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EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE Conceito e tipologia

Equipe multiprofissional de saúde

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Page 1: Equipe multiprofissional de saúde

EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

DE SAÚDE Conceito e tipologia

Page 2: Equipe multiprofissional de saúde

Definição:

Uma equipe é um grupo de pessoas que

geralmente se une para alcançar um objetivo em

comum. O trabalho em equipe é baseado na

relação recíproca entre as intervenções técnicas e

a interação dos agentes.

As habilidades complementares dos membros

possibilitam alcançar resultados, os objetivos

compartilhados determinam seu propósito e

direção. Respeito, mente aberta e cooperação são

elevadas qualificações.

Page 3: Equipe multiprofissional de saúde

Objetivo da equipe multiprofissional:

Diminuir a desigualdade entre os profissionais

de diferentes atuações na área de saúde para

conseqüentemente ocorrer a maior integração na

equipe, havendo maior possibilidade de

interagirem em situações livres de submissão na

busca de consensos acerca da finalidade e do

modo de executar o trabalho.

Page 4: Equipe multiprofissional de saúde

Objetivo da pesquisa:

O levantamento bibliográfico, observado por Marina

Peduzzi, mostrou predominância da abordagem

técnica em que o trabalho de cada profissional é

apreendido como conjunto de atribuições, tarefas, ou

atividades. Se assim pensarmos a noção de equipe

multiprofissional é tomada como uma realidade dada,

uma vez que existem profissionais de diversas áreas

atuando conjuntamente.

Nos estudos que ressaltam os resultados, a equipe é

concebida como recurso para o aumento da

produtividade e da racionalização dos serviços. A

produção teórica sobre equipe permite observar que

esta raramente tem sido explorada como realidade

objetiva e subjetiva do trabalho em saúde,

particularmente com base em pesquisas empíricas.

Page 5: Equipe multiprofissional de saúde

A investigação foi desenvolvida na modalidade

de pesquisa qualitativa, e a coleta de informações

foi realizada por meio da observação direta em

varias situações de trabalho em equipe.

(enfermaria clínica e unidade de terapia

intensiva hospitalares, ambulatório de

especialidades gerais, e ambulatório de saúde

mental)

Tal pesquisa teve por objetivo (a) identificar as

evidências empíricas do trabalho coletivo (b)

compreender as relações entre as situações

objetivas de trabalho e as concepções dos

profissionais de saúde sobre o trabalho em equipe

multiprofissional.

Page 6: Equipe multiprofissional de saúde

Lugares onde a equipe multiprofissional é colocada:

Programa de saúde da família (PSF): Teve início, em 1994,

como um dos programas propostos pelo governo federal aos

municípios para implementar a atenção básica. Sua estratégia

vai ao encontro dos debates e análises referentes ao processo de

mudança que orienta o modelo de atenção à saúde vigente e que

vem sendo enfrentada pelo conjunto de sujeitos sociais

comprometidos com um novo modelo que valorize as ações de

promoção e proteção da saúde, prevenção das doenças e atenção

integral às pessoas.

Page 7: Equipe multiprofissional de saúde

Terapia Nutricional: No Sistema Único de Saúde, o Hospital

Nossa Senhora da Conceição conta com o trabalho da Equipe

Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN). O grupo,

composto por nutricionista, médica, farmacêutica, enfermeira,

fonoaudióloga e psicóloga, tem se consolidado como recurso

terapêutico indispensável à recuperação dos pacientes, seja

através de nutrição oral, enteral (através de sonda) ou

parenteral (endovenosa). O objetivo é atender às solicitações de

avaliação do estado nutricional do paciente, indicando,

acompanhando e modificando sua prescrição nutricional.

Page 8: Equipe multiprofissional de saúde

Centro de Saúde – Unidade de atendimento básico de saúde que

presta assistência à população com médico, enfermeiro, odontólogo,

farmacêutico, técnico de enfermagem, de laboratório e de higiene

dental e pessoal de apoio administrativo. Estas unidades

desenvolvem ações de imunização, curativo, prescrição e

administração de medicamento, consulta médica e de enfermagem,

atendimento odontológico, dispensação de medicamentos básicos

especiais e controlados, orientação e educação em saúde, primeiros

socorros, acompanhamento de pré-natal, crescimento e

desenvolvimento de crianças, reidratação oral,

tratamento e controle de diabetes, hipertensão

arterial, hanseníase, tuberculose, doença mental

e neurológica, colheita do preventivo do câncer

de colo cérvico-uterino-PCCU, coleta de material

para exames laboratoriais, pequena cirurgia,

entre outros.

Page 9: Equipe multiprofissional de saúde

Centro de saúde indígena: Dispõe sobre a definição dos

valores do incentivo financeiro de atenção básica de saúde

aos povos indígenas e sobre a composição e organização das

equipes multiprofissionais de atenção à saúde indígena.

Considerando a distância física e cultural das tribos

indígenas aos centros urbanos (consequentemente ao

hospital), o governo teve a iniciativa de criar centros de

saúde nessas regiões visando a atenção básica e o controle e

a prevenção de doenças.

Page 10: Equipe multiprofissional de saúde

ASPECTOS POSITIVOS DA EQUIPE

MULTIPROFISSIONAL:

Articulação dos saberes e divisão do trabalho

Agir comunicativo

Page 11: Equipe multiprofissional de saúde

Atenção integral à saúde

Contato próximo com as famílias

Page 12: Equipe multiprofissional de saúde

FATORES QUE IMPEDEM A IMPLATAÇÃO DA

EQUIPE NA TOTALIDADE DO SUS

Estrutura física do SUS

Page 13: Equipe multiprofissional de saúde

Corpo de funcionários insuficiente

“SE”…

Comunicação(?) reuniões periódicas(?)

Page 14: Equipe multiprofissional de saúde

Egocentrismo entre as profissões

Teoria aplicada à prática

Page 15: Equipe multiprofissional de saúde

A mudança ainda se faz pela Educação

Page 16: Equipe multiprofissional de saúde
Page 17: Equipe multiprofissional de saúde

O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA EQUIPE

MULTIPROFISSIONAL A equipe de saúde, que está inevitavelmente

envolvida com o uso de medicamento, deve necessariamente incluir um farmacêutico.

O farmacêutico é o profissional capacitado para orientar, educar e instruir o paciente sobre todos os aspectos relacionados ao medicamento.

O papel do farmacêutico é importantíssimo no novo modelo assistencial onde a ênfase é a atenção primária à saúde.

Na maioria das vezes o farmacêutico é o último profissional a ter contato direto com o paciente, assistindo-o em todas as suas dúvidas antes de dar início ao tratamento. O diálogo com o paciente é necessário até para motivar o cumprimento do tratamento, mencionam que a orientação é um processo vital quando se visa à adesão do paciente ao tratamento.

Page 18: Equipe multiprofissional de saúde

Atenção farmacêutica: cuidados ao paciente.

É um componente da assistência farmacêutica que

consiste na prática de educação em saúde, orientação

farmacêutica, dispensação, atendimento

farmacêutico, acompanhamento fármacoterapêutico,

registro sistemático das atividades, mensuração e

avaliação dos resultados. Busca alcançar resultados

concretos junto ao usuário e diminuir custos na

assistência à saúde. Esta prática busca aprimorar a

postura do profissional farmacêutico, que passa a

atuar mais efetivamente na resolução de problemas

relacionados a medicamentos.

Page 19: Equipe multiprofissional de saúde

O Farmacêutico está inserido entre os trabalhos

que complementam o trabalho médico e é de

fundamental importância para a efetivação da

atenção integral à saúde

Assim como cada profissional que esta inserido

na equipe multiprofissional o farmacêutico

também enfrenta dificuldades para cumprir seu

papel na equipe

Todos os profissionais que fazem parte da equipe

multiprofissional têm que estar aptos a realizar

intervenções próprias de suas respectivas áreas,

mas também ações comuns, nas quais estão

integrados saberes de diferentes campos como:

recepção, acolhimento, grupos educativos, grupos

operativos, entre outros.

Page 20: Equipe multiprofissional de saúde

Resultados de pesquisas

sugerem que as intervenções

farmacêuticas foram

ferramentas efetivas para a

prevenção de eventos

adversos, reforçando a

importância da assistência

farmacêutica e do trabalho

em equipe para a qualidade

da assistência hospitalar.

Page 21: Equipe multiprofissional de saúde

REFERÊNCIAS:

1. Ayres Jrcm, França Júnior I, Calazans GJ, Saletti Filho HC. Vulnerabilidade e prevenção em tempos de Aids. In: Barbosa RM, Parker RG, organizadores. Sexualidades pelo avesso: direitos, identidades e poder. Rio de Janeiro: IMS/UERJ; 1999. p. 49-72.

2. Ayres JRCM. Cuidado em saúde: tecnologia ou sabedoria prática? Interface 2000;6:117-20.

3. Mann J, Tarantola Djm, Netter Tw, organizadores. A Aids no mundo. Rio de Janeiro: Relume Dumará; 1993. (História Social da Aids, 1).

4. Mendes-Gonçalves RBM. Práticas de saúde: processos de trabalho e necessidades. São Paulo: CEFOR; 1992. (Cadernos CEFOR Textos, 1).

5. Mendes-Gonçalves RBM. Tecnologia e organização social das práticas de saúde: características tecnológicas do processo de trabalho na Rede Estadual de Centro de Saúde de São Paulo. São Paulo: Hucitec/Abrasco; 1994.

6. Merhy EE. Um ensaio sobre o médico e suas valises tecnológicas: contribuições para compreender as reestruturações produtivas do setor saúde. Interface 2000;6:109-16.

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7. Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em

saúde. São Paulo: Hucitec/Abrasc; 1992.

8. Parker R, Bastos C, Galvão JS, organizadores. A Aids no Brasil.

Rio de Janeiro: Relume Dumará; 1994. (História Social da Aids,

2).

9. Peduzzi M, Palma JJL. A equipe de saúde. In: Schraiber LB,

Nemes MIB, Mendes-Gonçalves RB, organizadores. Saúde do

adulto, programas e ações na Unidade Básica. São Paulo: Hucitec;

1996. p. 234-50.

10. Peduzzi M. Equipe multiprofissional em saúde: a interface entre

trabalho e interação [Tese de Doutorado]. Campinas: Universidade

Estadual de Campinas; 1998.

11. Schraiber LB. O médico e seu trabalho. São Paulo: Hucitec;

1993.

12. Souza H. Uma proposta mínima para um programa de Aids no

Brasil. In: Parker R, Bastos C, Galvão J, Pedrosa JS, organizadores.

A Aids no Brasil. Rio de Janeiro: Relume Dumará; 1994. p. 353-8.

(História Social da Aids, 2).

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