32
Arrelia Arrelia Diagrama Causal Diagrama Causal Convenções de todo mundo Convenções de todo mundo www.palcoaberto.com.br Leris Colombaione Leris Colombaione ANO 2 - Nº 7 agosto/setembro 2005 EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO Distribuição Gratuita entrevista entrevista história história malabares malabares festivais festivais

entrevistaentrevista Leris ColombaioneComo o Siteswap ou a Notação em Escada, o Diagrama Causal é mais uma das tentativas de criar uma partitura para os jogos malabares. Nenhuma

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • w w w. p a l c o a b e r t o . c o m . b r

    ArreliaArrelia

    Diagrama CausalDiagrama Causal

    Convenções de todo mundoConvenções de todo mundo

    www.palcoaberto.com.br

    Leris ColombaioneLeris Colombaione

    ANO 2 - Nº 7agosto/setembro 2005EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIODistribuição Gratuita

    entrevistaentrevista

    históriahistória

    malabaresmalabares

    festivaisfestivais

  • DOMINGO

    www.enpauma.com.br

    TODAS AS SEGUNDAS18 ás 22h00 - no BECOrua Belmiro Braga s/nº

    Vila Madalena - SP

    O Espetáculo da Arte de Rua

    de Agosto7 17:00

    NOBECO

    rua BelmiroBraga, s/nº

    Vila MadalenaSão Paulo

    w w w. c i r c o n o b e c o . c o m . b r

    $

    ASSIST

    A

    PARTIC

    IPE

    CONTRI

    BUA

    30 ª ediç

    ão

    Encontro Paulistade Malabares

  • Edição ComemorEdição ComemorEdição ComemorEdição ComemorEdição Comemoraaaaatititititivvvvvaaaaa 1 ano de R 1 ano de R 1 ano de R 1 ano de R 1 ano de Reeeeevisvisvisvisvista Pta Pta Pta Pta Palco alco alco alco alco AberAberAberAberAbertototototo

    Arrelia

    DiagramaCausal

    ConvençãoSuiça

    ConvençãoBritânica deMonocilo

    EntrevistaLerisColombaione Notas

    As presençasdo Passado

    FestivalAustriaco

    Faça Passe

    Circo Zanni Acontece

    Indicações

    5

    6

    8

    10

    12

    17

    18

    24

    22

    28

    20

    26

    Aconteceu! Pela primeira vez, uma RevistaRevistaRevistaRevistaRevista com tiragem bimestral, gratuitae distribuição mundial de malabares, circo e arte de rua, completa um ano!

    Somos imensamente gratos a todos os anunciantes que possibilitaram agratuidade da Revista e todos os que colaboraram, seja com uma matéria, cartaou até mesmo palavra de incentivo. Vocês também fazem parte desta conquista!

    Junto com a cena que cresce também estamos crescendo. Nesta ediçãotemos mais cor e conteúdo. Além disso, temos o prazer de inaugurar um novoportal na Internet, com a pretensão de (quem sabe?) ser um dos principaispontos de referência on line do Brasil, trazendo as notícias de uma forma muitomais dinâmica!

    Leia, divirta-se, informe-se, divulgue e principalmente valorize estaRevistaRevistaRevistaRevistaRevista...

    PARABÉNS a todos nós, malabaristas, circenses e artistas de rua

    Painel Aberto

    Poster

    30

    31

    ÍNDICE

  • ARRELIA

    Nascido em Jaguariaíva – Pr, em 31 de dezembrode 1905, Arrelia já era de família tradicional circense.Como conta em seu livro “Arrelia – Uma autobiografia”,da Editora Ibrasa, seu avô, que era um exímio ginasta, seapaixonou por uma artista de circo e resolveu largartudo para fugir com o Circo e seu grande amor.

    Seu apelido surgiu porque “Queria ser mandãoda criançada miúda. E outros também queriam ser, aícomeçava o barulho... numa dessas brigas, ganhei o apelidode Arrelia.”

    Foi seu próprio tio quem o apelidou, quando eletinha por volta de oito anos. No princípio não gostavaque o chamassem assim, por isso o apelido pegou.

    Dono do famoso bordão “Como vai, como vai,como vai? Muito bem, muito bem, bem, bem!”.Waldemar Seyssel, mais conhecido como PalhaçoArrelia, faleceu em maio deste ano, aos 99 anosna cidade do Rio de Janeiro, vitima de pneumonia.

    A primeira vez que pintou o rosto foi para substituirum palhaço que fazia um número de cavalo amestrado,mas na verdade, Waldemar não queria ser palhaço, apesarda insistência de seu pai, o famoso palhaço Pinga-pulha.Suaverdadeira estréia como palhaço no Picadeiro aconteceuquando “...meus irmãos mais velhos me pegaram, vestirame pintaram de palhaço...e jogaram-me no picadeiro. Caíde mau jeito e me machuquei; fiquei gemendo e a platéiarindo.

    Arrelia queria ir para Hollywood, mas foi parar na TVPaulista e depois na Rede Record com o programa “Circodo Arrelia” que ficou no ar por volta de 25 anos.

    O mundo Circense está de luto e lembraráeternamente deste palhaço que transformou a vida degerações de crianças e adultos

    por DuicoARRELIA

    5

  • Como o Siteswap ou a Notação em Escada, o Diagrama Causal é mais uma das tentativas decriar uma partitura para os jogos malabares. Nenhuma delas é 100% abrangente, e o importanteé saber qual delas atende melhor a sua necessidade.

    O Siteswap é provavelmente a notação pioneira, mas existem nela algumas limitações: bastadizer que a seqüência para uma cascata convencional e para o Mill’s Mess é a mesma. Não vamosabordar os inconvenientes do Diagrama Causal então, e vamos avançar para chegarmos no usopara o qual ele mais se presta: o câmbio de claves.o câmbio de claves.o câmbio de claves.o câmbio de claves.o câmbio de claves.

    Tanto o Siteswap como a Notação em Escada, descrevem o próximo movimento dos objetos,enquanto o Diagrama Causal se atém apenas aos ‘problemas’. Pode parecer confuso, mas não sepreocupe: a confusão fica maior daqui a pouco.

    O princípio desses tais problemas reside no fato de termos sempre mais objetos do quemãos que os possam segurar. Então, quando um problema se aproxima de uma mão, ele ‘causa’um lançamento da mão que está ameaçada – na representação gráfica, indicado por uma flecha.Em resumo, não representamos os objetos, mas a causa dos lançamentos. Abaixo está arepresentação da cascata normal com 3 objetos. Cada sessão vertical de pontos pretos significaum tempo, ou beat.

    A flecha que vai na direção da mão esquerda, causa um problema para a mão direita, e assimsucessivamente. Abaixo está representado um 534.

    Vamos estabelecer os códigos para o câmbio de clacâmbio de clacâmbio de clacâmbio de clacâmbio de clavvvvveseseseses, que é o que nos interessa. Vamosalinhar as mãos do nosso malabarista, intercalando Direita e Esquerda. Os diagramas de câmbioserão lidos da seguinte maneira:

    Problema! Uma clave está indo na direção da mão direita – flecha daesquerda. Única solução: liberar a mão direita, o que cria um novoproblema – a seta da direita – mas agora para a mão esquerda.

    Agora não faça nada, apenas relaxe. A mão direita apenas segura umaclave – faz uma firula, só para impressionar. Isso é relativo ao 2 do Siteswap

    Isto é relativo à seqüência 441 no siteswap. A mão esquerda joga umduplo, e em seguida, a direita faz o mesmo. Para que tudo corra de acordo,a terceira clave deve ser passada trocada rapidamente de mão – a passadade mão a mão. Confira através do d=s-2d=s-2d=s-2d=s-2d=s-2.

    por Alê RoitDiagrDiagrDiagrDiagrDiagramas Causaisamas Causaisamas Causaisamas Causaisamas Causais

    Para os iniciados no Siteswap: repare que o valor 3 – relativo a cascata normal – gera apenasum beat no diagrama causal. Portanto, qualquer valor de lançamento de Siteswap (s), quandotransposto para o Diagrama Causal (d) será diminuído de 2. d=s-2d=s-2d=s-2d=s-2d=s-2

    Mão Esquerda

    Mão Direita

    Mão Esquerda

    Mão Direita

  • 6 CLA6 CLA6 CLA6 CLA6 CLAVES –VES –VES –VES –VES – 4 4 4 4 4 TEMPOSTEMPOSTEMPOSTEMPOSTEMPOS – normalmente o primeiro truque de câmbio que aprendemos. Comomostra o diagrama, consiste em passar a clave ao parceiro a cada 4 lançamentos.

    6 CLA6 CLA6 CLA6 CLA6 CLAVES – VES – VES – VES – VES – 2 2 2 2 2 TEMPOSTEMPOSTEMPOSTEMPOSTEMPOS – o último dos truques básicos com 6 claves. Seguindo a tradiçãoanterior, os malabaristas costumavam ser apresentados antes ao 2 TEMPOS que ao 3 TEMPOS.

    DUPLO DUPLO DUPLO DUPLO DUPLO AAAAATRASADOTRASADOTRASADOTRASADOTRASADO – o exemplo abaixo é um duplo cruzado dentro de 4 TEMPOS. Omalabarista que realiza o truque não modifica seu ritmo, exceto pelo fato de ser o agente dolançamento diferente – uma clave é lançada com duas voltas da mão direita do primeiro para amão direita do segundo malabarista. Do outro lado, o malabarista que recebe a clave com duasvoltas precisa esperar um tempo a mais antes de fazer seu lançamento – representado pela setaque sai e volta para a mesma mão. Ele ‘atrasa’ seu lançamento, senão as duas flechas se encontrarãona mão direita.

    DUPLO DUPLO DUPLO DUPLO DUPLO ADIANTADIANTADIANTADIANTADIANTADOADOADOADOADO – Dessa vez o malabarista de cima decide jogar um duplo um tempoantes (com a mão esquerda). Ele então terá que segurar a clave da direita um tempo, senão elachegará para o parceiro ao mesmo tempo que a doble volta lançada pela mão esquerda. Repareque dessa vez a rotina se modifica apenas para quem gerou o lançamento diferenciado.

    Existem outras informações no Diagrama Causal (sincronia, quantidade de objetos e outras)mas com isso já dá para tirar proveito de mais essa notação. Tenha em mente que sempre quevocê modificar uma flecha, ela causará uma modificação adiante, e cabe a você manter o sistemaem equilíbrio.

    Se quiser praticar um pouco, pense a partir do diagrama de 4 Tempos como entrariam triplesou como seriam as dobles no diagrama de 2 e 3 Tempos.

    6 CLA6 CLA6 CLA6 CLA6 CLAVES –VES –VES –VES –VES – 3 3 3 3 3 TEMPOSTEMPOSTEMPOSTEMPOSTEMPOS – o diagrama reproduz exatamente o que acontece: a cada dois selfs,um passe é feito. Como em todo truque ambidestro, as mãos alternam o passe.

    Gradualmente os malabaristas têm trocado o 4 TEMPOS pelo 3 TEMPOS quando se trata deiniciar um novo malabarista. Os câmbios ambidestros são considerados mais equilibrados, dandouma melhor noção do conceito deste tipo de evolução.

    Boa diversão

    Malabarisa 1

    Malabarisa 1

    Malabarisa 1

    Malabarisa 2

    Malabarisa 2

    Malabarisa 2

    Malabarisa 2

    Malabarisa 1

    Malabarisa 2

    Malabarisa 1

  • SEXTA FEIRA, 17 junho, Basel, Suíça 14:00me encaminho para Pfaffenholz onde se realizaráo 19 Festival Suíço de Malabarismo19 Festival Suíço de Malabarismo19 Festival Suíço de Malabarismo19 Festival Suíço de Malabarismo19 Festival Suíço de Malabarismo, chego nafronteira da França com a Suíça, caminho mais uns300 metros e já estou na França mas ainda é ofestival Suíço.

    Nesta noite acontecerá o Open Stage oprimeiro evento do festival, mas ainda não temmuita gente acampada.

    Finalmente no final da tarde começou a seformar um clima mais festivo. Agora já somos uns200, todos ansiosos para o inicio do OpenStage.,Tudo bem informal, um organizador explicaum pouco como se desenvolverá o festival ecomeçam os números, sem música e com umapremiação de uma cerveja para cada artista. Seapresentam 10 artistas, e depois o treino continuaaté as 3h00 da manhã porque o ginásio seriafechado.

    SÁBADO é o grande dia, workshops e PublicShow, a programação começa bem cedo: café damanhã a partir das 8h30 e o primeiro workshopás 10h00. Neste dia o festival já está mais cheio.Os workshops são vários e ocorrem ao mesmotempo, mas com um pouco de empenho se podiaparticipar de todos. Bernard Gisin, que praticamalabares desde 1986, foi a grande figura dosworkshops, muito carismático e com umafacilidade incrível, transmitia as informações em 4idiomas (alemão, francês, inglês, português).Realizou workshops de cordas, passes de clavese bolas. Houve outro workshop com um francêsque ensinava vários truques de diabolo e tambémpasses, de 2 a 5 bolas siteswap. Um suíço ensinavatruques básicos e como iniciar com a numerologiado malabarismo, whip flipp (são dois pedaços demadeira e um pedaço de plástico de uns 40 cm

    com os quais se podem desenvolver vários tru-ques em função da recepção e passes com umabola, eu vi um suíço fazendo com duas sozinho, éum instrumento novo, mais muito interessante).

    Muita expectativa de como seria o PublicShow, pois até então só sabiamos os nomes dosapresentadores Phillipp Boë & Samuel Sathel. Ha-via sigilo total à respeito dos artistas desta noite.

    Já no cassino onde aconteceria o Public Show,ele, Bernad Gisin entretém as crianças e algunsadultos com globos inflados, antes que comecemos números da noite.

    DOMINGO o último dia do festival, masainda não acabou, faltavam as competições, queforam: monociclo velocidade em uma pista de 400m; monocliclo o mais devagar; pula-corda comdiabolo, as quais aconteceram ao ar livre em umapista de corrida. Dentro do ginásio, 3 bolas com2ª altura de olhos fechados, quase 60 pessoascompetiram na de passes a distância com claves,corrida com 3 bolas com os pés amarrados e 5claves, todas elas com premiações e no final umsorteio com os nomes dos registrados no festivalpara ganhar um ano de assinatura da revistaKaskade.

    Já eram mais ou menos 15h00 quando ofestival estava acabado, mas para mim ainda não.Agora era hora de desmontar a barraca e recordarde toda essa rápida mas intensa experiência, emum festival inesquecível por todos os acon-tecimentos e bagagem histórica que um festivalde 19 anos possui. E por mais absurdo que pareça:É grátis!!!

    Esses foram os relatos de uma pessoaapaixonadíssima por tudo que vi e vivi nestesúltimos 3 dias

    por Cristiano Resente

    foto

    s M

    arik

    a

    19º. Festival suizo de malabarismo19º. Festival suizo de malabarismo19º. Festival suizo de malabarismo19º. Festival suizo de malabarismo19º. Festival suizo de malabarismo 19º. Festival suizo de malabarismo19º. Festival suizo de malabarismo19º. Festival suizo de malabarismo19º. Festival suizo de malabarismo19º. Festival suizo de malabarismo19. Schweizerisches jonglierfestival19. Schweizerisches jonglierfestival19. Schweizerisches jonglierfestival19. Schweizerisches jonglierfestival19. Schweizerisches jonglierfestival19. Schweizerisches jonglierfestival19. Schweizerisches jonglierfestival19. Schweizerisches jonglierfestival19. Schweizerisches jonglierfestival19. Schweizerisches jonglierfestival

    8

  • Jean Marc,Jean Marc,Jean Marc,Jean Marc,Jean Marc, 31 anos,suíço de Basel, um artista circense mas com uma grande influênciacontemporânea. Começou a fazer malabares muito cedo com apenas 14anos e totalmente autodidata. Já se apresentou em mais de 12 paises eseu show vem de uma idéia de 1994 de usar vídeo laser disc (é dotamanho do velho vinil, mas igual a um cd normal) e também usandobolas de ping pong, onde desenvolve um espetáculo estruturado naresistência, técnica e amor pela arte. Depois de uma primeira partecalma e truques mais lentos, vai para a segunda parte mais aceleradamostrando suas influências circenses, com excelentes truques com 5vídeo laser discs e 5 bolas de ping pong.

    InMotion InMotion InMotion InMotion InMotion (Jan Schmutz & Ivo Studer) Jan Schmutz 19anos, Bern Suíça /Ivo Studer 21 anos, Bern Suiça. Dois

    jovens artistas que apresentaram um espetáculomuito técnico, o qual se baseava principalmente emuma coreografia totalmente sincrônizada. No início,

    dois mascarados venezianos, mudando drasticamenteo clima do espetáculo. quando a música mudava deuma do filme 007 para outra, de combate medieval,

    mas em vez de lanças e cavalos io-iôs.

    Fabio FlenderFabio FlenderFabio FlenderFabio FlenderFabio Flender,,,,, alemão de 25 anos, residente em Friburgo.com um devil stick abriu as apresentações do Public Show,demostrando uma técnica inconfundível, sem nenhuma falha,com muita calma na execução de todos os truques e umasincronia musical fantástica! Fez o primeiro número da noiteser uns dos mais aplaudidos do Public Show

    Philipp BoëPhilipp BoëPhilipp BoëPhilipp BoëPhilipp Boë (anatomy of humandestructiveness) Um espetáculo

    que te prende, impossível perderum só segundo. Criado entre 93 e

    96, tem cerca de 10 minutos. Usando um devil stick e um bastão,possui uma intensiva coreografia e com uma interpretação

    melancólica com aspectos de destruição, foi capaz de mostrartoda uma desenvoltura artística, como mesclar o malabares com

    a dança contemporaniaAtor,artista e diretor

    desde 1986 Philip Boëtrabalhando em diversos

    projetos como Cirque Nu,Cirque du Tambour, öff öffproductions e atualmente

    retornou a Paris comSchlag-Opus2.

    foto

    s Fa

    bian

    Pet

    erfo

    tos

    Fabi

    an P

    eter

    foto

    s Fa

    bian

    Pet

    er

    foto

    s Fa

    bian

    Pet

    er

    9

  • Entre os dias 22 e 24 de abril de 2005aconteceu, na cidade de Billigham – Inglaterra, a12º Convenção Britânica de Monociclos12º Convenção Britânica de Monociclos12º Convenção Britânica de Monociclos12º Convenção Britânica de Monociclos12º Convenção Britânica de Monociclos. Umevento diferente das convenções que participei,ouvi comentários ou até mesmo li a respeito noBrasil. Às 4h00 da tarde da primavera do dia 22 deabril foi a abertura, muitos participantes chegando,inclusive eu e Juliana (uma amiga que atualmentemora em Londres e me ajudou muito comointérprete). Creio que havia por volta de 200participantes entre crianças, jovens, adultos eidosos (alguns), de diversas nacionalidades comoFrança, Espanha, E.U.A, Austrália e a maioria deingleses. Nesse dia nada de especial: nos acomo-damos nas salas de aula (foi proibido acampar),jantamos e vimos muita dança tradicional caipiraInglesa, parecida com a nossa quadrilha das festasjuninas, aos pares, em cima de monociclos é claro,e puxada ao som estilo country por um trio demúsicos, ao vivo. A dança estava divertida, a músicaem bom ritmo e o monociclo deu o toque lúdicoà brincadeira.

    O que observei nos 3 dias ali vividos, foi quetive a sensação de estar participando de um grandeencontro familiar anual e, por vezes, me remeteuàs festas de 3 dias dos ex-alunos de umdeterminado colégio ou faculdade. Foi fácilidentificar a “panela” que comandava tudo esomente sendo convidado por eles você consegueum lugar para sentar à mesa, ou um lugar ao sol.Eu tive o meu.

    A organização deixou a desejar em algunsquesitos, nada que comprometesse o evento, mastirou um pouco do brilho. Na abertura já estavamatrasados com as tarefas de recepção dosparticipantes. Tarefas simples, conferir o nome nalista, receber (se fosse o caso), entregar a camisetae a letrinha para usar no pescoço como forma deidentificação dos participantes. Atrasados?Ingleses? Estranho....

    O espaço físico escolhido para a convençãofoi uma escola, St. Michel’s, ótima infra-estrutura,ginásios amplos e bem iluminados, banheiroslimpos, refeitório adequado e péssima sinalizaçãointerna, foi comum ver participantes perdidos embusca das atividades. O palco preparado para agrande Noite de Gala estava com a iluminaçãoprecária e fez com que os artistas se apresentassemmeio na penumbra tirando o glamour dosexcelentes números. Algumas atividades nãoaconteceram no horário previsto - pontualidadebritânica? - e nem no lugar determinado. Talvez osparticipantes estejam acostumados com odesenrolar da convenção nesses moldes, afinal éa 12ª edição e no final a alegria foi geral quanto aosucesso do evento. A organização é basicamentedos proprietários da marca “unicycle.com”sediados na Inglaterra, sendo assim não poderiafaltar a lojinha, com preços bastante salgados ealguns itens mais caros que os valores praticadosno site.

    Sábado, 9h30 da manhã, termômetrosmarcando entre 12º e 16ºC, no segundo dia. Ofrio e o céu nublado durante todo o tempo foramfatores que não intimidaram ninguém. Após oestranho english breakfast deu-se início a oficinade manobras para iniciantes com Roger (or-ganização), seguida de um divertido jogo de hokeyde monociclos, disputado por várias equipes. Apóso almoço - também um estranho cardápio para opaladar brasileiro, com boa fartura - aconteceramoficinas de free-style com Simon, australiano, queapavora nas manobras e possuidor de um grande

    12th British Unicycle Convention12th British Unicycle Convention12th British Unicycle Convention12th British Unicycle Convention12th British Unicycle Conventiontexto e fotos Rodrigo Racy

    ,

    Rodrigo Racy, o recordista de monociclo em distância off road, foi o“nosso olho” em um tradicional festival de monociclos na Inglaterra..Portanto venham pedalar e se equilibarar com ele nesta viagem.

    10

  • estilo enquanto, ao mesmo tempo, acontecia aoficina de monotrial, em uma pista especialmentemontada na área externa. Yoggi, Francês, quemontou a pista e detona no trial, dava as dicaspara os participantes que arriscavam saltar sobrecarretel de fios, andaimes, rampas, pilhas de palletse diversos outros obstáculos. Para finalizar a tarde,ocorreram duas competições, uma de free-stylee outra de trial. Durante toda a convenção o friointenso com rajadas de vento gelado, unidos aocostume inglês, favoreceu os participantes,proporcionando durante todo o tempo uma vastamesa com chás variados, leite quente e gelado,bolachas, geléias, pães, margarina, cereais e afins,tudo à vontade, incluso no valor da inscrição. Ainscrição no valor de 40 pounds, equivalente a R$200,00, deu direito a uma camiseta, acomodação,todas as refeições e, obviamente, a participaçãoem todas as atividades previstas.

    Após o jantar, no sábado, começaram ospreparativos para a esperada Noite de Gala. Comoeu disse no início, um evento diferente. Para minhasurpresa não ocorreu o Palco Aberto e nem oRenegados. A grande Noite de Gala foi um mix denúmeros circenses de alguns participantes, comintervenções dos mestres de cerimônias. O Simonno free-style foi um arraso demonstrando suatécnica, habilidade e domínio do monociclo,detalhe, descalço. Christy, uma americana comapenas 17 anos apresentou um número solo im-pressionante além de um lindo ballet sincronizadoem parceria com sua mãe, embaladas por Mozart.Roger e Alan em monociclos de duas rodasfazendo misérias arrancaram aplausos e foramovacionados pela platéia. Os números demalabares, diabolos e as piadinhas ficaram a cargoda trupe de apresentadores. Após as apresen-tações houve a entrega dos troféus para osvencedores das competições de free-style, trial edo time vencedor de hokey. Uma apresentaçãomusical composta por uma dupla de violão/voz edidgeridoo (australiano) e na seqüência umquarteto tocando jazz encerraram a noite.

    No domingo, após o café da manhã, por voltadas 10h00, os participantes dividiram-se. Uma partepreferiu ficar na escola confraternizando-se eparticipando de oficinas de aprendizado demonociclo, enquanto outros, inclusive eu e Julianaescolhemos ir para Guisborough Forest and

    Walkway, um parque com muito verde, trilhas emmeio à floresta, colinas e um belo visual da cidadetoda. O intuito dessa atividade foi praticar o MuniRide, ou MontainMono. Encerrada a atividade umlanche preparado pela organização foi servido alimesmo no parque e depois retornamos a escolapor volta das 14h00.

    Nesse momento já estava praticamenteencerrada a Convenção, alguns participantesarrumando as malas e monos, outros já haviampartido. Ainda aconteceu, como se fosse um brinde,uma demonstração de trial para os mais afi-cionados da modalidade.

    Fomos embora, mas não de volta pra casaainda, peguei um trem rumo a Londres. Ali fiqueiuns dias e descobri com uma francesa, por contado monociclo, um encontro semanal de circensesFui com Elise conferir, tudo apontava paranovidades, como na convenção.

    Sem nada de muito interessante, ví que oswing imperava pela quantidade de pessoaspraticando com alto nível, o malabares com algunsgatos pingados e nível inferior ao que já vi aqui, emonociclos, como sempre com reduzido número:eu, Elise e um francês. Não sei se apenas naqueledia foi assim. Vi esse panorama e constatei que sóos endereços mudam. Quem sabe volto lá diadesses pra ver se acontece algo diferente do quevi. Por hora, sigo meu caminho

    11

  • Se existe alguémque podemos chamar de“tradicional de Circo”,esta pessoa éLeris Colombaioni,51 anos, já que suafamília bebe da fontecircense desde 1650!!!Filho do famosoNani Colombaioni, oitalianíssimo Lerisesteve no Brasil paraparticipar das come-morações de 20 anosdo LUME (NúcleoInterdisciplinar dePesquisas Teatrais daUniversidade Estadualde Campinas) e nosconcedeu um pouquinhode seu tão atribuladotempo para que estaentrevista fosse realizada.

    Respeitável público,

    com vocês....

    12

  • Sua família é inteira de palhaços?Sua família é inteira de palhaços?Sua família é inteira de palhaços?Sua família é inteira de palhaços?Sua família é inteira de palhaços?Começamos por volta de 1650,como comediantes, no início dacomedia dell’arte. Depois, quan-do nasceu o circo, no final de1700, trocamos de lugar, mascontinuou o trabalho. Nemsempre na rua, mas em teatrose outros lugares. Temos um pe-queno circo, uma tradição da fa-mília Colombaioni.

    Como chama o seu Circo?Como chama o seu Circo?Como chama o seu Circo?Como chama o seu Circo?Como chama o seu Circo?Chama-se Circo Ercolino, que éo nome do meu palhaço. Traba-lho, junto com minha família: aminha esposa e três filhos. Nonosso Circo o espetáculo é mui-to popular, porque o Circo pre-cisa ser popular! Na primeiraparte do espetáculo há acrobaciabásica de Circo, e clowneria,lembra mais um cabaré. Já na se-gunda parte acontecem as esque-tes e farsas teatrais.

    É um circo só de palhaços?É um circo só de palhaços?É um circo só de palhaços?É um circo só de palhaços?É um circo só de palhaços?Palhaços clássicos. Aqueles queutilizam a sua história, a sua ori-gem, o respeito do tempo cômi-co, do figurino... Não aquele quese pode ver hoje, em muitoslugares.

    Há muita diferença entre osHá muita diferença entre osHá muita diferença entre osHá muita diferença entre osHá muita diferença entre ospalhaços antigos e os de hoje?palhaços antigos e os de hoje?palhaços antigos e os de hoje?palhaços antigos e os de hoje?palhaços antigos e os de hoje?Claro! Principalmente no Brasilessa diferença é muito forte.Aqui o palhaço é parecido, nasua comicidade, a um cômico.Fala muito e usa figurino cominfluência da escola norte-americana, com muitas cores.E não digo isso só pelo nariz.Não é correto identificar opalhaço só porque tem um nariz,ele é muito mais que isso!

    Leris ColombaioniEntão, o que é o palhaço e oEntão, o que é o palhaço e oEntão, o que é o palhaço e oEntão, o que é o palhaço e oEntão, o que é o palhaço e oque ele tem a mais, além doque ele tem a mais, além doque ele tem a mais, além doque ele tem a mais, além doque ele tem a mais, além donariz?nariz?nariz?nariz?nariz?Hoje em dia coloca-se um figu-rino e um nariz e diz que é umclown. Um clown tem cincochaves. Ele deve fazer um poucode mímica, malabarismo ouequilíbrio, acrobacia, música -mas de forma linda - e devetambém saber cair. Mas se vaifazer muito, não é mais clown, éum mímico ou um malabarista.Por isso é importante falar comos jovens de hoje e explicar demaneira clara o que é o palhaço,porque o estereótipo do pa-lhaço é como esse monstro doMcdonalds. Como se chama?Ronald de Porca Miséria! Hojeem dia há espetáculos que se di-zem de clown, mas de clown nãotem nada! Tem o figurino e o na-riz. Então, vamos fazer uma expe-riência? Vamos fazer esse es-petáculo com figurino e nariz,depois tira, e vai fazer o mesmoespetáculo. Trocou muito? Não!Não troca nada! O que precisasaber muito é a clowneria.

    E o que é a clowneria?E o que é a clowneria?E o que é a clowneria?E o que é a clowneria?E o que é a clowneria?A clowneria é composta de qua-tro personagens: dois augustos,um branco e um anão – que ago-ra já não existe. Eles descendemde outros personagens da co-media dell’arte: Arlequin, Co-lombina e Pantalón. O anão é oBufão da Corte. Fica claro assim,mas as pessoas não se lembram.E existe um outro Augusto, quetrabalha sozinho. Em italianochama-se Augusto de Cerada –Augusto da Noite – e é umpouco diferente, porque tra-balha sozinho em várias situa-ções do espetáculo, quando épreciso tempo para trocaraparelho, por exemplo.

    VVVVVocê falou dos anões,ocê falou dos anões,ocê falou dos anões,ocê falou dos anões,ocê falou dos anões, hoje em hoje em hoje em hoje em hoje emdia quase não há mais Circosdia quase não há mais Circosdia quase não há mais Circosdia quase não há mais Circosdia quase não há mais Circoscom anões.com anões.com anões.com anões.com anões.Realmente não há, porque nametade dos anos 70 o público jánão gostava de ver o anão, já queinterpretava isso como uma cru-eldade, o que não é verdade, masessa foi a opinião do público. Eo clown tem sempre uma influ-ência contemporânea, do mo-mento, e as pessoas não gosta-vam do anão. Depois, com a e-mancipação, com a cultura, hojepode-se olhar um anão comouma pessoa que trabalha. Mas

    13

  • antes, só restava o Circo paraele trabalhar. Nos pequenos lu-gares, ele ficava fechado em casa,sua família tinha vergonha. Hojeé diferente, porque o anão tra-balha na sociedade, ganhandomuito mais que trabalhando numCirco. Outra coisa estranha, ho-je em dia o clown não trabalhamais só no picadeiro, trabalhaem hospitais, na rua, em super-mercados, muitos lugares. Masapesar disso, eu nunca vi umpalhaço branco na rua.

    A que se deA que se deA que se deA que se deA que se devvvvve esse fato?e esse fato?e esse fato?e esse fato?e esse fato?O que as pessoas vêem por aínão são brancos. O branco é di-ferente. Ele fala, mas não falamuito. Esta maneira de falar como público é de cabaré, é dife-rente. O clown branco, para sercolocado num picadeiro ou emoutro lugar de maneira clara,precisa do seu figurino, com asua máscara e seu chapéu. Por-que ele é a representação daclasse mais alta da sociedade. Oaugusto é o pobre. E tem oanão... Essa é a história.

    Aqui no Brasil falaAqui no Brasil falaAqui no Brasil falaAqui no Brasil falaAqui no Brasil falavam mvam mvam mvam mvam muitouitouitouitouitoque o circo tinha acabado eque o circo tinha acabado eque o circo tinha acabado eque o circo tinha acabado eque o circo tinha acabado eque agora ele está renascendo.que agora ele está renascendo.que agora ele está renascendo.que agora ele está renascendo.que agora ele está renascendo.VVVVVocê concorocê concorocê concorocê concorocê concorda com isso?da com isso?da com isso?da com isso?da com isso?O Circo realmente estava mor-rendo, tanto aqui no Brasil comono mundo todo e o porque éclaro. Não houve uma políticaassistencial do Estado. Existe na

    Itália, na Europa, um ministérioda cultura que ajuda, mas...Outro ponto é que o espetáculocircense perdeu a identidadepopular. Na Europa chega-se apagar 70 euros! Há também ofato de que hoje em dia as pes-soas vão ver cabarés. Porque écomo seguir uma moda, é umaforma de espetáculo que nãotem muitas pretensões, ceno-gráficas, brinca muito com o du-plo sentido, e as pessoas gostammuito, neste momento. Alémdisso tudo, teve a televisão.Quando inventaram a televisão,foi um desastre para o Circo. OCirco, de 1957 até 1965, fazia oespetáculo em duas partes. Eentre essas duas partes, colocá-vamos um televisor, para que opúblico pudesse assistir a umprograma muito famoso datelevisão italiana. Não só opúblico, mas nós artistas tam-bém gostávamos do programa.Hoje em dia temos a Internet.Eu fui criança até os 13 anos.Agora, na Europa, aos 9 anos, acriança já tem celular, mensa-gens, e não tem interesse peloCirco ou por muitas outras coi-sas, como a leitura.

    E hoje em dia , como é oE hoje em dia , como é oE hoje em dia , como é oE hoje em dia , como é oE hoje em dia , como é opúblico do seu Circo?público do seu Circo?público do seu Circo?público do seu Circo?público do seu Circo?Em cada dia o público é mais oumenos o mesmo. Cerca de 40%voltam, porque nossos espetá-culos não se repetem, são dife-

    rentes e populares. Não existeoutra forma de espetáculo maisbarato e que possa oferecer acada dia uma coisa diferente,então eles voltam para assistir.

    Então seu Circo não viaja, estáEntão seu Circo não viaja, estáEntão seu Circo não viaja, estáEntão seu Circo não viaja, estáEntão seu Circo não viaja, estásempre perto de Roma?sempre perto de Roma?sempre perto de Roma?sempre perto de Roma?sempre perto de Roma?Meu Circo não viaja, porque te-nho outros trabalhos por lá. Mastambém não é preciso viajar.Troca-se o espetáculo, e não opúblico.

    Mudando um pouco de as-Mudando um pouco de as-Mudando um pouco de as-Mudando um pouco de as-Mudando um pouco de as-sunto, você está aqui dandosunto, você está aqui dandosunto, você está aqui dandosunto, você está aqui dandosunto, você está aqui dandovárias oficinas.várias oficinas.várias oficinas.várias oficinas.várias oficinas. VVVVVocê acrocê acrocê acrocê acrocê acreditaeditaeditaeditaeditaque uma pessoa pode aprenderque uma pessoa pode aprenderque uma pessoa pode aprenderque uma pessoa pode aprenderque uma pessoa pode aprendera ser palhaço ou isso é uma ser palhaço ou isso é uma ser palhaço ou isso é uma ser palhaço ou isso é uma ser palhaço ou isso é umdom?dom?dom?dom?dom?Porca miséria! Que pergunta!Muitas pessoas podem fazer opalhaço de maneira linda, entãocada pessoa pode tentar. É claroque um palhaço de nível, comoum grande músico, um grandecantor, precisa de um dom. Elepode ser bom na normalidadeda Humanidade.

    Seu pai foi seu maior exemploSeu pai foi seu maior exemploSeu pai foi seu maior exemploSeu pai foi seu maior exemploSeu pai foi seu maior exemploou há algum outro palhaço queou há algum outro palhaço queou há algum outro palhaço queou há algum outro palhaço queou há algum outro palhaço quetenha te inspirado?tenha te inspirado?tenha te inspirado?tenha te inspirado?tenha te inspirado?O meu pai foi minha inspiração.Mas não só a inspiração. A inspi-ração é uma coisa pessoal. Podehaver uma influência, é claro, omeu pai primeiro, trabalhei todaa vida com ele, mas o Fratellini,o Chabri e o Croque também

    14

  • me influenciaram. Cada pessoapode ser mestre em uma coisa.A pessoa deve fazer o trabalhode clown como sente no corpo,não como uma cópia de outro.Outros são exemplos. É muitobom ver outros palhaços, mascom respeito à clowneria. Senãovai fazer outra coisa!

    Existe alguma apresentaçãoExiste alguma apresentaçãoExiste alguma apresentaçãoExiste alguma apresentaçãoExiste alguma apresentaçãoque tenha te marcado?que tenha te marcado?que tenha te marcado?que tenha te marcado?que tenha te marcado?Falando de Brasil, o Circo Zanni,o número da mulher gorila, é ti-picamente clássico da clowneria.E lembrem-se de que não hánariz! A expressão do corpo éque é fundamental.

    Esse número é fe i to peloEsse número é fe i to peloEsse número é fe i to peloEsse número é fe i to peloEsse número é fe i to peloDomingosDomingosDomingosDomingosDomingos e o e o e o e o e o FernandoFernandoFernandoFernandoFernando do do do do doLa Mínima.La Mínima.La Mínima.La Mínima.La Mínima. VVVVVocê já trabalhouocê já trabalhouocê já trabalhouocê já trabalhouocê já trabalhoucom eles, não?com eles, não?com eles, não?com eles, não?com eles, não?Sim, eu escrevi o A La Carte. Elesnão tinham experiência declown clássico e não tínhamos apossibilidade de fazer uma ofi-cina antes do trabalho. Entãotentei fazer as duas coisas. Expli-car-lhes o “tempo cômico”, por-que se falta o tempo, falta algo,além de mostrar a eles o triân-gulo de um espetáculo. Não sepode fazer espetáculo sem públi-co, sem história e sem o ator.Isto é muito óbvio, mas muitaspessoas não lembram disto.

    Recentemente foi aprovada u-Recentemente foi aprovada u-Recentemente foi aprovada u-Recentemente foi aprovada u-Recentemente foi aprovada u-ma lei que proíbe animais emma lei que proíbe animais emma lei que proíbe animais emma lei que proíbe animais emma lei que proíbe animais em

    Circo em São Paulo. O queCirco em São Paulo. O queCirco em São Paulo. O queCirco em São Paulo. O queCirco em São Paulo. O queacha de animais em Circo?acha de animais em Circo?acha de animais em Circo?acha de animais em Circo?acha de animais em Circo?Meu Circo não possui animais,mas não podemos fazer confu-são! Para mim, animais como oscavalos, os búfalos e os cachor-ros, não tem nenhum problema.Já elefantes, leões ou tigres,absolutamente não! Eu, comopessoa, não gosto muito deproibicionismo. Saúde e Liber-dade para cada um são indispen-sáveis. Proibir totalmente eunão estou de acordo!

    Quando se pode considerar umQuando se pode considerar umQuando se pode considerar umQuando se pode considerar umQuando se pode considerar umverdadeiro palhaço?verdadeiro palhaço?verdadeiro palhaço?verdadeiro palhaço?verdadeiro palhaço? É o público que faz a descoberta.Mas há de se tomar cuidado por-que ele também é cruel e trans-forma pessoas muito pequenasem pessoas muito grandes. Masisto é a liberdade de opinião.

    VVVVVocê trabalhou com ocê trabalhou com ocê trabalhou com ocê trabalhou com ocê trabalhou com FFFFFellinniellinniellinniellinniellinni no no no no nofilme filme filme filme filme I ClownsI ClownsI ClownsI ClownsI Clowns, como foi?, como foi?, como foi?, como foi?, como foi?Para mim foi uma experiênciamaravilhosa. A minha participa-ção é mínima. Mas todos os me-us irmãos participaram. Fellinniera uma pessoa genial e forte.Na cena do funeral, quando sefaz a corrida, foi uma tragédiaporque ele nunca parava a cena.Não tem cortes! E muitas pes-soas por quase duas horas cor-rendo. Eu ficava fora, no estúdio5 da Cinecittá, onde aliás foi oseu funeral. Esse estúdio é comoum templo, tem uma atmosfera

    impressionante! E não creio quesinta isso só por-que trabalheilá, mas é como uma força mística.Mas Fellinni tinha um amorparticular pelo mundo circense,era fascinado! Fellinni era umsonhador.

    Para finalizarPara finalizarPara finalizarPara finalizarPara finalizar,,,,, há alguma coisa há alguma coisa há alguma coisa há alguma coisa há alguma coisaque queira falar?que queira falar?que queira falar?que queira falar?que queira falar?Sim, deve-se fazer o clown utili-zando esta maneira clássica, queé a raiz. Lembrar sempre disso.Que o clown tem suas raízes.Deve haver muito respeito pelaclowneria, que fez história. Parao clown brasileiro: o Brasil temuma interessantíssima históriade clowneria, com grandesclowns, grandes mestres. É pre-ciso recordar isso! É verdadeque tem influências de outrosclowns, mas isso não é uma tra-gédia, é uma sorte poder apren-der de outros.Por último, nãotomar o estereótipo de clowne de Circo, como o Cirque duSoleil, que é muito bonito, masnão é Circo, é outra coisa comoo clown que fala muito, não émuito clown. Se vai fazer clown,é como um livro, deve começarda primeira página!Também gos-taria de agradecer a vocês quevieram até aqui e agradecertambém o meu grande amigo Ri-cky, o Lume, o Teatro do Anôni-mo, La Mínima e Circo Zanni.E por último, muito obrigado aomeu pai

    15

  • texto e fotos Duico

  • ZANNIZANNIZANNIZANNIZANNI

    A Cidade de São Paulo teve mais umaoportunidade de assistir o Circo ZanniCirco ZanniCirco ZanniCirco ZanniCirco Zanni,formado pelas companhias La Mínima, LinhasAéreas e Circo Amarilho.

    O espetáculo estreou em 10 de junho eficou em cartaz até 31 de julho, com a lonamontada em um ponto circense tradicional,no Centro da cidade, mais precisamente naRua Augusta, esquina com a Caio Prado.

    Uma lona vermelha novinha e iluminadachamava a atenção daqueles que passavampela área. Trata-se de uma área residencial e

    esta era a apos-ta do grupo pa-ra que as pe-quenas, mas a-conchegantesarquibancadas,e s t i v e s s e msempre cheias.

    “Queremosque as pessoasque moram a-

    qui pela região venham conhecer o nossoCirco!” – afirmou Fernando Sampaio, do LaMínima, um dos grupos integrantes do CircoZanni.

    Mas mesmo que não estivesse em umaárea tão bem localizada,valeria a pena ir assistireste ótimo espetáculo.Com um desfalque impor-tante, o de Luciana Me-nim, que foi aprimorar-sena arte dos aéreos noCanadá, o grupo nãodeixou o espetáculo es-morecer e prendeu aatenção do público portodo momento.

    A impressão que eles deixaram, nessacurta temporada, é a de que Circo que possuimúsica ao vivo de fato carrega um toque amais, já que a banda dá o clima de quasetodo o espetáculo.

    Vida longa ao Circo Zanni

    texto e fotos Duico

    17

  • A Academia Piolin de Artes Circenses -APAC pode ser considerada como marco,resultante e parte de um longo processo deadaptação e manutenção da linguagem circense.Um processo que nunca termina, e tem comoexpressão as diversas manifestações de grupos,trupes e companhias que conhecemos hoje. Épreciso repensar a interpretação que vem sendofeita do termo “novo circo”, pois através dosanos, o circo sempre passou por processos detransformações e permanências nas formas detransmissão do conhecimento e produção doespetáculo; sempre influenciou, foi influenciadoe ainda influencia outros espaços de exploraçãoartística: o teatro, a dança, o cinema, a televisão,a música, a rua... O circo sempre estevemorrendo, e assim, se renovando. Necessitamosde uma atualização sobre os antecedentes dessalonga história antes de formar conceitos ansi-osos ou verdades equivocadas.

    Fundada em 1978, batizada em homenagemao palhaço Piolin que dera grande contribuiçãopara a existência da escola. A AcademiaAcademiaAcademiaAcademiaAcademia funcionouaté meados da década de 1980, sendo a primeirainstituição a oferecer aos “sedentários” a possi-bilidade de aprender e trabalhar com circo.Todavia, não foi a primeira vez que a questão doensino havia sido pensada, pois desde 1920 existia,entre os circenses, a preocupação de criar novasmaneiras de ensinar e difundir sua arte fora doespaço da lona.

    Hoje existem diversos circos-escola portodo o país, projetos de circo social, espaços decirco lazer, além de malabares e acrobacias nossinais vermelhos. Muitas formas de difusão comobjetivos e meios específicos. Existem propostasque não se voltam apenas para o ensino dastécnicas, entendendo que a linguagem circensesempre pressupôs uma formação artística emtécnica física, mas também: na representação

    Esse artigo é sobre o circoe sobre uma história me-morável que não pode seresquecida. É sobre a pri-meira escola de circo doBrasil, que experimentoutransmitir e difundir astécnicas fora do espaço iti-nerante, sob um endereçofixo. Para entender a ge-ração do “novo circo” ecompreender como as artescircenses estão por aí afora,é preciso se voltar à própriahistória dessas artes!!!

    crônica AS PRESENÇAS DO PAS PRESENÇAS DO PAS PRESENÇAS DO PAS PRESENÇAS DO PAS PRESENÇAS DO PASSADOASSADOASSADOASSADOASSADOAS PRESENÇAS DO PAS PRESENÇAS DO PAS PRESENÇAS DO PAS PRESENÇAS DO PAS PRESENÇAS DO PASSADOASSADOASSADOASSADOASSADO

  • Emanuela RodriguesEmanuela RodriguesEmanuela RodriguesEmanuela RodriguesEmanuela Rodriguesartista, estudante e [email protected]

    teatral, na música, na dança; na construção, manu-tenção e segurança de montagens e aparelhos; nanegociação de cachês; no conhecimento de histó-ria do circo e do teatro, valorização do trabalhoartístico, entre outras coisas. E se é assim, dife-rente mas como sempre foi... Não existirá aí,além de tudo, um ciclo cultural sendo renovado?Para descobrir isso é preciso analisar toda a tra-jetória da AcademiaAcademiaAcademiaAcademiaAcademia, desde sua fundação até seufechamento. E seguir analisando e relativizandocom cuidado nossa percepção para a curta rea-lidade alcançada por nossos olhares.

    Daí, para juntar tudo: comecemos por des-cobrir como, de onde e de que forma surgiramessas tendências que andam perambulando por aí.Uma pesquisa sobre a trajetória de nossa primeiraescola de circo - manifestação explícita dessesprimórdios! – orientada para contextualizar esse

    processo junto ao próprio desenvolvimento his-tórico das artes circenses e o surgimento de ou-tros projetos de ensino dessas artes, servirá paraconhecer mais sobre a nossa atualidade. É exa-tamente por isso que resolvi, há dois anos atrás,começar essa pesquisa e chegar hoje para contarpara vocês que ela existe, está em desenvolvimentoe é importante pra caramba! Hoje, Erminia Silvapercorre comigo essa jornada, e nós aceitamos eprecisamos de colaboração e apoio! VerônicaTamaoki, ex-aluna da AcademiaAcademiaAcademiaAcademiaAcademia, começa agora acompartilhar idéias e imagens... Entrevistas estãosendo realizadas e, se você tem registros, fotos,lembranças ou informações sobre a Academia Pio-lin de Artes Circenses... que tal dividir essa nossahistória com o mundo todo?! E assim vamos emfrente, conscientes do que já foi feito para nãoperdermos tempo reinventado a roda

    Erminia SilvaErminia SilvaErminia SilvaErminia SilvaErminia Silva é historiadora doutora, quarta geraçãocircense no Brasil, filha de Barry Charles Silva

    [email protected]

  • Open stageOpen stageOpen stageOpen stageOpen stageAconteceu as 21:00 a céu aberto, apre-

    sentado por dois organizadores do Festival. A pri-meira apresentação foi de uma criança de uns 10anos fazendo rolo e jogando três facões. Depoisum show de dança com 10 adultos e 10 crianças.Mais tarde, um espetáculo realizado por quatropessoas e apenas três bolas baseado em seus es-tudos teatrais e Christofer um austríaco fazendoa trilha sonora com seu digeridoo.

    No dia 26 de maio de 2005, quinta-feira, ± 8 da manhã, cheguei em Klagenfurt, Carintia,Áustria, a cidade que hospedou o 16º F16º F16º F16º F16º Festival estival estival estival estival Austríaco de MalabarAustríaco de MalabarAustríaco de MalabarAustríaco de MalabarAustríaco de Malabareseseseses nos últimos cincoanos, precisamente Viktring um bairro um pouco fora da cidade nas montanhas, a cerca de20 minutos do centro, em uma escola chamada Bundesrelgymnasiun.

    BundesrelgymnasiunBundesrelgymnasiunBundesrelgymnasiunBundesrelgymnasiunBundesrelgymnasiunUma escola espetacular! Com dois lagos, um

    ginásio, uma área de camping para umas 1000 pes-soas, uma igreja, e a parte térrea onde acontece-ram os workshops, além de um restaurante comuma boa comida típica austríaca.

    OrganizaçãoOrganizaçãoOrganizaçãoOrganizaçãoOrganizaçãoComo o Festival é realizado no mesmo lugar

    há alguns anos, parecia que todos estavam em casa.Todas as portas abertas 24 horas, sem segurançapara conferir sua credencial, um boton que nãoera necessário usar. Uma refeição e uma bebidagrátis, quartos separados para famílias com cri-anças, duchas e banheiros limpos.

    WWWWWorkshopsorkshopsorkshopsorkshopsorkshopsComo havia só um local onde eram realiza-

    dos os workshops de malabares, a partir das 10da manhã já estavam todos reunidos em umgramado com árvores. Os workshops seguiramaté as oito horas da noite com uma grandevariedade. Des-taque para os dedicados às crianças,como de mo-nociclo, e um de variações de millsmess com 4 bolas com o francês Sebastien Mabille,residente na Austria, com um conhecimentoaprofundado em siteswap e mill´s mess. Outroworkshop foi o de multiplex com até 7 bolas mi-nistrado pelo austríaco Richard Kahling. Excelen-tes execuções dos truques! Passe avançado comCris nosso conhecido alemão que estava na Con-venção de Porto Alegre, 4 bolas e 4 mãos umworkshop que ensinava muitas variações e possi-bilidades de passes e roubadas com duas pessoase apenas 4 bolas. Um dos últimos foi o de trocade diabolos, foram aplaudidos quando trocaram 4.

    por Cristiano Rezendepor Cristiano Rezendepor Cristiano Rezendepor Cristiano Rezendepor Cristiano Rezende

    20

  • Parada & CompetiçãoParada & CompetiçãoParada & CompetiçãoParada & CompetiçãoParada & CompetiçãoFez um dia maravilhoso para a parada no centro da cidade de

    Klagenfurt, destaque para os malabaristas fazendo passes com 6pessoas sobre uma fonte e uma criança andando com um monociclotambém em cima da fonte. As competições foram todas bemdivertidas, como por exemplo: jogando três bolinhas o competidortinha que passar por debaixo de uma corda que abaixava cada vezmais, gladiador com duas pessoas atadas pelos pés e 5 bolasequilibrando em um pé só. Havia um número inesperado de espec-tadores, já que na praça escolhida para as competições tambémacontecia uma feira de carros antigos.

    Public showPublic showPublic showPublic showPublic showÚltima noite do Festival , o Public Show contou com a presença

    de umas 200 pessoas de Klagenfurt e mais os participantes doFestival, o apresentador dessa noite é o músico da noite passadaChistofer. O primeiro número foi de uma criança quebrando tudona ginástica olímpica, na sequência Hannah Kreisz e Marijan Raunikar,uma dupla de dragão chinês fazendo take out com 3 e 4 bolas,sincronia e figuras perfeitas, depois cada um fazia sua própriarotina com bolas, Hannah Kreisz baseava seu espetáculo em startse multiplex com 4 e 5 bolas e saltos acrobáticos, Marijan Raunikarfazendo loops, swings e siteswap com 3 e 4 bolas, Franz Santnerfazendo o público delirar com seu chapéu, em uma apresentaçãobem madura. Miker Husemann e Stephanie um dupla acrobática nãomuito tradicional, onde o ponto forte eram figuras comicas. Paracontinuar o Public Show um show completo de fogo com osorganizadores do Festival of Fire Arts, poi, devil stick, bastões,câmbio de tochas e uma luta de espadas tudo de fogo e para fecharcom chave de ouro o apresentador Christofer fazendo 1 e 2 bastõesde fogo, uma noite realmente quente e entusiasmada pelas duaspartes (público e artistas).

    O FestivalO FestivalO FestivalO FestivalO FestivalConcebido em quatro

    dias de sol, proporcio-nando belíssimas práticasao ar livre, uma precisãoincrível com o programa,uma organização sempredisponível, uma estruturaexcelente para a família(atraindo os pais, atraemseus filhos), um festivalrealizado por malabaris-tas apaixonados pelo quefazem, respeito e educa-ção para participantes, euma pré-organização.Todos esses ingredientesjuntos fizeram deste, umótimo Festival

    21

  • Faça PASSE por MarquinhosPasse, Cambio, Troca... todos esses nomes significam a mesma coisa:

    malabares em grupo. Fazer malabares em duas ou mais pessoas abreum mundo aparte no universo do malabarismo.

    Passe é possivel com qualquer aparelho de malabares, pois nadamais é do que uma ideia de tempos, de como se manter objetos no ar.Então seja claves ou outro aparelho, o que vale é endender como ascoisas acontecem.

    É fundamental ter um domínio prévio do jogo individual paraaprender passes, mas, é uma técnica acessível a qualquer malabaristadeterminado. É um ótimo treino, pois trabalha a agilidade e o improvissoque um malabarista necessita.

    O LANÇAMENTOO modo correto de lançar a

    clave é utilizando o movimento dobraço inteiro, a clave deve quaseque tocar o joelho momentos antesde ser lançada.

    Treine com uma clave lançare receber. Lance em linha reta, doseu braço direito para o esquerdodo outro malabarista

    Executando esse mesmo lança-mento reto, da direita para aesquerda, jogue três claves en-quanto a sua frente o outromalabarista aguardo com uma claveem cada mão, assim que voce lançarele deve dominar as três clavesenquanto agora você aguarda.

    Aos poucos acelere! Tentelogo que receber, já lançar.

    5 CLAVES, 2 PESSOAS

    22

  • PREPARA

    PASSA

    1

    JOGA

    2

    JOGA

    3

    JOGA

    4

    PASSA

    1

    JOGA

    2. . .

    Popularmente cha-mado de tempo 4, éconsiderado um tempobásico.

    Consiste em umalançamento de passeseguido de trêsjogadas individuais.

    Comece primei-ramente erguendo asclaves, ou fazendoalgum outro movimen-to para sincronizar oprimeiro lançamento.É importante estemomento ser marcadopara facilitar oaprendizado.

    Tenham paciência,a concentração eperseverança tem queser dos dois! Depoisde algum treino épossivel fazer muitasbrincadeiras nestetempo.

    TEMPO QUATRO

    OUTROS TEMPOSExistem muitos

    tempos e modos de sefazer passe. O estudodo siteswap e do Di-agrama Causau podemser utéis! (ver pag. 6).

    Alguns outrostempos: 2, 3, Passa-Passa-Joga e 1.

    DIAGRAMACAUSAL

    23

  • O Dia Mundial do MalabarismoDia Mundial do MalabarismoDia Mundial do MalabarismoDia Mundial do MalabarismoDia Mundial do Malabarismo em Belo Hori-zonte foi comemorado com uma programação inten-sa realizada no Mercado Distrital Santa Tereza. Pro-movido pelos grupos El Individuo, Contraposto epelo malabarista Rafa Rafa, o evento contou com apresença de duzentas pessoas entre malabaristas,artistas e curiosos. Rafa Rafa, Ivani e João deraminício às atividades ministrando oficinas de três boli-nhas e pernas de pau. Às 16h00 horas o tradicionallançamento abriu a série de jogos e recordes, acom-panhada por uma platéia atenta e participativa.

    O Palco Aberto, principal atração do Dia, foiapresentado pelo carismático palhaço e mímico Ro-drigo Robleño.Os artistas fizeram duas horas deespetáculo com aéreos, malabares, acrobalance, b-boys, palhaços e bicicross. Até o Senhor Palhaçoparticipou com um número de cigar box, divertindoo público no intervalo para a passagem do chapéu.O show teve a colaboração de Igor como coorde-nador de palco, e do DJ Rato como operador desom, que desde o começo animava a festa com muitosoul, electro e drum´n bass, entre outros.

    Encerradas as apresentações, Leo compositorde música eletro-eletrônica e estudante do cursode música da UFMG e seus sintetizadores embaloua desmontagem do palco com sons eletrônicos. Aprodução bem organizada e pontual contou com oapoio do comércio local e prometeu dar continuida-de aos projetos voltados para a arte circense.Aguardem!

    DIA MUNDIAL DO MALABARISMODIA MUNDIAL DO MALABARISMODIA MUNDIAL DO MALABARISMODIA MUNDIAL DO MALABARISMODIA MUNDIAL DO MALABARISMO

    Ex-vereador do PSB paulista, Roger Linhavia apresentado o projeto de lei nº 862, doano de 2003, em que proibia “...a utilização deanimais de qualquer espécie em apresentaçõesde circos e congêneres...” em São Paulo. Mas oprojeto foi vetado pela prefeita da cidade naépoca, Marta Suplicy (PT).

    Seguindo os trâmites legais, o projetoretornou à Câmara Municipal de São Paulo nodia 15 de junho deste ano e desta vez o veto foiderrubado.

    Com a publicação em 12 de julho passadono Diário Oficial, a lei agora nº 14.014 de 30 dejunho de 2005, entrará em vigor na segunda feira,dia 10 de outubro (90 dias após a sua publicação).A partir de então, qualquer Circo que realizarapresentações com animais poderá ser multadoem mil e quinhentos reais. Se houver reincidên-cia esse valor é dobrado, podendo até mesmohaver a cassação da licença de funcionamentodo Circo.

    PROIBIÇÃO DE ANIMAIS EMCIRCOS NO MUNICÍPIO PAULISTA

    7ª CONVENÇÃO BRASILEIRA DE MALABRES E CIRCO7ª CONVENÇÃO BRASILEIRA DE MALABRES E CIRCO7ª CONVENÇÃO BRASILEIRA DE MALABRES E CIRCO7ª CONVENÇÃO BRASILEIRA DE MALABRES E CIRCO7ª CONVENÇÃO BRASILEIRA DE MALABRES E CIRCO

    Em Betim 2004 foi decidido que São Paulo será a sededa próxima Convenção Brasileira de Malabares e Circo. Jáexiste um grupo responsável pela produção deste eventotão importante. A data em vista é de 11 a 15 de novembro emfunção do feriado nacional do dia 15 de novembro, porémainda não está confirmada. Mas, é certo que acontecerá, epela motivação da organização será uma das melhores.

    Fiquem atentos no site www.palcoaberto.com.br e nalista de discussão [email protected]

    NOTAS18 DE JUNHO18 DE JUNHO18 DE JUNHO18 DE JUNHO18 DE JUNHO

    Luisa Horta

    Duico

    24

  • AconteceCIRCO NO BECO – CIRCO NO BECO – CIRCO NO BECO – CIRCO NO BECO – CIRCO NO BECO – Dia 07 de agostoàs 17h00, Rua Belmiro Braga, esquinacom Rua Luis MuratVila Madalena – SP; entrada no chapéuwww.circonobeco.com.br

    JOGANDO NO QUINTJOGANDO NO QUINTJOGANDO NO QUINTJOGANDO NO QUINTJOGANDO NO QUINTAL – AL – AL – AL – AL – Dia 05,06 e 07 de agosto e 02,03 e 04 desetembro; sex. e sáb. às 21h00 e dom.às 19h00, Rua Professor VicentePeixoto, 50 – Altura do 1600 da Corifeude Azevedo Marques – SPtel. 3672.1553; R$ 15,00www.jogandonoquintal.com.br

    RISOS DE SÁBRISOS DE SÁBRISOS DE SÁBRISOS DE SÁBRISOS DE SÁBADO ADO ADO ADO ADO A NOITE – A NOITE – A NOITE – A NOITE – A NOITE – Dias27 de agosto e 24 de setembro às19h00, Rua Professor OnofrePenteadoJr., 51 – Planalto Paulista – SPel. 5583.3151 ou 9327.7780www.claestudio.com.br

    SARAU DO CHARLES – SARAU DO CHARLES – SARAU DO CHARLES – SARAU DO CHARLES – SARAU DO CHARLES – Dias 20 deagosto e 17 de setembro, das 23h00 às5h00 Rua Harmonia, 921 – VilaMadalena – SP; tel. 3031.4946; R$ 10,00www.rasodacatarina.com.br

    CABARÉ DO SEMENTE – CABARÉ DO SEMENTE – CABARÉ DO SEMENTE – CABARÉ DO SEMENTE – CABARÉ DO SEMENTE – Dia 06 deagosto às 19h00, Av. Santa Isabel, 2070Barão Geraldo, Campinas - SPtel. 19 3289.8011; R$ 12 e R$ 6

    BICHOS DO BRASILBICHOS DO BRASILBICHOS DO BRASILBICHOS DO BRASILBICHOS DO BRASIL com CIA.CIA.CIA.CIA.CIA. PIA FRA PIA FRA PIA FRA PIA FRA PIA FRAUSUSUSUSUS Todosáb. e dom. 16h00. Até final de agosto. Tuca Arena,R. Monte Alegre, 1.024, Perdizes SPtel. 11 3670-8455 - R$ 10 e R$ 20

    CHAPEUZINHO CHAPEUZINHO CHAPEUZINHO CHAPEUZINHO CHAPEUZINHO VERMELHOVERMELHOVERMELHOVERMELHOVERMELHO com CIA.CIA.CIA.CIA.CIA. LE PLA LE PLA LE PLA LE PLA LE PLATTTTTDU JOURDU JOURDU JOURDU JOURDU JOUR – Todo sáb. e dom. às15h00 até 09/10 eOS OS OS OS OS TRÊS PORQUINHOSTRÊS PORQUINHOSTRÊS PORQUINHOSTRÊS PORQUINHOSTRÊS PORQUINHOS com CIA.CIA.CIA.CIA.CIA. LE PLA LE PLA LE PLA LE PLA LE PLAT DUT DUT DUT DUT DUJOURJOURJOURJOURJOUR – Todo sáb. e dom. às 16h00 até 09/10.Cultura Inglesa/Pinheiros, Rua Deputado LacerdaFranco, 333, Pinheiros SP; tel. 3039-0553 - R$ 10e R$ 20

    IRMÃOS BECKERIRMÃOS BECKERIRMÃOS BECKERIRMÃOS BECKERIRMÃOS BECKER - todos os dom. de setembro às15h00. Pq. do Ibirapuera, Marquise com Al. dosNamorados; tel. 9992.1487 - Entrada ao chapéu

    III FESTIVIII FESTIVIII FESTIVIII FESTIVIII FESTIVAL MUNDIAL DE CIRCO DO BRASILAL MUNDIAL DE CIRCO DO BRASILAL MUNDIAL DE CIRCO DO BRASILAL MUNDIAL DE CIRCO DO BRASILAL MUNDIAL DE CIRCO DO BRASILDe 10 a 14 de agosto, Belo Horizonte/MGwww.fmcircodobrasil.com.br

    28TH EUR28TH EUR28TH EUR28TH EUR28TH EUROPEAN JUGGLING CONVENTIONOPEAN JUGGLING CONVENTIONOPEAN JUGGLING CONVENTIONOPEAN JUGGLING CONVENTIONOPEAN JUGGLING CONVENTIONDe 14 a 20 de agosto, Ptuj - Sloveniawww.ejc2005.com

    5-3-1 FESTIV5-3-1 FESTIV5-3-1 FESTIV5-3-1 FESTIV5-3-1 FESTIVAL OF NEW JUGGLINGAL OF NEW JUGGLINGAL OF NEW JUGGLINGAL OF NEW JUGGLINGAL OF NEW JUGGLINGDe 21 a 23 de outubro, Helsink – Finlândiawww.531festival.com

    O CORPO E O ESTO CORPO E O ESTO CORPO E O ESTO CORPO E O ESTO CORPO E O ESTADO NO JOGO DOADO NO JOGO DOADO NO JOGO DOADO NO JOGO DOADO NO JOGO DOPPPPPALHAÇO – ALHAÇO – ALHAÇO – ALHAÇO – ALHAÇO – Ministrado por Silvia Leblon(Spirulina) a partir do dia 5/08, todas as sex. das14h00 às 17h00 – R$ 120,00 e ESGRIMAESGRIMAESGRIMAESGRIMAESGRIMACLÁSSICA – CLÁSSICA – CLÁSSICA – CLÁSSICA – CLÁSSICA – Ministrada por Marcelo Ferrato.Todas as seg. e qua., das 20h00 às 21h00 e sáb.das 10h00 às 12h00. – R$ 80,00. Rua Harmonia,921 – Metrô Vila Madalena – SP; tel. 3031.4946;www.rasodacatarina.com.br

    CURSO DE CURSO DE CURSO DE CURSO DE CURSO DE TÉCNICTÉCNICTÉCNICTÉCNICTÉCNICAS DE MALABAS DE MALABAS DE MALABAS DE MALABAS DE MALABA-RISMOA-RISMOA-RISMOA-RISMOA-RISMOCOM DÚ CIRCO - COM DÚ CIRCO - COM DÚ CIRCO - COM DÚ CIRCO - COM DÚ CIRCO - Todas as 3ª feiras, das 18h00às 20h00 - Rua Girassol 323, Vila Madalena – SP;tel. 3812.1676 / 3815.6142.www.galpaodocirco.com.br

    AP

    RESEN

    TA

    ÇÕ

    ES EM

    CA

    RTA

    Z

    CURSOS E OFICINAS

    II FESTIVII FESTIVII FESTIVII FESTIVII FESTIVAL DE CIRCO DO BRASILAL DE CIRCO DO BRASILAL DE CIRCO DO BRASILAL DE CIRCO DO BRASILAL DE CIRCO DO BRASILDe 27 a 30 de outubro, Recife/[email protected]

    7ª CONVENÇÃO BRASILEIRA DE7ª CONVENÇÃO BRASILEIRA DE7ª CONVENÇÃO BRASILEIRA DE7ª CONVENÇÃO BRASILEIRA DE7ª CONVENÇÃO BRASILEIRA DEMALABARES E CIRCOMALABARES E CIRCOMALABARES E CIRCOMALABARES E CIRCOMALABARES E CIRCODe 11 a 15 de novembro, São Paulo – BR.(data a confirmar pela organização)

    FESTIVAIS

  • ENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRO PO PO PO PO PAAAAAULISTULISTULISTULISTULISTA DE MALABA DE MALABA DE MALABA DE MALABA DE MALABARESARESARESARESARESTodas as 2ª feiras, das 17h00 às 22h00, RuaBelmiro Braga, esquina com Rua Luis MuratVila Madalena – SP – tel. 7155.3708www.enpauma.com.br

    ENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRO CO CO CO CO CARIOCARIOCARIOCARIOCARIOCA DE MALABA DE MALABA DE MALABA DE MALABA DE MALABARESARESARESARESARESTodas as 2ª feiras, 18h00 – no CENTROINTERATIVO DE CIRCO Fundição Progresso,nº 20 – RJ – tel. (21) 2210.3324

    ENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRENCONTROS MINEIROS MINEIROS MINEIROS MINEIROS MINEIROS DE MALABOS DE MALABOS DE MALABOS DE MALABOS DE MALABARESARESARESARESARESTodas as 6ª feiras, das 18h00 ÁS 22h00, noSPASSO ESCOLA POPULAR DE CIRCO, RuaFrancisco Sá, n° 16 – BH e todos os sábados,das 15h00 às 20h00, no MERCADODISTRITAL DE SANTA TEREZA, Rua SãoGotardo, 273, Santa Tereza - BH.

    CEFCEFCEFCEFCEFAAAAAC - CENTRC - CENTRC - CENTRC - CENTRC - CENTRO DE FORMAÇÃOO DE FORMAÇÃOO DE FORMAÇÃOO DE FORMAÇÃOO DE FORMAÇÃOPRPRPRPRPROFISSIONAL EM OFISSIONAL EM OFISSIONAL EM OFISSIONAL EM OFISSIONAL EM ARARARARARTES CIRCENSESTES CIRCENSESTES CIRCENSESTES CIRCENSESTES CIRCENSES

    R. Girassol, 323 - Vila MadalenaSão Paulo/SPSão Paulo/SPSão Paulo/SPSão Paulo/SPSão Paulo/SP – tel. 3812.1676

    [email protected]

    CIRCO ESCOLA PICCIRCO ESCOLA PICCIRCO ESCOLA PICCIRCO ESCOLA PICCIRCO ESCOLA PICADEIRADEIRADEIRADEIRADEIROOOOOAv. Cidade Jardim, 1105 - Jardins São Paulo/SPSão Paulo/SPSão Paulo/SPSão Paulo/SPSão Paulo/SP - tel. 3078.0944

    www.picadeirocirco.com.br

    GALPÃO DO CIRCOGALPÃO DO CIRCOGALPÃO DO CIRCOGALPÃO DO CIRCOGALPÃO DO CIRCORua Girassol, 323 – Vila Madalena

    São Paulo/SP -São Paulo/SP -São Paulo/SP -São Paulo/SP -São Paulo/SP - tel. 3812.1676www.galpaodocirco.com.br

    NANANANANAU DE ÍCU DE ÍCU DE ÍCU DE ÍCU DE ÍCARARARARAROSOSOSOSOSRua Guaipá, 1380 – Vila Leopoldina

    São Paulo/SPSão Paulo/SPSão Paulo/SPSão Paulo/SPSão Paulo/SP - tel. 3836.3708www.naudeicaros.com.br

    ESCOLA NAESCOLA NAESCOLA NAESCOLA NAESCOLA NACIONAL DE CIRCOCIONAL DE CIRCOCIONAL DE CIRCOCIONAL DE CIRCOCIONAL DE CIRCOPraça da Bandeira, 4 – Praça da BandeiraRio de Janeiro/RJ Rio de Janeiro/RJ Rio de Janeiro/RJ Rio de Janeiro/RJ Rio de Janeiro/RJ - tel. (21) 2273.2144

    [email protected]

    SPSPSPSPSPASSO ESCOLA POPULAR DE CIRCOASSO ESCOLA POPULAR DE CIRCOASSO ESCOLA POPULAR DE CIRCOASSO ESCOLA POPULAR DE CIRCOASSO ESCOLA POPULAR DE CIRCOAv. Francisco Sá, 16 - - - - - Prado

    Belo Horizonte/MGBelo Horizonte/MGBelo Horizonte/MGBelo Horizonte/MGBelo Horizonte/MG - tel. (31) [email protected]

    ESCOLA PICOLINO DE ESCOLA PICOLINO DE ESCOLA PICOLINO DE ESCOLA PICOLINO DE ESCOLA PICOLINO DE ARARARARARTES DO CIRCOTES DO CIRCOTES DO CIRCOTES DO CIRCOTES DO CIRCOAv. Otávio Mangabeira s/nº PituassúSalvador/BSalvador/BSalvador/BSalvador/BSalvador/BAAAAA - Tel. (71) 363.4069

    [email protected]

    ESCOLA DE CIRCO CIA DO CIRCOESCOLA DE CIRCO CIA DO CIRCOESCOLA DE CIRCO CIA DO CIRCOESCOLA DE CIRCO CIA DO CIRCOESCOLA DE CIRCO CIA DO CIRCORua Luis Vicentin Sobrinho, 225

    Barão Geraldo - CampinasSão Paulo/SPSão Paulo/SPSão Paulo/SPSão Paulo/SPSão Paulo/SP Tel. (19) 32891934

    www.ciadocirco.hpg.ig.com.br

    ESCOLAS DE CIRCO

    ENCONTROS DE MALABARESENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRO BO BO BO BO BAIANO DE MALABAIANO DE MALABAIANO DE MALABAIANO DE MALABAIANO DE MALABARESARESARESARESARESTodas as 4º feiras, das 16h00 às 19h00, PasseioPúblico – Centro – Salvador, BA – tel. (71)329.0015

    ENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRO DE SÃO BERNARDO DOO DE SÃO BERNARDO DOO DE SÃO BERNARDO DOO DE SÃO BERNARDO DOO DE SÃO BERNARDO DOCAMPO/SP DE MALABARESCAMPO/SP DE MALABARESCAMPO/SP DE MALABARESCAMPO/SP DE MALABARESCAMPO/SP DE MALABARESTodas as 3º feiras, 18h00 – Paço Municipal –São Bernardo do Campo – SP

    ENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRO CEARENSE DE MALABO CEARENSE DE MALABO CEARENSE DE MALABO CEARENSE DE MALABO CEARENSE DE MALABARESARESARESARESARESTodas os domingos, a partir das 18h00, PraçaPortugal – próx. ao metrô Aldeota – Fortaleza– CE – tel. (85) 8806.3589

    ENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRO CURITIBO CURITIBO CURITIBO CURITIBO CURITIBANO DEANO DEANO DEANO DEANO DEMALABMALABMALABMALABMALABARES – ARES – ARES – ARES – ARES – Todas as terças, a partir das14h00, Praça Osvaldo Cruz – Curitiba – PR.

    O espaço está aberto! Envie informações sobreacontecimentos de malabaresmalabaresmalabaresmalabaresmalabares, circocircocircocircocirco e arte de ruaarte de ruaarte de ruaarte de ruaarte de rua.

    [email protected]@[email protected]@[email protected]

  • BLUE BREAK BEABLUE BREAK BEABLUE BREAK BEABLUE BREAK BEABLUE BREAK BEATS TS TS TS TS VVVVVOL.OL .OL .OL .OL . 1 1 1 1 1Essa seleção de vários artistas da BlueNote Records foi lançada em 1993 ejá possui vários outros números.Nesse primeiro número apenas duas

    músicas possuem vo-cal, de resto todas sãoinstrumentais. Para aqueles que querem aprofundar-se um pouco mais nesse estilo de música, esse discoé um “mapa da mina”. Desta-ques para RichardGroove Holmes em Grooving With Mr. G que trazque usa e abusa do lendário órgão Hammond e osom extremamente dançante e empolgante, SookieSookie de Grant Green. Não deixe de ouvir tambémos outros volumes. Com certeza uma ótima trilhasonora para seus treinos!

    O FO FO FO FO FANTANTANTANTANTASMA DO CIRCOASMA DO CIRCOASMA DO CIRCOASMA DO CIRCOASMA DO CIRCOVerônica Tamaoki - - - - - Um livro quemistura ficção com personagens ecasos reais acontecidos no mundocircense. Alice Guilhermina Luan-de é o “fantasma do circo” mas,na verdade não tem nada defantasma, e sim de “alma do circo”.Dizem as “más línguas” que Alice realmente existiue saiu do Circo por um grande amor. Apesar deinfeliz, sua gravidez trouxe um novo alento a suavida. Porém após três meses do nascimento, seufilho morre; ela não agüenta o golpe do destino evem a falecer também. No livro ela retorna à lonaapós sua morte para proteger àqueles que vivemsob ela, inclusive Benjamin de Oliveira e Piolin. Nessaemocionante história muitos nomes históricosaparecem e fazem com que o leitor aprenda umpouco mais sobre a história do Circo Brasileiro eprincipalmente como é a vida em um Circo.

    AMORES DE COLEGIALAMORES DE COLEGIALAMORES DE COLEGIALAMORES DE COLEGIALAMORES DE COLEGIALBuster Keatonestá genialneste filme,onde inter-preta Ronald,um brilhantealuno que não

    consegue se entender comos esportes e para conquistaro grande amor de sua vida,Mary, tem que demonstrarum ótimo desempenho es-portivo já que ela gosta deatletas. A seqüência de cenasem que Keaton treina em umcomplexo de atletismo é umadas mais hilárias do cinema.Outro ponto muito interes-sante é a cena em que, parapagar seus estudos, BusterKeaton tem que trabalhar emuma lanchonete e demonstratodo o seu potencial “execu-tando truques” de flair. Ape-sar de filmado em 1927 e daqualidade da imagem não sermuito boa, o filme vai deixara platéia extasiada de tanto rir,William Perry dá o clima coma trilha sonora executadaapenas com um piano, Enfim,uma brilhante interpretaçãode Keaton, o homem quepossui o rosto menos ex-pressivo, mas os olhos maisexpressivos do cinema.

    Indicações por DuicoIndicações

    28

  • A Escola Nacional de Circo foi criada em1982 por Luiz Olimecha e Orlando Miranda, paraatender a artistas oriundos ou não de famílias cir-censes, estando situada no centro do Rio de Ja-neiro, com cursos regulares com duração de qua-tro anos, além de reciclagens para profissionaiscom duração de três meses. O ensino na ENCtem caráter tecnicista e é calcado na formaçãotradicional, explorando números de alto níveltécnico e muitas vezes até extintos, além disso éuma escola totalmente gratuita, subsidiada peloGoverno Federal através da FUNARTE (FundaçãoNacional de Arte). Por estes motivos a ENC éhoje uma das principais escolas de circo daAmérica Latina e tem enorme representatividadedentro e fora do Brasil.

    Infelizmente a ENC vem passando por mui-tas dificuldades nos últimos anos, refletindo aspéssimas condições em que se encontra o fomentoda cultura e do ensino público em nosso país,some-se a isso mais de 8 anos em que foi malgerida por uma gestão que deixou que a escolacaminhasse para sua atual situação.

    Atualmente enfrentamos uma greve geraldo Ministério da Cultura, que já dura mais de trêsmeses, reivindicando aumento salarial dos funci-onários, plano de carreira e melhor condição detrabalho, é bom lembrar que este é um movimentolegítimo e de extrema necessidade para a melhoriadas condições de trabalho e ensino no Brasil.

    A ENC conta hoje com apenas 5 professoresoriundos de famílias tradicionais que se dedicam

    e se desdobram para atender cerca de 130 alunos.As condições de conservação e manutenção dosaparelhos é muito preocupante e a maior partedeles está indisponível para o uso.A qualidade ar-tística dos espetáculos decaiu nos últimos anos eo espaço físico é escasso devido á sua má con-servação.

    Felizmente o reflexo da última coordenado-ria de Circo da FUNARTE, nos apresentou solu-ções bastante significativas.

    O diálogo com o novo diretor Zezo Oliveiratem sido bastante produtivo e esclarecedor. Se-gundo a direção, novos materiais já estão sendocomprados e já foi feita a contratação de 8 novosprofessores oficineiros, pelo período de dois me-ses renováveis.

    É importante compreender que a EscolaNacional é um centro de referência das artes Cir-censes e deve, como tal, fomentar pesquisas, discu-ssões e trocas de conhecimentos com profissio-nais da área, sem abrir mão de ser uma escolavoltada para a excelência técnica.

    Esperamos que a ENC prossiga no caminhopara a modernização de seu ensino e de suas estru-turas, formando artistas com excelência e pionei-rismo trazendo assim o devido respeito e valo-rização da arte circense no Brasil.

    Lucas MoreiraAluno, Artista e integrante do Grêmio da [email protected]

    Painel AbertoENCENCENCENCENC

    É permitida a reprodução de qualquer artigo ou matériapublicada na Revista Palco Aberto desde que seja citadaa fonte. Os artigos assinados e anúncios não expressamnecessáriamente a opinião deste veículo, sendo assim deresponsabilidade exclusiva de seus autores.

    EDITEDITEDITEDITEDITORESORESORESORESORESAntonio Marcos Pires GilLuiz Franscisco “Duico” de Vasconcelos

    Nº 7 ANO 2 Agosto/Setembro 2005EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO

    REVISÃOREVISÃOREVISÃOREVISÃOREVISÃOTetê Balestreri

    TIRATIRATIRATIRATIRAGEMGEMGEMGEMGEM 3.500 exemplares

    CONTCONTCONTCONTCONTAAAAATTTTTO 55 11 7155.3708O 55 11 7155.3708O 55 11 7155.3708O 55 11 7155.3708O 55 11 7155.3708rrrrreeeeevista@palcoabervista@palcoabervista@palcoabervista@palcoabervista@palcoabertototototo.com.br.com.br.com.br.com.br.com.br

    Distribuição GratuitaDistribuição GratuitaDistribuição GratuitaDistribuição GratuitaDistribuição Gratuita

    COLABORADORESCOLABORADORESCOLABORADORESCOLABORADORESCOLABORADORESAlê Roit, Cristiano Resende, Emanule Helena,Ermínia Silva, Luísa Horta, Na Makaka, PauloAndringa, Lucas Moreira, Rodrigo Racy

    [email protected]

    RECEBER,RECEBER,RECEBER,RECEBER,RECEBER, ANUNCIAR e PANUNCIAR e PANUNCIAR e PANUNCIAR e PANUNCIAR e PARARARARARTICIPTICIPTICIPTICIPTICIPARARARARAR

    Obrigado por lerObrigado por lerObrigado por lerObrigado por lerObrigado por ler30

    FOFOFOFOFOTTTTTO CO CO CO CO CAPAPAPAPAPAAAAADuico

  • iiiiimagem do livro Die Kunst Der Jonglerie - Karl Heinz em que Bobby Maycumprimenta Anthony Gatto, após apresentação em Cleveland , no ano de 1981