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Escola Superior de Educação João de Deus
Gerontologia Social 08/09
Unidade Curricular: Gerontologia I
Docente: Doutor Joaquim Marujo
Discente: Maria Inês Santos n.º11
Sumário:
1. Envelhecimento Populacional
1.1 Fenómeno de envelhecimento
2. Envelhecimento Individual
2.1 Envelhecimento Activo
2.2 Envelhecimento Produtivo
3. Bibliografia
1. Envelhecimento Populacional
Com o desenvolvimento da ciência, melhoria das
condições sociais e económicas, verificou-se um
aumento da esperança média de vida à nascença, e
uma diminuição da taxa de natalidade, existindo assim
uma progressão de fenómeno de envelhecimento.
No final do ano 2000, a quantidade de jovens na União
Europeia, era ligeiramente superior à dos idosos,
nomeadamente 16,7% e 16,4% respectivamente. Em
Portugal, de acordo com os últimos estudos do INE,
projecta-se que em 2060 haverá três idosos para cada
jovem. A população idosa duplicará, de 17,4%, em
2008, para 32,3% em 2060. Uma das causas para o
envelhecimento populacional do nosso país não é
apenas a baixa fecundidade e uma baixa taxa de
natalidade mas também níveis elevados de emigração
da população activa.
1.1 Fenómeno de Envelhecimento
“Transição demográfica, normalmente definida como a
passagem de um modelo demográfico de fecundidade
e mortalidade elevados para um modelo em que
ambos os fenómenos atingem níveis baixos,
originando o estreitamento da base da base da
pirâmide de idades, com redução de efectivos
populacionais jovens e o alargamento do topo, com
acréscimo de efectivos populacionais idosos” (INE,
2002).
2. Envelhecimento Individual
“É um processo dinâmico e progressivo onde há
modificações tanto morfológicas como funcionais,
bioquímicas e psicológicas que determinam
progressiva perda da capacidade de adaptação do
individuo ao meio ambiente, ocasionando maior
vulnerabilidade e maior incidência de processos
patológicos que terminam por levá-los à morte”
(CARVALHO FILHO e ALENCAR, 1994)
O progresso ou regressão: "supõe que se
tome como referência um determinado fim;
mas nenhum é dado a priori, no absoluto.
Cada sociedade cria os seus próprios valores:
é no contexto social que a palavra declínio
pode adquirir um sentido preciso”
(BEAUVOIR, 1990)
“As visões disciplinares que associam o envelhecer
individual ao processo biológico de declínio e deterioração
decorrente da passagem do tempo, definem o
envelhecimento, segundo Moreira (1998), como próprio
dos indivíduos que sobreviveram até o estágio final do ciclo
vital. Para tal, a idade define-se como limitativo ao bem
estar biológico (fragilidade e/ou invalidez), psicológico
(diminuição da velocidade dos processos mentais) e
comportamental (isolamento).”
(WONG e MOREIRA, 2000)
Três tipos de idades:
Idade biológica medida pelas capacidades
funcionais ou vitais e pelo limite de vida dos
sistemas orgânicos;
Idade social referente aos papeis e hábitos que o
individuo assume na sociedade;
Idade psicológica que se refere às capacidades
comportamentais do individuo em se adaptar ao
meio.
(SHROOTS e BIRREN,1980)
2.1 Envelhecimento Activo
“Processo pelo qual se optimizam as
oportunidades de bem-estar físico, social e
mental durante toda a vida, com o objectivo de
ampliar a esperança de vida saudável, a
produtividade e a qualidade de vida na velhice”
(OMS, 2001:15)
Um envelhecimento será cada vez mais
satisfatório quanto maior for o poder do
indivíduo assimilar e não renunciar às
mudanças físicas, psicológicas e sociais,
adaptando-se, sem sofrer em demasia, aos
novos papeis sociais que desempenhará no
decorrer da sua vida.
(PERLADO, 1995)
A qualidade de vida e, consequentemente, a
qualidade do envelhecimento relacionam-se
com a visão de mundo do indivíduo e da
sociedade em que ele está inserido, bem como
com o "estilo de vida" conferido a cada ser.
(BRÊTAS, 1997)
2.2 Envelhecimento Produtivo
Envelhecimento produtivo, onde se pretende
uma participação produtiva do idoso na
sociedade, como por exemplo na participação
em campanhas de voluntariado ou outro tipo
de serviço.
“A velhice aparece mais claramente para os
outros, do que para o próprio sujeito; ela é um
novo estado de equilíbrio biológico: se a
adaptação se opera sem choques, o indivíduo
que envelhece não a percebe".
(BEAUVOIR, 1990)
4. BibliografiaBEAUVOIR, S. A velhice. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1990.
BRÊTAS, A.C.P. Envelhecimento e trabalho. In: OLIVEIRA, E.M.; SCAVONE, L, org.Trabalho,
saúde e gênero na era da globalização. Goiânia, AB Editora, 1997. p.61-67.
CARVALHO FILHO, E.T. & ALENCAR, Y.M.G. Teoria do envelhecimento. In: CARVALHO
FILHO, E. T., org. Geriatria: fundamentos, clínica, terapêutica. São Paulo, Atheneu,1994. p. 1-
8.
SCHROOTS, J; BIRREN, J., (1980), A psychological point of view toward human aging and
adaptability, in Adaptability and aging, proceedings of 9th International conference of social
Gerontology , Quebec, Canada, 43-54.
OSÓRIO, A. R. e PINTO, F. C., (2007), As pessoas idosas: contexto social e intervenção
educativa. Instituto Piaget, Lisboa.
PERLADO, F. Teoría y práctica de la geriatría. Madrid, Ed. Diaz de Santos, 1995.
WONG, L e MOREIRA, M, (2000) Envelhecimento e desenvolvimento humano: As
transformações demográficas anunciadas na América Latina (1950-2050)
http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_bou
i=65573359&DESTAQUEStema=55466&DESTAQUESmodo=2
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