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Cada vez mais o varejo, físico e virtual, está se utilizando da tecnologia para conhecer o cliente – qual o seu perfil, do que gosta e até do que vai gostar no futuro. Muitas dessas tecnologias podem ser vistas a partir de hoje na Autocom 2014.
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São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 2014www.dcomercio.com.br
Jornal do empreendedor
O consumidordecifrado
Cada vez mais ovarejo, físico e virtual,está se utilizando da
tecnologia paraconhecer o cliente –qual o seu perfil, do
que gosta e até do quevai gostar no futuro.
Muitas dessastecnologias podem servistas a partir de hoje
na Autocom 2014.
ESPECIAL AU TO C O M
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2 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 8 de abril de 2014
Começa o maior evento daAutomação Comercial
Varejistas e profissionais que visitarem a Autocom 2014 poderão conhecer as tecnologias que estão revolucionando o comércio
Carlos Ossamu
Começa hoje no Pavi-
lhão Amarelo do Ex-
po Center Norte, zo-
na Norte de São Pau-
lo, a 16ª edição da Autocom,
principal feira e congresso de
Automação Comercial da
América Latina, organizada
pela Afrac (Associação Brasi-
leira de Automação Comer-
cial). Até quinta-feira são es-
perados 8,5 mil visitantes,
que poderão conferir as novi-
dades e soluções de 150 mar-
cas expositoras; e também
participar das discussões do
congresso, que este ano abor-
darão temas como as mudan-
ças nas regras de emissão de
cupom fiscal, as novas tecno-
logias voltadas para o varejo e
a gestão e estratégias do e-
commerce. Para Araquen Pa-
gotto, presidente da Afrac, os
varejistas e profissionais que
forem ao evento encontrarão
soluções já adequadas à legis-
lação e necessidades nacio-
nais, permitindo a sua aplica-
ção imediata nos estabeleci-
mentos comerciais.
“Na Autocom do ano passa-
do mudamos nosso foco e
trouxemos varejistas e profis-
sionais de empresas que com-
pram e usam as nossas tecno-
logias, tanto hardware quanto
software. Isso foi bastante mo-
tivador para os expositores,
pois até então os comercian-
tes, que são os usuários das
nossas tecnologias, não parti-
cipavam da feira, que era vol-
tada para distribuidores e re-
v e n d e d o re s ”, explica Pagotto.
“O visitante poderá ver as so-
luções em operação e compa-
rar as tecnologias de diferen-
tes fabricantes. Faço o convite
para que os varejistas venham
até a Autocom para conhece-
rem hoje as novas tecnologias
que eles vão usar amanhã, vi-
sando melhorar o atendimen-
to e o gerenciamento dos seus
negócios”, diz.
Te n d ê n c i a s
Segundo o presidente da
Afrac, a tecnologia está tra-
zendo mudanças importantes
na forma de funcionamento
das lojas, com o objetivo de
atender melhor o cl iente.
“Uma tendência forte é o uso
de recursos de mobilidade
dentro das lojas, com os ven-
dedores utilizando smartpho-
nes ou tablets. Todo o atendi-
mento é feito por meio desses
equipamentos, inclusive o pa-
gamento com cartão de crédi-
to, sem a necessidade de pe-
gar fila no caixa. E o consumi-
dor recebe a nota fiscal por e-
mail”, diz Pagotto. “Este é um
modelo usado nas lojas da Ap-
ple no mundo todo e está vin-
do para o Brasil”, afirma o exe-
cutivo, observando ainda que
tecnologias como o NFC (Near
Field Communication) permi-
tem o pagamento apenas
aproximando o smartphone
de uma base, sem a necessi-
dade do cartão de plástico,
tornando mais ágil e seguro a
operação de pagamento.
Nos últimos anos, o varejo
tradicional vem perdendo es-
paço para o e-commerce, que
além de ser um grande usuá-
rio de tecnologia para gestão e
de identificação do perfil dos
consumidores, tem a vanta-
gem de não possuir custos
com a manutenção de lojas fí-
sicas, o que torna a operação
mais barata. “Essa transfor-
mação tecnológica dentro do
estabelecimento comercial
vai atrair mais clientes para
que eles comprem nas lojas fí-
sicas. Hoje, por exemplo, há
catálogos eletrônicos que exi-
bem para o cliente os modelos
de roupas disponíveis na loja,
o cliente escolhe e a atenden-
te pega o produto para ele ex-
perimentar ”, diz Pagotto. E
mais do que isso, hoje já exis-
tem espelhos inteligentes que
oferecem opções de outras
peças que combinem com
aquela que o cliente está ex-
perimentando e ainda permi-
tem postar fotos do consumi-
dor com o produto em redes
sociais. “As lojas físicas tam-
bém estão se armando com
tecnologias, uma reação fren-
te ao avanço do e-commerce”,
afirma Pagotto.
O congresso
Segundo conta o presidente
da Afrac, o tema mais impor-
tante este ano para o segmen-
to de automação comercial
são as novas tecnologias para
atender a Nota Fiscal Eletrôni-
ca para o Consumidor, a NFC-
e, que vai substituir o Emissor
de Cupom Fiscal (ECF). “Em
São Paulo tem uma discussão
importante, pois o SAT, Siste-
ma de Autenticação e Trans-
missão de Cupons Fiscais Ele-
trônicos, vai trabalhar junto
com a NFC-e. Isso é o que esta-
mos falando muito este ano.
As operações das impressoras
fiscais hoje são gravadas, mas
com o SAT e a NFC-e serão
transmitidas automatica-
mente”, diz (Leia na página 3).O primeiro dia do congresso
da Autocom irá abordar justa-
mente essas novas tecnolo-
gias fiscais que entrarão em
operação ainda este
ano. Às 11h15, haverá
um painel interes-
sante para os vare-
jistas, discutindo co-
mo as empresas que atuam
em todo o território brasileiro
deverão fazer para atender às
diferentes legislações esta-
duais de emissão do Cupom
Fiscal Eletrônico, evitando pe-
nalizações.
Na parte da tarde, a partir da
14h de hoje, haverá uma gran-
de discussão em relação às es-
tratégias de canais, com a par-
ticipação de executivos da
Afrac, fabricantes, distribui-
dores e revendedores. A dis-
cussão é importante, já que o
setor de automação comercial
tem um histórico de atritos en-
tre fabricantes e o canal de re-
venda. As distribuidoras e re-
vendas reclamam da falta de
políticas claras por parte dos
fabricantes, envolvendo pre-
ços, margens de lucro, treina-
mento e apoio.
A Afrac diz que os fabrican-
tes têm buscado no trabalho
com canais um meio de am-
pliar suas vendas e levar seu
produto a todo o País. Poucos,
porém, têm aproveitado todo
o potencial desta escolha, ge-
rando perdas de vendas, de
tempo e de muito dinheiro.
Ser viçoAutocom 2014De 8 a 10 de abrilPavilhão Amarelo do Expo
Center NorteHorário: das 14h ás 21h
Entrada gratuitaCo n g re s s oHorário: das 9h às 15hwww.feiraauto com.com.br
Fotos: Divulgação
AraquenPagotto,
presidente daAfrac: o
visitante dafeira poderá
ver as soluçõesem operação ecomparar as
tecnologias dediferentes
fabricantes.
Será o fimda guerra fiscal?
SXC
Canalpara bonsnegócios
AIngram Micro
Brasil, subsidiária
brasileira da maior
distribuidora global de
tecnologia, está
presente na Autocom
2014 com seu portfólio
de produtos e soluções
de sua divisão de
automação DCPOS
(Data Capture/Point of
Sales) e novas
parcerias. Entre os
lançamentos estão as
impressoras térmicas
da Argox e da Sato, as
linhas de leitores de
código de barras
Wireless Lan da
Motorola Solutions e
uma solução de
pagamento móvel com
cartão da iZettle.
A Ingram Micro
também aproveitará o
evento para apresentar
seu reconhecido modelo
de distribuição, que
garante aos
revendedores condições
ideais para alavancar os
negócios e simplificar as
vendas ao cliente final, e
para ampliar seu canal
de revendedores com
foco nos mercados de
automação comercial e
AIDC (Automatic
Identification and Data
C a p t u re ) .
Além das melhores
soluções do mercado
para ajudar as empresas
e comércio a realizarem
os processos com mais
eficiência, resultado de
parcerias com
fornecedores como
Datalogic, Elo, Epson,
Motorola /Psion, Star e
Toshiba Global
Commerce Solutions, a
Ingram Micro também
oferece linhas de
produtos de TI
complementares, como
soluções de mobilidade
da Apple, servidores HP
e IBM, e muitas outras
linhas de cerca de 50
fabricantes. Assim, seus
revendedores podem
explorar oportunidades
de cross-selling,
combinando diferentes
produtos e oferecendo
soluções completas aos
seus clientes.
Os parceiros da
distribuidora também
podem contar com a
logística eficiente que
garante o menor prazo
de entrega, estoque
local, e-commerce com
frete grátis e um
portfólio de soluções
financeiras para atender
as revendas.
Em reunião realizada no
dia 21/03, em Teresina
(PI), representantes do
Conselho Nacional de Política
Fazendária (Confaz)
chegaram a um consenso
sobre a partilha do ICMS de
produtos vendidos pela
internet, o que
provavelmente colocará fim à
guerra fiscal iniciada há cerca
de três anos, quando 17
Estados brasileiros mais o
Distrito Federal aderiram ao
Protocolo 21/2011.
No encontro, os secretários
estaduais de Fazenda
aceitaram a proposta de
distribuir o ICMS do comércio
eletrônico de forma gradual
entre os Estados de origem e
de destino, em um regime de
transição de cinco anos. Na
atual legislação, o imposto
sobre as vendas virtuais fica
integralmente com o Estado
onde está localizado o centro
de distribuição das
mercadorias. O Confaz irá
propor que o
regime de
transição seja
incluído na
Proposta de
Emenda Constitucional
(PEC) 197, que muda as
regras de tributação do
comércio eletrônico.
A Câmara Brasileira de
Comércio Eletrônico
(camara-e.net), nesses
quase três anos, reuniu-se
diversas vezes, por meio do
Comitê Jurídico, com
entidades, representantes do
governo, do legislativo, do
judiciário e demais empresas
para levantar a relevância de
se buscar uma solução para o
assunto e, enfim, encontrar
uma solução para o impasse
gerado pelo Protocolo 21 e
evitar que os varejistas do e-
commerce, bem como os
consumidores da internet,
saíssem prejudicados.
“A perspectiva de uma
solução apontada pela
reunião do Confaz é recebida
com muita satisfação por
todo setor de comércio
eletrônico, que há muita
anseia pela definição de uma
regra única de recolhimento
de ICMS em operações
interestaduais no
Brasil, que o retirasse
do fogo cruzado
gerado por uma
batalha fiscal entre
diversos Estados, situação
que muito penalizou o
comércio eletrônico e sua
logística nos últimos anos”,
afirmou Leonardo Palhares,
v i c e - p re s i d e n t e
de Estratégia da
camara-e.net e
coordenador de
Comitê Jurídico.
Em nota, a
Federação do
Comércio de
Bens, Serviços e
Turismo do
Estado de São
Pa u l o
( Fe c o m e rc i o S P )
também apoiou
o acordo firmado e a sua
inclusão na PEC 197. Para a
entidade, a proposta de
partilha interestadual do
ICMS irá reduzir a guerra
fiscal, evitará o aumento da
carga tributária e dividirá
racionalmente o ICMS entre
os Estados de origem e
destino de forma gradual,
evitando privilégios. O setor
de e-commerce ganha com o
ocorrido, pois garante
melhorias nas condições de
negócios como um todo.
Diretor de RedaçãoMoisés Rabinovici
Ed i to r - Ch e feJosé Guilherme
Rodrigues Ferreira
Edição e reportagemCarlos Ossamu
D iagramaçãoLino Fernandes
Gerente Executivade Publicidade
Sonia Oliveira
Telefone: 3180-3029s o l i ve i ra @ a c s p. co m . b r
terça-feira, 8 de abril de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 3
Em breve, oCupom FiscalEletrônico.O Sistema Autenticação e Transmissão de CuponsFiscais Eletrônicos (SAT-CF-e) entra em operação
em novembro. Saiba como se adaptar
O SAT é ummódulocomposto dehardware comsoftwareembarcado. Eleirá substituir oEmissor deCupom Fiscal(ECF).
OSAT (Sistema de Autenticação e Transmissão)
substituirá os atuais emissores de cupons fiscais
(ECF) e, de acordo com a Secretaria da Fazenda
de São Paulo, trará inúmeras vantagens para o
varejista, consumidores e também para o Fisco. Estima-
se que o equipamento será 50% mais barato que os
atuais emissores de cupom fiscal, que custam acima de
R$ 1.500. Os lojistas também não precisarão mais
instalar um equipamento por caixa registradora. O SAT
pode ser compartilhado por vários caixas, impressoras e
rede de internet. Se o caixa não estiver conectado à
internet, o equipamento armazena todas as operações
para serem lançadas no sistema da Fazenda via
computador instalado no escritório da administração.
A emissão dos documentos fiscais via SAT será
integrada à Nota Fiscal Paulista. O consumidor poderá
visualizar o cupom da compra no site em algumas horas.
Tire as suas dúvidasO que é o projeto SAT-CF-e?
O projeto tem por objetivo docu-
mentar, de forma eletrônica, as
operações comerciais do varejo
dos contribuintes do Estado de
São Paulo, em substituição aos
atuais equipamentos ECF (Emis-
sor de Cupom Fiscal). Para isso
cria um novo modelo de docu-
mento fiscal eletrônico, o Cu-
pom Fiscal Eletrônico – SAT (CF-
e-SAT), aderente ao modelo da
Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), e
um novo padrão de equipamen-
to de baixo custo, o SAT, para ge-
rar, autenticar com validade ju-
rídica e transmitir, via Internet,
os CF-e-SAT emitidos pelos esta-
belecimentos.
O que é o equipamento SAT?O equipamento SAT é um módu-
lo composto de hardware com
software embarcado, que deve-
rá gerar e autenticar, por meio
de Certificado Digital próprio, o
Cupom Fiscal Eletrônico – S AT
(CF-e-SAT) e transmiti-lo perió-
dica e automaticamente à Se-
cretaria da Fazenda (SEFAZ), via
I n t e rn e t .
O que é o CF-e-SAT - CupomFiscal Eletrônico do SAT?O CF-e-SAT é um documento fis-
cal eletrônico, emitido, armaze-
nado e transmitido automatica-
mente pelo equipamento SAT, de
existência apenas digital, que
serve para documentar uma ope-
ração de circulação de mercado-
rias no varejo. Como o CF-e-SAT
só existe na forma eletrônica, o
consumidor receberá como com-
provante de sua aquisição o cha-
mado Extrato do CF-e-SAT. Com o
CF-e-SAT, procura-se estabele-
cer um novo padrão para o varejo:
documento fiscal válido é o Docu-
mento Fiscal Eletrônico existente
na base de dados do Fisco.
O que é a Nota Fiscal Eletrônicade Consumidor Final (NFC-e)?A Nota Fiscal Eletrônica de Consu-
midor Final (NFC-e) é um projeto
em desenvolvimento pelos Fiscos
Estaduais, que objetiva disponi-
bilizar uma versão da Nota Fiscal
Eletrônica (NF-e) para utilização
pelos contribuintes do varejo, pa-
ra registro das operações sujeitas
à tributação pelo ICMS. Assim co-
mo na NF-e, a premissa do projeto
NFC-e é que a autorização para
emissão do documento fiscal ele-
trônico (a NFC-e) seja online com
o Fisco estadual.
O que deverei (ou serei obrigadoa) usar? SAT ou NFC-e?Em São Paulo o contribuinte po-
derá optar entre as duas solu-
ções, uma não exclui a outra.
Existe previsão na Portaria CAT
147 de 2012 que trata do SAT per-
mitindo ao contribuinte optar por
emitir NF-e (modelo 55) ou NFC-e
(modelo 65) nas hipóteses em
que a legislação prevê a emissão
de Cupom Fiscal, ao invés de emi-
tir CF-e-SAT. No entanto, a NFC-e
encontra-se em fase de desenvol-
vimento e não existe legislação
definindo as situações em que es-
te documento deverá ser emitido.
Somente após a conclusão dos
testes e devida regulamentação,
a Secretaria da Fazenda avaliará
a utilização da NFC-e, adicional-
mente ao SAT.
Sou varejista. Serei obrigado ausar o equipamento SAT em meuestabelecimento?Os contribuintes do varejo deve-
rão utilizar o equipamento SAT
em seu estabelecimento comer-
cial de acordo com cronograma
de obrigatoriedade.
A SEFAZ iniciará a obrigatorieda-
de de uso do SAT em 01/11/2014.
A introdução do SAT deverá ser
gradativa, com substituição em
etapas dos atuais ECF. Estabeleci-
mentos com receita bruta inferior
a R$ 120 mil anuais, que hoje não
estão obrigados ao uso do ECF,
deverão utilizar o SAT a partir de
01/04/2015, também de acordo
com o cronograma do artigo 27 da
Portaria CAT 147 de 05/11/2012.
Estou abrindo um novoestabelecimento. Sou obrigado ausar o equipamento SAT?Caso o estabelecimento seja
inscrito antes de 01/11/2014,
prevalece a atual obrigatorieda-
de de emissão de Cupom Fiscal
pelo ECF, o qual deverá ser subs-
tituído pelo SAT quando o ECF
completar 5 (cinco) anos da data
da primeira lacração inicial indi-
cada no Atestado de Interven-
ção. Caso o estabelecimento se-
j a i n s c r i t o a p a r t i r d e
01/11/2014, deverá emitir o CF-
e-SAT a partir da data da inscri-
ção no Cadastro de Contribuin-
tes do ICMS.
No caso de comércio varejista decombustíveis para veículosautomotores, CNAE 4731-7/00,quando serei obrigado a emitir CF-e-SAT pelo equipamento SAT?Para os estabelecimentos cuja
atividade econômica esteja clas-
sificada no código 4731-8/00 (co-
mércio varejista de combustíveis
para veículos automotores) da
CNAE:
- A partir de 01/11/2014, em subs-
tituição ao Cupom Fiscal emitido
por equipamento Emissor de Cu-
pom Fiscal - ECF;
- A partir de 01/04/2015, em subs-
tituição à Nota Fiscal de Venda a
Consumidor, modelo 2.
Empresa do Simples Nacional éobrigada a usar o equipamentoS AT ?São obrigadas a usar o SAT em-
presas que realizem vendas pa-
ra consumidor final com receita
bruta anual a partir dos valores
determinados na Portaria CAT
147 de 2012, não importando se
a empresa é do Simples ou não.
Consulte o artigo 27 da Portaria
CAT 147 de 05/11/2012 para ve-
rificar o cronograma de obriga-
toriedade.
Informações adicionais sobre o
SAT-CF-e podem ser obtidas em
w w w. f a z e n d a . s p . g o v. b r / s a t
Divulgação
4 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 8 de abril de 2014
Solução única para a nova Nota FiscalA Bematech promete mostrar na Autocom uma solução única e plug & play que atende todas as exigências fiscais de qualquer Estado
ABematech, uma das
maiores provedoras
de soluções tecnoló-
gicas para o varejo,
restaurantes e hotéis, está
participando da Autocom
2014 com foco em sua solução
para a Nota Fiscal ao Consumi-
dor Eletrônica (NFC-e). Segun-
do Paulo Eduardo Guimarães,
executivo de Desenvolvimen-
to de Negócios da empresa,
este será o grande destaque
da empresa no evento, pois a
Bematech conseguiu desen-
volver uma solução única e
plug & play para atender todas
as exigências fiscais de qual-
quer Estado, seja com ECF
(Emissor de Cupom Fiscal ou
impressora f iscal , usado
atualmente), a NFC-e e o SAT
(Sistema de Autenticação e
Transmissão), este último de-
ve entrar em operação em no-
vembro em São Paulo.
“A adoção dessas exigên-
cias tributárias por parte do
Fisco é um desafio, tanto para
o varejista quanto para nós de-
senvolvedores de soluções.
Para se ter uma ideia, a opera-
ção envolvendo a NFC-e é mui-
to mais complexa do que a do
cartão de crédito”, afirma Gui-
marães. “No cartão de crédito,
o pin pad do varejista transmi-
te o valor e a senha para o ad-
quirente, que checa os dados
e dá o OK para a operação. Na
NFC-e, todos os itens da com-
pra são relacionados, é preci-
so a assinatura digital do vare-
jista, os dados são armazena-
dos na Secretaria da Fazenda
estadual, que dará o OK da
operação para o estabeleci-
m e n t o”, observa.
Segundo o executivo, é re-
comendável que o varejista
armazene a nota fiscal eletrô-
nica, por questões legais e de
gerenciamento. “Ta m b é m
oferecemos esse serviço e ou-
tros, graças a uma parceria
que firmamos recentemente
com a IBM, envolvendo o seu
datacenter e serviços em nu-
ve m”, diz. “O consumidor po-
derá receber a nota fiscal por
e-mail ou o varejista poderá
imprimir um comprovante
não fiscal com um código QR,
que lida por um smartphone,
levará à página da Secretaria
da Fazenda para visualizar o
documento ”.
O executivo observa que a
impressora fiscal (ECF) tradi-
cional, que armazena as ope-
rações em uma memória, con-
tinuará existindo por algum
tempo, pelo menos por cinco
anos. A Nota Fiscal ao Consu-
midor Eletrônica, a NFC-e, já
em operação em alguns Esta-
dos, substitui o cupom fiscal
emitido através da impresso-
ra fiscal. As transações de ven-
das passam a ser transmitidas
online para os servidores da
Secretaria da Fazenda do Es-
tado com o certificado digital
do varejista. O Estado de São
Paulo vai adotar juntamente
com a NFC-e outro sistema
chamado SAT (leia na pág. 3).Guimarães afirma que a Be-
matech desenvolveu uma so-
lução única para atender to-
das essas tecnologias. “A nos-
sa solução é plug & play por-
que f ica em uma camada
separada, sem a necessidade
de mexer no software de PDV.
A vantagem é que, com as
constantes atualizações fis-
cais exigidas, não será neces-
sário atualizar o aplicativo do
PDV constantemente –a reins-
talação de um aplicativo leva
horas e o varejista não pode
deixar de vender por falta de
sistema”, diz.
Pa r c e r i a s
Ao longo dos últimos oito
anos a Bematech vem reali-
zando investimentos contí-
nuos na aquisição de aplicati-
vos para gestão do varejo e na
unidade de sistemas de ges-
tão, ampliando sua oferta de
serviços neste mercado. Ago-
ra, como forma de intensificar
ainda mais essa estratégia, a
companhia está reforçando
seu portfólio de produtos, por
meio da expansão da oferta de
sua linha de gestão empresa-
rial no modelo de software co-
mo serviços (SaaS). Para isso,
efetivou recentemente parce-
ria com a IBM. A solução flexí-
vel e adaptável às necessida-
des individuais de cada em-
presa está baseada na nuvem
privada da IBM, o que propor-
ciona flexibilidade e seguran-
ça dos dados. Neste projeto, a
IBM será a responsável, tam-
bém, pelo gerenciamento, se-
gurança e disponibilidade do
ambiente, enquanto a Bema-
tech fará a entrega, operação
e manutenção do sistema.
A tecnologia, disponível pa-
ra a gestão de varejo, hotéis,
restaurante e bares, possui
vantagens como pagamento
por uso, assim como imple-
mentação rápida e flexível, ao
mesmo tempo em que reduz o
investimento inicial, gerando
economia e ba ixo custo.
"Acreditamos que no modelo
de software como serviços, a
decisão sobre quem será o
parceiro de cloud computing é
muito importante. Não adian-
Fotos: Divulgação
ta ter um sistema de gestão
com as funcionalidades ade-
quadas ao cliente, se os servi-
ços de nuvem não forem con-
fiáveis, disponíveis e segu-
ros", diz Bruno Primati, diretor
de Software da Bematech.
Outra parceria estratégica
anunciada pela Bematech é
com a Samsung para a área de
soluções de mobilidade. Nes-
te primeiro momento, as em-
presas oferecerão suas solu-
ções para os segmentos de
Hotéis e Restaurantes. Para is-
so, os sistemas de gestão
CMNet Reservas e Bematech
Chef da Bematech – volta dos
aos dois segmentos respecti-
vamente – serão integrados a
smartphones e tablets Galaxy
da Samsung.
Segundo Guimarães, novas
soluções de mobilidade volta-
das para o varejo chegarão em
breve, como por exemplo o
sistema usado pelas lojas da
Apple no mundo todo, em que
o vendedor atende o cliente
u s a n d o a p e n a s c o m u m
smartphones, fazendo toda a
operação de venda e também
recebendo o pagamento com
cartão. “Mobilidade é uma das
grandes tendências do varejo
mundial”, observa.
A Bematechmostra sua
solução para NotaFiscal Eletrônica
Pa g a m e n t omóvel ganha
mercado
Divulgação
SumUp: leitor deveser acoplado aosmartphone ou
tablet.
Novidades no estande da Gertec
Guimarães, da Bematech.
No fim do ano
passado, duas
empresas europeias
especializadas em meios de
pagamentos móveis
(mPOS) desembarcaram no
Brasil: a SumUp, fundada na
Alemanha e na Irlanda em
2011, e a sueca iZettle.
Ambas oferecem aparelhos
que, acoplados ao
smartphone ou tablet,
permitem receber
pagamentos com cartão de
crédito, beneficiando
vendedores ambulantes,
vendas porta a porta e
pequenos comerciantes.
Entre as vantagens, não há
cobrança de mensalidade,
mas uma porcentagem do
total da transação, e o
comprador ainda pode
parcelar a compra.
A SumUp
( w w w. s u m u p . c o m . b r )
trouxe um leitor de cartões
de chip que, acoplado ao
celular ou tablet, permite
que esses profissionais
aceitem as principais
bandeiras de cartão de
crédito, incluindo Visa,
Mastercard, Amex e Elo. O
primeiro passo é ir até o site
da empresa e abrir uma
conta, preenchendo o
cadastro com informações
pessoais, da empresa (se
for pessoa jurídica) e
bancária. Feito isso, é
preciso comprar o leitor,
que custa R$ 79, e baixar o
aplicativo no celular/tablet,
disponível para Android e
iOS (Apple).
A empresa disponibiliza
três pacotes para o
mercado brasileiro: o à vista
tradicional, com taxa de
3,7% para que o cliente
receba em até 30 dias; o à
vista antecipado, com
recebimento em cinco dias
úteis e taxa de 4,7%; e o
parcelado antecipado, com
recebimento total em 5 dias
úteis e parcelamento em
até 6 vezes - nesse caso, as
taxas são de 6,7% para
parcelamentos em até 3
vezes e de 8,7% para
parcelamentos em 4, 5 ou 6
vezes.
Já a sueca iZettle
( w w w. i z e t t l e . c o m . b r )
desembarcou no mercado
brasileiro no fim de agosto
do ano passado, graças a
uma parceria com o banco
Santander. Também é
preciso criar uma conta de
usuário e comprar o leitor
de cartões pelo site da
empresa e baixar o
aplicativo no smartphone
ou tablet. O leitor de cartões
custa R$ 99 e está
disponível no site. Os
clientes da iZettle que
optarem por ter o valor de
suas vendas depositado em
uma conta corrente do
banco Santander receberão
de volta 50% do valor pago
pelo leitor após realizarem a
primeira transação.
Não há custos fixos como
mensalidade, aluguel ou
taxa de utilização mínima.
Apenas será cobrada uma
taxa de 5,75% sobre o valor
de cada transação. Outro
destaque é que o valor das
vendas com cartão de
crédito será depositado em
até 5 dias, em vez de 30
dias como nas soluções
tradicionais.
AGertec participa da
Autocom 2014 com
algumas novidades.
A primeira é o Mobi PIN 10,
um equipamento para
pagamento móvel que
permite ao vendedor
autônomo, taxistas e outros
prestadores de serviços
receberem pagamentos por
meio de cartões de débito e
crédito. O Mobi PIN 10
transforma o smartphone
ou tablet em uma solução
de pagamento móvel, com
um dispositivo leve e
c o m p a c t o.
Outra novidade que será
mostrada na feira é o pin
pad PPC 920, um
equipamento com design
robusto e confiável,
compatível com todos os
dispositivos de leituras de
cartões em operação no
Brasil: cartão magnético, de
chip ou sem contato. Além
da segurança adicional com
os exclusivos sistemas
patenteados de Detecção
de Fraudes e Identificação
de Partes a Laser, o
aparelho permite a leitura
por aproximação do cartão
(contactless), ou seja, sem
que seja necessário inseri-
lo na máquina.
“Nós, da Gertec,
procuramos desenvolver
produtos que atendam ou
superem às necessidades
do mercado, conciliando a
alta tecnologia com
excelente performance,
design diferenciado e preço
justo. A Autocom é um
excelente canal para
divulgarmos novos
produtos para um público
mais seleto do ramo de
automação comercial”, diz
Marcelo Teramae, gerente
comercial da Gertec.
A Gertec expõe ainda
outros lançamentos, como
a linha GPOS, que é
composta por quatro
versões de equipamentos
que possuem todas as
certificações nacionais e
internacionais, leitor
contactless, smartcard,
cartão magnético,
impressora térmica
100mm/s máx, interfaces
GPRS, Ethernet, Wi-Fi.
terça-feira, 8 de abril de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 5
E-commer cecresce mais que o esperado
De acordo com estudo da E-bit, os resultados de 2013 surpreenderam e o setor cresceu 28%
Mesmo com a eco-
nomia brasileira
a v a n ç a n d o e m
marcha lenta, o se-
tor de e-commerce surpreen-
deu a todos e alcançou exce-
lentes resultados em 2013,
com crescimento de 28% no
faturamento, somando R$
28,8 bilhões. Em 2012 o setor
cresceu 20% e a expectativa
inicial para 2013 era de um au-
mento de 25% nas vendas. Fo-
ram 88,3 milhões de pedidos
no ano passado, um cresci-
mento de 32% sobre 2012, e o
tíquete médio foi de R$ 327,
menor do que do ano anterior,
que foi de R$ 342. Esses dados
c o n s t a m d o r e l a t ó r i o
Webshoppers 2014, elabora-
do pela E-bit.
Segundo o estudo, a Black
Friday é uma das explicações
para esse resultado. Realiza-
da no dia 29 de novembro, a
ação movimentou R$ 770 mi-
lhões para o setor, quebrando
todos os recordes de fatura-
mento em um único dia. Outra
justificativa é a popularização
da banda larga móvel. A oferta
de modelos mais simples de
smartphones conectou pes-
soas das classes C e D, que não
possuíam acesso à rede,
transformando-as em inter-
nautas e, em muitos casos,
consumidoras online.
A categoria “Moda & Aces-
sórios ” manteve a liderança
durante o ano com 19% de
part ic ipação, seguida de
“Cosméticos e Perfumaria /
Cuidados Pessoais / Saúde”,
com 18%, “E l et ro do mé st i-
cos”, com 10%, e “L i v ro s / a s s i -
natura de Revistas”, com 9%,
“I n f o rm á t i c a ” com 7% e “Te l e -
fonia/Celulares com 6%.
Ainda segundo a E-bit, no
decorrer do ano, mais de 9 mi-
lhões de pessoas fizeram a
sua primeira compra online.
Assim, o número de consu-
midores únicos, ou se-
ja, que já fizeram ao
menos um pedido
através da inter-
net, passou pa-
r a 5 1 , 3 m i-
lhões, contra
42,2 milhões
em 2012. Mas
desse total, 8
mi lhões não
utilizaram o co-
mércio eletrôni-
co em 2013. No
ano passado, os
c o n s u m i d o re s
ativos foram
d e 4 3 , 2 m i-
lhões. Cada
u m f e z , e m
média, duas
compras.
O m o b i l e
commerce, que é
a compra por meio
de dispositivos como
smrtphones e tablets,
vem crescendo rapidamente.
Em janeiro de 2013, as transa-
ções concluídas por dispositi-
vos móveis correspondiam a
2,5% de todas as vendas onli-
ne. Em dezembro, esse núme-
ro já era praticamente o dobro,
chegando a 4,8%. Esses resul-
tados demonstram a força do
segmento, que deve se conso-
l idar nos próx imos anos.
Atualmente, são poucas as lo-
jas online preparadas para as
peculiaridades da navegação
através de tablets e smart-
phones. Este ano isso deve co-
meçar a mudar. A tendência é
que muitos varejistas passem
a direcionar
esforços para
se adaptar à mo-
bilidade.
A entrega gratuita é um fa-
tor importante para a decisão
de compra dos e-consumido-
res. Apesar disso, no decorrer
do ano, houve queda na oferta
de frete grátis, que passou de
58%, em dezembro de 2012,
para 50%, em dezembro de
2013. Essa redução deve con-
tinuar em 2014, por causa da
busca das empresas por ren-
tabilidade. Entretanto, o con-
sumidor deverá encontrar
m a i s
opções de en-
trega. Quanto me-
nor o tempo para receber
a compra, mais caro será o
preço do frete.
O relatório Webshoppers
2014 comenta outra pesquisa
realizada pela E-bit, o Net Pro-
moter Score, ou NPS, um indi-
cador que mensura a satisfa-
ção e a fidelização dos clien-
tes. Em 2013, o NPS geral do e-
commerce brasileiro foi bom.
O ano começou com o índice
em 45 ,94%, chegando a
59,29%, em outubro. Entre-
tanto, em dezembro, houve
uma queda considerável no
indicador e o NPS ficou em
46,93%. Isso aconteceu por-
que foram registrados al-
guns prob lemas de
atraso na entrega
das compras fei-
t a s d u r a n t e a
Black Fr iday,
em virtude do
número de pe-
didos, muito
acima do es-
p e r a d o.
M e s m o a s-
sim, ao compa-
rar o NPS de de-
zembro de 2013
(46,93%), com o
de dezembro de
2012 (40,96%),
foi constatada
uma importan-
te melhora no
indicador, um
sinal de que os
lojistas investi-
ram mais e se
prepararam me-
lhor para o período
aquecido de vendas de
final de ano.
Expectativas 2014
Com relação às expectati-
vas para este ano, a E-bit acre-
dita que o comércio eletrônico
brasileiro vai continuar em as-
censão, mas a taxa de cresci-
mento deve ser menor. A esti-
mativa é de que o setor cresça,
nominalmente, 20% em rela-
ção a 2013, faturando R$ 34,6
bilhões. Vários fatores devem
influenciar nos resultados,
desde o desempenho da eco-
nomia até o calendário, já que
esse ano o carnaval foi tardio,
SXC
a quantidade de feriados pro-
longados é maior e ainda te-
mos pela frente uma Copa do
Mundo e eleições no segundo
s e m e s t re .
A avaliação é que este ano o
desemprego deve continuar
em baixa, o que é bom para o
setor de varejo em geral. En-
tretanto, as possibilidades de
aumento da massa salarial
são pequenas, devido à infla-
ção alta. Os estímulos da eco-
nomia também devem dimi-
nuir. Embora o IPI da linha
branca não tenha aumentado
no início do ano, houve alta pa-
ra outros produtos, como os da
categoria “Móveis & Decora-
ç ã o”, que vem se destacando
no e-commerce. O parcela-
mento elástico e o frete grátis,
dois dos principais atrativos
do varejo digital, devem redu-
zir gradualmente. Todos esses
fatores devem contribuir para
que o consumidor fique mais
cauteloso na hora da compra.
A Copa do Mundo deve in-
fluenciar positivamente nas
vendas do setor.
A mobilidade é uma das ten-
dências mais fortes para
2014, colaborando não só pa-
ra o mobile commerce, mas
para o crescimento de um fe-
nômeno chamado showroo-
ming. Mesmo estando dentro
de uma loja física, o consumi-
dor tem a possibilidade de
pesquisar preços e informa-
ções em outros estabeleci-
mentos, através do dispositi-
vo móvel. Com isso, a decisão
de compra fica por conta do fa-
tor conveniência. A loja em si
acaba funcionando como um
show room, em que o cliente
pode ter contato com o produ-
to antes da aquisição.
6 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 8 de abril de 2014
T e c no l o g i a sque vão
impulsionaro mercado
A previsão é de umcrescimento de 9,2%neste ano; soluções
baseadas emmobilidade, cloud
computing, Big Datae Social Business são
apontadas comonovo centro de
inovação e valor
AIDC Brasil, empresa
de consultoria volta-
da para as indústrias
de Tecnologia da In-
formação e Telecomunica-
ções, divulgou suas previsões
sobre as principais tendências
para o mercado brasileiro em
2014, e prevê que o País deve
consolidar sua posição de 4º
maior mercado de TIC do mun-
do. Estima-se que os investi-
mentos em TI e Telecom che-
guem a US$ 175 bilhões neste
ano e que 71 milhões de Smart
Connected Devices (desk-
tops, notebooks, tablets e
smartphones) sejam vendi-
dos no Brasil em 2014. “A 3ª
plataforma, com soluções ba-
seadas em mobilidade, cloud
computing, Big Data e Social
Business, é o novo centro de
i n o v a çã o” , diz Alexandre
Campos, diretor de pesquisas
da IDC Brasil.
De acordo com a IDC Brasil,
as tecnologias da 3ª platafor-
ma estão alinhadas ao au-
mento da influência dos exe-
cutivos de negócios nos inves-
timentos de TI, comprando so-
l u ç õ e s c a d a v e z m a i s
específicas para suas indús-
trias. A estimativa é de que
US$ 6 bilhões dos investimen-
tos em TI venham diretamen-
te do orçamento de negócios.
Ao combinar novos disposi-
tivos (smartphones, tablets e
outros dispositivos sem fio) e
novas aplicações (comunica-
ções unificadas, vídeo, virtua-
lização, gerenciamento de
dispositivos móveis), a 3ª pla-
taforma estimula o upgrade
das redes corporativas para
dar conta do aumento do volu-
me de dados. Segundo o estu-
do IDC Networking Tracker, o
volume mundial de informa-
ções digitais alcançará 5,4
Zettabytes em 2014 – 1 zetta
corresponde a 1 trilhão de gi-
gabytes.
Socialytics
Outra tendência forte para
este ano é o amadurecimento
de est ru turas de B ig Da-
ta/Analytics, que deve movi-
mentar cerca de US$ 426 mi-
lhões no Brasil, entre hardwa-
re, software e serviços, apesar
de desafios como a escassez
de mão de obra especializada
e concorrência com outras
prioridades, como nuvem e
mobilidade. A principal aplica-
ção ainda será o chamado “So-
cialytics”, para captura e aná-
lise de dados gerados nas re-
des sociais. “Será necessário
o investimento em capacita-
ção de profissionais, e devem
surgir empresas ‘data bro-
ke rs’ ou ‘analytics providers’.
Os provedores de soluções e
fabricantes também terão
que se preparar para mostrar
como esta tecnologia gera
mais valor em relação ao Ana-
lytics tradicional”, comenta o
diretor da IDC Brasil.
A adoção da nuvem pública
impulsionada pela moderni-
zação de aplicações é uma
tendência importante. Os in-
vestimentos devem atingir
US$ 569 milhões em 2014, e
para 2017 a previsão é que
cheguem a US$ 2,6 bilhões.
A mobilidade continua em
alta. A transição para disposi-
tivos móveis continuará ace-
lerada neste ano. Os smart-
phones e tablets deverão en-
cerrar o ano com vendas de
mais de 58 milhões de unida-
des e 81% de participação no
mercado de Smart Connected
Devices, ganhando ainda
mais terreno em relação a
desktops e notebooks. Os
“phablets”, híbridos de telefo-
nes e tablets, ainda dão seus
primeiros passos, mas lança-
mentos de smartphones com
telas acima de 5 polegadas
SXC
prometem agitar esse seg-
mento neste ano.
Gestão
Do lado das empresas, os
CIOs já perceberam a impor-
tância de uma estratégia de
mobilidade integrada, que
contemple o gerenciamento
de dispositivos móveis (MDM –
Mobi le Dev ices Manage-
ment). Estima-se que mais de
5 milhões de dispositivos pes-
soais serão trazidos para den-
tro das empresas neste ano
(BYOD - Bring your Own Device
ou ‘traga seu próprio dispositi-
vo’), o que implica na necessi-
dade de dispor de uma base de
gestão móvel para garantir a
segurança e administrar dife-
rentes componentes: disposi-
tivo, conectividade, aplicati-
vos, segurança, acesso, iden-
tidade, conteúdo, controle de
informação e apresentação
de relatórios. Outro foco im-
portante é a modernização
das aplicações para rodarem
em dispositivos móveis.
Finalmente, a IDC Brasil
destaca a aceleração da “I n-
ternet das coisas” com aplica-
ções corporativas (B2B). A
previsão é que as soluções
tecnológicas que permitem
uma comunicação contínua e
autônoma entre máquinas e
dispositivos movimentem
US$ 2 bilhões em 2014 no Bra-
sil. Atualmente, as iniciativas
mais significativas estão no
setor de logística e transpor-
tes, para gestão de frota, mas
as áreas de saúde, seguro au-
tomotivo, automação de pro-
cessos industriais e energia
também devem desenvolver
projetos baseados neste con-
ceito de conectividade.
A reação das lojas físicasDivulgação
A loja física pode oferecer uma melhor experiência de compra. Na foto, loja conceito da Natura.
Marketing via SMS
De todas as
ferramentas do
marketing, o SMS
(mensagem de texto via
celular) é a que se mantém
mais estável, mesmo com as
novas maneiras de
publicidade via internet que
surgem todo ano.
Pesquisa realizada pelo
MMA - Mobile Marketing
Association, mostra que os
consumidores brasileiros
estão receptivos ao SMS. Pelo
menos 79% dos
entrevistados afirmam
estarem dispostos a receber
mensagens em seus
celulares, desde que sua
privacidade seja respeitada.
A taxa de leitura do SMS
pelos usuários é de 98%,
contra apenas 22% do e-mail,
além de 90% das mensagens
recebidas serem abertas e
lidas em menos de três
minutos.
Uma empresa que vem
usando essa ferramenta é a
Morena Rosa Group que
emprega o sistema da Zenvia
desde 2012 para envio de
SMS para processos internos,
e há pouco tempo decidiu dar
um novo passo no mundo
mobile. Começou a realizar
campanhas de marketing por
meio do SMS.
A base de contatos da
marca é construída no
momento da compra nas
lojas, pelo cadastro dos dados
das clientes. A cada envio de
SMS, a empresa dá a opção
para que, caso deseje, o
cliente informe que não
deseja receber mais
mensagens.
De acordo com Larissa
Soares, da área de Trade
Marketing do Morena Rosa
Group, uma das razões para
terem adotado o uso de SMS
em suas ações de marketing
foi que “mesmo já enviando
e-mail com promoções e
divulgações para nossas
clientes, não surte tanto
efeito porque não são todas
que veem. Já com o SMS, a
leitura é praticamente
instantânea e são raras as
pessoas que não abrem um
SMS”. Além disso, Larissa diz
que um ponto muito
importante para a escolha do
serviço da Zenvia foi a
automatização dos envios e o
acesso aos relatórios, pois
isso facilita bastante o
processo das campanhas.
A empresa realizou sua
primeira campanha de
marketing pelo SMS no início
de março para convidar suas
clientes para o coquetel de
lançamento da nova coleção
outono/inverno que
aconteceu em Porto Alegre,
São Paulo e Rio de Janeiro. O
impacto da ação já pode ser
sentido: “Começamos a
sentir os efeitos positivos de
nossa campanha quando
diversas clientes disseram,
no dia dos eventos, que
haviam recebido o SMS e por
isso estavam lá”, diz Larissa.
“Pretendemos iniciar em
breve nossas campanhas
promocionais para as
aniversariantes do mês".
AIBM divulgou
recentemente o
estudo IBM 5 in 5,
uma lista com as cinco
inovações que têm
potencial de mudar o modo
como as pessoas trabalham,
vivem e interagem nos
próximos cinco anos. O
levantamento deste ano
explora a ideia de que tudo
será capaz de aprender -
impulsionado por uma nova
era de sistemas cognitivos,
na qual as máquinas irão
aprender, raciocinar e
interagir conosco de uma
forma mais natural e
personalizada. A
computação cognitiva está
começando a surgir
habilitada pela associação
da computação em nuvem,
de grandes análises de
dados e de tecnologias de
mobilidade, tudo com os
requisitos de privacidade e
de segurança adequados
para os cidadãos, sejam eles
consumidores, estudantes
e/ou pacientes.
Em breve, os sistemas de
TI se tornarão mais
inteligentes e customizados
por meio de interações com
dados, dispositivos móveis e
pessoas, ajudando-nos a
superar desafios antes
insolúveis, usando todas as
informações que nos rodeia
e trazendo a sugestão certa
ao alcance de nossos dedos.
Uma nova era na
computação vai levar a
descobertas que ampliam
as capacidades humanas,
nos ajudando a fazer boas
escolhas e a navegar no
nosso mundo de uma nova
f o rm a .
Na área de varejo, o
estudo afirma que as
compras em lojas físicas
ultrapassarão as online.
Segundo a IBM, as vendas
online estão crescendo mais
rápido do que em lojas
físicas. As lojas online têm
atualmente uma vantagem
na capacidade de aprender
com as escolhas que os e-
consumidores fazem na
web. Hoje, a maioria das
lojas físicas é limitada aos
conhecimentos que podem
ganhar no ponto de venda –
e a tendência de
showrooming torna ainda
mais difícil a competição
com varejistas online, que
utilizam como vantagem o
p re ç o.
Porém, em cinco anos,
segundo o estudo, as
compras em lojas físicas
voltarão a se destacar.
Varejistas experientes
usarão o imediatismo do
estabelecimento e a
proximidade com os clientes
para criar experiências que
não podem ser replicadas
por lojas online. Eles
ampliarão a experiência
digital, trazendo a web
diretamente para onde o
cliente pode tocá-la
fisicamente. Os lojistas
poderão contar com
tecnologias como a do
Watson para equipar as
equipes de vendas,
tornando cada vendedor um
especialista sobre cada
produto na loja. Com
tecnologias como a
realidade aumentada, a IBM
está permitindo que os
lojistas forneçam uma
melhor experiência de
compra aos seus clientes.
terça-feira, 8 de abril de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 7
Sem identificação,nada funciona.
Qualquer que seja atecnologia adotada no
futuro, a base sempre seráa identificação das
m e rc a d o r i a s
Para Marcelo Oliveira
Sá, assessor de Negó-
cios da Associação
Brasileira de Automa-
ção - GS1 Brasil, o varejo do fu-
turo será multicanal, não ha-
verá mais distinção entre loja
física e virtual, e o consumidor
irá exigir cada vez mais infor-
mações sobre o produto que
está comprando –se for carne,
qual a sua procedência, se for
um móvel, se a madeira é de
reflorestamento. A base para
a implementação de todas es-
sas demandas é a identifica-
ção, como o código de barras,
QR Code e o RFID (identifica-
ção por radiofrequência), en-
tre outros. A GS1 é quem pa-
droniza, no mundo todo, essas
tecnologias.
Diário do Comércio – Quaisos desafios atuais do varejo?
Marcelo Oliveira Sá - Tem se
falado muito no uso de tecno-
logias para aumentar a efi-
ciência, do uso de canais alter-
nativos como o e-commerce,
mas isso tem feito com que a
relação entre o consumidor e o
varejo fique fria. Cada vez
mais as pessoas estão
indo menos às lojas
físicas, e quando vão
é por um motivo muito
específico. Com isso, essa re-
lação está se perdendo. Será
preciso, de alguma forma, in-
tegrar a tecnologia com a hu-
m a n i z a ç ã o.
O que seria isso?É o varejista prover cada vez
mais serviços que o aproxime
do consumidor. Por exemplo, o
consumidor quer informações
sobre os produtos que está
comprando, a origem da carne
consumida. Como ele pode ter
isso muito rapidamente? Hoje
se usa o celular, que lê um có-
digo de barras e acessa a pági-
na do fornecedor com informa-
ções sobre aquele produto.
Quais os desafios deimplementar essarastreabilidade dos produtos?
A rastreabilidade começa
desde o produtor até o consu-
midor final. Mas para integrar
tudo isso é preciso o envolvi-
mento de todos os atores da
cadeia, desde o produtor, o
transportador, o supermerca-
do etc. A principal dúvida que
se tem é: quem é que precisa
prover este tipo de informa-
ção? São todos, mas talvez o
varejista tenha de tomar fren-
te em algum momento, ou a
indústria, mas o fato é que am-
b o s t ê m d e s e
preocupar com is-
so. O consumidor ho-
je está preocupado
com o que está compran-
do. Um dos pilares do consu-
midor moderno é a segurança
dos alimentos, saber a origem
da carne, se o produtor é con-
fiável etc. Quem não estiver
preparado para suprir essa
demanda do consumidor vai
perder mercado.
Recentemente, houvenovamente denúncias de leiteadulterado. Nestes casos, arastreabilidade é importante,não é mesmo?
Sim e o interessante é que
as marcas envolvidas são co-
nhecidas e muito consumidas,
principalmente na região Sul.
O consumidor que sempre
comprou estas marcas se per-
gunta agora o que fazer, quais
as garantias que a empresa irá
oferecer para que o consumi-
dor continue comprando o
produto. No futuro, quem não
prover informações sobre se-
gurança alimentar irá perder
mercado e o consumidor hoje
não tem problema algum em
trocar de marca.
Hoje se fala muito em varejomulticanal. Qual a sua opiniãosobre isso?
Tem consumidor que com-
pra pelo site, mas quer buscar
o produto na loja, pois não
quer esperar o envio pelo cor-
reio. Hoje isso não é possível,
pois a loja física é uma coisa e a
loja virtual é outra, elas não es-
tão integradas. O varejista
precisa prover isso ao consu-
midor, o que deve ocorrer em
breve. A grande discussão ho-
je é como fazer essa integra-
ção, o que está sendo chama-
do de omnichannel. O consu-
midor compra na loja, mas
quer receber em casa, ou com-
pra no site e quer retirar na lo-
ja. As empresas precisarão in-
tegrar processos e se moder-
nizar para oferecer isso.
Fala-se que no futuro haverágeladeiras inteligentes, queavisarão o proprietário sobre afalta de algum produto ousobre a sua validade. Como osenhor vê isso?
A base de todas essas tec-
nologias é um sistema de
identificação. O próprio códi-
go de barras, que tem 30 anos
no Brasil e 40 anos no mundo,
já traz uma série de informa-
ções. No caso da geladeira, is-
so será possível com o uso ma-
ciço do RFID, a identificação
por radiofrequência. A gela-
deira identifica o produto que
está entrando ou saindo, pra-
zo de validade e se algum pro-
duto está faltando, caso haja
uma lista. Estamos falando de
geladeira, mas poderia ser o
armário. A tecnologia RFID é
usada hoje para controlar es-
toque na indústria e no varejo.
As informações, que hoje es-
tão no código de barras, serão
armazenadas em um chip.
E qual o papel da GS1 nestec o n t ex t o ?
A GS1 entra para criar este
Div
ulga
ção
ambiente integrado com os di-
versos atores desta cadeia,
pois é necessário um padrão. A
GS1 é quem padroniza essas
tecnologias no mundo inteiro.
Mas quem vai impulsionar a im-
plementação dessas soluções
é a necessidade de suprir o que
o mercado está demandando.
O varejo do futuro terá de ofere-
cer eficiência, seja na retaguar-
da ou no checkout, pois cliente
nenhum quer ficar na fila; terá
de prover melhores serviços e
mais personalizados; usar ca-
da vez mais recursos tecnológi-
cos para atender perfis diferen-
tes de consumidores; integrar
os diferentes canais, físicos e
virtuais; e estar mais próximo
do consumidor, entendendo as
suas necessidades. E a base de
tudo isso são os sistemas de
i d e n t i f i c a ç ã o.
Marcelo Oliveira Sá, da GS1
SoluçõesOracle para o varejo
AMarisa, rede de lojas
de varejo
especializada em
moda feminina, escolheu
diversas soluções integradas
da suíte Oracle Retail
Merchandise Planning and
Optimization para ajudá-la a
direcionar o mix de produtos
com base nas oportunidades
de mercado e preferências
dos clientes. Com mais de
410 lojas espalhadas em
todas as regiões do Brasil, a
varejista de moda usará
essas soluções para que suas
equipes colaborem de
maneira eficaz nas atividades
de planejamento,
merchandising e cadeia de
suprimentos, bem como para
melhorar as margens de lucro
da empresa.
A rede Marisa precisava de
uma solução de tecnologia
capaz de aproveitar as
informações provenientes de
diferentes canais para
aumentar a eficiência das
operações de alocação e
planejamento e que fosse
intuitiva para os planejadores
de moda. Depois de
comparar os maiores
fornecedores de software de
varejo do mercado, a Marisa
escolheu uma suíte completa
de soluções: o Oracle Retail
Release 14, a fim de utilizar
uma plataforma comum para
atender às necessidades
atuais e futuras de
planejamento e alocação.
As soluções Oracle Retail
foram escolhidas, em parte,
por conta do ecossistema de
clientes e parceiros e pela
profunda expertise em varejo
da empresa. A rede Marisa
também implementará o
Oracle Database, o Oracle
WebCenter Portal e oOracle
WebLogic Suite. “Diante da
intensa concorrência no
varejo brasileiro, várias redes
estão procurando projetos de
tecnologia para impulsionar a
eficiência, reduzir os
estoques e aumentar as
m a rg e n s ”, disse Mike
Webster, vice-presidente
sênior e diretor geral da
Oracle Retail. “Po d e m o s
oferecer à Marisa uma
plataforma poderosa, que
lhes permitirá alcançar os
objetivos de negócios,
manter a sintonia com as
necessidades dos clientes e
impulsionar o crescimento
l u c r a t i v o. ”
Fa r m á c i a
Com 27 anos de atuação na
região Sul, a Rede de
Farmácias e Drogarias Nissei
adquiriu dois Oracle Exadata
Database Machine X3-2. O
objetivo da empresa foi
simplificar e fortalecer sua
infraestrutura tecnológica a
fim de apoiar seu ritmo
acelerado de crescimento,
incluindo a abertura de 40
novas lojas por ano. “A
adoção do Oracle Exadata
Database Machine é um
projeto estratégico para nós
por apoiar três importantes
pilares da companhia –
vendas, compras e logística,
propiciando melhora
significativa de performance
e agilidade às operações.
Obtivemos resultados
adicionais, como a redução
de espaço físico ocupado,
economia nos custos com
refrigeração e energia, bem
como manutenção e suporte
de um único fornecedor”,
afirma Oscar Luiz Barufaldi,
gerente de TI da rede Nissei.
A decisão de adquirir o
Oracle Exadata Database
Machine faz parte do plano da
rede para o aprimoramento
da infraestrutura de
Tecnologia da Informação (TI)
da empresa, bem como para
a criação de um datacenter
de contingência. A escolha da
solução da Oracle baseou-se
em características como
simplificação da
infraestrutura, robustez.
Newton Santos/Hype
A rede de lojasMarisa optoupela suíteOracle RetailMerchandisePlanning andOptimizationpara ajudá-laa direcionar omix dep ro d u t o s .
8 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 8 de abril de 2014
O futuro daslojas física e virtual
Saiba como os dois setores estão evoluindo e quaistecnologias estarão disponíveis para os consumidores
Atualmente, o modelo de varejo en-
frenta problemas em nível mundial.
Seus processos que antes se encaixa-
vam perfeitamente nas necessida-
des dos fabricantes, hoje estão lutando para se
adaptar às novas configurações e locais de
venda, tanto físicos quanto virtuais, e a um tipo
bem diferente de consumidor.
Para João Pissutto, executivo líder de Consul-
toria para Varejo e Produtos de Consumo da IBM
Brasil, o varejo vem passando por uma revolu-
ção, que necessariamente passa por soluções
tecnológicas mais inteligentes.
Diário do Comércio – Como a IBM avalia estesegmento de tecnologias para o varejo e qual aestratégia para atender este mercado?
João Pissutto- Estamos vivendo grandes mu-
danças no varejo, uma fase de real revolução.
Na nossa visão, o varejo envolve alguns pilares
básicos: fragmentação de canais, em que o
multicanal se torna cada vez mais realidade,
com um mix de lojas físicas com loja virtual, o
que impacta em todo o processo de automação
da cadeia; a abertura de lojas menores e espe-
cializadas para aumentar o market share; a
centralização no cliente, em que os esforços da
empresa são focados no cliente, em sua expe-
riência de compra; e o último pilar é a persona-
lização, em que quanto mais você entender o
seu cliente, seja com dados estruturados ou
não, mais chances se têm de realizar a venda.
Quais outras tendências que a IBM avaliacomo importantes?
Outras tendências são a maior agilidade no
atendimento e uso de recursos de mobilidade,
inclusive no checkout e na retaguarda; uma
maior compreensão dos detalhes de custos na
logística de frete e distribuição, com a redução
de perdas neste processo. Uma solução que te-
mos investido bastante é como o varejista po-
de se manter permanentemente conectado
com seus clientes, seja com um merchandising
específico, uma comunicação direta com dis-
positivos móveis, gestão dinâmica de preços,
gestão de promoções. É uma grande suíte que
busca transformar dados desestruturados em
atributos mais personalizados, voltados para
cada cliente que se está relacionando.
Em relação a coletas de dados dos clientes,qual a sua opinião sobre privacidade?
Uma das questões discutidas no varejo é como
proativamente posso coletar dados para saber
os seus hábitos de consumo para poder persona-
lizar mais a venda. Todos nós temos preferências
e temos interesse em compartilhar dados com
empresas que possam manusear essas informa-
ções de forma eficiente. Se eu gosto de música e
alguma empresa do varejo captura minhas infor-
mações e oferece ofertas personalizadas para
mim, com certeza cada vez mais vou disponibi-
lizar dados dos meus hábitos de consumo diário.
Existe uma massa de dados que mostra o seu
perfil, cada vez mais as pessoas estão colocando
os seus dados à disposição, mas cabe aos vare-
jistas gerenciar esses dados de forma eficaz, sem
invadir a privacidade.
Nesse ponto é que entra a tecnologia do BigData, a análise de grandes volumes de dados?
O Big Data é uma parte importante deste
processo. Se se consegue coletar dados do in-
divíduo, se consegue um melhor processo de
vendas. Hoje existe um volume de dados enor-
me. Mas quais empresas conseguem coletar
esses dados e transformar isso em ações reais
de marketing, preços ou de promoções? São
muito poucas. O Big Data permite coletar da-
dos desestruturados e conhecer melhor o con-
sumidor e a partir disso desenvolver uma série
de ações de marketing e de venda.
Um estudo recente divulgado pela IBM (IBM 5in 5) afirma que as vendas em lojas físicas vãoganhar impulso. Como será isso?
Como qualquer área que se vê ameaçada, as
lojas físicas estão procurando formas para sobre-
viverem. Havia uma grande tendência de que a
venda virtual iria superar a venda física em pou-
cos anos, já que ela está crescendo a taxas de
dois dígitos ao ano, enquanto a venda de loja fí-
sica cresce um dígito ao ano. Porém, o que se es-
pera, principalmente em segmentos mais afeta-
dos, é que se invista em experiências com o seu
cliente. Por exemplo: imagine que através de
mobilidade e dispositivos de rastreamento que
saiba aonde o consumidor está, por exemplo um
shopping center, e aparece em seu dispositivo
móvel uma oferta que faz sentido para ele. Isso
vai fazer com que a movimentação e tráfego em
lojas físicas aumentem naturalmente. Coisas co-
mo esta vão se tornar realidade no curto e médio
prazo. O cliente compartilhou o seu perfil ou ele
foi coletado por Big Data, e isso permitirá enviar
ofertas interessantes ao seu dispositivo móvel
inteligente. Existe uma vantagem da loja física
sobre a loja virtual, já que a experiência na loja fí-
sica é mais interessante.
SXC
Tendências do e-commerceEm breve, lojas
eletrônicas e físicasestarão totalmente
integradas, osconsumidores poderãocomprar como, quando
e onde quiserem
Divulgação
Multicanal: todos os canais de vendas estarão integrados.A
ssim como as lojas
físicas estão
evoluindo
tecnologicamente, as lojas
virtuais também estão
investindo para “fisgar ” os
consumidores. Segundo
Fátima Bana, especialista
em marketing digital e
mestre em Comportamento
do Consumidor, o mundo
virtual leva vantagens em
alguns quesitos: além de
oferecer comodidade,
rapidez e custo operacional
menor, as ferramentas de
rastreamento e análises
disponíveis hoje permitem
conhecer melhor o
consumidor, seus hábitos e
p re f e rê n c i a s .
Diário do Comércio – Comoo e-commerce vem evoluindotecnologicamente e como seráa loja virtual do futuro?
Fátima Bana - O que a
gente consegue ver no
momento como tendência é
a loja virtual cada vez mais
buscando entender o
comportamento do cliente.
Hoje, em muitos sites fora do
País, a home page, que é a
vitrine da loja virtual, é
configurada de acordo com
as preferências de cada
cliente. Esse cliente já foi
rastreado e a loja sabe de
suas preferências. Assim,
essa vitrine é montada com
produtos que ele gosta, que
fazem sentido para ele.
Há alguma tendênciatecnológica que se destaque?
Também estão sendo
aplicados conceitos de
neuromarketing no e-
commerce. Por meio das
câmeras dos aparelhos e
outras tecnologias que
vamos começar a usar com
mais frequência em breve, o
aparelho entende para onde
os olhos do usuário se
movem, identificando áreas
que são focalizadas por mais
vezes, que chamaram mais
a atenção do cliente. As
últimas versões de
smartphones estão vindo
com esse recurso de
identificar o olhar do
u s u á r i o.
Como se consegueentender o cliente no mundovirtual?
Hoje, o e-commerce está
mais próximo do cliente,
entendendo quem ele é, seja
por meio de seu perfil nas
redes sociais, os apps que
ele baixa no celular, as
páginas que visita na
internet, os produtos que
pesquisa etc. Tudo isso
permite mapear o seu
comportamento, o seu
perfil. São inúmeras as
tecnologias em operação
para entender o que o
cliente quer e se adiantar a
ele. Muitas vezes, o cliente
passou os olhos algumas
vezes em um produto, mas
ainda não sabe que deseja
aquilo. As novas tecnologias
que estão surgindo visam
estimular esses desejos
latentes.
O que podemos esperarpara os próximos anos emtermos de recursos?
Em cinco anos vamos ter
muitos recursos de
neuromarketing sendo
aplicados na internet, como
a navegação pelas páginas
usando os olhos como cursor
(eye tracking). Além disso, a
loja física e a virtual estarão
integradas. Na concepção
do omnichannel
(multicanal), não haverá
mais diferenças no
comércio, o cliente pode
estar dentro da loja física e
comprar online, ou estar na
loja virtual e retirar o
produto na loja física. Essa
integração total dos canais
deixará tudo mais fácil.
No metrô da Coreia do Sulhá painéis com fotos deprodutos, que osconsumidores capturam o QRCode (um códigobidimensional) para comprar ereceber em casa. Esta é umatendência?
Trata-se de uma compra
virtual em um ambiente
físico e geralmente com uma
entrega a jato. A ideia neste
tipo de modelo com QR Code
é que a logística seja muito
eficiente – quando o cliente
chegar ao seu destino, a
compra chegará junto. Este
é um bom exemplo de
integração de canais e as
novas tecnologias
caminham neste sentido.
Na loja física o cliente podetocar e experimentar oproduto. Poderá surgir umatecnologia que equipare essaexperiência na hora da comprano mundo virtual?
A realidade virtual
aumentada talvez possa nos
ajudar neste sentido, mas
não acredito que essa seja a
solução. O comércio em loja
física não vai deixar de
existir, o que vai ocorrer é
uma transformação do
comércio como um todo. As
lojas físicas estão mudando
para ser mais um espaço de
experiência para o cliente do
que propriamente um
checkout de compra.
Estamos vendo muitas lojas
físicas mudando para
lugares mais agradáveis,
livrarias com grandes
espaços onde o cliente
passa o dia lá e muitas vezes
não compra nada, mas vai
fazê-lo mais tarde em casa
por meio da loja virtual. Há
uma mudança no modo de o
consumidor comprar, ele
entra na loja, toca,
experimenta e depois
decide como o onde quer
comprar, pode ser naquele
momento na loja física ou de
noite em casa, quando ele
percebeu que realmente
precisa ou deseja aquele
produto. Passamos hoje por
uma reformulação do
varejo, que integra o canal
digital.
Há muitos estudos sobre ocomportamento doconsumidor na loja física. Essecomportamento é diferenteonline?
Na internet nós
conseguimos antecipar o
que o cliente está
planejando, já que o
comportamento normal é
que a pessoa pesquise sobre
o tema de interesse. Se a
cliente compra um teste de
gravidez pela internet e
depois começa a pesquisar
sobre sintomas, a loja virtual
já pode começar a oferecer
enxoval para o bebê, berço
etc. Conseguimos mapear o
comportamento do
internauta antes mesmo das
pessoas que convivem com
ele diariamente. Muitas
vezes as pessoas se
esquecem que estão sendo
vistas o tempo todo na
i n t e rn e t .
Esse monitoramento docomportamento é mais fácil nainternet?
Sim, é mais fácil. No
mundo físico, para se saber
se a mulher está grávida, ela
precisa falar ou comprar
alguma coisa, que pode ou
não ser para ela. No
ambiente virtual temos
vários tipos de informações,
o que ela pesquisou, com
quem falou, o que ela curtiu
no Facebook etc.
As empresas queremconhecer o cliente paraoferecer melhores serviços,mas como fica a invasão deprivacidade?
Esta é uma linha muito
tênue. Você quer que as
pessoas saibam de você,
mas elas também ficam
sabendo o que você não
deseja que elas saibam.
Acredito que a solução deste
problema depende muito da
postura do consumidor. No
mundo virtual as pessoas
podem decidir o que elas
querem que seja visto, há
ferramentas para isso.A especialista Fátima Bana
Carol Guedes/Hype