No meio da crise, foram percebendo que Javé não era propriedade de Israel. Ele era Criador de tudo e comandava o universo! Não existiam vários deuses, mas apenas um: Javé (Is 44, 6)!No exílio, o povo reforçou a confiança em Javé.

h. 538-333 a.C. A reconstrução da AliançaO Império Babilônico foi engolido pelo império persa em 538 a.C. Os exilados tiveram liberdade para voltar a seu país e recomeçar a Aliança. O Império Persa proibiu os judeus de ter independência política, com rei e exército, mas aprovou a reconstrução do templo.O templo, nessa época, servia para controlar o povo e para recolher impostos. Por isso, muitos camponeses se opuseram a ele. A briga foi feia, mas o projeto do templo venceu.

i. 333-63 a.C. O povo defende sua identidade Chegou o Império Grego, de Alexandre, o Grande, para dominar os persas e todo o Oriente Médio. Até então, o comércio era na base da troca. Agora, entravam o dinheiro, os empréstimos, os juros e a escravidão por dividas (Ne 5, 1-5). As pessoas viraram mercadoria. Os gregos não respeitavam a religião e a cultura dos povos dominados (1 Mac 1,41. 50). Os judeus resistiram a isso, pois sabiam que perder a memória do Êxodo e de Javé seria perder para sempre a possibilidade de libertação (1Mac 2, 27-30). Agarraram-se à tradição religiosa e foram à luta.Os Macabeus lideraram uma grande luta pela identidade do povo. A guerrilha durou mais de 20 anos. E o grande Império Grego foi vencido!

j. 63 a.C. a 135 d.C. A resistência final

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Roma era o novo império que chegava para dominar todo o mundo conhecido da época. Nesse tempo, Canaã passou a ser conhecida pelo nome de Palestina.A dominação romana foi a última dos tempos da Bíblia. A resistência do povo foi tão grande que os romanos acabaram destruindo tudo novamente e dispersando o povo judeu pelos quatro cantos do mundo. Nesse período, porém, nasceu Jesus...

Sugestão para debate com o grupoQual o momento mais difícil da história do povo de Deus? Por quê?

Oração final

(FONTE DE PESQUISA: ECOANDO - ANO I Nº 4)

Deus faz aliança com seu povo

Objetivo: Mostrar como se da a união e o comprometimento de Deus com o seu povo.

Ambientação: Em círculo e ao centro alguns símbolos que possam significar aliança: Ex: par de alianças, arco-íris...

Partir da realidade do grupoO que o grupo conhece a respeito das formas de alianças?

Conteúdo

a. IntroduçãoPor volta de 1200 a. C., os hebreus estavam em plena escravidão no Egito (Ex 5,6-9). Javé, o Deus de Abraão, ouviu o clamor desse povo e enviou o clamor desse povo e enviou Moisés para liderar a luta pela libertação (Ex. 3, 1-10). Não foi fácil a saída. O Faraó não queria dar liberdade aos hebreus. Ao povo também custava muito acreditar em Moisés e enfrentar o Faraó. (Ex. 5, 4-5; 6,10-12). Só depois de muita resistência os hebreus pegaram a estrada em busca da Terra Prometida. (Ex. 14, 15-31)

b. Aliança: caminho da libertaçãoLivres, os hebreus quiseram organizar sua nova vida. Esta não seria como no Egito, mas sim de acordo com a vontade de Javé (Ex. 19, 1-8). Uma vontade muito exigente! Deus quer vida e bem estar para todos, não só para alguns privilegiados. A vontade de Deus é que o povo viva na justiça e na igualdade, sem violência e opressão. O povo não queria viver sem a bênção de Javé, o Deus libertador: sabia que a vida sem Javé era pura escravidão! Antes de Javé chamar à

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liberdade, o povo hebreu vivia alienado. Com Javé assumia sua própria história. A aliança nasceu da experiência de libertação. (Lv 26, 12)Na Bíblia, Aliança é o acordo feito entre Javé e o povo hebreu. Deus se compromete a estar sempre presente no meio do povo. O povo se compromete a caminhar de acordo com a vontade de Deus. Quando a Aliança é lembrada, Deus ganha o povo e o povo ganha a liberdade. Quando a Aliança é esquecida, Deus perde o povo e o povo perde a liberdade. Mas nunca perde a Deus, pois Ele se dá gratuitamente e sempre. (Ex. 20, 2-17)

c. Lei: chave da libertaçãoFreqüentemente vemos leis que ajudam a oprimir o povo. Quem cria as leis injustas são certos governantes e algumas pessoas da elite econômica, com o objetivo de defender seus privilégios pessoais. Elas não levam à libertação de ninguém. A lei do povo de Deus não nasceu assim. Ela surgiu de um povo de escravos, de gente humilde que enfrentou os poderosos e confiou somente na força de Deus. Com a lei, o povo queria garantir direitos de cada pessoa... e até dos animaizinhos do campo (Dt 22, 6-7).

A lei do povo de Deus tem como objetivo: Defender a liberdade tão duramente conquistada; Organizar a vida de povo na justiça e na igualdade; Anunciar ao mundo todo, pelo testemunho de vida do povo, que

Deus é o libertador; Ensinar o povo a praticar o amor a Deus e ao próximo. (João 15,12)

d. Lei: escola da vidaToda lei tem a função de ensinar; ou seja, é pedagógica. A lei de Deus ensina o povo a andar no caminho que leva à libertação. Quando dizemos: “não mate” (Ex 20.13), não estamos apenas proibindo um ato. Estamos ensinando que uma pessoa não tem o direito de tirar a vida de outra. Também ensinamos que é preciso zelar pela vida do outro como da nossa e que a vida é preciosa aos olhos de Deus.O apóstolo Paulo explicou o papel pedagógico da lei na Carta aos Gálatas (3, 23-24; 4,1-7).A lei é como a professora que ensina o aluno a ler. Enquanto o aluno aprende, a professora fica ao lado corrigindo os erros. Em certo momento, o aluno já aprendeu tão bem que não precisa mais da professora. Deixa de ser aluno. A maior felicidade da professora é ver seus ex-alunos se virando sozinhos e até ensinando outros. Por isso, vimos que muitos aspectos da lei do primeiro testamento já não servem para nós, hoje. Elas deram a lição, o povo aprendeu e não precisou mais delas.Um exemplo é a lei do “olho por olho”: não cobrar de volta mais do que foi perdido (Dt 19, 21). Os povos antigos cobravam sete por um (Gn 4, 24)! Na época do primeiro testamento, a lei do “olho por olho” serviu para impedir o povo de se auto-destruir pelas vinganças mútuas. Na época de Jesus, essa lei já estava superada (Mt 5, 38-42).

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Na Bíblia, temos os mandamentos tais como o povo daquela época viveu e ensinou de geração em geração. Vejam em Ex 20, 1-17 e Dt 5,1-21.“Eu sou Javé, seu Deus, que fiz você sair da terra do Egito, da casa da escravidão”.Essa frase é a chave para ler, entender e praticar corretamente os mandamentos.

Sugestão para debate com o grupoO catequista menciona uma lei que conheça: do país, do município, da Igreja, etc. Descobrir qual é o objetivo dessas leis? Comparar com os objetivos da lei de Deus.

Oração final

(FONTE DE PESQUISA: ECOANDO - ANO 1 Nº 5)

O Profetismo

Objetivo: Levar o crismando a entender onde estão os verdadeiros e os falsos profetas.

Oração inicial: A partir do texto de Lc 6, 27-36.

Partir da realidade do grupoO que o grupo entende sobre profeta?

Conteúdo

a. IntroduçãoA palavra profeta quer dizer: “falar em nome de”. Na Bíblia, profeta é alguém que fala em nome de Deus (leiam em Ez 3, 10-11). O que quer dizer isso? Os profetas são os porta-vozes de Javé, o Deus da Aliança. Eles comunicam ao povo o recado que Deus tem a dar nas mais diversas situações (Am 3,3-8). Também apresentam a Deus o recado do povo (Am 7, 1-3). É boca do povo para Deus e boca de Deus para o povo! Os profetas: falavam com Javé e transmitiam os recados Dele para o povo; eram videntes, curandeiros, líderes populares, poetas...Conheciam profundamente a realidade presente, prevendo suas conseqüências futuras; questionavam o povo de volta à aliança; denunciavam a injustiça e anunciavam a justiça de Javé. Havia profetas contratados pelos reis para orientar suas ações (2Sm 24,11; 2Rs 22,13-14). Outros eram pessoas simples que se entregavam à

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causa da verdade (Jr 1,4-8). Outros, ainda, faziam política partidária com o objetivo de melhorar a vida do povo (1Rs 9,1-4).A mensagem profética tinha como elementos principais:

Palavras fortes e diretas Gestos simbólicos; Entusiasmo e convicção; Questionamentos profundos; Convite à conversão.

Para os oprimidos, a mensagem profética era de consolo e encorajamento. Para os opressores, era bronca dos fortes!

Sugestões para debate com o grupoO que é um profeta na Bíblia? E hoje? Alguém do grupo já teve a ocasião de agir como profeta? Partilhe com o grupo.

b. Profetas: ação em comunidadeOs profetas se comprometiam com pessoas concretas: viúvas, órfãos, camponesas..., gente que clamava dia e noite a Javé pedindo justiça. Os profetas não agiam sozinhos. Animavam grupos proféticos que assumiam com eles o compromisso com os pobres, memorizavam as profecias e iam passando o recado aos vizinhos, filhos e netos. Certos grupos escreveram as profecias em livros que hoje estão na Bíblia. Outros não escreveram, ou os escritos foram perdidos. Muitos atuaram anonimamente. Os grupos rezavam, refletiam para a ação. Em alguns casos, viviam como uma família, na mesma casa, liderados pelo profeta em pessoa (2Rs 6, 1-3). Outros cultivavam a tradição de profetas antigos, vividos em outras épocas. Foi o caso dos profetas Isaías e Jeremias.Na Bíblia, há profecias de diferentes épocas. Foram escritas por grupos proféticos que refletiam sobre a realidade à luz das profecias antigas e descobriam os caminhos de Deus em meio à escuridão. As profecias antigas serviam de lanterna na estrada escura da vida. Os grupos proféticos achavam coisas surpreendentes com as lanternas! Foi assim que os primeiros cristãos descobriram, com a ajuda das profecias-lanternas, que Jesus era o Messias, o Filho de Deus vivo.

Sugestões para debate com o grupoPor que é melhor ter um grupo profético que um profeta isolado? Como sua comunidade divulga a atuação dos profetas de hoje?

c. Verdadeiros e falsos profetasNem todos os profetas agiam de acordo com a vontade de Deus. Alguns “profetizavam” em nome de interesses próprios (Mq 3,5-8). Eram os falsos profetas, que mentiam e defendiam os opressores usando o nome de Javé. O povo hebreu havia saído do Egito, terra da opressão. Lá, o faraó era o senhor que se apropriava do fruto do trabalho do povo. Na Terra Prometida, o povo teria o fruto de seu próprio trabalho. Não haveria nenhum Senhor além de Javé! Essa era a idéia central da Aliança.

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Com o surgimento dos reis em Israel, o povo foi esquecendo o Êxodo e deixou de lado o projeto igualitário das tribos. Acabou construindo um “Egito” na Terra Prometida, fazendo da terra da liberdade uma terra de escravidão. Reis, sacerdotes, magistrados, proprietários de terras e ricos usavam o nome de Javé para cometer toda espécie de injustiça e tomar o que era dos pobres (Am 5, 10-12; Mq 2,8-9). Seus aliados eram os falsos profetas. Estes justificavam a corrupção dos ricos e a miséria dos pobres como se fosse vontade de Javé. Os maiores adversários dos poderosos eram os verdadeiros profetas. Eles sabiam como abrir os olhos do povo e desmascaravam os injustos com a autoridade dada por Javé. Eram fiéis à verdade e à justiça, mesmo quando isso lhes trazia problemas(Jr 20, 7-8).

Sugestões para debate com o grupoComo desmascarar um falso profeta (Lc 6,20-26)? Leiam a história dos profetas Miquéias e Sedecias, em 1Rs 22, 1-40. Que tal fazer uma encenação dela? Refletir: qual era o papel de cada profeta nessa história? Qual deles estava certo? O que lhes custou falar a verdade?

d. A luta contra a idolatria A grande luta dos profetas foi a favor da Aliança e contra a idolatria. Vocês lembram o que é Aliança? E idolatria, o que é?Quando o povo abandonava a Aliança e praticava a injustiça, adotando um sistema social injusto, estava fazendo o que a Bíblia chama de idolatria (2Rs 17, 13-17) Estava abandonando o Deus vivo e indo atrás de “deuses” vazios. Idolatria ou culto aos ídolos é se apoiar num Deus falso. É vender gato por lebre. O idólatra é como o consumidor que se ilude com propaganda enganosa.Idolatria não é trocar Javé, o nome bíblico de Deus, por um outro nome. Mudar o rótulo não altera o conteúdo da garrafa. Podemos chamar a Deus de Pai, Mãe, Senhor, Javé...O culto aos ídolos, na Bíblia, é cheio de conseqüências desastrosas. Os chefes do povo inventavam deuses que justificavam a injustiça e a villência.Adorar ao Deus vivo levava a adotar o estilo de vida proposto na Aliança: liberdade, igualdade, partilha. Trocar o Deus vivo por falsos deuses era adotar como estilo de vida a escravidão e a injustiça (Dt 5,6-7). Os profetas combatiam a idolatria, inclusive quando ela se disfarçava de “culto a Javé” (Mq 3, 9-12). Pois, muitos sacerdotes e falsos profetas usavam o nome de Javé para enganar o povo. Punham o rótulo “Javé” na garrafa, mas o conteúdo era falsificado! Os profetas tinham que recordar ao povo o Êxodo e a Aliança, para que soubesse discernir qual era o projeto do Deus vivo e rejeitasse o projeto de morte escondido atrás do culto a Javé.

Sugestões para debate com o grupo

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Que falsos deuses estão “disfarçados” por trás do nome do Deus vivo, hoje?Qual o estilo de vida que os idólatras de hoje seguem? Qual é o “deus” que está por trás deles? Qual é o estilo de vida que os adoradores do Deus vivo seguem hoje? Qual deveria ser?

Oração final

FONTE DE PESQUISA: ECOANDO ANO 1 Nº 7

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BLOCO III

CRISTOLOGIA

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B L O C O 3 – C R I S T O L O G I A

O Sim de Maria ao Projeto do Pai

Objetivo: Levar o crismando a perceber em Maria, Deus completa seu plano de salvação.

Oração Inicial: Ave Maria, Salve Rainha ou músicas relacionadas a Maria (Nossa Senhora, de Roberto Carlos, Maria de Nazaré, ...)

Dinâmicaa) Providenciar uma bonita imagem de Nossa Senhora, fitas de papel crepom coloridas, ficha de cartolina, cada ficha deve conter uma festa litúrgica mariana (consultar o Missal Romano, se necessário) e grampeador.b) Jo 2, 1-11: uma pessoa faz a leitura e o resto do grupo fica em silêncio e meditando sobre o texto.c) Dividir em pequenos grupos, refletir o texto, procurando perceber como se dá a mediação de Maria na festa de Cana e como essa mediação acontece hoje.d) Cada grupo poderá, ainda, refletir sobre o significado de uma festa mariana, como está na ficha, e depois apresentar, em plenário.• qual o nome da festa litúrgica?• que aspecto da vida de Maria esta festa destaca?• como esta festa está relacionada com a pessoa de Jesus Cristo?e) Cada grupo apresentará o resultado de sua reflexão e a ficha será fixada na ponta do crepom colorido.f) Entre uma apresentação e outra, cantar um refrão de música bem conhecido.

Partir da realidade do grupoVocê guarda alguma lembrança do seu tempo de criança relacionada a Nossa Senhora? Qual?Como vocês explicam os vários títulos dados a Maria?

Iluminação bíblica

Seguidora e discípula idealLc 1, 26-38; 1, 45 (acolhe na fé a proposta de Deus)Lc 2, 19; 2,51 (medita e guarda no coração tão admiráveis acontecimentos)Lc 1, 39-45; 8, 21; 11, 27-28 (traduz a fé em gestos e serviços)

Aberta aos riscos da féO Sim de Maria (Lc 1, 38) não a poupou dos desafios, pois ela não podia prever todas as conseqüências como a apontada por Simeão (Lc 2, 34-36). Ela não entendia muita coisa (Lc 2, 49-50) e sofreu ao separar-se de Jesus (Lc 8, 19-21; 18, 28-30).

Simples, assume a causa dos pobres

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Jovem de Nazaré, na Galiléia (Lc 1, 26-27), cidade sem importância (Jo 1, 46; Jo 7, 52); Maria e José não são ricos e Jesus nasce pobre (Lc 2, 4-7); apresentam oferta de pobres (Lc 2, 22-24); canta o programa do Reino de Deus, denunciando a injustiça com indignação e proclama a esperança para os pobres (Lc 1, 46-55).

Presente na comunidade cristãMãe, irmã, companheira, discípula, mestra, continuando a missão de Jesus, participando da ação criadora de Jesus, participando da ação criadora do Espírito (At 1, 14; 2, 1-4).

ConclusãoApós a leitura, fazer um momento de silêncio e pensar, profundamente, em Maria; aceitá-la como mãe e companheira do nosso grupo, nestes encontros, que nos ajudam a crescer na fé em JESUS.

• Como este encontro nos ajudou a descobrir a figura de MARIA?• MARIA nos ensina a viver nossa fé? Como?

Maria na reflexão da Igreja

O Magistério da Igreja (bispos unidos ao papa) definiu algumas verdades sobre Maria, os dogmas marianos. Os dogmas são como placas de sinalização que conduzem à VERDADE (JESUS), e quando falam sobre Maria, mostram que é uma pessoa humana, muito especial. São quatro os dogmas marianos:

• MARIA, MÃE DE DEUS: Definido pelo Concílio de Éfeso, em 431. Maria é mãe do Filho de Deus encarnado. Não é deusa, mas está numa relação especial com a Santíssima Trindade: é filha agradecida de Deus-Pai; é mãe, educadora, discípula de Deus-Filho; é fecundada por Deus-Espírito Santo e íntima Dele. É Mãe da Igreja e nossa Mãe, ensinando-nos a cultivar, na comunidade cristã, “entranhas de mãe”: a ternura, o carinho, a proteção, sobretudo para com os mais necessitados.• VIRGINDADE DE MARIA: Definido pelo Concílio Lateranense, em 640, afirmando que Maria concebeu Jesus sem ter relações com José, que deu a luz de modo extraordinário e continuou virgem para sempre. Maria, simples criatura, dizendo SIM, deixando-se plasmar pelo Espírito e gerando Jesus, dá lugar a manifestação gratuita da bondade de Deus. Como terra boa e fecunda, deixou Deus realizar maravilhas e gerar vida nova e plena. Como Maria, todos nós podemos nos abrir a vida e gerar vida nova, fecundando as sementes do REINO na comunidade e na sociedade.• IMACULADA CONCEIÇÃO: Proclamado por Pio IX, em 1854, veio confirmar o que a fé e a piedade mariana sempre intuiu: Maria é pura e sem pecado desde que foi concebida. Maria, por uma graça especial realizou o sonho de Deus para todas as pessoas: “sermos santos e imaculados, diante Dele” (Ef 1,4). Foi pré-redimida por Cristo. Nasceu como pessoa mais integrada do que nós, contudo, não nasceu prontinha. Livre para acolher a proposta divina, caminhou e enfrentou os desafios do seguimento de Jesus, sem se desviar do caminho. Nela, nós que participamos do mistério do mal e da iniqüidade, temos a esperança e a

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certeza de que a “graça de Deus” é maior do que o pecado e nos salva para sempre.• ASSUNÇÃO DE MARIA: Em 1950, acolhendo as manifestações da devoção popular que sempre celebrava a “dormição de Maria”, Pio XII proclamou que a pessoa de Maria está junto de Jesus, glorificada. Deus assumiu e transformou tudo o que ela foi e fez em seu peregrinar nesse mundo. Ela aponta para nós a vida de plena comunhão no amor que nos espera. Como “viva em Deus” ela continua a acompanhar-nos como Mãe amorosa.

FONTE DE PESQUISA: ECOANDO – ANO 3 – Nº 57

A pessoa e ação de Jesus

Objetivo: Proporcionar ao crismando maior conhecimento da pessoa e vida de Jesus.

Oração inicial

Partir da realidade do grupo - DinâmicaMaterial: bexigas e pedaços de papéis.Desenvolvimento: cada crismando recebe um pedaço de papel onde deverá responder as seguintes questões:Quem é Jesus Cristo para você?Em que momentos da vida você se lembra mais dele?Dobrar bem o papel e colocar dentro da bexiga e encher; os crismandos saem brincando com suas bexigas de forma a misturá-las bem as bexigas umas com as outras. Em seguida, cada um estoura uma bexiga, pega o papel e comenta o que está escrito em duplas.

Conteúdo

Jesus foi um homem como outros: feito de carne e osso, sentimentos e idéias. Era da raça, cor, cultura e religião dos judeus. Como eles, acreditava no Deus de Abraão e de Moisés.Jesus conhecia profundamente as Escrituras. Sabia interpretá-las corretamente, usando-as para enxergar na vida os sinais da presença de Deus (Lc 4,14-21). Ia à sinagoga, para ler e discutir as Escrituras. Ele resumiu o sentido da religião judaica em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo (Mc 12,28-34).Jesus não era como algumas pessoas da elite política e religiosa, que viam o povo como ignorante e maldito (Jo 7,49). Jesus, ao contrário desses, estava sempre no meio do povo “ignorante”, dos mais simples e desprotegidos. Por causa disso, alguns diziam que ele vivia comendo e bebendo com gente pecadora (Mt 11,19). Outros diziam que ele tinha feito um pacto com o diabo (Mc 3,22). Até gente da própria família de Jesus achava que ele estava ficando louco (Mc 3, 20-21).

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Jesus não teve medo de se tornar um excluído. Ele preferia estar com os pobres, os doentes, os endemoniados (Mt 4,24); e seus discípulos aderiram ao mesmo estilo de vida, solidários com os pobres (Mt 10, 2425).

Sugestão de debate com o grupoPor que Jesus preferia estar com os excluídos, em vez de ficar ao lado de pessoas de poder e prestígio?

Messias é uma palavra hebraica que quer dizer ungido; em grego se diz Cristo.O nome Cristo (Messias) virou um “sobrenome” de Jesus; sua missão era profundamente política; Ele quis transformar as relações sociais pela prática da justiça do Reino de Deus (Mc 9, 33-37), em que a criança vale tanto quanto o adulto, a mulher tanto quanto o homem, o pobre tanto como o rico...Sugestão de atividadeDividir os crismandos em pequenos grupos conforme os textos abaixo e responder:

Mt 4, 23-25 O que o texto diz sobre Jesus? O que faz Jesus conforme o texto?

Jo 8 , 1-11 O que diz e faz Jesus? O que fazem os fariseus? Quais seriam os sentimentos da mulher diante dos fariseus e de

Jesus? Que questionamento faz em nossa vida?

Jesus também exercia seu ministério ensinando ao povo por meio de histórias simples ou parábolas (Mt 13, 34-35; Mc 4, 33-34 ); elas falavam do dia-a-dia e levavam o povo a refletir sobre a realidade.Parábola é uma história curta que ensina um novo jeito de se ver o mundo.Jesus falava de bichos (Mt 7,6), de família (Mt 7,9; 21, 29-30), de trabalho (Mt 13,47), de comida e bebida (Mt 9, 17; 13, 33).Por meio delas, o povo foi entendendo o que era a justiça do Reino (Lc 6,41), a solidariedade fraterna (Lc 10,30), a misericórdia do Pai (Lc 10, 30), a necessidade da partilha (Lc 16,19), ...

Sugestão de reflexão pessoalLer Mc 4, 26-29

Jesus usou conhecimentos do povo da roça para dar um recado. Que recado foi esse?

Como dar o mesmo recado hoje, a partir dos conhecimentos do povo da cidade?

Oração final

Outras sugestões que podem ser utilizadasETAPA DA CRISMA – PARÓQUIA SÃO GERALDO MAGELA – ARQUIDIOCESE DE

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1. Cinco crismandos montam cinco aspectos da vida de Jesus: O nascimento O batismo As opções, escolhas, encruzilhadas ... O mistério pascal (morte e ressurreição) A missão de Jesus Cristo

Procuram símbolos que retratam tal aspecto da vida. Ou desenham em algum papel, ou recortes para visualizar tal aspecto. Ou, ainda, o catequista prevê algo que fale destes elementos.

2. Dividir os crismandos em cinco grupos e cada grupo reflete sobre um ou dois aspectos da vida de Cristo, ou sobre os cinco aspectos. Podem ajudar as seguintes perguntas:Onde tal aspecto aparece na vida de Jesus?O que isso significa para nós? Que sentido tem para nós?Onde e quando isso aparece e acontece na nossa vida? Que luzes ou forças isso traz para a nossa missão?Escolher e trazer uma música que fale do aspecto refletido.

3. Favorecer um plenário em forma de partilha: todos colocam o que refletiram nos grupos; canta-se a música sugerida pelo grupo.

4. Ficar em pé diante dos cinco aspectos refletidos e rezar (pode ser como oração final).

FONTE DE PESQUISA: ECOANDO - ANO I – N° 13 E 14. LIVRO: VIVER E CONVIVER: DINÂMICAS E TEXTOS PARA DIFERENTES MOMENTOS - AUTOR: PE. CANÍSIO MAYER S.J.

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Jesus anuncia o Reino de Deus

Objetivo: Conscientizar o crismando que Jesus nos traz a Boa Nova.

Oração inicial: Pai Nosso – destacar a parte venha a nós o vosso Reino.

Partir da realidade do grupo - DinâmicaSe o grupo for muito grande dividir 20 pessoas para cada grupo.Material: novelo de lã ou barbante.Crismandos e catequistas formarão um círculo. Uma pessoa começará a dinâmica dizendo:Que coisas boas queremos no nosso reino (amor, solidariedade...). Após dito esta palavra a pessoa vai lançar este novelo, segurando a lã, para outra pessoa à sua frente, que repete, e assim sucessivamente até que todos tenham participado. Ao final da dinâmica vamos ver construída uma grande teia de lã.Motivar os crismandos a dizerem características do Reino de Deus e testemunhar situações que viram ou viveram que manifestam a presença do Reino de Deus entre nós.

Conteúdo

Fazer leitura individual de Mt 13 (Parábolas do Reino) O que nós entendemos por “Reino de Deus”? Que características do Reino aparecem no texto? Que sinal do Reino estou sendo em todos os meus ambientes:

(família, comunidade, escola, grupo...)Em plenário ler novamente Mt 13, e refletir em grupo as mesmas questões.

Alguns pontos que podem ser refletidosJesus aparece, dizendo que o “tempo já se cumpriu” (Mc 1, 15). O que isto significa?

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Em Lc 4, 14-21, vemos anunciada a boa notícia para os pobres, libertação para os cegos, anistia para os devedores. Qual seria uma boa notícia aos pobres de hoje?

É do meio dos pobres, no povo, que Jesus escolhe os seus discípulos:Mt 1, 16-20 (pescadores)Mc 2, 13-14 (cobrador de impostos)Mc 3, 18-19 (grupo dos zelotes)

Jesus veio matar a sede do homem, mas aqueles que estão bem de vida, satisfeitos com a situação, jamais vão aderir a Jesus porque não buscam ansiosamente uma alternativa, não sentem sede. Só os que estão abertos à novidade de Deus no mundo saciam sua sede. A resposta dos poderosos ao projeto de Jesus foi de medo e desprezo: “Esse não e o filho do carpinteiro?” (Mt 13, 55); “Nós conhecemos sua família.” (Mc 6, 3); “Ele está louco.” (Jo 10, 20).

Jesus foi criticado porque vivia em contato com os marginalizados. (Mc 2,16; 3, 31-35; 7, 26; Lc 7, 34)É preciso desamarrar-se de tudo que impede a chegada do Reino em nossa vida. (Mt 19, 16-25)

A Boa Notícia trazida por Jesus é a vinda do Reino de Deus (Mt 4, 17) que Ele anuncia concretamente por palavras e ações (Mt 4, 23). Ler em Lc 18, 15-17 e responder: Como são essas palavras e ações?

O Reino de Deus é o anúncio central de Jesus. É Deus atuando na história do ser humano e o ser humano colaborando com Deus.No centro está o chamado à conversão para viver o amor em tudo. Então reinará a paz, a justiça e o bem. É a nova ordem na qual todo tipo escravidão é superado.Portanto, não precisamos esperar um Reino prontinho, nós devemos construí-lo a partir de agora na relação com Deus e os irmãos.

Oração finalOração de São Francisco de Assis“As bem-aventuranças“ - Lc 6, 20-26

FONTE DE PESQUISA: LIVRO DA CRISMA: CONFIRMADOS E COMPROMETIDOS, DO CENTRO CATEQUÉTICO DIOCESANO - DIOCESE DE OSASCO; ECOANDO – ANO I Nº15, LIVRO: VIVER E CONVIVER – PE. CANÍSIO MAYER S.J.

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Morte e Ressurreição de Jesus

Objetivo: Anunciar a Ressurreição como a “grande notícia”, o grande acontecimento que transforma a história dos seres humanos.

Oração Inicial: mostrar gravuras e recortes de revistas e jornais que expressam realidades de morte e de vida. Partir da realidade do grupoQuais os sinais de morte nós percebemos em nosso bairro, nossa cidade, em nossa sociedade?

Conteúdo

Sugestão de leitura e reflexão dos seguintes textos:

Texto A: Lc 23, 1-251. Quem acusou Jesus?2. Quem matou Jesus?3. De que maneira hoje podemos matar as pessoas?4. Qual foi a atitude de Jesus?5. Qual a atitude diante das acusações?

Texto B: Jo 20, 1-18 e Cor 15, 35-49

O que é ressurreição?Que sinais concretos temos da ressurreição em Jesus, no dia-a-dia? (pequenas vitórias, crescimento pessoal, transformação da sociedade)

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É fundamental esclarecer que a ressurreição é conseqüência de um compromisso radical com a vida.Quem opta pela morte, na morte fica, mas quem opta pela vida na vida permanece.

Leitura do texto dos discípulos de Emaús: Lc 24, 13-35

Interpretação dos fatos: É importe seguir a narração, em todos os detalhes:

A situação de desanimo e decepção dos dois discípulos, seu caminhar abatido e triste, fim da história, de volta para casa, tudo acabado.

Alguém se aproxima deles: começa a conversa sobre os fatos; o diálogo vai esclarecendo o sentido das coisas, a luz das Escrituras é fundamental para entender os acontecimentos da vida, o companheiro de caminhada parece trazer para eles um alívio, uma esperança, ainda que não perfeitamente definida.

Emaús, a aldeia pequena, convite para ficar e passar a noite, para jantar juntos, Jesus fica e, na hora de repartir o pão... os olhos dos discípulos se abriram e o reconheceram.

A grande mudança, volta rápida para Jerusalém, é o mesmo caminho, mas a disposição pessoal é bem diferente, alegria e paz, vontade de comunicar a grande notícia.

Chegada a Jerusalém anunciando que ELE ESTA VIVO.

Toda esta interpretação pode ser feita tomando o catequista a iniciativa, mas suscitando a participação de todos.

Fazer uma releitura do texto, a partir da situação particular de cada membro do grupo. Em que parte desse percurso nós estamos?

Estamos saindo de Jerusalém, abatidos? Cansados da vida, sem muita ilusão, decepcionados por mil coisas, sem rumo certo?

Estamos começando a encontrar uma luz? Sentindo que ele caminha ao nosso lado, mesmo sem ainda conhece-lo muito bem? Percebendo, na palavra da Bíblia, uma luz que nos ajuda a ver melhor a vida?

Estamos já no momento do encontro? Jesus já esta presente na nossa vida e amigo, encontramos com ele na Eucaristia, na participação na comunidade?

Estamos de volta para Jerusalém? Estamos descobrindo, a cada passo, a nossa missão de ser testemunhas dele, comunicando para os outros a alegria da nossa fé?

Oração final

FONTES DE PESQUISA: LIVRO DA CRISMA: CONFIRMADOS E COMPROMETIDOS - CENTRO CATEQUÉTICO DIOCESANO DIOCESE DE OSASCO; ENCONTROS DE CATEQUESE CRISMA – AUTORA: MARIA LÚCIA DE CARVALHO PAGNONCELLI (AMBOS DA EDITORA PAULUS).

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BLOCO IV

IGREJA

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A Igreja de Jesus

Objetivo: Saber que o grande fundador da Igreja Cristã é Jesus Cristo, e que sua grande missão libertadora deve ser assumida por todos os que são chamados a ser cristãos.

Material: Velas pequenas para cada crismando, tampas de garrafa, sal, fósforo, cartolina ou isopor, “fotografia” ou pôster com a imagem de Jesus.

Ambiente: Organizar as cadeiras em forma de círculo; no centro, colocar o pôster de Jesus, que poderá ser colado em uma cartolina ou isopor; ao lado colar também a passagem de Isaías que descreve a missão do Servo de Javé (Isaías 61, 1-3), em letras grandes e em destaque.Antes da oração, distribuir, para cada um, uma tampinha com sal, e uma vela que deverá ser acesa em seguida.

Oração Inicial: Invocação da Santíssima Trindade (poderá ser cantado) e a oração do Espírito Santo. Ler a missão assumida por Jesus (Is 61, 1-3), com calma, meditando suas palavras ao som de um fundo musical. Enquanto lêem, vão acendendo a vela. Motivar a meditação.

Jesus tinha uma missão que foi profetizada muito antes de seu nascimento.Que atitudes Ele teve para realizar essa missão? De que forma Ele procurou fazer a vontade do Pai?E nós? Será que também temos uma missão? (pausa)Olhando essa luz acesa e esse sal, o que podemos perceber? O que significam para nós? Qual é o papel da luz? E do sal? (tempo para que reflitam)Será que tudo tem uma razão de ser, um papel a cumprir, uma missão a realizar?Fixando seu olhar no sal e na luz, sabendo qual a função que cada um desempenha, como poderemos ser sal? Como poderemos ser luz?

No decorrer deste encontro vamos procurar entender melhor a nossa missão e a missão da Igreja. Não nos esquecendo nunca de pedir a iluminação do Espírito Santo e a companhia de Maria, para que sejamos conduzidos e fortalecidos.

Introdução ao temaO ser humano é um ser social, não foi feito para viver só. Quando nasce já é inserido na primeira instituição, que é a família, e começa a fazer parte da história dessa família.Alguém saberia contar a história de sua família? Como tudo começou até chegar nos dias de hoje?E de outras instituições como time de futebol, por exemplo? (deixar que falem)E a história da Igreja, quem sabe nos dizer como tudo começou?

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Leitura Bíblica: Atos dos Apóstolos 2, 1-21

Breve reflexão: Podemos dizer que no dia de Pentecostes nasce a Igreja, pois até então, todos estavam com medo, reunindo-se às escondidas, sentindo-se sós. A partir da vinda do Espírito Santo, que foi prometido por Jesus, tudo muda, como podemos perceber nessa leitura. Agora vamos refletir alguns pontos importantes desse início de História.

DinâmicaDividir a turma em 08 grupos. Cada grupo receberá uma folha com texto bíblico e três perguntas relacionadas ao texto para refletir, discutir e responder em grupo. Os textos encontram-se em anexo.

Depois de refletir e responder às perguntas, os grupos deverão expor em plenário.

Plenário- Se o grupo for grande, fazer uma simples apresentação onde cada um fala seu nome.- Dizer o assunto que vão falar e informar o capítulo e versículo que leram.- Fazer um breve comentário sobre o texto bíblico para que todos fiquem a par do assunto.- Responder às perguntas conforme o ponto de vista do grupo

Considerações do catequistaNós observamos, através do texto, que primeiramente foram as autoridades religiosas dos judeus que rejeitaram o cristianismo, com a acusação de que aquela religião afastava o povo do verdadeiro culto e da Lei de Moisés. Mas, na verdade, o cristianismo, nascido do judaísmo como um movimento profético, separou-se dele como uma nova proposta de fé e vida, depois de um longo período de oposições, discussões, polêmicas, perseguições e confrontos.De outro lado, a maneira de viver dos cristãos não combinava com a vida dos pagãos, que eram a maioria. Naquele tempo, o Império Romano dominava o mundo e o imperador fazia-se passar por um deus, exigindo culto especial. Os cristãos respeitavam a autoridade dele, mas não o adoravam como deus. Por não cantarem e se prostrarem em honra do imperador e dos deuses pagãos, muitos cristãos e suas comunidades foram presos, torturados e mortos. Todos os apóstolos foram martirizados.O primeiro imperador a perseguir os cristãos foi Nero. Para agradar aos judeus, mandou matar à espada Tiago, bispo da comunidade de Jerusalém e quando, inconseqüentemente, incendiou Roma, acusou os cristãos como responsáveis. Foi no seu governo que os cristãos começaram à ser atirados às feras no Coliseu, chamado “Circo de Roma”, para divertir o povo e os magistrados.Depois de Nero, o mais cruel perseguidor dos cristãos foi Domiciano. A ordem dele era: “Procurem, exilem, confisquem, torturem, matem os cristãos”. Por causa disso, ao se referir à história da Igreja daquele tempo, se diz “a Igreja dos Mártires”.

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Apesar da perseguição e dos mártires, a Igreja se desenvolveu e expandiu por todo o Império Romano.O anúncio do Evangelho chegou ao trono: Constantino, imperador, converteu-se ao Cristianismo e oficializou a Igreja de Jesus Cristo. Mandou construir casas bonitas para os cristãos se reunirem: os templos ou igrejas. Proporcionava privilégios aos líderes: ao Papa, aos Bispos e Padres. O povo era batizado sem se preparar.E assim a participação e organização da Igreja foi se modificando com o passar dos séculos. Houve épocas em que a participação do povo era muito passiva. A liderança estava entregue à hierarquia: aos Papas, Bispos, Padres e àqueles escolhidos por essa hierarquia. Os outros cristãos eram considerados “leigos”, isto é, não entendidos nas coisas da religião. Esse nome pegou, e agora, leigos são todos que não pertencem à hierarquia da Igreja.No Concílio Vaticano II, os Bispos definiram a Igreja como sendo “o povo de Deus em marcha para a terra prometida”, não privilegiando os que estão na liderança da hierarquia, mas reconhecendo todos como “povo de Deus”. A Igreja, desde então, está resgatando o lugar do leigo, restituindo-lhe a participação nos ministérios e atividades pastorais, principalmente na América Latina. Comunhão e participação têm sido o princípio da ação pastoral latino-americana.

Pesquisa para o próximo tema: Pedir aos crismandos que pesquisem junto aos membros das pastorais ou na paróquia como está organizada a Igreja católica e como funciona uma comunidade, suas atividades pastorais, seus objetivos, integrantes, como se preparam, horários, etc. Entregar o quadro para pesquisa (modelo em anexo). É importante ressaltar que não esqueçam, pois desta pesquisa depende parte do próximo encontro.

Oração final

Canto: Brilhe a vossa luzBrilhe a vossa luz, brilhe para sempre. Sejam luminosas vossas mãos e as mentes. Brilhe a vossa luz! Brilhe a vossa luz!

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Anexo: Textos bíblicos para a dinâmica

Textos I – At 2, 41-47; 4, 31-35; 5,12; 9, 31TEMA: Como viviam os primeiros cristãos

São Lucas apresenta no livro dos Atos vários retratos das primeiras comunidades cristãs, a começar pela de Jerusalém.Ele mostra “quantidade” em números e “qualidade” em atitudes de vida.

1º - Identifique nos textos a quantidade e as atitudes comunitárias dos primeiros cristãos.

2º - Faça um retrato real da vida de nossa comunidade cristã, hoje.

3º - Escreva-lhe um recado um conselho de como pode melhorar e tornar-se bem semelhante àquelas primeiras comunidades.

Texto II – At 3, 1-19; 4, 1-22TEMA: A cura do coxo em nome de Jesus

Os textos mostram que as pregações dos apóstolos são comprovadas pelo poder de Deus que está com eles, através da cura dos doentes. Isso motiva a fé e a conversão de muitos, mas questiona e incomoda as autoridades judaicas.

1º - O que faz a gente ser “coxo” na fé? Como se cura?

2º - Pedro e João começaram a sentir dificuldades para exercer a sua missão. Quais foram? Como as superaram?

3º - Nós, hoje, encontramos dificuldades semelhantes para falar de Jesus? Quais são e como superá-las?

Texto III – At 5, 14-42TEMA: Igreja, um projeto de Deus e não dos homens

Os apóstolos, apesar da proibição do Sinédrio, continuam a curar e a pregar em nome de Jesus. De novo são presos e vão a julgamento. As autoridades estão confusas e irritadas.

1º - Qual é o “teste” proposto por Gamaliel para provar se aquela Igreja e doutrina eram de Deus ou dos homens?

2º - Por que a Igreja Cristã permaneceu e chegou até nós, depois de 2000 anos da morte de Jesus e de seus primeiros apóstolos?

3º - Na era contemporânea, o número de católicos diminuiu. Há muitos cristãos que mudam de Igreja e existem inúmeras religiões e movimentos religiosos. Muitos acham que a Igreja de Cristo pode acabar. E vocês, o que pensam disso?

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Texto IV – At 6, 1-12; 7, 51-60TEMA: Os sete auxiliares dos apóstolos. Estevão, o primeiro

mártir.

Aumentando o número dos cristãos, foi necessário escolher alguns auxiliares para os apóstolos.

1º - Quais os nomes dos “diáconos” e o que justificou a escolha deles? Para que foram escolhidos?

2º - Hoje, em todas as Igrejas e comunidades cristãs, são muitos os diáconos e auxiliares dos pastores. Quem são eles na sua comunidade e o que fazem?

3º - Por que o diácono Estevão desagradou a um grupo de judeus e como foi preso e martirizado?

Texto V – At 4, 36-37; 5, 1-11; 8, 5-25TEMA: “Jogar limpo” com Deus e com a comunidade

Os textos mostram dois tipos de práticas religiosas não coerentes com a fé cristã: a falsidade e o suborno.Os primeiros cristãos partilhavam seus bens com os necessitados. Nas nossas comunidades, há o costume das coletas, das campanhas e do dízimo, como sinal de gratidão e partilha.

1º - Somos obrigados e coagidos a partilhar? Como funciona o dízimo ou partilha na nossa paróquia ou comunidade?

2º - Se não há dízimo, do que vivem e se mantêm os sacerdotes e as necessidades do culto e do tempo, dos diáconos e outros servidores?

3º - Dê exemplos concretos de pessoas que compram ou querem usar a religião, os líderes e os fiéis para outros fins que não sejam a “gratuidade de Deus”.

Texto VI – At 8, 26-40TEMA: O diácono Felipe anuncia o Cristo ao eunuco etíope, negro

e escravo

A religião judaica discriminava e excluía do Tempo e da comunidade o estrangeiro, o de outra raça, os doentes (mentais, leprosos, aleijados, contagiosos,...), os pobres, as mulheres, os escravos, os pecadores públicos, etc.O texto mostra que assim como Jesus, os discípulos não discriminaram nenhuma pessoa que abre seu coração à mensagem cristã.

1º - Nas nossas Igrejas, todas as pessoas são acolhidas e respeitadas, sem nenhum tipo de discriminação, para o culto, as celebrações, os sacramentos, etc.? Justifique com exemplos sua resposta.

2º - Há religiões e movimentos religiosos que discriminam ou são discriminadas? Há religiões ou pessoas de certas Igrejas que nós, cristãos católicos, criticamos ou rejeitamos? Quais? Por quê?

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3º - Cada um do nosso grupo se sente bem na nossa comunidade, ou se sente tímido, sem valor e sem participação? Como integrar-se bem?

Texto VII – At 8, 1-4; 9, 1-25TEMA: Saulo: o perseguidor, o perseguido, o apóstolo

Saulo era um judeu estudado e convicto de que a sua religião era a certa, a de Javé. Por isso, discriminava aquele “grupinho” de judeus que aderiam a Jesus, que não colocava a Lei de Moisés e o Templo como colunas da fé. E achava que estava servindo a Javé, perseguindo e prendendo os cristãos. Mas Jesus se revelou e ele “caiu ao chão”.

1º - Identifique os passos e explique os sinais da conversão de Saulo (a luz, cair, ficar cego, ser conduzido, Ananias, a cura, o batismo).

2º - Como reagiram os judeus e os cristãos diante da conversão radical de Saulo? E como ele se saiu dessa?

3º - Compare o chamado de Saulo à Igreja com o chamado de vocês à Crisma. Houve passo ou sinais, que os fizeram chegar aqui? Quais? Vocês acreditam que o mesmo dom do Espírito Santo dado a Paulo é dado a vocês? Como comprovar isto?

Texto VIII – At 10, 1-48TEMA: O sonho de Pedro e a fé de Cornélio

Jesus, os apóstolos e os primeiros cristãos eram judeus observantes da Lei de Moisés que proibia comer certos alimentos considerados impuros e misturar-se com os pagãos – estrangeiros que adoravam outros deuses e, por isso, também considerados impuros e idólatras.Jesus não desrespeitou a Lei de Moisés, mas a transformou, colocando o ser humano acima dela e mostrou que Deus é Pai de todos.E agora, como deveriam agir os cristãos: como judeus ou como seguidores de Jesus? O sonho de Pedro mostrou o caminho a seguir.

1º - Copie do texto a frase que tirou a dúvida de Pedro.

2º - Existem pessoas, coisas, atitudes, etc., consideradas “impuras” ou “excluídas” pela nossa sociedade e pela nossa comunidade-Igreja? Quais e por quê?

3º - Você conhece os “apóstolos” e “missionários” que anunciam e testemunham Cristo, hoje, em nossa comunidade, e outros que deixam sua família e sua terra por causa do Evangelho? Quem são? Dê exemplos de alguns nomes.

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Pesquisa: Atividades Pastorais da ComunidadeAtividades/Pastorais Objetivo Funcionamento Para Quem Responsáveis

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A Igreja das Primeiras Comunidades

Objetivo: Buscar em nossas raízes, a melhor maneira de servir em comunidade sem esquecer o verdadeiro propósito missionário.

Material: Pesquisa sobre as atividades de cada comunidade; cartaz feito a partir do subsídio “Qual Igreja queremos ser / Qual Igreja não queremos ser” (anexo).Ambiente: No centro do círculo, colocar o cartaz “Qual Igreja queremos ser”.

Oração Inicial: Pedir para que cada crismando reze por uma pastoral da comunidade e peça ao Espírito Santo que continue derramando seus dons sobre cada agente pastoral. Pode-se cantar um refrão de uma música pedindo o Espírito Santo a cada pedido. Concluir com a oração do Espírito Santo.

Pesquisa sobre as atividades da ComunidadePedir para que falem sobre a pesquisa realizada. Anotar em um quadro ou cartolina, os dados pedidos na pesquisa. Atividades, agentes, etc.

Dinâmica: Formar dois grupos e distribuir para cada grupo os seguintes textos:

At 2, 42 / At 4, 32-35 / At 6, 2-6 / At 8, 34-38 / At 9, 17-20Cl 3, 16-17 / 1Ts 5, 12-16 / Tt 3, 13-14 / Tg 1, 27 / Tg 2, 2-5 / Tg 5, 13-16

Ler os textos e comparar com as comunidades hoje, respondendo as seguintes perguntas:1 – Que atividades da Igreja dos Apóstolos são descritas no texto?2 – Que atividades semelhantes você vê na nossa Igreja hoje?

Plenário: Os grupos deverão expor aos demais, durante a apresentação. Alguém escreve num quadro ou folha grande as atividades de antes e as de hoje que se assemelham.

Considerações do catequistaAs primeiras comunidades cristãs nasceram na Palestina. A princípio pensava-se que a salvação trazida por Jesus Cristo era apenas destinada ao povo judeu. Por isso, a partir do dia de Pentecostes, os apóstolos começaram a pregar aos judeus. A primeira comunidade cristã nasceu em Jerusalém (At 2, 5; 4, 32). Era formada por gente pobre e simples. Os peregrinos e comerciantes que passavam por Jerusalém levavam a notícia desse novo tipo de comunidade e espalharam-na pelo mundo, apesar das dificuldades.Aumentando o número de cristãos, a Igreja começou a se organizar:- São escolhidos sete diáconos.

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- Organizam-se missões.- Felipe prega na Samaria (At 8, 47).- Pedro, além de pregar na Samaria, prega também aos pagãos (At 10).- Juntamente com a oração e com a distribuição de comida aos pobres, vai-se elaborando a liturgia, a partir do terceiro século.

Diante de tudo o que vimos hoje, podemos ter claro que tipo de Igreja devemos ser.

Ler juntos e em voz alta o cartaz “Que Igreja queremos ser / Que Igreja não queremos ser”.

Oração final

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Anexo

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Extraído do Ecoando Ano II, nº. 48Missão da Igreja

Objetivo: Conscientizar que devemos continuar a missão de Jesus através da evangelização.

Ambiente: Formar um círculo e no centro, colocar um cartaz, escrito em letras grandes, com o Objetivo Geral da Igreja no Brasil.

Objetivo Geral da Igreja no Brasil (CNBB)Evangelizar, com renovado ardor missionário, testemunhando Jesus Cristo em comunhão fraterna, à luz da opção preferencial pelos pobres, para formar o povo de Deus e participar da construção de uma sociedade justa e solidária, a serviço da vida e da esperança, nas diferentes culturas, a caminho do Reino definitivo.

Oração Inicial: Iniciar com um canto missionário, sinal da cruz, oração do Espírito Santo. Na seqüência, ler juntos e em voz alta o Objetivo Geral e, em seguida, pedir para que repitam o trecho que mais chamou a atenção e por quê.

Contar a história de Pedro Malasartes:

Pedro Malasartes achou uma nota de R$ 100,00. Havia uma lei na cidade obrigando quem encontrasse algo de valor a anunciar o fato em praça pública.Malasartes esperou a madrugada, foi à praça e sussurrou:- Achei uma nota de dinheiro. O dono se apresente.Um mendigo que passava viu Malasartes mexendo a boca e perguntou:- Tá querendo alguma coisa, meu irmão?Mais que depressa, Malasartes foi saindo e dizendo:- Estava apenas cumprindo a lei. O que te interessa?E sumiu noite adentro com o dinheiro encontrado.

Refletindo o texto:1. Malasartes realmente cumpriu a lei? Como se deve fazer um anúncio

público de interesse de todos?2. Como o cristão deve anunciar o Evangelho?

A Igreja existe para continuar a missão de Jesus Cristo: anunciar a Boa Noticia do Reino de Deus a todos os povos do mundo. Evangelho é uma palavra grega que significa “boa notícia”. Todos os cristãos batizados são chamados a anunciar a Boa Notícia com vibração, entusiasmo e alegria. Pela sua maneira de viver mostram ao mundo quem é Jesus e a força de sua proposta de vida. Defendem e fortalecem os pobres, os preferidos de Deus, como fez Jesus.A comunidade daqueles que recebem o anúncio e fazem aliança com o Deus de Jesus é o novo povo de Deus. Desse povo nasce a nova sociedade, justa e solidária para com os empobrecidos e excluídos.

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A Igreja, para ser fiel a Jesus, precisa reconhecer que não existe para si mesma. Seu objetivo é evangelizar. Mas, concretamente, o que é evangelizar hoje?

Não é simplesmente: É principalmente: Pregar o Evangelho somente com

discursos Convencer as pessoas a virem à

comunidade Fazer as pessoas participarem dos

sacramentos

Anunciar o Reino com o testemunho da própria vida

Fazer da comunidade um lugar de acolhida e salvação

Ajudar as pessoas a ligarem fé e vida no dia-a-dia

Evangelizar não se resume ao serviço e ao diálogo. Os discípulos e as discípulas de hoje são chamados a anunciar a Boa Notíca com alegria e entusiasmo. Afinal, experimentam na vida a salvação por meio de Jesus.O anúncio é uma missão apostólica. Apóstolo quer dizer mensageiro ou enviado. É todo discípulo que Jesus envia para anunciar a Boa Notícia (Mt 28, 8-10; Jo 13,16; Rm 1, 1-2; 1Cor 4,9; Ap 21,14; Lc 6,13; At 2,42-43).Toda pessoa que experimenta opressão e medo, nas várias dimensões da vida, precisa do anúncio de Jesus Salvador. Atualmente, os grupos que mais precisam receber umanúncio alegre e entusiasmado são:

Os oprimidos e excluídos em diversos níveis; Católicos que não vivenciam sua fé (não-praticantes); Não-cristãos, especialmente indígenas e imigrantes; Pessoas que se dizem sem religião e sem esperança.

DinâmicaFormar grupos (pode ser 4 ou 2). Cada grupo reflete um ou dois textos referentes a um desses grupos de pessoas que precisam receber o anúncio. Cada grupo recebe um texto para refletir e responder às perguntas. Os textos estão em anexo.

PlenárioOs grupos deverão expor aos demais quais os caminhos para fazer chegar aos grupos referidos nos textos a Boa Notícia de Jesus, e responder, segundo a visão deles, às respectivas perguntas.

Oração final: Pedir para que cada um escreva numa folha qual é a missão de cada um, ou que missão quer assumir a partir de agora.

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Anexo

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Extraído do Ecoando Ano II, nº. 44Igreja Ministerial

Objetivo: Despertar o desejo de colocar nossos dons a serviço da Igreja.

Ambiente: Fazer um círculo e no centro, colocar uma imagem ou fotografia de Maria Santíssima.

Oração Inicial: Ler inicialmente a passagem em que Maria se coloca a disposição de sua prima Isabel (Lc 1, 39-45). Fazer alguns minutos de silêncio. Em seguida, o catequista motiva para que rezem uns pelos outros, colocando a mão direita no ombro de quem está a esquerda. De mãos dadas, todos rezem o Pai nosso. Pode-se também cantar um canto de Nossa Senhora.

O que são Ministérios?A palavra ministério é a tradução da palavra grega diakonia, que quer dizer serviço. O próprio Jesus se apresentou como ministro (servidor) e convidou seus discípulos e discípulas a fazerem o mesmo (Lc 22, 27; Jo 13, 12-17).Jesus chamou os Doze para assumirem seu ministério (Mc 3, 13-19; Mt 10, 1-4; Lc 6, 12-16; Jo 20,21). O número 12, na Bíblia, simboliza as 12 Tribos de Israel. Os Doze representam o povo de Deus, que recebe de Jesus a missão de evangelizar. Por isso, dizemos que a Igreja inteira é ministerial.Na Igreja, há diversas formas concretas de serviço (1Cor 12, 4-11). Por isso, foram instituídos diversos ministérios ou serviços específicos, que são assumidos por ministros e ministras, em equipes ministeriais.

Um ministério não é: Um ministério é: Mero favor prestado

ocasionalmente Oportunidade de promoção

pessoal Passatempo a ser abandonado nas

dificuldades

Verdadeiro serviço prestado à comunidade

Oportunidade de amadurecimento pessoal

Compromisso que se mantém nas dificuldades

Os Ministérios podem ser ordenados e não ordenados (ou extraordinários). O ministério ordenado é permanente. É exercido por diáconos, padres e bispos, que recebem o sacramento da Ordem. O ministério não ordenado é temporário, exercido por leigos escolhidos pela comunidade e confirmados pelo pároco. É conferido por mandato do bispo diocesano, de acordo com as diretrizes de cada diocese.Na Igreja Católica, existem ambos os tipos de ministérios. O mesmo acontece nas Igrejas Episcopal (Anglicana) e nas Igrejas Orientais. Na maioria das Igrejas evangélicas, há somente ministérios não ordenados.

Principais Ministérios:Ministério da Palavra, da Eucaristia, dos Enfermos, da Coordenação, das Exéquias, da Catequese, do Batismo. O subsídio que explica cada ministério está em anexo.

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Para que existem os ministérios?Os pagãos foram convidados a invocar o mesmo Deus e a reconhecer o mesmo Senhor de Israel. “Mas como poderão invocar Aquele em que não acreditam, e como poderão acreditar, se não ouviram falar Dele, e como poderão ouvir, se não houver quem o anuncie, e como poderão anunciar, se ninguém for enviado?” (Rm 10, 14-15).Paulo, resumindo toda essa dinâmica, organizou o serviço missionário dos Apóstolos em Antioquia, onde pela primeira vez o Evangelho foi anunciado aos gregos.Os Atos dos Apóstolos nos relatam este centro bem dinâmico, animado por ministros, chamados de profetas e doutores (pessoas que se dedicavam ao ensino moral e à catequese nas comunidades). Esta denominação encontramos na Didaqué (catecismo que continha a doutrina dos Doze Apóstolos).Por inspiração do Espírito Santo, em Antioquia foram enviados Barnabé e Paulo, como missionários e como apóstolos, à ilha de Chipre e às cidades do sul da Ásia Menor (At 13, 1-3).Em outras comunidades, existiam vários outros ministérios. Em Jerusalém, a comunidade cristã era essencialmente formada por “hebreus”. Após a perseguição dos helenistas (judeus que adotaram a cultura grega), eles se organizaram segundo o modelo tradicional das comunidades judaicas. Instituem como chefes um grupo de presbíteros, presidido por Tiago.Os presbíteros dirigem a comunidade tanto no plano espiritual (estudo da Lei, orientações pastorais e morais, conforme At 15), como no plano material (administração da comunidade, conforme At 11, 29-30).A Igreja de Filipos, na Macedônia, ao lado de Tessalonica, é dirigida por diácono e epíscopo ou supervisor (termo que ao longo da história foi ganhando o significado de bispo).Após a morte das testemunhas diretas da vida e do ensinamento de Jesus, os responsáveis pelas comunidades ficaram atentos à fidelidade dos cristãos e aos ensinamentos do Mestre. Foi a época dos evangelistas e pastores (Ef 4,11).As mulheres também participaram do anúncio do Evangelho, nas assembléias eram presenças significativas (Lc 8, 1-3; Rm 16, 1-3; Fl 4, 2-3; 1Cor 11, 4-5; At 21, 9; 1Cor 14, 34; 1Tm 2, 11-14).Conforme foi crescendo e evoluindo a Igreja foi se adaptando para melhor servir. A necessidade exigiu que os primeiros cristãos se organizassem, elegessem líderes entre eles, delegassem funções conforme os talentos e aptidões de cada um. Foi assim que Pedro tornou-se o primeiro Papa, sendo o referencial, o que coordenava a Igreja em sua plenitude. Vamos ver agora como está organizada a Igreja hoje. (Organograma e texto explicativo em anexo).

Sugestão: Fazer um organograma em branco e procurar preencher, junto com os crismandos, a partir do conhecimento que adquiriram com a pesquisa. Explique as funções e responsabilidades de cada segmento.

DinâmicaETAPA DA CRISMA – PARÓQUIA SÃO GERALDO MAGELA – ARQUIDIOCESE DE

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Formar dois grupos. Entregar a cada integrante do grupo 1, uma folha em branco e pedir para que desenhem, separados, uma parte do corpo humano que o catequista deverá determinar. Exemplo: Um desenha o braço direito, outro a orelha esquerda e assim, até que não falte nenhum membro do corpo.Para o grupo 2, entregar uma folha grande (pode ser cartolina) para que desenhem um corpo humano, o desenho deverá ser feito numa única folha por todos os integrante do grupo.Motivá-los a expressar o que sentiram ao construir o boneco e o que sentem agora depois da obra concluída. Qual experiência tem melhor resultado: o boneco 1 ou o boneco 2?Refletir que tudo que construímos juntos tem mais valor, e que somos todos iguais perante Deus, por mais diferentes que possamos ser um do outro; e que, principalmente, somos peças importantes para a construção do Reino; todos temos igual valor e importância.

Oração final: Colocar junto aos bonecos, todos os símbolos e trabalhos realizados desde o primeiro tema do bloco 4 e fazer uma oração pedindo pela perseverança de todas as pessoas que atuam nas diversas pastorais.

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Anexo I

Extraído do Ecoando Ano II, nº. 40ETAPA DA CRISMA – PARÓQUIA SÃO GERALDO MAGELA – ARQUIDIOCESE DE

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Anexo II

Vamos observar o organograma a partir do centro e ler o título que está em volta. Eu vou explicando (ou lendo) cada item e você irão completando:

a) Jesus é o Fermento, o Reino do Céu. Ele é a revelação maior do Pai. Ele comunicou sua missão à Igreja, dando-nos o Espírito Santo. Esta Igreja somos NÓS (1) – POVO DE DEUS (2)(escrever ou colocar as fichas 1 e 2).

b) A Igreja, espalhada pelo mundo inteiro quer acolher a todas as pessoas, de qualquer raça ou nação, o que significa “católica”: IGREJA UNIVERSAL (ficha 3). E nesta diversidade de povos a Igreja quer permanecer unida, procura ser “um só rebanho”, como quer

ETAPA DA CRISMA – PARÓQUIA SÃO GERALDO MAGELA – ARQUIDIOCESE DE CAMPINAS

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Jesus, seu único Pastor. Como sinal desta unidade universal, temos o PAPA (ficha 4), que é o Bispo de Roma, que ocupa o lugar de Pedro, o primeiro Papa, líder dos Apóstolos.

c) A Igreja Universal está presente nas diversas igrejas locais, chamadas pelo nome de IGREJA PARTICULAR (ficha 5). O pastor de cada diocese é um BISPO (ficha 6), cuja tarefa principal é promover a unidade da Igreja e ele realiza isso, ensinando, coordenando e celebrando com o povo de Deus em sua Diocese. Há dois sacramentos que só o Bispo pode conferir: a Ordenação dos padres e a Crisma. Para a Crisma, em casos especiais, ele pode delegar outro celebrante.

d) Cada Diocese se organiza em PARÓQUIAS (ficha 7), que têm a seu serviço o PÁROCO (ficha 8). Este tem a mesma tríplice missão de ensinar, coordenar e celebrar, em união com seu Bispo.Para melhor se organizarem, as paróquias podem reunir-se em Regiões e/ou Foranias ou Vicariatos, dentro de uma Diocese. Quando a Diocese cresce muito, pode subdividir-se em várias dioceses. A principal delas recebe o nome de Arquidiocese, e seu pastor, Arcebispo.Isto acontece em nossa Igreja? (ouvir e dialogar sobre as formas de organização de sua Igreja local, para melhor informação dos crismandos).Em cada país ou continente, os bispos se organizam em “Conferências Episcopais”. No Brasil, temos a “Conferência Nacional dos Bispos do Brasil” (escrever no quadro: CNBB).Em toda a América Latina, temos a “Conferência Episcopal Latino-Americana” (CELAM).

e) Nós somos uma das COMUNIDADES (ficha 9) da Paróquia .... (nome). Cada um de nós é um grãozinho ou uma gotinha de Fermento do Reino que vai transformar o Mundo, fazendo fermentar nele a força libertadora do Evangelho: o jeito de viver que Jesus ensinou.Os LÍDERES (ficha 10) de cada movimento da Comunidade nos ajudam a manter viva essa força e fé no Evangelho.

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Espiritualidade - Oração

Objetivo: Oferecer aos crismandos as diversas formas de oração da Igreja, para ajuda-los a fortalecer sua relação com Deus, conforme o seu próprio jeito de rezar.

Material: Bíblia, velas, flores, xerox dos textos em anexo, gravuras de Jesus rezando, imagem de Maria, panos coloridos.

Ambiente: Preparar a ambientação com o material acima mencionado a critério do/a Catequista. Na sala, organizar-se em forma de círculo.

Oração Inicial: Iniciar invocando a Santíssima Trindade (pode ser cantado), convidando o grupo a colocar-se na presença de Deus, trazendo presente no silêncio do coração a sua intenção, pessoas ou situações pelas quais quer rezar. Canto à escolha.

Leitura bíblica: Mc 6, 45-51(Além de outro enfoque que o catequista possa dar referindo-se a este texto, dialogar com o grupo mostrando a importância da oração, e que Jesus é a presença de Deus Pai-Mãe. O acontecimento neste texto é um mistério, e quando rezamos, muitas coisas acontecem em nossa vida que não as compreendemos).Canto: (a escolha)

Conteúdo

Partindo da realidade dos crismandos. (Breve diálogo com o grupo): Para vocês, o que é oração? O que é rezar? Como rezamos? Quando rezamos?

a. O que é oração?“A oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um gesto de reconhecimento e amor em meio à provação ou em meio à alegria”. (Santa Terezinha do Menino Jesus)“A oração é a elevação do espírito a Deus ou pedido a Deus dos bens convenientes”. (São João Damasceno).

A humildade é o fundamento da oração. É a disposição para receber gratuitamente o Dom da oração. “Se conhecesses o Dom de Deus!” (Jo 4,10). A maravilha da oração se revela justamente à beira dos poços onde vamos procurar água; é aí que Cristo vem ao encontro de todo ser humano, é o primeiro a nos procurar e é Ele que pede de beber. Jesus tem sede, seu pedido vem das profundezas de Deus que nos deseja. A oração, quer saibamos ou não, é o encontro entre a sede de Deus e a nossa. “Deus tem sede de que nós tenhamos sede Dele”.

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“Tu é que lhe pedirias e Ele te daria água viva” (Jo 4,10). Nossa oração de pedido é uma resposta. Resposta de fé à promessa gratuita da salvação (Jo 7,37).

b. A criação – fonte da oraçãoÉ, sobretudo, a partir das realidades da criação que se vive a oração. Os nove primeiros capítulos do Livro de Gênesis descrevem essa relação. Essa qualidade de oração é vivida por uma multidão de justos.Em sua Aliança com os seres vivos (Gn 9,8-16), Deus sempre convida as pessoas a rezar. Assim que Deus o chama, Abraão parte “como lhe disse o Senhor” (Gn 12,4); o seu coração se mostra “submisso à Palavra”, ele obedece. A escuta do coração que se decide segundo Deus é essencial à oração, as palavras lhe são relativas. (mostrar, também o valor da oração silenciosa, oração pessoal). Somente mais tarde é que aparece a oração com palavras: Abraão se queixa a Deus lembrando uma promessa que parecia não realizar-se. Desde o começo aparece assim um dos aspectos do drama da oração: a provação da fé na fidelidade de Deus.

c. Jesus reza e ensina a rezarJesus já nos ensina a rezar: “Estando num certo lugar, rezando, ao terminar, um de seus discípulos pediu-lhe: Senhor, ensina-nos a rezar” (Lc 11,1).

(Dar para cada catequizando a Oração do Pai Nosso e conversar sobre ela): Que importância tem para nós a oração do Pai Nosso? O que quer dizer cada frase? Como é que rezamos essa Oração?

Jesus muitas vezes se retira, na solidão na montanha, de preferência à noite, para rezar (Mc 1,35).O coração decidido a se converter aprende a rezar na fé. A fé é uma adesão filial a Deus, acima daquilo que sentimos e compreendemos. Tornou-se possível porque o Filho bem-amado nos abre as portas para o Pai. Este pode pedir-nos que “procuremos” e “batamos”, uma vez que Ele mesmo é a porta e o caminho.Assim como Jesus reza ao Pai e dá graças antes de receber seus dons, Ele nos ensina essa audácia filial: “tudo quanto suplicardes e pedirdes, crede que já recebestes” (Mc 11,24).

O Evangelho nos revela como Maria reza e intercede na fé: em Caná da Galiléia, ela pede a seu Filho Jesus pelas necessidades de um banquete de casamento (Jo 2,1-11).Em Lc 1,46-56, Maria reza cantando o Magnificat, cântico de ação de graças pela realização da plenitude de Deus em sua vida. (Convidar o grupo a procurar em sua Bíblia e rezar juntos – depois conversar um pouco sobre ele). Deus age na simplicidade do coração das pessoas, o que agrada a Deus é a oração do coração humilde.

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Na primeira comunidade de Jerusalém, os fiéis se mostravam “assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações” (At 2,42).O Espírito Santo, que assim lembra Cristo à sua Igreja orante, também a conduz à Verdade plena e suscita formulações novas que expressarão o Mistério de Cristo atuando na vida, nos sacramentos, na missão da Igreja, e em nossa missão.

d. Vamos conhecer algumas formas de oração: 1. A Oração de adoração2. A Oração de súplica 3. A Oração de intercessão4. A Oração de ação de graças 5. A Oração de louvor6. A Oração do ter7. A Oração dos Salmos

Reflexão em grupos. Formar 4 grupos e fazer uma leitura do texto em anexo. Quando eu rezo com esta forma de oração? Como me sinto rezando assim?

Plenário

Síntese final do/a Catequista:Oração de pedido tem por objetivo de apresentar a Deus as necessidades e pedir que venha o seu Reino de justiça, de paz, solidariedade...Oração de intercessão consiste num pedido em favor de alguém. Não conhece fronteiras e se estende até aos inimigos.Oração de agradecimento. As alegrias, sofrimentos, acontecimentos e toda necessidade são matéria de ação de graças que, integradas na ação de graças de Cristo, dá plenitude à toda a vida: “Por tudo dai graças” (1Ts 5,18).A oração de louvor se dirige a Deus numa atitude de gratuidade, pelo que Ele faz, e pelo que Ele é.

Trabalho para fazer em casa Pedir para que, em casa, cada um expresse numa folha de papel,

em forma de desenho, cada frase da oração do Pai Nosso. Trazer no próximo encontro para fazer uma exposição na sala.

Oração finalCanto final: à escolha

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Anexo: Textos para trabalhar em grupos

1. A ORAÇÃO DE SÚPLICAO vocabulário referente à súplica tem muitos significados no Novo Testamento: pedir, reclamar, chamar com insistência, invocar, clamar, gritar e mesmo “lutar na oração”. Mas sua forma mais habitual, por ser a mais espontânea, é o pedido: é pela oração de súplica que traduzimos a consciência de nossa relação com Deus: como criaturas, não somos nem nossa origem, nem senhores das adversidades, nem nosso fim último. Mas, como pecadores, sabemos, na qualidade de cristãos, que nos afastamos de nosso Pai. O pedido já é uma volta para Ele.O pedido de perdão é o primeiro movimento da oração de súplica. A súplica cristã está centrada no desejo e na procura do Reino, de fazer a vontade de Deus, que vem de acordo com o ensinamento de Jesus.Quando participamos assim do amor salvador de Deus, compreendemos que toda necessidade pode vir a ser objeto de pedido. Cristo, que tudo assumiu para resgatar tudo, é glorificado pelos pedidos que oferecemos ao Pai em seu Nome. É por essa garantia que Tiago (Tg 1,5-8) e Paulo nos exortam para rezar em todo tempo (Ef 5,20; Fl 4,6-7).

2. A ORAÇÃO DE AÇÃO DE GRAÇASA ação de graças caracteriza a oração da Igreja que, celebrando a Eucaristia, manifesta e se torna mais aquilo que ela é. Com efeito, na obra da salvação, Cristo liberta a criação do pecado e da morte para consagrá-la de novo e fazê-la retornar ao Pai, para sua Glória.Como na oração de súplica, todo acontecimento e toda necessidade podem se tornar oferenda de ação de graças. As cartas de São Paulo começam e terminam por uma ação de graças, e o Senhor Jesus sempre está presente. “Por tudo dai graças, pois esta é a vontade de Deus a vosso respeito, em Cristo Jesus” (1Ts 5,18). “Perseverai na oração, vigilantes, com ação de graças” (Cl.4,2).

3. A ORAÇÃO DE LOUVORO louvor é a forma de oração que reconhece o mais imediatamente possível que Deus é Deus! Canta-o pelo que Ele mesmo é, dá-lhe glória, mais do que pelo que Ele faz, por aquilo que Ele é. Participa da bem-aventurança dos corações puros que o amam na fé antes de o verem na Glória. Por ela, o Espírito Santo se associa ao nosso espírito para atestar que somos filhos e filhas de Deus, dando testemunho do Filho único em quem somos adotados e por quem glorificamos o Pai. O louvor integra as outras formas de oração e as leva Àquele que é sua fonte e termo final: “o único Deus, o Pai, de quem tudo procede e para quem nós somos feitos” (1Cor 8,6).

4. A ORAÇÃO DE INTERCESSÃOA intercessão é uma oração de pedido que nos conforma perfeitamente com a oração de Jesus. Ele é o único Intercessor junto do Pai em favor de todas as

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pessoas, dos pecadores sobretudo. Ele é “capaz de salvar de modo definitivo aqueles que por meio dele se aproximam de Deus, visto que ele vive para sempre para interceder por eles” (Hb 7,25).Interceder, pedir em favor de um outro, é próprio de um coração que está em consonância com a misericórdia de Deus. Na intercessão, aquele que reza “não procura seus próprios interesses, mas pensa sobretudo nos outros” (Fl 2,4), e reza, mesmo por aqueles que lhe fazem mal.As primeiras comunidades cristãs viveram intensamente essa forma de partilha. O apóstolo Paulo as faz participar assim de seu ministério do Evangelho, mas intercede também por elas. A intercessão dos cristãos não conhece fronteiras: “por todas as pessoas, pelos que detêm a autoridade” (1Tm 2,1), pelos que nos perseguem, pela salvação daqueles que recusam o Evangelho (Rm 10,1).

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BLOCO V

LITURGIA

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Conceituação de Liturgia – Mistério Pascal, Centro da Liturgia

Objetivo: Ajudar os crismandos a compreender o sentido da Liturgia para uma melhor participação nas missas e celebrações

Acolhida: Neste dia, os Coordenadores da Comunidade poderão acolher os crismandos com muita alegria, decorar o ambiente de acordo com o tema.

Oração Inicial: No local do encontro, deve haver vários objetos (Bíblia, revistas, vela, boneca, bola, carrinho, pôsteres, água, flores, pão, etc).

1. Nesta dinâmica, convidar os jovens a dar uma volta em torno dos objetos, observando-os atentamente e pegar o que mais lhe interessou.2. Motivar para que se ajuntem de dois em dois e partilhem sobre o objeto que escolheu e por que o escolheu. O que esse objeto diz para sua vida.3. A partir do que foi partilhado, convidar para fazer algumas preces e terminar este momento com um canto.

Conteúdo

1. Buscando entender o que é LiturgiaDesde os tempos mais antigos, o ser humano buscou formas de entrar em contato com a divindade. Criou expressões corporais (danças, inclinações, prostrações, etc), utilizou elementos da natureza (flores, plantas, animais), formulou palavras, frases ou discursos e pôs tudo isso a serviço da Liturgia. Foi uma maneira que a pessoa encontrou de celebrar a vida.A palavra “liturgia” tem origem grega e quer dizer: ação do povo, ação em favor do povo.Liturgia é a ação de um povo, reunido na fé, em comunhão com toda a Igreja, para celebrar o Mistério Pascal – morte e ressurreição de Cristo, presente na Assembléia, oferecendo-se ao Pai como culto perfeito.

• Que é celebrar? O ser humano é naturalmente celebrativo. As pessoas se reúnem para celebrar aniversários, conquistas, promoção a novo emprego, etc.Os povos de todos os tempos e culturas possuíam e possuem ritos festivos para celebrar momentos centrais da vida.

• Deus faz aliança com seu povoPela Sagrada Escritura, sabemos que Deus cria o ser humano e não cessa de vir ao seu encontro. Constitui para si um povo – o povo de Israel – e firma uma aliança com ele. Na aliança, propõe a seu povo certos deveres e promete caminhar com ele, socorre-lo e liberta-lo. O povo, por sua vez, volta-se para Deus e, não obstante muitas infidelidades, lhe dá uma resposta de amor, acolhendo e observando suas leis.O povo de Israel encontra modos de celebrar essa presença divina, ativa e libertadora. Vai ao Templo para ouvir os ensinamentos da Bíblia e para

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prestar culto a Deus. Reúne-se em assembléia na sinagoga, onde lê e medita a Palavra de Deus, canta salmos, ora suplicando, ora bendizendo ao Deus fiel e solidário.

• Liturgia CristãA Liturgia é um diálogo entre Deus e seu povo. O documento do Concílio Vaticano II sobre a Liturgia afirma que “na liturgia, Deus fala a seu povo. Cristo ainda anuncia o Evangelho. E o povo responde a Deus, ora com cânticos, ora com orações” (SC 13).Jesus revelou-nos quem é o Pai e ensinou-nos a comunicar-nos com Ele. Jesus é a ponte de ligação entre nós e o Pai. Ele é o caminho que nos conduz a Deus. Ele é o único sacerdote que apresenta a Deus as nossas preces e súplicas. (Hb 5, 7). Por isso, nas celebrações litúrgicas, fazemos a oferta de nós mesmos a Deus por Cristo, com Cristo e em Cristo.

2. Mistério pascal, centro da LiturgiaO fato central da história da salvação, do qual fazemos memória na liturgia, é o mistério pascal de Jesus Cristo, ou seja, a sua vida, paixão, morte, ressurreição e ascensão gloriosa. Mistério Pascal é a passagem de Cristo pelo sofrimento e morte até a sua ressurreição – glorificação. A ressurreição de Jesus é garantia de que o Reino de Deus foi estabelecido no coração da história. Quando se fala do mistério pascal, não se deve pensar somente em Jesus. A páscoa de Jesus está unida à páscoa do povo de Deus. Páscoa do Cristo total: cabeça e membros. A liturgia celebra a páscoa do Senhor e a páscoa do seu povo, que são as lutas, as dores, as angústias, como também as conquistas, as alegrias e as esperanças em vista a uma sociedade fundada na justiça e na fraternidade.A ação litúrgica faz memória, isto é, torna presente, traz para o momento atual os acontecimentos de salvação. Fazendo memória, temos a certeza de estarmos participando deste mesmo acontecimento e de seus efeitos salvíficos.O memorial do mistério pascal de Jesus Cristo na liturgia inclui o anúncio do estabelecimento e crescimento do Reino de Deus entre nós. Pelo memorial, Cristo torna-se presente na assembléia do seu povo. Ele nos reúne, ora e salmodia conosco, fala-nos quando lemos as escrituras, associa-nos a si pelas ações sacramentais. O gesto de entrega de Jesus ao Pai torna-se presente entre nós pelos sinais litúrgicos.

• Sinais sensíveis na liturgiaSão objetos, cores, luzes, gestos, movimentos, que atingem nossos sentidos e dos quais nos servimos para entrar em comunhão com Deus. A celebração litúrgica passa necessariamente pelo corpo. A expressão corporal é o canal indispensavelmente pelo qual manifestamos nossa fé. Aos sinais sensíveis podemos dar o nome de linguagem simbólica. Tudo na liturgia é simbólico.

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Partes da Missa: Diferença entre Celebração Eucarística e da Palavra

Objetivo: Proporcionar aos crismandos a melhor compreensão da estrutura da missa para que a participação e compreensão da mesma passem a ser mais ativas.

Material: Local do encontro, rádio, material litúrgico, CD de canto gregoriano ou outro que sugira um ambiente de missa.

Acolhida: O catequista deve acolher o crismando com alegria e entusiasmo. A acolhida pode ser feita na porta do local (salão ou igreja). Se não for na igreja, arrumar o espaço com cadeiras como para uma missa. Providenciar folhetos de canto e leitura suficientes para cada um, se possível, aqueles folhetos próprios de missa.

Partindo da realidade: Colocar uma música de fundo para criar ambiente de celebração. Depois de comunicar ao grupo o tema a ser discutido no encontro, pode-se pedir para que fechem os olhos, com uma música suave baixa. Começar perguntando aos crismandos para onde a música os transporta. Pedir para que façam uma pequena lembrança das missas em que já estiveram, casamentos, batizados, crismas, etc. Procurem lembrar dos detalhes, dos sinais, gestos, cheiros, movimentos, palavras, etc. Quando achar suficiente, pedir que abram calmamente os olhos. Depois, pedir que juntem-se dois a dois, e partilhem a experiência, e que discutam entre si o assunto e o que esperam do encontro de hoje.

Voltar para o grupo maior e estimular para que falem sobre o momento de reflexão individual e em dupla.

Para explicar a estrutura da missa, pode-se combinar com a equipe de liturgia e canto da comunidade para que estejam juntos no encontro, ou um Ministro da Palavra da comunidade ou, ainda, combinar com um catequista para que interprete o ministro ou um padre, para tornar o encontro mais dinâmico, mas sem perder o sentido e a seriedade. Pode-se também fazer uma oficina em que o Ministro vai fazendo cada parte da missa e o coordenador do encontro vai parando para as colocações antes ou depois da expressão.

Para este momento, pode-se usar os folhetos de uma missa de domingo, que podem ser comprados ou montados, porém, lembrar que a nossa paróquia não os utiliza mais, mas que para este encontro, serão necessários.

Conteúdo

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A missa não é uma reunião qualquer. Os cristãos são convocados por Deus presente em suas vidas através da fé. No início da Igreja, a Eucaristia era celebrada em uma ceia fraterna. Porém foram ocorrendo alguns abusos, como Paulo os sinaliza na Primeira Carta aos Coríntios. Aos poucos foi sendo inserida a celebração da palavra de Deus antes da ceia fraterna e da consagração. Já no século II a liturgia da Missa apresentava o esquema que possui hoje em dia. Atualmente, a estrutura da missa é dividida em quatro partes principais: Ritos Iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia Eucarística e Ritos Finais.Ritos iniciais“Os ritos iniciais ou as partes que precedem a liturgia da palavra, isto é, cântico de entrada, saudação, ato penitencial, Senhor, Glória e oração da coleta, têm o caráter de exórdio, introdução e preparação. Estes ritos têm por finalidade fazer com que os fiéis, reunindo-se em assembléia, constituam uma comunhão e se disponham para ouvir atentamente a Palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia”. Instrução Geral ao Missal Romano, n.º 24.Os ritos iniciais são constituídos pelos seguintes momentos: Procissão de entrada: é o primeiro momento ritual, deve partir do átrio, passando pela nave, com destino ao presbitério. Não se trata de um deslocamento físico: sua razão se encontra na compreensão da Igreja como povo a caminho. O canto de procissão de entrada: como o próprio nome diz, deve acompanhar e expressar a ação ritual da procissão de entrada. A finalidade deste canto é abrir a celebração, promover a união da assembléia, introduzindo no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão. O sinal da cruz: o persignar-se (fazer o sinal da cruz sobre si) é o que temos de mais antigo da expressão da fé cristã no mistério da Trindade. É a maneira condensada da profissão de fé e de todo o dinamismo da economia da salvação. O presidente da celebração e a assembléia recordam-se por que estão celebrando a missa. É, sobretudo pela graça de Deus, em resposta ao seu amor. Nenhum motivo particular deve sobrepor-se à gratuidade. É pelo sinal da cruz nos lembramos que pela cruz de Cristo nos aproximamos da Santíssima Trindade. Saudação: O sacerdote ou ministro expressa à comunidade reunida a presença do Senhor. Ato penitencial: É o ato pelo qual os que participam da celebração são convidados a tomar um novo rumo à luz dos critérios e valores evangélicos revelados por Jesus Cristo e nos colocar diante do Pai misericordioso e reconhecer que necessitamos deste amor no qual encontramos o sentido da nossa existência. Hino de louvor ou Glória: É uma aclamação ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. A Igreja reunida e congregada no Espírito Santo glorifica e suplica ao Deus Pai e ao Cordeiro.

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Oração do Dia: É uma referência clara ao que Deus fez e faz por seu povo. É o momento também que são apresentadas as intenções pessoais dos participantes da missa.

Liturgia da PalavraÉ a segunda parte da missa. Iniciamos esta parte sentados, numa posição cômoda que facilita a instrução. Normalmente são feitas três leituras extraídas da Bíblia: em geral um texto do Antigo Testamento, um texto epistolar do Novo Testamento e um texto do Evangelho de Jesus Cristo, respectivamente. Isto, porém, não significa que será sempre assim; às vezes a 1ª leitura cede espaço para um outro texto do Novo Testamento, como o Apocalipse, e a 2ª leitura, para um texto extraído dos Atos

dos Apóstolos, como em algumas festas e no tempo pascal. Fixo mesmo, apenas o Evangelho, que será extraído do livro de Mateus, Marcos, Lucas ou João. A proclamação da Palavra consiste em fazer com que a Escritura Sagrada se torne Palavra de Deus.São os momentos da Liturgia da Palavra: Primeira leitura: Como já dito, é um trecho buscado no Antigo Testamento, exceto no tempo pascal e em algumas outras ocasiões. Salmo responsorial: É um canto ritual. É a palavra de Deus cantada e dirigida à assembléia quer a escuta e dá sua resposta por uma aclamação que é chamada de refrão ou responso. Segunda leitura: É a proclamação dos escritos apostólicos, isto é, das cartas, dos Atos e do Apocalipse. Aclamação ao Evangelho: O Aleluia é a expressão de pura alegria e êxtase que usamos para aclamar a Palavra que deve tocar o nosso coração. Evangelho: É o ponto culminante da Liturgia da Palavra. É a proclamação da Boa Nova, é o mistério da salvação que se torna presente no hoje dos homens e mulheres de nosso tempo. Homilia: A homilia é a palavra de Deus, que o Senhor dirige à comunidade reunida. Quem a profere exerce o ministério do ensino que lhe foi dado pela imposição das mãos no dia de sua ordenação. O sacerdote ou ministro atualiza a palavra de Deus no hoje da história, levando os irmãos a fazer de suas vidas uma oferenda viva ao Pai. Profissão de fé ou Creio: As leituras e a homilia devem provocar uma atitude da assembléia que publicamente professa a sua fé com alegria e responsabilidade. Oração dos fiéis: A assembléia dos fiéis, iluminada pela graça de Deus, a qual de certo modo responde, pede pelas necessidades da Igreja universal e da comunidade local, pela salvação do mundo, pelos que se encontram em qualquer necessidade. A oração dos fiéis é sobretudo uma resposta da assembléia à vontade de Deus manifestada em sua Palavra. Com a oração dos fiéis conclui-se a Liturgia da Palavra.

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Liturgia EucarísticaNa liturgia eucarística atingimos o ponto alto da celebração. Durante ela a Igreja irá tornar presente o sacrifício que Cristo fez para nossa salvação. Não se trata de outro sacrifício, mas sim de trazer à nossa realidade a salvação que Deus nos deu. Durante esta parte a Igreja eleva ao Pai, por Cristo, sua oferta e Cristo dá-se como oferta por nós ao Pai, trazendo-nos graças e bênçãos para nossas vidas.É durante a liturgia eucarística que podemos entender a missa como uma ceia, pois afinal de contas nela podemos enxergar todos os elementos que compõem uma: temos a mesa - mais propriamente a mesa da Palavra e a mesa do pão. Temos o pão e o vinho, ou seja, o alimento sólido e líquido presentes em qualquer ceia. Tudo conforme o espírito da ceia pascal judaica, em que Cristo instituiu a eucaristia. E, de fato, a Eucaristia no início da Igreja era celebrada em uma ceia fraterna. São os momentos da Liturgia Eucarística: Procissão das oferendas: O ser humano traz para Deus os dons já recebidos Dele, simbolizados no pão e no vinho, frutos da terra e do trabalho do homem e da mulher. O canto da procissão das oferendas: O canto das oferendas tem uma rica significação, pois, através da poesia e da música, leva a assembléia a contemplar e compreender o significado da procissão com o pão e o vinho. “O canto acompanha a procissão das oferendas e se prolonga pelo menos até que os dons tenham sido colocados sobre o altar”. O sacerdote recebe as oferendas e prepara o altar que é o centro de toda liturgia eucarística. Durante as oferendas segue-se a coleta que é o gesto de dar algo daquilo que é de cada um, assim como Jesus Cristo se deu totalmente aos seres humanos no sacrifício da cruz. O sentido das gotas de água no vinho: O vinho é bebida nobre. Assim como a água se mistura ao vinho e toma gosto de vinho e é assumida pelo vinho, assim pela Eucaristia também nós somos assumidos por Cristo, somos transformados em Cristo. Lavar as mãos: O sacerdote lava as mãos, exprimindo por esse rito o desejo de purificação interior. Oração Eucarística: É o centro e o ápice de toda a celebração. É prece de ação de graças e santificação. O sentido desta oração é que toda a assembléia se una com Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício. São momentos da Oração Eucarística:

a. Prefácio: Um hino de louvor e de ação de graças, que abre a oração eucarística. Uma saudação feita a Jesus Cristo, que vai chegar na presença eucarística. É precedida por um diálogo entre o celebrante e a assembléia. Uma saudação de boas-vindas ao visitante que chega, e este é Jesus. O motivo da festa á a chegada dele.

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b. Santo: O canto do Santo é o coroamento desta saudação, como resposta alegre da assembléia a todos os motivos de ação e de agradecimento, que o padre enumerou no prefácio.

c. O memorial do Mistério Pascal: A narrativa da instituição da Eucaristia e o memorial do Mistério Pascal de Jesus Cristo constitui o centro, o núcleo da Oração Eucarística da Igreja. Torna-se presente a morte, ressurreição, ascensão do Senhor e sua vinda gloriosa. “Celebrando, agora, ó Pai, a memória do vosso Filho, da sua paixão que nos salva, da sua gloriosa ressurreição e da ascensão ao céu, enquanto esperamos a sua nova vinda”.

d. A oblação da Igreja: É a ação de graças por excelência da Igreja: “Nós vos oferecemos, ó Pai, o pão da vida e o cálice da salvação, e vos agradecemos porque nos tornastes dignos de estar aqui na vossa presença e vos servir”. A Igreja rende a Deus pura graça que Dele recebeu em Jesus Cristo.

e. As intercessões: “Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja espalhada pelo mundo inteiro; que ela cresça na caridade com o Papa...”. As preces de intercessão chamam-se "mementos", lugar no qual se colocam os santos, os vivos aqui na terra e os mortos. Percebemos, então, que formamos um só corpo, a Igreja. Pelas intercessões se exprime que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto celeste quanto terrestre.

f. A doxologia: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo, a vós Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre. Amém”. A doxologia expressa, em frases condensadas, a dimensão trinitária da Oração Eucarística. É a glorificação do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A participação da assembléia aqui acontece pelo Amém, que de preferência deve ser cantado. É o assentimento total de tudo o que foi pronunciado pelo sacerdote da celebração.

E partiu o pão...: A fração do pão é a expressão da partilha. O pão inteiro não expressa o desejo de partilha, mas o pão partido é expressão do desejo que se tem de partilhar. Na ceia eucarística, o que deve ser partilhado é a vida do Filho no Espírito. “Isto é meu corpo... Isto é meu sangue...” O Pai-Nosso: No coração dos discípulos, famintos de Deus, brota uma súplica humilde dirigida ao Mestre: “Senhor, ensina-nos a rezar”. A resposta do Mestre aos anseios dos discípulos: “Quando rezardes, dizei: ‘Pai nosso, que estai nos céus...’” Desde então, esta oração que Jesus ensinou permanece e permanecerá na Igreja como sinal da pertença ao Senhor. O abraço da paz e a oração da paz: Após a oração temos o segundo elemento de preparação para a comunhão eucarística: o abraço da paz. A oração da paz: “Senhor, que dissestes aos vossos apóstolos...” nos faz querer uma paz que nos leve a superar os conflitos, porque é a paz que vem do alto, do Príncipe da Paz, que é a nossa verdadeira paz. A fração do pão e o canto do Cordeiro de Deus: Após o abraço da paz, o sacerdote da celebração parte o pão e a comunidade acompanha para participar intensamente deste momento. Durante a fração do pão e

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“Ide em paz, e que o Senhor vos acompanhe!”

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sua mistura no cálice, o grupo de cantores canta a invocação do Cordeiro de Deus, a qual o povo responde: “tende piedade de nós... dai-nos a paz”. O convite para a Ceia do Senhor: A seguir, o sacerdote mostra aos fiéis o pão eucarístico que será recebido na comunhão e convida-os à Ceia de Cristo. Unindo-se aos fiéis, faz um ato de humildade, e usando as palavras do Evangelho: “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor... Senhor, eu não sou digno que entreis...” A comunhão: A comunhão faz parte e dá sentido pleno à participação na missa, realiza-se aqui a grande comunhão dos fiéis com Deus, dos fiéis com Cristo, e dos fiéis entre si. O canto de comunhão: Enquanto o sacerdote e os fiéis recebem o sacramento, entoa-se o canto da comunhão, que exprime, pela unidade das vozes, a união espiritual de todos demonstra alegria dos corações. Após a comunhão, é oportuno um silêncio verdadeiro para melhor discernir a voz de Deus. Oração pós-comunhão: Aqui, o presidente da celebração faz uma referência ao acontecimento do dia, um agradecimento e a recordação de que a eucaristia é o alimento da vida eterna e penhor da glória futura.

Ritos finaisO rito de encerramento da Missa consta de três elementos: a saudação do sacerdote, a bênção e a despedida. Os ritos podem ser precedidos por breves avisos. A bênção faz parte do encerramento de uma celebração e quem abençoa é o sacerdote, como mediador do grande benfeitor, Jesus Cristo. Assim como ele abriu a celebração em nome da Santíssima Trindade, agora ele encerra em nome da Santíssima Trindade.Finalmente, a despedida, e o “Graças a Deus”. Não “Graças a Deus” porque a missa terminou, mas “Graças a Deus” que pudemos renovar a aliança com Deus. O sacerdote beija o altar e retira-se. E entoa-se o canto final.

Após a apresentação do conteúdo, dividir em pequenos grupos e elaborar pequenas perguntas que devem ser partilhadas em seguida no plenário. O catequista pode elaborar as perguntas. Sugestões: O que teve de novo? O que você aprendeu? Como você acha que será a sua participação nas missas a partir de agora? Quais as dúvidas que ainda ficaram?

Partilha no plenário

Esclarecimentos

Oração final

Se o grupo ainda tiver dúvidas que o catequista não saiba esclarecer, anotar, comprometendo-se a trazer no próximo encontro.

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Espaço celebrativo, paramentos e objetos litúrgicos

Objetivo: Proporcionar aos jovens crismandos maior conhecimento de elementos necessários para a celebração litúrgica.

Ambiente: O encontro pode ser dentro do salão da celebração ou da Igreja para melhor compreensão do espaço celebrativo. Arrumar o ambiente com as cadeiras em círculo e no meio colocar todos os paramentos e objetos litúrgicos.

Oração: Motivar o grupo para um momento de reza tomando consciência do espaço que estão ocupando. Pode-se colocar uma música e fazer uma oração espontânea

Motivação inicial: Pode-se começar um bate papo falando sobre uma festa.Quem gosta de festa? Quem já preparou uma festa? O que precisamos?

Vamos organizar uma festa?Dividir a turma em 4 ou 5 grupos e dar temas diferentes (aniversário, padroeiro, 15 anos etc.) para que organizem a festa em 10 minutos.Fazer um plenário para a partilha da reflexão dos grupos.

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Concluir dizendo que para tudo precisamos de uma organização, assim também, para as missas e celebrações; é o que chamamos de preparação da Liturgia, que de algum modo é uma atividade muito importante.

Partir da realidade do grupo: Dividir a turma em dois grupos e pedir para que com os conhecimentos que eles têm organizem uma celebração. Podem-se dirigir ao meio da sala e observar os paramentos e objetos litúrgicos que estão expostos.

Conteúdo

Após cada grupo apresentar a celebração que organizaram, a/o catequista faz o paralelo do que foi apresentado com o que realmente é uma celebração. Usar a dinâmica da festa refletida anteriormente, como ponto de partida. Lembrando que numa festa há convidados, alimento, escolha de música, organização do espaço e ornamentação, recepção dos convidados, etc. Ir fazendo a ligação com a preparação da missa.Mostrar e explicar ao grupo, os paramentos e objetos litúrgicos da celebração e abrir espaço para que possam tocar os objetos. Deixar espaço para perguntas.

Conclusão finalLembrar que no final da celebração ou missa, o povo é despedido com uma benção. Explicar o sentido da mesma e despedir os catequizandos com a benção.

Anexo

OBJETOS LITÚRGICOS

VELAS: A vela é um símbolo da luz, simboliza a fé como luz que ilumina as trevas. Na missa, as velas acesas falam sobre a fé daqueles que acreditam no mistério celebrado.

CÍRIO PASCAL: Vela grande benzida no Sábado Santo (Vigília Pascal). Acende-se o círio durante as missas do Tempo Pascal até a Festa de Pentecostes, bem como nas celebrações batismais. O círio

representa Jesus ressuscitado.

CÁLICE: Nele se deposita o vinho a ser consagrado. Com que podemos comparar o cálice?Pensou-se que o cálice está simbolizando o ser humano, que está em pé no chão. Cálice é a trajetória da vida e por isso pode ser compreendido como bênção.

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ÂMBULA: A âmbula é um objeto semelhante ao cálice, mas possui uma tampa para ser fechada. Nela se colocam as hóstias. Após a Missa é guardada no sacrário com as hóstias consagradas.

PATENA: A patena é um vaso sagrado (como um pratinho) colocado em cima do cálice. Sobre ele se coloca a hóstia grande. O ideal seria que as hóstias fossem todas consagradas juntas em uma única patena com maior dimensão, com as hóstias dos fiéis e a do presidente da celebração. Mas devido a quantidade de fiéis, normalmente na patena fica apenas a hóstia grande, e as pequenas nas âmbulas, para serem consagradas.

HÓSTIA: Pão não fermentado, usado na missa para comunhão do padre; a dos fiéis chama-se partícula, por ser um pequeno pedaço de pão não fermentado.

GALHETAS: São recipientes, normalmente de vidro, onde se coloca a água e o vinho. O vinho será usado para a consagração e a água será misturada ao vinho e depois da comunhão servirá para a purificação do cálice. Geralmente as galhetas são levadas em procissão na hora das oferendas.

BACIA: Vaso onde contém água para lavar as mãos daquele que preside a eucaristia.

CORPORAL: É um pano quadrado onde se coloca o Corpo do Senhor. É útil para recolher algumas partículas de hóstias que por acaso venham a cair. O corporal nos lembra o pano que cobriu o corpo de Jesus logo após a descida da cruz.

PALA: É uma peça quadrada, dura como um cartão de papelão, revestido de pano, que se coloca sobre o cálice para impedir que nele caiam insetos ou alguma sujeira durante a celebração.

SANGÜÍNEO: Outro pano, mas retangular, usado para o presidente da celebração enxugar a boca, os dedos e o interior do cálice no final da comunhão.

OSTENSÓRIO: Objeto que serve para expor a hóstia consagrada para adoração dos fiéis e para dar a benção eucarística.

MANUSTÉRGIO: Toalha que serve para enxugar as mãos do presidente após a apresentação das oferendas.

LIVROS USADOS NA MISSA

MISSAL

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É o livro usado pelo presidente da celebração, na missa. O rito da missa, as orações próprias para cada tempo litúrgico (advento, natal, quaresma, tempo comum), vários prefácios e orações eucarísticas, além de missas e orações para diversas necessidades.

LECIONÁRIOSLecionários são livros que contêm as leituras para a celebração. Os lecionários são:Lecionário Dominical: contém as leituras para as missas dos domingos e solenidades. Lecionário Semanal: contém as leituras para os dias da semana durante o ano litúrgico. A primeira leitura e o salmo estão divididos em ano par e ímpar, sendo o evangelho o mesmo para os dois anos.

Para entender melhorMissas durante a semana: duas leituras, a 1ª e o Evangelho, além do salmo.Missa dominical: três leituras: 1ª: tirada do Antigo Testamento (exceto no tempo pascal onde se lê os Atos dos Apóstolos); 2ª: tirada das cartas dos apóstolos ou livro do Apocalipse; 3ª: sempre é um trecho do evangelho.Para os domingos e festas, a Igreja propõe um ciclo de três anos: A, B e C.A: os trechos do evangelho são tirados do Evangelho de Mateus.B: os trechos do evangelho são tirados do Evangelho de Marcos e do Cap. 6 de João C: os trechos do evangelho são tirados do Evangelho de Lucas.O Evangelho de João fica reservado para tempos especiais (advento, quaresma, páscoa e nas grandes festas).

ESPAÇO CELEBRATIVO

PRESBITÉRIO: espaço ao redor do altar, geralmente um pouco mais elevado, onde se realizam os ritos sagrados.ALTAR: Mesa fixa ou móvel destinada à celebração eucarísticaAMBÃO OU MESA DA PALAVRA: Estante de onde se proclama a palavra de Deus.CREDÊNCIA: Pequena mesa onde se colocam os objetos litúrgicos, que serão utilizados na celebração. Geralmente, fica próxima do altar.NAVE: Espaço reservado aos fiéis (assembléia).SACRÁRIO OU TABERNÁCULO: É uma pequena urna onde se guarda o Santíssimo Sacramento.SACRISTIA: Sala apegada à igreja onde se guardam as vestes dos ministros e os objetos destinados às celebrações.

VESTES LITÚRGICAS OU PARAMENTOS

ALVA OU TÚNICA: Veste longa de cor branca, comum aos ministros de qualquer grau.AMITO: Pano que o ministro coloca ao redor do pescoço antes de vestir os outros paramentos (pouco usado).

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CASULA: Veste própria do sacerdote que preside a celebração. Espécie de manto que se veste sobre a alva e a estola. A casula acompanha a cor litúrgica do dia.CÍNGULO: Cordão com o qual se prende a alva ao redor da cintura.DALMÁTICA: Veste própria do diácono. É colocada sobre a alva e a estola.ESTOLA: Veste litúrgica dos ministros ordenados. O bispo e o presbítero a colocam sobre os ombros e os diáconos a usam, porém a tiracolo, sobre o ombro esquerdo, prendendo-a do lado direito.VÉU UMERAL OU VÉU DE OMBROS: Manto retangular, de cor dourada, usado pelo sacerdote na bênção do Santíssimo ou ao transportar o ostensório com o Santíssimo Sacramento.

INSÍGNIAS DO BISPO

MITRA: Uma espécie de chapéu alto com duas pontas na parte superior e duas tiras da mesma tela que cai sobre os ombros.BÁCULO: Cajado que o bispo utiliza nas celebrações. Simboliza que o bispo é o pastor.SOLIDÉU: Peça de tela de forma arredondada com cova que cobre o alto da cabeça.ANEL: Simboliza a união do bispo com os fiéis de sua diocese e, de maneira mais abrangente, a união do bispo com toda a Igreja.

SÍMBOLO E GESTO

Costumamos dizer que a bandeira nacional é o símbolo da pátria. Isto quer dizer que você vê ou toca a bandeira, logo seu pensamento voa até o país que ela representa, por exemplo, o Brasil. Então, através da bandeira do Brasil você passa a considerar tudo o que pertence ao Brasil.Então o símbolo (objeto) nos transporta para outra realidade que está além do símbolo. Vamos dar um exemplo, tirada do mundo cristão: o crucifixo. Todo cristão reconhece no crucificado a pessoa de Jesus Cristo, que nos redimiu do pecado e nos salvou.Gestos simbólicos são ações que têm a mesma função do símbolo, isto é, nos transportam para outra dimensão, outra realidade, que porém tem relação com o gesto simbólico. Por exemplo, no início e no fim da missa o padre traça sobre si o sinal-da-cruz, enquanto diz as palavras “Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo”. Este é um gesto simbólico, que remete à Santíssima Trindade a quem invocamos nesse momento.

ALGUNS SÍMBOLOS

ALFA E ÔMEGA: Primeira e última letra do alfabeto grego. São aplicados a Cristo, princípio e fim de todas as coisas. Em geral aparecem no círio pascal, mas também em paramentos litúrgicos no ambão.

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XP: Este sinal é formado por duas letras do alfabeto grego (X-P) e correspondem em português a C e R. Unidas, formavam as iniciais da palavra CRISTÓS (Cristo). Com freqüência, este sinal aparece nos paramentos dos padres, e na hóstia.

IHS: São as iniciais das palavras latinas Jesus Hominum Salvator, que significam: Jesus Salvador dos Homens. São empregadas nas hóstias.

INRI: São as iniciais das palavras latinas Iesus Nazarenus Rex Iudaerum, que querem dizer: Jesus Nazareno Rei dos Judeus, mandadas colocar por Pilatos na crucifixão de Jesus (Cf. Jo 19,19).

Os símbolos falam por si e têm grande poder de comunicação. Podemos escolher os símbolos para as celebrações, mas não podemos explica-los, porque à medida que explicamos empobrecemos seus significados e encurtamos o seu alcance. Cada pessoa será atingida pelo símbolo conforme sua compreensão, sua história de vida, sua situação no momento atual.Um símbolo bem aproveitado nas celebrações poderá ser suficiente para atingir os objetivos desejados.

POSTURAS, MOVIMENTOS E GESTOS

Nas celebrações litúrgicas, as diversas posturas ou atitudes são expressões corporais simbólicas que expressam uma relação com Deus.

ESTAR EM PÉ: É a posição de Cristo ressuscitado, atitude de quem está pronto para obedecer, pronto para partir. Indica também a atitude de quem acolhe em sua casa. Estar em pé demonstra prontidão para por em prática os ensinamentos de Jesus.

ESTAR SENTADO: É a posição de escuta, diálogo, de quem medita e reflete. Na liturgia, esta posição cabe principalmente ao se ouvir as leituras (salvo a leitura do Evangelho); na hora da homilia é quando a pessoa está concentrada, meditando.

ESTAR AJOELHADO: É a posição de quem se põe em oração profunda, confiante. “Jesus se afastou deles à distância de um tiro de pedra, ajoelhou-se e suplicava ao Pai...”

FAZER GENUFLEXÃO: Faz-se dobrando o joelho direito até o solo. Significa adoração, pelo que é reservada ao Santíssimo Sacramento, quer exposto, quer guardado no Sacrário. Não fazem genuflexão nem inclinação profunda aqueles que transportam objetos que se usam nas celebrações.

PROSTRAR-SE: Significa estender-se pelo chão; expressa profundo sentimento de indignidade, humildade, e também súplica. Este gesto está

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previsto na Sexta-feira Santa, no início da celebração da Paixão. Também os que vão ser ordenados diáconos e presbíteros se prostram.

INCLINAR O CORPO: É uma atitude intermediária entre estar em pé e ajoelhar-se. Sinal de reverência e de honra que se presta às pessoas ou às imagens, faz-se inclinação diante da cruz, no início e no fim da celebração; ao receber a bênção; quando, durante o ato litúrgico, há necessidade de passar diante do altar; antes e depois da incensação; e todas as vezes em que vier expressamente indicada nos diversos livros litúrgicos.

ERGUER AS MÃOS: É um gesto de súplica ou de oferta do coração a Deus. Geralmente se usa na oração do Pai-Nosso e nos cantos de louvor.

BATER NO PEITO: É a expressão de dor e arrependimento pelos pecados. Este gesto ocorre na oração Confesso a Deus...

CAMINHAR EM PROCISSÃO: É a atitude de quem não tem morada fixa neste mundo: não se acomoda, mas se sente peregrino e caminha na direção dos irmãos e irmãs, principalmente os empobrecidos e marginalizados. Existem algumas procissões que se realizam fora da igreja, por exemplo, na solenidade de Corpus Christi, no Domingo de Ramos, e na festa do padroeiro, e outras pequenas procissões que se fazem no interior da igreja, como as procissões de entrada, das oferendas e da comunhão.

SILÊNCIO: É atitude indispensável nas celebrações litúrgicas. Indica respeito, atenção, meditação, desejo de ouvir e aprofundar a palavra de Deus. Na Celebração Eucarística, se prevê um instante de silêncio no Ato Penitencial e após o convite à oração da coleta (oração do dia), após uma leitura e na homilia. Depois da comunhão, todos são convidados a observar o silêncio sagrado. O silêncio litúrgico, porém, é previsto nas celebrações e não pode ser confundido com o silêncio ocasionado por alguém que deixou de realizar a sua função, o que causa inquietação na assembléia.

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O Ano Litúrgico

Objetivo: Proporcionar ao crismando um melhor entendimento da divisão no ano litúrgico em nossa Igreja, levando-o a entender o porquê das cores, leituras, e que assim possam compreender melhor a estrutura da missa.

Material: gráfico do ano litúrgico (pode estar ampliado, em exposição, ou em cópias para os crismandos), material que ilustre cada tempo litúrgico, toalhas com as cores de cada tempo, material que usamos nos tempos temáticos (Páscoa, Advento, mês das vocações, mês da bíblia, mês das missões, etc.)

Oração inicial: os catequistas devem observar neste dia do encontro que tempo litúrgico estão vivendo e preparar uma oração, canto ou leitura dentro deste tempo, que poderá ser usada como ponto de partida do conteúdo.

Motivação: mostrar um bandeira do Brasil e uma ou mais camisas de time de futebol, dos mais conhecidos. Perguntar o que aquelas cores representam. Tomando como ponto de partida a bandeira, dividir em pequenos grupos, para que, no tempo de cinco minutos, cada grupo explique o significado de cada cor e das estrelas. Dividir as cores e as estrelas por grupo, para que todos possam falar. Se necessário, o catequista deve fazer uma pesquisa prévia dos significados presentes na bandeira do Brasil.

Conteúdo: A partir do discutido até o momento, e utilizando o texto abaixo e dos gráficos em anexo, explicar como se estrutura o tempo litúrgico, explicando os significados de cada tempo, as cores utilizadas e outras dúvidas que possam ir surgindo.

Oração final

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Anexos

Estrutura do Ano Litúrgico

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O Ano Litúrgico

Ano Litúrgico: ano da Igreja em que se celebra toda a realidade do Mistério de Cristo. Cada etapa do calendário litúrgico manifesta e torna presente um aspecto e, ao mesmo tempo, toda a história da salvação, cujo centro é Cristo.

O Ano Litúrgico tem como centro a Ressurreição e o dia em que é comemorado, o Domingo. E, como dimensão, toda a realidade do homem.

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Texto de Apoio

O Ano Litúrgico é o calendário religioso onde revivemos e celebramos a presença do mistério da nossa salvação centrado na pessoa de Jesus Cristo.

Como surgiu o Ano Litúrgico?

Depois da Morte de Jesus, os primeiros cristãos começaram a se reunir para celebrar a Ceia do Senhor e recordar a sua Morte e Ressurreição. Esta Ceia era para eles a memória da pessoa de Jesus no meio deles. Eles se reuniam no domingo, porque foi num domingo que Jesus ressuscitou (primeiro dia da semana: Jo 20,1).

Com o passar do tempo, estabeleceram um domingo durante o ano, em que faziam uma festa maior para comemorar a data histórica da Ressurreição: assim surgiu o Domingo da Páscoa. Este dia era a maior festa do ano para os cristãos. E para que ela fosse bem festejada, surgiu a quaresma como um tempo de preparação à Páscoa.

Como é formado o Ano Litúrgico?

É formado por dois grandes ciclos:

A - Ciclo do Natal (Encarnação)Início: 1º Domingo do AdventoPreparado: Tempo do Advento (04 semanas); neste tempo cultivamos a esperança que foi a dos Profetas, de Isaías, de João Batista e de Maria. É o ponto de partida e o ponto de chegada do Ano Litúrgico. É tempo de purificação da vida pela justiça, tempo de alegria pela espera do Salvador. O Advento termina no dia 24 de dezembro, véspera do Natal.Celebrado: Dia de Natal, no dia 25 de dezembro.Prolongado: Oitava de Natal (oito dias), e as festas da Sagrada Família, Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, Epifania (Santos Reis), até o Batismo do Senhor.

B - Ciclo da Páscoa (Ressurreição)Início: Quarta-feira de Cinzas.Preparado: Tempo da Quaresma. São quarenta dias (05 semanas) de ujm tempo forte de conversão, de penitência, de jejum e de oração, em preparação à Páscoa.Celebrado: a Páscoa, que começa com o Tríduo Pascal, na Quinta-feira Santa. O ponto alto desse tríduo é a Ressurreição de Jesus, na Vigília Pascal.Prolongado: o Tempo Pascal dura 50 dias, até a festa de Pentecostes, quando se celebra a vinda do Espírito Santo.

Tempo Comum (Palavras e prática de Jesus)1ª Parte: Varia de quatro a nove semanas, entre a festa do Batismo do Senhor e a Quarta-feira de Cinzas.

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2ª Parte: Logo após a festa de Pentecostes e vai até o final do ano litúrgico, com a festa de Cristo, Rei do Universo. Ao longo do ano litúrgico, distribuem-se as festas dos Santos e Santas e de Nossa Senhora, nos seus diversos títulos e invocações (Assunção de Maria, Nossa Senhora Aparecida, etc.). Os primeiros domingos do Tempo Comum têm uma ligação maior com o mistério da Epifania e nos convidam a perceber o Senhor que se manifesta anunciando a sua missão e chamando os primeiros discípulos. Nos outros domingos, fazemos memória dos fatos que marcaram a missão de Jesus. Os últimos domingos acentuam a missão escatológica (o “já” e o “ainda não”) do Reino de Deus e nos renovam na esperança da vinda do Senhor.Meses temáticos no Tempo Comum: o que deve prevalecer no Tempo Comum é a dimensão do Dia do Senhor e do Mistério Pascal. Associamos as Vocações, Missões, Mês de Maria, etc., ao Cristo presente em nossa história, com seus desafios, lutas, alegrias, esperanças, tristeza, paz, etc.Maio: Mês de Maria; Agosto: Mês das vocações; Setembro: Mês da Bíblia; Outubro: Mês das Missões; Novembro (em nossa Paróquia): Mês do dízimo.

CORES LITÚRGICAS

As diferentes cores litúrgicas visam manifestar externamente o caráter dos mistérios celebrados, e também a consciência de uma vida cristã que progride com o desenrolar do ano litúrgico. No princípio havia uma certa preferência pelo branco. Não existiam ainda as chamadas "cores litúrgicas". Estas cores foram fixadas em Roma no século XII. Em pouco tempo os cristãos do mundo inteiro aderiram a este costume.

BRANCO: Simboliza a vitória, a paz, a alegria. É usado nos ofícios e missas do Tempo Pascal, do Natal, nas Festas e Memórias do Senhor (exceto as da Paixão), nas Festas e Memórias da Virgem Maria, dos Santos e Santas (daqueles que não sã mártires), no Dia de Todos os Santos, São João Evangelista, Cátedra de São Pedro, etc.VERMELHO: Simboliza o sangue, o amor divino, o martírio. É usado no Domingo da Paixão (Ramos), na Sexta-feira Santa, no Domingo de Pentecostes, nas Festas dos Apóstolos e nas Celebrações dos Santos e Santas mártires.VERDE: Simboliza a esperança do povo de Deus a caminho. É usado nos ofícios e celebrações do Tempo Comum.ROXO: Simboliza a penitência, a preparação. É usado nos tempos da Quaresma e Advento, e nas Exéquias (ofício e celebrações pelos mortos). No Brasil, há a possibilidade de usar, no Advento, o violeta (lilás) para distinguir da Quaresma.ROSA: Simboliza a alegria do que está por vir. Usa-se muito pouco, especificamente no 3º Domingo do Advento e no 4º Domingo da Quaresma.

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Advento e Natal

Objetivo: Levar o crismando a compreender na liturgia da Igreja o verdadeiro sentido do Advento e do Natal.

Material Necessário: 01 mesa, 01 toalha da cor roxa ou violeta, 01 coroa de ramo verde, 04 velas brancas em círculo no meio da coroa. As velas não precisam ser coloridas.

Ambiente: Organizar as cadeiras em circulo, mesa no centro com os objetos descritos acima e explicar o sentido da cor violeta no altar, na mesa da Palavra e nas vestes litúrgicas: nos convida a conversão, mudança de vida, e nos ajuda a distinguir o Advento do tempo quaresmal, marcado pelo roxo da penitencia. As velas também possuem significado, no sentido de círculo, nos convidando a não parar de caminhar numa aliança que nos leva à vigilância, lâmpadas acesas numa alegre espera, e que permaneçamos acordados.

Oração Inicial: Espontânea ou: “A luz de Cristo que esperamos neste advento enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, console quem está triste e encha nossos corações da alegria de preparar sua vinda neste ano de graça!”

ConteúdoNo tempo do Advento, preparamo-nos para celebrar, de forma mais intensa e jubilosa, o decisivo “Deus fez-se homem”: Deus veio habitar no meio de nós; viver a nossa vida. Deus entra na história para abrir-nos um caminho, capaz de libertar-nos do mal. Ele se manifesta à humanidade para possuirmos vida plena em abundância. Advento quer dizer vinda. Nesse tempo a Igreja como mãe volta a nos preparar como todos os anos para a vinda do Senhor. Ele veio, pobre, simples, humilde... O tempo de espera do que é bom, deve ser tempo de trabalho, para acolher quem vai chegar, seja uma visita, seja um bebê que vai nascer, seja a inauguração de uma casa, o começo do primeiro emprego... Fica no ar uma doce ansiedade, com muitas esperanças. A vida perderia muito de suas emoções sem esses tempos de aguardar, esperar.

Leituras Bíblicas: Isaias 7, 10-14; 61, 1-2; 9, 1-6I Corintios 1, 3-9 ; Romanos 13, 11-14; Efésios 3,6 . 11-12 ; Tiago 5, 7-10Mateus 11, 2-11; Lucas 1, 26-38; Mateus 24, 37-44; Marcos 13, 33-37 ; João 1, 6-8.19-28.

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Conferir os textos ou destacar alguns para refletir em grupo e depois colocar em plenário.

Refletindo sobre os domingos do advento:

1º Domingo do Advento: Cada ano que revivemos o advento somos convidados a olhar para a frente para o que virá. Tempo de penitência, tempo de conversão. Tempo de mudança da vida.

2º Domingo do Advento: Celebramos a solenidade de Nossa Senhora no cumprimento de sua missão na história da salvação. Somos convidados com Maria a preparar o caminho para a vinda do Senhor.

3º Domingo do Advento: É conhecido como o domingo da alegria é um convite a alegria como a carta de São Paulo aos Filipenses 4,4: Alegrai-vos no Senhor, de novo vos digo, alegrai-vos! O Senhor está perto. O mundo vive carente de alegria.

4º Domingo do Advento: Eis que a Virgem conceberá e dará a luz um filho. Chamar-se-á Emanuel, que significa Deus Conosco. Estamos bem próximos do Natal. Certamente nas igrejas e em muitas casas, já armamos nossos presépios.

O ano litúrgico é marcado por duas grandes festas: Natal e Páscoa. O Natal ou manifestação do Senhor, que envolve o Advento e a Epifania; e a Páscoa que compreende a Quaresma, as festas pascais, o tempo pascal até Pentecostes; formam os dois grandes ciclos, que explicitam de formas diversas o único mistério de nossa redenção. Celebrar o mistério de Cristo em nossa vida e a nossa vida em Cristo (Doc. 43, nº 205). Somos herdeiros da tradição judaica de tempo, o tempo eterno de Deus como que invade o tempo humano e, pela força pascal do Espírito, o torna sacramental: o desígnio do Pai vai-se manifestando, realizando dentro do nosso tempo mortal, até o fim da sua vinda derradeira. É por essa ação misericordiosa de Deus que nosso tempo torna-se tempo de graça, tempo de salvação!

Para refletir em pequenos grupos:a) Será que temos que preparar para o nascimento de Jesus? Por quê?b) Será que se pode dizer que a nossa sociedade conhece Jesus?c) Será que se dá conta do que Ele (Jesus) significa?d) Nós mesmos que festejamos Jesus, cantamos hinos em seu louvor, será que nos convertemos ao seu projeto?e) Sabemos o que Ele quer de nós, ou só pensamos no que queremos Dele?

Responder as perguntas e colocar em plenário o que foi refletido.

Oração final

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B L O C O 5 – L I T U R G I A

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BLOCO VI

SACRAMENTOS

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B L O C O 6 – S A C R A M E N T O S

Os Sacramentos

Objetivo: Ajudar o crismando/a a compreender o que são os Sacramentos e qual a importância deles para a vivência Cristã.

Ambiente: Preparar o ambiente de maneira que ao centro fiquem os seguintes objetos: caixa de presente, camiseta de time, caixa de bombom, caixinha de óculos, caixa de sapato, figuras ou expressões (alegre, triste, comemoração, pensando, zangado,...), logotipos, etc. O catequista deve ter o cuidado de preparar pelo menos um objeto para cada pessoa.

Acolhida: Como vamos falar de sinais seria interessante que a/o catequista fizesse a acolhida de uma forma bem dinâmica usando sinais para cumprimentar, para entrar e para se sentar (procure não usar palavras, apenas gestos).

Dinâmica: A/o catequista convida para que todos observem os objetos e escolham o que mais lhe chamou atenção. Voltar para o lugar segurando o que escolheu. Em um segundo momento, pedir que cada um fale o que o objeto lhe trouxe de recordação da sua historia.

Conclusão da dinâmica: Para sua comunicação com outros, a pessoa humana usa cada vez mais de sinais como: coisas: são sinais quando levam ao conhecimento de outra realidade. As vezes o próprio objeto pode revelar algo como vimos na dinâmica sinais naturais, fumaça(fogo), urubu(carniça), rastro(passagem), etc. Enfim temos gestos, palavras que por si só traduzem algo.

Conteúdo

A palavra “sacramento” vem do latim “sacramentum”, que vem do grego e significa “ mistério”.

Sacramentos são sinais visíveis instituídos por Cristo, confiados à Igreja, que significam e conferem a graça. Sacramento é sinal eficaz da graça e sempre pressupõe a fé. Os sacramentos nos dão “pistas”, são sinais e gestos de Deus e não nossos. Quando nós os aceitamos, estamos sintonizando com a vontade do Pai manifestada em Jesus Cristo, que é a salvação.

a. O que é salvação?Salvar alguém significa ajuda-lo a sair do perigo ou de uma situação difícil. O pai e a mãe alimentam o filho para que não morra de fome. O medico salva o doente pelo remédio. São muitas as maneiras de salvar, isto é, dar vida nova a alguém. Todos estes gestos são gestos de salvação. O que Cristo fez foi realizar a vontade do Pai, que é

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salvar as pessoas. Jesus Cristo enquanto homem, nos deixou muitos sinais e gestos salvíficos Através de milagres, Ele multiplicou sinais de salvação, e fez com que as pessoas passassem de um estado para outro.

Do medo......para a paz (acalmando a tempestade) Lc.8,22Da doença....para a saúde (curando leprosos) Lc10,11-19.Da fome.......para fartura (multiplicação dos pães) Jo 6.Da morte .....para a vida (ressurreição de Lazaro) Jo 11.Do pecado....para a graça, que é vida dos filhos de Deus (cura do paralítico) Jo 5

b. O que são sinais de salvação?Um gesto humano, um abraço, um aperto de mão, quando sinceros, são sinais de amizade e de confiança. A água é sinal de vida. Uma refeição de família é sinal de união. As pessoas, pelo fato de serem pessoas, precisam de sinais sensíveis para se comunicar, para viver, para amar. O sacramento não é distribuído, mas é celebrado. Sacramentos são sinais que realizam a salvação – Cristo se encarnou para salvar-nos, para tirar-nos de condição de pecadores e colocar-nos numa vida de salvação, e de ressurreição (Lc 4,18-19).

Para que cristo realize a salvação através dos sacramentos se requerem três elementos

Da parte de Cristo S Da parte da pessoa A CUma Palavra R A resposta de fé AUm Gesto M E N T OEm todos os sacramentos, Deus nos salva, nos dá a sua graça, sua amizade, nos alimenta, nos perdoa, nos ajuda a crescer, nos acompanha na ultima hora, abençoa nosso amor, nos dá caráter de filhos ou de ministros, isto sempre através de palavras, gestos humanos e divinos, realizados por Cristo, mas que nunca dispensam o consentimento da pessoa através de sua fé.Os sacramentos são sete porque são sete os momentos importantes da vida:

Momentos importantes da vida Consagração divina Nascimento Batismo Ofensa-Perdão Reconciliação Alimento Eucaristia Independência Crisma

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Procriação Matrimônio Ordem Ordem Doença Velhice, solidão Unção dos enfermosPara concluir o encontro

Dividir a turma em grupos para aprofundar os textos bíblicos com a pergunta:

Quais são os sinais, gestos, palavras e coisas usadas por Cristo?a. Na multiplicação dos pães; Mt 14,13-21?b. Cura do cego de Jerico- Mt 20, 29-34?c. Pregação de João Batista- Mt 3,1-12?d. O bom samaritano- Lc 10, 25-37?e. Na última ceia- Lc 22, 7-23?

Retomar o grupo para partilha e finalização do encontro.

Cada sacramento é um acontecimento. É Deus que se deixa encontrar. São momentos de um diálogo profundo de salvação, entre o Deus vivo e a pessoa.

Oração final

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Sacramento do Batismo

Objetivo: Motivar os crismandos para o conhecimento e aprofundamento do Sacramento do Batismo, para vivenciá-lo de forma mais intensa e comprometida.

Ambiente: Preparar com símbolos usados no ritual do Batismo: vela, veste branca, pia batismal ou jarro com água, óleo, sal. Colocar esses objetos ao centro ou espalha-los pela sala em locais de destaque que todos visualizem. Preparar um espaço para colocar os objetos solicitados no encontro anterior.

Acolhida: De forma espontânea.

Oração inicial: Pode-se iniciar fazendo a leitura de algum dos seguintes textos: Mt 28, 19-20 / Mc 16, 61 / Jo 3, 5; finalizando com a oração do Creio. (pode-se distribuir no inicio uma vela para cada participante e pedir que ascendam durante a leitura do texto e do credo).

Pedir que todos observem primeiramente os objetos trazidos pelos participantes. Depois, cada um faz um comentário sobre o objeto que trouxe: O que lembra? Qual sua importância? Qual a data do seu Batismo? Qual o nome de seu padrinho ou madrinha de Batismo? Qual a igreja e a cidade onde foi batizado/a?(Com certeza, todos já assistiram a um batizado. Que objetos, sinais, gestos, são usados? Procurar fazer com que digam o nome de todos os objetos e símbolos usados no Batismo).

Conteúdo

O que é Batismo?Quando as crianças nascem, passam a pertencer a uma família (Souza, Silva, Santos, etc...). Pelo Batismo passamos a pertencer à família cristã.O Batismo é a porta de entrada para a comunidade. Através dele, pais e padrinhos assumem publicamente a opção pela Igreja Católica. A eficácia do Batismo está na vida, no fato de levarmos a sério o sacramento recebido e vivenciá-lo na comunidade.

a. Ritual do Batismo/símbolos/sinais(Convidar um ministro do Batismo da Paróquia e pedir para que ele faça uma celebração do ritual do Batismo, usando os próprios

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crismandos, explicando passo a passo os símbolos e sinais usados, bem como seus significados).

Sinal da cruz: feito pelo padre, pais e padrinhos na testa da criança, significa o estabelecimento de uma relação pessoal do batizado, nomeado e simbolizado pelo Pai, Filho e Espírito Santo.

Unção pré-batismal: o peito da criança é ungido com o óleo dos catecúmenos (bento na quinta-feira santa) para fortalecer com o poder de Cristo aqueles que pelo Batismo estão se engajando na luta pelo Reino de Deus.

Água: sinal de vida; as águas do Batismo purificam de todo pecado, de tudo que divide ou rompe a amizade com Deus.

Unção com óleo do crisma: na testa, evoca o símbolo da iluminação divina ligado à luz e ao sistema cerebral.

Veste branca: símbolo exterior da pureza interior e da luz total de que fora é revestido.

Vela acesa: acendem no círio pascal como um chamado para realizar seu trabalho e luz. Somos iluminados por Cristo para com Ele fazermos nosso trabalho de luz.

Sal: dá sabor à vida do cristão, o que o torna desejoso de seguir os preceitos de Jesus Cristo.

Para concluir o encontroAbrir um espaço para os participantes colocarem o que acharam mais importante, o que mais gostaram, o que mudou em relação ao que pensavam.

Finalizar com a seguinte história:

O Fato

Nasceu o filho de Gilberto e Silvia. Eles moravam na roça, num lugar em que não havia padre. Depois de quatro horas de viagem, Gilberto e Silvia chegaram à casa paroquial, na cidade.

- Padre, viemos trazer nosso filho para o senhor batizar.- Vocês trouxeram a carta de recomendação do seu Wilson? – indagou

o sacerdote.Gilberto coçou a cabeça:

- Carta de recomendação? Seu Wilson? Não estou entendendo, padre.- Só batizo a criança se vocês, que são lá de Rio Verde, trouxerem a

carta do dirigente da Comunidade Eclesial de Base.O casal retornou e foi procurar o Wilson:

- Seu Wilson, o padre lá da cidade disse que só batiza nosso filho se o senhor nos der uma carta de recomendação – falou Gilberto.

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- Mas como vou dar a carta se nunca vi vocês aqui na nossa comunidade? – disse o Wilson. Não sabem que o batismo é o sacramento de entrada na comunidade, na igreja? Como querem fazer o filho entrar numa porta que vocês ainda não cruzaram? Primeiro vocês devem freqüentar a comunidade. Depois, a comunidade decidirá o momento em que devo entregar-lhes a carta, recomendando o batismo da criança.A partir daquele dia, Gilberto e Silvia passaram a participar da Comunidade Eclesial de Base.

Sacramento da Eucaristia

Objetivo: Motivar na conscientização do sentido da Eucaristia como comunhão e compromisso com Jesus e com seus irmãos para a construção do Reino

Ambiente: Arrumar uma mesa com duas espigas de trigo (uma com palha e outra sem), alguns grãos de trigo, um pouco de farinha de trigo, um pão, uma toalha de mesa, hóstias não consagradas. Preparar cartões suficientes com números de 1 a 4 para todos os crismandos.

Iniciar dialogando: Vocês sabem como é feito o pão? E a farinha de trigo, de onde vem?Será que o trigo cresce fácil? O que preciso para o trigo chegar até nós em forma de pão?E as hóstias, que temos nas Igrejas, como são feitas?Quantas pessoas trabalharam para que tivéssemos o pão e as hóstias entre nós?

DinâmicaCada crismando recebe um cartão com o número. Formar o grupo com o número que recebeu.

Grupo nº. 01: fazer uma dramatização como se estivesse preparando a terra para plantar o trigo.Grupo nº. 02: fazer uma dramatização como se estivesse colhendo trigo e transportando para fazer o pão e as hóstias, sem usar palavras para se comunicar.Grupo nº. 03: vai contar com detalhes, a história da vida das pessoas moendo o trigo e pondo nos sacos a farinha já pronta.Grupo nº. 04: vai, através de mímica, apresentar a vida das pessoas que vendem o pão.

(Depois que todos se apresentarem a/o catequista retoma o conteúdo apresentado pelos grupos valorizando o esforço na realização do trabalho.)

O trabalho de fazer o pão precisou da vida de muitas pessoas. Será que existem pessoas que dão a vida, trabalhando? (catequista pode elaborar outras questões).

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Jesus escolheu o pão para deixar como sinal do sacramento que vem alimentar o nosso corpo e espírito. Vamos aprofundar o Sacramento da EUCARISTIA.

Conteúdo

Para iniciar o conteúdo pode-se proceder da seguinte maneira:1. Proclamar o texto de Lucas 22, 7-20, num momento de profundo silêncio, 2. Após um instante de silêncio fazer a leitura novamente em voz pausada e baixa.3. Pedir para que identifiquem os gestos, sinais e palavras de salvação que Jesus nos deixou neste texto.

Eucaristia quer dizer ação de graças, é o sacramento do amor, pois é o encontro vivo e pessoal de Cristo com o ser humano. È sacramento porque é sinal de Deus, e nos compromete com ele, com seu plano, com a comunidade.Onde não existem justiça e amor não há Eucaristia.

a. O mistério da EucaristiaA Eucaristia é o grande mistério da nossa Igreja, só aceito por pessoas que crêem através da fé. Eucaristia é mistério da fé. É o ponto alto, o ponto central da missa. Por essa razão, a missa deve ser sempre o centro da vida do cristão, pois Cristo é o centro da celebração da missa, na Eucaristia. O pão e o vinho, fruto da videira e do trabalho do ser humano, consagrados no altar, mudam (transubstanciam-se), trocam de substância, após a consagração, para corpo e sangue de nosso Senhor Jesus Cristo. A Eucaristia (hóstias ou as partículas) não significa nem tampouco representa o corpo de Cristo, mas é o Corpo de Jesus. O vinho consagrado não significa o sangue, mas é o precioso Sangue de Cristo.

“Isto é o meu corpo...Isto é o meu sangue.”Então, sob as aparências de pão e vinho, temos Jesus com seu Corpo e com seu Sangue à espera de nós, hoje e sempre. Essa é a mais amorosa forma que ele escolheu para estar sempre conosco.

“Buscareis e me achareis, se me buscardes de todo o coração”. (Jeremias 29, 13)A comunhão com o pão e com o vinho eucarísticos tem uma exigência para todos que participamos dela: a comunhão real com os irmãos.

b. O que significa comungar?Comungar significa alimentar-se do Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo. Não adianta ser católico praticante porque comunga com freqüência, temos que aceitar o convite que a liturgia faz: ouvir a palavra de Deus e colocá-la em prática.

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c. Condições para se participar da Eucaristia Ser batizado; Ter-se preparado e feito a primeira eucaristia; Estar em estado de graça, isto é, sem pecado; Estar em jejum eucarístico de uma hora; Ter fé que sob as aparências de pão e vinho está Jesus; Estar disposto a assumir os compromissos de comunhão, decorrentes da eucaristia.

d. Os sinais da Eucaristia Matéria: pão e vinho Forma: “enviai o vosso Espírito Santo, a fim de que estas ofertas se transformem no corpo e no sangue de Jesus Cristo...” (palavras da consagração). Ministro: o padre. Efeitos: confere aumento de vida. Gesto: imposição das mãos.

Conclusão do conteúdoO catequista pode preparar uma musica litúrgica de comunhão e com a música ao fundo pedir que individualmente cada jovem reflita sobre a importância da Eucaristia em sua vida. Pode-se também fazer estas perguntas para que ajude a refletir (sempre individual):

O que ficou em nossa vida após a primeira eucaristia?Cremos realmente na presença viva de Jesus na hóstia consagrada?

Após pode pedir para que quem queira coloque a sua experiência a todos.Para finalizar pode fazer a partilha do pão que está sobre a mesa (pode-se preparar um suco para servir junto) e pedir ajuda ao grupo para fazer divisão e lembrar de todos envolvidos para que este pão chegasse até nós.

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Sacramento da Ordem

Objetivo: Conhecer e despertar o interesse pela vida sacerdotal para descobrir a sua vocação na Igreja.

Ambiente: Toalha, Bíblia (aberta em 1Cor 7, 32), estola.

Oração inicial: Espontânea, iniciando com 1Cor 7, 32. Conteúdo

A Ordem é o sacramento do serviço: Lc 22, 24-27; At 13, 1-3 (é bom ler os textos).

Todas as pessoas, pelo batismo, são chamados à salvação.A cada pessoa, Deus faz um chamado diferente, ou seja, dá uma vocação. A maioria dos homens é vocacionada, chamada à vida matrimonial, outros são chamados ao serviço total da Igreja, utilizando toda a sua vida e seu tempo à causa do Povo de Deus. Estes são chamados religiosos. Deus os chama e os consagra para serem seus continuadores e ministros ou representantes. E para isso recebem o sacramento da Ordem.Este sacramento tem três graus: diaconato, presbiterato (padres) e episcopado (bispos). O bispo (palavra que significa “supervisor”) é o pastor de uma diocese. Unidos aos bispos estão os padres, ou presbíteros (palavra que significa “os mais velhos”). Unidos ao bispo e seus presbíteros estão os diáconos (palavra que significa “os servidores”). Os bispos são sucessores dos apóstolos; como os apóstolos tinham seus discípulos e ajudantes de evangelização, também os bispos têm ao seu redor os padres e os diáconos.Ele foi chamado para servir. O Documento de Puebla diz: “O presbítero (padre) anuncia o Reino de Deus que se inicia neste mundo e chegará à plenitude quando Cristo vier no fim dos tempos. Para servir a este Reino, abandona tudo para seguir o seu Senhor. O sinal dessa entrega total é o celibato (=deixar de formar família). Ele não se casa para servir melhor a Deus e ao povo a ele confiado. ‘Quem

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não tem a esposa, cuida das coisas do Senhor e do modo de agradar ao Senhor’ (1Cor 7, 32)”.Às vezes a gente ouve dizer que a missão do padre seria unicamente espiritual; que não deve se intrometer na sociedade; que sua função é rezar missa, confessar, abençoar casamentos, batizar, enterrar. Tudo isso não deixa de ser verdade, mas não é resumo completo da missão do padre. Sua missão é uma só: a de Cristo. E Cristo foi profeta, sacerdote e pastor. A missão do padre é ser, também:a) Profeta: Ser profeta é evangelizar. O padre presta à comunidade o serviço da Palavra.b) Santificador: ou seja, sacerdote. Ele exerce o serviço da Liturgia. (Põe em prática o que celebra).c) Pastor: Reúne os fiéis numa só família.

Debate: Vamos refletir:Que idéia você faz do padre, do diácono, do bispo?Por que os padres não se casam?Qual a missão do padre?O que sua comunidade está fazendo para promover as vocações sacerdotais?

Oração final: Motivar o grupo a rezar pelos padres e pelas vocações sacerdotais e religiosas

(Aprofundamento para o catequista – não precisa ser dado)

Muitos textos da Sagrada Escritura provam a existência do sacerdócio e indicam o rito de ordenação sacerdotal. Lemos de fato que Nosso Senhor fez uma seleção entre os discípulos: "Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi", diz Ele (Jo 15, 16) Aos discípulos eleitos, chamados apóstolos, o divino Mestre confia as quatro atribuições particulares do sacerdócio: a) Oferecer o santo sacrifício: "Fazei isto em memória de mim" (Lc 22, 19). É a ordem de reproduzir o que ele tinha feito: mudar o pão em seu corpo e o vinho em seu sangue divino.b) Perdoar os pecados: “Os pecados serão perdoados aos que vós os perdoardes” (Jo 20, 23). c) Pregar o Evangelho: “Ide no mundo inteiro, pregando o Evangelho a todas as criaturas” (Mc 16, 15). d) Governar a Igreja:” O Espírito Santo constituiu os bispos para governarem a Igreja de Deus” (At 20, 28). Eis os poderes dados por Nosso Senhor Jesus Cristo a seus ministros ou sacerdotes, representados pelos primeiros sacerdotes, que foram os apóstolos (conforme a Sucessão Apostólica). Quanto ao rito de ordenação, não é menos claramente indicado: consiste ela na imposição das mãos. S. Paulo escreve: "Não desprezes a graça que há em ti e te foi dada por profecia pela imposição das mãos do presbitério" (1 Tim 4, 14). Chama-se presbitério a reunião dos bispos e padres que

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concorreram para a ordenação de Timóteo, de que S. Paulo foi o principal ministro, como se vê claramente na segunda epístola dirigida ao mesmo discípulo. "Por este motivo, diz ele, te admoesto que reanimes a graça de Deus, que recebestes pela imposição de minhas mãos" (2 Tim 1, 6). O exemplo dos apóstolos nos mostra a transmissão dos poderes sacerdotais pela ordenação. E por onde Paulo e Barnabé passavam, "ordenavam sacerdotes para cada Igreja" (At 14, 22). Tudo isso prova, claramente, que os apóstolos tinham recebido de Nosso Senhor a divina investidura de poderes, que iam assim distribuindo pela imposição das mãos; e esta investidura é o sacramento da Ordem.

Sacramento do Matrimônio

Objetivo: Apresentar e discutir com os crismandos o que a Igreja tem a dizer sobre este o sacramento do matrimônio, tema por vezes muito polêmico.

Material/Ambiente: Pode-se colocar, em um pequeno “altar”, alguns símbolos do sacramento ou do amor entre as pessoas (alianças, fotos de casais, de noivos, ou ainda, de famílias, etc.). Bíblia, flores. Se for ouvida a música proposta, providenciar som e cópias da letra para todos.

Oração inicial: Sugere-se motivar a oração, refletindo e rezando por aquelas situações vivenciadas na nossa comunidade e sociedade, sobre este sacramento. Por exemplo, rezar pelos os casais de namorados, de noivos ou de casados da comunidade (podem citar nomes, se souberem), pelas famílias dos crismandos, pelos casais e famílias que vivem felizes, pelos casamentos que não deram certo, as separações e divórcios, as brigas, a violência doméstica, o que a mídia coloca a respeito do casamento, etc. Encerrar a oração com um Pai-Nosso, Ave-Maria e/ou Oração do Espírito Santo. Partindo da realidadeComo se trata de um tema complexo e, muitas vezes, difícil de falar, já que o casamento não faz parte ainda da vivência de muitos de nossos jovens crismandos e catequistas, sugerem-se diferentes formas de se trabalhar o encontro. A equipe pode optar por uma delas.

1. Convidar um casal da comunidade (ou até mesmo, os pais de algum dos crismandos), que se sinta à vontade para falar do seu casamento. Pode-se fazer uma espécie de entrevista, com os catequistas e crismandos no papel de entrevistadores. As perguntas podem ser do tipo “como se conheceram? quando decidiram se casar? como foi o casamento? quais as alegrias e dificuldades que

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tiveram?” Após algum tempo de conversa, o catequista pode pontuar alguns temas do subsídio em anexo, principalmente sobre como é a preparação do casamento e sobre como é a celebração do sacramento.

2. Convidar um casal da Equipe de Noivos da Paróquia. Pode-se também fazer também a entrevista ou debate, ou mesmo uma pequena “palestra”, principalmente sobre como é a preparação para o casamento (“o curso de noivos”) e como é a celebração do matrimônio.

3. Pode-se fazer um estudo de uma letra de música, que fale da história de um casal. Sugere-se a música Eduardo e Mônica, do Legião Urbana. Após ouvida a música, pode haver reflexão, em grupos, de perguntas, tais como: “1. O que mais te chamou a atenção na música? 2. Que elementos positivos e negativos podem ser apontados no relacionamento do casal tratado na música? 3. Compare a história do casal da música com situações vivenciadas na sua família, dos seus pais, no seu namoro, etc. Há semelhanças ou diferenças?”

4. Ou ainda, os crismandos e catequistas que quiserem podem colocar testemunhos de situações vividas que tenham a ver com o tema. Exemplo: falar um pouco do que sabem da história do namoro/casamento de seus pais ou de outras pessoas; exemplos de casais que se separaram; se esperam casar ou não, e quais as suas expectativas; os crismandos que namoram podem falar um pouco do namoro; ou ainda, falar de exemplos da mídia, como os constantes “casamentos/separações” de “celebridades”, mas sem deixar cair na “fofoca”; etc.

Leitura BíblicaEscolher algum dos textos bíblicos que falam do sacramento do matrimônio, para ser lido e refletido em grupos: Mt 19, 1-121Cor 7,1- 6

Perguntas:1. O que mais chamou a atenção no texto?2. O que o texto nos tem a dizer sobre o sacramento do matrimônio?3. O texto foi escrito há cerca de 2 mil anos. Como aplica-lo nos dias

de hoje?

PlenárioOs grupos apresentam as suas considerações, e o catequista complementa com algumas idéias do subsídio em anexo, respondendo, ainda, os questionamentos dos crismandos, no que souber. Falar um pouco, se ainda não foi feito, da celebração do sacramento e do sentido das alianças.

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Celebração do MatrimônioPode realizar-se na Missa ou fora dela. Diferentemente dos outros sacramentos, em que o ministro é um padre, bispo ou ministro indicado pela Igreja, quem administra o sacramento do Matrimônio são os próprios noivos, ou seja, são eles os ministros. O padre (ou o diácono), sendo neste caso uma testemunha, abençoa, em nome de Deus, as promessas e o juramento que os noivos fizeram. As alianças dos noivos significam a aliança de amor e fidelidade para com a pessoa amada, para com Deus e o testemunho de amor e fidelidade diante da comunidade cristã.Como os demais sacramentos, o matrimônio também exige que se faça uma boa preparação, pois há um comprometimento sério em toda a vida de um casal. Essa preparação consiste em um “curso de noivos”, geralmente a cargo de casais participantes da Paróquia que, juntamente com o Pároco, se encarregam da formação do casal de noivos para as exigências e responsabilidades do matrimônio cristão, além da partilha de experiências sobre a vida de casados e de formação de uma nova família.

Oração final: Motivar o grupo a rezar pelos casais, principalmente pelos pais, responsáveis ou familiares dos crismandos e, ainda, por aqueles que estejam namorando. Pode-se também ouvir alguma música, popular ou da Igreja, que tenham uma “mensagem” para finalizar o encontro.

Sacramento da Unção dos Enfermos

Objetivo: Entender e viver de modo novo esse sinal do amor de Deus.

Ambiente: Toalha, Bíblia (aberta em Tiago 5, 13-16), um recipiente pequeno com óleo, flores.

Oração inicial: Proclamar de forma criativa a carta de Tiago 5, 13-16. Conteúdo:

A Unção dos enfermos é como um ato de solidariedade com aqueles que sofrem (Tg 5, 13-16), como foi visto no texto de Tiago. Agora em grupos, recebem o texto abaixo

Dinâmica de grupo: Após a leitura do texto, responder no grupo:

a) Por que extrema unção passou a ser chamada de unção dos enfermos?

b) Por que a unção dos enfermos não deve ser dada a uma pessoa que não tem fé?

c) Quais são os efeitos (frutos) desse sacramento? ETAPA DA CRISMA – PARÓQUIA SÃO GERALDO MAGELA – ARQUIDIOCESE DE

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d) Partilha dos grupos, e a/o catequista esclarece o que não ficou claro para o grupo.

Texto do conteúdo (Inicia com um fato da vida)

D. Maricota havia caído da escada e quebrado a perna. Já idosa e nervosa por temperamento, mostrava-se mais abatida ainda no leito do hospital. Sua irmã achou que era o caso de chamar um padre. Quando o sacerdote entrou no quarto, Maricota fez uma expressão de quem via o diabo:- Ah, meu Deus – disse ela sufocada – o padre com a extrema unção! Eu vou morrer!? Não quero morrer... Dito e feito: Maricota morreu de coração, pois aprendeu que quando o padre se aproxima de um doente, é porque este já está mais pra lá do que pra cá.Por vezes nos deparamos com os limites da vida: um acidente de trânsito, a doença, a violência, a velhice. É preciso encontrar energias que nos façam acreditar na vida, dom maior de Deus.Até pouco tempo, este sacramento era chamado de extrema-unção. A mudança para unção dos enfermos não pretende ser uma simples troca de palavras, mas um convite a entender e viver de modo novo esse sinal do amor de Deus. Até pouco tempo, quando o padre ia ungir um doente, era sinal de que não havia mais esperança, e os familiares podiam “preparar o caixão”. Por aí se nota que esse sacramento era visto como um momento de desespero e não de esperança.A Unção é sacramento dos enfermos e não dos moribundos. Recebem a unção aqueles enfermos que desejam e estão devidamente preparados. As pessoas idosas também podem receber esse sacramento, mesmo que não estejam doentes. Não se deve, pois, deixar “para a última hora” a recepção desse sacramento.O óleo dos enfermos é abençoado pelo bispo na Quinta-feira Santa. Quem administra a unção dos enfermos é o padre. A unção dos enfermos não deveria ser administrada àquelas pessoas que não tiveram uma vivência de fé. Isto porque os sacramentos não são magia. Pouco adiantaria para o enfermo aquele gesto, se ele não tem fé. Qualquer sacramento pressupõe sempre uma atitude de fé por parte de quem o recebe e por parte de toda a comunidade. Só assim é que os sacramentos se tornam a presença de Deus na vida de toda pessoa e da Igreja.Esse sacramento ao longo do tempo, foi focalizado como cura para as doenças do corpo, ou como remédio contra os males do espírito (alma). E mostrou-se que hoje em dia somos chamados a olhar o ser humano como um todo: corpo e espírito, onde um depende do outro.

Os efeitos (ou frutos) desse sacramento

1. A graça do Espírito Santo. Presença de Deus na vida da Igreja e das pessoas. Quem recebe com fé a unção dos enfermos sente o conforto divino em sua vida; percebe que Deus se encontra presente

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em todas as etapas da existência humana, mesmo naquelas onde nossas forças fraquejam, como na doença e na dor.2. Possibilidade direta ou indireta de cura. Ninguém deve buscar a unção para se livrar de uma doença, pois é um sacramento da fé, e não de magia. Mas a graça divina, às vezes, opera uma cura corporal ou psíquica. Nesse caso, além da cura, a unção enriquece a experiência espiritual do doente.3. Restabelece a comunhão com Deus e com os irmãos. Quando o doente não tem condições para se confessar, a unção é também reconciliação, perdão dos pecados.4. Restabelece a força espiritual. A unção deseja ser a força espiritual diante da dor, ajudando o doente a fazer em tudo a vontade de Deus. Ajuda e ensina a ter paciência no sofrimento.5. Dá equilíbrio. O enfermo, por causa de sua doença, geralmente costuma fechar-se, ficar triste, irritado. A unção quer ajudá-lo a encontrar o equilíbrio.6. Traz a esperança. Com esperança o doente ou idoso se sente valorizado. Sabe encarar a doença ou a velhice como uma missão que Deus lhe confiou. Deixa de se considerar inútil e dependente.7. Torna Deus presente. A Unção dos enfermos, como sacramento, torna Deus e a comunidade presentes ao lado de quem sofre. E Deus assume a fraqueza humana, transformando-a em força.

Oração final: O/a catequista motiva o grupo a rezar pelas pessoas que estão enfermas, na família, na comunidade, etc.

Sacramento da Reconciliação

Objetivo: Ajudar aos crismandos no aprofundamento do Sacramento da Penitência para viver com maior consciência a experiência do perdão e da reconciliação com Deus e com os irmãos.

Ambiente: Colocar uma toalha no centro, com papéis em branco, uma vasilha para no final do encontro queimar os papéis, um crucifixo em destaque.

Oração inicial: Fazer breve silêncio, fazendo um exame de consciência, pode-se fazer memória da 1ª. Confissão

Conteúdo

O Sacramento da Penitência ou confissão é a reconciliação com Deus e com os outros: Mt 18, 18; Lc 15, 11-31; 19, 1-9 (ler algum dos textos com os crismandos).

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Não somos super-homens ou mulheres: o erro, o fracasso e a frustração são como sombras que nos acompanham ao longo da vida. Reconhecer nossas falhas e deficiências; ter a humildade de ser do tamanho que somos, nem maiores, nem menores; saber perdoar e pedir perdão; começar de novo – são atitudes essenciais a uma vida saudável e digna. Ex.: os índios aimarás no Peru, sobem a Pachamana (Montanha dos Andes), para se reconciliar com Deus.A palavra “confessar” significa “anunciar”, “proclamar”, “professar”. Anunciar que o amor de Deus é mais forte do que o mal que se cometeu. Aquele que se confessa está fazendo sua profissão de fé no perdão de Deus. Portanto, confessar-se não é tanto aborrecer-se com o mal praticado, mas sentir a alegria de receber de novo o abraço do Pai que perdoa e salva.

Algumas dificuldades para se confessar:1. Falta de Tempo: Embora a falta de tempo tenha um gostinho de desculpa, nem sempre a gente tem tempo para ir se confessar;2. Medo: Algumas pessoas foram educadas na base do “Deus castiga”; “você vai ter que contar isso para o padre”; etc. É claro que uma educação assim não é nada convidativa a uma confissão. Em vez de fazer a experiência do Deus que perdoa porque ama, as pessoas são levadas a fazer mal juízo de Deus: Ele castiga. Alguns têm medo do padre, porque ele é bravo. 3. Falta de fé: Sem ela, ninguém sai perdoado da confissão. Lembre-se de quantas vezes Jesus disse aos doentes e pecadores: “A tua fé te salvou”. Tem pessoas que não acreditam na confissão porque o padre – dizem eles – “é pecador como eu”. É verdade! Mas o perdão de Deus não depende do grau de santidade do padre: o perdão de Deus depende do arrependimento que você tem e o amor que você demonstra, pois só quem ama será perdoado. O que é contado na confissão para o padre (representante de Deus) não pode sair de lá.4. Falta de conversão: A confissão não é bem feita se a gente não tem o firme propósito de melhorar. Confessar não é ir “descontar” pecados... É preciso conversão, ou seja, se arrepender e prometer mudar para melhor.

Reflexão em grupos para conversar e responder:O que é necessário para uma confissão ser eficaz?

Pistas para o catequista:a) exame de consciência b) ter arrependimento (ato de contrição) c) propósito de não recair no pecado e de evitar as circunstâncias que o favoreçam d) confessar-se sem omitir nada e) cumprir a penitência estabelecida pelo confessor

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Dinâmica individual e oração final A/o catequista motiva para entrar num clima de oração e orienta o grupo para pegar um papel no centro da roda, escrever seus pecados e aguardar; quando todos terminarem, em silêncio total, cada um queima seu papel (no fogo ou vela anteriormente preparados pela catequista). Pode-se colocar uma música de fundo. No final motiva para um abraço de paz e reconciliação.

FONTES DE PESQUISA: LIVRO: OS SACRAMENTOS EM SUA VIDA. PE. JOSÉ BORTOLONI – EDITORA PAULUS; LIVRO: A COMUNIDADE DE FÉ – CATECISMO POPULAR. FREI BETTO – EDITORA ÁTICA; LIVRO: LIVRO DO CATEQUISTA – FÉ VIDA E COMUNIDADE. DIOCESE DE OSASCO – EDITORA PAULUS

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OUTROS

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A Santíssima Trindade

Objetivo: Proporcionar aos crismandos maior conhecimento do Mistério da Santíssima Trindade, para que vivenciem de maneira mais profunda o Amor de Deus nas suas vidas.

Ambientação: No centro da sala do encontro colocar uma mesa com toalha branca e objetos que simbolizem a Santíssima Trindade (exemplo: cruz, pomba, coração, quadro da Trindade, a frase: “Deus Uno e Trino: Mistério de Amor”)

Oração Iniciar cantando: “Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui”.Convidar para observar os símbolos em silêncio e depois motivar para rezar o Creio.

Partir da realidade do grupo:O que vocês sabem de Deus Trindade? (deixar que falem)

Conteúdo

A Trindade se revela e se dá a conhecer em Jesus Cristo. Ela sai de si gratuitamente e se dá a conhecer através da obra da criação e das criaturas. A criação é o grande cenário da vida e da ação da Trindade. A criatura humana é a obra mais querida da Trindade, pois nela faz o seu maior investimento de amor, de misericórdia, ternura. Deus é Amor.A vida é uma caminhada para Deus. Somos chamados constantemente a renovar e a aprofundar essa amizade que nos realiza. Porém muitos se distraem pelo caminho com outras coisas.Para nos conduzir nesse caminho, Deus Pai nos enviou Jesus, seu Filho (Jo 14,5-7). Jesus conhece o caminho e tem prazer em mostrá-lo aos pequeninos (Lc 10,21-24)Qual é o melhor caminho para Deus? É o caminho da justiça, do amor, da misericórdia e da compaixão para com os irmãos, tal como Jesus viveu e nos ensinou a viver. Jesus, nos ensinou o caminho da fraternidade, da justiça e da verdade... Ele nos mostrou que o amor a Deus se realiza no amor aos irmãos (Jo 15,12-14)

Por que Deus Pai nos enviou a seu Filho?Que caminhos nos levam a Deus hoje? Quais nos afastam Dele?(Motivar para que conversem um pouco entre eles sobre essa duas perguntas)

Jesus veio, cumpriu sua missão e voltou ao Pai. Pediu aos apóstolos que ficassem unidos. Prometeu que não os deixaria sós, mas seriam iluminados e fortalecidos pelo ESPIRITO SANTO (Jo 15, 26-27). Ele ficará com eles para sempre para continuar sua missão:

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dando-lhes perseverança e coragem para desmascarar os que praticam o mal e a injustiça (Jo 16, 6-11) ajudando-os a lembrar, interpretar e praticar a Palavra de Jesus em cada situação concreta (Jo 16,13-14)O Espírito Santo é enviado pelo Pai e por Jesus para mover cada pessoa, cada comunidade a viver o Projeto do Reino. Somos chamados a viver no Espírito como Jesus (Lc 4,1-18).A maior satisfação de um pai é ver seus filhos reunidos em torno da mesa, em festa. Deus Pai enviou seu Filho Jesus a nos chamar para a festa, e o Espírito Santo, para nos ajudar no caminho. O Filho colabora com o Pai e o Espírito colabora com os dois.Na colaboração íntima entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, percebemos que um não existe sem o outro. Os três formam uma unidade tão profunda que os Santos Padres da Igreja a chamaram de TRINDADE. A Trindade é o mistério mais profundo e importante da nossa fé. Essa fé é cheia de conseqüências para a nossa vida pessoal, comunitária, social e universal.Quando nos abrimos ao amor de Deus, abraçamos seu projeto e começamos também a amar as pessoas com quem nos relacionamos. Passamos a querer o bem delas e a lutar para que esse bem aconteça. A pessoa que ama deseja o bem da pessoa amada, mesmo ao custo de sua própria vida (Jo 15,13).

A TRINDADE É MISTÉRIO DE AMOR. Mais importante que falar dela, é vivê-la nas relações diárias: na alegria, no amor, na busca da justiça e da paz.

Aprofundamento em grupos

Deus Pai, fonte de Amor (Lc 15, 11-32)Ler o texto e responder:1. O que mais lhe chama a atenção deste texto e por quê?2. Como são as atitudes do Pai?3. Pense na sua vida, nas pessoas que revelaram o rosto misericordioso de Deus a você.4. Lembre quando você revelou por suas atitudes que Deus é misericordioso.

Jesus, o Filho de Deus, enviado do Pai (Jo 7,25-36)Ler o texto e responder:1. Quem é Jesus?2. O que mais lhe atrai da sua pessoa? 3. O que mais o questiona?4. O que você percebe de mais profundo nele?

A Pessoa do Espírito Santo, nosso protetor e defensor junto ao Pai (Jo 14, 15-26)Ler o texto e responder:1. O que lhe chama mais a atenção do texto? Por quê?2. Que nomes Jesus dá ao Espírito?3. Para ser amado pelo Pai o que é necessário fazer?

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4. Qual é a missão do Espírito Santo e quais as coisas que Jesus nos diz e que o Espírito nos vai lembrar?

Partilha dos grupos no plenário.

Conclusão finalO mistério de DEUS TRINDADE: PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO: são três pessoas distintas, mas um ÚNICO DEUS. A Trindade estabelece sua morada como Senhor e Criador, no coração da pessoa e a capacita para amar, contemplar e completar a sua obra criadora. A presença da Trindade é parte integrante de toda história e vida humana.

Encerrar o encontroCanto: “Ó Trindade, vos louvamos”, ou outro que fale da Trindade.

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A Pessoa do Espírito Santo e seus Dons

Objetivo: Mostrar aos crismandos que somos enriquecidos de força especial do Espírito Santo, como testemunhas de Cristo, para mover as pessoas e comunidades a viverem o Projeto do Pai.

Oração: Invocação do Espírito Santo

Partir da realidade do grupoO que vocês sabem sobre o Espírito Santo? (Neste momento manter um diálogo com o grupo).Relembrar alguns tópicos do encontro anterior (A Santíssima Trindade).

DinâmicaDistribuir balas, se possível de sabores diferentes, e pedir que falem: como ela é, qual o gosto, cheiro, se é doce e salgado.Comparar com os Dons, pois são diferentes, mas têm um único objetivo.

ConteúdoNo Antigo Testamento os profetas anunciaram que o Espírito do Senhor repousaria sobre o Messias esperado em vista da sua missão salvífica. A descida do Espírito Santo sobre Jesus por ocasião do seu Batismo por João Batista foi o Sinal de que era Ele quem devia vir, que Ele era o Messias, o Filho de Deus (Mt 3,16-17). Concebido do Espírito Santo, toda a sua vida e toda a sua missão se realizam em uma comunhão total com o mesmo Espírito, que o Pai lhe dá “sem medida”.

(Dividir em 02 ou mais grupos para analisarem as leituras abaixo)

Por várias vezes Cristo prometeu a efusão (derramamento) do Espírito, promessa que realizou primeiramente no dia da Páscoa (Jo 20,22 e Jo 14,26) e em seguida, de maneira mais marcante no dia de Pentecostes (At 2,1-5). Pentecostes: qüinquagésimo dia após a Páscoa Judaica em grego: pentecostés hemére daí: “Pentecostes”.

O sacramento da Confirmação ou Crisma, é a efusão plena do Espírito Santo, como foi concedido antigamente aos apóstolos no dia de Pentecostes, produzindo assim, um crescimento e aprofundamento da graça batismal, como:• Enraizando-nos mais profundamente na filiação divina, que nos faz dizer “Abba, Pai” (Rm 8,15);• Unindo-nos mais solidamente a Cristo;• Torna mais perfeita a nossa vinculação com a Igreja;

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• Dá-nos uma força especial do Espírito Santo para difundir e defender a fé pela palavra e pela ação, como verdadeiras testemunhas de Cristo, para confessar com valentia o nome de Cristo e para nunca sentir vergonha em relação à cruz;• Aumentam em nós os dons do Espírito Santo.

Os Dons do Espírito SantoQuais os dons que conhecemos?

Introdução a partir da realidade: Falar dos dons pessoais e atuais que temos, como as profissões (médicos, dentistas, padres). Relacionar com nosso cotidiano. Refletir sobre a deficiência, pessoas especiais.

Dom é um presente de Deus. São ações boas que fazemos sob inspiração de Deus.

Os Dons do Espírito Santo não são passivos, pelo contrário, fazem com que de dentro da pessoa brotem frutos, obras e ações que testemunham a presença de sua ação, portanto, são aquelas ações boas que fazemos sob inspiração do Espírito Santo.Os Dons do Espírito Santo são sete:1.Sabedoria: não é a sabedoria que a gente aprende nos livros, escola e cursos. A verdadeira Sabedoria é o conhecimento de Deus. Sábio segundo o Espírito é aquele que conhece o amor de Deus e experimenta sua bondade, praticando a justiça. O verdadeiro sábio é justo. 2.Entendimento: é o dom que as pessoas recebem para descobrir a vontade de Deus nas coisas grandes ou pequenas da vida.3.Ciência: é o dom de distinguirmos o bem do mal. É ter o conhecimento da salvação que Deus nos oferece, dia-a-dia, em Jesus Cristo e no Espírito Santo.4.Conselho: é o dom de orientar e ajudar quem precisa; é o dom de dialogar fraternamente, em família e comunidade, a fim de encontrar soluções melhores; é o dom de animar os desanimados; é o dom do otimismo da vida.5.Fortaleza: é o dom de enfrentar as dificuldades, de vencer as tentações de não desanimar. É o dom de assumir com alegria os deveres de pai, de animador da comunidade, etc.6.Piedade: é a mesma coisa de misericórdia, ou seja, entregar o coração a Deus e aos outros que precisam da gente. É ser a cópia de Cristo, manso e humilde de coração.7.Temor a Deus: não é ter medo de Deus; não é considerá-lo um castigador. É o respeito que devemos ter para com Ele. É ter humildade de saber que nunca O amaremos como merece.

Os setes dons querem ser o resumo de toda a atividade do Espírito sobre nós. Mas existe um GRANDE DOM, que dá sentido a todos os demais: é o

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AMOR. Este é o maior presente do Espírito, sem ele, nossa vida não tem sentido, pois o amor e caridade é a primeira ação de Deus.Todos os dons que o Espírito Santo concede têm valor à medida que são feitos por amor e no amor. Fechar com a leitura: 1 Coríntios 13.

Para reflexão finalComo estamos usando estes dons em nosso dia-a-dia?

Oração FinalMúsica Monte Castelo, do Legião Urbana

Sacramento da Confirmação

Objetivo: Mostrar a dimensão pessoal e eclesial da crisma, sacramento inaugurado em Pentecostes, quando a Igreja nasce para o mundo.

Material: Cartolina, bacia com água e perfume, 7 setas em papel, cada uma escrita com um dos 7 dons do Espírito Santo, lápis e papel para todos.

Ambiente: Em círculo. No centro, colocar as setas espalhadas no chão com os dons voltados para os crismandos, a bacia com a água perfumada e um cartaz com a frase:

“Quem nos confirma a nós e a vocês em Cristo, e nos consagrou, é Deus. Ele nos marcou com o seu selo e deu aos nossos corações a garantia do Espírito” (2 Cor, 21-22).

Oração: O catequista faz uma acolhida espontânea, reza a oração do Espírito Santo e em seguida pede para que cada um molhe o polegar direito na água perfumada e faça o sinal da cruz na testa do irmão da direita, dizendo:

“Amigo(a), renova em tua vida a fé no Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo”

Em seguida, convida a todos para lerem juntos a frase do cartaz.

Dinâmica individual: “O artista”

O catequista distribui lápis e papel para todos e pede para os participantes fecharem os olhos. Assim, com os olhos fechados, pedir para cada um:- desenhar uma casa;- do lado da casa, colocar janelas e portas;- ao lado da casa, desenhar uma árvore;- desenhe um jardim, cercando a casa;- colocar o ambiente: sol, nuvens, aves voando;- uma pessoa com olhos, nariz, boca...;

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- por fim, pedir para escrever a frase: “Sem a luz do Espírito Santo, tudo fica fora do lugar”.Pedir para abrirem os olhos e fazer uma exposição dos desenhos.

Comentário: Sem a presença de Deus toda obra sai imperfeita. Deus é a única luz. Sem ela, só há trevas. Ela nos ajuda a ter maturidade cristã.

Perguntas (individual):1. O que é ter maturidade cristã?2. O sacramento da Crisma nos ajuda a ser maduros? Por quê?3. O que você pensa sobre o que é realmente esse sacramento?

Depois de responderem individualmente, partilhar em duplas. Depois de explorarem bem sobre o assunto, voltar ao círculo e ler o texto bíblico: “Quando eu era criança, pensava como criança...” (1 Cor 13, 11-13).

Dinâmica de grupo

Dividir a turma em três grupos. Cada grupo recebe uma palavra-chave e algumas citações bíblicas para estudar. Depois, irão sintetizar tudo num cartaz ou em outra forma de apresentação.

Grupo I

Palavra-chave: Confirmação. A palavra confirmação tem o sentido de tornar firme e forte. Crisma é o nome do óleo utilizado na unção.

Textos: Is 11, 1-4; 42, 1-3; 61, 1-3.8,9; Ez 36, 24-28; Jl 3, 1-2At 1, 3-8; 2, 1-6.33; 8, 14-17; 10, 33-44; 14, 22-23; Rm 5, 1-2.5-8; 8,14-17.26-27; 1 Cor 12, 4-13; 2 Cor 1, 21-22; Gl 5, 16-26Mt 5, 1-12; 25, 14-30; Mc 1, 9-11; Lc 4, 16-22; Jo 7, 37-39; 14, 15-17

Grupo II

Palavra-chave: Imposição das Mãos. A imposição das mãos por parte do bispo e dos presbíteros concelebrantes, quando se pedem os dons da sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor a Deus.

Textos: Is 11, 1-3; tem também o sentido de bênção (Gn 48, 14-20; Mc 10, 16); de consagração (Nm 8, 9.14.21); investida em uma missão (Nm 11, 16-17); e gesto de cura (Lc 13, 13).

Grupo IIIETAPA DA CRISMA – PARÓQUIA SÃO GERALDO MAGELA – ARQUIDIOCESE DE

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Palavra-chave: Unção com o óleo do crisma. Simboliza força, poder, cura.

Textos: Is 1,6; saúde, alegria (Pr 27, 9); bom odor (Dn 13, 17); beleza, consagração (1 Sm 10, 1; Is 61, 1-3); o ungido de Deus (At 10, 38; Lc 4, 16-21). Crisma, após o banho batismal, o cristão é perfumado para exalar o bom odor de Cristo (2 Cor 2, 15). É o símbolo do testemunho vivo do cristão no seu dia-a-dia, graças ao Espírito.

Apresentação: Conclusões dos grupos. Apresentação livre (cartaz, teatro, música, etc.)

Compromisso: Refletir durante a semana:

“E aí, o que você vai fazer depois de receber o sacramento da Crisma?”

Oração Final

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