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Especial IIpanema Ambiente

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Suplemento especial da edição 650 do Jornal Ipanema

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Assembleia virtualé opção para ampliar aparticipação dos condôminos

Imagine poder participar de todos os debates evotações de seu condomínio sem precisarcomparecer às intermináveis assembleiaspresenciais. A tecnologia já contempla essa pos-

sibilidade. É a chamada Assembleia Virtual, um re-curso para que os moradores participem com maior efe-tividade das discussões e decisões de seus condomínios.

Criada pela Superlógica, empresa de Campinasespecializada em soluções para condomínios, a pla-taforma foi registrada como Assembleia Virtual Lici-taMais. Basta ter acesso à internet para poder partici-par de discussões, opinar, sugerir temas e até votar -com o mesmo valor legal de uma votação presenci-al - sem precisar gastar tempo e energia em longase cansativas reuniões.

Por causa dessas facilidades, os condôminos ten-dem a participar mais das decisões. “Trata-se de umatendência que tem tudo para se espalhar para 100%dos condomínios do Brasil, pois tem um custo extre-mamente baixo para o condomínio e gera inúmerosbenefícios práticos para todos”, prevê o diretor daSuperlógica, Carlos Cêra.

Em média, condomínios que utilizam a assem-bleia virtual registram um aumento de 10% para 70%de participação dos moradores.

Como funcionaO sistema funciona da seguinte maneira: os con-

dôminos são convidados, via e-mail, a fazerem umcadastramento e, uma vez inscritos, passam a parti-cipar da elaboração da pauta e das votações. Qual-quer condômino tem direito de sugerir melhoriaspara o condomínio e cada sugestão é analisada ediscutida por todos.

Quando chega a hora de votar um determinadoassunto, o próprio sistema emite as procurações coma intenção de voto, o que permite que mesmo oscondôminos que não estejam presentes fisicamen-te durante a votação tenham seus votos garantidos.

A ferramenta também permite a realização deassembleias híbridas (aquelas onde o condôminoescolhe participar virtualmente ou presencialmen-te), assim como assembleias 100% virtuais com autilização de certificados digitais para dar validade

jurídica aos votos.“Com a criação desta plataforma buscamos me-

lhorar a interação entre os moradores e a administra-ção dos condomínios, além de permitir otimizaçãodo tempo e maior participação de todos, já que nãoserá mais necessário participar das assembleias pre-senciais. Com o tempo, acreditamos que as assem-bleias passarão por um processo evolutivo e chegarãoa ser realizadas apenas virtualmente”, acrescenta Cêra.

Valor jurídicoIndagado se o sistema é aceito juridicamente,

Cêra explica que a assembleia virtual não substitui apresencial, que continua existindo e atendendo atodos os requisitos legais. “O que muda é que oscondôminos não precisam comparecer presencial-mente, pois as discussões ocorrem anteriormente àassembleia presencial e votam por uma procuraçãoespecial onde consta sua intenção de voto”.

Segundo a empresa, a Assembleia Virtual temcrescido bastante e já atingiu a marca de 15 mil apar-tamentos, espalhados por mais de 350 condomíniosem todo o Brasil. Cêra explica que a Assembleia Vir-tual é gratuita para condomínios que fazem uma as-sembleia por ano. Para os demais os valores come-çam em R$ 29,90/mês.

Carlos Cêra,diretor daSuperlógica

FOTO: Divulgação

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Reportagens:Cida HaddadFelipe ShikamaMarisa Batalim

Fotos: Juliana MoraesCapa: Luciana BaiãoDiagramação: Jefferson Cascali de Lima

Passo a passo- O síndico coleta o endereço de e-mail dos condôminos.- Os condôminos são convidados por e-mail a participar epreenchem uma ficha de cadastro escolhendo login esenha para acessos futuros ao sistema.- A partir daí, os moradores podem debater e votar nosassuntos propostos, além de sugerir novos temas paradiscussão.- O síndico ou administrador acompanha e gerencia asdiscussões e votações, de modo a torná-las mais dinâmi-cas e efetivas.- Ao final do processo, o próprio sistema emite as procu-rações com a intenção de voto, proporcionando que quemnão puder estar presente nas assembleias presenciais eobrigatórias tenha seu voto validado.

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Empresas se especializam emadministração condominial

Em busca de diferenciais como melhor localização, áreas de lazer e, principalmente, segurança, é grande o número de famílias que têm escolhido se mudar de casas em bairros para morar em apartamentos

ou vilas residenciais.Por causa disso, os condomínios vêm aprimorando cada

vez mais os seus serviços para atender satisfatoriamente osmoradores. Uma opção eficiente, para a gestão contábil,serviços de manutenção e até mesmo assessoria jurídicapode estar na contratação de empresas de administraçãoespecializadas em condomínio. “É como se os condomíniosfossem verdadeiras empresas. A única diferença é que, aoinvés de um único empresário, nós reportamos e temos deatender, em alguns casos, centenas de famílias”, comenta ocontador José Luiz Ferreira de Oliveira que, em 2004, decidiudirecionar sua antiga empresa de contabilidade empresarialpara a promissora área de administração condominial.

Ele ressalta que a administração de uma empresa

especializada não exclui a figura do síndico, mas conta que oprofissionalismo da gestão garante resultados mais eficientesaos condôminos. “Além disso, dá mais transparência e controledas contas a receber que, muitas vezes, é o grande vilão doscondomínios”, argumenta.

Algumas empresas, aliás, disponibilizam na internet,mediante senha dos moradores, todo o balancete mensal degastos e receita do condomínio. Já os serviços prestados poressas empresas vão desde a parte contábil, como cálculo derateio de despesas, até a contratação e pagamento de serviçosterceirizados como os de limpeza, segurança e manutenção.“A ideia é tirar essa responsabilidade do síndico que, muitasvezes, tem outra profissão e acaba não tendo tempo de cuidar”,detalha Oliveira.

Segundo ele, além de facilitar a vida do síndico, as empresasconseguem melhores preços com fornecedores e prestadoresde serviço. “Pelo fato de a gente atender inúmeros condomínios,temos um poder de negociação melhor”, acrescenta.

“Além disso,dá maistransparência econtrole dascontas a receberque, muitasvezes, é ogrande vilão doscondomínios”,argumenta.

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Pesquisar preços, comparar projetose não ter pressa são as dicas paracomprar um imóvelcom segurança

O Sindicato da Habitação alerta para os problemas mais comuns duran te a escolha pelo empreendimento. Pesquisas reve-lam que brasileiro

compra, em média, dois imóveis durante a vida.Comprar um imóvel, seja na planta, pron-

to ou usado, requer do interessado muita pes-quisa, visitas a inúmeros estandes de vendas,comparação de preços e projetos, e diálogocom parentes e amigos. Não faz bom negócioquem adquire um imóvel por impulso, reco-mendam os representantes do Secovi (Sindi-cato da Habitação).

Em São Paulo, o presidente da entidade,João Crestana, avalia que “antes de tudo é pre-ciso fazer as contas e ver se as prestações dofinanciamento cabem no bolso”. Da mesmaforma, em Sorocaba, o diretor regional do Se-covi, Flávio Amary, esclarece que não basta ocomprador ter condições de pagar. É precisoavaliar se o bem adquirido vai atender às ne-cessidades de moradia.

Visitar o entorno do imóvel de interesse éum dos primeiros passos para conhecer se háescolas, hospitais, transporte público e outrasbenfeitorias na região. A questão é nãoter pressa.

Na média, o brasileiro compra dois imó-veis durante a vida, avalia o sindicato. Motivomais do que suficiente para o consumidor sercauteloso.

Pensando no consumidor e em orientá-lonesse momento decisivo, o Secovi-SP elabo-rou dez dicas fundamentais para uma comprasegura e responsável. As informações sãosimples e de fácil entendimento. Confira:

1) Decida-se pela região onde quer morare, principalmente, quanto pretende e podegastar com a compra do imóvel. Lembre-se: aaquisição da moradia é um dos passos maisimportantes na sua vida e precisa ser dadocom segurança, com muito debate junto aocônjuge e filhos. Leve em conta as necessida-des futuras da família.

2) Escolha o tipo de imóvel que pretende

adquirir: usado, novo ou na planta. Pense nametragem do imóvel, se quer casa ou aparta-mento (andar baixo ou alto, de frente, de fun-do ou tanto faz), número de vagas de gara-gem, com ou sem varanda, ampla ou nenhu-ma área de lazer (piscina, salão de festas, jo-gos). Se escolher condomínio, pense até quan-to pretende ou pode pagar de taxa de rateiode despesas.

3) Faça suas contas. A hora é boa também

para pensar na melhor forma de financiamen-to. Com banco ou parcelado com a construto-ra? Pretende usar recursos do FGTS? Se o imó-vel for novo ou usado, há sempre a opção deobter financiamento bancário (os sites de vá-rios bancos oferecem simuladores das parce-las do financiamento). Caso disponha de umaboa reserva financeira – ou algum bem quepossa ser vendido, como carro – é possívelutilizá-la na entrada da compra do imóvel.

4) Decidido, visite o local escolhido e veri-fique quais empreendimentos existem no lo-cal. Aproveite e analise a infraestrutura dispo-nível na região, bem como os serviços ofereci-dos, como escolas, padarias, supermercados,farmácias, hospitais, linhas de ônibus e metrôpróximos, parques e outras áreas de lazer. Visi-te o empreendimento durante o dia e, princi-palmente, à noite. Não tenha pressa. Vá a es-tandes de vendas, visite decorados, conversecom corretores e pense muito, pois a decisãotem de ser responsável e exclusivamente dasua família. Depois de percorrer a região esco-lhida não tenha medo de expandir horizontese procurar imóveis em bairros próximos. A in-ternet também é uma ótima opção para quembusca imóveis. Visite sites especializados navenda de imóveis, de imobiliárias, construto-ras e incorporadoras.

5) Ao optar pela compra de um usado, seja

firme com o corretor quanto às suas definiçõesdo tipo de imóvel. Dê preferência ao profissio-nal que conhece o imóvel. Peça informações aele antes de marcar a visita. Se estiver fora dassuas especificações, não vá. Evite também ficarnas mãos de muitos profissionais. Prefira o sis-tema de exclusividade (em que o imóvel estádisponível em apenas uma imobiliária).

6) Se o imóvel for novo ou na planta, usu-

almente o valor da comissão é cobrado sepa-radamente do preço. Se o imóvel for usado, acomissão é paga pelo vendedor, mas saiba quecaberá a você o pagamento da comissão pro-porcional ao valor do seu imóvel dado comoparte do pagamento. Nesse momento é impor-tante não se envolver emocionalmente com odono do imóvel que vai comprar. Deixe que o

corretor negocie. 7) Na hora de apresentar uma pro-

posta, ponha-se no lugar do vendedor.Evite propostas absurdas, como descon-

tos elevados, por exemplo. Se ele aceitar,deve haver algo errado. Certifique-se do que

está e do que não está incluído no valor econverse abertamente, evitando constran-gimentos futuros. Questione aquilo que nãoentender e exija respostas claras e precisas.

Muita atenção com os documentos do imó-vel e do proprietário, que devem preferenci-almente ser analisados por um advogadode sua confiança.

8) Ao escolher comprar um imóvel na plan-

ta, pesquise a história e a atuação da empresaconstrutora/incorporadora e, se possível, visi-te uma obra já entregue por ela. Peça umacópia do registro da incorporação ao corretore antes de assinar o contrato de Compra eVenda. Consulte o que diz a Lei 4.591/64 (Con-domínios e Incorporações) e submeta-a a umadvogado conhecido. Apesar de conterembasicamente as mesmas cláusulas, não é de-mais a análise de um especialista em mercadoimobiliário. Acompanhe o estágio das obraspor meio de visitas ao empreendimento oupela internet. Muitas empresas oferecem oserviço em seus sites.

9) Programe-se. Os valores das prestações

pagas durante o período da construção doempreendimento podem ser diferentes dasparcelas de financiamento do saldo devedor.Atenção: até a entrega das chaves, o saldodevedor é corrigido mensalmente pelo INCCou CUB. Após a entrega das chaves, você teráa opção de quitar a dívida, usar os recursos doFGTS para amortizar parte do valor – caso sejaa aquisição do primeiro imóvel – e financiar orestante com o banco. Há taxas atrativas e pra-zos longos disponíveis no mercado. O funda-mental, no entanto, é que a parcela – fixa oureajustável - caiba no seu bolso.

10) Após a liberação do financiamento, a

assinatura da escritura do imóvel e a entregadas chaves, o comprador tem de pagar o ITBI àPrefeitura e as taxas de registro cartorárias.Juntas, elas correspondem a aproximadamen-te 4% do valor de compra do imóvel. Progra-me-se e faça uma reserva financeira. Nuncadeixe de registrar sua escritura no Registro deImóveis, mesmo que não tenha contratadofinanciamento. Mais: quando receber o imó-vel, leia as instruções de uso e o Manual doProprietário para certificar-se das garantias dasua unidade. Os prazos legais são diferentespara os vários componentes.

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Lançamentos de imóveis verticais ou hori-zontais de dois dormitórios estão entre ospreferidos pelos compradores em Soroca- ba, segundo levantamento realizado pelo

Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e pela RobertMichel Zarif - Assessoria Econômica Ltda. O estudofoi desenvolvido ao longo dos últimos quatroanos, de 2007 a 2010 e também apresenta resulta-dos comparativos entre 2010 e 2011.

Entre setembro de 2010 e setembro de 2011,por exemplo, foram lançados 2.787 imóveis resi-denciais em Sorocaba, sendo 2.099 unidades verti-cais e 688 unidades horizontais, de acordo comestudo realizado.

Considerando-se todo o período de estudo,de setembro de 2007 a setembro de 2011, o totalde unidades lançadas é de 11.795 imóveis, dosquais o segmento de dois dormitórios teve desta-que, com 71,62% da oferta (8.448 unidades). Na

Pesquisa revela preferência porimóveis de dois dormitórios em Sorocaba

sequência, estão os imóveis de três dormitórios,com 23,83% (2.811 unidades); e os de quatro dor-mitórios, com 4,54% (536 unidades).

Imóveis verticais A maior parte dos lançamentos nos quatro

anos é de imóveis verticais, com 10.058 unidades.Os apartamentos de 2 dormitórios tiveram a me-lhor performance de vendas, com um giro médiode 16% ao mês (1206 unidades / mês). Este dado érefletido também no tamanho dos imóveis maisprocurados: entre 46 e 65 m², com 4.606unidades vendidas.

Em relação ao preço de venda, a pesquisaaponta que os apartamentos com valor entre R$100 mil e R$ 300 mil apresentaram melhor desem-penho, com 6.188 unidades lançadas e 4.311 co-mercializações.

Segundo a pesquisa, o mercado apresentou

boa liquidez para os segmentos dois e três dormitó-rios, onde o percentual de unidades prontas e nãovendidas em relação às unidades em oferta varia de5% a 9%, o que é considerado reserva técnica.

O valor médio do metro quadrado na região,no período avaliado, ficou em R$ 2.289,00 paraunidades de dois dormitórios, R$ 2.928,00 paraunidades de três dormitórios e R$ 3.997,00 paraunidades de quatro dormitórios.

Imóveis horizontaisTambém nos quatro anos de estudo, o núme-

ro de lançamentos horizontais é de 1.737 unida-des, das quais 61,7% (1.072 unidades) são de doisdormitórios, 37,2% (647 unidades) são de três dor-mitórios e 1,0% (18 unidades) é de 4 dormitórios.(37,2% - 647 unidades) e quatro dormitórios (1,0%- 18 unidades). Não houve oferta de unidades deum dormitório.

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Habilidade e prática deram a Rosi uma nova profissão:

gerente de condomínioQuando a bióloga Rosimeire Gamba Xavier, 50 anos, resolveu aceitar

o convite para representar os moradores do condomínio onde morava, na condição de administradora, ela tinha consciência da dimensão do desafio imposto pela função pois somava em seu

currículo atuações nas áreas administrativas e de construção civil. Mas o queela não contava é que aquela opção, feita em 2004, mudaria os rumos de suacarreira. Rosi, como é mais conhecida entre amigos e familiares em Sorocaba,hoje é gerente administrativa da Associação Alphaville Nova Esplanada. Elacuida do clube - um empreendimento que conta com dois clubes instaladose previsão de implantação de cinco unidades.

Há sete anos no ramo, Rosi acompanhou de perto a expansão imobiliáriada cidade - marcada essencialmente pelo surgimento de condomínioshorizontais - e vivenciou, na prática, os caminhos que levaram síndicos eadministradores à profissionalização. “Hoje o condomínio virou uma empresa,que arrecada, presta contas e direciona os seus investimentos”, conta.

O segmento, acrescenta, fez surgir novas oportunidades no mercado ealavancou o crescimento de empresas prestadoras de serviços,especialmente nos setores de portaria, vigilância e manutenção de áreasverdes, sem contar com as assessorias contábeis e jurídicas, indispensáveis

aos modelos atuais de administração de unidades residenciais em condomíniosou de associações de proprietários de imóveis. Muita gente cresceu e enriqueceuao atender essa demanda, avalia.

Rosi comenta que geralmente a figura do síndico hoje em dia está associada aorepresentante dos moradores dos condomínios verticais. “Nos condomínioshorizontais, geralmente é constituída uma diretoria, composta por presidente,vice, tesoureiro etc e um administrador é contratado pela diretoria”, explica.

“O Tivoli, por exemplo, foi pioneiro nesse sentido. É um empreendimentoque saiu do papel por volta de 2001 e é relativamente novo se considerarmosque sua capacidade de ocupação é de mais de 80%. Quando me mudei para lá,não tinha praticamente nada nos Altos do Campolim e eu acredito que essepioneirismo também foi um dos responsáveis pelo crescimento rápido daquelaregião da cidade. Atrás dele chegaram o Sunset, o Belvedere e depois oAlphaville”.

Carteira assinadaRosi conta que o administrador, ou gerente de condomínio, hoje recebe

salário e não mais a isenção da taxa condominial, como era costume. “Somosprofissionais contratados, a maioria com carteira assinada”, diz. A faixa salarial,

segundo ela, gira em torno de R$ 3.500,00 a R$ 5.500,00, dependendo do porte edo padrão do condomínio na cidade. Apesar de ter horários fixados dentro dosparâmetros de atendimento comercial, o gerente de condomínio “fica 24 horasno ar”, comenta Rosi que pode ser acionada, via rádio ou celular, a qualquermomento em caso de incidentes e imprevistos, “seja no Natal, no Réveillon oumesmo em dias de chuvas fortes”.

Contratação impessoalA tendência, segundo a gerente, é que os condomínios ou associações

contratem profissionais que não sejam moradores. Por experiência própria, Rosiconsidera essa questão fundamental ao bom andamento das atividades.

Hoje ela mora fora de condomínio, por opção, mas conta que só voltaria a morarnovamente se conseguisse não participar de nada, nem como membro da diretoria.

“Há muita confusão entre a pessoa do morador e a figura do administradorcontratado, por isso, ele não deve morar onde trabalha, tem que ser impessoal.Para seguir as regras, você muitas vezes tem que dizer não, por exemplo, à suavizinha que vai se achar ofendida pela melhor amiga. Ou em outra situação, vocênão terá sossego nem mesmo para fazer uma simples caminhada pelo condomínio,é muito normal ser parada por um morador que quer desabafar”, conta.

Vida em condomínioé exercício diário de cidadania

Mais do que adotar o tom conciliador e empregarbom senso nas relações interpessoais, um dos mai-ores desafios para o gerenciamento de um condomí-nio, na avaliação de Rosimeire Xavier, é fazer comque a pessoa que venha a morar dentro do condomí-nio saiba que todo dia é um exercício de cidadania.

Conscientizar o morador não é tarefa fácil. “Hojeas pessoas buscam o conceito de morar com umacerta segurança, mas elas precisam saber que, nes-se novo estilo de vida, elas têm que dar o primeiropasso para a boa convivência”, diz.

Rosi enfatiza que não adianta ir para dentro deum condomínio mas deixar o filho pegar o carro, ou-vir som alto, construir de forma a atrapalhar o vizinhoou não se importar se o cachorro fazer cocô na rua. “Apartir do momento em que o morador passa a res-peitar tudo isso é que o condomínio, então, vaise consolidar”.

A gerente, no entanto, destaca que dar atenção,dar retorno a uma solicitação é a chave para o bomrelacionamento administrador-condômino. “As pes-soas querem atenção, querem ser ouvidas, o serhumano quer e precisa de respeito”, diz.

Redes sociaisauxiliam na trocade experiências

Para trocar experiências e buscaraproximação, gerentes e administradores decondomínios em Sorocaba queremaproveitar as facilidades de comunicaçãoque as redes sociais oferecem. A intenção écomeçar com uma página no Facebook.

Para isso, administradores de diversosempreendimentos estiveram reunidos noúltimo dia 26 de janeiro, na sede docondomínio Ibiti do Paço. “Aprendemosmuito no dia a dia e essa será uma dasformas de compartilharmos nossoaprendizado”, diz Rosi Xavier. “Não temoscurso para formar administrador decondomínio. Além do conhecimento teóricoque ele precisa ter para atuar na profissão, émuito importante trocar ideias, na prática.Pelo menos agora estamos encontrandouma forma de nos falarmos com maisfrequência, ainda que virtualmente”.

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Projetos de arquitetura

Diante do crescimento de ofertas de condomínios na cidade, os projetos que envolvem arquitetura podem ser considerados diferenciais, quechamam a atenção de quem busca conforto e

segurança para morar.O arquiteto Fábio Munhoz comenta que condomínios

horizontais, por exemplo, seguem uma tendência vistanos Estados Unidos, onde é possível ver moradoresda classe média baixa até os da classe A vivendo emcondomínios . E e le acredita que na região deSorocaba isso fará cada dia mais parte da realidadedos sorocabanos.

Quanto aos projetos de arquitetura, Munhoz afirmaque muitos dos seus clientes já vêm com ideias do quegostariam para suas casas ou apartamentos em termosde espaço, principalmente aqueles que serão utilizadosde maneira integrada, como a cozinha e a chamadavaranda gourmet. Esse último espaço, diz Munhoz, era oespaço antes do fundo da casa, onde ficava achurrasqueira. “Como em muitos condomínios é solicitadoque esse tipo de espaço esteja no chamado corpo dacasa as pessoas buscam a integração, o que é umafacilidade porque a pessoa não vai sair na chuva, nãoprecisará carregar prato e talher de um lugar para o outrojá que tudo está próximo”, afirma. O arquitetocomplementa dizendo que mesmo em espaços menores,como em prédios, existem os projetos para a varanda

buscam conforto e segurançagourmet, que ganha ares diferentes com a utilização devidros, ou seja, a criatividade está presente.

Mais diferenciaisOutro diferencial encontrado em condomínios é

quanto à área de lazer. De acordo com Munhoz, hoje emáreas de lazer há pet shop, espaço mulher, como se fosseum salão de beleza, spa, existe piscina, salão de festa atécom espaço kids, as quadras de esportes, entre outrositens.

Para muitos moradores, comenta Munhoz, a existênciade tantas opções em um único local é uma facilidade,mas a socialização não pode ser deixada de lado.

Ainda quanto a diferenciais, Munhoz cita que elescomeçam também pela entrada dos condomínios,muitas até com traçados sofisticados.

A cr iat iv idade unida à necess idade dosmoradores, segundo Munhoz, é vista também emespaços como o home officer. “Hoje em dia é muitocomum as pessoas terem seu espaço para o trabalhoe, na minha opinião, o home officer tem que serpróximo à entrada da casa , até para que sejapreservada a privacidade dos demais moradores, e queno futuro, em caso de uma emergência, por exemplo, ocômodo seja reversível para um quarto”, explica Munhoz.Ele lembra que os espaços determinam o que osmoradores terão, inclusive a mobília.

“As pessoas buscama integração, o que éuma facilidadeporque a pessoanão vai sair nachuva, não precisarácarregar prato etalher de um lugarpara o outro já quetudo está próximo”

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Prestadores de serviço:

Mais do que um detalhe estético, hoje em dia o paisagismo já é sinônimo de qualidade de vida. Afinal, através de um estudo

paisagístico, é possível construir ambientesmais agradáveis, com a criação, também, deespaços de convivência - tanto para os adultos,os jovens, as crianças, quanto para os idosos-, aproveitando de maneira eficiente, as áreasde uso comum nos condomínios.

Por se tratar de áreas geralmentesuperiores às casas, o paisagismo exigeatenção especial dos profissionais. EmSorocaba, devido à grande quantidade dehoras dedicadas à manutenção dos jardins,alguns profissionais optam por trocar a tarefade prestador de serviço para ser funcionárioefetivo do condomínio.

Outros serviçosJá aqueles que se mantém na condição

de prestadores de serviço podem terdificuldade de atender satisfatoriamente seusclientes, com o aumento da demanda. O jeito

um suporte indispensávelé contratar e aumentar suas equipes. Algunspaisagistas de Sorocaba apostaram no nichodos condomínios, mas o jeito, para atender atodos, é se tornar uma empresa, capacitarjovens profissionais e, claro, contratar.Algumas delas, já chegam a empregar mais de15 pessoas. A aposta no mercado de serviçosprestados em condomínios não se restringeao jardim. O mesmo acontece com uma gamade atividades que vão desde piscineiros,professores de ginástica e lavadores de carro.

DesafioO grande desafio, para quem investe nos

moradores de condomínios, é a dificuldadede enfrentar o crivo de vários moradores, comopiniões, gostos e reclamações. Neste caso,pelo bem da boa harmonia da coletividade, adica é delegar as ordens à uma comissão,eleita pelo condomínio. No caso dopaisagismo, por exemplo, caberá a eladiscutir possíveis intervenções e reformas que,se aprovadas, certamente vão contemplar ebeneficiar a maioria dos moradores.

Em Sorocaba,devido à grandequantidade dehoras dedicadas àmanutenção dosjardins, algunsprofissionais optampor trocar a tarefade prestador deserviço para serfuncionário efetivodo condomínio.

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O desenvolvimento da ci dade de Sorocaba pode ser visto também quando o assunto são os con-

domínios. Flavio Amary, vice-pre-sidente do Interior do Secovi-SP(Sindicato das Empresas de Com-pra, Venda, Locação e Administra-ção de Imóveis Residenciais e Co-merciais de São Paulo), o Sindicatoda Habitação do Estado de São Pau-lo, diz que há, em Sorocaba, apro-ximadamente 1.100 condomíniosverticais e de 300 a 400 horizon-tais. Amary comenta que o condo-mínio é também uma forma queas pessoas encontraram de viverem comunidades. “É muito co-mum no mundo inteiro; há os cha-mados condomínios de uso mistoe esse conceito está começandoa vir para o Brasil”, comenta.

Ele explica que o condomíniomisto é um lugar onde há salas co-merciais, lojas e prédios residen-ciais de um, dois ou três dormitó-rios. Para ele, esse tipo de empre-endimento representa uma de-manda de mercado. Quanto a con-domínios, Amary afirma que exis-te um mito que deve ser quebra-do: o de que condomínio “é coisade rico”. “Não é verdade. É umaforma de se morar que o mercadodemanda em camadas sociais di-ferentes”, diz. O Secovi, afirmaAmary, desenvolve trabalhos vol-tados para a área de condomínios.Entre eles, ele cita a existência doconselho de síndicos. Amary ex-plica que são feitas reuniões peri-ódicas para grupos e esse conse-lho é formado por síndicos de todasas regiões da cidade. São discutidosproblemas dentro dos condomíni-os, que são encaminhados para osórgãos responsáveis. Amary comen-ta sobre a parceria com a PolíciaMilitar. desde 2011 são feitas pales-tras sobre segurança em condomí-nios e até a droga está em pauta.

Cidade tem aproximadamente

1.500 condomínios

“Há oschamadoscondomíniosde uso misto eesse conceitoestá começan-do no Brasil”.

Quanto a condomínios,, Flávio Amary afirma queexiste um mito que deve ser quebrado: o de quecondomínio “é coisa de rico”. “Não é verdade”.

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Recentemente o Secovi-SP, por intermé dio da vice-presidência de Administra ção Imobiliária e Condomínios, lançou mais um manual de orientação a síndi-

cos, subsíndicos, funcionários e moradores decondomínios. Trata-se do “Manual de Seguran-ça Condominial”, com recomendações das polí-cias Civil e Militar do estado de São Paulo, alémde detalhes de situações do dia a dia e medidasque podem ser adotadas para aumentar a se-gurança no condomínio. São discutidos nomanual: crimes contra os condomínios, Siste-ma Integrado de Segurança, controle de aces-sos, medidas preventivas básicas, situações decontingência e relacionamento. O manual tementre os temas abordados crimes contra os con-domínios, como furtos e roubos e entre as for-mas de atuação dos criminosos está o “arras-tão”. Entre as situações suspeitas, que deman-dam observação minuciosa por todos os inte-grantes do grupo estão: indivíduos que façamperguntas acerca do sistema de segurança docondomínio, entregadores que desconheçamo nome e o número da unidade do morador eque alegam ser solicitante de produto e pesso-as a bordo de carros, motocicletas ou bicicletasque passem lentamente, diversas vezes, em fren-

Manual tem dicas desegurança para moradoreste ao condomínio – elas podem estar obser-vando a rotina da portaria e da garagem.

Segurança dos moradoresNo item segurança dos moradores, um dos

tópicos abordados é para quem vai viajar. Comouma das principais dicas está: em caso de via-gem mais prolongada, providencie para queuma pessoa de sua inteira confiança tome con-ta da residência.

São citadas, entre outras dicas:· Instale olho mágico nas portas que dão

acesso às partes externas de sua residência. E,se possível, instale trincos e trancas comple-mentares, dando preferência a fechaduras quá-druplas. Complemente as fechaduras das jane-las com trancas especiais. À noite, revise o fecha-mento de portas e janelas.

· Jamais contrate empregadas domésti-cas, babás e motoristas sem exigir a documenta-ção e as respectivas referências dos candidatos.

· Se o portão da garagem funciona pormeio de acionamento automático aguarde atéa porta estar totalmente fechada antes de sedirigir para sua vaga.

· Evite deixar recados na portaria ou bi-lhetes afixados na porta da residência quandofor passar um fim de semana fora.

Segurança para funcionários· Inteirar-se das diferentes artimanhas uti-

lizadas pelos meliantes.· Sempre consultar o morador para a au-

torização de entrada de visitantes e presta-dores de serviços nos condomínios.

· Nos horários de limpeza e recolhi-mento de lixo, manter as entradas do con-domínio fechadas.

· Não deixar crianças desacompanha-das ou em companhia de pessoas estra-nhas saírem do condomínio.

Controle de acessosQuanto ao controle de acessos, os de

veículos são citados no manual.· Jamais abra os portões sem antes

ter a certeza de que o veículo pertenceao morador e que este se encontra emseu interior (veja antes quem é, paradepois abrir os portões).

· Antes de abrir o portão da gara-gem, verifique se não há risco de intru-são de alguma pessoa estranha juntocom o veículo.

· Preste atenção quando o motoris-

ta estiver acompanhado de pessoas estra-nhas ou em atitudes suspeitas. Observepossíveis sinais de alerta por parte do mo-torista, pois o condômino poderá estar sobameaça de assaltante.

Mais informações sobre o manual pelosite: www.secovi.com.br/biblioteca.

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Escola de bom senso e cidadaniaMorar em condomínios tem suas vantagens.

Entre elas, a segurança, espaços para lazere custo mais acessível. Entretanto, dividiráreas comuns com outras famílias, de

culturas e comportamentos diferentes nem sempreé tarefa fácil. E é por motivos aparentemente simples,triviais, que ocorrem determinados conflitos entreos moradores. Mas se questões básicas não sãoimperadas pelo bom senso, cabe aos regimentos dosconjuntos habitacionais estabelecerem a proibiçãode práticas como lançar papéis, pontas de cigarro,fragmentos de lixo, líquidos e quaisquer outrosobjetos pelas janelas, por exemplo.

Essa regra de ouro consta da convenção de muitoscondomínios e, quando desrespeitada, pode gerarmulta e outras penalidades ao condômino infrator eao próprio condomínio.

Nos condomínios, não é apenas uma prática de“marinheiros de primeira viagem”. Muitos veteranosda vida condominial também se recusam a aprenderessa regra vital de cidadania. Como se não bastasse,o condomínio pode ser processado se algo que foijogado pela janela ou pela sacada atingir, porexemplo, um carro ou um outro morador, podendocausar prejuízo e ferimentos a terceiros. “É umcomportamento de alto risco. Responsável civil ecriminalmente por tudo o que acontece nocondomínio, o síndico precisa reforçar esse tipo deadvertência, não apenas na convenção ou durante asassembleias, mas onde for possível e visível nas áreascomuns do empreendimento”, explica HebertGebara, vice-presidente de Administração Imobiliáriae Condomínios do Secovi-SP (Sindicato da Habitação).

Segundo ele, na convivência em comum, oaprendizado não termina nunca. “Condomínio éescola de cidadania e, por definição, deve formarbons cidadãos, dentro e fora dele”, emenda.

“É um comportamento de alto risco. Responsável civil e criminalmente portudo o que acontece no condomínio, o síndico precisa reforçar esse tipo deadvertência, não apenas na convenção ou durante as assembleias, masonde for possível e visível nas áreas comuns do empreendimento”, explicaHebert Gebara, vice-presidente de Administração Imobiliária

Se questões básicas não sãoimperadas pelo bom senso,cabe aos regimentos dosconjuntos habitacionaisestabelecerem a proibiçãode práticas como lançarpapéis, pontas de cigarro,fragmentos de lixo, líquidose quaisquer outros objetospelas janelas, por exemplo

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Sindicato orienta

sobre taxasde responsabilidade dos proprietários

Secovi-SP esclarece as associaçõessobre os requisitos legais necessáriospara regular sua existência, bem comoos direitos e deveres das partes

Quem compra um imóvel em lotea-mento fechado, cujos serviços essen-ciais são mantidos por associaçãomediante a cobrança de taxa dos pro-

prietários, ainda que não tenha aderido formal-mente às normas estatutárias, está obrigado aopagamento das contribuições?

A questão é polêmica, pois são crescentesas decisões judiciais acerca da legalidade dessacobrança. “Por isso, é preciso ter a devida cautelaquanto à superficialidade com que, muitas ve-zes, as interpretações sobre determinadas deci-sões judiciais são levadas a público”, afirma Mariân-gela Iamondi Machado, responsável pela diretoria deAssociações em Loteamentos Fechados da vice-presidência de Administração Imobiliária e Con-domínios do Secovi-SP.

A controvérsia aumenta à medida que a dis-cussão sobre a possibilidade da cobrança decontribuições associativas fica restrita somen-te à questão do direito de alguém poder ounão se associar a uma entidade civil ou, ainda,ao fato de essa associação ser ou não legal-mente constituída.

Mariângela explica que “as cotas de contri-buição associativas, devidas às associações deproprietários em loteamentos, não se equipa-ram às cotas condominiais, cujos requisitos sãodiversos”. Por isso, não devem ser confundidasnem por quem cobra, nem por quem é cobra-do - e menos ainda por quem julga esse tipode demanda. A orientação da diretora do Se-covi-SP é para que algumas questões sejamavaliadas, como a constituição legal da associ-

ação, a destinação dos recursos obtidos por meiodessas cotas, que deve ser para os fins estabeleci-dos nos estatutos sociais, e a prestação regular dascontas pelo corpo diretivo junto a seus associados.

Outro ponto para o qual Mariângela chamaa atenção: a administração da associação. “Éimprescindível que ela seja exercida correta-mente e por profissionais habilitados, que ado-tem os controles apropriados de prestação decontas, a fim de atender a comunidade e a le-gislação pertinente”, destaca.

Ela salienta, finalmente, que o Sindicato ori-enta as associações sobre os requisitos legaisnecessários para regular a existência das asso-

ciações, bem como os direitos e deveres. “É preciso distinguir as associações regular

e legalmente criadas, que devem ser estimu-ladas e defendidas, daquelas claramente for-madas na ilegalidade, sem o cumprimento dasdisposições do Código Civil, que se prestamapenas a oferecer serviços que não interessamàs comunidades supostamente representadas,ou que têm como intenção primeira a forma-ção de fundos e o estabelecimento de açõesde mera natureza arrecadadora, sob o pretex-to de oferecer benefícios ilegais e irregulares,que não foram deliberados por suas comuni-dades”, alerta a diretora do Secovi-SP.

“As cotas de contri-buição associativas,devidas às associa-ções de proprietári-os em loteamentos,não se equiparamàs cotas condomini-ais, cujos requisitossão diversos”.

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Sancionada em 15 de dezembro de 2010, alei 9.423, de autoria do vereador JoséFrancisco Martinez (PSDB), obrigacondomínios residenciais e comerciais de

Sorocaba a procederam a seleção do lixo e detritos.De acordo com a lei, o descumprimento da medidaacarretará em multa ao “infrator” de R$ 500,00 e ovalor dobra em caso de reincidência.

No entanto, reconhecendo a falta de estruturadas quatro cooperativas de reciclagem quemantêm convênio com o município, a prefeituradecidiu, por enquanto, em não multar osempreendimentos que descumprirem a legislação.

“A Secretaria de Parcerias informa que aindanão há uma data efetiva para a aplicação da multaaos condomínios que não cumprirem a legislaçãomunicipal. Os condomínios estão se adequandoe destinando seus resíduos tanto para ascooperativas, como também para os catadoresautônomos e empresas de reciclagem”, afirma osecretário de Parcerias, Fernando Oliveira.

A lei prevê a separação do lixo em “orgânicoou úmido” (recipiente verde) e “reciclável ou seco”(recipiente azul). Segundo a prefeitura, éobrigação do condomínio ter contêineres ourecipientes destinados para a separação domaterial reciclável gerado.

Segundo a prefeitura, aproximadamente 200condomínios se cadastraram e receberaminformações de que maneira armazenar o materiale qual o procedimento para a destinação.Atualmente, há 598 condomínios na cidade.

De acordo com o secretário de Parcerias, oscondomínios foram divididos por cooperativas,conforme a região onde estão localizadas. “Comisso, as cooperativas poderão informar a Prefeiturade Sorocaba quais os condomínios que já estãorealizando a coleta seletiva e verificar apossibilidade de fazer a coleta dos demais queainda não realizam esse trabalho”, ressalta Oliveira.

Além de condomínios residenciais,comerciais e industriais de Sorocaba, a leitambém obriga que a seleção do lixo seja feitapor shoppings, instituições financeiras, hotéis,escolas e universidades.

Administradora de um condomínio na ZonaNorte, Shirley Moreno aprova a iniciativa. “O lixo éuma questão muito importante e que envolve omundo todo. Infelizmente, a mudança cultural sóacontece quando mexe no bolso”, comenta.

Shirley relata que há pelo menos dois anos aadministração do condomínio vem estimulandoos moradores a realizarem a destinação corretado lixo produzido. No entanto, segundo ela, aindaé baixa a adesão da iniciativa. “O que falta é

Coleta seletivaagora é lei

contribuição das pessoas. Quem sabe agora,multando, as pessoas não se conscientizem umpouco mais?”, indaga.

Alcance socialAutor da iniciativa, o vereador Martinez destacou,na justificativa do projeto, que os materiaisrecicláveis como papel, vidro e plásticorepresentam cerca de 40% de todo o lixodoméstico. “Além disso, estaremos ajudando ascooperativas de reciclagem da cidade, que geramrenda para cerca de 100 catadores”, acrescenta.Para 2012, a Secretaria de Parcerias informa queestá buscando parcerias com universidades pararealizar o mapeamento e a melhoria na logísticadas cooperativas.

Exemplos de produtos recicláveis- Vidro: potes de alimentos (azeitonas,milho, requeijão etc), garrafas, frascosde medicamentos e cacos de vidro.- Papel: jornais, revistas, folhetos,caixas de papelão, embalagens depapel.- Metal: latas de alumínio, latas de aço,pregos, tampas, tubos de pasta, cobre,alumínio.- Plástico: potes de plástico, garrafasPET, sacos plásticos, embalagens esacolas de supermercado