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entre MARGENS BIMENSAL | 23 MAIO 2019 | N.º 628 DIRETOR: AMÉRICO LUÍS FERNANDES APARTADO 19 - 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO MOREIRA DE CÓNEGOS Rua Laurinda F. Magalhães, nº 42 Telefone 253 563 250 S. MARTINHO DO CAMPO Av. Manuel Dias Machado, 283 Telemóvel: 919 366 189 VILA DAS AVES Rua D.Nuno Álvares Pereira, 27 (Largo da Mariana) Telefone: 252 941 316 Afinal, porque nos devemos importar com as Europeias? DESTAQUE | PÁGINAS 4 E 5 Entrevista com Vera Assunção, capitã da equipa de voleibol do Desportivo das Aves DESPORTO | PÁG.S 14 E 15 Junta de Roriz ajuda à natalidade ATUALIDADE | PÁG. 8

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entreMARGENSBIMENSAL | 23 MAIO 2019 | N.º 628 DIRETOR: AMÉRICO LUÍS FERNANDES

APARTADO 19 - 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

MOREIRA DE CÓNEGOSRua Laurinda F. Magalhães, nº 42

Telefone 253 563 250

S. MARTINHO DO CAMPOAv. Manuel Dias Machado, 283

Telemóvel: 919 366 189

VILA DAS AVESRua D.Nuno Álvares Pereira, 27

(Largo da Mariana)Telefone: 252 941 316

Afinal, porquenos devemos

importar com asEuropeias?

DESTAQUE | PÁGINAS 4 E 5

Entrevista com VeraAssunção, capitã daequipa de voleiboldo Desportivo das AvesDESPORTO | PÁG.S 14 E 15

Junta deRorizajuda ànatalidade

ATUALIDADE | PÁG. 8

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FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 23 MAIO 2019

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU ALMOÇO NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens.

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contempladonesta segunda saída de maio foi o nosso estimado

assinante João Pinheiro Carneiro, da freguesia de Bairro.

Dentro de portas -“Nancy & Lee”

||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

“These Boots Are Made For Walkin’”impulsionou a carreira de Nancy Sina-tra. A canção, composta e produzidapor Lee Hazlewood, tornou-se numenorme êxito desde que foi lançadaem 1965. Deu origem a inúmerascovers, uma delas do nosso The Le-gendary Tigerman, cantada por Ma-ria de Medeiros em “Femina” (2019).

A parceria da filha de Frank Sinatracom Lee Hazlewood ganharia umaimportância diferente com “Nancy &Lee”. O álbum de 1968 traduz a ele-vada química entre os dois. Testemu-nhamos uma forte cumplicidade e auma fusão feliz entre a voz doce delae o barítono dele. Por trás assistimosa um arranjo de cordas elegante. Oterritório melódico é vasto. Ouvimosdiversas vezes risos e gargalhadasfemininas. A boa-disposição é notó-

Cumplicidadeentre umavoz doce eum barítono

ria, alicerçada pelo conforto e segu-rança que Lee proporciona. Na faixade abertura, “You’ve Lost That Lovin’Feelin’”, parece existir um empate téc-nico nas vozes sensuais. “SummerWine” destaca-se por incluir uma tex-tura cinematográfica. Lembramo-nos,de imediato, de “You Only Live Twice”,tema do James Bond com o mesmotítulo e que foi interpretado por Nancy.As gravações devem ter sido uma tor-tura. Ela estava demasiado nervosa eo compositor John Barry teve que usar25 takes para construir a composi-ção final.

O pop mistura-se com o countrypredominante, mas também há espa-ço para experimentalismo psicadélico.É o caso da misteriosa “Some VelvetMorning” que nos envolve na sua pai-sagem obscura e que nos surpreen-de pela dinâmica entre os dois intér-pretes. Estão em níveis distintos e cru-zam-se estranhamente no mesmo lu-gar. “Sand” é outro exemplo do po-der criativo do duo. Apreciamos co-mo os instrumentos nos transportampara outras dimensões.

A dupla ainda se juntou mais duasvezes. Em 1972 gravou “Nancy & LeeAgain” e, muito tempo depois, em2004 editou “Nancy & Lee 3”. No mes-mo ano, ela colaborou com Morrissey,gravando a música “Let Me Kiss You”.Estranhamente cada um gravou a suaversão. Lee faleceu dois anos depois. |||||

“O pop mistura-se com ocountry predominante,mas também há espaçopara experimen-talismo psicadélico

Julia Holter apresenta o mais recente dis-co em Guimarães no próximo dia 27 demaio, às 21h30, no palco do Centro Cul-tural Vila Flor (CCVF). Quando, em 2012,passou pela primeira vez pelo CCVF, acantora, compositora e multi-instrumen-tista tinha apenas um par de álbuns edi-tados e era pouco mais do que um se-gredo. À explosão de reconhecimentoque se seguiu a Have You In My Wilder-ness (2015), o trabalho em que mais cla-ramente flirtou com a pop, a compositorarespondeu com um regresso ao territó-rio mais abstrato e contemplativo que erajá o de Ekstasis, o disco que motivou asua primeira visita, e que agora atinge amaturidade em Aviary.

Residente em Los Angeles, o novo ál-bum de Julia Holter começou, de certomodo com uma pergunta. A artista de33 anos tropeçou numa intrigante ques-tão num romance do libanês-americanoEtel Adnan, que por sua vez parafrasea-va o filósofo alemão Friedrich Hölderlin:“Para que servem os poetas nestes tem-pos indigentes?”. Isso ressoou em Holter,

Julia Holterregressa ao palcodo Vila Flora 27 de maioCANTORA, COMPOSITORA E MULTI-INSTRUMENTISTANORTE-AMERICANA APRESENTA EM GUIMARÃES OSEU ÚLTIMO TRABALHO DE ESTÚDIO APARTIR DAS 21H30 DA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA.

que estaria a lutar para descobrir comofazer um trabalho significativo numa erade crise.

Mas também é possível dizer-se queAviary começou de forma mais simples,com Julia Holter sentada em frente dosseus sintetizadores com um microfone esimplesmente tocando até perder a no-ção do tempo. Improvisando e sabendoque poderia trabalhar aprofundadamentemais tarde, a artista concentrou os seusesforços apenas em gravar tudo, fazerperguntas sem respostas e encontrar res-postas para perguntas que ela ainda nemtinha começado a fazer.

Este álbum acabou por resultar numencontro entre estas duas abordagens, elogo ganhou vida quando ela começoua moldar as suas improvisações em com-posições mais completas, em colabora-ção com cúmplices de longa data comoKenny Gilmore e Cole MGN.

Os bilhetes para o concerto de JuliaHolter em Guimarães estão disponíveispelo valor de 15 euros ou 12,5 euroscom desconto e poderão ser adquiridos,como habitualmente, nas bilheteiras doCentro Cultural Vila Flor, do Centro In-ternacional das Artes José de Guima-rães e da Casa da Memória de Guima-rães, bem como na internet em www.ccvf.pte oficina.bol.pt. |||||

GUIMARÃES | MÚSICA

JULIA HOLTERAPRESENTA O MAISRECENTE DISCO EMGUIMARÃES, “ AVIARY”

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SEXTA, DIA 24 SÁBADO, DIA 25Céu limpo. Vento moderado.Max. 26º / min. 10º

Céu limpo. Vento fracoMáx. 29º / min. 12º

Céu limpo. Vento fraco.Máx. 29º / min. 12º

DOMINGO, DIA 26

ENTRE MARGENS | 23 MAIO 2019 | 03

Tlf: 252 871 309 Fax: 252 080 893 | [email protected]

CHAPEIRO | PINTURA | MECÂNICA GERAL

Rua Ponte da Pinguela, nº 224 | Vila das Aves

Funerária das AvesAlves da Costa

Telef. 252 941 467

Serviço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanente

Telem. 914 880 299Telem. 916 018 195

Maio couveironão é vinhateiro

É atriz, humorista e famosa peloseu estilo descontraído e sempapas na língua. Marcela Tava-res conta com mais de 800mil inscritos no youtube, qua-se 6 milhões de seguidoresno facebook e mais de 500milhões de visualizações nosvídeos que coloca nas várias

Marcela Tavaresem Santo Tirsopara concurso deyoutubersSANTO TIRSO RECEBE A 24 DE MAIO UMA DASELIMINATÓRIAS DO “YOUTUBERS CHALLENGE”QUE IRÁ COLOCAR QUATRO YOUTUBERS EMCOMPETIÇÃO E PROPORCIONAR UMESPETÁCULO DE MARCELA TAVARES, UMA DASMAIORES HUMORISTAS DO BRASIL.

plataformas. A 24 de maio, às21h30, irá marcar presença naFábrica de Santo Thyrso a pro-pósito do “youtubers challen-ge”, uma iniciativa da CâmaraMunicipal em parceria com aLayjan e a Rádio Nova Era.

A concurso, quatro youtu-bers terão o palco ao seu dis-por por 10 minutos para apre-sentar o conteúdo que deseja-rem. As atuações serão grava-das, publicadas no youtube e ovencedor, anunciado a 25 dejunho, será o que obtiver maiornúmero de visualizações.

A entrada tem um custo de4 euros para a público em ge-ral e 3 euros para os detento-res de cartão Santo Tirso Jo-vem. Os bilhetes podem seradquiridos na Loja Interativado Turismo, na Biblioteca Mu-nicipal, no Centro CulturalMunicipal de Vila das Aves e,no próprio dia, na Fábrica deSanto Thyrso. |||||

Elmano Sancho evoca a con-flituosa reviravolta de expeta-tivas em torno do seu nasci-mento para levantar o véu de“Damas da Noite”, o seu novoespetáculo: os pais esperavamuma menina, de nome já des-tinado, Cleópatra, mas nasceuum menino.

O ator e encenador preten-de, assim, dar vida a esse ou-tro desejado de si mesmo,como se este fosse uma espé-cie de duplo e existisse numarealidade paralela que a peça“Damas da Noite” encena.

‘Damas da Noite’ uma farsacom residência em FamalicãoPEÇA DE ELMANO SANCHO É UMA COPRODUÇÃO DA CASA DAS ARTES E TERÁ DUASAPRESENTAÇÕES. SEXTA E SÁBADO PELAS 21H30 NO GRANDE AUDITÓRIO.

Para erguer essa figura fic-cionada chamada Cleópatra,Elmano Sancho imergiu nomundo fascinante e provoca-dor do transformismo. Os ar-tistas transformistas “vestem apele de um outro, tentam serum outro. São “flores que seabrem de noite”, intérpretes deuma transformação “pautadapela transgressão, o descon-forto, a ambiguidade, a bruta-lidade dos corpos e a violên-cia das emoções”. Através des-sa interpretação paradoxal dadiferença, “Damas da Noite”

explora a presença ou ausên-cia de fronteiras entre realida-de e ficção, ator e personagem,homem e mulher, teatro eperformance, tragédia e comé-dia, original e cópia, interior eexterior, dia e noite.

Nesse jogo de relações,aposta-se a identidade comomatéria fluida, “rimbaudiana”,revelando o outro que somos,o estrangeiro que albergamos.

Os bilhetes têm o preço deoito euros e quatro para estu-dante e possuidores do car-tão quadrilátero cultural. |||||

FAMALICÃO | TEATRO

DEPOIS DA SUAPASSAGEM PELO TEATRONACIONAL S. JOÃO,“DAMAS DA NOITE” DEELMANO SANCHES (AOCENTRO, NA IMAGEM)CHEGA ESTE FIM DESEMANA A VILA NOVA DEFAMALICÃO. SEXTA ESÁBADO, ÀS 21H30, NACASA DAS ARTES

SANTO TIRSO | HUMOR

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04 | ENTRE MARGENS | 23 MAIO 2019

DESTAQUE

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Fazer com que as pessoas se interes-sem pela Europa, na sua versão polí-tica, tem sido uma tarefa herculiamenteperdida. As complexidades da logísticademocrática da União Europeia, sub-dividida em múltiplos órgãos commandatos políticos obscuros para amaioria da população não ajuda.

O que também não ajuda é o pas-sado recente ligado à crise financei-ra e à narrativa de diktat e imposi-ções vindas da europa que não pas-savam de cortes cegos e consequên-cias gravosas nas vidas das camadasmais frágeis da população.

Pode dizer-se que a reputação dasinstituições anda pelas ruas da amar-gura e o fosso que existe entre o in-divíduo comum e megaestrutura Bru-xelas-Estrasburgo é cada vez maior,sem sinais de diminuição.

A juntar a tudo isto está a inca-pacidade de falar sobre questõeseuropeias de forma simples, clara e

Porque se deveinteressarpelas ‘Europeias’?A POUCOS DIAS DAS ELEIÇÕES EUROPEIAS, O ENTRE MARGENS TENTOUPERCEBER A INFLUÊNCIA E IMPORTÂNCIA QUE O ATO ELEITORAL DE DOMINGOPODE TER PARA AS POPULAÇÕES NOS PRÓXIMOS ANOS. AFINAL, ESTÁ MAIS EMJOGO DO QUE PARECE À PRIMEIRA VISTA.

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

De acordo com o Edital publicado pelaCâmara de Santo Tirso, a quem competea determinação dos locais das assem-bleias de voto, as 7 secções de voto deVila das Aves vão funcionar no CentroCultural. Recorde-se que nas eleiçõesmais recentes as secções de voto estive-ram localizadas em pavilhões da EscolaBásica de 2º/3º Ciclo, junto do Estádio,os quais se encontram atualmente emobras de requalificação. Este é, aliás, oúnico caso no concelho em que há alte-ração da localização das secções de voto.

Mais, de acordo com nota do Ministé-rio da Administração Interna e uma vezque foi eliminado o número de eleitor,os cadernos eleitorais passam a estarorganizados por ordem alfabética e po-dem ocorrer alterações do local de votopor força das alterações nos cadernos.É de esperar que haja alteração no nú-mero da mesa a que os eleitores se habi-tuaram a dirigir-se dentro da mesmaassembleia de voto. Existe um serviçogratuito de SMS (3838) para confirma-ção do local de voto que será útil paraas freguesias que possam ter assembleiasde voto dispersas.

Há ainda outras alterações como adisponibilização de uma Matriz de Votoem Braille, que permitirá aos eleitoresportadores de deficiência visual vota-rem sozinhos, sem necessidade de acom-panhamento e a realização de um Pro-jeto Piloto de Voto Eletrónico Presen-cial, no distrito de Évora.

Outra novidade foi a possibilidadede votação antecipada: no passado do-mingo, decorreu o Voto Antecipado emMobilidade em todas as capitais de dis-trito e nas ilhas das regiões autónomasda Madeira e dos Açores. Inscreveram-se para votar antecipadamente 19 584pessoas, tendo a taxa de afluência atin-gido, em todo o país, os 76%. |||||

Votação do próximodomingo na Vila dasAves vai decorrerno Centro Cultural

ALTERAÇÕES ÀS LEIS ELEITO-RAIS PODEM ACARRETARMUDANÇAS NA SECÇÃO DEVOTO POIS FOI ELIMINADO ONÚMERO DE ELEITOR E OSCADERNOS ELEITORAIS ESTÃOPOR ORDEM ALFABÉTICA.

esclarecedora. Aliás, a julgar pela cam-panha eleitoral, a Europa tem passa-do ao lado do discurso político.

O problema é que sacudir paradebaixo do tapete a política europeiaantes das eleições de domingo podetornar-se num erro crasso. Sem hipér-boles, o ato eleitoral de domingo vaimoldar a próxima década de priori-dades políticas no país e consequen-temente a nível regional e local.

O QUE SE ELEGE NO DOMINGO?De modo sintético, as eleições de do-mingo vão eleger os deputados quevão compor o Parlamente Europeu doqual será formada a ComissãoEuropeia, em traços gerais, o mesmométodo utilizado na formação doGoverno em Portugal.

A chave do jogo são os fundos co-munitários, programados e geridosentre a Comissão e os Estados-mem-bro. Fundos esses que representamuma grande fatia da capacidade deinvestimento.

As eleições europeias revestem-se de uma importância maior porquecoincidem com um fim de ciclo, porum lado, e o início de uma nova era,por outro, que previsivelmente se alar-gará até 2030. Isto significa que serádurante o mandato de cinco anosda próxima Comissão Europeia for-mada a partir do Parlamento eleitono domingo que serão decididos,preto no branco, os desígnios para apróxima década.

A importância deste facto não po-de ser descurada. No domingo estáem jogo os próximos dez anos das

vidas de cada país, de cada região,de cada comunidade. A parte preocu-pante vem a seguir.

Os números da abstenção em elei-ções europeias em Portugal tem sidoastronómicos. Nas últimas europeiasrealizadas em 2014 votaram cerca de3,3 milhões de pessoas. Dois anosdepois, as legislativas apresentaramnúmeros totais a rondar os 5,4 mi-lhões, ou seja uma diferença de 2,1milhões de eleitores.

Este fenómeno não é novo. Desde1994 que a abstenção em eleiçõeseuropeias supera os 60 por cento,tendo registado o valor record preci-samente em 2014, fixando-se nos66,16 por cento. Segundo, o site Polí-grafo, “as previsões de que a taxa deabstenção nas eleições europeias po-derá superar a barreira de 70 por cen-to em Portugal são bastante plausíveis”,traduzindo a preocupação demons-trada pelo Presidente da República.

Como se podem combater estesnúmeros em plena era da informa-ção e desinformação constante, naera das redes e da instantaneidade,na era do populismo cavalgante?

A EUROPA EM SANTO TIRSOEm linha com a média nacional, noano de 2014 o concelho de SantoTirso registou uma taxa de absten-ção de 62,6 por cento. Por compara-ção, nas autárquicas de 2017 o va-lor fixou-se nos 33,8 por cento, sen-do que nas presidenciais de 2016foi de 45,1 e nas legislativas de 2015de 37,6 por cento. Como é que sepode desfazer esta diferença? Porquedevem os tirsenses se interessar comas eleições europeias?

O Entre Margens contactou os par-tidos com representação no concelhona tentativa de encontrar repostas eperceber o impacto das políticas euro-peias em território tirsense através deum questionário com quatro pergun-tas. (Até à hora de fecho da edição628 do Entre Margens, CDS e CDUnão enviaram respostas às questõesdirigidas por correio eletrónico).

Sobre a influência das políticas eu-ropeias a nível regional o sentimen-to geral expressado é que as orienta-ções e diretivas de Bruxelas têm umforte impacto à escala local. Quer oPS, quer o PSD revelam que a “UE des-tina ao desenvolvimento regional maisde um terço do orçamento”, sendoque os sociais-democratas destacamo combate “às assimetrias regionaisem termos económicos e sociais, im-pulsionando o crescimento económi-co e criando novos postos de traba-lho, ao mesmo tempo que pretende

Quando os fundoscomunitáriosfinanciam proje-tos de requalifi-cação urbana,Santo Tirso valo-riza-se sob oponto de vistado espaço públicoe ambiental”.

“Toda e qualquerestratégia dedesenvolvimentodo concelho nassuas políticaspúblicas passou epassa pelo inves-timento e políticaeuropeia.”

“É preciso coragempara cobrar im-postos a quem nãoos paga, acabarcom os paraísosfiscais na Europae definir mínimoscomuns detaxação dasgrandes empresas”.

PS

PSD

BE

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ENTRE MARGENS | 23 MAIO 2019 | 05

QUEM É QUEM?Na corrida ao Parlamento Europeu estão 17 listas, encabeçadas por: Paulo Sande (Aliança), André Ventura(Basta!), Marisa Matias (Bloco de Esquerda), Nuno Melo (CDS/PP), João Ferreira (CDU), Ricardo Arroja(Iniciativa Liberal), Rui Tavares (Livre), Vasco Santos (MAS), Paulo de Morais (Nós, Cidadãos!), Luís Júdice(PCTP/MRPP), António Marinho e Pinto (PDR), João Patrocínio (PNR), Pedro Marques (PS), Paulo Rangel(PSD), Elsa Mata (PTP), Fernando Loureiro (PURP) e Francisco Guerreiro (PAN).

desempenhar um papel nos desafiosfuturos, como as alterações climatéri-cas”. Já os socialistas assinalam que“apesar de nem tudo ter corrido bemem matéria de coesão social, econó-mica e territorial, uma vez que, ao fimde 30 anos de existência de fundoscomunitários, ainda há assimetriasinaceitáveis entre regiões, ninguémpode desvalorizar o impacto positivoque as políticas de desenvolvimentoregional tiveram em Portugal.”

É precisamente nessas assimetriaspersistentes que o Bloco de Esquer-da (BE) coloca a questão, afirmandoque “é necessária coragem” para ga-rantir “a soberania e capacidade derepostas às reais necessidades dapopulação”, dando como exemplo afalta de investimento na saúde oueducação pública, áreas que na vi-são do partido estão apertadas “porregras orçamentais europeias que nãoolham” a essas necessidades, prefe-rindo “interesses de banqueiros” e“empresas multinacionais que se re-cusam a pagar impostos.”

Da teoria à prática, a aplicação dosfundos europeus está bem patente nocrescimento e desenvolvimento da ci-dade e do concelho de Santo Tirso.O PSD avança mesmo que “80 porcento dos investimentos provêm defundos comunitários”, ou seja, acres-centa o partido ‘laranja’, “toda e qual-quer estratégia de desenvolvimentodo concelho nas suas políticas pú-blicas passou e passa pelo investi-mento e política europeia.”

O PS vai mais a fundo. “Quandoos fundos comunitários financiam

projetos de requalificação urbana,Santo Tirso valoriza-se sob o pontode vista do espaço público e ambiental,contribuindo para o combate às alte-rações climáticas, ao dar primazia àmobilidade suave. Quando a UniãoEuropeia financia projetos de empre-endedorismo e inovação, está a capa-citar o capital humano, nomeadamen-te os mais jovens, para os desafiosdo futuro. Quando os fundos comu-nitários comparticipam projetos comvista à criação de novas acessibilida-des, nomeadamente a áreas de aco-lhimento empresarial, Santo Tirso tor-na-se um território mais competitivo,com condições para atrair novos inves-timentos e, ao mesmo tempo, criarcondições para o crescimento da eco-nomia local, o que também permitemais e melhor emprego. Quando aEuropa comparticipa projetos inova-dores como o Museu Internacionalde Escultura Contemporânea (MIEC),Santo Tirso valoriza-se sob o pontode vista cultural e turístico.” Exemplosnão faltam, como na área da “educa-ção, cujo parque escolar tem sido cons-truído e requalificado com recurso afundos comunitários, e no ambiente,com a criação do sistema integradode despoluição do Vale do Ave.”

Os bloquistas apontam “os fun-dos do Norte 2020 que permitiramque Santo Tirso requalificasse inúme-ras escolas no concelho nomeada-mente duas em Vila das Aves”. Con-tudo, lembram que, por exemplo nocaso da implementação do PasseÚnico, tal só foi possível “porque os

principais transportes, como é o casodo comboio, são públicos”, que porvontade da União Europeia estariamprivatizados.

Nesse sentido, “há muita coisa queé preciso conquistar na próxima legis-latura do parlamento europeu de cin-co anos no Parlamento Europeu”, acres-centa o BE. “Para garantir um forteinvestimento nas escolas, nos hospi-tais, nos serviços é necessário cora-gem e vontade política para acabarcom a fuga das grandes empresasaos impostos. É preciso coragem paracobrar impostos a quem não os paga,acabar com os paraísos fiscais naEuropa e definir mínimos comuns detaxação das grandes empresas”, de-signa o partido.

Para os socialistas, há duas ques-tões fundamentais a levar em contanos próximos 5 anos: a defesa dasolidariedade, ou seja, Estado Social,“princípio inalienável e irrevogável noprocesso de construção da Europa”já que “a política orçamental, pese em-bora seja importante, não pode nun-ca sobrepor-se ao Estado Social eu-ropeu”; a correção dos critérios dedistribuição dos fundos comunitári-os” uma vez que a região norte “pe-sar de ser a região mais industriali-zada do país, é também a mais po-bre, quando comparada com outrasregiões portuguesas.”

No caso do PSD, é necessário darprimazia “à proximidade os eleitos comos eleitores e do poder europeu comas populações” de maneira a que “aspessoas reconheçam a importânciadas políticas europeias na sua vida.”

“Aproximam-se anos de grandesdesafios e de decisões importantescom reflexos em Portugal e na vida dosportugueses, pelo que ir votar no dia26 é contribuir para essas escolhas”,

rematam os sociais-democratas.“Nenhum desses grandes desafi-

os globais pode ser combatido ouresolvido sem a União Europeia”, sa-lienta o PS. “Face aos últimos aconte-cimentos, nomeadamente a granderecessão económica e o Brexit, o pro-cesso de construção europeia preci-sa de um novo impulso e de reajus-tamento de algumas deficiências quea crise pôs a nu, designadamente oaprofundamento da união monetá-ria, a compensação pelos efeitosassimétricos que o Euro tem nas di-ferentes economias, a recuperaçãodos danos sociais e económicos cau-sados pelo processo de ajustamen-to, um novo equilíbrio na gestão doscompromissos com vista à promoçãode um crescimento sustentável, a cri-ação de emprego, o controlo do défi-ce e a redução da dívida. Urge, defacto, fazer uma reforma da UniãoEuropeia”, realça o partido ‘rosa’ quediz ser “o maior defensor do projetoeuropeu em Portugal.”

É, segundo os socialistas, uma UniãoEuropeia que “tem de urgentementedar respostas concretas aos medos eangústias que minam a confiança doscidadãos no projeto europeu e nofuturo das novas gerações, para impe-dir o alastramento de fenómenos co-mo o populismo e o nacionalismo.”

A mesma UE que, para o Blocode Esquerda, se “intromete nos orça-mentos nacionais” e “assobia para olado quando os países não cumpremo seu dever humanitário de receberos refugiados que morrem aos mi-lhares no Mediterrâneo ou quandonão estão a ser tomadas as medidasnecessárias para reverter as alteraçõesclimáticas.” É precisa uma União “comvalores mais democráticos, que tenhao clima e os direitos humanos comoprincipal preocupação.”

No próximo domingo, dia 26 demaio é tudo isto que está em jogo.Um jogo jogado num estádio lon-gínquo cujos resultados vão ser sen-tidos à porta de casa. |||||

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06 | ENTRE MARGENS | 23 MAIO 2019

OPINIAO~~~~~

Eva Schloss, sobrevivente do holo-causto, escritora e amiga de infânciade Anne Frank, há muito que clamapor esse mundo fora que, hoje, sesofre precisamente da mesma inse-gurança, do mesmo sentimento deódio e intolerância que pariram o maishorroroso monstro que alguma vezpandemizou a humanidade, o na-zismo e a segunda guerra mundial.

Grita alto e bom som que nãoaprendemos nada com a devasta-ção provocada por este monstro.

E pensando bem, apesar de te-rem decorrido apenas 74 anos, averdade é que, para o grosso dahumanidade, este inferno é apenasuma longínqua memória numa irre-petível época negra, que aconteceunuma outra vida e num outro mun-do. Memória que, uma vez por outra,é resgatada das brumas do passa-do por um punhado de velhos com-batentes, que de olhos rasos de lá-grimas e peito crivado de medalhas,depõem flores e velhas fotografiasdesbotadas nos monumentos aosmortos da segunda grande guerra.

Mas, apesar disso, não posso crerque a humanidade escarre na me-mória dos 85 milhões de seres hu-manos que morreram violenta edolorosamente às mãos deste sata-nás... Que se atreva a apatanhar asvelhas feridas dos muito mais de 85milhões de seres humanos a quemforam arrancados os seus mais que-ridos entes... Que deixe a indiferen-ça embotar o horror dos milhões emilhões de seres humanos, que porele foram reduzidos à mais abjectadas escravidões...

Não pode ser possível que a hu-manidade enterre na poeira da His-tória, o maior inferno de ódio, mor-te, dor e destruição que alguma vezincinerou este planeta.

É verdade, que ultimamente o ódio,a intolerância, a exclusão e a insegu-rança se têm cevado à tripa-forra nasimensas misérias deste nosso treslou-cado mundo. E como sempre acon-tece em tormentosos tempos, multi-plicam-se, sem licença de Deus, os

As recentes e trágicas notícias do ter-ror no Sri Lanka contra cristãos quefestejavam a Páscoa em várias igrejase contra turistas em hotéis de Colom-bo, cometidos por fanáticos locais comligações ao Daesh em desespero decausa pela falência do seu Califadoe do Estado Islâmico a partir da Síria,suscitam-nos evocações e ecos de umpassado histórico de ligações de Por-tugal àquela ilha que Camões desig-nou por Taprobana e que por influ-ência Portuguesa veio a ser Ceilão, ailha da Canela e que, depois de umperíodo de dependência holandesapassou para o Império Inglês até setornar um país independente em 1948,sofrer uma guerra civil desencadeadapor grupos independentistas Tamil en-tre 1983 e 2009 para vir a gozar deuma década de relativa tranquilida-de e de grande surto turístico que oxa-lá não esmoreça na sequência des-tes graves atentados que causaramdesconfiança nas instituições políti-cas do país, suspeitas de terem agidocom condescendência e fraqueza con-tra o bando terrorista. Não será so-bre isto que vamos falar mas antesabordar um pouco da história do re-lacionamento luso-cingalês no perí-odo áureo da nossa expansão peloOriente e já no da nossa decadên-cia depois do domínio dos Filipes.

Ancorado numa plataforma estra-

A pretexto dos atos deterror no Sri Lanka

Adélio Castro

Nunca mais.

tégica do Índico, o Ceilão foi desde aantiguidade uma escala de passagemde aventureiros vindos da Eurásia pa-ra o subcontinente Indiano e o extre-mo Oriente e rezam as crónicas lusasque desde que os primeiros navega-dores chegaram em 1506, “o rei cin-galês concedeu a Portugal 300 arrá-teis de canela por ano em paga daprotecção dos seus portos, autorizoua colocação de um padrão (que ain-da lá permanece) de uma capela euma feitoria” (1), tendo, a partir dadécada de 1540, os portugueses quepor lá se instalaram, iniciado uma épo-ca de missionação que fez com quealguns reis locais se convertessem aoCristianismo e permitissem aos escra-vos que se convertessem um indultopara se tornarem livres. Fruto destaevangelização inicial, persiste aindahoje uma sólida minoria cristã (7,4%)num país de maioria budista (72%),ao lado de uma população com umapercentagem de 12,6 % de hindús ede 9,7% de fiéis muçulmanos, num“encontro consequente entre a cristan-dade e a civilização cingalesa”, comomuito bem diz uma estudiosa (2). Sa-bemos que transmitimos neste encon-tro de civilizações heranças genéti-cas mas também culturais em váriosdomínios desde a religião à arquitetu-ra, às artes da guerra e da defesa, aosusos e costumes e à língua, mas nãopodemos falar apenas do virtuosismoe exemplaridade ética e épica dos nos-sos feitos escondendo facetas trági-cas, vingativas e muitas vezes “terro-ristas” de muitas das nossas interven-ções por estas terras longínquas emque muitos nativos nos consideravamautênticos “piratas dos mares”.

A testemunhar este nosso ladopicaresco e feroz temos justamente onosso Camilo Castelo Branco numanovela de inspiração histórica - OSenhor do Paço de Ninães (3) - emque um fidalgo oriundo destas nos-sas terras de Landim, companheiroda tragédia de D. Sebastião em Alcá-cer Quibir, felizmente libertado dasmasmorras de Fez, deu com os cos-tados nas frotas do Oriente indo ar-ribar a Cochim a fazer fortuna onde,num naufrágio, “ali em uma hora seviu desfeito em fumo para mais demilhão e meio”, seguindo depois paraCeilão a recuperar o perdido, Ceilão

onde foi testemunha de episódios deterror protagonizados pelo Governa-dor D. Jerónimo Azevedo em guerracontra o “tirano de Candia” e tido por“fera espantosa aos próprios bárbaros”,exercendo as piores sevícias sobre apopulação. D. Rui Gomes, o protago-nista desta novela, herdeiro do Paçode Ninães e de um código de honracavalheiresco de defesa dos mais fra-cos, ele próprio se vê confrontado coma arrogância deste típico conquista-dor deslumbrado com os “fumos daconquista e do império” e não se aco-barda de o denunciar pela fantasia epela pena de Camilo, narrador, natu-ralmente sintonizado com os historia-dores e cronistas daquela época épi-copicaresca. D. Rui Gomes de Azeve-do lança à cara do vilão, por acasoseu primo, este libelo que é ao mes-mo tempo a mais feroz acusação con-tra os terrorismos do passado e dopresente, sobretudo quando invocamem vão um “nume transcendente: “Nãose há mister frades na Índia para desbra-var almas de gentios. Estes são quemmenos envergonham as faces do Criador.Frades, meu primo e senhor, quem maiscarece deles és tu e os da tua plana; sãotodos os que levam diante de si o padre coma cruz e o verdugo com o cutelo!” (.183)

E deixo via aberta para a leituraintegral deste livro paradigmático euma “bolinha vermelha” para o espe-táculo do terror patenteado por este“feroz canibal” em tudo semelhanteaos fanáticos destes novos velhostempos, homúnculos “sem pátria, semlei nem grei”. |||||

profetas que prometem paraísosamuralhados, agoirando, apocalípti-cos, que só os muros de exclusãonos salvarão do inferno dos outros.

Acredito, no entanto, que estaonda nunca será maremoto, quenunca será alta e negra o suficientepara impedir a humanidade de verque a sua História é uma sucessãode estrepitosas quedas de impérios,ideologias e muralhas que almeja-ram perpetuar os paraísos de poucose o inferno de muitos. Todos, semexcepção, ruiram, alagados em hor-rendos rios de sangue.

Está, por isso, mais que na hora deapostar na inclusão e na fraternidade.

Quero acreditar que a União Eu-ropeia foi concebida por um dos mui-tos gritos de “isto nunca mais”, queecoaram após a segunda grandeguerra, que nasceu em berço de fra-ternidade e predestinada a ser loco-motiva da prosperidade... de todos,sem excepção.

É certo que, ultimamente, o berçotem estado escondido lá num escon-so canto do sótão e a locomotivatem andado a menos de meio va-por, mas, mesmo assim, é justo quese diga que ela, tal como a demo-cracia, é o pior dos regimes políti-cos, à excepção de todos os outros.

É verdade que andam por lá,como por cá, um bando de gabirusa gozar com o pagode. É tambémverdade, que nas eleições para lá ejá agora também para as de cá, nemme lembro da última vez que voteisem enjoos. Atascados nesta pân-dega, é fácil cair na tentação de votarno primeiro gajo que garante quepõe isto tudo a ferro e fogo, ou fa-zer como os Ucranianos, que, far-tos de ver políticos profissionais ar-mados em comediantes amadores,resolveram eleger presidente, umcomediante profissional, armado empolítico amador.

Mas isso é abismo e não caminho.Nas próximas eleições europeias,

e já agora nas outras, temos de cor-rer com os profetas do ódio. Temosde votar o melhor possível, se ne-cessário com mola no nariz. Por maisque doa, temos de resistir até de-sencantarmos um sortilégio queponha aos lemes deste nosso tãotresloucado e frágil mundinho, osnossos melhores timoneiros.

Enfim, temos de amanhar umaforma de pôr os políticos a pau, ou,de pôr o pau nos políticos. ||||||

Luís Américo Fernandes

(1) “Taprobana e, mais além, a presença dePortugal na Ásia” de Benjamim Videira Pires;(2) “Ceilão, em Dicionário da História religio-sa de Portugal” de Silvana Roque de Oliveira;(3) “O Senhor do Paço de Ninães”, CamiloCastelo Branco com prefácio de Maria Isa-bel Rocheta, edições Caixotim.

“A testemunhar estenosso lado picaresco eferoz temos justamen-te o nosso CamiloCastelo Branco numanovela de inspiraçãohistórica - O Senhor doPaço de Ninães

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ENTRE MARGENS | 23 MAIO 2019 | 07

CARTOON // VAMOS A VER...

“EleiçõesEuropeias eparticipação ativa

Num artigo que escrevi no jornalEntre Margens do passado 28 defevereiro intitulado “Eleições Euro-peias e Legislativas: Que impacto anível local?” referi alguns aspetos daseleições do próximo domingo queaqui quero melhor explicitar. Relembroque um dos problemas que abordeifoi o da alta taxa de abstencionismoque se verifica nas Eleições Europeiasem Portugal e não só.

Consultados alguns números refi-ra-se que num universo de 9,7 milhõesde eleitores inscritos nos cadernoseleitorais, votaram nas Eleições Legis-lativas de 2015 aproximadamente 5,4milhões de pessoas, que correspon-dem a uma taxa de participação de55,9 por cento. Aqui abro um parên-tesis para referir que os números glo-

estes dois importantes atos eleitorais.Menos 22 por cento de votantes!

Após as Eleições Europeias de2014 a Direção Geral de Comunica-ção do Parlamento Europeu resolveuelaborar um estudo, baseado numinquérito europeu alargado, para pro-curar concluir das razões do afasta-mento dos cidadãos nas EleiçõesEuropeias, sendo que há alteraçõessignificativas entre vários países daUnião Europeia.

Sem procurar ser exaustivo o refe-rido estudo chegou a algumas das se-guintes conclusões referentes a 2014:

- A taxa média de abstencionismoao nível da União Europeia foi de57,5 por cento;- Um em cada cinco dos chamadosnão votantes decidiu abster-se nopróprio dia da votação;- 24 por cento dos eleitores nuncavotam;- 34 por cento dos chamadosabstencionistas impulsivosdecidiram não votar nos diasanteriores ou no próprio dia davotação.

Quanto às razões apresentadas paranão votar foram registados os seguin-tes resultados:

- 23 por cento revelaram falta deconfiança na política em geral;- 19 por cento invocaram ausênciade interesse na política;- 14 por cento invocaram “votarnão tem consequência/votar nãoaltera nada”;- 7 por cento invocaram o facto denão saberem muito sobre oParlamento Europeu, UniãoEuropeia ou as Eleições Europeias.

Castro Fernandes

Estes e outros resultados permitem-nos perceber muitas das razões doabstencionismo nas Europeias peloque se justifica que cada vez mais aUnião Europeia, o Parlamento Euro-peu e os países membros desenvol-vam esforços de informação e esclare-cimento com vista à aproximação doscidadãos europeus.

Interessantes são também outrasconclusões que nos dizem que os es-tudantes e os desempregados são dosmais preocupados com a mobilizaçãopara as Eleições Europeias e para aEuropa, embora os jovens entre os 18e os 24 anos sejam aqueles que apre-sentam maior taxa de abstencionismo,apesar de encararem como positivaa UE. Parecendo contraditório não oé! De referir também que entre as gran-des preocupações para a motivação pa-ra o voto há a realçar o desemprego, ocrescimento económico e a imigração.

Concluindo, faltando apenas trêsdias para as eleições sou defensor daparticipação ativa nas mesmas, inde-pendentemente da orientação políti-ca, por razões de cidadania de quenos dão bom exemplo os nórdicosque são os menos abstencionistas. |||||

bais de inscritos nos cadernos elei-torais não estão completamente cor-rigidos há muitos anos, pelo que astaxas de abstencionismo divulgadasultrapassam as taxas de abstencionis-mo reais. Como se compreende queexistam 9,7 milhões de eleitores quan-do a população estimada para Portu-gal seja de 10,3 milhões de eleitores,embora o número de eleitores incluaos portugueses emigrados?

Refira-se ainda que nas últimas Elei-ções Europeias de 2014 votaram apro-ximadamente 3,28 milhões de por-tugueses, o que corresponde a 33,8por cento de votantes. Já agora, osnúmeros das Eleições Europeias de2009 dizem-nos que votaram 36,8por cento dos eleitores, o que signi-fica que entre 2009 e 2014 vota-ram menos 278 mil eleitores.

O que podemos já concluir é quese em 2014 votaram 3,28 milhõesde eleitores nas Europeias e nas Elei-ções Legislativas de 2015 votaram 5,4milhões de eleitores, isso significa quenas Eleições Europeias votaram me-nos 2,12 milhões de eleitores, que éum número muito significativo entre

OS ESTUDANTES E OS DE-SEMPREGADOS SÃO DOSMAIS PREOCUPADOS COM AMOBILIZAÇÃO PARA AS ELEI-ÇÕES EUROPEIAS E PARA AEUROPA, EMBORA OS JOVENSENTRE OS 18 E OS 24 ANOSSEJAM AQUELES QUE APRE-SENTAM MAIOR TAXA DEABSTENCIONISMO, APESARDE ENCARAREM COMO POSI-TIVA A UNIÃO EUROPEIA.

Sou defensor da participação ativa nas mesmas,independentemente da orientação política, por razõesde cidadania de que nos dão bom exemplo osnórdicos que são os menos abstencionistas.CASTRO FERNANDES

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08 | ENTRE MARGENS | 23 MAIO 2019

ATUALIDADE

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O Rating Municipal Portuguêsé o único modelo integradode avaliação da sustentabili-dade dos municípios e foi di-vulgado recentemente numevento promovido pela Ordemdos Economistas.

Numa análise realizada en-tre 2016 e 2018 o documen-to coloca o município tirsensena 17ª posição do rankinggeral, sendo o quarto entre osconcelhos integrantes da ÁreaMetropolitana do Porto, atrásdo Porto, Maia e São João daMadeira. O ranking geral ana-lisa quatro grandes áreas, agovernança, a eficiência dacâmara municipal, o desenvol-vimento económico e social ea sustentabilidade financeira.

No que diz respeito à go-vernança, Santo Tirso aparecena 199º posição, surgindo no43º lugar em termos de eficiên-cia e na 141ª posição da tabe-la no que se refere ao desen-volvimento económico e social.

No entanto é na área da sus-tentabilidade financeira queSanto Tirso surge em destaque,sendo o quinto município en-tre trezentos e oito, facto quedeixou Joaquim Couto, presi-

Santo Tirso notop 5 dasustentabilidadefinanceiraDOCUMENTO DA ORDEM DOS ECONOMISTASCOLOCA O MUNICÍPIO TIRSENSE ENTRE OSVINTE MELHORES NO RANKING GLOBAL.

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Têm entre 16 e 30 anos, re-sidem em Santo Tirso e, nostempos livres são mentores.Transmitem conhecimentosnas áreas de tecnologias deinformação e comunicaçãoe desmitificam conceitos liga-dos aos formatos digitais emoficinas para grupos de ido-sos que decorrem em insti-tuições com valências de es-trutura residencial, centros dedia e centros de convívio.

O objetivo é promover,não só as competências di-gitais dos seniores, mas tam-bém fomentar a capacidadede intervenção e participaçãosocial e cívica dos jovens.“Trata-se de um projeto querepresenta um forte contri-buto a nível de desenvolvi-mento das relações interpes-soais e de partilha de expe-

Jovens ensinamidosos a usarnovas tecnologiasMEDIDA INSERE-SE NO PLANO MUNICIPALDE COMPETÊNCIAS DIGITAIS E LEVA JOVENSÀS IPSS CONCELHO PARA PARTILHARCONHECIMENTOS COM OS MAIS IDOSOS

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Em Roriz, ser mãe terá um no-vo incentivo. A junta de fregue-sia de Roriz em parceria coma Farmácia local vão ofereceraos bebés nascidos entre maiodeste ano e abril de 2020uma “mala de maternidade” novalor de 25 euros com umconjunto de produtos essen-ciais para os recém-nascidos.

“É apenas um miminho” re-vela Moisés Andrade, presi-dente da junta de freguesia deRoriz. “Sabemos que não é na-da de extraordinário, mas ajunta tem as suas limitações.A iniciativa serve para dar in-centivo à natalidade que sa-bemos é uma situação proble-mática”, explicou.

Para além da “mala de ma-ternidade”, a Farmácia de Rorizcompromete-se ainda a ofere-cer dez por cento de desconto

Junta de Rorizajuda novasmães da freguesia

dente da câmara muito satis-feito que vê como “um reco-nhecimento do trabalho queestá a ser feito.”

Diz o autarca que “Santo Tir-so está em franco crescimentohá vários anos e isso vê-se nodia-a-dia da população”, expli-cando que o executivo tem “le-vado a cabo uma estratégia dedesenvolvimento que, para alémde dar ênfase à promoção domunicípio fora de portas, se fo-ca também na melhoria daqualidade de vida da popula-ção, o que tem sido possívelalcançar sem investimentos me-galómanos, de forma a garan-tir a sustentabilidade.”

Por comparação, no rankingglobal do documento, Vila No-va de Famalicão surge na 74ªposição, a Trofa no 77º lugar,Paços de Ferreira em 264º eGuimarães no 124º lugar.

O estudo relativo aos 308municípios foi desenvolvidocom a colaboração de entida-des como o Tribunal de Con-tas, a Inspeção Geral das Fi-nanças ou o Instituto Nacio-nal de Estatística, no entantoa Associação Nacional de Mu-nicípios Portugueses (ANMP)já negou o envolvimento naelaboração do estudo. |||||

PARCERIA ENTRE A AUTARQUIA LOCAL E AFARMÁCIA DE RORIZ CRIA “MALA DEMATERNIDADE” QUE PRETENDE AJUDAR ASNOVAS MÃES E BEBÉS NASCIDOS NA FREGUESIAENTRE MAIO 2019 E ABRIL 2020.

durante três anos em produtosde higiene para estes bebés.

Para aceder, basta inscrever-se na junta de freguesia queapós o nascimento do bebéfará a entrega da mala de ma-ternidade e o vale para os des-contos na farmácia.

A medida foi aprovada emassembleia de freguesia dopassado dia 25 de abril e ra-pidamente se tornou viral nasredes sociais após a sua di-vulgação no facebook da jun-ta de freguesia.

“As pessoas têm mostradomuito interesse e as reaçõestêm sido muito boas”, adian-tou Moisés Andrade.

A medida tem duração atéabril de 2020 podendo serrenovável para os anos se-guintes pelas partes envolvidas.“O que queremos é oferecermuitas destas malas”, concluiuo autarca. |||||

SANTO TIRSO | CONTAS PÚBLICAS

SANTO TIRSO | TECNOLOGIA

riências entre gerações re-correndo à educação nãoformal”, sublinha o presiden-te da câmara, Joaquim Cou-to, explicando que “há tam-bém aqui uma componentemuito grande de combateao isolamento e à solidão”.

As oficinas prolongam-se ao longo de três meses,sendo que cada uma juntacerca de seis seniores. Paraalém de navegar na internete assistir a vídeos, os forman-dos exploram, entre outrasferramentas, programas deprodução de textos. As ofi-cinas decorrem, ainda assim,de acordo com as aptidõesdos grupos e os seus níveisde literacia. A Santa Casada Misericórdia e a Asso-ciação de Solidariedade So-cial de Areias são algumasdas Instituições que já es-tão a receber mentores. |||||

RORIZ | NATALIDADE

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ENTRE MARGENS | 23 MAIO 2019 |09

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Com olhos postos no futuro. A segun-da edição da mostra de educaçãode Santo Tirso trouxe à ‘Fábrica’ cercade quatro dezenas de instituições deensino e formação profissional dosmais variados âmbitos, numa perspeti-va de eliminar o estigma e apresentaraos jovens uma panóplia muito vari-ada de opções para os seus futuros.

“Estão aqui as universidades pú-blicas e privadas, os institutos, as es-colas, o ensino profissional”, enume-rou Joaquim Couto em declarações

Mostra de educaçãoevidenciouoferta formativaSEGUNDA EDIÇÃO LEVOU À FÁBRICA DE SANTO THYRSOESTABELECIMENTOS DE ENSINOSUPERIOR, SECUNDÁRIO E PROFISSIONAL.

Cartas Segurasreconhece turma daescola básicade São Martinho

A turma do quarto ano daescola básica de São Martinho,do professor Tiago Barros, foiuma das seis propostas distin-guidas pelo júri do desafio“Cartas Seguras” realizado noâmbito da nona edição do pro-jeto de educação financeira“No Poupar Está o Ganho”, or-ganizado conjuntamente daAssociação Portuguesa de Se-guradores (APS) e da Funda-ção António Cupertino deMiranda (FACM) dirigida àsescolas do ensino básico daregião norte do país.

A iniciativa teve como obje-tivo promover, de forma criati-va, a sensibilização das gera-ções mais novas em relação àimportância do seguro e daeducação financeira, para an-tecipar e minorar as situações

ALUNOS DO QUARTO ANO DISTINGUIDOSPELO PROJETO DE EDUCAÇÃOFINANCEIRA “NO POUPAR ESTÁ O GANHO”

de e transversalidade de um conjun-to de instituições que intervêm noprocesso educativo e na formação”.

Numa era onde a especificidadeda formação dos jovens é cada vezmais a moeda corrente no mercadode trabalho Joaquim Couto deixa amensagem para que os pais e famili-ares “deixem os jovens escolher, mes-mo que essas escolhas possam nãoparecer as mais adequadas porque omundo mudou tanto que aquilo quese passava há trinta anos não temnada a ver com o que se passa hoje.”

As profissões tradicionais continu-am a ter o seu espaço e a ser neces-sárias, contudo Joaquim Couto refereque no caso de Santo Tirso, o merca-do de trabalho “está ligado ao turis-mo, aos polímeros, à metalomecânica,ao ambiente e portanto é nessas áre-as que devemos unir esforços para quetanto quanto possível os jovens que vãosaindo das escolas tenham emprego.”

Com números do desempregofrancamente positivos, Joaquim Coutofez eco dos números de Isabel Cruz,diretora do IEFP, para demonstrar ocaminho que o concelho tem percor-rido nos últimos anos quer por açãoda câmara, quer por medidas doGoverno e melhoria do cenário eco-nómico internacional.

Há seis anos havia 17 mil desem-pregados e neste momento há 2 mile poucos e, desses, mais de cinquen-ta por cento são desempregos de lon-ga duração”, cuja colocação no mer-cado de trabalho é mais complexa.

O presidente da câmara destacaainda as medidas municipais na im-plementação de programas inovado-res nas escolas com especial atençãopara a vertente da cidadania e dosvalores democráticos. “O processoeducativo tem ser integral, de forma-ção para a cidadania e para a vidaativa, mas tem de ser suficientementeflexível para haver uma adaptação àscircunstâncias, aos territórios, às pes-soas, aos estratos populacionais deonde vêm as crianças”, concluiu. |||||

aos jornalistas reforçando a ideia deque é necessário colocar “tudo isto emcontacto com as empresas para queo emprego que se crie seja adequa-do ao mercado de trabalho”, ajudan-do também “a desmistificar essas di-ferenças e esse preconceito para comalguns cursos e algumas escolas”.

Dedicada em especial aos alunosdo 9º ano de escolaridade que te-rão que decidir por um novo caminhono ensino secundário e do 12º àsportas da entrada no ensino superior,a mostra é, segundo o presidente dacâmara, “marcada pela horizontalida-

de risco na vida quotidiana.O júri deste desafio reco-

nheceu seis escolas como ven-cedoras e selecionou uma men-ção honrosa, de entre mais detrinta propostas recebidas. Aspropostas selecionadas deramorigem à produção de dois ba-ralhos de cartas com ilustraçõese mensagens provenientes dosdiferentes trabalhos apresen-tados pelas turmas vencedoras.

“Cartas Seguras” é uma dasvárias iniciativas da APS, noâmbito do seu programa deeducação financeira, para in-centivar os jovens para o temados seguros e, de forma lúdica,promover a aprendizagem so-bre o valor social do Segurobem como a sua importânciano contexto de entidades sin-gulares e coletivas. |||||

S. MARTINHO | ESCOLA BÁSICA

SANTO TIRSO | EDUCAÇÃO

Deixem os jovens escolher, mesmo que essas escolhaspossam não parecer as mais adequadas porque omundo mudou tanto que aquilo que se passava há trintaanos não tem nada a ver com o que se passa hoje.”JOAQUIM COUTO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO

JOAQUIMCOUTOE A VE-READO-RA SÍL-VIA TAVA-RES NOARRAN-QUE DAMOSTRAEDUCATIVA

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10 | ENTRE MARGENS | 23 MAIO 2019

ATUALIDADE

SANTO TIRSO | DIA MUNICIPAL DO BOMBEIRO

Desfile pelas ruasda cidadecomo ponto altoCOMEMORAÇÕES SOFRERAM LIGEIRAS ALTERAÇÕESNO FORMATO, MANTENDO-SE COMO PRINCIPALPONTO DE INTERESSE O DESFILE DE MEIOS DAS TRÊSCORPORAÇÕES PELAS RUAS DA SEDE DO CONCELHO.

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Desde a primeira hora do dia 20 demaio que 60 enfermeiros do CentroHospitalar do Médio Ave (CHMA),nas unidades de Santo Tirso e Fama-licão, se recusam a fazer horas extra.

Em comunicado, estes profissio-nais com vínculo de contrato de tra-balho da função pública (CTFP) acu-sam a administração de não cumpriro “descongelamento das carreiras comas respetivas progressões dos profis-sionais” decidindo “unilateralmente‘apagar’ os 20 anos de serviço emprol da instituição, do SNS e da saú-de dos cidadãos deste grupo de en-fermeiros, considerando a atualizaçãode vencimento para o 1.º escalão pre-visto na carreira de enfermagem (‘sa-lário mínimo’ dos enfermeiros emPortugal), entre 2011 e 2013, comouma progressão, retirando os pon-tos atribuídos até então”.

“Esta deliberação coloca este gru-po de enfermeiros, grande parte de-les incluídos em grupos de trabalho,comissões, equipas de auditoria, ser-viços de apoio à prestação de cuida-dos com formação específica e ele-vado grau de experiência no mesmonível remuneratório de colegas re-cém-formados e recém-admitidos nainstituição”, esclarecem os profissio-nais na nota divulgada à imprensa.

Esta tomada de posição abrangeainda “outras atividades que não se-jam a prestação direta de cuidadosaos doentes, na tentativa de minimizaro impacto da medida na qualidadedos cuidados de saúde prestados aosutentes”.

Até à hora de fecho da edição628 do Entre Margens não possívelobter qualquer esclarecimento por par-te da administração do CHMA. |||||

60 enfermeirosdo CHMArecusam cumprirhoras extraPROFISSIONAIS QUEIXAM-SE DE “DESCRIMINAÇÃO”POR PARTE DA ADMI-NISTRAÇÃO RELATI-VAMENTE AO “DESCONGE-LAMENTO DAS CARREIRAS”

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Uma tradição que não passa de moda.No final de tarde do passado sábado,os bombeiros saíram à rua e mostraram-se à população que servem tão fiel-mente. Com organização dos Bombei-ros Voluntários de Vila das Aves, esteano o Dia Municipal do Bombeiro apre-sentou algumas novidades programáti-cas, de maneira a mexer numa fórmu-la que estava estagnada.

Depois do habitual hastear das ban-deiras, logo pela manhã, as três corpo-rações de bombeiros do concelho (Viladas Aves, Santo Tirso e Tirsenses) jun-taram-se aos restantes agentes de pro-teção civil para um torneio de futeboldisputado no Parque Sara Moreira.

Para o crepúsculo ficou o ponto altodas comemorações. Os homens, as mu-lheres, os meios operacionais desfila-ram em corso pelas ruas da cidade entreos Paços do Concelho e a Fábrica deSanto Thyrso com passagem no LargoCoronel Baptista Coelho, onde estavaposicionada a tribuna oficial.

Segundo o presidente da câmarade Santo Tirso, “este é um dia de reco-nhecimento e de consideração públi-ca das corporações de bombeiros quefazem um trabalho insubstituível noconcelho” sublinhando que sem o seutrabalho e compromisso “a proteçãocivil em geral não funcionaria.”

Joaquim Couto assinala que “o des-

file é muito importante porque é umademonstração dos recursos humanos,organização e material logístico queos bombeiros têm”, tornando-o impres-cindível nestas celebrações.

Quanto ao restante programa, “foialterado por sugestão das partes” jáque “a coordenação do ponto de vistaprático pertence à corporação a quemé atribuída, neste caso os BombeirosVoluntários de Vila das Aves.”

Neste dia dedicado aos bombeiros,o autarca destacou ainda a importân-cia da criação de uma lei de financia-mento dos bombeiros “com critériosobjetivos muito claros à semelhançadas restantes forças de proteção civil.”

“Ainda recentemente eu próprio fizuma insistência com o Ministério daSaúde para que atualize as taxas e astabelas de transportes dos bombeirospara o trabalho que desenvolvem parao serviço nacional de saúde, porque astaxas que atualmente estão em vigorsão tabelas com muitos anos e não co-brem sequer os custos dos bombeirosnesse trabalho”, revelou Joaquim Couto.

Por parte da câmara, o presidentesublinha que “dá os apoios possíveisdentro da capacidade orçamental”, noentanto deixa bem vincado que “é aoEstado que cabe financiar as corpora-ções de bombeiros e as câmaras mu-nicipais devem fazê-lo de um modosupletivo”. Daí a importância de umanova lei de financiamento. |||||

SAÚDE

A ORGANIZAÇÃODO DIA MUNICIPALDO BOMBEIROFICOU A CARGO,ESTE ANO, DAASSOCIAÇÃOHUMANITÁRIA DOSBOMBEIROSVOLUNTÁRIOS DEVILA DAS AVES

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ENTRE MARGENS | 23 MAIO 2019 | 11

‘Fábrica’ foi casa dosempreendedores do futuro

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Os negócios do futuro apresentados pe-los empreendedores do presente. A Fá-brica de Santo Thyrso recebeu a sessãode apresentação das ideias vencedorasdo concurso ‘Santo Tirso Empreende’ quedurante os últimos meses tem apoiadoum conjunto de jovens empreendedo-res no desenvolvimento das suas ideiasde negócio nas áreas de serviços turísti-cos, design, moda e design de moda.

FINAL DO “SANTO TIRSO EMPREENDE” REVELOU OS PROJETOSVENCEDORES DO PROGRAMA DE INCUBAÇÃO NAS ÁREAS DE SERVIÇOSTURÍSTICOS, DESIGN E MODA.

SANTO TIRSO | EMPREENDEDORISMO

Segundo Joaquim Couto, presidenteda câmara de Santo Tirso, esta iniciativaé “não é só fundamental para a câmara,é fundamental para o país”, já que numaera global “compete à câmara o papel defacilitador e estimuladores da atividadeempresarial e do empreendedorismo.”

Neste sentido, o autarca mostrou-se“agradado” com o conjunto de ideias “apa-rentemente simples mas que têm capaci-dade empresarial, capacidade de crescere ser negócio”, mostrando que a “capaci-

dade de gerar emprego próprio, a capa-cidade de inovar presente no tecido em-presarial merce ser salientado.”

No final de tarde da passada terça-feira, no auditório do iMod os candida-tos subiram ao palco com cinco minutospara tentar convencer o júri especializa-do que no final iria decidir os três premi-ados em cada categoria que terão direi-to a um período de incubação gratuitode seis meses na Fábrica de Santo Thyrso.

Na especialidade de serviços turísti-cos o projeto vencedor foi “xp.riens local”de Bruno Marques. “Foi incrível o apoioque foi dado aqui”, refere o empreende-dor. “Não só pelo apoio financeiro maspela experiencia que as pessoas envolvi-das nos passaram. Quando começamostínhamos a ideia de atacar apenas um mer-cado e em conversa com os formadores aideia foi expandindo até que agora o obje-tivo é estar em 4 mercados diferentes”.

O projeto é uma aplicação para tele-móvel onde o turista vai ter todas as expe-riências que adquiriu numa agência de via-gens ou diretamente num animador turís-tico e vai conseguir aceder através do GPSà localização dessas atividades e conse-gue entrar em contacto através do WhatsAppe inclusive comprar novas experiências.

Em design o primeiro prémio foi para“Modular Up – Interior Design” de Meire

Santos e Bernardette Soares uma ideiaque surgiu em meio académico com odesenvolvimento de superfícies a partirde resíduos limpos vindos, inicialmente,da indústria do calçado aplicadas a obje-tos de decoração. Com os olhos postosna internacionalização, duas sócias têmem perspetiva candidaturas a fundos co-munitários. “Foi muito trabalho ao longodestes seis meses, mas adoramos todo oapoio que tivemos, toda a formação quenos ajudou imenso para o desenvolvi-mento do nosso projeto e crescimentoda nossa marca.”

No caso da moda e design de modaas grandes vencedoras foram Ana Eusé-bio e Catarina Gonçalves com o projeto“Less by Less”. Presentes via Skype por seencontrarem em Milão, as duas jovensempresárias apresentaram marca de ves-tuário que prima pela sustentabilidade,através do desenvolvimento de peças quenascem do aproveitamento de desperdí-cios de fábricas têxteis.

Foram ainda distinguidos os projetos“Estampa Fair”, “Bebé d’algodão”, “SetterBags”, “Era uma vez – Upcycling projects”,“Sentidos à Mesa” e “Eye Kitchen”.

O concurso de ideias da iniciativa “San-to Tirso Empreende” tem em vista uma novaedição com a abertura de candidaturas adecorrer já a partir do dia 1 de junho. |||||

NA IMAGEM,BRUNOMARQUES,PRIMEIROCLASSIFICADO NAÁREA DESERVIÇOS DETURISMO. EMBAIXO, OPROJETOVENCEDOR DÁÁREA DE DESIGN

FESTAS DA VILA 2019 DECORREM DE 31 DE MAIO A 2 DE JUNHOA Junta de Vila das Aves divulgou o cartaz para a edição de 2019 das festas da vila, que este ano voltam a acontecer noprimeiro fim de semana de junho, mas mudam-se de malas e bagagens para a zona do Estádio do Clube Desportivo dasAves. Na sexta-feira, as crianças poderão divertir-se nos insufláveis e waterslide, enquanto ao serão haverá um desfile demoda (21h30) e o DJ Lino Sampaio (23h). Sábado pertence à festa da espuma (17h30) e às atuações de Friends Band(21h30) e Quatro Claves (22h30). No domingo, a caminhada solidária reverterá para a Liga Portuguesa contra o cancro(10h30) e a encerrar as festividades a atuação de Union Salsera (18h) e a comédia de João Seabra (21h).

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CULTURA12 | ENTRE MARGENS | 23 MAIO 2019

Exposição celebraseis décadas dePalácio da Justiça

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Um edifício que conta histórias e quefaz parte dela. O Palácio da Justiçacelebrou na passada sexta-feira 60

MOSTRA CELEBRA A ARTE, ARQUITETURA EJUSTIÇA QUE DERAM VIDA AO EDIFÍCIODURANTE 60 ANOS NO CORAÇÃO DA CIDADEDE SANTO TIRSO.

Vila das Aves recebebrinquedo tradicionalportuguês

Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda.Av. Comendador Silva Araújo, nº 3594795-003 Vila das AvesTel/Fax: 252 941 105TLM: 919 696 844Email: [email protected] www.cinaves.com

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Quer proporcionar aos maisnovos uma viagem ao passa-do e trazer aos mais velhos asboas memórias de outros tem-pos. O Centro Cultural Muni-cipal de Vila das Aves vai ter,em exposição, brinquedos detodas as cores e formatos, queexploram materiais como amadeira, a chapa e o plástico.

Os espólios de Júlio Penela,herdeiro da Pepe Jato, uma dasmais antigas e importantes em-presas de produção de brinque-dos, e da Junta de Freguesiade Alfena são o ponto de par-

EXPOSIÇÃO PATENTE NO CCMVA DURANTE TODOO MÊS DE JUNHO UMA CENTENA E MEIA DEBRINQUEDOS TRADICIONAIS QUE INTEGRAMOS ESPÓLIOS DE JÚLIO PENELA E DA JUNTA DEFREGUESIA DE ALFENA.

VILA DAS AVES | EXPOSIÇÃO

tida da exposição. A eles jun-ta-se Manuel Moreira da Silvae a família Moura, oriundosda freguesia de Ermesinde, queacrescentam valor à exposiçãocom peças de folha de flandres,pasta de papel e plástico.

Em paralelo, são promovi-das um conjunto de oficinasdestinadas às escolas e gru-pos organizados, mediantemarcação prévia. A inscriçãoé gratuita e pode ser feita atra-vés do email [email protected] ou do telefone252 833 428. A exposiçãoestará patente até 30 de ju-nho e tem entrada livre. |||||

anos desde a sua abertura no cora-ção da cidade de Santo Tirso. Ergui-do numa outra era política, em ple-no Estado Novo, serviu de pontofulcral da Comarca Judicial de SantoTirso, hoje inexistente, integrando aComarca do Porto.

De modo a assinalar a ocasião,foram convidados dois artistas, quetambém são oficiais de justiça paraexporem algumas das suas obras ecelebrar a comunhão entre a arte, aarquitetura e a justiça.

Paulo Silva tem como hobby a fo-tografia trouxe a Santo Tirso um con-junto que trabalhos que representam“uma terapia em relação à profissão.”Da mesma forma Eduardo Andrademostrou-se orgulhoso em poder ex-por as suas esculturas poder “numlocal com tantas obras de arte de ar-tistas conceituados”.

Por sua vez, José Rodrigues daCunha, Juiz presidente do tribunaljudicial da Comarca do Porto, desta-cou a importância do edifício em vá-rias áreas. “A importância, desde logo,pelo edifico em si, pela relevância queteve para a antiga comarca de SantoTirso onde fui juiz de círculo, para aspopulações dos municípios que nes-te momento são servidos e impor-tância em termos arquitetónicos eartísticos.”

A exposição estará patente até 19de junho e conta com o apoio dacâmara municipal. Joaquim Couto,autarca, mostrou-se orgulhoso por as-sinalar a data referindo ainda queSanto Tirso, ao nível da justiça, temuma posição privilegiada nomeada-mente porque alberga o juízo doComércio cuja área de intervençãose estende aos oito municípios anorte do Douro.

Segundo o presidente da câmara,numa era onde “a justiça é por vezesvista com alguma opacidade e poucaabertura, assiste-se a um movimentoinverso de abrir os tribunais à comuni-dade”, assinalou. “Fazer uma sessão des-tas seria impossível noutra época.” |||||

SANTO TIRSO | EXPOSIÇÃO

A EXPOSIÇÃO FICAPATENTE ATÉ19 DE JUNHO

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Fernando Casás devolvea natureza à casade Alberto Carneiro

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Em mote de celebração. Celebração domuseu, da sua sede, de três anos de tra-balho profícuo. A sede do Museu Inter-nacional de Escultura Contemporânea(MIEC) abriu ao público em maio de2016 e desde então tornou-se no cen-tro da atividade cultural no concelho deSanto Tirso, passagem obrigatória paraquem visita a cidade.

Contudo, mais do que um cartão devisita ou um postal de viagem, o MIECalberga um espólio de arte pública eatividade museológica cada vez mais ricoa cada dia que passa. Basta olhar de re-lance para os nomes que por ali já expu-seram em nome próprio: de Pedro CabritaReis a Fernanda Fragateiro, Amy Yoes aRobert Schad, herdeiros do sonho deAlberto Carneiro.

É mesmo com Alberto Carneiro namemória que Fernando Casás trouxe aoMIEC a mostra “Depois de Marte”. O ar-tista espanhol que passou grande parteda sua vida no Brasil não esconde essetributo ao mentor do MIEC. Aliás, dei-xou-a bem clara.

“Eu e o Alberto Carneiro conhecemo-nos e em dez minutos erámos irmãos.Ele sabia que eu existia há dez mil anose eu o mesmo”, confessou Fernando Casásem conversa com os jornalistas na aber-tura, em Santo Tirso, da sua exposição.

ARTISTA ESPANHOL ESTREOU “DEPOIS DE MARTE” EM PLENOFIM DE SEMANA DE ANIVERSÁRIO DA SEDE DO MIEC.

www.ortoneves.pt

Com foco na natureza, ou pelo menosdo que dela resta, Casás diz-se “recolectorde cadáveres” numa obra que consideraversar sobre esse egocentrismo humanoque pensam ser os únicos seres inteli-gentes na natureza. “Todos nascemos deum protozoário, porque só os humanostêm inteligência e consciência?”, questio-na. “Aposto mais na inteligência e sensi-bilidade de uma pedra, de uma árvoreou de um animal.”

Tiago Araújo, vereador da cultura dacâmara municipal de Santo Tirso, explicaque a exposição de Fernando Casás noMIEC surge pouco depois da inaugura-ção da mais recente escultura parte doespólio ao ar livre, localizada na rotundada central de transportes junto à PraçaCamilo Castelo Branco, em homenagemprecisamente a Alberto Carneiro.

“O facto de estrarmos a celebrar o ter-ceiro aniversário do MIEC é um momen-to muito importante para o município deSanto Tirso até porque o espólio ao arlivre já existe há quase 30 anos esteedifício, projeto por Souto Moura e SizaVieira, deu uma alavanca no desenvolvi-mento da promoção da arte pública”, re-alçou o vereador.Fernando Casás não perdeu a oportuni-dade de deixar uma mensagem para o“irmão” que faleceu em 2017. “O AlbertoCarneiro não morreu, ele está aí. A pro-va é isto à nossa volta.” ||||||

SANTO TIRSO | EXPOSIÇÃO

Eu e oAlbertoCarneiroconhecemo-nos e emdez mi-nutoserámosirmãos.Ele sabiaque euexistiahá dezmil anose eu omesmo”.FERNANDO CASÁS(NA IMAGEM,LADEADO PELOVEREADOR DACULTURA,TIAGO ARAÚJO)

AVENTURAS DE SERAFIM E MALACUECO NO CCMVAÉ uma adaptação do Teatro Aviscena da peça original de António Torrado, “Serafim e Malacueco na corte do ReiEscama”, que narra a história de dois amigos vagabundos, Serafim e Malacueco, e das suas aventuras atéchegarem à corte do rei Escama onde ficam a servir até conseguirem escapar. Espetáculo marcado para o dia 1de junho, pelas 16h no Centro Cultural Municipal de Vila das Aves. A entrada é gratuita, ainda que sujeita àlotação da sala e mediante levantamento de bilhete no CCMVA. A bilheteira abre uma hora antes do espetáculo.

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DESPORTO

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No verão de 2016, Vera Assunçãoencontrava-se numa encruzilhada. Emrota de colisão com o clube da pri-meira divisão onde militava por “de-sacreditar nos valores” que, no seuentender, são os valores desportivos,ficou com uma decisão difícil nasmãos. Encontrar outro clube que lhedesse oportunidade ou deixar de pra-ticar o desporto que sempre foi o seu.Foi então que apareceu o salva-vi-das. José Luís Nogueira, dirigente, ti-nha ficado encarregue de orientar areativação do voleibol no Desportivodas Aves com foco no setor femini-no. Consigo trazia o múltiplo treina-dor campeão, Manuel Barbosa.

“Ninguém acreditava”, mas VeraAssunção trocou mesmo a primeiradivisão pela terceira. O resto é histó-ria. Capitã da equipa avense desde oprimeiro dia, a revolução a que se estáa assistir na modalidade na Vila das

ENTREVISTA – VERA ASSUNÇÃO

“É completamentesurreal. Não existeisto em maisnenhum clube.”CAPITÃ DA EQUIPA SÉNIOR DE VOLEIBOL DO DESPORTIVO DAS AVESFAZ A RETROSPETIVA DOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS DA MODALIDADE.DO REATIVAR DA SECÇÃO PRATICAMENTE DO ZERO ATÉ À SUBIDA AOPRINCIPAL ESCALÃO COMPETITIVO EM PORTUGAL

Aves também tem as suas impressõesdigitais. Três anos volvidos, o Aves che-ga ao convívio dos grandes com um‘elan’ único no voleibol nacional. Depavilhão cheio em pavilhão cheio, osonho agora é outro.

O Manuel Barbosa dizia em 2016que queria tornar o “Aves numa re-ferência do voleibol”. A subida à pri-meira divisão é um sentimento deobjetivo cumprido ou apenas o co-meço de uma nova etapa?É um misto. É sentimento de objetivocumprido porque há três anos tudoisto era apenas uma nuvem do quepoderíamos conseguir. Quase nin-guém acreditou em nós. Quando oprofessor Manuel Barbosa e o JoséLuís Nogueira falaram comigo não ha-via equipa, não havia nada, ninguémsabia que ia recomeçar o voleibol doAves. Mas é também um sentimentode que agora estamos onde queremose vamos desfrutar daquilo para o qualtrabalhamos ao longo destes anos.

Quando conversámos para uma re-portagem do Entre Margens em no-vembro de 2016 tinhas acabado dechegar a um clube novo, a um projetoa começar literalmente do zero. Trêsanos despois como é que olhas emretrospetiva para todo este percurso?É verdade não tínhamos nada. Eu es-tava num clube que já desacreditavanos valores desportivos e, para mim,ou deixava de jogar voleibol ou iriapara um clube que me desse essa se-gurança de me passar os valores em

que acreditava. O Aves passou-meisso. No início só tínhamos duas bolase uma rede, mas hoje temos imensasmiúdas na formação, imensos adep-tos onde raramente temos o pavilhãovazio. É um sentimento muito bomde objetivo plenamente cumprido.

Relativamente à estrutura, começardo zero e hoje olhas à tua volta e vêstoda esta envolvência dos escalõesde formação a sustentar uma equi-pa sénior da primeira divisão. É im-portante sentires este suporte?Completamente. Mesmo na primeiradivisão não vejo nenhum clube comtanta massa adepta, com tanta forma-ção, a ir ver os nossos jogos. Eu lem-bro-me de ser miúda e ser uma guerrapara ser apanha bolas nas seniorese aqui isso existe. É uma guerra por-que todas querem ir. Isso só vejo aquino Aves. Só vejo no Aves as pessoasa deslocarem-se a Lisboa de auto-carro para nos irem apoiar. É ummundo completamente diferente.

O ano passado depois de uma faseregular brilhante não conseguiramconcretizar o objetivo da subida. Umano depois naqueles dois embates

com o Sporting estiveram na frentedo marcador em múltiplas ocasiões,mas acabaram por ceder. Sentiramessa pressão?É claro que sentimos a pressão, so-bretudo depois da primeira derrotaem casa contra o Sporting. Agora, naminha opinião, o nosso êxito desteano deve-se ao facto de no ano pas-sado termos muito boas jogadoras eeste ano termos muito boas atletas euma grande união de equipa. O cam-peonato foi igualmente competitivo,ótimas equipas, mas essa foi a princi-pal diferença.

Acabou por acontecer no play-off desubida, frente ao Lusófona, pratica-mente a mesma situação que nessesjogos com o Sporting. Perderam emcasa depois de estarem na liderançado marcador. Qual é que foi cliquepara conseguirem dar a volta à eli-minatória?Não sei dizer qual foi o clique. A uniãoda equipa foi fundamental e depois

FOTOGRAFIA DE APRESENTAÇÃO.EM 2016, VERA ASSUNÇÃO ERA APRIMEIRA ATLETA A SERREVELADA COMO JOGADORA DANOVA SECÇÃO DE VOLEIBOL.

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penso que a nível técnico éramos cla-ramente superiores às nossas adver-sárias. Depois tínhamos aquela ân-sia de dar aos nossos adeptos essasatisfação. Nós sabíamos que ao ga-nhar no sábado dificilmente no do-mingo iríamos fraquejar. Assim foi.

O que é que um treinador vos tentacomunicar numa situação dessas?A única coisa que ele nos disse foique éramos capazes de dar a volta. Anível técnico pouca coisa se alterouporque não ia ser no espaço de doisdias que íamos alterar muita coisa. Pen-so que foi aquela força psicológica quenos faltou em relação ao jogo em casa.

No teu caso, enquanto capitã de equi-pa durante estes três anos, o que maiste ficou na memória deste grupo detrabalho? O que te deixa mais orgu-lhosa?O que mais me deixa orgulhosa é oobjetivo cumprido. Quando saí daprimeira divisão para uma terceira di-visão tive imensas mensagens a di-zer-me para não ir porque era umaestupidez. Ninguém acreditava. Só quemais do que as vitórias, aprendi mui-to aqui no Aves. Não só no voleibol,como no ambiente bairrista que aquise vive. Quanto às minhas colegas,algumas já foram embora, outras vol-taram, mas acho que a grande dife-rença deste clube para os outros éque quem entra, entranha a místicaavense. Sente o clube. Basta entrar ecomeça a sentir. É a grande diferen-ça e o que me deixa mais contenteao longo destes três anos.

Sobre essa mudança de um clube daprimeira divisão que dizes “desacre-ditar nos valores do desporto” parauma terceira divisão, tiveste que mu-dar algum tipo de chip, como é quefoi essa transição para ti? Algumavez tiveste dúvidas?Não. No clube em que estava, desa-creditava por completo nos valoresque eram praticados lá, portanto sótinha uma opção: ou deixar de jogarou ir para outro clube em que podiater êxito. Não tive que mudar chipnenhum. Simplesmente fui eu. O pro-jeto que me apresentaram e o objetivoa que se propuseram era exatamenteaquilo que idealizava.

Falaste dos adeptos e dizias que tenssempre pavilhão cheio de gente eque vos acompanham a Lisboa. Hojejá vês isso como um dado adquiridoou ainda te surpreende a dedicaçãoem certas situações?Fico surpreendida sobretudo quan-

do vamos às ilhas e temos lá adep-tos. Uma modalidade amadora, se-gunda divisão, é completamente sur-real. Não existe isto em mais nenhumclube. E não são os nossos familia-res que vão. Noventa por cento dosnossos adeptos são pessoas que na-da têm a ver connosco, são pessoasque começaram a gostar de voleibola ver-nos jogar porque dantes nemsequer havia a prática de ir ao volei-bol. E agora, se calhar, todos os do-mingos há pessoas que se deslocamde propósito para nos ir ver.

Penso que a primeira vez que deu oclique com o público foi naquela “Fi-nal Four” de subida à segunda divi-são organizada no pavilhão do Aves.Ainda te recordas disso? Como é quedescreves estar em campo a jogarperante aquele pavilhão onde já nãocabia uma sombra com aquele baru-lho ensurdecedor?Nós sempre tivemos muita gente, éverdade, sobretudo para uma tercei-ra divisão. Mas nessa final houve mui-tos adeptos que nem sequer sabiamque existia voleibol e foram pela pri-meira vez. Essa final coincidiu tam-bém com a festa da subida do fute-bol profissional à primeira liga, por-tanto o pavilhão estava abarrotar com-pletamente. Mesmo para as adversá-rias foi tremendo. Ainda hoje falocom pessoas de outros clubes e todaa gente menciona o dia da final por-que o pavilhão estava incrível. Todosos jogadores gostam de jogar compavilhão cheio. Esse dia, para quemo viveu, será difícil de esquecer.

Há muitos atletas que dizem que seabstraem do público quando estãofocados no jogo. Faz realmente a di-ferença ter as bancadas cheias comesse apoio dos adeptos?Na minha opinião faz muita diferen-ça. Faz toda a diferença, aliás. O volei-bol é diferente porque se joga porpontos, no final do ponto festejamose acaba por haver mais interação coma bancada.

Agora na primeira divisão, é este olugar a que pertence o voleibol doDesportivo das Aves? É este o localque imaginavas quando iniciasteesta caminhada há três anos?Sim, completamente. O objetivo foicumprido e sinto-me muito grata porfazer parte deste percurso do volei-bol do Desportivo das Aves. Achoque o Desportivo das Aves mereceestar na primeira e ser levado o maisalto possível. Quem sabe, sermos cam-peãs nacionais. |||||

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Os sub-23 do Desportivo das Avesconfirmaram a conquista histórica daLiga Revelação somando a vitória naTaça Revelação. Os jovens avensesbateram o Rio Ave na final disputadaem Águeda por 2-0, com golos apon-tados por Ricardo Rodrigues.

Em jogo muito disputado entreaquelas que foram as duas melhoresformações do campeonato, as opor-tunidades surgiam quer de um lado,quer do outro. O Rio Ave mais emposse, como é seu costume, o Despor-tivo a explorar a rapidez do trio dafrente, Abdoulaye, Miguel Tavares eRicardo Rodrigues.

E foi mesmo pelos pés de Ro-drigues que o CD Aves se adiantouno marcador. À passagem do minu-to 27’, Abdoulaye iniciou o lance apartir do lado direito, fez uma tabela,libertou-se pela linha de fundo e ser-viu para o coração da área onde ooportuno Ricardo Rodrigues apare-ceu entre os centrais vila-condensese finalizou com sucesso.

Não faltaram oportunidades parao Rio Ave conseguir o empate. A equi-pa de Vila do Conde tomou contado encontro, ímpeto que se esten-deu ao início da segunda parte ondedispuseram de duas oportunidadesflagrantes para repor a igualdade no

Rodrigues carimba‘dobradinha’ com conquistada Taça RevelaçãoAVANÇADO BISOU NA FINAL DE ÁGUEDA FRENTE AORIO AVE E OFERECEU AO DESPORTIVO‘DOBRADINHA’ EM COMPETIÇÕES SUB-23.

resultado. Duas bolas ao ferro cau-saram o pânico entre os muitos aven-ses nas bancadas e o desespero en-tre as gentes de Vila do Conde.

Só que aos 61’, Aflalo, guarda-redesavense, repõe a bola em jogo no meio-campo rioavista, Abdoulaye ganha decabeça entre os centrais adversário eamortece muito bem para a desmarca-ção de Ricardo Rodrigues que fugiunas costas dos defesas, isolou-se econsolidou a vantagem do Desportivo.

Sem desistir de ir atrás do prejuízoaté ao final da partida, o Rio Ave nun-ca conseguiu traduzir o ímpeto emgolos. O Aves venceu mesmo a pri-meira edição da Taça Revelação econfirmou a ‘dobradinha’ no primei-ro ano de competições sub-23 daFederação Portuguesa de Futebol. |||||

Quase ninguémacreditou em nós.Quando o professorManuel Barbosa e oJosé Luís Nogueirafalaram comigo nãohavia equipa, nãohavia nada,ninguém sabia queia recomeçar ovoleibol do Aves.Mas é também umsentimento de queagora estamos ondequeremos e vamosdesfrutar daquilopara o qualtrabalhamos aolongo destes anos.

Só vejo no Avesas pessoas adeslocarem-se aLisboa deautocarro paranos irem apoiar.É um mundocompletamentediferente.

Não são os nossosfamiliares que vão.Noventa por centodos nossos adeptossão pessoas quenada têm a verconnosco, são pes-soas que começa-ram a gostar devoleibol a ver-nosjogar porque dantesnem sequer havia aprática de ir aovoleibol.

FUTEBOL | TAÇA REVELAÇÃO

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DESPORTO

LIGA NOS | CD AVES

SÉRIE 2 | DIVISÃO DEELITE AF PORTO

Terminar com derrotas,sem sobressaltos

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FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

O objetivo até era a melhor classifi-cação da história do clube, no en-tanto com a manutenção garantida aduas jornadas do fim o CD Aves dei-xou-se levar e não pontuou, aver-bando duas derrotas.

Inácio tinha avisado que no dérbi

EQUIPA AVENSE SAIU DERROTADA DOS JOGOS COM MOREIRENSE EFEIRENSE E FALHOU MELHOR CLASSIFICAÇÃO DE SEMPRE. DEPOIS DEGARANTIR A MANUTENÇÃO, INÁCIO JÁ PREPARA NOVA ÉPOCA.

cante entre os adeptos, mas porqueseria a despedida do Aves 18/19 doseu Estádio.

Para um jogo entre rivais, o ritmofoi de pleno final de época. Nenhu-ma das equipas parecia particular-mente interessada em desferir gol-pes fatais. O Moreirense com maisbola, com é seu hábito, o Aves emrespostas rápidas, bem ao seu jeito.Oportunidades muito escassas.

Aos 27’ Rodrigo Soares serviubem Derley que, de cabeça, obrigouTrigueira a uma boa defesa. Aliás, oguarda-redes de Moreira de Cónegosfoi protagonista da partida, nem sem-pre pelas melhores razões. Aos 35’o guardião derruba de forma claraBaldé e o árbitro apitou a consequen-te grande penalidade. Chamado à mar-cação Rodrigo Soares bateu bem colo-cado mas Trigueira voou e defendeu.

Diz o velho ditado, quem não mar-ca, sofre. E assim foi. No segundotempo Chiquinho abriu livro e comum toque de classe, rodopiou sobreos centrais avenses, isolou-se e nãoperdoou com um remate colocado.Sem grande ímpeto, o futebol foi acon-tecendo e a melhor oportunidade doAves acabou por surgir por intermé-dio de dois jovens campeões sub-23. Combinação entre Miguel Tava-res e Ricardo Rodrigues com este aservir Derley, mas o avançado brasi-leiro atirou fraco e ao lado.

Miúdos que foram o prato princi-pal da última jornada. Frente a umFeirense já despromovido, Inácio fezuma revolução no onze e deu opor-tunidade não só a Miguel Tavares eRicardo Rodrigues mas também a JoséVarela, sendo que no banco estavamBruno Lourenço, Erik Nascimento eAbdoulaye Dialló.

O Desportivo das Aves até se adi-antou no marcador aos 31’ por Jor-ge Fellipe na sequência de um golpede cabeça. Só que na segunda parteos fogaceiros deram a volta ao texto.Primeiro, Edinho igualou o marcadore depois foi João Silva, ex-Desportivo,a estabelecer o resultado final.

Com a equipa de férias e com mui-tas mudanças no horizonte, AugustoInácio já tem tudo preparado para aépoca que se avizinha. A aposta, diz,deve ser em dar um passo em frente,não enveredar pelo mercado do em-préstimo, que só prejudica o clubeno longo prazo e ser eficiente nascompras. Aliás, o técnico garantiu emconferencia de imprensa que os sub-23 continuarão a fazer parte da sim-biose do plantel principal, projetan-do que o Aves terá um plantel melhore mais barato do que este ano. |||||

regional frente ao Moreirense ia en-trar com a equipa a cem por centodas possibilidades. Não por ser umencontro entre vizinhos sempre pi-

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Não era certamente este o inícioque o Tirsense desejaria para estafase de subida. Formação jesuítaaverbou duas derrotas consecuti-vas, o que tornou a matemática pa-ra a ascensão ao Campeonato dePortugal muito difícil de concretizar.

Na primeira jornada, em deslo-cação a Valadares, os comandadosde Tonau até entraram bem na par-tida, com mais posse de bola pare-cia querer mais chegar ao golode vantagem do que a equipa dacasa, segunda classificada da Série1 da Divisão de Elite da AF Porto.

Contudo, foram mesmo os anfi-triões que se adiantaram no mar-cador por intermédio de João Bei-rão que, aos 43’aproveitou umadefesa incompleta para na recargadar vantagem no marcador aoshomens da casa. No segundo tem-po, mais do mesmo e o Valadaresacabou por dilatar a vantagem aos55’ por Fábio Gonçalves. Apesardas tentativas e das boas oportuni-dades criadas, o Tirsense não con-seguiu reduzir e saiu derrotado.

Em casa, frente ao Canelas ojogo teve outros protagonistas. OTirsense entrou em campo com omesmo onze da jornada anteriore voltou a ter o ascendente dapartida, no entanto foi o Canelasque acabou se adiantar aos 15’por David Santos.

Depois, o caldo entornou e ocaos onde a equipa forasteira vivecomo ninguém reinou até ao fi-nal do encontro. Tonau foi expul-so do banco. Ben também, mas poracumulação de amarelos e o re-sultado ficou inalterado. Poucotempo útil de jogo e uma fracaarbitragem jogaram a favor do ad-versário que agora é líder da fasede subida. ||||||

Dupla derrotacomplicacontasTIRSENSE PERDE EMVALADARES E EM CASACOM O CANELAS E DEIXACONTAS DA SUBIDA EMSUSPENSO.

18 - FEIRENSE34 28 17 - NACIONAL34 20

CLASSIFICAÇÃO FINAL J P

1 - BENFICA 34 87

2 - FC PORTO 34 85

3 - SPORTING 34 74

4 - BRAGA 34 675 - V. GUIMARÃES 34 52

7 - RIO AVE 34 45

9 - BELENENSES SAD 34 43

10 - SANTA CLARA 34 42

11 - MARÍTIMO 34 39

6 - MOREIRENSE 34 52

34

13 - V. SETÚBAL 34 36

16 - CHAVES

34 3614 - CD AVES34 35 15 - TONDELA34 32

12 - PORTIMONENSE 34 39

448 - BOAVISTA

BELENENSES SAD 3 - NACIONAL 0

BRAGA 2 - PORTIMONENSE 0

V. SETÚBAL 1 - RIO AVE 3

MARÍTIMO 0 - BOAVISTA 1FEIRENSE 2 - CD AVES 1

FC PORTO 2 - SPORTING 1

CD AVES - MOREIRENSEPORTIMONENSE - MARÍTIMO

BENFICA 4 - SANTA CLARA 1

BOAVISTA - BRAGASPORTING - TONDELAV. GUIMARÃES - BELENENSES SAD

CHAVES - V. SETÚBAL

SANTA CLARA - FEIRENSE

JORNADA 34 - RESULTADOS

NACIONAL - FC PORTO

TONDELA 5 - CHAVES 2MOREIRENSE 1 - V. GUIMARÃES 3

RIO AVE - BENFICA JOR

NADA

33

| 1

0 - 1

2 M

AIO

201

9

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ENTRE MARGENS | 23 MAIO 2019 | 17

SÉRIE A | CAMPEONATODE PORTUGAL

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Uma tarde para nunca mais esque-cer. O Futebol Clube Vilarinho ven-ceu a edição 2018/2019 da TaçaAFP e levou para o extremo nas-cente do concelho de Santo Tirsoum troféu muito ansiado.

Conquista que não podia teracontecido de forma mais dramáti-ca, já que o triunfo do Vilarinho sófoi conseguido no sempre crueljogo de sorte e azar que é o de-sempate por pontapés da marca degrande penalidade.

A partida começou com duasequipas a apalpar terreno, num con-fronto entre formações da mesmasérie no campeonato. A palavra-cha-ve era o equilíbrio até que aos 33’,Mika, um dos melhores elementosda equipa do Vilarinho desequili-

Final dramático dáao Vilarinho avitória na Taça AFPCLUBE BATEU O ALIANÇA DE GANDRA NOS PENALTIS EDEU UMA ALEGRIA ENORME AOS MUITOS ADEPTOSQUE SE DESLOCARAM AO ESTÁDIO CAPITAL DO MÓVEL.

Este foi o primeiro título nacional do gi-nasta tirsense que se vem afirmando comoum dos atletas mais promissores do pa-norama desportivo desta modalidade.

Ana Ramos foi outra atleta que con-seguiu um bom resultado nesta competi-ção, classificando-se em 2.º lugar. Destaforma, apurou-se para as Super Finais,prova onde se atribui o título de cam-peão nacional nos escalões juniores eseniores, a realizar a 8 e 9 de junho emGuimarães.

Nesta competição a Federação Portu-guesa de Ginástica homenageou aindapublicamente Ricardo Santos por ter feitoparte da Seleção Nacional que conquis-tou o título mundial de All Around noúltimo Campeonato do Mundo de Tram-polins, realizado em novembro de 2018na Rússia. ||||||

Álvaro Fornoé campeãonacional deTrampolinsO ATLETA DO GINÁSIO CLUBEDE SANTO TIRSOSAGROU-SE CAMPEÃONACIONAL DE TRAMPOLINSNA CATEGORIA DE JUVENIS

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Dever cumprido. Expectativas su-peradas. Faltou um ponto mais. AAssociação Recreativa de São Mar-tinho terminou a série A do Cam-peonato de Portugal na ter-ceira posição a um mísero pontoda formação do Fafe e do con-sequente acesso à fase de subidaà segunda liga.

À entrada para a última jorna-da, os comandados de AgostinhoBento precisavam de vencer a suapartida em casa contra o Mereli-nense e esperar que o Fafe escor-regasse frente ao líder da tabela ejá campeão, Vizela.

Toda a ansiedade e pressão deum jogo decisivo fizeram-se sen-tir na primeira parte no EstádioComendador Abílio Ferreira deOliveira e o marcador não se me-xeu. Isto, numa altura em que oFafe já vencia o Vizela.

No segundo tempo, a equipaanimou-se, os adeptos entusias-maram-se e o São Martinho aca-baria mesmo por surgir. Aos 54’,João Carneiro colocou os homensda casa na frente e voltou a per-mitir aos campenses sonhar.

Faltou um‘danoninho’SÃO MARTINHO FICA AUM PONTO DE CHEGARÀ FASE DE SUBIDA,CULMINADO UMAÉPOCA ESPETACULARQUE ACABOU DE FORMAINGLÓRIA.

INSCRITO NA E.R.C. SOB O Nº 112933

DEPÓSITO LEGAL : 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 3.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 16 EUROS / EUROPA - 30 ,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 33,00 EUROS

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00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L.- PRAÇA DAS FONTAINHAS, LOTE 4, LOJA

2- VILA DAS AVES. NIF: 501 849 955

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA CCEA: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES (PRESIDENTE); LUDOVINA

SILVA E JOSÉ ALVES DE CARVALHO (VOGAIS).

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REDAÇÃO: PAULO R. SILVA E LUDOVINA SILVA.

O ESTATUTO EDITORIAL DO ENTRE MARGENS PODE SER LIDO EM:

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COLABORADORES: JOSÉ PACHECO, JOSÉ PEREIRA MACHADO, TIAGO GROSSO, NUNO MOTA, MIGUEL MIRANDA,

ADÉLIO CASTRO, FELISBELA FREITAS, FELISBELA LUÍS FREITAS, MARIA ANTÓNIA BRANDÃO, HUGO RAJÃO, ASSUNÇÃO

LINO, CELSO CAMPOS, LUÍS AMÉRICO FERNANDES, SÍLVIA ABREU.

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REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS.

COBRANÇAS E PUBLICIDADE: MANUEL AZEVEDO.

DISTRIBUIÇÃO: NARCISO GONÇALVES.

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA DE S. BRÁS, 1 - GUALTAR 4710 -073 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 628 - 23 MAIO 2019

Sonho esse que esteve pertode se concretizar quando a dez mi-nutos do fim o Vizela empatava oencontro. Mais um golo dos líde-res e o São Martinho poderia fes-tejar, mas tal não veio a acontecer.

O São Martinho foi uma dasrevelações da temporada. Deutudo o que tinha para dar e con-cluiu uma campanha sensacionalcom mais um triunfo. Só faltou acereja. Mas o sonho já se perce-beu que é possível. ||||||

GCST | TRAMPOLINS

brou e ofereceu o golo a Peto quenão desperdiçou e colocou os vila-rinhenses na frente do marcador.

O Aliança de Gandra esteveperto de reestabelecer a igualdademesmo antes do recolher aos bal-neários só que a trave da baliza àguarda de Ricardo negou Triguei-ra. O ímpeto da formação de Va-longo transpôs-se para o segundotempo e o empate acabou por sur-gir com justiça já no último quartode hora de jogo. Pilhas na conver-são de um livre direto deixou tudoigual aos 78’.

Decisão final levada para as gran-des penalidades. O marcador dogolo, Pilhas, não foi feliz e falhou asua tentativa tal como o companhei-ro Leo. Ricardo foi herói e Neiva fe-chou com chave de ouro o triunfodo Vilarinho na Taça AFP por 4-3. |||||

FUTEBOL | TAÇA AF PORTO

À entrada para aúltima jornada, oscomandados deAgostinho Bentoprecisavam devencer a sua parti-da em casa contrao Merelinense eesperar que o Fafeescorregasse frenteao líder da tabela ejá campeão, Vizela.

18 - GIL VICENTE34 15 17 - VILAVERDENSE00 00

CLASSIFICAÇÃO FINAL J P

1 - VIZELA 34 75

2 - FAFE 34 70

3 - S. MARTINHO 34 694 - TROFENSE 34 675 - FELGUEIRAS 1932 34 64

7 - CHAVES SATÉLITE 34 47

9 - MONTALEGRE 34 40

10 - PEDRAS SALGADAS 34 39

11 - MARIA DA FONTE 34 37

6 - MIRANDELA 34 49

34

13 - LIMIANOS 34 37

16 - C. TAIPAS

34 2914 - TORCATENSE34 21 15 - GD MIRANDÊS34 18

12 - AD OLIVEIRENSE 34 37

428 - MERELINENSE

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20 | ENTRE MARGENS | 23 MAIO 2019

A FECHARPróxima edição

do Entre Margensnas bancas a

6 de junho

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Vila das Aves está em alta e a junta defreguesia não deixou passar a ocasiãode homenagear os novos heróis daterra pelos feitos desportivos alcança-dos no final de mais uma temporada.

O Clube Desportivo das Aves foidistinguido por três das suas forma-ções. A equipa sénior profissional,pela manutenção na primeira liga pe-lo segundo ano consecutivo, feito nun-ca antes registado; a formação séniorde voleibol feminino pela subida àprimeira divisão nacional apenas noterceiro ano de existência da moda-lidade no clube e claro, os novoscampeões nacionais de sub-23, pri-meiros vencedores da Liga Revelação.Sem deixar ninguém de fora, a juntadistinguiu também a equipa séniordo AMCH Ringe vencedora da TaçaExtra das competições da AFAST.

Vítor Guimarães, capitão dos ho-mens de Ringe, diz que “Vila das Avesvive um bom momento a nível des-portivo” já que “uma equipa acaba porpuxar pela outra”. “Esperemos que sejapara manter e melhorar”, comentou.

Por parte do CD Aves, a palavrano final pertenceu ao normalmentereservado Wei Zhao, presidente daSAD que se mostrou muito orgulho-so pelas vitórias conseguidas nosúltimos anos. “Nos últimos quatroanos aqui na Vila das Aves, o clube

Junta homenageiafeitos desportivosavensesEQUIPA DA 1ª LIGA, SUB-23, VOLEIBOL E AMCH RINGEFORAM DESTAQUES EM CERIMÓNIA NO SALÃO NOBRE.

ganhou muitos títulos e isso dá re-conhecimento à vila em todo lado,da europa até à China. Isso para mimé uma alegria muito grande”, referiu.

“Isso é o trabalho muito bom doclube por parte da SAD”, acrescen-tou o maior acionista da SAD doDesportivo. “É muito importante essaunião que temos e tenho que agra-decer muito aos adeptos de Vila dasAves e à freguesia por tudo. Estoumuito feliz aqui no Aves e quero queas Aves seja maior ainda.”

No que toca à junta local, JoaquimFaria, realçou que este “é um reconhe-cimento justo por parte da junta defreguesia a toda esta massa envolven-te que projeta o desporto e a Vila dasAves no âmbito concelhio e nacional.”

“Vila das Aves é uma terra de cam-peões”, rematou o autarca local. |||||

Uma ocasião especial que começa a sertradição do final de cada época desportiva.A câmara municipal abriu as portas e rece-beu os campeões nacionais de sub-23, equipado Desportivo das Aves que venceu a pri-meira edição da intitulada Liga Revelação.

Este é o terceiro ano consecutivo queuma comitiva do Desportivo das Aves érecebida e homenageada na sede do con-celho, depois de homenagens aos feitosdesportivos conseguidos em 2017, as su-bidas de divisão dos juniores, seniores efutsal às suas respetivas principais divisões,em 2018 depois da conquista da Taça dePortugal no Estádio do Jamor.

Anfitrião do final de tarde, JoaquimCouto, presidente da câmara de SantoTirso, enalteceu as conquistas do clube con-siderando como embaixador e porta-vozdo município por todo o país.

“A conquista de um título é sempreimportante e tratando-se da conquista deum título nacional e sendo o primeiro anoda Liga Revelação é um feito de enaltecer”,começou por dizer o autarca. “É muito im-portante porque a par da promoção dodesporto em geral é também uma promo-ção do município”, continuou.

Jogadores, equipa técnica e direção doclube receberam medalhas comemorativas

Sub-23 comhomenagemda câmaraEQUIPA CAMPEÃ DA LIGA REVELAÇÃO FOI AOSPAÇOS DO CONCELHO RECEBER UMA HOME-NAGEM PELA CONQUISTA DO TÍTULO NACIONAL

da ocasião enquanto o presidente da SADdo CD Aves, Wei Zhao, recebeu das mãosdo presidente da câmara uma salva refe-rente à conquista.

Aos comandos da formação sub-23desde meados da primeira volta da faseregular, Leandro Pires é visto como um dosgrandes responsáveis pela conquista daLiga Revelação, no entanto o técnico atri-bui o ónus aos seus jogadores. “Isto é oreflexo do trabalho de uma época, mas omérito é dos jogadores porque foram elesque nos puseram nesta posição e este re-conhecimento é sempre bom para valori-zação do nosso trabalho”, admitiu.

O antigo lateral direito do CD Aves,com uma década de clube nas pernasenquanto jogador, destaca ainda a liga-ção direta entre o plantel sub-23 e o prin-cipal já que muitos dos jogadores tiveramoportunidade de integrar convocatórias efazer minutos na Liga NOS.

“É uma motivação extra eles sentiremque estão perto da equipa principal, leva-osa estarem mais motivados, mas a qualidadeestá lá e este é um processo que não é umacorrida de cem metros”, assinalou LeandroPires. “Eles estão a evoluir e são jogadorescom enorme potencial que aos poucos vãoestando cada vez melhores e cada vez maispreparados para o futebol português.”

Ligação essa que jovens como MiguelTavares têm aproveitado da melhor manei-ra. “O mister Inácio tem visto muito na nossaequipa, graças a ele consegui estrear-me,o Varela, o Rodrigues também. Sinto-merealizado porque é um sonho de criançade jogar na primeira liga. É bom estarmosnos sub-23, jogarmos e ganharmos títulosmas o mais importante é chegarmos todoslá acima”, concluiu o jovem extremo avense.

“O segredo do sucesso é o trabalhodiário”, concluiu Bruno Sousa, capitão deequipa. Trabalho esse que leva o nome doDesportivo das Aves e do concelho ondeestá inserido aos quatro cantos do país.Vitórias que ficam nos livros de registos eque a história do futebol em Portugal nãoapagará. ||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

DESPORTO | HOMENAGEM

DESPORTO | HOMENAGEM

ESTE É OTERCEIRO ANOCONSECUTIVOQUE UMACOMITIVA DODESPORTIVODAS AVES ÉRECEBIDA EHOMENAGEA-DA NA SEDEDO CONCELHO