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Conheça os personagens es- colhidos por nossa repórter especial, que incorporou um saci de cabelos dourados. Sinal mestiço. Portanto, tipi- camente brasileiro. gastronomia_ Feijão tropeiro para dar mais energia no tempo frio exemplar grátis Colhedeira corta, separa e deposita no solo a palha da cana cortada crua. Esta nova realidade está sendo prati- cada em grande escala pelas três maiores usinas da região: a Agrest de Espírito Santo do Turvo, a Cosan de Ipaussu e a Usina São Luiz de Ourin- hos (foto) que já colhe quase toda a sua produção sem uso de queimada Nesta edição: ANO V CIRCULAÇÃO mensal em 25 municípios: Avaré • Sta. Cruz do Rio Pardo • Ourinhos • Piraju • Óleo • Timburi • Bernardino de Campos • Manduri • Cerqueira César • Águas de Sta. Bárbara • Fartura • São Pedro do Turvo • Espírito Sto. do Turvo • Ipaussu • Chavantes • Botucatu • São Manuel • Areiópolis • Ibirarema • Palmital • Cân- dido Mota • Assis • Tatuí • Agudos • Canitar agosto|2010 P.10 P.6 bem viver_ Fitoterápico para reduzir o apetite. Leia! P.14 PAOLA explica o folclore brasileiro Guca nos lembra do valor e da importân- cia dos rios limpos para nossas cidades P.8 arte: Franco Catalano Nardo Foto: Flavia Rocha | 360 Foto: Flavia Rocha | 360 Foto: Flavia Rocha | 360 Foto: Flavia Rocha | 360 agenda_ Circuito Cultural Paulista e Bienal do Livro. Veja detalhes no site 360 54 P.4 Acompanhe o 360 na internet: www. caderno360 . com.br SEM fumaça, nem fuligem de queimadas ponto de vista_

especial,queincorporouum ANO V saci de cabelos dourados ... · É com a família que você conta na vida. É nela que primeiro se procura abrigo, que se pede arrego, colo, ombro

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Page 1: especial,queincorporouum ANO V saci de cabelos dourados ... · É com a família que você conta na vida. É nela que primeiro se procura abrigo, que se pede arrego, colo, ombro

Conheça os personagens es-colhidos por nossa repórterespecial, que incorporou umsaci de cabelos dourados.Sinal mestiço. Portanto, tipi-camente brasileiro.

gastronomia_Feijão tropeiro para darmais energia notempo frio

exemplar grátis

Colhedeira corta, separa e deposita nosolo a palha da cana cortada crua.Esta nova realidade está sendo prati-cada em grande escala pelas trêsmaiores usinas da região: a Agrest deEspírito Santo do Turvo, a Cosan deIpaussu e a Usina São Luiz de Ourin-hos (foto) que já colhe quase toda asua produção sem uso de queimada

Nesta edição:

AANNOO VV

CIRCULAÇÃO mensal em 25 municípios: Avaré • Sta.Cruz do Rio Pardo • Ourinhos • Piraju • Óleo • Timburi• Bernardino de Campos • Manduri • Cerqueira César •Águas de Sta. Bárbara • Fartura • São Pedro do Turvo •Espírito Sto. do Turvo • Ipaussu • Chavantes • Botucatu• São Manuel • Areiópolis • Ibirarema • Palmital • Cân-dido Mota • Assis • Tatuí • Agudos • Canitar

aaggoossttoo||22001100

•P.10

•P.6

bemviver_Fitoterápico

parareduzir oapetite.Leia!

•P.14

PAOLA explicao folclorebrasileiro

Guca nos lembra dovalor e da importân-cia dos rios limpospara nossas cidades•P.8

arte: Fran

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54nnºº

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Acompanhe o 360 na internet: www.caderno360.com.br

SEM fumaça, nemfuligem de queimadas

ponto devista_

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Família. Nem que seja vez ououtra, todo mundo acaba usandoum tom pejorativo quando se trata defamília. Mas o fato é que não há, emqualquer outra relação, uma intimi-dade, liberdade, aceitação e compro-metimento tão grandes, intensos eperenes quanto a que temos emcasa, entre pai, mãe, filhos e tam-bém entre irmãos, evidentemente.

Por mais que venhamos a reclamar,ficar fartos e insatisfeitos com quemé nosso pai, mãe, irmão, filho... pormais que tantas vezes queiramos queeles parem de se sentir tão à vontadepara falar e fazer o que quiserem coma gente, com a maior naturalidade...por mais que tantas vezes acabemos por preferir a com-panhia dos amigos a do pessoal de casa... são essas as refe-rências de maior prestígio que costumamos contemplaraqueles que nos agradam, que são solidários, companheiros,compreensivos, generosos e tolerantes com a gente.

“Pô, meu chefe é um ‘pai’ pra mim", diz o jovem funcionário.“Ela é uma ‘mãezona’", dizem as amigas de sua filha. "E aí,'brother'?”, dizem os amigos entre si, chamando-os daquiloque mais nos chateia na família, desde a infância: o irmão.Esses exemplos são usuais, frequentes e chegam aos avós etios, que usamos para tratar as pessoas de forma carinhosa e,algo típico da família, sem formalidade alguma.

É com a família que você conta na vida. É nela que primeirose procura abrigo, que se pede arrego, colo, ombro. E quandonão encontramos, haja a sorte de se ter bons amigos, de fazerparte de uma sociedade bem organizada, trabalhar numa boaempresa... ou estamos sozinhos. E se procuramos – e espe-ramos –da família ajuda, amor, compreensão e abrigo é por-que crescemos aprendendo que no ambiente familiarpressupõe-se existir amor, afinal tudo começa porque umcasal se uniu, quis ter filhos, união, ou cada um rapidamentevai para um lado, e fé, ou ninguém superaria a constante que-bra de obstáculos e concessão de perdões para se manter ovínculo, que é vital numa família.

Com a sorte que nunca vou deixar de agradecer a Deus, deter nascido Rocha Manfrin, vivo há 45 anos (taí aos que vivemquerendo saber minha idade!) em meio a duas grandes fa-mílias, que, com tantas décadas, já incorporou fortementeoutras, como a Andrade, duas delas, aliás, a Pegorer, a Qua-

gliato. Algumas mais italianas, algumas mais do tempo doBrasil colônia, mas todas brasileiras, misturadas, mesti-ças. E talvez por isso, encantadoras. E cheias de defeitostambém, os quais só devemos tratar livremente se foremda família do pai e da mãe, como se reza o código de con-duta familiar. De agregados, só nos cabe gostar. Nada defalar mal. Essa é só uma das linhas tênues dessa relação.Há também a passionalidade, o temperamento, as dife-renças, as derrapadas...

Na minha família , entre pais, mães, irmãos, tios e pri-mos, todos têm que se amar. E se isso não acontecer,

tem que deixar quieto. E temos que nos defender, se pre-ciso for. Mesmo que o outro esteja errado. Roupa suja selava em casa. Eu, particularmente, acredito que tudo quecresce em família tem uma solidez mais fácil de ser esta-belecida, mantida, herdada.

E se este periódico há exatos 4,5 anos se mantém íntegro ,confiante e com a qualidade que você verá nesta edição, devoà minha família. Aos meus parentes Odette (separação e cu-linária), Paola e André (repórteres), Sabato (diagramação earte), Zé Mário (colunista), Erik, Waneska e Beto (patrocina-dores), Maria, Dalva, Dirce e Jane (assinantes), Quagliatinhoe Netinho (incentivadores), Aldine e Cláudia (financiadoras).Fora a turma toda que vira e mexe deixa a coluna GENTEmaisbonita e mais prestigiada!

A edição está enxuta, com apenas 13 páginas editoriais, masconsistente. E chegará à internet com páginas extras, queestão sendo produzidas pelos meus... parentes. Confira no site. E boa leitura!

Flávia Rocha Manfrin| editora 360

2:°Editorial _°OraAção3: °Ponto de Vista 4:°Agronegócio _ °Meio

Ambiente6: °Gastronomia8:°Educação

9:°Meninada10: °Drops_°Gente 12:°Classificados 14:°Bem Viver 16:°Papo cabeça _°Agenda

Índice

xpedientee

2 |editorial

336600 éé ppuubblliiccaaççããoo mmeennssaall ddaa eComunicação.. TTooddooss ooss ddiirreeiittooss rreesseerrvvaaddooss.. Tiragemdesta edição: 1122 mmiill eexxeemmppllaarreess Circulação:•• ÁÁgguuaass ddee SSttaa.. BBáárrbbaarraa •• AAgguuddooss ••AArreeiióóppoolliiss •• AAssssiiss •• AAvvaarréé •• BBeerrnnaarrddiinnoo ddee CCaammppooss •• BBoottuuccaattuu •• CCâânnddiiddoo MMoottaa •• CCaa--nniittaarr •• CCeerrqquueeiirraa CCééssaarr •• CChhaavvaanntteess •• EEssppíírriittoo SSttoo.. ddoo TTuurrvvoo •• FFaarrttuurraa •• IIbbiirraarreemmaa ••IIppaauussssuu •• MMaanndduurrii •• ÓÓlleeoo •• OOuurriinnhhooss •• PPaallmmiittaall •• PPiirraajjuu •• SSããoo MMaannuueell •• SSããoo PPeeddrroo ddooTTuurrvvoo •• SSttaa.. CCrruuzz ddoo RRiioo PPaarrddoo •• TTaattuuíí •• TTiimmbbuurrii ee ppoossttooss ddaass rrooddoovviiaass CCaasstteelllloo BBrraannccoo,,RRaappoossoo TTaavvaarreess,, EEnngg.. JJooããoo BBaappttiissttaa CCaabbrraall RReennnnóó ee OOrrllaannddoo QQuuaagglliiaattoo.. Redação e Co-laboradores: FFlláávviiaa RRoocchhaa MMaannffrriinn ‹editora, diretora de arte e jornalista responsável |Mtb 21563›, LLuuiizzaa SSaannssoonn MMeennoonn ‹revisão›, OOddeettttee RRoocchhaa MMaannffrriinn ‹separação, re-ceitas›, AAnnddrréé AAnnddrraaddee SSaannttooss ‹correspondente_ [email protected]›, PPaaoollaaPPeeggoorreerr MMaannffrriinn ‹repórter especial›, eeCCoommuunniiccaaççããoo ‹realização›. Colunistas: GGuuccaaDDoommeenniiccoo,, JJoosséé MMaarriioo RRoocchhaa ddee AAnnddrraaddee,, FFeerrnnaannddaa LLiirraa,, TTiiaaggoo CCaacchhoonnii e FFaabbiioo FFeelldd--mmaannnn Ilustradores: FFrraannccoo CCaattaallaannoo NNaarrddoo,, WWeelllliinnggttoonn CCiiaarrdduulloo e SSaabbaattoo VViissccoonnttii Im-pressão: FFuullllggrraapphhiiccss.. ARTIGOS ASSINADOS NÃO EXPRESSAM NECESSARIAMENTE A OPINIÃODESTA PUBLICAÇÃO.. Endereço: PPrraaççaa.. DDeeppuuttaaddoo LLeeôônniiddaass CCaammaarriinnhhaa,, 5544 -- CCEEPP 1188990000--000000 –– SSaannttaa CCrruuzz ddoo RRiioo PPaarrddoo//SSPP •• F: 1144 33337722..33554488 __ 1144 99665533..66446633 •• Redação eCartas: 336600@@ccaaddeerrnnoo336600..ccoomm..bbrr •• Publicidade e Assinaturas: ccoommeerr--cciiaall@@ccaaddeerrnnoo336600..ccoomm..bbrr •• Edição On Line: wwwwww..ccaaddeerrnnoo336600..ccoomm..bbrr aaggoossttoo//22001100

Ora,Ação!

Família. A mais incrívelrelaçãoque

podemoster com

as pessoas

“ O temor do Senhor é oprincípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.”

Flavia, adorei o 360!!!! O Shai trouxedois exemplares e devorei cadapalavra. Quero acompanhar essa maravilha de jornal. BjoLaura Zacura Oliva Alon, Kfar Saba, Israel

“Vinho? Vinho. Banho?Banho. Pinho? Pinho. Pranto?

Pronto! E o dia passa rarefeito....LZ (de um agora atroz)

Provérbios 1, VS 7

orreioc

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3 | ponto de vista

Quem morou em Santa Cruz nos anos1960/1970 talvez se lembre de um clubebastante precário, tipo “feito em casa”,oferecia pouco conforto para os associ-ados, apenas o suficiente: Clube Náutico.

No enorme campo de futebol, uma bicad’água limpa e fresca perto do escan-teio que a gente bebia improvisandofolha de inhame no lugar de copo. Nalateral do campo, eucaliptos gigantes.

Mais tarde, construiu-se uma quadra decimento, tabela de basquete idem, quena época de chuvas inevitavelmente ala-gava. Dois vestiários simples com umadecoração de madeira pintada de ver-melho, dois trampolins (o do fundo e odo raso) e a casinha do Orlando Dal-matti – zelador do clube que aumentavaa renda vendendo caipirinha de limão,cerveja gelada e uma porção de mor-tadela abençoada. Tosca e ao mesmotempo maravi-lhosa, uma balsa demadeira sobre latões de óleo, presa porcorrente, no meio do rio, oferecia maisum item de lazer aos sócios.

O Náutico era isso e nossa animação.Como um brinde alternativo aos mais as-síduos, no tempo das águas havia asdoces e felpudas mangas-espada, cujopé ficava próximo à casa do Orlando –que odiava quando dava chuva de ventoe caíam as frutas no chão para alegriada molecada.

Zelador responsável, Orlando levava asério seu ofício, o que fazia dele nossovilão favorito. Alguns mais maldosos ati-ravam pedras nas lâmpadas dos postesperto do Náutico para deixá-lo no breu,ao voltar de noite para casa.

No Náutico, vi pela primeira UmbertoMagnani e sua namorada Cecília, de SãoPaulo. Artistas. Ao vivo não pareciam es-quisitos, mas me disseram para nãochegar perto, eles eram de teatro.

Aos sábados de manhã se reunia parajogar bola a turma do Padaia, Gavião,Carlinhos Gomes, Milão, Pé de Chumbo,Frei Lorenzetti, Turcão, Cláudio e Zé Ed-uardo Catalano e, de vez em mui-toquando, meu pai, Lineu, pegava no gol.A reunião pós-jogo coroava o lazer doshomens. Não faltava cerveja, caipirinha,mortadela e as análises táticas daquelesPelés e Rivelinos injustiçados.

Nós, Santacruzenses, torcedores da Es-portiva, éramos felizes com aquela águaescura que cortava nossa cidade comouma veia indispensável à sobrevivência.

Hoje, em tempos de cloro e azulejo, orio Pardo é meio brega, pobre e natu-ral. As pessoas sofisticaram bastante,não toleram mais pisar no barro. Talvezesta mentalidade explique o descaso ou– no mínimo – o pouco caso que setem com o nosso glorioso Pardo. Pareceum incômodo. Mas não há o que fazer,ele está ali, desde sempre e mesmoantes de fincarmos o primeiro ali-cerceda igreja matriz.

Para nós, Santacruzenses, o rio Pardo éum patrimônio – para não dizer, nossarazão de existir neste lugar. Além defísico, é também patrimônio cultural. Deledependemos mais do que sabemos ouimaginamos. Nossas células estão en-charcadas de suas águas, literalmente,bebemos o rio. Real e psicologicamente.

O Clube Náutico à beira do rio não éuma saudade na memória. É parte daminha história. Todo dia eu nado no rioPardo, mesmo morando a 350 km dele.Eu nado, não duvide. Segundo o Micuim,o rio Pardo é nos-so (meu e dele). Nos-sos pais nos deram. Não tente nos tirá-lo, senão você se ferra!

*Músico e escritor santa-cruzense que vive emSão Paulo | [email protected]

www.gucadomenico.com.br

*Guca Domenico

EM vez de educar,vigiar?!

*Fernanda LiraNão estamos na época de Cabral e do descobrimento, muito pelocontrário. Parece que as aulas de sociologia, os livros AdmirávelMundo Novo e 1984, ou que o filme Blade Runner, viraram realidade.A tecnologia é rotina, corriqueira e acessível a todo cidadão. O quedeixa a gente com vontade de sair correndo é quanto essa tecnolo-gia nos priva de valores que mereciam ser mais que resguardados,mas reverenciados e ensinados, mais e mais.

O mundo moderno poderia ter aprendido a ser mais honesto. A con-fiar mais. A merecer mais confiança. E não estou falando de consumoe conduta frente à sociedade de consumo. Falo de relações quefazem parte da vida da gente desde criança: família, escola e diver-são. E com o tempo, trabalho também.

Estamos em pleno século 21 e a educação perdeu o sentido para paise mestres. Pelo menos é o que parece quando vemos pais achandoa maior graça na falta de educação, nos modos e conversas, dos fi-lhos. Inclusive em relação a eles próprios. Aceitam ser tratados semo menor respeito. Aquele papo de “respeite os mais velhos”, morreu.Uma pena, porque ele poderia ter evoluído. Mas involuiu. Poderia tervirado: “ame os mais velhos”. Mas virou um “dane-se quanto tempovocê viveu, se é meu avô, professor, tia, pai, mãe. A Rede Globo exibeem seu Jornal Nacional (14/7/2010) – um dos maiores programas detoda a TV brasileira em termos de audiência – uma matéria que re-presenta muito bem uma triste realidade. A do domodismo.

Em vez de aprender a lidar com a nova geração, afinal todas trazemesse desafio de relacionamento, assim como tem prevalecido em todoo mundo, um colégio tradicional, que congrega mais de dois milalunos no Estado do Rio de Janeiro (um dos mais antigos em ter-mos de educação, afinal, ali começou a nossa colonização, ali se ins-talou a família real brasileira, ali tivemos nossa primeira capitalnacional) tomou o fácil – e vexaminoso – caminho da vigilância. Paracoibir atitudes incorretas, instalou câmeras de TV. Inclusive nos ba-nheiros, fato que deu toda a repercussão que a notícia teve em todaa imprensa nacional.

O mesmo vemos em casas noturnas, condomínios, residências. E notrabalho. Mas o Grande Irmão a nos vigiar não é um ser do mau quedomina o mundo. É o próprio homem comum. A mãe, o avô, os pro-fessores, os presidentes de clubes e agremiações. Enquanto esses vi-giam a tudo e a todos, a moçada reage invadindo com a mesmaproporção e intensidade a privacidade alheia. Valendo-se da banali-dade que tornou-se a fotografia, infelizmente, captam, guardam e di-vulgam imagens uns dos outros, sem qualquer critério, consideraçãoe consentimento. Mas estão aprendendo com quem?

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o Nardo

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NÁUTICO

*Jornalista da capital que adora o interior | [email protected]

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Aa grandes usinas de açúcar e álcool daregião estão adiantadas no cronograma deerradicação das queimadas para realizaçãoda colheita, prática que passa a serproibida por lei a partir de 2021. Já em2010, os índices de diminuição dequeimada variam de 70% (caso das usinasAgrest, de Espírito Santo do Turvo, eCosan, unidade de Ipaussu) a 97,5%, nú-mero alcançado pela Usina São Luiz, deOurinhos. Essa realidade, que tira do setora responsabilidade sobre a poluição do ar edegradação do solo, traz uma grande mu-dança à região se considerarmos a áreadedicada ao plantio de cana, presente emtodos os municípios em torno das usinas,especialmente Santa Cruz do Rio Pardo,um dos maiores municípios de todo o Es-tado e com área propícia ao plantio, alémde São Pedro do Turvo, Canitar, Chavantese Bernardino de Campos, que supremessas empresas.

Cidadania e ação pública – Entre asrazões para essa mudança de forma tãoadiantada, cerca de uma década, constamas pressões que o mundo global faz às em-presas que querem se manter competiti-

vas: quem polui e não toma providências,além de prejudicar o meio ambiente, tendea perder bons negócios e oportunidades.Outra razão que contribui fortemente foi oprotocolo proposto pelo governo estadual eassinado pelo setor, prevendo a anteci-pação do fim das queimadas em todo o Es-tado para 2014.

Grandes investimentos e áreas –Osinvestimentos nessa nova realidade sãovultosos, apesar de não divulgados oficial-mente. Estima-se uma colhedeira nova novalor de R$ 500 mil. E as áreas de erradi-cação das queimadas são grandes. A UsinaSão Luiz, do Grupo Quagliato, começou acolher cana crua, com máquina, em 1998.Hoje, opera com 20 colhedeiras em 24,6mil hectares (cada um deles equivale a milmetros quadrados ou a um quarteirão), se-gundo Manoel de Andrade, engenheiroagrônomo da empresa. O excedente – ape-nas 2,5% — ainda requer solução para acolheita mecânica. Esse tipo de área tendea ser substituída por outras culturas, assimcomo deverá ganhar soluções do setor deimplementos agrícolas, os fabricantes demáquinas.

No caso da Cosan, 70% da cana é colhidacrua nos 22,3 mil hectares que suprem aunidade de Ipaussu. Maior empresa dosetor do país, com 23 usinas, 21 delas noEstado de São Paulo, onde concentra 95%de sua produção, a Cosan estima moercerca de 60 milhões de toneladas de canana safra 2010/2011, iniciada em abril.

Efeito cascata — Com essa nova reali-dade, também os pequenos produtores emoradores do campo e das pequenascidades deverão perder o hábito dequeimar a terra, inclusive de quintais,como forma de tirar mato ou durante oprocesso de preparo do solo para plantios.A fiscalização também tende a melhorar.

4 | agronegócio _ meio ambiente

Pelo menos 70% da colheita da cana plantada na região queseguem as usinas Agrest, Cosan e São Luiz são feitas sem uso dequeimadas, mas com a cana crua sendo cortada por máquinas

QUEIMADAS diminuem até 97,5%na região com colheita mecanizada

Colhedeira mecânica da Cosan deIpaussu em canavial de Santa Cruz

do Rio Pardo. Cana colhida crua,solo sem queimar, ar sem fuligem

Foto: Flav

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Eu me emocionei. Assim como aconteceuquando vi São Paulo mais bonita, menos dese-legante graças à diminuição da poluição visualque sempre lhe foi característica. A notícia émesmo boa: a selva de concreto assume a im-portância de ter pessoas cuidando das praças.Zelando por elas. Não se trata de policiar, masde zelar. E isso já é uma notícia e tanto: cercade 1274 zeladores serão contratadospela prefeitura de São Paulo para cuidardas praças da cidade.O projeto, a ser postoem prátca até o final do ano, é parceria das se-cretarias de Desenvolvimento Econômico e doTrabalho, Verde e Meio Ambiente e da Coorde-nadoria de Subprefeituras.

A ação já formou 735 profissionais, queaprenderam jardinagem para cuidar davegetação e fazer pequenos reparos naspraças, como um bom zelador. A emoçãoque senti foi a que tanto me vem à mentequando atravesso o quarteirão da praça que mesepara a casa da redação do jornal. Era tãoflorido, bem decorado de plantas, o “Jardim”,como sempre foi conhecida a praça DeputadoLeônicas Camarinha. Os bancos, semprelimpos. As alamedas sempre varridas. As plan-tas sempre nutridas, podadas. As lâmpadassempre acesas ao entardecer e por toda a noite.E a fonte, ah, a fonte a nos surpreender comseus desenhos coloridos em jatos d’água, numaprogramação variada entre jogo de luz e saídasd’água, o que só contecia aos sábados, domin-gos e em ocasiões festivas. O que mantinhaaquele lugar tão organizado, respeitado eaconchegante, atraindo as pessoas para ali seencontrarem, as crianças para brincar, os casaispara namorar... era a figura severa e constantedo jardineiro.

Como metia medo em nós, pequenos traquinosque vivíamos a sorte de crescer brincandonuma grande praça, bastava atravessar arua. Ele impunha, dia e noite (de-

viam dividir-se emturnos), as regras que todo

cidadão devia seguir. De todasas idades. E era re-spei-tado por todos.Pelos jovens, queaceitavam a bronca de cabeçabaixa quando pisavam no banco, sen-tavam sobre o encosto, pisavam na grama ou seentusiasmavam demais com o namoro. Aosadultos, que sabiam se comportar, bastavapassear aos domingos, ler o jornal, ver os ami-gos, passear com o companheiro, levar os fil-hos, para constatar que a praça estava comosempre: em ordem, digna, impondo-se comolugar aberto a todos,sem distinção, masdigno e merecedor detodo o respeito. Algoque aprendemoscom o jardineiro ou,agora, com o zelador.

agricultura sustentável*Fabio

Feldmann

SINALVERDE

No mundo do século XXI, o temado meio ambiente vem adquirindouma relevância especial a partirde certas questões como o aque-cimento global. A alta concentra-ção de gases efeito estufa naatmosfera, conseqüência dos atu-ais padrões de produção e con-sumo, está fazendo com que essefenômeno se intensifique, trazendoconseqüências irreversíveis que jápodem ser sentidas em nosso co-tidiano.

Diante desse cenário, a agricul-tura, uma das principais atividadesprodutivas do Brasil, já está sendoimpactada negativamente emdecorrência da elevação da tem-peratura, que provoca umadiminuição das regiões aptas parao cultivo. Dessa forma, o pro-blema da fome poderá se agravarde forma significativa, principal-mente nas áreas mais vulneráveisdo planeta. Segundo o estudo“Aquecimento Global e a NovaGeografia da Produção Agrícolano Brasil”, desenvolvido pela Em-brapa e Unicamp, “o aquecimentoglobal pode provocar perdas nassafras de grãos de R$ 7,4 bilhõesjá em 2020 – número que podesubir para R$ 14 bilhões em 2070– e alterar profundamente a geo-grafia da produção agrícola noBrasil”.

Ainda segundo o estudo, a sojadeve ser a cultura mais afetada,podendo ter perdas de 40% emsua produção em 2070, no piorcenário. O café arábica poderáperder até 33% da área de baixorisco em São Paulo e MinasGerais e o milho, o arroz, o feijão,o algodão e o girassol poderãoter forte redução de área de baixorisco no Nordeste, com perdassignificativas na região. A man-

dioca terá um ganho real de áreade baixo risco, mas sofrerá per-das no Nordeste, e a cana-de-açúcar poderá ser beneficiada emtermos de área para sua pro-dução.

No entanto, as soluções para odesafio das mudanças climáticasencontram-se dentro da própriaatividade agrícola: um uso maisadequado do solo, com aadoção, por exemplo, do plantiodireto e técnicas mais eficientes,além da redução do uso de ferti-lizantes, podem evitar o desmata-mento, aumentar a remoção degás carbônico da atmosfera eainda recuperar o solo. Segundodados da ESALQ – USP, o sistemade plantio direto, praticado em30% da agricultura nacional, pro-move a mitigação de 9 milhõesde toneladas de carbono por ano.

Parte expressiva do setor doagronegócio do Brasil tem cons-ciência de que é possível praticaruma agricultura de alto valoreconômico e ao mesmo tempopromover a conservação dos re-cursos naturais. É preciso demons-trar que a conservação dessesrecursos pode trazer ganhos aosagricultores, principalmente aospequenos e médios, que poderãose beneficiar com as políticas decrédito e financiamento associa-das à idéia de pagamento porserviços ambientais.

Dessa maneira, melhorando omanejo das culturas e das áreasde pasto, podemos dar grandespassos rumo à maior sustentabi-lidade da produção agrícola, con-tribuindo para a perenidade destaatividade tão importante para opaís.

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*Ambientalista, criador e participante de várias organizações não gov-ernamentais, como a Fundação SOS Mata Atlântica. Foi deputado federal (1986-98), Secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (1992-95), criador doFórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (2000) e do Fórum Paulista de MudançasClimáticas Globais e de Biodiversidade (2005). Atualmente, dirige um escritóriode consultoria ambiental, que busca promover os princípios do desenvolvimentosustentável nos diversos setores da economia. • ffconsultores.com.br

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A mesmapraçaFlávia Manfrin_editora 360

�BOA notíciado mês

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As longas viagens dos desbravadoresdesse imenso país renderam-nos re-ceitas para lá de deliciosas e muito boaspara o tempinho frio do inverno, pois sãocheias de energia, ou calorias, como vocêpreferir. Nesta edição, temos o feijão tropeironuma receita muito fácil de fazer, desde que bemequilibrados os ingredientes. A delícia é feita nos al-moços da casa do casal Edméia e Paulo Corazza, sob abatuta da Regina Célia Martins.

Na cozinha da dona Odette, que preparaos pratos para as fotos, incluímos umpouco de torresmo que ela faz assado,diminuindo um pouco a quantidade dalinguiça e do bacon para não ficar pe-sado. Experimente, pois se é servido nacasa do Dr. Paulo seguramente faz bem,já que ele é um guardião da saúde e dalongevidade vivida com em boa forma,saúde e muita disposição.

Receitaque Regina Céila Martins faz para Edméia Corazza

Receitade Marcos Zanette

6 | gastronomia

IInnggrreeddiieenntteess::1/2kg de feijão cozido edepois lavado1/2 pacote de bacon fritobem sequinho1/2kg de linguiça josefinafrita sequinha1 pacote de couve cortadafininhafarinha de mandioca a olho1 cebola ralada

PPrreeppaarroo::Frite a cebola e junte a lin-guiça e o bacon (já fritos),o feijão cozido, a farinhade mandioca e o sal. Mexabem e por último junte acouve. Mexa bem.

Feijão Tropeiro IInnggrreeddiieenntteess::2/3 do copo do liquidi-ficar de água2 ou 3 limões graúdosespremidos 1 xícara de açúcar cristal 6 cubos de gelo1 colher de sopa de leitePPrreeppaarroo::Encha 2/3 do copo deliquidificador com água.Esprema os limões

coando as sementes.Acrescente o açúcar e ogelo. Bata muito bem.Pare de bater e acres-cente o leite. Bata maisum pouco. Pode servir. Emanter na geladeira, nãovai ficar amargo. A receitavale também para outrasfrutas cítricas, comomaracujá, acerola, laranjae morango.

Limonada refrescante

FEIJÃOtropeiro da casa daEdméia

SUCOdelimão

Flávia Manfrin_editora 360

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O que é Folclore – Podemos definirfolclore como um conjunto de mitos e len-das que as pessoas passam de geração emgeração. Muitos nascem da pura imagi-nação, principalmente dos moradores dointerior do Brasil. São narrativas criadaspara passar mensagens importantes ouapenas para assustar as pessoas. Muitasderam origem a festas populares queocorrem pelos quatro cantos do país.

As lendas são estórias contadas atravésdos tempos. Misturam fatos reais compura fantasia de seus contadores. As len-das procuram dar explicação a aconteci-mentos misteriosos ou sobrenaturais.

Osmitos têm forte com-ponente simbólico. Comoos povos antigos não con-seguiam explicar fenôme-

nos da natureza de formacientífica, criavam mitos pa-ra dar sentido às coisas domundo. Os mitos tambémserviam para transmitir co-nhecimentos e alertar as pes-soas sobre perigos, defeitos ouqualidades do ser humano. Deu-ses, heróis e personagens sobre-naturais se misturam com fatos darealidade para dar sentido.

Personagens do nosso folclore

Boitatá_Representado por uma cobrade fogo que protege as matas e os animais.Persegue e mata aqueles que desrespei-tam a natureza. Acredita-se que esse mitoé de origem indígena e seja um dos pri-meiros folclores brasileiros. Foram en-contrados relatos do boitatá em cartas dopadre jesuíta José de Anchieta, em 1560.Na região do Nordeste, é conhecido como“fogo que corre’’.

Boto_Acredita-se que a lenda surgiu naregião amazônica. É representadopor um homem jovem, bonito echarmoso que encanta mulheresem bailes e festas. Após a conquista,levas as jovens para a beira de um rioe as engravida. Antes da madrugadachegar, ele mergulha nas águas dorio e se transforma em boto.

Curupira_ Também protege asmatas e animais silvestres. Repre-sentado por um anão de cabeloscompridos e com os pés virados paratrás, persegue e mata todos aqueles quedesrespeitam a natureza. Quando al-guém desaparece na mata, muitos ha-

bitantes do interior acreditam que é obrado curupira.

Mãe-D’água_ Também chamada deIara, na mitologia universal há um perso-nagem muito parecido com ela, que é asereia. Tem um corpo metade mulher emetade peixe. Com seu canto atraente,consegue encantar os homens e levá-lospara o fundo das águas.

Corpo-Seco_Assombração, que fica as-sustando as pessoas nas estradas. Emvida, foi um homem muito malvado quesó pensava em fazer coisas ruins, che-gando a prejudicar e maltratar a pró-pria mãe. Após sua morte, foi rejeitadopela terra e teve que viver como umaalma penada.

Pisadeira_ Velha de chinelosque aparece de madrugada parapisar na barriga das pessoas, pro-vocando falta de ar. Dizem que cos-tuma a aparecer quando as pessoasvão dormir de estômago muito cheio.

Mula-sem-cabeça_ Surgido naregião interior, conta que uma mu-

lher teve um romance com um

padre. Como castigo, em todas as noitesde quinta para sexta-feira é transformadanum animal quadrúpede que galopa esalta sem parar, enquanto solta fogo pelasnarinas.

Mãe-de-ouro_ Representada por umabola de fogo, indica locais onde se encon-tra jazidas de ouro. Também aparece emalguns mitos como uma mulher luminosaque voa pelos ares. Em alguns locais doBrasil, toma a forma de mulher bonitaque habita cavernas e atrai homens casa-dos, fazendo-os abandonar suas famílias.

Saci-Pererê_ Um menino negro de umaperna só. Usa cachimbo e um gorro ver-melho que lhe dá poderes mágicos. Viveaprontando travessuras e se diverte muitocom isso. Adora espantar cavalos, quei-mar comida e acordar pessoas com gar-galhadas.

8 |educação

Paola não fez amenor cerimôniapara se transformarno sapeca e traquinaSaci-Pererê, um deseus personagensfavoritos do folclore

foto: Flav

ia Roc

ha | 360

NOSSAS lendas e mitosO Folclore é uma das minhasdatas prediletas. Tem muitas

histórias, muita fantasia e muitaanimação. Então, nesta ediçãovamos contar um pouco sobre ofolclore, que é comemorado no

dia 22 de agosto. Dê uma espiada. Tenho certeza quevocê vai viajar pelas diversashistórias que vamos contar!

Paola

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Respostas doPassatempoda Pag. 13:

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Alvinho viajou, Pingo ficou. Pensandono Pingo, em deixá-lo feliz, de todo

lugar Alvinho enviava uma foto dos ca-chorros do lugar. De Barcelona na Es-panha, de Copenhague na Dinamarca,de Gotemburgo na Suécia, de Londres,de Lisboa. E a cada foto daqueles cachorrosmaravilhosos, bem cuidados, penteados, fe-lizes, que chegava, Pingo arranjava uma pulgaatrás da orelha, um ciúmes, um medo deperder o lugar nocoração do Alvinho.O tiro saiu pela cula-tra. Pingo pensou: ofilme Toy Story.

Como foi mesmo queacabou? Alvinhovoltará só, ou acom-

panhado?

9 I meninada

DDiissppoonníívveell eemm SSttaa.. CCrruuzz,, OOuurriinnhhooss,,IIppaauussssuu,, CChhaavvaanntteess,, BBeerrnnaarrddiinnoo ddee

CCaammppooss,, CCaanniittaarr ee EEssppíírriittoo SSttoo.. ddoo TTuurrvvoo

PINGO

arte: personagens Wellington Ciardulo| 360 fundo: © Michael Smith | Dreamstime.com

Preencha o diagrama usando letras iguais para símbolos iguais. Nas casas de cor VERDE surgiráo que se comemora em 22 de agosto. Depois de preencher, indique o nome de 6 mitos que apare-cem no quado com o Pingo! 1) Também conhecida como Iara. 2) É muito traquina. 3) Tem os péspara trás. 4) Indica mina de ouro. 5) Engravida moças desavisadas. 6) Onde vivem a maioria dosmitos. 7) Tem forma de serpente. 8) É um animal quadrúpede. (use 2 linhas do quadro). 9) Animalque uiva pra lua. 10) Foi malvado em vida. 11) Pisa na barriga de comilões. RESPOSTAS: PÁG. 12

P a s saatem

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doPi n g o

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bienal doLivro

O curador da 21ª Bienal do Livro deSP, Walcyr Carrasco, anunciou queartistas do teatro e da TV, como AryFontoura, Paulo Goulart, Regina

Duarte e Nívea Stelmann estarão noPalco Literário da Bienal. Ali, o

público poderá vê-los transformandoa palavra escrita em em expressão

artística e entretenimento.Bienal do Livro: de 12 a 22/08no Pavilhão de Exposições do An-

hembi, em São PauloInfo.: www.bienaldolivrosp.com.br

PRÊMIOagroambiental

Para estudantes de cursos técnicos, univer-sitários e pesquisadores que apresentarem

propostas para novas práticas agrícolas e paraa conscientização socioambiental.

Os vencedores receberão o troféu, viagens aeventos internacionais relacionados aos

temas do concurso e notebooks. Inscrições: até 16/8/2010

Regulamento: www.premiomonsanto.com.br

PRÊMIOSantander Para alunos, professores,

pesquisadores e instituições deensino superior. O Prêmio Santander Universidades

contempla quatro categorias:Ciência e Inovação, Empreende-dorismo, Universidade Solidária eGuia do Estudante, num total deR$ 1 milhão em prêmios e bolsas

no Babson College. www.santanderuniversidades.com.

br/premios.Inscrições : até 27/8/2010

CONCURSOde redaçãoA alunos do ensino médio de escolas públicas,particulares e cursinhos pré-vestibularespodem participar do Concurso de Redação

Camélia da Liberdade, promovido pelo Centrode Articulações das Populações Marginal-

izadas (CEAP). O tema deste ano é João Cân-dido – 100 anos da Revolta da Chibata,” quetrata da história do marinheiro líder da

primeira revolta no Brasil República. Cada es-cola inscrita recebe um kit de apoio e realiza

concurso interno, devendo indicar seisredações para serem analisadas pelo concurso.Os prêmios são um notebook e impressora mul-tifuncional para o aluno, um notebook para oprofessor orientador e um laboratório de infor-mática com 10 computadores para a escola. O Ceap lançará um livro com as 30 melhores

redações do Rio e de São Paulo. Inscrições até 31/08 _ www.portalceap.orginpb.projetocamé[email protected] _F: 11 3106l.7051

10 | drops _ acontece

fotos:FlaviaRocha 360

Noite de Gala ANIVERSÁRIO DO Ica

_SCruz

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11 |gente

Pop Rock jovem_MAFAGAFOS no Barrica_SCruz

Rock Veterano_NO FATE no Ica_ SCruz

fotos:FlaviaRocha 360

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AUTOS • SEGUROS • FINANCIAMENTOS

CASA

SAÚDE • BELEZA • DIVERSÃO

EMPREGOS

TRABALHOS FREE LANCERDigitador (bom em Português) Layoutista (Corell-Photoshop)

Vendedor - EntregadorCVs p/ [email protected]

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ADOS

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BARES • RESTAURANTES • COMPRAS

CASA • BELEZA

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Quem não quer ser magro hoje em dia? Seja pela pres-são estética a que somos todos submetidos, seja pelabusca de saúde, a luta contra o aumento e o excesso depeso é contínua. Magrela que sempre fui, a ponto de tervergonha do corpinho longelíneo e muito magro queDeus me deu, percebi que o tempo muda mesmo o me-tabolismo da gente. Tanto que me trouxe a seguintesabedoria: Aos 30, tudo que você come, fica. E aos40, tudo que você come, aumenta. Sim, é um tro-cadilho para ser engraçado, mas que nos traz o de-safio de lidar com a delícia que é comer versus asconsequências que isso pode trazer para o corpi-nho sarado e para a saúde, claro.

Porém, andei lendo algo que tem aparecido namídia como um grande trunfo para famintos quenão querem engordar. Trata-se da Caralluma Fim-briata, uma planta da qual é feito um medicamentofitoterápico –natural, portanto – que além de reduziro apetite também contribui para a redução da gor-dura na área abdominal.

Para nos certificar se isso é mesmo uma boa notícia, pro-curamos dois profissionais que podem ajudar a avaliar sedevemos ou não tomar um medicamento, mesmo sendonatural: um médico, e um farmacêutico. Aliás, no caso,as doutoras Waneska Pegorer Manfrim, farmacêutica dasmelhores de Santa Cruz do Rio Pardo, e a endocrinolo-gista Susel Rodrigues Feiz Nardinelli, de Avaré. Atravésdelas, apuramos que a Caralluma realmente vem sendobastante indicada para emagrecimento. E que, como todomedicamento, deve ser usado com bom senso e orienta-ção de um profissional, seja da área médica ou farma-

cêutica, já que o produto não exigeprescrição médica, a famosa "re-ceita", nem é de uso controlado.

Muito criteriosa, a Dra. Waneskadisse que é comum o consumo da Ca-ralluma de forma isolada, em cápsulas ouassociada a outros fitoterápicos, como aalcachofra, que ajuda na digestão, o cháverde, que queima calorias e o cár-temo, que age no metabolismo. Atra-vés dela, obtivemos dados queexplicam que a Caralluma é umaplanta encontrada na selva da África,nas Ilhas Canárias, Índia, Arábia, Eu-ropa e Afeganistão. E que é um legumede uso diário na Índia tribal, sendo con-sumida para inibir o apetite e aumentar aresistência em dias de caça.

Quando o assunto é emagrecimento, segundodados fornecidos pela farmacêutica, acredita-se

que a Caralluma bloqueie a atividade de várias enzi-

nas que formam blocos de gordura, especialmente do ab-dômem, forçando que reservas gordas sejam queimadas.Também acredita-se que a Caralluma aja no mecanismode controle de apetite do cérebro. Os estudos tambémapontam a ausência de efeitos adversos e que a planta nãotem toxicidade conhecida. A dose recomendada seria de1 grama ao dia antes das refeições ou conforme orienta-ção médica.

Visão médica — Sobre a prescrição da Caralluma pelapelos especialistas em emagrecimento, os endocrinolo-gistas, a Dra. Susel, explica que não é comum, em razãoda falta de publicação de estudos científicos que provemseu efeito no homem. Ela acrescenta que apesar de nãoser indicada por sua especialidade, a Caralluma é muitousada por médicos clínicos e cirurgiões plásticos.

Em meio a essas informações, vale ler muito a respeito econfirmar com um médico de sua confiança se a Cara-lluma Fimbriata pode ser uma boa para você. Vale a penainformar-se antes, poder esclarecer dúvidas com essesprofissionais. Uma busca na internet ajuda bastante, masdeve ser sempre muito criteriosa, vale lembrar.

14 | bem viver

COMER menos sem sofrer,nem se

drogar.

©Sv

etap

| Dream

stime.co

m

Planta de origem africana e sem efeitos colaterais aparececomo solução para controlar o apetite e a balançaFlávia Manfrin_editora 360

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Já vou avisando que esta é uma co-luna mal humorada, assinada por umsujeito que tem o costume de fre-quentar vários shows e por conse-quência se irritar com a famigeradacultura da área VIP, aquele cercadoque fica logo em frente ao palco,com uma visão privilegiada e trata-mento idem.

Não, não tenho nada contra o fã quejunta seu suado dinheiro para ficarmais próximo do ídolo e curtir a apre-sentação num lugar único. O pro-blema é que essas pessoas são umaminoria.

Explico. Dentro da área VIP o quemais se vê são pessoas que: a) ouganharam seu ingresso do patroci-nador do evento; b) ou estão aliporque pagaram caro “pra curtir abalada longe do povão”, independen-temente de quem está tocando. Re-sultado: quem está mais próximo dopalco e seria “responsável” pelacatarse provocada pelo artista é jus-tamente a pessoa que não está nemaí pro que acontece logo ali na sua

frente. Isto quando a venda na áreaVIP não fica aquém das expectativas,fazendo surgir aquele vão entre osabonados (ou sortudos) e o restante.

Este ano percebi com exatidão essefenômeno ao assistir dois shows(março e maio) do Jorge Ben Jor,ambos em Bauru, um com e outrosem área VIP. Diferença absurda dareceptividade da plateia em doisshows idênticos. Sem área VIP, quemqueria namorar ou falar no celular fi-cava lá atrás ou ia pro bar. Com ela,tais pessoas ficavam na frente dopalco, causando a falsa impressão deque o show não era empolgante. Ju-ro que me senti deslocado (eu esta-va dentro do cercado, ganhei corte-sia) curtindo o ídolo e sua apresen-tação impecável. Idem no show doSeu Jorge, em 15/05, que tambémassisti da área VIP.

Imagino o quanto deve ser frustrantepara o artista ver pessoas desinte-ressadas à sua frente. Como dublêde músico eu tenho noção do que éisso...

16 | papo cabeça | agenda

* Tiago Cachoni

PELO fim daárea VIP

EEssttoouu nnaa tteerrrraa ddooss ccoonnttaa--ddoorreess ddee eessttóórriiaa,, ttooddoossaaqquuii aaddoorraamm ccoonnttaarr eess--ttóórriiaa.. PPaarraa qquuaallqquueerr aass--ssuunnttoo hháá uummaa eessttóórriiaa ee,,ccoommoo ttooddaa bbooaa eessttóórriiaa,,nnããoo ffaallttaa ppaaiixxããoo,, aammoorr,,ttrraaiiççããoo,, hheerrooííssmmoo,, aacciimmaaddee ttuuddoo nnããoo ffaallttaa oo eennttuu--ssiiaassmmoo qquuee ccoonnttaaggiiaa ee eenn--ccaannttaa ooss oouuvviinntteess.. MMee ddááuummaa ssaauuddaaddee ddaa iinnffâânncciiaa,,tteemmppoo eemm qquuee,, eemm SSaannttaaCCrruuzz,, nnóóss,, aass ccrriiaannççaass,,vviivvííaammooss eessccuuttaannddoo eess--ttóórriiaass ddooss aadduullttooss.. AAqquuiiaaiinnddaa éé aassssiimm.. UUmm ppoovvoo

qquuee ffeezz ddaa áágguuaa,, aa áágguuaa ddaa vviiddaa.. UUmm ddeesssseess aarrttííffiicceess ddaa pprrooeezzaaddiissssee uumm ddiiaa:: ""hhaabbiilliiddaaddee sseemm eennttuussiiaassmmoo éé ccoommoo uumm rriiffllee sseemmbbaallaass"".. OObbvviiaammeennttee eessttoouu nnaa EEssccóócciiaa ee oo hhuummoorr ddoo aarrttííffiiccee qquueettrraannssffoorrmmoouu aa áágguuaa eemm áágguuaa ddaa vviiddaa,, oo uuííssqquuee,, ccaannttoouu :: ""tteennhhoo oommaaiioorr rreessppeeiittoo ppeellaa iiddaaddee aavvaannççaaddaa qquuaannddoo eellaa éé eennggaarrrraaffaaddaa..""

*médico santa-cruzense que vive em [email protected]

ÁGUA da vida

ASSIS - 21/8_20h30_LIVRE:Música_ Nem sol, nem lua- Toninho Ferragutti e Quinteto de Cordas. Orepertório que vai do jazz ao forró e à música edurida épautado no CD que dá nome ao show, aclamado pelacrítica e indicado ao Prêmio TIM. : Teatro MunicipalPadre Enzo Ticinelli | Info: 14 3324.7014 Programação de agosto para Avaré, Piraju, Assis,Santa Cruz do Rio Pardo e Ourinhos no site

www.caderno360.com.br ed. 54 Programação estadual: www.circuitocultural.org. br

GGRRÁÁTTIISSCCiirrccuuiittoo CCuullttuurraall PPaauulliissttaa

foto: divu

lgação

*José Mário Rocha de Andrade

AGUDOSAGRIFAM 2010_A Feirada Agricultura Familiar edo Trabalho Rural –AGRIFAM 2010 traz in-úmeras atrações, entreum festival de música sertaneja, feirade agroindustriais e artesanato, con-curso do inventor rural (prêmios totaisde R$ 4,5 mil), demonstração demáquinas e equipamentos, semi-nários e outras atividades promo-cionais de novas tecnologias emétodos. 13 a 15/8 _ 8h - 17h -Grátis - www.agrifam.com.brSÃO PAULO7ª Feiratur - Feira Nacional de Tur-ismo Rural_ Produtos e experiências,exposição, seminários, apresentação,

de inovações, atualidades e casos desucessos do turismo rural brasileiro.13 a 15/8 _ 8h - 17hParque da Água Branca | Info:www.feiratur.tur.br104 CIDADESDia Nacional Do Campo Limpo2010_ Realizado pelas centrais de recebi-mento de embalagens vazias, prevêmuitas atividades. 18/8 www.diana-cionaldocampolimpo.org.br

AGENDA aagro

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