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Espalharte1

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1 revista espalharte - 1 edição

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2 revista espalharte - 1 edição

. . EspalhArteEd

itoria

l

Capa

A arte da capa desta edição da re-

vista EspalhArte foi desenvolvida pelo es-

túdio Colletivo.

Elaboramos uma completa entre-

vista sobre o mundo da ilustração com

a Vanessa Queiroz e David Bergamasco,

ambos sócios do estúdio Colletivo. Eles

comentam sobre experiências, merca-

do, inspirações e dão dicas de ilustração.

A revista EspalhArte A revista EspalhArte nasceu da ide-

alização de dois amigos que adoram vári-

os tipos de arte, desenho, pintura, músi-

ca, fotografia, e tudo o que os tiram do

chão. O objetivo é fazer com que a revis-

ta seja um espaço voltado para os artistas

de diversas áreas e esses possam expor

suas artes, suas idéias e contarem suas ex-

periências nesse imenso mundo da arte.

Nessa primeira edição falaremos

sobre a área de ilustração, com entrevis-

tas, portfólios e matérias sobre o assunto.

Nosso portfólio concentra talen-

tos, desde iniciantes a profissionais, com

estilos totalmente diferentes uns dos ou-

tros, mostrando a beleza em cada um

dos traços. A idéia é mostrar ao público o

quão legal é essa diversidade e incentivar

cada vez mais as pessoas a desenharem

e mostrarem seus talentos. Queremos tra-

zer inspirações para que seus sonhos e

imaginações saiam da cabeça e vão para

o papel.

É um grande prazer apresentar

a revista EspalhArte para você! Seja

bem-vindo e tenha uma ótima leitura. ;-)

Equipe EspalhArte

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3 revista espalharte - 1 edição

. . EspalhArteC

oncepção

Idealizadores Rafael Skiter

Diretor do estúdio Twomate

Revisor e editor da revista Espalharte

Formado em Design Gráfico

Vanessa Bizari

Diretora do estúdio Twomate

Revisora e editora da revista Espalharte

Formada em Publicidade

Colaboradores Lucianna Valente

Analista de Mídias Sociais da Liga

do Desporto

Colunista da revista Espalharte

Formada em Jornalismo

Wendel Neves Martins

Blogueiro

Colunista da revista Espalharte

Estudante de Publicidade e

Propaganda

Page 4: Espalharte1

4 revista espalharte - 1 edição

. . EspalhArteN

osso

esp

aço

Espalharte e você A Espalharte é uma revista tri-

mestral que disponibiliza um espaço

para a exposição de todo o tipo de

arte. Se você quer dividir o seu conhe-

cimento ou talento conosco, entre no

site e veja as especificações para parti-

cipar das novas edições. Você pode co-

laborar enviando seu portfólio, fotogra-

fias, dicas ou matérias relacionadas ao

tema central da edição.

Envie-nos um e-mail com seu ma-

terial e colabore!

Os artigos contidos nesta revista

são de assuntos variados e de teor infor-

mativo ou de entretenimento e não refle-

tem necessariamente a opinião da revista.

A revista Espalharte não tem fins

lucrativos, por isso, algumas das imagens

podem vir de fontes externas. Caso algu-

ma imagem pertença à você e deseja a

remoção da revista, favor entrar em con-

tato, que prontamente retiraremos.

Mande suas críticas ou sugestões

para a Espalharte:

[email protected]

Contatos:

Siga-nos nas redes sociais

www.twomate.com.br/espalharte

[email protected]

facebook.com/espalharte

@espalharte

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5 revista espalharte - 1 edição

. . EspalhArte

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6 revista espalharte - 1 edição

. . EspalhArteS

umár

io

Beijaço no Laerte

Matéria sobre o cartunista

Laerte da Folha de SP, que

achou uma forma super di-

vertida de protestar.

Portfólio

Os variados talentos de ilus-

tradores iniciantes e pro-

físsionais, mostrando os

seus variados estilos e a

beleza em cada traço.

Homenagem

Thon Salmeron Santoniero é

artista, ilustrador, professor

universitário e o nosso ho-

menageado dessa edição.

Entrevista

Entrevistamos o pessoal do

estúdio Colletivo, que co-

mentaram sobre experiên-

cias, mercado, inspirações

e deram dicas de ilustração.

Arte sem limites

Matéria sobre Street Art.

Artistas retratam em forma

de ilustração, o dia a dia da

sociedade com criatividade

e bom humor.

Mãos na massa

Veja o trabalho do artista

Rafael Lucena, que trans-

forma seus desenhos em

escultura.

5808 10

8664 78

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7 revista espalharte - 1 edição

. . EspalhArte

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8 revista espalharte - 1 edição

. . Beijaço no LaerteM

anife

staç

ão

Manifeste-se sempre, mas com amor!Manifestação de Laerte já rendeu mais de 3000 ilustrações

Por Wendel Neves Martins

Várias versões do Beijaço no Laerte

Se você curte ilustrações ou de-

senha mesmo que por diversão e,

além disso, segue as redes sociais, pos-

sivelmente já deve conhecer a página

“Beijaço no Laerte”, onde várias pes-

soas podem publicar seu beijo no cartunis-

ta Laerte Coutinho da Folha de São Pau-

lo.

A idéia começou no dia 25 de abril

quando os cartunistas da Folha protes-

taram contra a atuação de Marco Felici-

ano como presidente da comissão de direi-

tos humanos na Câmara. Laerte se au-

torretratou em sua nova fase “mulher” e

se ilustrou beijando os outros cartunistas.

Vendo isso, Evandro Alves (ilustrador da

Mad) acrescentou seu beijo e o publicou,

esta foi a deixa para que vários cartunistas

Page 9: Espalharte1

9 revista espalharte - 1 edição

. . Beijaço no Laertefizessem o mesmo.

A página no Facebook, criada por

Ivan Mola e Adriano Batista, já rendeu

mais de 3.000 ilustrações e beijos. Ivan

diz que é muito fã das ilustrações do car-

tunista e ainda mais dessa coragem que

Laerte tem de se libertar dos conceitos im-

postos pela sociedade. A página que no

primeiro dia fechou com 4.400 likes, tem

hoje mais de 13.000 likes, e confirmam os

autores que já chegaram a receber 700

imagens por dia.

Ivan contou que, com o grande

sucesso, procurou Laerte no primeiro dia

já curioso para saber o que o cartunista

havia achado de sua criação e por ter

disponibilizado a página para qualquer

ação ou protesto que ele quisesse re-

alizar. Laerte apenas agradeceu o carinho

e disse adorar toda esta mobilização.

Pra você participar é muito fácil,

basta entrar na página www.face-

book.com/beijaconolaerte, baixar

a ilustração inicial de Larte e desenhar

como bem entender como seria seu bei-

jo. Vale ilustração, montagem, beijo triplo,

selinho e etc. A criatividade é de sua es-

colha.

Agora se você conhece e gosta da

página, mas não sabe desenhar, não pre-

cisa se preocupar, afinal, pensando nisso,

os criadores da página disponibilizaram

um aplicativo com a ajuda do programa-

dor Mauker Olímpio. Instale o aplicativo e

ligue sua webcam para dar o seu beijaço

no Laerte.

*Essa matéria é de teor totalmente informativo e não reflete a opinião da revista.

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10 revista espalharte - 1 edição

. . PortfólioEd

imils

on C

osta

eventos. Atualmente, cursa publicidade e propaganda pela Uninove e se inspira cada dia

mais bebendo das mais variadas fontes, buscando melhorias contínuas.

Bohemia Pirofagia: Representação de valor pessoal, Sac é um personagem próprio

para projeto em eterno andamento.

Pinóquio HC: Ilustração feita a mão, pintada no Photoshop. Parte de projeto em anda-

mento, onde o clássico infantil é reescrito e adaptado para a atualidade.

Ceifador: Ilustração feita a mão, tratada com texturas. Parte de infográfico de perso-

nagem para jogo.

ContatoFacebook: Edirox Design

[email protected] | www.ediroxdesign.com

+55 (11) 9 6445 9652

Foi colocado ainda bebê em uma nave como a última es-

perança de...mentira.

Nascido em abril de 89, rabiscava inconscientemente todo

papel que encontrava até dar aos rabiscos a forma do que

via na TV e tirinhas de jornais. Cresceu regado a Maurício

de Souza, desenhos inocentes da TV Cultura, torcia pro

seu signo em Cavaleiros do Zodíaco, chorou quando Mu-

fasa morreu e também ajudou o Goku a fazer a Genki

Dama. Encontrou inspiração nas animações do Estúdio

Pixar e Ghibli, filmes de Tim Burton e com o tempo nos

trabalhos de Neil Gaiman, Dave Mackean e Allan Moore.

Se especializou em design gráfico em 2010 pelo Centro

Paula Souza, trabalhou como freelancer para gráficas e

estamparias, e fez identidade visual de estabelecimentos e

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11 revista espalharte - 1 edição

. . Portfólio

Bohemia Pirofagia

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12 revista espalharte - 1 edição

Pinóquio HC

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13 revista espalharte - 1 edição

Ceifador

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14 revista espalharte - 1 edição

. . PortfólioEd

die

Gom

ez

Liberdade: Desenhado a lápis, nanquim, tinta ecoline e finalizado no Photoshop

Underwater Love: Desenhado a lápis, nanquim e finalizado no Photoshop

House of Cards: Desenhado a lápis, nanquim e finalizado no Photoshop

ContatoFacebook: eddie.gomez

Portfólio: www.flickr.com/photos/eddie_gomez/

Eddie Gomez desenha, faz música, cinema e escreve.

Mas só desenhando é que consegue atingir um nível

minimamente publicável.

Gosta de ilustrações, quadrinhos, design, moda, música,

sétima arte e filosofia de boteco.

Seu trabalho não tem nada de técnica mirabolante. É a

escola de ilustração. Esboçar com lápis, arte finalizar com

nanquim, e pintar, no caso dessas (menos a Liberdade,

que tem tinta ecoline ao fundo) no computador usando

o Photoshop.

Page 15: Espalharte1

15 revista espalharte - 1 edição

. . Portfólio

Liberdade

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16 revista espalharte - 1 ediçãoUnderwater Love

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17 revista espalharte - 1 edição

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18 revista espalharte - 1 ediçãoHouse of Cards

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19 revista espalharte - 1 edição

. . PortfólioK

azé Carvalho

que foram exibidos e premiados em festivais pelo Brasil à fora, nunca deixando de lado

sua produção como ilustrador, pois, a arte sempre permeou seu trabalho como profis-

sional. Por não ter cursado uma escola de desenho ou pintura clássica, o artista se de-

fine como um experimentador de suportes, texturas, formas e sensações, pois, muitas de

suas obras são frutos de sonhos traduzidos em ilustrações, roteiros, pinturas entre outras

formas. Como bem se define, Kazé Carvalho é um “artista multifacetado” que ainda não

encontrou o limite do suporte para traduzir todas suas percepções do mundo.

Miracle: lápis de cor, pitt artist pen, grafite 0.5 sobre papel sulfite, formato 21X30cm, ano

de 2013.

Espada e Guerreiro: grafite, lápis de cor e nanquim sobre papel canson, formato

21X30cm, ano de 2013.

Dois crânios (dark): pincel pilot sobre canson, formato 21X30cm, ano de 2012.

ContatoFacebook: kaze.carvalho | Twitter: kazecarvalho | [email protected]

+55 (11) 98518-3544

Instagram. kazecarvalho | Youtube. youtube.com/KAZECARVALHO

Nascido em 1982 em Varginha, interior de Minas Gerais.

Graduou-se em Publicidade e Propaganda em 2005 pela

UNIS-MG. Em 2009 fez mestrado e atualmente cursa

doutorado dentro da linha de pesquisa voltada aos pro-

cessos criativos cinematográficos no curso de Multimeios

no instituto de artes da UNICAMP. Reside no centro de

São Paulo e trabalha como Professor nos centros univer-

sitários SENAC(Santo Amaro) e Belas Artes (Vila Mariana).

Iniciou a carreira como chargista, e em meio a outras

experiências e oportunidades começou a fazer curta-

metragem. Produziu cerca de 20 curtas independentes

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20 revista espalharte - 1 ediçãoMiracle

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21 revista espalharte - 1 edição

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22 revista espalharte - 1 ediçãoEspada e Guerreiro

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23 revista espalharte - 1 ediçãoDois Crânios (Dark)

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24 revista espalharte - 1 edição

. . PortfólioLe

andr

o G

Gan

th

em um estilo, que é “Ilustração para público infantil”. Sim, adoro crianças e vou seguir esse

caminho!

Mula total em Photoshop e afins, ainda não sei usar tal ferramenta e seus derivados, mas

ainda este ano, quero fazer meus tão sonhados cursos.

Nunca trabalhei na área de design, nem cheguei perto disso, mas já fiz algo parecido por

hobbie, como desenvolver o logo da empresa de um amigo.

Talvez um dia escreva um livro infantil e ilustre-o, mesmo que só o meu sobrinho leia e

goste! (Risos)

The Milk Brothers: Feito a lápis e tratado no Photoshop.

Indo para a cama: Feito a lápis e tratado no Photoshop.

Cthulhu: Feito a lápis e tratado no Photoshop.

ContatoFacebook: leandrogganth

[email protected]

+55 (11) 9 8305-2506

Gigante desde que nasci, fui o maior em tamanho, em

tudo, desde a maternidade. Paulistano de 25 anos, co-

mecei a gostar de desenhos e HQ’s a partir do dia que

minha mãe me comprou uma revistinha da Turma da

Mônica. Um pouco mais tarde, comecei a criar minha

própria história em quadrinhos, influenciado pelo meu

primo Julio, que desenha fantasticamente bem e nunca

fez uma aula para isso. Por causa de trabalho, acabei me

afastando do desenho por um tempo, até entrar na facul-

dade, onde despertei a vontade de desenhar novamente.

Depois de alguns rabiscos, certo dia vi meu sobrinho de 2

anos olhando meus desenhos, então decidi que iria focar

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25 revista espalharte - 1 edição

. . Portfólio

The Milk Brothers

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26 revista espalharte - 1 ediçãoIndo para a cama

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27 revista espalharte - 1 edição

Cthulhu

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28 revista espalharte - 1 edição

. . PortfólioLu

cas

Gal

ano

Preguiça: Esse desenho é até uma história meio engraçada. Quando eu era

mais novo não tinha muito dinheiro para comprar presentes para as namo-

radinhas. Então, sempre dava um desenho de presente. Esta prática me deixou com

um pouco de facilidade em desenhar mulheres. Esta é uma imagem que criei na

cabeça mesmo, de uma mulher acordando depois de um cochilo, bem relaxada.

Love Gun: O desenho é uma clara e merecida homenagem ao Kiss. Eu aprendi mui-

to copiando todas as capas dos álbuns clássicos e este álbum (Love gun) é o meu fa-

vorito no quesito capa. Foi daí que aprendi a desenhar melhor as formas femininas.

Cão Noel: Esse desenho fiz quando vi uma propaganda de um cachorro vestido de

papai noel na tv e decidi desenhar. Como na maioria dos meus desenhos, do começo ao

fim usei o mesmo lápis, sempre usando os espaços negativos para dar forma ao desenho. ContatoFacebook: lucas.elias.galano

[email protected]

Sou Lucas Galano, nascido e criado na zona Leste de

São Paulo, tenho 22 anos. Comecei a desenhar muito

pequeno, com uns cinco anos já desenhava o que via na

Tv. O desenho pra mim sempre foi um triunfo, quando

queria presentear meu pai ou minha mãe , eu desenhava,

e foi indo assim. Aos poucos fui aprendendo a desenhar

sozinho, desenvolvendo conceito de sombra e luz e crian-

do o meu estilo.

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29 revista espalharte - 1 edição

. . Portfólio

Preguiça

Page 30: Espalharte1

30 revista espalharte - 1 ediçãoLove Gun

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31 revista espalharte - 1 ediçãoCão Noel

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. . PortfólioT

amir

is L

ima

ilustração Tamiris Lima. Técnicas e softwares: Papel, lápis e Illustrator.

A segunda ilustração foi desenvolvida junto com uma série de outras, para apoiar uma

campanha interna para a empresa Contém1g Make-up. A campanha em questão era

de “Boas Práticas” propondo 12 passos para higienização das mãos. Texto de Stephani

Sonsino, desenvolvimento e ilustração Tamiris Lima. Técnicas e softwares: Papel, lápis e

Illustrator

Velozes e Curiosos: Trabalho acadêmico desenvolvido para a Universidade São Ju-

das Tadeu. Esse trabalho contou com uma equipe de 5 pessoas que foram responsáveis

por desenvolver e adaptar o roteiro da história, criar personagens, seleção de quadros,

pesquisar técnicas de gravura e materiais e ilustrar uma revista estilo HQ que conta com

oito páginas. Fiquei com a parte de criação de personagens e ilustração com ajuda de

Mauricio Melo para os cenários e Michele Cruz nos desenhos. Equipe: Tamiria Lima, Ubi-

rajara Junior, Iara Martins, Michele Cruz e Mauricio Melo.

ContatoFacebook: tamirisslima

Portfólio: www.kawek.com.br/tataslima

Tamiris Lima, 22 anos, sou técnica em Design Gráfico e

atualmente curso o 3º ano de Desenho Industrial na Uni-

versidade São Judas Tadeu. Trabalho na Contém1g Make-

up, atuando com design gráfico e online.

Curto tratamento e composição de imagens, ilustração e

animação.

Projeto “Boas Práticas“

A primeira ilustração foi desenvolvida para a campanha in-

terna “Boas Práticas” para a empresa Contém1g Make-up,

que traz dicas para manter a segurança no ambiente de

fabricação. Texto de Stephani Sonsino, desenvolvimento e

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33 revista espalharte - 1 edição

. . Portfólio

Boas Práticas 1

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34 revista espalharte - 1 ediçãoBoas Práticas 2

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35 revista espalharte - 1 ediçãoVelozes e Curiosos

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36 revista espalharte - 1 edição

. . PortfólioR

icha

rd R

odrig

ues

Retrato: Depois de alguns dias desenhando, fui modificando meus desenhos. Formas

do rosto, boca, nariz e olhos, Até chegar a esse estilo.

Conhecendo o corpo: Estudo da estrutura do corpo. Criando o personagem.

Palhaço: Uma brincadeira para ver até onde eu posso ir com meu estilo

de ilustração cartoon.

ContatoPortfólio: www.richardrodrigues.com.br

+55 (11) 9 6256 4580

Sempre me aventurei nos desenhos. Meu avô, que tam-

bém desenha e muito, me incentivava a desenhar. Inde-

pendente do que fosse. Comecei com paisagens, depois

rostos e carros.

Hoje sou designer e depois de quase dois anos sem prati-

car, voltei a desenhar. Esses desenhos que apresento são

o que pratico agora. Algumas boas referências me ajuda-

ram.

Page 37: Espalharte1

37 revista espalharte - 1 edição

. . Portfólio

Retrato

Page 38: Espalharte1

38 revista espalharte - 1 ediçãoConhecendo o corpo

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39 revista espalharte - 1 edição

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40 revista espalharte - 1 edição

Palhaço

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41 revista espalharte - 1 edição

. . PortfólioM

arcos Fallen

adoro desenhar (embora seja preguiçoso). Me tornei designer gráfico e aprofundei meus

conhecimentos em ilustração digital ao concluir o curso de “Técnico em comunicação

visual‘’ pela Etec de Vila Formosa. Pretendo fazer um curso superior na área de design,

ilustração ou games, pois o mercado é concorrido e exige uma busca continua por conhe-

cimento e algo que diferencie e destaque o nosso trabalho.

Fallen: Fallen é um dos álbuns do Evanescence, Amy Lee é a musa inspiradora desta arte.

Feito a mão livre escaneado e finalizado no Corel Draw X5.

Geek Girl: Um rosto desconhecido me inspirou, o qual nunca tinha visto antes. Um ros-

to de uma rede social. Uma garota com estilo, rockeira, uma geek girl.

M-GT/ Marcos GT: Adoro muito carros, fórmula indy, fórmula 1 e super esportivos sem-

pre são inspiradores. Nesse me inspirei em alguns modelos de lamborguine, ferrari, entre

outros, mas especialmente o lexus dirigido pelo ator Tom Cruise no filme “Minority report’’

de onde veio a inspiração para a arte o “M-Gt”.

ContatoFacebook: Marcos Fallen

[email protected]

Nasci em 25/12/1985 Itagibá - Bahia. Aos 6 me mudei pra

sampa. Aos 7 anos já estava rabiscando meu manga fa-

vorito: ”Os cavaleiros do zodíaco”. Aos 14 participei e ga-

nhei o concurso de desenho ”Segurança no trânsito é coi-

sa de campeão” (outubro de 1999) em comemoração à

semana Ayrton Senna de educação (Secretaria Municipal

de educação). Um fato curioso é que sonhei com o de-

senho e quando terminei lembrei que já tinha o visto no

sonho. No ano seguinte participei do concurso “Outros

500 do Brasil’’ (Secretaria Municipal de educação), no qual

fiquei na segunda colocação.

O desenho é um dom que o Criador me proporcionou e

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42 revista espalharte - 1 edição

Fallen

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43 revista espalharte - 1 edição

Geek Girl

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44 revista espalharte - 1 edição

M-GT/ Marcos GT

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45 revista espalharte - 1 edição

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46 revista espalharte - 1 edição

. . PortfólioT

hiag

o Em

idio

faculdade em que eu estudava e acredito ser uma das primeiras edições que foram fei-

tas no Brasil. Durante a leitura, encontrei não apenas o texto, e sim ilustrações feitas por

Gustave Doré, e o cara é muito bom, pois trabalhava com litogravuras, que foi uma ins-

piração para as ilustrações. Não se aproximam quase nada do trabalho dele, mas foi o

que me motivou a fazê-las. A ilustração do canário foi feita em um dos meus moleskines

e depois vetorizada, recebendo esse acabamento. Um resultado final que gostei, mas

ainda prefiro lápis e papel.

ContatoFacebook: thi4go

Portfólio: www.flickr.com/t4gmind | cargocollective.com/thi4go

Bom, meu nome é Thiago, mas sempre assino Thi4go

nos meus e-mails e em tudo que faço. Gosto de rabis-

car desde pequeno por influência dos meus pais que

desenhavam na infância, fazendo eu tomar gosto pela

coisa. Hoje trabalho como diretor de arte em uma agên-

cia de publicidade, e quando dá tempo faço alguns de-

senhos (o que eu gostaria muito que fosse o contrário).

Aqui vão algumas ilustras que fiz, mas são experimentais.

Dois desses trabalhos comecei a fazer enquanto eu lia

Dom Quixote de La Mancha, escrito por Miguel de Cer-

vantes. O livro especificamente que eu li, foi retirado da

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47 revista espalharte - 1 edição

. . Portfólio

Action

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48 revista espalharte - 1 ediçãoLiberdade

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49 revista espalharte - 1 edição

Page 50: Espalharte1

50 revista espalharte - 1 ediçãoHey pretty bird

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51 revista espalharte - 1 edição

Page 52: Espalharte1

52 revista espalharte - 1 edição

. . PortfólioR

afae

l Ski

ter

outros segmentos do design, permanecendo por 3 anos. Durante este tempo, fiz um

curso de design gráfico pela escola Panamericana de Artes, e desenvolvi alguns tra-

balhos freelancer em paralelo. Atualmente tenho um estúdio, junto com minha irmã,

chamado TwoMate, e estou voltando a treinar a parte de ilustração. Sempre quan-

do desenho, acabo pendendo para um traço mais infantil e colorido, pois é uma coi-

sa que gosto e, embora tenho muito a evoluir, creio que estou no caminho certo!

Devaneios: O mundo da imaginação através dos livros. Desenhado a mão, finalizado

com mesa digital e Photoshop.

La mezcla: Ilustra para blog de uma professora de espanhol e russo. Feito a mão e

vetorizado no illustrator. Colorizado no Photoshop.

Cidade projeto Reborn: Representação de cenário para projeto de game. Monta-

gem com fotos e finalização com ilustração no photoshop.

ContatoFacebook: rafaskiter

[email protected] | www.twomate.com.br

+55 (11) 9 4884-7312

Paulistano, 22 anos. Gosto de desenhos desde cedo, por

influência de um primo que despertou muito interesse

em poder reproduzir meus personagens favoritos de de-

senho animado. Em busca de conhecimento, ingressei

em uma escola do estado e me formei em técnico em

comunicação visual. Aplicando o que sabia, desenvolvi

na fábrica onde trabalhava um projeto gráfico que me-

lhorou a produção e reduziu o tempo gasto para pro-

duzir os produtos. Com a idéia funcionando, percebi

que estava no lugar errado pois queria fazer coisas re-

lacionadas a design. Então iniciei em uma agência mais

focada em Web Design, no qual aprendi a programar e

Page 53: Espalharte1

53 revista espalharte - 1 edição

. . Portfólio

Devaneios

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54 revista espalharte - 1 ediçãoLa mezcla

Page 55: Espalharte1

55 revista espalharte - 1 edição

Page 56: Espalharte1

56 revista espalharte - 1 ediçãoCidade projeto Reborn

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57 revista espalharte - 1 edição

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58 revista espalharte - 1 edição

. . HomenagemIn

spira

ção

O poder nas mãos de um professor

Artistas: Os Gêmeos - Brasil

A revista EspalhArte traz nesta

edição, uma homenagem especial para

o queridíssimo desenhista, ilustrador e

professor universitário de comunicação

visual, Thon Salmeron Santoniero.

Doutor em Design Digital pelo In-

ternational College of Courses EUA, pós-

graduado pela USP e graduado pelas Be-

las Artes de São Paulo.

Além de todas as outras quali-

dades, Thon tem uma em específico que

faz toda a diferença no mundo em que

vivemos, que é a de ser um professor.

Mas aí você me questiona: “Desde quan-

do ser professor é uma qualidade?”, pois,

eu digo que sim, porque não são todos

os professores que tem o dom do ensino.

Uma coisa é você saber do assunto que

Page 59: Espalharte1

59 revista espalharte - 1 edição

. . Homenagemse é estudado, e outra coisa é você real-

mente conseguir ensinar e se preocupar

com o aprendizado, a forma que o aluno

está aprendendo e além disso passar in-

formações que não fazem parte somente

do método de ensino do assunto em si.

Nos dando lições de vida, política, ética,

entre outros, e formando realmente ci-

dadãos melhores.

Assim é o professor Thon, que por

onde passa, ensina e deixa um pouco de

si e de seus pensamentos, defendendo

com amor os direitos dos alunos.

Como professor nos traz conhe-

cimento sobre artes, desenho e muito

mais, como ilustrador nos deixa embria-

gados com a beleza e inovação de seus

trabalhos, tendo um estilo bem particular

e totalmente diferenciado. Uma de suas

produções mais recentes são os quadros

da coleção “Pássaros”, que vem desen-

volvendo. Na coleção, seus traços têm

uma estrutura que dão movimento e vida

ao desenho, passa uma emoção por uti-

lizar uma técnica tão realista mesmo sen-

do apenas rabiscos, dando a impressão

de que o desenho tem vida própria. Algo

que de tão simples se torna um espetá-

culo aos olhos, totalmente expressivo.

Apesar das técnicas usadas digitalmente

é nítido a presença da forma mais pura

do desenho, como se o sketch fosse o

próprio trabalho final. Caso queira ad-

quirir um dos quadros, entre em contato

pelo e-mail: [email protected] e

garanta o seu!

Page 60: Espalharte1

60 revista espalharte - 1 edição

. . HomenagemIn

spira

ção

Um verdadeiro mestre, sempre amigo e dedicado! Me sinto muito sortuda de

ter tido o prazer de conhecer alguém assim. Apesar de ser bastante crítico, nos apoiou

e ajudou em todos os momentos, tendo em vista sempre a melhora e o crescimento do

aluno. Além de seu maravilhoso talento e conhecimento em artes que nos surpreende

até hoje. Aprendi muito e agradeço pelo apoio e força que sempre nos deu. Thon, você

é uma referência e um grande mestre para todos nós.

Vanessa Bizari

Depoimentos

““

O Thon não era apenas um professor em sala de aula, ele também se apresenta

como um amigo desde o primeiro dia. Isso nos dava confiança e a aula era mais livre.

Lembro que ele ligava o som algumas vezes enquanto nós fazíamos alguns trabalhos e

isso fazia com que eu me sentisse em casa. Sua forma de explicar as coisas era simples e

objetiva, e ele dava o apoio que precisasse, tanto em assuntos acadêmicos quanto em

questões de vida. Um grande professor tanto em questões de arte e ilustração, quanto

em questões do cotidiano.

Parece que conforme os anos passam algumas coisas ficam claras, como a

grande diferença entre os professores que nos ensinam e os mestres que são capazes

de ensinar e mudar nossa direção de vida para sempre. Esse é o maior sentido que pos-

so encontrar para o Thon, sempre jovem, motivador e dinâmico como todo verdadeiro

mestre, um verdadeiro amigo, um grande artista e uma pessoa extraordinária.

““

Rafael Skiter

Fagner Elydio

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61 revista espalharte - 1 edição

. . Homenagem

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62 revista espalharte - 1 edição

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63 revista espalharte - 1 edição

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64 revista espalharte - 1 edição

. . EntrevistaE

stúd

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tivo

Bate papo com estúdio Colletivo

Galera do estúdio Colletivo e revista Espalharte

Sentamos para uma entrevista

com a galera do estúdio Colletivo,

que na verdade foi um delicioso bate

papo descontraído e contamos com

quatro cachorros lindos correndo e brin-

cando ao nosso redor para participar e

alegrar nossa entrevista! Conversamos

com a Vanessa Queiroz e o David

Bergamasco que são sócios do estú-

dio Colletivo, juntamente com Marcelo

Roncatti e Fábio Couto. Os quatro

se conheceram na faculdade Anhembi

Morumbi e perceberam uma afinidade

de gostos e vontades. Então, decidiram

se juntar e fundar o estúdio. Acharam

uma sala pequena e investiram R$700,00

para começar. Hoje são um dos maiores

estúdios de design do país com trabalhos

realizados para o Itaú, Pepsi, Havaianas,

MTV, entre outros... Vanessa e David co-

mentam sobre experiências, mercado,

inspirações e dicas de ilustração.

Page 65: Espalharte1

65 revista espalharte - 1 edição

. . EntrevistaConte-nos sobre o estúdio e sobre

a parte de ilustração.

Vanessa: O estúdio tem dez anos e ele

começou com a parte de ilustração. Um

dos sócios, o David, era ilustrador e tra-

balhava na Cavalera fazendo a parte de

estamparia e tag. Ele ilustra desde criança

e nunca parou de desenhar. Gosta de

quadrinhos, de mangá, de televisão, de

filme e cinema, então isso foi natural e

introduzir a ilustração dentro de um dos

serviços do estúdio foi natural também.

Mas hoje em dia todos do estúdio

ilustram também?

Vanessa: Não, aqui não existe isso!

Eu acho que ou você tem o dom ou

não. O David tem uma teoria que se

você se esforçar você vai aprender.

Você pode até desenvolver uma técni-

ca, mas fica claro que quando a pes-

soa já tem o dom, ela vai desenvol-

ver numa velocidade muito mais rápi-

da do que aquele que fica tentando.

Acho que cada pessoa tem uma habili-

dade. É legal fazer um curso de anatomia,

pois antes de você deformar, você preci-

sa saber formar. Acho que isso faz toda

a diferença para quem está aprendendo.

Você acredita que cada um tem

um traço ou pode ter vários?

Vanessa: Eu acho que cada um tem

um traço que gosta mais de desenvolver

ou que tem mais facilidade, mas quando

você trabalha com ilustração para comer-

cial, você tem que ser generalista, porque

senão você não consegue o trabalho.

Não é toda campanha que você vai po-

der fazer um tipo cartunesco, entendeu?

Não é assim que funciona. Ou você vai

ser chamado só pra fazer aquilo...

Pôster do estúdio Colletivo

Page 66: Espalharte1

66 revista espalharte - 1 edição

Existe uma grande diferença entre ilustra-

dor e artista plástico. Tem um ilustrador

que é muito amigo nosso que é o João

Ruas. Ele faz muita capa de quadrinho e

tem um trabalho incrível, e ele tem um

estilo próprio exposto no mundo inteiro.

Agora aqui no estúdio não pode ter um

estilo só.

Aonde vocês buscam inspirações

para as ilustrações? Vimos que

vocês fazem pôsteres pro estúdio

também.

Vanessa: Sempre acabamos desen-

volvendo um tipo de pôster pra alguma

palestra e acabamos usando uma técnica

diferente. Até por uma questão de criati-

vidade e para explorar alguma coisa.

David: Fazemos pesquisas dependendo

do que vai ser o estilo da ilustração, Te-

mos nossas influências particulares, mas

pesquisamos para cada cliente conforme

a necessidade dele. Tem clientes que já

acatam as nossas propostas, com nosso

estilo mais particular e nossas influências.

O colorido é legal, então o estúdio tem

essa tendência. Gostamos muito dos

anos 60 e 70, e eu gosto muito de cine-

ma, de música e de game. A galera aqui

do estúdio é um pouco nerd.

Vanessa: Não é abrir o software e fi-

car esperando vir a inspiração, que

isso não existe. O computador é uma

ferramenta que as vezes pode atrapa-

lhar. Depois que decidiu o que vai fa-

zer, você vai pensar se utiliza o Corel, o

Ilustrator ou o Photoshop.

Qual a finalidade de criar posters

para o estúdio?

David: Na verdade embutimos eles em

alguns propósitos... Ou é uma festa, ou

para uma palestra...

Vanessa: Nós gostamos por dois moti-

vos: alguns ficam aqui pra nós e nós le-

vamos, por exemplo, na Metodista para

distribuir porque gostamos que os alunos

que assistiram a palestra tenham algu-

ma coisa nossa quando forem embora.

E também hoje em dia estamos venden-

do algumas artes pela internet e a idéia

realmente é produzir coisas que achamos

bacana.

Vocês ilustram direto com tablets

ou começam na folha?

David: Na Cintiq, como o gesto é o mes-

mo do papel, você abre um arquivo do

photoshop e esboça como se fosse uma

folha. Então, criamos muitas idéias e faze-

. . EntrevistaE

stúd

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tivo

Page 67: Espalharte1

67 revista espalharte - 1 edição

mos versões reduzidas delas. Depois ve-

mos qual é mais legal. O processo inicial

tem que ser rápido e saber desenhar o

básico é importante pra você saber ex-

pressar a idéia do que você quer. Você

não precisa necessariamente ser um su-

per ilustrador, mas saber desenhar te aju-

da até a layoutar certas coisas, entendeu?

É muito mais rápido. Você consegue fo-

car mais na sua idéia e no briefing.

Vocês usam música para criar al-

guma coisa? Há uma trilha sonora

quando vocês estão desenvolven-

do?

David: Ah acho que cada um tem seu

gosto musical bem fechado.

Vanessa: É, aliás, o fone aqui é até

obrigatório, porque os gostos são muito

diferentes.

David: Mas o pessoal troca informação

de música. Todo mundo fica numa linha

mais de rock, rap e música eletrônica.

Vanessa: Ninguém ouve sertanejo,

por exemplo, é muito difícil naquela sala

de criação ter sertanejo ou pagode. Se

é música brasileira, é de um cara que

gravou um disco só e ninguém conhece.

David: Alguns aqui tem banda também.

Espalharte: É engraçado como a arte

junta estes interesses. A maioria das pes-

soas que conversamos que é artista, toca,

canta, pinta, desenha...

David: Eu sou focado... o meu outro

lado tem a ver com desenho também,

que é história em quadrinhos.

Espalharte: Videogame também é

uma coisa que sempre entra...

Vanessa: Um monte de marman-

jo quase passando dos trinta, jogando

videogame até hoje!

David: Mas a gente gosta de desenvol-

ver games. Estamos começando a desen-

volver agora também.

Quadro com pôster do estúdio Colletivo

. . Entrevista

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68 revista espalharte - 1 edição

Page 69: Espalharte1

69 revista espalharte - 1 edição

Page 70: Espalharte1

70 revista espalharte - 1 edição

Falando sobre projetos, como é o

processo para ilustrar as artes do

site do Itaú?

Vanessa: Ahh! isso é um prêmio do

David, ele que pode dizer pra vocês!

David: Isso é interessante, porque temos

uma liberdade de criação e ao mesmo

tempo precisamos focar o nosso briefing

com eles. Atualmente tem sempre um

feriado que vamos prestar uma homena-

gem, então precisamos fazer uma coisa

humana. Por isso ilustramos, é uma coisa

super humana. O nosso processo nor-

malmente é apresentar três idéias, uma

sequência de influência de traço e de

épocas diferentes, onde podemos mis-

turar e tentar criar algum estilo novo ou

alguma coisa que vire particular. Tem

uma exposição legal em mídias sociais,

mais do que campanhas, porque é uma

coisa que não é tão repetitiva e que tem

um toque totalmente humano, mas no

final acabamos sendo mais diluídos den-

tro do sequencial, pois acabamos caindo

em algumas datas especiais, porque vári-

os setores do Itaú precisam usar aquela

entrada para anunciar os produtos deles.

Inicialmente eles não queriam, mas acho

que é necessário vender um produto

também, então é complicado pra eles e

dividimos o espaço junto com isso.

Vanessa: E é muito bacana uma institu-

ição financeira abrir um espaço daquele

tamanho pra simplesmente comunicar a

chegada do inverno. Isso aproxima o cli-

ente. Não tem cliente que veja isso com

maus olhos! Todos acham isso lindo e

compartilham no facebook as ilustrações.

Então criamos uma força de marca muito

maior do que o cara colocar pra vender

um seguro saúde mulher, entendeu?

E quanto a ilustração Biocombus-

tível da GE?

Vanessa: Existe uma curadoria e nós, o

Rui Amaral e o Mulheres Barbadas fomos

os primeiros a serem chamados. A partir

daí tínhamos que desenvolver uma ilus-

tração baseada nos produtos da GE que

eles queriam, que era o biocombustível.

Tínhamos elementos pré definidos, por

exemplo, o trem de biocombustível que

foi introduzido na ilustração e na questão

de cores também. Mas colocando na

balança, você ter um trabalho seu num

prédio, no meio de São Paulo, é incrível.

E não podemos esquecer os créditos dos

dois grafiteiros que foram os caras que

reproduziram a ilustração naquele pré-

dio. Eles pintaram o prédio em 15 dias.

. . EntrevistaE

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71 revista espalharte - 1 edição

David: O legal de trabalhar com esse

tipo de reprodução é que não ficamos

contidos, então o artista gráfico pode

ocupar o mesmo espaço que um artista

de rua, e vice e versa. Acontece essa troca

e fazemos também, mas não tão grande,

normalmente fazemos até 17 metros.

Vanessa: Pintamos a Neogama, que

é uma agência aqui de São Paulo.

É, vimos que vocês fazem bastan-

te desenhos em agências né?

Vanessa: Pois é, mas pra nós é até uma

coisa complicada, porque o prazo de exe-

cução é muito grande. Temos trabalhos

aqui e é a mesma equipe e não pode-

mos deixar que o David e a equipe de ilus-

tração fiquem quatro dias fora do estúdio

pintando uma parede. É diferente de um

cara que só faz isso. As condições as ve-

zes são precárias também. Pintamos um

bar em Curitiba que tinha um andaime

que ficava balançando. No dia seguinte

choveu e jorrou água no meio da pintura

e precisou retocar tudo.

Sobre os shapes que criaram para

a Agacê, vocês vão fazer mais?

Vanessa: Sim! Vai ter mais uma edição

de dois, porque deu muito certo e para

nós foi muito legal porque também é uma

coisa que os meninos sempre gostaram

de fazer. Por causa de uma referência

dos anos 80 e porque todos andaram de

skate quando eram mais novos.

Nós pedimos para a Agacê para desen-

volver os shapes, porque era um sonho

nosso desenvolver ilustração pra shape.

Ilustração realizada para o Itaú pelo estúdio Colletivo

. . Entrevista

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72 revista espalharte - 1 edição

. . EntrevistaE

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tivo com as vendas, porque a idéia não era

essa. Existe isso da gente, achamos impor-

tante pra você ter projetos legais. E tem

gente (que nem eu) que compra o shape

pra deixar de decoração em casa!

Tem algum projeto que vocês mais

curtiram fazer?

Vanessa: O shape foi um desses. Tam-

bém teve uma palestra que nós demos

na Argentina para 5 mil estudantes da

América Latina que foi muito emocio-

nante. A capa da Zupi foi legal porque

Então cada ilustrador, designer gráfico e

digital do estúdio, desenvolveu um shape

completamente diferente, com seu estilo.

David: Inclusive cada um assinou o seu.

E a resposta do público? Como foi?

Vanessa: As pessoas olham e falam: “ah

também gostaria de fazer um shape!”. E

isso é legal! Igual vocês com o sonho de

fazer uma revista, vocês estão indo atrás!

E com a gente também foi assim. Foi uma

parceria, eles lançaram uma linha com o

nosso nome, e nós não ganhamos nada

Ilustrações realizadas para a GE pelo estúdio Colletivo

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73 revista espalharte - 1 edição

. . Entrevista

foi um trabalho feito com massinha de

modelar. Geralmente são os não comer-

ciais.

Trabalhar com o que gosta é gra-

tificante não é? Embora tenha a

parte burocrática, não são todos

que conseguem trabalhar com o

que curtem fazer.

David: Trabalhar com o que você gos-

ta também pode ser seu inferno astral,

é complicado. Escolher a profissão de

designer não é fácil, porque você com-

pete num mercado com pessoas que

não são especializadas. Da mesma forma

que gostamos de pegar clientes grandes,

também gostamos de clientes médios ou

apoiar causas menores. Mas temos que

saber equilibrar tudo isso, olhar pro lado

satisfatório, pro lado monetário e pro lado

pessoal.

David, quando você chega em

casa você desenha?

David: Sim, desenho fora do estúdio coi-

sas mais voltadas pra história em quadri-

Ilustrações em shapes realizadas para a Agacê pelo estúdio Colletivo

Page 74: Espalharte1

74 revista espalharte - 1 edição

nho, para as minhas referências que eu

gosto, que é ficção científica e filmes de

terror. É diferente do que faço pro mer-

cado, porque você tem que se preocupar

em inovar, com o cliente e outros fatores,

então não posso fazer algo muito artísti-

co. Existe como isso ser feito, mas aí você

acaba virando um artista mais particular,

e não um estúdio.

Quais os projetos de ilustração re-

centes?

Vanessa: Temos o do Itaú, também te-

mos um projeto da LG, para a DPZ que

era da Vivo. Ilustração fazemos todo dia!

David: Tivemos um trabalho de

lettering para a Vivo. Esse trabalho do

Itaú tem muita continuidade, fazemos

uns projetos do Itaú via agências.

Vanessa: Inclusive todo mundo achou

que aquele projeto 2D era 3D, você viu

no facebook? Nós fazemos muito isso,

e nós não temos ninguém que faça 3D

no estúdio. Quando temos um proje-

to que envolva 3D contratamos algum

parceiro. Nós somos muito procurados

por 2D! A África procurou o estúdio para

fazer o balanço anual do Itaú, que tinha

características de volume que dava essa

impressão de 3D.

David: Levou 5 dias para criar. Somos

uma equipe fazendo e a dificuldade é

direcionar todos pro mesmo estilo. É im-

portante ter uma pessoa liderando o pro-

jeto e finalizando, juntando o trabalho,

porque as pessoas acabam tendo um es-

tilo delas em particular e não dá pra ficar

querendo homogeneizar tudo. Mas aí,

no final alguém precisa juntar e homo-

geneizar o traço, e normalmente os pra-

zos de ilustração são sempre curtos. É um

trabalho manual e trabalhoso e envolve

menos pessoas do que um trabalho fo-

tográfico ou de outro tipo de profissão.

Eu coloco em um trabalho de ilustração

3 ou 4 pessoas para um projeto, porque

colocar mais não faz o projeto fluir tão

bem e acaba virando o Frankenstein.

Vanessa: Fizemos um trabalho assim,

no começo do estúdio para o filme do

NBA, e o David fez com o Grampá que é

um cartunista. Saíram 4 filmes.

David: Nós fizemos um traço em conjun-

to. Quando você faz em duplas ou trios

você consegue fazer cada um por partes

e depois juntar, por exemplo, eu desenho

os personagens e o outro cuida do fundo.

. . EntrevistaE

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75 revista espalharte - 1 edição

Como está o mercado de ilus-

tração?

Vanessa: Ele é flutuante. Ele tem

fases, por exemplo, agora é a fase do

lettering. Teve a fase dos personagens, e

agora acabamos de sair da fase do 3D.

Então tudo depende da estética do mo-

mento e nós nunca paramos de trabalhar

com ilustração. O 2D está voltando ago-

ra. Já chegamos a ter uma fase bem fra-

ca, de ter um ou dois orçamentos em um

mês. Neste ponto é muito bom trabalhar-

mos nos outros segmentos do design,

pois eles não param.

David: As vezes você não está ilustran-

do para a publicidade, você está fazendo

um jogo ou promovendo um filme. O

trabalho para as corporações é mais lon-

go e definido e você tem um contrato. É

diferente de fornecer um trabalho que

você está concorrendo com pessoas que

são freelancers, é uma competição com-

plicada e as vezes o jogo não é muito

aberto com a gente, se precisam de um

estúdio ou de um freelancer.

Hoje tem bastante pessoas ilustrando do

que a 10 anos atrás. A internet ajudou

muito isso.

Ilustração realizada para o Itaú pelo estúdio Colletivo

. . Entrevista

Page 76: Espalharte1

76 revista espalharte - 1 edição

A ilustração vai e volta, e acaba sendo

uma coisa mais sazonal, mas que nun-

ca morre por ser ilimitada. Desde coisas

reais até coisas básicas ou geométricas.

A internet está fazendo a ilustração ter

um certo valor, pelo fato de uma ima-

gem ser compartilhada de uma maneira

tão rápida. Além de que é mais rápido de

ver, em relação a um vídeo. É importante

uma campanha se destacar, pra não ser

mais uma paisagem no mercado, para

não atingir somente o público alvo. Então

é uma coisa que está sendo mais viabili-

zada porque o custo é bem mais baixo

do que produzir um filme. E um filme

pode ter muito menos share do que uma

imagem, se esta imagem for muito forte,

que se comunique com as pessoas e que

façam elas gostarem.

Vanessa: Fizemos isso com um filme

chamado Gonzaga – de pai pra filho.

Cuidamos das redes sociais e desenvolve-

mos várias imagens sobre música ilustra-

da, como asa branca e outras músicas

dele. Isso virou um viralismo absurdo

por conta de ser um refrão que todos

conhecem e mais uma ilustração.

David: Você vai se frustrar muito dese-

nhando, ter muita critica, até você encon-

trar seu estilo. Basicamente, a ilustração é

uma cultura que precisa de muita infor-

mação pra se formar, e a internet ajudou

muito a ilustração no Brasil a se reformar.

Ela teve uns pontos fortes nos anos 70

e 80, nos anos 90 caiu bastante em ter-

mos de ser artística e mais promocional/

varejista, e ai ela volta a ser de novo nos

anos dois mil. Também há o fato de que,

infelizmente, a ilustração acaba sendo

solução de algumas campanhas porque

o cliente não tem um prazo bom ou uma

verba para produzir algo mais sofisticado.

Quando o trabalho é assim, não é muito

legal, porque estão tentando tapar um

buraco, e não era muito bem o que o

cliente queria.

“Tente ter uma educação acadêmi-ca de ilustração. Mas não fique preso nela.”

Alguma dica para o pessoal que

está começando a ilustrar?

David: Se você está no começo mesmo,

experimente, brinque e não fique com

um estilo muito quadrado. Tente soltar

. . EntrevistaE

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Page 77: Espalharte1

77 revista espalharte - 1 edição

o traço o máximo que puder. Tente ter

uma educação acadêmica de ilustração

porque é interessante. Mas não fique pre-

so nela.

É fundamental pra trabalhar no mercado,

tentar estabelecer um estilo variado ou

poder se adequar melhor a estilos dife-

rentes. Saber olhar referências, mas não

apenas olhar, saber quem é e de onde

veio também é importante. É importante

ter suas referências particulares e não ter

preconceito.

Vanessa: Aproveitando o momen-

to, gente, não mandem portfólios só

de mangá! Tenham uma cabeça mais

aberta, não foquem só em um estilo!

“Você precisa ter muita cultura para ser um bom ilustra-dor. Não é só desenhar bem.”

David: Você precisa ter muita cultu-

ra para ser um bom ilustrador. Não é

só desenhar bem. Às vezes o que você

acha ruim, é bom pra vender um pro-

duto. Você precisa se adequar e ter a

sensibilidade de saber o que o cliente

pensa. Acho que todos devem procu-

rar o seu estilo particular e assinar o seu

nome, mas você trabalhar numa agência

e atender toda a demanda que tem, você

precisa realmente ser muito aberto, e o

acúmulo de conhecimento te traz isso.

Vanessa: Nunca pare de estudar e de

pegar novos conteúdos!

. . Entrevista

Page 78: Espalharte1

78 revista espalharte - 1 edição

. . Arte sem limitesEx

pres

são

Artistas retratam o dia a dia da sociedade com criatividade e bom humorContexto social, político, ambiental e surreal são temas das ilustrações dos grafiteiros

Por Lucianna Valente

Artistas: Os Gêmeos - Brasil

Arte Urbana ou Street Art é

uma forma de expressão que retrata ma-

nifestações artísticas em espaços públicos

e surgiu, inicialmente, associada aos pré-

urbanistas culturalistas como John Ruskin

ou William Morris e, em seguida, ao ur-

banismo culturalista de Camillo Sitte e

Ebenezer Howard. O termo culturalista

foi usado para identificar o refinamento

de determinados traços desenvolvidos

pelos urbanistas ao desenharem a cidade.

Além do Grafite, uma das formas de ma-

nifestação da Arte Urbana como estátuas

vivas, músicos, malabaristas, palhaços e

teatros também fazem parte desse movi-

mento. Lugares inesperados, debaixo de

pontes, em paredes sem acabamento

ou locais abandonados: não existe limite

Page 79: Espalharte1

79 revista espalharte - 1 edição

. . Arte sem limitespara a Street Art. Para esse movimento

cultural, que se desenvolve em espaços

públicos, o importante é ter criatividade e

coragem, afinal, algumas dessas artes são

desenvolvidas em áreas perigosas, como

grandes fachadas. O trabalho realizado

retrata o dia a dia com bom humor. Entre

os temas, estão o contexto social, político,

ambiental e surreal da nossa sociedade.

Introduzido no Brasil no final da

década de 1970, em São Paulo, o Grafite,

diferentemente da pichação, é uma

arte produzida por um artista, conheci-

do como grafiteiro, que pede permissão

para fazer uma “pintura” em algum lugar

e o faz, sabendo que poderá ser removi-

da posteriormente. Já o pichador se ma-

nifesta sem autorização em lugares públi-

cos ou não e, de preferência, em locais

de difícil acesso para dificultar a remoção,

com conteúdos, as vezes, ofensivos.

Apesar de estar presente, prioritari-

amente em espaços públicos, a Arte Urba-

na também alcançou museus e galerias.

Essa presença coloca questionamentos

sobre a visão marginal que a sociedade

ainda tem com o Grafite. De acordo com

Cedar Lewisohn, curador inglês da Tate

Modern de Londres (museu britânico de

arte moderna) e autor do livro Street Art:

The Graffiti Revolution, a street art tem a

ver com a interação do artista com os ha-

bitantes das cidades, com o público nas

ruas e com as massas. Já o grafite, propri-

amente dito, tem uma linguagem pecu-

liar, interna, secreta. Entre os grafiteiros, é

possível compreender essa expressão que

serve, também, de elo entre eles. Na street

art vê-se imagens, enquanto no grafite,

a presença de letras é mais expressiva.

Grafite também é coisa de menina O resultado final é o que mais im-

porta para Crica. Assim, assina a grafitei-

ra, designer e ilustradora, Cristiane

Monteiro de 29 anos. Aos 16 anos,

influenciada pelo namorado que tinha

a mesma idade que ela, começou a se

interessar por Grafite. “Ele desenhava le-

tras nos cadernos e me mostrava. Então,

comecei a achar aquilo interessante, e aí

começamos a ver revistas. Tinha muita

coisa de fora do Brasil e eu me identifi-

cava com as letras e me impressionava o

fato de ter trabalhos nas ruas em grande

escala, onde todos poderiam ver. Esse

primeiro contato foi o descobrimento”,

explica Crica.

Page 80: Espalharte1

80 revista espalharte - 1 edição

. . Arte sem limitesEx

pres

são

Artista: Crica

A escolha do local não é um dife-

rencial para ela. O que a preocupa é va-

lorizar cada local em que faz suas pinturas.

“Procuro lugares onde não foram pinta-

dos e idealizo como ficaria um desenho

meu ali”, avalia. Além de gostar de es-

paços grandes, como muros, ela também

se preocupa se há infiltração, alguma

calha onde possa escorrer água ou se a

pintura anterior está descascando. O de-

safio de pintar começou em 1999, quan-

do estava para terminar o ensino médio

e um colega de sala, que conhecia mui-

tos grafiteiros, chamou Crica para pintar

pela primeira vez “Me senti intimidada,

mas mesmo assim arrisquei. Desenhava

umas bruxas e assinava bruxas”, con-

ta ela. Em 2001, o trabalho foi levado a

sério com pinturas direto na rua, onde ela

conheceu pessoas diferentes, envolvidas

também com a arte e, a partir disso, pas-

sou a pensar em projetos sociais envol-

vendo grafite. Em seus trabalhos, Crica,

geralmente, usa spray e látex, e gosta de

improvisar algumas coisas, por exemplo,

detalhes com fita crepe, stancil, pincel pra

detalhes e acabamento.

A paixão pelo grafite cresceu e

Crica passou a estudar muito sobre os

variados estilos da arte, até desistir das

Page 81: Espalharte1

81 revista espalharte - 1 edição

. . Arte sem limites

letras e se identificar com o abstrato e

personagens. Foi quando começou a se

preocupar em definir um estilo próprio.

Em 2003, conheceu uma turma que

pintava perto de sua casa, no Embu das

Artes, e de repente, percebeu que tinha

muita gente pintando e, daí por diante,

começaram a sair sempre juntos para pin-

tar e é assim até hoje.

O Grafite requer alguns cuidados,

não só na escolha do lugar, mas, tam-

bém, se vai haver autorização para pintar,

se é alto ou baixo e precisará de escada,

se a polícia ou a vizinhança vai aparecer

para reclamar.“Já aconteceu caso de

o vizinho não querer o Grafite no muro

e, de repente, fazer amizade comigo, se

agradar e terminar sendo gentil”, conta

Crica. Cachorro fazer xixi na mochila do

material, cair da escada e aparecer a polí-

cia também já aconteceu com ela.

Inspiração

Crica se inspira em algumas

referências não apenas do Grafite, mas

da observação do mundo a sua volta,

de suas raízes e culturas e do que pensa

sobre o mundo ser tão cinza e metódi-

co. “O que sempre me chamou a

atenção para criar são coisas que quando

crescemos ficam meio esquecidas no

tempo, como o circo e o lúdico”, expli-

ca. Esse é o tipo de influência que ela usa

para tornar os desenhos criativos, cheio

de cores e formas, onde o alegre e o triste

conversam ao mesmo tempo. A África,

através de povos diversos e uma cultu-

ra de vestiário colorido e a fotografia e

o comportamento das pessoas também

são fontes de inspiração para ela.

Page 82: Espalharte1

82 revista espalharte - 1 edição

. . Arte sem limitesEx

pres

são

Separamos para vocês ilustrações de alguns dos maiores grafiteiros do

mundo.

Os Gêmeos - Brasil

Page 83: Espalharte1

83 revista espalharte - 1 edição

. . Arte sem limitesBanksy - Inglaterra

Page 84: Espalharte1

84 revista espalharte - 1 edição

. . Arte sem limitesEx

pres

são

Aryz - Espanha

Page 85: Espalharte1

85 revista espalharte - 1 edição

. . Arte sem limitesBelin – Alemanha

Page 86: Espalharte1

86 revista espalharte - 1 edição

. . Mãos na massaEl

abor

ação

Do grafite à Escultura Pop Do desenho à produção de esculturas de

personagens pop

Rafael Lucena começou dese-

nhando aos 14 anos, na copa de 98. Im-

paciente esperando os jogos, desenhava

freneticamente, até que seu primo “Icaro

dos traços” o influenciou a começar com

grafite, onde estudou formatos de letras

e a história do grafite, amadurecendo a

idéia e ingressando numa faculdade.

Inspira-se muito em nu feminino e

tudo o que lhe agrada no dia a dia vira

inspiração. Por causa dessa inspiração,

acaba tendo alguns problemas: “Tenho

que mostrar muitos desenhos e conver-

sar bastante para conseguir pintar um

muro. Hoje perdi minha paciência para

explicar toda a idéia e o conceito do que

faço, então já cheguei a largar na meta-

de ou terminar rápido para ir embora”,

disse.

Além de grafite, Lucena também

faz Escultura Pop. Já criou ToyArt mas

queria se aprofundar em anatomia hu-

mana e então decidiu fazer esculturas. O

processo começa com um simples dese-

nho, e então ele vai aperfeiçoando e de-

senhando em outros ângulos o mesmo Artista: Rafael Lucena

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. . Mãos na massapersonagem. Dessa forma ele estuda a

tridimensionalidade da escultura. Depois

do esboço do projeto, modela com mas-

sa Clay profissional, reproduz em resina e

pinta com tinta acrílica, ao som de bas-

tante Heavy Metal e algumas bandas mo-

dernas como Arctic Monkeys e Two Door

Cinema Club.

Rafael Lucena trabalha desde sem-

pre com isto, mas essa não é sua principal

fonte de renda pois o trabalho artístico é

apenas um complemento por ser rebel-

de e difícil de ser vendido. Por isso con-

sidera-se um artista que está e ao mesmo

tempo não está no mercado. Atualmente

é professor de artes e vende personagens

conhecidos de HQ e games.

Lucena diz aos iniciantes: “Co-

mece a desenhar muito e várias vezes por

dia pois o desenho é a base de tudo, de

tudo mesmo, até mesmo se você quer ser

um artista contemporâneo que trabalha

com objetos e instalações, o desenho é

tudo”.

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