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L O N D R I N A 2 0 0 7Imunização

Protocolo de

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5 ª ED IÇÃO

PREFE ITURA MUN IC IPAL DE LONDR INA

PREFE ITO

Nedson Luiz Micheleti

SECRETÁR IA

Dra. Josemari Sawczuk de Arruda Campos

D IRETOR IA DE EP IDEM IOLOG IA E INFORMAÇÕES EM SAÚDE

Dra. Simone Garani Narciso

GERÊNC IA DE V IG I LÂNC IA EP IDEM IOLÓG ICA

Sônia Fernandes

COORDENADORA MUN IC IPAL DE IMUN IZAÇÃO

Sandra Regina Caldeira Melo

PRODUÇÃO , D ISTR IBU IÇÃO E INFORMAÇÕES

SECRETAR IA MUN IC IPAL DA SAÚDE DE LONDR INA

SUPERINTENDÊNCIA MUNICIPAL: Josemari S. de Arruda CamposDIRETORIA DE EPIDEMIOLOGIA E INFORMAÇÃO EM SAÚDE: Dra. Simone Garani NarcisoGERÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: Enf. Sônia Fernandes

COORDENADORA MUN IC IPAL DE IMUN IZAÇÃO

Enf. Sandra Regina Caldeira Melo

ENDEREÇO

R: Atílio Octávio Bisatto, 480CEP 86010-340Telefone (43) 3376-1970FAX (43) 3376-1985E-mail: [email protected]: www.londrina.pr.gov.br5ª Edição. 2007

L838i LONDRINA. Prefeitura do Município. Autarquia Municipal de Saúde.Imunização: protocolo./ Prefeitura do Município. Autarquia Municipal de Saúde-- 5. ed.-- Londrina, PR: [s.n], 2007.

96 p. : il. color.-

Vários colaboradores.Bibliografia.

1. Imunização – Protocolo. 2. Saúde Coletiva – Londrina. I. Título.

CDU: 614.47 (816.22)C ATA L O G A Ç Ã O : S U E L I A LV E S D A S I LVA C R B 9 / 1 0 4 0

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ApresentaçãoO estabelecimento da missão da Autarquia Municipal de Saúde pressupõe a promoção

da saúde e qualidade de vida da população, por meio de ações integrais e intersetoriais, confere centralidade à política de qualidade como um dos maiores desafios a serem alcançados. Acredita-se que o alcance desse objetivo envolva a ampliação da satisfação dos usuários com os serviços. Entretanto, na área pública, o conceito de qualidade deve ser ampliado à aplicação dos recursos públicos de forma eficiente, eficaz e efetiva. É neste contexto que se insere a utilização adequada da tecnologia disponível, visando o aprimoramento da qualidade técnico-científica, sendo a proposição de protocolos uma das ferramentas fundamentais neste processo. Os protocolos, sob a forma de uma documentação sistematizada, normatizam o padrão de atendimento à saúde. Na rede municipal de saúde de Londrina, sentiu-se a necessidade de um instrumento que orientasse a atuação, estabelecendo fluxos integrados na rede de assistência e medidas de suporte, definindo competência e responsabilidade dos serviços, das equipes e dos diversos profissionais que compõem as Equipes de saúde da família. Para a elaboração desses protocolos, foram identificadas as condições / patologias de maior relevância e instituídos grupos tarefa para a elaboração dos mesmos. As áreas priorizadas foram:

:: Livro 1 – Saúde da criança

:: Livro 2 – Saúde da mulher - Protocolo de atenção integral à gestante de baixo risco e puérpera; - Protocolo de detecção e controle do câncer de colo de útero e de mama; - Protocolo de Planejamento familiar.

:: Livro 3 – Saúde do adulto - Protocolo de Hipertensão Arterial; -Protocolo de Diabetes Mellitus; - Protocolo de Dislipidemias

:: Livro 4 – Fitoterapia

:: Livro 5 – Cuidados de Enfermagem

:: Livro 6 – Asma

:: Livro 7 – Imunização

Sendo assim, espera-se que na continuidade do empenho do grupo tarefa na produção deste material, ocorra a incorporação pelos atores no cotidiano da gestão clínica do cuidado, a se traduzir na melhoria das condições de saúde e de vida das populações sob nossa respon-sabilidade.

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Elaboração / Colaboração

AUTORSandra Regina Caldeira Melo – Enfermeira – Coordenadora Municipal de Imunização

COLABORADORSonia Hutul Silva – Enfermeira – Ger. Logística e Proj. Especiais em Saúde

CONSULTORAMaria Emi Shimazaki.

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AgradecimentosÀ equipe da Gerência de Vigilância Epidemiológica pela constante colaboração. À equipe

da Diretoria de Ações em Saúde pelo incentivo. A todos os profissionais das Unidades Básicas de Saúde pela aplicação do conteúdo deste protocolo em suas atividades diárias de trabalho. A todos que colaboraram direta ou indiretamente na execução deste trabalho.

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Sumário

Introdução ............................................................................................................................... 5

I. Metas ................................................................................................................................. 6

II. Tipos de Imunidade ...................................................................................................... 8

III. Diretrizes .......................................................................................................................... 9

IV. Vacinação ...................................................................................................................... 11

V. Esquemas de vacinação ........................................................................................... 21

VI. Eventos adversos às vacinas ................................................................................... 38

VII. Imunobiológicos .......................................................................................................... 46

VIII. Soros e Imunoglobulinas ......................................................................................... 54

IX. Conservação e manuseio das Vacinas e Imunobiológicos ............................. 63

XX. Monitoramento ............................................................................................................ 77

Anexos ................................................................................................................................... 79

Referências Bibliográficas .............................................................................................. 92

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5Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

IntroduçãoO desempenho de um programa de imunizações eficiente e eficaz pressupõe a organização

dos serviços de saúde, a seleção de estratégias de vacinação apropriadas e o envolvimento da comunidade.

Para isso, é necessário definir os procedimentos básicos para a execução, o acompanha-mento e a avaliação das atividades, além de identificar formas de implantação, implementação e divulgação desses procedimentos na rede básica de saúde.

São nossos objetivos:

:: Estabelecer as linhas gerais para a administração dos imunobiológicos na rede básica.

:: Padronizar e disciplinar os critérios e técnicas para administração de vacinas.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 20076

I. MetasOs percentuais de cobertura precisam ser alcançados e mantidos de forma homogênea

dentro da área de abrangência de cada Unidade Básica de saúde, para quebra da cadeia epidemiológica, para tanto os índices recomendados são os seguintes:

:: Para a vacina BCG: vacinação de 90% dos suscetíveis;:: Para a vacina contra o rotavírus: vacinação de 90% dos suscetíveis;:: Para a vacina contra hepatite B: vacinação de 95% dos suscetíveis;:: Para a vacina tetravalente: vacinação de 95% dos suscetíveis;:: Para a vacina contra a poliomielite: vacinação de 95% dos suscetíveis;:: Para a vacina tríplice viral: vacinação de 95% dos suscetíveis;:: Para a vacina contra a febre amarela: vacinação de 100% dos suscetíveis;:: Para a vacina dupla adulta: vacinação de 100% dos suscetíveis.

1.1 Menores de um ano

A meta operacional básica é vacinar 100% dos menores de um ano com todas as vacinas indicadas para o primeiro ano de vida.

1.2 Meta para menores de 19 anos

Vacinar 100% dos menores de 19 anos com a vacina contra a hepatite B e mais aquelas vacinas indicadas para cada faixa etária.

1.3 Meta para mulheres em idade fértil

Mulheres em idade fértil são aquelas que estão na faixa de 12 a 49 anos. Vacinar todas as mulheres desta faixa etária, com a vacina tríplice viral, que não tenham recebido anteriormente a vacina contra a rubéola, dupla viral e até mesmo a tríplice viral, bem como com todas as outras vacinas indicadas para esta faixa etária.

1.4 Meta para gestantes

:: As gestantes vacinadas, com três ou mais doses da DTP, tetravalente, dT, DT ou TT, há menos de cinco anos, não necessitam de nenhuma dose;

:: As gestantes com três ou mais doses de DTP, tetravalente, dT, DT, ou TT, há mais de cinco anos, necessitam de uma dose da vacina dT;

:: As gestantes nunca vacinadas, necessitam de três dose da vacina dT.

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7Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

1.5 Metas para outros grupos

:: Vacinar contra a hepatite B a população pertencente aos seguintes grupos: convívio domiciliar contínuo com pessoas portadoras de VHB, profissionais da área da saúde, doadores regulares de sangue, nefropatias crônicas, dialisados, síndrome nefrótica, politransfundidos, hemofílicos, talassêmicos, populações indígenas, pessoas portadoras do HIV, reclusos, homossexuais masculinos, profissionais do sexo, portadores do vírus da hepatite C, pessoal de segurança pública, vítimas de abuso sexual, vítimas de acidentes com material biológico positivo, comunicantes sexuais de portadores de VHB, hepatopatias crônicas e portadores de hepatite C, imunodeprimidos;

:: Oferecer a vacina contra a febre amarela para toda a população a partir de 9 meses de idade, vacinando principalmente a população entre 9 meses a 1 ano e a população acima dessa idade que se desloca para áreas endêmicas;

:: Vacinar toda a população com 60 anos e mais, com a vacina contra a influenza, bem como com todas as outras vacinas indicadas para esta faixa etária.

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II. Tipos de Imunidade

2.1 A Imunidade Ativa

:: Ocorre através da resposta imune a um antígeno: o próprio indivíduo produz anticorpos ou resposta imune celular.

IMUN IDADE AT IVA NATURAL :

:: Através do contato com a doença. Ex: sarampo, varicela, rubéola (permanentes).

Imunidade ativa artificial:

:: Através de aplicação de vacinas.

2.2 A Imunidade Passiva

:: O indivíduo recebe anticorpos já prontos, produzidos por outro organismo.

:: Não há resposta imune do receptor ao antígeno e a proteção dura tempo limitado.

IMUN IDADE PASS IVA NATURAL :

:: Adquirida através da via transplacentária e do leite materno. Ex: proteção contra o tétano neonatal.

IMUN IDADE PASS IVA ART I F IC IAL :

:: Adquirida através de soroterapia ou de imunoterapia. Ex: soros, imunoglobulina humana

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9Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

III. Diretrizes

3.1 Os Procedimentos básicos

Na recepção do cliente na sala de vacinas, verificar se:

:: Já vacinou - dar continuidade ao esquema de vacinação;

:: Nunca vacinou - iniciar o esquema de vacinação.

CONTROLE DA VAC INAÇÃO :

No início do esquema de vacinação:

:: Abrir carteira de vacina:

:: Anotar nome, data de nascimento, nome dos pais e o endereço completo;

:: Colocar o carimbo da Unidade;

:: Colocar número do lote da vacina;

:: Anotar a data de realização da vacina;

:: Escrever o nome legível de quem aplicou a vacina;

:: Agendar a lápis os próximos retornos.

:: Colocar no Sistema WebSaúde (programa de imunização), os dados de identificação, a data e a dose da vacina aplicada;

:: Orientar sempre o cliente sobre: o tipo de vacina aplicada, as reações adversas previstas, a conduta frente às reações e o próximo retorno.

SEGU IMENTO DE ESQUEMA DE VAC INAÇÃO :

:: Colocar no programa de vacinação (Sistema WebSaúde), transcrevendo: data da aplicação da vacina, o Posto de Vacinação, as vacinas já aplicadas anteriormente e, as recebidas nesta unidade de saúde, nesta data;

:: Anotar a lápis na carteira de vacina, o próximo retorno previsto para vacinação.

CASOS DE PERDA DE CARTE IRA DE VAC INA :

Quando estiver tomando as vacinas nos Postos de Saúde:

:: Transcrever na carteira de vacina os dados que constam no Sistema WebSaúde, colocar o nome da UBS em que foi realizada a vacina;

:: Destacar na carteira de vacina que é a 2ª (segunda) via.

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Quando a vacinação ocorreu em postos de vacinação que não possuam o Sistema WebSaúde ou seja de outro município:

:: Orientar para procurar o posto de origem ou;

:: Se for de outro município, entrar em contato com a Gerência de Vigilância Epidemiológica, repassando os dados do cliente.

QUANDO FOR IMPOSS ÍVEL CONHECER O ESTADO VAC INAL DA CR IANÇA :

:: Investigar cicatriz vacinal do BCG. Se possuir, anotar a seguinte observação na carteira: possui cicatriz vacinal do BCG.

:: Iniciar esquema vacinal conforme calendário específico para a faixa etária.

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11Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

IV. Vacinação

4.1 Contra-indicações gerais

:: Uma contra-indicação geral para qualquer imunobiológico é a ocorrência de hipersensibilidade (reação anafilática) após o recebimento de qualquer dose anterior daquele imunobiológico.

:: Também é considerada contra-indicação, história de hipersensibilidade aos componentes de um imunobiológico.

Vacinas de bactérias atenuadas ou de vírus vivo atenuado em geral não devem ser dados a indivíduos com:

:: Imunodeficiência congênita ou adquirida;

:: Neoplasia maligna;

:: Tratamento com corticosteróide em esquemas imunodepressores (por exemplo: 2 mg/kg/dia ou mais de prednisona, para crianças de até 10Kg, ou de 20 mg/dia em crianças com mais de 10 Kg e adultos, durante duas semanas ou mais). É considerada contra-indicação a vacinação durante três meses após o término da corticoterapia;

:: Tratamento com outras terapêuticas imunodepressoras (quimioterapia antineoplásica, radioterapia, etc);

:: Infecção pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV): verificar a categoria imunológica do paciente, e encaminhar ao CRIE (Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais);

:: Gravidez (salvo em situações de alto risco de exposição a algumas doenças virais imunopreveníveis, como, por exemplo, febre amarela);

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Situações em que se recomenda o adiamento da vacinação:

PARA TODAS AS VAC INAS :

:: Deve ser adiada a aplicação de qualquer tipo de vacina em pessoas com doenças agudas febris graves, sobretudo para que seus sintomas e sinais, assim como eventuais complicações, não sejam atribuídos à vacina administrada. Também deve ser adiada a aplicação de vacinas em pessoas submetidas a tratamento com medicamentos em doses imunodepressoras, por causa do maior risco de complicações ou da possibilidade de resposta imune inadequada. Como regra geral, a aplicação de vacinas deve ser adiada por um mês após o término de corticoterapia em dose imunodepressora ou por três meses após a suspensão de outros medicamentos ou tipos de tratamento que provoquem imunodepressão. Após transplante de medula óssea, o adiamento deve ser por um ano (vacinas não-vivas) ou por dois anos (vacinas vivas).

PARA AS VAC INAS DE V ÍRUS V I VO :

:: 2 semanas antes ou 3 meses após,uso prévio de hemoderivados (sangue total, plasma ou papa de hemácias),

:: O uso de papa de hemácias LAVADAS dispensa o adiamento da vacinação.

4.2 Situações que não constituem contra-indicações

:: Diarréia leve ou moderada, se não houver febre maior que 38ºC;

:: Afecções recorrentes infecciosas ou alérgicas do trato respiratório superior, com tosse e/ou coriza, se não houver febre maior que 38ºC;

:: Alergias (exceto as relacionadas com os componentes das vacinas), rinite, asma ou outras atopias;

:: Doenças de pele como escabiose, lesões impetiginosas esparsas, eczemas;

:: História familiar de convulsão;

:: Tratamento com qualquer antimicrobiano (antibióticos ou quimioterápicos);

:: Tratamento sistêmico com corticóides em doses baixas, ou por curto período;

:: Tratamento tópico com corticóide;

:: Doenças crônicas do coração, pulmão, rins e fígado;

:: Doenças neurológicas estáveis (Ex: paralisia cerebral / hidrocefalia);

:: História de icterícia do recém-nascido;

:: Aleitamento materno seja exclusivo ou não;

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13Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

:: Gestação: para os toxóides tetânico e diftérico, eventualmente outras vacinas;

:: Vacinação em curso contra a raiva humana;

:: Desnutrição;

:: Prematuros ou recém-nascidos de baixo peso podem ser vacinados contra hepatite B ao nascer, DTP acelular, Hib e a VIP (solicitar vacinas ao CRIE). Nos dias Nacionais de Vacinação Contra a Poliomielite, os prematuros e recém-nascidos podem ser vacinados, qualquer que seja a idade e o peso, desde que estejam em boas condições de estado geral e vitalidade;

:: Internação hospitalar: crianças hospitalizadas podem receber as vacinas antes de sua alta e, em alguns casos imediatamente após a admissão, mediante autorização médica;

:: Crianças com história e/ou diagnóstico clínico de acometimento por algumas das doenças imunopreveníveis citadas a seguir, devem ser vacinadas, iniciando-se ou dando-se continuidade ao esquema com todas as vacinas:

Quadro 1. Vacinação em crianças com história ou diagnóstico de doenças imunopreveníveis

Doença Imunidade

Sarampo, Rubéola.

:: A vacinação contra a rubéola e sarampo em crianças que tiveram previamente a doença não aumenta os efeitos adversos, pelo contrário, os anticorpos induzidos pela doença podem diminuir reações adversas.

Poliomielite:: Produz imunidade permanente apenas para o tipo específico de poliovírus

que a causou e a criança poderá ter novamente a doença, ocasionada por um dos outros dois tipos de poliovírus.

Difteria e Tétano

:: A quantidade de toxina que produz o quadro tóxico da difteria ou do tétano é insuficiente para induzir a imunidade, sendo necessário que o paciente receba os toxóides tetânico e diftérico após a alta hospitalar, ou ainda durante o período de convalescença.

Coqueluche

:: Salvo exceções, não há como ter certeza de que houve realmente a infecção pregressa pela B. pertussis, já que outros bioagentes patogênicos podem causar quadros ditos “coqueluchóides”, menos graves.

:: A vacinação protege contra a infecção por B.pertussis, mais grave e de maior risco.

4.3 Procedimentos gerais para administração de vacinas e soros

:: As vacinas e soros são diferentes quanto a: composição, apresentação, via de administração, local de aplicação, doses a serem administradas, idades recomendadas, intervalo entre as doses, conservação e validade.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200714

:: As vacinas são acondicionadas em bisnagas conta-gotas (VOP-vacina oral contra a poliomielite), ampolas ou frascos ampolas de dose individual ou multidoses, sob apresentação líquida ou liofilizada (pó) acompanhada do diluente.

:: Os soros são acondicionados em ampolas ou frascos ampolas e apresentados sob forma de solução (soro antitetânico = heterólogo, gamaglobulina = homólogo).

APL ICAÇÃO DE VAC INAS E SOROS ACOND IC IONADOS EM AMPOLAS DE V IDRO OU FRASCOS AMPOLA :

:: Lavar as mãos com água corrente e sabão;

:: Conectar a agulha na seringa com técnica asséptica, deixando-a protegida;

:: Retirar a vacina da caixa térmica;

:: Datar o dia da abertura (frasco ampola);

:: Realizar desinfecção da tampa de borracha, com algodão embebido em álcool a 70%, do frasco ampola ou do gargalo no caso da ampola;

:: Introduzir a agulha no frasco ampola e aspirar a solução correspondente à dose a ser aplicada, recolocar o frasco ou ampola na caixa térmica;

:: Colocar a seringa em posição vertical e expulsar o ar de seu interior deixando apenas a quantidade de solução correspondente à dose a ser aplicada;

:: Deixar a agulha protegida até o momento da aplicação;

RECONST ITU IÇÃO DE VAC INAS APRESENTADAS SOB A FORMA L IOF I L I ZADA ( EXCETO FEBRE AMARELA , BCG E VORH ) :

:: Lavar as mãos com água corrente e sabão;

:: Conectar a agulha na seringa com técnica asséptica, deixando-a protegida;

:: Retirar a vacina e o respectivo diluente da caixa térmica;

:: Aplicar o diluente da ampola, de acordo com os procedimentos para a aspiração de vacinas acondicionadas em ampolas;

:: Retirar a proteção metálica do frasco-ampola contendo a vacina;

:: Realizar desinfecção da tampa de borracha, com algodão embebido em álcool 70%;

:: Injetar o diluente no frasco-ampola contendo a vacina;

:: Agitar levemente o frasco, sem produzir espuma, a fim de homogeneizar o conteúdo;

:: Retirar a dose a ser aplicada, de acordo com os procedimentos para a aplicação de vacinas acondicionadas em frasco-ampola com tampa de borracha;

:: Datar e marcar a hora da reconstituição numa fita adesiva e colocar no frasco.

B .C .G :

:: Lavar as mãos com água corrente e sabão;

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15Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

:: Conectar a agulha na seringa com técnica asséptica, deixando-a protegida;

:: Retirar a vacina e o respectivo diluente da caixa térmica;

:: Retirar o diluente da ampola, de acordo com os procedimentos para aspiração das vacinas acondicionadas em ampolas;

:: Serrar o gargalo da ampola e colocá-lo dentro do saquinho plástico específico, fazer movimentos de torção na altura do gargalo ou fazer movimentos verticais no sentido da abertura da embalagem;

:: Observação: Os dois últimos procedimentos são importantes no sentido de evitar a penetração brusca de ar no interior da ampola, o que provocaria a expulsão do pó vacinal do interior da mesma;

:: Retirar o saco plástico;

:: Injetar o diluente lentamente deixando escorrer o líquido pela parede da ampola, permitindo a diluição lenta do liófilo;

:: Datar o dia do preparo e a hora e, etiquetar a ampola;

:: Agitar levemente o frasco, sem produzir espuma, a fim de homogeneizar o conteúdo;

:: Repousar a ampola em suporte próprio, previamente refrigerado e proteger a abertura com vidro esterilizado ou o próprio saquinho plástico;

:: Retirar a dose imediatamente antes da aplicação, com seringa e agulha própria para esta vacina.

FEBRE AMARELA

:: Lavar as mãos com água corrente e sabão;

:: Conectar a agulha na seringa com técnica asséptica, deixando-a protegida;

:: Retirar a vacina e o diluente da caixa térmica ou refrigerador;

:: Realizar desinfecção com algodão embebido em álcool a 70% das tampas de borracha do frasco diluente e do frasco da vacina;

:: Aspirar 2,5 mL de diluente, com seringa para reconstituição (5 mL - agulha 25 x 8) e injetar no frasco com liófilo lentamente, pela parede do frasco;

:: Agitar levemente até a homogeneização de toda a vacina (não deixar formar espuma). No caso do frasco de 50 doses, re-transferir este conteúdo para o frasco diluente (frasco maior);

:: Agitar novamente;

:: Anotar no frasco o horário da reconstituição, em ambos os tipos de frasco.

VORH

:: Remova a cobertura do frasco contendo a vacina liofilizada;

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200716

:: Encaixe o adaptador de transferência no frasco, empurrando-o para baixo até que o dispositivo de transferência esteja apropriadamente e firmemente posicionado;

:: Agite vigorosamente a seringa contendo o diluente. A suspensão após a agitação terá a aparência de um líquido turvo com um depósito branco se formando lentamente;

:: Remova a tampa da seringa;

:: Encaixe a seringa no adaptador de transferência, empurrando-a;

:: Injete todo o conteúdo da seringa no frasco contendo a vacina;

:: Retire toda a mistura do adaptador de transferência;

:: Remova a seringa do adaptador de transferência;

:: Administre todo o conteúdo da vacina reconstituída POR VIA ORAL (dentro da cavidade oral). A criança deve estar sentada em uma posição reclinada. Se a vacina não for administrada imediatamente, a seringa contendo a vacina reconstituída deve ser agitada novamente antes da ADMINISTRAÇÃO ORAL. NÃO INJETE.

4.4 Vias de aplicação das vacinas

4 .4 .1 V IA INTRAMUSCULAR ( I .M . )

:: È a via indicada para aplicação das vacinas DPT, DT, dT, anti-rábica, anti-hepatite B, tetravalente e soro anti-rábico.

:: É uma via de rápida absorção da solução injetada.

:: Os músculos adotados para a realização desta via são aqueles que são longe de grandes nervos e vasos sangüíneos, a saber:

:: Dorso glúteo ou músculo grande glúteo;

:: Músculo deltóide, no terço proximal;

:: Músculo vasto lateral da coxa, no terço médio.

A APL ICAÇÃO NO MÚSCULO DELTÓ IDE ESTÁ CONTRA IND ICADA PARA

:: Crianças abaixo de 10 anos;

:: Adultos com músculos pouco desenvolvidos;

:: Idosos;

:: Injeções muito freqüentes;

:: Volume de líquido acima de 3 mL.

TÉCN ICA

:: Na aplicação nos músculos dorso glúteo e músculo deltóide a agulha é introduzida verticalmente, formando ângulo reto (90º) entre a seringa e a pele.

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17Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

:: Na utilização do músculo vasto lateral da coxa, a agulha deve ser introduzida perpendicularmente (90º) à pele no caso de pessoas obesas e com músculos bem desenvolvidos ou então inclinada, (60º) de cima para baixo, em pessoas magras e crianças não obesas.

Figura 1. Vasto Lateral da Coxa

Figura 2. Local do vasto lateral Figura 3. Visualização do local

Figura 4. Região do dorso glúteo ou músculo grande glúteo

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200718

Figura 5. Região Deltóide Figura 6. Localização do Deltóide

4 .4 .2 V IA SUB -CUTÂNEA (S .C . )

:: É indicada para aplicação das vacinas anti-rubéola anti-amarílica (febre amarela), tríplice viral, dupla viral e de dessensibilização aos soros antitetânico e anti-rábico.

:: A substância introduzida no organismo através desta via é absorvida mais lentamente; não deve ser utilizada para a aplicação de soluções irritantes, como é o caso do alúmen.

Técnica

:: A introdução da vacina é feita diretamente sob a pele, a agulha formando um ângulo de 45º ou 90º, dependendo da espessura do tecido e do tamanho da agulha.

:: Podem ser utilizadas as seguintes regiões:

:: Dorso glúteo ou região do grande glúteo;

:: Face antero lateral externa da parte superior do antebraço;

:: Região vasto-lateral externa da coxa, no terço médio, medida entre o joelho e o trocante maior;

:: Região peri-umbilical;

:: Na região do deltóide no terço proximal do braço, na face externa.

4 .4 .3 V IA INTRADÉRMICA ( I .D . )

:: É a via indicada para aplicação da vacina BCG e para a realização das provas de sensibilidade aos soros antitetânico e anti-rábico, além de alguns testes de sensibilidade para reações alérgicas.

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19Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

TÉCN ICA :

:: A introdução da vacina é feita na derme, camada interior da pele, lentamente, formando uma pápula.

:: Locais mais comumente utilizados:

:: Para aplicação do BCG: inserção inferior do músculo deltóide direito;

:: Para as provas de sensibilidade aos soros: face anterior do antebraço, no terço médio.

Figura 7. Introdução da agulha para aplicação das vacinas pelas vias ID, SC e IM

Intradérmica

Subcutânea

Intramuscular

Derme (pele)Camada Subcutânea

Músculo

4 .4 .4 V IA ORAL

:: É a via indicada para aplicação da vacina VOP e para a vacina VORH (verificar técnica de aplicação da VORH na página 15).

Técnica

:: A administração da vacina é feita diretamente na cavidade oral, colocando a criança em posição adequada inclinando sua cabeça ligeiramente para trás, fazendo pressão em suas bochechas e pingando sobre a língua a dose recomendada;

:: Evitar que o conta-gotas toque na boca da criança. Ocorrendo isto, despreze-o;

:: Esperar que a criança degluta. Se cuspir, regurgitar ou vomitar, vacinar novamente.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200720

Figura 8. Via oral

4.5 A Imunização

Quadro 2. Principais agentes de imunização utilizados na prática médica com seus respectivos princípios ativos

Vacinas Princípios Ativos

AntitetânicaAntidiftérica

Toxóides

Antimeningocócica Antipneumocócica

Extratos bacterianos (polissacarídeos), simples ou conjugados.

Anti-haemophilus Oligossacarídeos da cápsula bacteriana, simples ou conjugados.

Antipertussis Bactérias mortas ou extratos bacterianos

Combinadas Mistura dos princípios citados

BCG Bactérias vivas atenuadas

AnticaxumbaAnti-rubéolaAnti-sarampoAnti-amarílica

VOP (antipoliomielítica)VORH ( Vacina Oral de Rotavírus Humano)

Vírus vivos atenuados

Anti-rábica Salk (antipoliomielítica)

Vírus mortos

Anti-hepatite B Proteínas

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21Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

V. Esquemas de Vacinação

5.1 Esquema de vacinação para populações indígenas

VAC INA CONTRA TUBERCULOSE – BCG :

:: Indicada uma dose da vacina para toda a população indígena que não apresentar cicatriz vacinal.

VAC INA CONTRA HEPAT ITE B :

:: Três doses no esquema 0 – 1 – 6 meses, indicada para toda a população indígena; iniciar esquema preferencialmente ao nascimento.

VAC INA ORAL CONTRA POL IOM IEL I TE :

:: Três doses, com intervalo de 02 meses entre as doses, aos 02, 04 e 06 meses de idade e uma dose de reforço 01 ano após a 3ª dose.

VAC INA ORAL CONTRA O ROTAV ÍRUS :

:: Duas doses, com intervalo de 2 meses entre as doses, aos 2 e aos 4 meses de idade.

TR ÍPL ICE BACTER IANA – TETRAVALENTE :

:: Três doses, com intervalo de 02 meses entre as doses, aos 02, 04 e 06 meses, para os menores de 12 meses.

VAC INA CONTRA HAEMOPH ILUS INFLUENZA DO T IPO B :

:: Uma dose para as crianças entre 01 e 04 anos que não receberam as três doses antes de 01 ano.

VAC INA CONTRA FEBRE AMARELA :

:: Indicada para toda a população indígena a partir dos 9 meses de idade, com exceção das gestantes.Em caso de surtos, antecipar para os 6 meses de idade.

VAC INA TR ÍPL ICE BACTER IANA – DTP :

:: 1º reforço 01 ano após a 3ª dose da tetravalente.

:: 2º reforço entre os 4 e os 6 anos de idade.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200722

VAC INA TR ÍPL ICE V IRAL :

:: Indicada para crianças aos 12 meses de idade;

:: Reforço entre 4 e 6 anos de idade;

:: Indicada para toda a população indígena não vacinada.

VAC INA CONTRA D I FTER IA E TÉTANO – DT:

:: Indicada para toda a população indígena a partir dos 07 anos de idade, com 03 doses e intervalo de 30 dias entre as doses para os nunca vacinados; para completar o esquema ou uma dose a cada 10 anos, para os anteriormente vacinados com esquema básico de tetravalente, DTP, dT ou TT.

VAC INA CONTRA GR IPE :

Indicada para toda a população indígena, a partir de seis meses de idade, sendo o seguinte esquema:

:: De 06 a 35 meses de idade, administrar duas doses de 0,25 mL com intervalo de 30 dias entre as doses;

:: De 03 a 08 anos de idade, administrar duas doses de 0,5 mL com intervalo de 30 dias entre as doses;

:: De 09 anos e mais e adultos, administrar uma dose de 0,5 mL.

Anualmente, deve ser repetida uma dose de reforço, tanto para crianças como para adultos, nos volumes indicados para cada grupo de idade.

VAC INA CONTRA PNEUMOCOCO (ANT IPNEUMOCÓC ICA ) :

:: Indicada para toda a população indígena a partir de dois anos de idade, sendo uma dose.

VAC INA CONTRA VAR ICELA :

:: Indicada para toda a população indígena a partir dos 12 meses de idade, com exceção das gestantes, sendo uma dose para os menores de 13 anos e 2 doses com intervalo de 4 a 8 semanas para os maiores de 13 anos.

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23Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

5.2 Esquema básico de vacinação

Quadro 3. Esquema da vacina BCG

Proteção :: Contra Tuberculose

Composição :: BCG (Bacilo de Calmette & Guerin), liofilizado, obtido por atenuação do Mycobacterium bovis contém glutamato de sódio.

Idade recomendada :: De recém-nascido até 04 anos, 11 meses e 29 dias.

Indicação

:: Crianças menores de 05 anos de idade não vacinadas;:: Crianças HIV-positivas assintomáticas e filhos de mães HIV-positivas, aplicar o mais

precocemente possível;:: Comunicantes de doentes com hanseníase;:: População indígena: toda a população deve ser vacinada, desde que não apresente

cicatriz vacinal.

Via de administração e dose

:: Via ID, braço direito na inserção inferior do deltóide.:: Dose: 0,1 mL

Esquema :: Dose única.

Contra-indicações específicas

:: Recém-nascido com peso inferior a 2kg;:: Afecções dermatológicas extensas em atividades;:: Queimaduras extensas;:: Imunodeficiências.

Conservação :: Conservar em refrigeração entre +2ºC e +8ºC, ao abrigo da luz.

Prazo de validade :: Pode ser utilizada até 06 horas depois de reconstituída, desde que mantida sob temperatura adequada, e adotados cuidados para evitar a sua contaminação.

Observações

:: Pode ser aplicada simultaneamente com outras vacinas.:: Observar rigorosamente as instruções quanto ao preparo e administração das vacinas.:: Instruir a mãe sobre:a) As reações locais normais da vacina: enduração, ulceração e crosta com cicatrização

dentro de mais ou menos 02 meses e meio, ou formação da pega vacinal sem a evolução descrita acima;

b) Não fazer curativo no local, somente lavar com água e sabão. Revacinar após 06 meses da aplicação caso não haja cicatriz ou presença de nódulo. Após a 2ª vacinação, se não houver cicatriz, até 06 meses, encaminhar ao Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) para avaliação;

c) Sempre homogeneizar o conteúdo do frasco (agitar suavemente) antes de aspirar à dose a ser aplicada.

Vacinação de comunicantes de Hanseníase::: Deve-se vacinar com BCG-ID os comunicantes intradomiciliares dos casos de

hanseníase, com a finalidade de aumentar a proteção deste grupo de risco.

:: A vacina BCG deve ser aplicada por via intradérmica, em duas doses de 0,1mL cada, com intervalo entre as doses de seis meses, devendo-se considerar a presença da cicatriz vacinal como primeira dose, independentemente do tempo transcorrido desde a aplicação que provocou seu aparecimento.

:: Nas gestantes, recomenda-se transferir a aplicação do BCG para depois de terminada a gravidez.

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Quadro 4. Esquema da vacina oral de rotavírus humano

Proteção :: Proteção contra a doença por rotavírus dos sorotipos G1,G2, G3,G4 e G9.

Composição Cepa RIX4414 derivada da dose infecciosa mediana de cultura celular (CCID50) de 10 6,0 da cepa da vacina 89-12 RHA

Idade recomendada :: Aos 2 meses de idade

Via de administração e dose

:: Exclusivamente oral.:: Dose: 1,0 mL.

Esquema:: 1ª dose: entre 6 e 14 semanas de vida (45 a 97 dias);:: 2ª dose: entre 14 e 24 semanas de vida (97 a 165 dias);O intervalo entre as doses não deve ser menor que 4 semanas.

Contra-indicações específicas

:: Em casos de alergia grave (urticária disseminada, broncoespasmo, laringoespasmo e choque anafilática) a algum dos componentes da vacina, ou a doses prévias desta vacina;

:: Crianças com alguma forma de imunodeficiência;:: Crianças com história de alguma doença gastrointestinal crônica ou má-formação

congênita do trato digestivo ou história prévia de invaginação intestinal

Prazo de validade :: 24 horas após a reconstituição.

Conservação :: Entre +2ºC e +8ºC, o diluente não deve ser congelado.

Observações:: A vacina pode ser aplicada simultaneamente com outras vacinas;:: Intervalo mínimo de 30 dias entre as doses;:: Anotar a data da abertura do frasco em fita adesiva.

Quadro 4. Esquema da vacina oral contra a poliomielite (VOP)

Proteção :: Proteção contra a Poliomielite (Paralisia Infantil)

Composição :: Vacina composta de 03 (três) tipos de vírus da poliomielite (1, 2 e 3), vivos e atenuados, e cloreto de magnésio (estabilizante).

Idade recomendada :: De 02 (dois) meses a 04 (quatro) anos, 11 (onze) meses e 29 (vinte e nove) dias.

Via de administração e dose.

:: Via oral, em gotas.:: Dose: duas gotas, que equivalem a 0.1 mL.

Esquema :: Imunização primária: 03 (três) doses com intervalos de 02 (dois) meses, entre as doses. Reforço: único, 01 (um) ano após a 3ª dose.

Contra-indicações específicas

:: Vômitos intensos e diarréia aguda, adiar a vacinação;:: Os casos abaixo deverão ser encaminhados ao CRIE, para receberem a vacina inativada do

tipo SALK (VIP):a) Crianças imunodeprimidas (com deficiência imunológica congênita ou adquirida) não

vacinadas ou que receberam o esquema incompleto de vacinação contra poliomielite;b) Crianças não vacinadas ou incompletamente vacinadas, que estejam em contato domiciliar

com pessoa imunodeficiente;c) Pessoas de qualquer idade, submetidas a transplante de medula óssea.

Prazo de validade :: Depois de aberto o frasco, a vacina tem validade de 05 dias.

Conservação :: Conservar em refrigeração entre +2ºC e +8ºC, ao abrigo da luz.

Observações:: A vacina pode ser aplicada simultaneamente com outras vacinas;:: Intervalo mínimo de 30 dias entre as doses;:: Anotar a data da abertura do frasco em fita adesiva.

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25Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

Quadro 5. Esquema da vacina tríplice bacteriana (DTP)

Proteção :: Contra Difteria, Tétano e Coqueluche (nomes populares: crupe, tétano, tosse comprida, respectivamente)

Composição:: Associação de toxóide diftérico, toxóide tetânico e do antígeno pertussis (bactérias

mortas), hidróxido ou fosfato de alumínio como adjuvante e timerosal como preservativo.

Idade recomendada :: De 12 (dose) meses a 06 (seis) anos completos.

Via de administração e

dose

:: Via intramuscular profunda em quadrante superior externo do glúteo ou vasto lateral da coxa.

:: Dose: geralmente 0,5 mL (verificar sempre a recomendação do fabricante no rótulo da vacina)

Esquema:: 1º reforço, 01 (um) ano após a 3ª dose de tetravalente;:: 2º reforço: entre 4 a 6 anos de idade, para as crianças que receberam o primeiro reforço

entre 1 e 3 anos de idade.

Contra-indicações específicas

:: Doença neurológica evolutiva;:: Convulsões ou síndrome hipotônica hiporresponsiva até 48 horas após dose anterior de

tetravalente ou DPT;:: Encefalopatia nos primeiros 07 (sete) dias depois de ter recebido dose anterior de

tetravalente ou DPT;:: Reação anafilática a dose anterior de tetravalente ou DTP.:: Obs: Em todas estas situações encaminhar ao CRIE para rever o esquema vacinal.

Conservação :: Conservar sob refrigeração à temperatura entre +2ºC a +8ºC. Não deve ser congelada.

Prazo de validade :: Até o final do frasco.

Observações

:: Pode ser aplicada simultaneamente com outras vacinas.:: Intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.:: Não há necessidade de observar intervalos com as outras vacinas.:: Instruir a mãe quanto a possíveis reações locais (hiperemia, calor, nódulo, dor) ou gerais

(febrícula, prostração), reações que ocorrem com maior freqüência entre as pessoas que receberam doses prévias de toxóides.

:: Orientar a mãe a retornar ao Posto de Saúde caso a criança apresente reações, para que possa ser notificada, trazendo a carteira de vacinas.

:: Aplicar a vacina mesmo quando houver referência de que a criança já tenha tido coqueluche, tétano ou difteria;

:: Sempre homogeneizar o conteúdo do frasco (agitar vigorosamente) antes de aspirar à dose a ser aplicada.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200726

Quadro 6. Esquema da vacina tríplice viral

Proteção :: Contra Caxumba, Rubéola e Sarampo.

Composição :: Cepas atenuadas dos vírus do sarampo, da caxumba e da rubéola.

Idade recomendada :: A partir dos 12 meses, para mulheres até 49 anos e homens até 39 anos.

Via de administração e

dose

:: Sub-cutânea na face antero lateral externa da parte superior do antebraço.:: Dose: 0,5 mL.

Esquema

:: Rotina::: 01 (uma) dose aos 12 meses. Reforço entre 04 a 06 anos de idade.:: Entre 7 a 19 anos de idade - 2 doses da vacina (dupla ou tríplice viral).:: Homens entre 20 a 39 anos – 1 dose da vacina (dupla ou tríplice viral).:: Mulheres entre 20 a 39 anos 1 dose da vacina ( dupla ou tríplice viral).:: Bloqueio::: Crianças entre 6 a 11 meses de idade: 1 dose (não considerar como dose válida).:: Crianças entre 1 a 6 anos – antecipar o reforço da VTV.:: Entre 7 a 19 anos – deverá ter 2 doses da vacina (dupla ou tríplice viral).:: Adultos: deverá 1 dose da vacina (dupla ou tríplice viral).:: Deslocamento para locais com casos de sarampo::: Crianças entre 1 a 6 anos: vacinação de rotina em dia.:: Entre 7 a 19 anos: vacinação de rotina em dia.:: Adultos: possuir 1 doses da vacina ( dupla ou tríplice viral).

Contra-indicações específicas

:: Reação anafilática a proteína do ovo.:: GRAVIDEZ.:: Não deve ser aplicada até três meses depois da administração de imunoglobulina

humana, sangue total ou plasma.

Conservação :: Conservar sob refrigeração à temperatura de +2ºC a +8ºC.

Prazo de validade :: Depois de reconstituída, a vacina tem validade de 08 (oito) horas. Após este prazo deverá ser desprezada. Anotar no frasco a data e o horário da diluição.

Observações

:: Esta vacina poderá ser aplicada simultaneamente a quaisquer outras vacinas do PNI, inclusive anti-amarílica, entretanto, quando esta vacina não for aplicada simultaneamente, deverá ser observado intervalo de 15 dias entre a aplicação de uma ou outra, qualquer que seja a ordem de aplicação.

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27Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

Quadro 7. Esquema da vacina contra hepatite B

Proteção :: Contra Hepatite B

Composição :: Antígeno de superfície do vírus da hepatite B (AgHbs), tendo hidróxido de alumínio como adjuvante e timerosal como preservativo.

Idade recomendada :: Menores de 20 anos. Iniciar o mais precocemente possível, de preferência ao nascimento.

Indicação

:: Menores de um ano de idade;:: Crianças e adolescentes entre um a 19 anos de idade;:: Doadores regulares de sangue;:: Portadores de hepatite C;:: Politransfundidos;:: Hemofílicos;:: Talassêmicos:: Profissionais de saúde;:: Populações indígenas;:: Convívio domiciliar contínuo com pessoas portadoras do VHB;:: Pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas,

etc);:: Homossexuais masculinos;:: Usuários de droga injetável;:: Profissionais do sexo;:: Vítimas de abuso sexual;:: Imunodeprimidos, renais crônicos, pacientes infectados pelo HIV e outros deverão ser

encaminhados ao CRIE.

Via de administração e dose

:: Via intramuscular no terço médio do vasto lateral da coxa esquerda ou no músculo deltóide em crianças maiores e adultos. Não aplicar no glúteo.

:: Dose: 0,5 mL para menores de 20 anos / 1,0mL para maiores ou igual há 20 anos.(conforme quadro abaixo)

Laboratório Idade Dosagem População a ser vacinada Observação

Instituto Butantã

0 a 19 anos completos

:: 0 a 19 anos completos: 0,5 mL;

:: 20 anos e mais: 01 mL.

Toda população de 0 a 19 anos de idade completos.

Prematuros: ver esquema recomendado.

20 a 29 anos :: 1,0 mL

População que iniciou o esquema antes de 20 anos, completar esquema e iniciar esquema para os grupos especiais pertencentes a esta faixa etária.

Laboratórios Internacionais 30 anos e mais :: 1,0 mL

Grupos especiais pertencentes a esta faixa etária.

Nesta faixa etária deverá ser aplicada a vacina de laboratório internacional.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200728

Quadro 7. Esquema da vacina contra hepatite B (continuação)

Esquemas recomendados

:: 1ª dose - ao nascer (nas primeiras 12 horas);:: 2ª dose - 30 dias após a 1ª dose ou junto com a 1ª dose da DPT;:: 3ª dose - 05 meses após a 2ª dose;:: OBS: o esquema deverá SEMPRE ser de 03 doses respeitando os intervalos

recomendados entre as doses. :: Imunodeprimidos, renais crônicos, AIDS e portadores do HIV, encaminhar ao CRIE. :: Para crianças filhos de mães HIV positivas ou com Aids (bebê exposto) ou para crianças

HIV positivas ou com Aids utilizar esquema 0,1,2, 6 a 12 meses (4 doses) com 1mL de vacina (dose dupla). Iniciar, preferencialmente, nas primeiras 12 horas de vida. Se a mãe for também AgHBs positiva aplicar também 1 dose de 0.5mL de Imunoglobulina Humana Anti-hepatite B nas primeiras horas de vida;

:: Recém nascidos menores de 34 semanas de gestação ou 2000g de peso de nascimento deverão receber esquema de 4 doses de 0,5 mL de vacina, aos 0,1,2 e 6 meses de idade, a 1ª dose preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida, anotando-se “prematuridade” e/ou “baixo peso” junto à anotação de 1ª dose na carteira de vacinação.Para a 2ª dose a criança necessita possuir pelo menos 2Kg.

:: Para filhos de mães HbsAg positivo: a primeira dose deve ser aplicada nas primeiras doze horas após o parto, simultaneamente imunoglobulina anti-hepatite B;

:: Comunicantes domiciliares e sexuais de Hepatite B: o esquema é de 04 (quatro) doses (0-1-2-12 meses). A dosagem é a de rotina, conforme a idade e laboratório produtor;

:: Casos de exposição sanguínea acidental (percutânea ou mucosa), iniciar a vacinação nas primeiras 24 horas, se possível,:: Caso índice HbsAg + ou de alto risco: imunoglobulina junto com a primeira dose

de vacina anti-hepatite B (esquema de 03 doses);:: Caso índice com situação ignorada, mas, de baixo risco; 03 (três) doses de vacina

contra hepatite B;:: Casos de violência sexual: esquema de 04 (quatro) doses (0-1-2-12 meses). Aplicar

imunoglobulina anti-hepatite B junto com a primeira dose da vacina, quando o caso índice for AgHBs positivo ou de alto risco.

Conservação :: Conservar sob refrigeração à temperatura de +2ºC e +8ºC. Não deve ser congelada.

Prazo de validade :: Até o fim do frasco.

Observações

:: Reforços: atualmente, não são recomendados para indivíduos imunocompetentes. Os pacientes imunodeprimidos deverão receber doses de reforço na dependência de avaliação sorológica.

:: A vacina contra hepatite B, não é contra-indicada para gestantes, seja qual for o período da gestação.

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29Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

Quadro 8. Esquema da Vacina Dupla Adulto (dT)

Proteção :: Proteção contra a Difteria e o Tétano.

Composição :: Toxóide diftérico e toxóide tetânico, hidróxido ou fosfato de alumínio como adjuvante e timerosal como preservativo.

Idade recomendada :: A partir de 07 (sete) anos.

Via de administração e

dose

:: Via intramuscular profunda no músculo deltóide direito, músculo do glúteo ou músculo vasto lateral da coxa;

:: Dose: 0,5 mL (entretanto devem ser observadas as recomendações do rótulo do fabricante).

Esquema

:: 01 dose de reforço 10 anos após o último reforço da DPT, intervalo mínimo de 5 (cinco) anos após o reforço da DPT;

:: Imunização primária: 03 doses com intervalo de 02 (dois) meses;Reforço: 10 (dez) anos após a 3º dose.:: Gestante::: Se não forem imunizadas: aplicar 03 (três) doses desde a primeira vinda para o pré-

natal, com intervalo de 60 (sessenta) dias entre as doses e agendar reforço 10 (dez) anos após a 3ª dose;

:: OBS: se o início for tardio, administrar a 2ª dose até 20 dias antes da Data Provável do Parto (DPP);

:: Se as gestantes forem imunizadas anteriormente com 03 (três) doses (tetravalente, DPT, TT, dT ou DT) e decorreram mais de 05 (cinco) anos da última dose, realizar 01 (uma) dose de reforço e agendar próximo reforço após 10 (dez) anos.

Contra-indicações específicas

:: Não existem contra-indicações específicas exceto reação anafilática a dose anterior;:: Ver contra-indicações gerais

Conservação :: Conservar sob refrigeração à temperatura de +2ºC e +8ºC;:: NÃO DEVE SER CONGELADA.

Prazo de validade :: Até o final do frasco, depois de aberta.

Observações

:: Instruir quanto a possíveis reações locais: hiperemia, calor e dor, raramente febre (observam-se mais reações em pessoas que tenham recebido diversas doses prévias desta vacina);

:: Sempre homogeneizar o conteúdo do frasco (agitar vigorosamente) antes de aspirar à dose a ser aplicada.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200730

Quadro 9. Esquema para profilaxia do tétano (imunização ativa e passiva) em caso de ferimento

História de Vacinação Prévia contra o Tétano

Ferimentos com risco mínimo de Tétano (1)

Ferimentos com alto risco de Tétano (2)

Vacina (3) Imunização Passiva (4) Vacina (3) Imunização

passiva (4)

Menos de 03 doses ou ignorada (5) Sim Não Sim Sim

Três doses ou mais:

:: Última dose há menos de 05 anosNão Não Não Não

:: Última dose entre 05 e 10 anos Não Não Sim (6) Não

:: Última dose há mais de 10 anos Sim Não Sim (6) NãoLegenda(1) Ferimentos superficiais, limpos, sem corpos estranhos ou tecidos desvitalizados.(2) Ferimentos profundos ou superficiais sujos; com corpos estranhos ou tecidos desvitalizados; queimaduras; feridas puntiformes ou por armas brancas e de fogo; mordeduras; politraumatismos e fraturas expostas.(3) Vacina - utilizar:

:: Para os menos de 12 meses: a tetravalente;:: Para os menores de 07 anos: a tríplice (DPT), dupla tipo infantil (DT) ou DPT acelular;:: A partir dos 07 anos: dupla tipo adulto (dT).

(4) Imunização passiva::: Imunoglobulina humana antitetânica: 250UI - via intramuscular;:: Ou soro antitetânico com teste prévio;:: Para a administração da imunoglobulina Humana Antitetânica (IGHAT) ou do soro antitetânico (SAT) utilizar local diferente

daquele utilizado na administração da vacina.(5) Aproveitar a oportunidade para indicar a complementação do esquema de vacinação.(6) Para paciente imunodeprimido, além do reforço com a vacina, está também indicada IGHAT.Observação:

:: O cliente deve ser alertado para procurar o serviço de saúde, caso apareça qualquer reação, principalmente entre o 7º e o 12º dia, depois da administração do soro (doença do soro: febre, urticária, dores musculares, aumento de gânglios, etc).

Quadro 10. Esquema da vacina tetravalente

Proteção:: Contra meningite, septicemia, pneumonia, celulite, epiglotite, artrite séptica, osteomielite:

por Haemophilus influenzae tipo b;:: Contra difteria, tétano e coqueluche.

Composição

:: Polissacarídeo capsular do Haemophilus influenzae ou oligossacarídeos da cápsula bacteriana, conjugados a proteína carreadora, toxóide diftérico, toxóide tetânico e Bordetella pertussis inativada;

:: Adjuvante e timerosal.

Idade recomendada :: De 02 (dois) meses a 11 (onze) meses e 29 dias.

Via de administração e dose

:: Vasto lateral da coxa direita.:: Dose: geralmente 0,5 mL.

Esquema :: 03 (três) doses com intervalo de 02 (dois) meses, entre as doses.

Contra-indicações específicas

:: Encefalopatia nos primeiros sete dias depois de ter recebido dose anterior de tetravalente ou DTP;

:: Reação anafilática à dose anterior de tetravalente ou DTP.:: Obs: Em todas essas situações, encaminhar ao CRIE para rever o esquema vacinal.

Conservação :: Conservar sob refrigeração à temperatura de +2ºC a +8ºC. Não deve ser congelada.

Prazo de validade :: 05 (cinco) dias.

Observações

:: Pode ser aplicada simultaneamente com outras vacinas;:: Intervalo mínimo de 30 dias entre as doses;:: Não há necessidade de observar intervalo entre as outras vacinas;:: Sempre homogeneizar o conteúdo do frasco antes de aspirar à dose a ser aplicada.

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31Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

Quadro 11. Esquema da vacina contra a febre amarelaProteção :: Proteger contra a Febre Amarela.

Composição :: Cepa vacinal atenuada (17-D) cultivada em embrião de galinha; sacarose e glutamato como estabilizadores.

Apresentação :: Forma liofilizada, em frascos de 05 ou 50 doses, acompanhada de diluente próprio.

Idade recomendada :: A partir dos 09 meses de idade;:: Em caso de necessidade (viagens para áreas endêmicas) pode ser feita a partir do 6º mês de vida.

Via de administração e dose

:: Subcutânea em região do músculo deltóide esquerdo, na face externa superior do braço.:: Dose única: 0,5 mL.

Esquema :: Reforço a cada 10 anos.

Contra-indicações específicas

:: Não se deve aplicar a vacina na idade abaixo de 06 meses.:: GESTANTES: nenhuma vacina viral atenuada deve ser administrada, exceto se for considerado

alto risco de exposição (o caso precisa ser discutido).:: Pessoas com história de reação anafilática após ingestão de ovo, como: urticária, sibilos, laringo

espasmo, edema de lábios, hipotensão e choque.

Eventos Adversos :: Febre, mialgias e cefaléia, por 01 a 02 dias. Em casos raríssimos, encefalite e reações de hipersensibilidade.

Conservação :: Conservar entre +2ºC a +8ºC.

Prazo de validade :: Após reconstituição manter ao abrigo da luz e utilizá-lo no máximo dentro de 04 horas.

Observações

:: Proteção a partir do 10º dia da aplicação e no mínimo por 10 anos.:: Determinados países exigem a vacina contra Febre Amarela. A pessoa que já estiver recebido à

vacina deverá levar o comprovante da vacina e trocá-lo pelo Certificado Internacional de Vacinação, nos aeroportos internacionais.

:: Esta vacina poderá ser aplicada simultaneamente a quaisquer outras vacinas do PNI, inclusive as vacinas virais vivas, entretanto, quando esta vacina não for aplicada simultaneamente, deverá ser observado intervalo de 15 dias entre a aplicação de uma ou outra, qualquer que seja a ordem de aplicação, com exceção da vacina oral contra a poliomielite.

:: Não há necessidade de suspensão da vacina contra Febre Amarela antes ou após as Campanhas Nacionais Contra Poliomielite.

Quadro 12. Esquema da vacina antipneumocócica – 23 valenteProteção :: Contra pneumonia, meningite, septicemia causada por Streptococcus pneumoniae.

Composição

:: Vacina polivalente preparada a partir de polissacarídeos capsulares bacterianos purificados (PNEUMO 23, Laboratório Pasteur-Merieux); 23 sorotipos do Streptococcus pneumoniae.

:: Fenol - como conservante; solução tampão isotônica (cloreto de sódio, fosfato de sódio dibásico; fosfato de sódio monobásico; água para injeção).

Apresentação :: Embalagem com seringa agulhada, dose individual.

Indicação

:: Adultos a partir dos 60 anos de idade, quando hospitalizados, institucionalizados, acamados;:: Os pacientes que se enquadrarem nos critérios abaixo relacionados, deverão ser encaminhados ao

CRIE.:: Crianças com dois anos ou mais, adolescentes e adultos que apresentem:– HIV/aids; imunodeficiências congênitas; síndrome nefrótica; insuficiência renal crônica; asplenia

anatômica ou funcional (ex. anemia falciforme); doenças pulmonar ou cardiovasculares crônicas e graves; diabetes mellitus; fístula liquórica; transplantados de medula óssea ou órgãos sólidos; implante de cóclea; trissomias; doenças de depósito.

Via de administração e dose

:: Intramuscular, no deltóide esquerdo.:: Dose: 0,5 mL

Esquema e dose :: Duas doses, a segunda cinco anos após a primeira (com indicação médica);

Contra-indicações específicas :: Febre acima de 38°C.

Conservação :: Manter sob temperatura entre +2ºC a +8ºC;:: Não deve ser congelado.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200732

Quadro 13. Esquema da vacina contra influenza

Proteção :: Proteção contra os vírus da influenza tipos A e B, que são com freqüência responsáveis pelas epidemias de gripe.

Composição e apresentação

:: Vacinas trivalentes, obtidas a partir de cultura de ovos embrionados de galinha, contendo 15µg de dois subtipos do sorotipo A e 15µg de uma cepa do sorotipo B.

Indicação

:: Adultos e crianças com seis meses de idade ou mais, com doença pulmonar ou cardiovascular crônicas e grave, insuficiência renal crônica, diabetes mellitus, hepatopatias crônicas, asma, trissomias, profissionais de saúde, comunicantes domiciliares de imunodeprimidos, fibrose cística, implante da cóclea, doenças neurológicas crônicas incapacitantes;

:: Adultos e crianças com seis meses de idade ou mais, imunocomprometidos ou HIV-positivos;

:: Pacientes submetidos a transplantes;:: Os pacientes que se enquadrarem nos grupos acima citados poderão ser

encaminhados ao CRIE.:: Pessoas de 60 anos e mais, por ocasião das campanhas anuais.

Via de administração e

dose

:: Via intramuscular ou subcutânea.:: Dose: 0,5 mL

Conservação :: Conservar entre + 2º C a + 8ºC.:: Não pode ser congelada.

Esquema

:: De 6 a 35 meses de idade, administrar duas doses de 0,25 mL com intervalo de 30 dias entre as doses;

:: De 03 a 08 anos de idade, administrar duas doses de 0,5 mL com intervalo de 30 dias entre as doses;

:: De 09 anos e mais e adultos, administrar uma dose de 0,5 mL.:: Anualmente deve ser repetida uma dose de reforço, tanto para crianças como

para adultos, nos volumes indicados para cada grupo de idade.

Contra-indicações específicas

:: Reação anafilática a ovo, gelatina ou a qualquer outro componente da vacina ou a doses anteriores;

:: Crianças com menos de seis meses de idade.

Via e local de administração :: Via intramuscular, preferencialmente no deltóide direito.

Observações

:: Esta vacina, por não conter microorganismos vivos, não está contra indicada nos portadores de imunodeficiência ou neoplasias malignas;

:: A gripe é uma infecção grave caracterizada por febre, mialgia, mal estar e sintomas respiratórios. Várias outras doenças respiratórias agudas são chamadas de gripe pela população. A vacina, por não conter microorganismos vivos, não causa gripe nem quaisquer outras doenças respiratórias agudas. Uma pessoa que esteja incubando uma doença respiratória aguda no momento em que toma a vacina, apresentará a doença respiratória aguda apesar da vacina. O leigo pode inadvertidamente, responsabilizar a vacina por sua doença.

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33Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

Quadro 14. Esquema básico de vacinação

VacinaProteção

ContraComposição Vacinação

Básica

N.º De Doses Início da Vacinação (Idade) Intervalo entre as doses

Revacinação ou Reforço Mínima Máxima Recomendado Mínimo

BCG Tuberculose Bactéria viva atenuada 01 dose Depende de

indicação (1) Ao nascer 04 anos (1) - -

Contra hepatite B Hepatite B

Antígeno de superfície do

VHB03 doses - Ao nascer 19 anos

(3)

Da 1a. para a 2ª dose - 30 dias;

A 3ª dose – aplicar Cinco meses após a 2ª

dose.

30 dias

Antipólio oral (VOP)

Poliomielite (Paral.

Infantil)

Vírus vivos atenuados

tipos I, II e III03 doses

Uma dose, 01 ano após a 3ª

dose2 meses 04 anos 02 meses 30 dias

Tríplice Bacteriana

(DTP)

Difteria Coqueluche

Tétano

Bactérias mortas e toxóides.

01 dose(5)

Uma dose, 01 ano após a 3ª dose de tetravalente e uma dose

entre 04 a 06 anos.

12 meses 06 anos 02 meses 30 dias

Contra Haemophilus

Influenzae tipo b (Hib)

Infecçõespelo Hib

Polissacarídeo do Hib,

conjugado a uma proteína

01 dose - 12 meses 04 anos 02 meses 30 dias

Contra Febre Amarela Febre Amarela Vírus vivo

atenuado 01 dose A cada 10 anos 09 meses - - -

Tríplice Viral (VTV)

Sarampo, Rubéola e Caxumba

Vírus vivo atenuado 01 dose

Uma dose de reforço entre 04 a 06 anos. 01 ano - - 01 ano

Dupla Bacteriana uso

adulto (dT)

DIFTERIA E TÉTANO

(2)

Produto de bactéria

(toxina)03 doses

A cada 10 anos

(Gestantes a cada 05 anos).

07 anos - 02 meses 30 dias

Tetravalente

Difteria, coqueluche,

tétano e infecções pelo

Hib.

Polissacarídeo do Hib,

bactéria morta (pertussis) e

toxóide.

03 doses - 02 meses 11 meses e 29 dias. 02 meses 30 dias.

Contra rotavírushumano

Diarréia provocada por

rotavírus

G1P8 da cepa RIX4414 02 doses - 02 meses

165 dias para a 2ª

dose2 meses 30 dias

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200734

Continuação do Quadro 14

Vacina Dosagem Vias de Administração Local de Aplicação

Agulha Hipodérmica Recomendada

Tempo de validade depois de aberto o frasco

BCG 0,1 mLIntradérmica

(ID)Inserção inferior do músculo

Deltóide Direito13 x 3,813 x 4,5

6 horas

Contra hepatite B

De acordo com o

laboratório produtor.

Intramuscular (IM)(4)

Músculo Vasto lateral da Coxa Esquerda ou músculo Deltóide (4).

25 x 725 x 6

20 x 5,5Até o final do frasco

Antipólio oral (VOP) 2 gotas Oral - - 05 dias

Tríplice Bacteriana (DTP) 0,5 mL

Intramuscular (IM)

Quadrante superior externo do glúteo ou músculo vasto lateral da

coxa direita

25 x 625 x 7

Até o final do frasco

Contra Haemophilus

Influenzae tipo b (Hib)

0,5 mLIntramuscular

(IM)Músculo vasto lateral da coxa

direita

25 x 625 x 7

Biomanguinhos – 5 dias após diluição

Lederle – até o final do frasco

Contra Febre Amarela 0,5 mL

Subcutânea (SC)

Deltóide esquerdo 13 x 4,5 4 horas

Tríplice Viral (VTV) 0,5 mL

Subcutânea (SC)

Face antero lateral externa do antebraço

13 x 4,5 8 horas

Dupla Bacteriana uso adulto (dT) 0,5 mL

Intramuscular (IM)

Músculo deltóide direito, quadrante superior externo do glúteo,

músculo vasto lateral da coxa

25 x 625 x 7

Até o final do frasco

Tetravalente 0,5 mLIntramuscular

(IM)Músculo vasto lateral da coxa

direita25 X 625 x 7

5 (cinco) dias.

Contra rotavírushumano

1,0 mL oral - - 24 horas

ESQUEMA DE VAC INAÇÃO :Legenda(1) Quando houver indicação, esta vacina pode ser aplicada em outras faixas etárias (ex: comunicantes do MH);(2) Para gestantes e em caso de ferimentos suspeitos, aplicar uma dose de reforço 05 anos após a última dose. Considerar o estado vacinal

anterior (DPT, dT, DT ou TT);(3) Esta vacina é aplicada também em profissionais de saúde e grupos de risco, conforme indicação;(4) A vacina contra a Hepatite B não deve ser aplicada em região glútea.(5) Indicar 03 doses para os não anteriormente vacinados com 3 doses de tetravalente.

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35Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

Quadro 15. Esquema para tratamento profilático anti-rábico humano com a vacina de cultivo celular

Condições do Animal Agressor (4)

Cão ou Gato sem suspeita de raiva no momento da

agressão (1)

Cão ou Gato clinicamente suspeito de raiva no momento

da agressão

Cão ou Gato raivoso, desaparecido ou morto;

Animais silvestres (2)

(inclusive os domiciliados)Animais domésticos de

interesse econômico ou de produção.

Tipo de Exposição

Contato Direto:: Lambedura de pele íntegra;:: Manipulação de utensílios

contaminados

:: Lavar com água e sabão;:: Não tratar.

:: Lavar com água e sabão;:: Não tratar.

:: Lavar com água e sabão;:: Não tratar.

Acidentes leves:: Ferimentos superficiais,

pouco extensos, geralmente únicos, em tronco e membros (exceto mãos e polpas digitais e planta dos pés); podem acontecer em decorrência de mordeduras ou arranhaduras causadas por unha ou dentes;

:: Lambedura de pele com lesões superficiais.

:: Lavar com água e sabão;:: Observar o animal

durante 10 dias após a exposição;

:: Se o animal permanecer sadio no período de observação, encerrar o caso;

:: Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, administrar 5 doses de vacina (dias 0, 3, 7, 14 e 28).

:: Lavar com água e sabão;:: Iniciar tratamento com

2(duas) doses, uma no dia 0 e outra no dia 3;

:: Observar o animal durante 10 dias após à exposição;

:: Se a suspeita de raiva for descartada após o 10º dia de observação, suspender o tratamento e encerrar o caso;

:: Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, completar o esquema até 5(cinco) doses. Aplicar uma dose entre o 7º e o 10º dia e uma dose nos dias 14 e 28.

:: Lavar com água e sabão;:: Iniciar imediatamente

o tratamento com 5(cinco) doses de vacina administradas nos dias 0, 3, 7,14 e 28.

Acidentes graves:: Ferimentos na cabeça, face,

pescoço, mão, polpa digital e/ou planta do pé;

:: Ferimentos profundos, múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo;

:: Lambedura de mucosas;:: Lambedura de pele onde já

existe lesão grave;:: Ferimento profundo causado

por unha de gato.

:: Lavar com água e sabão;:: Observar o animal

durante 10 dias após exposição;

:: Iniciar tratamento com duas doses, uma no dia 0 e outra no dia 3;

:: Se o animal permanecer sadio no período de observação, encerrar o caso;

:: Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, dar continuidade ao tratamento, administrando o soro3 e completando o esquema até 5(cinco) doses. Aplicar uma dose entre o 7º e o 10º dia e uma dose nos dias 14 e 28.

:: Lavar com água e sabão;:: Iniciar o tratamento com

soro3 e 5(cinco) doses de vacina nos dias 0, 3, 7, 14 e 28;

:: Observar o animal durante 10 dias após a exposição;

:: Se a suspeita de raiva for descartada após o 10º dia de observação, suspender o tratamento e encerrar o caso.

:: Lavar com água e sabão;:: Iniciar imediatamente o

tratamento com soro3 e 5(cinco) doses de vacina administradas nos dias 0, 3, 7, 14 e 28.

(1) É preciso avaliar sempre, os hábitos dos cães e gatos e, os cuidados recebidos. Podem ser dispensadas do tratamento as pessoas agredidas por cão ou gato que, com certeza, não tem risco de contrair a infecção rábica. Por exemplo, animais que vivem dentro do domicílio (exclusivamente); não tenham contato com outros animais desconhecidos; que somente saem à rua acompanhada dos seus donos e que não circulem em área com a presença de morcegos. Em caso de dúvida, iniciar o esquema de profilaxia indicado.

(2) Nas agressões por morcegos deve-se indicar a soro-vacinação independentemente da gravidade da lesão, ou indicar conduta de re-exposição;

(3) Aplicação do soro na(s) porta(s) de entrada(s). Quando não for possível infiltrar a dose, a quantidade restante deve ser aplicada pela via intramuscular podendo ser utilizada a região glútea. Sempre aplicar em local anatômico diferente do que aplicou a vacina.

(4) Não é indicado tratamento nas agressões causadas pelos seguintes roedores e lagomorfos: ratazana de esgoto, rato de telhado, camundongo, cobaia, porquinho-da-índia, hamster e coelho.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200736

Quadro 16. Esquema de re-exposição, conforme o esquema e vacina prévia

Tipo de esquema anterior VacinaEsquema de re-exposição

Cultivo celular

Completo*

Fuenzalida & Palácios modificada

:: Até 90 dias: não tratar:: Após 90 dias: 02 doses, um no dia 0 e outra no dia 03.

Cultivo celular :: Até 90 dias: não tratar:: Após 90 dias: 02 doses, um no dia 0 e outra no dia 03.

Incompleto **

Fuenzalida & Palácios modificada

:: Até 90 dias: completar o número de doses:: Após 90 dias: ver esquema de pós-exposição (conforme

o caso).

Cultivo celular:: Até 90 dias: completar o número de doses:: Após 90 dias: ver esquema de pós-exposição (conforme

o caso).

* Tratamento completo: fuenzalida & Palácios: soro + 13 doses (10+3) ou 9 doses (7+2); Cultivo celular: 5 doses ou 5 doses + soro.** Tratamento Incompleto: Fuenzalida & Palácios: 3 doses em dias alternados ou 5 doses em dias alternados; Cultivo Celular: menos de 5 dosesNão considerar o esquema anterior se o paciente recebeu número menor de doses do que aqueles referidos nas notas acima **.Importante::: Em caso de re-exposição, com histórico de tratamento anterior completo e se o animal agressor, cão ou gato, for passível de observação

considerar a hipótese de somente observar o animal.:: Quando o paciente tiver o esquema de pré-exposição, em qualquer momento, adotar conduta conforme o esquema em “conduta em

caso de possível exposição ao vírus da raiva em pacientes que receberam esquema de pré-exposição”, a seguir.

Quadro 17. Conduta em caso de possível exposição ao vírus da raiva em pacientes que receberam esquema pré-exposicional

Exposição ao vírus da Raiva

Sorologia comprovada(Titulação)

Vacina

Cultivo Celular

Com comprovação sorológica(título maior ou igual a 0,5 UI/mL).

02 (duas) doses, uma no dia 0 (zero) e outra no dia 03 (três).Não indicar soro.

Sem comprovação sorológica ou título inferior a 0,5 UI/mL Verificar caso de esquema vacinal incompleto.

Conduta em caso de abandono de Tratamento::: O tratamento profilático anti-rábico humano deve ser garantido todos os dias,

inclusive nos finais de semana e nos feriados.

:: É de responsabilidade do serviço que atende o paciente realizar busca ativa imediata daqueles que não comparecerem nas datas agendadas, para a aplicação de cada dose da vacina.

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37Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

As condutas indicadas para pacientes que não comparecerem na data agendada são as seguintes:

:: Paciente em uso da vacina de Cultivo Celular:

a) No esquema recomendado (dias 0, 3, 7, 14 e 28), as cinco doses devem ser administradas no período de 28 dias a partir do início do tratamento;

b) Falta para a aplicação da segunda dose: aplicar no dia que comparecer e agendar a terceira dose em intervalo mínimo de 02 dias;

c) Falta para a aplicação da terceira dose: aplicar no dia que comparecer e agendar a quarta dose com intervalo mínimo de 04 dias;

d) Falta para a aplicação da quarta dose: aplicar no dia que comparecer e agendar a quinta dose para 14 dias após.

Esquema para tratamento Profilático Anti-rábico Humano pré-exposição

COM A VAC INA DE CULT IVO CELULAR

:: Esquema: 03 doses

:: Dias de aplicação: 0, 7, 28

:: Via de administração e dose: intramuscular profunda utilizando dose completa

:: Local de aplicação: deltóide ou vasto lateral da coxa (não aplicar no glúteo)

:: Controle sorológico: a partir do 14º dia após a última dose do esquema.

Resultados:

a) Insatisfatório: se o título de anticorpos for menor do que 0,5 UI/mL. Nesse caso, aplicar uma dose de reforço e reavaliar a partir do 14º dia após o reforço.

b) Satisfatório: se o título de anticorpos for maior ou igual a 0,5 UI/mL.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200738

VI. Eventos Adversos às VacinasAs vacinas podem apresentar reações adversas mesmo quando os imunógenos são

mantidos em condições adequadas que garantem sua eficácia e quando são corretamente observadas as TÉCNICAS DE APLICAÇÕES PECULIARES a cada vacina.

Nem todo evento adverso que ocorre após a aplicação de uma vacina, entretanto, é causado pela vacinação. Pode tratar-se de doença não relacionada à vacina que, por coincidência, está ocorrendo depois da vacinação. Toda a criança que apresenta um evento adverso merece cuidados de observação, para afastarem-se doenças não relacionadas às vacinas (pneumonia, meningite, outras) e para tratar corretamente também as reações vacinais mais graves.

As vacinas são constituídas por diversos componentes biológicos e químicos que, ainda hoje, apesar dos aprimorados processos de produção e purificação, podem produzir efeitos indesejáveis. A incidência desses eventos varia conforme as características: (1) do produto, (2) da pessoa a ser vacinada e (3) do modo de administração.

Deste modo, são necessários atitudes corretas, sempre que forem detectados eventos adversos pós-vacinais mais importantes (exceto febre baixa e reações locais de pequena monta).

Os casos de eventos adversos devem ser encaminhados ao Centro de referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), que funciona no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Londrina.

Quando o acompanhante do paciente ou o próprio paciente REFERIREM QUEIXAS APÓS A ADMINISTRAÇÃO DE VACINAS(S), proceder da maneira descrita a seguir:

6.1 Conduta na Unidade de Saúde

:: Solicitar a carteira de vacina;

:: Preencher completamente a FICHA DE INVESTIGAÇÕES E EFEITOS ADVERSOS, NÃO ESQUECENDO NENHUM DADO.

:: Agendar consulta no Núcleo de Imunização do Ambulatório do Hospital de Clínicas (AHC);

:: Encaminhar (1) via, junto com o paciente ao AHC e uma via arquivar na Unidade.

:: Anotar no prontuário (ou ficha eventual) do paciente as QUEIXAS REFERIDAS, O ESTADO GERAL DO PACIENTE, A CONDUTA TOMADA. Prestar atendimento, conforme abaixo.

CONDUTA IMED IATA :

:: Quando a temperatura do paciente estiver entre 37,5 e 38,5ºC, e após avaliação da queixa, se não forem encontradas evidências de outras doenças infecciosas e suspeitar de reação vacinal:

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39Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

:: ORIENTAR: Hidratação, administrar dipirona, conforme o peso, orientar sobre as reações normais e adversas às vacinas e observação em casa, dispensando o paciente. Caso a contrário, agendar consulta médica para o próprio período ou para o período seguinte.

:: Quando a temperatura do paciente estiver acima de 38,5ºC, após a avaliação da queixa, se a criança estiver em bom estado geral, administrar dipirona, conforme o peso e agendar consulta médica para o próprio período ou imediatamente para o período seguinte.Caso contrário, ENCAMINHAR AO PRONTO SOCORRO DO H.U. OU AO PAI, ANOTAR A CONDUTA TOMADA e orientar para levar a carteira de vacina;

:: Em casos SUSPEITOS DE CONVULSÃO não administrar nenhum medicamento, encaminhar imediatamente para um Pronto Socorro de preferência ao PS. do Hospital Universitário ou ao PAI, levando a carteira de vacinas.

6.2 Reações Vacinais

6 .2 .1 BCG - I D COMPOS IÇÃO :

:: A vacina BCG é preparada com bacilos vivos, a partir de cepas atenuadas de Mycobacterium bovis, na composição utiliza-se:

:: Glutamato de sódio (estabilizante);

:: Solução salina isotônica.

REAÇÕES :

:: Evolução normal: Alguns dias após a vacinação surge no local da aplicação, um nódulo que evolui para úlcera e crosta. Essa lesão regride espontaneamente, em média, entre a sexta e décima semana, deixando uma pequena cicatriz;

:: As lesões vacinais em pessoas previamente vacinadas ou infectadas têm, geralmente, uma evolução mais acelerada, podem ser maiores e cicatrizarem mais rapidamente;

:: Enfartamento ganglionar axilar não supurado é parte da evolução considerada normal e desaparece espontaneamente, sem tratamento, após algumas semanas. Notificar e encaminhar ao CRIE;

:: É normal a ocorrência de secreção serosa durante a fase de ulceração;

:: As complicações da vacina BCG, geralmente são locais e pouco freqüentes. A maior parte destas, resultam de técnica inadequada de aplicação (aplicação profunda e excesso de volume vacinal). Notificar e encaminhar ao CRIE;

:: Enfartamento ganglionar supurado deverá ser notificado e encaminhado ao Núcleo de Imunizações do Ambulatório do Hospital de Clínicas (AHC), bem como enfartamento de gânglios não axilares, úlceras locais maiores de 1cm, granulomas vacinais, lesões vegetativas locais, cicatrizes quelóides e outras manifestações suspeitas.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200740

6 .2 .2 DTP CLÁSS ICA E TETRAVALENTE COMPOS IÇÃO :

:: Uma dose de DPT contém: toxóide tetânico = 5 a 20 Lf, toxóide diftérico = 20 a 30 Lf, vacina celular antipertussis = 4UI (que corresponde à cerca de 32 bilhões de germes), alúmen:

:: A vacina tríplice é composta de 03 vacinas combinando bactérias mortas de Bordetella pertussis com toxóides diftérico e tetânico;

:: A tetravalente contém também o antígeno polissacarídeo da cápsula do Haemófilo tipo b conjugado a uma proteína carreadora.

REAÇÕES LOCA IS :

:: São reações de natureza inflamatória, provavelmente por ação irritativa dos componentes da vacina, principalmente os adjuvantes (fosfato de alumínio, alúmem e hidróxido de alumínio).

:: Clinicamente apresentam-se com os sinais clássicos do processo inflamatório: rubor, calor, dor e às vezes enduração no local de aplicação. Notificar e encaminhar ao CRIE.

:: Apresentam, dimensões variadas, iniciando-se dentro das primeiras 24 horas após a aplicação e não devem ser motivo de contra-indicação para futuras imunizações com DPT.

:: A aplicação inadvertida da vacina no tecido subcutâneo aumenta a probabilidade de reação local, bem como a superdosagem vacinal por falta de homogeneização prévia (agitação suave) da vacina.

:: Nódulo subcutâneo: costuma ocorrer quando há deposição de vacina no subcutâneo. Devem ser investigados e não necessitam de tratamento.

ABSCESSOS ESTÉRE IS :

:: Em alguns casos tem sido verificada a formação de tumoração local com conteúdo líquido estéril como resolução do processo inflamatório, sendo então chamados de abscesso estéril.

:: Os casos de abscessos devem ser investigados e notificados e encaminhados ao CRIE, através de ficha de reação vacinal e tratados com drenagem cirúrgica.

ABSCESSOS INFECTADOS :

:: São decorrentes de técnica vacinal inadequada ou da utilização de vacina contaminada.

:: Devem ser imediatamente tratados com drenagem cirúrgica e antibioticoterapia, notificados e investigados e encaminhados ao CRIE.

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41Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

FEBRE :

:: Resposta febril a vacina DPT ou a Tetravalente é muito freqüente e se inicia até 48 horas após a vacinação, geralmente nas primeiras 12 horas.

:: Notificar e investigar os casos que tenham apresentado temperatura axilar igual ou superior a 39,5°C, nas primeiras 48 horas após a vacina. Os casos devem ser examinados pelo pediatra para afastar outros diagnósticos diferenciais.

CHORO PERS ISTENTE :

:: Esta é a descrição usual deste evento: a criança recebe a vacina DPT e chora no momento da aplicação retornando ao seu comportamento normal. A seguir, depois de algum tempo, dentro de 2 a 8 horas, a criança começa a chorar.

:: O choro é caracteristicamente persistente e freqüentemente não responde ao consolo pelo carinho ou alimentação.

:: Ocasionalmente o choro pode ser episódico, porém pode prolongar-se por até 24 horas.

:: Também é descrito um quadro de choro agudo - às vezes chamado de “choro com gritos” - em que os pais referem nunca terem ouvido antes.

:: Os casos de choros persistentes ou de choro com gritos devem ser notificados e encaminhados ao CRIE como reação vacinal, quando não houver melhora com analgésico (sob orientação médica).

SONOLÊNC IA EXCESS IVA :

:: A sonolência é uma resposta comum à vacinação com DPT ou tetravalente.

:: Após a vacinação muitas crianças apresentam-se sonolentas e/ou com diminuição da atividade durante o restante do dia.

:: No dia seguinte, na imensa maioria dos casos, voltam ao estado normal.

:: No entanto, também se descreve caso onde a sonolência apresenta-se excessivamente prolongada, porém sem prejuízos para a criança (decorre da resposta imunitária inicial).

:: Casos de sonolência excessiva devem ser notificados e encaminhados ao CRIE.

CONVULSÕES :

:: Convulsões têm sido observadas como complicação à imunização por DPT, principalmente as convulsões febris.

:: A fisiopatologia da febre é complexa e não bem esclarecida. As convulsões febris ocorrem em praticamente com todos os lotes de vacina utilizados.

:: A maioria dos casos notificados ocorre nas primeiras 12 horas após a vacina.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200742

:: Os casos de convulsão relacionados temporalmente (dentro das primeiras 72 horas), à vacina DPT devem ser notificados, investigados e encaminhados ao CRIE para conduta vacinal.

S ÍNDROME H IPOTÔN ICA H IPORRESPONS IVA :

:: Ocorre em aproximadamente 1:1500 a 1:2000 doses aplicadas.

:: A maioria dos casos notificados ocorre nas primeiras 12 horas após a vacina.

:: As crianças subitamente tornam-se pálidas, hipotônicas e não respondem aos estímulos habituais, a respiração é superficial, a cianose é freqüentemente observada.

:: A duração varia de alguns minutos até algumas horas.

:: O prognóstico, apesar da dramaticidade do quadro, é muito bom.

:: Os casos devem ser notificados, investigados e encaminhados ao CRIE.

:: Não há relatos de seqüelas, na literatura.

:: Observação: Apesar das vacinas DPT e tetravalente serem as vacinas mais reatogênicas do PNI, está justificada a sua utilização, pelos seguintes fatores:

:: A grande maioria dos casos constitui-se de reações leves a moderadas, de fácil controle;

:: É vacina de baixo custo de aquisição, o que possibilita manutenção de altas coberturas vacinais;

:: Continua a ser recomendada pelos organismos internacionais de saúde, tais como a Organização Mundial de Saúde e a Organização Panamericana de Saúde.

6 .2 .3 VAC INA ORAL CONTRA A POL IOM IEL I TE COMPOS IÇÃO :

:: A vacina antipólio oral trivalente é constituída de três tipos de vírus atenuados.

:: Uma dose da vacina Sabin contém 1.000.000, 100.000 e 300.000 DICT 50, por dose, dos sorotipos 1, 2 e 3, respectivamente.

REAÇÕES :

:: As complicações são extremamente raras: poliomielite paralítica em cerca de 1:10. 000.000 de doses aplicadas.

:: No Brasil, em anos recentes, essa incidência foi ainda mais branda, variando entre 1:17. 000.000 e 1:54. 000.000 de doses aplicadas.

:: Atualmente todo o caso de paralisia flácida e aguda em menores de 15 anos é notificado e investigado.

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43Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

6 .2 .4 DUPLA DO T IPO INFANT I L (DT ) COMPOS IÇÃO :

:: Uma dose da DT contém: toxóide tetânico: 5 a 20 Lf; toxóide diftérico: 20 a 30 Lf; alúmen.

REAÇÕES :

:: Dor, calor e rubor no local da aplicação, febre alta esporádica.

:: As reações mais graves devem ser notificadas, investigadas e encaminhadas ao CRIE.

6 .2 .5 DUPLA DO T IPO ADULTO (DT ) COMPOS IÇÃO :

:: Uma dose de dT contém: toxóide tetânico: 5 a 20 Lf, toxóide diftérico: 2Lf; alúmen.

REAÇÕES :

:: Dor, calor e rubor no local da aplicação, febre alta esporádica, mialgia, parestesias mais raramente.

:: As reações mais graves devem ser notificadas, investigadas e encaminhadas ao CRIE.

6 .2 .6 TR ÍPL ICE V IRAL COMPOS IÇÃO :

:: Vírus atenuado do sarampo, cultivado em ovos embrionados de galinha.

:: Vírus atenuado da caxumba, cultivado em ovos embrionados de galinha.

:: Vírus atenuado da rubéola.

REAÇÕES :

:: Podem ocorrer quadros clínicos atenuados e não-transmissíveis semelhantes ao sarampo, à caxumba e à rubéola.

:: As reações adversas são idênticas e com a mesma incidência daquelas observadas com as vacinas monovalentes contra essas mesmas doenças.

:: A vacina associada é bem tolerada pelas crianças.

REAÇÕES ADVERSAS RELAC IONADAS À VAC INA CONTRA SARAMPO:

:: Febre pode manifestar-se entre o 5º e o 12º dia, geralmente pouco importante e persistir por cerca de 48 horas; eventualmente pode atingir 39,5ºC.

:: Exantema pode surgir entre o 7º e o 12º dia e persistir por 02 a 04 dias, é de evolução benigna.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200744

:: Cefaléia transitória surge mais comumente em adolescentes e se inicia nos primeiros 07 dias. Apresenta evolução benigna.

:: Convulsões febris: 01 episódio / 4.000 doses, geralmente em crianças predispostas que desenvolveram febre.

:: Púrpura trombocitopênica: rara.

:: Reações de Hipersensibilidade imediata nas primeiras 24 horas após a vacinação são extremamente raras;

:: Encefalite e encefalopatias: 0,3 caso/milhão de dose ocorre, geralmente, dentro de 15 dias após a vacinação.

:: Panencefalite esclerosante sub aguda (PEES): o risco de PEES após vacinação contra o sarampo é cerca de 18 vezes menor que o verificado com a doença natural, isto é 0,5 a 0,9 caso de PEES por milhão de doses de vacina. Nos casos de reações de hipersensibilidade, encefalite e panencefalite, após os primeiros atendimentos (PAI ou PS do HU), notificar e encaminhar ao CRIE.

REAÇÕES ADVERSAS RELAC IONADAS À VAC INA CONTRA RUBÉOLA :

:: Exantema, febre e linfoadenopatia podem ocorrer 05 a 12 dias após a vacinação.

:: Artralgias e/ou artrite podem ocorrer 07 a 21 dias após a vacinação e são mais freqüentes em adultos.

:: Parestesias e mialgias são raras.

:: Púrpura trombocitopênica é rara após a vacinação.

:: Estes casos devem notificados e encaminhados ao CRIE.

REAÇÕES ADVERSAS RELAC IONADAS À VAC INA CONTRA CAXUMBA :

:: Pode ocorrer febre, no período de 7 a 14 dias pós-vacinal, geralmente baixa.

:: Leve tumefação das parótidas (em mais ou menos 2% dos vacinados).

:: Meningite clínica: incomum, geralmente relacionada a cepas vacinais agora proibidas no Brasil.

:: Estes casos devem ser notificados e encaminhados ao CRIE.

6 .2 .7 VAC INA CONTRA FEBRE AMARELA

:: Podem ocorrer febre, mialgia e cefaléia por 01 a 02 dias e em casos raríssimos encefalite e reação de hipersensibilidade. Notificar e encaminhar ao CRIE.

:: Nos anos recentes, foram relatados óbitos por essa vacina, aproximadamente 01 caso por 01 milhão de doses aplicadas.

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45Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

6 .2 .8 VAC INA ANT I -HAEMOPH ILUS

:: Reações adversas referidas à vacina são muito raras, benignas e de baixa intensidade.

:: Em mais de 90% dos casos as reações limitam-se as primeiras 24 horas e foram relatadas em menos de 10% dos vacinados.

:: As reações locais são do tipo dor, eritema, edema e/ou calor, enduração.

:: As reações gerais são de febre, erupção cutânea, irritabilidade e sonolência.

:: Não há relatos de eventos graves que possam ser atribuídos à vacinação.

:: Notificar e encaminhar ao CRIE.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200746

VII. Os Imunobiológicos

7.1 Os Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE)

Estes centros atendem a situações em que o paciente necessita de imunógenos não disponíveis na rede pública e também a eventos adversos às vacinações de natureza mais intensa.

O Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), funciona no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Londrina.

As utilizações destes produtos foram definidas por Norma para os Centros de Referência e sua limitação se deve às razões de ordem econômica.

As três principais categorias de pacientes que utilizam os CRIEs:

:: Profilaxia pré e pós-exposição a agentes infecciosos em determinados grupos de risco.

:: Substituição de outros produtos, disponíveis naturalmente no país, quando não puder ser utilizado devido à hipersensibilidade em eventos adversos;

:: Imunização de crianças e adultos com imunodeficiência.

7.2 Os Imunobiológicos especiais e suas indicações

Quadro 18. Esquema da imunoglobulina humana anti-hepatite B

Indicação::: Imunoprofilaxia pós-exposição;:: Prevenção da infecção perinatal pelo vírus da hepatite B;:: Exposição sanguínea acidental percutânea ou de mucosa;:: Comunicantes sexuais de casos agudos de hepatite B;:: Vítimas de abuso sexual;:: Profilaxia pré-exposição.

Composição Obtida de plasma de doadores selecionados com altos títulos de anticorpos específicos;

Início da aplicação (idade) Qualquer idade

Dose / Esquema básicoDose única de 0,06 mL/Kg(máximo de 5 mL);

Em lactentes, aplicar 0,5 mL (01 mL = 200 UI).

Reforço Não há

Via de aplicação Intramuscular.

Validade Até o final do frasco

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47Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

Quadro 19. Esquema da imunoglobulina humana anti-rábica

Indicação:

:: Indivíduos que apresentaram algum tipo de hipersensibilidade quando da utilização de soro heterólogo (antitetânico, anti-rábico, antidiftérico, antiofídico, etc.);

:: Indivíduos que não completaram esquema anti-rábico por eventos adversos à vacina;

:: Indivíduos imunodeprimidos – na situação de pós-exposição, sempre que houver indicação de vacinação anti-rábica.

Composição Imunoglobulinas específicas com altos títulos de anticorpos contra a raiva humana.

Início da aplicação (idade) Qualquer idade.

Dose/Esquema básico Dose única de 20 UI/KG (1 mL = 150 UI).

Reforço Não há

Via de aplicação Intramuscular.

Quadro 20. Esquema da imunoglobulina humana antitetânica

Indicação:

:: Indivíduos que apresentaram algum tipo de hipersensibilidade quando da utilização de qualquer soro heterólogo (antitetânico, antidiftérico, antiofídico, etc.);

:: Indivíduos imunodeprimidos, nas indicações de imunoprofilaxia contra o tétano, mesmo que vacinado. Os imunodeprimidos deverão receber sempre a IGHAT no lugar do SAT, devido à meia vida maior dos anticorpos;

:: Recém nascidos em situações de risco para tétano cujas mães sejam desconhecidas ou não tenham sido adequadamente vacinadas;

:: Recém nascidos prematuros com lesões potencialmente tetanogênicas, independentemente da história vacinal da mãe.

ComposiçãoConstituída por imunoglobulinas da classe IgG que neutralizam a toxina produzida pelo Clostridium tetani, sendo obtida do plasma de doadores

selecionados com altos títulos de anticorpos específicos.

Início da aplicação (idade) Qualquer idade.

Dose/Esquema básico01 dose.

Profilaxia: 250 UI (01 frasco = 250 UI).

Reforço Não há

Via de aplicação Intramuscular.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200748

Quadro 21. Esquema da imunoglobulina humana antivaricela-zóster

A sua utilização depende do atendimento de três condições, a saber: suscetibilidade, contato significativo, e condição especial de risco, como definidas abaixo:

1. Que o comunicante seja suscetível, isto é:a. Pessoas imunocompetentes e imunodeprimidas sem história bem definida da doença e/ou de vacinação anterior;

b. Pessoas com imunossupressão celular grave, independente de história anterior.

2. Que tenha havido contato significativo com o vírus varicela zoster, isto é:a. Contato domiciliar contínuo: permanência junto com o doente durante pelo menos uma hora em ambiente

fechado;

b. Contato hospitalar: pessoas internadas no mesmo quarto do doente ou que tenham mantido com ele contato direto prolongado, de pelo menos uma hora.

3. Que o suscetível seja pessoa com risco especial de varicela grave, isto é:a. Crianças ou adultos imunodeprimidos;

b. Grávidas;

c. Recém-nascidos de mães nas quais a varicela apareceu nos cinco últimos dias de gestação ou até 48 horas depois do parto;

d. Recém-nascidos prematuros, com 28 ou mais semanas de gestação, cuja mãe nunca teve varicela;

e. Recém-nascidos prematuros, com menos de 28 semanas de gestação (ou com menos de 1000 g ao nascimento), independentemente de história materna de varicela.

Observações: O período de transmissibilidade da varicela inicia-se um a dois dias antes da erupção e termina quando todas as lesões estiverem em fase de crosta.

Composição Obtida do plasma de doadores selecionados com altos títulos de anticorpos específicos.

Início da aplicação (idade)Qualquer idade;

< 96 horas após o contato.

Dose/Esquema básico

01 dose.

125 U/ 10 Kg (dose máxima = 625 U);

01 amp. = 125 U (observar orientação do fabricante)

Reforço Não há

Via de aplicação Intramuscular.

Quadro 22. Esquema da vacina contra febre tifóide

Indicação:

:: Indicação restrita às pessoas sujeitas a exposição excepcional, em decorrência de sua ocupação (profissionais de laboratório com contato habitual com Salmonella typhi), ou viajantes a áreas endêmicas.

Composição Vacina parenteral contendo 25 mg por dose de polissacarídeo capsular purificado, extraído de Salmonella typhi, em 0,5mL de solução – tampão isotônica com fenol.

Início da aplicação (idade) Utilizada a partir de 02 (dois) anos de idade.

Dose/Esquema básico 01 dose.

Reforço Após 03 anos.

Via de aplicação Intramuscular.

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49Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

Quadro 23. Esquema da vacina meningocócica conjugada

Indicação:

:: Nos portadores de: asplenia congênita ou adquirida, deficiências do complemento, HIV/aids (menores de 13 anos), implante de cóclea e doenças de depósito.

Composição

Cada 0,5 mL de dose deve conter: polissacarídeo meningocócico do grupo C; 10 µg conjugado ao toxóide tetânico (TT) 10 – 20 µg;

Adjuvante: hidróxido de alumínio 1,4 mg (equivalente a 0,5 mg de alumínio);

Excipiente: cloreto de sódio 4,1 mg e água para injetáveis 0,5mL.

Início da aplicação (idade) 02 (dois) meses de idade.

Dose/Esquema básico

:: Dose individual recomendada equivalente a 0,5 mL da vacina;

:: A partir de 2 meses de idade, 2 ou 3 doses no primeiro ano de vida, de acordo com as indicações do fabricante, com uma dose de reforço a partir dos 12 meses de vida. Em crianças maiores de 12meses e adultos, dose única.

Reforço Não há.

Via de aplicação Intramuscular.

Quadro 24. Esquema da vacina contra hepatite A

Indicação:

Hepatopatias crônicas, portadores crônicos do VHB; coagulopatias; ciranças menores de 13 anos com HIV/aids; adultos com HIV/aids que sejam portadores do VHB ou VHC; Doenças de depósito; fibrose cística; trissomias; imunodepressão; candidatos a doadores ou transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea; hemoglobinopatias.

Composição Vírus da hepatite A inativados por formaldeído e com fenoxietanol como preservativo (potência em El.U) ou vírus da hepatite A inativados por formaldeído e sem preservativo (potência em U).

Início da aplicação (idade) :: Partir de 01 ano de idade;

Dose/Esquema básico :: Duas doses de 0,5 mL, com intervalo de 6 meses.

Reforço Não há.

Via de aplicação Intramuscular (deltóide).

Quadro 25. Esquema da vacina contra Haemophilus influenzae do tipo b conjugada

Indicação::: Nas indicações de substituição de tetravalente por DTP acelular + Hib;:: Transplantados de medula óssea e órgãos sólidos;:: Nos menores de 19 anos e não vacinados, nas seguintes situações: HIV/aids, imunodeficiência congênita isolada de tipo humoral,

imunodepressão terapêutica, asplenia anatômica ou funcional, diabetes mellitus, nefropatia crônica, trissomias, cardiopatia crônica, asma persistente, fibrose cística, fístula liquórica e doenças de depósito.

Composição Depende do tipo de vacina.

Início da aplicação (idade) No CRIE, a partir de 12 meses.

Dose/Esquema básico 01 ou 02 doses.

Reforço Não há.

Via de aplicação Intramuscular

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200750

Quadro 26. Esquema da vacina pentavalente

Indicação::: A vacina pentavalente (DPT + HB + Hib) é administrada a partir de 02 meses de idade até 11 meses e 29 dias, em crianças

com discrasias sangüíneas.

Composição

:: Cada dose de vacina reconstituída (0,5 mL) contém: vacina conjugada contra Haemophilus influenzae tipo b (Hib):10 mg de polissacarídeo poliribosil – ribitol fosfato capsular purificado (PRP) de Haemophilus influenzae tipo b (Hib).

:: Forma: pó liofiliz. :: Vacina tetravalente (DPT + HB): 0,5 mL de vacina contém não menos de 30 UI de toxóide

diftérico adsorvido, não menos de 60 UI de toxóide tetânico adsorvido, não menos de 4 UI de pertussis (coqueluche) e 10 microgramas de proteína HbsAg recombinante.

:: Forma: suspensão injetável;:: Excipientes: adsorvidos em sais de alumínio.

Início da aplicação (idade) :: Administrada a partir de 02 meses de idade até 11 meses e 29 dias.

Dose/Esquema básico

:: Dose individual recomendada equivale a 0,5 mL da vacina reconstituída.:: 03 doses: aos 02, 04 e 06 meses de idade. O intervalo entre as doses é de 60 (sessenta)

dias, podendo ser utilizado um intervalo menor, de até 30 (trinta) dias, em situações muitíssimo especiais.

Reforço Não há.

Via de aplicação Subcutânea.

Quadro 27. Esquema da vacina pneumocócica 7 valente

Indicação::: Crianças menores de 02 anos, basicamente imunocompetentes, com doença pulmonar ou cardiovascular crônica grave, insuficiência

renal crônica, síndrome nefrótica, diabetes mellitus, trissomias, doenças de depósito, fístula liquórica, asplenia congênita ou adquirida, hemoglobinopatias, imunodeficiência congênita ou adquirida, crianças HIV positivo assintomáticas e com Aids.

Composição

:: Cada 0,5 mL de dose intramuscular é formulada para conter 02 mcg de sacarídeo por sorotipo 4, 9V, 14, 18C, 19F e 23F, 4mcg de sorotipo 6B, aproximadamente 20 mcg de proteína CRM197, e aproximadamente 0,5 mg de fosfato de alumínio como adjuvante.

:: Forma: suspensão injetável;:: Excipientes: cloreto de sódio (4,5mg) e água para injeção (q.s. 0,5 mL). Não contém

conservantes.

Início da aplicação (idade) :: A partir dos 02 (dois) meses de idade até menores de 5 anos de idade.

Dose/Esquema básico

:: Dose individual recomendada equivale a 0,5 mL da vacina.:: Aos 02, 04 e 06 meses, intervalo mínimo de 30 dias = 3 doses;:: De 07 a 11 meses = 03 doses; 02 doses com intervalo mínimo de 04 semanas. A terceira dose após

completar um ano de idade administrada, no mínimo, de 02 meses após a segunda dose. :: De 12 a 23 meses = 02 doses com intervalo de 02 meses.:: ≥ 24 meses = 2 doses com intervalo de 2 meses.

Via de aplicação Intramuscular.

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51Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

Quadro 28. Esquema da vacina contra o pneumococo

Indicação::: Crianças com 02 anos e adultos, basicamente imunocompetentes, com doença pulmonar ou cardiovascular crônicas

graves, insuficiência renal crônica, síndrome nefrótica, diabetes mellitus e fístula liquórica;:: Crianças com 02 anos e adultos, com asplenia anatômica ou funcional, hemoglobinopatias, inunodeficiência congênita

ou adquirida, pessoas HIV+ assintomáticas e doentes com aids.:: Notas: Nos casos de esplenectomia eletiva, a vacina deve ser aplicada pelo menos duas semanas antes da data da cirurgia.

Da mesma forma, o intervalo entre a vacinação e o início da quimioterapia deve ser de pelo menos duas semanas.

Composição Suspensão de antígenos polissacarídeos purificados de 23 sorotipos de pneumococo.

Início da aplicação (idade) A partir de 02 anos.

Dose/Esquema básico Dose única.

Reforço 1 dose após 5 anos, se a indicação persistir.

Via de aplicação Intramuscular ou subcutânea.

Quadro 29. Esquema da vacina contra pólio inativada

Indicação:

:: Crianças imunodeprimidas (com deficiência imunológica congênita ou adquirida) não vacinadas ou que receberam esquema incompleto de vacinação contra poliomielite;

:: Crianças que estejam em contato domiciliar com pessoa imunodeficiente suscetível e que necessitem receber vacina contra poliomielite;

:: Pessoas submetidas a transplante de medula óssea;

:: Recém-nascidos que permaneçam internados em unidades neonatal por ocasião da idade de início da vacinação;

:: Crianças com história de paralisia flácida associada à vacina, após dose anterior de VOP.

OBS.:filhos de mãe HIV positivo antes da definição diagnóstica e crianças com HIV/aids devem receber a VIP e, quando não disponível esta vacina, deve-se utilizar a VOP.

Composição Poliovírus inativados por formaldeído dos tipos I, II e III.

Início da aplicação (idade) A partir de 02 meses.

Dose/Esquema básico 03 (três) doses.

Reforço1º reforço: seis meses a 01 ano depois da 3a dose;

2o reforço: 03 – 05 anos após o 1º reforço.

Via de aplicação intramuscular

Quadro 30. Esquema da vacina contra a raiva (cultivo celular)

Indicação::: Pacientes imunocomprometidos: inclusive nos doentes com aids.

Composição Depende do tipo de vacina.

Início da aplicação (idade) Qualquer idade.

Dose/Esquema básicoPré-exposição: nos dias 0 – 7 – 21 ou 28.

Pós-exposição: nos dias 0 – 3 – 7 – 14 – 28.

Reforço Reforço periódico, de acordo com o teste sorológico.

Via de aplicação Intramuscular (não aplicar no glúteo).

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200752

Quadro 31. Esquema da vacina contra varicela

Indicação::: Imunocomprometidos, nas indicações da literatura: leucemia linfocítica aguda e tumores sólidos em remissão (pelo

menos 12 meses), desde que apresentem 1200 linfócitos/mm3, sem radioterapia. Caso estejam em quimioterapia, suspendê-la sete dias depois da vacinação;

:: Profissionais de saúde, pessoas e familiares suscetíveis à doença e imunocompetentes que estejam em convívio domiciliar ou hospitalar com pacientes imunocomprometidos;

:: (Pessoas suscetíveis à doença que serão submetidas a transplante de órgãos: fígado, rins, coração, pulmão e outros órgãos sólidos), pelo menos três semanas antes do ato cirúrgico;

:: Pessoas suscetíveis à doença e imunocompetentes, no momento da internação em enfermaria onde haja caso de varicela;

:: Vacinação antes da quimioterapia, em protocolos de pesquisa.

Composição Vírus da varicela, cepa Oka, atenuados.

Início da aplicação (idade) 12 meses.

Dose/Esquema básico < 13 anos – 01 dose.

Reforço Não há.

Via de aplicação Subcutânea.

Quadro 32. Esquema da vacina contra influenza

Indicação:

:: O comitê técnico Assessor de Imunização do Ministério da Saúde estabeleceu as seguintes prioridades para a vacinação contra influenza nos CRIE: adultos e crianças com 06 meses de idade, com doença pulmonar ou cardiovascular crônicas graves, insuficiência renal crônica, diabetes melito insulino-dependente, cirrose hepática e hemoglobinopatias; adultos e crianças com 06 meses de idade, imunocomprometidos ou HIV+; pacientes submetidos a transplantes; profissionais de saúde e familiares que estejam em contato com os pacientes mencionados anteriormente.

Composição Vírus da influenza fracionados ou de subunidades.

Início da aplicação (idade) Dose/Esquema básico

06 – 35 meses 02 doses de 0,25 mL no 1º ano de aplicação com 04 – 06 semanas de intervalo. Nos anos seguintes 01 dose.

03 – 08 anos 02 doses de 0,5 mL no 1º ano de aplicação com 04 – 06 semanas de intervalo. Nos anos seguintes 01 dose.

> 9 anos e adultos 01 dose (0,5 mL).

Reforço Todos os anos.

V ia de aplicação Intramuscular.

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53Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

Quadro 33. Esquema da vacina DTP acelular

Indicação::: A vacina tríplice acelular é indicada em crianças até 6 anos completos, que após o recebimento de qualquer uma

das doses da vacina tríplice bacteriana de células inteiras (DPT) apresentem os seguintes eventos adversos::: Convulsões nas primeiras 72 horas;:: Episódio hipotônico hiporresponsivo (EHH) nas primeiras 48 horas.

Composição Associação dos toxóides diftérico e tetânico com imunógenos derivados da Bordetella pertussis.

Início da aplicação (idade) < 07 anos.

Dose/Esquema básico04 doses. Completar o esquema vacinal iniciado com a DPT, seguindo a mesma orientação desta (número de

doses e intervalos).

Reforço Completar o esquema vacinal.

Via de aplicação Intramuscular.

Quadro 34. Esquema da vacina dupla infantil

Indicação:

:: Indicada para crianças com menos de 7 anos de idade para as quais haja contra-indicação de receberem a vacina contra a coqueluche (componente pertussis = P) da vacina tríplice (DPT).

Composição A vacina dupla contém toxóide diftérico e toxóide tetânico, tendo como adjuvante hidróxido ou fosfato de alumínio.

Início da aplicação (idade) Crianças com menos de 07 anos de idade.

Dose/Esquema básicoApresentada em frasco de 01 dose sob forma líquida, para esquema vacinal com aplicação de 03 doses com intervalo de 60 dias. O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias.

Reforço De 10 em 10 anos, por toda vida.

Via de aplicação Intramuscular.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200754

VIII. Os Soros e as Imunoglobulinas

:: Os soros têm origem heteróloga, geralmente eqüinos.

:: Os soros podem ser usados com finalidade prolifática (preventiva) e deve ser administrado o mais precocemente possível, depois da ocorrência de exposição de pessoas suscetíveis, a determinados agentes infecciosos, ou após acidentes causados por animais peçonhentos.

:: A administração dos soros caracteriza a imunização passiva.

:: A administração passiva é artificialmente fornecida pelo uso de imunoglobulinas obtidas do sangue de animais previamente estimulados com antígenos.

:: Esses soros têm grande quantidade de anticorpos específicos – antitoxinas ou antivenenos – cuja formação foi provocada pelos respectivos antígenos.

:: A imunização passiva também pode ser adquirida com o uso de imunoglobulina humana.

:: A realização do teste de sensibilidade cutâneo foi excluída da rotina de soroterapia, conforme normas e recomendação do CENEPI / FUNASA / Ministério da Saúde.

:: O valor preditivo deste teste é considerado discutível e imprevisível para as manifestações de hipersensibilidade imediata, precoce ou tardia.

8.1 Soros

:: A administração de soro heterólogo pode trazer complicações graves, tais como, o choque anafilático e a doença do soro.

:: Entretanto, o potencial desses soros para causar reações alérgicas graves não deve contra-indicar seu uso, desde que realizado de maneira correta.

:: A administração dos soros heterólogos só deve ser feita em serviços de saúde preparados para o tratamento dessas complicações, o que implica na existência de equipamentos de emergência e na presença de médico.

:: Quando o serviço não dispõe das condições mínimas para o atendimento dessas emergências, o cliente deve ser encaminhado a outro serviço onde à administração do soro possa ser garantida com segurança.

REAÇÕES RELAC IONADAS COM A ADM IN ISTRAÇÃO DOS SOROS HETERÓLOGOS :

:: Imediatas; manifestam-se dentro de 10 a 180 minutos depois da administração do soro (geralmente na primeira hora).

:: Constitui motivo de maior preocupação (por causa de seu potencial gravidade);

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55Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

:: Precoces, que se manifestam 5 a 14 dias depois da administração do soro (doença do soro).

AS IMED IATAS PODEM SER DE DO IS T IPOS :

:: Anafiláticas ou de hipersensibilidade, ocorre em pessoas previamente expostas a produtos que contêm proteínas eqüídeas e que, em função disso, adquiriram sensibilidade a essas proteínas;

:: As anafilactóides ou pseudo-alérgicas, que independem de exposição prévia a proteínas eqüídeas.

AS MAN IFESTAÇÕES CL ÍN ICAS :

:: As reações imediatas do tipo anafilático ou anafilacitóides são semelhantes. Os sinais e sintomas observados podem variar desde reações restritas à pele, até quadros mais graves de broncoespasmo, edema de glote, hipotensão e choque.

:: Antes da indicação do soro heterólogo, portanto, é de fundamental importância a anamnese, fazendo-se interrogatório rigoroso dos antecedentes do paciente, verificando se o mesmo:

:: Apresentou anteriormente, quadros de hipersensibilidade;

:: Já fez uso de soro de origem eqüina;

:: Mantém contato freqüente com animais, principalmente com eqüinos, seja por necessidade profissional (veterinários, carroceiros), seja por lazer;

:: No caso de resposta afirmativa a qualquer um destes questionamentos, considerar a possibilidade de substituir o soro heterólogo pela imunoglobulina homóloga, quando disponível.

:: Caso não esteja disponível, adotar os procedimentos para a prevenção da ocorrência de reações anafiláticas, conforme orientado a seguir.

PARA PREVENÇÃO DE OCORRÊNC IA DE REAÇÕES ANAF I LÁT ICAS :

:: Lavar as mãos e preparar o material necessário, para o tratamento preventivo da anafilaxia: anti-histamínico, corticóide, oxigênio, adrenalina, aminofilina, soro glicosado, e fisiológico, equipos de soro e material para assistência ventilatória.

:: Instalar soro fisiológico, garantindo adequado acesso venoso e manutenção do gotejamento mesmo após o soro heterólogo.

8.2 O Soro Antitetânico

IND ICAÇÃO :

:: O soro antitetânico – SAT é indicado para prevenção e o tratamento do tétano.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200756

:: A indicação depende do tipo e das condições do ferimento, bem como das informações relativas à vacina contra o tétano realizado anteriormente.

COMPOS IÇÃO :

:: O SAT é uma preparação purificada obtida do soro de cavalos hiper-imunizados com toxóide tetânico.

APRESENTAÇÃO :

:: O SAT é apresentado sob a forma líquida, em ampolas de 02 mL (5.000 UI), 05 mL (5.000 UI) e 10 mL (10.000 ou 20.000 UI), dependendo do laboratório produtor.

CONSERVAÇÃO :

:: O SAT deve ser conservado entre +20 C e +80 C e deve ser protegido da luz solar direta.

OBSERVAÇÃO :

:: O SAT não deve ser congelado.

:: Caso isto ocorra, o SAT deve ser desprezado.

DOSE E VOLUME :

:: A dose do SAT depende do motivo que justificou sua indicação: uso profilático ou terapêutico.

:: Dose profilática: 5.000 UI para criança e 10.000 UI para adulto, por via intramuscular.

:: Dose terapêutica: dose variável, segundo a idade e o peso do paciente, a critério do médico.

8.3 O Soro Antidiftérico

IND ICAÇÃO :

:: O soro antidiftérico – SAD é indicado para o tratamento de difteria. É a parte mais importante do tratamento, sendo responsável pela neutralização da toxina diftérica circulante, evitando o agravamento da doença.

:: O SAD deve ser administrado o mais precocemente possível no curso da doença.

:: Por ser usado apenas para o tratamento da difteria, o SAD é administrado em unidades hospitalares.

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57Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

COMPOS IÇÃO :

:: O SAD é uma preparação purificada obtida do soro de cavalos hiper-imunizados com toxóide diftérico.

APRESENTAÇÃO :

:: O SAD é apresentado sob a forma líquida, em ampolas de 05 mL e 10 mL, contendo, respectivamente 5.000 e 20.000 UI, dependendo do laboratório produtor.

CONSERVAÇÃO :

:: O SAD deve ser conservado entre +20 C e +80 C e deve ser protegido da luz solar direta.

OBSERVAÇÃO :

:: O SAD não deve ser congelado.

:: Caso isto ocorra, o SAD deve ser desprezado.

DOSE E VOLUME :

:: A dose do SAD depende da gravidade do caso.

:: Caso grave: 40.000 a 80.000 UI, ou endovenosa, conforme a prescrição médica.

:: Caso leve ou moderado: 20.000 a 40.000 UI, por via intramuscular, conforme prescrição médica.

V IA DE ADM IN ISTRAÇÃO :

:: O SAD pode ser administrado por via intramuscular ou endovenosa, dependendo da gravidade do caso. A via endovenosa é geralmente utilizada, quando há comprometimento sistêmico.

ADMIN ISTRAÇÃO :

Antes de administrar o soro adotar os seguintes procedimentos:

:: Lavar as mãos e preparar o material necessário, para o tratamento adequado das reações imediatas (anti-histamínico, corticóide, oxigênio, adrenalina, aminofilina, soro glicosado, e fisiológico, equipos de soro e material para assistência ventilatória).

:: Administrar o soro.

:: Observar reações imediatas.

:: Fazer recomendações específicas.

:: Registrar o imunobiológico administrado.

:: Orientar o paciente quanto à importância de iniciar ou completar o esquema vacinal.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200758

OBSERVAÇÃO :

:: Nos casos leves e moderados, administrar toda a dose indicada por via intramuscular.

:: Nos casos graves, administrar parte da dose – 40.000 UI - por via intramuscular e o restante por via endovenosa, ou toda a dose por via endovenosa.

:: Quando a via escolhida for à endovenosa, principalmente em criança, adotar o seguinte procedimento:

:: Diluir a dose a ser administrada em soro glicosado a 5% ou soro fisiológico (300 a 400mL), infundindo lentamente (cerca de 10 a 15 gotas por minuto); quando, apesar destes cuidados, surgir reação pirogênica (febre alta, tremores musculares, sem alteração da pressão arterial e pulso), suspender a administração do SAD, até que haja regressão destas manifestações.

:: Preparar nova solução do SAD, deduzindo a quantidade já infundida (adotar cuidados que evitem contaminação e trocar o equipo do soro) e reinstalar (10 a 15 gotas/minuto), observando possíveis reações.

:: Manter o soro glicosado a 5% puro, por via endovenosa, após a administração do SAD, para atender eventual emergência.

:: Observar continuamente o paciente, mantendo preparado o material de emergência.

8.4 O Soro Anti-rábico

IND ICAÇÃO :

:: O soro anti-rábico – SAR é indicado para a prevenção da raiva (profilaxia pós-exposição) em pessoas expostas ao risco de serem acometidas por essa doença, ao sofrer acidentes (mordeduras, arranhaduras, lambeduras de animais potencialmente transmissíveis dessa virose).

:: A utilização do soro é feita de acordo com esquemas padronizados.

COMPOS IÇÃO :

:: O SAR – utilizado no Brasil - é uma solução purificada de imunoglobulina obtida de eqüinos (cavalos) hiper-imunizados por inoculações do vírus rábico atenuado.

APRESENTAÇÃO :

:: O SAR é apresentado sob a forma líquida, em ampolas de 05 mL, com 1.000 UI, ou em ampolas ou frascos de 10 mL, com 2.000 UI.

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59Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

CONSERVAÇÃO :

:: O SAR deve ser conservado entre +20 C e +80 C e deve ser protegido da luz solar direta.

:: Obs: o SAR não pode ser congelado, caso isto ocorra, deve ser desprezado.

DOSE E VOLUME :

:: O SAR deve ser administrado em dose única, de 40 UI/Kg, sendo 3.000 UI a dose máxima recomendada.

V IA DE ADM IN ISTRAÇÃO :

:: O SAR deve ser administrado por via intramuscular profunda de preferência no músculo deltóide. Endovenosa.

:: A administração do SAR deve ser evitada, em região com grande quantidade de tecido adiposo, para não haver prejuízo na absorção e na resposta imune.

:: Quando o SAR e a vacina contra a raiva forem administrados simultaneamente (com seringas e agulhas individualizadas), utilizar regiões musculares diferentes.

ADMIN ISTRAÇÃO :

Antes de administrar o soro adotar os seguintes procedimentos:

:: Lavar as mãos e preparar o material necessário, para o tratamento adequado das reações imediatas (anti-histamínico, corticóide, oxigênio, adrenalina, aminofilina, soro glicosado, e fisiológico, equipo de soro e material para assistência ventilatória).

:: Retirar o soro do refrigerador ou caixa térmica, verificando o nome do mesmo, bem como, o prazo de validade.

:: Administrar o soro, injetando o líquido lentamente.

:: A técnica para a administração do soro é da injeção intramuscular:

:: Observar reações imediatas.

:: Fazer recomendações específicas.

:: Registrar o imunobiológico administrado.

:: Orientar o paciente quanto à importância dos próximos retornos para a continuidade do tratamento contra a raiva, através da administração das doses subseqüentes da vacina.

:: O paciente deve ser orientado para voltar ao serviço de saúde, caso apareçam reações entre o sétimo e o décimo dia depois da administração do SAR (febre, urticária, dores musculares e aumento de gânglios).

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200760

8.5 Os Soros específicos contra venenos de animais peçonhentos

IND ICAÇÃO : SOROS POL IVALENTES :

SORO ANT IBOTRÓP ICO/CROTÁL ICO E SORO ANT IBOTRÓP ICO/LAQUÉT ICO :

:: Os soros polivalentes contêm imunoglobulinas antiveneno botrópico e crotálico e imunoglobulinas antiveneno botrópico e laquético.

:: São indicados para os casos em que não foi possível identificar o animal ou, ainda, na falta do soro específico.

:: Na maioria dos casos é possível identificar o animal agressor por intermédio dos sinais presentes.

SORO ANT IESCORP IÔN ICO :

:: O soro antiescorpiônico é indicado para os casos de acidente por picada de escorpiões, de acordo com a gravidade da sintomatologia apresentada pelo paciente.

:: Na falta do soro antiescorpiônico, usar soro polivalente.

SORO ANT IARACN ÍD ICO :

:: O soro antiaracnídico é indicado para os casos de acidente por picada de aranhas do gênero Phoneutria e Loxosceles.

:: Os acidentes mais freqüentes, em geral, não são graves, predominando as manifestações locais.

:: A dor imediata é o sintoma comum em 90% dos casos e a sua intensidade é variável.

:: Outras manifestações: edema, hiperemia, parestesia no local da picada.

:: O tratamento depende da gravidade do caso.

COMPOS IÇÃO :

SOROS POL IVALENTES :

SORO ANT IBOTRÓP ICO/CROTÁL ICO E SORO ANT IBOTRÓP ICO/LAQUÉT ICO :

:: Os antivenenos são obtidos a partir de soros de cavalos vacinados (hiper-imunes) com venenos específicos para os quatro gêneros de serpentes peçonhentas.

:: Os tipos de venenos atualmente disponíveis são: antibotrópico, anticrotálico, antibotrópico/crotálico (polivalente), antilaquético, antibotrópico/ laquético (polivalente) e antielapídico.

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61Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

SORO ANT IARACN ÍD ICO :

:: É um soro polivalente que neutraliza o veneno de aranhas do gênero Phoneutria, Loxosceles e Lycosa, bem como dos escorpiões do gênero Tityus.

APRESENTAÇÃO :

:: Os soros antivenenos são apresentados na forma líquida, estando indicado na embalagem a concentração neutralizante, ou seja, a quantidade de veneno antiofídico que será neutralizado.

CONSERVAÇÃO :

:: Os soros antivenenos – produzidos no Brasil - devem ser conservados entre +20 C e +80 C e deve ser protegido da luz solar direta.

:: Obs: os soros não podem ser congelados, caso isto ocorra, devem ser desprezados.

DOSE E VOLUME :

:: A dose a ser administrada é igual para adultos e crianças e depende da classificação do caso.

:: Os fatores importantes para a classificação: idade do paciente, tipo de animal peçonhento e as circunstâncias do acidente.

:: Os acidentes em crianças menores de 07 anos e adultos com mais de 50 anos são geralmente mais graves. Nestes casos, observar rigorosamente o paciente para surpreender qualquer sinal ou sintoma que indique a necessidade de intervenção imediata.

:: Cada ampola corresponde a 10mL de soro.

V IA DE ADM IN ISTRAÇÃO :

:: A via indicada para administração dos soros antivenenos é a endovenosa por necessidade de ação mais rápida.

:: Caso não seja possível, administrar o soro por via subcutânea.

:: A intramuscular não deve ser administrada no local da picada.

8.6 As Imunoglobulinas

COMPOS IÇÃO :

:: As imunoglobulinas humanas específicas são obtidas de doadores de sangue, convalescentes de determinadas doenças infecciosas ou imunizados com antígenos escolhidos.

:: Dispõe-se para uso as imunoglobulinas humanas contra: tétano, coqueluche, raiva, varicela-zóster, hepatite B.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200762

:: Os anticorpos presentes são fundamentalmente da classe IgG.

EX ISTEM DO IS T IPOS DE IMUNOGLOBUL INA HUMANA :

:: A imunoglobulina humana normal, também denominada de gamaglobulina normal, comercial ou simplesmente gamaglobulina;

:: As imunoglobulinas humanas específicas ou gamaglobulinas hiperimunes.

IMUNOGLOBUL INA HUMANA NORMAL :

:: É extraída do plasma de doadores de sangue normais.

:: Pode ser usada na prevenção do sarampo ou da hepatite A.

IMUNOGLOBUL INAS HUMANAS ESPEC ÍF ICAS :

:: São obtidas de doadores selecionados: pessoas submetidas recentemente à imunização ativa; convalescentes de doença infecciosa ou doadores especiais, nos quais constataram-se grandes concentrações de anticorpos da doença a qual se pretende proteger.

:: Por exemplo, anti-hepatite B, antitetânica, anti-rábica, antivaricela-zóster.

:: São indicadas para pacientes alérgicos aos soros anti-tetânico ou anti-rábico ou para expostos suscetíveis à hepatite B ou para imunodeprimidos expostos à varicela.

V IA DE ADM IN ISTRAÇÃO :

:: As imunoglobulinas são utilizadas exclusivamente pela via intramuscular. Os picos séricos são obtidos com 48 a 72 horas após a injeção.

:: A meia vida em geral é de três a quatro semanas.

DOSE E VOLUME :

:: Profilaxia de tétano: 01 frasco ampola de IgG humana antitetânica (tetanoglobulina ou tetanogama) – 250 UI/2 mL ou conforme recomendações do fabricante.

:: Em caso de tratamento do tétano já declarado é utilizada outra posologia.

REAÇÕES :

:: O uso intramuscular de imunoglobulina humana específica pode causar dor e desconforto no local da aplicação e menos freqüentemente, cefaléia, tremores, sensação de calor e náuseas.

:: Reações adversas mais sérias são incomuns.

OUTRAS INFORMAÇÕES :

:: A imunoglobulina humana é contra-indicada em pessoas com deficiência seletiva de IgA.

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63Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

IX. Conservação e manuseio das Vacinas e Imunobiológicos

9.1 Higiene das Mãos

:: Um dos mais importantes procedimentos que antecedem a administração de imunobiológicos é a higiene das mãos.

:: O ato de lavar as mãos – quando praticado por toda a equipe de saúde – é essencial para a prevenção e controle de infecções.

:: Na sala de vacinação, este procedimento deve ser rigorosamente obedecido, para evitar a contaminação tanto no preparo como na administração dos imunobiológicos.

A higiene das mãos deve ser realizada:

:: Antes e depois do manuseio dos materiais, vacinas e soros.

:: Antes e depois de qualquer atividade executada na sala de vacinação.

Técnica para a higiene das mãos:

:: Molhar as mãos em água corrente.

:: Ensaboá-la com sabão em barra.

:: Friccionar toda a superfície de mãos, inclusive entre os dedos.

:: Enxaguar em água corrente.

:: Antes e depois da administração de cada vacina ou soro.

:: Enxugar com papel toalha ou, na sua falta, com toalha de tecido.

:: Obs: a toalha de tecido, quando adotada, deve estar sempre limpa e seca. Portanto, deve ser trocada no mínimo em cada jornada de trabalho, ou quando necessário.

9.2 Rede de Frio

:: As vacinas são produtos perecíveis, susceptíveis e agentes físicos, como a luz e o calor.

:: O calor, principalmente, é muito prejudicial por acelerar a inativação dos componentes das vacinas.

:: É necessário mantê-las constantemente refrigerada, utilizando instalações e equipamentos adequados.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200764

9 .2 .1 PROCED IMENTOS BÁS ICOS NA UT I L I ZAÇÃO DOS REFR IGERADORES – GELADE IRA E FREEZER

:: Os refrigeradores devem estar instalados em local onde não haja sol e longe de fontes de calor, como estufa, autoclave e paredes que recebam muito sol.

:: Usar tomada exclusiva para cada refrigerador. Nunca ligá-lo em tomada “T” ou benjamim, tomada visível.

:: A parte posterior do refrigerador deve ficar pelo menos 20 cm de distância da parede, para que haja boa circulação de ar.

:: A geladeira deve ser usada apenas para estocar vacinas, a fim de que seja aberto o mínimo possível, evitando desgaste e modificação da temperatura interna. As vacinas a serem usadas no dia devem ser mantidas em caixas térmicas.

:: OBS: Os refrigeradores deverão estar nivelados. A temperatura ideal para a conservação da vacina no refrigerador é de + 20 C a + 80 C, que devem ser controladas com termômetro de máxima e mínima.

9 .2 .2 ORGAN IZAÇÃO INTERNA DOS REFR IGERADORES

Figura 9. Geladeira – Refrigerador Vertical

No congelador (gelo reciclável).

Na 1a prateleira: vacinas que podem ser submetidas a tpt.negativas.

Na 2a prateleira:Termômetro de máxima e mínima,Vacinas que não podem ser submetidas a tpt.. negativas.

Na 3a prateleira:Estoque de vacinas, soros e diluentes.

Na prateleira inferior, garrafas com água e corante.

- Na porta::: Não colocar

imunobiológicos:: Não colocar

qualquer outro produto.

(*) Os sacos com gelo e as garrafas com água servem para manter a temperatura baixa em caso de defeito ou falta de energia.

(**) Organizar os Imunibiológicos em bandejas perfuradas(***) O termômetro deve ficar em pé, afiaxado com barbante ou arame.

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65Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

OBSERVAÇÕES :

:: A orientação do Ministério da Saúde é utilizar geladeira do tipo doméstica, para o armazenamento e conservação dos imunibiológicos.

:: O gelo reciclável deverá permanecer na posição vertical lateralizada, a fim de não causar defeito (abaulamento) no “gelox”.

:: Os “gelox” e as garrafas com água servem para manter a temperatura baixa em casa de defeito ou falta de energia.

:: Organizar os imunobiológicos em bandejas perfuradas.

:: O termômetro deve ficar em pé, fixado com barbante ou arame à prateleira imediatamente superior.

:: Na primeira prateleira, devem ser colocadas as vacinas que podem ser submetidas à temperatura negativa (Sabin, FA, TV). Devem estar em bandejas perfuradas para permitir a circulação de ar.

:: Na segunda prateleira, devem ficar as vacinas que não podem ser submetidas à temperatura negativa (toxóides, hepatite B, BCG), também em bandejas perfuradas. Nesta prateleira, também deve ser colocado o termômetro de máxima e mínima na posição vertical (em pé), ou o sensor do termômetro digital.

:: Na terceira prateleira, podem-se colocar os diluentes, soros e caixas com vacinas conservadas entre + 20 C a + 80 C, devendo-se ter o cuidado de permitir a circulação do ar entre as mesmas.

:: Retirar as gavetas plásticas, caso existam, preenchendo a parte inferior com 12 garrafas de água de 01 litro, que contribuem para estabilizar a temperatura.

:: Os diluentes deverão permanecer na geladeira à mesma temperatura da vacina.

:: As vacinas mais antigas, com prazo de validade mais próximo da data atual, devem ser colocadas na frente para que sejam utilizadas antes.

:: ATENÇÃO: é importante armazenar as vacinas de tal maneira que o ar frio possa circular entre elas.

Freezer – Refrigerador Horizontal:

:: Não recomendado pelo Ministério da Saúde.:: Manter grades internas próprias para o refrigerador.:: Armazenar as vacinas em bandejas perfuradas.:: Secar diariamente as partes internas do freezer, evitando acúmulo de água em seu

interior.:: Manter o termômetro e as vacinas no mesmo local, a uns 20 cm abaixo da porta.:: Não deixar os frascos de vacinas encostadas nas paredes internas.:: Os diluentes deverão permanecer na mesma temperatura da vacina.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200766

:: Manter gelo reciclável no congelador utilizado pelos funcionários da Unidade de Saúde, a fim de serem utilizadas na caixa térmica em situações emergenciais.

:: Manter o sensor do termômetro digital próximo às vacinas.

:: Caso ocorra queda de energia elétrica, transferir as vacinas para a caixa térmica (situações emergenciais).

9 .2 .3 TEMPERATURA INTERNA DA REDE DE FR IO

:: A temperatura do refrigerador deverá ser mantida entre + 20 C a + 80 C.

:: Evitar abrir freqüentemente o refrigerador, a fim de manter a temperatura estável (ver uso da caixa térmica).

:: Fazer leitura de máxima e mínima 03 vezes ao dia: às 07:00, 13:00 e 19:00 horas.

:: No caso das Unidades de Saúde de Zona Rural, fazer leitura no momento da abertura da Unidade, às 13:00 horas e ao fechar a mesma.

:: Manter o termômetro digital em local visível.

9 .2 .4 INSTRUÇÕES DE USO DO TERMÔMETRO DE MÁX IMA E M ÍN IMA ANALÓG ICO

F INAL IDADE :

:: O termômetro de máxima e mínima é utilizado para verificar as maiores variações de temperatura ocorrida em um determinado ambiente num período de tempo pré-estabelecido.

:: Fornece três tipos de informações: a temperatura mínima ocorrida (mais fria), a temperatura máxima (mais quente) e a temperatura do momento.

DESCR IÇÃO :

O termômetro de máxima e mínima possui:

:: Duas escalas graduadas: a escala à direita é a escala das máximas (+500 C a –300 C) e a escala à esquerda é das mínimas (–300 C a +500 C). Ambas lêem a temperatura atual, mas deixam um marcador (filete azul), nas temperaturas máximas e mínimas atingidas.

:: Dois filetes azuis, arredondados na parte inferior que apontam a temperatura máxima e mínima.

:: Uma coluna de mercúrio que marca a temperatura do momento.

:: Um botão central que, pressionado, permite que os filetes azuis dos dois lados desçam até as respectivas colunas de mercúrio, preparando o termômetro para os registros do próximo período (“zerar” ou “resetar” o temômetro).

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67Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

Procedimento para a leitura do Termômetro:

:: ATENÇÃO: durante a leitura, o termômetro não deve ser retirado do refrigerador.

:: Ler na escala graduada à direita a temperatura marcada pela parte inferior do filete azul, que corresponde à temperatura máxima atingida no período anterior.

:: Ler na escala graduada à esquerda a temperatura marcada pela parte inferior do filete azul, que corresponde à temperatura mínima atingida no período anterior.

:: Ler a temperatura do momento pela extremidade superior da coluna de mercúrio. Tanto o lado direito como o lado esquerdo marca a mesma temperatura, podendo haver variação de 01 grau das leituras dos dois lados.

:: Após os procedimentos anteriores, pressionar o botão central para reiniciar o processo de mensuração da temperatura do próximo período (os dois filetes azuis devem encostar-se à coluna de mercúrio).

:: Após a leitura, marcar no mapa de controle de temperatura interna do refrigerador nos locais correspondentes ao dia e períodos observados.

9 .2 .5 EM CASO DE ALTERAÇÃO DE TEMPERATURA MÁX IMA AC IMA DE + 8 ºC OU M ÍN IMA ABA IXO DE + 2 ºC DE TEMPERATURA

Anotar na “Folha de Controle de Temperatura de Geladeira”, os valores das temperaturas observados e mexer no termostato da seguinte maneira:

Para aumentar a temperatura:

Geladeira – refrigerador vertical Girar o termostato para a esquerda

Freezer – refrigerador horizontal Girar o termostato para a esquerda

Para diminuir a temperatura:

Geladeira – refrigerador vertical Girar o termostato para a direita

Freezer – refrigerador horizontal Girar o termostato para a direita

:: IMPORTANTE: lembre-se que o giro do termostato, no caso de refrigerador horizontal, deve ser mínimo. Isto se deve ao fato de ser somente metade da escala do termostato para o refrigerador e a outra metade para o freezer (congelamento).

:: Em todos os casos, “zerar” o termômetro após girar o termostato do refrigerador, manter o aparelho fechado e após 01 hora fazer nova leitura do termômetro, avaliando se houve adequação da temperatura entre + 20 C a + 80 C. Caso não tenha havido, comunicar o coordenador/supervisor da Unidade ou a Gerência da Epidemiologia, imediatamente. Não esquecer de retirar os imunobiológicos e diluentes, acondicionando-os em caixas térmicas (ver situações de emergência).

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200768

9 .2 .6 O TERMÔMETRO DE MÁX IMA E M ÍN IMA

Figura 10. Termômetro de Máxima e Mínima

Marca a temperatura máxima

Marcam a temperatura do momento

Marca a temperatura

mínima

Instruções para uso do termômetro digital de máxima e mínima, cabo extensor:

:: É constituído de dois “displays” de cristal líquido: uma para a temperatura interna do refrigerador e outro para a temperatura ambiente.

:: Ambos registram as temperaturas máximas, mínimas e do momento.

:: Para a sua leitura, deve-se comprimir o botão “máxima e mínima” sucessivamente, o qual permitirá a observação das leituras máxima, mínima e momento.

:: Conta ainda com um botão (reset) para “zerar” (resetar) os “displays” de máxima e mínima, após a realização das leituras nos horários previstos.

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69Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

:: Leituras em outros horários poderão ser feitas normalmente sem o procedimento de “zerar” o termômetro na seqüência.

:: Para sua instalação, devem ser observados os seguintes procedimentos:

:: Pendurá-lo na parede externa do refrigerador ou parede da sala de vacinas;

:: Cabo extensor deverá ser introduzido no interior do refrigerador pelo lado de fixação das dobradiças da porta, colocando-se o seu sensor (ou bulbo) próximo aos frascos de vacina.

POS IÇÃO CORRETA DE USO :

:: A maneira correta de usar o termômetro de máxima e mínima é mantendo-o em pé.

:: No caso de estar acondicionado para estoque, também deve ser mantido em pé, para evitar possíveis quebras da coluna de mercúrio.

:: Quando o termômetro estiver deitado, a coluna de mercúrio poderá se partir facilmente devido à vibração que poderá ocorrer no capilar de vidro, por impactos ou batidas ocorridos, ainda que pequenos.

TRANSPORTE :

:: O termômetro de máxima e mínima deve ser transportado em pé, envolvido com palha ou papel picado.

CONSERTO DA COLUNA DE MERCÚR IO :

:: Se a coluna de mercúrio for interrompida, para restabelecer sua continuidade, em primeiro lugar os filetes azuis devem ser afastados do mercúrio e em seguida o instrumento deve ser sacudido para baixo, de maneira similar a um termômetro comum, quando se detecta febre.

:: OBS: o impresso de controle de temperatura de geladeira deve ser preenchido em duas vias, sendo uma arquivada na Unidade de Saúde e a outra encaminhada para a Gerência de Epidemiologia, por malote ou junto com o relatório de vacinas, no início do mês.

TERMÔMETRO DE MÁX IMA E M ÍN IMA D IG I TAL :

:: Este termômetro deve ser usado em todos os refrigeradores, para permitir uma leitura mais simples (“a mão”) da temperatura atual e das temperaturas de máxima e mínima ocorrida no período.

:: O uso desses termômetros digitais não dispensa o uso simultâneo do termômetro de máxima e mínima analógica que funcionará como fiel do termômetro de máxima e mínima digital.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200770

9 .2 .7 USO DE CA IXA TÉRM ICA NA UN IDADE DE SAÚDE

F INAL IDADE :

:: Conservar em temperatura adequada as vacinas de uso do dia, evitando que as geladeiras sejam abertas várias vezes durante o período de trabalho, reduzindo o choque térmico e, assegurando a conservação dos imunógenos.

:: Utilizadas também, para realização de vacinas fora da UBS.

IMPORTANTE :

:: Dentro do refrigerador deverá haver 02 (dois) termômetros de máxima e mínima: um exclusivo para o refrigerador e o outro para ser colocada em caixa térmica. Isso permitirá o imediato selamento da caixa térmica, sem que se corra risco de falsas leituras das temperaturas máximas.

:: Os gelos recicláveis deverão ser conservados no congelador da geladeira (refrigerador vertical) de vacina, ou da geladeira da cozinha onde estiver utilizando freezer (refrigerador horizontal), na posição vertical.

:: A caixa térmica deverá ser utilizada diariamente no caso de geladeira (refrigerador vertical).

:: No caso de freezer (refrigerador horizontal) deve-se utilizar em caso de queda de energia elétrica, defeito no aparelho de refrigeração ou para transporte de imunobiológicos. Isto ocorre porque o freezer pode ser aberto com maior freqüência, pois o ar frio não escapa ao abrir-se o aparelho. A geladeira, ao ser aberta, permite o escape do ar frio, mais pesado, que será substituído por ar quente.

CONS IDERAÇÕES GERA IS :

:: Colocando-se as vacinas em ambiente com temperatura diferente do seu lugar de origem, estas receberão ou perderão calor, diminuindo a vida útil.

:: A temperatura ideal é de +2ºC a +8ºC para manter a capacidade de imunização.

:: Ao utilizar a caixa térmica, deve ser observada a disposição e a quantidade de gelo reciclável, como no exemplo da figura.

:: A baixa temperatura dos gelos recicláveis serve como barreira à entrada do calor e isolante, mantendo a temperatura adequada no interior da caixa térmica.

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71Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

Figura 11. Esquema de penetração do calor no interior da caixa térmica

:: Mantendo a caixa térmica hermeticamente fechada, com gelo reciclável no interior e em quantidade proporcional ao seu tamanho, a temperatura permanece entre +2ºC e +8ºC por 06 (seis) horas;

:: Os “gelox” ou gelo reciclável, se preparados no freezer, estarão muito frios (-18ºC) e deverão ser ambientados antes do uso (ver “ambientação da bobina de gelo reciclável”).

9 .2 .7 .1 ORGAN IZAÇÃO DA CA IXA TÉRM ICA PARA VAC INAÇÃO DE ROT INA NA SALA DE VAC INA

Quando o serviço dispuser de refrigerador vertical (geladeira), a conservação dos imunobiológicos de uso do dia deve ser feita em caixa térmica, do tipo retangular e com tampa ajustada.

Ao organizar a caixa térmica para início das atividades diárias, deve-se observar os seguintes cuidados:

:: Usar “gelox” ou sacos plásticos com gelo, devidamente ambientados;

:: Aguardar que a temperatura interna (momento) da caixa fique entre +2ºC e +8ºC, controlando-a com termômetro digital;

:: Arrumar os imunobiológicos na caixa, deixando-os sobre os “gelox”;

:: Manter a caixa térmica fora do alcance da luz solar direta e distante de fontes de calor (estufa, aquecedor, etc);

:: Verificar, constantemente, a temperatura do interior da caixa térmica, trocando o “gelox” ambientado na troca de turno, ou sempre que necessário.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200772

Figura 12. Organização da caixa térmica

1º Coloque “gelox” “forrando” o fundo da caixa térmica;

2º Colocar “gelox” na parede da caixa térmica;

3º Coloque as vacinas sobre os “gelox”.

Observação: Cada vez que a caixa térmica for aberta, verificar a temperatura do momento e, se necessário, aumentar ou diminuir a quantidade de “gelox”.

AMB IENTAÇÃO DAS BOB INAS DE GELO REC ICLÁVEL ( “GELOX” ) :

:: Quando as bobinas de gelo reciclável (“gelox”) estiverem estocadas em freezer (refrigerador horizontal), ou seja, próximo de – 20ºC, ou em congelador de geladeira, próximo de – 7ºC, deverá ser feita à ambientação das mesmas.

:: As bobinas de gelo reciclável (“gelox”) devem ser retiradas do freezer ou congelador, colocadas sobre um material isolante (placa de isopor) e depois se deve colocar sob uma das bobinas, o bulbo do termômetro digital, para indicação de quando os “gelox” terão alcançado a temperatura 0ºC.

:: Após colocar os “gelox” na caixa térmica, mensurar a temperatura interna da caixa com o termômetro digital, antes de colocar as vacinas dentro dela.

CU IDADOS COM A CA IXA TÉRM ICA :

Para que a caixa térmica tenha longa duração e mantenha a capacidade de isolamento térmico ideal, alguns cuidados devem ser obedecidos:

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73Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

:: Manter a caixa térmica em local seco;

:: Manter a caixa térmica sempre limpa e seca;

:: Realizar troca dos “gelox” no final do período da manhã;

:: Trocar o “gelox” quando houver mais de 50% de descongelamento e secagem da caixa com pano seco;

:: A Unidade deverá manter número suficiente de “gelox” congelado, para o adequado uso da caixa térmica.

:: Importante: Nunca lavar a caixa de isopor com escova ou sabão, pois podem ocorrer rachaduras e rompimento da membrana de revestimento interno da caixa, com perda da capacidade de isolamento térmico.

9 .2 .8 EMBALAGEM E TRANSPORTE DE VAC INAS

O meio de transporte a ser utilizado para transportar as vacinas deve oferecer a maior segurança possível. Os responsáveis pela distribuição de vacinas deverão verificar qual o tipo de transporte que mais se adapta a sua realidade;

Para embalagem das vacinas a serem transportadas é necessário dispor de quantidade suficiente de “gelox”, devidamente ambientados.

Devem-se também observar os seguintes aspectos:

:: Escolher o tamanho adequado da caixa térmica (proporcional à quantidade de vacinas);

:: Estabelecer uma proporção entre os volumes de “gelox” e as vacinas, na base de 2/3 de “gelox”; observando a temperatura interna, que deverá manter-se entre +2ºC e +8ºC;

:: Dispor as vacinas de modo que fiquem circundadas completamente pelos ”gelox”;

:: Colocar “gelox” também sobre as vacinas;

:: Identificar a caixa quanto ao tipo e a quantidade de vacina, destinatário, dia e hora da embalagem e quem embalou;

:: Vedar a caixa com fita gomada;

:: Durante o carregamento, colocar à sombra o veículo que transportará a vacina;

:: Orientar o condutor do veículo para que, durante o percurso, as caixas sejam mantidas à sombra e longe do motor, e para que sejam dispostas e manipuladas com cuidado para evitar quebras;

:: Evitar incidência de luz solar direta durante o manuseio das vacinas;

:: Na vacinação de campo, além das recomendações anteriores, é necessário fazer uma previsão da quantidade de vacina a ser utilizada para que não falte nem sobre vacina no final do trabalho. As vacinas que sobrarem devem ser mantidas entre +2ºC e +8ºC até a volta ao serviço de saúde;

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200774

:: Em caso de jornadas de trabalho prolongadas, providenciar caixa térmica extra com gelo para reposição;

:: Caso não se tenha absoluta certeza das condições de conservação, inutilizar as sobras e fazer constar em relatório de trabalho.

9 .2 .9 L IMPEZA DOS REFR IGERADORES

Descongelar, no caso de refrigerador vertical, e limpar quinzenalmente todos os refrigeradores. Para isso deve-se tomar os seguintes cuidados:

:: Transferir o estoque das vacinas e um termômetro de máxima e mínima para uma caixa térmica, com “gelox”, mantendo a temperatura recomendada (+2ºC e +8ºC);

:: Desligar a tomada, abrir as portas. Esperar até que o gelo aderido se desprenda por si só. Não usar faca ou objeto pontiagudo para remover o gelo mais depressa, no caso de refrigerador vertical. Isto pode danificar os tubos de refrigeração. Não mexer no termostato;

:: Limpá-la com um pano umedecido em solução de água com sabão neutro (sabão de coco). Não se deve jogar água no interior. Enxugar com pano limpo;

:: Recolocar os “gelox” no congelador em posição vertical e os frascos com água no local da gaveta no caso de refrigerador vertical;

:: Após a limpeza, religar o refrigerador e recolocar o termômetro, manter a porta fechada por mais ou menos 03 (três) horas, verificando nesse período, a temperatura interna. Quando estiver entre +2ºC e +8ºC recolocar as vacinas, os diluentes e “zerar” o termômetro;

:: A limpeza externa deverá ser feita diariamente com pano úmido e quando necessário, utilizar sabão de coco, tomando cuidado com o fio de conexão e com a corrente elétrica;

:: Não devem ser colocados panos e objetos atrás do refrigerador.

9 .2 .10 S I TUAÇÕES ANORMA IS E DE EMERGÊNC IA

:: Quando os equipamentos deixam de funcionar por motivo de corte de energia elétrica, ou por defeito, deve-se evitar a perda das vacinas tomando as seguintes medidas:

Geladeira (Refrigerador Vertical):

CORTE DE ENERG IA ELÉTR ICA PROGRAMADA :

1º) Antes do desligamento de energia, verificar e anotar em impresso próprio, no item observação, a temperatura registrada (máxima, mínima, do momento) o horário e o motivo da anotação;

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75Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

2º) Manter a porta do refrigerador fechada. A presença de gelo reciclável e das garrafas com água servem para manter a temperatura baixa em caso de defeito ou falta de energia elétrica por um período de 06 (seis) horas, se não for aberta a porta do refrigerador;

3º) Acompanhar o deslocamento da temperatura interna do refrigerador, através do termômetro de máxima e mínima digital. Se houver deslocamento da temperatura do momento acima de +8ºC, transferir as vacinas para a caixa térmica;

4º) Caso este desligamento programado ultrapasse o horário de fechamento da unidade de saúde, providenciar “gelox” congelado e ambientado, colocando-o em caixa térmica para o estoque de vacinas e, encaminhar a Centrofarma ou a unidade de saúde mais próxima. Para as vacinas de uso diário providenciar uma caixa de isopor organizando-a da mesma forma que a caixa térmica. Não esquecer de anotar em impresso próprio o procedimento adotado, inclusive as temperaturas máximas, mínimas e do momento e a hora de transferência das vacinas para a caixa térmica.

FALTA DE ENERG IA ELÉTR ICA POR CAUSAS D IVERSAS DO I TEM AC IMA OU QUEDA DE TEMPERATURA AMB IENTE :

AO ABR IR A UN IDADE DE SAÚDE :

:: Verificar se há queda da chave geral, ou se o fio de conexão da geladeira está ligado. Não encontrando defeito:

:: Checar com a comunidade ou Copel, dia e o horário aproximado da queda de energia;

:: Verificar as temperaturas nos termômetros de máxima e de mínima digital e analógico. Se estiver entre +2ºC a +8ºC, utilizar as vacinas. Se a temperatura mínima estiver 0ºC ou abaixo, ou a temperatura máxima estiver acima de 8ºC, colocar as vacinas em saco plástico perfurado, identificado com o nome das unidades de saúde;

:: Manter as vacinas em temperatura entre +2ºC a +8ºC;

:: Preencher corretamente o “formulário para avaliação de vacinas sob suspeita” em 1 via;

:: Encaminhar o formulário e as vacinas na caixa térmica a Centrofarma.

Freezer (Refrigerador horizontal):

CORTE DE ENERG IA ELÉTR ICA PROGRAMADA :

1º) Antes do desligamento de energia, verificar e anotar em impresso próprio, no item observação, a temperatura registrada (máxima, mínima, do momento) o horário e o motivo;

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200776

2º) Providenciar “gelox” congelado ambientado e, transferir as vacinas para uma caixa térmica, juntamente com um termômetro de máxima e mínima, e aguardar a normalização. Quanto às vacinas do uso diário deixá-las numa caixa de isopor com “gelox”;

3º) Normalizando a energia elétrica, verificar a temperatura do momento se estiver dentro do padronizado, zerar o termômetro e aguardar 01 (uma) hora para proceder à nova leitura. Se a temperatura estiver adequada, transferir as vacinas para o Freezer novamente. Se a temperatura não estiver adequada, zerar o termômetro, aguardar que a temperatura do momento esteja entre +2ºC a +8ºC e após, transferir as vacinas para o refrigerador.

4º) Caso este desligamento programado ultrapasse o horário de fechamento da unidade de saúde, providenciar “gelox” congelado e ambientado, colocando-o em caixa térmica para o estoque de vacinas e, encaminhar a Centrofarma ou a unidade de saúde mais próxima. Para as vacinas de uso diário providenciar uma caixa de isopor organizando-a da mesma forma que a caixa térmica. Não esquecer de anotar em impresso próprio o procedimento adotado, inclusive as temperaturas máximas, mínimas e do momento e a hora de transferência das vacinas para a caixa térmica.

FALTA DE ENERG IA ELÉTR ICA POR CAUSAS D IVERSAS DO I TEM AC IMA OU QUEDA DE TEMPERATURA AMB IENTE :

AO ABR IR A UN IDADE DE SAÚDE :

:: Verificar se há queda da chave geral, ou se o fio de conexão da geladeira está ligado. Não encontrando defeito:

:: Checar com a comunidade ou Copel, dia e o horário aproximado da queda de energia;

:: Verificar as temperaturas nos termômetros de máxima e de mínima digital e analógico. Se estiver entre +2ºC a +8ºC, utilizar as vacinas. Se a temperatura mínima estiver 0ºC ou abaixo, ou a temperatura máxima estiver acima de +8ºC, colocar as vacinas em saco plástico perfurado, identificado com o nome da unidade de saúde;

:: Manter as vacinas em temperatura entre +2ºC a +8ºC;

:: Preencher corretamente o “formulário para avaliação de vacinas sob suspeita” em 1 via;

:: Encaminhar o formulário e as vacinas na caixa térmica com “gelox” para a Centrofarma.

3.3 Os cuidados com o resíduo da sala de vacinação

Conforme orientações estabelecidas no Manual de Gerenciamento de Resíduos muni-cipal.

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77Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

XX. MonitoramentoO monitoramento, também considerado como avaliação do processo, possibilita o

acompanhamento de planos, programas, projetos e atividades. É o trabalho sistemático voltado à análise da cobertura e do desenvolvimento das atividades, verificando-se até que ponto a população-alvo está sendo atendida naquilo que é objeto da ação.

Utilizando os sistemas de informações disponíveis, o monitoramento trabalha com conhecimentos contínuos e oportunos sobre a implementação das atividades.

O monitoramento, na prática, responde a três questões básicas:

:: Até que ponto o trabalho está alcançando a população-alvo apropriada?

:: A prestação do serviço está de acordo com que foi preconizado no planejamento?

:: Quais os recursos utilizados na implementação que está sendo feita?

No âmbito do monitoramento está inserida a supervisão periódica da execução de uma atividade ou de um conjunto de atividades.

10.1 Supervisão

A supervisão, de maneira geral, consiste no acompanhamento e orientação do trabalho, constituindo uma prática onde estão embutidos os atos de:

:: Conferir, ou seja, verificar se as ações estão de acordo com as normas técnicas;

:: Retificar, ou seja, reorientar os procedimentos para compatibilizá-los com as orientações de caráter administrativo;

:: Informar aos supervisionados sobre mudanças técnicas, administrativas e políticas; e à direção sobre o trabalho realizado, eventuais problemas, necessidades e desdobramentos.

10.2 Acompanhamento das coberturas de vacinação

Cobertura de vacinação é o percentual da população vacinada em um determinado tempo: mês, trimestre, semestre, ano. A cobertura pode ser calculada para cada vacina, para o número de doses completadas (no caso das multidoses), por grupo de idade e por áreas geográficas.

Para fazer esse cálculo, é necessário dispor:

:: Da população-alvo; e

:: Do número de vacinados nessa população.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200778

O cálculo da cobertura vacinal é realizado utilizando a seguinte fórmula:

Número de vacinados no grupo etário

Número de pessoas no grupo etárioX 100Cobertura vacinal =

Para melhor acompanhamento das atividades, a meta anual, ou seja, o número de pessoas previsto para ser vacinado no período de um ano é desdobrado em metas mensais. Com isto, tem-se a estimativa populacional de cada grupo de idade de uma localidade para cada mês do ano. Ao final de cada mês, compara-se a estimativa mensal com as doses completadas em cada grupo para, conforme o resultado, buscar o ajuste das estratégias e a reorientação das atividades.

Este acompanhamento mensal pode ser feito nos nascidos vivos da área de abrangência das unidades básicas de saúde, através do cartão sombra da carteira de vacinas.

10 .2 .1 AVAL IAÇÃO DA UT I L I ZAÇÃO DAS VAC INAS

Aproveitar 100% das vacinas recebidas, ou seja, transformar em doses administradas todas as doses disponíveis é uma meta difícil de alcançar. É importante, portanto, que, por ocasião do planejamento, quando da definição do quantitativo de vacinas, seja previsto um percentual de reserva para atender eventuais perdas.

As principais causas da ocorrência de perdas dos imunobiológicos recebidos são as seguintes:

:: A apresentação das vacinas;

:: O vencimento do prazo de validade;

:: A quebra de frascos; e

:: As falhas na rede de frio.

Quase todas as causas de perda podem ser diminuídas ou eliminadas, observando-se as normas e recomendações técnicas.

O controle da utilização de imunobiológicos, ou seja, a taxa de aproveitamento dos produtos é obtida por meio da seguinte fórmula:

Doses aplicadasDoses distribuídas

Taxa de aproveitamento = X 100

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79Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

AnexosANEXO 01: GLOSSÁRIO

A ADJUVANTE – Substância que potencializa, de forma inespecífica, a resposta imunológica a um antígeno.

AGAMAGLOBUL INEM IA – Ausência de gamaglobulina (anticorpos)

AGENTES INFECC IOSOS – São agentes biológicos capazes de produzir doenças no homem. As bactérias, os fungos e os vírus são exemplos de espécies patogênicas.

ANAF I LAX IA – Aumento da sensibilidade do organismo a uma substância determinada com que esse organismo já estivera em contato. Reação de hipersensibilidade imediata que resulta da sensibilização prévia do sistema imunológico a um antígeno específico.

ANEMIA FALC IFORME – Alteração congênita na estrutura da hemoglobina (proteína interna do glóbulo vermelho, hemácias) capaz de alterar a forma das hemácias de esférica para a forma de foice.

ANT IB IÓT ICO – Substância que impede o crescimento de microorganismos de largo emprego na terapêutica de doenças infecciosas.

ANT IB IOT ICOTERAP IA – Tratamento com o uso de antibióticos.

ANT ICORPO – Globulina encontrada em fluidos e no soro, produzida em resposta ao estímulo de antígenos específicos, sendo capaz de se combinar com os mesmos, neutralizando-os ou destruindo-os.

ANT ÍGENO – Porção ou produto de um biológico capaz de estimular a formação de anticorpos específicos. Toda substância que, aparecendo em um local que não possuía, determina neste uma reação imunológica, como a produção de um anticorpo específico.

ANT ÍGENO DE SUPERF ÍC IE – Antígeno localizado na parte externa do agente biológico.

ANT ITOX INAS – Anticorpos protetores que inativam as proteínas solúveis tóxicas de bactérias.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200780

ARTRALG IA – Dor articular.

ARTR ITE – Inflamação na articulação.

ASPLEN IA ANATÔMICA – Ausência; inexistência do baço.

ASPLEN IA FUNC IONAL – Ausência das funções do baço embora presente no organismo.

ASSEPS IA – Conjunto de medidas que visa prevenir a penetração de microorganismos em áreas estéreis.

ASTEN IA – Sensação de cansaço.

BACTÉR IA – Organismo unicelular que produz grande variedade de doenças como a tuberculose, meningites, salmoneloses e a infecção estafilocócica. Muitas bactérias são transmitidas diretamente de uma pessoa a outra, enquanto outras são adquiridas de fontes do meio ambiente ou animais.

BACTÉR IA INAT IVADA – Bactéria sem atividade, sem capacidade de reproduzir-se, mas com capacidade imunogênica.

BRONCO-ESPASMO – Redução da luz (espaço interior) dos brônquios por contração da musculatura lisa da parede dos mesmos.

CADE IA OU REDE DE FR IO – É um sistema que inclui o armazenamento, o transporte e a manipulação de vacinas em condições adequadas de refrigeração, desde o laboratório produtor até o momento em que a vacina é aplicada em um indivíduo;

CÉLULAS VERO – Células de rim de macaco verde africano.

CEPA – População de microorganismos de uma mesma espécie descendente de um único antepassado ou que tenha espécie descendente de um único antepassado ou que tenha a mesma origem, conservada mediante uma série de passagens por hospedeiros ou subculturas adequadas.

CHOQUE - REAÇÃO ANAF I LÁT ICA (ANAF I LAX IA ) – Reação alérgica ou de hipersensibilidade grave, envolvendo dois ou mais sítios/ sistemas e/ou

B

C

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81Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

reações envolvendo o trato respiratório nas primeiras duas horas após qualquer vacinação, sendo mais freqüente nos primeiros 30 minutos.

COBERTURA VAC INAL – Expressa a proporção de pessoas de um grupo-alvo que foi vacinada. A cobertura vacinal mede a capacidade de um serviço em atingir determinada meta de vacinação.

COMUN ICANTES – Pessoas que mantém contato com o doente.

CONCENTRAÇÃO SÉR ICA – proporção de determinada substância ou elemento (anticorpos, por exemplo) no soro humano.

CONTAMINAÇÃO – Ato ou momento em que uma pessoa ou objeto se converte em veículo mecânico de disseminação de um agente patogênico.

CONVULSÃO – Contrações musculares involuntárias com alterações no estado de consciência. Apresentam-se, geralmente, como convulsões febris.

CORT ICÓ IDES – Hormônios produzidos pela glândula supra-renal; também podem ser produzidos sinteticamente. São utilizados como medicamentos, principalmente com finalidade antiinflamatória e imunossupressora.

DEMANDA – Quantidade de pessoas que buscam ou procuram a ação ou o serviço de saúde.

D ILUENTE – Substância que transforma um produto sólido em solução.

DNA RECOMB INANTE – Inserção in vitro de segmentos de material genético no DNA, resultando em uma “recombinação” do DNA.

DOENÇA TRANSMISS ÍVEL – É qualquer doença causada por um agente infeccioso específico, ou seus produtos tóxicos, que se manifesta pela transmissão desse agente ou de seus produtos, de um reservatório a um hospedeiro suscetível, seja diretamente de uma pessoa ou animal infectado, ou indiretamente por meio de um hospedeiro intermediário de natureza vegetal ou animal, de um vetor ou do meio ambiente inanimado.

DOSE DE REFORÇO – Dose complementar, administrada após o término do esquema básico, necessário para manter a pessoa protegida.

D

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200782

EDEMA DE GLOTE – Aumento de volume da glote, com a redução da sua luz (espaço interior). A glote faz parte da laringe e corresponde a sai extremidade superior.

EF ICÁC IA DO IMUNOB IOLÓG ICO – Capacidade de conferir proteção contra determinada doença. A eficácia esperada para cada vacina traduz um efeito potencial obtido em determinadas condições experimentais, em laboratório e em condições ideais.

ENCEFALOPAT IA – Termo vago, não designando nenhum quadro cínico-patológico bem caracterizado. Deve-se distinguir de encefalite, inflamação do cérebro. Define-se como distúrbio grave, agudo, do sistema nervoso central, não explicado por outra causa além da vacinação, com alterações importantes da consciência ou convulsões focais ou generalizadas, persistindo durante mais do que algumas horas, sem recuperação em 24 horas. Pode ocorrer nos primeiros sete dias, geralmente nas primeiras 72 horas após a vacinação com a DPT.

ENFARTAMENTO AX I LAR – Aumento do volume dos gânglios linfáticos da axila.

ENFARTAMENTO SUPRACLAV ICULAR OU INFRACLAV ICULAR

– Aumento do volume dos gânglios linfáticos da região acima ou abaixo da clavícula.

ENFARTAMENTO GANGL IONAR NÃO SUPURADO – Aumento do volume de um ou mais gânglios linfáticos, sem saída de secreção do mesmo para o meio externo.

EP ISÓD IO H IPOTÔN ICO H IPORRESPONS IVO – Quadro clínico de início súbito caracterizado por palidez, diminuição ou desaparecimento do tônus muscular e de resposta a estímulos.

ER ITEMA – Coloração avermelhada da pele.

ERRAD ICAÇÃO – Cessação de toda transmissão da infecção por extinção artificial da espécie do agente em questão. A erradicação pressupõe a ausência completa de risco de re-introdução da doença, de forma a permitir a suspensão de toda e qualquer medida de prevenção ou controle.

ERUPÇÕES CUTÂNEAS – Surgimento de mancha, bolhas, vesículas ou pápulas na pele.

ESPLENECTOMIA – Retirada do baço por ato cirúrgico.

E

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83Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

ESQUEMA BÁS ICO DE VAC INAÇÃO – Número de doses de cada tipo de vacina recomendado para imunizar uma pessoa (esquema básico para as crianças menores de um ano, esquema básico para agentes, esquema básico para profissionais de saúde).

ESTAB IL I ZANTES – Nutrientes contidos nas vacinas atenuadas.

ESTER IL I ZAÇÃO – Conjunto de medidas que visa eliminar a presença de microorganismos vivos.

EVENTOS ADVERSOS À VAC INA – São manifestações clínicas que aparecem após a administração das vacinas. Estas manifestações (sinais e sintomas) podem ser causadas pelos produtos administrados ou estar apenas associados temporalmente à sua aplicação. A incidência das reações indesejáveis provocadas pelas vacinas varia de acordo comas características do produto utilizado e peculiaridades da pessoa que recebe.

FEBRE – Temperatura axilar acima de 37º C.

FEBR ÍCULA – Febre ligeira, branda.

FONTE DE INFECÇÃO – É a pessoa, animal, objeto ou substância do qual o agente infeccioso passa imediatamente a um hospedeiro.

FORMA L IOF I L I ZADA – É a forma de apresentação de uma substância que foi submetida à liofilização, ou seja a processo de secagem e de retirada de substâncias voláteis, realizado em temperatura baixa e sob pressão reduzida.

FUNGOS – São agentes celulares responsáveis por doenças como a histoplasmose. O reservatório dos fungos é, quase sempre, o solo e, em geral, não se transmitem de uma pessoa a outra.

GAMAGLOBUL INA – Proteína existente no soro. Engloba a maioria das imunoglobulinas (anticorpos).

GÂNGL IOS – Os gânglios linfáticos são estruturas esféricas formadas por tecido rico em linfócitos.

F

G

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200784

GÂNGL IO AX I LAR – Gânglio localizado na axila.

GÂNGL IO SUPRACLAV ICULAR OU INFRACLAV ICULAR – Gânglios localizados acima ou abaixo da clavícula.

GELO REC ICLÁVEL – É uma bobina lacrada contendo um gel refrigerante que após descongelar pode ser re-congelado. É usado para conservar imunobiológicos no transporte de uma instância a outra e na vacinação extramuro.

GRUMOS – Aglomeração de partículas, grânulo.

HBSAG – Antígeno de superfície do vírus da hepatite B.

HEMODER IVADOS – Produtos derivados do sangue (plasmas, plaquetas, papa de hemácias, etc.).

HEMOD IÁL ISE – Técnica que permite eliminar certas substâncias do sangue mediante sua passagem por uma membrana especial que contém inúmeros poros microscópios (rim artificial).

HEMOGLOB INOPAT IAS – Doença hematológica (do sangue) que se caracteriza pela alteração na estrutura da hemoglobina (proteína dos glóbulos vermelhos).

HETERÓLOGA – Não equivalentes; de diferentes espécies.

H IV – Human Immunodeficiency Vírus (vírus da imunodeficiência humana).

H IDRÓF I LO – Que é ávido por água.

H IPERSENS IB I L IDADE – Processo de sensibilização imunoalérgica após exposição a um agente (droga, vacina, alimento, etc.).

H IPERTERMIA – Aumento excessivo da temperatura do corpo.

H IPOGAMAGLOBUL INEM IA – Diminuição das concentrações séricas (no sangue) das gamaglobulinas.

HOMOGENE IZAÇÃO – Tornar uma substância homogênea, ou seja, sem diferenças, igual.

HOMÓLOGA – Equivalente; de espécies iguais.

H

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85Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

I GG – A classe de anticorpos predominante no soro.

IMUNE – É a pessoa (ou animal) que possui anticorpos protetores específicos como conseqüência de uma infecção ou imunização anterior; ou que pode estar predisposta a responder eficazmente, produzindo anticorpos suficientes para proteger-se contra uma doença depois de ter sido exposta ao agente infeccioso específico da mesma.

IMUN IDADE – É o estado de resistência, geralmente associado com a presença de anticorpos, que possui ação específica sobre o microorganismo responsável por uma doença infecciosa específica ou sobre suas toxinas.

IMUN IDADE ADAPTAT IVA – São mecanismos de resposta específica à estímulos externos, são pré-existentes e permanecem por longo tempo. Ex: anticorpos e resposta celular.

IMUN IDADE CELULAR – É a que ocorre pela cooperação entre células de defesa (linfócitos, macrófagos, mastócitos) e coordenada pelos linfócitos T.

IMUN IDADE NATURAL – São mecanismos de defesa naturais do organismo e pré-existentes a estímulos externos. Ex: pele, lisozima, muco, fagocitose, etc.

IMUN IZAÇÃO AT IVA – Imunidade adquirida naturalmente pela infecção, com ou sem manifestações clínicas, ou artificialmente pela inoculação de frações ou produtos de agentes infecciosos ou do próprio agente morto, modificado ou de uma forma variante.

IMUN IZAÇÃO PASS IVA – Imunidade adquirida naturalmente da mãe ou artificialmente pela inoculação de anticorpos protetores específicos (soro imune de convalescentes ou imunoglobulina sérica). A imunidade passiva é pouco duradoura.

IMUN IZAÇÃO PR IMÁR IA OU BÁS ICA – É o esquema de aplicação de uma vacina necessário para que o indivíduo seja considerado imunizado.

IMUNOCOMPETENTE – Refere-se àquele que tem capacidade para produzir resposta imunológica.

IMUNODEF IC IÊNC IA CONGÊN ITA – Deficiência no sistema imunológico que nasce com a pessoa (distúrbio genético).

IMUNODEPRESSORA – Substância que é capaz de deprimir a resposta imunológica.

IMUNODEPR IM IDO – Aquele que tem a resposta imunológica diminuída.

I

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200786

I NFECÇÃO – Penetração, alojamento e, em geral, multiplicação de um agente etiológico animado no organismo de um hospedeiro, produzindo-lhe danos, com ou sem aparecimento de sintomas clinicamente reconhecíveis. Em essência, a infecção é uma competição vital entre um agente etiológico animado e um hospedeiro; é, portanto, uma luta pela sobrevivência entre dois seres que visam a manutenção da sua espécie.

I NFECÇÃO INAPARENTE – É a presença de infecção em um hospedeiro sem que apareçam sinais e sintomas clínicos manifestos. As infecções inaparentes ou infecções subclínicas podem ser identificadas por meio de métodos de laboratório.

I NOCULAÇÃO – Introduzir um microorganismo, um antígeno ou um veneno no organismo.

I NSUMOS – Material necessário para conseguir o produto final (ex: seringas e agulhas para vacinar).

LETAL IDADE – Percentual os óbitos dentre os casos de determinada doença.

LEUCEMIA L INFOC ÍT ICA AGUDA – Um dos tipos de leucemia (câncer dos glóbulos brancos) com predomínio de linfoblastos ou de células primitivas na medula óssea. É o câncer mais freqüente na prática pediátrica.

L IÓF I LO – Produto sólido resultante do processo de secagem e de retirada de substâncias voláteis realizado em temperatura baixa e sob pressão reduzida.

MEMÓR IA IMUNOLÓG ICA – Capacidade do sistema imunológico em apresentar uma resposta mais rápida e de maior intensidade ao entrar em contato com um antígeno, para o qual já tenha apresentado resposta imune anteriormente.

MEN INGOENCEFAL ITE – Inflamação do encéfalo (cérebro) e da membrana que o reveste (meninge).

MIALG IA – Dor muscular.

M

L

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87Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

MORB IDADE – É como se apresenta o comportamento de uma doença ou de um agravo à saúde em uma população exposta. É calculada pelos coeficientes de incidência e prevalência.

MORTAL IDADE – Proporção de mortes de uma causa específica em determinada população ou grupos de população (mortalidade infantil, mortalidade por sarampo, etc.).

NEOPLAS IA MAL IGNA – Tumoração maligna, câncer.

NÓDULO – Endurecimento localizado (caroço). Pequena coleção de células fibrosadas que formam como que um botão duro e bem delimitado.

PÁPULA – Elevação da pele que desaparece ao fim de curto tempo sem deixar cicatriz.

PLASMA – Componente líquido do sangue no qual as células estão em suspensão. É o sangue sem glóbulos.

PODÁL ICA (D IREÇÃO) – Refere-se à angulação da seringa de 45º, tendo como referência os pés da pessoa, em oposição à direção cranial tendo como referência a cabeça da pessoa.

POL ISSACAR ÍDEOS PUR IF ICADOS – Cadeias de açúcares que sofreram processo de purificação para compor a vacina.

POTÊNC IA – Medida que expressa a quantidade de antígenos presentes, por volume da dose de uma vacina, determinada em teste de controle laboratorial padronizado. No caso das vacinas atenuadas, o antígeno além de presente em determinada quantidade deve estar viável.

PORTADOR – Pessoa ou animal que não apresenta sintomas clinicamente reconhecíveis de uma determinada doença transmissível ao ser examinado, mas que está albergando o agente etiológico respectivo.

PORTADOR AT IVO – Portador que apresentou sintomas, mas que em determinado momento não os apresenta.

P

N

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200788

PORTADOR PASS IVO – É o portador aparentemente são que nunca apresentou sintomas de determinada doença transmissível; não os está apresentando e não os apresentará no futuro; somente pode ser descoberto por meio de exames adequados de laboratório.

PORTADOR DO H IV ASS INTOMÁT ICO – Pessoa que nunca apresentou e não está apresentando os sintomas, mas que alberga o HIV.

PORTADOR DO H IV -POS IT I VO – Pessoa que apresenta exame de sangue positivo para a detecção de anticorpos contra o HIV.

PORTADOR DO H IV S INTOMÁT ICO – Pessoa que alberga o HIV e tem sintomas da Síndrome da Imunodeficiência Humana (SIDA).

PRODUTO DE BACTÉR IAS – Substâncias produzidas ou extraídas das bactérias.

PROF I LAX IA – Conjunto de medidas que tem por finalidade prevenir ou atenuar as doenças, suas complicações e conseqüências. Quando a profilaxia está baseada no emprego de medicamentos, trata-se de quimioprofilaxia.

QUADRO NEUROLÓG ICO – Conjunto dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente decorrentes do funcionamento ou não do sistema nervoso.

QU IM IOTERAP IA – Uso de uma droga com o objetivo de tratar uma doença clinicamente reconhecível ou de eliminar o seu progresso.

QU IM IOTERAP IA ANT INEOPLÁS ICA – Administração de substâncias químicas especiais para o tratamento das neoplasias, tumores.

QU IM IOTERAP IA IMUNOSSUPRESSORA – Administração de substâncias químicas que provocam a depressão do sistema imunológico.

RAD IOTERAP IA – Tratamento por meio de raios X ou por meio de elemento químico radioativo.

REAÇÃO ANAF I LÁT ICA – Manifestação alérgica grave que provoca alterações na pele e/ou aparelho respiratório e/ou aparelho circulatório.

R

Q

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89Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

REAÇÃO P IROGÊN ICA – Febre causada pela administração de substâncias como medicamentos, vacinas.

RENA IS CRÔN ICOS – Pessoas com doença renal de duração prolongada.

RES ISTÊNC IA – É o conjunto de mecanismos corporais que servem de defesa contra a invasão ou multiplicação de agentes infecciosos ou contra os efeitos nocivos de produtos tóxicos.

RESPOSTA IMUNE ADAPTAT IVA – Mecanismo pelo qual o organismo tenta eliminar um antígeno. Pode ser humoral (anticorpos) ou celular (colaboração entre linfócitos e outras células);

RESPOSTA IMUNOGÊN ICA – É a reação do organismo frente a um estímulo que produz imunidade, proteção.

SORO – É o sangue sem coágulo, obtido após a coagulação do sangue: o coágulo ao se retrair prende os glóbulos e deixa sair um líquido – o soro.

SOROGRUPO/SOROT IPOS – Classificação de um microorganismo de acordo com a identificação de seus antígenos.

SOROTERAP IA – Tratamento que tem por base a administração de soros.

TALASSEM IA – Tipo de anemia hereditária caracterizada por alteração na síntese da hemoglobina e conseqüente hemólise.

TEC IDO AD IPOSO – Camada de tecido gorduroso localizada entre a pele e os músculos.

TERMÔMETRO DE MÁX IMA E M ÍN IMA – Instrumento utilizado para controlar a temperatura interna dos equipamentos da rede de frio:

:: Temperatura Máxima - maior temperatura atingida desde a última verificação.

:: Temperatura Mínima - menor temperatura atingida desde a última verificação.

:: Temperatura do Momento - temperatura registrada no momento da verificação atual.

S

T

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200790

T Í TULOS DE ANT ICORPOS – Concentração de anticorpos no sangue.

TOX INA – Proteínas ou substâncias protéicas conjugadas, letais para certos organismos. As toxinas são produzidas por algumas plantas superiores, por determinados animais e por bactérias patogênicas. O alto peso molecular e a antigenicidade das toxinas as diferenciam de alguns venenos químicos e alcalóides de origem vegetal.

TOXÓ IDE – Derivado antigênico de toxinas bacterianas, sem toxicidade.

TR IAGEM – Atividade desenvolvida no serviço de saúde destinada a selecionar a clientela, seja para identificar as urgências, seja para definir para qual setor do serviço o paciente será encaminhado.

URT ICÁR IA – Afecção da pele, fugaz e reversível, provocada pela sensibilização alérgica do organismo a determinada substância (alimento, pêlos e penas de animais, medicamentos, etc.). As lesões na pele são semelhantes a uma queimadura da urtiga (planta da família das urticáceas), daí a denominação de urticária.

VAC INA – Preparação contendo microorganismos vivos ou mortos ou suas frações, possuidora de propriedades antigênicas.

V IRAGEM SOROLÓG ICA – Detecção de concentração de anticorpos considerada como protetora em indivíduos anteriormente não imunes.

V IROLOG IA – Parte da biologia que estuda os vírus.

V IRULÊNC IA – É a capacidade do agente de produzir casos graves ou fatais.

V ÍRUS – São os menores agentes patogênicos, quase sempre transmitidos de pessoa a pessoa. Algumas doenças produzidas por vírus: sarampo, raiva, rubéola, encefalite, tracoma, influenza.

V ÍRUS INAT IVADO – Vírus sem atividade, inerte.

V ÍRUS SELVAGEM – É o microorganismo existente na natureza. O contrário de vírus vacinal.

U

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91Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 2007

ANEXO 02: CENTRO DE CONTROLE DE INTOXICAÇÕES

:: Este centro tem como objetivo, desenvolver ações permanentes direcionadas ao diagnóstico, tratamento e prevenção das intoxicações, junto a profissionais de saúde e comunidade em geral, no município de Londrina e região.

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Protocolo de Imunização | Prefeitura Municipal de Londrina 200792

Referências BibliográficasBRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Manual de procedimentos para vacinação. 4.ed – Brasília, 2001. 316 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Manual de normas de vacinação. 3. ed. 2001, 68p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 5.ed. Brasília. 2002. v.2, p. 687-694.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Manual de rede de frio. 3.ed. Brasília, 2001. 80 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Manual dos Centros de Referências de Imunobiológicos Especiais.Brasília. 2001. 142p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Recomendações para vacinação em pessoas infectadas pelo HIV. Brasília, 2002. 18p.

LONDRINA. Secretaria Municipal da Saúde. Instrução de Trabalho de Imunização. Londrina, 2003. 76p.

LONDRINA. Secretaria Municipal da Saúde. Vigilância Epidemiológica: instrução de trabalho. Londrina, 1999. 321p.

SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica. Norma do programa de imunização. 2.a ed. São Paulo, 2000. 48p.

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LONDRINA.Prefeitura do Município. Autarquia Municipal de Saúde. Imunização:Protocolo/Prefeitura do Município. Autarquia Municipal de Saúde – 5.ed.-Londrina, PR,[S.M.], 2007.

Página Parágrafo Linha Onde se lê Leia-se 9 4º 9 WebSaúde SaúdeWeb 9 5º 2 WebSaúde SaúdeWeb 9 7º 2 WebSaúde SaúdeWeb 22 2º 1 DT dT 26 5º 5 20 a 39 20 a 49 30 8º 2 menos Menores 30 9º 3 com sem

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