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ENERGIA

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PRESERVAÇÃO DOS INVESTIMENTOS

Busca de soluções que preservem os investimentos na geração de energia: busca incessante de eficiência no seu emprego:

• Inibição de empregos ineficientes.

• Incentivo às soluções que visem dilatar o aproveitamento dos investimentos já concretizados.

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SEGMENTAÇÃO

Uso da energia segmentada segundo três mundos distintos, cada um voltado para si mesmo:

• o mundo da eletricidade;

• o mundo do calor – derivados de petróleo, notadamente o óleo combustível;

• O mundo dos transportes.

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A RUPTURA

O gás como elemento de ruptura:

• distribuição similar à eletricidade;

• produz eletricidade;

• produz calor;

• substitui os derivados de petróleo na movimentação dos veículos.

A ENERGIA É, DE FATO, UM VETOR ÚNICO

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O GÁS AINDA SEM VIDA PRÓPRIA

• Não há, ainda, uma política voltada para o emprego do gás.

• O Setor Elétrico ainda persiste encarando o gás unicamente como fonte de grandes termelétricas e resiste ao seu uso como geração distribuída (co-geração).

• O GNV usado em veículos adaptados apresenta elevado índice de ineficiência.

O PAÍS NECESSITA DE UMA POLÍTICA ENERGÉTICA QUE ENCARE A ENERGIA

COMO UM VETOR ESPECÍFICO

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OS VEÍCULOS ELÉTRICOS

As pressões motivadas pelo aumento do efeito estufa e pela perspectiva do fim da era do petróleo - os veículos elétricos:

• VEH (Veículo Elétrico Híbrido): um co-gerador sobre rodas, capaz de influenciar o Setor Elétrico por se transformar em fontes de geração distribuída;

• VE (Veículos Elétricos): a base de bateria.FIM DA SEGMENTAÇÃO DO USO DA

ENERGIA

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O MUNDO DA ELETRICIDADE

Foi o segmento que mais sofreu modificações estruturais:

• era monopolista, verticalizado e operado de forma condominial;

• tornou-se competitivo, desverticalizou-se e deixou de ser operado condominialmente:- competição na geração;- novos entrantes admitidos nas redes de transmissão e de distribuição;- monopólios mantidos na transmissão e na distribuição;- comercialização independente e entregue à competição;- criada a figura do consumidor livre.

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CARACTERÍSTICAS DA ERA MONOPOLISTICA

O planejamento era centralizado e mandatório: o sistema era administrado pelo lado da oferta:

• as distribuidoras jogavam o risco de suas previsões de crescimento do mercado consumidor para o planejamento da oferta;

• conhecimento pouco profundo do mercado consumidor: prodigalidade dos aproveitamentos hidrelétricos próximos dos centros de carga absorviam os eventuais erros de previsão;

• auto-produção não era bem vista;• busca da eficiência energética não se constituia em uma

política necessária;• estrutura tarifária sem estímulos para a melhoria da

produtividade

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REPERCUSSÕES DAS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS

• Leilões para a compra da energia.• As distribuidoras passaram a assumir os riscos

dos erros de previsão do consumo;• As distribuidoras passaram a ser

exclusivamente administradoras de sua rede.• Surgiram os comercializadores.• Criou-se a figura da geração distribuída: a auto-

produção passou a ser uma opção a ser encarada pelo Setor Elétrico.

• Surgiram os excedentes ofertados às distribuidoras.

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RISCOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO SE

• Esgotaram-se os aproveitamentos hidrelétricos de porte próximos dos centros de carga: a hora e a vez da Amazônia.

• O Setor caminha para uma base hidro-térmica.• O atraso nos investimentos provocou uma redução nos

tempos de sustentação dos reservatórios.• Tendência altista dos custos de transmissão: distancias

maiores; maior complexidade.• Tendência altista dos custos da energia: maior custo do

combustível e maior incerteza.• Evolução da legislação ambiental

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A GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

Geram-se motivações para a GD:

• Expansão da rede de gás canalizado.

• Aproveitamento da biomassa e de resíduos combustíveis.

Ainda há barreiras para que a GD venha a ocorrer como um dado

natural de mercado

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VANTAGENS DA GD PARA O SISTEMA

• Ancoragem do sistema local (evita apagões localizados e minimiza os efeitos de blecautes de grandes proporções).

• Freia e minimiza a tendência altista dos custos de transmissão e da própria eletricidade.

• Melhora a qualidade da energia distribuída.• Tende a reduzir o custo de investimento da

expansão da rede de distribuição.

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INVESTIMENTOS EM GD

Os investimentos não necessariamente realizam-se pela distribuidora e, sim, pelos consumidores:

• redução dos custos com a energia (aumento da produtividade) e, quando há geração de excedente, criação de um novo negócio;

• certeza da continuidade do suprimento;• melhoria da qualidade.

A co-geração a gás só é rentavel quando há economia de escopo.

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IMPORTÂNCIA DA GD PARA O PAÍS

Otimização dos esforços de investimento para a expansão da oferta.

Investimentos podem acontecer a revelia das distribuidoras: elas necessitam conhecer mais profundamente o seu mercado para:

• Reduzir os seus investimentos na expansão de sua rede; ou

• transformar as ameaças de perda de mercado em possibilidades de investimento.

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RESULTADOS DO ULTIMO LEILÃO

• Predominância de hidrelétricas de menor porte (abaixo de 140 MW, a menos de Simplício, com 333,7 MW).

• Complementação de UHEs em operação (botox).• Presença significativa de termelétricas a gás e a

derivados de petróleo.• Pela primeira vez participação da bioeletricidade

(biomassa da cana).

As UTEs a gás e a derivados de petróleo oferecem apenas a sua disponibilidade, sem considerar o

combustível cujo custo lhe será aditado

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RESULTADOS DO ULTIMO LEILÃO

Preços médios obtidos:• R$ 106,95 / MWh (2008); R$ 113,89 /

MWh (2009); R$ 114,83 / MWh (2010) – para as UHEs.

• R$ 132,26 / MWh (2008); R$ 129,24 / MWh (2009); R$ 121,81 (2010) – para as UTEs.

• Contrataram-se 3286 MW médios dos 5434 MW médios oferecidos.

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PREVISÕES

ANEEL prevê uma adição de 27.960 MW na capacidade de geração do país (587 novas usinas até o final da década):

• Redução da participação da hidreletricidade.• Significativo aumento da termeletricidade e de

soluções mais custosas (eólicas).• Aumento de participação de UHEs de menor

porte (PCHs).• Registro de usinas de co-geração qualificadas

(1279 MW).

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UHEs DE MAIOR PORTE PREVISTAS

• Rio Madeira - duas UHEs em território brasileiro: Jirau (3900 MW) e Santo Antonio (3580 MW); e mais UHE Esperanza, em território boliviano.

• Rio Xingu – UHE Belo Monte (11.000 MW).

Usinas localizadas em rios da Amazônia.

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CARACTERÍSTICAS DOS APROVEITAMENTOS

HIDRELÉTRICOS NA AMAZÔNIA

• Rios com vazões expressivas e sem diferenças de cotas: dificuldade de reservação.

• Tecnologia não convencional: máquinas tipo bulbo.

• Valores de potência limitados pela tecnologia a ser utilizada.

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PRODUÇÃO DE GÁS NATURAL

• Produção nacional: 25,84 mi m3/dia;• Importação: 22,55 mi m3/dia:

- 21,26 mi m3/dia da Bolívia;- 1,29 mi m3/dia da Argentina.

• Reservas brasileiras: 316 bi m3 podendo atingir 657 bi m3.

• 80 % dos poços em operação: gás associado ao petróleo.

• Urucu (Amazônia) e Bacia de Santos: gás não associado.

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CARACTERÍSTICAS DA BACIA DE SANTOS

• Próximo aos centros de consumo.

• Incorpora 78 bi m3 já provadas e, ainda em avaliação, 341 bi m3.

• Primeiros testes: capacidade de produção igual a 12,5 mi m3/dia.

• Redução da dependência externa e, posteriormente, manutenção desta tendência redutora.

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TENDÊNCIAS

• Disposição da Venezuela em exportar o seu gás em direção aos paises do Mercosul.

• Diversificação da oferta de gás: minimização da influência única do gás boliviano.

• Perspectiva otimista no médio e longo prazos.• Perspectiva pessimista no curto prazo: até o início da

operação comercial da Bacia de Santos motivada por:- pressões do Governo boliviano;- aumento do consumo de gás: novas UTEs.

• Até 2008: entram Manati (6 mi m3/dia) e a primeira fase do campo Peroá-Cangoá (2,5 mi m3/dia).

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DISTRIBUIÇÃO DO GÁS

• Até a década de 90: parte das cidades do Rio e de São Paulo (distribuição de gás de nafta).

• O gás entrou na matriz brasileira sem que o país estivesse preparado para recebê-lo.

• O gás associado, sem mercado: estorvo para a produção de petróleo.

• O surgimento do GNV - do uso restrito na cidade do Rio de Janeiro para o uso irrestrito em todo o Brasil: uso altamente ineficiente.

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ANEL GASÍFERO SUL-AMERICANO

Em desenvolvimento as ligações:• Camisea (Peru) – campos da Bolívia;• Campos da Venezuela, passando pelo sistema de

gasodutos brasileiros, em direção ao Mercosul;• Complementação do Anel Gasbol (Bolívia – Brasil) –

São Paulo – Porto Alegre (já conectado aos campos de Campos) unindo Porto Alegre a Uruguaiana (aonde chega o gás da Argentina).Interligação com:

• Gasoduto Bolívia – Argentina.• Suprimento do Paraguai, do Uruguai e do Chile.

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A AUTO-SUFICIÊNCIA DO PETRÓLEO

• Em 2005: próximo desta meta - 1684 mil bpd (barris por dia) de óleo, de LGN (liquido de gás natural) e de condensado (em 2004, 493 mil bpd – crescimento de 2,8 %).

• Em 2006: produção média = 1910 mil bpd superando a demanda brasileira (entre 1850 mil bpd e 1900 mil bpd).

• Auto-suficiência sustentada (P50 e mais três outras; em 2009, Projeto Frade; em 2010, P55, P57, fase II de Jubarte, Albacora e Golfinho; previsão das P52, P54, P51 e P53.

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RESERVAS PROVADAS E PESQUISAS

• Em 2005: reservas provadas de óleo, condensado e gás natural = 13,232 bi boe (barris de óleo equivalente).

• Índice de reposição de reservas provadas = 1,311 % (houve uma incorporação de um volume de óleo equivalente a 1,311 vez maior que o óleo extraido).

• Relação reserva/produção = 19,7 anos.• Meta: elevar a produção de óleo e de gás para 2

mi 860 mil boe/dia em 2010, com a incorporação de novos campos, principalmente Papa-terra (sul da Bacia de Campos).

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ORIGEM DO PETRÓLEO NO BRASIL

Produção média em 2005 = 1847 mil bpd.

• Em terra: 396 mil bpd;

• No mar: 1451 mil bpd.

Plataformas em produção (em 31 / 12 / 2005) = 97.

• Fixas: 73;

• Flutuantes: 24.

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PARQUE DE REFINO

Petrobras praticamente detém o monopólio do refino.

Dados de 2005:• Capacidade nominal instalada: 2115 mil bpd para um

total de 16 refinarias.• Carga média processada - 1861 mil bpd assim

subdividida: 1758 mil bpd (no Brasil) e 103 mil bpd (exterior)

• Produção média de derivados: 1839 mil bpd.

A comercialização dos derivados pertence a Petrobras: ela intervém na formação dos preços.

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ALCOOL AUTOMOTIVO E A BIOMASSA DA CANA

• O Pro-alcool: sua importância atual e o interesse de outros paises face as repercussões do efeito estufa.

• Da ineficiência no aproveitamento da energia contida na biomassa da cana ao seu aproveitamento eficiente atual.

• Valores de venda dos excedentes no último leilão: R$ 126,00 / MWh (2008); R$ 130,00 / MWh e R$ 162,00 / MWh (2009). Nào houve oferta para 2010.

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POTENCIAL DA BIOMASSA DA CANA

• Produção sucro-alcooleira até 2010/11 = 560 mi t (hoje = 400 mi t).

• Estimativa de excedentes vendáveis = 10 mil MW.

• Destes excedentes, 4 mil MW já poderiam estar operando caso as condições tivessem sido criadas.

• Principal barreira: “modus operandi” ainda existente no SE.

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OUTRAS CARACTERÍSTICAS DO USO DA BIOMASSA DA CANA

• Disponibilização de sua energia no período seco do Sistema Interligado.

• Pode vir a constituir, para o empresário sucro-alcooleiro, uma nova fonte de negócios capaz de lhe permitir equilibrar os eventuais desequilibrios dos mercados de açucar e de alcool.

• Permite obter créditos de carbono.

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OUTRAS FONTES• Energia eólica – elevado custo e detém uma impropriedade para o

Sistema brasileiro.• Energia solar – gera valores reduzidos; para valores de maior porte, ocupa

espaços extensos.• Outros resíduos – transforma estorvos para industriais em

aproveitamentos ambientalmente adequados: resíduos da industria madeireira; de papel e celulose; de agro-industrias como arroz; de siderurgicas.

• Lixo urbano – disposição final, hoje, inadequada.• Carvão – alimenta o efeito estufa e cria dificuldades para o meio ambiente;

no último leilão foram leiloadas as expansões de Candiota (2010) e de Jacuí (2009).

• Bio-diesel – surge como uma nova alternativa: obtido a partir da mamona, de oleaginosas e de capim – em evolução tecnológica tanto no cultivo agrícola quanto na própria obtenção do óleo.

• Nuclear – Tecnologia de ponta; apresenta problemas para a disposição final dos produtos radio-ativos.

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QUADRO INSTITUCIONAL

• O país carece de uma política energética que encare a energia como um vetor específico (participação da EPE): necessidade de um funcionamento harmônico.

• Carece, também, de uma política para o gás – apesar do carater nacional e internacional do gás, a regulação de seu uso parte é estadual, parte é federal; o gás ora é encarado como se fosse um derivado do petróleo, ora é encarado como fonte de geração elétrica em grandes UTEs.

• Eletricidade: o novo Marco Regulatório e a nova estrutura legal impuseram dispositivos que fornecem as condições de fundo: restam ajustes no sentido de extinguir as barreiras ainda presentes.

• Petróleo: presença da ANP e da Petrobras.

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EXEMPLOS DE DISFUNÇÕES

• Diferenças significativas no custo da eletricidade nas tarifas horo-sazonais: na hora da ponta, o consumidor prefere usar seus grupos diesel em face de sinalizações tarifárias inadequadas.

• Uso, pelas distribuidoras, de tarifas reduzidas para desincentivar o uso da co-geração.

• O emprego do GNV apesar de sua ineficiência.• Presença de vícios herdados da cultura

monopolista e condominial nas ações da ANEEL.

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OPORTUNIDADES E DIFICULDADES

• Geração de um mercado de excedentes elétricos (evitar o desperdício na produção descentralizada).

• Entraves à geração distribuída.• A visão torta do “seguro apagão”:

estabelecimento de reservas de capacidade.

• Interferências inadequadas na substituição de um energético por outro.

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OPORTUNIDADES E DIFICULDADES

• Os leilões definem os preços da energia no futuro: facilidade na viabilização dos investimentos, na programação tanto dos construtores quanto dos bancos financiadores.

• A forma de contratação das UTEs no último leilão evitou a perspectiva de prejuízo pelo não despacho nas épocas de privilegiar as UHEs.

• O novo sistema de parceria público-privada.• A Petrobras acha-se em vias de findar a montagem do

esquema para operacionalizar a Bacia de Santos.• A Venezuela pretende exportar gás para o mercado

brasileiro.

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CONSERVAÇÃO E EFICIÊNCIA

• Embora existam o Procel e o Conpet: a conservação ainda é só uma intenção; não se pode afirmar que há, “lato sensu”, uma política conservacionista no país.

• Não se pesquisou como o consumidor reduziu, durante o racionamento, o uso da energia elétrica.

• Culturalmente, o país continua encarando a racionalização do uso da energia como uma atividade redutora de receita: a visão persiste sendo pelo lado da oferta.

• A conservação como uma “geração virtual”.

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AS ESCOs

• Empresas cujo negócio é a racionalização do uso da energia.

• As ESCOs brasileiras, suas dificuldades e suas falsas identificações como verdadeiras ESCOs: a Abesco.

• O desperdício da oportunidade criada no Governo FHC: a obrigatoriedade dos órgãos públicos economizarem 20 % da energia consumida.

• A dificuldade dos financiamentos às ESCOs: as garantias; a facilidade presente para a co-geração.

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SUGESTÕES E CONCLUSÕES

• Aproveitamentos hidrelétricos de maior porte: cada vez mais afastados dos centros de consumo.

• Os rios amazônicos não admitem reservação: tecnologia diferenciada (máquinas bulbo com limitações de potência gerada).

• Busca de aproveitamentos hidrelétricos de menor porte mais próximos dos centros de consumo seja como GD, seja como GC.

• Busca de alternativas notadamente em GD.• Pesquisas em novas tecnologias (em veículos e em

hidrogenio).• O país caminha para uma base hidro-térmica.

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SUGESTÕES E CONCLUSÕES

• UHEs cada vez mais dependente dos rigores da legislação ambiental.

• Base hidro-térmica: tendência altista dos preços da energia elétrica motivada pelos preços do combustível e pelo crescimento do preço da transmissão (UHEs cada vez mais afastadas dos centros de consumo).

• Necessidade de frear o aumento do preço da eletricidade: eficientização do uso da energia; incentivo à GD; aumento da participação da biomassa da cana e de outras fontes renováveis.

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SUGESTÕES E CONCLUSÕES

• Aumento do consumo de gás assim que se solidifique a redução da dependência externa e que haja tarifações adequadas entre os energéticos.

• Re-estruturação do uso dos combustíveis fósseis: novos tipos de veículos e novos combustiveis.

• Incentivo às fontes renováveis: alcool, bio-diesel e outros.

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SUGESTÕES E CONCLUSÕES

• Geração de uma política energética e de outra para o gás.

• Revisão regulatória para a GD.• Criação de um mercado de excedentes

elétricos.• Retomada de programas de conservação de

energia, inclusive incentivo à criação de um mercado para as ESCOs.

• Separar a ação de comercializadora exercida pelas distribuidoras