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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Escola de Engenharia de Lorena EEL Área I Rodovia Itajubá-Lorena, Km 74,5 CEP 12600-970 - Lorena - SP Tel. (12) 3159-5007/3153-3209 USP Lorena www.eel.usp.br Área II Polo Urbo-Industrial Gleba AI-6 CEP 12600-970 - Lorena - SP Tel. (12) 3159-9900 PPE6408 Tópicos Especiais de FísicaProf. Dr. Durval Rodrigues Junior Departamento de Engenharia de Materiais (DEMAR) Escola de Engenharia de Lorena (EEL) Universidade de São Paulo (USP) Polo Urbo-Industrial, Gleba AI-6 - Lorena, SP 12600-970 [email protected] www.demar.eel.usp.br/docentes ou www.eel.usp.br (Página dos professores)

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Escola de Engenharia de Lorena – EEL

Área I

Rodovia Itajubá-Lorena, Km 74,5

CEP 12600-970 - Lorena - SP

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“PPE6408 – Tópicos Especiais de Física“

Prof. Dr. Durval Rodrigues Junior

Departamento de Engenharia de Materiais (DEMAR)

Escola de Engenharia de Lorena (EEL)

Universidade de São Paulo (USP)

Polo Urbo-Industrial, Gleba AI-6 - Lorena, SP 12600-970

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UNIDADE 9 -

Mais Ondas de

Matéria

O átomo na “Antiga” Mecânica Quântica

• Por volta de 1910 acumularam-se inúmeras evidências

experimentais de que os átomos continham elétrons (aquelas

partículas que compunham os raios catódicos e conduziam a

eletricidade).

Mas os átomos eram neutros. Portanto, deviam possuir uma

quantidade igual de carga positiva.

Modelo de Thomson (1910)

Os átomos seriam compostos

por elétrons pontuais,

distribuídos numa massa de

carga positiva uniforme:

Modelo do “pudim de passas”.

Modelo de Thomson: previa uma

deflexão pequena das partículas a

Exemplo histórico: estrutura do átomo

• Ernest Rutherford (1911): descobriu a estrutura nuclear

do átomo. Primeiro experimento de colisão de partículas

sub-atômicas.

Rutherford observou grandes deflexões,

sugerindo um núcleo duro e pequeno

• Rutherford então propôs um modelo no qual toda a carga positiva

dos átomos, que comportaria praticamente toda a sua massa, estaria

concentrada numa pequena região do seu centro: o núcleo.

Os elétrons, então, ficariam orbitando em torno deste núcleo:

Modelo “planetário”.

Entretanto, estes elétrons em

órbita estariam acelerados

(aceleração centrípeta). Assim,

segundo o eletromagnetismo,

deveriam emitir energia na forma

de radiação eletromagnética, até

colapsarem para o núcleo!

O átomo na “Antiga” Mecânica Quântica

Experimentos de espectroscopia

de átomos de H apresentavam

raias espectrais discretas :

Série de Balmer 656 486 434 410 (Å)

22

1

2

11

nRH

RH =109,677 cm-1

n=3, 4, 5, ...

O modelo atômico de Bohr (1913)

Motivação experimental:

Baseado na idéia da “quantização” e da existência dos fótons,

Bohr introduziu o seu modelo para o átomo de hidrogênio,

baseado em 4 postulados:

1) Um elétron se move em uma órbita circular em torno do

núcleo sob influência da atração coulombiana do núcleo,

(mecânica clássica).

2) O elétron só pode se mover em órbitas que apresentem

momentos angulares L “quantizados”:

,....,,nnL 321

O modelo atômico de Bohr (1913)

3) O elétron fica em órbitas “estacionárias” e não emite

radiação eletromagnética. Portanto, a sua energia total E

permanece constante.

4) Radiação é emitida se um elétron, que se move inicialmente

numa órbita de energia Ei , muda para uma órbita de

energia Ef menor que Ei. A freqüência da radiação emitida

é dada por:

Em outras palavras, o átomo emite um fóton.

h

EE fi

O modelo atômico de Bohr (1913)

Considerando o núcleo em repouso, a força

elétrica no elétron é dada por

v

-e, m

+e 2

0

2 1

4 r

eF

r

vm

r

e 2

2

0

2 1

4

Para uma órbita circular:

nL

rmvL

rm

nv

2

2

0

2

nme

hr

n

Quantização das órbitas!

O modelo atômico de Bohr (1913)

Se

e

Assim, a energia das diferentes órbitas serão dadas por:

Portanto, Bohr prevê que as órbitas têm raios:

eVnnh

meE

n 2222

0

4 6,131

8

2

2

0

2

nme

hr

n

2

0

2

0me

hr

2

0nrrn

com

ou

529100 ,r Å

O modelo atômico de Bohr (1913)

ou

Mas: r

e

r

emvUKE

0

2

0

22

842

As freqüências emitidas nas transições seriam:

Portanto, Bohr prevê que:

sendo um êxito para a sua teoria!

1

32

0

4

74,1098

cmch

meRH

2232

0

4

''

1

'

1

8 nnh

me

h

EE nnnn

O modelo atômico de Bohr (1913)

22H2232

0

4'nn

'nn 'n

1

n

1R

n

1

'n

1

ch8

me

c

1

O sistema pode passar de um estado n para um n’, de energia

menor, emitindo um fóton de frequência:

O estado de energia mais baixa é

chamado de estado fundamental.

'nn EEEh

Pode também

transicionar

para um estado

de energia

maior

absorvendo um

fóton. E1 1

E2 2

E3 3

E4 4

E

E1 1

E2 2

E3 3

E4 4

E

O modelo de Bohr explicou as raias espectrais, conhecidas

para o átomo de hidrogênio, e mostrou que deveriam existir

outras, fora do espectro visível.

r

erU

1

4 0

2

O poço de potencial onde o elétron está confinado tem a forma

A equação de Schrödinger nesse potencial é

)r(E)r()r(U)r(m

2

2

2

A equação de Schrödinger e o átomo de H

FPrr ,,

l

número

quântico

orbital

n

número

quântico

principal

m

número

quântico

magnético

símbolo valores

n 1,2,3,

l 0,..,n-1

m -l,..,l

Como o potencial só depende de r, a função de onda pode ser

separada (em coordenadas esféricas)

Isto produz 3 equações separadas, para as

coordenadas eletrônicas do átomo de H !

A equação de Schrödinger e o átomo de H

O número quântico orbital l corresponde aos estados:

(1,0,0)

(2,0,0) (2,1,0) (2,1,1) (2,1,-1)

l = 0, 1, 2, 3, 4

s, p, d, f, g

0E

4/0

E

9/0

E

(3,1,0) (3,0,0) (3,1,-1) (3,1,1) (3,2,1) (3,2,0) (3,2,2) (3,2,-1) (3,2,-2)

)(rnlm

(n,l,m) 1s

2s 2p

3s 3p 3d

A equação de Schrödinger e o átomo de H

)r(E)r()r(Udr

)r(d

rdr

)r(d

m

2

2 2

22

Para o estado fundamental (n = 1, l = 0, m = 0) temos e equação radial

0

23

0

100

1 rr

er

r

é o raio de Bohr 0; r

A função de onda radial do estado fundamental (1,0,0):

A equação de Schrödinger e o átomo de H

A densidade de probabilidade associada à função de onda:

Probabilidade de medir

no volume dV

à distância r

densidade de probabilidade

|(r)|2

à distância r

x dV =

0

3

22

0

4 rr

err

rP

drrrdVrdrrP 2224

onde

A equação de Schrödinger e o átomo de H

Estado 1s

n=1 l=0 m=0

Estado 2s

n=2 l=0 m=0

Estado 2p

n=2 l=1 m=0

Estado 2p

n=2 l=1 m=1

Densidade de probabilidade do H

Orbitais atômicos orbitais atômicos