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1 Eixo: Política Educacional ESTADO, BUROCRACIA E AS POLÍTICAS PARA O TRABALHO DOS PEDAGOGOS NO ESTADO DO PARANÁ (2004-2015): POSSIBILIDADES DE SUPERAÇÃO Cristhyane Ramos Haddad Maria de Fátima R. Pereira Resumo: Este texto apresenta estudo sobre o Estado burguês e a burocracia e analisa as políticas elaboradas e implementadas para o trabalho dos pedagogos na rede estadual de ensino do Paraná. O estudo está circunscrito ao período compreendido pela promulgação da Lei Complementar n. 103/2004 e o tempo presente. Esta Lei trouxe mudanças significativas para o trabalho dos pedagogos. Até a década de 1990 atuavam nas escolas estaduais os especialistas da educação: orientador educacional, supervisor escolar e coordenador pedagógico. Com a aprovação da Lei Complementar n 103/2004 os cargos dos especialistas da educação foram extintos e no seu lugar foi criado o cargo de professor pedagogo. Com a referida Lei foram assegurados aos pedagogos o direito a aposentadoria aos 25 anos de trabalho, a exigência do curso de Pedagogia para o exercício da profissão nas escolas da rede estadual de ensino, a exigência da realização de concurso púbico para a contratação dos profissionais da educação e a implantação do Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná (PDE/PR) como programa de formação continuada e atrelado a progressão na carreira. No entanto, considerando a política em toda a sua extensão, e como foi implementada, no contexto histórico das políticas neoliberais, implicou para os pedagogos em trabalho burocratizado. A burocracia é um instrumento de manutenção do status quo do Estado burguês e da sociedade de classes e colabora dessa forma para a reprodução das relações de exploração entre os homens. Ao dedicarem grande parte do tempo do trabalho à realização de atividades burocráticas, os pedagogos deixam de realizar as mediações necessárias do processo do ensino- aprendizagem, o que afeta o trabalho da escola pública na garantia da apropriação do conhecimento sistematizado pelos estudantes. Realiza-se o presente estudo com base na análise da Lei Complementar n. 103/2004, e com as contribuições dos seguintes autores: Marx, Engels, Gramsci, Lênin, Poulantzas, Max Weber e Maurício Tratemberg. Tais estudos concorrem para análise da empiria constituída por produções de pedagogos que fizeram o Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná (PDE/PR) e nas quais se referem a burocracia presente no seu trabalho. Utiliza-se como método de pesquisa o Materialismo Histórico Dialético e apresenta-se como objetivo compreender o Estado

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Eixo: Política Educacional

ESTADO, BUROCRACIA E AS POLÍTICAS PARA O TRABALHO

DOS PEDAGOGOS NO ESTADO DO PARANÁ (2004-2015):

POSSIBILIDADES DE SUPERAÇÃO

Cristhyane Ramos Haddad

Maria de Fátima R. Pereira

Resumo: Este texto apresenta estudo sobre o Estado burguês e a burocracia e analisa as

políticas elaboradas e implementadas para o trabalho dos pedagogos na rede estadual de

ensino do Paraná. O estudo está circunscrito ao período compreendido pela promulgação

da Lei Complementar n. 103/2004 e o tempo presente. Esta Lei trouxe mudanças

significativas para o trabalho dos pedagogos. Até a década de 1990 atuavam nas escolas

estaduais os especialistas da educação: orientador educacional, supervisor escolar e

coordenador pedagógico. Com a aprovação da Lei Complementar n 103/2004 os cargos

dos especialistas da educação foram extintos e no seu lugar foi criado o cargo de professor

pedagogo. Com a referida Lei foram assegurados aos pedagogos o direito a aposentadoria

aos 25 anos de trabalho, a exigência do curso de Pedagogia para o exercício da profissão

nas escolas da rede estadual de ensino, a exigência da realização de concurso púbico para

a contratação dos profissionais da educação e a implantação do Programa de

Desenvolvimento Educacional do Paraná (PDE/PR) como programa de formação

continuada e atrelado a progressão na carreira. No entanto, considerando a política em

toda a sua extensão, e como foi implementada, no contexto histórico das políticas

neoliberais, implicou para os pedagogos em trabalho burocratizado. A burocracia é um

instrumento de manutenção do status quo do Estado burguês e da sociedade de classes e

colabora dessa forma para a reprodução das relações de exploração entre os homens. Ao

dedicarem grande parte do tempo do trabalho à realização de atividades burocráticas, os

pedagogos deixam de realizar as mediações necessárias do processo do ensino-

aprendizagem, o que afeta o trabalho da escola pública na garantia da apropriação do

conhecimento sistematizado pelos estudantes. Realiza-se o presente estudo com base na

análise da Lei Complementar n. 103/2004, e com as contribuições dos seguintes autores:

Marx, Engels, Gramsci, Lênin, Poulantzas, Max Weber e Maurício Tratemberg. Tais

estudos concorrem para análise da empiria constituída por produções de pedagogos que

fizeram o Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná (PDE/PR) e nas quais

se referem a burocracia presente no seu trabalho. Utiliza-se como método de pesquisa o

Materialismo Histórico Dialético e apresenta-se como objetivo compreender o Estado

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burguês, a burocracia, as políticas elaboradas e implementadas para o trabalho dos pedagogos no Estado do Paraná no contexto de 2004 à 2015 e apontar para as

possibilidades de superação.

Palavras-chave: Estado; Burocracia; Política para o Trabalho dos Pedagogos;

Possibilidades de Superação.

Introdução

Este texto apresenta estudo sobre as políticas para o trabalho dos pedagogos na

rede estadual de ensino do Paraná, bem como estudos sobre o Estado e a burocracia. O

objetivo é compreender o Estado burguês, a burocracia e as políticas elaboradas e

implementadas para o trabalho dos pedagogos no Estado do Paraná.

O texto está assim organizado: inicialmente realiza-se um estudo teórico sobre o

Estado e a burocracia baseado em Marx, Engels, Gramsci, Lênin, Poulantzas, Max Weber

e Maurício Tratemberg, com o objetivo de compreender o Estado burguês e a burocracia

como instrumento institucional desse Estado.

Em seguida é realizado estudo sobre a política para o trabalho dos pedagogos no

Estado do Paraná baseada nos documentos responsáveis pela elaboração da política e

representado pela Resolução nº 3651/2000; pela Lei Complementar nº 103/2004, lei que

institui e dispõe sobre o Plano de Carreira do Professor da Rede Estadual de Educação

Básica do Paraná; e pelos Editais de Concurso nº 37/2004; nº 10/2007 e nº 17/2013.

Analisam-se as produções do Programa de Desenvolvimento Educacional do

Paraná (PDE/PR) no que se refere ao trabalho burocratizado dos pedagogos, o que foi

possível com a consulta ao portal Dia a Dia Educação, site oficial da Secretaria Estadual

de Ensino do Paraná. No link respectivo ao PDE foi possível pesquisar as produções PDEs

elaboradas nos anos de 2007, 2008, 2009, 2010 e 2012.

Por fim aponta-se para as possibilidades de superação do trabalho dos pedagogos

através do trabalho associado e das mediações do ensino-aprendizagem no processo

pedagógico. Nas conclusões aponta-se para a necessidade da revisão das atuais políticas

para o trabalho dos pedagogos no sentido da valorização desses profissionais.

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O Estado burguês e a Burocracia

O Estado burguês organiza-se, predominantemente sob os interesses das classes

dominantes. Todavia, para a sua governabilidade é necessário garantir que alguns dos

interesses econômicos das classes dominadas sejam assegurados, dessa forma, consegue-

se o consentimento dessas classes. (POULANTZAS, 1977).

Marx (1982), ao analisar a experiência da Comuna de Paris, explicita que ela

deveria se constituir de uma assembleia da classe trabalhadora com o poder de decisão.

A ditadura do proletariado deveria ser algo transitório e rapidamente superado tendo em

vista a concretização da Comuna. Em Marx o Estado era um instrumento coercitivo da

classe dominante sobre as demais classes, o qual tinha como instrumentos institucionais:

o exército, a polícia e a burocracia.

Marx e Engels (1996) apontam que as ideias dominantes são aquelas das classes

dominantes. Para conseguir o poder a classe dominante difunde e transforma suas ideias

como expressão da vontade da maioria da população. Além dos meios de produção a

classe dominante detém em suas mãos os meios de produção das ideias. Para manter sua

hegemonia ela utiliza das ideias e de diferentes instrumentos para propaga-las para as

demais classes, o que é fundamental para manter a ordem e evitar as mudanças.

Segundo Lênin (2011), o Estado é um instrumento de dominação da classe

dominante que surgiu quando a sociedade se dividiu em classes antagônicas e com

interesses que não eram mais possíveis de serem conciliados. Dessa forma o Estado existe

para conciliar as disputas entre as classes através das mediações que realiza.

Para Lênin (2011), o Estado burguês deveria ser destruído através da revolução

do proletariado. Com a tomada do poder pelo proletariado seria necessárias realizar

mudanças na base da produção, a qual se caracterizaria por uma associação livre e igual

de todos os produtores, ou seja, pelo trabalho associado.

Para Gramsci (1976) para uma classe se tornar dirigente é preciso conquistar a

hegemonia que se constitui pelo equilíbrio do consenso e da força. O consenso é

alcançado pelo convencimento e a força pela coerção. A relação hegemônica de uma

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classe sobre a sociedade se realiza pela mediação de seus intelectuais. Para Gramsci

tratava-se de formar homens para que todos pudessem ser governantes ou dirigentes.

Para Max Weber (2012) no Estado Moderno a dominação realiza-se em virtude

da legalidade e conta para isso com a burocracia e com o servidor público como

instrumento legitimador dessa dominação. Portanto, a burocracia é um instrumento de

manutenção da dominação do Estado sobre as classes dominadas e a favor dos interesses

das classes dominantes.

A burocracia encontra seus fundamentos na racionalidade técnica, que orienta-se

pela manutenção do status quo, evitando as mudanças na estrutura do Estado burguês e

no modo de produção capitalista.

Para Weber (2012) o funcionalismo burocrático exige um treinamento

especializado, a divisão do trabalho e a ordem hierárquica. O Estado burocrático

administra sob a base de um direito racionalmente instituído e sobre regulamentos

racionalmente elaborados. A burocracia moderna segue princípios da hierarquia dos

postos de trabalho que se constituem num sistema ordenado, no qual ocorre a supervisão

dos postos inferiores pelos superiores. Essa hierarquia prevê uma divisão de funções

previamente estabelecidas.

Tragtenberg (2006) destaca que Weber apontava na burocracia a existência de

normas escritas, estrutura hierárquica, divisão do trabalho e impessoalidade. A

administração burocrática constituía-se para ele em profissão, em fidelidade impessoal ao

cargo, em remuneração em dinheiro e em especialização. A nomeação do burocrata

sempre é feita pela autoridade superior e sua atividade de trabalho se constitui em carreira

que finda com a aposentadoria do serviço.

Para Weber a burocracia era inevitável com o Estado Moderno e com a ampliação

do sistema capitalista de produção. Para ele a burocracia era necessária, no entanto, era

preciso aperfeiçoá-la.

Já em Lênin tratava-se de destruir a burocracia. Com a instituição da ditadura do

proletariado tratava-se de destruir o Estado e a burocracia e assumir outras bases de

organização política.

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O Estado moderno burguês é o implementador das políticas. Esse texto se propõe

a estudar as políticas para o trabalho dos pedagogos no Estado do Paraná, dessa forma no

próximo item estaremos nos dedicando a essa questão.

As políticas para o trabalho dos pedagogos no Estado do Paraná (2004-2015)

As políticas educacionais paranaenses da década de 1990 foram planejadas sob a

égide dos princípios neoliberais e com vínculos com as ideologias pós-modernas. Jaime

Lerner governou o Paraná de 1995 a 1998 (1º mandato) e de 1999 a 2002 (2º mandato).

A política delineada nesse período procurou combinar os interesses do mercado com a

configuração de um Estado Mínimo.

A legislação que regulamentava a formação inicial dos pedagogos era o Parecer

nº 252/69 do CFE, e a Resolução CFE nº 2/69, a qual estava pautada por pressupostos

tecnicistas apontados na Lei nº 5692/71. Os princípios da racionalidade técnica, eficiência

e produtividade, marcavam o trabalho dos especialistas da educação: orientador

educacional, supervisor escolar e administrador escolar.

O trabalho do supervisor escolar esteve atrelado à imagem de um fiscalizador,

controlador do trabalho do professor, ou de um burocrata, implementador das políticas

do Estado. Dessa forma os especialistas da educação eram vistos pelos professores na

escola com ar de desconfiança. No Paraná esses profissionais eram escolhidos pelos

diretores da escola, como cargo de confiança.

Com a aprovação da LDB 9394/96 através dos seus artigos 62, 63 e 64 aponta-se

para mudanças na formação dos professores que irão atuar na educação básica.

Especificamente em relação a formação do pedagogo o artigo 64 apontava para a

formação em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação. No

entanto, somente em 2006 com a aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o

curso de Pedagogia, por meio da Resolução nº 1/2006 do CNE/CP, é que definiu-se por

quais bases deveriam se dar a formação do pedagogo.

O Estado do Paraná atento a tais mudanças no ano de 2000 unifica as funções de

supervisor de ensino e orientador escolar sob a denominação de “Equipe Pedagógica”,

através da Resolução nº 3651/2000. A partir dessa resolução a distribuição dos

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especialistas não diferenciou mais os cargos de supervisor escolar e orientador

educacional.

Em meio a essas questões a APP Sindicato se propunha a debater e elaborar o

Plano de Carreira do Professor da Rede Estadual da Educação Básica do Paraná, o qual

foi aprovado através da Lei Complementar nº 103/2004. Essa lei trouxe mudanças

significativas para o trabalho dos pedagogos, pois os cargos de orientador educacional,

supervisor escolar e coordenação pedagógica foram extintos e no seu lugar foi criado o

cargo de professor pedagogo.

A referida Lei trouxe avanços para os professores, foi assegurado aos pedagogos

o direito a aposentadoria aos 25 anos de trabalho, a exigência do curso de Pedagogia para

o exercício da profissão nas escolas da rede estadual de ensino, a exigência da realização

de concurso púbico para a contratação dos profissionais da educação e a implantação do

Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná (PDE/PR) como programa de

formação continuada e atrelado a progressão na carreira.

Através dos editais nº 37/2004; nº 10/2007 e nº 17/2013 foram realizados

concursos públicos para o suprimento de vagas de pedagogos nas escolas da rede estadual

de ensino do Paraná, o que possibilitou a ampliação do número de pedagogos nas escolas.

Em 2004 a referida rede contava com 4579 pedagogos, já em 2014 tratava-se de 7724

pedagogos, o que representa um aumento de 3145 pedagogos. (SEED, 2015,

diaadiaeducacao).

No entanto, para além das questões referentes a carreira e a aposentadoria, houve

mudanças para o trabalho de pedagogos, que de especialista passava a ser compreendido

como um pedagogo unitário, profissional responsável pela organização do trabalho

pedagógico da escola com foco no processo ensino-aprendizagem.

Tinha-se que cabia ao trabalho do pedagogo a organização do trabalho pedagógico

nas questões referentes a elaboração e implementação do Projeto Político Pedagógico da

escola; do planejamento do ensino; da avaliação da aprendizagem; dos processos de

formação continuada da escola por meio das reuniões pedagógicas, semanas pedagógicas,

hora atividade do professor; do conselho de classe; da articulação com a comunidade

através dos órgãos colegiados; e também das questões burocráticas do trabalho como

orientação ao preenchimento ao Livro Registro de Classe do Professor, das Fichas de

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Comunicação do Aluno Ausente; a Notificação à Rede de Proteção das Crianças e

Adolescentes em Situação de Risco; as planilhas de controle de notas e dados da

aprendizagem dos estudantes; dentre outros que ampliaram em muito as atribuições dos

pedagogos nas escolas, sem falar nos programas como o Mais Educação, a Sala de

Recursos, Sala de Apoio que exigem desses profissionais demandas específicas de

trabalho.

A implantação da referida Lei no contexto do Estado burguês levou à prevalência

de práticas burocráticas que os pedagogos apontam como impedimento às mediações

necessárias do ensino-aprendizagem.

O próximo item é dedicado a apresentar ao leitor um estudo sobre a produção do

Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná (PDE/PR) relativo ao trabalho

burocrático dos pedagogos.

O trabalho burocratizado dos pedagogos nas produções PDEs

Para o estudo que ora se faz recorreu-se à análise de 57 artigos produzidos no

Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná (PDE/PR) nos anos de 2007, 2008,

2009, 2010 e 2012, os quais são possíveis de serem consultados no site oficial da

Secretaria de Educação do Paraná, Dia a Dia Educação, no link respectivo ao PDE, em

produções PDE. Desses 57 artigos analisados, em 41 deles é apontada a burocratização

do trabalho do pedagogo na escola.

O trabalho burocratizado tem sido compreendido pelos pedagogos que

participaram do Programa PDE/PR em duas dimensões: como atendimento a exigências

de preenchimento de documentos solicitados pela Secretaria da Educação por parte dos

pedagogos; mas também como controle burocrático ao trabalho do professor.

O preenchimento de documentação exigida pela secretaria da educação é possível

verificar através das descrições dos pedagogos PDEs que vem a seguir.

Nos momentos em que não atende as demandas emergenciais acaba por

cumprir as exigências burocráticas da política da secretaria. Este quadro

impõe aos pedagogos duas grandes possibilidades de atuação: a

primeira assistencialista e a segunda de preencher e elaborar

documentos solicitados pela secretaria. (CARDOSO, 2008, p. 2).

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A escola, nas últimas décadas, tem respondido por tantas

responsabilidades que não deveriam ser atribuídas a ela (fichas,

relatórios, encaminhamentos), ocasionando um acúmulo de tarefas

periféricas, ficando em segundo plano tudo o que deveria ser essencial.

(ROCHA, 2009, p.15).

Foi possível a constatação de que na realidade escolar concreta o

pedagogo não conta com condições para desenvolver seu trabalho uma

vez que ele vem desempenhando várias funções administrativas,

necessitando de maior comprometimento por parte da direção, da

participação da comunidade e do corpo docente, para intervir e

colaborar no processo de ensino aprendizagem. Faz-se necessário

buscar uma nova concepção desse profissional para além de funções

burocráticas, disciplinadoras e fragmentadas do processo pedagógico

da escola. (SILVA, 2010, p.2).

As produções PDEs apontam que os pedagogos tem sido executores de atividades

burocráticas, cumprindo as exigências da Secretaria da Educação através da realização de

trabalhos administrativos como preenchimento de fichas, relatórios dentre outros o que

tem tomado grande parte do trabalho dos pedagogos.

É importante destacar que é necessário sim uma organização do trabalho

pedagógico, mas essa organização não deve submeter os processos pedagógicos aos

burocráticos, mas ao contrário, o registro realizado deve oferecer instrumentos que

possibilitem a melhoria dos processos do ensino-aprendizagem.

Numa segunda dimensão o trabalho burocrático nas produções PDEs tem

apontado para uma fiscalização do pedagogo ao trabalho do professor, o que tem

colaborado para o estabelecimento de relações hierarquizadas na escola.

Seu trabalho tem sido precarizado e descaracterizado, secundarizando

o sentido pedagógico. Muitas vezes, ele é interpretado como burocrata,

disciplinador de alunos, fiscalizador de professores e profissional

multitarefa. (ROCHA, 2009, p.2).

Verificamos que em muitas realidades escolares o pedagogo

desenvolve multitarefas, pois a toda hora é solicitada a sua presença em

situações que acabam descaracterizando sua função e enfatizando-o

como profissional disciplinador de alunos e fiscalizador do corpo

docente. (PINTO, 2009, p3).

Os professores denotam que entendem a função do professor pedagogo,

apenas como burocrata, sendo ele, supervisor das ações educativas e

não profissional professor e educador que em conjunto com os demais

busca alternativas para melhorar a aprendizagem. (SANTOS, 2010,

p.12).

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Ao deixar de realizar o seu trabalho no acompanhamento do ensino-aprendizagem

e ao dedicar seu tempo a realização de atividades burocráticas para cumprir as exigências

da Secretaria e à fiscalização do trabalho do professor, se insere na perspectiva da

manutenção das relações de dominação e de continuidade das relações de exploração

postas pelo capital.

Segundo a abordagem tecnicista da educação, o trabalho da escola é separado

entre os que planejavam o processo e os que executavam; as relações eram hierarquizadas.

Esse trabalho perdurou na lógica das habilitações dos especialistas da educação:

orientador educacional, supervisor escolar, administrador escolar. As relações são

verticalizadas. No entanto, mesmo com a proposição de uma nova concepção para o

trabalho dos pedagogos pela política, ainda sim não houve a modificação dessas

condições na prática dos pedagogos.

Aponta-se para a necessidade da superação dessa perspectiva tecnicista. O

trabalho pedagógico numa perspectiva crítica da educação considera que o foco deve estar

voltado para as mediações do ensino-aprendizagem como se apresenta em seguida.

Possibilidades de superação: o trabalho do pedagogo nas mediações do ensino-

aprendizagem

As produções PDEs apontam que o trabalho do pedagogo no Estado do Paraná é

o de articular a organização do trabalho pedagógico da escola com foco na mediação do

ensino-aprendizagem. Pela análise das produções PDEs é possível constatar que o

trabalho realizador para esses pedagogos se concretiza quando eles podem contribuir para

os avanços na aprendizagem dos estudantes e no trabalho do professor nas questões

referentes ao ensino. Podem-se verificar tais afirmações, por meio dos recortes dos artigos

das pesquisas PDEs que serão apresentados a seguir:

O pedagogo é o profissional da educação que contribui para a execução

e organização do processo pedagógico, aquele que, por meio de um

trabalho coletivo e democrático, caminha junto com o professor na

busca de soluções aos problemas que comprometem a aprendizagem do

aluno. É o profissional que atua como mediador, fazendo a articulação

entre a teoria e a prática pedagógica, o que orienta e oferece condições

para a efetivação da proposta pedagógica. É o que organiza, orienta,

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coordena e acompanha o processo de formação do aluno e contribui

para a efetivação da aprendizagem. (ALVES, 2009, p.28).

O principal papel do pedagogo é de articulador de ações que contribuam

na construção do conhecimento do educando, uma vez que o objetivo

principal da escola é o ensino aprendizagem, para tanto o pedagogo

deverá estar sempre em sintonia com seus pares, a fim de desencadear

um processo de trabalho coletivo, ou seja, proporcionar a inter-relação

entre os profissionais da escola. (OLIVEIRA, 2009, p.11).

A atuação do pedagogo escolar é imprescindível no auxílio aos

professores em prol do aprimoramento da prática em sala de aula, bem

como, na análise e compreensão das situações de ensino. Portanto, o

pedagogo é importante para que se efetive uma educação de qualidade,

destacando esse profissional como apoio ao professor para a prática

docente. Faz-se necessário que os Pedagogos apresentem e

acompanhem propostas, alternativas, sugestões e/ou críticas que

promovam o desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho

pedagógico escolar junto aos professores. Esta é uma das funções do

Pedagogo nas Escolas Públicas do Estado do Paraná. (BARZOTTO,

2010, p.4).

A análise das produções PDEs apontam que os pedagogos compreendem que cabe

ao seu trabalho o acompanhamento do processo pedagógico e as mediações as questões

referentes ao ensino-aprendizagem na apropriação do conhecimento sistematizado.

Saviani (2007, p.102) destaca a importância da pedagogia, enquanto teoria da

educação. “A pedagogia como teoria da educação, busca equacionar de alguma maneira,

o problema da relação educador-educando, de modo geral, ou, no caso específico da

escola, a relação professor-aluno, orientando o processo de ensino e aprendizagem”.

Portanto, o trabalho do pedagogo está diretamente ligado às questões que envolvem o

ensino-aprendizagem e nesse sentido o professor e o aluno.

Interessante observar o que os pedagogos PDE explicitam sobre o trabalho do

pedagogo, como podemos verificar a seguir:

O pedagogo à luz de uma concepção progressista de educação tem a

função de mediar o trabalho pedagógico, agindo em todos os espaços

de contradição para a transformação da prática escolar. Assim, o

pedagogo deve ser o profissional que vai articular e organizar o trabalho

pedagógico na e da escola, garantindo a coerência e unidade de

concepção entre as diversas áreas do conhecimento respeitando as suas

especificidades. (VENTURA, 2009, p.11).

Ele contribui para possibilitar condições e oportunizar situações para

que a comunidade escolar reflita sobre os princípios e finalidades da

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educação e da escola pública, definidos no projeto político-pedagógico

da escola. Acompanhar o processo de ensino e aprendizagem (e

intervindo, em momentos que esse processo apresente dificuldades), é

atribuição do pedagogo, que buscará, junto a outros profissionais da

escola, alternativas de ação para superar esses problemas detectados.

(MEHL, 2010, p.10).

Entendendo que ao pedagogo cabe o compromisso de organizar o

processo pedagógico na escola, se faz necessário redimensionar o seu

papel de forma que possa desenvolver um projeto planejado, coletivo e

articulado com todos os sujeitos participantes desse processo,

principalmente os professores. Pautando-se em objetivos comuns, cabe

ao pedagogo realizar mediações e intervenções necessárias, a partir das

teorias críticas da educação que fundamentam o currículo no Estado do

Paraná. (SALEM, 2009, p.5).

Pela análise das produções PDEs é possível verificar que o trabalho do pedagogo

na mediação do ensino-aprendizagem, envolve as questões referentes ao projeto político

pedagógico e a proposta pedagógica curricular da escola, de forma a garantir a unidade

de trabalho entre os professores das diferentes áreas do conhecimento.

Saviani (2012) compreende a importância do pedagogo no trabalho pedagógico

da escola e observa que é necessário garantir a esse profissional uma formação voltada

ao pleno domínio do funcionamento da escola.

Ao centrar o foco no processo formativo na unidade escolar, aquilo de

que se trata é capacitar o futuro pedagogo ao pleno domínio do

funcionamento da escola. Assim, uma escola viva, funcionando em

plenitude, implica um processo de gestão que garanta a presença de

professores exercendo a docência de disciplinas articuladas numa

estrutura curricular, em ação coordenada, supervisionada e avaliada à

luz dos objetivos que se busca atingir (SAVIANI, 2012, p.130).

Portanto é necessária a organização do trabalho pedagógico em torno de uma

proposta curricular que norteie o trabalho dos professores na sala de aula com os alunos,

e essa ação necessita ser coordenada e avaliada em torno dos objetivos que se deseja

atingir, qual seja, o da apropriação do conhecimento sistematizado.

Mas para que isso de fato possa se efetivar é necessária uma formação integral do

pedagogo, que dê conta de abranger todas as dimensões de seu trabalho, seja na docência

na sala de aula, na coordenação da prática pedagógica, na orientação dos alunos ou no

planejamento do trabalho da escola, como tão bem nos pontua Saviani sobre a formação

do aluno de Pedagogia.

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Que é preparado para o exercício da docência assimilando os

conhecimentos elementares que integram o currículo escolar;

estudando a forma como esses conhecimentos são dosados,

sequenciados e coordenados ao longo do percurso das séries escolares;

compreendendo o caráter integral do desenvolvimento da personalidade

de cada aluno no processo de aprendizagem; e aprendendo o modo

como as ações são planejadas e administradas, está sendo capacitado,

ao mesmo tempo, para assumir a docência, para coordenar e

supervisionar a prática pedagógica, orientar o desenvolvimento dos

alunos e planejar e administrar a escola; e, assegurada essa formação,

estará também capacitado a inspecionar o funcionamento de outras

escolas. (SAVIANI, 2012, p.130)

A fragmentação do trabalho pedagógico pressupõe a superação da fragmentação

da formação do pedagogo, pois o trabalho desse profissional na escola pública exige

conhecimentos que o capacitem a assumir a docência da sala de aula, a mediação das

questões relativas ao ensino junto aos professores, a mediação das questões relativas a

aprendizagem dos alunos, e a organização do trabalho pedagógico da escola tendo em

vista a garantia da unidade de trabalho entre os professores das diferentes áreas do

conhecimento.

No entanto, é preciso dizer que o professor/pedagogo também forma-se pelo

trabalho. O trabalho é elemento fundamental na formação desses profissionais. O trabalho

como mediação ocorre numa dupla dimensão. Inicialmente nas relações interpessoais que

se estabelecem entre o professor e o pedagogo, mas essencialmente na relação com o

conhecimento.

Dessa forma é fundamental o conhecimento do conteúdo a ser ensinado, como

também das estratégias utilizadas para ensinar. O trabalho da escola é uma atividade

intencional e dessa forma precisa ser planejada.

Saviani (1994) destaca que a educação é uma atividade mediadora no seio da

prática social global. A escola cabe possibilitar o acesso ao saber sistematizado produzido

pela humanidade ao longo do processo histórico à todos os alunos e o trabalho do

professor/pedagogo será fundamental para que isso ocorra.

Mas é necessário assumir um compromisso político com a promoção humana de

todos os homens. Uma escola que esteja comprometida com a transformação e com a

construção de uma sociedade mais solidária e fraterna. É preciso que ocorra uma

transformação nas relações de trabalho e no modo de produzir a vida.

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Nesse sentido o trabalho associado se coloca como possibilidade de superação das

atuais condições de vida que nos encontramos. O trabalho associado é aquele no qual os

homens dominam o processo do trabalho na sua integralidade e nele todos os homens têm

acesso a produção, distribuição e consumo dos bens materiais e espirituais. O objetivo

desse trabalho é a satisfação das necessidades e o desenvolvimento das capacidades

humanas na sua integralidade.

Conclusões

A burocracia é um instrumento institucional do Estado burguês. Esse Estado

governa de acordo com os interesses da classe dominante, ou seja, da classe hegemônica

no poder. O Estado elabora e implementa as políticas de acordo com esses interesses, os

quais visam a manutenção do status quo e da valorização do capital.

Em decorrência das políticas neoliberais implementadas no Paraná na década de

1990 pode-se citar a Resolução nº 3651/2000, a qual reduziu pela metade o número dos

pedagogos nas escolas, o que trouxe consequências para o trabalho dos pedagogos.

A Lei Complementar nº 103/2004 que instituiu o Plano de Carreira do Professor

da Rede Estadual da Educação Básica do Paraná, veio assegurar vários beneficios aos

professores e pedagogos, dentre eles o PDE/PR como programa de formação continuada

atrelado à progressão na carreira. Outro avanço foi a exigência da realização de concursos

públicos para a contratação de professores e pedagogos. Especificamente em relação aos

pedagogos os cargos dos especialistas da educação: orientador educacional, supervisor

escolar e coordenador pedagógico, deixaram de existir e no seu lugar foi criado o cargo

de professor pedagogo assegurando a aposentadoria aos 25 anos de trabalho, como no

caso dos professores.

É importante destacar que essas alterações ocorriam em meio aos debates em torno

do curso de Pedagogia iniciados com a aprovação da LDB 9394/96 e dez anos mais tarde

com a aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia.

No Paraná para além das alterações na carreira, ocorriam transformações no

trabalho do pedagogo, que passa a ser o profissional responsável pela organização do

trabalho pedagógico da escola com foco no processo ensino-aprendizagem. Essa

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atribuição já aparecia com bastante clareza nos editais de concurso de pedagogos

realizados nos anos de 2004, 2007 e 2013.

No entanto, a política elaborada, não foi a mesma consubstânciada na sua

implementação. A análise dos artigos produzidos no PDE/PR nos anos de 2007, 2008,

2009, 2010 e 2012, apontam para a burocratização do trabalho do pedagogo, a qual é

caracterizada pelo grande número de documentos exigidos pela SEED à escola e que

acabam sendo direcionados ao pedagogo para preenchê-los, e pela fiscalização ao

trabalho do professor.

A burocratização do trabalho tem sido um obstáculo para que o pedagogo possa

realizar o acompanhamento do processo pedagógico de forma sistemática, o que traz

implicações ao ensino-aprendizagem.

Para que o pedagogo possa realizar a mediação do ensino-aprendizagem é

necessário que a formação inicial, a formação continuada e as condições objetivas de

trabalho na escola sejam favoráveis a realização desse trabalho. Para isso é preciso rever

a política educacional, uma política que esteja voltada para a valorização da escola

pública e de seus profissionais.

Aponta-se ainda para o trabalho associado como possibilidade de superação das

relações de exploração postas socialmente. O trabalho associado é aquele no qual os

homens dominam o processo do trabalho na sua integralidade e nele todos os homens têm

acesso a produção, distribuição e consumo dos bens materiais e espirituais.

A apropriação do conhecimento sistematizado produzido pelos homens ao longo

do processo histórico é um direito de todos. A escola é a instituição responsável por

trabalhar com esse conhecimento. Aos profissionais que trabalham na escola precisam ser

asseguradas as condições objetivas para realizar as mediações do processo ensino-

aprendizagem. As políticas precisam ser elaboradas e implementadas de forma a garantir

que esse trabalho se realize.

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