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2 72 A partir da leitura dos elementos infraestruturais e territoriais de Fortaleza, como aspectos geomorfológicos, hídricos, morfologia dos tecidos urbanos, indicadores so- cioeconômicos e mobilidade, estabelecemos os pressupostos necessários para a costura entre o parque e o tecido urbano imediato. Tomando como premissa o regime de águas avaliamos os sistemas de tratamento em função da condição de declividade, topografia e permeabilidade do solo, definindo o campo de possibilidades tecnológicas para implementação de dispositivos susten- táveis de drenagem urbana. Avaliando infraestruturas existentes e projeções disponíveis em planos identifi- O parque é tangenciado por vias arteriais e coletoras da cidade, com alcance metropolitano. Destacam-se vias com substancial potencial para estabelecer eixos de conexão entre as extremidades do parque. REDE DE MOBILIDADE A variação de altitude do entorno do parque é pequena sobretudo na porção sul, na margem diretia do rio. A grande capilaridade da rede hídrica e a amplitude da área de drenagem da Bacia do Cocó fortalecem a ideia do parque funcionar como infraestrutura de captação e tratamento do regime das águas. HIPSOMETRIA ENTRE PARQUE E CIDADE ESCALA URBANA tecidos residenciais densos horizontais poucos permeáveis assentamentos precários horizontais pouco permeáveis tecidos verticalizados tecidos pouco densos horizontais permeáveis instituições pouco densas muito permeáveis não edificado tecidos não residenciais densos horizontais pouco permeáveis Alta vulnerabilidade social: Baixa vulnerabilidade social: ciclovias existentes trecho navegável vias não pavimentadas calçada perimetral existente áreas de intervenção sugeridas Os territórios da várzea do rio Cocó apresentam declividade reduzida que confere a possibilidade de condução e retenção da drenagem pluvial. DECLIVIDADE Os tipos de solo majoritariamente permeáveis são favoráveis à infliltração das águas. PERMEABILIDADE DO SOLO + permeável - permeável camos uma base para articular percursos e caminhos dentro do parque e em seu entorno (mapa Rede de Mobilidade), conectando com suas áreas de intervenção e os bairros vizinhos. Uma avaliação mais aproximada permite detectar rupturas no siste- ma de circulação ativa no entorno imediato do parque que serão objeto de desenho, principalmente associando pedestres e ciclistas (mapa Rede de Caminhos e Cone- xões). Esta precariedade infraestrutural está diretamente associada aos níveis de pre- cariedade urbana e social dos bairros do entorno, visível na falta de pavimentação viária, na inexistência de rede de drenagem, na alta taxa de impermeabilização entre outros (mapa Padrões de Urbanização). REDE DE CAMINHOS E CONEXÕES 1 : 30.000 PADRÕES DE URBANIZAÇÃO 1 : 30.000 zona de amortecimento sugerida

ENTRE PARQUE E CIDADE - … · em função da condição de declividade, topografia e permeabilidade do solo, definindo o campo de possibilidades tecnológicas para implementação

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Page 1: ENTRE PARQUE E CIDADE - … · em função da condição de declividade, topografia e permeabilidade do solo, definindo o campo de possibilidades tecnológicas para implementação

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A partir da leitura dos elementos infraestruturais e territoriais de Fortaleza, como aspectos geomorfológicos, hídricos, morfologia dos tecidos urbanos, indicadores so-cioeconômicos e mobilidade, estabelecemos os pressupostos necessários para a costura entre o parque e o tecido urbano imediato.

Tomando como premissa o regime de águas avaliamos os sistemas de tratamento em função da condição de declividade, topografia e permeabilidade do solo, definindo o campo de possibilidades tecnológicas para implementação de dispositivos susten-táveis de drenagem urbana.

Avaliando infraestruturas existentes e projeções disponíveis em planos identifi-

O parque é tangenciado por vias arteriais e coletoras da cidade, com alcance metropolitano. Destacam-se vias com substancial potencial para estabelecer eixos de conexão entre as extremidades do parque.

REDE DE MOBILIDADE

A variação de altitude do entorno do parque é pequena sobretudo na porção sul, na margem diretia do rio. A grande capilaridade da rede hídrica e a amplitude da área de drenagem da Bacia do Cocó fortalecem a ideia do parque funcionar como infraestrutura de captação e tratamento do regime das águas.

HIPSOMETRIA

ENTRE PARQUE E CIDADE

ESCALA URBANA

Padrões de urbanização

tecidos residenciais densos horizontais poucos permeáveis

escala 1:30.000

assentamentos precários horizontaispouco permeáveis

tecidos verticalizados

tecidos pouco densoshorizontais permeáveisinstituições pouco densas muito permeáveis

não edificado

tecidos não residenciais densos horizontais pouco permeáveis

Alta vulnerabilidade social:

Baixa vulnerabilidade social:

Rede de caminhos e conexões

ciclovias existentes

escala 1:30.000

trecho navegável

vias não pavimentadas

calçada perimetral existente

áreas de intervenção sugeridas

Os territórios da várzea do rio Cocó apresentam declividade reduzida que confere a possibilidade de condução e retenção da drenagem pluvial.

DECLIVIDADE

Os tipos de solo majoritariamente permeáveis são favoráveis à infliltração das águas.

PERMEABILIDADE DO SOLO

+ permeável- permeável

camos uma base para articular percursos e caminhos dentro do parque e em seu entorno (mapa Rede de Mobilidade), conectando com suas áreas de intervenção e os bairros vizinhos. Uma avaliação mais aproximada permite detectar rupturas no siste-ma de circulação ativa no entorno imediato do parque que serão objeto de desenho, principalmente associando pedestres e ciclistas (mapa Rede de Caminhos e Cone-xões). Esta precariedade infraestrutural está diretamente associada aos níveis de pre-cariedade urbana e social dos bairros do entorno, visível na falta de pavimentação viária, na inexistência de rede de drenagem, na alta taxa de impermeabilização entre outros (mapa Padrões de Urbanização).

REDE DE CAMINHOS E CONEXÕES

1 : 30.000

PADRÕES DE URBANIZAÇÃO

1 : 30.000

zona de amortecimento sugerida