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Jornal do empreendedor São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 24, 25 e 26 de novembro de 2012 SXC O risco aqui PASSA LONGE CARLOS OSSAMU Divulgação Neival Freitas, da FenSeg ESPECIAL SEGUROS O recorde nas vendas de automóveis, as obras de infraestrutura para a Copa do Mundo e Olimpíadas, a estabilidade econômica e a ascensão da classe média têm impulsionado o mercado de seguros, que este ano deve crescer acima de 13%. O setor representa 4,5% do PIB brasileiro, mas ainda há muito a avançar, já que em mercados maduros, este número chega a 10%. A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) no setor automobilístico e o aumento na oferta de crédito na área habitacional estão fazendo muito bem para o mercado de seguros gerais. Some-se a isso a queda na taxa de juros, a estabilidade no nível de emprego e o maior poder aquisitivo da classe média. "Enquanto o PIB no ano passado cresceu apenas 2,7%, o mercado de seguros teve um aumento de 11,7%; e este ano, de janeiro a setembro, o crescimento já soma 13%, com faturamento de R$ 35,4 bilhões nos nove primeiros meses do ano", afirma Neival Freitas, diretor-executivo da FenSeg - Federação Nacional de Seguros Gerais. O seguro de automóveis encabeça o ranking de seguros gerais, com 51% de participação no mix. Nos nove primeiros meses do ano, este ramo cresceu 14,5% em comparação ao mesmo período de 2011. "Este é um segmento onde o brasileiro já possui uma cultura de seguros. Ao comprar um carro, o consumidor já pensa em fazer um seguro, já que é um bem valioso e é uma forma de preservar o investimento", comenta Freitas. Estes números devem melhorar ainda mais, já que a Fenabrave divulgou que as vendas de veículos novos bateram recorde para o mês de outubro, avançando 18,6% sobre setembro e 21,8% na comparação com o mesmo período de 2011. O volume licenciado no mês passado somou 341,7 mil veículos, elevando o total acumulado de janeiro a outubro em 5,7% sobre o mesmo período de 2011, para 3,13 milhões de unidades. No ramo de automóveis, uma atividade ilegal que vem incomodando as seguradoras são as chamadas "proteção veicular", que o setor chama de seguro pirata. Oferecidas por cooperativas e associações a preços baixos, o proprietário do automóvel deve se associar e pagar uma mensalidade. Em caso de sinistro, eles se cotizam para pagar a indenização. "É uma atividade ilegal, sem o respaldo da Susep e que fere o Código de Defesa do Consumidor, já que, ao ser um associado, ele perde a qualidade de consumidor. Essas entidades oferecem um preço bem abaixo de um seguro, pois não mantêm reservas técnicas e outros custos das seguradoras", diz Freitas. "Recentemente, a Susep fechou 30 entidades no Espírito Santo, que ofereciam esse tipo de proteção. A Susep tem atuado fortemente para combater essa prática". Outro setor de destaque, mas não pelo lado positivo da economia, é o de seguro rural, que apresentou um crescimento de 33% de janeiro a setembro. Este segmento responde por apenas 2,8% do mix e registrou uma arrecadação de quase R$ 993 milhões no período. "Como houve regiões assoladas por seca e quebra de safra, este tipo de seguro registrou um aumento na procura", explica Freitas. "Já o ramo de seguros habitacionais apresentou um crescimento de 31% de janeiro a setembro, impulsionado pelo aumento na oferta de imóveis", diz o executivo. Na opinião do diretor-executivo da FenSeg, uma categoria que tem grande potencial de crescimento é o seguro de responsabilidade civil, conhecido no meio pela sigla RC. Esta modalidade responde hoje por apenas 2% do mix de seguros gerais, mas vem crescendo a taxas de 18%. O seu objetivo é proteger o segurado de ações indenizatórias na Justiça em que ele seja responsabilizado civilmente por ter causado algum dano involuntário a outrem, seja material ou mesmo corporal. "Com os Juizados Especiais Cíveis (conhecido como Juizado de Pequenas Causas), o acesso à Justiça ficou mais fácil. Se o seu cachorro morder um vizinho, você pode ser acionado na Justiça a pagar uma indenização". Os profissionais liberais, como engenheiros, contadores e médicos podem contratar um seguro de responsabilidade civil profissional. Com tanta burocracia e obrigações acessórias a cumprir, um contador pode cometer um erro no cálculo ou até mesmo perder um prazo, acarretando uma multa pesada ao seu cliente, que exigirá que o contador assuma o prejuízo. "Com tantas obras de infraestrutura que estão sendo realizadas, algumas por causa da Copa do Mundo e Olimpíadas, o setor de seguros de engenharia também vem crescendo de forma significativa". Com estes investimentos em infraestrutura, cresce também o mercado de resseguros, que é o seguro das seguradoras. Trata-se de um setor que exige mão de obra bastante qualificada, pois lida com contratos sofisticados e de alto valor, envolvendo seguros de grandes obras, plataformas de exploração de petróleo, aviação, navios, hidrelétricas, etc. Até 2007, este mercado era um monopólio do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB Brasil - Re), empresa que atua neste mercado desde 1939. Com a Lei Complementar nº 126/2007, este monopólio foi quebrado e hoje o mercado tem 12 resseguradoras atuando. Através da operação de resseguro, a seguradora cede parte dos riscos assumidos por ela para um ou mais resseguradores.

Especial Seguros

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26 nov 2012 - Especial Seguros

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Jornal do empreendedor

São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 24, 25 e 26 de novembro de 2012

SXC

O risco aquiPASSA LONGE

CA R LOS OS SA M U

Divulgação

Neival Freitas, da FenSeg

ESPECIAL SEGUROS

O recorde nas vendas deautomóveis, as obras de

infraestrutura para a Copado Mundo e Olimpíadas, a

estabilidade econômica e aascensão da classe média

têm impulsionado omercado de seguros, que

este ano deve cresceracima de 13%. O setor

representa 4,5% do PIBbrasileiro, mas ainda há

muito a avançar, já que emmercados maduros, este

número chega a 10%.

Aredução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) nosetor automobilístico e o aumento na oferta de crédito naárea habitacional estão fazendo muito bem para o mercadode seguros gerais. Some-se a isso a queda na taxa de juros, a

estabilidade no nível de emprego e o maior poder aquisitivo da classemédia. "Enquanto o PIB no ano passado cresceu apenas 2,7%, omercado de seguros teve um aumento de 11,7%; e este ano, dejaneiro a setembro, o crescimento já soma 13%, com faturamento deR$ 35,4 bilhões nos nove primeiros meses do ano", afirma NeivalFreitas, diretor-executivo da FenSeg - Federação Nacional de SegurosGerais.

O seguro de automóveis encabeça o ranking de seguros gerais, com51% de participação no mix. Nos nove primeiros meses do ano, esteramo cresceu 14,5% em comparação ao mesmo período de 2011. "Esteé um segmento onde o brasileiro já possui uma cultura de seguros. Aocomprar um carro, o consumidor já pensa em fazer um seguro, já queé um bem valioso e é uma forma de preservar o investimento",comenta Freitas. Estes números devem melhorar ainda mais, jáque a Fenabrave divulgou que as vendas de veículos novosbateram recorde para o mês de outubro, avançando 18,6%sobre setembro e 21,8% na comparação com o mesmoperíodo de 2011. O volume licenciado no mês passadosomou 341,7 mil veículos, elevando o total acumulado dejaneiro a outubro em 5,7% sobre o mesmo período de2011, para 3,13 milhões de unidades.

No ramo de automóveis, uma atividade ilegal que vemincomodando as seguradoras são as chamadas"proteção veicular", que o setor chama de seguro pirata.Oferecidas por cooperativas e associações a preçosbaixos, o proprietário do automóvel deve se associar epagar uma mensalidade. Em caso de sinistro, eles secotizam para pagar a indenização. "É uma atividadeilegal, sem o respaldo da Susep e que fere o Código deDefesa do Consumidor, já que, ao ser um associado,ele perde a qualidade de consumidor. Essas

entidades oferecem um preçobem abaixo de um seguro,pois não mantêm reservastécnicas e outros custos dasseguradoras", diz Freitas."Recentemente, a Susepfechou 30 entidades noEspírito Santo, que ofereciamesse tipo de proteção. A Suseptem atuado fortemente paracombater essa prática".

Outro setor de destaque,mas não pelo lado positivo daeconomia, é o de seguro rural,que apresentou um crescimentode 33% de janeiro a setembro.Este segmento responde porapenas 2,8% do mix e registrouuma arrecadação de quase R$ 993milhões no período. "Como houve

regiões assoladas por seca e quebra de safra, este tipo deseguro registrou um aumento na procura", explica Freitas.

"Já o ramo de seguros habitacionais apresentou umcrescimento de 31% de janeiro a setembro, impulsionado peloaumento na oferta de imóveis", diz o executivo.

Na opinião do diretor-executivo da FenSeg, uma categoria quetem grande potencial de crescimento é o seguro deresponsabilidade civil, conhecido no meio pela sigla RC. Estamodalidade responde hoje por apenas 2% do mix de seguros gerais,mas vem crescendo a taxas de 18%. O seu objetivo é proteger osegurado de ações indenizatórias na Justiça em que ele sejaresponsabilizado civilmente por ter causado algum dano involuntário aoutrem, seja material ou mesmo corporal. "Com os Juizados EspeciaisCíveis (conhecido como Juizado de Pequenas Causas), o acesso à Justiçaficou mais fácil. Se o seu cachorro morder um vizinho, você pode seracionado na Justiça a pagar uma indenização".

Os profissionais liberais, como engenheiros, contadores e médicospodem contratar um seguro de responsabilidade civil profissional. Comtanta burocracia e obrigações acessórias a cumprir, um contador podecometer um erro no cálculo ou até mesmo perder um prazo,acarretando uma multa pesada ao seu cliente, que exigirá que ocontador assuma o prejuízo. "Com tantas obras de infraestrutura queestão sendo realizadas, algumas por causa da Copa do Mundo eOlimpíadas, o setor de seguros de engenharia também vem crescendode forma significativa".

Com estes investimentos em infraestrutura, cresce também omercado de resseguros, que é o seguro das seguradoras. Trata-se deum setor que exige mão de obra bastante qualificada, pois lida comcontratos sofisticados e de alto valor, envolvendo seguros de grandesobras, plataformas de exploração de petróleo, aviação, navios,hidrelétricas, etc. Até 2007, este mercado era um monopólio doInstituto de Resseguros do Brasil (IRB Brasil - Re), empresa que atuaneste mercado desde 1939. Com a Lei Complementar nº 126/2007,este monopólio foi quebrado e hoje o mercado tem 12 resseguradorasatuando. Através da operação de resseguro, a seguradora cede partedos riscos assumidos por ela para um ou mais resseguradores.

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sábado, domingo e segunda-feira, 24, 25 e 26 de novembro de 20122 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

O seguro, na visão dosconsumidores

Diretor de RedaçãoMoisés Rabinovici

E d i t o r- C h e feJosé Guilherme R. Ferreira

Edição e reportagemCarlos Ossamu

D i ag r a m a ç ã oLino Fernandes

Gerente Executiva de PublicidadeSonia Oliveira

Telefone: [email protected]

Pesquisa realizada pelaCNseg (ConfederaçãoNacional das Empresas

de Seguros Gerais,Previdência Privada e Vida,Saúde Suplementar eCapitalização) mostra que agrande maioria das pessoasconsidera a compra deseguros um ato importanteou muito importante. Em umuniverso de 447 pessoasouvidas, 62% dizem que terum seguro é algo muitoimportante, ao passo que23% classificam a proteçãooferecida pelas seguradorascomo importante. Umaminoria, 2,2% dosentrevistados, não vêimportância alguma naaquisição do seguro.

Apesar disso, não ocorre acompra para todos os riscosentre os entrevistados. Dos447 participantes dapesquisa, 48% declararamnão ter seguro de vida. Entre

os segurados de vida, obanco é o principal motor devenda das apólices (31,8%),aparecendo em seguida oscorretores, com 16,1%.

No caso de saúde, apenas18% dos entrevistados – 82pessoas – não possuemplanos. E dos que estãocobertos, 70% contrataramas coberturas por meio decorretores, e os bancosfiguram no segundo lugar,com 21% das vendasrealizadas.

Na apólice de automóvel,a maioria contrata seguro. Ocanal corretor é o maisatuante, com 66% dascontratações, enquantobancos respondem por 25%.

A demanda por seguroresidencial continua aquémdo potencial. Dosentrevistados, 61% nãocontratam o seguro paraseu imóvel. E do universo desegurado neste ramo,

corretores e bancosempatam na captação denegócios, com exatos 43%para os dois canais.

Também a previdêncianão faz parte da realidadeda maioria dos 447entrevistados, já que 55%não contratam planos. Dosque possuem, 64%contrataram por meio debancos, e outros 26%, porintermédio de corretores.

A taxa de penetração dacapitalização também ébaixa no universo deentrevistados. Dos 447entrevistados, 62% nãocompram título decapitalização. Entre osdetentores de títulos, 74%contrataram o produto pormeio de bancos e outros14% via corretor.

A pesquisa quis saber seos entrevistados acham douso de novas tecnologiascomo um facilitador no

acesso ou contratação deseguros e serviços. Amaioria (56,2%) está deacordo de que astecnologias móveis"facilitaram totalmente" oacesso e contratação.Outros 22,6% declararamque as tecnologias"facilitaram muito", aopasso que 11,9% acham queelas "facilitaramrazoavelmente". Mesmoassim, o consumidor aindaprefere a compra viacorretor (45,6%).

A pesquisa da CNseg foifeita com os participantesdo XI Congresso Brasileirode Direito do Consumidor,evento ocorrido em maio,em Natal (RN). O principalpropósito foi avaliar asformas de contratação deseguros, o uso e aseventuais barreiras denovas tecnologias móveispara a contratação.

BALANÇO POSITIVOno segmento Vida

Levantamento divulgado pela FenaPrevi aponta para um crescimento de quase 14% no primeiro semestreImage Source

José Cordeiro/AE

O setor deseguros depessoas fechouo primeirosemestre desteano comR$ 10,5 bilhõesem prêmiosemitidos, umcrescimento de13,77%.

OsvaldoNascimento:

o segurodesemprego e

perda de rendafoi um dos

produtos maisprocurados

pelosbrasileiros no

primeirosemestre.

De acordo com dadosdivulgados pela Fe-naPrevi (FederaçãoNacional de Previ-

dência Privada e Vida), o setorde seguros de pessoas, queengloba vários produtos, en-tre eles, o seguro prestamista,os seguros educacionais e osseguros de vida individual eem grupo, entre outros, fe-chou o primeiro semestre des-te ano com R$ 10,5 bilhões emprêmios emitidos, um cresci-mento de 13,77% na compa-ração com o mesmo períododo ano passado.

O seguro desemprego e deperda de renda, distribuídosem redes de varejo entre ou-tros canais, obteve o maiorcrescimento relativo no perío-do. A arrecadação dessas apó-lices cresceu 173,99% no pri-meiro semestre e somouR$ 64,4 milhões, segundo aentidade, que é representan-te de 74 empresas que comer-cializam produtos de vida eprevidência. "O seguro de-semprego e perda de renda foium dos produtos mais procu-rados pelos brasileiros. Osconsumidores procuraramproteção para garantir o paga-mento de dívidas e presta-ções, com o temor de perda derenda ou desemprego", expli-cou Osvaldo Nascimento, vi-ce-presidente da FenaPrevi.

Mais destaques

O segundo produto de maiorcrescimento relativo foi o se-guro educacional, que movi-mentou R$ 16 milhões, alta de71,40%, em relação ao primei-ro semestre do ano anterior,quando foram registradosR$ 9,3 milhões em prêmios. "Éum produto que tem forte ape-lo entre os pais, pois seu obje-tivo principal é auxiliar nasdespesas com a educação domenor, principalmente asmensalidades escolares, emcaso de desemprego, invali-dez ou morte do responsáveleconômico pelo estudante",afirmou o executivo.

O aumento do número deviagens nacionais e interna-cionais impulsionou, a exem-plo dos últimos meses, o resul-tado do seguro viagem. Essamodalidade de seguro tam-bém foi destaque no semes-t re , com arrecadação deR$ 26,1 milhões e crescimen-to de 24,90%.

Já as apólices de seguro devida concentraram a maior ar-recadação, com R$ 4,6 bi-lhões, volume 6,69% maiorque o verificado no primeirosemestre de 2011. A segunda

maior arrecadação ocorreucom o seguro prestamista,também voltado para garantiro pagamento de prestaçõesna compra de bens, com volu-me R$ 2,6 bilhões (expansãode 21,97%).

Os números consolidadostêm como base as informa-ções coletadas pela Susep(Superintendência de Segu-ros Privados). O levantamentonão inclui o VGBL, considera-do para esse fim como planode caráter previdenciário.

O Grupo BB/Mapfre encabe-ça o ranking das seguradorasn o s e g m e n t o V i d a , c o m19,19% de participação, se-guido pelo Bradesco (17,36%),

Itaú (12,73%), Zurich Santan-der Brasil Seguros e Previdên-cia (11,28), Icatu Seguros(4,49%), Grupo HSBC (4,10%),Grupo Caixa (3,67%), Metro-politan Life Seguros e Previ-dência (3,53%), Cardif do Bra-sil Vida e Prev. (2,82%) e SulA-mérica (2,31%). As demais se-guradoras representaram18,53% dos prêmios de segu-ros. Foram considerados, paraeste ranking, as respectivasholdings.

Maiores altas

Na avaliação do mês de ju-nho, o mercado de seguros depessoas movimentou R$ 1,7 bi-

lhão, crescimento 13,52%, emrelação a junho de 2011. Den-tre os seguros de maior repre-sentatividade no mercado, osprodutos que obtiveram me-lhor desempenho foram o se-guro viagem e o seguro desem-prego e de perda de renda.

O volume de prêmios do se-guro viagem cresceu 89,33%e somou R$ 4,5 milhões, emrelação aos R$ 2,4 milhões re-gistrados no mesmo períododo ano passado. Já o segurodesemprego e de perda derenda, foi o outro produto comdesempenho expressivo noprimeiro semestre, movimen-tou R$ 8 milhões, uma alta de31,65%. ( C . O. )

Mercado tem umcorretor para cada

3 mil habitantes

OBrasil já registra,neste ano, mais de70 mil

profissionais ematividade no mercado decorretagem de seguros.Como o País tem umapopulação em torno de194 milhões de pessoas,os números apontam aproporção de um corretorpara cada 3 milhabitantes.

Segundo a Fenacor -Federação Nacional dosCorretores de SegurosPrivados e deResseguros, deCapitalização, dePrevidência Privada, dasEmpresas Corretoras deSeguros e de Resseguros– a maioria atua comopessoa física eautônoma: são 45.956 nototal. São 51.276 pontosde venda voltados paratodas as modalidades deseguros, sendo mais18.982 posiçõesdedicadas àcomercializaçãoexclusiva de seguros devida, planos deprevidênciacomplementar aberta etítulos de capitalização.Em São Paulo, concentra-se 43% dessa força detrabalho. São 30.250pontos de distribuição deseguros.

Ivete Semmler,presidente do GrupoSemmler, avalia que estenúmero de profissionais ésuficiente para atender àdemanda. "Entendo quehá a possibilidade efetivade um corretor manterum atendimento a 3 milclientes. Entretanto, paraa eficácia deste processo,o corretor tem que ter apreocupação deaperfeiçoamento em

pós-venda, por exemplo,contratando uma equipequalificada".

Segundo ela, aqualificação éfundamental para que oscorretores possam seconsolidar no mercado. Épreciso conhecer omercado, estudar sobretodos os produtos quecomercializará eentidades que atenderá."O corretor deve estarsempre atualizado dosassuntos pertinentes aoramo, participando detreinamentos e cursosque facilitem edesenvolvam melhor asua habilidade devendas. Ele deve ser nãoapenas um vendedor,mas, sim, um consultor",ressalta a executiva.

Ivete alerta para o fatode que muitos corretoresescolhem a profissãoapenas por seus ganhosou até por falta deoportunidade deemprego em outrasáreas e isso prejudica acategoria e os segurados."O corretor competentenão vende aquilo queprecisa ser vendido, maso que o cliente realmentenecessita e que atendaàs suas expectativas. Édessa maneira que sefideliza o cliente".

Para ajudar oscorretores a sequalificarem cada vezmais, o Grupo Semmleroferece aos profissionaiscom os quais trabalha umatendimentodiferenciado.Disponibiliza material deapoio, realizatreinamentos, visitassemanais eacompanhamento paratirar dúvidas.

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sábado, domingo e segunda-feira, 24, 25 e 26 de novembro de 2012 ESPECIAL - 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

Foco total noMERCADO BRASILEIRO

Com a crise europeia, a suíça Zurich enxerga boas oportunidades no Brasil, pr i n c i p a l m e n tepelo crescimento da classe média e obras para a Copa do Mundo

Divulgação

Hyung MoSung:

o Brasil setornou um dos

principaisfocos da Zurich

no mundo.

11filiais foram abertaseste ano pela Zurichem várias regiões do

País, permitindo apresença da empresa

nas principaiscidades brasileiras.

Com forte atuação nosetor corporativo, asuíça Zurich Seguroscomeça a ganhar es-

paço no segmento de PessoaFísica, área que a empresachama de "seguros massifica-dos", de alto volume e mar-gem menor. No início do ano,por exemplo, a Zurich fechouparceria com a operadora Vivoum seguro contra furto qualifi-cado e roubo de celulares, mo-dems 3G e tablets chamado deVivo Proteção Celular. Com asCasas Bahia, a seguradora éresponsável pelo serviço degarantia estendida em mó-veis e eletroeletrônicos. Jun-tos, estes produtos já pos-suem cerca de 5 milhões declientes em todo o País.

Segundo conta Hyung MoSung, CEO de Seguros Geraisda Zurich, alguns fatores leva-ram a empresa a ampliar o seuleque de atuação. "O setor deseguros vive um bom momen-to, com crescimento de 8% a10% ao ano, um reflexo da es-tabilidade e crescimento eco-nômico do País. Com isso, qua-se 50 milhões de pessoas as-cenderam à classe média e ga-nharam poder de consumo",comenta Sung. "São quase100 milhões de pessoas naclasse média, contingentemaior que a população de mui-tos países. Assim, o Brasil setornou um dos principais focosda Zurich no mundo".

Impulsionado por esses no-vos ventos, a Zurich comprou,em 2008, a seguradora MinasBrasil e no ano passado firmouuma joint venture com o bancoSantander. Em maio desteano, Sung passou a comandara área de Seguros Gerais. Se-gundo O executivo, o mercadobrasileiro apresenta grandepotencial. "Temos visto umaumento expressivo na frotade automóveis, maior ofertade crédito, crescimento doconsumo e investimentos eminfraestrutura por parte do go-verno e da iniciativa privada.Tudo isso impulsiona aindamais o setor de seguros", diz,

comentando que cinco obrasde estádios para a Copa deMundo de 2014 estão segura-dos pela Zurich, entre eles oMaracanã e o Itaquerão. "O se-tor de seguros no Brasil movi-menta 4,5% do PIB, enquantoem mercado mais maduroseste percentual chega a 10%,mostrando que temos aindamuito a crescer", diz.

Está nos planos da Zurich setornar a principal seguradoraglobal na América Latina, emparticular no Brasil, e a chega-da de Sung à companhia fazparte da estratégia de cresci-mento. Sem revelar números,Sung diz que estão programa-

dos grandes investimentosem tecnologia (TI), ampliaçãode pontos comerciais e naqualificação de funcionários,nesta ordem de prioridades."Em 2013, o mercado pode es-perar novos produtos e servi-ços voltados para Pessoas Fí-sicas, entre eles, novas cober-turas em nichos específicos noramo de automóveis".

Novidades em Vida

Richard Vinhosa, CEO daárea de Vida e Previdência daZurich, faz um balanço bas-tante positivo de 2012, com aabertura de 11 filiais, o lança-

mento de novos produtos e oreforço em ações de relacio-namento e marketing juntoaos corretores de seguros."Aumentamos a nossa capila-ridade, com a abertura de fi-liais nas regiões Norte, Nor-deste, Centro-Oeste e interiorde São Paulo e Rio de janeiro, eestamos presentes em todasas grandes cidades do País.Hoje temos uma carteira inte-ressante de corretores, quesão peças-chave da engrena-gem das seguradoras e corre-toras, por isso, investimosnessa parceria", diz o executi-vo. "Além disso, contratamosmais de 300 profissionais e

continuamos investindo forte-mente em tecnologia".

Entre as novidades lança-das recentemente está a Inde-nização Especial para Cirur-gia. O produto possibilita o re-cebimento de uma indeniza-ção em caso de realização deprocedimentos cobertos, pa-ra reparar parte dos custoscausados por intervenções ci-rúrgicas. "Trata-se de um pro-duto inédito no Brasil. O segu-rado poderá utilizar a indeni-zação de forma que acharmais conveniente e de acordocom suas necessidades, sejaem medicamentos, transpor-te ou até na contratação de en-

fermeiros ou fisioterapeutas,procedimentos que não sãocobertos pelo seguro saúde",explica Vinhosa.

A Indenização Especial paraCirurgia é uma cobertura paraprocedimentos cirúrgicos,que pode ser contratada porpessoas em boas condiçõesde saúde e em plena atividadefísica, com idade entre 18 e 60anos, em qualquer região bra-sileira. Ela possibilita o paga-mento de uma indenização,em caso de realização de pro-cedimentos cirúrgicos cober-tos, para reparar parte doscustos causados por interven-ções cirúrgicas.

Vinhosa conta que Indeni-zação Especial para Cirurgianasceu de pesquisas realiza-das periodicamente pela em-presa. "Fazemos pesquisasquantitativas e qualitativaspara identificarmos a oportu-nidade de novos produtos. Dapesquisa até a análise de riscoe formatação do modelo, leva-mos um ano para o lançamen-to do produto", revela.

Outro produto recém-lança-do pela Zurich Seguros é "ASorte é Fiel", uma parceriacom o Sport Club CorinthiansPaulista e a Corretora 4K BrasilInsurance. Trata-se de um se-guro para Acidentes Pessoaiscom cobertura para Morte Aci-dental e também InvalidezPermanente Total por Aciden-te, ambas no valor de R$ 5 mil.O produto utiliza um novo mo-delo de vendas, utilizando má-quinas POS (Point of Sale), naqual são realizadas as transa-ções com cartão de crédi-to/débito, que foi desenvolvi-da especialmente para esteproduto e será implantada emmais de cem lojas da rede To-do Poderoso Timão.

O seguro custa R$ 9,99 pormês e seguro tem vigência de12 meses, contados a partirda data de adesão, sendo re-novado automaticamentepor mais um ano. O seguradoainda concorre a um sorteiomensal com prêmio no valorde R$ 50 mil. ( C . O. )

Tendências para o setor de seguros

Divulgação

Luciene Magalhães, da KPMG

Meio ambiente,tecnologia,demografia e os

valores éticos-sociais. Estassão as quatro megatendênciasque vão impactarsignificativamente o mercadode seguros até 2020, segundoaponta um estudo daconsultoria KPMG Internationalchamado "SeguradorasInteligentes: criando valor àsoportunidades em um mundoem constante mudança". ParaLuciene Magalhães, sócia-líderda área de Seguros da KPMGBrasil, o objetivo deste estudofoi indicar quais áreas asseguradoras devem atentarpara desenvolverem suasestratégias de mercado eprodutos. "O mercadosegurador toma como basedois fatores para mensurar osriscos: os dados históricos e astendências futuras. O nossoestudo mostra quatro fatoresque vão impactar as pessoasno mundo nos próximos anos econsequentemente asempresas seguradoras",observa Luciene.

"É imperativo que asseguradoras estudem e façamos ajustes necessários paraefetivamente preparar e seadaptar a essas tendências, a

fim de competir, conhecer asnecessidades dos clientes,satisfazer as partesinteressadas e criar valor paraos investidores", disse FrankEllenbürger, líder global deSeguros da KPMGInternacional. "Enfrentar essesdesafios agora irá moldar suasperspectivas de sucesso nomundo de amanhã".

No fim de outubro, apassagem do furacão Sandydeixou um rastro dedestruição na Costa Leste dosEUA, além de prejuízos debilhões de dólares. O prefeitode Nova York, MichaelBloomberg, chamou a atençãosobre os desastres naturais,que estão mais frequentes porcausa da mudança climáticano mundo. "No Brasil, nãotemos a ocorrência de grandescatástrofes naturais, comoterremotos e furacões; temos

eventos como enchentes edeslizamentos, que atingempontos específicos, não umaregião inteira".

Na área de tecnologia,segundo o estudo, a maiorconectividade e uso de mídiassociais fornecem àsseguradoras uma riquezaincomparável de dados.Enquanto a computação emnuvem cria o potencial paraaumentar a flexibilidade ereduzir os custos, já quemuitas seguradoras aindautilizam sistemas legados. "ATecnologia da Informação é ocoração de uma seguradora,que precisa de grandes bancosde dados para armazenar asinformações dos clientes, seushistóricos e perfis. Osinvestimentos em tecnologiacontinuarão a crescer", afirmaLuciene. Em sua opinião, apopularização da internet e da

certificação digital devemlevar a um aumento nasvendas online de apólices deseguros. "Este é um canal jáexiste, mas ainda tem umaparticipação pequena nasvendas, mas deverá crescermuito nos próximos anos",acredita Luciene.

No que se refere àdemografia, o estudo da KPMGalerta que cada vez mais aspessoas estão migrando paracentros urbanos, aumentandoa demanda de seguros nestaslocalidades. As seguradorasdevem se utilizar de dadosdemográficos e análisespreditivas para entenderem ocomportamento dos clientes edo mercado nos próximosanos. As mídias sociais e ocrowdsourcing tambémseriam boas ferramentas paraantecipar tendências eaperfeiçoar produtos.

Segundo o estudo, aspessoas ao redor do mundoestão se tornando mais ricas evivendo mais, o que significa

que em muitos países apoupança para aaposentadoria deve começarmais cedo e durar mais. Issocria uma necessidade deprodutos de previdência cadavez mais flexíveis parafinanciar as demandas denovos aposentados e os custosmais elevados de saúde paraos idosos extremo. Asseguradoras também devematrair o público mais jovem ereconquistar aqueles que nopassado tiveram uma máexperiência com seguros.

R e s s e g u ro s l

"No Brasil, temos aindamuito espaço para ocupar,pois a taxa de penetraçãoainda é baixa, se comparadocom mercados maismaduros. Mas temos ummercado estável, em francocrescimento e bemregulamentado ", comenta aexecutiva.

A abertura do mercado de

resseguros no Brasil tornouas seguradoras maislucrativas no País. Esta é aopinião de 84% dosentrevistados de umapesquisa da KPMG que tevecomo objetivo medir asexpectativas dos agentes(seguradoras,resseguradoras e corretorasde resseguro) em relação àabertura deste segmento.

O levantamento, que ouviu24 companhias, tambémmostra que 100% dosrespondentes concordam quea gestão de risco dasseguradoras melhorou e para63% as seguradoras tambémestão mais solventes.

Entre outras consequênciasda abertura do mercado, queaconteceu em 2007, 80% dosentrevistados indicaram queas seguradoras estão maispreparadas tecnicamente e79% disseram que os custoscom resseguros estãomenores do que no cenárioanterior. ( C . O. )

SXC

Page 4: Especial Seguros

sábado, domingo e segunda-feira, 24, 25 e 26 de novembro de 20124 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

D PVATregistra recorde de indenizações

No primeiro semestre do ano, 216 mil pessoas receberam o seguro, evidenciando a escalada da violência no trânsito, vitimando principalmente os jovens

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Emborarepresentemapenas 27%do total deveículos emcirculação, asmotocicletasforamresponsáveispor 69% dasindenizações.

Entenda como funciona a garantia estendidaClayton de Souza/AE

Muitosconsumidoresnão sabem quea garantiaestendida é umtipo de segurocomplementarà garantia defábrica.

No primeiro semestrede 2012, foram pa-gas 29.770 indeni-zações do Seguro

DPVAT por morte, 142.998 in-denizações por invalidez per-manente e 43.382 reembol-sos de despesas médicas ehospitalares (DAMS). No total,foram R$ 1,26 bilhão gastosem despesas com indeniza-ções, em favor de mais de 216mil vítimas de acidentes detrânsito ou a seus beneficiá-

rios. Esse elevado número deindenizações representou umaumento de 31% em relaçãoao mesmo período de 2011. Olevantamento dos dados deoperação do seguro, feito peloCentro de Estatísticas da Se-guradora Líder-DPVAT, levaem consideração a data emque as vítimas receberam a in-denização. Os interessadosem solicitar o Seguro DPVATtêm prazo de três anos, a par-tir da data do acidente, para

dar entrada no seguro.No período, 51% do total de

pessoas que sofreram algumtipo de dano em acidentes detrânsito tinham entre 18 e 34anos, faixa em que predomi-nam os jovens que estão in-gressando no mercado de tra-balho. As estatísticas apon-tam ainda que 23% dos aci-d e n t e s i n d e n i z a d o socorreram ao anoitecer, entreas 17h e 20h, horário pico dasocorrências. O menor índice,

11%, foi registrado ao ama-nhecer, entre 6h e 9h.

Para a Seguradora Líder DP-VAT, administradora do segu-ro, o aumento expressivo donúmero de indenizações é re-sultado de uma combinaçãode fatores. "Temos trabalha-do para que cada vez mais ci-dadãos tenham acesso ao Se-guro DPVAT, por isso estamosinvestindo em divulgação e naabertura de novos pontos deatendimento, principalmente

através de parceiros. Só em2011, o sistema ganhou 900pontos de atendimento ofi-ciais. Além disso, a imprudên-cia no trânsito, como a combi-nação de álcool e direção, altavelocidade e a falta do uso docinto de segurança nas estra-das, tem causados acidentescada vez mais graves", apontao diretor presidente da segu-radora, Ricardo Xavier.

No topo da lista

Embora representem ape-nas 27% do total de veículosem circulação no País, as mo-tocicletas foram responsáveispor 69% dos acidentes e dasindenizações pagas. Os auto-móveis, que representam60% dos veículos em circula-ção, foram responsáveis por25% das ocorrências. E os de-mais casos foram referentesàs categorias de veículos,compostas por caminhões,ônibus e micro-ônibus. Noquadro de vítimas, os motoris-tas representaram 59% dasindenizações pagas, seguidospelos pedestres (24%) e pas-sageiros (17%). "O motociclis-ta é um para-choque, muitosuscetível a danos devido àsua posição de exposição noveículo. Qualquer batida, quepara um motorista de carro re-sultaria em um dano pequeno,é capaz de deixar um motoci-clista com alguma sequela",comenta Xavier.

Conheça o seguro

O Seguro DPVAT (DanosPessoais Causados por Veícu-los Automotores de Via Ter-restre ou por sua Carga a Pes-soas Transportadas ou Não)foi criado em 1974 para ampa-rar as vítimas de acidentescom veículos em todo o terri-tório nacional, não importan-do de quem seja a culpa. Tra-ta-se de um seguro social.

Estão cobertos pelo Seguro

DPVAT todos os cidadãos, emqualquer parte do Brasil, se-jam eles motoristas, passa-geiros ou pedestres. O SeguroDPVAT oferece três tipos dec o b e r t u r a s : m o r t e(R$ 13.500), invalidez perma-nente (até R$ 13.500, depen-dendo do tipo de invalidez) ereembolso de despesas médi-co hospitalares comprovadas(até R$ 2.700).

Qualquer cidadão pode darentrada no Seguro DPVAT,gratuitamente e sem o auxíliode intermediários. Infelizmen-te, entretanto, muitas pes-soas ainda desconhecem essedireito, e muitas vezes gastamparte da indenização a quetêm direito com o pagamentode intermediários. A Segura-dora Líder-DPVAT vem traba-lhando para reverter essequadro, por meio da divulga-ção do seguro.

Até junho de 2012, mais de289.236 mil ações judiciais re-lativas ao Seguro DPVAT en-contravam-se em andamen-to. Em 51% dos casos – mais de147.510 mil ações – foi abertoprocesso judicial sem que se-quer tenha sido feito o pedidoda indenização por via admi-nistrativa, diretamente a umaSeguradora Consorciada,quando o pagamento do segu-ro é realizado em até 30 dias.

Com o objetivo de resolverestes casos, que na maioriadas vezes são bastante sim-ples, a Seguradora Líder-DP-VAT implementou uma políti-ca de redução do passivo pormeio de acordos judiciais,conciliações prévias e muti-rões de conciliação em parce-ria com os Tribunais de JustiçaEstaduais. Essa política per-mitiu a agilização e encerra-mento de 57.375 processosem 2012, com pagamento deR$ 325,5 milhões em indeni-zações. Este ano, já foram re-passados R$ 3,1 bilhões para oSUS e R$ 349,5 milhões para oDenatran. ( C . O. )

UUm tipo de seguro que vemcrescendo na esteira da as-censão da nova classe C é a

de garantia estendida, que cres-ceu 5,6% no primeiro semestre doano, segundo levantamento daFederação Nacional de SegurosGerais (FenSeg). Até julho de2012, o mercado de seguros re-gistrou receita na carteira deR$ 1,4 bilhão, enquanto no mes-mo período do ano passado os nú-meros chegaram a 1,3 bilhão. Emtodo o ano de 2011, a contrataçãoda garantia estendida chegou aR$ 2,36 bilhões, 10,34% a mais do

que em 2010, com R$ 2,1 bilhões.Segundo estimativas da Federa-ção, o número de contratos atual-mente é de 30 milhões ao ano,chegando a 40 milhões em 2015.

Em setembro, a FenSeg lançou,na 3ª Conferência Interativa doConsumidor de Seguro, o Guia deBoas Práticas de Garantia Estendi-da. O seguro de garantia estendi-da tem como objetivo fornecer aosegurado a extensão e/ou comple-mentação da garantia original defábrica dada a bens eletrodomés-ticos, eletrônicos e veículos auto-motores, estabelecida no contratode compra e venda de bens, me-diante pagamento de prêmio.

Ao todo, serão distribuídos 37mil exemplares para os 12,5 milpontos de vendas em todo o País,que deverão estar à disposiçãodos consumidores. Cerca de 8 milserão disponibilizados para as 14seguradoras que atuam no ramo,com o objetivo de incentivar asmelhores práticas na comerciali-zação do produto. Um arquivo pdfdo guia pode ser baixado no sitewww.fenseg.org.br (clique na abaFenSeg e depois no banner Guiade Boas Práticas)

Para o presidente da FenSeg,Jayme Garfinkel, "o lançamentodo Guia é benéfico, tanto para omercado de seguros, como paraos varejistas e consumidores,

pois reafirma a importância dasboas práticas de venda e a cons-cientização do consumidor na ho-ra da contratação de um serviçode proteção de longo prazo".

Na agenda da entidade constatambém um programa de capaci-tação online dos varejistas, com afinalidade de trazer maior profis-sionalismo e transparência para acomercialização dos produtosnas lojas. "Uma das maiores re-clamações dos consumidores queoptaram pela garantia estendidaé o desconhecimento de que setrata de um seguro, de uma ferra-menta de proteção do seu patri-mônio. A melhor formação dos va-rejistas, alinhada às mudançasdas práticas que esperamos tercom o Guia, dará mais segurançaao consumidor que optar peloproduto", explica Garfinkel.

A Federação também organizauma agenda de workshops volta-dos ao diálogo com os órgãos dedefesa do consumidor em diver-sas cidades do Brasil. "Estreitar orelacionamento com os Procons éfundamental para difundir a im-portância da contratação do se-guro e especificar os principaispontos que resultam em reclama-ções dos consumidores, com o ob-jetivo de encontrar soluções maisrápidas e eficazes", afirma o pre-sidente da FenSeg.

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Page 5: Especial Seguros

sábado, domingo e segunda-feira, 24, 25 e 26 de novembro de 2012 ESPECIAL - 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

Apólice cobre danosaos bens de escritórios

instalados em casa.

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Mais oferta em coberturas residenciais e locação

Apólices para aparelhos eletrônicos

Combate aoSEGURO PIRATA

Associações e cooperativasvendem algo que eleschamam de proteçãoveicular, enganando o

consumidor, que acha quese trata de um seguro

SXC

A Susep vemmapeando aação deassociações ecooperativasque vendemsegurosirregularesem todo País.

277entidades que

comercializam, deforma irregular, a

proteção veicular jáforam identificadas.Até julho, foram 71

a u t u a ç õ e s.

Associações e coope-rativas, que não sãoseguradoras, estãovendendo seguros pi-

ratas, principalmente de auto-móveis, o que eles chamam de"proteção veicular". "Este é umseguro irregular, eles resolvemfazer cotas e montar um segu-ro. Isso foge ao conceito de mu-tualismo do seguro, onde temque ter reservas aplicadas ebem geridas e controladas porum regime severo de gover-nança para poder fazer frente aum sinistro", observa MauroBatista, presidente do Sind-segsp - Sindicato das Segura-doras, Previdência e Capitaliza-ção do Estado de São Paulo.

Segundo ele, a Susep estáatenta a essas entidades quevendem seguros irregulares.Essas cooperativas de prote-ção veicular operam recolhen-do contribuições dos associa-dos para a formação de um cai-xa único, que serviria para co-brir o dano de cada um doscotistas em caso de algum si-nistro. Ocorre que muitas fun-cionam como uma corrente fi-nanceira, que se for quebrada,trará prejuízos generalizados."Frequentemente se tem notí-cias de cooperativas e associa-ções que resolvem fazer segurosem estarem autorizadas. Umaseguradora precisa demons-trar saúde financeira. Montar

uma seguradora não é comomontar um restaurante, umaseguradora precisa ter umaporte de capital bastante ala-vancado para suportar umaeventualidade de um sinistroacima de média; tem regras aserem seguidas, não é só que-rer vender seguros; e o corretorque está vendendo deve ter re-gistro na Susep", diz. "O corre-tor de seguros é o grande agen-te de vendas, ele se organizou,se estruturou, tem seu sindica-to, são treinados, são profissio-nais credenciados. Quem não écredenciado não pode sequer

entrar no site de uma segurado-ra e pegar as condições básicaspara vender um produto".

A Superintendência de Segu-ros Privados (Susep) mapeou aação das associações e coope-rativas que vendem seguro ir-regular em todo País. Foramidentificadas 277 entidadesque comercializam a chamada"Proteção Automotiva", princi-pal segmento onde atuam, em18 Estados do País. Outras 23empresas são conhecidas, po-rém suas sedes ainda não fo-ram identificadas.

O levantamento foi possível

após o reforço da autarquia nosetor de Fiscalização. Desdemeados de 2011, a Susep contacom uma força-tarefa focadaexclusivamente no combate aoseguro pirata.

Enquanto em 2010 o númerode autuações e processos ad-ministrativos chegou a 81 ca-sos, em 2011 houve um saltopara 192 ações. Até julho de2012, foram realizadas 71 au-tuações. A Procuradoria Fede-ral junto à Susep vem ajuizandoAções Civis Públicas contra asentidades. Trinta e cinco foramobtidas, além de 10 liminares

para encerramento imediatodas atividades. A autarquia ain-da conta com suporte técnicodo Ministério Público, da PolíciaFederal e da Receita. A PolíciaFederal vêm cumprindo man-dados em diversos estados, játendo fechado 20 entidades ir-regulares, incluindo a prisão dedirigentes.

Minas Gerais é o Estado queconcentra o maior número deempresas que vendem seguropirata, 109 entidades foramidentificadas. Em São Paulo fo-ram registradas 50 empresasdeste tipo e, no Rio de Janeiro,32. Ao todo, a Região Sudesteconcentra 70% das ações destetipo de organização.

No Nordeste, a Bahia é o Esta-do com maior número de coo-perativas que vendem segurospiratas, reunindo 15 entidades.Pernambuco vem em seguida,com nove. Em Sergipe foramencontradas duas.

Em fevereiro, o corretor Jay-me Torres, que também é dire-tor do Clube dos Corretores deSeguros do Rio deJaneiro, viu poracaso um comer-cial de seguro pi-rata patrocinandoas transmissõesde jogos do Cam-peonato Cariocade Futebol em ca-nais pagos. Torrestambém é um doscriadores do siteSeguro é Proteção(www.s eguroe-pr ot ec ao .co m. br ),que pelas redessociais lançou acampanha "Segu-ro é proteção. Proteção não éseguro". O objetivo é informaros consumidores que a chama-da proteção veicular não é umseguro, alertando sobre os ris-cos de se contratar um serviçodessa natureza, que é ilegal. ASusep foi acionada e houveuma grande mobilização decorretores e seguradoras. Noinício de março, a Susep notifi-cou a empresa de TV, que reti-rou o comercial de sua gradepublicitária.

Após essa vitória, as aten-ções se voltam para portais nainternet, principalmente o sitede buscas Google. Foi verifica-do que entidades que vendemseguros piratas fazem anún-cios em links patrocinados doGoogle. "A Susep tem feito al-gumas ações, mas é precisouma fiscalização mais efetiva",diz Amilcar Vianna, presidentedo Clube dos Corretores de Se-guros do Rio de Janeiro. ( C . O. )

ATokio Marine Seguradoraampliou a gama decoberturas do Seguro

Residencial. Com isso, quemcontratar o seguro agora poderáoptar por quatro novascoberturas: Escritório naResidência, Recomposição deDocumentos, Hole in One e Tacosde Golfe. O destaque fica porconta da cobertura de Escritóriona Residência, que garanteprejuízos e danos aos bens deescritórios instalados no imóvelsegurado decorrentes deincêndio, queda de raio dentro doterreno segurado, explosão,danos elétricos e furto de benscom arrombamento e roubo.

A Tokio Marine também garanteoutras vantagens e benefícios noSeguro Residencial, tais como:três opções de assistência àresidência (24 horas, Especial eVIP), sorteio mensal compremiação de R$ 10 mil aosegurado e seu corretor, garantiapara notebook em todas ascoberturas ofertadas para casas eapartamentos habituais eindenização pelo valor de novo,sem depreciação.

A seguradora também ampliouseu portfólio de produtos para

Pessoas Jurídicas e lançou o TokioMarine Locação. O produto, queestá disponível em até seis tiposde coberturas, desde a opçãobásica até as mais completas, temdiferenciais exclusivos, comoapólice digital, especialidadetécnica e taxas diferenciadas,para proporcionar aos corretoresuma cotação mais ágil e umaoferta sob medida para asnecessidades de seus clientes.

O Tokio Marine Locação foidesenvolvido especialmente paraatender as necessidades dePessoas Jurídicas, expatriados efuncionários transferidos paraoutras regiões com vínculoempregatício. Conhecidopopularmente por FiançaLocatícia, o produto é um seguroprevisto em lei, que substitui aexigência dos tradicionaisfiadores ou de depósito cauçãonos contratos de locação."Criamos um produto sob medidapara locatários Pessoa Jurídica,com isenção de taxa de análise decadastro, apólice digital e pelasinergia do produto com o SeguroGarantia, vantagens que facilitamno momento da negociação",afirma o diretor executivo técnicoCorporate, Felipe Smith.

Os aparelhoseletrônicos portáteis,como tablets,

notebooks, smartphones ecâmeras filmadoras efotográficas deverão ser asgrandes vedetes desteNatal. Contudo, apopularização dessesequipamentos tendetambém a atrair as atençõesde ladrões. Outro fatorimportante a ser destacado,como possível revés a quemos adquire, é a fragilidadedos equipamentos a danoscausados por curtos-circuitos, raios e impactos.Com isso, os seguros deaparelhos eletrônicos estãoganhando mercado.

De acordo com Nilton Dias,diretor comercial daSeguralta Franchising, redede franquias no mercado deseguros, os seguros paraeletrônicos surgem comoalternativa para gerar

tranquilidade aoconsumidor. "O segurocontribui até mesmo nomodo como os produtos sãoutilizados. Muitas pessoas osutilizam com excesso dezelo, com medo exacerbadode que aconteça algo,inclusive deixando de usá-los em público. Com umseguro, o consumidor tendea usufruir da praticidade etecnologia plenamente atodo instante", alega.

Os valores dos seguroscostumam variar entre 12%e 15% sobre o valor total doproduto descrito em notafiscal. Um notebook de R$ 2mil tem seguro médio de R$298 ao ano, enquanto umtablet de R$ 1,7 mil temseguro médio de R$ 260 /ano. Já um smartphone de R$1,5 mil sai por R$ 266 ao ano.

A Porto Seguro tambémestá presente nestesegmento e acaba de

anunciar melhorias noproduto Porto SeguroEquipamentos Portáteis.Além de garantir osequipamentos em caso deroubo e danos, o seguroagora oferece coberturapara os dados contidos noscomputadores e notebooks,em parceria com a empresaSalva Dados. Ao utilizar o"Armazenamento emNuvens", o cliente contagratuitamente com serviçode backup para até 5 GB(gigabytes) de arquivos.Desta forma, cominformações armazenadasvia internet, é possível evitara perda de fotos, vídeos,documentos e outros tiposde arquivos.

O seguro também ofereceuma série de vantagens,como o desconto naaquisição de equipamentosnovos da marca Itautec;serviço de retirada, coleta e

destinação correta deequipamentos de telefonia einformática inutilizados,trabalho realizado pelaempresa Descarte Certo; eainda, sorteios mensais detítulos de capitalização, novalor bruto de R$ 2.500.

Mediante pagamento deprêmio adicional, o seguradopode solicitar o serviço dehelp desk, com assistênciatelefônica para a instalaçãode softwares originais ousolução de problemas nosequipamentos segurados.

A cobertura básica doPorto Seguro EquipamentosPortáteis garante danosfísicos ao bem, causados porincêndios, raios, explosões eimpacto de veículos ouaeronaves. Por sua vez, asgarantias adicionais incluemsubtração de bens (roubo),danos elétricos, acessóriosutilizados com oequipamento.

Page 6: Especial Seguros

sábado, domingo e segunda-feira, 24, 25 e 26 de novembro de 20126 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

M IC RO S S EG U RO :m i c ro

só no nomeTodos estão de olho no mercado de baixa

renda, que pelas estimativas das seguradorastem um potencial de 100 milhões de

c o n s u m i d o re s

Divulgação

Bento Zanzini, do BB Mapfre

Em setembro, a Supe-rintendência de Se-guros Privados (Su-sep) publicou as duas

últimas regras que faltavampara completar a regulamen-tação do microsseguro. As re-soluções definem as regras decapital mínimo e de provisõestécnicas para seguradoras eentidades abertas de previ-dência autorizadas a operarexclusivamente com micros-seguros. A Resolução CNSP244/11, que criou o marco re-gulatório do microsseguro, foipublicada no dia 6 de dezem-bro do ano passado no DiárioOficial da União, mas ainda ha-via alguns pontos que precisa-vam ser esclarecidos. O mi-crosseguro é uma apólice quecobre valores menores e é di-recionado à população de bai-xa renda. As est imat ivasapontam para um mercado de100 milhões consumidores.

cluídas do sistema bancário.Eugênio Velasques alerta

para a diferenciação de mi-crosseguro e seguro popular,este último é usado para de-signar produtos massificados,com importâncias seguradase prêmios de pequeno valor."O seguro popular é para to-dos os perfis de consumido-res. Já o microsseguro é umproduto especificamente de-senvolvido para as famílias debaixa renda, isso implica nãoapenas nos valores envolvi-dos, mas na simplicidade doproduto, na forma de apresen-tação, na linguagem empre-gada", diz o executivo. Segun-do ele, entre as principais mo-dalidades de microssegurosque serão comercializadas es-tão auxílio funeral, seguro devida, prestamista (protegecontra inadimplência no cré-dito), acidentes pessoais e se-guro residencial.

Falando como executivo doBradesco Seguros, Velasquesobserva que a empresa vemdesenvolvendo desde 2010produtos populares com con-ceitos de microsseguros, vol-tados para as classes C, D e E.

Segundo ele, com essa ini-ciativa, a empresa conquistoudestaque no relatório anual daMicroinsurance InnovationFaccility, da Organização In-ternacional do Trabalho (OIT).O reconhecimento, atribuídoà vocação e ao conhecimentono mercado de seguros desti-nado às classes de baixa ren-da, envolve, também, a capa-cidade do Grupo Bradesco Se-guros em contribuir para pro-m o ç ã o d a e d u c a ç ã ofinanceira e a inclusão social.

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Baixa renda na mira

Bento Zanzini, diretor geralde Riscos de Pessoas do Bancodo Brasil Mapfre, diz que desde1989 a empresa comercializaum produto voltado para clas-ses mais baixas e que já possuimais de 700 mil clientes. Trata-se do Pasi - Plano de AmparoSocial Imediato. "Na época, es-te seguro foi desenhado paraatender trabalhadores daconstrução civil, que não en-contravam uma proteção na-quele momento. Isso passou,inclusive, a ser negociado emconvenções coletivas do tra-balho – os sindicatos do setorreivindicava que os emprega-dores contratassem esse tipode seguro", conta. "Como é umproduto que tem alcance fami-liar, esses 700 mil clientes sig-nificam mais de 2 milhões devidas abrangidas por esse se-guro", completa. ( C . O. )

À espera deaprovaçãoda Susep

SulAmérica ampliaportfólio e investe

em tecnologia

Primeiro integrante domercado segurador aprotocolar na

Superintendência deSeguros Privados (Susep) opedido para operar emmicrosseguro, o GrupoBradesco Segurosapresentou o MicrosseguroBradesco Proteção emDobro, que deve chegar aomercado em até 60 diasapós a aprovação da Susep.No formato "combo" –residencial + acidentespessoais, acrescido deassistência funeral comobenefício adicional –, ocusto não deverá superaros R$ 8,00 mensais.

A comercialização seráapoiada por meio eletrônico– telefonia móvel e de POS(point of Sales) –, tecnologiajá utilizada pelo Gruposegurador que, além deviabilizar a integração esimplificação dos processosde venda em todo o País,reduz significativamente oscustos de aquisição doseguro. "Operar nosegmento de microsseguroé uma vocação natural doGrupo Bradesco Seguros.Nossa expectativa éapresentar os benefícios doseguro a milhões debrasileiros que ainda nãotiveram acesso a essemercado", diz Marco AntonioRossi, presidente do GrupoBradesco Seguros.

O Grupo Bradesco afirmaque foi o pioneiro nomercado a criar segurospopulares, em 2004. Em2010, lançou o primeiroseguro comercializado noBrasil com o conceito e afilosofia de microsseguro: oPrimeira ProteçãoBradesco, hoje vendido emtodo o País, a R$ 3,50 pormês, que já registra mais de1,8 milhão de segurados.

Lançado em 2010 oBradesco BilheteResidencial Estou Seguro éum produto precursor,desenvolvido para atenderos moradores do morroDona Marta, na Zona Sul doRio de Janeiro. O seguro,que tem contrataçãosimplificada edesburocratizada – custoanual a partir de R$ 9,90 –,integra o projeto deeducação financeira "EstouSeguro", criado a partir deconvênio assinado, emdezembro de 2009, entre aConfederação Nacional deSeguros (CNSeg) e aOrganização Internacionaldo Trabalho (OIT).

Ocrescimento do poderaquisitivo das classesC e D tem ampliado o

mercado de seguros do País.De olho neste filão, a SulAmé-rica Seguros, Previdência e In-vestimentos, em parceriacom a Rede Trel – uma plata-forma eletrônica de multis-serviços de varejo –, criou oSeguro Sorte Mania, umaapólice de Acidentes Pessoaiscom duração de um mês, quecusta R$ 3,00. "Desenvolve-mos um produto para quemnunca pensou em fazer umseguro, por conta das dificul-dades do dia a dia. Hoje, já te-mos 25 mil clientes em todo oBrasil" diz Demétrio Godoy,superintendente de Relacio-

namento da SulAmérica.É possível contratar o Segu-

ro Sorte Mania pelos termi-nais de vendas da Rede Trel,que estão presentes em di-versos estabelecimentos co-merciais, tais como droga-rias, bancas de jornal, merca-dos e lojas em geral. Ao adqui-rir o produto, o cliente recebeum comprovante com os da-dos do seguro, que é total-mente garantido pela SulA-mérica. A partir daí, o benefi-ciário receberá, em caso deinvalidez ou morte, R$ 7.500.

Além disso, no mesmocomprovante de compraexiste um número da sorte,que garante ao segurado aparticipação em dois sorteios

semanais de R$ 10 mil pelaLoteria Federal.

Planos odontológicos

A SulAmérica está refor-mulando sua linha de produ-tos de planos odontológicos elançou o "PME Mais", paraatendimento de empresascom 30 a 99 vidas seguradas.Antes da reformulação, umaempresa com essa quantida-de de beneficiários já perten-cia ao segmento empresa-rial, que, agora, é voltado pa-ra companhias a partir de

100 beneficiários. Para aten-der a empresas menores, acompanhia disponibiliza oPME (de três a 29 vidas).

"Essa reformulação vai aoencontro das transforma-ções da economia brasileira,que tem propiciado o cresci-mento das pequenas e mé-dias empresas. Nosso objeti-vo é atender as necessidadesespecíficas desses clientes.Temos percebido que muitasdessas empresas começamcom 20 beneficiários e, emum período curto, passam ater 30, 40", explica Andréa Fi-

gueiredo, superintendenteexecutiva a empresa.

Nos três tipos de planos, hásegmentações com cobertu-ras diferenciadas. As cober-turas vão desde os procedi-mentos disponíveis no rol deprocedimentos definidos pe-la Agência Nacional de SaúdeSuplementar (ANS) até umasérie de procedimentos adi-cionais, não exigidos por lei,como ortodontia e prótese.Na segmentação Prestige,disponível para os três pla-nos, há cobertura para orto-dontia, prótese e implantes.

A SulAmérica também temapostado em tecnologia. Umdos recursos criados para fa-cilitar o dia a dia de seus clien-tes e parceiros foi a instala-ção Terminais de Autoaten-dimento Saúde, os TAT's, emunidades comerciais da Su-lAmérica espalhadas peloPaís. Entre as funcionalida-des dos TAT's está o recolhi-mento de recibos para solici-tação de reembolso de pro-dutos relacionados à saúde,o que proporciona ao segura-do segurança na entrega dadocumentação, pois os enve-lopes são lacrados e devida-mente identificados.

Atualmente já existemmais de 52 TAT's e esse nú-mero vem aumentando gra-dativamente. A SulAméricapretende expandir os termi-nais de atendimento e am-pliar os serviços disponibili-zados aos usuários. A ideia éexpandir o leque de serviçosoferecidos, agilizando aindamais o retorno ao cliente.

O marco regulatório fixou ascondições para as contrata-ções das apólices, bilhetes oucertificados individuais, quesão simplificados, de forma areduzir custos. A regulamen-tação também determinou ascondições para funcionamen-to das seguradoras que opera-rem o microsseguro, fixandoregras diferenciadas de capi-tal e de provisões técnicas.

Carac terísticas

Para Eugênio Velasques,presidente da Comissão de Mi-crosseguros da CNSeg (Confe-deração Nacional das Empre-sas de Seguros Gerais) e dire-tor executivo da Bradesco Se-guros e Previdência, a grandenovidade que essa modalida-de trará ao mercado é o usodos correspondentes bancá-rios na comercialização dasapólices. Trata-se de um im-portante canal de distribui-ção, com grande penetraçãonas camadas mais baixas dapopulação, quase sempre ex-