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ESCOLA DE ENFERMAGEM WENCESLAU BRAZ ANA LUIZA SENE BRITO NORMA REGULAMENTADORA 32: informações dos médicos e acadêmicos de medicina ITAJUBÁ 2012

ESCOLA DE ENFERMAGEM WENCESLAU BRAZ ANA LUIZA … · Enfermagem) com apoio do ... “Qualquer norma ou lei se torna inerte, se não houver aplicabilidade real por ... Termo de Consentimento

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ESCOLA DE ENFERMAGEM WENCESLAU BRAZ

ANA LUIZA SENE BRITO

NORMA REGULAMENTADORA 32: informações dos médicos e acadêmicos de

medicina

ITAJUBÁ

2012

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ANA LUIZA SENE BRITO

NORMA REGULAMENTADORA 32: informações dos médicos e acadêmicos de

medicina

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de Enfermagem Wenceslau Braz como requisito parcial para a obtenção do título de Enfermeira com apoio do PROBIC/FAPEMIG.

Orientadora: Profª M.ª Aldaíza Ferreira Antunes Fortes. Coorientadora: Profª. M.ª Ana Maria Nassar Cintra Soane.

ITAJUBÁ

2012

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B862n Brito, Ana Luiza Sene. Norma regulamentadora 32: informações dos médicos e acadêmicos de medicina / Ana Luiza Sene Brito. – 2012. 71 f.

Orientadora: Profª. M.ª Aldaíza Ferreira Antunes F. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Enfermagem) com apoio do Programa de Bolsa Científica - (PROBIC/FAPEMIG) Escola de Enfermagem Wenceslau Braz - EEWB, Itajubá, 2012. 1. Segurança do trabalho. 2. Saúde do trabalhador. 3. Riscos ocupacionais. I. Título.

NLM: WA 400

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação elaborada pela Bibliotecária Karina Morais Parreira CRB 6/2777 da Escola de

Enfermagem Wenceslau Braz – EEWB

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Dedico este estudo a todos os profissionais que se disponibilizaram a participar da

entrevista, contribuindo para este novo aprendizado.

Ana Luiza

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por ter colocado a ciência da enfermagem, esta

pesquisa e as pessoas que contribuíram a ela, direta ou indiretamente, em meu

caminho, proporcionando-me a felicidade decorrente da realização de um trabalho

realizado com tanto afinco.

Às professoras Aldaíza Ferreira Antunes Fortes e Ana Maria Nassar Cintra

Soane, que me motivaram e estiveram ao meu lado durante todas as etapas deste

trabalho e que, com paciência e compreensão, contribuíram imensamente para o

meu crescimento profissional.

Ao Programa de Bolsa de Iniciação Científica (PROBIC)-FAPEMIG, pela

oportunidade da construção de novos conhecimentos que foram somados ao meu

desenvolvimento acadêmico.

À minha família, amigos e namorado, que estiveram sempre ao meu lado

durante todas as dificuldades, que compreenderam minha ausência e me ensinaram

que devemos sempre perseverar nos nossos objetivos.

E a todos os participantes deste estudo, que o tornaram um meio de

conhecimento, aprendizado e realização profissional.

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“Qualquer norma ou lei se torna inerte, se não houver aplicabilidade real por parte dos principais beneficiários aos quais ela se destina.”

Eunice Kimie K. Nakamura

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RESUMO

Estudo de abordagem qualitativa, do tipo exploratório, descritivo e transversal, desenvolvido com o intuito de conhecer as informações dos acadêmicos de medicina e médicos da cidade de Itajubá, MG, acerca da Norma Regulamentadora 32 (NR-32). Foram entrevistados 10 acadêmicos de medicina e 10 médicos, pois houve saturação de dados. A amostragem foi não probabilística intencional. A coleta de dados foi realizada mediante entrevista semi-estruturada, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem Wenceslau Braz. Os dados foram analisados e interpretados por meio do método de Análise de Conteúdo de Bardin. Por meio as categorias emergidas constatou-se grande desconhecimento sobre a NR-32, sua abordagem e aplicação pelos entrevistados, ou seja, o conhecimento sobre a norma é, na maioria das vezes, superficial, insuficiente, limitado e pouco aplicado. A NR-32 necessita ser divulgada e aplicada entre o meio profissional objetivando a conscientização e, consequentemente a proteção e segurança nos ambientes de trabalho.

Palavras-chave: Segurança do trabalho. Saúde do trabalhador. Riscos ocupacionais.

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ABSTRACT

This is a qualitative study is an exploratory, descriptive and cross in order to know the information of medical students and doctors of the city of Itajubá, MG, about Norm 32 (NR-32). We interviewed 10 medical students and 10 doctors, because there was saturation of data. The non-probability sampling was intentional. Data collection was conducted through semi-structured interview, after approval by the Ethics Committee in Research of the School of Nursing Wenceslau Braz. Data were analyzed and interpreted through the method of content analysis of Bardin. After analysis with the categories originated, it was found widespread ignorance about the NR-32, its approach and application by the respondents, ie, knowledge of the standard is, in most cases, superficial, inadequate, limited and poorly applied. The NR-32 needs to be disseminated and applied between the occupational objective awareness and consequently the protection and safety in the workplace.

Keywords: Occupational safety. Occupational health. Occupational hazards.

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LISTA DE ABREVIATURAS

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

CDC Centers of Disease Control

CIE Conselho Internacional de Enfermagem

CNEN Comissão Nacional de Energia Nuclear

CTI Centro de Terapia Intensiva

EAS Estabelecimentos de Assistência à Saúde

EPIs Equipamentos de Proteção Individual

FAP Fator Acidentário de Prevenção

FAPEMIG Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

NIOSH National Institute of Occupational Safety and Health

NR Norma Regulamentadora

OIT Organização Internacional do Trabalho

OSHA Occupational Safety and Health Association

PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

SAT Seguro Acidente de Trabalho

SSO Segurança e Saúde Ocupacional

SUS Sistema Único de Saúde

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...............................................................................................13

1.1 INTERESSE PELO TEMA .............................................................................14

1.2 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO.......................................................................15

1.3 OBJETIVOS DO ESTUDO ............................................................................16

2 MARCO CONCEITUAL.................................................................................17

2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA NR-32 ................................................................17

2.1.1 Evolução na sua criação .............................................................................17

2.2 OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E A NR-32 ...............................................20

3 TRAJETÓRIA METODOLÓGICA .................................................................22

3.1 CENÁRIO DE ESTUDO.................................................................................22

3.2 DELINEAMENTO DO ESTUDO ....................................................................23

3.3 PARTICIPANTES, NATUREZA DA AMOSTRA E AMOSTRAGEM ..............24

3.4 COLETA DE DADOS.....................................................................................25

3.4.1 Instrumento para a coleta de dados...........................................................25

3.4.2 Procedimentos para a coleta de dados .....................................................25

3.5 PRÉ-TESTE...................................................................................................26

3.6 ANÁLISE DOS DADOS .................................................................................26

3.7 ÉTICA DA PESQUISA ...................................................................................27

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.............................29

4.1 RESULTADOS REFERENTES AOS ACADÊMICOS DE MEDICINA –

DADOS PESSOAIS........................................................................................29

4.1.1 Dados das questões abertas referentes ao objetivo do estudo ..............29

4.2 RESULTADOS REFERENTES AOS MÉDICOS – DADOS PESSOAIS........34

4.2.1 Dados das questões abertas referentes ao objetivo do estudo ..............35

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................44

6 CONCLUSÃO................................................................................................46

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REFERÊNCIAS.............................................................................................47

APÊNDICE A – Roteiro de entrevista semi-estruturada...........................50

APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido................51

APÊNDICE C – Extração das ideias principais dos acadêmicos de

medicina.......................................................................................................52

APÊNDICE D – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias

principais extraídas dos depoimentos dos acadêmicos de medicina....53

APÊNDICE E – Agrupamento das idéias principais semelhantes

originando as categorias ............................................................................54

APÊNDICE F – Extração das ideias principais dos acadêmicos de

medicina.......................................................................................................55

APÊNDICE G – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias

principais extraídas dos depoimentos dos acadêmicos de medicina....56

APÊNDICE H – Agrupamento das idéias principais semelhantes

originando as categorias ............................................................................57

APÊNDICE I – Extração das ideias principais dos acadêmicos de

medicina.......................................................................................................58

APÊNDICE J – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias

principais extraídas dos depoimentos dos acadêmicos de medicina....59

APÊNDICE K – Agrupamento das idéias principais semelhantes

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originando as categorias ............................................................................60

APÊNDICE L – Extração das ideias principais dos médicos...................61

APÊNDICE M – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias

principais extraídas dos depoimentos dos médicos ...............................62

APÊNDICE N – Agrupamento das idéias principais semelhantes

originando as categorias ............................................................................63

APÊNDICE O – Extração das ideias principais dos médicos ..................64

APÊNDICE P – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias

principais extraídas dos depoimentos dos médicos ...............................65

APÊNDICE Q – Agrupamento das idéias principais semelhantes

originando as categorias ............................................................................66

APÊNDICE R – Extração das ideias principais dos médicos ..................67

APÊNDICE S – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias

principais extraídas dos depoimentos dos médicos ...............................68

APÊNDICE T – Agrupamento das idéias principais semelhantes

originando as categorias ............................................................................69

ANEXO A – Parecer Consubstanciado n. 592/2010..................................70

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1 INTRODUÇÃO

A Norma Regulamentadora (NR) 32, intitulada Segurança e Saúde no

Trabalho em Estabelecimentos de Assistência à Saúde, é uma norma específica

para os estabelecimentos ou prestadores de serviços de saúde. Os

estabelecimentos passam a ter parâmetros, paradigmas e metodologia para a

implementação de programas de prevenção (BRASIL, 2005).

A NR 32 visa a implantar programas de prevenção na saúde através dos

Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e do Programa de Controle

Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), para que o estabelecimento possa obter

as vantagens previstas no Seguro de Acidente de Trabalho (SAT) e Fator

Acidentário de Prevenção (FAP).

Segundo Brasil (2001), esta norma estabelece diretrizes básicas para a

implementação de medidas de proteção em relação à segurança e à saúde dos

trabalhadores, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e

assistência à saúde em geral. Uma das vantagens desta norma é estabelecer

diretrizes relacionadas aos diversos riscos associados à atividade.

Esta NR é importante no cenário brasileiro, devido à inexistência de legislação

específica acerca das questões de segurança e saúde no trabalho, sendo o Brasil o

primeiro país do mundo a ter uma norma de ampla abrangência voltada para os

trabalhadores de saúde (MARZIALE; ROBAZZI, 2004).

Os trabalhadores dos Estabelecimentos de Assistência à Saúde (EAS) muitas

vezes enfrentam situações inapropriadas, não as considerando como perigosas,

mesmo que as evidências científicas mostrem a presença de vários agentes de risco

nos ambientes.

Procedimentos e medidas de proteção devem ser tomados a fim de assegurar

a segurança dos trabalhadores da área da saúde e prevenir acidentes e doenças

ocupacionais. Para tanto, é necessário treinamento específico, disposição e

cooperação para mudanças de comportamento e conduta.

Marziale e Robazzi (2004) dizem que foram utilizadas para a elaboração

dessa norma regulamentações da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância

Sanitária), dissertações de mestrado e teses de doutorado, recomendações e

manuais já existentes no Ministério da Saúde, normas da Comissão Nacional de

Energia Nuclear (CNEN), entre outras várias proposições de instituições importantes

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para a área, tais como as da Occupational Safety and Health Association – OSHA,

aquelas do Centers for Disease Control and Prevention – CDC, as da Organização

Internacional do Trabalho e Organização Mundial da Saúde e as do National Institute

of Occupational Safety and Health – NIOSH.

Faz-se importante conhecer a percepção dos profissionais sobre a referida

norma, visto que o sucesso de qualquer programa educativo está ligado ao apoio da

instituição, à participação dos trabalhadores de um modo geral e à participação dos

profissionais de serviços especializados em engenharia de segurança e em

medicina do trabalho interligando conhecimentos, normas e práticas.

Assim, contribuem para uma correta utilização dos recursos existentes,

compartilhando os conhecimentos adquiridos na tentativa de melhorá-los e ampliá-

los, trazendo questões do cotidiano e do saber profissional a fim de garantir a

aplicabilidade da legislação vigente.

1.1 INTERESSE PELO TEMA

O interesse pelo tema surgiu a partir de um convite, realizado pelas docentes do

setor de pesquisa da Escola de Enfermagem Wenceslau Braz, para a realização de

um trabalho científico. Realizamos um encontro em que foram expostos vários

temas. Interessei-me logo pelo que abrangia a NR 32. Desde que entrei na

faculdade e conheci a referida norma, me questiono se as pessoas têm

conhecimento da importância dos procedimentos para prevenção de acidentes nos

locais de atendimento à saúde. Em ensino clínico, ao observar diversos profissionais

atuando de acordo com as diretrizes estabelecidas por esta norma, comecei a me

tornar mais crítica ao ver que existem profissionais que não obedecem aos preceitos

da NR 32.

A confiança depositada pelos pacientes nos profissionais e acadêmicos de

saúde me fez despertar para a importância de atentarmos para nossas atitudes,

contudo, não estou envolvida na rotina profissional dos médicos e acadêmicos de

medicina, o que me instigou a pesquisar a informação dos mesmos em relação às

diretrizes da NR 32.

Quando iniciei a pesquisa bibliográfica, notei que a NR-32 era muita mais

específica e completa do que eu imaginava, e, ao me deparar com tantos

parâmetros e conceitos, me questionei ainda mais quanto ao conhecimento dos

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profissionais de saúde sobre ela, especialmente os médicos e acadêmicos de

medicina.

Qual seria a ideia que eles fazem da NR 32? Aos que conhecem a existência da

norma: eles a aplicam no seu dia a dia em ensino clínico e exercendo a profissão?

Frente a essas indagações, desejei conhecer o que os acadêmicos de medicina

e médicos pensam a respeito da NR 32.

1.2 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

Existem diversas situações de risco que são consideradas muitas vezes como

corriqueiras pelos profissionais, não prestando a devida atenção, e pouco ou nada

fazendo para que não se repitam. Há evidências científicas sobre os vários agentes

de riscos ocupacionais em ambientes de trabalho aos quais os profissionais se

submetem e, nem sempre utilizam meios para preveni-los, como por exemplo, os

Equipamentos de Proteção Individual – EPIs.

Segundo Fagundes (2009), os agentes de riscos, quando não devidamente

controlados, causam inúmeros acidentes e doenças profissionais ou do trabalho. A

autora os subdivide em riscos biológicos – que abrangem doenças transmissíveis

agudas e crônicas, parasitoses, reações tóxicas e alérgicas a plantas e animais e

infecções; riscos químicos – devido ao contato com produtos tóxicos como

anestésicos, esterilizantes, desinfetantes, solventes, agentes de limpeza, anti-

sépticos, detergentes e medicamentos diversos; riscos físicos – radiações ionizantes

e não ionizantes, variações atmosféricas e vibrações oscilatórias; e riscos

ergonômicos – que conferem à adaptação do ser humano ao trabalho, pois são

pessoas de diferentes alturas, pesos, estruturas ósseas e musculares. São fatos que

não se alteram e devem ser utilizados como base para o planejamento das

condições de trabalho de cada um.

No âmbito social, os resultados obtidos nesta pesquisa estimulam ou

aperfeiçoam o conhecimento sobre a norma em questão, colaborando assim para a

segurança dos profissionais e seus clientes.

Profissionalmente, ressalta a importância do conhecimento e aplicação de uma

norma essencial para os trabalhadores da área da saúde.

No segmento científico, além de esclarecer as questões que desencadearam a

iniciativa deste estudo, que dizem respeito à ideia que os acadêmicos de medicina e

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médicos fazem da NR-32 em relação ao uso e aplicabilidade no cotidiano

profissional, a partir de informações para solidificar o conhecimento, contribuirá para

futuros estudos sobre o tema.

Questiono-me se esses profissionais ou acadêmicos também pensam na

importância do cumprimento da norma, e se tem acesso a ela, assim como pude ter

em laboratórios e em ensino clínico ao iniciar a vida acadêmica. E, além do simples

acesso e consciência da sua essencialidade no nosso cotidiano, a aplicabilidade da

mesma se faz importante para que possamos continuar oferecendo segurança e

sendo verdadeiros pontos de confiança para a pessoa debilitada.

Diante deste panorama, emergiu a questão que norteou o estudo: Quais as

informações que os acadêmicos de medicina e médicos têm sobre a NR 32?

1.3 OBJETIVOS DO ESTUDO

O objetivo do estudo foi:

Conhecer as informações dos acadêmicos de medicina e médicos da

cidade de Itajubá, MG, acerca da Norma Regulamentadora 32.

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2 MARCO CONCEITUAL

A NR-32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de

Assistência à Saúde - é específica para estabelecimentos de saúde, e esta etapa do

trabalho está dividida em duas partes: contextualização da NR-32 e os profissionais

de saúde e a NR-32.

2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA NR-32

As Normas Regulamentadoras foram publicadas pelo Ministério do Trabalho e

Emprego através da Portaria 3.214/79 a fim de estabelecer os requisitos técnicos e

legais sobre os aspectos mínimos de Segurança e Saúde Ocupacional (SSO).

Atualmente, existem 34 Normas Regulamentadoras.

Wada (2010) nos oferece dados de acordo com a Organização Internacional

do Trabalho (OIT) que diz que as doenças e os acidentes relacionados ao trabalho

matam anualmente 1,1 milhões de pessoas em todo o mundo. Nesse número, estão

incluídos cerca de 300 mil óbitos decorrentes de 250 milhões de acidentes de

trabalho, além de mortes por doenças ocupacionais diversas. Ainda segundo a

mesma fonte, os custos das doenças e dos acidentes de trabalho chegam a cerca

de quatro por cento da produção mundial.

A implantação da NR-32 realiza procedimentos e medidas protetoras,

resultando em segurança no ambiente de trabalho, assim, visando à prevenção de

acidentes/doenças ocupacionais entre os profissionais da área da saúde.

Para fins de aplicação desta NR, entende-se por serviços de saúde qualquer

edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as

ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em

qualquer nível de complexidade (BRASIL, MS, 2005).

2.1.1 Evolução na sua criação

As NR são elaboradas e modificadas por uma comissão tripartite composta

por representantes do governo, empregadores e empregados, por meio de Portarias

expedidas pelo MTE.

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Como dito anteriormente, foram utilizadas regulamentações da ANVISA,

dissertações de mestrado e teses de doutorado, recomendações e manuais já

existentes no Ministério da Saúde, normas da CNEN, entre outras várias

proposições de instituições importantes para a área, na elaboração da NR-32. O

principal objetivo é eliminar o risco de acidentes do trabalho e se o mesmo não

puder ser eliminado, deve ser controlado, avaliado e administrado.

A NR-32 compõe um conjunto de 34 Normas Regulamentadoras, leis

complementares, como portarias e decretos e também as convenções Internacionais

da OIT, ratificadas pelo Brasil, que definem a segurança no trabalho.

Marziale e Robazzi (2004) comentam que durante o processo de confecção

do texto, consultas a especialistas nos assuntos abordados foram realizadas pelo

grupo técnico responsável e pesquisas em EAS a fim de obter informações dos

próprios trabalhadores sobre a prática de certos procedimentos. Tais informações,

provenientes de diferentes regiões do Brasil, visavam estabelecer o melhor

entendimento das medidas utilizadas e uma forma de normatizá-las, com mais

propriedade.

As autoras também explanam que, desde as primeiras reuniões do grupo

técnico, notava-se inequívoca a necessidade de se ter um texto normatizador oficial

no país para a área da saúde, pois era uma oportunidade importante de se

regularizar as diversas e problemáticas questões que a envolvem.

Após revisão bibliográfica, reuniões de trabalho e intenso estudo, ficou

decidido que a elaboração da NR 32 seria por tipos de Riscos Ocupacionais e não

por locais específicos dos estabelecimentos de saúde.

O PPRA é um programa de higiene ocupacional de caráter multidisciplinar,

que deve ser elaborado e implementado a fim de prevenir riscos físicos, químicos e

biológicos. Pode ser feito por qualquer pessoa ou equipe, que sejam capazes de

desenvolver o disposto na norma. Deve ser realizado uma vez ao ano e sempre que

necessário quando produza mudança nas condições de trabalho, ou quando a

análise dos acidentes e incidentes determinar a necessidade. (FAGUNDES, 2009).

O PCMSO deve ser planejado e implementado com base nos riscos à saúde

dos trabalhadores, principalmente os que foram previstos no PPRA, e deve

considerar como questões incidentes, tanto sobre o indivíduo quanto à coletividade

dos profissionais, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico. Estabelece

prazo e periodicidade para as avaliações clínicas e execução e interpretação dos

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exames médicos complementares. Deve ser coordenado por um médico, com

especialização em medicina do trabalho, responsável pela execução do programa.

(FAGUNDES, 2009).

A norma abrange, além de riscos ergonômicos - que estão ligados à

adaptação do ser humano ao trabalho, já que as pessoas são diferentes em

estruturas ósseas, musculares e altura; essas características devem ser utilizadas

como base para o planejamento das condições de trabalho às quais o profissional

será submetido - diversos riscos e condições ideais para a saúde do profissional no

trabalho:

a) Riscos biológicos (PPRA, PCMSO, medidas de proteção, vacinação dos

trabalhadores): abrangem doenças transmissíveis agudas e crônicas,

parasitoses, reações tóxicas e alérgicas a plantas e animais. Também destaca

os riscos biológicos da hepatite B, a que os profissionais de saúde estão,

sobremaneira, expostos;

b) Riscos químicos (PPRA, PCMSO, medidas de proteção, gases medicinais,

medicamentos e drogas de risco, quimioterápicos antineoplásicos, vestiário,

capacitação): trata da variedade de produtos tóxicos aos quais os profissionais

estão expostos, muitas vezes diariamente;

c) Radiações Ionizantes (Riscos Físicos): abrange o plano de Proteção Radiológica

– PPR, serviço de proteção radiológica, serviço de medicina nuclear, serviços de

radioterapia, braquiterapia, Serviços de Radiodiagnóstico Odontológico.

Além dos riscos citados, a NR-32 indica as diretrizes para o tratamento dos

resíduos (recipientes, sala de armazenamento temporário, transporte), as condições

de conforto por ocasião das refeições, as lavanderias, limpeza e conservação,

manutenção de máquinas e equipamentos, e apresenta algumas disposições gerais

e finais. A fim de verificar as informações dos acadêmicos de medicina e médicos da

cidade de Itajubá, o estudo será focado nos riscos explanados nos parágrafos

acima, visto que estes profissionais se encontram distantes, muitas vezes, das

lavanderias, refeitórios, entre outros.

A observância às regras da NR-32 não dispensa, contudo, o cumprimento de

outras normas sobre o assunto. O descumprimento de normas de segurança e

medicina do trabalho poderá ensejar a aplicação e o pagamento de multa imposta

por fiscais do trabalho.

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É fato que o risco no ambiente de trabalho se multiplica quando as normas de

segurança não são observadas. Por isso, a NR-32 se preocupa com a correta

realização do PCMSO e do PPRA, instrumentos necessários à prevenção de riscos

e acidentes nas empresas, que devem ser realizados periodicamente, e atualizados,

na medida em que a empresa adota medidas recomendadas pelos programas.

2.2 OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E A NR-32

Na bibliografia da NR-32, comenta-se da sua importância aos profissionais de

saúde de forma geral, mas poucos são os estudos específicos mostrando seu

reflexo para cada profissão. Está diversificada e específica para profissionais de

enfermagem, enquanto que para outros profissionais da saúde, são escassas as

publicações.

Wada (2010) nos conta que, de acordo com dados divulgados pelo Conselho

Internacional de Enfermagem (CIE) e pelo Comitê Permanente de Enfermeiros da

União Europeia, anualmente cerca de um milhão de trabalhadores da saúde sofrem

acidentes com agulhas, destes, 40% correspondem aos profissionais de

enfermagem.

Fagundes (2009) diz que, muitas vezes, os profissionais de saúde trabalham

sem a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), tendo a consciência

que sua profissão está exposta a vários riscos. Marziale e Robazzi (2004) comentam

que os trabalhadores dos estabelecimentos de assistência à saúde, frequentemente,

enfrentam situações laborais inapropriadas, não as considerando, entretanto, como

perigosas, mesmo que as evidências científicas mostrem a presença de vários

agentes de riscos ocupacionais nos ambientes de trabalho.

A NR-32 faz-se importante para todos os profissionais da área da saúde que

atuam em estabelecimentos de assistência à saúde, pois, independente de sua

função, todos estão expostos a diversos riscos e, por isso, procedimentos e medidas

protetoras deverão ser realizadas, promovendo-se segurança no trabalho e

prevenção de acidentes e doenças ocupacionais entre os trabalhadores da área da

saúde. (MARZIALE; ROBAZZI, 2004).

Os profissionais devem tomar conhecimento das regulamentações que a NR-

32 nos traz, haja vista que estes contam com uma legislação específica para a sua

proteção e segurança nos ambientes de trabalho dos EAS, e muitos não sabem da

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sua existência, se submetendo a diversos riscos (biológicos, físicos, químicos,

psicossociais e ergonômicos) sem saber que podem adotar medidas de segurança

que não os tornarão predispostos a se tornarem enfermos e a sofrerem acidentes de

trabalho.

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3 TRAJETÓRIA METODOLÓGICA

A trajetória metodológica engloba os pontos relacionados com a

caracterização do cenário do estudo, delineamento do estudo, que inclui os sujeitos,

a amostra e amostragem, os instrumentos, o pré-teste, os procedimentos para a

coleta de dados, a estratégia de análise dos dados, além da ética da pesquisa.

3.1 CENÁRIO DE ESTUDO

O presente estudo terá como cenário o Hospital Escola da Faculdade de

Medicina da cidade de Itajubá, Minas Gerais.

Segundo o site da Prefeitura Municipal de Itajubá (2010), Itajubá situa-se no

sul do Estado de Minas Gerais, numa altitude de 1746 metros no seu ponto mais alto

e de 830 metros no ponto mais baixo, acima do nível do mar, sendo que a área

urbana, sem considerar os morros, fica numa altitude média de 842 metros.

Ocupando uma área de 290,45 km² de extensão, com população de 90.812

habitantes, de acordo com o IBGE de 2006, o equivalente a 312,65 hab./km², numa

taxa anual de crescimento de 1,26% habitantes por ano.

É centro de referência em assistência à saúde para dezesseis municípios da

chamada microrregião do Alto Sapucaí. A cidade conta com dois hospitais

credenciados para o Sistema Único de Saúde - SUS, Santa Casa de Misericórdia de

Itajubá e Hospital Escola de Itajubá, da Faculdade de Medicina de Itajubá, com

níveis de atendimento de atenção básica até alta complexidade. Oferece ainda

assistência na área privada de convênios com Hospitais Odontomed, Saúde Ceam e

Unimed Itajubá, além do hospital Bezerra de Menezes, voltado à saúde mental.

A assistência ambulatorial, além dos serviços privados, é realizada nos

hospitais credenciados do SUS. Nas Unidades Básicas de Saúde do município e nas

duas policlínicas municipais. Exames laboratoriais e de imagem são realizados por

prestadores de serviços credenciados para o SUS, e ou contratados pela Prefeitura

Municipal, através da Secretaria de Saúde. A farmácia da Policlínica de Itajubá

fornece gratuitamente aos parceiros cadastrados nos vários programas de saúde,

medicamentos para diabéticos, hipertensos, gestantes, pacientes portadores de

doenças infecto contagiosas e para o programa DST/AIDS.

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A Secretaria Municipal de Saúde mantém vários programas diferenciados de

assistência à Saúde. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAJUBÁ, 2010).

O Hospital Escola de Itajubá é certificado como Hospital Universitário por uma

avaliação adotada pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Saúde para

certificar Hospitais brasileiros que realmente estão voltados ao Ensino Superior e à

assistência de qualidade. Oferece serviços de centro cirúrgico, centro de terapia

intensiva (CTI), clínica cirúrgica, clínica médica, colposcopia, diagnóstico por

imagem, eletrocardiograma, endoscopia, internação particular e convênios,

laboratório de análise clínica, laboratório de anatomia patológica, maternidade e

pediatria, medicina do trabalho, raios-X, serviço social, tomografia computadorizada,

ultra-som e urgência e emergência. Nele, os estudantes da Faculdade de Medicina

de Itajubá são inseridos em atividades práticas, com o objetivo de diminuir o

distanciamento entre os conteúdos básicos e clínicos, sendo assim o principal

espaço de formação destes acadêmicos. (AISI, 2010)

3.2 DELINEAMENTO DO ESTUDO

O estudo é definido como exploratório, descritivo e transversal com

abordagem qualitativa.

Para Lakatos e Marconi (2001), o estudo exploratório são investigações de

pesquisa empírica que possui o objetivo de formular questões ou problemas, com

finalidade de desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com o

ambiente, fato ou fenômeno, para realizar pesquisar futuras precisas ou clarificar e

modificar conceitos.

A pesquisa exploratória também tem a finalidade de esclarecer e oferecer

uma visão ampla acerca de um determinado fato. Têm como objetivo classificar e

interpretar fenômenos, buscando freqüência, característica, relação e associação

entre variáveis. (DYNIEWICZ, 2007).

Segundo Lakatos e Marconi (2001), variável é um conceito que contém ou

apresenta valores, tais como: qualidades, quantidades, características, entre outros.

Uma pesquisa qualitativa, para Dyniewicz (2007) não impõe expectativas pré-

existentes e o pesquisador procura entender o fenômeno tal como ocorre.

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3.3 PARTICIPANTES, NATUREZA DA AMOSTRA E AMOSTRAGEM

Os sujeitos são os acadêmicos de medicina e médicos que atuam no Hospital

Escola de Itajubá, em atividades acadêmicas e atividades profissionais ou em ensino

clínico, respectivamente, selecionados a partir dos seguintes critérios de

elegibilidade:

Concordar em participar do estudo;

Ter idade igual ou superior a 18 anos;

Encontrar-se, no mínimo, no 4º ano (5º período), do curso de medicina;

Ter concluído a graduação em medicina;

Atuar ou realizar estágio supervisionado/ensino clínico no Hospital Escola

de Itajubá.

A necessidade do acadêmico de cursar no mínimo, o 5º período do curso de

medicina se justifica pelo maior contato com os pacientes advindo do ensino clínico

e maior conhecimento teórico e prático adquirido nos primeiros anos do curso.

Os médicos podem ter concluído o curso em qualquer ano apesar da data de

publicação da portaria que aprova a NR 32: Portaria nº 485, de 11 de novembro de

2005. Existe a hipótese de que os profissionais que concluíram sua graduação antes

deste ano podem nunca ter recebido informações sobre a normatização ou mesmo

não terem se atualizado da aprovação, exigência e publicação da NR 32.

Os critérios de exclusão/inelegibilidade encontram-se dispostos a seguir:

Não concordar em participar do estudo;

Ter idade inferior a 18 anos;

Encontrar-se, em período anterior ao 5º período, do curso de medicina;

Não atuar ou realizar estágio supervisionado/ensino clínico no Hospital

Escola de Itajubá ou em consultório particular;

Segundo Polit, Beck e Hungler (2004), a amostra numa pesquisa qualitativa é

determinada pela necessidade de informações. Um princípio que orienta a

amostragem é a saturação de dados: ao ponto que não é obtida nenhuma

informação nova e sim a redundância. Sendo assim, o número total de entrevistados

dependerá das respostas obtidas, formando assim a amostra do estudo. Ao

perceber que o objetivo do estudo foi alcançado, não surgirem novos dados e iniciar

redundância de informações, a coleta de dados e o acréscimo de sujeitos serão

interrompidos.

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A amostragem será não probabilística por intenção, onde o pesquisador

escolhe membros da amostra de acordo com as necessidades de informação que

emergem dos resultados preliminares (POLIT; BECK; HUNGLER, 2004). Nesse

caso, serão os acadêmicos de medicina e médicos.

3.4 COLETA DE DADOS

Nesta etapa do trabalho, será apresentado o instrumento para a coleta de

dados e os procedimentos para coleta de dados.

3.4.1 Instrumento para a coleta de dados

O instrumento utilizado para coleta de dados foi um roteiro de entrevista semi-

estruturada, composta por duas partes. A primeira parte traz questões referentes às

características pessoais (idade, gênero, ano de formação, período do curso de

graduação) e a segunda parte contendo três questões abertas que responderão aos

objetivos da pesquisa. (APÊNDICE A).

3.4.2 Procedimentos para a coleta de dados

A coleta de dados foi iniciada após aprovação do Comitê de Ética em

Pesquisa da EEWB, autorização do responsável pelo Hospital Escola de Itajubá e

após a aceitação de cada entrevistado, concordando em participar do estudo.

Em seguida, houve a proposta de um agendamento com as instituições e com

os entrevistados em dias e horários viáveis, porém todos optaram por responder

imediatamente.

Houve a verificação dos critérios de elegibilidade e de exclusão de cada

participante antes de iniciar a entrevista.

Os dados foram coletados por meio de gravações em fita cassete, que

registraram na íntegra cada entrevista. Após a transcrição dos dados, as fitas foram

incineradas. Alguns participantes solicitaram responder a entrevista por escrito e não

por gravação, o que não influenciou a coleta e análise dos dados.

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As entrevistas foram realizadas em um local apropriado, dentro da própria

instituição, preservando sempre a privacidade do participante e a sua escolha do

local para a entrevista.

A qualquer momento, o participante pode retirar dúvidas relativas à sua

participação e divulgação dos resultados. Antes da coleta dos dados, todos

receberam orientações e tiveram ciência do objetivo do estudo, da entrevista, da sua

autonomia e do anonimato e assinaram o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (APÊNDICE B).

3.5 PRÉ-TESTE

Neste estudo, o pré-teste foi realizado com quatro sujeitos, sendo dois

acadêmicos de medicina e dois médicos. Todos estavam dentro dos critérios de

inclusão e foram incluídos na amostra, porque não houve necessidade de alterar o

instrumento.

O pré-teste tem a intenção de verificar a adequação do instrumento ao

objetivo da pesquisa, e realizar quaisquer alterações necessárias e possíveis,

visando assim garantir que seja eficaz e efetivo para o estudo, pois, no entender de

Gil (2002), é a partir do pré-teste que o instrumento será validado para a coleta dos

dados.

3.6 ANÁLISE DOS DADOS

Os dados analisados da caracterização pessoal e profissional dos

participantes do estudo, referentes à primeira parte do roteiro de entrevista semi-

estruturada, foram apresentados em forma de comentários destes resultados.

Os dados coletados com a gravação das respostas dos (as) participantes às

questões abertas, da segunda parte do roteiro de entrevista semi-estruturada,

depois de transcritos, foram analisados e interpretados por meio da análise de

conteúdo, que, segundo Marconi e Lakatos (2002), consiste em uma técnica para

investigar o conteúdo das comunicações humanas, isto é, visa os produtos das

ações humanas, voltando-se para o estudo das ideias e não das palavras em si.

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As autoras afirmam ainda que a análise de conteúdo é caracterizada pela

busca do entendimento da comunicação entre os homens, baseando-se no

reconhecimento do conteúdo das mensagens.

Para Bardin (2007), a análise de conteúdo constitui um conjunto de

instrumentos metodológicos que se aplica aos discursos diversificados.

Ressalta, também, que a investigação dos temas ou análise temática

representa um tipo de categorização muito bom para ser adotado, por ser rápido e

eficaz na aplicação a discursos diretos e simples.

Abrange três etapas:

a pré-análise - que é a organização do material a ser analisado;

a exploração do material - operação de codificação, classificação e

categorização;

o tratamento dos resultados, inferência e interpretação - estabelecimento de

relações por meio de reflexão e intuição.

Para efetuar a análise de conteúdo dos dados que se obteve com a pesquisa,

utilizou-se os APÊNDICES C, D, E, F, G, H, I, J e K para os acadêmicos de medicina

e os APÊNDICES L, M, N, O, P, Q, R, S e T para os médicos. No APÊNDICES C e

F, organizou-se o material colhido realizando a extração das ideias principais. Logo

depois, utilizando os APÊNDICES D e M, explorou-se o material codificando os

dados, ou seja, efetuou-se a identificação uniforme, por semelhança, das ideias

principais extraídas. Em seguida, classificaram-se e categorizaram-se os dados, ou

seja, nos APÊNDICES E e N, agrupou-se as ideias principais semelhantes,

originando assim, as categorias. Os demais apêndices seguem respectivamente o

método de análise para as demais perguntas do instrumento.

3.7 ÉTICA DA PESQUISA

O presente estudo seguiu os preceitos estabelecidos pela Resolução 196/96,

de 16/10/1996, do Conselho Nacional de Saúde. A autonomia e o anonimato foram

respeitados, assim como a decisão em participar da pesquisa, após receber

informações sobre o objetivo e estudo. Esta decisão foi oficializada pela assinatura

do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE B), deixando o

participante livre para desistir, caso assim desejasse e quando quisesse.

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O pesquisado está assegurado da privacidade de proteção de imagem, sendo

identificados por: AM1, AM2, AM3, etc., para os acadêmicos de medicina, e M1, M2,

M3, etc., para os médicos.

Os resultados deste estudo poderão ser disponibilizados para as instituições e

participantes, se assim o desejarem. Além de participar de evento específico, na

EEWB, por ter sido contemplado com a bolsa de Iniciação Científica da Fundação de

Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG).

A folha de rosto para pesquisa envolvendo seres humanos encontra-se

devidamente preenchida, conforme ANEXO A.

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4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Esta etapa do trabalho, primeiramente, exibe os resultados referentes aos

acadêmicos de medicina, expondo seus dados pessoais e a apresentação, análise e

discussão dos dados transcritos das respostas deles às três abertas do roteiro de

entrevista semi-estruturada (APÊNDICE A). Em seguida, expõe na mesma

sequência, os resultados referentes aos médicos.

4.1 RESULTADOS REFERENTES AOS ACADÊMICOS DE MEDICINA – DADOS PESSOAIS

Foram entrevistados 10 acadêmicos, sendo que todos concluíram sua

graduação em 2011. Deles, sete eram do gênero masculino (70%), e três do gênero

feminino (30%).

Houve pouca variação entre as idades dos entrevistados. A faixa de maior

prevalência foi de 24, 25 e 29 anos, com 20% cada. As faixas etárias de 21, 22, 23 e

27 anos correspondem a 10% cada.

4.1.1 Dados das questões abertas referentes ao objetivo do estudo

Neste subtópico são apresentados, analisados e discutidos os dados das três

questões abertas da segunda parte do roteiro de entrevista semiestruturada.

Os dados, depois de transcritos, foram analisados, utilizando-se do método de

análise de conteúdo, descrito anteriormente na trajetória metodológica.

Foi realizada uma pré-análise, na qual se organizou o material. Em seguida,

explorou-se o material, codificando, classificando e categorizando os dados, ou seja,

os depoimentos dos participantes foram agrupados em categorias de acordo com a

similaridade de ideias contidas neles (APÊNDICES C, D, E, F, G, H, I, J, e K).

Finalmente, foram efetivados o tratamento, inferência e interpretação desses

dados.

Neste lume, ao analisar as respostas dos acadêmicos de medicina referentes

à questão: “O que é a Norma Regulamentadora – 32 (NR-32)?” emergiram três

categorias, a saber:

Falta de conhecimento;

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Segurança do trabalho;

Uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e condutas de

proteção.

Primeira categoria: Falta de conhecimento

As falas indicam que 90% dos entrevistados não sabem o que é a Norma

Regulamentadora 32. É perceptível o desconhecimento decorrente das respostas

destes 9 entrevistados:

“Não sei.” (AM1, AM3, AM4, AM5, AM6, AM7, AM8, AM9,

AM10).

Para Marziale e Robazzi (2004), todos os profissionais devem ser informados

sobre a nova legislação, no intuito de garantir segurança e confiabilidade no

desenvolvimento de suas atividades diárias. As autoras já tornavam clara a

necessidade e a importância do conhecimento sobre a NR-32 um ano antes de a

mesma ser regulamentada.

Rúbio (2007) ressalta que é de suma importância o conhecimento da NR-32

por toda a classe trabalhadora da área da saúde, pois, desta maneira, tanto os

empregadores quantos os trabalhadores estarão mais seguros.

Desse modo, observa-se que a NR-32 necessita de ser colocada como

prioridade no ensino e na prática dos profissionais de saúde, como recomenda

Nakamura (2008), enfocando as precauções padrão: que os estabelecimentos de

ensino na área da saúde deem ênfase ao ensinamento desta técnica,

conscientizando os acadêmicos e futuros profissionais da importância deste ato

como barreira na transmissão de infecções cruzadas.

Segunda categoria: Segurança do trabalho

Apenas o depoimento de um acadêmico (10%) ilustra esta categoria:

“Norma que fala sobre segurança do trabalho...” (AM2).

Nakamura (2008) atenta ao fato que cabe à união, aos estados e municípios,

criar meios de levar o conhecimento da NR-32 aos trabalhadores da área pública e

proporcionar a estes trabalhadores melhores condições de trabalho, assim como

qualidade de vida.

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Otani (2007) relata existir no Brasil mais de 1800 profissionais de saúde no

setor público. Concorda-se com a autora pois, desse modo, teremos profissionais

com maior conhecimento específico em relação à NR 32, bem como sua importância

dentro do ambiente laboral, como enfocam Lage e Oliveira, (2011). Os autores ainda

referem que esta norma mostra a responsabilidade dos trabalhadores e do

empregador dentro do seu ambiente de trabalho, como medida de prevenção

exercendo suas atividades de maneira segura e eficaz.

Terceira categoria: Uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e

condutas de proteção

Nesta categoria, já de uma forma mais ampla, nota-se o conhecimento

superficial sobre a NR-32 de 10% (1) dos entrevistados, evidente na seguinte fala:

“...uso de EPI’s e as condutas para se proteger e evitar

acidentes.” (AM2).

A Norma Regulamentadora nº 6 (NR-6) considera “Equipamento de Proteção

Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo

trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a

saúde no trabalho”.

Almeida, Leite e Pagliuca (2005) dizem que o uso do EPI é uma das formas

de evitar acidentes com maiores proporções, constituindo uma barreira protetora

para o trabalhador, reduzindo efetivamente (embora não elimine) os riscos.

O risco de exposição varia segundo o tipo de atividade exercida, o uso de

medidas preventivas à exposição e a prevalência local de doenças. O papel do

profissional de saúde como transmissor de doenças não deve ser ignorado na

prática clínica, visto que o risco de transmitir doenças aumenta caso o emprego de

técnicas adequadas, como a lavagem das mãos, não seja feito corretamente

(NAKAMURA, 2008).

Em estudo realizado por Barboza, Oliveira e Talhaferro, (2008) aponta ser

necessária uma reavaliação do setor quanto ao tipo de equipamento de proteção

individual adotado, assim como uma reciclagem dos trabalhadores sobre os riscos a

que estão expostos no setor e o objetivo do equipamento de proteção individual na

prevenção destes. O que certifica a necessidade de conhecimento sobre EPIs,

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riscos e prevenção, corroborando a importância da NR-6 (EPI) e da NR-32, para que

o colaborador tenha conhecimento das medidas de prevenção à sua segurança.

Da análise da questão: “O que NR-32 aborda?”, elucidaram duas categorias:

Falta de conhecimento;

Medidas para evitar acidentes de trabalho através de uso de EPI.

Primeira categoria: Falta de conhecimento

Novamente, observa-se que há 90% dos entrevistados sem conhecimento

sobre o que a NR-32 aborda. Desse modo, chega-se à conclusão de que, como não

se tem um conhecimento mínimo sobre o que é a NR-32, torna-se esperada a falta

de conhecimento específico a respeito do que esta norma aborda.

Estes dados vão ao encontro dos dizeres de Oliveira e Gonçalves (2010),

sobre a dificuldade de os profissionais da enfermagem cumprirem o que está

previsto na NR 32, uma vez que muitos serviços de saúde desconhecem a norma ou

não a divulgam entre os funcionários. É fundamental que o profissional tenha

conhecimento da NR-32, a fim de promover maior envolvimento entre a equipe e

estimular um pensamento crítico e participativo, argumentando de forma clara o que

está previsto na norma.

Anterior à criação da NR-32, não havia uma norma específica que abordasse

a diversidade dos riscos existentes no ambiente de trabalho dos EAS. Os

profissionais eram regidos por intuição, ou seja, era necessário adotar e

correlacionar, entre outras leis vigentes, para se ter um funcionamento regular das

instituições de saúde (NASCIMENTO, 2008).

Atualmente, a NR-32 trouxe muitas vantagens e mudanças benéficas, como

Marziale e Robazzi (2004) esperavam; porém, faz-se necessária a intenção de se

promover a segurança e prevenir acidentes por parte principalmente dos futuros e

atuais profissionais da área da saúde.

Segunda categoria: Medidas para evitar acidentes de trabalho através de uso de

EPI

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Somente 10% (1) dos entrevistados demonstraram conhecimento sobre o

conteúdo da NR-32. De fato, a NR-32 visa à prevenção de acidentes de trabalho,

porém é mais abrangente que a NR-6.

Silva e Zeitoune (2009) mostram que, de acordo com a NR. 6, EPI é todo

equipamento que o profissional deve utilizar para protegê-lo dos riscos que estão

expostos no cotidiano trabalhista, riscos estes que podem ameaçar a segurança e

saúde dos trabalhadores. Pode-se destacar uso de luvas, máscaras e óculos.

Os trabalhadores estão expostos a riscos até mesmo sem saber da existência

deles, exercendo as atividades, desconhecendo seus direitos e deveres dentro do

local de trabalho. Portanto, cabem às empresas a responsabilidade e necessidade

de implantar essa norma regulamentadora (BRASIL, 2005).

Para tanto, faz-se importante a capacitação enquanto acadêmicos, a fim de

que os futuros profissionais sejam capazes de implantar a NR-32 e cobrar de seus

colaboradores o devido cumprimento dela, além de terem respaldo e conhecimento

para aplicá-la a seu benefício e do seu paciente.

Analisando a última questão: “Você aplica a NR-32 no seu cotidiano

profissional/atividades acadêmicas?” Obtiveram-se três categorias:

Não;

Uso equipamentos de proteção individual;

Não sei;

Primeira categoria: Não

Categoria originada pela fala de um (10%) dos entrevistados, especificamente

identificado por AM1, o qual respondeu negativamente aos 3 questionamentos da

pesquisa, informando “não ter ideia” do que é a NR-32, não sabendo o que ela

aborda e não a aplica. Um resultado reflexivo para a classe de trabalhadores de

EAS, pois, como já discutido, todos os profissionais devem ser informados sobre a

legislação, no intuito de garantir segurança e confiabilidade no desenvolvimento de

suas atividades diárias (MARZIALE, ROBAZZI; 2004).

É também, para Rúbio (2007, p. 4), motivo de orgulho, já que a referida norma

“é a primeira norma no mundo a regulamentar a saúde e segurança dos

trabalhadores em instituições de saúde”.

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Segunda categoria: Uso equipamentos de proteção individual

Um acadêmico (10%) informa fazer uso de EPIs.

Mancini et al (2008) relatam que o uso de luvas deve ser usado como barreira

protetora para evitar o contato direto com o paciente e objetos contaminados,

evitando assim a propagação de doenças, ressaltando a lavagem das mãos que

constitui ação básica e eficaz na prevenção e controle de infecção.

Mas, além do uso de EPIs, é importante uma sensibilização com a segurança

dos trabalhadores para se avaliar os métodos de trabalho, o cumprimento das

normas de segurança, a manutenção de máquinas e equipamentos e a prevenção

dos riscos ocupacionais, para que, aí sim, se apliquem totalmente as diretrizes

regulamentadas pela NR-32.

Terceira categoria: Não sei

Dos entrevistados, oito (80%), assumem não ter conhecimento sobre a

aplicabilidade da norma no seu cotidiano profissional/atividades acadêmicas.

Para saber quais os caminhos, etapas e ferramentas que os funcionários

públicos da saúde devem seguir e utilizar para garantirem planos de proteção no

ambiente de trabalho de acordo com a NR-32, primeiramente deve-se considerar a

saúde e a segurança como direitos inalienáveis da pessoa. As demais etapas

passam pela mobilização e organização da classe trabalhadora pública nos

sindicatos e nos locais de trabalho. Melhoras das condições e dos ambientes de

trabalho estão ligadas à participação da classe trabalhadora (OTANI, 2007, p. 3).

Com isso, é clara a importância da sensibilização da classe acadêmica e

profissional, para que, ao compreenderem o significado e a importância da

aplicabilidade da NR-32, passem a ser aliados num processo contínuo de

capacitação e melhora da saúde dos trabalhadores.

4.2 RESULTADOS REFERENTES AOS MÉDICOS – DADOS PESSOAIS

Dos 10 médicos entrevistados, houve bastante diferença no ano de

graduação, porém a maior prevalência foi no ano de 2010, com 30% dos formandos.

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Os demais anos de graduação representam dois médicos graduados em 1998 (20%)

e um médico, ou seja, 10%, e são: 1980, 1988, 1997, 2007 e 2008.

Sete eram do gênero feminino (70%), e 3 do gênero masculino (30%).

Houve grande variação entre as idades dos entrevistados, sendo cada um de

uma faixa etária. A faixa de maior prevalência foi de 27 anos,

com 2 médicos nesta faixa.

4.2.1 Dados das questões abertas referentes ao objetivo do estudo

Utilizando-se dos mesmos passos descritos nos subtópicos 4.1.2, temos nos

apêndices L, M, N, O, P, Q, R, S e T os resultados dos médicos participantes do

estudo. Assim, da análise das respostas dos médicos em relação à questão: “O que

é a Norma Regulamentadora – 32 (NR-32)?”, surgiram três categorias:

Falta de conhecimento;

Segurança do trabalho;

Uso de equipamentos de proteção individual (EPI).

Primeira categoria: Falta de conhecimento

Nesta categoria, 40% dos profissionais demonstraram não ter conhecimento

sobre o que é a NR-32.

Acredita-se, como Silva e Zeitoune (2009), que seja necessário investir no

processo educativo e em prevenção e controle do ambiente de trabalho, através de

treinamentos, cursos e palestras, visando reduzir a exposição aos riscos e prevenir o

surgimento das doenças ocupacionais.

Os profissionais devem se atualizar sempre e buscar conhecimento sobre as

novas diretrizes para seu trabalho. De acordo com Chiodi, Marizale e Robazzi (2007,

p.2) percebe-se que “pequena atenção tem sido dispensada às unidades da rede

básica de saúde... as quais merecem atenção devido ao grande número de

trabalhadores atuantes nessas instituições em nosso país...”.

Desse modo, entende-se que, se a instituição não segue e cobra as diretrizes

estabelecidas, deve partir primeiramente do profissional o interesse em modernizar

seus conhecimentos e, assim, cobrar de seus gerentes e instituições a renovação de

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diretrizes que só trarão melhorias para os profissionais e, consequentemente, para

os pacientes.

Enfim, espera-se que haja conscientização dos profissionais da saúde de um

modo geral e principalmente do setor público onde, segundo os dados obtidos,

corroborando com estudo de Nakamura (2008), a informação está chegando

tardiamente.

Segunda categoria: Segurança do trabalho

Dos entrevistados, três (30%), relacionaram a NR-32 com segurança no

trabalho.

Os trabalhadores que atuam nas unidades de Saúde Pública estão expostos

a risco de acidente de trabalho com exposição a material biológico porque

manuseiam vários materiais perfurocortantes e estão em contato com materiais e

pacientes contaminados por microorganismos patogênicos, dentre os quais se

destacam os vírus HIV (AIDS), HBV e HCV (hepatite). Esse risco à exposição se

torna preocupante, haja vista a grande incidência de pacientes portadores desses

vírus no Brasil. (CHIODI; MARZIALE; ROBAZZI, 2007).

Por isso e por outros riscos a que os trabalhadores estão expostos (físicos,

químicos e ergonômicos) é importante a dispersão de informações e treinamentos

sobre a NR-32. Nessa questão, os participantes da pesquisa responderam que a

NR-32 está relacionada com segurança no trabalho, sendo essa uma resposta

correta, que demonstra que esses entrevistados possuem algum conhecimento

sobre a norma.

Terceira categoria: Uso de equipamentos de proteção individual (EPI)

Diante das respostas dos 30% de trabalhadores entrevistados (3), não se

pode dizer que são respostas corretas, mas sim aceitáveis, visto que a NR-32 trata

da segurança do profissional a partir do uso de EPIs, porém de uma forma mais

completa, com outras medidas de proteção do profissional e prevenção de

acidentes. Como já citado anteriormente, a NR-6 trata especificamente do uso de

EPIs; desta maneira, é incorreto a referência de uso de EPIs à NR-32.

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É dever da empresa fornecer o EPI em quantidade e qualidade, e cabe ao

trabalhador utilizá-lo apenas com finalidade a que se destina, responsabilizar-se por

sua guarda e conservação, além de comunicar ao empregador qualquer dano ou

alteração que o torne impróprio para o uso. A análise da utilização de EPI é

complexa, pois existem fatores relacionados ao empregador, ao empregado e ao

próprio EPI (BRASIL, 2005).

Apesar do estudo realizado por Chiodi, Marziale e Robazzi (2007), sobre

acidentes com material biológico, demonstrar a importância do uso do EPI, as

autoras enfocam que, quanto à parte do corpo atingida, os membros superiores

corresponderam a 93,5% dos acidentes de trabalho, sendo que os dedos das mãos

foram atingidos em 80,6% dos episódios. Mas, também, foi observado que, embora

em frequências menores, boca, olho e face também foram locais onde houve

contato com material biológico, o que serve de alerta para o uso de EPI tais como

óculos e máscaras.

No que tange a questão: “O que NR-32 aborda?” Evidenciaram 5 categorias:

Falta de conhecimento;

Segurança no Trabalho;

Prevenção;

Uso de EPI’s;

o Proteção para profissionais de saúde.

Primeira categoria: Falta de conhecimento

Quatro (40%) dos entrevistados comunicaram que não sabem o que a NR-32

aborda.

Oliveira e Lage (2011), dizem que ainda falta o conhecimento específico dos

profissionais de enfermagem em relação à NR 32 bem como sua importância dentro

do ambiente laboral. Portanto, se faz necessário que a instituição capacite seus

colaboradores no intuito de proporcionar maior segurança no desenvolvimento das

atividades diárias da equipe de trabalho. É valido ressaltar que o colaborador deve

estar apto a compartilhar o conhecimento adquirido, visando minimizar os riscos

existentes no ambiente de trabalho. Para tanto, a NR 32 deve ser implementada em

todos os serviços de saúde.

Cabe aos trabalhadores conhecer as normas de segurança e solicitar aos

órgãos competentes o cumprimento delas. Cada um precisará fazer sua parte. De

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nada adiantará à empresa investir em segurança se o trabalhador for negligente com

sua própria segurança (MOUTINHO, 2007).

Nota-se que é necessário treinamento, disposição, cooperação e grande

empenho de todos os envolvidos para a realização de uma mudança que deve ser

cobrada e exigida a fim de maior segurança e de saúde de todos os profissionais.

Segunda categoria: Segurança no Trabalho

Essa categoria foi mencionada por um entrevistado (10%) e retrata a

coerência com os dizeres de Santos Júnior et al (2009) que a NR-32 para

Segurança no Trabalho em Serviços de Saúde é a primeira normatização específica

sobre a segurança dos trabalhadores da área da saúde e, assim como em outros

países, mostra preocupação e interesse em como abordar um tema tão complexo e

delicado, enfatizando as ações preventivas das instituições de saúde como as

melhores ferramentas para serem utilizadas nesse sentido.

Nesse sentido, de fato, as ações preventivas dos EAS são fatores

indispensáveis no processo de aplicação da NR-32, dessa maneira levando

segurança a todos os colaboradores que estiverem empenhados em garantir sua

saúde no ambiente de trabalho.

Terceira categoria: Prevenção

Dois (20%) dos entrevistados citaram como prevenção o que a NR-32 aborda.

Segundo Júnior et al (2009), órgãos nacionais e internacionais têm procurado

elaborar normatizações que tornem o ambiente de trabalho mais seguro, enfatizando

principalmente os aspectos de prevenção de acidentes. Desse modo, desde que

todos busquem conhecer e aplicar, podemos tornar a NR-32 exemplo para diversos

países, pois é a única no mundo que busca a segurança no ambiente de trabalho

através das diretrizes de prevenção de acidentes e proteção do colaborador.

Para Oliveira e Lage (2001), a NR-32 mostra a responsabilidade dos

trabalhadores e do empregador dentro do seu ambiente de trabalho, como medida

de prevenção exercendo suas atividades de maneira segura e eficaz.

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A NR-32 trata da segurança do colaborador por meio de medidas de proteção

visando à prevenção de acidentes ocupacionais no meio laboral. Ou seja, a

prevenção é um dos maiores focos da NR-32, pois todas as medidas exigidas pela

norma visam à prevenção de acidentes aos colaboradores e clientes. Porém, os

relatos não citam as medidas normatizadas focadas à prevenção, mostrando que

estes entrevistados sabem que a norma visa prevenção de acidentes, mas não

sabem citar o que a norma aborda, isto é, quais as medidas estabelecidas para se

evitar acidentes no ambiente de trabalho:

“Prevenção.” (M5)

“Prevenção de acidentes no ambiente de trabalho.” (M8)

Quarta categoria: Uso de EPI’s

Três (30%) dos médicos atribuíram o uso de EPIs à resposta da questão.

Barbosa, Oliveira e Talhaferro (2008), em seu estudo, concluíram que o

ambiente de trabalho e o apoio gerencial têm um papel considerável na adequação

entre treinamento e aderência às recomendações, destacando a importância dos

supervisores na orientação e no reforço das práticas adequadas.

Tendo em vista o pensamento primitivo que limita a NR-32 a uso de EPIs,

observa-se a necessidade de que o ambiente de trabalho com o apoio gerencial,

através de educação continuada, treinamentos e trocas de experiências, clarifique e

ensine a normatização específica da NR-32 diferenciando-a com a NR-6.

Quinta categoria: Proteção para profissionais de saúde

Esta categoria é expressa por dois participantes (20%).

Por meio da prevenção dos acidentes, os profissionais da saúde estarão

tomados de uma maior proteção na realização de suas atividades profissionais.

Sabe-se que a prática e o conhecimento atualizado são os fatores mais

influentes na aprendizagem e nas mudanças educacionais, que podem ser

reforçados pela especialização clínica, criando no funcionário as necessidades de

adaptação e reorientação em suas atividades (DAVIM; TORRES; SANTOS, 1999).

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Entende-se que, se o profissional é tomado, na prática, de mudanças no seu

cotidiano, visando sua própria proteção, esta é a melhor forma de manter tais

profissionais protegidos de quaisquer acidentes ocupacionais a que estão expostos.

Na questão: “Você aplica a NR-32 no seu cotidiano profissional?” Emergiram

6 categorias:

Provavelmente aplico;

Não sei;

Não;

Evitar contaminação, usar luvas, conhecer riscos;

o Sim;

Às vezes.

Primeira categoria: Provavelmente aplico

Dois (20%) dos entrevistados disse que provavelmente aplica.

Segundo Cunha e Mauro (2010), sabe-se que, em se tratando de legislação,

há a necessidade da implantação, sendo uma das primeiras etapas a divulgação de

sua existência e de seu conteúdo, seguida de fiscalização para que seja cumprida,

tanto por parte do empregador, quanto do trabalhador. Porém, com relação à NR-32

é fundamental o despertar de consciência sobre sua importância para a área de

saúde. Esta construção de conhecimento deve ser realizada de forma conjunta com

todos os profissionais para que não seja transformada em mero cumprimento de leis

ou normas como tantas outras existentes no país.

A fala desses entrevistados mostra insegurança do conhecimento sobre a

norma, pois, em se tratando de normatização e segurança, não existe meio termo.

Quando se tem conhecimento solidificado sobre as condutas para se proteger no

ambiente de trabalho, não restam dúvidas de que o profissional utilizar-se-á dos

seus direitos para manter sua segurança e saúde. Assim, podemos concluir que

estes entrevistados mostraram falta de conhecimento à NR-32 em suas falas:

“Às vezes eu estou aplicando e nem sei.” (M1)

“Provavelmente eu devo aplicar.” (M4)

Segunda categoria: Não sei

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Dois (20%) dos entrevistados não tem conhecimento da aplicação da norma

no seu dia a dia profissional.

Devido à falta de conhecimento, grande parte dos profissionais sequer

suspeita dos riscos ocupacionais presentes no ambiente de trabalho.

Portanto, é de suma importância que o profissional tenha conhecimento das

ações de prevenção contidas na NR-32 para saber o que deve exigir da instituição

de saúde em que trabalha e como deve agir para garantir sua própria segurança e

de outrem. (RÚBIO; 2007).

Terceira categoria: Não

Um participante do estudo (10%) informa que não aplica a NR-32.

Este fato é bastante preocupante e digno de uma investigação mais

aprofundada objetivando a revisão de estratégias de sensibilização do profissional

de saúde perante a prevenção de riscos e doenças ocupacionais. Apesar do

conhecimento dos riscos e das medidas de proteção e segurança, não há aplicação

prática destas medidas com vista à diminuição da exposição aos riscos e até mesmo

das doenças ocupacionais (SILVA; ZEITOUNE, 2009).

Quarta categoria: Evitar contaminação, usar luvas, conhecer riscos

Um (10%) dos entrevistados diz que aplica a NR-32 evitando contaminação,

utilizando luvas e conhecendo riscos.

Como afirmam Almeida, Leite e Pagliuca (2005), medidas de proteção e

segurança são formas de prevenção a serem utilizadas na assistência a todos os

pacientes na manipulação de sangue, secreções e excreções e no contato com

mucosas e pele não íntegra. Tais medidas incluem a utilização de EPIs, com a

finalidade de reduzir a exposição ao sangue ou fluidos corpóreos, e os cuidados

específicos recomendados para manipulação e descarte de materiais contaminados

por material orgânico.

A aplicação das medidas de proteção não é suficiente para garantir as

medidas de prevenção, devendo fazer parte das estratégias as reflexões a respeito

das mudanças de comportamento e as causas de acidentes. A não-adesão ou a

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baixa adesão às recomendações da utilização de barreiras de proteção é uma

realidade, o que leva à indagação sobre outros fatores que podem estar contribuindo

para este tipo de comportamento (BALSAMO; FELLI, 2006).

Quinta categoria: Sim

Três (30%) dos entrevistados dizem que aplicam a NR-32.

Esta norma apresenta grande relação com a educação continuada e a

capacitação dos profissionais da área de saúde. A capacitação deve ser ministrada

durante a jornada de trabalho por profissionais de saúde familiarizados com os

riscos e sempre que ocorrer uma mudança das condições de exposição dos

trabalhadores a esses agentes. (BRASIL, 2005).

Os entrevistados que disseram aplicar a NR-32, mesmo que tenham

conhecimento prévio sobre a norma e que a apliquem corretamente no seu cotidiano

profissional devem buscar atualização sempre que ocorrerem mudanças no

ambiente de trabalho, e sempre que se sentirem inseguros e desprotegidos. Assim,

zelarão por sua segurança e estarão se tornando melhores profissionais por se

preocuparem com sua saúde e prevenção.

De acordo com a NR-32, a capacitação dos profissionais de saúde deve

ocorrer sempre antes do início das atividades e de forma continuada, ministrada por

profissionais capacitados e familiarizados com os riscos inerentes a cada local de

trabalho e com a condição de exposição ocupacional. Incluem-se nesta análise:

riscos potenciais para a saúde, medidas de controle, normas e procedimentos de

higiene, equipamentos de proteção individual e coletiva, vestimentas adequadas ao

trabalho, medidas de prevenção de acidentes e incidentes e medidas a serem

adotadas na ocorrência dos mesmos (BRASIL, 2005).

Sabe-se que, desde 2005, quando entrou em vigência a NR-32, toda a

capacitação deve ser documentada com registro de data, horário, carga horária,

conteúdo ministrado, nome e formação ou capacitação profissional do instrutor e dos

trabalhadores envolvidos para fins de comprovação junto ao Ministério do Trabalho e

Emprego (BRASIL, 2005).

O estabelecimento de um programa interdisciplinar de educação continuada

propicia maior integração da equipe de saúde, promovendo oportunidades de

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aprendizagem e intercâmbio de conhecimentos (THOFEHRN, MUNIZ, SILVA; 2000

apud CUNHA, MAURO; 2010).

Nesse contexto, observamos a importância do interesse da educação

continuada dos colaborados dos EAS, para que cada vez mais, solidifiquem o

conhecimento pré-existente sobre os seus direitos de segurança no ambiente de

trabalho. Não basta conhecer e aplicar as diretrizes por uma questão meramente

legislativa. A aplicação de normas de segurança no ambiente de trabalho deve ser,

primeiramente, por consciência do próprio profissional em se proteger e promover

segurança a si próprio.

Sexta categoria: Às vezes

Um (10%) dos entrevistados informa que às vezes aplica a NR-32 no

cotidiano profissional.

Desde a Primeira Reunião Ordinária da Comissão, que aconteceu nos dias 15

e 16 de março de 2007, ficou evidente a preocupação de todos os representantes

sobre a aplicabilidade desta norma no setor público. Essa preocupação já era uma

constante desde os encontros do grupo técnico que construiu e aprovou o texto

inicial da NR-32 (BRASIL, 2004).

Ratificando o que já foi discutido anteriormente, sabe-se que quando se tem

conhecimento de algo, seja sobre legislações, normas, ou quaisquer outras

questões profissionais, é inaceitável o meio termo. A dúvida, principalmente nas

profissões da área da saúde, implica riscos ao profissional e a seu cliente.

Analisando a categoria, percebe-se que não se pode aplicar uma norma que

prevê proteção e segurança de forma esporádica por nenhum motivo. Ignorar a

segurança no ambiente de trabalho, sobretudo na área da saúde, transparece

negligência, imprudência e imperícia para consigo e seu cliente.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concorda-se com Nakamura (2008), quando enfoca que o desafio atual é

difundir a NR-32 e conscientizar os gestores das diversas áreas públicas de saúde

sobre a importância das medidas preventivas preconizadas pela legislação, apesar

das restrições orçamentárias deste setor.

Como observado no decorrer da análise dos dados desta pesquisa, é

imprescindível a sensibilização dos trabalhadores sobre a importância das ações

preventivas contidas na norma, para que, com conhecimento da aplicabilidade da

mesma, saibam atuar junto às instituições que trabalham a fim de garantir a sua

própria segurança, pois esta normatização só terá seu valor efetivado se os

indivíduos amparados por ela tomarem conhecimento de sua existência e

aplicabilidade.

Por meio do conhecimento e aplicabilidade da NR-32 como respaldo benéfico

a todos os envolvidos, fazem-se necessárias parcerias entre as instituições de

ensino, gestores e trabalhadores dos setores assistenciais, no sentido de promover

ações efetivas, como: a implementação de campanhas, treinamentos educacionais,

visitas de inspeção nos locais de trabalho, orientações individuais e coletivas para os

profissionais de saúde sobre a prevenção de doenças nosocomiais, privilegiando a

biossegurança, respaldada pelo bom senso, de preferência como atributo individual

e não como uma prática imposta pela legislação, cujo objetivo seja a melhoria da

qualidade de vida no trabalho através da prevenção de intercorrências

desagradáveis. (NAKAMURA, 2008).

Esta autora enfatiza que os profissionais devem, com urgência, inteirarem-se

de que qualquer norma ou lei se torna inerte, se não houver aplicabilidade real por

parte dos principais beneficiários aos quais ela se destina.

Conclui-se que os trabalhadores da classe de saúde de modo geral, e

principalmente os acadêmicos de medicina e médicos que ainda não tomaram

conhecimento das diretrizes da NR-32 devem, com urgência, fazer valer seus

direitos e cumprir com seus deveres, para que se tornem elementos indispensáveis

na qualidade de vida no ambiente de trabalho, gerando benefícios de segurança

para a classe contratante, para a trabalhadora e para o cliente, prevenindo

circunstâncias acidentais no ambiente de assistência à saúde.

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Esta pesquisa poderá contribuir para o surgimento de novas pesquisas que

possam ampliar, solidificar e favorecer os conhecimentos sobre a NR-32 e sua

aplicação na prática de diversos profissionais em todas as suas especialidades de

atendimento à saúde, preenchendo desta forma a lacuna de literatura nesta

abordagem.

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6 CONCLUSÃO

Com essa pesquisa, concluiu-se que, quanto à primeira questão da entrevista

semi-estruturada referente ao objetivo da pesquisa: “O que é a Norma

Regulamentadora – 32 (NR-32)?” emergiram categorias semelhantes para

acadêmicos de medicina e médicos, sendo elas: falta de conhecimento, segurança

do trabalho e uso de EPI’s. Deste modo, a primeira questão evidenciou o

desconhecimento de alguns participantes quanto à NR-32, e o conhecimento

limitado de outros participantes sobre a referida norma.

Foram elucidadas, da segunda questão: “O que a NR-32 aborda?” duas

categorias para os acadêmicos de enfermagem: falta de conhecimento e medidas

para evitar acidentes de trabalho através do uso de EPI. Para os médicos,

elucidaram-se cinco categorias: falta de conhecimento, segurança do trabalho,

prevenção, uso de EPI’s e proteção para os profissionais de saúde.

Todas as categorias originadas demonstraram desconhecimento total ou

parcial da NR-32; porém, por outro lado, observa-se noção básica dos participantes

ao relacionarem com segurança, prevenção e proteção.

Na terceira questão: “Você aplica a NR-32 no seu cotidiano profissional?”

obtiveram-se três categorias originadas pelos acadêmicos de medicina

entrevistados: “não”, “uso de EPI’s” e “não sei”. Já para os médicos participantes,

originaram-se seis categorias: “provavelmente aplico”, “não sei”, “não”, “evitar

contaminação, usar luvas e conhecer riscos”, “sim” e “às vezes”. Observa-se que

existe uma aplicação parcial da NR-32 referente ao uso de EPI’s, evitar

contaminação, usar luvas e conhecer riscos. Conclui-se que a aplicação da NR-32

ainda é insuficiente devido ao conhecimento deficiente da norma em questão.

Vale ressaltar que, durante a assinatura do termo de consentimento livre e

esclarecido, surgiram as justificativas do desconhecimento da norma, pois a maior

parte dos participantes relatou nunca ter ouvido falar e desconhecer totalmente a

NR-32. A partir da entrevista para a coleta de dados deste trabalho, houve a

mudança do pensamento no sentido de curiosidade sobre o que se tratava. Deste

modo, esta pesquisa atingiu os participantes, estimulando-os a aprender e conhecer

sobre a norma, contribuindo assim para o seu cotidiano profissional e para a saúde

do profissional, equipe e paciente.

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APÊNDICE A – Roteiro de entrevista semi-estruturada

1ª PARTE – DADOS PESSOAIS

1. Acadêmico de Medicina ( ) Período: ______________________

Médico ( ) Ano da graduação: __________________________

2. Gênero: M ( ) F ( )

3. Idade: _________________________________________________

2ª PARTE – REFERENTE AO OBJETIVO DO ESTUDO

4. O que é a Norma Regulamentadora – 32 (NR-32)?

........................................................................................................................................

...................................................................................................................................

...................................................................................................................................

...

5. O que a NR-32 aborda?

........................................................................................................................................

...................................................................................................................................

...................................................................................................................................

...................................................................................................................................

........................................................................

6. Você aplica a NR-32 no seu cotidiano profissional/atividades acadêmicas? ...................................................................................................................................

...................................................................................................................................

...................................................................................................................................

...................................................................................................................................

...................................................................................................................................

.............................................

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APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Nós, Aldaiza Ferreira Antunes Fortes e Ana Luiza Sene Brito, docente e graduanda em

enfermagem, respectivamente, da Escola de Enfermagem Wenceslau Braz (EEWB), da cidade de

Itajubá, MG, estamos realizando uma pesquisa intitulada “NORMA REGULAMENTADORA – 32:

informações dos médicos e acadêmicos de medicina”, com os acadêmicos de medicina e médicos da

cidade referida, com o objetivo de “Conhecer as informações dos acadêmicos de medicina e médicos

da cidade de Itajubá, MG, acerca da Norma Regulamentadora-32”. A partir do conhecimento destas

informações, poderemos no âmbito social, estimular ou aperfeiçoar o conhecimento sobre a norma

em questão, colaborando assim para a segurança dos profissionais e seus clientes.

Profissionalmente, ressaltará a importância do conhecimento e aplicação de uma norma

essencial para os trabalhadores da área da saúde.

No segmento científico, a partir de informações para solidificar o conhecimento, contribuirá para

futuros estudos sobre o tema, além de esclarecer as questões que desencadearam a iniciativa deste

estudo, que dizem respeito à idéia que os acadêmicos de medicina e médicos fazem da NR-32 em

relação ao uso e aplicabilidade no cotidiano profissional.

Para efetivar esta pesquisa precisamos que você concorde em participar de uma entrevista

gravada respondendo a duas questões sobre o assunto e outras sobre seus dados pessoais.

Gostaríamos de deixar claro que as informações obtidas serão mantidas em sigilo e que você

não será identificado pelo nome. Todas as suas informações ficarão sob nossa responsabilidade e

trabalharemos com elas com o cuidado de preservar a identidade de todos, utilizando siglas como M1

(médico 1), M2 (médico 2), AM1 (acadêmico de medicina 1), AM2 (acadêmico de medicina 2) e assim

por diante.

É importante lembrar que a sua participação é estritamente voluntária e a qualquer momento

você pode desistir, se assim o desejar.

Você concorda em participar deste estudo?

Este Termo de Consentimento Pós-Informação e Esclarecimento é um documento que

comprova a sua permissão. Precisamos da sua assinatura para oficializar o seu consentimento.

Agradecemos desde já por sua valiosa colaboração e nos colocamos à disposição para

quaisquer esclarecimentos necessários.

Diante do disposto acima, concordo em participar desta pesquisa e para oficializar minha

participação, assino o presente documento.

NOME:.......................................................................................................

ASSINATURA: ............................................................................................

DATA: ......../......../........

Para possíveis informações ou esclarecimentos a respeito da pesquisa, você poderá contatar o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP/EEWB) no telefone: (35) 3622-0930 ramal 323, em Itajubá-MG.

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APÊNDICE C – Extração das ideias principais dos acadêmicos de medicina

Questão: O que é a Norma Regulamentadora – 32 (NR-32) ?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais extraídas

AM1 “Não sei, não tenho ideia.” Não sei, não tenho ideia

AM2 “Norma que fala sobre segurança do trabalho, uso IPI’s e as condutas p/ se proteger e evitar acidentes.”

Segurança do trabalho Uso de equipamentos de

proteção individual Condutas para se

proteger de acidentes. AM3 “Não sei.” Não sei

AM4 “Não sei.” Não sei

AM5 “Não sei.” Não sei

AM6 “Não sei.” Não sei

AM7 “Não sei.” Não sei

AM8 “Não sei.” Não sei

AM9 “Não sei.” Não sei

AM10 “Não sei.” Não sei

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APÊNDICE D – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias principais

extraídas dos depoimentos dos acadêmicos de medicina

Questão: O que é a Norma Regulamentadora – 32 (NR-32) ?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais identificadas por semelhanças

AM1 “Não sei, não tenho ideia.” A. Não sei, não tenho ideia

AM2 “Norma que fala sobre segurança do trabalho, uso IPI’s e as condutas p/ se proteger e evitar acidentes.”

B. Segurança do trabalho. C. Equipamentos de proteção individual, prevenção de acidentes.

AM3 “Não sei.” A. Não sei.

AM4 “Não sei.” A. Não sei.

AM5 “Não sei.” A. Não sei.

AM6 “Não sei.” A. Não sei.

AM7 “Não sei.” A.Não sei

AM8 “Não sei.” A. Não sei.

AM9 “Não sei.” A. Não sei.

AM10 “Não sei.” A. Não sei.

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APÊNDICE E – Agrupamento das idéias principais semelhantes originando as

categorias

Questão: O que é a Norma Regulamentadora – 32 (NR-32) ?

Sujeitos Idéias principais semelhantes Categorias originadas AM1AM3AM4AM5AM6AM7AM8AM9AM10

A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei.

Falta de conhecimento

AM2 B. Segurança do trabalho. Segurança do trabalho.

AM2 C. Equipamentos de proteção individual, prevenção de acidentes.

Uso equipamentos de proteção individual (EPI) e prevenção de acidentes.

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APÊNDICE F – Extração das ideias principais dos acadêmicos de medicina

Questão: O que a NR-32 aborda?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais extraídas

AM1 “Não sei.” Não sei.

AM2 “Medidas para evitar acidentes de trabalho através do uso de EPI’s.”

Medidas para evitar acidentes de trabalho através do uso de equipamentos de proteção individual.

AM3 “Não sei.” Não sei.

AM4 “Não sei.” Não sei.

AM5 “Não sei.” Não sei.

AM6 “Não sei.” Não sei.

AM7 “Não sei.” Não sei.

AM8 “Não sei.” Não sei.

AM9 “Não sei.” Não sei.

AM10 “Não sei.” Não sei.

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APÊNDICE G – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias principais

extraídas dos depoimentos dos acadêmicos de medicina

Questão: O que a NR-32 aborda?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais identificadas por semelhanças

AM1 “Não sei.” A. Não sei.

AM2 “Medidas para evitar acidentes de trabalho através do uso de EPI’s.”

B. Medidas para evitar acidentes de trabalho através de uso de Equipamentos de Proteção Individual.

AM3 “Não sei.” A. Não sei.

AM4 “Não sei.” A. Não sei.

AM5 “Não sei.” A. Não sei.

AM6 “Não sei.” A. Não sei.

AM7 “Não sei.” B.Não sei

AM8 “Não sei.” A. Não sei.

AM9 “Não sei.” A. Não sei.

AM10 “Não sei.” A. Não sei.

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APÊNDICE H – Agrupamento das idéias principais semelhantes originando as

categorias

Questão: O que a NR-32 aborda?

Sujeitos Idéias principais semelhantes Categorias originadas AM1AM3AM4AM5AM6AM7AM8AM9AM10

A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei.

Falta de conhecimento.

AM2 B. Medidas para evitar acidentes de trabalho através de uso de Equipamentos de Proteção Individual.

Medidas para evitar acidentes de trabalho através de uso de Equipamentos de Proteção Individual.

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APÊNDICE I – Extração das ideias principais dos acadêmicos de medicina

Questão: Você aplica a NR-32 no seu cotidiano profissional/atividades acadêmicas?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais extraídas

AM1 “Não.” Não.

AM2 “Sim. Na maioria das vezes emprego o uso de EPI’s no pronto Socorro na hora de realizer uma sutura ou durante um procedimento que exija mais o uso de EPI’s e durante cirurgias sempre.”

Sim. Uso de Equipamentos de

Proteção individual.

AM3 “Não sei.” Não sei

AM4 “Não sei.” Não sei

AM5 “Não sei.” Não sei

AM6 “Não sei.” Não sei

AM7 “Não sei.” Não sei

AM8 “Não sei.” Não sei

AM9 “Não sei.” Não sei

AM10 “Não sei.” Não sei

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APÊNDICE J – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias principais

extraídas dos depoimentos dos acadêmicos de medicina

Questão: Você aplica a NR-32 no seu cotidiano profissional/atividades acadêmicas?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais identificadas por semelhanças

AM1 “Não.” A. Não.

AM2 “Sim. Na maioria das vezes emprego o uso de EPI’s no pronto Socorro na hora de realizer uma sutura ou durante um procedimento que exija mais o uso de EPI’s e durante cirurgias sempre.”

B. Sim. C. Uso Equipamentos de Proteção Individual.

AM3 “Não sei.” D. Não sei.

AM4 “Não sei.” D. Não sei.

AM5 “Não sei.” D. Não sei.

AM6 “Não sei.” D. Não sei.

AM7 “Não sei.” D. Não sei.

AM8 “Não sei.” D. Não sei.

AM9 “Não sei.” D. Não sei.

AM10 “Não sei.” D. Não sei.

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APÊNDICE K – Agrupamento das idéias principais semelhantes originando as

categorias

Questão: Você aplica a NR-32 no seu cotidiano profissional/atividades acadêmicas?

Sujeitos Idéias principais semelhantes Categorias originadas AM1 A. Não. Não.

AM2 B. Sim. Sim.

AM2 C. Uso Equipamentos de Proteção Individual.

Uso de equipamentos de proteção individual.

AM3AM4AM5AM6AM7AM8AM9AM10

D. Não sei. D. Não sei. D. Não sei. D. Não sei. D. Não sei. D. Não sei. D. Não sei. D. Não sei.

Não sei.

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APÊNDICE L – Extração das ideias principais dos médicos

Questão: O que é a Norma Regulamentadora – 32 (NR-32) ?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais extraídas

M1 “Como eu falei pra você, lendo isso aqui (termo de consentimento livre e esclarecido), eu não sei nem do que se trata.”

Não sei do que se trata.

M2 “Não sei.” Não sei.

M3 “É uma norma que regulamenta segurança no ambiente de trabalho.”

Regulamenta segurança no ambiente de trabalho.

M4 “Não sei. Não lembro.” Não sei, não lembro.

M5 “Segurança em saúde do trabalho.”

Segurança em saúde do trabalho.

M6 “É a norma que regulamenta o uso de equipamento de proteção individual.”

Uso de equipamento de proteção individual (EPI).

M7 “Não sei.” Não sei.

M8 “Norma técnica que regulamenta equipamentos de segurança e prevenção.”

Equipamentos de segurança e prevenção.

M9 “Estabelece as diretrizes sobre segurança do trabalho.”

Segurança do trabalho.

M10 “Norma da saúde em relação aos equipamentos e proteção aos profissionais de saúde.”

Equipamentos e proteção aos profissionais.

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APÊNDICE M – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias principais

extraídas dos depoimentos dos médicos

Questão: O que é a Norma Regulamentadora – 32 (NR-32) ?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais identificadas por semelhanças

M1 “Como eu falei pra você, lendo isso aqui (termo de consentimento livre e esclarecido), eu não sei nem do que se trata.”

A. Não sei do que se trata.

M2 “Não sei.” A. Não sei

M3 “É uma norma que regulamenta segurança no ambiente de trabalho.”

B. Segurança no ambiente de trabalho.

M4 “Não sei. Não lembro.” A. Não sei, não lembro.

M5 “Segurança em saúde do trabalho.”

B. Segurança em saúde do trabalho.

M6 “É a norma que regulamenta o uso de equipamento de proteção individual.”

C. Uso de equipamento de proteção individual (EPI).

M7 “Não sei.” A. Não sei.

M8 “Norma técnica que regulamenta equipamentos de segurança e prevenção.”

C. Equipamentos de segurança e prevenção.

M9 “Estabelece as diretrizes sobre segurança do trabalho.”

B. Segurança do trabalho.

M10 “Norma da saúde em relação aos equipamentos e proteção aos profissionais de saúde.”

C.Equipamentos e proteção aos profissionais.

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APÊNDICE N – Agrupamento das idéias principais semelhantes originando as

categorias

Questão: O que é a Norma Regulamentadora – 32 (NR-32) ?

Sujeitos Idéias principais semelhantes Categorias originadas M1M2M4M7

A. Não sei do que se trata. A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei.

Falta de conhecimento

M3M5M9

B. Segurança no ambiente de trabalho.B. Segurança em saúde do trabalho.B. Segurança do trabalho.

Segurança no trabalho

M6M8M10

C. Uso de equipamento de proteção individual (EPI). C. Equipamentos de segurança e prevenção. C. Equipamentos e proteção aos profissionais.

Uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI).

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APÊNDICE O – Extração das ideias principais dos médicos

Questão: O que a NR-32 aborda?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais extraídas

M1 “Não sei. Não Posso te falar nada.”

Não sei. Não posso te falar nada.

M2 “Também não sei.” Também não sei.

M3 “Segurança no trabalho.” Segurança no trabalho.

M4 “Não sei. Não lembro.” Não sei. Não lembro.

M5 “Prevenção.” Prevenção.

M6 “Aborda sobre o uso de EPI’s.” Uso de Equipamentos de Proteção Individual.

M7 “Não sei.” Não sei.

M8 “Prevenção de acidentes no ambiente de trabalho.”

Prevenção de acidentes no ambiente de trabalho.

M9 “Aborda os equipamentos e formas de proteção da sua pessoa (própria).”

Equipamentos.

Formas de proteção.

M10 “Equipamentos e normas de proteção pessoal e ambiental para profissionais de saúde.”

Equipamentos.

Normas de proteção pessoal e ambiental para profissionais de saúde.

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APÊNDICE P – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias principais

extraídas dos depoimentos dos médicos

Questão: O que a NR-32 aborda?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais identificadas por semelhanças

M1 “Não sei. Não Posso te falar nada.”

A. Não sei.

M2 “Também não sei.” A. Não sei.

M3 “Segurança no trabalho.” B. Segurança no Trabalho.

M4 “Não sei. Não lembro.” A. Não sei.

M5 “Prevenção.” C. Prevenção.

M6 “Aborda sobre o uso de EPI’s.” D. Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s).

M7 “Não sei.” A. Não sei.

M8 “Prevenção de acidentes no ambiente de trabalho.”

C. Prevenção de acidentes no ambiente de trabalho.

M9 “Aborda os equipamentos e formas de proteção da sua pessoa (própria).”

D. Equipamentos.

E. Formas de proteção.

M10 “Equipamentos e normas de proteção pessoal e ambiental para profissionais de saúde.”

D. Equipamentos.

E. Normas de proteção pessoal e ambiental para profissionais de saúde.

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APÊNDICE Q – Agrupamento das idéias principais semelhantes originando as

categorias

Questão: O que a NR-32 aborda?

Sujeitos Idéias principais semelhantes Categorias originadas M1M2M4M7

A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei. A. Não sei.

Falta de conhecimento.

M3 B. Segurança no Trabalho. Segurança no Trabalho.

M5M8

C. Prevenção.C. Prevenção de acidentes no ambiente de trabalho.

Prevenção.

M6M9M10

D. Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s). D. Equipamentos.D. Equipamentos.

Uso de Equipamentos de Proteção Individual.

M9M10

E. Formas de proteção. E. Normas de proteção pessoal e ambiental para profissionais de saúde.

Proteção para profissionais de saúde.

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APÊNDICE R – Extração das ideias principais dos médicos

Questão: Você aplica a NR-32 no seu cotidiano profissional/atividades acadêmicas?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais extraídas

M1 “Você tem que me explicar pra eu saber. Às vezes eu estou aplicando e nem sei.”

Você tem que me explicar pra eu saber. Às vezes eu estou aplicando e nem sei.

M2 “Não sei.” Não sei.

M3 “Não.” Não.

M4 “Provavelmente eu devo aplicar.” Provavelmente eu devo aplicar.

M5 “Evitar contaminação, usar luvas, conhecer riscos.”

Evitar contaminação, usar luvas, conhecer riscos.

M6 “Sim.” Sim.

M7 “Desconheço.” Desconheço.

M8 “Sim.” Sim.

M9 “Sim. Sempre que possível.” Sim. Sempre que possível.

M10 “Às vezes.” Às vezes.

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APÊNDICE S – Identificação uniforme, por semelhanças, das idéias principais

extraídas dos depoimentos dos médicos

Questão: Você aplica a NR-32 no seu cotidiano profissional/atividades acadêmicas?

Sujeitos Depoimentos Idéias principais identificadas por semelhanças

M1 “Você tem que me explicar pra eu saber. Às vezes eu estou aplicando e nem sei.”

A. Às vezes eu estou aplicando e nem sei.

M2 “Não sei.” B. Não sei.

M3 “Não.” C. Não.

M4 “Provavelmente eu devo aplicar.” A. Provavelmente eu devo aplicar.

M5 “Evitar contaminação, usar luvas, conhecer riscos.”

D. Evitar contaminação, usar luvas, conhecer riscos.

M6 “Sim.” E. Sim.

M7 “Desconheço.” B. Desconheço.

M8 “Sim.” E. Sim.

M9 “Sim. Sempre que possível.” E. Sim. Sempre que possível.

M10 “Às vezes.” F. Às vezes.

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APÊNDICE T – Agrupamento das idéias principais semelhantes originando as

categorias

Questão: Você aplica a NR-32 no seu cotidiano profissional/atividades acadêmicas?

Sujeitos Idéias principais semelhantes Categorias originadas M1M4

A. Às vezes eu estou aplicando e nem sei.

A. Provavelmente eu devo aplicar.

Provavelmente aplico.

M2M7

B. Não sei. B. Desconheço.

Não sei.

M3 C. Não. Não.

M5 D. Evitar contaminação, usar luvas, conhecer riscos.

Evitar contaminação, usar luvas, conhecer riscos.

M6M8M9

E. Sim.E. Sim.E. Sim. Sempre que possível.

Sim.

M10 F. Às vezes. Às vezes.

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ANEXO A – Parecer Consubstanciado N. 592/2010

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