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pág-08 v1 8 ENSINO SUPERIOR RIO DE JANEIRO SEGUNDA-FEIRA 16 DE MAIO DE 2005 AGRONEGÓCIOS Biofábrica vai produzir mudas mais resistentes Uma biofábrica está sendo instalada em Campos, na Re- gião Norte do estado, para produzir quatro milhões anuais mudas de abacaxi, ba- nana, goiaba, mamão e cana- de-açúcar, geneticamente for- talecidas e resistentes a pra- gas. A fábrica de mudas, que utiliza tecnologia cubana, faz parte de um projeto do gover- no do estado que visa transfor- mar a região em centro de re- ferência para o agronegócio no país. Resultado de cooperação científica entre Cuba e o go- verno do estado, a biofábrica tem orçamento global de R$ 1,6 milhão - provenientes de um investimento inicial de R$ 1,1 milhão da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tec- nologia, e de R$ 500 mil da Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa (Faperj), da Secretaria estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro. Sediada na Escola Agrícola Antônio Sarlo, em Campos, a Biofábrica será gerenciada pe- la Fundação Estadual do Norte Fluminense (Fenorte), através do Parque de Alta Tecnologia do Norte Fluminense (Tecnor- te) e vai produzir mudas de al- to padrão genético e sanitário para dar suporte à implantação e sustentação do pólo de fruti- cultura e fortalecimento da ati- vidade canavieira na região. - Ações como esta visam de- senvolver setores específicos do estado, como é o caso do agronegócio, que será benefi- ciado pela instalação da biofá- brica, com tecnologia suficien- te para proporcionar melho- rias significativas na agricultu- ra da região - explica o secre- tário de C&T do estado, Wan- derley de Souza. Outros R$ 2,1 milhões - R$ 1 milhão da Petrobras e R$ 1,1 milhão do Proep, do Ministério da Educação - vão ser aplica- dos na criação de um centro tecnológico para o desenvolvi- mento de agronegócios, que inclui a implantação de uma in- cubadora de empresas. Os re- cursos serão usados na com- pra de implementos agrícolas e equipamentos para os labo- ratórios de pesquisa, constru- ção da incubadora e reforma e adequação da Escola Agrícola. A Faperj tem previsão de in- vestir mais R$ 400 mil no pro- jeto em 2005. De acordo com a presiden- te da Fenorte, Ana Lucia Boy- nard, o Norte e o Noroeste Fluminense sempre foram co- nhecidos pelo cultivo da cana- de-açúcar, mas perderam pro- dutividade ao longo do tempo por falta de tecnologia. Para ela, a biofábrica ajudará na melhoria da produção, tanto da cana quanto de outros culti- vos da região. O programa prevê, inicial- mente, a produção de 200 mil mudas/mês, que vão atender, principalmente, o Projeto Fruti- ficar, do governo do estado. Os responsáveis pelo projeto acre- ditam que a biofábrica dará subsídios para que a região se torne competitiva no mercado nacional e internacional de fru- tas de polpa e in natura, além da expectativa de aumento da pro- dutividade de cana-de-açúcar na região. Segundo o diretor-superin- tendente do Tecnorte, Elias Walter Alves, a técnica de culti- vo in vitro nas dimensões do projeto permite a produção, em curto prazo, de quatro milhões de mudas anuais, o que não se- ria possível utilizando-se técni- cas tradicionais de multiplica- ção de mudas. - Área total da Biofábrica - 9.500 m2 - Área para desenvolvimento de mudas (telado) - 8.000 m2 - Área construída - 1.300 m2 Investimentos na Escola Agrícola Antônio Sarlo, em Campos, para transformá-la em Centro de Desenvolvimento da Agronegócios na Re- gião Norte/Noroeste Fluminense. Total de investimentos* R$ 3,7 milhões Faperj/Governo do RJ R$ 500 mil Finep/MCT R$ 1,1 milhão Petrobras R$ 1 milhão Proep/MEC R$ 1,1 milhão *Centro de Desenvolvimento da Agronegócios (incluindo a Biofábrica, incubadora de empresas). s biofábricas são instalações onde mu- das de plantas são produzidas e cultiva- das em gel ou líquido nutritivo, colocado em frascos de vidro ou bio-reatores. A cul- tura é iniciada nos frascos esterilizados e com tecido livre de doenças. Nesse pro- cesso uma parte de tecido da planta - do ramo, da bainha foliar ou de outra parte, dependendo da espécie - é cortada e transferida para o meio de cultura conten- do sais minerais, vitaminas, hormônios e sacarose na quantidade adequada para uma nova planta se desenvolver. O tecido mergulhado no meio nutritivo inicia o processo de divisão celular co- nhecido como embriogênese somática, que consiste em dar origem a um novo in- divíduo a partir de uma célula ou tecido. As mudas, ainda in vitro, são cultivadas em câmaras de crescimento, construídas em áreas que levam em consideração a trajetória do sol, de maneira a aproveitar maior quantidade e maior período de ex- posição à iluminação natural. O emprego de luz solar como fonte de iluminação das câmaras de crescimento torna as mudas mais resistentes ao transplante para o meio externo levando a diminuição dos custos de produção. Uma das características do processo de cultura in vitro é que praticamente não há perda de mudas, o que aumenta a pro- dutividade. Segundo especialistas em cultivo in vitro, o investimento em instala- ção de biofábricas se paga entre cinco e oito anos. COMO FUNCIONA A Zona Oeste vai subir de nível. Ainda neste ano, o governo do esta- do entrega à popula- ção da região o Centro Univer- sitário da Zona Oeste (Uezo). Ligada à Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), a Ue- zo funcionará no Instituto de Educação Sarah Kubitschek, em Campo Grande. A previsão é que as aulas tenham início já em 2006. As obras para ade- quar as instalações já foram iniciadas. O custo total da re- forma para o estado será de R$5 milhões. “Vamos oferecer um con- junto de carreiras voltadas pa- ra um mercado de trabalho es- pecializado que está em franca expansão na região”, explicou o secretário estadual de Ciên- cia, Tecnologia e Inovação, Wanderley de Souza, responsá- vel pela implantação da Uezo. Inicialmente, serão ofereci- dos o curso superior de edu- cação e de tecnólogo nas áreas de produção em siderurgia, polímeros, construção naval, fármacos, biotecnologia e tec- nologia da informação. Os cur- sos terão duração mínima de três anos com aulas em turnos pela manhã e à noite. Os pro- fissionais formados vão aten- der à demanda dos complexos industriais da região, como o pólo gás-químico, em Duque de Caxias, o complexo siderúr- gico que está sendo implanta- do em Itaguaí, e o Porto de Se- petiba. No Centro Universitário da Zona Oeste também será ins- talado um pólo do Centro de Ciências e Educação à Distân- cia (Cederj), que começará a funcionar já a partir de agosto deste ano. Serão oferecidas 130 vagas para os cursos de li- cenciatura em Física, Biologia e Matemática. Em 2006 come- çarão a funcionar também os cursos de licenciatura em Pe- dagogia e Administração. O pré-vestibular social, criado para atender estudantes ca- rentes que não podem pagar cursos preparatórios particu- lares, oferece 1.200 vagas, dis- tribuídas por cinco escolas da região. Zona Oeste terá Centro Universitário Vagas para 400 alunos por semestre O tecnólogo é um profis- sional de nível superior que tem como característica a for- mação em habilidades e com- petências requeridas pelo mercado e no saber fazer, pensar e inovar, que vem con- quistando cada vez mais espa- ço no mundo empresarial. “É uma graduação de nível supe- rior mais ágil, que habilita os profissionais para concursos, a pós-graduação, para o em- prego e para o empreendedo- rismo”, explica o secretário Wanderley de Souza. Será es- se, basicamente, o perfil dos futuros tecnólogos formados pelo novo Centro Universitá- rio. Wanderley ressalta que a grande novidade no novo cen- tro de ensno superior é o ca- ráter inovador na maneira de ministrar os cursos. Segundo ele, a parte final da formação dos novos profissionais será dada diretamente nas empre- sas, supervisionada pelos pro- fessores, uma espécie de re- sidência. “Serão firmados convênios e parcerias com instituições como a Fiocruz e com as empresas que estão se instalando na região, para completar a formação dos alu- nos.” As primeiras turmas ini- ciam suas atividades no ano le- tivo de 2006. De acordo com o secretário, as aulas serão mi- nistradas em dois turnos, um pela manhã e outro à noite, e serão oferecidas cerca de 60 vagas por curso, num total de 400 vagas por semestre. Os cursos terão duração de, no mínimo, três anos. A escolha das carreiras foi feita em sintonia com as opor- tunidades de emprego que vão surgir na região com a instala- ção do pólo gás-químico em Duque de Caxias, do pólo side- rúrgico em Itaguaí e o incre- mento da indústria naval em Angra do Reis e Niterói, além da expansão das atividades do Porto de Sepetiba, localizado na Zona Oeste. O Tecnólogo em Siderurgia, por exemplo, vai suprir a demanda de mão- de-obra do Pólo Siderúrgico de Itaguaí, onde, além da Ger- dau, que está ampliando as instalações da Cosigua, come- ça a se instalar a empresa ale- mã Thyssen Krupp e o Consór- cio Atlântico. Outra carreira importante para o Pólo Gás-químico é a de Tecnólogo em Polímeros, para atender a demanda por mão- de-obra das indústrias de transformação de plásticos que já estão se instalando na Baixada Fluminense e que de- vrá ser um dos mais importan- tes pólos do gênero no país. Há também as carreiras nas áreas de produção de fárma- cos (medicamentos) e de bio- tecnologia, para atender à in- dústria farmacêutica que tem forte presença em Jacarepa- guá, na Zona Oeste , e de tec- nologia da informação e comu- nicação que têm espaço ga- rantido em um mercado de trabalho em franca expansão. A BIOFÁBRICA CENTRO UNIVERSITÁRIO vai oferecer 400 vagas por semestre para formação de tecnólogos em carreiras voltadas para a vocação econômica da região Tecnólogo em Biotecnologia - Vai atender empresas e institui- ções de pesquisa, como a Fio- cruz. Tecnólogo em Polímeros - Car- reira voltada para atender ao Pó- lo Gás-químico da Baixada Flumi- nense. Tecnólogo em Fármacos - Volta- do para atender a indústria de medicamentos. Tecnólogo em Costrução Naval - Vai atender à industria naval de Angra e Niterói. Tecnólogo em Siderurgia - Para suprir a demanda do Pólo Side- rúrgico de Itaguaí. Tecnólogo em Informação e Co- municação - Uma das carreiras com maior demanda na área de Informática. OS NOVOS CURSOS FOTOS: MARCELO HORN E LUIZ WINTER

ENSINO SUPERIOR RIO DE JANEIRO SEGUNDA-FEIRA 16 …caruso/secti/publicacoes/jornais/ed_1/ed_1_saberp8.pdf · Proep/MEC R$ 1,1 milhão *Centro de Desenvolvimento da Agronegócios (incluindo

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8 ENSINO SUPERIORRIO DE JANEIRO SEGUNDA-FEIRA

16 DE MAIODE 2005

AGRONEGÓCIOS

Biofábrica vai produzirmudas mais resistentes

Uma biofábrica está sendoinstalada em Campos, na Re-gião Norte do estado, paraproduzir quatro milhõesanuais mudas de abacaxi, ba-nana, goiaba, mamão e cana-de-açúcar, geneticamente for-talecidas e resistentes a pra-gas. A fábrica de mudas, queutiliza tecnologia cubana, fazparte de um projeto do gover-no do estado que visa transfor-mar a região em centro de re-ferência para o agronegóciono país.

Resultado de cooperaçãocientífica entre Cuba e o go-verno do estado, a biofábricatem orçamento global de R$1,6 milhão - provenientes deum investimento inicial de R$1,1 milhão da Financiadora deEstudos e Projetos (Finep),do Ministério da Ciência e Tec-nologia, e de R$ 500 mil daFundação Carlos Chagas deAmparo à Pesquisa (Faperj),da Secretaria estadual deCiência, Tecnologia e Inovaçãodo Rio de Janeiro.

Sediada na Escola AgrícolaAntônio Sarlo, em Campos, aBiofábrica será gerenciada pe-la Fundação Estadual do NorteFluminense (Fenorte), atravésdo Parque de Alta Tecnologiado Norte Fluminense (Tecnor-te) e vai produzir mudas de al-to padrão genético e sanitáriopara dar suporte à implantaçãoe sustentação do pólo de fruti-cultura e fortalecimento da ati-vidade canavieira na região.

- Ações como esta visam de-senvolver setores específicosdo estado, como é o caso do

agronegócio, que será benefi-ciado pela instalação da biofá-brica, com tecnologia suficien-te para proporcionar melho-rias significativas na agricultu-ra da região - explica o secre-tário de C&T do estado, Wan-derley de Souza.

Outros R$ 2,1 milhões - R$ 1milhão da Petrobras e R$ 1,1milhão do Proep, do Ministérioda Educação - vão ser aplica-dos na criação de um centrotecnológico para o desenvolvi-mento de agronegócios, queinclui a implantação de uma in-cubadora de empresas. Os re-cursos serão usados na com-pra de implementos agrícolase equipamentos para os labo-ratórios de pesquisa, constru-ção da incubadora e reforma eadequação da Escola Agrícola.A Faperj tem previsão de in-vestir mais R$ 400 mil no pro-jeto em 2005.

De acordo com a presiden-te da Fenorte, Ana Lucia Boy-nard, o Norte e o NoroesteFluminense sempre foram co-nhecidos pelo cultivo da cana-

de-açúcar, mas perderam pro-dutividade ao longo do tempopor falta de tecnologia. Paraela, a biofábrica ajudará namelhoria da produção, tantoda cana quanto de outros culti-vos da região.

O programa prevê, inicial-mente, a produção de 200 milmudas/mês, que vão atender,principalmente, o Projeto Fruti-ficar, do governo do estado. Osresponsáveis pelo projeto acre-ditam que a biofábrica darásubsídios para que a região setorne competitiva no mercadonacional e internacional de fru-tas de polpa e in natura, além daexpectativa de aumento da pro-dutividade de cana-de-açúcarna região.

Segundo o diretor-superin-tendente do Tecnorte, EliasWalter Alves, a técnica de culti-vo in vitro nas dimensões doprojeto permite a produção, emcurto prazo, de quatro milhõesde mudas anuais, o que não se-ria possível utilizando-se técni-cas tradicionais de multiplica-ção de mudas.

- Área total da Biofábrica - 9.500 m2- Área para desenvolvimento de mudas (telado) - 8.000 m2- Área construída - 1.300 m2Investimentos na Escola Agrícola Antônio Sarlo, em Campos, paratransformá-la em Centro de Desenvolvimento da Agronegócios na Re-gião Norte/Noroeste Fluminense.Total de investimentos* R$ 3,7 milhõesFaperj/Governo do RJ R$ 500 milFinep/MCT R$ 1,1 milhãoPetrobras R$ 1 milhãoProep/MEC R$ 1,1 milhão*Centro de Desenvolvimento da Agronegócios (incluindo a Biofábrica,incubadora de empresas).

s biofábricas são instalações onde mu-das de plantas são produzidas e cultiva-das em gel ou líquido nutritivo, colocadoem frascos de vidro ou bio-reatores. A cul-tura é iniciada nos frascos esterilizados ecom tecido livre de doenças. Nesse pro-cesso uma parte de tecido da planta - doramo, da bainha foliar ou de outra parte,dependendo da espécie - é cor tada etransferida para o meio de cultura conten-do sais minerais, vitaminas, hormônios esacarose na quantidade adequada parauma nova planta se desenvolver.

O tecido mergulhado no meio nutritivoinicia o processo de divisão celular co-nhecido como embriogênese somática,que consiste em dar origem a um novo in-divíduo a partir de uma célula ou tecido.

As mudas, ainda in vitro, são cultivadasem câmaras de crescimento, construídasem áreas que levam em consideração atrajetória do sol, de maneira a aproveitarmaior quantidade e maior período de ex-posição à iluminação natural. O empregode luz solar como fonte de iluminaçãodas câmaras de crescimento torna asmudas mais resistentes ao transplantepara o meio externo levando a diminuiçãodos custos de produção.

Uma das características do processode cultura in vitro é que praticamente nãohá perda de mudas, o que aumenta a pro-dutividade. Segundo especialistas emcultivo in vitro, o investimento em instala-ção de biofábricas se paga entre cinco eoito anos.

COMO FUNCIONA

AZona Oeste vai subirde nível. Ainda nesteano, o governo do esta-do entrega à popula-

ção da região o Centro Univer-sitário da Zona Oeste (Uezo).Ligada à Fundação de Apoio àEscola Técnica (Faetec), a Ue-zo funcionará no Instituto deEducação Sarah Kubitschek,em Campo Grande. A previsãoé que as aulas tenham início jáem 2006. As obras para ade-quar as instalações já foraminiciadas. O custo total da re-forma para o estado será deR$5 milhões.

“Vamos oferecer um con-junto de carreiras voltadas pa-ra um mercado de trabalho es-pecializado que está em francaexpansão na região”, explicouo secretário estadual de Ciên-cia, Tecnologia e Inovação,Wanderley de Souza, responsá-vel pela implantação da Uezo.

Inicialmente, serão ofereci-dos o curso superior de edu-cação e de tecnólogo nas áreasde produção em siderurgia,polímeros, construção naval,fármacos, biotecnologia e tec-

nologia da informação. Os cur-sos terão duração mínima detrês anos com aulas em turnospela manhã e à noite. Os pro-fissionais formados vão aten-der à demanda dos complexosindustriais da região, como opólo gás-químico, em Duquede Caxias, o complexo siderúr-gico que está sendo implanta-do em Itaguaí, e o Porto de Se-petiba.

No Centro Universitário daZona Oeste também será ins-talado um pólo do Centro deCiências e Educação à Distân-cia (Cederj), que começará afuncionar já a partir de agostodeste ano. Serão oferecidas130 vagas para os cursos de li-cenciatura em Física, Biologiae Matemática. Em 2006 come-çarão a funcionar também oscursos de licenciatura em Pe-dagogia e Administração. Opré-vestibular social, criadopara atender estudantes ca-rentes que não podem pagarcursos preparatórios particu-lares, oferece 1.200 vagas, dis-tribuídas por cinco escolas daregião.

Zona Oeste terá Centro Universitário

Vagas para 400 alunos por semestreO tecnólogo é um profis-

sional de nível superior quetem como característica a for-mação em habilidades e com-petências requeridas pelomercado e no saber fazer,pensar e inovar, que vem con-quistando cada vez mais espa-ço no mundo empresarial. “Éuma graduação de nível supe-rior mais ágil, que habilita osprofissionais para concursos,a pós-graduação, para o em-prego e para o empreendedo-rismo”, explica o secretárioWanderley de Souza. Será es-se, basicamente, o perfil dosfuturos tecnólogos formados

pelo novo Centro Universitá-rio.

Wanderley ressalta que agrande novidade no novo cen-tro de ensno superior é o ca-ráter inovador na maneira deministrar os cursos. Segundoele, a parte final da formaçãodos novos profissionais serádada diretamente nas empre-sas, supervisionada pelos pro-fessores, uma espécie de re-sidência. “Serão firmadosconvênios e parcerias cominstituições como a Fiocruz ecom as empresas que estão seinstalando na região, paracompletar a formação dos alu-

nos.” As primeiras turmas ini-

ciam suas atividades no ano le-tivo de 2006. De acordo com osecretário, as aulas serão mi-nistradas em dois turnos, umpela manhã e outro à noite, eserão oferecidas cerca de 60vagas por curso, num total de400 vagas por semestre. Oscursos terão duração de, nomínimo, três anos.

A escolha das carreiras foifeita em sintonia com as opor-tunidades de emprego que vãosurgir na região com a instala-ção do pólo gás-químico emDuque de Caxias, do pólo side-

rúrgico em Itaguaí e o incre-mento da indústria naval emAngra do Reis e Niterói, alémda expansão das atividades doPorto de Sepetiba, localizadona Zona Oeste. O Tecnólogoem Siderurgia, por exemplo,vai suprir a demanda de mão-de-obra do Pólo Siderúrgicode Itaguaí, onde, além da Ger-dau, que está ampliando asinstalações da Cosigua, come-ça a se instalar a empresa ale-mã Thyssen Krupp e o Consór-cio Atlântico.

Outra carreira importantepara o Pólo Gás-químico é a deTecnólogo em Polímeros, para

atender a demanda por mão-de-obra das indústrias detransformação de plásticosque já estão se instalando naBaixada Fluminense e que de-vrá ser um dos mais importan-tes pólos do gênero no país.Há também as carreiras nasáreas de produção de fárma-cos (medicamentos) e de bio-tecnologia, para atender à in-dústria farmacêutica que temforte presença em Jacarepa-guá, na Zona Oeste , e de tec-nologia da informação e comu-nicação que têm espaço ga-rantido em um mercado detrabalho em franca expansão.

A BIOFÁBRICA

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Tecnólogo em Biotecnologia -Vai atender empresas e institui-ções de pesquisa, como a Fio-cruz.Tecnólogo em Polímeros - Car-reira voltada para atender ao Pó-lo Gás-químico da Baixada Flumi-nense.Tecnólogo em Fármacos - Volta-do para atender a indústria demedicamentos.Tecnólogo em Costrução Naval -Vai atender à industria naval deAngra e Niterói.Tecnólogo em Siderurgia - Parasuprir a demanda do Pólo Side-rúrgico de Itaguaí.Tecnólogo em Informação e Co-municação - Uma das carreirascom maior demanda na área deInformática.

OS NOVOS CURSOS

FOTOS: MARCELO HORN E LUIZ WINTER