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REDE|PROJETO “ESCOLA FELIZ” NO CONCELHO DE ALCOBAÇA Encontro 19 março Modelo 2 – “Comunidade de Aprendizagem” Participação e Colaboração no Cumprimento do Projeto Educativo de uma escola 26/03/2016 Participação e Colaboração na Construção da REDE “Escola Feliz” no Concelho de Alcobaça e Preparação de um Projeto.

Encontro 19 março - escolaecofeliz.files.wordpress.com · b. Carta de Princípios. c. Objetivo: Cumprir o Projeto Educativo da Escola. d. Formação e preparação dos educadores

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REDE|PROJETO “ESCOLA FELIZ” NO CONCELHO DE ALCOBAÇA

Encontro 19 março Modelo 2 – “Comunidade de Aprendizagem”

Participação e Colaboração no Cumprimento do Projeto Educativo de uma escola

26/03/2016

Participação e Colaboração na Construção da REDE “Escola Feliz” no Concelho de Alcobaça e Preparação de um Projeto.

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Na vida, não existem soluções. Existem forças em marcha: é preciso criá-las e, então, a elas seguem-se as soluções.

Se queres compreender a palavra 'felicidade', indispensável se torna entendê-la como recompensa e não como fim.

Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção.

Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.

Antoine de Saint-Exupéry

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Conteúdo

Comunidade de Aprendizagem dentro dos “muros da Escola Pública” ....................................... 3

PREPARAÇÃO do PROJETO: ....................................................................................................... 5

1. VALORES EXPLÍCITOS NO PROJETO EDUCATIVO: ........................................................ 5

2. CONSTITUIÇÃO DE UM NÚCLEO DE PROJETO: ............................................................ 5

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Estiveram presentes neste encontro:

Pedagogo José Pacheco

António Quaresma Coelho

Paula Arraião (Professora no Externato Cooperativo da Benedita)

Sandra Gonzaga (Associação Barafunda)

Vera Jorge (Educadora)

Vera (Psicóloga)

Mónica (Professora)

Maria Ferreira (Administrativa)

Julieta Guerra (Administrativa)

João Jorge (Professor)

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Comunidade de Aprendizagem dentro dos “muros da Escola Pública”

MODELOS DE RENOVAÇÃO

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DENTRO FORA

“Refundar a Escola Pública” “Criar Alternativas à Escola Pública)

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MODELO 1 MODELO 2 MODELO 3 MODELO 4

│ │ │ │

Novas Práticas Comunidade de Ensino Comunidade de

Pedagógicas Aprendizagem Doméstico Aprendizagem

│ ┌─────┴─────┐

Proposta de Práticas 1*1 1*n

Pedagógicas do Séc. XXI │ │

dentro da sala de aula Em casa Projeto

Colaborativo

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Provérbio Africano: “é preciso toda uma aldeia para educar uma criança” criando-se assim o conceito de comunidade de aprendizagem (Torres, 2002). “Vamos todos contribuir com seus talentos naturais ou habilidades adquiridas para o maior benefício de todos na comunidade. Vamos utilizar a riqueza da nossa terra para fornecer a abundância em todas as áreas da vida para as pessoas”. Uma pessoa com Ubuntu está aberta e disponível para os outros, apoia os outros, não se sente ameaçada quando os outros são capazes e bons, e baseia-se numa autoconfiança que vem do conhecimento que ele ou ela pertence a algo maior (…), Arcebispo Desmond Tutu no livro "No Future Without Forgiveness" - - "sem perdão não há futuro"). A palavra Ubuntu, não traduzível diretamente, exprime a consciência da relação entre o indivíduo e a comunidade. Essa noção de fraternidade implica compaixão e abertura de espírito e se opõe ao narcisismo e ao individualismo. Respeito, cortesia, partilha, comunidade, generosidade, confiança, desprendimento. Uma palavra pode ter muitos significados. Tudo isso é o espírito de Ubuntu. Ubuntu não significa que as pessoas não devam cuidar de si próprias, mas fazem-no de maneira a desenvolver a sua comunidade, permitindo que ela melhore. De acordo com Freitas (2010) “uma comunidade de aprendizagem é uma organização social de pessoas que trabalham em conjunto, partilhando conhecimentos, atitudes e valores, para alcançar objetivos mútuos”. O conceito de comunidade surge associado à proximidade do espaço, à partilha de interesses e objetivos, à troca de informações e opiniões, à colaboração e à cooperação entre os participantes. Nestas comunidades, os indivíduos aprendem através da colaboração e da partilha de “conhecimentos e experiências de formas criativas, que fomentam novas abordagens dos problemas e da própria aprendizagem” (Afonso, 2009). “A colaboração pode ser considerada como a pedra basilar das comunidades na aprendizagem, na medida em que promove a construção social do conhecimento através da interação”. Uma vez que as comunidades são constituídas por grupos de pessoas, o seu maior desafio é o de ser capaz de criar ambientes ricos que sejam propícios para uma aprendizagem individual e coletiva, onde cada um tem um papel fundamental na sua aprendizagem e na construção de espaços favoráveis ao desenvolvimento de conhecimento coletivo. A comunidade aprendente torna-se então um meio para a construção de conhecimento sendo que os seus membros dependem uns dos outros para obter sucesso nas aprendizagens. É, por isso, necessário a valorização do trabalho individual em torno de uma aprendizagem coletiva. No dizer de Gonçalves (2010) as comunidades de aprendizagem criam-se e sobrevivem através das interações que os seus membros estabelecem entre si sendo que, para a sua sobrevivência, é fundamental a motivação dos mesmos e a disposição que têm para partilhar e cooperar com os outros (Haetinger, 2005, citado por Gonçalves, 2010). Segundo a autora, “as trocas de experiências, a motivação para tornar o grupo cada vez mais forte, parte da vontade das pessoas em compartilhar as suas habilidades, curiosidades, conhecimentos, competências, estabelecer objetivos comuns que são imprescindíveis à consolidação dos grupos” sendo que, sem isto as comunidades deixam de existir, logo não sobrevivem.

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PREPARAÇÃO do PROJETO:

1. VALORES EXPLÍCITOS NO PROJETO EDUCATIVO: a. CARTA DE PRINCÍPIOS – Princípios de Ação que norteiam o nosso caminho.

2. CONSTITUIÇÃO DE UM NÚCLEO DE PROJETO: a. LEVANTAMENTO DOS RECURSOS HUMANOS:

i. Pessoas com potencial educativo:

1. Potenciais alunos

2. Professores | Pais | Interessados.

3. Tem que haver pelo menos 1 Professor.

4. Tem que ter no mínimo 3 e no máximo 7 professores

5. Algumas orientações pedagógicas

a. O professor nunca vai estar sozinho em nenhuma

circunstância

b. Cada educador vai tutoriar entre 1-12 crianças

c. Cria-se inicialmente um horário para familiarizar a criança

com a gestão do tempo

d. Constituição de grupos - Criar Inicialmente 3 grupos de

nível (sortear):

i. GRUPO 1: nível “básico”

ii. GRUPO 2: nível “intermédio”

iii. GRUPO 3: nível “avançado”

e. Critério de constituição dos grupos:

i. 1.º CRITÉRIO: amizade

ii. 2.º CRITÉRIO: género (misto – 2♂:1♀ | 1♂:2♀)

b. LEVANTAMENTO DOS ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM i. Todos os lugares podem ser lugares de aprendizagem:

1. Internet

2. Sala de aula

3. Natureza

4. Espaços desportivos

5. Praças

6. Outros…

ii. Google Maps:

1. Selecionar uma área de aprendizagem tendo como centro o

espaço físico escolhido como núcleo.

iii. Momentos de experimentação – definir 4 espaços:

1. Espaço Artes

2. Espaço Humanas

3. Espaço Exatas

4. Outros espaços

c. ALGUNS PRINCÍPIOS DE AÇÃO PEDAGÓGICA: i. O professor nunca vai estar sozinho

6

ii. Inicialmente cria-se um horário para ajudar a criança a se familiarizar com

a gestão do tempo.

iii. No início o professor escolhe o projeto.

iv. Realiza-se um roteiro de estudo para cada um dos alunos.

v. Corresponsabilização: ninguém sai do espaço até garantirem que todos

terminam as tarefas (Entre-ajuda).

vi. O educador está “proibido” de dar respostas.

vii. Registo da avaliação formativa individual e coletiva.

viii. O aluno só se avalia quando quer, quando sente que domina os conteúdos

e/ou competências.

ix. A avaliação tem 2 momentos.

x. Não existem fotocópias de testes.

xi. Iniciar o projeto com:

1. Jovens já alfabetizados (sabem ler e escrever)

2. Não estejam no último ano do ciclo de ensino

xii. O primeiro ano de adaptação é mais controlado recorrendo-se a aula

adaptada.

xiii. É necessário preparar “especialistas em alfabetização” – técnica de José

Pacheco.

d. ESTRATÉGIAS: i. Este núcleo experimental irá contar com autonomia pedagógica e vai agir

em conformidade com a lei.

ii. A preparação do projeto terá 3 momentos: metodologia do trabalho de

projeto.

1. 1.º MOMENTO: até Junho:

a. Quais os valores a perseguir.

b. Carta de Princípios.

c. Objetivo: Cumprir o Projeto Educativo da Escola.

d. Formação e preparação dos educadores.

e. Solicitar Autonomia Pedagógica.

f. Em junho será comunicado à Direção do Agrupamento ou

Escola não Agrupada que os alunos (n) e os educadores

envolvidos irão cumprir o Projeto Educativo.

2. 2.º MOMENTO: ano letivo 2016/2017

a. Reconfiguração da prática escolar