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Esquemas-síntese da Crónica de D. João I, de Fernão Lopes

Esquemas-síntese da Crónica de D. João I, de Fernão Lopes

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Page 1: Esquemas-síntese da Crónica de D. João I, de Fernão Lopes

Esquemas-síntese

da Crónica de D. João

I, de Fernão Lopes

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1. Capítulo 11

«Do alvoroço que foi na cidade cuidando que matavom o Meestre, e como aló foi Alvoro Paaez e muitas gentes com ele.» (pp. 73-75 do manual)

Quatro sequências do capítulo:

1.ª parte

Mobilização da população

da cidade pelos partidários do Mestre

de Avis 

APELO

2.ª parte

A multidão rodeia

o Paço e ameaça invadi-lo

   

MOVIMENTO

3.ª parte

O Mestre de Avis surge

à janela e dirige-se

à multidão para a pacificar

  CONFLUÊNCIA

4.ª parte

O Mestre é informado

acerca do perigo em que se

encontra o Bispo de Lisboa

  SEPARAÇÃO

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Iminente invasão do Paço.

Clímax do capítulo: aclamação do Mestre.

A multidão força

o aparecimento do Mestre

à janela

Iminente invasão d PaçoIminente invasão do Paço

A multidão sente que a vida

do Mestre de Avis está em perigo

e deseja salvá-lo, invadindo o

Paço

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Narrador:

mostra as intenções das personagens

mostra as emoções das personagens

narra o plano da morte do conde Andeiro

Plano da morte do Conde Andeiro ― percurso da mensagem arquitetado por Álvaro Pais e pelos partidários do Mestre:

Ruas d

e LisboaRuas de Lisboa

Anúncio de que o Mestre corre

perigoPajem

A multidão acorre ao Paço

Iminente invasão d PaçoOmnisciente

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Personagens: a multidão, «como viuva que rei nom tinha».

«as gentes», «todos»,

«a gente», «aquelas gentes»,

«as donas da cidade»

2.º momento: movimento de dispersão

alívio, serenidade e satisfação

1.º momento: movimento de concentração

indignação, revolta e agressão

Multidão — personagem coletiva

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Pajem e Álvaro Pais: cumprem o plano no exterior

«todolos seus, e outros bõos da cidade […] e outros fidalgos»

Personagens: o Mestre de Avis, figura carismática.

• Populista — aparece à janela, pois pretende obter o apoio da população;• Gentil — dirige-se à multidão com termos afáveis;• Humano — pretende salvar o Bispo de Lisboa;• Carismático — consegue liderar a revolta contra a fação castelhana;• Desejado — a população de Lisboa acorre para o salvar, pois associa-o ao seu pai, D. Pedro I, e à ideia de independência.

Personagens: figuras do movimento de apoio à ação do Mestre de Avis.

Iminente invasão d PaçoGrupo de apoiantes

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Dinamismo da narração: marcas linguísticas.

• Utilização de verbos de movimento;• Utilização de verbos declarativos; • Utilização do imperfeito do indicativo e do gerúndio; • Recurso ao discurso direto;• Emprego de advérbios expressivos;• Campo lexical relacionado com movimento ou ruído;• Descrição de espaços de forma gradual (rua, janela do Paço, rua, Paços do Almirante).

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2. Capítulo 115

«Per que guisa estava a cidade corregida para se defender, quando el-Rei de Castela pôs cerco sobre ela.» (pp. 79-82 do manual)

Preparativos para a defesa da cidade:

Mantimentos

• Recolha de víveres;• Transporte do gado morto em embarcações;• Salga dos víveres.

• Colocação de material bélico nas torres;• Colocação de catapultas nas torres;• Atribuição de áreas de defesa (nas muralhas, especialmente) a alguns fidalgos ou cidadãos apoiados por grupos de soldados;• Combinação sobre o alarme (repicar do sino);• Torres com vigias noturnas;• Apenas oito portas da cidade abertas e guardadas por homens armados;• Chaves de algumas casas eram guardadas à noite e recolhidas no Paço.

Defesa

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O Mestre de Avis: retrato de um líder.

Atribui as tarefas de defesa

aos responsáveis

Confirma, de noite, se as muralhas

e as portas estão seguras

Confia as chaves a homens da sua confiança

Manda construir estacas para defender a zona

da Ribeira

Atribuição de funções de defesa e proteção Envolvimento pessoal nas tarefas

D. João, Mestre de Avis

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Caracterização da população da cidade de Lisboa: patriotismo e unidade.

Respeito pelas ordens do líderEnvolvimento pessoal nas tarefas

EnvolvimentoCoragemAudácia

• Fidalgos;• Elementos de várias classes sociais, como os mesteirais;

• Membros do clero;• Raparigas.

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3. Capítulo 148

«Das tribulações que Lixboa padecia per mingua de mantimentos.» (pp. 159-161 da Educateca)

Personagem principal: a cidade que sofre as consequências do cerco castelhano.

Iluminura do Cerco de Lisboa de 1384,Chroniques de Jean Froissart

(1337-1405).

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Sequências narrativas que estruturam o capítulo:

1.ª parte

Motivo das dificuldades:

• Demasiada população;

• A população das aldeias em redor

recolheu-se à cidade.

2.ª parte

Consequências económicas

do cerco de Lisboa.

3.ª parte

Consequências sociais do

cerco de Lisboa.

4.ª parte

Consequências psicológicas

do cerco de Lisboa.

5.ª parte

Conclusão emotiva do

cronista sobre o sofrimento

da cidade:• Interpelação

ao leitor;• Lamento

pelos que sofreram.

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Repercussões do cerco na vida da capital:

• Falta de produtos alimentares (sobretudo trigo);• Inflação (produtos demasiado caros).

• Aumento de doenças devido ao mau regime alimentar;• Subnutrição e consequências na saúde da população;

• Pobreza e mendicância; • Aumento da taxa de mortalidade.

• Ambiente geral de tristeza e desespero;• Discussões;

• Desejo de morte; • O sofrimento quotidiano não impede que a população

se lance ao combate quando isso é necessário.

Consequências económicas do cerco de Lisboa

Consequências sociais do cerco de Lisboa

Consequências psicológicas do cerco de Lisboa

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Postura da população face às dificuldades:

Reação do Mestre de Avis às circunstâncias em que a cidade se encontra:

Postura introvertida:as pessoas choram sozinhas

e lamentam-se;preferem a morte à desgraça quotidiana.

Postura dirigida para o exterior:os habitantes dialogam e queixam-se por saberem que sofrem pelo facto de

não se renderem aos castelhanos.

Primeira referência:comoção com o sofrimento da população(o Mestre como um ser sensível

e humano).

Segunda referência:preocupação com a população (não se confirma o rumor de expulsar

de Lisboa quem já não tivesse pão).

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Recursos expressivos que realçam o tom patético do capítulo:

• Interrogação retórica;

• Comparação;

• Exclamação;

• Hipérbole;

• Metáfora.