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entre MARGENS BIMENSÁRIO | 03 NOVEMBRO 2016 | N.º 570 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO Vila das Aves cresceu muito, mas ainda precisa de muito” “Tenho a garantia do senhor presidente da Câmara que a requalificação da ponte do Rio Vizela é para avançar”. ENTREVISTA A ELISABETE FARIA, PRESIDENTE DA JUNTA DE VILA DAS AVES Joaquim Faria é candidato à Junta de Vila das Aves DIRIGENTE DA ASSOCIAÇÃO DE MORADPORES RINGE FOI A ESCOLHA DO PARTIDO SOCIALISTA Aniversário da ACIST será comemorado com Rui Rio em Vila das Aves Desportivo das Aves sobe ao segundo lugar DESPORTO | PAGS. 15-17 ATUALIDADE | PAG. 11 JORNALISTA DO ENTRE MARGENS RELATA A SUA EXPERIÊNCIA DE VOLUNTARIADO EM CABO VERDE

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entreMARGENSBIMENSÁRIO | 03 NOVEMBRO 2016 | N.º 570 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

“Vila das Aves cresceumuito, mas ainda precisade muito”“Tenho a garantia do senhor presidente da Câmara quea requalificação da ponte do Rio Vizela é para avançar”.

ENTREVISTA A ELISABETE FARIA, PRESIDENTE DA JUNTA DE VILA DAS AVES

Joaquim Fariaé candidatoà Junta deVila das AvesDIRIGENTE DA ASSOCIAÇÃODE MORADPORESRINGE FOI A ESCOLHADO PARTIDO SOCIALISTA

Aniversário daACIST serácomemoradocom Rui Rioem Vila das Aves

Desportivo dasAves sobe aosegundo lugar

DESPORTO | PAGS. 15-17

ATUALIDADE | PAG. 11JORNALISTA DOENTRE MARGENSRELATA A SUAEXPERIÊNCIADE VOLUNTARIADOEM CABO VERDE

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||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Não me sinto uma ave rara por, recen-temente, ter ouvido várias vezes este“Obi Agye Me Dofo”. A procura atualde música africana é elevada. Tendoem conta o reduzido número de pren-sagens e, consequentemente, a rari-dade das edições originais, os preçossobem exponencialmente. Neste caso,o vinil de 1977 da BHM (Gana) temuma estatística no Discogs bastantesignificativa: no momento da minhapesquisa, apenas 14 utilizadores regis-tados o têm e 456 mostram interes-se em o adquirir. O valor mais baixode venda foi 110 euros e o mais altoacima de 430. Isto mostra, de formacategórica, o valor expressivo que éatribuído a este grupo cada vez me-nos obscuro da África ocidental.

Os ganenses Vis-A-Vis apresen-tam aqui meia dezena de faixas que,mesmo passando quase quarentaanos, continuam frescas, como sefossem criadas nesta década. No es-queleto das canções transparece atípica vivacidade dos ritmos quentes.

Na abertura, somos surpreendidoscom uma guitarra provocante, abrin-do caminho para uma comunhão re-pentina de sons. Surgem as percus-sões embrulhadas com instrumentosde sopro e, logo de seguida, uns sin-tetizadores primitivos. Tudo se con-juga espontaneamente. As sequên-cias repetitivas ajudam-nos a entrarno meio festivo. A voz aparece a meioe ficamos iguais aos estrangeiros quan-do ouvem fado: não entendemos aspalavras mas idealizamos alguns sen-tidos, tenham eles lógica ou não. Otema que empresta o título a este discoainda tem, antes de terminar, uns so-los bem aprimorados. “Kankyema” se-gue a mesma toada, canalizando-nospara um espírito alegre. O lado B nãotem o mesmo fulgor do lado A. Apa-nhamos uns murros no estômagocom o baixo de “Gladys Mmbobor”e acabamos a nossa jornada com “Su-san Suo”, numa perceção de que asnotas saem genuínas e sem qualquerpretensiosismo bacoco.

Muitos dos que estiveram nas nos-sas ex-colónias trouxeram recorda-ções da música que lá ouviram. Hápor aí muitos sótãos e garagens compreciosidades. Luís Morais (Cabo Ver-de), Sangazuza (São Tomé e Príncipe),Kolá (Guiné Bissau), Os Kiezos (An-gola) ou o Conjunto Night Stars (Mo-çambique) poderão perder o pó esatisfazer um público sedento. |||||

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 03 NOVEMBRO 2016

Comunhãode sonsquentes

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

No restaurante ESTRELA DO MONTE a feliz contemplada nestaprimeira saída de novembro foi o nossa estimada assinante

Agência Valdemar residente na rua Honré, em Vila das Aves.

MÚSICA | PALESTRA

Viagem pelahistóriada músicaprossegueeste sábadoDinamizada pela Associaçãode Violoncelos de Santa Cris-tina, com o apoio da CâmaraMunicipal de Santo Tirso, a ini-ciativa “Palestras na Biblioteca”regressa este sábado, 5 de no-vembro, para continuar a suaviagem pela história da música.

Depois do barroco e do pe-ríodo clássico, a viagem pros-segue, este sábado, pelo perío-do romântico. O Romantismona Arte e os diferentes géne-ros que caracterizam o Roman-tismo na música dão o motepara esta conferência que vaiabordar também o surgimentodas correntes nacionalistas naesfera musical.

No dia 19, ponto final nes-ta “viagem” com a abordagemà música no século XX. Em des-taque estarão as novas corren-tes artísticas do séc. XX e o rom-pimento das regras clássicas.

A participação nas palestrasé gratuita. Mais informações e/ou inscrições através do e-mail [email protected] ou dotelefone 252 833 428. |||||Os ganenses Vis-A-Vis

apresentam aqui meiadezena de faixas que,mesmo passando qua-se quarenta anos,continuam frescas,como se fossem cria-das nesta década.

Com encenação de Bruno Martins eas interpretação de Catarina Gomes,Cláudia Berkeley, Daniela Marques,estreia esta quinta-feira “Prelúdio”;uma coprodução Casa das Artes deVila Nova de Famalicão, Teatro daDidascália e Centro Cultural Vila Florque se mantém em cena, em Fama-licão, até ao próximo sábado, dia 5.

Trata-se de uma performance po-ética que nos revela um emaranha-do de simbolismos, de arquétipos,reacendendo no inconsciente decada um a crença no poder intuitivoe sobrenatural das mulheres, intima-mente ligado à natureza e aos ciclosde morte e renovação.

Reprimido por todo um conjunto

de convenções sociais, religiosas epor uma sociedade dominada pelohomem, o ser selvagem primitivo dasmulheres é, nesta peça, libertado naforma de um poema cantado e con-tado, uma espécie de grito melódicoonde ecoam os instintos mais pro-fundos da natureza feminina.

Um espetáculo entretecido comfios colhidos na memória coletiva,tendo a tradição oral como fonte pri-mordial dos materiais para esta cons-trução: arquétipos, símbolos, rituais -a essência humana dita e retornada.“Prelúdio” é um exercício de renova-ção e de recuperação da mulher sel-vagem que existe dentro de cada umde nós. Mesmo dos homens. |||||

SANTO TIRSO | TEATRO

Dentro de portas - “Obi Agye Me Dofo”

Uma espécie de gritomelódico danatureza femininaESTREIA HOJE, EM FAMALICÃO, “PRELÚDIO” ANUNCIADOCOMO UM EXERCÍCIO DE RENOVAÇÃO E DE RECUPERAÇÃODA MULHER SELVAGEM. FICA EM CARTAZ ATÉ SÁBADO

TEATRO

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SEXTA, DIA 04 SÁBADO, DIA 05Aguaceiros. Vento fraco.Max. 24º / min. 14º

Aguaceiros. Vento fraco.Máx. 18º / min. 13º

Aguaceiros. Vento fraco.Máx. 14º / min. 5º

DOMINGO, DIA 06

ENTRE MARGENS | 03 NOVEMBRO 2016 | 03

GUIMARÃES | MÚSICA

Se o inverno não erra caminho,tê-lo-ei pelo São Martinho

Guimarães Jazzassinala 25 anoscom concerto inédito

Realiza-se este sábado, no CentroCultural Vila Flor, o concerto de aber-tura do Guimarães Jazz (GJ) ou, paraser mais preciso, uma espécie de acres-cento ao programa habitual e, aomesmo tempo, um concerto de cele-bração dos 25 anos daquele que éhoje considerado o melhor festivalde jazz realizado no país.

O tom, será, por isso festivo e terácomo protagonistas o LUME (que omesmo é dizer, Lisbon UndergroundMusic Ensemble) a Banda Musical dePevidém e o BJazz (Convívio Jazz Choir).Fundado em 2006 pelo compositore pianista Marco Barroso, o LUMEconstitui um dos mais singulares pro-jetos de jazz nascidos em Portugalnos anos 2000, propondo-se explo-rar a linguagem jazzística no formatoorquestral ou de big band. Este mo-mento de abertura da 25ª ediçãodo festival surgiu do convite dirigidopelo GJ a Marco Barroso para conce-ber e dirigir um concerto que agre-gasse, além do LUME, outras forma-ções musicais locais numa grandeorquestra, no caso, a Banda Musicalde Pevidém e o Coro BJazz da Escolade Jazz do Convívio.

O concerto, marcado para as 22horas deste sábado, engrossará, emuito, os números do segundo quar-to de século do Guimarães Jazz. Os

LUME, BANDA MUSICAL DE PEVIDÉM E O BJAZZ EM CONCERTO COMEMORATIVODO GUIMARÃES JAZZ. ESTE SÁBADO, NO CENTRO CULTURAL VILA FLOR

referentes aos primeiros 25 anos jáestão contabilizados e constam dolivro “novembro” apresentado na se-mana passada. “Um documento sim-ples, seco até”, como afirmou IvoMartins, diretor artístico do GJ, comnúmeros que “de certa forma” o dei-xaram surpreendido. Nestes 25 anosde Guimarães Jazz, foram mais de milos músicos que integraram o festival,

na sua maioria provenientes dos Es-tados Unidos, sendo Portugal o segun-do país mais representado; um dadosublinhado por José Bastos, vereadorda cultura da Câmara de Guimarães,por combater a ideia errada que tan-tas vezes se veiculou de que faltavammúsicos portugueses ao festival.

Paço dos Duques, Teatro Jordão,auditório da Universidade do Minhoe, desde 2005, Centro Cultural VilaFlor; foram estes os espaços do Gui-marães Jazz que, iniciado em 1992faz agora a festa dos 25 anos tendoos auditórios do Vila Flor como prin-cipais palcos. O futuro, por ventura,poderá passar outra vez pelo TeatroJordão se a renovada tentativa dereabilitação daquela sala avançar. “Amelhor resposta ao legado [do Gui-marães Jazz] que temos para futuro étermos o edifício do Jordão a funcio-nar”, referiu o presidente da CâmaraMunicipal, Domingos Bragança.

Enquanto isso não acontece, edepois do concerto de abertura doGJ, o festival prossegue para as habi-tuais duas semanas de concertos,

entre os dias 10 e 19 de novembro.No dia 10, por exemplo, o San Fran-cisco Jazz Collective revisitará com-posições de Miles Davis através denovos arranjos enquanto que na noi-te de sexta-feira, dia 11, recebe o quar-teto liderado pelo baterista Matt Wil-son. No sábado, há dose dupla deconcertos: às 17h00 atua o grupo bra-sileiro Quatro a Zero e, às 22h00, osaxofonista de ascendência india-na Rudresh Mahanthappa revisita olegado musical de Charlie Parker.

A primeira semana de concertosencerra no domingo, dia 13, nova-mente com dois concertos. Às 17h00está marcada a atuação da Big Bande Ensemble de Cordas da ESMAE,sob a direção da compositora e flau-tista Jamie Baum, e, às 22h00, a apre-sentação do Projeto Guimarães Jazz/ Porta-Jazz, uma parceria que cele-bra a sua terceira edição. Este ano,oconvidado principal é o saxofonistaportuguês João Mortágua.

A segunda semana de concertos,começa a 16 de novembro. Toda ainformação em www.ccvf.pt |||||

LUME (LISBON UNDERGROUNDMUSIC ENSEMBLE, NA IMAGEM)A BANDA MUSICAL DE PEVIDÉME O BJAZZ (CONVÍVIO JAZZCHOIR) JUMTAM-SE PARA OCONCERTO DE ABERTURA DOGUIMRÃES JAZZ

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04 | ENTRE MARGENS | 03 NOVEMBRO 2016

ENTREVISTA

Em tom de balanço geral dos últimostrês anos à frente da junta de fregue-sia, Elisabete Roque Faria fala da uniãodos avenses, do que está feito e ain-da falta fazer, da relação com a câma-ra municipal de Santo Tirso e do fu-turo para a Vila das Aves.

Uma conversa realizada no seugabinete, entre um frenesim de pa-péis, mapas de Vila das Aves e fras-cos de guloseimas.

ELISABETE ROQUE FARIA, PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE VILA DAS AVES

“Vila das Aves cresceu muito,mas ainda precisa de muito”A UMA ANO DAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS, ELISABETE ROQUE FARIA NÃO SABE AINDA SE SE VAI RECANDIDATAR

Estamos agora a sair do grande su-cesso que foi o “Aves em Movimen-to”. Faço-lhe uma questão em váriaspartes. Como descreve todo o pro-cesso de organização de um eventodestes, como se sentiu ao ver tantagente a participar e como se podefazer mais e melhor no próximo ano?Nós nunca pedimos mais, pedimossempre melhor. E foi isso que tentá-mos este ano, com o grupo que sejuntou para trabalhar na corrida. Ascoisas não podiam ter corrido melho-res. Os números superaram qualquerespectativa que tivéssemos. O anopassado tivemos cerca de mil e oito-centos inscritos, este ano tivemos maisde dois mil e seiscentos. Houve umamuito maior adesão em termos per-centuais, até por causa do tempo quenos ajudou. Foi muito gratificante. Commuito trabalho, é verdade, porque istoé um evento que demora muito tem-po a ser preparado, tem muitos por-menores que passam despercebidosà maioria das pessoas, mas que fa-

zem toda a diferença para que sejaum sucesso. Deu muito trabalho, foimuito moroso. Contudo, contámoscom um grupo coeso, em que esta-vam virados todos para o mesmo lado– esse foi o segredo do sucesso daprova. Claro está, uma palavra de agra-decimento a todos os patrocinado-res, todos eles foram muito impor-tantes, da verba maior até à verba maispequena. Este é o maior evento des-portivo do concelho de Santo Tirso.Por muito que isto custe ouvir a al-guns, essa é a verdade.

Há dias vi qualquer coisa da câ-mara que dizia que a meia-maratonatinha dois mil participantes. Eu estivelá, na partida. Se teve quinhentos foimuito. O número máximo nem se-quer era metade dos dois mil anun-ciados. A nossa teve dois mil e seis-centos e só quem viu deu conta dagrandeza do evento.

O sucesso de um evento destesdeve-se ao empenho de muita gente,das instituições e dos próprios avenses.

Não podemos esquecer os transtor-nos que são causados no próprio dia,naquelas horas da manhã de domin-go, porque são dez quilómetros e anossa freguesia, sendo grande, partedela tem que ficar interrompida poruma questão de segurança. No entan-to, tentámos ser rápidos, ser eficazespara que as coisas corressem da me-lhor forma. Agradeço a todos, quer dapessoa que não saiu de casa, mas veiopara a janela dar apoio ao atleta, até àpessoa que chegou em último na cami-nhada, porque até essa é importante.

E para o próximo ano em termos deorganização, tendo em conta que sefor na mesma altura do ano podecoincidir com as eleições autárquicasque também ainda não têm dataanunciada.Ainda não há data para o ano, masque será um evento a realizar, issonão tenho dúvidas. Ou antes ou de-pois das eleições. Mas que não seconfunda esta prova com política, por-que esta prova não é política. É umaorganização para promover a saúde,o bem-estar e o desporto, mais nada.

Por falar em eleições, a concelhiado PS apresentou esta semana a lis-ta de candidatos a todas as freguesi-as, a concelhia do PSD ainda não ofez. Vai recandidatar-se ao cargo?Eu não faço a mínima ideia. Da partedo PSD não faço ideia, porque nãoparticipo muito nas reuniões do par-tido, até porque não sou militante,portanto por aí não posso respon-der. Relativamente à junta, está tudoem aberto, mas não sou ainda candi-data à junta de freguesia.

Qual o balanço geral que faz dosúltimos três anos?É um balanço muito positivo. Mas achoque esta pergunta não deveria serfeita apenas a mim, mas a todo o exe-cutivo. Somos um todo, cinco pesso-as a trabalhar e devíamos ser os cincoa responder a esta questão. Pessoal-mente, o balanço que faço é positivo.

Uma das decisões mais relevantesque tomou foi a cedência da Quintados Pinheiros para o centro de está-gios do Clube Desportivo das Aves.Em que estado está o processo? O con-trato foi assinado, mas as obras ain-da não começaram a cem por cento.O contrato foi assinado, o terreno estáentregue à responsabilidade deles,têm que cumprir. Já pagaram a verbaque estava destinada a ser paga, ago-ra em dezembro teremos outra tran-che, que será paga certamente. O casodas obras é um processo deles, no

ELISABETE ROQUE FARIA:“ESTAMOS A FAZER OQUE PODEMOS, DENTRODAS NOSSAS LIMITAÇÕES,MAS MUITO MAIS HÁ A FAZER”

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ENTRE MARGENS | 03 NOVEMBRO 2016 | 05

fundo nós estamos cá para vigiar, paraver se as coisas correm pelo melhor.

Segundo as notícias da altura em quefoi assinado o contrato, são cercade cem mil euros até abril de 2017.Tem algum plano para a utilizaçãodesses fundos?Não, ainda não temos destino paraessas verbas, mas não faltam obraspara fazer. Teremos em dezembro aassembleia de freguesia será apresen-tado o nosso PPI (Plano Plurianual deInvestimento) e nessa altura teremosalguma coisa para informar sobre odestino a dar a essas verbas.

A freguesia tem tido obra feita, ain-da no sábado passado foi inaugura-da a Rua dos Aves em Cense, estáagora a Silva Araújo com a interven-ção a decorrer. Quais são as inter-venções que estão planeadas para opróximo ano?Nomeou as ruas que estão a ser in-tervencionadas pela câmara munici-pal. A junta também fez as suas obras:a rua das Carvalheiras, a rua em fren-te, fizemos alguns passeios, as casasde banho do cemitério. Também te-mos as nossas grandes obras, masnão temos dinheiro para mais e, cla-ro, há muito mais para fazer.

Neste mandato, por exemplo, con-seguimos inaugurar o primeiro par-que infantil público na freguesia. Quan-do entramos não tínhamos um par-que público na vila. Neste momentotemos dois. Honra seja feita aos em-presários que tornaram isso possível.Quem permitiu termos um parqueinfantil no Amieiro Galego foi se-nhor Ferreira Pinto, que o pagou naíntegra, e nas Fontainhas foi a famí-lia Almeida que também o pagou naíntegra. Por isso, honra seja feita aestas pessoas. Vila das Aves semprefoi pautada no seu desenvolvimentopelas pessoas e empresários locais.Se temos dois parques infantis devemo-lo aos empresários de Vila das Aves,foi no meu mandato sim, mas é o tra-balho de não nos cansarmos de so-licitar, de dar ideias. É a semente quedeitamos na terra e depois germina.

Referiu de passagem o Parque doAmieiro Galego, outro parque quese encontra do lado oposto da fre-guesia e está na agenda autárquicahá cerca de 30 anos é o Parque doVerdeal. Há algo em concreto quepossa acontecer a médio prazo emrelação ao parque do Verdeal?Pois, se o parque fosse da freguesiaeu provavelmente diria alguma. Sen-do aquele parque da câmara munici-pal posso-lhe dizer que da última vi-

sita de trabalho do senhor presiden-te da câmara, fomos lá e o que elemandou avançar foi o projeto, umnovo projeto, porque já houve vári-os. A nova ideia para a Quinta doVerdeal, segundo sei, é fazer ligaçãocom alguns terrenos em São Tomé.Uma ligação por cima do rio. É noponto em que está. Provavelmente emprojeto, a ver se é possível ou não.

A estação de comboios está pratica-mente abandonada. Não há nada quea junta possa fazer para dar vidaàquele espaço?Tive uma reunião com o responsáveldo norte das Infraestruturas de Por-tugal. Ele ficou a conhecer as instala-ções da estação e disse que realmen-te tínhamos que dar um rumo áquilo.Ele reconheceu-o, qualquer pessoao reconhece. Contudo, se o objetivodas Infraestruturas de Portugal é tirarrentabilidade daquilo não o conse-guem. Eu mostrei vários armazéns elojas fechadas no centro da vila, por-que se aqui no centro não se arren-dam como é que lá em baixo vãorentabilizar um espaço que no fun-do ninguém quer. Temos que arran-jar um meio-termo que fosse bompara as duas partes. E o bom nestemomento era abrir a estação, inde-pendentemente de se ganhar dinhei-ro ou não. Estamos a perder sempreenquanto está fechada. Está-se a per-der dinheiro e a estação a ser vandali-zada. Posso dizer-lhe que desaperta-ram todos os parafusos dos corri-mões que lá existem, e foi a junta defreguesia que fez a reparação, mes-mo não sendo da nossa responsabi-lidade, não temos que tomar contadaquilo que, no fundo, não é nosso.As Infraestruturas de Portugal é quedeviam fazer a manutenção daquilo.

Aqueles acessos inferiores tam-bém estão num estado lamentável, éverdade que também muito dependedo civismo das pessoas. A gente vai

lá e dois dias que seja já está tudoigual. Precisamos também do civismoe responsabilizar as pessoas.

Ou seja a única coisa que a juntapode fazer é alertar.Sim, é alertar. No fundo, é isso quepodemos fazer. E podemos pressio-nar. E pressionar estamos a pressio-nar. Inclusive, o que sugeri na alturaera que numa primeira fase se abris-se o bar, porque o bar depois temacesso ao hall e abrindo o bar, a pes-soa que lá estivesse cuidava de tudo.

Até porque aqueles azulejos sãoobras de arte, deviam estar acessí-veis às pessoas.Completamente. E está aquilo tudofechado. Havia muitos serviços parase colocar lá, mas colocar a pagar épara esquecer, porque não estamosnesses tempos, muito mais estando nascondições em que está. Mas estamos,pelo menos, a tentar que o bar abra,embora nos tenham dito que existeum processo em tribunal em relaçãoaos anteriores locatários, que aban-donaram a estação e não entrega-ram a chave. Um processo moroso,que se está ainda a tentar resolver.

Em que estado se encontra o proje-to de requalificação da ponte do RioVizela?Isso é para avançar. A câmara disse-me que era uma obra para fazer ain-da este mandato. São palavras dopróprio presidente. Muito em breve,ainda este mandato.

Faz sentido tendo em conta a inter-venção da rua Silva Araújo criar alitodo um corredor requalificado.Exatamente. E eu tenho a garantia dosenhor presidente que é para avan-çar muito em breve. Não sei em queparâmetros burocráticos isso está, masque é uma obra para avançar muitoem breve… são palavras dele.

Que planos existem para o antigoedifício da junta de freguesia?É um edifício emblemático e uma in-tervenção ali não é barata. E não sen-do barata, depois da intervenção temque ter uma finalidade. Não se vaifazer uma obra sem saber o que sevai meter lá dentro. Quando se fizeruma intervenção tem que ter um des-tino para ela. Neste momento nãoestá vago, não é que esteja nas me-lhores condições, mas não está a cair.Neste momento temos no próprioedifício duas bandas a ensaiar e a“Aves Solidária”. Atrás temos a Asso-ciação dos Pescadores. Por isso, aqui-lo está a ser usado e a parte de baixo

serve de armazém da junta de fre-guesia. Eu já pedi à câmara munici-pal dois armazéns dos apartamentosde Poldrães. Por baixo existem unssalões que são da câmara municipalque estão completamente desocupa-dos e nós já pedimos há algum tem-po, mas ainda não tivemos resposta.Estamos à espera para ocupar esseespaço, desocupando uma parte doantigo edifício da junta. Se temos al-gum destino para aquele edifício nestemomento? Apenas, para aquilo queestá a ser utilizado.

O infantário e a Associação AIVA en-traram em processo de insolvência.Em que estado está o processo e quedestino pode ter o edifício?A AIVA é uma associação com estatu-tos próprios, com meios próprios desustento. O facto de estar em instala-ções da junta de freguesia resultoude uma cedência gratuita da própriajunta para que a associação se insta-lasse lá. Só sabemos o que sabemosporque temos dois membros represen-tantes da autarquia no processo deinsolvência. Não temos a chave da-quilo, não podemos usar aquilo, nãopodemos ir lá, não podemos tirar nada.Neste momento o gestor de insolvên-cia estará a tratar de todo o processo.

Numa entrevista recente, o presiden-te da câmara destaca que já investiucerca de três milhões de euros naVila das Aves. Que comentário lhemerecem estas afirmações. Comodescreve as relações institucionaisentre a junta da Vila das Aves e acâmara municipal de Santo Tirso?Se querem polémica com essa per-gunta, da minha parte não a vão ter.Se ele diz que tem esses milhões in-vestidos na Vila das Aves... bom nomeu tempo foi inaugurada a avenidaEngº Aníbal Magalhães Moreira, quejá estava feita do mandato anterior,foi feita e inaugurada a ponte pedonalde Caniços, foi restruturada a av. Con-de Vizela, substituiu a iluminação porLED em algumas ruas. Do resto nãosei ao que é que ele se refere.

Se há boa colaboração? Há, é ver-dade. Não somos ouvidos em tudo,nem de perto nem de longe, há mui-tas solicitações que fazemos que nãosei se são consideradas ou não, por-que não temos voto na matéria. Mui-tas delas, não temos qualquer inter-venção. Nas obras que eles vão fa-zendo nós vamos dando a nossa opi-nião. Na rua Silva Araújo alteramosum bocadinho o que estava no pro-jeto, porque achávamos que não pas-sava ali um camião ou um autocarroe fomos adaptando a obra. Mais à

frente arranjámos mais dois lugaresde estacionamento, isto tudo com ostécnicos no terreno. A colaboraçãoneste sentido tem sido boa, pode-mos falar e eles respondem-nos. Emtermos de sermos ouvidos e darem-nos razão em algumas coisas isso aíjá é outro assunto. Nós fazemos ba-rulho, mas na maioria das vezes nãosomos ouvidos. Ou ouvem-nos enão nos dão importância ou razãonaquilo que dizemos.

Para terminar, olhando para o futu-ro. A junta tem algum projeto estra-tégico a médio/longo prazo em de-senvolvimento? Algum sonho seuque gostava de ver concretizado?Estamos a fazer o que podemos, den-tro das nossas limitações, mas muitomais há a fazer. E se nos dessem osmeios, nós sabíamos onde o havía-mos de gastar. Há muita coisa quenos preocupa. Vila das Aves é umafreguesia que cresceu muito, mas queainda precisa de muito. Os nossospasseios, toda a gente se queixa etoda a gente sabe, estão lastimáveis,é uma preocupação muito grande quetemos. Mas estes são os problemasdo imediato. Porém precisamos deperceber o que queremos para a fre-guesia de Vila das Aves daqui a 50anos? Onde queremos o nosso par-que industrial? Onde vai ser a nossazona de lazer? Onde vai ser o nossoparque? Onde vai ser a nossa ciclo-via? Isso é uma preocupação que de-vemos ter pois estes são os proble-mas inerentes ao desenvolvimento dafreguesia, ao seu crescimento. Eu acre-dito no povo avense e acredito queestamos todos virados para o mes-mo lado. E está, não tenho dúvidas.Prova disso são as iniciativas que fa-zemos e que são um sucesso, graçasà participação de todos. Quando en-trei na junta, disse que não era nin-guém sem o povo. E continuo a dizê-lo. Eu dependo de todos para ter-mos a maior taxa de sucesso possí-vel. E é por isso que continuo todosos dias a batalhar. |||||

Se temos dois par-ques infantis em Viladas Aves devemo-loaos empresários lo-cais. Honra seja feitaa estas pessoas.

“Está tudo em aberto,não sou aindacandidata àjunta de freguesia.

Nós fazemos barulho, mas na maioriadas vezes não somos ouvidos. Ououvem-nos e não nos dão importânciaou razão naquilo que dizemos.

Tenho a garantia do senhor presidenteda Câmara que a requalificação daponte do Rio Vizela é para avançar.Muito em breve, ainda neste mandato.

““

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A democracia com todas as suas co-nhecidas limitações e insuficiênciasé de longe e sem qualquer sombra dedúvida, o melhor de todos os regimespolíticos conhecidos. Segundo ela éo povo que deve exercer a soberania.

Pois... e como é que se põe o povoa exercer a bendita soberania?

Até ao momento não se encon-trou nada melhor para cumprir estaespinhosa missão que umas entidadesvulgarmente conhecidas por partidospolíticos, que têm como objetivo mai-or escolher os melhores dos melho-res para executar a tal vontade do povo.

O problema é que rapidamenteuma boa parte dos elementos dostais partidos sucumbiram à droga dopoder e à sanha do vil metal, espezi-nhando a grossas patadas a vontadedo povo que juraram zelar e arvoran-do em seu lugar os seus mesquinhosinteresses e os do respectivo partido.

E é vê-los a apunhalarem-se mu-tuamente pelas costas, na ânsia desubir mais um degrauzito do poder,a exibir ridículos títulos académicosque nem se deram ao trabalho deobter, a obrigar misérrimos pensio-nistas a pagar, sem apelo nem agra-vo, impostos de que isentam semqualquer rebuço os seus queridospartidos de pagar.

É ver rapazinhos mais ou menos

A ver a bandaa passar

Adélio Castro

No dia 3 de outubro, a minha famí-lia ficou mais rica com o nascimento,algo prematuro, do Francisco. Destacoincidência do nome com a data fes-tiva - 800 anos da morte de S. Fran-cisco - neste ano que o Papa Francis-co escolheu para o Jubileu da Miseri-córdia, surgiu-me a ideia deste tema.

Várias foram as circunstâncias, porque passou Francisco de Assis, gran-de santo da Igreja Católica, que olevaram a operar profundas mudan-ças na sua vida, renunciando à rique-za, aos prazeres da juventude e reti-rando-se para um sítio ermo parameditar, respondendo ao chamamen-to de Deus, o que não lhe foi fácil,quer pelas dúvidas que o assalta-vam, quer pela oposição de seu pai,bem como pelo desprezo a que asociedade o votava. Um dia, saindoem passeio, ouviu o chocalho anun-ciador da presença de leprosos eencontrou-se frente a frente com umdeles. Desceu do cavalo e, vencen-do a sua relutância, abraçou-o e co-briu-o com o seu manto, facto queaté a ele próprio surpreendeu. A pro-pósito deste acontecimento, diz:Deus, Nosso Senhor quis dar a suagraça a mim, o irmão Francisco, paraque começasse a fazer penitência;porque, quando eu estava em peca-do, parecia-me muito amargo dar

São Francisco ea Misericórdia

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

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LUÍS ANTÓNIO MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, PAULO R. SILVA, CATARINA

SOUTINHO (C.P.N.º 1391), LUDOVINA SILVA, ELSA CARVALHO (C.P.N.º 9845).

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PACHECO, JOSÉ PEREIRA MACHADO, TIAGO GROSSO, AMÉRICO LUÍS FERNANDES,

PEDRO FONSECA, NUNO MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ADÉLIO CASTRO, CATARINA

GONÇALVES, FELISBELA FREITAS E FELISBELA LUÍS FREITAS.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

COBRANÇAS E PUBLICIDADE: LINO ALVES

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 570 - 03 NOVEMBRO 2016

imberbes, formados apenas com umdoutoramento em politiquice partidá-ria, a esfaquearem, atropelarem etrairem à fartazana, e serem mesmoassim ou se calhar até por isso mes-mo, agraciados com um almejadonaco de poder e o título de homemprovidencial.

E é claro que o povo, o tal que édono da soberania, de cara comple-tamente à banda foge a sete pés des-te triste “forrobodó” partidário. E eu,pecador, me confesso também.

O problema é que quanto mais opovo foge e se afasta, o “forrobodó”,em roda livre, cresce e prospera.

E a verdade é que, por muito quenos custe, a culpa não é só dos ele-mentos dos partidos... A culpa é tam-bém nossa que alijamos a nossa sa-crossanta soberania nas mãos des-tes e, aliviados, saimos de fininho aassobiar para o lado.

A verdade é que a autêntica De-mocracia não se realiza sem verdadei-ros partidos políticos e estes são coisanenhuma sem a participação do povo.

Chega de ver a banda a passar...Temos de medicar os partidos que

sustentam a democracia com a nos-sa presença cívica... Obviamente, nemtodos seremos necessários para exer-cer o poder, mas todos somos neces-sários para escolher os melhores denós para cuidar da nossa soberania. |||||

com os olhos nos leprosos; mas omesmo Senhor, um dia, me condu-ziu para o meio deles e com elesusei de misericórdia.

Terá sido este encontro que o le-vou a uma vida nova, como respos-ta à voz de Cristo, que tinha ouvi-do de um crucifixo na igreja de S.Damião, pedindo-lhe que recons-truisse a sua Igreja. Naquele lepro-so, ele viu a imagem do Crucificadoque lhe falara. Essa experiência deconversão desencadeia e consolidao seu trabalho com outra seriedade:primeiro, no restauro da sua própriainterioridade; e, depois, no restauroda verdadeira Igreja do Senhor.

Mais tarde, numa Carta enviada aum Ministro, diz: Que não haja nomundo, nenhum irmão que, por mui-to que tenha pecado e venha aoencontro de teu olhar pedir miseri-córdia, se vá de ti sem o teu perdão.E se não vier pedir misericórdia, per-gunta-lhe tu se a quer. E que sem-pre te enchas de compaixão por es-ses desgraçados.”

Em Francisco de Assis, a miseri-córdia tem um alcance extraordiná-rio. Refere-se sobretudo ao amor-compaixão que abarca o ser humanoe todas as criaturas. Soube acolhera misericórdia de Deus. Soube amaro próximo de maneira incondicional.Soube viver o perdão de forma den-sa e profunda. Reconheceu a acçãodo Senhor na sua vida e na daque-les que sabem perdoar. E por issolouvou e agradeceu com o “Cânticodas Criaturas”1 Também, hoje, o PapaFrancisco - que adotou este nome, pelasua devoção ao santo - nos lembra,a cada momento (nas suas orações,

nas suas reflexões sobre os aconte-cimentos do nosso tempo) a neces-sidade de sermos misericordiosos,de amarmos todas as criaturas. Nasenda de S. Francisco, preocupa-secom os mais pobres, os fragilizados,os abandonados, que todos devemosacolher e amar como irmãos; e falada Natureza como a nossa casa co-mum que a todos compete cuidar.

Termino com um expressivo poe-ma de Nazim Hikmet, que nos inter-pela na nossa misericórdia para comtodas as criaturas, enfatizando o amorao próximo:

Não vivas sobre a terra como umestranho/ um turista no meio danatureza./Habita o mundo como acasa do teu pai./Crê na semente, naterra, no mar,/mas acima de tudo crênas pessoas./Ama as nuvens,/asmáquinas,/os livros,/mas acima detudo ama o homem/

Sente a tristeza do ramo que mur-cha,/do astro que se extingue,/doanimal ferido que agoniza,/mas aci-ma de tudo sente a tristeza e a dordas pessoas.

Alegra-te com todos os bens daterra,/com a sombra e a luz,/com asquatro estações,/mas acima de tudoe a mãos cheias, alegra-te com aspessoas. |||||

1cfr Revista Bíblica de set/out de 2016

Felisbela Freitas

Em Franciscode Assis, a misericór-dia tem um alcanceextraordinário.

“ Temos de medicar ospartidos que sustentama democracia com anossa presença cívica...

06 | ENTRE MARGENS | 03 NOVEMBRO 2016

OPINIAO

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CARTOON // VAMOS A VER...

ENTRE MARGENS | 03 NOVEMBRO 2016 | 07

Confrange-me, sinceramente, obser-var comportamentos egoístas seja emque área for. Lamento que a educa-ção continue (cada vez mais) viradapara objetivos individuais. Tenho penaque a maioria de nós continue maisinteressada nos seus interesses pes-soais do que nos coletivos. Detestoque tantos, fingindo pensar nestes,apenas procuram, afinal, atingir aque-les. Entristece-me quem se julga donoda Natureza, atribuindo-lhe apenasum valor comercial.

Na criação do Homem, Deus co-meteu mais um erro: deu-lhe inteli-gência mas esqueceu-se de lhe darbom senso… ou então, o Diabo rou-bou-o num momento de descuido!

Diz a Sabedoria que cada um denós é um SER, ser que, com todos osoutros seres (animais, vegetais e mi-nerais), formam o UM, a NATURE-ZA, o UNIVERSO. Cada um de nósseria, então, uma simples célula inte-grante de um corpo – o UNIVERSO.

Sendo assim, há uma relação, umaunião intrínseca, vital, entre nós e oUniverso. Quando Eu (célula do Uni-verso), pelas minhas atitudes, com-portamentos, ações, ponho em cau-sa essa relação, o Universo (corpo)reage, mais cedo ou mas tarde e euou nós ou alguém (células) vamossofrer-lhe as consequências. Então,se queremos estar bem, devemos con-tribuir para o bem-estar de todo oUniverso. Daqui, a importância de con-seguir destrinçar entre o que é bompara o meu Eu, mas é mau para oUniverso…

Isto tem a ver com Cidadania. To-das as minhas atitudes, por ação ouomissão, que não tenham em conta,prejudiquem ou sejam nocivas parao que me rodeia (família, sociedade,

Eu sou o que merodeia e o queme rodeia sou eu

Deliciei-me com a entrevista de Gon-çalves Afonso a este jornal. Aliás,só mesmo o Entre Margens para pu-blicar uma entrevista de tão granderelevância política.

Deixem-me fazer, primeiro, um re-gresso ao passado. Conheço Gon-çalves Afonso há 25 anos. Tenhogrande amizade e estima por ele. Esti-vemos juntos em grandes batalhaspolíticas locais, nomeadamente em93 e 97, ao lado de Bernardino Vas-concelos contra, vejam bem!, JoaquimCouto - quando muitos dos que nosúltimos anos apareceram na 1ª li-nha política em Santo Tirso aindaandavam de calções, vestiam baby-grows e usavam chupeta.

Sei, por isso, que Gonçalves Afon-so lerá este meu texto com a bono-mia democrática que o caracteriza. Eleé um experiente senador que sabetudo de política. O PSD Santo Tirsonunca o soube aproveitar como elemerecia e, por isso, passou uma lon-ga travessia do deserto. Agora voltaa dar a cara pelo partido, numa altu-ra em que ocupa um lugar cimeiro na

17.924 "patetas"estrutura partidária concelhia do PSD.

O problema, para o PSD, é queAfonso nunca foi um "apparatchik",sempre pensou pela sua cabeça eprefere discorrer pela política de umamaneira distendida e lúdica. Afinal,um senador não está sujeito a re-gras da ortodoxia. Isso é bom paraquem o ouve numa mera conferên-cia, mas mau quando, supostamen-te, se tenta fazer combate político.

A um ano das eleições autárqui-cas, não há tempo para diletantismospolíticos e Afonso sabe disso. Porisso, a sua entrevista deixa-me estemistério: as mensagens e os recadosque passou foram pensados ou foiapenas o senador Afonso a dar umainócua conferência perante uma he-terogénea plateia? Tendo a acredi-tar na primeira hipótese.

Sendo assim, Joaquim Couto nãopode estar mais agradecido a Gon-çalves Afonso. Primeiro, porque aúnica qualidade que ele vê em An-dreia Neto, candidata do PSD à Câ-mara de Santo Tirso, é ser uma "con-gregadora de vontades", o que, con-venhamos, é curto para liderar umaautarquia. Depois, porque indicia queo PSD Santo Tirso sozinho nuncaderrotará o PS, colocando o CDS, po-tencial parceiro de coligação, numavantajosa situação negocial. Maisainda porque remete para o movi-mento independente de HenriquePinheiro Machado um papel decisi-

vo nas próximas eleições, o que de-via levar Afonso, em coerência, a de-fender Pinheiro Machado como ocandidato do PSD, ou, no limite, aintegrá-lo nas listas social-democra-tas, como nº 2. Henrique PinheiroMachado deve ter esfregado as mãosde contente ao ler a entrevista.

E se tudo isto não bastasse, Gon-çalves Afonso ainda achou que ti-nha espaço para umas tiradas à"Trump". Uma, ao ligar decisões po-líticas de Joaquim Couto a aspectosda sua vida pessoal, o que só lhefica mal e me surpreendeu em Gon-çalves Afonso. Outra, ao classificarde "patetas" todos os que votaramem Joaquim Couto nas últimas elei-ções autárquicas. Ora, segundo osresultados da votação no PS de Joa-quim Couto em 2013, temos em San-to Tirso qualquer coisa como 17.924"patetas". É muito pateta...

Joaquim Couto não precisavadesta "ajuda". Como social-democra-ta, já o disse e escrevi, e volto a fazê-lo: Joaquim Couto tem obra feitanestes três anos de mandato e sãoos seus melhores anos à frente daCâmara Municipal de Santo Tirso.Não é imbatível porque ninguém oé em democracia, mas o PSD tem emSanto Tirso a mais difícil tarefa dodistrito do Porto. O melhor é come-çar a estudar de que forma ultra-passar este "tiro no pé" de Gonçal-ves Afonso. |||||

nação, mundo, natureza) é uma faltade Cidadania…

Ter ou não ter civismo, ser ou nãoum bom cidadão é uma questãomental e o que é mental custa bemmais a adquirir do que o que é ma-terial… Por isso, fortaleço o meu civis-mo, a minha cidadania na medidaem que abro o meu espírito a mimmesmo e ao que me rodeia tentan-do conhecer sempre mais o meu Eu,o Outro e a Natureza. Essa atitude,nem sempre fácil de adquirir, podepermitir-me compreender, aceitarmelhor e a viver mais em harmoniacom todo o Universo.

Esta é tarefa de uma vida!Infelizmente, a vida que levamos,

os objetivos que perseguimos (ounos impõem), levam-nos tantas ve-zes a menosprezarmos, a esquecer-mos o que nos rodeia: pessoas, ani-mais, meio ambiente. Por isso paga-remos, nós, os nossos filhos, o próxi-mo. Não tenho dúvidas de que oUniverso nos faz pagar! O pior é quenem damos por isso!... |||||

José Machado

Ter ou não ter civismo,ser ou não um bomcidadão é uma ques-tão mental e o que émental custa bemmais a adquirir do queo que é material...

Como social-democrata, já o disse e escrevi:Joaquim Couto tem obra feita nestestrês anos de mandato e são os seusmelhores anos à frente da CM de Santo Tirso.

“PEDRO FONSECA

Pedro Fonseca

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08 | ENTRE MARGENS | 03 NOVEMBRO 2016

ATUALIDADESANTO TIRSO | REUNIÃO DE CÂMARA DE 27 DE OUTUBRO

Câmara anunciapatrocínio desportivo paraatletas de alto rendimentonão profissionais

|||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Em reunião pública do executivoautárquico, Joaquim Couto revelouque com esta iniciativa a Câmara pro-põe-se a apoiar atletas de concelhocuja principal fonte de sustento nãoseja a atividade desportiva. “Esta sub-venção, convém sublinhar, é paraatletas não-profissionais; por exem-plo alguém como a Sara Moreira, quetem o seu contrato com o SportingClube de Portugal, não estaria englo-bada nesta iniciativa”, esclareceu overeador José Pedro Machado. “É umapoio para atletas sem retaguarda fi-nanceira que elevem o nome do con-celho e do país”.

Para Joaquim Couto, “o desportoassume hoje em dia um papel fun-damental na sociedade civil, sendoum forte veículo de transmissão devalores e princípios contribuindo paraa educação e formação geral das crian-ças e jovens”, daí que este contributoseja fundamental para que “sejam cria-das as condições para continuarem adesenvolver a sua atividade desportiva

MUNICÍPIO TIRSENSE PASSA A FAZER PARTE DE UM GRUPORESTRITO DE CÂMARAS A REGULAMENTAR O PATRO-CÍNIO DE ATLETAS NÃO-PROFISSIONAIS DE EXCELÊNCIA.

e para que, a médio e longo prazo, sedesenvolvam jovens talentos”.

A abertura do procedimento deregulamentação foi aprovada unani-memente e prevê o patrocínio a atle-tas naturais ou residentes no conce-lho que participem em competiçõesao mais alto nível nacional ou inter-nacional com um valor máximo de1500 euros por atleta e por épocadesportiva. O regulamento vai estarem discussão pública durante o mêsde novembro, sendo que José PedroMachado quer que a medida estejaem execução já no próximo ano.

PROJETOS DE AÇÃO SOCIALNa mesma reunião pública do execu-tivo, foi aprovado unanimemente oprojeto “CuiDem” em parceria com aassociação CAS50+ e financiado pelaDireção Geral de Saúde, que será inte-grado no Plano Municipal de Saúdeno eixo dedicado à saúde mental comvista aos cuidados para a demência.

Outra medida de cariz social apro-vada foi o projeto SOS, reparaçõesem habitações carenciadas que sepropõe a fazer a adaptação e peque-nas reparações em casas de idosose doentes carenciados de modo aque estes não necessitem de sair dassuas próprias casas por questões quepodem ser resolvidas facilmente, comum teto máximo de cinco mil euros.

Na mesma reunião, foi dado a co-nhecer que, antes de sofrer as obrasde intervenção profunda, a feira mu-nicipal será alvo de uma pequenarepavimentação nas zonas mais pro-pícias a inundações e que o merca-do terá uma renovação completa eque na área envolvente será criada

REQUALIFICAÇÃO DAS MARGENSDO LEÇA E PARQUEMETROPOLITANODE MONTE CÓRDOVAA Câmara Municipal de Santo Tirsoanunciou um acordo intermunicipalcom a Área Metropolitana do Portopara a recuperação das margens dorio Leça. O processo negocial que du-rou cerca de um ano engloba todosos concelhos abrangidos pela baciado Leça e pretende requalificar todoo seu percurso, da nascente à foz.

“Fizemos aprovar no ConselhoMetropolitano do Porto o projetopara o Parque Metropolitano deMonte Córdova, obra que implica oconcelho de Paços de Ferreira e oconcelho de Santo Tirso” divulgouJoaquim Couto.

No seguimento dessa aprovação,os concelhos de Matosinhos, Valon-go e Maia e Trofa chamaram a aten-ção que, englobando este parque anascente do Leça faria sentido inte-grá-lo num plano intermunicipal derecuperação das margens do rio.

Na sua declaração de voto na reu-nião do executivo camarário, o pre-sidente considerou que esta congre-gação de vontades intermunicipal éuma mais-valia para Santo Tirso epara a vida futura do Parque Metro-

uma praça onde se manterá a feiramunicipal com um novo desenho.

Antes do início da ordem do diaa câmara municipal aprovou a atri-buição de um voto de louvor a Fir-mino Neto, atualmente 2º Coman-dante dos Bombeiros Voluntários deSanto Tirso, depois de terminar a car-reira ao fim de 50 anos de serviço.

Joaquim Couto elogiou o serviço

público de Firmino Neto, enaltecendoque este “deixa uma marca de dedi-cação, empenho e espírito de mis-são”, sublinhando “o trabalho desen-volvido em prol da população de San-to Tirso”. É uma homenagem justa,que se completará com a atribuição deuma medalha de grau equivalente amérito municipal, cuja elaboração estáem curso”, concluiu o autarca. |||||

politano, já que lhe atribui à nas-cença um maior peso político, porvia da sua inserção neste amplo pa-cote de intervenções. Sob o pontode vista ambiental, desportivo e tu-rístico “a reabilitação das margensdo Leça contribuirá para uma cadavez maior procura deste corredorverde para atividades de lazer e com-petição”, esclareceu o presidente.

O Parque Metropolitano de Mon-te Córdova englobará uma área decerca de 600 hectares na fronteiraentre os concelhos de Santo Tirso ePaços de Ferreira e foi consideradoprioritário em âmbito do ConselhoMetropolitano do Porto. Para alémdas paisagens de perder de vista, oespaço envolverá o Monte Padrão, oCastro de Monte Córdova, o Mostei-ro de Nossa Senhora da Assunção, anascente do rio Leça, o Rego dos Fra-des, bem como todo o patrimónioarbóreo e lugares como Valinhas,Pereiras, Quinchães e Cortinhas.

A iniciativa agora aprovada noconselho metropolitano será finan-ciada através de verbas comunitári-as do Portugal 2020. |||||

O PARQUE METROPOLITANODE MONTE CÓRDOVA

ENGLOBARÁ UMA ÁREA DECERCA DE 600 HECTARES NA

FRONTEIRA ENTRE OSCONCELHOS DE SANTO TIRSO

E PAÇOS DE FERREIRA

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ENTRE MARGENS | 03 NOVEMBRO 2016 | 09

Funerária das AvesAlves da Costa

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Rua Ponte da Pinguela, nº 224 | Vila das Aves

O AUTARCA FALA EM “PEQUENAS OBRAS QUE RESOLVEMOS PROBLEMAS DAS PESSOAS” COMO MOTE PARA ESTETIPO DE INTERVENÇÕES. ELISABETE ROQUE FARIAQUER PRÓXIMAS PAVIMENTAÇÕES EM BETUMINOSO

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Vista como obra prioritária para a fre-guesia, a rua dos Aves é um dos prin-cipais acessos ao lugar de Cense eencontrava-se, segundo a presidenteda Junta da Vila das Aves, “num esta-do lastimável”. A intervenção consis-tiu na repavimentação, implementaçãosistema de águas pluviais e constru-ções de passeio.

Para Joaquim Couto, “este é uminvestimento que não é muito eleva-do, na ordem dos 80 mil euros, masque resolve um grande problema dapopulação, das pessoas que aqui vi-vem e das que por aqui passam to-dos os dias.”

A presidente da junta aproveitoua ocasião para deixar um repto aoexecutivo com pelouros que ali se

Joaquim Coutoinaugurarequalificaçãoda rua dos Aves

esta fase e ir de encontro ao confortodas pessoas”, rematou a presidente.

Joaquim Couto, por seu lado, mos-trou-se disponível a fazer esta altera-ção no futuro, uma vez que até ficamais barato se as obras forem embetuminoso em vez dos cubos. O pro-blema, segundo o autarca, está numaquestão técnica e ambiental. “É queestas zonas são de povoamento dis-perso, tal como na maioria do con-celho, e resolveu-se que fosse em cu-bos, por uma questão estética e por-que, deste modo, a água infiltra-se eevitam-se inundações e problemascom águas pluviais.”

“Na cidade, sendo esta uma zonaexportadora de granito, entendeu-sehá mais de 30 anos que sob o pon-to de vista paisagístico e ecológicoera melhor que fosse em cubos. Omesmo para o resto do concelho. Noentanto, estamos disponíveis paradialogar com junta e trabalhar paraencontrar a melhor solução”, concluiuJoaquim Couto.

PRÓXIMA PRIORIDADEA rua de Cense é a próxima grandeprioridade para Elisabete Roque Fa-ria, já que é “para esta rua que otrânsito é encaminhado e que por-tanto precisa de ser intervencionadamuito em breve”. Para os moradoresresolveu-se o problema apenas pelametade, já que quem vai sofrer comas águas das chuvas e a terra dasobras vai ser a rua de baixo, que ra-pidamente se vai tornar um “pânta-no durante o inverno”.

“Inaugurar o quê? Os passeios?”José Albano Pereira, dono do CaféSenegal, no que lhe diz respeito estácontente com o que foi feito à frenteda sua porta. Contudo, para o resi-dente, só uma parte da rua foi requa-lificada e “os paralelos são os mes-mos”, confidencia-nos. As caixas paraas águas pluviais foram colocadas, ospasseios construídos e o piso estáem bom estado, mas “o problema estána rua de baixo [rua de cense]”. |||||

encontrava. “No fim de semana pas-sado organizámos a corrida “Aves emMovimento” e, apesar do sucesso daorganização, há algo que foi comuma todos os que ouvimos, o piso emparalelo. Nesse sentido, gostava depedir à câmara municipal para queas próximas obras sejam em be-tuminoso.”

Mais tarde, Elisabete Faria esclare-ceu que “claro que não podem sertodas as ruas, isso é impossível, mes-mo em termos de drenagem daságuas, mas as principais ruas que fa-zem ligação aos vários limites da fre-guesia, entendemos que fazem senti-do serem em asfalto. Dá outra como-didade a quem passa”, continuou, su-blinhando que nas grandes cidades étudo em asfalto e os problemas resol-vem-se. “Temos que evoluir, passar

VILA DAS AVES | REQUALICAÇÃO DA REDE VIÁRIA

Este é um investimento [na requalificação da rua dosAves] que não é muito elevado, na ordem dos 80 mileuros, mas que resolve um grande problema da população.”“JOAQUIM COUTO

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Vila das Aves falade fé contempladacom Maria

10 | ENTRE MARGENS | 03 NOVEMBRO 2016

ATUALIDADE

||||| TEXTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

Ora o maior exemplo desta fé contem-plada é, sem dúvida, Maria, mãe deJesus. A mulher que, mesmo sem en-tender, disse “Sim” a Deus e aceitouacolher no seu ventre o Salvador e Fi-lho de Deus. “Maria enche o nossocoração e a nossa alma”, disse o jovemaspirante a frade franciscano que seencontra a fazer o 11º ano, na EscolaSecundária de Vila das Aves. A mãe deJesus é uma figura “essencial para oscatólicos”, acabando por ser sempre “anossa ponte e o nosso porto seguro”.Maria é o maior testemunho de fé quepodemos ter e contemplar, pois acei-tou a vontade de Deus. Apesar de con-fusa, nunca recuou e deu um “sim sin-cero”. Um “sim” que devíamos assumire que raramente o conseguimos fazernas nossas vidas, enfatizou Paulo Arru-da que, apesar dos seus 19 anos, trans-mitiu a essência de Maria aos conse-lheiros avenses.

Natural do concelho da Povoação, naIlha de S. Miguel nos Açores, Arrudaespera ser frade franciscano daqui a dois

SOB O MOTE DO ANO MARIANO NA ARQUIDIOCESE DE BRAGA, O JOVEMPAULO ARRUDA VEIO AO CONSELHO PASTORAL PAROQUIAL (CPP) DEVILA DAS AVES, NO PASSADO SÁBADO, FALAR DO TEMA QUE VAI MARCARO PRÓXIMO ANO PASTORAL, MAIS PROPRIAMENTE, A FÉ CONTEMPLADA.

JOVEM ASPIRANTE A FRANCISCANO NO CONSELHOPASTORAL DE VILA DAS AVES

GANHE UM ALMOÇOPARA 2 PESSOAS

NO RESTAURANTE:

Tenha a suaassinatura em dia e

Estrela do Monte

anos e depois rumar a Itália para con-cluir a sua formação. Deverá ficar porVila das Aves durante um ano, estandohospedado no Convento das Clarissas.

O convívio com religiosas já não éalgo novo na vida deste jovem, pois jános Açores conviveu com esta realida-de. É por isso natural a forma devotacom que falou de Maria. Evidenciou a“humildade” da mãe de Jesus, mas aomesmo tempo a sua presença ativa navida de Jesus, expressa em ocasiõescomo a visita à sua prima Isabel aindacom Cristo no ventre, depois quandofoi atrás de Jesus regressando aJerusálem quando o Filho desapare-ceu, ou mesmo nas bodas de Canã.Ela foi a única atenta aos problemas eque deu a solução, com a célebre fra-se: “fazei o que Ele vos disser”.

A maior prova de amor e de fé acon-teceu, no entanto, no Calvário, acom-panhando o Filho até à sua morte, ondeaceitou o derradeiro pedido de Jesusde se assumir como “mãe da humani-dade”. É por isso que hoje “podemosacreditar que a fecundidade da Igrejase deve à intercessão de Maria. Ela é

um dos alicerces da Igreja”, afirmouPaulo Arruda.

O jovem falou ainda dela como “pe-regrina”, exortando-nos a seguir o seuexemplo e a “levantar-nos do sofá paralevar o Evangelho às periferias”, citan-do o Papa Francisco, e para isto não épreciso ir longe: “basta levar a palavrade Deus a quem, por exemplo, nãopode ir à missa e gostaria, nomeada-mente os doentes”.

Arruda falou ainda de Maria como“abrigo e proteção”, salientando quepodemos viver uma Fé contemplada,cumprindo os sacramentos da SantaMadre Igreja, para tentar alcançar Deus“através de vivência pessoal e não ape-nas com base em palavras”, exortandoa que façamos como Maria que “escu-ta, decide e atua”.

PEDITÓRIO PARA AS OBRASNA IGREJA MATRIZA reunião do CPP ficou marcada tam-bém pela decisão de se promover umpeditório na paróquia, no fim de sema-na de 10 e 11 de dezembro, para aju-dar a cobrir as despesas das obras re-centes na Igreja Matriz. Aliás, os conse-lheiros ouviram de viva voz os respon-

sáveis da empresa Agostinho e Gon-çalves Lda, que promoveram as obras.Os trabalhos realizados ascendem acerca de 26 mil euros e passaram porimpermeabilizações, canalizações deáguas residuais e pluviais e uma pintu-ra geral interior e exterior. Agora, osparoquianos serão convidados a aju-dar a fazer face a esta despesa.

Da reunião, nota ainda para um te-ma que tem suscitado alguma atençãoda comunidade. Um ano e meio de-pois da desativação e desmantelamentodo posto de combustíveis que existiaem terrenos paroquiais, junto à IgrejaMatriz, os conselheiros foram informa-dos que só recentemente, a paróquiarecebeu as chaves do espaço e que ostrabalhos entretanto realizados de veda-ção visaram evitar a degradação do mes-mo. A paróquia pretende ainda ser res-sarcida pelos prejuízos causados peladesativação do posto, sendo que, en-tretanto, decidiu criar naquele espaçolugares de estacionamento com aces-so condicionado a instituições, associ-ações, empresas e a paroquianos quecolaboram de perto nas actividadesparoquiais, num gesto de reconheci-mento e agradecimento. |||||

P. FERNANDO ABREUCOM O JOVEMPAULO ARRUDA

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ENTRE MARGENS | 03 NOVEMBRO 2016 | 11

SESSÃO SOLENE COM A PRESENÇA DE RUI RIO VAIREALIZAR-SE NO SALÃO DA JUNTA DE FREGUESIAONDE SERÁ REABERTO O POLO DA ACIST EM VILA DAS AVES

A Associação Comercial e Industrialdo Concelho de Santo Tirso celebrano próximo dia 11 de Novembro oseu 103º Aniversário e para come-morar a data vai realizar uma cerimó-nia comemorativa, pelas 21h30m noSalão Nobre da Junta de Freguesiade Vila das Aves. A cerimónia conta-rá com a presença de Rui Rio, o eco-nomista que é mais conhecido porter sido presidente da Câmara Mu-nicipal do Porto e que fará uma inter-venção subordinada ao tema “Portu-gal, Política e Economia”.

A sessão servirá também para as-sinalar a reabertura do Pólo da ACISTde Vila das Aves que vai funcionarno edifício sede da Junta de Fregue-sia de Vila das Aves. Esta reaberturapermitirá retomar os apoios que a as-sociação proporciona aos seus sóci-os e relançar a dinamização da pró-pria ACIST nesta zona do concelho.A bem da economia local, só pode-mos desejar que a ACIST seja bemsucedida nesta sua iniciativa.

Recorde-se que, de acordo com anotícia publicada na altura pelo En-tre Margens, a abertura do “núcleode Vila das Aves” da ACIST ocorreu

ACIST (ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DESANTO TIRSO | ANIVERSÁRIO

Aniversário da ACISTserá comemoradocom Rui Rio emsessão na Vila das Aves

Partido Socialistaapresenta candidatosàs próximasautárquicas

Entre os nomes divulgados encon-tram-se a oficialização da recandi-datura de Joaquim Couto à presi-dência da autarquia, Rui Ribeiro àAssembleia Municipal e dos novepresidentes de junta ligados ao PS.

A comissão política decidiu ain-da nomear José Silva (Monte Cór-dova), Márcio Pinho (Reguenga)e Joaquim Faria (Vila das Aves)como candidatos às freguesias quenão pertencem ao partido socia-lista. Da reunião da concelhia saiuainda o apoio a dois candidatosindependentes, José Pacheco domovimento “Água Longa é deTodos”, atual presidente de juntae Carlos Vieira na freguesia deAgrela contra o presente deten-tor do cargo Paulo Bento Ferreira.

Joaquim Couto congratulou-se,como presidente do PS/SantoTirso, pelo consenso alcançado,enaltecendo a “coesão” do parti-do em torno do projeto políticoiniciado em 2013, tendo as listassido aprovadas por 96% dos mem-bros que compõem o órgão. Parao autarca. “As eleições autárquicasde 2017 são absolutamente fun-damentais para afirmar o projeto

político do PS a nível nacional,regional e concelhio”, sublinhan-do ainda que estas escolhas vêmno seguimento da “política deabertura e diálogo” que o partidotem vindo a desenvolver. Para aescolha dos candidatos, a conce-lhia do PS/Santo Tirso adotou “asorientações nacionais e distritais emrelação à escolha dos candidatos,ou seja, apoiar a recandidaturados atuais presidentes de Junta”.

Em relação às freguesias em queo PS não saiu vencedor nas ante-riores eleições “foi possível estabe-lecer consensos em torno de can-didatos com condições de saíremvencedores nas eleições em 2017”.

Segundo o comunicado dopartido existem duas conclusõesa retirar deste processo. A primei-ra “é a demonstração de unidadedo partido concelhio”; a segundaprende-se com o “contributo dadopara afirmar o projeto político anível nacional”, já que “o PS temcomo objetivos prioritários reno-var a maioria dos 308 Municípi-os e 3092 juntas de freguesia”.

As autárquicas realizam-se nooutono do próximo ano. |||||

POLÍTICA

JOAQUIM FARIA, NOME CONHECIDO SOBRETUDOCOMO DIRIGENTE DA ASSOCIAÇÃO DE MORADORESDO COMPLEXO HABITACIONAL DE RINGE, FOIA ESCOLHA DO PS PARA A JUNTA DE VILA DAS AVES

em maio de 2002 e nessa data Cas-tro Fernandes, então presidente daCâmara Municipal de Santo Tirso, feza apresentação pública de um proje-to de parceria com esta associaçãoque visava “promover a requalificaçãourbanística de vasta área de Vila dasAves e dar oportunidade aos comer-ciantes e serviços que nela estão im-plantados para procederem à revitali-zação e modernização das suas ins-talações com dotações orçamentaise financiamentos consideráveis”.

O núcleo de Vila das Aves dei-xou de funcionar alguns anos de-pois sem que se possa dizer que te-nha havido consequências práticasda pretendida parceria. Mesmo aonível das iniciativas mais imediatas ediretas terão surgido algumas dificul-dades que importa agora superar deforma dedicada e decidida. |||||

o ex-autarca do Porto,Rui Rio, fará umaintervenção subordina-da ao tema “Portugal,Política e Economia”.

O agrupamento 0004 do C.N.E. deVila das Aves vai realizar no próximodia 12 de novembro um magusto. Ainiciativa, com início marcado para as19 horas, terá lugar na sede do agru-pamento e deverá prolongar-se noi-te dentro, garantido a organização“muita animação”.

“Venha passar uma noite diverti-da, traga a sua família e delicie-secom os tradicionais petiscos, comocaldo verde, papas de sarrabulho, bolade carne e sardinha, pataniscas emuito mais”, referem os escuteiros deVila das Aves em convite dirigido atoda a população. |||||

VILA DAS AVES

Festival deSopasem RingePelo terceiro ano consecutivo, Vila dasAves recebe o Festival de Sopas deRinge, dinamizado pela Associaçãode Moradores deste ComplexoHabitacional e pela Câmara Munici-pal de Santo Tirso. Dia 5 de novem-bro, pelas 19h00, vários restauran-tes da região convidam a provar assuas melhores sopas, num evento quecontará ainda com vários petiscos emuita animação.

O “Festival de Sopas de Ringe” con-tará ainda com um serviço de bar,onde será possível experimentar o ro-dízio de 12 sopas, com oferta de tijelade barro personalizada, comer bifanase outros petiscos e passar uma noitede muita animação.

O valor da entrada é de 2,50euros para consumo em tijela de plás-tico e de quatro euros para tijela debarro. Haverá ainda oferta de casta-nhas assadas. |||||

Escuteiros convidampara Magusto

As eleições autárquicas de 2017 são absoluta-mente fundamentais para afirmar o projetopolítico do PS a nível nacional, regional e concelhio”“JOAQUIM COUTO

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CULTURA12 | ENTRE MARGENS | 03 NOVEMBRO 2016

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VILA DAS AVES (EM FRENTE AO MERCADO)

CRÍTICA

Buster Keaton porBruno Pernadas||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

“O que gostava de ver no Centro Cultu-ral Vila das Aves?” Um concerto de Bru-no Pernadas. Esta é uma resposta possí-vel, direta e sem subterfúgios a uma dasperguntas habituais do Entre Margens,na secção “Inquérito”. Pois bem, não foino Centro Cultural mas na Casa dasArtes de Vila Nova de Famalicão. O even-to, antecedido de uma homenagem aorealizador iraniano Abbas Kiarostami(“Cinco para Kiarostami”), serviu de aber-tura ao Close-up - Observatório de Ci-nema de Famalicão.

O grande auditório do espaçofamalicense esteve pouco preenchido. Eraum dia da semana (quinta-feira) e, porisso, a adesão não foi a esperada. O pro-pósito era muito convidativo: juntar umdos músicos portugueses mais interes-santes da atualidade com um génio docinema mudo (Buster Keaton). À comé-dia “Steamboat Bill, Jr.” (“Marinheiro deÁgua Doce”), de 1928, foi adicionadauma banda sonora original. Bem pertodo palco e respetiva tela estavam BrunoPernadas (composição, guitarra), DiogoDuque (trompete), Francisco Brito(contrabaixo), David Pires (bateria) e Sér-gio Rodrigues (teclados).

O filme mostra a genialidade do atoramericano e cenas caricatas encenadasao pormenor. Com o suspense brilhan-temente ritmado, entramos na pequenacidade à beira do Mississípi e somos tes-temunhas do regresso de um filho a um

FILME-CONCERTO DE BRUNO PERNADASCASA DAS ARTES, V. N. FAMALICÃO. 27 OUTUBRO 2016

Alberto Péssimoexpõe emVila das Aves

Entre 7 e 19 de novembro, o CentroCultural Municipal de Vila das Avesrecebe a exposição “À procura deuma casa para o menino Jesus”. Amostra integra 26 desenhos de Al-berto Péssimo, 14 dos quais corres-pondentes às ilustrações do livro como mesmo título, da autoria de An-tónio Oliveira.

Pseudónimo de Carlos AlbertoNunes Dias, Alberto Péssimo nasceuna ilha de Moçambique, em 1953,onde viveu até aos 8 anos. Em 1961veio para Portugal, tendo ido viverpara a Benfeita, terra dos seus pais eavós. Formou-se em Artes Plásticasna Escola Superior de Belas-Artes doPorto, cidade onde reside atualmente.

Foi professor no colégio dos Ór-fãos, do Porto, até 2016, tendo sidodocente na Cooperativa Árvore.Como pintor, Alberto Péssimo temuma vasta obra e inúmeras participa-ções em exposições, individuais ecolectivas, estendendo a sua inter-venção à literatura e cinegrafia. |||||

“À PROCURA DE UMA CASAPARA O MENINO JESUS”

pai que fica decepcionado com a postu-ra do rapaz. Este acaba por ser um heróiapós salvar várias vidas.

Ouvimos uma música adequada? Sim,mesmo sabendo que foi criada quase 90anos depois da longa-metragem. E en-caixa bem na comicidade? Nem sempre,uma vez que ignora muitos momentoshumorísticos, seguindo o seu caminhocom sobranceria. Tendo em conta o ele-vado número de quedas e choques, écompreensível que o músico lisboeta te-nha optado por não as valorizar todas,assumindo claramente essa desvantagem.

Preferiu acompanhar o virtuosismo deKeaton com um estilo sóbrio, recusandoque as circunstâncias hilariantes supe-rassem as dramáticas. Mesmo assim sor-rimos e muito. Recordamos, com agrado,os instantes da compra de um chapéu(notável o modo como atuam para a câ-mara como se fosse um espelho), o cortedo pequeno bigode (associei de imedia-to à imagem do rival Charlie Chaplin)ou a força do tufão que proporciona alendária cena da queda da fachada (aporta do primeiro andar a encaixar per-feitamente no corpo do comediante). Fi-camos a pensar como foi possível fazer oque fez com os recursos técnicos da épo-ca. Um Harry Houdini do cinema!

Após pouco mais de uma hora termi-nou o espectáculo. Não tivemos oportu-nidade de ouvir nenhum tema de qual-quer um dos três registos de BrunoPernadas. Nada de “How Can We BeJoyful In A World Full of Knowledge”(2014) nem dos dois discos novos de2016, “Those Who Throw Objects At TheCrocodiles Will Be Asked To RetrieveThem” e “Worst Summer Ever”. Ficamos àespera que isso seja possível num localperto de nós. |||||

EXPOSIÇÃO

BRUNO PERNADAS(AO CENTRO) EMENSAIOS PARA OFILME-CONCERTOCOM BUSTERKEATON COMOPROTOGANISTA

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ENTRE MARGENS | 03 NOVEMBRO 2016 | 13

Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda.Av. Comendador Silva Araújo, nº 3594795-003 Vila das AvesTel/Fax: 252 941 105TLM: 919 696 844Email: [email protected] www.cinaves.com

OrquestraAndaluza juntaVivaldi e Piazzollana Fábricade Santo Thyrso

“As quatro estações” de Vivaldi e “Asquatro estações portenhas” de Piaz-zolla juntas num único concerto, pro-tagonizado pela Orquestra Andaluzacom o violinista de Santo Tirso, PedroCarneiro, como solista. É dia 12 denovembro, pelas 21h30, na Fábricade Santo Thyrso; um espetáculo ines-quecível, cuja bilheteira reverte a fa-vor da Associação de SolidariedadeHumanitária de Monte Córdova.

De um lado, a luxuriante sonori-dade barroca de Vivaldi, com os céle-bres quatro concertos com nomes deestações. Do outro, a nostálgica vo-lúpia reminiscente do tango argenti-no, desta vez com o violino a substi-tuir o acordeão. Ou, por outras pala-vras, um confronto épico entre doisgrandes músicos de diferentes esti-los e épocas. “Vivaldi e Piazzola: Asoito estações” assim se chama esteespectáculo que nos dá conta doquanto as estações do ano foram mo-tivo de inspiração para compositorestão distantes no tempo e no espaço.Em palco, uma orquestra de câmaraconstituída por cerca de duas deze-nas de instrumentistas de cordas, nasua maioria provenientes de Espanha,dirigida por Alejandro Galindo ecom Pedro Carneiro como solista.

Natural de Santo Tirso, Pedro Car-neiro nasceu em 1977 e começouaos 13 anos a estudar violino comJoseph Camarinha e, três anos maistarde, com o professor Alberto GaioLima. Com apenas 15 anos, realizauma turné pelo Brasil, sendo, quatroanos depois, convidado a integrar aOrquestra Clássica da Madeira. Pre-miado nos concursos Jovens Músi-cos e Juventude Musical Portuguesa,Pedro Carneiro recebeu bolsas de

CONCERTO REALIZA-SE NO PRÓXIMO DIA 12 DENOVEMBRO (SÁBADO) ÀS 21H30 E CONTA COMO VIOLINISTA TIRSENSE PEDRO CARNEIRO COMOSOLISTA. OS BILHETES JÁ SE ENCONTRAM À VENDA

estudo da Região Autónoma da Ma-deira e da Fundação Eng. Antóniode Almeida.

O músico apresenta-se em con-certo um pouco por toda a Europa eEstados Unidos da América, a solo,em formações de Câmara ou emprestigiadas orquestras europeias. Em2014 integrou a Orquestra Sinfóni-ca da região de Murcia, Espanha, e aOrquestra Sinfónica de Torrevieja, nomesmo país, com as quais mantemfortes ligações profissionais.

Por sua vez, Alejandro Galindo énatural de Granada, Espanha, e fezos seus estudos de direcção com omaestro George Pehlivanian, tendoigualmente estudado com professo-res de renome como Vladimir Ponkin,Michael Thomas e Atso Almila, en-tre outros. Fundou e dirigiu váriasorquestras e foi também diretor titu-lar de orquestras já consolidadas, co-mo a Jovem Orquestra Muñoz Mol-leda de La Linea de la Concepción ediretor artístico da Orquestra Ciudadde la Linea. Atualmente, é diretor daOrquestra de Camera Andaluz e daOrquestra Sinfónica do Sul.

BILHETEIRA SOLIDÁRIAA entrada para o espetáculo “Vivaldi,Piazzola: Oito Estações” tem o valorde 3 euros, revertendo o valor dabilheteira a favor da Associação deSolidariedade Humanitária de Mon-te Córdova. Os bilhetes podem seradquiridos na Loja Interativa de Turis-mo, no Centro Cultural Municipal deVila das Aves, na Biblioteca Munici-pal de Santo Tirso, na Associação deSolidariedade Humanitária de Mon-te Córdova e, no dia do concerto, naFábrica de Santo Thyrso. |||||

A iniciativa “A Biblioteca apresen-ta-se” arrancou ontem, 2 de no-vembro, e repete nos dias 12, 16e 26 de novembro, sempre às15h00. Conhecer melhor a Bibli-oteca Municipal de Santo Tirso éo desafio proposto com estas visi-tas guiadas às instalações daque-le que é um dos mais importantesequipamentos culturais do conce-lho, no mês em que se comemo-ram 16 anos da sua criação

Durante os diferentes dias, te-rão lugar visitas guiadas orienta-das pelos seus técnicos, explican-do as especificidades dos seus es-paços e a importância da sua mis-são junto à comunidade.

O edifício da Biblioteca Muni-cipal de Santo Tirso foi inaugura-do a 18 de novembro de 2000,sendo o projeto de arquitetura daautoria dos arquitetos Pedro Men-do e Maria Manuel Oliveira. Aluz natural e a pedra de xisto sãoas principais marcas de um edifí-cio composta por dois pisos.

No piso 1 localizam-se a rece-ção, o átrio, a seção de adultos eperiódicos, o arquivo de fundolocal e a sala Dr. Francisco Carva-lho Correia. No piso 0 encontra-se a sala audiovisual e multimédia,a sala infantojuvenil, a sala do con-to, o ateliê de expressão, o visiona-mento coletivo e o auditório. ||||

ANIVERSÁRIO

Visitas àBiblioteca nosseus 16 anos

CONCERTO

Este sábado, dia 5, há cinema para ver no CentroCultural Municipal de Vila das Aves. “Alvin e osEsquilos 4: A Grande Aventura” é o filme em destaque.A sessão começa às 11h00 e a entrada é livre.

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14 | ENTRE MARGENS | 03 NOVEMBRO 2016

Aos poucoso encantodesta ilhaagarra-se à pele

JORNALISTA DO ENTRE MARGENS DESDE 2012, ELSA CARVALHO FEZ UMA PAUSANA SUA ATIVIDADE DE REPÓRTER POR UM PERÍODO DE SEIS MESES,RUMANDO A CABO VERDE PARA TRABALHAR COMO VOLUNTÁRIA .É ESSA EXPERIÊNCIA QUE AGORA NOS RELATA NA PRIMEIRA PESSOA.

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Pus há uns dias nos correios postais es-critos à mão, com imagens a preto e bran-co, daqueles que, dizem, já ninguém en-via. Não sei se algum dia chegarão aodestino e, por isso, segue este também.

Estou na cidade do Mindelo, em S.Vicente, Cabo Verde. Terra de CesáriaÉvora, de cultura, carnaval, cachupa e boagente. Passaram dois meses desde queaterrei na ilha para fazer voluntariado delonga duração e estou deliciada, encan-tada, conquistada.

Aos poucos todo o encanto desta ilha

vai-se agarrando à pele. Cabo Verde sabeacolher como ninguém e as pessoas têma doce capacidade de nos fazer sentirque vivemos cá sempre. Aqui sou a ‘nhamenininha’ e não quero ser mais que is-so. O tempo demora-se e as rotinas es-tão longe de se assemelhar às de Portu-gal. Perco-me muitas vezes nos detalhesdas ruas que me fazem sempre lembrarde novelas de época e não encontro se-quer palavras para descrever a belezanatural deste lugar. O céu é diferenteaqui. Mais bonito, mais limpo, maior. E omar e as montanhas e as ruas. Tudo édiferente, mas estranhamente familiar.

O país é pobre. Pedem-nos coisas atoda a hora nas ruas. Adultos, crianças,quase sempre crianças. Roupa, materialescolar, comida. E cada pedido é um pe-daço do coração que nos arrancam dopeito. Por outro lado, respira-se cultura,também. Aqui percebemos que o clichêde valorizar as coisas simples não é cli-chê. A forma como vemos a vida mudasem darmos conta e de repente tudo oque era fundamental passou a acessó-rio. Vivo com mais quatro voluntários, deáreas totalmente diferentes e com perso-nalidades em quase tudo distintas. Te-mos projetos, muitos. Não queremos mu-dar o mundo, queremos só ajudar. Aju-dar nos problemas ambientais, nos hu-manitários. Ajudar. E não foi a coragem,como tantos dizem, que nos fez vir paracá. Foi perceber que por mais que consi-gamos dar às pessoas com esta experi-ência, nós também crescemos, nós tam-bém mudamos, nós também somos aju-dados por elas.

Vir para Cabo Verde foi uma das de-

cisões mais difíceis que tomei, é verdade.É inconcebível escolher entre o que nosfaz feliz e o que se quer muito. Mas euqueria tanto isto. Pus pause na minha vidana esperança de deixar de ser um meroespectador no mundo e aqui não escre-vo a história de ninguém senão a mi-nha. E sou feliz. De uma forma totalmen-te diferente do que fui até hoje. Se tenhosaudades? Muitas. Tenho saudades dasminhas pessoas, das minhas rotinas, domeu trabalho. De Santo Tirso, das pesso-as do concelho. Que me acolheram debraços abertos e me chamam pelo prime-iro nome como se trata a quem se co-nhece desde sempre.

Às vezes sinto que vivo com um atra-so de duas horas. Tudo o que eu co-nheço vive num fuso-horário que já nãoé o meu e passo dias na ânsia de sabermais de um dia a dia que já não tenho.Valem-me as redes sociais, que percorrocomo quem procura ar na esperança desaber mais, de me sentir parte. Mas otempo passa rápido e o calor de todos osdias deixa-me com a sensação de que éjulho desde que cá cheguei, que o natalnão está aí. E é melhor assim, garanto. Jásei umas palavras em crioulo, também. Evoltei a aprender a usar o escudo, comoquando tinha 9 anos e comprava rebuça-dos a 5 escudos no café junto à escola.

Tento não pensar muito no que dei-xei aí, em quem deixei, confesso. Foco-me mais no que quero fazer por cá, nasrazões que me fizeram querer vir. É maisfácil. E enquanto os dias não se atrope-lam em meses até eu voltar vou escre-vendo postais. Fazendo figas para que,um dia, cheguem ao destino. |||||

É inconcebível escolher entre o que nos faz feliz e o que se quermuito. Mas eu queria tanto isto. Pus pause na minha vidana esperança de deixar de ser um mero espectador nomundo e aqui não escrevo a história de ninguém senão a minha.

“ELSA CARVALHO

ELSA CARVALHOESTÁ HÁ DOISMESES NA CIDADEDO MINDELO,EM CABO VERDE

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ENTRE MARGENS | 03 NOVEMBRO 2016 | 15

DESPORTODEPOIS DO DESAIRE PARA A TAÇA, UMA TRIPLA DE VITÓRIAS SEGUIDAS LEVA OAVES AO SEGUNDO LUGAR DO CAMPEONATO

2ª LIGA DE FUTEBOL - CD AVES, FUTEBOL SAD

Depois de dois empates em que aestrelinha não acompanhou o Aves,a vitória surgiu ao cumprir o jogo ematraso com o Sporting B. A seguir veioa Taça de Portugal, em que o Despor-tivo defrontou o Paços de Ferreira que,apesar de ser de escalão superior,ficou muito atrás em qualidade dejogo. Não há muito mais a dizer: fo-mos sempre superiores mas no fim oresultado sorriu aos castores, quepouco ou nada fizeram para o mere-cer. O Aves alinhou em grande partecom jogadores de segunda linha queprovaram perante os adeptos presen-tes que são de uma qualidade inve-jável e que tudo deram para invertero resultado embora grande parte dosainda inconformados “papagaios” dabancada central, que só vivem à es-pera da derrota para poderem criti-car, não partilhem desta opinião. Outracoisa, aliás, não seria de esperar.

Seguiu-se o campeonato, esse sim,o nosso campeonato e eis que as

Aves em altos voosmentes brilhantes deste futebol obri-gam a uma deslocação a Olhão àquarta-feira. E pensava eu que o fute-bol era do povo. Adiante: o Desporti-vo entrou em campo como que se jáestivesse a perder, tal foi a prontidãodo golo dos locais, que inauguraramo marcador na primeira ocasião deperigo. Foi logo aos 7 minutos e apósuma defesa incompleta de Quim, oque nos colocou, uma vez mais e comojá vem sendo hábito, a correr atrás doresultado. Desta vez a estrelinha en-controu o nosso caminho e foi nabota do Nelson Pedroso que ela pou-sou. Foi daí que saiu o remate quedeu origem ao auto-golo do Olha-nense e nos fez acreditar ainda maisna reviravolta. Entrámos para a se-gunda parte a gerir o jogo e semprecom o alvo na mente, à espera deum falhanço da defesa para conse-guir disparar o tiro certeiro. E aos 65minutos Pedró disparou e obrigou oguardião adversário a ir buscar a bolaao fundo das redes. Estava feito oresultado final, mas engane-se quempensa que foi fácil, pois nos instan-tes finais a formação avense deixou-se adormecer e valeram as excelentesintervenções do veterano internaci-onal Quim para garantir os 3 pontos.

No domingo seguinte, novo jogoem casa diante do Freamunde. En-

trámos bem e aguerridos nos primei-ros dez minutos, mas rapidamente oritmo baixou, retirando o interesse àprimeira parte, que teve pouquíssimasocasiões de perigo, debaixo de umachuva torrencial. A segunda parte teveum registo mais intenso, com o Avesa procurar mais vezes a baliza adver-sária e a tentar a todo custo inaugu-rar o marcador mas foi a equipa con-trária que, num lance de boa constru-ção, conseguiu cruzar tenso da es-querda do ataque e a bola desviou-se da defesa como que por efeitomagnético para o remate cruzadocerteiro que a levou ao fundo dasredes, sem oposição da defesa aven-se. Estava dado o mote para o Aves,uma vez mais, correr atrás do prejuí-zo. Com boas investidas, os pupilosde Ivo Vieira chegaram mesmo àigualdade num lance de bola paradaque João Pedro finalizou da melhormaneira. Já na compensação o árbi-tro apontou para a marca do castigomáximo por alegada falta de Lean-dro num lance que não nos é passí-vel de avaliar com certezas e, chama-do a converter, Barry não desperdi-çou e fez balançar as redes.

Foi uma vitória difícil. Mas maisdifícil ainda foi uma “dança” ao ritmodaqueles que defendem o lema “PelaLei e pela Grei”, em vários andamen-

tos e para todas as faixas etárias.Como adepto e como cidadão, naminha opinião, foi desajustada a atua-ção de alguns dos agentes da auto-ridade, por uso excessivo do podere excesso de zelo. No fim de contassomos sempre os mesmos a ser ro-tulados de marginais. É necessárioque se diga que, em casa, os adeptosnão podem festejar um golo suado,naquele que era o último lance dapartida e que por conseguinte davaa vitória. É necessário que se percebaque eu e muitos outros, que já fize-mos centenas de quilómetros de nor-te a sul do país, fomos sempre bemrecebidos, saindo quase sempre comum “Boa Viagem”. Mas na Vila dasAves, e isto, repito, é uma opinião pes-soal, parece haver alguma sede deprotagonismo, alguma ânsia de liber-tar frustrações e quero também quese perceba que não há só maus pro-fissionais naquela instituição. E, noentanto, já vi adeptos afetos ao SLBenfica B a cumprimentarem jogado-res no final da partida dentro do ter-reno de jogo e com direito a transmis-são televisiva e vi também adeptosdo Leixões a cumprimentarem joga-dores dentro do terreno de jogo e,dessas vezes, onde estavam os bas-tões e os extensíveis de ferro permiti-dos apenas em situações de extremaviolência e como último recurso antesda arma de fogo? É necessário quetoda gente saiba da repressão quenos foi infligida por um festejo emoti-vo que levou a que um adepto pisas-se a terra do estádio para abraçar otreinador, a 15 metros do terre-node jogo e sem provocar desacatos eperturbar a ordem pública. Isto é ape-nas um desabafo de quem ouviu or-dens ameaçadoras do tipo “tirem ascrianças daqui” como se um cerco acriminosos se estivesse a preparar.

Veio a seguir o Santa Clara - Aves.Era o jogo em que poderíamos ultra-passar o adversário na tabela classifi-

17 - V. GUIMARÃES B 13

18 - VARZIM 13

19 - FAMALICÃO 13

20 - LEIXÕES 09

21 - FREAMUNDE 09

22 - OLHANENSE 02

FUTEBOL // DISTRITAIS

09 - VIZELA 19

10 - SPORTING B 18

11 - GIL VICENTE 17

12 - UNIÃO DA MADEIRA 17

13 - FAFE 15

15 - AC VISEU 14

14 - BRAGA B 14

1416 - SPORTING COVILHÃ

FUTEBOL // DISTRITAIS

CLASSIFICAÇÃO II LIGA P01 - PORTIMONENSE 33

02 - CD AVES 26

03 - SANTA CLARA 26

04 - BENFICA B 24

05 - PENAFIEL 22

07 - ACADÉMICA 20

06 - COVA DA PIEDADE 22

1908 - FC PORTO B

Miguel Nogueira

É preciso que quem cávem tema o Aves e faledo Aves como umcandidato à subida ecomo possuidor deargumentos paradiscutir qualquer jogoaté ao último minuto.

[CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE...]

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16 | ENTRE MARGENS | 03 NOVEMBRO 2016

DESPORTO

www.ortoneves.pt

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Reuniu na passada sexta-feira dia 28de outubro, na sala de imprensa doestádio, a Assembleia Geral do Clu-be Desportivo das Aves com um pon-to único na Ordem de Trabalhos: orelatório e contas de gerência relati-vos à época 2015/2016. Uma ses-são pacífica com uma sala bem com-posta por várias dezenas de sóciosem que foi notória a preocupação doresponsável pela contabilidade doclube em tornar compreensíveis ostermos técnicos e as subtilezas dosnúmeros e suas variações para per-mitir uma correta avaliação da realsituação económica e financeira da

OS RESULTADOS POSITIVOS REGISTADOS NO PERÍODO SÃO EXTRAORDINÁRIOS POIS NÃO HÁMAIS PARTICIPAÇÕES DA SAD QUE SE POSSA VENDER, ALERTAM OS TÉCNICOS DE CONTAS

Conta de Gerência de 2015/2016 comresultado positivo de 263 mil euros

cativa alcançando o “nosso lugar”. Partipara os Açores no dia 28 para come-çar o meu “estágio” e depois das visi-tas feitas chegou o dia do Desportivo.Éramos seis adeptos na bancada visi-tante e numa primeira parte sem golospudemos constatar que quase sempretivemos o controlo do jogo e aindativemos algumas investidas sem su-cesso nos instantes finais. O Despor-tivo das Aves voltou do intervalo commais ideias e com mais clareza ofen-siva e depois de um mau alívio quedeixou Zé Tiago à vontade, este nãose fez rogado e inaugurou o mar-cador. A jogar a favor do vento, oDesportivo das Aves mostrou-se in-teligente e a saber controlar a bolaquando a tinha nos pés e Pedró, domeio da rua, aproveitou o adianta-mento do guardião do Santa Clarapara marcar um golaço que fez vibraros adeptos. Completamente intenci-onal, o remate ajudado pelo ventofez balançar as redes, num golo paraver e rever. Até ao final do jogo oAves soube controlar a situação nãodando ao Santa Clara argumentoscapazes de alterar o resultado.

O Desportivo das Aves tem vindoa melhorar significativamente e os re-sultados começam a aparecer emconsequência do bom trabalho rea-lizado. Não somos invencíveis masestamos mais fortes e é isto que épreciso. É preciso que quem cá vemtema o Aves e fale do Aves como umcandidato à subida e como possui-dor de argumentos para discutir qual-quer jogo até ao último minuto. Opróximo jogo, com a Académica, serámais um teste à equipa de Ivo Vieirae não será um jogo fácil porque nãohá jogos fáceis. Aproveitando as pa-lavras do mister (“somos mais fortesse todos remarmos para o mesmolado do que remar cada um por si”)faço um apelo àqueles que vão aoestádio à espera de uma falha paracriticar para que passem a apoiar parajuntos alcançarmos o objetivo. Alcan-ça quem não cansa! |||||

agremiação. E em véspera de umAves-Tirsense, mesmo tratando-se daequipa B do Desportivo, até a situa-ção do rival entrou na demonstra-ção de resultados.

De facto, foi partindo de uma no-tícia repescada num mensário da ci-dade que José Manuel Fernandes, otécnico de contas que de há anos aesta parte vem sendo o “guarda-li-vros” do clube, começou a apresen-tação. Uma notícia que que garantiaem título que afinal “o passivo doTirsense não era de dois milhões masapenas de 700 mil” e que utilizoupara alertar que não é isso que édecisivo mas antes o saber se os ativossuperam os passivos e em que mon-

tante. E declarou que no caso doDesportivo das Aves e referindo-se àdata do fecho da época, o passivo éde 1 milhão e 300 mil para um ativototal que é superior a 1 milhão e600 mil. E anunciou também umaredução de 181 mil euros no passi-vo e um resultado positivo de 263mil euros, alertando que este é, es-sencialmente, um resultado extraor-dinário na medida em que resulta,sobretudo, da forma como foi nego-ciada a cedência da maioria do capi-tal do Clube Desportivo das AvesSAD aos investidores que atualmentea controlam. Uma SAD (sociedadeanónima desportiva) que foi consti-tuída a partir duma SDUQ (Socieda-

NA ASSEMBLEIA DO AVES,CAUSOU SURPRESA AINFORMAÇÃO DE QUE ACÂMARA DE SANTO TIRSO NÃOATRIBUIU QUALQUER APOIOAO CLUBE DE VILA DAS AVESEM 2015

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ENTRE MARGENS | 03 NOVEMBRO 2016 | 17

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Joaquim Fernandesarbitra finais docampeonato do mundo

de Desportiva Unipessoal por quo-tas) que já acumulava prejuízos daordem dos 400 mil euros em ape-nas 2 anos de atividade, tendo estenegócio sido, segundo o que o pre-sidente Armando Silva declarou emmomento posterior da reunião, “omelhor caminho” que o Aves podiater trilhado e que começou a percor-rer com um ano de avanço sobreoutros clubes da mesma dimensão.

EM 2015 O AVES NÃO TEVE APOIODA CÂMARA DE SANTO TIRSONa apresentação das contas JoséManuel Fernandes ainda avançouum pouco mais na leitura da notíciaque usou para iniciar a apresentaçãoe disse que, através dela, se ficou asaber que em Santo Tirso há quematribua culpas à Câmara pela situa-ção do Tirsense, por aquela ter bai-xado o montante de apoio protoco-lado de 240 mil euros para metade,em 2015. Ora aqui nas contas pode-mos ver, garantiu, que nesse mesmoano, o Aves, da autarquia, recebeuzero. Esta informação surpreendeu opróprio presidente da mesa, NarcisoOliveira e motivou a intervenção devários sócios, tendo o presidente dadireção afirmado depois que, enca-rando diplomaticamente a situação,a direção espera que a Câmara ve-nha a compensar essa falha. Até por-que está empenhada em continuar aresolver situações diversas comfinanciadores e fornecedores e emacabar as obras do Bernardino Go-mes. E as rendas que a SAD virá a pa-gar pelo uso das instalações do Clu-be ainda não entram nos planos poishá um período de carência contrata-do, referiu o presidente da direção.

As contas foram aprovadas porunanimidade e, a avaliar pela dispo-nibilidade demonstrada pela direção,é bem possível que, no próximo ano,comecem a ser colocadas no sítio doclube na internet para que possamser consultadas pelos associadosantes da Assembleia Geral. |||||

O mestre do Shotokan de Vila dasAves foi um dos escolhidos para ar-bitrar duas finais dos campeonatosdo mundo de Karaté que decorre-ram em Linz, Áustria no final do mêsde outubro.

Esta nomeação é o reconhecimen-to da dedicação, empenho e quali-dade do mestre Joaquim Fernandes,que assim alcançou o topo do karatémundial pela primeira, isto depois dejá ter passado por várias finais euro-peias e internacionais.

Joaquim Fernandes viajou com acomitiva portuguesa para o 23º Cam-peonato do Mundo de Karaté que con-tou com a participação de 1000 atle-tas de 132 países de todo o planeta.

2ª JORNADA DA LIGAOLÍMPICA KARATÉNa competição realizada no pavilhãoBernardino Coutinho em Marco deCanaveses a 22 de outubro, os atle-tas do Karaté Shotoka Vila das Avesobtiveram excelentes resultados. Vi-toriosos das competições saíram TâniaBarros em kumite feminino menos 53kg cadetes e Manuel Ribeiro emkumite masculino menos 80 kg sé-niores. Ana Pinto arrecadou o 3º lu-

O “derby” concelhio já não é oque era, no que respeita ao nú-mero de adeptos que se deslo-cam ao estádio. Os campos têmagora bancadas sobredimensiona-das e parques de estacionamentocurtos e mesmo quando estes fi-cam cheios aquelas mostram-sepouco preenchidas. No entanto,no que à emoção diz respeito, ain-da se vivem momentos de grandeintensidade. O derby, com equipasseniores, já não acontecia há mui-to e, desta vez, talvez mais a sortedo que o ser mais forte, permitiu aoTirsense superar-se no resultado,já nos descontos, ao fixar o resul-tado em 2-1. Os forasteiros ti-nham sido os primeiros a marcar,de grande penalidade e o Avestinha empatado do mesmo modo.

Nos jogos realizados na pas-

gar do pódio em kumite femininomenos 65 kg séniores e Iuri Silva a 2ªposição em kata masculino séniores.

V TORNEIO DAS VINDIMASNo dia 23 também em Marco deCanaveses realizou-se o V Torneiodas Vindimas, competição de carismasolidário onde as verbas e alimentosangariados revertem a favor da CruzVermelha Portuguesa.

Tânia Barros voltou a ganhar a suacategoria, em representação do Sho-tokan Vila das Aves. Já Manuel Ri-beiro e Ana Pinto terminaram no 3ªlugar do pódio.

Em representação da Associaçãode Karaté de Vilarinho, Mariana Fa-ria conquistou o 3º lugar na catego-ria kumite feminina cadetes mais de54 kg, participando também nestacompetição o seu irmão Rui Faria.

Quanto aos atletas da Negrelense,Ricardo Baptista e Pedro Pinto, apesarda inexperiência, superaram os obje-tivos, alcançando o 5º lugar e perden-do no combate de repescagem doacesso ao pódio, respetivamente. Bru-no Fernandes, pela primeira vez no es-calão sénior kata, perdeu no combaterelativo ao último lugar do pódio. |||||

sada terça-feira o Tirsense, quecontava por vitórias todos os jo-gos disputados até essa data, em-patou em casa com o Lixa a zeroe continua líder isolado, soman-do agora 25 pontos. O Aves Bvenceu o Alpendurada por 3 azero, mantendo a segunda posi-ção a 5 pontos do Tirsense.

O Vilarinho, que disputa amesma série que Tirsense e Aves,tem tido uma prestação modestae ocupa o penúltimo lugar da ta-bela, mesmo depois da vitória fol-gada sobre o Gondomar B.

O S. Martinho, que disputa oCampeonato de Portugal, perdeu,no passado sábado, no reduto dolíder Felgueiras e vai segurandoum lugar no meio da tabela (ésexto, com 10 pontos em 8 jo-gos). |||||FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Mais forte ou commais sorte,Tirsense venceu oderby com o Aves B

KARATÉ

O “derby” concelhio já não é o que era, no que respeitaao número de adeptos que se deslocam ao estádio.Os campos têm agora bancadas sobredimensionadas eparques de estacionamento curtos.

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A família neste momento doloroso e profunda-mente sensibilizada pelo apoio e carinho recebidos,vêm por este meio agradecer a todos quantos sedignaram a participar no funeral bem como namissa de 7º dia em sufrágio da alma do saudosoextinto.

Funeral a cargo de: Funerária das Aves de Alves da Costa, Unip, Lda.

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Domingos Ribeiro CoelhoDomingos Ribeiro CoelhoDomingos Ribeiro CoelhoDomingos Ribeiro CoelhoDomingos Ribeiro Coelho

Vila de Lordelo

AGRADECIMENTO

A família neste momento doloroso e profunda-mente sensibilizada pelo apoio e carinho recebidos,vêm por este meio agradecer a todos quantos sedignaram a participar no funeral bem como namissa de 7º dia em sufrágio da alma do saudosoextinto.

Funeral a cargo de: Funerária das Aves de Alves da Costa, Unip, Lda.

João Nunes da Costa e SousaJoão Nunes da Costa e SousaJoão Nunes da Costa e SousaJoão Nunes da Costa e SousaJoão Nunes da Costa e Sousa84 anos84 anos84 anos84 anos84 anos

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ENTRE MARGENS | 03 NOVEMBRO 2016 | 19

RECEBA EM QUALQUER PARTE DO MUNDO AMULETOS DE PROTE-ÇÃO CONTRA A INVEJA, MAU OLHADO E ENERGIAS NEGATIVAS.

CARNEIRO (21/03 A 20/04)Carta Dominante: Rainha de Paus, que signi-fica Poder Material. Amor: Tudo estará emplena harmonia. Que o seu sorriso iluminetodos em seu redor! Saúde: Faça um check-up. Dinheiro: Tente poupar um pouco mais,pois mais vale prevenir do que remediar. Pen-samento positivo: Dou atenção às mensagensdos meus sonhos.

TOURO (21/4 a 20/05)Carta Dominante: 8 de Copas, que significaConcretização, Felicidade. Amor: A sua rela-ção tem vindo a esfriar e você precisa detomar uma atitude. Não exija tanto do outro,dê mais de si próprio. Saúde: Não faça dietasdemasiado rigorosas. Dinheiro: Invista nestemomento em algo que planeia há muito. A sorteé-lhe favorável. Pensamento positivo: Mereço to-das as glórias e triunfos que a vida me dá.

GÉMEOS (21/5 a 20/06)Carta Dominante: A Papisa, que significa Es-tabilidade, Estudo e Mistério. Amor: Tenhacuidado pois pode perder aquilo que tantotrabalho lhe deu a conquistar. Saúde: Não sesobrecarregue desnecessariamente. Dinhei-ro: Trabalhe e confie no seu sucesso. Pensa-mento positivo: Tenho força e domínio sobreas minhas emoções e pensamentos.

CARANGUEJO (21/06 a 21/07)Carta Dominante: A Morte, que significa Re-novação. Amor: Poderá ter de enfrentar umaforte discussão com alguém da sua família.Saúde: O cansaço poderá invadi-lo, tente re-laxar. Dinheiro: A sua conta bancária andaum pouco em baixo, seja prudente nos gas-tos. Pensamento positivo: Cultivo as energiaspositivas na minha vida.

LEÃO (22/07 a 22/08)Carta Dominante: Valete de Ouros, que signi-

HORÓSCOPOZODÍACO

Por: Maria Helena ||||| [email protected]

PRIMEIRA QUINZENA DE NOVEMBRO DE 2016AGITÁRIO (22/11 a 21/12)Carta Dominante: A Estrela, que significaProteção, Luz. Amor: Não tenha medo de de-monstrar os seus sentimentos à pessoa queama, até poderá ser correspondido. Tenha aousadia de sonhar! Saúde: Não deixe que oseu sorriso fique amarelo e procure o seudentista. Dinheiro: Momento favorável. Pen-samento positivo: Tenho vitória sobre as ques-tões que me preocupam.

CAPRICÓRNIO (22/12 a 20/01)Carta Dominante: 6 de Ouros, que significaGenerosidade. Amor: Tenha algum cuidadocom a forma como fala com os seus familia-res, pois pode magoa-los sem querer. Aceiteos erros dos outros. Saúde: Tudo estará den-tro da normalidade. Dinheiro: Momento pro-pício a investimentos um pouco mais alarga-dos. Pensamento positivo: A minha confiançaem mim mesmo dá-me esperança mesmonos momentos difíceis.

AQUÁRIO (21/01 a 19/02)Amor: Procure ser sincero nas suas promes-sas se quer que a pessoa que tem a seu ladoconfie em si. Viva o presente com confiança!Saúde: Liberte-se e a sua saúde irá melhorar.Dinheiro: Excelente período para tratar deassuntos de caráter profissional.Pensamento positivo: Esforço-me diariamen-te para dar o meu melhor.

PEIXES (20/02 a 20/03)Carta Dominante: Os Enamorados, que signi-fica Escolha. Amor: Esteja atento a tudo o queo rodeia, nos pormenores esta a sabedoria.Preocupe-se com aquilo que você pensa so-bre si próprio, faça uma limpeza interior.Saúde: Dê mais atenção à sua saúde. Dinhei-ro: Algumas dificuldades avizinham-se. Pen-samento positivo: Graças ao meu empenhoconsigo muitos ganhos.

fica Reflexão, Novidades. Amor: Guarde oseu sarcasmo e fique atento às queixas doseu par. A força do Bem transforma a vida!Saúde: Espere um período regular. Dinheiro:Poderá investir em novos projetos, mas, comprudência. Pensamento positivo: Venço amelancolia através da confiança e da fé.

VIRGEM (23/08 a 22/09)Carta Dominante: O Louco, que significaExcentricidade. Amor: Ao enfrentar algum pro-blema só poderá ser resolvido se for abertamen-te discutido pelos dois. Aprenda a escrever novaspáginas no livro da sua vida! Saúde: Cuidado coma alimentação. Dinheiro: Lembre-se das contasque tem em atraso. Pensamento positivo: A feli-cidade permanece na minha vida!

BALANÇA (23/06 a 22/10)Carta Dominante: Ás de Copas, que significaPrincipio do Amor, Grande Alegria. Amor: Oconvívio com a pessoa amada será proporci-onado nesta fase. Aproveite estes momentose esqueça todos os seus receios. Saúde: Faseestável mas esteja sempre alerta. Dinheiro:Os seus problemas poderão ser resolvidos,embora com lentidão. Pensamento positivo:Tenho habilidade para lidar com todos oselementos da minha vida.

ESCORPIÃO (23/10 a 21/11)Carta Dominante: A Roda da Fortuna, quesignifica acontecimentos inesperados. Amor:Não dê atenção a quem não o merece.Selecione apenas aquelas pessoas que o com-preendem e gostam de si para o rodear epara estarem junto a si. Que a clareza deespírito esteja sempre consigo! Saúde: Cuideda sua imagem. Inicie uma dieta. Dinheiro:Não se esforce demasiado na sua atividadelaboral, será recompensado na devida altu-ra. Pensamento positivo: Sou equilibrado emtudo na minha vida.

ASSEMBLEIA GERALORDINÁRIACONVOCATÓRIA

CASATIRCENTRO DE ACÇÃO SOCIALDE ACOLHIMENTO ÀTERCEIRA IDADE DE RORIZ

Abílio Fontes Martins, Presidente da Mesa da Assembleia Ge-ral, vem, nos termos do artigo 28.º dos Estatutos do Casatir,convocar os Associados para a Assembleia Geral que se realiza-rá no dia 13 de Novembro, pelas 09.00 horas, na sede, sito naRua de S. Pedro, nº 137 – Roriz, com a seguinte Ordem deTrabalhos:

1. Leitura da Ata da última Assembleia-Geral Ordinária;2. Discussão e votação do Plano de Atividades e Orçamentopara o ano 2017;3. Outros assuntos de interesse.

No caso de, à hora marcada não se encontrarem reunidas ascondições previstas do artigo 30.º do estatuto do Casatir, aAssembleia funcionará trinta minutos depois com os presen-tes.Roriz, 11 de Outubro de 2016O Presidente da Mesa da Assembleia GeralAbílio Fontes Martins

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20 | ENTRE MARGENS | 03 NOVEMBRO 2016

A FECHARPróxima edição

do Entre Margensnas bancas a

17 de novembro

A arqueologia Industrial no Vale doAve: a importância da Centralde Caniços da Fábrica do Rio Vizela

Câmara levouescritores àsescolas paraestimular a leitura

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Uma entrada do Facebook do Municípiode Santo Tirso publicada no passado dia

31 de outubro relata a visita de um grupode membros da European Route of Indus-trial Heritage (ERIH) às Fábricas do RioVizela e à Fábrica de Santo Thyrso, por oca-

sião da conferência anual desta institui-ção, em que a Câmara de Santo Tirso foium dos municípios parceiros.

Esta organização, cujo nome pode sertraduzido como Roteiro Europeu daMemória Industrial pretende criar umarede que inclua os sítios mais importan-tes da história da Europa industrial, cri-ando uma ligação entre todos eles, numaperspetiva de preservação e gestão dopatrimónio, desde os edifícios aos equi-pamentos e museus tecnológicos.

As fotos apresentadas na referida en-trada do Facebook relativas à Fábrica doRio Vizela dão conta da existência depeças da maior importância do ponto devista da chamada arqueologia industrial.Mas para além do que se pode encon-trar na Fábrica, há um edifício, uma bar-ragem e um conjunto de máquinas paraa produção de energia que mantém, des-de há cerca de 110 anos, as característi-cas arquitetónicas e técnicas com que foiconcebida e que, com algum investimen-to, poderá ser posta em funcionamento.Não consta que tenha sido incluída noroteiro da visita dos membros da ERIH,mas, com algum empenho, poderá vir afazer parte da rede europeia dos sítiosindustriais. Trata-se da Central de Cani-ços da Fábrica do Rio Vizela. É precisofazer alguma coisa pela sua conservaçãoenquanto património industrial. |||||

SANTO TIRSO |BIBLIOTECA ESCOLARES

Em parceria com a editora “Bruaá”,a autarquia pretende assinalar omês internacional das bibliotecasescolares, levando escritoresinfanto-juvenis a várias escolas doconcelho. Esta iniciativa tem comoobjetivo dinamizar a leitura, o co-nhecimento e a criatividade.

Em sessão aberta a alunos do1º, 2º e 3º ciclos no passadodia 24, a iniciativa denominada“Bruaá nas Bibliotecas Escolares”foi dinamizada pelo escritor MiguelGouveia deu oportunidade aosjovens de desvendarem o percur-so do livro, desde a “ideia” nacabeça do autor até às mãos doleitor e colocar todas as dúvidassobre a edição, “desfazer” o livro,ouvir algumas histórias e conhe-cer uma seleção das mais origi-nais edições que se vão fazendopelo mundo fora. |||||

CENTRAL DE CANIÇOSDA RIO VIZELA