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ESCOLA DE ULM - turmadod.com · •Max Bill (gute form): aluno da Bauhaus muito influenciado pela sua orientação estético-formal (Gropius), mais do que a produtivista-funcionalista

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ESCOLA DE ULM

Antecedentes

Na Alemanha: nação destruída e dividida em duas partes.

Heranças das vanguardas históricas reapareceram: neo-positivismo, neo-iluminismo,

neo-racionalismo e, acima de tudo, o moralismo.

década do consumismo e da obsolescência planejada e

do styling

•Max Bill (gute form): aluno da Bauhaus muito influenciado pela sua orientação estético-formal

(Gropius), mais do que a produtivista-funcionalista (Meyer)

• “Em confronto com os bens de produção, os bens de consumo estão

hoje muito mais sujeitos à moda do que antigamente. É um campo que se

alargou até abarcar os móveis e os automóveis. O consumo é mais rápido. E assim, automaticamente, abusa-se da

forma, fazendo dela um fator de incremento de vendas. Este perigoso

crescimento manifesta-se claramente no estilo streamlining, que hoje ocupa o

lugar outrora ocupado pelo ornamento.

... E se hoje, por motivos estéticos, reclamamos novamente belas formas,

gostaríamos de não sermos mal entendidos: trata-se sempre da forma

vinculada à qualidade e função do objeto. Trata-se de formas honestas, não de invenções no intuito de incrementar a

venda de produtos de conformação instável, sujeita à moda”.

Era a doutrina da gute Form que recebia denúncias de formalismo implícito, mas era a única atitude discordante no que respeita ao

domínio quase absoluto do styling.

STREAMLINING

STREAMLINING

Um empreendimento que traduzia um trabalho de redemocratização da Alemanha através da educação. Com apoio e patrocínio financeiro

do Plano Marshall, congregando personalidades alemãs que haviam se oposto

ao nazismo: a criação da HfG Hoschule für Gestaltung de Ulm (ex-República Federal

Alemã). Bill foi seu co-fundador juntamente com Scholl e Otl Aicher, e seu primeiro reitor.

Esse instituto mais conhecido como Escola de Ulm foi inaugurado em 1955 com um discurso

de Gropius.

•Objetivo de Bill: retomar a tradição Bauhaus. “A escola é a continuação

da Bauhaus”

Na verdade, Bill queria desenvolver de novo a orientação estético-formal

da Bauhaus. Uma espécie de restauração da Bauhaus.

O questionamento de um ideário formulado ainda na década de 20, com outras intenções e em circunstâncias

políticas diferentes. Clima de impaciência e de recíproca intolerância

entre os seus protagonistas. Os primeiros desacordos entre Bill e seus colegas mais jovens: Otl Aicher, Hans

Gugelot, Thomas Maldonado, W. Zeischegg. Em 1956 Bill será forçado a

abandonar o cargo de reitor.

Na Escola de Ulm discutia-se a possibilidade da efetiva contribuição

para o progresso democrático de um estabelecimento de ensino

voltado para a produção de produtos industriais e de cultura

material.

A proposta, no fundo, objetivava uma racionalização e um disciplinamento da indústria, visando um desenvolvimento

social mais harmônico e equilibrado. Era uma discussão retomada da discussão iniciada na Bauhaus. Na década de 50 essas circunstâncias eram outras e no entender desses jovens, as convicções estéticas e as idéias formalistas de Bill

eram inadequadas.

Muda o plano de estudos: maior importância às disciplinas científicas e técnicas. Método, controle, ordem e

racionalidade passaram a ser os fundamentos do ensino da Escola de

Ulm.

O programa se torna estritamente tecnológico e

científico

Esse novo direcionamento solicitava a adoção de uma estética equivalente; no lugar de uma

estética do gosto, uma estética da constatação.

Esse enfoque funcionalista, rotulado freqüentemente de Estilo Internacional,

encontrou sua representação mais clara nos projetos da Escola de Ulm.

algumas companhias, em especial a Braun na Alemanha e a

Saab na Escandinávia começaram a projetar e

comercializar bens duráveis.

Financiada por encomendas, a escola possuía vínculos estreitos com a

indústria. Destaca-se como exemplo o maior trabalho de Hans Gugelot e Otl Aicher para a firma Braun. Nasceu a

idéia Braun, como foi anunciada comercialmente, refletindo exatamente o

conceito ULM:

um design sem metáforas, frio, ascéptico, objetivo. Isso ajudou a formalizar a filosofia reducionista de design da Braun, ao mesmo tempo em que a colaboração entre Gugelot e Dieter

Rams, da Braun, levou ao desenvolvimento da “síndrome da caixa

preta” no design moderno.

Tudo o que fosse desnecessário ao funcionamento do produto era

eliminado. Linhas simples, durabilidade, equilíbrio e unificação eram as

exigências fundamentais. Todos os produtos da Braun eram semelhantes, em geral com acabamento em branco ou preto lustroso, com o logotipo da

companhia bem visível.

BRAUN

OTL AICHER

A Escola de Ulm votou a sua auto-extinção em 1968.

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