8
Novembro de 2009 Novembro de 2009 Novembro de 2009 Novembro de 2009 Novembro de 2009 | Ano 1 Ano 1 Ano 1 Ano 1 Ano 1 | Nº 5 Nº 5 Nº 5 Nº 5 Nº 5 Universidade Veiga de Almeida | Comunicação Social Jornal Laboratório do curso de Jornalismo Oficina de canto da UVA melhora a autoestima na Terceira Idade Grupo de alunas pratica canto para socializar e exercer a convivência, resgatando, desta maneira, o espírito jovem na 3º idade 5 Tatuar ou não tatuar? Eis a questão Ficou mais fácil marcar o corpo com a arte 4 ARTE ABRE CAMINHO PARA A CIDADANIA Há 12 anos, o projeto Fazendo Arte educa e transforma a vida dos jovens do morro do Turano na Tijuca 8 Projeto Cesta Cidadã forma promessas no Basquete e leva aluno para os EUA 7 ARTESANATO DA TIJUCA GANHA O MUNDO COM A FEIRA HIPPIE 3 Jovens garantem renda extra e conquistam o primeiro emprego com as contratações de Natal 2 Mistérios envolvem o ato de dar flores de presentes e são revelados na Rua das Flores 4 Escolinha de futebol garante diversão para crianças e treinamento para adolescentes 6

Esquina_05

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Tatuar ou não tatuar? Eis a questão Jovens garantem renda extra e conquistam o primeiro emprego com as contratações de Natal 2 Mistérios envolvem o ato de dar flores de presentes e são revelados na Rua das Flores 4 Grupo de alunas pratica canto para socializar e exercer a convivência, resgatando, desta maneira, o espírito jovem na 3º idade 5 8 Escolinha de futebol garante diversão para crianças e treinamento para adolescentes 6 Ficou mais fácil marcar o corpo com a arte 4

Citation preview

Novembro de 2009Novembro de 2009Novembro de 2009Novembro de 2009Novembro de 2009 ||||| Ano 1Ano 1Ano 1Ano 1Ano 1 ||||| Nº 5Nº 5Nº 5Nº 5Nº 5

Universidade Veiga de Almeida | Comunicação SocialJornal Laboratório do curso de Jornalismo

Oficina de canto da UVA melhoraa autoestima na Terceira Idade

Grupo de alunas pratica canto para socializar e exercer a convivência,resgatando, desta maneira, o espírito jovem na 3º idade 5

Tatuar ou não tatuar? Eis a questãoFicou mais fácil marcar o corpo com a arte 4

ARTE ABRE CAMINHO PARA A CIDADANIAHá 12 anos, o projeto Fazendo Arte educa e transforma a vida dos jovens do morro do Turano na Tijuca 8

Projeto Cesta Cidadãforma promessas noBasquete e leva alunopara os EUA 7

ARTESANATO DA TIJUCA GANHA O MUNDO COM A FEIRA HIPPIE 3

Jovens garantem renda extra e conquistam o primeiroemprego com as contratações de Natal 2

Mistérios envolvem o ato de dar flores de presentes esão revelados na Rua das Flores 4

Escolinha de futebol garante diversão para criançase treinamento para adolescentes 6

2 Novembro de 2009 | Ano 1 | Número 5

Reitor: Dr. Mario Veiga de Almeida Júnior

Vice-Reitor: Prof. Tarquínio Prisco Lemos da Silva

Pró-Reitor Acadêmico: Arlindo Cadarett Vianna

Reportagens, edição e diagramação: alunos do 6º

período, disciplina de Edição

Professor-orientador e edição final: Érica Ribeiro

AgênciaUVAgênciaUVAgênciaUVAgênciaUVAgênciaUVAAAAA

Redação: Rua Ibituruna 108, Casa da Comunicação, 2º

andar. Tijuca, Rio de Janeiro - RJ 20271-020

Telefone: 21 2574-8800 (ramais: 319 e 416)

Site: www.agenciauva.com.br

e-mail: [email protected]

Oficina de Propaganda: [email protected]

Impressão: Gráfica O Lance | Tiragem: 2.000 exemplares

UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

Jornal Laboratório Esquina Grande Tijuca

Ano 1 | Número 5 | Outubro de 2009

Pró-Reitor Comunitário: Dr. Antônio Augusto de

Andrade Magaldi

Diretor Administrativo-Financeiro: Mauro Ribeiro Lopes

Diretor do Campus Tijuca: Prof. Abílio Gomes de

Carvalho Júnior

Diretora Acadêmica: Profa Mônica Aragon

Curso de Comunicação Social reconhecido pelo MEC em

07/07/99, parecer CES 694/99

Coordenador: Prof. Luís Carlos Bittencourt

Coordenador de Publicidade: Prof. Oswaldo Senna

O Esquina Grande Tijuca é um produto da AgênciaUVA

Tecnologia ao alcance do tijucanoCentro comercial oferece qualidade e bom preçoVictor Pencak

Progresso e tecnologia caminhamcada vez mais entrelaçados nos dias dehoje. Com a chegada do shopping deinformática Promoinfo Tijuca, o bairro deuum passo largo em direção ao futuro.

Com uma gama variada de stands, oespaço oferece todos os tipos de servi-ços, desde a compra de um computadorpersonalizado até a manutenção de umaimpressora empresarial.

Segundo Juan Dias, que tem o há-bito de recarregar o cartucho de sua im-pressora no lugar, a Tijuca era carenteno quesito tecnologia. “Eu tinha que iraté o prédio da Avenida Central, na Cari-

oca, para poder comprar equipamentosde informática”.

Há um ano no local e dono de um standna entrada do shopping, Felipe Cruz afirmaque a movimentação de clientes é excelen-te. “A proximidade de uma estação de me-trô, de paradas de ônibus e do Shopping Tijucafaz o ponto ser muito lucrativo”, explica.

O shopping está localizado no cora-ção da Tijuca, na Avenida General Rocapróximo à praça Saens Peña e atendetoda a demanda da região. O horário defuncionamento é de segunda a sexta-fei-ra, das 9h às 20h. Aos sábados, as lojasficam abertas até às 19h.

Felipe Cruz abriu um stand de olho no mercado de tecnologia e na boa localização do shopping

Carta ao leitorEste semestre, uma nova turma

reiniciou o trabalho de produção do

jornal Esquina Grande Tijuca. A tare-

fa, agora a cargo da disciplina de Edi-

ção, não era fácil. Os alunos deveri-

am dar continuidade ao projeto idea-

lizado por outros colegas, com pro-

dução de pautas, apuração e edição

da publicação.

Pensar em pautas que ainda não

foram tratadas em poucos dias foi a

maior dificuldade dos futuros jorna-

listas, sem contar os atrasos nos re-

tornos dos entrevistados e a vergo-

nha desses de serem fotografados.

No entanto, mesmo com todos

os percalços vividos neste mês, os

focas deram conta do recado e con-

seguiram produzir a quinta edição do

Esquina. As matérias foram escolhi-

das de acordo com o assunto tratado

e as correlações existentes entre elas.

Assim, este Esquina está variado, com

matérias que abordam as atividades

da terceira idade aos projetos em co-

munidades carentes da região.

Aproveite e boa leitura!

Foto: Victor Pencak

Novembro de 2009 | Ano 1 | Número 5 3

O que a tijuca temO bom gosto dos artesanatos da feirahippie da tijuca encanta a todosMariana Daudt

A feira hippie da Praça Sãens Pena, a chamada feirante, éuma feira popular administrada pela secretaria municipal de cultu-ra, juntamente com a secretaria municipal de governo, funcionan-do todas as sextas e sábados, dando um colorido especial para apraça. Lá é possível encontrar uma grande variedade de produtosartesanais com preços para todos os bolsos.

Tudo começou em 1968, quando um grupo de artistas plásti-cos, com dificuldade de expor em luxuosas galerias de artes, tive-ram a iniciativa de se unir para expor seus trabalhos nas praças.Essa ação impulsionou a carreira de inúmeros artistas que faziamparte do movimento hippie, com peças bastante originais e exu-berantes dando início as feiras de artesanato, com a participaçãode vários artistas desconhecidos e inúmeros apreciadores, comoo estudante Mauro Cezar. “Vale muito a pena vir até a feirinha,pois sempre encontro ótimos preços e muita criatividade em umlugar só”, diz.

Com a proximidade do Natal, os preços e a variedade de pro-dutos ficam melhores. Mais pessoas enchem os corredores entreuma barraca e outra procurando as melhores ofertas. “Semprepasso na praça e não resisto a feirinha e já estou começando afazer minhas compras de natal”, conta a dentista Patrícia Santos.

Artesanato tipo exportaçãoPara a artesã Helena Bernardes, a feira, por esses aspectos

deveria ser considerada ponto turístico, pois tem a cara do Rio e daspessoas tipicamente cariocas. “A feira tem que ser considerada umaatração turística assim como o Cristo Redentor. Adoro trabalhar aquipois conheço gente nova e muitos turistas, que inclusive levam meutrabalho para fora”.

A feira tem varias opções de artesanato para pessoas de to-das as idades e de todos os gostos, sendo levado assim para forado país e provocando nos artesãos mais ainda a vontade de que afeira seja considerada e reconhecida como um ponto turístico.“Minhas caixas já andaram em todas as partes do mundo poisatendo vários turistas que compram em grande quantidade”, afir-ma a artesão Elida Maria.

Com toda a infraestrutura montada, a feira acontece todas assextas e sábados na Praça Sãens Pena e sempre com muitas novi-dades, inclusive de vestuário, para fazer com que mulheres e ho-mens sempre andem na moda com bom gosto e pagando barato.

Anote, guarde ou dê para alguém que precise!Anote, guarde ou dê para alguém que precise!Anote, guarde ou dê para alguém que precise!Anote, guarde ou dê para alguém que precise!Anote, guarde ou dê para alguém que precise!

Foto: www.sxc.hu/

Oportunidades à vistaContratações extra-Natal trazem apossibilidade do primeiro empregoMunich Barcelos

O fim do ano se aproxima e com ele aumenta a esperançade jovens que desejam ingressar no mercado de trabalho, mastem dificuldades, ora devido à escassez de oportunidades, oradevido à inexperiência. O comércio, em especial o dosshoppings, costuma não exigir experiência e é bem receptivoaqueles que buscam o primeiro emprego.

O Shopping Tijuca, por exemplo, prevê que serão abertaspara o período de festas em torno de 800 vagas temporárias,sendo as principais para vendedores, caixas, estoquistas,repositores e seguranças.

André Brasil, gerente da filial da Taco no shopping da Taco,menciona que a loja dá início à seleção dos candidatos emnovembro e que não exige experiência no ramo. “O candidatodeve ter garra e muita disposição para o trabalho, o resto éconsequência”, frisa o gerente, que acrescenta que mulheresa partir de 17 anos e homens com 18 anos e certificado dereservista já podem enviar seus currículos para o banco dedados da loja.

Subgerente da loja Deny Sports, Clayton Luiz, diz que aloja dá preferência a ex-funcionários ou pessoas que já te-nham prestado serviço extra-natal à loja, pois devido à gran-de gama de produtos que comercializa precisa que o profissi-onal tenha alguma experiência. “Precisamos de profissionaiságeis e de confiança, para que nosso trabalho flua com maisfacilidade”, comenta.

Mesmo sendo um trabalho temporário, o empregador devefazer registro em carteiro. Assim, para garantir que os direitostrabalhistas sejam cumpridos na íntegra, o profissional deveráapresentar a carteira de trabalho tão logo seja contratado e, casoainda não possua, poderá obtê-la com um documento de identi-ficação, que pode ser o RG, a certidão de nascimento, a certidãode casamento ou o certificado de reservista sem rasuras e embom estado, É aceito também cópia de qualquer um desses do-cumentos, contanto que devidamente autenticados em cartório.Além disso, será necessária uma foto 3x4 recente, em fundobranco – que pode ser colorida ou preto e branco. Para os es-trangeiros o procedimento é o mesmo, mas eles precisam com-provar sua condição de naturalizado por meio da carteira de iden-tidade civil. Quando a primeira carteira é emitida o nome do ci-dadão é incluído automaticamente no PIS/PASEP.

Onde tirar a Carteira de TrabalhoCPETR - Centro Público de Emprego, TCPETR - Centro Público de Emprego, TCPETR - Centro Público de Emprego, TCPETR - Centro Público de Emprego, TCPETR - Centro Público de Emprego, Trabalho e Rendarabalho e Rendarabalho e Rendarabalho e Rendarabalho e RendaRua Camaragibe, 25Segunda à sexta-feira, das 9h às 17h

SINE – Sistema Nacional de EmpregoSINE – Sistema Nacional de EmpregoSINE – Sistema Nacional de EmpregoSINE – Sistema Nacional de EmpregoSINE – Sistema Nacional de EmpregoRua Carlos Vasconcelos, 148 Loja ASegunda à sexta-feira, das 8h30 às 16h30

VIII Administração RegionalVIII Administração RegionalVIII Administração RegionalVIII Administração RegionalVIII Administração RegionalRua Desembargador Isidro, 41Segunda à sexta-feira, das 8h às 16h

4 Novembro de 2009 | Ano 1 | Número 5

As flores escondem espinhosRafael Menezes

A primavera chegou tra-zendo prosperidade para a flo-

ricultura e a chance de sur-preender a pessoa queridacom lindas flores. Mas,esse gesto pode escon-der algumas situações.

Esses momentos serão des-vendados com as histórias daRua Major Ávila, a “Rua das

Flores”, a partir desta estação.Apesar de a época ser propícia

para alavancar as vendas, os maiores lu-cros acontecem nos dias das Mães e dos

Namorados, respectivamente. Há 17 anos nafloricultura, Paulo Lima afirma que é difícilidentificar o interesse dos compradores. “Em

geral, os clientes não demonstram o porquêde estarem comprando flores”.

Mas a comerciante Márcia Fernanda,de 40 anos, reconhece variações de com-portamento em seus clientes. Segundo ela,é comum comprar flores para tentar se re-conciliar com alguém. Ela ainda destacasituação peculiar: “o marido vem comprarflores com a esposa, mas ela não aceitaporque não quer gastar. No dia seguinte,ele aparece com a amante, que escolheas flores mais caras”.

A explicação para esse fenômeno, se-gundo Márcia, está no fato que de que asesposas consideram as despesas do lar e,por isso, economizam nos caprichos. Já comas amantes, essa preocupação é inexistente.

Por mais nobre que seja a intençãode dar flores, essa atitude parece deixaralgumas palavras soltas no ar. Ainda bemque as rosas não falam.

Durante muito tempo a tatuagem foiassociada às classes mais baixas ou aoscriminosos, mas isso mudou radicalmentecom o passar dos anos. Hoje é quase unani-midade dizer que ela virou símbolo estéticoe popular, com estrelas da música, cinema,TV e até modelos exibindo seus elaboradosdesenhos. No meio de tal sucesso, os ris-cos à saúde também aumentaram.

Com o objetivo de coordenar essasquestões foi criado o Sindicato dos Estúdi-os de Tatuagem e Body Piercing. Para o di-retor-presidente do SETAP-SP, AntonioCarlos Ferrari, a população fica vulnerávelàs infecções cruzadas, principalmente aovírus da Hepatite C. “Atualmente há 5 mi-lhões de brasileiros infectados. Estamoscom o projeto de lei 2104-07, em trâmitena Câmara dos Deputados, que irá regula-mentar a atividade no Brasil”.

Na Tijuca não faltam opções – devi-damente cadastradas – para quem desejaaderir à moda. Dono do estúdio BanzaiTattoo e Piercing e tatuador, Lúcio Tattooafirma que a arte nos dias atuais não temmais um público-alvo definido. São pesso-as dos 18 aos 75 anos, interessadas emrabiscos diversos, como frases e nomes deparentes. “É atemporal porque fica no cor-po da gente até morrer, as pessoas se en-cantam por isso. Quando faz uma, perdeaquele medo e faz mais”.

Memórias gravadas na peleMercado de tatuagem alcança mais adeptosAnanda Menali

Com tanta diversidade no mercado,acabaram surgindo os profissionais ilegais.De acordo com Wanderley, do TarantulaTattoo, o ideal é o cliente ter certeza deque deseja se tatuar e escolher bem olugar e o profissional. “Além do desenho,já que é algo para a vida inteira”.

Juliana Inamel estava firme quandotomou sua decisão. Ela cresceu queren-

do alguma estrela do céu como presentee hoje exibe uma constelação inteira nascostas. “Eu olho e parece que o desenhonasceu aqui”.

Já para Rafael Dias, a motivação veioapós o lançamento do álbum Catch 33, dabanda de metal Meshuggah. “Minha vidamudou e passei a ver esse algarismo emtodos os lugares”. Agora ostenta um nú-mero 33 em cada ombro.

As ocasiões e motivos que levam aspessoas à criação de uma marca exclusivano corpo podem ser os mais variados. Fa-zer uma tatuagem é uma decisão muitoséria. O importante é ter certeza do que –e como – vai ser eternizado.

Foto

: Mau

ro d

e So

uza

Novembro de 2009 | Ano 1 | Número 5 5

Oficina de canto reaquece a vida na terceira idadeMônica Turboli

A terceira idade é a última etapa na vidade um indivíduo. Esta é a descrição teórico-científica que pode parecer um tanto fúne-bre. Entretanto, na prática, há diversas ma-neiras de viver fortes emoções sem medode ser feliz nesta fase da vida. Uma delas jáfoi encontrada pelo grupo organizado naUniversidade Veiga de Almeida que praticaaula de canto e faz parte do coral como cur-so de extensão cultural.

curso tem caráter preventivo, ou seja, pre-para o modo de encarar essa questão dafinitude”, explica Dimas Lindo.

Além da prática vocal em sala, o co-ral se apresenta em várias instituições.Dimas Lindo conta que uma das vezes emque ficou muito emocionado foi duranteum congresso, em Juiz de Fora, onde ocoral se apresentou e foi muito aplaudi-do. “A plateia chegou a pedir bis. A apre-sentação só não se prolongou porque otempo no teatro era limitado”.

Sobre os benefícios proporcionadospelas aulas de canto, Marília Moraes, de63 anos, aluna há três anos, explica: “é umrelaxamento mental muito bom porque agente se descontrai e canta”. Quem prati-ca afirma que o canto devolve a auto-esti-ma, traz uma visão mais eclética da vida efaz com que renasça dentro das pessoasum sentimento de aceitação do próximo.

Outra aluna que reconhece a vanta-gem do coral é Ivanize Leite, de 62 anos,que está no coral desde 1998. “O grupomudou a minha auto-estima e a minha fe-licidade porque nós estamos sempre uni-dos e socializando, o que é muito bom”.

Dimas Lindo garante que a socializa-ção na terceira idade é fundamental parauma mudança positiva em termos de for-talecimento do ego. Os encontros desen-volvem um sentimento de lutar com dig-nidade pelo reconhecimento do papel doidoso na sociedade.

Os interessados em participar das au-las oferecidas pela Unati devem possuirmais de 50 anos e apresentar nível de es-colaridade compatível com a atividade. Oimportante nas aulas é praticar a sociali-zação e a convivência entre as pessoas,o que resgata uma valorização pessoal.

Inscrições para a UnatiInscrições para a UnatiInscrições para a UnatiInscrições para a UnatiInscrições para a UnatiRua Ibituruna, 108, Tijuca, das 10h às 21h

Alunas da oficina de canto da Unati se reunem uma vez por semana para bater papo e soltar a voz

Foto: Mônica Turboli

O coordenador da Universidade Abertaà Terceira Idade (Unati), Dimas Lindo, resol-veu implantar o projeto em 1991, depois deter visualizado o curso na Universidade deToulouse, na França. “O nosso projeto foi opioneiro no Rio de Janeiro. Foi uma inova-ção na época, pois não existia nenhum ou-tro curso voltado para os idosos”.

Uma iniciativa mais do que aprovadapor Elza de Souza, de 76 anos, aluna assí-dua das aulas desde 1992. “O que nós fa-zemos aqui é uma oficina de coral porquequem tem aptidão canta, e quem não tem,canta também”. Nas aulas, os alunos sãodivididos nos timbres vocais de sopranoe de contralto e todos tem apenas umaobrigação: cantar.

O objetivo da Unati é promover umresgate à cidadania e à auto-estima, tra-zendo a possibilidade para o idoso criar umnovo projeto de vida. Os alunos têm entre50 e 95 anos. “Nós trabalhamos com alu-nos a partir de 50 anos porque o nosso

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

“O que nós fazemos aqui éuma oficina de coral

porque quem tem aptidãocanta, e quem não tem,

canta também”

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Elza de SouzaElza de SouzaElza de SouzaElza de SouzaElza de Souza

6 Novembro de 2009 | Ano 1 | Número 5

Tijuca forma atletas das piscinasLuana Bartholo

Escolinha oferece recreação e promove interatividade

César Cielo, Lara Teixeira e Nayara Fi-gueira. O que esses nomes têm em co-mum? Em primeiro lugar, todos eles sãoatletas brasileiros de esportes aquáticos.Ainda se assemelham porque estiveram nasúltimas Olimpíadas de Pequim em 2008.Cielo foi medalha de ouro na natação, Larae Nayara formaram o dueto que represen-tou o país no nado sincronizado.

Quando olhamos atletas de alto ní-vel nem sempre paramos para pensarcomo tudo começou para eles. Mas sim,teve um início! Os atletas de ponta dehoje, um dia já frequentaram escolinhas,muitas vezes, em seu próprio bairro.Como é o caso do nosso campeão olím-pico, que começou no Esporte ClubeBarbarense, na cidade paulista de SantaBárbara d'Oeste, onde nasceu.

O bairro da Tijuca, Zona Norte do Riode Janeiro, assim como o distrito do nos-so recordista, já formou e continua for-mando alguns atletas nas modalidadesaquáticas. Esses clubes podem ser o pon-

Daniel Geovani

social, a escolinha tem como objetivo acoletividade entre os jovens, além dolazer. “O trabalho feito aqui tem boasconsequências como a interação entreos alunos”, conta Marcos Vinícius, maisconhecido como Peninha, professor daescolinha há 8 anos.

Além disso, todo esporte possibilitaao praticante, seja ele criança ou adulto,um melhor rendimento em seu dia-a-dia.E isso não é diferente no futebol do clu-be. Notou-se que os alunos tiveram umbom desempenho na escola depois que

começaram a treinar. “Desde que meu fi-lho entrou, as notas dele melhoraram e oconvívio com os amigos também”, dizMaria Helena, mãe de Breno, de 11 anos.

Com as crianças de até 5 anos háum tipo de recreação, na qual elas têmalgumas horas de lazer e diversão de-pois da creche. Já com os maiores, co-meça o treinamento de fundamentos depasses e finalizações.

“Aqui o trabalho feito com as crian-ças desenvolve suas habilidades, sua téc-nica e suas capacidades física, psicológi-ca e social”, explica Peninha. E esse tra-balho já rendeu bons frutos, como foi ocaso de dois ex-alunos que chegaram ajogar nas bases de Flamengo e Vasco.

Sócios e não-sócios podem fazer par-te da escolinha. E os alunos ainda podemparticipar dos campeonatos que aconte-cem no clube. Em 2001, um time forma-do pelos jovens surpreendeu a todos e foicampeão da Copa Light.

Segundo Peninha, a procura pelaescolinha não é muito grande, pois o TijucaTênis Clube ainda é um clube de bairro.“Praticamente todos os alunos são mora-dores da Tijuca ou bairros próximos”, con-ta. Mas o professor considera o grupocomo uma família e realiza seu trabalhocom muita serenidade e competência.

Em clube que leva em seu nome ape-nas uma modalidade esportiva, há tam-bém espaço para outras. Esse é o TijucaTênis Clube, onde se encontra vários es-portes, e um deles é futebol. Há 40 anosfunciona a escolinha que, atualmente, reú-ne mais de 150 alunos entre 3 e 14 anosde idade.

O Clube conta com dois camposonde se pratica o treinamento de fute-bol desde as equipes fraldinha até osadolescentes. Assim como na criação doclube, que sempre foi voltado para a vida

Além da diversão, as crianças que praticam algum tipo de esporte melhoram o redimento no dia a dia

Foto: Daniel Geovani

to de partida para medalhas estaduais, na-cionais e até internacionais.

O Tijuca Tênis Clube trabalha com essepensamento. O lugar é repleto de pequenasferas, que um dia sonham em poder sair e setornar estrelas em sua modalidade, e outrosque já se consolidaram como grandes cam-peões. A natação, por exemplo, tem hoje umdos maiores atletas brasileiro do nado bor-boleta, Kaio Márcio. Mas, é no nado sincro-nizado que o Tijuca tem mais expressividadenas piscinas nacionais.

O Clube tem uma das maiores e maisestruturadas equipes de todo o país nascategorias aquáticas. E foi de lá que saiu aatleta Lara Teixeira, integrante do duetoolímpico do Brasil, e que treina hoje emSão Paulo. Além dela, ainda as campeãsSul-Americanas Pamela Nogueira e CamileAlmeida e a famosa dupla, eleitas musasdo Pan-Americano do Rio de Janeiro, asgêmeas Bia e Branca Feres.

A técnica de nado, Suzane Trunn diz queo clube tem o objetivo de formar atletas olím-

picos. “O nosso trabalho é muito forte e sedestaca no Brasil inteiro. Temos todas as ca-tegorias e os nossos atletas são treinadospara as competições. Então, desde muitocedo, eles aprendem o espírito do esporteda alta competitividade”. Ela ressalta que,todos os campeões do Tijuca que saíram efizeram parte da Seleção Brasileira, foram for-mados nas bases tijucanas. “Nós nunca ti-vemos uma pessoa de fora que viesse inte-grar a nossa equipe, todos os atletas come-çaram aqui, dando as primeiras braçadas naescolinha de natação”, conta orgulhosa.

Uma vez por ano é feita uma seleti-va interna que escolhe as meninas para aequipe principal, o destaque em 2009 vaipara Natália Almeida, de apenas 12 anos,que já soma alguns títulos nacionais e re-gionais e está prestes a integrar a Sele-ção. “Eu comecei com 6 anos na nata-ção. Hoje penso cada vez mais em con-quistar medalhas. Quando minha mãe mecolocou não imaginava que chegaria a tãolonge”, conta Natália.

Para se tornar um atleta de verdade émais fácil do que se imagina. Basta fazer ainscrição em uma das escolinhas de espor-tes aquáticos do Tijuca, que fica na rua RuaConde de Bonfim, 451 - Tijuca – RJ.

Novembro de 2009 | Ano 1 | Número 5 7

Uma cesta cidadã

ABVRJ incentiva jovens carentes no basqueteLuana Lopes

Muitos sonham com aquelas cestas oucom os maravilhosos passos de MagicJhonson ou Michael Jordan, mas para osalunos da turma de basquete da Associa-ção de Basquete de Veteranos do Rio deJaneiro (ABVRJ), localizada na Praça da Ban-deira, o desejo pode se tornar uma realida-de. Isso por conta do projeto Cesta Cidadã,desenvolvido pela associação com o apoioda Embratel, com o objetivo de encontrar eformar novos talentos do esporte.

to respeito e amizade. Acabamos nos tor-nando uma grande família, existem regrase todas precisam que ser respeitadas e aprimeira delas é que quem não estiver es-tudando e tirando notas boas não joga, ficasentado no banco”, afirma a professora.

Os filhos de Rosangela Barreto, de 36anos, moradora do Rio Comprido, fazemparte dessa família. Ela levou seus filhosatravés de uma amiga, acompanha-os to-dos os dias e diz que sua relação com elesmudou. “Eles estão na escolhinha há novemeses e se tornaram mais responsáveistanto em casa quanto na escola, sem con-tar todos os benefícios que trouxe parasaúde. Aqui eles têm de tudo, desde acom-panhamento psicológico até nutricionista.Sei o quanto é importante esse projeto”,confessa Rosangela.

Para a professora Márcia Cristina, o pro-jeto traz novas experiências não só para osalunos como também para os professores,pois se lida com crianças que se aprende a

amar, além participar da educação e forma-ção dos jovens participantes. “Aprendi a termais paciência, pois aqui temos crianças detodos os tamanhos e idades. Isso começoucom irmão trazendo outro e hoje já somosem 250 crianças ao todo”, afirma Márcia.

Mas a maior revelação e orgulho destaescola têm 17 anos e atende pelo nome deDiogo, que mesmo com todas as dificuldadesda vida e morador de um abrigo, irá realizar osonho de muitos e ir estudar e jogar basqueteno Texas, nos Estados Unidos. A conquista sedeve bastante ao trabalho das professoras,grandes incentivadoras de Diogo, que terá umfuturo muito diferente das crianças que pas-sam pela mesma situação que ele.

“Diogo morava nas ruas e hoje é umadas grandes revelações que temos aqui.Como sei que ao completar 18 anos, ele temque sair do abrigo, eu e a Márcia, junto coma assistente social Silvania, conseguimosessa oportunidade para ele jogar e estudarnos Estados Unidos”, conta Ana Maria.

A escolinha de basquete reúne mais de 250 crianças e oferece atendimento médico e aulas de inglês

Orgulho das professoras Ana Maria e Márcia, Diogo é uma revelação e vai estudar nos Estados Unidos

Informações ABVRJEndereço: Joaquim Palhares, 648A-Praça da Bandeira- RJ- 20260-080Telefone: (21) 2502-0251Site: http://www.abvrj.com.brA escolhinha é gratuita e funciona 2ª,4ª e 6ª de 09h30min as 11h30min e atarde todos os dias de 14h às 17h. Asinscrições são feitas no próprio local.

Além de aprenderem a jogar basque-te os alunos tem direito a atendi-mento Odontológico, aulas básicasde Inglês, informática, cidadania eavaliação médica.

Fotos: Luana Lopes

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

“Diogo morava nas ruas ehoje é uma das grandes

revelações que temos aqui[...] conseguimos essa

oportunidade para ele jogar eestudar nos Estados Unidos”

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Ana MariaAna MariaAna MariaAna MariaAna Maria

A ABVRJ existe há 6 anos por uma ini-ciativa dos veteranos, que formaram a es-colhida para as crianças que em sua maio-ria são carentes e tem no esporte a melhormaneira de superar seus problemas. As pro-fessoras Ana Maria, de 40 anos, e MárciaCristina, de 38 anos, são jogadoras profissi-onais e vêem no projeto a oportunidade detirem muitas crianças do tráfico e das ruas,além de acreditarem que o esporte ajudana formação do caráter da criança.

Ana Maria acredita que há uma rela-ção de confiança entre elas e seus alunose que isso muda a vida de todos. “Aqui naescolhinha a relação que temos é de mui-

8 Novembro de 2009 | Ano 1 | Número 5

Educação e artetransformam a vidade jovens do TuranoRachel Lopes de Araujo

Para crianças e adolescentes da comunidade do morro doTurano, na Zona Norte do Rio, a arte representa mais que mani-festações culturais. É também uma oportunidade de educação einclusão social. Isso porque o projeto Fazendo Arte há 12 anosvem mudando a vida centenas de jovens da favela tijucana. Asaulas de teatro, capoeira, contador de histórias, música, oficinade artes plásticas, grafite e a biblioteca comunitária envolvem maisde 150 pessoas entre alunos e voluntários que transformam ex-pectativas em possibilidades e sonhos em realidade.

é morador da comunidade do Turano e ex-aluno do projeto Fa-zendo Arte. O jovem artista e diretor do canal Futura comentaemocionado que mal sabia ler e escrever e garante que a artecênica trouxe muitas oportunidades para sua vida. “As crian-ças me olham hoje e dizem que querem ser iguais a mim e issoé muito gratificante. O teatro me fez mais ser humano”, revela.

Mas não é só esse tipo de mudança que a arte proporcio-na aos integrantes do grupo artístico. A aluna Raiza Ferreira dosSantos, de 17 anos, também é um exemplo de superação. Ela dizque participar do espaço cultural a tornou mais extrovertida e atentaaos estudos e que hoje ela tem uma profissão. “Sempre quis seratriz, mas não tinha o desenvolvimento necessário. No projeto,me surpreendi e aprendi muito mais que encenar”, revela. Deacordo com a estudante o projeto merece mais apoio e lembra adiscriminação que ainda existe com os atores da favela. “Esperoque olhem mais para comunidade e que as pessoas daqui nãosejam discriminadas só por onde moram”, conclui.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

“Mostrar que é possível continuar acreditando,continuar tendo esperanças, esse é um dos

objetivos da arte que fazemos aqui”

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Evandro MachadoEvandro MachadoEvandro MachadoEvandro MachadoEvandro Machado

Segundo o ator e idealizador do projeto, Evandro Machado, oobjetivo da instituição é levar a linguagem artística do teatro paracrianças e adolescentes e resgatá-los das ruas e da violência deonde moram. Ele conta que a primeira turma organizada tinha so-mente três alunos, hoje o elenco profissional do Fazendo Arte con-ta com 25 jovens talentos que estão no mercado de trabalho par-ticipando de grandes produções, entre elas Tropa de Elite, Cidadede Deus e Bendito Fruto; e também em programa de TV, comoLinha Direta. Evandro garante que quis oferecer a mesma oportu-nidade que teve aos oito anos, quando iniciou no teatro. “Mostrarque é possível continuar acreditando, continuar tendo esperan-ças, esse é um dos objetivos da arte que fazemos aqui”, diz.

Um exemplo de crescimento e mudança por meio da arteé a história do pernambucano Márcio Andrade, de 24 anos. Ele

Foto

s de

divu

lgaç

ãoO casarão no morro do Turano atende mais de cem crianças e adolescentes

O projeto conta com uma biblioteca comunitária com cerca de três mil livros

A oficina de grafite é uma das ações promovidas pelo Fazendo Arte

Deseja ler outras matérias produzidas pelos estudantes? Acesse: www.agenciauva.com.br

O PO PO PO PO Projeto Frojeto Frojeto Frojeto Frojeto Fazendo Arte está aberto para crianças e adoazendo Arte está aberto para crianças e adoazendo Arte está aberto para crianças e adoazendo Arte está aberto para crianças e adoazendo Arte está aberto para crianças e ado-----lescentes de qualquer região da cidade. Hoje, o trabalho quelescentes de qualquer região da cidade. Hoje, o trabalho quelescentes de qualquer região da cidade. Hoje, o trabalho quelescentes de qualquer região da cidade. Hoje, o trabalho quelescentes de qualquer região da cidade. Hoje, o trabalho quese mistura com brincadeira alia formação, cultura e trabalho.se mistura com brincadeira alia formação, cultura e trabalho.se mistura com brincadeira alia formação, cultura e trabalho.se mistura com brincadeira alia formação, cultura e trabalho.se mistura com brincadeira alia formação, cultura e trabalho.

PPPPPara participar basta se inscrever pelo telefone (21) 3971-ara participar basta se inscrever pelo telefone (21) 3971-ara participar basta se inscrever pelo telefone (21) 3971-ara participar basta se inscrever pelo telefone (21) 3971-ara participar basta se inscrever pelo telefone (21) 3971-7171. Mais informações acesse www7171. Mais informações acesse www7171. Mais informações acesse www7171. Mais informações acesse www7171. Mais informações acesse www.fazendoarte.org.fazendoarte.org.fazendoarte.org.fazendoarte.org.fazendoarte.org.br.br.br.br.br.....