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Epidemiologia de Medicamentos Prof. Eduardo Arruda

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Epidemiologia de Medicamentos

Prof. Eduardo Arruda

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Sumário

Histórico

Introdução

Farmacologia

Epidemiologia

Farmacovigilância

Estudos de Utilização de Medicamentos (EUM)

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Histórico

Década de 30:

Falência renal causada pela comercialização de

uma solução de sulfanilamida em dietilenoglicol.

Mais de 100 óbitos e mudança na legislação nos

EUA

Década de 60:

Focomelia causada pelo uso de talidomida na

gestação

4.000 casos em todo o mundo, com 498 obitos.Romano-Lieber, 2008

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Histórico - Mundo

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Histórico

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Caso Microvlar

O advogado da Schering do Brasil, Cid Scarpezzini

Filho, nega que tenha feito acordos com

consumidoras para evitar processos e diz que, de

acordo com o último balanço feito pela empresa,

foram abertos cerca de 300 ações relacionadas ao

caso da pílula da farinha.

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Caso Celobar

Junho de 2003. Um erro em uma indústria

farmacêutica provoca intoxicação em dezenas de

pessoas. A causa: um veneno chamado carbonato

de bário (BaCO3). O Celobar, medicamento que

causou a tragédia, deveria conter somente sulfato

de bário (BaSO4). Mas, na tentativa de transformar

o carbonato em sulfato, algum erro fez com que

quase 15% da massa do Celobar comercializado

fosse de BaCO3.

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Caso Lidocaína

A Vigilância Sanitária de Minas Gerais interditou a

Farmácia de Manipulação Neoativa, que fabricou a

lidocaína suspeita de causar a morte de três

pessoas, na Bahia. O anestésico era produzido em

grande escala e distribuído pela empresa

Medicminas Equipamentos Médicos Ltda, que

colocava seu rótulo no produto e o revendia para

os estabelecimentos de saúde. O procedimento é

ilegal, pois farmácias de manipulação só podem

vender medicamentos mediante prescrição

médica e são proibidas de produzi-los em grande

quantidade.

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Introdução

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define

utilização de medicamentos como:

"a comercialização, distribuição, prescrição e uso

de medicamentos em uma sociedade, com ênfase

especial sobre as consequências médicas, sociais

e econômicas resultantes"

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Introdução

Assistência Farmacêutica: O grupo de atividades relacionadas com o

medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade;

Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação de utilização.

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Introdução

Brasil (2008): O consumo anual médio de medicamentos é de

menos de US$ 30 per capita. A metade é consumida pelos 15% da população de renda superior a 10 salários mínimos, enquanto 40% das pessoas não têm acesso aos medicamentos comerciais;

Atuam no país cerca de 350 laboratórios farmacêuticos (já houve 600), dos quais 50 multinacionais, os quais respondem por 70% do faturamento;

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Introdução

Brasil (2008): Existem 45 mil farmácias, das quais 3.500

pertencem a redes. As farmácias e drogarias vedem 82% dos medicamentos consumidos no Brasil. Mais de 30 mil apresentações farmacêuticas são registradas no mundo, das quais 20 mil no Brasil;

Cerca de 8 mil apresentações são regularmente comercializadas no país, das quais 6 mil são produtos éticos. As apresentações são formulações baseadas em aproximadamente 1.500 fármacos;

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Introdução

Brasil (2008): Dentre os tipos de medicamentos existentes no

mercado brasileiro podemos citar: medicamento referência (éticos/marca), medicamento similar, medicamento genérico e medicamento manipulado.

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Introdução

Tognoni e Laporte (1989):

“Epidemiologia dos medicamentos e dos tratamentos é o

estudo do uso e dos efeitos desses insumos”

Strom (1994):

Farmacoepidemiologia é “estudo do uso e dos efeitos dos

medicamentos em um grande numero de pessoas

[população]”

Porta, Hartzema e Tilson (1998):

“Aplicação de raciocínio, conhecimento e métodos

epidemiológicos ao estudo do uso dos medicamentos e

seus efeitos, quer sejam eles benéficos ou adversos, em

populações humanas”.

Romano-Lieber, 2008

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FARMACOEPIDEMIOLOGIA

FARMACOLOGIA EPIDEMIOLOGIA

FARMACOVIGILÂNCIA ESTUDOS DE UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOSRelato de caso

Série de casos

Análise de série temporal/estudo ecológico

Estudo clínico controlado

Estudo de coorte e caso-controle

Estudos quantitativos

Estudos qualitativos

Estudos quanti-quali

Adaptado de Romano-Lieber, 2008

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Farmacovigilância

Laporte, Tognoni e Rozenfeld (1989):

“Identificação e avaliação dos efeitos do uso agudo

e crônico dos tratamentos farmacológicos no

conjunto da população ou em subgrupos de

pacientes expostos a tratamentos específicos”.

OMS:

Ciência e atividades relativas a detecção,

determinação, compreensão e prevenção de

Reações Adversas aos Medicamentos (RAM)

Romano-Lieber, 2008

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Resposta nociva e não intencional ao uso de

um medicamento que ocorre em doses

normalmente utilizadas em seres humanos

para profilaxia, diagnostico e tratamento

(WHO, 1972).

Romano-Lieber, 2008

Reações Adversas aos Medicamentos (RAM)

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Exemplos de RAM

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Organização Mundial de Saúde em 1977:

“comercialização, distribuição, prescrição e uso de

medicamentos em uma sociedade, com ênfase

especial sobre as consequências médicas, sociais

e econômicas”.

São ferramentas para observação do uso de

medicamentos através do tempo,

identificação de problemas potenciais e

avaliação dos efeitos de intervenções

regulatórias e educativas.Romano-Lieber, 2008

Estudos de utilização de medicamentos

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Estudos de utilização de medicamentos

Castro (2000):

EUM representam apoio decisivo na elaboração de

políticas governamentais e compreendem

diferentes temas de investigação, como por

exemplo:

Como se desenvolve determinada terapia em um ou

mais niveis de atenção à saúde?

Quais são as possibilidades de ocorrencia de abuso,

mau uso, subutilização, uso incorreto de medicamentos

e quais fatores influenciam a utilização?Romano-Lieber, 2008

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Conclusão

A aplicação da farmacoepidemiologia pode-se ser

pensada em dois momentos:

Pré e pós-comercialização de um medicamento.

A pré-comercialização se caracteriza pela

investigação experimental. Fases I, II e III.

Estudos pré-clínicos e clínicos.

Na pós-comercialização encontram-se

fundamentalmente a farmacovigilância e os EUM.