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Erosão e sedimentação.  Qual é o papel da floresta no ciclo enchente, erosão, sedimentação, enchentes, em comparação ao de outros tipos de cobertura?   Não há resposta simples a esta questão. O público em geral permanece confuso sobre o papel da floresta com relação a erosão e enchentes, em função de slogans populares de pouco significado, ou de aplicação apenas local.  . !rosão. " processo pelo qual solo e minerais são destacados e transportados pela água, #ento, gra#idade e ati#idades do homem. !nergia cinética ou gra#idade e qu$mica %intemperi&ação' são a causa primária da erosão em todas as suas formas.  (o#imento de massa é qualquer forma de desprend iment o e transpo rte pela ação da gra#idade, incluindo desli&amento, queda de rochas, a#alanches, queda de barreiras e mo#imento gradual da manta de solo %)soil creep*, raste+amento'.  ob ação de ciclos de seca e úmidos, o mo#imento gradual do solo é uma deformação que pode ser obser#ada pela inclinação de ár#ores grandes na direção do decli#e, em escala de tempo de décadas. -r/imo 0s nascentes de rios, este mo#imento tende a formar encostas do tipo con#e/o1reta. Não se sabe se a floresta redu& este tipo de erosão dificultando o deslocamento da manta de solo, ou se o amplifica ao acrescentar mais massa 0 ação da gra#idade em decli#e, mas e/iste e#id2ncia de que no norte da 3alifrnia o mo#imento gradual da manta e posteriormente os desli&amentos ocorrem em larga escala tanto sob cobertura florestal quanto em áreas desflorestada. !m climas úmidos, ár ea s com decli#idades sup erio re s a 4 ou 56, en con tram1s e constantemente mo#endo suas mantas de solo para bai/o, o que gera em última inst7ncia os canais relacionados 0 erosão, mesmo sob condiç8es de cobertura florestal.  !rosão superficial por água. " o desprendimento e transporte de materiais do solo por impacto ou mo#imento da água sobre a superf$cie do solo, ou pelo mo#imento em canais perenes, intermitentes ou ef2meros.  !rosão subsuperficial por água. " a decantação atra#és da manta de solo de minerais dissol#idos %colides e limo também podem ser encontrados em minas e cisternas'. 9q:$feros subterr7neos podem conter mais que ;4 ppm em matéria dissol#ida. 9o contrá rio da erosão sup erficial, os pro dut os da erosão sub sup erf icial mo#em1se rapi dament e pa ra o oceano. 9l gu ns ge omorfologi st as acreditam qu e a er os ão subsuperficial desempenha papel tão importante no modelamento do terreno quanto a erosão superficial.  

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Erosão e sedimentação. Qual é o papel da floresta no ciclo enchente, erosão, sedimentação, enchentes, emcomparação ao de outros tipos de cobertura? 

 Não há resposta simples a esta questão. O público em geral permanece confuso sobreo papel da floresta com relação a erosão e enchentes, em função de slogans popularesde pouco significado, ou de aplicação apenas local. .  !rosão. " processo pelo qual solo e minerais são destacados e transportados pela

água, #ento, gra#idade e ati#idades do homem. !nergia cinética ou gra#idade equ$mica %intemperi&ação' são a causa primária da erosão em todas as suas formas.

 

(o#imento de massa é qualquer forma de desprendimento e transporte pela ação da gra#idade,

incluindo desli&amento, queda de rochas, a#alanches, queda de barreiras e mo#imento gradual damanta de solo %)soil creep*, raste+amento'. ob ação de ciclos de seca e úmidos, o mo#imento gradual do solo é uma deformaçãoque pode ser obser#ada pela inclinação de ár#ores grandes na direção do decli#e, emescala de tempo de décadas. -r/imo 0s nascentes de rios, este mo#imento tende aformar encostas do tipo con#e/o1reta. Não se sabe se a floresta redu& este tipo deerosão dificultando o deslocamento da manta de solo, ou se o amplifica ao acrescentar mais massa 0 ação da gra#idade em decli#e, mas e/iste e#id2ncia de que no norte da3alifrnia o mo#imento gradual da manta e posteriormente os desli&amentos ocorrem

em larga escala tanto sob cobertura florestal quanto em áreas desflorestada. !m climasúmidos, áreas com decli#idades superiores a 4 ou 56, encontram1seconstantemente mo#endo suas mantas de solo para bai/o, o que gera em últimainst7ncia os canais relacionados 0 erosão, mesmo sob condiç8es de cobertura florestal. !rosão superficial por água. " o desprendimento e transporte de materiais do solo por impacto ou mo#imento da água sobre a superf$cie do solo, ou pelo mo#imento emcanais perenes, intermitentes ou ef2meros. !rosão subsuperficial por água. " a decantação atra#és da manta de solo de mineraisdissol#idos %colides e limo também podem ser encontrados em minas e cisternas'.9q:$feros subterr7neos podem conter mais que ;4 ppm em matéria dissol#ida. 9ocontrário da erosão superficial, os produtos da erosão subsuperficial mo#em1serapidamente para o oceano. 9lguns geomorfologistas acreditam que a erosãosubsuperficial desempenha papel tão importante no modelamento do terreno quanto aerosão superficial. 

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;.  <isco de erosão. !ste termo qualifica o potencial erosi#o por regi8es, locali&açãoe tipo de uso da terra, refletindo os efeitos combinados de erodibilidade eerosi#idade. !m regi8es áridas de clima temperado com precipitação de ;44 a 544mm por ano como as pradarias do =e/as e No#o (é/ico %!>9', o risco é maior,#isto ocorrem alguns e#entos de chu#a pesada e a chu#a total é insuficiente paramanter uma cobertura total do solo.

 !rodibilidade é a susceptibilidade %propriedade' do material aos agentes erosi#os.9reia é mais suscept$#el que limo, e limo mais que argila. iferentes condiç8es deumidade e compactação do solo mudam a sua erodibilidade. urante infiltração, aerodibilidade diminui mas em casos de saturação e formação de minas%)e/filtração*' a erodibilidade aumenta %por e/emplo, a formação de pequenasgalerias em encostas'. !rosi#idade é uma propriedade do agente erosi#o %chu#a, #ento, ne#e'.@elocidades ele#adas aumentam a erosi#idade, assim como o tipo e quantidade dematerial em suspensão. Aotas de chu#a são mais erosi#as que a água emmo#imento sobre a superf$cie. 

!rosão natural %geolgica' refere1se ao processo que ocorre naturalmente %em tempogeolgico' sem influ2ncia do homem, como por e/emplo, deltas de grandes rios,grande e/tensão de rochas sedimentares %formadas por deposição de sedimentos'. !rosão acelerada refere1se 0s ta/as de erosão relacionadas 0s ati#idades do homem.

 !rosão cultural é a erosão causada por engenhos mec7nicos usados em agricultura,construção, estradas, dragagem de canais, mineração. Neste caso, o homem é o agentedireto na produção de erosão. -a#imentos de erosão são camadas de pedras ou sei/os sobre a superf$cie do soloindicando erosão passada %part$culas de solo foram carreadas dei/ando apenasmaterial grosseiro' e ser#indo como uma barreira para erosão posterior. 

B.  -rodutos de erosão. iferentes termos são usadosC edimentos em suspensão é a matéria particulada em suspensão na água emmo#imento. !m média, menos de B6 da #a&ão de rios é sedimento em suspensão. ODelloE <i#er da 3hina carrega até F46 de sedimentos durante enchentes pesadas. 

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edimentação é o processo pelo qual material em suspensão é depositado. -art$culasmaiores #ia+am dist7ncias curtas e part$culas menores #ão mais longe. -art$culas finasde argila #ia+am até o pr/imo corpo dGágua parada, onde pode formar uma camadauniforme no fundo. (aterial dissol#ido refere1se a materiais carreados em solução pela água, incluindomatéria org7nica e solutos gasosos. 9 qualidade do material dissol#ido determinam a

 produti#idade biolgica dos rios. 3arga de fundo são os materiais maiores, em geral minerais, que se mo#em no fundodo rio, como cascalho, sei/os em função das forças de #elocidade e borbulhamento%salto, tombamento, rolamento, escorregamento'. " o principal processo de transportede sedimentos durante cheias de canais com decli#e acentuado. !m canais com fundoarenoso, part$culas de areia se mo#em pelo mesmo processo. <estos org7nicos incluem folhas, ra$&es, galhos, casca, frutos e restos de animais.!mbora não se trate de parte do processo de erosão, restos org7nicos tornam1se parteda carga dos rios e afetam o processo de erosão do solo. epositados em #ár&eas,aumentam a fertilidade do solo e fa#orecem o desen#ol#imento #egetal, que por sua#e& retém mais sedimentos. 9 fauna aquática e os fundos decomp8em os restos#egetais e assimilam boa parte de seus nutrientes. 3arga total de rios num dado ponto inclui toda a matéria org7nica e inorg7nica %emsolutos, sedimentos em suspensão, carga de fundo ou restos org7nicos.

 H.  Mecânica da erosão pela água. 9 erosão se dá em tr2s fasesC desprendimento,transporte e deposição %sedimentação'..  !rosão superficial é causada principalmente por água. O desprendimento

ocorre pelo impacto, quebra, arrancamento, ascensão por bolhas,congelamento, liquefação ou decomposição qu$mica.

 esprendimento de colides, dispersão e solução sob influ2ncia daenergia da gota dGágua, flutuação de temperatura e congelamento dosolo.

 !rosão por )splash*, ação da energia da gota dGágua da chu#a que lança part$culas para bai/o e para cimaI em decli#es de 46, o #olume de part$culas no sentido do decli#e é B #e&es superior ao #olume para cima. !rosão laminar, ocorre pela combinação do splash com o mo#imento daágua no decli#e.

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 !rosão em sulco, ocorre quando a água superficial atinge pequenasdepress8es, ganha #elocidade e profundidade e começa a transportar 

 produtos de erosão. !rosão em #ossoroca pode ser formada rapidamente em função da

 profundidade, #elocidade e #olume da água. @ossorocas normalmente seiniciam quando flu/o subsuperficial emerge em encostas de colinas. oistipos de #ossorocas são distintosC 

@ossorocas em forma de @ ocorrem em solos rasos e deerodibilidade uniforme. 3obertura #egetal é em geral suficiente

 para controlar este tipo de #ossoroca porque a energia da gotadGágua é o principal agente erosi#o. @ossorocas em forma de > são formadas quando as camadas mais

 profundas são mais erod$#eis que as mais superficiais, como nocaso de H te/tural sobre 3 arenoso. -odem atingir di#isores deágua de uma bacia, mostrando que uma pequena quantidade demo#imento de água superficial é suficiente para manter a#ossoroca ati#a. 

!rosão de canal ocorre pelo recorte de depsitos antigos ou pelaformação cur#il$nea natural %ou artificial' de cursos dGágua. 9s #ár&eas

de grandes rios são constantemente trabalhadas pela energia cinética daágua %Aeomorfologia Jlu#ial é a disciplina que trata dos processos deerosão de canal'. 9brasão ocorre em todos os canais pela ação de materiais slidosmo#endo1se com a águaI pedras são redu&idas por abrasão a sedimentosfinos até chegar ao oceano. 9brasão também ser#e para alargar pontos deestrangulamento de canais %gargantas'. 

;.  esprendimento e transporte. 9 energia cinética da gota dGágua % K e' é

suficiente para lançar part$culas de solo a m de alturaC  >nidades (K;=1;  LM.

  M  é a massa e V  a #elocidade da gota de chu#a. 9 energia %de impacto' dagota dGágua pro#oca o desprendimento %o descolamento' das part$culas de

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solo que são presas umas 0s outras por adesão e coesão. 9 l7mina dGágua,sulco e #ossoroca resultantes, transportam as part$culas de solo. 

!/emploC e+a uma chu#a pesada de ; cm em hora em m; de solo. 9#elocidade final é de ,P ms. 9 água não infiltra e adquire uma #elocidadede 4,; ms na superf$cie. 3omo a massa de água é a mesma, pode1secomputar a ra&ão entre a energia da chu#a % K er ' e a da flu/o de água nasuperf$cie, % K es', usando LM.C

  R %,P ms';%4,;ms'; R FFF Sischmeir and mith %TP5' estabeleceram a seguinte equação paraestimar a energia de uma chu#a de intensidade U em polegadashora %a cadahora'.

 9 maior parte da energia é dispersada %atenuada' em compactação,turbul2ncia e calor. 9 interceptação de chu#a pela #egetação pro#oca acoalesc2ncia de gotas em gotas maiores que ao cair podem no#amenteatingir a #elocidade de msI ou se+a, apenas #egetação de bai/o porte

 protege o solo mineral da ação da gota de chu#a. olos de florestasqueimados anualmente ou submetidos a pastoreio podem produ&ir escoamento superficial em decli#es pelo entupimento dos poros de solo por 

 part$culas finas pro#ocado pela energia da gota dGágua. 

9pro/imadamente ton.ha de restos org7nicos absor#e TM 6 da energia dagota de chu#a. 3hão de florestas tem de a 5 ton.ha. (esmo B44 Vg derestos por hectare, como no caso das ac$culas de pinus, redu& a erosi#idadeda chu#a em 56 ou mais. O efeito hidrolgico de material em suspensão

 presente na água em mo#imento de solos sob cobertura florestal é, emgeral, negligenciá#el. B.  -re#isão de erosão. <isco de erosão foi sinteti&ado em P fatores

comple/os na chamada equação universal de perda de solos, proposta por S.W. Sischmeier por #olta de TP4C

  LM.B

em que 9 é a perda de solo em ton.acreano, < é a erosi#idade da precipitação, X é a erodibilidade %função do tipo de solo', K é ocomprimento da rampa, é a decli#idade, 3 é um fator associado ao

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mane+o %cobertura morta, palhada,...' e - é um fator de controle de erosão%terraços, etc.'. 9penas 9, X e < tem unidade, as outras #ariá#eis são e/pressas comora&8es de perdas de solos em relação a perdas e/perimentais medidas noque se con#encionou chamar )plots unitários* %;,P pés de comprimento,com decli#idade uniforme de T6, continuamente em pousio, e arado

 para cima e para bai/o do sentido da decli#idade'. 9 erosi#idade é a soma anual do produto de dois fatores de chu#amedidos em cada localidade. @erificou1se que dois fatores produ&em amelhor correlação com a perda de solos por plots unitáriosC 

 K G é computado de LM.; para cada tempestade, I B4 é a intensidademá/ima de B4 min %pol.hora' em cada e#ento, e n é o número de e#entosde chu#a por ano. 9 equação M.F reflete o fato de que a energia cinéticadas gotas de chu#a pro#ocam o desprendimento de part$culas d solo eque o flu/o turbulento produ&ido pelo e/cesso de chu#a sobre ainfiltração retira solo da área. 9 figura M. adiante apresenta um mapa dofator de erosi#idade % R de Sischmeier' para parte do leste dos !>9. Jlorestas e áreas de #egetação natural %cerrado, etc.'. 9 equação LM.B é#álida para descre#er erosão em condiç8es de campos agr$colas, enecessita ser modificada para pre#er perdas de solo para bacias de

drenagem e áreas de florestas. Os fatores K, , 3 e - são definidos emtermos de decli#idades uniformes, espaçamento entre linhas e entre plantas e práticas de conser#ação. Jlorestas implantadas se assemelhamde alguma forma aos campos agr$colas. Na maioria das #e&es, o uso daequação LM.B para uma bacia de drenagem de a ordem produ&superestimati#as de uma %' ordem de grande&a. !/iste a necessidadeurgente de se produ&ir equaç8es de erosão que acomodem a totalidade deuma bacia de drenagem e o padrão comple/o e as práticas de mane+o deflorestas e outros ecossistemas naturais.F.  !rosão subsuperficial é causada principalmente pela água e animais

que #i#em no solo %principalmente formiga e cupim'. 9 e/portação deminerais dissol#idos se dá principalmente na água efluente. !mmilh8es de anos, a li/i#iação do solo poroso e matéria primária dasrochas pro#ocou o encolhimento da superf$cie da terra e salgou o mar.Os ácidos fracos formados na chu#a e na água em percolação

 pro#ocam erosão subsuperficial em áreas de solos sedimentares,formando sumidouros %buracos' e rios subterr7neos. O processo é

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 bem mais fraco em granitos, basaltos, argilas e areias quart&osas. 9 presença de #egetação pode redu&ir o e/cesso de precipitação sobree#apotranspiração, redu&indo a erosão subsuperficial.

 )soil piping* é uma forma de erosão subsuperficial na qual túneisde di7metro #ariando do cm até m são formados nos bancos derios, riachos e #ossorocas. !ste processo é associado comsaturação temporária, alto teor de sdio no solo e, em algunscasos, aos buracos de formigas, cupins e alguns on$#oros %tatu,topeira'. 

3.  Medição de erosão. Não é fácil. 3hu#as e enchentes #ariam enormemente e umúnico e#ento e/traordinário pode produ&ir até 56 de toda a erosão de uma

 pequena bacia num per$odo de 4 anos. Arandes rios mo#em sedimentos de formamais uniforme e muito dif$cil de medir porque o processo é principalmente cargade fundo. 3omo é necessário separar a erosão acelerada da natural, tem sein#estido bastante no desen#ol#imento de métodos de medição, que podem ser classificados de acordo com seu tipo de aplicaçãoC s$tio de desprendimento,transporte ou deposição.

 .  $tio de desprendimento. O mo#imento de material da fonte pode ser 

relacionado 0 prática cultural ou condição natural que o pro#oca. 9lgunsmétodos sãoC

(arcadores de ferros que ser#em como refer2ncia para o desnudamento

da superf$cie em relação 0 condição original, atra#és de fotografiastomadas anualmente ou per$odos mais longos.Harras de ferro fincadas em profundidade na decli#idade do solo paramedir o raste+amento do solo% soil creep' atra#és da mudança dainclinação ao longo de anos ou décadas. =raçadores %corantes, material radioati#o e areia branca' tem sido usados

 para determinar o padrão de desprendimento e remoção da superf$cie dosolo. 

-esagem de pa#imentos de erosão é usado como um $ndice de erosãogeolgica %por unidade de área di#idido pelo peso das pedras por unidadede #olume do subsolo'. !studos do perfil do solo, por e/emplo, e/ame do hori&onte 9remanescente aps histria de uso é, algumas #e&es, usado numa baseregional.

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 ;.  (aterial em transporte. ão estimados por amostragem da água em

mo#imento, ou coletada em estaç8es de sedimentação, ou mesmo numacombinação. e restos org7nicos estão presentes isto se torna dif$cil. 9amostragem de#e ser proporcional 0 ta/a de descarga. 3arga de fundo erestos org7nicos podem ser amostrados apenas em estaç8es %bacias' deestabili&ação e amostrando tanto para conteúdo org7nico quanto inorg7nico.9 figura abai/o mostra uma instalação deste tipo para uma bacia de 44 haou mais.

 Untegração de amostras %da superf$cie até o fundo' de#e ser reali&ada parase assegurar que o flu/o num dado ponto se+a bem representado. Oscoletores de amostras %garrafas' de#em amostrar os #ários n$#eis, porque otamanho das part$culas e densidade dos sedimentos aumenta da superf$cie

 para o fundo. 9mostragem rápida %)grab samples*' em pequenos rios de#e ser feita em

 pontos de turbul2ncia onde ha+a mistura da água e sedimentos emsuspensão, ou quando se dese+a amostrar apenas material dissol#ido %nestecaso o efeito da gra#idade e do mo#imento da água é despre&$#el'. ispositi#os de coleta de transporte de fundo não são confiá#eis emgrandes enchentes porque sempre entornam e as correntes são #iolentas.!m condiç8es de escoamento básico ou pequenas enchentes, estes

dispositi#os podem ser bons indicadores do transporte de sedimentos nofundo. ispositi#os automáticos são a no#a ferramenta amplamente usada paramonitorar poluição e qualidade da água. >m amostrador proporcional é aroda de 3oshocton que gira pela força da água e des#ia 5 milésimos doflu/o controlado num tanque de arma&enamento para análise. =urbide& da água %$ndice definido como a atenuação da lu& na água causada

 por sedimentos em suspensão' é medido para determinar seu potencial de

uso recreati#o. >ma forma é determinar até que profundidade um disco branco %preso num bastão graduado' pode ser #isto enquanto é afundado. 

B.  (ec7nica de transporte. 9 energia da água em mo#imento é menor que a dachu#a em queda, mas é suficiente para mo#er solo erod$#el ou +ádesprendido. !studos hidráulicos mostram que a #elocidade média da água

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num sulco, #ossoroca ou curso dGágua é proporcional ao quadrado da alturada l7mina dGágua %d 'C

9 capacidade da água de mo#er part$culas soltas depende de seu tamanho

%di7metro'. 9 equação LM. mostra que a energia para reali&ar trabalho emuma part$cula e/posta de dado tamanho #aria diretamente com o quadradoda #elocidadeC

 Não le#ando em conta turbul2ncia %dissipador de energia', o tamanho das part$culas mo#idas aumenta até F #e&es quando a #elocidade dobra, masapenas dobra com a decli#idade %se esta também dobra'. !m outras

 pala#ras, a decli#idade não é tão bom indicador de erodibilidade quanto aaltura e #elocidade da água. !m florestas, a decli#idade é muito menoscr$tica que em agricultura, em função dos restos florestais no solo queredu&em a #elocidade da água e aumentam a infiltração. !m floresta, orisco de erosão de#e se basear principalmente no padrão de perturbação%caminho da água e a e/posição do solo' e menos na decli#idade.F.  eposição de sedimentos. 9 melhor forma de se medir ta/as regionais

de desnudação é pelo estudo peridico do material depositado em lagos,lagoas e reser#atrios, atra#és de escalas ou sonar, uma #e& que aredução substancial da #elocidade em grandes corpos dGágua pro#ocama sedimentação de todo tipo de material %menos solutos e colides'.

 

Exportação continental de sedimentos. egundo Woleman %TPM', as ta/asanuais de e/portação de sedimentos para os oceanos sãoC 3ontinente toneladasVm;anoYfrica ;5!uropa B;9ustrália F49mérica do ul 5P9mérica do Norte MPYsia 5BP(édia mundial ponderada M;

 9 contribuição dos maiores rios dos !>9 foi também resumida por Woleman %TPM'C <io toneladasVm;ano(ississipi T(issouri 5Tt. KaErence B

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3olorado %antes dos diques' BM43olumbia B5Ohio PTHra&os B549labama BF

-otomac P4elaEare 5!el %cotia, 3alifrnia' ;444 Z B444

 !m função de práticas de conser#ação do solo, construção de reser#atrios eabandono de fa&enda, a produção de sedimentos nos !>9, #em diminuindo desdeTF4 %Jigura M.;'. 9 maior fonte de sedimentos é a agricultura praticada em sulcos,mane+o inadequado da pastagem e trabalho de construção. !/tração seleti#a eoutras práticas florestais contribuem com uma fração pequena do total, mase/portação de sedimentos de estradas de acesso e trilhas podem ser se#eras, em

escala local. eposição de sedimentos destrui propriedades, pro#oca ele#ação das cotas deinundação pela redução da capacidade do canal, interfere na #ida aquática, eaumentam o limo de cursos dGágua, reser#atrios e lagos naturais. omado a perdade fertilidade do solo, o custo total anual da erosão natural e artificial é da ordemde bilh8es de dlares %somente nos !>9'.

!.  Taxas de desprendimento são em geral maiores que sedimentos, dependendo deonde se fa& a amostragem. Quantidades de solo desprendidas %descoladas' podemse deslocar poucos metros de uma trilha ou um campo, e ficar estacionárias por 

centenas de anos. Woleman %TPM' afirma que a sa$da anual de sedimentos no <io-otomac %P4 tonsVm;' é apenas 56 do total de solo desprendido dentro da bacia.Quanto menor a área considerada, maior a ra&ão entre sa$da e desprendimento. <a&8es sa$dadesprendimento não #ariam muito em função do uso da terra emfloresta. -or e/emplo, áreas de floresta nati#a e cortada %solo nu' podem ter amesma ra&ão porque os #alores de desprendimento e e/portação são ambos

 pequenos na floresta nati#a e grandes em áreas cortadas. !/istem diferenças entre e/portação e desprendimento do ponto de #ista de

mane+o, #isto que desprendimento pro#oca danos locais para o proprietário e parao solo, e e/portação causa danos a +usante de sua área de origem, para os #i&inhose para o público. =al fato tem estimulado o surgimento de leis que regulam omane+o local, o que tem pro#ocado um aumento do interesse de proprietários e do

 público em geral em conhecer melhor as causas de desprendimento e e/portaçãode sedimentos. 

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.  !rosão acelerada. O grande delta do rio (ississipi mostra que a erosãonatural +á era imensa antes da ocupação das bacias tributárias pelos colonoseuropeus. !/iste e#id2ncia de que a erosão acelerada que ocorreu desdeentão, de#e1se não a derrubada das florestas, mas principalmente aC 'culti#o sem cuidado e ;' pastoreio e/cessi#o. 9tualmente, grandes trabalhosde construção %estradas, ferro#ias, etc...' é uma contribuição e/pressi#a 0erosão acelerada.

 9ti#idades florestais que aceleram erosão, listadas por ordem de danoscausados aos programas de mane+o florestal sãoC 

!stradas e trilhas de acesso afetam mais erosão de áreas florestais que acombinação de todas as outras. !ncrostamento de canais por estradas, colheita, preparo da área%principalmente em áreas onde a rede de acesso é ruim, como mostra oe/emplo da figura M.B abai/o'. (étodos de preparo do s$tio, como desenrai&amento e arado de disco. 3olheita pode contribuir quando associado a um sistema ruim de estradasde acesso. 9ti#idades de pre#enção e combate ao fogo, e em particular o uso de

taipas para acero com l7mina dGágua, podem pro#ocar danos locali&ados. 9ti#idades de recreação, como camping, montanhismo, competição de#e$culos do tipo fora de estrada, acessos precários a s$tios, entre outras,também pro#ocam erosão, ainda que a e/portação de sedimentos

 pequena. 9ti#idades de mane+o de #ida sel#agem, incluindo superpopulação,acesso precário de caçadores e pescadores também são fontes locali&adasde sedimentos.

 9s melhores práticas de mane+o incluem dois elementos para minimi&ar a e/portação de sedimentos em áreas de práticas sil#iculturaisC '

 plane+amento a#ançado e construção cuidadosa do sistema de acesso e,;' &oneamento da propriedade florestal para mane+o especial das fai/asao longo dos canais de drenagem. 

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;.  -apel do fogo associado 0 erosão. Jogo sempre este#e presente emecossistemas florestais ou sa#anas. !m algumas áreas de decli#idadeele#ada e #egetação arbusti#a, particularmente em regi8es de secasfreq:entes e bai/a umidade relati#a do ar, como parte da 3alifrnia%!>9' e áreas mediterr7neas, o fogo pode aumentar erosão porC

•  ei/ar mais solto solo e rochas, causando desli&amentos superficiais•  !/pondo o solo 0 ação da gota de chu#a e erosão por sulco•  =ornando a camada superficial temporariamente repelente a água,

aumentando o escoamento superficial sem infiltração•  !ntupindo os poros da superf$cie pela erosão do tipo splash.

 !m áreas úmidas de florestas, o hori&onte 9 do solo é entrelaçado com ra$&es finas ematerial grosseiro que raramente queima. O sistema radicular a+uda a reter o solo em

chu#as erosi#as e a #egetação rasteira retorna rapidamente. O uso de fogo anual podee#entualmente redu&ir a colheita e adicionar li/o no solo ao ponto de acelerar aerosão, mas fogo ocasional %natural ou não' raramente pro#oca erosão, a menos queseguido por culti#o descuidado, pastoreio e/cessi#o ou retirada desordenada demadeira nati#a. 

B.  !feito da geada na erosão. 3ongelamento %contração' e descongelamento%e/pansão' pro#ocam desprendimento do solo e a la#agem de uma camadamuito fina da superf$cie %mm' encosta abai/o. -odem também pro#ocar amorte de plantas dei/ando o solo nu por certo per$odo de tempo.

 J.  Sumário dos fatores associados a erosão e sedimentação. -ara refer2ncia

rápida, #er a tabela que segueC

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 Causas e

Problemas

Fases da erosão

 Jontes de energia

 para erosão

esprendimentoC intensidade e #elocidade da chu#a, #a&ão de cursosdGágua e #ossorocas. < de Sischmeier e #olume dGágua.

=ransporteC #olume e #a&ão de pico, carga de sedimento +á transportada pela enchenteeposiçãoC #elocidade da %gota de' chu#a, restos #egetais e infiltração

 usceptibilidade

dosolo

esprendimentoC erodibilidade intr$nseca do solo, fator X, e/filtração dasuperf$cie sob erosão.=ransporteC tamanho das part$culas, decli#idade, forma dos sulcos e#ossorocaseposiçãoC #elocidade da chu#a, #ariaç8es de decli#idade e rugosidade dasuperf$cie

 <iscos pro#ocados

 pela agricultura

esprendimentoC e/posição anual pelas práticas de culti#o %arar e gradear',sistemati&ação, compactação por animais e máquinas, decli#idade dos

campos.=ransporteC #elamento dos poros do solo causando flu/o lateral, sulcos e#ossorocas, decli#idade dos campos.eposiçãoC depsito nos terraços, base dos campos.

 

<iscos da malhade acesso

esprendimentoC comprimento, largura, grau de inclinação, per$odo deuso, estabili&ação de estradas e trilhas.=ransporteC grau de inclinação da estrada e locali&ação em relação 0s áreasfontes de erosão e escoamento %#ariá#eis'.eposiçãoC depsitos em depress8es, retorno, des#ios pro#ocados por #egetação, cru&amento de rios.

 

<iscos do sistemade canais

esprendimentoC picos de #a&ão e freq:2ncia, #olume, #egetação dos

 bancos, restos pro#enientes de diques, ár#ores instá#eis, ele#aç8es naturaisdas margens, sedimentos antigos, e/pansão do canal durante as cheias.=ransporteC gradiente do canal, largura, profundidade e #elocidade doflu/o, tamanho das part$culas.eposiçãoC em pontos de quebra de grau, meandros, lagoas, lagos, p7ntanos, e ele#aç8es naturais.

 

<iscossil#iculturais

esprendimentoC e/posição ocasional do solo na colheita, preparo para plantio, inc2ndios e fogo proposital e plane+ado.=ransporteC padrão de distribuição de res$duos e restos, leiras, padrão de preparo do solo, orientação dos campos de solo nu, largura das fai/as de proteção dos rios.

eposiçãoC material grosseiro em geral permanece no s$tio, material maisfino e/portado %determinado pela dist7ncia e padrão de distribuição dosrestos florestais entre o ponto de desprendimento e os cursos dGágua perenes'.

 O ranVing de e/portação de sedimentos éC agricultura, malha de acesso, distúrbios noscanais e ati#idades sil#iculturais.

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