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ERGONOMIA DA MÁQUINA DE CORTE E VINCO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

Ergonomia_corte e Vinco

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ERGONOMIA DA

MÁQUINA DE CORTE

E VINCO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOFACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

PROJETO E ENGENHARIA DO PRODUTO 2 - TRABALHO

PROF. DR. FAUSTO LEOPOLDO MASCIA e PROF. DR. ROBINSON SALATA

FELIPE ITAI 6816550

FELIPE MASSAMI MARUYAMA 6816421

GABRIEL JOAQUIM TELES RODRIGUES 6883427

VICTOR MARTZ VENANCIO DA SILVA 6816518

VINICIUS FRANULOVIC VIANA 6816435

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Introdução a máquina de corte e vinco

A máquina de corte e vinco, como o próprio nome diz, corta e vinca diversos tipos de materiais, tais como peças

em couro para a fabricação de bolas, bolsas, calçados, carteiras e cintos; guarnições e juntas em borracha; laminados plás-

ticos; papel fotográfico aplicado sobre manta magnética, cartão ou E.V.A; produtos como quebra cabeças, porta retratos,

lembrancinhas para aniversário; produção de brinquedos pedagógicos ou para decoração de festas. Também papel, pa-

pelão, laminados de madeira fina para marchetaria ou decoração artística e obter peças com recortes especiais em cortiça,

papelão hidráulico, tecido, feltro, eucatex e diversos materiais adesivos (não são recomendadas para meio corte), sendo

necessário apenas trocar o ferramentário de corte (faca).

A máquina de corte e vinco é bastante versátil. Seu mecanismo é relativamente simples, com qual uma estrutura de

aço sustenta rolos (e armazena o motor, caso seja uma máquina elétrica) que podem ser acionados manumente ou eletrica-

mente, por entre os quais a faca passará. Isso fez-nos perceber que gande parcela das soluções que encontraríamos estaria

mais ligado ao espaço de aproveitamento da máquina e de sua relação com o usuário do que se preocupar em melhorar o

macanismo mecânico da máquina.

Basta colocar algum dos materiais já citados anteriormente sobre a faca e acionar a máquina por motor ou

manivela. Ao passar pelos rolos, o material será prensado sobre a lâmina das facas, recortando o material. As máquinas de

corte e vinco são de fácil utilização, pois possuem praticamente apenas dois mecanismos: o ligar/desligar e os ajustes do

rolo de pressão. Daremos um maior foco para as máquinas de acesso manual e de acesso elétrico, pois encontramos maior

facilidade de acesso para tais, além deste tipo de maquinário ser usado, muitas vezes, por pessoas sem um preparo, que

possuem algum empreendimento em casa. O grupo de usuário, majoritariamente, são pequenos e médios empreendedores

na faixa da população ativa (18 a 54 anos) de amobs os sexos.

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Fase de pesquisa de campo

O público-alvo deste segmento de máquinas são pequenos e médios empreendedores. Desta forma, existe uma

enorme variabilidade de locais nos quais essas máquinas estarão sendo manipuladas. Isso faz com que não exista um deter-

minado padrão de uso.

Um grande problema identificado durante a fase de entrevistas e pesquisa foi em relação ao contato com os for-

necedores e aos usuários dessas máquinas. No primeiro caso, devido questões de plágio de tecnologia e de produção, só foi

possível a visita a um dos fabricantes devido a próximidade que um dos integrantes do grupo possuia. Já no segundo caso,

existe um certo receio das empresas que utilizam esses equipamentos de mostrarem seus métodos de produção e seus

processos, com receio de serem copiados. Desta forma, nosso espectro de pesquisa restringiu-se consideravelmente.

As fotos abaixo foram cedidas por Beatriz da Silva Piovesani Maruayama demostrando as proporções do usuário

padrão em relação ao tamanho da máquina. A seguir, foi posto uma série de fotografias (com um vídeo em anexo) desta

atividade (forma não invasiva de pesquisa) e por fim, um questionário em forma de entrevista a fim absorver a concepçõa

do usuário em relação a máquina.

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1. Registros fotográficos: Proporção da máquina em relação ao usuário padrão

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1. Registros fotográficos: etapas críticas do processo de corte e vinco (segue em anexo

dois vídeos demonstrando estas ações com mais detalhes)

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2. Entrevista

Foi realizado a entrevista para entender as dificuldades e facilidades presentes na operação dessa máquina. Devido

a grande dificulade de acesso, não foi encontrado um grande número de pessoas que pudesssem responder nosso ques-

tionário. É importante dizer que o espectro de pesquisa, apesar de bastante restrito, oferece respostas satisfatórias.

Nossa principal fonte de informação foi Beatriz da Silva Piovesani (mãe de um dos integrantes) que possui uma

dessas máquinas e a utiliza para produção de artesanato. Seu foco é o corte e vinco de caixas feitas em papel cartão,

porém também a utiliza para cortar outros materiais esporadicamente. Neste caso, estamos entrevistando uma pessoa do

sexo feminino, com estatura média (1,63m) e massa copórea média (62kg). A fim de ter os dados de uma forma precisa,

optou-se por fazer um questionário para compreender a forma com que os usuários avaliavam e utilizavam a máquina de

uma forma em geral. Segue abaixo, o questionário que realizamos:

1. Quão importante é a máquina em sua vida?

A pergunta visava compreender o valor semântico e simblico que a máquina teve para vida do empreendedor. Antes de

possuir esse equipamento, a entrevistada cortava as encomendas solicitadas uma a uma com tesoura, régua e estilete.

Vendo que a produ-tividade era bastante baixa e as margens alcançadas eram poucos satisfatórias, optou-se por investir

em um maquinário que pudesse otimizar esse processo. Por mais que a máquina tenha exigido um investimento (inclue-se

nesse valor, o preço das caixas), o retorno foi válido, já que a produçao aumentou. A máquina foi uma alavanca para fazer o

negócio crescer e ganhar visibilidade por parte de terceiros, alem de proporcionar uma maior qualidade de vida da relação

tempo X rendimento.

2. O que a máquina faz? Se possível, a descreva.

A máquina, em suma, corta e vinca diversos tipos de materiais, principalmente papeis, que se tornarão embalagens e caix-

as. Sua aparência lembra uma caixa de metal, e ela tem uma massa elevada que exige um pouco de força para empurrar a

prancha. O cabo da máquina as vezes é julgado muito curto, sendo necessário sempre ter uma tomada por perto ou utilizar

uma extensão como acessório. Porém, ela consegue atender toda demanda de forma satisfatória.

3. Há algum lugar específico para armazenar as facas? O local é adequado?

As facas são armazenas ao lado da máquina sob uma mesa, nos quais são postas as fohas de papéis. O grande problema

desse tipo de armazenagem é que tanto a as folhas quanto as facas ficam expostas a diversos interperes, como água,

cachorro e sujeira, as deteriorando.

4.A instalação das facas é sempre difícil?

Para instalar as faces não exige-se nenhuma habilidade prévia, porém são necessárias diversas etapas para conseguir fixá-

la: desparafusar fixadores, reposicioná-lo de acor-do com o tamanho da prancha da lâmina; reposicionar fixador; parafusar

uma série de parafusos. Nas atuais máquinas, este processo esta mais otimizado, dispensando esta série de parafusos.

5. Quais as principais facilidades ao operar a máquina?

Um grande ponto levantado pela entrevista é em relação a praticidade com o qual a máquina ofereceu em sua vida. Ela

nos contou que antes de possuir essa máquina, cortava as caixas uma a uma através de tesoura, régua e estilete. Esse

processo tornava-se um verdadeiro martírio, principalmente em grandes quantidades. Como a demanda começou a aumen-

tar consideravelmente, ela percebeu que o custo-benefício para adquirir uma máquina seria bom, ou seja, valeria o investi-

mento. Essa máquina, além de ter aumentado drasticamente a produtividade, também fez com que fosse possível

conseguir novos clientes. Logo a qualidade do produto aumentou assim como o rendimento do trabalho.

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6. Quais são as principais dificuldades?

Uma das dificuldades enfatizada pelo entrevistada é em relação ao pontos de contato máquina-usuário do qual exigia-se

muita força por parte do usuário. Um exemplo é a força necessária para mover a bandeja, no qual a faca é fixada. Como

existem diversos modelos de máquina, o modelo da entrevistada não possui um timer, tão pouco rodízios que facilitam o

deslizamento da prancheta. Dessa forma, conforme a quantidade aumenta, o processo torna-se mais cansativo.nUm outro

problema encontrado é a massa do maquinário, pois prejudica a dinâmica do estabelecimento. Ou seja, como a máquina é

muito pesada, é exigido uma grande mobilização para que se possa alterá-la de local. O rolo é um outro grave problema,

pois não existe nenhum sistema de segurança que trave máquina. Logo, a entrevistada enfatizou o próprio caso o qual

foi desenvolvido uma peça exclusivamente para sua máquina. Essa peça dificultava que as pessoas colocassem as mãos

no rolo em funcionamento. Importante lembrar que a máquina está situada em um ambiente doméstico. Então, devido a

presença de crianças no local de trabalho, foi preciso instalar a peça urgentemente.

7. É simples a limpeza da máquina?

A parte externa da máquina não apresenta nenhuma dificuldade para ser limpa, já que não possui muitas frestas. Porém,

desde a compra do equipamento (a dez anos atrás), é confessado que a parte interna nunca foi limpa, devido a dificul-

dade de mover o maquinário. Vale citar que há a parte mecânica e elétrica(como motor, cabos elétricos e correia) na parte

interna da máquina. Assim, grande parte dos restos de materiais caem no motor e que, surpreendentemente, não ocasion-

aram quebras da máquina.

8. A manutenção é simples?

Por ser uma maquinário “semi-industrial”, quase não é necessário realizar manutenção. Mas, isso deve-se ao cuidado que

a proprietária sempre teve com a máquina e pelo uso não tão intensivo que teve durante esses dez anos.Entretanto, no

ambito da instalação de novas peças, foi preciso encomendar uma peça auxiliar para evitar que crianças prendessem as

mãos nos rolos.

9. Quando são usados outros materias, alem do papel cartão, a máquina apresenta alguma dificuldade?

No geral, ela não apresenta problemas graves, pois o que definirá a qualidade do corte é a pressão exercida do rolo sobre a

faca, alem do corte desta. Dois problemas relevantes são que, ao cortar diferentes materiais, pode ocorrer a perda do corte

das lâminas. e caso a pressão seja exciva, ela pode prejudicar o nylon presente nos rolos.

10. Já aconteceu de não conseguir cortar e vincar? Todas as peças funcionam do jeito esperado?

Não houve fortes reclamações. Entretanto, a entrevista acredita que algumas melhoras podem ser feitas. Alguns cortes e

vincos falham provavelmente pelo uso empirico dos manípulos, ou seja, dificilmente a máquina acerta logo nos primeiros

cortes, sendo necessário utilizar alguns retalhos para poder alinhar a maquina. O ajuste mantém-se por um determinado

período e varia conforme o gasto da faca e da espessura da folha.Para a entrevistada, os manípulos funcionam bem e

atendem as necessidades se é atingido os ajustes necessários. Porém, as vezes é necessário lubrificar os manípulos. Ainda

assim, percebe-se que o fluxo de trabalho poderia ser otimizado. Se os manípulos funcionassem da forma esperada, alguns

exercícios da atividade não seriam feitos, como o repassar nos cilindros após a verificação dos cortes e vincos.

CONCLUSÃO

A entrevista apresentou a visão do operador perante a máquina. Deve-se considerar o contexto e o ambiente em que a má-

quina se encontra, pois eles podem ser amplos. Dessa forma, a entrevista serviu como uma introdução para encontrarmos

os problemas. Então. alguns problemas podem ser melhor descobertos através de uma análise da atividade do usuário.

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Análise dos dados coletados

Após esta pesquisa foi possível entender que essas máquinas são de fácil operação. A maioria dispõe de dois

manípulos que efetuam a regulagem de pressão necessária para realizar o corte-e-vinco. Esses manípulos possuem regulagem

independente e são encontrados um de cada lado do cilindro de contra corte. A regulagem é feita de acordo com o tipo de

faca que será utilizado e para compensar o gasto natural da faca.A regulagem das máquinas é feita empiricamente, através

da utilização de malas gráficas (rascunhos). Deve-se posicionar e fixar a faca, posicionar o papel sobre esta. Logo depois,

acionando a manivela que irá acionar o motor, efetua-se o corte. Confere-se os cortes e os vincos. Caso o produto tenha

apresentado falha de corte em algum dos lados, deve-se girar a prancha gráfica no sentido do manípulo correspondente ao

lado defeituoso. Feito isso, os fabricantes recomendam que seja marcado de alguma forma estes ajustes para evitar futuras

regulagens.

Apesar da máquina ter uma grande resistência e durabilidiade, é necessário utilizar óleo na corrente do motor a cada

quinze dias(no caso dos modelos elétricos). Anualmente, é preciso verificar se as correntes estão estiradas(correias e polias

são evitadas por ocasionam uma série de problemas).

Sobre os cuidados e manutenção necessários é importante lembrar que: de acordo com o ritmo de trabalho, do

material que será cortado e do cuidado do operador, se faz necessário uma retífica no rolo de Nylon superior, variando de três

a doze meses.

Nos modelos menores, cujo cilindro de contra corte é um tubo de PVC, a manutenção consiste em substituí-lo quando

se apresentar muito desgastado e estiver dificultando o corte. As fábricas sugerem não lubrificar as máquinas manuais, pois

podem perder aderência e perder o movimentar das facas. Assim, será preciso a desmontagem e lavagem das peças. Nota-se

que as máquinas são de fácil manutenção e não exije um conhecimento aprofundado para a operar. e começar as atividades.

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Problemas identificados relacionados a ergonomia

A máquina de corte e vinco, como já foi dito, tem caráter semi-industrial, atingindo uma gama bem diferente de

pessoas. Com este caráter, tivemos que lpropor nossas soluções seguindo critérios relacioandos a fadiga (devido as movimento

repetitivos), segurança e prevenção (precaver eventuais erros que os usuários pudessem realizar).

Destas constatações gerais e das observações feitas e dos requisitos estabelecidos, identificamos alguns problemas

que deveriam ser requistios básicos a serem selecionados.

1. Escolha do material para corte

Neste fase inicial, notamos o primeiro problema na máquina: não consta de uma suporte específico para acomodar os

materiais que serão utilizados pela empresa. Essa ausência faz com que o profissional/empresário acabe por guardar seus

materiais em qualquer lugar, prejudicando não apenas a qualidade do produto, mas também o rendimento de seu rendimento.

Além disso, isso exigia com que o usuário realize uma série de movimentos (o principal e que poderia potencialmente

acarretar em alguma lesão seria o levantamento de carga que poderia causar: fadiga muscular, desgaste energético e lesões)

que prejudicavam sua postura (a quantidade de material que se tem que pegar possui bastante massa, apesar de serem

mateiais relativamente leves, como papel, etc), já que a menor preocupação dele naquele momento seria corrigir sua postura.

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2. Selecionar a lâmina e fixar a lâmina na máquina de corte e vinco.

O processo de fixação das lâminas na máquina é uma etapa bastante imprecisa e manual, consideradas pelo grupo, uma das

fases mais crítica do projeto. Exige-se força para retirar os contensores com uma chave. Alem disso, para fixar as lâmina entre

os contensores, é necessário rotacionar uma série de parafusos contra a faca, prejudicando a estrutura da faca

e exigindo, desnecessariamente, manejo grosseiro e fino do usuário numa mesma etapa (ajustar, calibrar e prender).

3. A interface da máquina (volante de calibragem, alavanca de liga/desliga)

Na interface da máquina, apesar de ser de grande simplicidade, não possui a melhor forma anatômica para as mãos. Um

outro problema é que ela pode ser facilmente acessada por menores, já que não possui nenhuma trava de segurança para

evitar isso.O mecanismo de calibragem da máquina é feita por dois manípulos semelhantes, que quando rotacionados para

o lado direito, a prensa é abaixada, quando rotacionados no sentido anti-horário, ergue-se. Apesar de seguir o estereótipo

popular, pode-se trabalhar em detalhes que promovam uma melhor interação entre o usuário e a máquna.

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4. Movimentar a máquina

Constatou-se que a máquina era pouco movimentada, pois muitas vezes ela ficava num mesmo espaço e de lá não saia (os

modelos antigos, em sua base, possuiam orifícios por onde algumas empreas as fixavam no chão com parafusos). Porém,

também cosntatamos que muito empreendedores individuais utilzavam esta máquina e por vezes, tinham que movimentá-la

por algum motivo. Devido a grande massa da máquina era inviável movimentá-la sem auxílio de terceiros.

5. Pontas vivas

As máquinas antigas, devido ao material utiliado e a despreocupação nesses detalhes, possuia uma série de quinas. Isso

poderia machucar as pessoas.

6. Fios e cabos soltos e curtos

Um dado que teve que ser revisto no projeto por dois motivos: os fios de alimentação do motor são curtos, exigindo que

máquina fique próxima a alguma fonte de energia; a máquina não possuia nenhum suporte apropriado para armazenar os

cabos, deixando-o solto no chão.

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7. Proteção ao usuárionos rolos

O rolo não possui nenhuma mecanismo de segurança que assegure a integridade física do usuário da máquina, podendo,

potencialmente causar acidentes graves.

8. Dinâmica de trabalho (usabilidade)

Apesar do uso do produto ser bastante simplifiado, ele possuia uma dinâmica no qual não torna a atividade nem confortável

nem eficiente, justamente pelo fato de exigir uma série de etapas para se realizar um corte (colocar faca-prender faca- colocar

papel -ligar a máquina- empurrar a prancha-ir até o outro lado - tirar o material cortado -pegar outra folha - e assim por

adiante).

9. Facildiade de manutenção

As máquina foi montada sobre uma estrutra de aço para dar resistência, porém o método que ela selada, prejudica a

manutenção, pois foi feita, em grande parcela, com rebits e um determinado tipo de parafuso, tornando o precesso de

matutenção complicado. Um outro detalhe, é que o próprio projeto da máquina não foi pensando na desmontagem

(constatado pela série de parafusos colocados em várias posições da máquina).

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Antropmetria que seguimos

Tomando como base que esta máquina é utilizada por uma variação muito grande de pessoas (desde diferenças

entre sexo, intra-individuais, étnicas e até contextuais) foi necessária uma abordagem mais abrangente ao invés de deta

lhada, por restrições em relação a pesquisa. Consideramos que este maquinário seria baseado nas medidas antropométri-

cas dos brasileiro.

Tomamos como base a pesquisa realizadae pelo IBGE chamada Dados amostrais e estimativas populacion-

ais das medianas de altura e peso - período 2008-2009 (seguirá em anexo em CD).

Em suma, conclui-se que a medida média do brasileiro ativo é de 1,70m para o sexo masculino na faixa de

idade dos 18 aos 54 anos e para as mulheres é de 1,58m nesta amesma faixa de idade. Como o IBGE não nos fornecia

dados mais profundos em relação a antrometria estática, tomou-se como base a tabela fornecida no livro de Itiro Iida

(ERGONOMIA:PROJETO E PRODUÇÃO, pág.121 e 122) e uma dado mais empírico com as medidas de uma voluntária

(Beatriz da Sailva Piovesani Maruyama), pois ela encaixa-se no grupo de pesquisa realizado (47 anos, 1,63), além de ser

usária deste maquinário.

Para detalhar as midas, pegamos o modelo abaixo para conseguirmos algumas medidas que atendessem as

necessidaes descobertas em nosso projeto.

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RESULTADO

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Solução

Numa visão geral, o partido escolhido pelo grupo teve como conceito atribuir um menor movimento por parte do

operador ao mesmo tempo que pudesse fazê-lo focar e ter maior concentração na tarefa.

Partindo deste conceito, questionamos o fato do usuário ter que mover a mesa toda vez que quisesse cortar alguma coisa.

E chegamos a conclusão que a relação tempoXmovimento era excessiva, além de ter um gasto energático a mais. A fim de

maximizar o número de caixas e o aprovitamento de energia (máquina e usuário) optou-se por abondonar este mecanismo

e prol de uma mesa fixa e rolos móveis que seria acionados por um sistema simples de conexão do motor com correias.

Outro dado importante que tornou-se requitito de projeto foi em relação a disposição do material para reabastecer

o processo. Nos projetos antigos, o material deveria ser alocado a mercê da máquina, fazendo com que a cada corte, o

usuário tivesse que deslocar-se para pegar e carregar este material, causando um desgaste a médio prazo fadiga.

Um detalhe que atribuimos neste projeto depois de uma constatação na entrevista com os usuários foi a prob-

lemática do reposicionamento da máquina no espaço de trabalho. Apesar de ser um deslocamento esporádico, não se

podia deixar de lado, pois a força que seria pregado para tal atividade seria de tal tamanho que poderia acarretar lesões.

Deevido sua massa muito grande, exigia-se de 2 a 3 pessosas para movimentá-la. A solução foi pôr rodas com travas de

segurança que facilitaria o processo de deslocamento sem torná-lo instável.

A máquina, por ser de uso semi-industrial e contínuo necessitou-se um estudo na relação da segurança. Projetou-se uma

série de mecanismo que precavem-se e asseguram-se a integridade física e psicológica do usuário da máquina.

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Detalhando soluções

POSTO DE TRABALHO

Tendo em vista que “posto de trabalho é a configuração física do sistema hommem-máquina-ambiente, ou seja, é uma unidade produtiva envolvendo um homem e um equipamento que ele utiliza para realizar seu trabalho bem como o ambiente que o circunda”, tivemos que ficar atentos aos detalhes que isso iria exigir na configuração do nosso projeto já que a máquina de corte de vinco, por si só, é um posto de trabalho, pois o empreendendor exercerá todo sua atividade e rotina neste equipamento. A máquina exigiu tanto um enfoque taylorista (foi necessáio termos noção do tempo e dos movimentos reali-zados pelos usuário para poder otimizar o tempoo gasto em relação aos movimento dados) quanto ergonômico ( pelo fato da máquina deixar o trabalhador em pé pela totalidade do tempo por ser bastante dinâmica, foi necessário rever alguns conceitos pata que as exigências biomecânicas e cognitivas diminuissem)

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CONTROLES E MANEJOS

Na máquina de corte e vinco, como foi mencionado anteriormente, possui dois mecanismo básicos para manejos:

um que regula a altura do rolo em relação a faca para poder cortar e vincar com a maior precisão possível e outro que irá

permitir o movimento da máquina, seja ela automático ou manual. Porém, por ser uma máquina de porte semi-industrial,

não exigia-se dela em seus mecanismos de controle um manejo fino, e sim, apenas o manejo grosseiro (todos os coman-

dos, com exceção dos botões, são executados com o centro da mão).

Definiu-se, após análise e reflexão, manter o formato e a forma pelo qual o usuário a utilizava, apenas dando mel-

horias na relação do disco e da área de contato com a mão da pessoa que estiver ajustando-a.

Foram definidos três formas de controle:

- Volante: controle de ajuste de altura de forma mais fina possível.

- Alavana: forma manual, intuitiva e simples para ligar/desligar a máquina. Constatou-se que esta forma de manipulação

dos comandos básifocs (de ligar e desligar) era bastante requisitado pelos empreendedores, memso após a invenção da

interface semi-atutomática.

- Botões: interface criada para apermitir a máquina ficar no modo semi-automático (semelhante a interface existente nas

máquinas nos dias de hoje) que facilita a ida e volta do rolo.

Levando-se em consideração a existência de destros e canhos, optamos por manter os antigos mecanismos (ala-

vanca liga e desliga, manivelas de calibragem) e acrescentamos os botões de pressão (para movimentar a máquina num

time pré-ajustado) pelo fato dele não exigirem muita velocidade e precisão, além disso os fizemos para serem simétrios

(não dando preferência para mão direita ou esquerda).

Outro detalhe foi acrescentar cores aos botões e um desnível ao ser acionado, para questões de distinção do

ligado/desligado e dar diferenciação das opções ali presentes (velocidade do timer, etc).

Tendo em visa que o volante e a alavanca usa-se mais força para seu manejo, optou-se por dar alguns acabamento super-

ficiais: no volante utilizou-se superfície emborrachadas (dilui as tensões) texturizada (aumenta-se o atrito) e na alavanca

apenas emborrachada.

As imagens abaixo são meramente representativas, já que não foi possível detalhar todas partes do projeto no

tempo que nos foi oferecido. E Segue na página seguinte os tipo de controles exisitentes. Estarão em destaque os controles

que foram usados.

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CONTROLES DE ACIONAMENTO SELECIONADOS

Em magenta - botão que acionaria o comando de semi-automático, botão liga/desliga e dois botões frente/trás

Em azul- alavanca opcional com a função de frente/trás e desliga (estado neutro)

Em amarelo - controle de regulagem da altura dos rolos

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ASSENTO

A máquina de corte e vinco não precisa de qualquer tipo de asento, pois ela exige o trabalho dinâmico por parte

do trabalhador, já que ela funciona a partir de quantidade.

BANCADA

Foi a parte central do nosso projeoto e nela ocorreu uma série de mudanças que visaram otimizar espaço, produção

e tempo. Numa consulta informal com um engenheiro, a solução encontrada encaceria em cerca de 20% no projeto, porém

ela tinha potencial de otimizar a produção, além de assegurar a integridade física do operador.

A primeira grande mudança foi anular todas as pontas vivas do projeto, pois notou-se que, como o usuário ficava

imerso no ato de cortar, acaba-se por distração, machucando-se em alguma arestra viva.

Constatou-se que a máquina de corte e vinco pode ser enquadrada na categoria de trabalho leve, pois não exige

muita força por parte do operador (pressão para baixo) nem memso é um trabalho que exige minuciosidade.

Porém, tendo em vista que a máquina acompanhava um espectro grande e diferente de pessoas, validou-se tomar a me-

dida de 1,90 para encontrar a altura adequada para manipulação da máquina. Esta opção foi a escolhida, pois é mais fácil

ajustar o tamanho da bancada através de um estrado para as pessoas mais baixas. O grupo chegou a propor um projeto de

estrado ajustável para diversas alturas, porém o projeto não foi posto como parte essencial do maquinário.

Através de estimativas , em função da altura H, e sabendo que a relação de H*0,630 daria-nos um valor médio da altura

desejada, encontramos que o valor deveria ser de 1,15m.

A máquina não deixou de ter espaços vazios (que pudessem acomodar os pés) na parte debaixo, pois ela deveria

facilitar a vida do usuário sem fazê-lo assumir uma postura inclinada (que forçaria a coluna e os músculos lombares, au-

mentadno a fadiga).

Porém, a maior mudança do projeto foi a tranfomação no método de corte. Percebe-se que exisit aum grande des-

perdício de energia, tanto por pawrte do usuário quanto da máquina, devido ao rolo fixo. Isso fazia com que a cada corte

o suário precisa-se se mover çpara o outro lado, retirar o material cortado, repor a máquian, ligá-la e ir para outroa lado e

assim por adiante (ver vídeo em anexo). Além da fadiga que este série de movimentos causava, ela acabava por tirar o foco

do operador dos rolos e centra-se no ato de “empurrar”, esta distração, tinha a potencialdiade, de causar acidentes por

distração. Após uma série de idéias, questionou-se o fato da meso móvel e do rolo fixo. Por que não mudar esta idiéa? Daí

surgiu a idéia de pormos uma mesa fixa no qual o que se movimentaria seria o rolo (imagem ilustrativa abaixo)

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Essa automatização do rolo provou-se muito eficiente, porém, era necessário que fosse posto algum artifício que

alertasse o usuário no momento do movimento (vale-se dizer que esta máquina foi projetada para ser manual e semi-au-

tomática, logo a segunda merecia uma alerta a mais). Duas medidas foram adotadas: um pequeno sinal luminosos na parte

central-superiro do rolo) e faixas amarelas no corpo inteiro do rolo (de acordo com a norma brasileira NBR 7195/1995, é

esta cor utulizada para indicar “cuidado” em equipamentos de movimento).

Este novo modelo para máquina de corte e vinco maximizaria a produção e tornaria a pordução muito mais sefura,

já que tornarioa o movimento por parte do susário muito menor (centrando-se apenas na produção).

Mas, junto das pesquisas, um outro fato atormentou o grupo: muitas vezes os operadores dispunham de um

suporte auxiliar para armazenar o material que deveria ser cortado e posteriormente, o resultado do corte. Logiamente, isso

prejudicava em vários fatores o operador, pois novamente fazia com que ele tirasse o foco do corte e vinco, aumentado os

fatores que poderiam causar algum acidente. Isso fez com que o grupo propusesse duas simples soluções: uma abertura na

parte frontal da máquina que ficaria o materila que deveria ser cortado naquele momento e um orifíco da parte detrás que

permitiria que após o corte, fosse armazenado o trabalho final. Este simples detalhe faria com que a produção aumentasse

expotencialemtne ao memso tempo que diminuia a quatnidade de acidentes

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FIXADOR DE FACAS

Um outro grande desafio relacionado a máquina anerioor seria alterar os mecanismos para prender a faca. COmo

foi visto, as máquinas antigas possuiam um método arcaico, exigindo força, tempo e equipamentos extras para solá-los.

Percebemos que era descessário tantos parafusso e adtou-se um sistmea simples que travas de dois lados, no qual apenas

um par de parafusos de cada lado trava pequenos placas de aço, segurando a faca no lugar definido. Este modelo de pinça

caba po segurar a faca de forma sem agredir a madeira e firme o suficiente para não deixá-la instável.

Em verde seria a faca e ao seu lado, as pinças criadas para segurar a máquina.

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RODAS

Um outro grande problema já citado era a grande dificuldade de movimentar a máquina devido seu peso. A fim de

solucionar este problema, instalou-se rodas emc ada pé da máquina. Para não tornaá-la instável, colocou-e travar am cada

uma delas, mantendo-a bem firme no local colocado, ao memso tempo, que fácil de se destravar para poder movimentá-la.

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Conclusão

Ao final, concluimos que grane parcela dos requisitos que tinhamos no começo forma atingindos, resultando

em um projeto inusitado para os padrões de mercado. Acreditamos que conseguimos redesenhar de forma bastante

satisfatória e inovadora um tipo de maquinário obsoleto para quem é da área, atinginda tando questões econômicas e

ergonômicas.

Porém, devido a uma longa busca da viabilidade destes tipos de mudança, acabamos por deixar de detalhar

alguns partes que seriam interessante serem trabalhados com mais cautela. Mas como um todo, pode-se dizer que o

projeto foi completado e atingiu sua meta.

Page 29: Ergonomia_corte e Vinco

Bibliografia

BERNARD, Thomas; RODGERS, Suzanne; CHENGALUR, Somadeeti - KODAK´S - Ergonomic Design for people work - editora

WILEY

WEERDMEESTER, Bernard; DUL, Jan - Ergonomia Prática- Editora Edgard Blucher

http://www.ibge.gov.br