34
Escola Superior do Ministério Público de São Paulo Coordenação do Projeto JT - Promotorias Criminais de Santana Consulado Geral dos Estados Unidos da América - São Paulo Seminário Justiça Terapêutica “Programa de Justiça Terapêutica: Rede Social de Apoio e Efetividade do Tratamento” Carmen Có Freitas, Psiquiatra Assessora técnica MP/RS Diretora de Tratamento da ABJT [email protected]

Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

  • Upload
    mardi

  • View
    24

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Escola Superior do Ministério Público de São Paulo Coordenação do Projeto JT - Promotorias Criminais de Santana Consulado Geral dos Estados Unidos da América - São Paulo Seminário Justiça Terapêutica “Programa de Justiça Terapêutica: Rede Social de Apoio e Efetividade do Tratamento”. - PowerPoint PPT Presentation

Citation preview

Page 1: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Escola Superior do Ministério Público de São PauloCoordenação do Projeto JT - Promotorias Criminais de SantanaConsulado Geral dos Estados Unidos da América - São Paulo

Seminário Justiça Terapêutica

“Programa de Justiça Terapêutica:Rede Social de Apoio e

Efetividade do Tratamento”

Carmen Có Freitas, PsiquiatraAssessora técnica MP/RSDiretora de Tratamento da [email protected]

Page 2: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Rede social de apoio

Efetividade do tratamento

Sucesso do PJT

Page 3: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Programa de Justiça Terapêutica

Não - AdversidadeIntegração

CooperaçãoMulti/Inter/Trans Disciplinariedade

Exige um perfil específico do profissional,aberto a um novo paradigma

para ver, ouvir, falar e agir de uma nova forma.Exemplo!

Page 4: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Programa Judicial de Atenção Integral

ao Infrator Usuário de Drogas

Justiça Terapêutica

Page 5: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Atenção Integral

Saúde

Educação

LazerSegurança

Trabalho

Page 6: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Como?Articulação Comunitária

Simples, fácil e efetiva!!!!

Page 7: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Tratamento da Dependência QuímicaAspectos relevantes

Pouca disponibilidade

Especializado

Caro

Longo prazo

Efetividade... 30% 50% >70%

Baixa aderência

Motivação

Política Nacional de Saúde Mental

Page 8: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Organização Mundial da Saúde - OMS

“... Sabe-se que a demanda por tratamento totalmente voluntário (sem nenhum tipo de pressão) é muito pequena;

.. a relutância para buscar tratamento somente é superada por pressões da família, de amigos, da escola, do empregador, pelo aumento do custo para manter o uso ou pelo medo da instauração de um processo criminal.”

WHO,1999

Page 9: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Organização das Nações Unidas – ONUUnited Nations Office of Drug Crontrol - UNODC

Experts reconhecem que muitos infratores que violam as leis de drogas, e também infratores que cometem outros delitos, o fazem porque são dependentes de drogas.

Experts concluiram que tratar infratores (para a DQ) é mais efetivo que processá-los e puní-los através do sistema de justiça criminal.

Estudos apontam que os programas de ‘cortes de drogas’’ (nosso PJT) são mais efetivos e menos caros na prevenção da reincidência que o encarceramento .

J. Scott Sanford “Lifting the Cover on Drug Courts: Evaluation, Findings and Policy Concerns” (2005) 49 International Journal of Offender Therapy and Comparative Criminology, pp. 239-259.

Handbook of basic principles and promissing practices on Alternatives to Imprisonment, 2007

Page 10: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Organização das Nações Unidas – ONUUnited Nations Office of Drug Crontrol - UNODC

As estratégias alternativas para lidar com o infrator dependente de drogas fora da prisão, envolvem a disponibilidade de serviços de tratamento e de bem-estar social na comunidade;

Isto pressupõe a existência de uma rede de ‘conselheiros’ em DQ, centros de tratamento, (staff composto por médicos, psicólogos, assistentes sociais, entre outros) para os quais os pacientes/infratores devem ser encaminhados;

Handbook of basic principles and promissing practices on Alternatives to Imprisonment, 2007

Page 11: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Estes profissionais especializados têm que trabalhar de forma próxima e integrada com os profissionais do sistema de justiça criminal – polícia, promotores, juízes e defensores – para prover o tratamento adequado aos infratores dependentes de drogas;

Evidentemente, o governo tem a obrigação de atuar em ambas as instâncias provendo serviços de tratamento e coordenando-os. O terceiro setor pode participar garantindo que os serviços a este grupo possam também ser acessados pelo sistema de justiça criminal.

Organização das Nações Unidas – ONUUnited Nations Office of Drug Crontrol - UNODC

Handbook of basic principles and promissing practices on Alternatives to Imprisonment, 2007

Page 12: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Organização dos Estados Americanos – OEAComissão Inter-Americana para o Controle do Abuso de Drogas - CICAD

Projeto EULAC

Formulação de políticas públicas

Redução da demanda

Tratamento e reabilitação

“Sensibilizar promotores e juízes com relação ao tratamento e reabilitação da DQ como alternativa ao encarceramento

para delitos menores vinculados ao uso de drogas”

Page 13: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

National Institute on Mental Health - NIMHNational Institute on Drug Abuse – NIDA

www.drugabuse.gov

Principles of Drug Abuse Treatment for Criminal Justice Populations, 2006

Treating Drug Addiction: What Families and Offenders Need to Know

Artigos traduzidos www.abjt.org.br

Page 14: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

“... O tratamento de dependentes químicos, evidencia que,

na maioria das vezes, as únicas formas de motivá-los a

buscar tratamento envolvem posturas de “pressão” de

familiares, chefias e amigos, algum tipo de coerção ou a

compulsoriedade em caso de infração.”

Marlatt et all, 1997

“... O tratamento coercitivo e/ou compulsório apresentam

igual, e às vezes maior, efetividade que o tratamento

voluntário.”

Pickens et all, 1991

Page 15: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

CUSTO - BENEFÍCIO DO TRATAMENTO

$0,00 $5.000,00 $1O.000,00 $15.000,00 S20.000,00 $2 5. 000, 00

Custo individual por 6 meses

Miami University,1994

Usuário não-tratado

Encarcerado

CT para adolescentes

CT para adultos

Metadona

Ambulatorial

Page 16: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Austrália Inglaterra

Brasil IrlandaCanadá ChileItália BermudaEstados Unidos JamaicaEspanha Porto RicoFrança IrlandaHolanda BélgicaNova Zelândia HolandaMéxico Noruega

Tratamento como alternativa para o encarceramento

Page 17: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Modalidades de Tratamento

Voluntário

Não Voluntário

Compulsório

Programa de Justiça Terapêutica

Modalidade voluntária de tratamento

Oportuniza o exercício de escolha

Contém elementos motivadores que aumentam a probabilidade de entrada, aderência, permanência e compleição do programa de tratamento

Page 18: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Se...

o usuário/dependente tem dificuldadeem buscar tratamento...

o tratamento é pouco disponível, caro,de longo prazo...

o tratamento não-voluntário é o mais prevalente...

O que fazer ?

Page 19: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Motivação e o tratamento da DQ

Motivação interna

Motivação externa

“Pode ser definida como a probabilidade de que uma pessoa entre,

continue e adote uma estratégia de mudança específica”.Conselho de Estudos Filosóficos, 1981

Perspectiva de que uma coisa boa aconteça

Perspectiva de que uma coisa ruim NÃO aconteça

Page 20: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Algumas palavras sobre...TESTAGEM PARA O

USO DE DROGAS

Por qual razão?* forma objetiva de avaliação da abstinência* ajuda moldar interação tribunal-participante* franqueza e honestidade entre as partes* maior e melhor envolvimento do participante

Page 21: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

TESTAGEM DE USO DE DROGAS

Mentiras Verdades* teste é incorreto * + de 97% exatidão

* inalação passiva falso + * muito, muito remota

* semente papoula + * + 25g para dar +

* adulteração invalida * pode ser testada

* H2O mascara THC * níveis de creatinina

* THC dá + 4-6 sem * média 2 semanas máx 4 semanas

Page 22: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

TESTAGEM DE USO DE DROGAS

Justificativas mais usadas para testagem positiva

* “comi um pão com semente de papoula”* “tomei um remédio para gripe”* “alguém deve ter colocado isso na minha comida”* “fiz sexo com meu namorado e ele tinha usado”* “eu estava perto de alguém que estava fumando”’* “não pode ser meu, eu não uso drogas”

Page 23: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Atributo essencial para fazer parte da equipe do Programa de Justiça Terapêutica

E M P A T I A“ Habilidade específica que pode ser aprendida para que haja a compreensão dos significados de outra pessoa pelo uso da escuta reflexiva.”

Miller, 2001

Page 24: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Aceitar sem julgar, criticar ou culpar.

Aceitação não é sinônimo de concordância ou aprovação; é possível aceitar e compreender a perspectiva de um paciente (interlocutor/infrator) sem concordar com ela.

Escuta respeitosa.

Aceitação e respeito constroem a aliança terapêutica e estimula a auto-estima do paciente (infrator)– condição fundamental para a mudança.

Escuta Reflexiva

Page 25: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

O Ideal e o Possívele

a construção da Rede Social de Apoio

Page 26: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Algumas reflexões sobre o PJT no Brasil

2010: dez anos de PJT no Brasil

Perdas e ganhos

Urgente necessidade de um piloto que contemple a atenção integral ao participante do PJT, bem como o adequado moninoramento e a necessária avaliação da efetividade do programa

Maior e melhor integração dos profissionais

Page 27: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Associação Brasileirade Justiça Terapêutica

ABJT

[email protected]

Page 28: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Outras reflexões... Seminário JT - SP

Sobre a prévia avaliação da equipe de saúde para o encaminhamento do infrator ao PJT Brasil e US; ou, “no hace falta salir afuera para saber que está llovendo”

A natureza e o destino do pesquisador achados Dr. Flávio;

Critérios e definições de “sucesso” e efetividade do tratamento;

Page 29: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Outras reflexões... Seminário JT - SP

DQ: doença crônica, recidivante, incurável...PREVENÍVEL e TRATAVEL;

Tto não-voluntário (motivação externa) que passa a ser voluntário (motivação interna) análise custo/benefício; ou porque Dr.Flávio não consegue há 3 meses ir a academia “voluntariamente”, SIC!;

Tratamento voluntário na dependência do crack ? ? ? ! ! ! Política Nacional ?

Page 30: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Outras reflexões... Seminário JT - SP

Fatos versus opiniões... Ou a lesão neuronal causadas pelas SPA e as “lesões” na comunidade; e... a liberdade individual ferida;

O conceito do BEM IMPOSTO;

Sobre mudança...• sem mudança não há vida ou saúde;• coragem para mudar;

Page 31: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Chances na VidaFamília

Escola

Estado

Page 32: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

“ O Programa de Justiça Terapêutica, além de outras vantagens, barateia a execução

penal e tem seu principal argumento pautado no benefício individual e da sociedade.”

“... desta forma, o Estado retira das malhas da repressão, o indivíduo que não foi atingido pela

prevenção e pelo tratamento.”

Ministro Alberto Mendes Cardoso

Page 33: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo
Page 34: Escola Superior do Ministério Público de São Paulo

Muito obrigada!