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ESPECIAL Empreendedorismo #2 Dando os primeiros passos Você teve a grande ideia, decidiu empreender! E agora, quais os próximos passos? Como validar seu projeto e tirá-lo do papel? Como conseguir o dinheiro necessário? Descubra nos textos a seguir.

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ESPECIAL

Empreendedorismo #2Dando os primeiros passosVocê teve a grande ideia, decidiu empreender!E agora, quais os próximos passos? Como validar seu projeto e tirá-lo do papel? Como conseguir o dinheiro necessário? Descubra nos textos a seguir.

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No Especial Empreendedorismo #1, você conheceu um pouco mais de perto os dilemas e os desafios da carreira empreendedora. Antes de começar, o primeiro passo era olhar

para dentro, conhecer a si mesmo e questionar se o empreendedorismo é realmente o que você quer para sua carreira.

Feito isso, se a resposta foi positiva, aí é que o jogo realmente começa. Todos sabemos que não há receita infalível para o sucesso. Projetos feitos para dar errado revolucionaram o seu tempo. Empresas nascidas para durar quebraram em menos de um ano. Por isso mesmo, é muito importante não se deixar levar pelas opiniões dos outros. Por outro lado, dá para aprender muito com erros e acertos de quem já andou por aí.

Nós entendemos como você se sente… A ideia não sai da cabeça. Você vai montar um negócio. E agora, como começar? Descubra nesse Especial.

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Como criar um negócio realmente inovador?

Para Peter Thiel, cofundador do PayPal e investidor em diversas startups altamente inovadoras — incluindo o altamente bem-sucedido Facebook — o próximo Bill Gates não criará um sistema

operacional. O próximo Larry Page ou Sergey Brin não desenvolverá um mecanismo de busca. E o próximo Mark Zuckerberg não criará uma rede social. Assim, desista de copiar essas pessoas, embora você possa aprender muito com elas e seus depoimentos. Mas, para ser o próximo case empreendedor estudado em faculdades do mundo todo como cada um deles, você precisa inovar e criar algo que seja realmente novo.

“Se você está copiando as pessoas, não está aprendendo com elas”, defende Peter Thiel, um dos fundadores do PayPal e que já investiu em centenas de startups

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Em 2014, Peter lançou o livro De zero a um: O que aprender

sobre empreendedorismo com o Vale do Silício. Ele não

oferece fórmula para o sucesso. O próprio paradoxo de

escrever sobre empreendedorismo é que essa fórmula não

existe, e nem pode existir. Como cada inovação é única e

costuma criar novos paradigmas, é impossível dar uma

mesma receita sobre como inovar. Ainda assim, algumas

dicas podem te ajudar! Confira a seguir alguns conselhos,

baseados no livro de Peter Thiel, sobre como criar um negócio

inovador:

1. Pense em quais empresas ou negócios ainda não foram

criados. Empreendedores precisam pensar no diferente,

naquilo que ainda não é oferecido no mercado. A princípio,

não pense apenas em competir com alguém que já está em

atividade, ou com o produto que outra pessoa já lançou, mas

sim em inovar e ser único. Busque enxergar além do que

outros já viram.

2. Uma ideia de negócio é inovadora na medida em que passa

a atingir uma fatia do mercado que antes era inexistente e

inexplorada. A necessidade que ninguém sabia que tinha.

3. Existem dois tipos de empresas: aquelas que estão em

competição acirrada e aquelas que detêm conhecimento

totalmente novo. As melhores empresas investem em deter o

conhecimento daquilo que criaram.

4. Empresas e pessoas diferenciadas serão mais importantes

na definição do futuro do que aquilo que está na moda.

Não é preciso ter medo de estar num setor badalado, mas

certifique-se de estar criando ou produzindo algo único.

5. As melhores oportunidades estão nos problemas sem

solução. Aprenda a fazer perguntas certas para descobri-las.

6. Quando se começa uma empresa, é preciso começar

pequeno e mirar um mercado pequeno, mas tendo espaço

para sonhar grande e crescer.

7. A empresa nunca deve ser burocrática. Ela precisa ser

dinâmica. Os papeis precisam ser bem definidos, mas podem

ser redefinidos.

Como criar um negócio realmente inovador?

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Como formular o seu negócio e a razão dele existir?

Ter um propósito faz toda a diferença para o seu negócio ir longe, acredite! Isso quer dizer que você precisa ter algo para entregar de fato. Assim, mais importante do que saber como

desenvolver o seu negócio, é essencial que você saiba a razão dele existir. O time inicial de empreendedores, seja ele uma dupla ou um grupo maior, tem uma primeira missão que não se vence sem uma grande dose de curiosidade e de conexão com o mundo que nos cerca.

Por trás de todo grande negócio, existe uma razão sólida de existir. Algo que vai além da cabeça do empreendedor e se conecta ao mundo real, à vida da pessoas.

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O perigo aqui é acreditar demais na ideia inicial e achar

que o mundo real não precisa validar as suas premissas.

A validação de que o mundo realmente precisa daquele

produto ou serviço é um exercício que nem todos estão

dispostos a fazer. Muitos preferem morrer abraçados nos seus

pensamentos do que adaptar sua ideia.

A melhor validação no mundo real é um cliente pagante,

uma nota fiscal emitida e paga. No mundo virtual a validação

pode ser diferente, um usuário recorrente, uma comunidade

crescente, novos usos do serviço ou desenvolvedores

engajados numa plataforma.

O processo de validação exige muita flexibilidade, agilidade,

resiliência para recomeçar diversas vezes e não desistir. Fica

fácil quando a visão é inspiradora, mas realmente difícil para

quem não enxerga o invisível.

Responder o quê está sendo construído e como está sendo

feito é relativamente fácil, mas a pergunta que realmente

importa é o por quê está sendo feito. Se a resposta para o por

quê a ideia está sendo desenvolvida é fraca e sem significado,

as dificuldades do caminho tem grande chance de derrubar

o time. Mas, se o por quê tiver uma causa por trás que todos

no time conhecem e se identificam fortemente, é bem difícil

encontrar um problema que não seja encarado com enorme

determinação, e assim vira apenas mais uma etapa a ser

superada. um negócio de alto impacto.

Em outras palavras, ter um propósito claro, tanto para você

como para sua empresa, é determinante para o seu negócio

ir mais longe. Quando o seu propósito é bem definido, é

muito provável que o da sua empresa também seja. Em

consequência disso, fica muito mais fácil promover uma

oferta de valor para o mercado, porque você conseguirá

transmitir confiança naquilo que oferece.

Por outro lado, se você ainda não identificou o seu propósito,

é importante que comece a refletir. Primeiro porque, se for

somente dinheiro, é mais difícil passar a confiança necessária

para os consumidores. E segundo porque, com um propósito,

a vida fica certamente muito mais leve.

Como formular o seu negócio e a razão dele existir?

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Um MVP (Minimum Viable Product, ou Produto Mínimo Viável) é como uma versão beta de um produto, desenvolvida de forma ágil e econômica para ser apresentada ao

seu público-alvo e receber feedbacks. Trata-se de uma excelente ferramenta para obter informações sobre o seu mercado e validar premissas. Muito se fala sobre a importância de testar hipóteses, pegar feedbacks do cliente e melhorar o produto antes de lançar. É aí que entra o MVP: ele é o seu instrumento de teste.

Como fazer a validação da sua ideia no mercado?Um dos grandes erros cometidos por empreendedores é não testar e validar seus palpites antes de investir no lançamento de novos produtos. Para evitar isso e não perder tempo e dinheiro, entender e aplicar o conceito de MVP é fundamental.

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Como fazer a validação da sua ideia no mercado?

O MVP vai te ajudar a antecipar problemas, ou até redefinir

a estratégia do seu negócio. A seguir, alguns pontos para te

ajudar a fazer o seu:

1. Formule hipóteses para validar: O grande objetivo de

desenvolver um MVP é justamente validar premissas sobre o

mercado antes de investir em um produto e lançá-lo, então,

antes de pensar sobre como será o seu MVP, que tal pensar

sobre o que você quer aprender com ele e formular hipóteses

claras? Mas, atenção: se um empreendedor ainda não é capaz

de formular hipóteses sobre seu público consumidor e sua

proposta de valor, então ainda não é hora de fazer um MVP.

2. Entenda o seu mercado: mergulhe nos indicadores do seu

público, tenha um perfil ideal de cliente claramente definido,

entenda o contexto em que sua empresa está inserida,

descubra quem são os seus possíveis concorrentes e quais

soluções estão ofertando. Quanto mais você se aprofundar no

universo de seu produto e dos seus clientes, melhor!

3. Defina indicadores e estabeleça métricas: a partir

dos dados coletados em sua pesquisa prévia, defina quais

indicadores e métricas você vai utilizar para avaliar o

desempenho do seu MVP a partir da interação com o seu

público-alvo.

4. Pense nas funcionalidades do seu MVP: o MVP precisa

encontrar um equilíbrio entre o tempo, os recursos investidos

para o seu desenvolvimento e a forma como a proposta de

valor do produto será apresentada para o cliente.

5. Não desista: Apesar de encontrar um MVP não ser uma

tarefa simples, e sim um resultado de diferentes interações,

tentativas, modificações e erros, uma vez que você consiga

validar suas hipóteses, o investimento valerá a pena. Sem

contar a grande economia que você terá feito ao não investir

seus recursos em um produto sem mercado.

6. Não tenha medo de errar: o MVP é o momento em que

o empreendedor poderá errar e encontrar soluções para

seus erros. Se o MVP apontou que o produto não está pronto,

incorpore os aprendizados e melhore!

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Costumamos usar a máxima: “o empreendedor ganha da concorrência, mas o mercado ganha do empreendedor”. Isso acontece porque mesmo que o empreendedor inove e execute muito bem,

ele está limitado ao universo de pessoas ou organizações dispostas a comprar o seu produto ou serviço. Partindo do pressuposto de que você quer construir uma grande empresa, dificilmente isso será possível se o potencial de mercado for baixo.

Como conhecer bem o mercado do produto que você vai lançar?A primeira peça para se criar um negócio de alto impacto é o empreendedor que sonha grande. A segunda peça é encontrar um mercado grande o suficiente para caber uma empresa do tamanho desse sonho.

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Como conhecer bem o mercado do produto que você vai lançar?

A seguir, veja algumas dicas para entender melhor o mercado

que você pretende explorar e avaliar se ele tem potencial para

abrigar um negócio de alto impacto:

1. Avalie o tamanho do mercado: Geralmente, o jovem

empreendedor já sentiu na pele o problema que quer resolver

ou viu alguém/alguma empresa sofrendo. O importante é,

antes de investir tempo e recursos, se perguntar: quantas

outras pessoas ou organizações sofrem com esse mesmo

problema? Quão relevante é esse problema? Quanto mais

relevante o problema for e para o maior o número de pessoas

ou organizações, melhor. Este passo está relacionado à famosa

validação das ideias, que já foi abordada com mais detalhes

no texto anterior.

2. Pesquise sobre o mercado: Outra forma de compreender o

tamanho do mercado é descobrir se já existem empresas que

oferecem alguma solução para esse mesmo problema. Essa

análise é mais fácil em mercados maduros, o de cosméticos,

por exemplo, no qual é possível saber o tamanho do mercado

pelo tamanho das empresas que atuam nele, entre elas,

gigantes como a Natura, o Grupo Boticário e a Avon.

Esse é um bom indicador de tamanho de mercado, mas

também significa que, mesmo antes de começar, você

já terá concorrentes fortes. No entanto, se você tiver um

bom diferencial e executar bem, existe a oportunidade de

abocanhar uma fatia desse mercado.

3. Invista no momento certo: Tirando alguma grande

inovação, é difícil uma empresa sozinha aumentar o potencial

de mercado em que ela está. Vamos tomar como exemplo uma

empresa que produz jogos para celular.

Há vinte anos, pouquíssimas pessoas tinham aparelhos

celulares e o mercado de jogos para celular era um nicho ou

até inexistente. Apesar da tendência forte que esse mercado

tinha de crescimento, naquela época, se alguém tivesse

iniciado um negócio nesse ramo, dificilmente decolaria. Tudo

tem a ver com o momento em que você “pega a onda”. O

empresário Jorge Paulo Lemann, brasileiro mais bem-sucedido

no mundo dos negócios, fez essa analogia uma vez: Se você

tenta pegar a onda muito no início, vai remar, remar e, quando

chegar o momento certo, não terá mais a energia que precisa.

Mas se entrar muito tarde, a onda passará por cima de você.

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O mesmo se aplica aos negócios. Quem vislumbra um mercado

emergente e entra muito cedo, provavelmente vai investir os

recursos antes do tempo e não ter retorno. Quem entra muito

tarde, deixa de aproveitar todo o potencial da oportunidade.

4. Converse com potenciais clientes: Um bom caso de

empreendedores que observaram um grande mercado e

decidiram empreender é o do Fabio e do Alencar, fundadores

da Gera. Eles trabalhavam na Natura e perceberam que havia

um desafio na gestão de consultoras de vendas porta-a-porta.

Logo, eles se deram conta de que o problema era comum a

todas as empresas que têm uma força de vendas semelhante.

Decidiram sair de seus empregos para criar uma solução para

esse problema: um software online para gestão de vendas

diretas. Na época, para tentar estimar o tamanho do mercado

eles fizeram as seguintes perguntas:

Quantas empresas atuam com venda direta? Dentro delas,

existem quantos vendedores? Quanto a ineficiência dessa

gestão custa para essas empresas? Quanto é possível cobrar

por um serviço que faça a gestão desses vendedores?

O melhor jeito para começar a busca por essas respostas é

conversar com potenciais clientes, pessoas que conheçam

muito o mercado e estudar dados e pesquisas já feitas e,

muitas vezes, disponíveis na internet. O importante é ter, pelo

menos, uma estimativa para saber se vale a pena investir o

seu tempo e dinheiro naquele mercado ou não. E se o mercado

tiver potencial, é botar pra fazer!

Como conhecer bem o mercado do produto que você vai lançar?

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Então você teve o grande insight. Concebeu um produto ou serviço inovador, que virá para responder a uma necessidade dos consumidores, e que por isso (você acredita que) será um

sucesso. Já realizou os procedimentos de validação e análise de mercado (ainda que informalmente), fez suas pesquisas, e descobriu que de fato sua ideia tem muito potencial. Ótimo! O negócio parece mesmo promissor, e os primeiros passos foram muito bem dados.

Como abrir a sua própria empresa?A ideia de abrir a própria empresa pode parecer bastante confusa. Ao descobrir o número de papelada necessária e a quantidade de órgãos que devem ser acionados, dá um certo desespero mesmo. Mas, no final de tudo, você vai perceber que não foi tão complicado assim.

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Porém, se você nunca empreendeu antes, provavelmente

não tem familiaridade alguma com os processos de abertura

de uma empresa. Mas não se preocupe: praticamente todo

empreendedor se depara com esta questão. Este texto é

justamente para tentar responder a dúvidas relativas a esta

etapa a que ninguém pode escapar: como abrir uma empresa.

Paciência é a alma do processo

O primeiro fato que você deve levar em consideração é que

abrir uma empresa pode ser um processo demorado, que

exigirá um tanto de sua paciência. Por mais que queira

viabilizar logo seu negócio, você tem que aguardar definições

de órgãos públicos, e isto costuma levar tempo.

Os processos têm se tornado um pouquinho mais ágeis, mas

ainda assim o período para se abrir uma empresa continua

demorado. No mundo inteiro, o Brasil é um dos países onde

isso mais leva tempo, acredite. Portanto, lembre-se: tenha

paciência e procure manter a cabeça fria ao longo desta

etapa.A seguir, vamos a um passo a passo do que você deve

fazer para abrir sua empresa:

1. Pesquise nomes e o endereço da sua empresa: Em um

artigo do Portal Exame, Eduardo Araujo Dias, da Quality

Serviços Contábeis, explica que, antes de tudo, você deve

pesquisar a viabilidade de nomes na Junta Comercial.

A seguir, realize uma consulta prévia de endereço na

Administração Regional onde ficará a sede do seu negócio.

Isto é necessário para verificar se o endereço permite a

realização de atividade econômica.

2. Encontre um contador de sua confiança: Levantar e

validar a documentação para a abertura do seu negócio é,

sem dúvida, a parte mais complicada do processo. Um bom

contador vai auxiliá-lo em todos os momentos desta etapa,

principalmente na hora de recomendar qual será o melhor

sistema tributário para o seu empreendimento.

No mesmo artigo do Portal Exame, Alessandro Saade,

professor de Empreendedorismo da Business School São

Paulo, afirma que o contador também pode auxiliar na

montagem de um cronograma para sua empresa, com os

dias de pagamento de impostos e a melhor data mensal para

realizar seus balanços.

Como abrir a sua própria empresa?

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3. Elaborar e registrar o contrato social: Achou o

contador? Próximo passo: elaborar o contrato social e

registrar na Junta Comercial. Neste momento, alinhar-se a

um advogado de sua confiança faz toda a diferença. Porque

ele poderá te auxiliar a elaborar o contrato social da sua

empresa. Este é o documento fundador da sua empresa,

que conterá informações como “objetivo”, “ramo”, “aspectos

societários” e “formação do capital social”.

O contrato social está pronto? Então leve-o, junto com os

seus documentos pessoais (e dos seus sócios, se houver) à

junta comercial ou cartório de registro de pessoas jurídicas

mais próximo. Caso tudo esteja em ordem e não exista outra

empresa registrada com o mesmo nome, você procederá ao

arquivamento do ato constitutivo da empresa.

Neste momento, serão necessários os seguintes documentos:

três vias do contrato social (ou requerimento de empresário

individual, ou estatuto); cópias autentidadas do RG e do CPF

dos sócios; uma via do requerimento padrão (capa da Juna

Comercial); uma via da ficha de cadastro nacional (FCN),

modelos 1 e 2; pagamentos de taxas através de DARF.

4. Empresa registrada? É hora de obter o CNPJ: Após

entregar aquela batelada de documentos, você receberá o

NIRE – Número de Identificação de Registro de Empresa.

Com ele, será possível obter o CNPJ, que é o registro da sua

empresa como contribuinte. Você pode fazer isso pelo site da

Receita (www.receita.fazenda.gov.br).

5. Obter o alvará: Cadastrou o CNPJ? Agora, toca para a

Prefeitura para pegar o alvará! Com o CNPJ em mãos, você

precisará ir até a Prefeitura (ou administração regional) da

sua cidade para adquirir o alvará de funcionamento.

Os documentos necessários são: formulário próprio da

Prefeitura; consulta prévia de endereço aprovada; cópia do

CNPJ; cópia do contrato social; laudo dos órgãos de vistoria.

6. Obter inscrição na Secretaria da Fazenda: A gincana

continua: hora de fazer sua inscrição estadual. Ela é

necessária para obtenção do registro no ICMS. Em geral, a

documentação pedida é: três vias do documento único de

cadastro, DUC; uma via do documento complementar de

cadastro, DCC; cópia autenticada ou original do comprovante

Como abrir a sua própria empresa?

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de endereço dos sócios; cópia autenticada de documento

que prove o direito de uso do imóvel, como contrato de

locação ou escritura; número do cadastro fiscal do contador;

comprovante de contribuinte do ISS, para as prestadoras

de serviço; certidão simplificada da junta (para empresas

constituídas há mais de três meses); cópia do ato constitutivo;

cópia do CNPJ; cópia do alvará de funcionamento; RG e CPF

dos sócios. Em alguns estados, você pode resolver essa etapa

pela internet.

7. Registrar-se na Previdência: Estamos quase lá. Feita a

inscrição estadual, vá até uma agência da Previdência para

fazer o registro de sua empresa. Ainda que não existam

funcionários, ela precisa estar registrada para pagar os

tributos devidos. O prazo para isso é de trinta dias após o

início das atividades.

8. Conseguir autorização para emitir notas ficais: Agora

só falta solicitar autorização para emitir notas fiscais. Isso

pode ser feito na Prefeitura da sua cidade, caso sua empresa

preste serviços, ou na Secretaria Estadual da Fazenda, caso

seja um comércio ou uma indústria. E pronto!

Como abrir a sua própria empresa?

Agora, vamos a outra dicas, mais subjetiva, mas que também

podem te ajudar no início da jornada empreendedora:

Já tem uma marca? É melhor registrar

Muitos empreendedores consideram este um investimento

inicial desnecessário. Porém, registrar a marca pode ser uma

importante vantagem no longo prazo.

Se não, imagine a seguinte situação: você teve a ideia de

entrar no ramo de Educação a distância (EAD), fornecendo

cursos online de preparação para exames, e batizou o projeto

de “LEAD Cursos de formação”.

Então, abriu sua empresa e consolidou o negócio, a marca.

Porém, no médio prazo, descobre que o termo já havia sido

registrado por um empresário do mesmo setor, e por isso você

se vê obrigado a mudá-lo.

Considerou os desgastes que isso pode causar? Então, para

evitar dor de cabeça à toa, não deixe de registrar sua marca já

na hora de abrir a empresa.

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Ferramentas

Por último, existe alguma ferramenta que possa ajudar neste

momento de abrir uma empresa? Claro!

Nesta página do Movimento Empreenda, você encontra

uma série de ferramentas que poderão ser úteis nos vários

momentos de abertura de uma empresa – desde antes da

ideia até colocá-la em prática, passando pela avaliação.

Neste artigo do Sebrae-RS, há um roteiro bastante claro e

didático para te auxiliar neste momento.

Como dissemos, este artigo reúne informações e dicas que

servem como orientação inicial. Para você se aprofundar

no tema, recomendamos a leitura atenta do conteúdo dos

links acima, que certamente vão tirar outras dúvidas e

complementar este texto

Como abrir a sua própria empresa?

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Pense bem: se hoje exitem muitos jovens que estão revolucionando o mercado e desbancando as grandes empresas, também existe gente interessada em investir dinheiro nessa pessoas.

Mas não se iluda: a concorrência está cada vez mais forte e você deve se preparar corretamente antes de sair por aí pedindo contribuições para seu negócio.Para ajudar quem está pensando em bater na porta de

algum investidor, organizamos um guia com a ajuda do

empreendedor e especialista no assunto, Alessandro Saade.

Como conseguir dinheiro para abrir o seu negócio? A grande maioria das startups precisa de dinheiro para transformar aquela ideia tida como brilhante em um negócio. E acredite: existem pessoas dispostas a investir (e alto) no seu projeto! Descubra como encontrá-las.

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“Um investidor pode existir dentro da sua casa ou estar em

instituições governamentais e financeiras dispostas a colocar

milhões nas iniciativas. Isso depende do que você quer

montar e do tamanho do negócio. Saber desses pressupostos

é fundamental para procurar o investidor certo”, afirma

Saade, organizador dos “Empreendedores Compulsivos”.

Esse processo pode ser dividido em cinco etapas: Preparação,

Escolha do modelo de investimento, Apresentação, Explicação

e Negociação. Obviamente, nem sempre todas elas estão

presentes na busca por um investimento ou então se

apresentam simultaneamente na prática, mas os passos a

seguir podem ser um bom referencial:

1. Preparação: É o começo do caminho, quando você delimita

seu negócio, a área de atuação, o mercado e o tamanho do

investimento que será necessário. Um plano de negócios ou

um canvas bem definido é fundamental para reunir essas

informações (existe um modelo no site do Sebrae). Assim,

convencer o investidor será mais factível. Imagine-se do outro

lado da mesa e responda: você colocaria dinheiro em um

negócio que nem os responsáveis sabem do que se trata?

2. Escolha do modelo de investimento: Definido o plano

de negócios, tente encaixa-lo diante das oportunidades

de investimentos oferecidas no mercado. De forma geral,

podemos destacar três:

Investidor-anjo (de 10 mil a 500 mil reais): são pessoas físicas

que possuem algum capital guardado e estão dispostas a

aplica-lo em negócios que podem crescer. Pode ser desde um

amigo bem sucedido do seu pai até empresários dispostos a

te ajudar no empreendimento.

Clubes de investidores (de 500 mil a um milhão de reais): é comum

tratar-se de um grupo de pessoas que buscam negócios que

possam render bem. Algum deles traz uma ideia e ele buscam

as pessoas que vão investir no negócio. Aqui ainda existe

um lado romântico, de paixão, por ver pequenas empresas

arrebentando no mercado com o investimento alocado.

Fundos de investimentos (acima de um milhão de reais): essa é a

escolha de quem já sabe bem o que quer, já tem um modelo

comprovado e está preparado para chegar lá. Normalmente não

é a primeira opção de um empreendedor em início de jornada.

Como conseguir dinheiro para abrir o seu negócio?

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3. Apresentação: É a hora que você vai “vender o seu peixe”.

Investidores costumam dizer que o empreendedor deve ser

capaz de convencê-los em 5 minutos de conversa.

Para facilitar nisso e ganhar pontos na objetividade,

montamos um modelo de apresentação com cinco slides:

1º. o que é a empresa e para que serve; 2º. qual o modelo

de negócios (como você ganhará dinheiro com aquela

empresa); 3º. qual o tamanho do mercado e pessoas atingidas

(fundamental para mostrar as potencialidades do negócio);

4º. para alcançar esse mercado, preciso de tal infraestrutura

e o valor correspondente (apresentação dos valores de

investimento); 5º. como funcionará o negócio (entrada e saída

de dinheiro, inclusive do investidor, e projeções de metas).

4. Explicação: Se o investidor gostar do que viu na

apresentação, ele te chamará para uma conversa mais

detalhada. Portanto, prepare-se para uma bateria de

perguntas, já que surgirão todas as dúvidas possíveis sobre

aquela atividade. Procure demonstrar confiança, mas não

pareça arrogante caso esteja diante de algum fator que ainda

não havia sido pensado para esse negócio.

Como conseguir dinheiro para abrir o seu negócio?

5. Negociação: Perguntas respondidas, o investidor parece

estar convencido de que aquela é uma boa oportunidade para

ele colocar seu dinheiro. Mas fique calmo, chegou a hora mais

delicada: a negociação do modelo de contrato, os valores e

periodicidade de retirada, etc. Provavelmente ambas as partes

terão que ceder para que haja um acordo. Cabe a você avaliar

se vale a pena aceitar a contra-proposta ou procurar um novo

investidor para o negócio.

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Muitos empreendedores ficam à espera de investidores que acreditem em suas ideias para colocar em prática seus negócios. Mas nem sempre os “anjos” aparecem com a

maleta cheia de dinheiro para fazer as ideias saírem do papel. Nessa hora, há quem prefira fazer acontecer e investir recursos próprios até que a empresa possa se sustentar. Esse é o chamado “bootstrapping”, modelo de negócios que merece uma análise cuidadosa.

E se eu ainda não quiser um investidor? Formada em Farmácia, Juliana Saldanha se encontrou profissionalmente como sócia-fundadora de uma aceleradora de startups, onde trabalha com marketing

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O termo em inglês significa literalmente “alça de bota”,

um pedaço de couro que fica acima do calcanhar e que

pode ser puxado com as mãos para facilitar na hora de

calçar. No cenário das startups, traduz a necessidade de

empreendedores alavancarem seus negócios com suas

próprias forças e investimentos.

Empresas de sucesso foram alavancadas por meio de

bootstrapping, como Microsoft e Dell. O modelo de negócios

possui boas vantagens, como autonomia em relação a

terceiros e a possibilidade de se colocar a ideia em prática

imediatamente. Também pode ser usado como uma espécie

de “trampolim” para uma etapa futura, com o negócio já

validado para a entrada de investidores mais conservadores.

Para saber mais sobre esse tema, recomenda-se a leitura do

clássico “Bootstrappers Bible”, obra do autor norte-americano

Seth Godin (o livro é gratuito e está disponível na internet).

A seguir, reunimos algumas dicas para você levar em

consideração antes de quebrar seu porquinho e investir suas

economias no negócio:

1. Foco no cliente e validações: Provavelmente você não

terá muito muitos recursos para investir, então a solução

é concentrar seus esforços nas necessidades dos clientes,

especulando pouco e validando as ideias antes de ampliar a

escala dos serviços oferecidos.

2. Bootstrapping demora mais: Lançar uma startup por

meio de bootstrapping demora, em média, o dobro do tempo

na comparação quando o negócio possui investidores. Isso

significa que, em mercados muito dinâmicos, cuja realidade

se altera mais rápido do que você pode mudar seu negócio,

esse modelo pode não ser o mais indicado.

3. Pense bem no crowdfunding: Existem milhares de

campanhas de crowdfunding pelas redes sociais. Portanto,

pense duas vezes antes de apostar suas fichas nessas

plataformas e, se decidir seguir esse caminho, esforce-se para

se destacar e não ser mais um vídeo entre tantos.

4. Cuidado com os empréstimos: Seja no âmbito familiar

ou em bancos, os empréstimos devem ser usados com

parcimônia. No primeiro caso, você pode acabar “persona non

E se eu ainda não quiser um investidor?

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grata” no almoço de domingo caso não pague. No segundo, as

taxas de juros são altas e o banco é implacável na cobrança.

5. Patrimônio é diferente de dinheiro: Se você pretende

vender seu carro ou seu apartamento para investir, lembre-se

que nem sempre suas expectativas quanto aos valores dos

bens serão correspondidas. Além disso, pode demorar para

que pareça algum interessado e suas contas não vão esperar.

6. Dinheiro do negócio e dinheiro particular: Como você

vai usar os próprios recursos no negócio, se verá diante de

uma verdadeira confusão patrimonial. Lembre-se que a

pessoa física também precisa sobreviver, além da empresa.

Alguma coisa terá de sobrar para alimentação, vestuário e

outras necessidades básicas.

7. Outras formas de renda: Se o negócio ainda não decolou,

qual o problema em se garantir realizando pequenos

trabalhos que garantam sua sobrevivência? Vale um emprego

paralelo que não tome muito seu tempo, freelancers ou até

passear com os cachorros dos vizinhos pela manhã.

E se eu ainda não quiser um investidor?

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Oescritor Mark Twain dizia que nós não podemos confiar em nossos olhos quando nossa imaginação está fora de foco. Foco. Fique com essa palavra ecoando em sua

mente nos próximos minutos, pois ela será essencial para entender o que é um roadmap, como essa estratégia extraída da Gestão de Produtos pode ser essencial no desenvolvimento de seu negócio, e como revolucionar seus resultados por meio desse referencial!

Um roadmap pode te ajudar durante todaessa jornada!Quem não fica perdido no desenvolvimento de um produto ou na hora de começar um negócio? O roadmap é sua bússola para empreender! Saiba o que levar em consideração na hora de montar o seu.

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Portanto, foco nas próximas linhas para não deixar o seu

oceano de ideias geniais naufragar seus objetivos, ok?

O que é um roadmap?

Se você não souber por onde está caminhando,

dificilmente chegará a seu destino final, concorda?

Então, caro empreendedor, creio que já saiba, ainda que

inconscientemente, do que consiste o roadmap, essa técnica

largamente utilizada em quase todas as áreas ligadas à

criação, do Desenvolvimento de Softwares à Arquitetura.

Roadmap, como o nome sugere, é uma espécie de mapa, uma

poderosa ferramenta visual e descritiva que apontará como

será o produto ou projeto a cada período de sua evolução.

Essa “bússola gerencial” alinhará todos os stakeholders (como

são chamados os interessados no projeto) em torno dos

mesmos passos sequenciais rumo à construção integral do

produto. Deixará todos os envolvidos cientes do processo

de evolução e quais variáveis envolvem esse caminho. Para

ficar mais claro, imagine o caso do desenvolvimento de um

software. Quem trabalha em uma startup nessa área, sabe

que para chegar ao seu sonhado MVP (Minimum Viable Product,

ou, em português, Produto Mínimo Viável, como foi explicado

em texto anterior), é necessário ter, primeiramente, uma ideia

genial, a qual será seguida por inúmeros testes de validação.

Uma vez verificado que sua ideia (no exemplo, um aplicativo),

de fato, representa um potencial interesse a um dado

mercado consumidor, é preciso partir para sua construção,

partir para a prática. Mas é nessa etapa que mesmo muitos

empreendedores bastante promissores acabam afundando.

Você tem bem claro em sua mente o produto final? Certo...

Mas sabe por onde começar? Está com centenas de milhões

de ideias megalomaníacas, mas consegue filtrar quais

funcionalidades básicas esse software deve ter? O que

agregaria mais valor (e, portanto, deve ser feito primeiro)

dentro das suas limitações orçamentárias atuais?

Fica difícil se organizar e alcançar o objetivo final se não

temos um roteiro sequencial de como materializar nosso

projeto, ou quais nossas proridades. Esse é o papel do roadmap.

Um roadmap pode te ajudar durante toda essa jornada!

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Por que preciso de um roadmap?

Um roadmap deve orientar um empreendedor como um script

para um ator, ou como um mapa de navegação define a

linha de percurso de um navio. O objetivo do mapa é alinhar

diferentes visões para responder de forma coordenada a três

perguntas relacionadas com a evolução da organização ou

do negócio: “onde estamos?”, “ onde queremos chegar?” e

“como chegaremos lá?”.

Não ache que a função de um roadmap é apenas harmonizar

a sequência de ações, ou melhorar o fluxo de comunicação

dos passos que levam ao produto. A principal razão para criar

um mapa como esse é facilitar o processo de organização das

próprias ideias do desenvolvedor do produto, a fim de que ele

possa saber o que priorizar, de modo a agregar o máximo de

valor ao seu negócio.

Como fazer um roadmap?

Na prática, um roadmap é uma espécie de linha do tempo

visual, abaixo da qual deverão ser relacionados todos os itens

Um roadmap pode te ajudar durante toda essa jornada!

que farão parte do crescimento do produto, por data. Para

montá-lo, recomendamos:

1. Transportar sua ideia para o papel e validá-la junto aos

seus potenciais clientes

2. Uma vez validada, é hora do brainstorm: todas as possíveis

funcionalidades que podem resolver o problema de seus

clientes devem ser listadas

3. Etapa de organização e hierarquização dos elementos

listados no item anterior (aqui entra a construção do

roadmap, propriamente dito): confrontar os objetivos de sua

empresa, as expectativas de seus clientes e as suas limitações

orçamentárias. A partir dessa intersecção, poderão ser

organizadas as funcionalidades, uma a uma, em cada ponto

da sua linha do tempo.

Esse roteiro deve ser revisto e até alterado periodicamente, de

acordo com as manifestações dos consumidores, mudanças

tecnológicas, alterações de tendências ou detecção de falhas.

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Cada vez mais é reconhecido e estimulado o papel das universidades como celeiros de empreendedores e inovadores no Brasil, e não são poucos os universitários e jovens

arriscando com seus primeiros negócios. A Endeavor, organização mundial de apoio ao empreendedorismo, está de olho nesse movimento e já tem uma iniciativa voltada especialmente para os empreendimentos embrionários, que estão dando seus primeiros passos.

Como a Endeavor pode ajudar o seu negócio a dar os primeiros passos?Veja como participar do Promessas Endeavor, programa ajuda empreendedores iniciantes e apoia negócios embrionários com grande potencial de crescimento

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É o seu caso? Então leia com atenção o texto a seguir, onde a

gente explica como a organização pode te ajudar.

Criada em 1997 pelos americanos Linda Rottenberg e

Peter Kellner, a Endeavor surgiu exatamente da vontade

de estimular o empreendedorismo em países emergentes.

Dezoito anos depois, a rede de mentores e empreendores já se

espalhou por vinte países na América Latina, Ásia, Europa e

Ásia.

Chegou ao Brasil em 2000, pelas mãos do executivo Beto

Sicupira, que também é um dos fundadores da Fundação

Estudar. Em pouco tempo, o escritório instalado aqui tornou-

se um dos mais proeminentes ao redor do mundo, contando

atualmente com um portfolio de 121 empreendedores

Endeavor, a frente de 73 negócios nos mais diversos setores.

Critérios rigorosos

Durante os primeiros anos, o apoio da Endeavor aos

empreendedores brasileiros ocorreu exclusivamente por meio

do programa carro-chefe da organização, o Empreendedores

Endeavor, focado em empresas com alto potencial de

crescimento, mas que já estão bem estabelecidas e possuem

faturamento anual entre 2 milhões e 50 milhões de reais.

Romero Rodrigues, hoje um dos mentores na rede Endeavor,

não se encaixou nesses requisitos de tamanho quando

participou do processo seletivo para receber apoio da

organização. Na época, o Buscapé, empresa que fundou com

outros quatro amigos, ainda não apresentava os números

mínimos que o programa demandava. Alguns anos depois, já

era grande demais para utilizar a ajuda da Endeavor.

Esse gap chamou a atenção da organização: por que eles

deixaram uma empresa assim de fora? Como poderiam evitar

que casos assim se repetissem?

Alto potencial Foi como resposta a essa pergunta que, em 2012,

Pablo Ribeiro, gerente de produtos da organização, surgiu com

o projeto Promessas Endeavor. “Percebemos que fazia sentido

ter um programa de startups estruturado, para já começar a

trabalhar e ajudar empresas de alto potencial mesmo antes de

elas atenderem aos critérios do empreendedor Endeavor”, ele

Como a Endeavor pode ajudar o seu negócio a dar os primeiros passos?

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explica, acrescentando que o programa não é focado somente

em empresas de tecnologia, mas em negócios incipientes de

maneira geral. Hoje na terceira turma, o Promessas já teve

cases de destaque, como Geekie, Dr. Consulta e Backpacker.

As características buscadas são as mesmas do Empreendedor

Endeavor – pessoas que sonham grande, botam para fazer e

inovam – porém, nesse caso, não é necessário ter faturamento

mínimo, e sim “um histórico de sucesso que mostre que o

negócio está sendo relevante”, nas palavras do próprio Pablo.

O programa não aceita ideias no papel, apenas empresas

que já estejam rodando, mesmo que (ainda) sem gerar

lucros. “A gente vai olhar para o modelo de negócios, ver se

tem diferencial competitivo, inovação, qual o potencial de

mercado”, explica Pablo. “Nós queremos pegar o líder ou o

melhor dentro do mercado. Se você tem um competidor que

é melhor que você, provavelmente vamos querer ele com a

gente”, completa. O perfil do empreendedor também é muito

importante, já que a Endeavor tradicionalmente valoriza

pessoas com brilho no olho, e que demonstrem potencial e

vontade para inspirar outros empreendedores.

Como a Endeavor pode ajudar o seu negócio a dar os primeiros passos?

Processo Seletivo

O Promessas Endeavor tem um processo seletivo próprio.

As empresas que passam pela primeira triagem são então

avaliadas por três mentores, que vão analisar operação,

mercado e área financeira, e darão a resposta final sobre as

empresas selecionadas. O programa dura seis meses e traz

como benefício para os empreendedores a alocação de um

padrinho Endeavor, que realiza acompanhamento quinzenal,

além da participação em diversas mentorias coletivas.

Como contraparte, a Endeavor não espera participação nas

empresas. “A ideia é give back. O que nós esperamos é que

depois de participar do programa, o empreendedor vá inspirar

e apoiar outras pessoas para ajudar a formar um ciclo”,

conclui Pablo.

Você pode acompanhar os prazos de incrições para o Promessas Endeavor no site oficial.

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textoArthur Valadao

Daniel Heise

Frederico Machado

Marcelo Salim

Rafael Carvalho

Vinícius Neris

ediçãoRafael Carvalho

designDanilo de Paulo

fotosNa Prática

StartuoStockPhoto

Divulgação

agradecimento especial Endeavor