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Cartilha Pedagógica Enfrentamento à Violência Contra a Mulher Para estudantes

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Cartilha Pedagógica

Enfrentamento à Violência Contra a Mulher

Para estudantes

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Governador do Estado da Paraíba

Ricardo Vieira Coutinho

Vice-Governadora do Estado da Paraíba

Lígia Feliciano

Secretário de Estado da Educação

Aléssio Trindade de Barros

Secretária Executiva de Gestão Pedagógica

Roziane Marinho Ribeiro

Secretário Executivo de Adm. de Suprimentos e Logística

José Arthur Viana Teixeira

Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana

Gilberta Santos Soares

Gerente Executiva de Diversidade e Inclusão

Maria Botelho Lima

Designer Gráfico Verônica de Souza Fragoso

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Caro(a) EstudanteEsta cartilha tem como objetivo auxiliar alunas e alunos do ensino médio a lidar com situações de violência contra a mulher.

Muitas são as situações que ocorrem dentro e fora de sala de aula, onde nem sempre conseguimos visualizar a violência contra a mulher. O que é violência contra as mulheres? Como identificar? O que fazer quando você sofre ou presencia este tipo de violência?

Esses são alguns questionamentos que tentaremos trabalhar a partir dessa cartilha. Aqui você encontrará informações importantes sobre as diversas formas de violência contra a mulher, onde procurar apoio, como se faz uma denúncia e tudo que pode ser feito para procurar ajuda caso esteja vivenciando este tipo de violência.

Na parte final forneceremos endereços úteis para denúncia dos agressores e atendimento às mulheres em situação de violência.

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08 de MARÇO

Dia da MulherA Secretaria de Estado da Educação da Paraíba em parceria com a

Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana propõe às Escolas da Rede Estadual, atividades alusivas ao , ressaltando a DIA DA MULHER

temática do Enfrentamento à violência contra a mulher como embasamento principal.

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O que é violência contra as mulheres?

O que

Quando se fala em , a primeira coisa que pode vir à violência contra a mulhermente é a agressão física. Isso ocorre por razões óbvias: ela deixa marcas visíveis, dói na pele e na alma, humilha e mata. No entanto, gostaríamos de chamar atenção para o fato de que existem diversas formas de abuso da integridade da mulher e muitas são vivenciadas no cotidiano, infelizmente, como se fosse algo normal.

Violência é toda forma de violação da dignidade que causa dor física ou emocional. Muito se fala , mas é assustador o silêncio e a em agressão domésticaignorância que existem em torno do assunto de relacionamento abusivo, por exemplo. Ciúmes não é amor. Controle não é amor.

Levantar a voz e jogar um objeto na parede não são atos inofensivos para extravasar a raiva, mas um alerta vermelho. Humilhação da mulher na frente dos outros? Tudo se trata de violência.

A dominação psicológica é considerada como uma violência tão grave quanto a física, pois ela destrói a autoestima, anula a personalidade e tudo é vivido de forma invisível e solitário.

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Como identicar a violência?

Sabia que muitas pessoas são vítimas de violências e nem sequer percebem, ou identificam que estão sofrendo uma agressão, ameaça ou ofensa?

· Você já foi agredida fisicamente por algum parente, namorado(a), ficante, marido (esposa) ou pessoa desconhecida?· Você já foi xingada e humilhada por seu pai, parentes, colegas, companheiro (a) ou autoridade e isso a tornou incapaz de realizar alguma coisa?· Seu (sua) namorado (a), ficante ou marido (esposa) já a proibiu de usar alguma roupa?· Seu (sua) namorado (a), ficante ou marido (esposa) já escondeu ou queimou seus documentos, roupas, ou algum pertence seu?· Algum (a) chefe ou colega de trabalho já te assediou, dando em cima de você ou pedindo que você fizesse alguma coisa para agradá-lo (a)?· Alguma vez você foi se consultar e o médico ou enfermeiro tirou suas roupas, ou tocou o seu corpo sem necessidade?· Alguém já passou a mão em você, sem sua permissão?· Alguma vez alguém disse que você não era capaz, ou não poderia fazer algo, por ser mulher?· Algum homem ou mulher já forçou você a ter uma relação sexual?· Você já se viu obrigada a ter relação sexual mesmo quando não estava com vontade por algum homem ou mulher?· Você já foi ameaçada de apanhar, ou de morte por algum homem?· Você já foi obrigada a ficar em algum lugar, sem poder sair?

Se você respondeu SIM, em uma ou mais alternativas você já sofreu algum tipo de violência, sabe o quanto é ruim ser humilhada, constrangida, agredida e abusada, às vezes carrega-se a marca (física ou psicológica) de uma violência para a vida toda. Infelizmente, a maioria das mulheres já sofreu ou sofre algum tipo de violência, seja no ambiente doméstico ou social. Saiba que você não deve se calar frente a qualquer violência que sofrer ou ver alguma mulher sofrendo. Fique atenta, você pode não ter sofrido nenhuma violência, mas certamente conhece alguma mulher que já sofreu ou sofre com isso. Não deixe que uma situação de violência passe despercebida, denuncie!

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O que fazer quando você sofre ou presencia este tipo de violência?

Se você é vítima– Ligue 180: A Central de Atendimento à Mulher funciona 24 horas por dia, recebendo ligações de qualquer lugar do país, para fornecer informações e encaminhar denúncias aos órgãos competentes. A ligação é gratuita de telefone fixo ou celular.– Procure ajuda: Converse com familiares, amigas, vizinhos e procure as instituições de apoio mais próximas de sua residência, hoje na Paraíba temos diversos equipamentos que atendem e enfrentam a violência doméstica e familiar contra a mulher. Dispomos de Centros de Referência da Mulher, Delegacias da Mulher, Casas Abrigo para mulheres em risco iminente de morte, CREAS, CRAS, Secretarias de Políticas Públicas para Mulheres, Promotoria da Mulher, Juizados especiais de violência doméstica e familiar contra a mulher, hospitais de referência para atendimento à mulher vítima de violência sexual, entre outros. Nos casos de crianças e adolescentes ainda podemos acrescentar os conselhos tutelares, as delegacias da infância e juventude, as varas da infância e juventude, hospitais de referência no atendimento à criança e adolescente vítima de violência sexual, entre outros.

Nenhuma mulher em situação de violência deve sentir-se responsável ou culpada pelas agressões sofridas. É importante pedir socorro para que a violência não se torne mais grave. E não esqueça que outras mulheres já foram vítimas da mesma situação, e também podem ajudar você a superar esta realidade.

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Se houver lesões, é importante realizar o exame de corpo de delito. Em caso de violência sexual, você tem direito à assistência integrada na rede de saúde pública, acesso a tratamento contraceptivo de emergência para evitar gravidez indesejada e medicação preventiva contra doenças sexualmente transmissíveis, inclusive a Aids.

– Denuncie: O registro da ocorrência é um dos seus principais instrumentos de defesa, inclusive para que não se repitam as agressões contra você e seus familiares. Procure uma Delegacia da Mulher ou, se não houver uma em sua cidade, vá à Delegacia de Polícia mais próxima. Nenhuma autoridade policial pode se recusar a registrar o Boletim de Ocorrência. doméstica ou se sua família passa por este fenômeno?

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Na própria Delegacia você pode solicitar medidas protetivas de urgência (como o afastamento do agressor de casa e manutenção de distância

física, suspensão de porte de arma, etc).

– Conheça seus principais direitos: A Lei Maria da Penha determina o Estado tem que assegurar à

mulher em situação de violência o acompanhamento de defensor público em todos os atos processuais, caso seja do interesse ou

necessidade da vítima.

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Endereços úteis para denúncia dos agressores e atendimento às mulheres vítimas de violência:

Centro de referência da mulher, Promotoria da Mulher, Defensoria Pública, CREAS, hospitais e maternidades públicas, unidades de saúde da família, grupos de mulheres, associações e ONGs feministas. Maiores informações: (83) 3342-9129

Centro Estadual de Referência da Mulher Fátima LopesRua Pedro I, nº 558, Bairro São José. Campina Grande – PB- Telefone: (83) 3342-9129

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de João Pessoa – Zona NorteAvenida Dom Pedro II, n°. 853, Centro – CEP: 58.013-420- Telefones: (83) 3218-5316 / 3218-5317

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de João Pessoa – Zona Sul(Central de Polícia Civil da Paraíba)- Rua Manoel Rufino da Silva, nº 800, Ernesto Geisel- Telefone: (83) 3218-5262

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Cabedelo- Av. Pastor José Alves de Oliveira, n° 357, Monte Castelo – CEP:58.101-082 - Telefone: (83) 3228-6349

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Bayeux- Rua Pedro Ulisses, n° 211, Centro – CEP: 53.306-210- Telefone: (83) 3232-3339

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Santa Rita- Rua Maura Dias Ramos, s/nº, Jardim Miritânia – CEP: 58.300-970- Telefone: (83) 3229-8738

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Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Campina Grande - Rua Raimundo Nonato de Araújo, s/nº, Catolé – CEP: 58.410-163- Telefones: (83) 3310-9343 / 3310-9310

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Guarabira- Rua Travessa Ledônio Rodrigues de Bulhões, s/n, Bairro do Cordeiro – CEP: 58.200-000- Telefone: (83) 3271-2986

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Sousa-Rua Sandy Fernandes de Aragão, 84-B, Areia – CEP: 58.801-570- Telefone: (83) 3522-6627

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Patos- Rua: Elias Asfora, n° 803, Jardim Guanabara – CEP: 58.701-300- Telefone: (83) 3423-2237.

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Cajazeiras- Rua Romualdo Rolim, n° 636, Centro – CEP: 58.900-000- Telefones: (83) 3531-4481 / 3531-7022

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Picuí- Rua Coronel Manoel Lucas, nº 102, Centro. Telefone: (83) 3371-2324

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Monteiro - Rua Maria da Salete de Almeida Nunes, nº 67, Centro.

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