11
E xiste um único ponto de vital importância: é a forte vontade de crescer e expandir custe o que custar. Esta atitude é fundamental. O pior pensamento a seu próprio respeito é: “Não tenho capacida- de”. Pense assim: “Eu também sou um ser humano; se aquela pessoa é capaz, eu também o serei”. Aquele que nunca desiste, com uma forte determinação para reali- zar o seu trabalho, mesmo come- tendo falhas ou sendo ridiculariza- do, certamente crescerá bastante. Eu próprio trabalho com essa atitu- de. Portanto, quem desiste após o primeiro fracasso não serve, de fac- to, para o trabalho. Há, um provérbio que diz: “A re- signação é importante”. Em algu- mas circunstâncias isso é verdadei- ro mas, neste caso, a não resigna- ção é fundamental. Em resumo, de- vemos desistir quando a causa não for boa e, pelo contrário, ter força de vontade para as boas causas. 1950 IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL BOLETIM INFORMATIVO SETEMBRO 2016 39 Shin Verdade Zen Bem Bi Belo Atitude mental “A Verdade é o Caminho, o Bem é a Ação e o Belo é o Sentimento” Meishu-Sama ENSINAMENTO DE MEISHU-SAMA

ENSINAMENTO DE MEIShU-SAMA Atitude mental · sistência aos Núcleos de Johrei de Madrid e Barcelona. A sua esposa, Prof. Luciana Gonçalves Fonseca Alambert, passará a ser a nova

Embed Size (px)

Citation preview

Existe um único ponto de vital importância: é a forte vontade

de crescer e expandir custe o que custar. Esta atitude é fundamental.

O pior pensamento a seu próprio respeito é: “Não tenho capacida-de”. Pense assim: “Eu também sou um ser humano; se aquela pessoa é capaz, eu também o serei”.

Aquele que nunca desiste, com uma forte determinação para reali-zar o seu trabalho, mesmo come-tendo falhas ou sendo ridiculariza-do,  certamente crescerá bastante.

Eu próprio trabalho com essa atitu-de. Portanto, quem desiste após o primeiro fracasso não serve, de fac-to, para o trabalho.

Há, um provérbio que diz: “A re-signação é importante”. Em algu-mas circunstâncias isso é verdadei-ro mas, neste caso, a não resigna-ção é fundamental. Em resumo, de-vemos desistir quando a causa não for boa e, pelo contrário, ter força de vontade para as boas causas.

1950

IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGALBoletim informativo

setemBro 2016 nº 39

ShinVerdade

ZenBem

BiBelo

Atitude mental

“A Verdade é o Caminho, o Bem é a Ação e o Belo é o Sentimento”Meishu-Sama

ENSINAMENTO DE MEIShU-SAMA

Chamo-me Lopo José Vaz Vieira de Araújo Rego, tenho 27 anos e dedi-

co no Johrei Center de Vila Real.Sou membro há 13 anos, nasci numa

família messiânica na qual o meu pai é ministro e a minha avó, mãe e irmã são membros.

No ano de 2015, fui submetido a uma cirurgia cardíaca para encerramento de um defeito no septo interauricular. Dada a complexidade da intervenção cirúrgica e da própria recuperação, durante todo o processo comecei a refletir sobre o meu propósito no mundo e qual seria a minha verdadeira missão com Meishu-Sama, agradecendo as pequeninas coisas que ia conquistando na recuperação.

A recuperação, acompanhada de Jo-hrei, foi rápida e em 4 semanas voltei à vida normal. Embora sendo jovem, em comparação com outros doentes opera-dos no mesmo dia, a diferença foi notó-ria.

Criei o sonen de peregrinar ao Solo Sagrado do Brasil, ingressando na cara-vana de 2015, com o objetivo de confir-mar no meu interior a minha fé em Deus e no Messias Meishu-Sama e agradecer toda a aprendizagem associada à cirur-gia.

De forma a ter as condições econó-micas para realizar a viagem, decidi de-sapegar de um carro que tanto gostava.

Na sua maioria, as opiniões de amigos e familiares iam contra a minha vontade, dizendo inclusive que estava maluco em vender um carro tão bonito.. mas firmei esse desejo de peregrinar e assim foi.

Durante a peregrinação, fiquei surpre-endido com a expansão da Obra Divina no Brasil. Refleti sobre a sua grandiosida-de, e pensei: “Se eles conseguiram este desenvolvimento, nós também podemos consegui-lo no nosso país”.

Assim, assumi o compromisso de de-dicar na Expansão da Obra Divina.

Após chegar do Brasil, empenhei-me com mais seriedade nas várias dedica-ções no dia do Culto Mensal na Sede Central.

Recebi a graça de ingressar numa formação profissional financiada no valor estimado de 5000,00€, sendo um dos 15 numa seleção de 600 candidatos. Esta formação foi extremamente importante pois logo após o seu término, consegui imediatamente trabalho em 3 dias.

Criei o Sonen de peregrinar no ano de 2016 aos Solos Sagrados do Japão e Tailândia, com o objetivo de confirmar na origem toda a minha busca na fé messi-ânica.

Tive essa permissão, ingressando na última vaga disponível, após vender ou-tro automóvel que entretanto tinha com-prado, ia desapegando assim de todos os bens materiais que tinha em minha posse, com o objetivo de financiar a pe-regrinação que integrava a minha busca espiritual.

Nos Solos Sagrados do Japão tive a permissão de confirmar e reforçar o com-promisso criado no Brasil, de me dedicar integralmente na expansão e difusão da Obra Divina em Portugal e na Europa.

Confirmei no meu interior a vontade de Servir a Meishu-Sama com o Sonen de fazer o máximo de pessoas felizes, apre-sentando as três Colunas da Salvação e encaminhando-as para que elas possam

‘‘Nos Solos Sagrados do Japão, tive a permissão de reforçar o compromisso criado no Brasil, de me dedicar integralmente na expansão da Obra Divina em Portugal e na Europa!”

2 3

IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

www.messianica.pt www.messianica.pt

experiência de fÉ

ser salvas com os seus Antepassados.Comuniquei o meu desejo ao Presi-

dente da Igreja Messiânica Mundial de Portugal, após o Culto aos Antepassa-dos no Solo Sagrado de Atami, que ficou muito feliz e emocionado.

Posteriormente, fui entrevistado e aprovado como candidato a Seminarista pela Direção da Igreja.

Embora tenha nascido numa famí-lia messiânica, tendo o pai como minis-tro, tenha ouvido imensas sugestões de membros e amigos para seguir este ca-minho, só após confirmação pessoal e sem qualquer influência externa é que decidi avançar.

Após chegar a Portugal, ofereci às pessoas próximas dois tipos de presen-tes: um presente espiritual, Johrei, e um outro material, uma pequena lembrança.

Ministrei Johrei pela 1ª vez em 3 ami-gos, dois deles no Núcleo de Vila Real, e

o terceiro, em pleno café numa esplana-da com imensa gente, quebrando assim muitas barreiras.

Agradeço a Deus e ao Messias Meishu-Sama a confirmação que obtive com as duas peregrinações, a permissão de praticar o altruísmo no sentido de não perder nenhuma oportunidade de mi-nistrar Johrei e fazer as pessoas felizes, e por ter sido aceite como candidato a seminarista, concretizando assim o meu sincero desejo de servir integralmente à Obra Divina.

Para agradecer todas as graças e permissões recebidas, materializei a mi-nha gratidão com um Donativo Especial, agradecendo, com os meus familiares e Antepassados.

Agradeço de coração a todas as pes-soas que direta ou indiretamente partici-param deste meu percurso evolutivo.

Muito obrigado a todos!

MORADAS E CONTACTOS DA IMMPCategoria Unidade Morada Código Postal Telefone Responsável EmailPresidente

Sede CentralRua António Granjo, nº105/107 - Bonfim

4300-029 Porto 225 092 143 Min. Carlos Eduardo Luciow [email protected]

Secretaria Min. Jorge Manuel Azevedo [email protected].: 225 092 143 - De 2ª feira a 6ª feira das 10h às 19h - Sábado das 14 às 18h

Johrei Center Porto Rua António Granjo, nº105/107 - Bonfim

4300-029 Porto 916 124 188 Min. António Carlos Pessoa [email protected]úcleo V.N. de Gaia 935 602 181 Min. Rosa Duarte [email protected]

Telf.: 225 092 143 - De 2ª feira a 6ª feira das 10h às 19h - Sábado das 14 às 18hJohrei Center Lisboa Rua António Albino Machado, 15A

Quinta dos Barros

(Também reuniões nos respectivos locais)

1600-831 Lisboa

912 201 420 Min. Luciano Vita da Silva [email protected]úcleo Amadora e Sintra 912 545 269 Min. Octávio Fonseca [email protected]

Núcleo Margem Sul 912 269 525 Min. Filipa Pimenta [email protected] 807 455 Srta. Elisabete FerraresiNúcleo Oeiras e Cascais 912 269 525 Min. Filipa Pimenta [email protected]

Telf.: 213 156 576 - De 2ª feira a 6ª feira das 10h às 19h - Sábado das 14 às 19h

Núcleo Ribatejo (Reuniões nas casas dos membros) 912 201 420 Min. Luciano Vita da Silva [email protected] 205 353 Min. João Lima

Núcleo Algarve931 320 563 Min. Jorge Manuel Azevedo

[email protected]ão (Reuniões nas casas dos membros) 913 340 970 Sra. Karla CaiadoPortimão (Reuniões nas casas dos membros) 965 224 317 Sra. Zenaide Lyra

Johrei Center Coimbra Rua do Brasil, 222 D, R/c Esq. 3030-775 Coimbra 239 482 637 Min. Fernando Chagas Alambert [email protected] 310 898De 2ª feira a 6ª feira das 10h às 19h - Sábado das 12 às 19h

Núcleo Vila Real Rua Miguel Torga, 42 - 2º Dto, Frente 5000-524 Vila Real 912 201 419 Min. José Araújo Rego [email protected]ª feira das 16h às 19h

Núcleo AmaranteRua de Freitas - Edif. do Salto 3 Bloco 5 - 3º Esq. - São Gonçalo

4600-081 Amarante912 201 419 Min. José Araújo Rego

[email protected] 286 843 Sra. Mª. Leonor Mesquita5ª feira das 16h às 20h

Núcleo Lixa Largo do Terreiro - Edif. Mesquita, 72 4615-688 Lixa 912 201 419 Min. José Araújo Rego [email protected] 224 981 Sra. Paula Leite3ª feira das 16h às 20h

Núcleo Oliveira do Bairro Rua Cândido dos Reis, 86 - 2º Esq. - T23770-209

Oliveira do Bairro912 201 419 Min. José Araújo Rego

[email protected] 136 936 Sra. Mª. de Jesus Afonso

Sábado das 14h às 16h30

o novo responsável pelos jovens de Por-tugal, desenvolvendo em cada unidade religiosa, lideranças e atividades com os jovens. Peço a todos os Ministros e mem-bros para apoiá-lo, de modo a desenvol-vermos essa importante dedicação, por-que os jovens são o futuro! Desejo ao ca-sal sucesso na nova missão! (Palmas)

A propósito de jovem, o Min. Jorge Azevedo… (Risos) Estão rindo? Ele é jovem, só que há mais tempo... (Risos) Ele que es-tava em Coimbra foi transferido para a Sede Central, para ser o responsável da administração e também vai dedicar como responsável de difusão no Algarve. Boa missão ao Min. Jorge também! (Palmas)

No dia 1 de Outubro, das 11 às 19 ho-ras, realizaremos na Sede Central, um Se-minário Nacional para Missionários, com o objetivo de nos prepararmos para o im-portante Culto Especial pela Salvação dos Antepassados, que será realizado no dia 1 de Novembro. Peço a todos os interes-sados, que falem com os seus Ministros, pois o número de vagas é limitado e só os primeiros a se inscrever, terão essa opor-tunidade! Desde já posso assegurar aos senhores, que vai ser muito bom, como os anos anteriores! E dia 2, no dia seguinte, será o Culto Mensal de Gratidão do mês de Outubro. Assim, teremos um mês intei-ro para nos prepararmos para o Culto Es-pecial pela Salvação dos Antepassados.

Já há muito tempo tínhamos observa-do que nos Johrei Centers perto da Sede

4 www.messianica.pt www.messianica.pt 5

IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

as cenas de destruição, cidades inteiras foram devastadas, centenas de mortes, milhares de pessoas desabrigadas e não podemos ficar indiferentes. Temos inclusi-ve membros naquela região que, graças a Deus e Meishu-Sama, não sofreram, nem danos físicos e muito menos nas suas propriedades. Grande proteção recebida! Recebi muitos telefonemas, muitas men-sagens, perguntado e se preocupando. Vamos continuar orando pelas vítimas e seus familiares que ainda estão a passar por momentos muito difíceis, de muita dor, insegurança e medo porque os tremores continuam. Inclusive, estão à espera de outros terramotos ainda mais fortes. En-fim, é um momento de grande purificação para muitas famílias que estão a passar por esta grande provação que, como nós não passámos, não conseguimos nem imaginar. Vamos orar, pedindo a Deus e Meishu-Sama força, Luz e coragem para eles enfrentarem esses terríveis momen-tos. (Palmas)

Gostaria de comunicar que o Min. Fer-nando Chagas Alambert foi transferido de Espanha para Portugal e passará a ser o novo responsável do Johrei Center de Coimbra. Mas, uma vez por mês, ele vai continuar viajando a Espanha para dar as-sistência aos Núcleos de Johrei de Madrid e Barcelona. A sua esposa, Prof. Luciana Gonçalves Fonseca Alambert, passará a ser a nova responsável do Sanguetsu em Coimbra. O Min. Fernando também será

Ofertório de gratidão pelo representante dos participantes, Sr. Hernâni Serafim Alves Parente

Min. Fernando Chagas Alambert e sua esposa, a Prof. Luciana Gonçalves Fonseca Alambert

Min. Jorge Manuel de Carvalho Azevedo

Bom dia a todos! Os senhores estão a passar bem?

(Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama!) Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sa-ma!

Antes de mais nada, quero agrade-cer do fundo do meu coração, em nome do Supremo Deus e do Messias Meishu-Sama, pela vossa sincera dedicação, que nos permite expandir a Obra Divina aqui em Portugal. Muito obrigado! (Palmas)

Depois de dois meses de ausência, já estava com saudades de todos os senho-res! (Palmas)

Gostaria de saber quem está a vir pela primeira vez, pode levantar a mão? Seja muito bem-vinda à casa de Meishu-Sama! (Palmas)

Estamos também a receber membros de outras cidades como: Lisboa, Amado-ra, Margem Sul, Oeiras, Coimbra, Aveiro, Vila Real, Lixa, Amarante e naturalmente

CULTO MENSAL DE AGRADECIMENTO - SETEMBRO / 2016

PALESTRA DO PRESIDENTE DA IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGALMINISTRO CARLOS EDUARDO LUCIOw

Porto e Gaia. Sejam todos bem-vindos! (Palmas)

Quero também aproveitar a oportuni-dade para agradecer o interesse e as ora-ções de todos por ocasião do terramoto, no final do mês passado, em Itália. Todas as pessoas ficaram muito chocadas com

Sama, que é o nascer de novo como filhos de Deus, para o maior número de pessoas.

Desejo, novamente, minhas sinceras felicitações a todos pelo dia de hoje, an-sioso pela chegada do dia em que podere-mos nos encontrar pessoalmente.

Rev. Keizo Miura Diretor do Departamento Internacional(Palmas)

Através do Departamento Internacio-nal, eu soube que o nosso Líder Espiritual Kyoshu-Sama, teve conhecimento desta cerimónia de hoje e ficou muito feliz, se congratulando com todos os messiâni-cos de Portugal! (Palmas) E pediu para co-municar a todos os senhores, que estaria no Solo Sagrado neste dia, neste horário, com o Sonen em sintonia conosco! (Palmas)

Como é do conhecimento de todos, recentemente realizámos uma belíssima caravana aos Solos Sagrados do Japão e da Tailândia, com a participação de 40 ca-ravanistas de cinco diferentes países. Foi uma experiência maravilhosa, onde todos sentiram profundamente o amor de Deus e Meishu-Sama impregnado nos Solos Sa-grados e ganharam uma força muito gran-de.

Estou a olhar para alguns desses

6 7

IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

www.messianica.pt www.messianica.pt

cionado a Deus”. Oro para que esta en-tronização, que ocorre em um momento oportuno para todos nós evoluirmos pelo caminho que nos leva a “nascer de novo como filhos de Deus”, seja essencial na comprovação desta essência dos Ensina-mentos de Meishu-Sama.

Espero que todos continuem dedi-cando com gratidão por estarmos sendo criados e doutrinados por Deus e Meishu-Sama e, alicerçados nas orientações do Presidente Carlos Eduardo Luciow, sigam em frente com o fervoroso desejo de que-rer “nascer de novo”.

Além de agradecer a Deus e Meishu-Sama pela dedicação e empenho que to-dos os messiânicos de Portugal tiveram até hoje, desejo de todo meu coração que a Entronização desta nova Imagem no dia de hoje se torne um marco para expansão ainda maior da Luz de Meishu-Sama por todos os países da Europa, por meio de uma fé totalmente nova.

Hoje existem cerca de 2 milhões de messiânicos em 96 países. Como mem-bros desta “família messiânica de Meishu-Sama”, espero que todos continuem sen-do úteis a Ele e, orando mutuamente com o mesmo Sonen, cada um de nós possa levar o Evangelho da Salvação de Meishu-

Central (que anteriormente era Lisboa, Amadora e Sintra, Oeiras-Cascais e Mar-gem Sul) o Culto Mensal dessas unidades ficava penalizado, porque a grande maio-ria dos membros, naturalmente, preferia vir ao Culto da Sede. No domingo seguinte, havia o Culto da Unidade Religiosa e a fre-quência era baixa porque a grande maio-ria dos membros já tinha vindo à Sede, já tinha feito a sua gratidão, já tinha ouvido a palestra e, uma semana depois, acabavam por não vir a fazer a mesma coisa no Johrei Center. Assim decidimos, com a autoriza-ção do Solo Sagrado, a partir deste mês, em Porto e Gaia, não realizarmos mais o Culto Mensal no fim-de-semana seguinte e aproveitarmos, duma forma mais produ-tiva e prazerosa para os membros, realizar outras actividades como: limpeza espiritu-al, visitas na casa dos membros, Reuniões do Lar, difusão de porta em porta, exposi-ções de Ikebana, etc. No caso dos outros Johrei Centers, excluindo Porto e Gaia, o Culto Mensal continua normalmente no segundo fim-de-semana do mês, porque a grande maioria dos membros não virá à Sede.

Hoje, como os senhores sabem, é um dia muito especial para todos nós, pois es-tamos consagrando o novo Altar da Sede

Central de Portugal, recebendo a nova Imagem da Luz Divina que foi consagra-da no Altar do Solo Sagrado de Atami, es-pecialmente outorgada para a nova Sede Central de Portugal! (Palmas)

Para esta ocasião, recebemos uma carta do Diretor do Departamento Interna-cional, Reverendo Keizo Miura e pedirei a permissão dos senhores para lê-la:

Atami, 4 de Setembro de 2016Em primeiro lugar, quero parabenizar a

todos pela Entronização da nova Imagem na Sede Central de Portugal.

No mês passado, durante sua peregri-nação ao Solo Sagrado de Atami, o Presi-dente Carlos Eduardo Luciow me relatou o empenho diário de todos os senhores em prol da expansão da Obra Divina. Fiquei muito feliz e agradeci a Deus, Meishu-Sa-ma e todos os antepassados pelo maravi-lhoso empenho de todos os senhores.

Acredito que a Entronização desta nova Imagem representa o início de uma nova etapa da difusão em Portugal. No Culto às Almas dos Antepassados, que aconteceu no último dia 1 de Agosto, Kyoshu-Sama encerrou suas palavras dizendo: “Vamos despertar para um tipo completamente novo de fé, na qual todo louvor é dire-

8 9

IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

www.messianica.pt www.messianica.pt

caravanistas, aqui presentes, e vejo que realmente estão com uma fisionomia mais relaxada, estão mais bonitos! Dá a impres-são que fizeram um “lifting” espiritual. (Ri-sos) Aconselho a todas as senhoras que desejam ficar mais bonitas, peregrinarem ao Solo Sagrado! (Risos) Porque renovando o espírito renova a matéria, não é verda-de? (Sim)

Todos tiveram muitas experiências, ga-nharam muita força, voltaram muito anima-dos mas, entre eles, um de modo especial, tomou uma importantíssima decisão na sua vida. Decisão esta que nos enche de felicidade e alegria. Peço ao jovem Lopo que, por favor, leia a sua experiência de fé.

(Leitura da experiência de fé)Como nos ensinou Nidai-Sama, pe-

regrinar ao Solo Sagrado é receber uma missão maior para salvar a Humanidade. Acho muito interessante que, justamente nesta nova fase que estamos a viver, de-pois de 6 anos, um outro jovem português decidiu entregar a vida a Meishu-Sama; seguindo os passos do nosso querido Se-minarista Ricardo Azevedo que, a propó-sito, aproveito para dar uma boa notícia, passou na prova de 1º nível de japonês (nível máximo). (Palmas) Realmente é um orgulho para nós e, por favor, continuem rezando por ele.

Na sua maravilhosa experiência de fé, que acabamos de ouvir, acho que tem al-guns pontos muito importantes, que gos-taria de refletir com os senhores:

O 1º ponto foi que, na sua purificação, na delicada operação ao coração, come-çou a pensar na verdadeira razão da sua existência sobre a Terra. Este facto de-monstra a Verdade contida no Ensinamen-to de Meishu-Sama: “A purificação é o amor de Deus”. Sentir o amor de Deus nas coisas alegres, prazerosas, felizes, boas e agradáveis, todo o mundo é ca-paz, ou não? (Sim) Mas quando encontra-mos qualquer tipo de doença, miséria ou conflito, é muito difícil aceitar este tipo de amor de Deus. Pensamos que é castigo, pensamos mil coisas, mas não que es-tamos sendo amados por Deus naquele

momento. Depois, quando a pessoa, gra-ças àquele sofrimento, pensa coisas que não pensava, muda sentimentos que não mudava, reflete sobre situações que não refletia e toma decisões que não tomava, aí constata que foi um “mal que veio para bem” e que Deus utiliza o bem e o mal, como Ele utiliza o sol e a lua, o calor e o frio, o masculino e o feminino, ou seja, uti-liza todas as coisas para a nossa evolução!

O 2º ponto foi que ele, em cada fase da sua busca e do seu desenvolvimento, foi conseguindo ter alguma forma de de-sapego, que no caso foi do carro bonito. A gente sabe que para um jovem, um carro bonito é “status”, não é? (Sim) Sair de noi-te, com as meninas, qual jovem não quer um carro bonito para ir se divertir, namo-rar? (Risos) Todo o mundo quer, não é? (Sim) Os amigos diziam: “Estás a ficar maluco!” Mas ele não deu ouvidos as críticas de ninguém, vendeu o carro bonito e foi para o Solo Sagrado do Brasil! Admiro a sua busca em quer crescer, quer evoluir e ter a coragem de desapegar. Muitas vezes a gente quer crescer, quer evoluir, mas não quer desapegar de nada. No caso dele foi o desapego do carro, mas eu não falo só de desapego de bens materiais, falo também dos desapegos dos nossos modos erra-dos de ser, dos modos intransigentes de

viver a vida, por vezes opiniões inflexíveis sobre os outros ou sobre situações; ape-go às posições; apego aos sofrimentos do passado, situações tristes que viveu e que não consegue desapegar, está sempre se torturando pensando naquele sofrimento que teve; apego à preocupação com o fu-turo. São várias formas de apego, não é só apego aos bens materiais, é apego a tudo aquilo que não nos deixa crescer. Ou seja, para crescermos, temos que desapegar do que atrapalha e impede o nosso cres-cimento!

Parece que o Min. Araújo, seguindo o exemplo do filho, vai também desapegar do carro, verdade? (Risos) Diz o Min. Jor-ge, que é muito amigo dele, que ele está

pensando em desapegar até da casa; quer superar o filho no desapego! (Risos)

Os senhores estão rindo mas realmen-te muitos o fizeram! Por exemplo, o pai do nosso amado Reverendíssimo Tetsuo Wa-tanabe, o Reverendíssimo Katsuiti Wata-nabe, que foi diretamente ligado a Meishu-Sama, e aluno do Reverendíssimo Shibui Sosai, não uma, mas 5 vezes ele vendeu a sua casa, para servir a Meishu-Sama e 5 vezes ele foi para a praça pública com a mulher e os filhos, sabiam disso? (Não) 5 vezes, não só 1 vez! Quando ele ouvia Meishu-Sama dizer que queria comprar uma obra de arte, que queria comprar um terreno, que queria construir o Solo Sa-grado, uma Igreja, etc., ele, na hora, dizia para a esposa: “Vamos vender a casa e oferecer para Meishu-Sama!” e ela apoia-va totalmente a sua decisão. Vendiam a casa, punham o dinheiro numa mochila e levavam para Meishu-Sama dizendo: “Por favor, utilize como o senhor desejar.”

Cada vez que eles fazia isso, milhares de membros de Nagoia, que tinham sido salvos pelo Johrei, orientados e formados por ele, se reuniam e diziam: “O Reveren-díssimo e a família não podem ficar a dor-mir na praça, vamos comprar outra casa para eles.” E assim, eles ganhavam outra casa. Dali a pouco, eles vendiam de novo Experiência de Fé de Lopo José Vaz Vieira de Araújo Rego

10 11

IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

www.messianica.pt www.messianica.pt

a casa e ofereciam para Meishu-Sama. Os membros, novamente, se reuniam e com-pravam outra casa para eles, até que um dia, compraram uma casa que era Patri-mónio Histórico Cultural do Japão, muito importante e não podia ser vendida! (Risos) O Reverendíssimo pode praticar todo este desapego porque teve o apoio incondicio-nal da esposa.

Uma vez, o Revmo. Tetsuo Watanabe nos contou que a sua mãe passou mal no parto do seu irmãozinho e veio inespera-damente a falecer. Naquela época, no Ja-pão, os meios de comunicação não eram como hoje e Meishu-Sama só veio a rece-ber o telegrama de comunicação da sua morte, muitas horas depois, quando ela já estava a ser velada. Quando Meishu-Sama recebeu o telegrama disse: “A mulher do Katsuiti Watanabe não pode morrer, ain-da preciso dela. Permito que viva!” Neste preciso momento, para o espanto e alegria de todos que participavam do velório, ela ressuscitou e viveu ainda por muitos anos, servindo a Meishu-Sama. Naquela oca-sião, ao nos contar esta passagem da sua vida, o Revmo. Tetsuo Watanabe chorou de emoção e ainda hoje me emociono ao lembrar dele chorando de alegria e grati-dão por Meishu-Sama ter ressuscitado a sua mãe.

O que estou a querer dizer é que a evolu-ção espiritual se dá paralelamente aos nos-sos desapegos, seja de bens materiais, seja do modo egoísta de viver. Essa é a primeira coisa! Abrir mão do seu tempo, desapegar do seu comodismo, da sua preguiça, para ir dar assistência a alguém que precise. Desa-pegar do seu comodismo; acabar o serviço e ao invés de correr direto para casa para descansar, ir fazer visita a uma pessoa que está doente. Desapegar daquilo que consi-deramos impossível: “Disso não abro mão!” Aí é que está o cerne da questão. Daquilo que é fácil desapegar, não tem crescimento. O crescimento está alí onde você diz: “Não, isso não, se tocar aqui tem perigo!”

Parabém Lopo, por ter conseguido ven-cer os primeiros apegos, mas tenha certe-za que vai surgir a necessidade de muitos outros desapegos, daqui em diante; quando quiseres crescer, vais ver que vai aparecer uma situação que terás que desapegar. Pa-rabéns até agora! (Palmas)

O 3º ponto foi quando ele chegou ao Brasil e viu aquela grandiosidade, aquela maravilha do Solo Sagrado de Guarapiran-ga, da Fundação Mokiti Okada, da Korin, etc. todas aquelas atividades, e pensou: “Se os brasileiros conseguem porque é que nós portugueses não vamos conseguir? Somos mais inteligentes que eles... (Risos) somos

europeus, temos uma história mais antiga... (Risos) Se eles conseguiram, porque é que nós também não vamos conseguir? Nós não somos inferiores em nada…. Eles têm 2 olhos, nós também; eles têm uma boca, nós também; eles têm 2 pernas, nós tam-bém; não são “super-homens”, são homens normais de carne e osso como nós! Mas de certeza que fizeram muitos esforços e mui-tos sacrifícios para chegar lá, então porque nós também não fazemos?!”

Assim, ele voltou decidido a se empe-nhar e começou a dedicar mais; mas ainda estava limitado porque não conseguia trans-mitir Johrei para os amigos, não conseguia assumir publicamente a sua fé, ou com uns sim, outros não, até que ele foi ao Japão. Tomou a sua decisão, voltou e teve até co-ragem de num bar, na esplanada, na frente de toda a gente, levantar a mão e dar Johrei a um amigo; vários amigos receberam, con-tinuam a receber e alguns já estão até a se preparar para se tornarem membros.

Mas quem mudou? Eles? (Não) Ele! A for-te vontade de crescer, a qualquer custo, até a custo de passar vergonha de estar com a mão levantada no meio de tanta gente que não conhecia. Quem não tem vergonha? Pensam: “O que é que ele está a fazer? Está a fazer bruxaria?” Correu o risco de alguém pensar mal, mas podem pensar! Não estou

a roubar, vender droga, prostituir-me; não estou a fazer nada de ilegal, nem de imo-ral! Estou a rezar em prol da felicidade de alguém e não podemos passar vergonha por estar a rezar, não é? (Não) Ele conseguiu vencer este limite!

O 4º ponto é que ele conseguiu tomar a decisão! Isso é um ponto fundamental, por-que às vezes ficamos a jogar “ping-pong” mental sozinhos, não é? (Sim) (Risos) Com in-decisão passam os dias, a semana, o mês, o ano e a vida... Ele teve a coragem de decidir: “Vou entregar a minha vida a Deus e Meishu-Sama!”, “Vou servir integralmente a Obra Di-vina!” O que nós precisamos acima de tudo é isso: Tomar a decisão e nos comprome-termos com Deus, Meishu-Sama e com a Obra Divina, juntamente com os nossos An-tepassados. Nos falta: Compromisso! Dizer a Deus e Meishu-Sama: “Contem comigo a qualquer hora, em qualquer lugar, porque eu estou aqui para servi-Los, a qualquer custo!” Não é servir condicionado, é servir incondi-cional! Aí a salvação entra na nossa vida e se manifesta. Quando é condicionado: “Sim, mas vamos ver… talvez... quem sabe... vou pensar melhor...” Aí Meishu-Sama diz assim: “Está bem meu filho, vai pensando, que eu vou-me manifestar através de quem está determinado!” É melhor tomar a deci-são pelo amor do que ter que vir a tomar

12 www.messianica.pt www.messianica.pt 13

IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

pela dor. Mas, se os antepassados acharem que você vai ter que mudar, para a salvação de ambos, tenha a certeza que, de um jeito ou de outro, você vai ter que chegar lá, por-que a vida vai-te levar até aquele ponto, não é assim? (Sim) Toda a gente já teve muitas experiências e sabe que chega uma hora na vida que você fica “encurralado” e não tendo para onde fu-gir, tem que enfrentar; então é melhor com sabedoria, coragem e amor, tomar essa de-cisão agora.

Esta nova fase da Obra Divina em Portu-gal, não é só uma mudança física de endere-ço, prédio, Altar ou Imagem. É uma mudan-ça de espírito e Sonen! Porque, se muda o endereço, prédio, Altar e Imagem, mas não se muda o espírito e o Sonen, não mudou nada! Vamos mudar profundamente, deixan-do o passado para trás! Eliminar os apegos

do passado: “Ah, porque houve aquilo… Porque naquela época aconteceu não sei o quê... Porque não sei quem disse…” Enter-rem o passado! Se ficarmos a desenterrar os “esqueletos” do passado, vamos criar o culto do sofrimento e não vamos crescer. É

o momento certo para exorcizar os “fantas-mas” do passado e começar uma nova vida com um Sonen elevado, como se ti-véssemos sendo ou-torgados hoje, uma nova vida messiânica.

Como nos orien-tou o Diretor do De-partamento Interna-

cional, Reverendo Keizo Miura, com base nas palavras de Kyoshu-Sama: “Vamos despertar para um tipo completamente novo de fé, na qual todo louvor é direcio-nado a Deus”.

Desejo a todos um feliz mês!Muito obrigado!

No último dia 5 de setembro, a con-vite da Ex.ª Ministra da Justiça, Dra.

Francisca Van Dunem, o Presidente da Igreja Messiânica Mundial de Portugal, Min. Carlos Eduardo Luciow, participou na cerimónia de tomada de posse do novo Presidente da Comissão da Liber-dade Religiosa, Dr. José Eduardo Vera Jardim e restantes membros da Comis-são. A cerimónia decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Após a tomada de posse, realizou-se a leitura da “Declaração pelo Diálogo e Tolerância Religiosa” e em seguida 20 representan-tes de entidades religiosas, incluindo o nosso Presidente, assinaram este documento. Esta foi uma iniciativa inédita, que ganha especial relevância num con-texto em que as questões re-lacionadas com a tolerância religiosa têm marcado a nossa atualidade. O Presidente da Comissão da Liberdade Reli-giosa (CLR), Dr. José Vera Jar-dim apresentou a “tolerância” como o caminho para a “redução” de conflitos. Tolerância é, designadamente em matéria religiosa, aceitar e valorizar a pluralidade, precisou. Todos, sublinhou,

são chamados a combater as “forças que defendem o ódio e o desprezo do outro”, sobretudo no plano cultural e espiritual.

A ministra da Justiça disse que a liberdade religiosa é uma das “traves-mestras” do Estado de Direito, defendendo uma “lai-cidade inclusiva” em Portugal. A governante realçou que a li-berdade religiosa é um direito a exercer “tanto em público como em privado”, num con-texto de “laicidade inclusiva”. Falou ainda da “tolerância” en-

quanto reconhecimento da diversidade e respeito pelo outro. O diálogo religioso genuíno exige o respeito das identida-des”, acrescentou Van Dunem.

TOMADA DE POSSE DA COMISSÃO DA LIBERDADE RELIGIOSA E ASSINATURA DA DECLARAÇÃO PELA PAZ E PELO DIÁLOGO

POR 20 CONFISSÕES RELIGIOSAS

14 15

IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

www.messianica.pt www.messianica.pt

A FORMAÇÃO DO PARAÍSO NO LAR

Nesta segunda parte da orientação, o Revmo. Tetsuo Watanabe fala sobre a influência que a tecnologia exerce sobre a infância e a pré-adolescência, e destaca a última

mensagem que Baden-Powell, o fundador do Escotismo, deixou para os seguidores do movimento. Segundo o Reverendíssimo, ela está em absoluta concordância

com o que Meishu-Sama nos ensina.

Criando filhos que sejam amados por Deus

2ª Parte

Meishu-Sama nos ensina que: “Apren-der por aprender é estudo morto,

enquanto aprender algo para ser utiliza-do na sociedade é estudo vivo.” (Alicer-ce do Paraíso, Inadequação do Estudo). Acontece a mesma coisa com a fé. A fé pela fé é morta, enquanto a fé aplicada na vida diária é viva. Este é o verdadeiro ápi-ce da fé, especialmente para nossa Igreja,

que aspira construir o Paraíso sobre a Ter-ra.

A felicidade de cada membro da famíliaé a felicidade de nossos Antepassados

Se não conseguirmos praticar a fé dentro da família, que é o grupo social, a comunidade mais próxima de nós, o Pa-

raíso Terrestre não passará de um sonho distante. Se os membros de uma família, que são unidos por um forte elo espiritual, não se compreenderem e não se amarem, como é que conseguirão amar o próximo ou outras pessoas de línguas, costumes e culturas diferentes?

A desavença entre o casal, o rompi-mento de relações entre pais e filhos, os desentendimentos entre sogras e noras, os problemas referentes a heranças e mui-tos outros que nos são relatados, mostram que a maioria das purificações ocorrem dentro do lar e a razão disso é muito sim-ples. Acredito que elas acontecem porque tanto Deus quanto os nossos Antepassa-dos desejam a felicidade de seus descen-dentes. Nossa felicidade e a da nossa fa-mília correspondem à felicidade de nossos Antepassados e também à de Deus, que está por trás de tudo. Sendo assim, a pu-rificação no lar ocorre para que desperte-mos.

Meishu-Sama afirmou o seguinte:

“Não me  importo de cair no Inferno. Desde que antes consiga levar todas as pessoas do mundo para o Paraíso.Se, mesmo assim, eu for para o Infer-

no, não tem importância.” (Mioshie-shu, 27 de Agosto de 1953).

Eu conheço pessoas que difundiam este ensinamento como se fossem suas próprias palavras e que acabaram real-mente transformando o próprio lar em um inferno. Contudo, penso que elas estavam cometendo um erro. A expressão “levar todas as pessoas do mundo para o paraí-so”, citada por Meishu-Sama deve come-çar, em primeiro lugar, dentro da família. Não é possível que toda minha família es-teja no Paraíso e eu no inferno.

O Johrei Center é, ao mesmo tempo, o local onde relaxamos e também ondelogramos obter sabedoria. Não é o lugar aonde vamos quando queremos fugir da realidade. Ao vivificar e praticar o que aprendemos lá no nosso dia a dia, em nos-

so lar e no trabalho, ou seja, por meio da prática do amor altruísta em relação às pessoas que estão ao nosso redor, conse-guimos construir o Paraíso dentro de nós mesmos.

A AMEAçA DoS JogoS ELECtRóNICoS

Bem, acabei me demorando muito na introdução do nosso tema, mas hoje gos-taria de dar continuidade ao que estamos abordando neste nosso encontro. Ou seja, A Formação do Paraíso no Lar, em har-monia com o desenvolvimento do ser hu-mano.

No início do encontro, comecei a falar sem pensar em uma idade específica e, no final, acabei falando sobre o ambiente que circunda o bebé ainda durante a gestação e as crianças na tenra infância.

Por isso, hoje falarei sobre a infância e a pré-adolescência (de 5 a 14 anos), mas creio que, futuramente, falarei também sobre a juventude (15 a 24 anos), a idade adulta (25 a 44 anos), a meia-idade (45 a 64 anos) e a terceira idade (a partir dos 65 anos). Eu já entrei na terceira idade. Se comparo a épo-ca de minha juventude com os dias de hoje, vejo que é bem diferente. Sinceramente, o ambiente que rodeia as crianças no Japão atual não é nada adequado ao seu desen-volvimento psicológico.

Revmo. Tetsuo Watanabe

Jogos electrónicos: influência negativa não só na psique mas também no físico

16 17

IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

www.messianica.pt www.messianica.pt

Por outro lado, não é por isso que deve-mos voltar ao passado ou levar a vida como os “Amish” (comunidade religiosa que con-serva rigorosamente um estilo de vida seme-lhante ao da pré-modernidade. Suas maio-res comunidades se localizam nos estados da Pensilvânia e Ohio, nos Estados Unidos). Os pais devem, acima de tudo, tomar me-didas para criar um ambiente adequado ao desenvolvimento psicológico dos filhos. Em primeiro lugar, vamos refletir sobre qual é o problema.

Dentre as empresas que continuam lu-crando, apesar de estarmos vivendo um momento de recessão mundial, estão os grandes fabricantes de jogos electróni-cos, os “games”. Este fato nos mostra que, quando falamos de lazer para jovens, os jo-gos de computadores estão entre os primei-ros. Além deles, temos os computadores e os celulares. Aqui, o que os adultos devem considerar é a influência desses na psique e no cérebro infantil.

E os filhos de vocês? Quando saem da escola vão directo para as aulas de reforço escolar e, ao chegarem em casa, ficam no próprio quarto grudados no computador ou nos games? E mesmo quando algum ami-guinho vem brincar na casa de vocês, ficam os dois no quarto, cada um jogando seu game? Sem sombra de dúvida, o mundo re-flectido na tela dos jogos é bastante atraen-te aos olhos de uma criança. Contudo, não se pode esperar que um jogo electrónico de realidade virtual voltado para crianças, mas desenvolvido por um adulto, vá desenvolver o sentimento, a psique daquelas. Há algum tempo, um pesquisador criou a expressão “Game Brain” (“cérebro de jogo”), alertando para o risco que os games apresentavam. Entretanto, sua teoria foi rechaçada, tarjada de pseudociência por especialistas de ou-tras áreas devido à falta de provas científi-cas.

Eu não sou um neurocientista, mas acre-dito que devemos considerar seriamente o alerta feito por esse pesquisador. Está claro que, as crianças que passam muito tempo a jogar jogos de vídeo, acabam tendo pou-

co tempo para se comunicar, para estar em contacto com os pais, ou seja, há pouquís-simo tempo para o entendimento entre pais e filhos. Quando deixamos de sentir a vibra-ção ou o sentimento que vêm do próximo, nosso coração se endurece e acabamos por achar que conversar com a família é algo que dá muito trabalho, que é cansativo e complicado.

Os jogos electrónicos não influenciam negativamente somente a psique, mas tam-bém o físico. O pescoço e os ombros das crianças ficam bastante enrijecidos. Como ficam olhando fixamente para a tela, acom-panhando o movimento dos personagens dos jogos, a visão também piora e, natu-ralmente, os nervos também acabam em frangalhos. As crianças que ficam jogando até a hora de dormir não conseguem se li-vrar facilmente da tensão custam a pegar no sono e acabam dormindo menos do que de-veriam. Acredito que esse hábito lhes causa danos psicológicos, além de atrapalhar seu desenvolvimento físico. Se desejamos ver-dadeiramente que nossos filhos sejam feli-

zes no futuro, devemos, a qualquer custo, diminuir o tempo em que eles passam ab-sortos nos jogos electrónicos e propor algo que substitua essa atividade e que lhes seja também enriquecedor.

 CoNtAto CoM o DEuS quE EStá

PRESENtE NA PRóPRIA VIDA Na época em que não se tinha acesso

a quase nada, brincávamos praticamente todo o tempo fora de casa, na rua, nos jar-dins. Mesmo vivendo na cidade, ainda so-brava um pouco de natureza e quando as aulas acabavam, ficávamos brincando com os amigos na própria escola ou em algum parque próximo. Essas brincadeiras eram sempre sinônimo de atividade física, porque usávamos o corpo sem parar e ao voltarmos para casa, estávamos mortos de cansaço. O mais importante para o sentimento de uma criança é o contato com a vida em si.

Deus está presente em tudo o que tem vida. Confrontar-se fisicamente com os ami-gos, fazer as pazes, brigar, fazer as pazes de novo - esse processo ensina a base do

relacionamento humano, que é a simpatia, a cooperação e a importância de perdoar e ser perdoado. Ao subir em árvores, ao suar de tanto correr para todos os lados, ao ob-servar insetos e ao brincar com flores e plan-tas, a criança consegue aprender e sentir a vida que existe na natureza. Tais brincadei-ras aguçam a sensibilidade e quando essa mesma criança chegar à idade adulta terá estabelecido em si a base que permitirá per-ceber o sentimento do próximo e a existên-cia de Deus. Será que a causa do aumento das agressões e abusos entre crianças nas escolas hoje não estará no enfraquecimen-to da sensibilidade, que faz com que não se perceba nem mesmo a tristeza do outro?

É claro que, hoje em dia, mesmo que os pais queiram que os filhos brinquem fora de casa, já não é mais como antigamente: pas-sam carros a toda hora, ocorrem crimes ini-magináveis a cada instante, enfim, há muitos perigos. Sendo assim, os pais devem estar conscientes de que precisam estar atentos, protegendo os filhos. Se estiverem sempre muito ocupados e não puderem fazer isso, devem, pelo menos durante as férias, pro-curarem fazer algo que coloque as crianças em contato com a natureza. Caminhar ou acampar em família exige grande prepara-ção da parte dos pais, mas não só estes, mas também os filhos têm a oportunidade de conectar-se com a natureza e de relaxar, vivenciando uma grande experiência.

 A CARtA DE DESPEDIDA

DE BADEN-PowELL

Kyoshu-Sama é, atualmente, conse-lheiro da Associação de Escoteiros do Ja-pão. Eu considero o movimento escoteiro uma oportunidade da criança aprender de maneira eficaz pontos essenciais para a vida de uma pessoa enquanto participa de caminhadas, de acampamentos, de ativi-dades voluntárias e de outros eventos. Sei que a Igreja vem formando elementos ma-ravilhosos com o escotismo.

Após o falecimento de Robert Baden-Powell (1857-1941, carinhosamente cha-

A oportunidade de entrar em contato com a vida ensina silenciosamente à criança o respeito e a gratidão por ela

O importante para uma criança não é conhecero mundo invisível, mas senti-lo

18 19

IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

www.messianica.pt www.messianica.pt

mado de B-P), militar inglês, escritor e fun-dador do escotismo, foi encontrada, entre suas coisas, a “Carta de Despedida de B-P”, que dizia o seguinte:

“Escoteiros, se porventura vocês tiverem visto a peça “Peter Pan”, deverão estar lem-brados de que o capitão pirata faz antecipa-damente seu último discurso, porque rece-ava que, possivelmente, quando chegasse sua hora, não teria tempo para fazê-lo.

Acontece quase a mesma coisa comi-go e embora neste momento eu não esteja morrendo, mas creio que este dia se apro-xima, quero enviar a vocês uma palavra de despedida. Pensem que estas serão as últi-mas palavras que dirijo a vocês e, por isso, peço que as leiam e reflitam profundamente sobre elas.

Eu vivi uma vida muito feliz. Por isso, de-sejo que cada um de vocês também tenha uma vida feliz.

Acredito que Deus nos colocou neste mundo maravilhoso para que sejamos felizes e para que aproveitemos a vida. A felicidade não provém do fato de sermos ricos, nem de sermos bem-sucedidos em nossas carreiras e, tampouco, de sermos complacentes com nós mesmos. O primeiro passo rumo à fe-licidade é dado quando, ainda jovens, nós nos empenhamos em nos tornar saudáveis e fortes. Assim, quando chegarmos à idade adulta, seremos pessoas úteis ao mundo e poderemos aproveitar a vida.

O estudo da natureza mostrará que Deus criou o mundo repleto de coisas belas e ma-ravilhosas para vocês desfrutarem das mes-mas. Alegrem-se com o que receberam e fa-çam bom proveito disso. Olhem para o lado brilhante das coisas, ao invés do seu lado sombrio. Contudo, o verdadeiro caminho rumo à felicidade está em fazer outra pessoa feliz. Tentem deixar este mundo um pouco melhor do que o encontraram e, quando chegar a hora de vocês, que possam partir felizes com o sentimento de que, pelo me-nos, não desperdiçaram o tempo, mas sim, fizeram o melhor que puderam. Para viverem e morrerem felizes tenham este pensamento como guia e, sem esquecer o lema “Sem-

pre Alerta!”, sejam sempre fiéis à Promessa Escoteira e às suas regras, mesmo quando já forem adultos. Que Deus os proteja e os ajude a cumpri-la.

Vosso amigo, Baden-Powell.”

Esta é uma mensagem maravilhosa que sintetiza claramente o que Meishu-Sama nos ensina. Há muitos escoteiros também em nossa Igreja e quero que eles, a partir de agora, continuem se empenhando em se elevar e em fazer o próximo feliz, com plena confiança e orgulho de sua missão. Vamos todos torcer, mesmo que timidamente, para que vocês cresçam e se tornem pessoas de confiança e amadas por todos, verdadeiros seres humanos. Quero também deixar uma mensagem às crianças que não estão parti-cipando do escotismo.

gRAtIDão A tuDo quE tEM VIDA Meishu-Sama escreveu o seguinte po-

ema:

“A beleza da grande Natureza representa o sagrado e silencioso en-

sinamento de Deus.” Como registrado na mensagem de Ba-

den-Powell, quando a criança vivencia a natureza desde pequena, a sagrada Von-tade de Deus vai penetrando, mesmo que inconscientemente, em seu coração infantil.

Quando jovem, Meishu-Sama gostava de escalar montanhas e parece que dizia frequentemente a seus familiares:

“quando chegamos ao topo, nós nos damos conta de quão ínfimo

é o ser humano.” A grandiosidade da natureza, seus mis-

térios, sua beleza, impossíveis de serem reproduzidos na realidade virtual pela com-putação gráfica, nos mostram quão interes-sante é o mundo real.

Meishu-Sama, em família, fazia peque-nos reparos em casa e vivificações florais. Acredito que esses gestos também fazem com que a gentileza brote não só no cora-ção da criança, mas em toda família. Se o meio permitir, plantar algo ou criar algum animal - aves, peixes, insetos - passa a ser uma oportunidade de a criança entrar em contato com a vida. Eu também, quando jo-vem, criei aves e cães e me lembro de ter sido consolado por eles muitas vezes. Ga-nhei de meu professor de caligrafia, mestre Matsubayashi Tenjyo, um filhote de falcão e o criei com o maior cuidado, mas ele aca-bou morrendo. Senti-me muito sozinho, fi-quei muito triste e me lembro que acabei dormindo abraçado ao corpinho do falcão, já frio.

Algo que estava bem, um dia, repenti-namente, deixa de se mexer. Ao deparar-se com a questão da vida e da morte, a criança sente quão efêmera e nobre é a vida. O con-

tato com seres vivos durante a infância aca-ba se ligando à nossa gratidão pela vida dos animais que são sacrificados como alimen-tos para que sustentemos nossa existência. Esse sentimento será expresso de forma natural quando, antes e depois de nos ser-virmos, unirmos nossas mãos em sinal de gratidão. Se conseguirmos ter gratidão pela vida, conseguiremos ter gratidão pelo próxi-mo e fazê-lo feliz naturalmente, não é?

 o quE DEuS SENtE

 Rachel Carson, autora do livro Silent

Spring (Primavera Silenciosa), obra que de-nuncia a destruição do meio ambiente pelo uso de substâncias químicas, escreveu tam-bém a obra Sense of Wonder, para despertar nas crianças a sensibilidade para perceber quão insondável e misteriosa é a natureza.

Nesta obra ela conta:“Creio firmemente que, se estabelecer-

mos um grau de importância entre o “sa-ber” e o “sentir”, o “saber” não conseguirá ser nem a metade, em importância, quanto o “sentir”. Se considerarmos que cada fato com o qual as crianças se deparam será, no final, a semente que dará origem ao conheci-mento e à sabedoria, as mais diversas emo-ções vividas e a sensibilidade aguçada são o solo fértil apropriado ao desenvolvimento dessa mesma semente.”

Algo idêntico ocorre em relação a Deus. Mais que “sabê-Lo”, é preciso senti-Lo. Para tanto, como já disse anteriormente, é impor-tante estar em contato com a natureza ou em um ambiente puro e belo, sentindo quão agradável tudo isso é. Essas coisas se trans-formam na força motriz da vida. E como, em outras palavras, podemos dizer que Deus é Verdade, Bem e Belo, basta senti-Lo silen-ciosamente.

Então, se a família se unir ao redor dos pais para orar a Deus e aos Antepas-sados, se houver ministração de Johrei em família, se considerarmos e respeitar-mos nossos pais que estão vivos, se o casal viver em harmonia, se amarmos nossos fi-lhos, se estivermos vivendo em prol do

Robert Baden-Powell, o fundador do Escotismo

20

IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

www.messianica.pt

continua no próximo boletim

próximo e da sociedade, a criança entende-rá a essência da fé sem que tenhamos que dizer uma única palavra.

 Fé é BoM SENSo

 Bem, até agora, vim falando detalhada-

mente sobre pontos que parecem óbvios. Meishu-Sama sempre dizia a seus filhos: “Fé é bom senso”, lamentando que “há muitas pessoas que não conseguem fa-zer de maneira natural o mais óbvio”. E dizia claramente que: “Por mais que a pessoa ore e cultue a Deus, se continuar mentindo, não será um ser humano de fé. Se, mesmo não sendo um fiel, o indivíduo agir de maneira que não tenha por que se envergonhar diante de Deus, esse sim, é um grande homem de fé.”

Este é um ponto muito importante. “Agir de maneira que não tenha por que se en-vergonhar diante de Deus” significa fazer o óbvio. Meus pais ensinaram insistentemen-te esse “óbvio” a todos nós, a todos os ir-mãos. Respeitar e valorizar os pais e os ir-mãos. Cumprimentar, agradecer a qualquer pessoa que tenha feito algo por nós, seja essa pessoa quem for, dizendo claramen-te “muito obrigado”. Quando causar algum transtorno a alguém, desculpar-se dizendo “me desculpe”; refletir e se esforçar para não repetir o mesmo erro. Se estiver diante de alguém que esteja passando por algu-ma dificuldade, oferecer ajuda. Ensinar tais “coisas óbvias” à criança é formar nela a base do verdadeiro ser humano.

Naturalmente, se os pais que ensinam isso não forem, eles próprios, modelos de tal prática, será como no poema de Meishu-Sama:

 “Se pregarmos o amor

e aconselharmos a misericórdia mas isso não for acompanhado

de prática, nossas palavras serão como o sussurro do vento

nos pinheiros.” “Como o sussurro do vento nos pinhei-

ros”, só um som sem sentido, palavras va-zias. Eu acredito que, quando Deus nos concede um filho e nos permite criá-lo, está tentando nos ensinar algo muito importante, Ele quer nos formar e nos criar. Muitos pais já viveram a mesma experiência: quando um filho está passando por uma purificação muito severa, eles sofrem como se essa pu-rificação fosse deles e surge, naturalmente, o desejo sincero de “trocar de lugar”. Nes-se momento, conseguimos sentir em nosso interior o amor sincero e desinteressado, o amor incondicional. Tal amor se assemelha ao sublime “amor de Deus” e só porque con-seguimos senti-lo é que conseguimos amar alguém de maneira incondicional. O ser hu-mano nasceu para vivenciar esse “amor de Deus”, para respeitar e amar o próximo e tudo o que tem vida. Creio que não há o me-nor exagero nesta afirmativa.

 O presente artigo foi publicado na Revista

Izunome (Japão) nº 81, em 2009.

FOTO

: CA

RO

LIN

A S

AA

B