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Eixo: Política Educacional
ESTADO, BUROCRACIA E AS POLÍTICAS PARA O TRABALHO
DOS PEDAGOGOS NO ESTADO DO PARANÁ (2004-2015):
POSSIBILIDADES DE SUPERAÇÃO
Cristhyane Ramos Haddad
Maria de Fátima R. Pereira
Resumo: Este texto apresenta estudo sobre o Estado burguês e a burocracia e analisa as
políticas elaboradas e implementadas para o trabalho dos pedagogos na rede estadual de
ensino do Paraná. O estudo está circunscrito ao período compreendido pela promulgação
da Lei Complementar n. 103/2004 e o tempo presente. Esta Lei trouxe mudanças
significativas para o trabalho dos pedagogos. Até a década de 1990 atuavam nas escolas
estaduais os especialistas da educação: orientador educacional, supervisor escolar e
coordenador pedagógico. Com a aprovação da Lei Complementar n 103/2004 os cargos
dos especialistas da educação foram extintos e no seu lugar foi criado o cargo de professor
pedagogo. Com a referida Lei foram assegurados aos pedagogos o direito a aposentadoria
aos 25 anos de trabalho, a exigência do curso de Pedagogia para o exercício da profissão
nas escolas da rede estadual de ensino, a exigência da realização de concurso púbico para
a contratação dos profissionais da educação e a implantação do Programa de
Desenvolvimento Educacional do Paraná (PDE/PR) como programa de formação
continuada e atrelado a progressão na carreira. No entanto, considerando a política em
toda a sua extensão, e como foi implementada, no contexto histórico das políticas
neoliberais, implicou para os pedagogos em trabalho burocratizado. A burocracia é um
instrumento de manutenção do status quo do Estado burguês e da sociedade de classes e
colabora dessa forma para a reprodução das relações de exploração entre os homens. Ao
dedicarem grande parte do tempo do trabalho à realização de atividades burocráticas, os
pedagogos deixam de realizar as mediações necessárias do processo do ensino-
aprendizagem, o que afeta o trabalho da escola pública na garantia da apropriação do
conhecimento sistematizado pelos estudantes. Realiza-se o presente estudo com base na
análise da Lei Complementar n. 103/2004, e com as contribuições dos seguintes autores:
Marx, Engels, Gramsci, Lênin, Poulantzas, Max Weber e Maurício Tratemberg. Tais
estudos concorrem para análise da empiria constituída por produções de pedagogos que
fizeram o Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná (PDE/PR) e nas quais
se referem a burocracia presente no seu trabalho. Utiliza-se como método de pesquisa o
Materialismo Histórico Dialético e apresenta-se como objetivo compreender o Estado
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burguês, a burocracia, as políticas elaboradas e implementadas para o trabalho dos pedagogos no Estado do Paraná no contexto de 2004 à 2015 e apontar para as
possibilidades de superação.
Palavras-chave: Estado; Burocracia; Política para o Trabalho dos Pedagogos;
Possibilidades de Superação.
Introdução
Este texto apresenta estudo sobre as políticas para o trabalho dos pedagogos na
rede estadual de ensino do Paraná, bem como estudos sobre o Estado e a burocracia. O
objetivo é compreender o Estado burguês, a burocracia e as políticas elaboradas e
implementadas para o trabalho dos pedagogos no Estado do Paraná.
O texto está assim organizado: inicialmente realiza-se um estudo teórico sobre o
Estado e a burocracia baseado em Marx, Engels, Gramsci, Lênin, Poulantzas, Max Weber
e Maurício Tratemberg, com o objetivo de compreender o Estado burguês e a burocracia
como instrumento institucional desse Estado.
Em seguida é realizado estudo sobre a política para o trabalho dos pedagogos no
Estado do Paraná baseada nos documentos responsáveis pela elaboração da política e
representado pela Resolução nº 3651/2000; pela Lei Complementar nº 103/2004, lei que
institui e dispõe sobre o Plano de Carreira do Professor da Rede Estadual de Educação
Básica do Paraná; e pelos Editais de Concurso nº 37/2004; nº 10/2007 e nº 17/2013.
Analisam-se as produções do Programa de Desenvolvimento Educacional do
Paraná (PDE/PR) no que se refere ao trabalho burocratizado dos pedagogos, o que foi
possível com a consulta ao portal Dia a Dia Educação, site oficial da Secretaria Estadual
de Ensino do Paraná. No link respectivo ao PDE foi possível pesquisar as produções PDEs
elaboradas nos anos de 2007, 2008, 2009, 2010 e 2012.
Por fim aponta-se para as possibilidades de superação do trabalho dos pedagogos
através do trabalho associado e das mediações do ensino-aprendizagem no processo
pedagógico. Nas conclusões aponta-se para a necessidade da revisão das atuais políticas
para o trabalho dos pedagogos no sentido da valorização desses profissionais.
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O Estado burguês e a Burocracia
O Estado burguês organiza-se, predominantemente sob os interesses das classes
dominantes. Todavia, para a sua governabilidade é necessário garantir que alguns dos
interesses econômicos das classes dominadas sejam assegurados, dessa forma, consegue-
se o consentimento dessas classes. (POULANTZAS, 1977).
Marx (1982), ao analisar a experiência da Comuna de Paris, explicita que ela
deveria se constituir de uma assembleia da classe trabalhadora com o poder de decisão.
A ditadura do proletariado deveria ser algo transitório e rapidamente superado tendo em
vista a concretização da Comuna. Em Marx o Estado era um instrumento coercitivo da
classe dominante sobre as demais classes, o qual tinha como instrumentos institucionais:
o exército, a polícia e a burocracia.
Marx e Engels (1996) apontam que as ideias dominantes são aquelas das classes
dominantes. Para conseguir o poder a classe dominante difunde e transforma suas ideias
como expressão da vontade da maioria da população. Além dos meios de produção a
classe dominante detém em suas mãos os meios de produção das ideias. Para manter sua
hegemonia ela utiliza das ideias e de diferentes instrumentos para propaga-las para as
demais classes, o que é fundamental para manter a ordem e evitar as mudanças.
Segundo Lênin (2011), o Estado é um instrumento de dominação da classe
dominante que surgiu quando a sociedade se dividiu em classes antagônicas e com
interesses que não eram mais possíveis de serem conciliados. Dessa forma o Estado existe
para conciliar as disputas entre as classes através das mediações que realiza.
Para Lênin (2011), o Estado burguês deveria ser destruído através da revolução
do proletariado. Com a tomada do poder pelo proletariado seria necessárias realizar
mudanças na base da produção, a qual se caracterizaria por uma associação livre e igual
de todos os produtores, ou seja, pelo trabalho associado.
Para Gramsci (1976) para uma classe se tornar dirigente é preciso conquistar a
hegemonia que se constitui pelo equilíbrio do consenso e da força. O consenso é
alcançado pelo convencimento e a força pela coerção. A relação hegemônica de uma
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classe sobre a sociedade se realiza pela mediação de seus intelectuais. Para Gramsci
tratava-se de formar homens para que todos pudessem ser governantes ou dirigentes.
Para Max Weber (2012) no Estado Moderno a dominação realiza-se em virtude
da legalidade e conta para isso com a burocracia e com o servidor público como
instrumento legitimador dessa dominação. Portanto, a burocracia é um instrumento de
manutenção da dominação do Estado sobre as classes dominadas e a favor dos interesses
das classes dominantes.
A burocracia encontra seus fundamentos na racionalidade técnica, que orienta-se
pela manutenção do status quo, evitando as mudanças na estrutura do Estado burguês e
no modo de produção capitalista.
Para Weber (2012) o funcionalismo burocrático exige um treinamento
especializado, a divisão do trabalho e a ordem hierárquica. O Estado burocrático
administra sob a base de um direito racionalmente instituído e sobre regulamentos
racionalmente elaborados. A burocracia moderna segue princípios da hierarquia dos
postos de trabalho que se constituem num sistema ordenado, no qual ocorre a supervisão
dos postos inferiores pelos superiores. Essa hierarquia prevê uma divisão de funções
previamente estabelecidas.
Tragtenberg (2006) destaca que Weber apontava na burocracia a existência de
normas escritas, estrutura hierárquica, divisão do trabalho e impessoalidade. A
administração burocrática constituía-se para ele em profissão, em fidelidade impessoal ao
cargo, em remuneração em dinheiro e em especialização. A nomeação do burocrata
sempre é feita pela autoridade superior e sua atividade de trabalho se constitui em carreira
que finda com a aposentadoria do serviço.
Para Weber a burocracia era inevitável com o Estado Moderno e com a ampliação
do sistema capitalista de produção. Para ele a burocracia era necessária, no entanto, era
preciso aperfeiçoá-la.
Já em Lênin tratava-se de destruir a burocracia. Com a instituição da ditadura do
proletariado tratava-se de destruir o Estado e a burocracia e assumir outras bases de
organização política.
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O Estado moderno burguês é o implementador das políticas. Esse texto se propõe
a estudar as políticas para o trabalho dos pedagogos no Estado do Paraná, dessa forma no
próximo item estaremos nos dedicando a essa questão.
As políticas para o trabalho dos pedagogos no Estado do Paraná (2004-2015)
As políticas educacionais paranaenses da década de 1990 foram planejadas sob a
égide dos princípios neoliberais e com vínculos com as ideologias pós-modernas. Jaime
Lerner governou o Paraná de 1995 a 1998 (1º mandato) e de 1999 a 2002 (2º mandato).
A política delineada nesse período procurou combinar os interesses do mercado com a
configuração de um Estado Mínimo.
A legislação que regulamentava a formação inicial dos pedagogos era o Parecer
nº 252/69 do CFE, e a Resolução CFE nº 2/69, a qual estava pautada por pressupostos
tecnicistas apontados na Lei nº 5692/71. Os princípios da racionalidade técnica, eficiência
e produtividade, marcavam o trabalho dos especialistas da educação: orientador
educacional, supervisor escolar e administrador escolar.
O trabalho do supervisor escolar esteve atrelado à imagem de um fiscalizador,
controlador do trabalho do professor, ou de um burocrata, implementador das políticas
do Estado. Dessa forma os especialistas da educação eram vistos pelos professores na
escola com ar de desconfiança. No Paraná esses profissionais eram escolhidos pelos
diretores da escola, como cargo de confiança.
Com a aprovação da LDB 9394/96 através dos seus artigos 62, 63 e 64 aponta-se
para mudanças na formação dos professores que irão atuar na educação básica.
Especificamente em relação a formação do pedagogo o artigo 64 apontava para a
formação em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação. No
entanto, somente em 2006 com a aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o
curso de Pedagogia, por meio da Resolução nº 1/2006 do CNE/CP, é que definiu-se por
quais bases deveriam se dar a formação do pedagogo.
O Estado do Paraná atento a tais mudanças no ano de 2000 unifica as funções de
supervisor de ensino e orientador escolar sob a denominação de “Equipe Pedagógica”,
através da Resolução nº 3651/2000. A partir dessa resolução a distribuição dos
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especialistas não diferenciou mais os cargos de supervisor escolar e orientador
educacional.
Em meio a essas questões a APP Sindicato se propunha a debater e elaborar o
Plano de Carreira do Professor da Rede Estadual da Educação Básica do Paraná, o qual
foi aprovado através da Lei Complementar nº 103/2004. Essa lei trouxe mudanças
significativas para o trabalho dos pedagogos, pois os cargos de orientador educacional,
supervisor escolar e coordenação pedagógica foram extintos e no seu lugar foi criado o
cargo de professor pedagogo.
A referida Lei trouxe avanços para os professores, foi assegurado aos pedagogos
o direito a aposentadoria aos 25 anos de trabalho, a exigência do curso de Pedagogia para
o exercício da profissão nas escolas da rede estadual de ensino, a exigência da realização
de concurso púbico para a contratação dos profissionais da educação e a implantação do
Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná (PDE/PR) como programa de
formação continuada e atrelado a progressão na carreira.
Através dos editais nº 37/2004; nº 10/2007 e nº 17/2013 foram realizados
concursos públicos para o suprimento de vagas de pedagogos nas escolas da rede estadual
de ensino do Paraná, o que possibilitou a ampliação do número de pedagogos nas escolas.
Em 2004 a referida rede contava com 4579 pedagogos, já em 2014 tratava-se de 7724
pedagogos, o que representa um aumento de 3145 pedagogos. (SEED, 2015,
diaadiaeducacao).
No entanto, para além das questões referentes a carreira e a aposentadoria, houve
mudanças para o trabalho de pedagogos, que de especialista passava a ser compreendido
como um pedagogo unitário, profissional responsável pela organização do trabalho
pedagógico da escola com foco no processo ensino-aprendizagem.
Tinha-se que cabia ao trabalho do pedagogo a organização do trabalho pedagógico
nas questões referentes a elaboração e implementação do Projeto Político Pedagógico da
escola; do planejamento do ensino; da avaliação da aprendizagem; dos processos de
formação continuada da escola por meio das reuniões pedagógicas, semanas pedagógicas,
hora atividade do professor; do conselho de classe; da articulação com a comunidade
através dos órgãos colegiados; e também das questões burocráticas do trabalho como
orientação ao preenchimento ao Livro Registro de Classe do Professor, das Fichas de
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Comunicação do Aluno Ausente; a Notificação à Rede de Proteção das Crianças e
Adolescentes em Situação de Risco; as planilhas de controle de notas e dados da
aprendizagem dos estudantes; dentre outros que ampliaram em muito as atribuições dos
pedagogos nas escolas, sem falar nos programas como o Mais Educação, a Sala de
Recursos, Sala de Apoio que exigem desses profissionais demandas específicas de
trabalho.
A implantação da referida Lei no contexto do Estado burguês levou à prevalência
de práticas burocráticas que os pedagogos apontam como impedimento às mediações
necessárias do ensino-aprendizagem.
O próximo item é dedicado a apresentar ao leitor um estudo sobre a produção do
Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná (PDE/PR) relativo ao trabalho
burocrático dos pedagogos.
O trabalho burocratizado dos pedagogos nas produções PDEs
Para o estudo que ora se faz recorreu-se à análise de 57 artigos produzidos no
Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná (PDE/PR) nos anos de 2007, 2008,
2009, 2010 e 2012, os quais são possíveis de serem consultados no site oficial da
Secretaria de Educação do Paraná, Dia a Dia Educação, no link respectivo ao PDE, em
produções PDE. Desses 57 artigos analisados, em 41 deles é apontada a burocratização
do trabalho do pedagogo na escola.
O trabalho burocratizado tem sido compreendido pelos pedagogos que
participaram do Programa PDE/PR em duas dimensões: como atendimento a exigências
de preenchimento de documentos solicitados pela Secretaria da Educação por parte dos
pedagogos; mas também como controle burocrático ao trabalho do professor.
O preenchimento de documentação exigida pela secretaria da educação é possível
verificar através das descrições dos pedagogos PDEs que vem a seguir.
Nos momentos em que não atende as demandas emergenciais acaba por
cumprir as exigências burocráticas da política da secretaria. Este quadro
impõe aos pedagogos duas grandes possibilidades de atuação: a
primeira assistencialista e a segunda de preencher e elaborar
documentos solicitados pela secretaria. (CARDOSO, 2008, p. 2).
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A escola, nas últimas décadas, tem respondido por tantas
responsabilidades que não deveriam ser atribuídas a ela (fichas,
relatórios, encaminhamentos), ocasionando um acúmulo de tarefas
periféricas, ficando em segundo plano tudo o que deveria ser essencial.
(ROCHA, 2009, p.15).
Foi possível a constatação de que na realidade escolar concreta o
pedagogo não conta com condições para desenvolver seu trabalho uma
vez que ele vem desempenhando várias funções administrativas,
necessitando de maior comprometimento por parte da direção, da
participação da comunidade e do corpo docente, para intervir e
colaborar no processo de ensino aprendizagem. Faz-se necessário
buscar uma nova concepção desse profissional para além de funções
burocráticas, disciplinadoras e fragmentadas do processo pedagógico
da escola. (SILVA, 2010, p.2).
As produções PDEs apontam que os pedagogos tem sido executores de atividades
burocráticas, cumprindo as exigências da Secretaria da Educação através da realização de
trabalhos administrativos como preenchimento de fichas, relatórios dentre outros o que
tem tomado grande parte do trabalho dos pedagogos.
É importante destacar que é necessário sim uma organização do trabalho
pedagógico, mas essa organização não deve submeter os processos pedagógicos aos
burocráticos, mas ao contrário, o registro realizado deve oferecer instrumentos que
possibilitem a melhoria dos processos do ensino-aprendizagem.
Numa segunda dimensão o trabalho burocrático nas produções PDEs tem
apontado para uma fiscalização do pedagogo ao trabalho do professor, o que tem
colaborado para o estabelecimento de relações hierarquizadas na escola.
Seu trabalho tem sido precarizado e descaracterizado, secundarizando
o sentido pedagógico. Muitas vezes, ele é interpretado como burocrata,
disciplinador de alunos, fiscalizador de professores e profissional
multitarefa. (ROCHA, 2009, p.2).
Verificamos que em muitas realidades escolares o pedagogo
desenvolve multitarefas, pois a toda hora é solicitada a sua presença em
situações que acabam descaracterizando sua função e enfatizando-o
como profissional disciplinador de alunos e fiscalizador do corpo
docente. (PINTO, 2009, p3).
Os professores denotam que entendem a função do professor pedagogo,
apenas como burocrata, sendo ele, supervisor das ações educativas e
não profissional professor e educador que em conjunto com os demais
busca alternativas para melhorar a aprendizagem. (SANTOS, 2010,
p.12).
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Ao deixar de realizar o seu trabalho no acompanhamento do ensino-aprendizagem
e ao dedicar seu tempo a realização de atividades burocráticas para cumprir as exigências
da Secretaria e à fiscalização do trabalho do professor, se insere na perspectiva da
manutenção das relações de dominação e de continuidade das relações de exploração
postas pelo capital.
Segundo a abordagem tecnicista da educação, o trabalho da escola é separado
entre os que planejavam o processo e os que executavam; as relações eram hierarquizadas.
Esse trabalho perdurou na lógica das habilitações dos especialistas da educação:
orientador educacional, supervisor escolar, administrador escolar. As relações são
verticalizadas. No entanto, mesmo com a proposição de uma nova concepção para o
trabalho dos pedagogos pela política, ainda sim não houve a modificação dessas
condições na prática dos pedagogos.
Aponta-se para a necessidade da superação dessa perspectiva tecnicista. O
trabalho pedagógico numa perspectiva crítica da educação considera que o foco deve estar
voltado para as mediações do ensino-aprendizagem como se apresenta em seguida.
Possibilidades de superação: o trabalho do pedagogo nas mediações do ensino-
aprendizagem
As produções PDEs apontam que o trabalho do pedagogo no Estado do Paraná é
o de articular a organização do trabalho pedagógico da escola com foco na mediação do
ensino-aprendizagem. Pela análise das produções PDEs é possível constatar que o
trabalho realizador para esses pedagogos se concretiza quando eles podem contribuir para
os avanços na aprendizagem dos estudantes e no trabalho do professor nas questões
referentes ao ensino. Podem-se verificar tais afirmações, por meio dos recortes dos artigos
das pesquisas PDEs que serão apresentados a seguir:
O pedagogo é o profissional da educação que contribui para a execução
e organização do processo pedagógico, aquele que, por meio de um
trabalho coletivo e democrático, caminha junto com o professor na
busca de soluções aos problemas que comprometem a aprendizagem do
aluno. É o profissional que atua como mediador, fazendo a articulação
entre a teoria e a prática pedagógica, o que orienta e oferece condições
para a efetivação da proposta pedagógica. É o que organiza, orienta,
10
coordena e acompanha o processo de formação do aluno e contribui
para a efetivação da aprendizagem. (ALVES, 2009, p.28).
O principal papel do pedagogo é de articulador de ações que contribuam
na construção do conhecimento do educando, uma vez que o objetivo
principal da escola é o ensino aprendizagem, para tanto o pedagogo
deverá estar sempre em sintonia com seus pares, a fim de desencadear
um processo de trabalho coletivo, ou seja, proporcionar a inter-relação
entre os profissionais da escola. (OLIVEIRA, 2009, p.11).
A atuação do pedagogo escolar é imprescindível no auxílio aos
professores em prol do aprimoramento da prática em sala de aula, bem
como, na análise e compreensão das situações de ensino. Portanto, o
pedagogo é importante para que se efetive uma educação de qualidade,
destacando esse profissional como apoio ao professor para a prática
docente. Faz-se necessário que os Pedagogos apresentem e
acompanhem propostas, alternativas, sugestões e/ou críticas que
promovam o desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho
pedagógico escolar junto aos professores. Esta é uma das funções do
Pedagogo nas Escolas Públicas do Estado do Paraná. (BARZOTTO,
2010, p.4).
A análise das produções PDEs apontam que os pedagogos compreendem que cabe
ao seu trabalho o acompanhamento do processo pedagógico e as mediações as questões
referentes ao ensino-aprendizagem na apropriação do conhecimento sistematizado.
Saviani (2007, p.102) destaca a importância da pedagogia, enquanto teoria da
educação. “A pedagogia como teoria da educação, busca equacionar de alguma maneira,
o problema da relação educador-educando, de modo geral, ou, no caso específico da
escola, a relação professor-aluno, orientando o processo de ensino e aprendizagem”.
Portanto, o trabalho do pedagogo está diretamente ligado às questões que envolvem o
ensino-aprendizagem e nesse sentido o professor e o aluno.
Interessante observar o que os pedagogos PDE explicitam sobre o trabalho do
pedagogo, como podemos verificar a seguir:
O pedagogo à luz de uma concepção progressista de educação tem a
função de mediar o trabalho pedagógico, agindo em todos os espaços
de contradição para a transformação da prática escolar. Assim, o
pedagogo deve ser o profissional que vai articular e organizar o trabalho
pedagógico na e da escola, garantindo a coerência e unidade de
concepção entre as diversas áreas do conhecimento respeitando as suas
especificidades. (VENTURA, 2009, p.11).
Ele contribui para possibilitar condições e oportunizar situações para
que a comunidade escolar reflita sobre os princípios e finalidades da
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educação e da escola pública, definidos no projeto político-pedagógico
da escola. Acompanhar o processo de ensino e aprendizagem (e
intervindo, em momentos que esse processo apresente dificuldades), é
atribuição do pedagogo, que buscará, junto a outros profissionais da
escola, alternativas de ação para superar esses problemas detectados.
(MEHL, 2010, p.10).
Entendendo que ao pedagogo cabe o compromisso de organizar o
processo pedagógico na escola, se faz necessário redimensionar o seu
papel de forma que possa desenvolver um projeto planejado, coletivo e
articulado com todos os sujeitos participantes desse processo,
principalmente os professores. Pautando-se em objetivos comuns, cabe
ao pedagogo realizar mediações e intervenções necessárias, a partir das
teorias críticas da educação que fundamentam o currículo no Estado do
Paraná. (SALEM, 2009, p.5).
Pela análise das produções PDEs é possível verificar que o trabalho do pedagogo
na mediação do ensino-aprendizagem, envolve as questões referentes ao projeto político
pedagógico e a proposta pedagógica curricular da escola, de forma a garantir a unidade
de trabalho entre os professores das diferentes áreas do conhecimento.
Saviani (2012) compreende a importância do pedagogo no trabalho pedagógico
da escola e observa que é necessário garantir a esse profissional uma formação voltada
ao pleno domínio do funcionamento da escola.
Ao centrar o foco no processo formativo na unidade escolar, aquilo de
que se trata é capacitar o futuro pedagogo ao pleno domínio do
funcionamento da escola. Assim, uma escola viva, funcionando em
plenitude, implica um processo de gestão que garanta a presença de
professores exercendo a docência de disciplinas articuladas numa
estrutura curricular, em ação coordenada, supervisionada e avaliada à
luz dos objetivos que se busca atingir (SAVIANI, 2012, p.130).
Portanto é necessária a organização do trabalho pedagógico em torno de uma
proposta curricular que norteie o trabalho dos professores na sala de aula com os alunos,
e essa ação necessita ser coordenada e avaliada em torno dos objetivos que se deseja
atingir, qual seja, o da apropriação do conhecimento sistematizado.
Mas para que isso de fato possa se efetivar é necessária uma formação integral do
pedagogo, que dê conta de abranger todas as dimensões de seu trabalho, seja na docência
na sala de aula, na coordenação da prática pedagógica, na orientação dos alunos ou no
planejamento do trabalho da escola, como tão bem nos pontua Saviani sobre a formação
do aluno de Pedagogia.
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Que é preparado para o exercício da docência assimilando os
conhecimentos elementares que integram o currículo escolar;
estudando a forma como esses conhecimentos são dosados,
sequenciados e coordenados ao longo do percurso das séries escolares;
compreendendo o caráter integral do desenvolvimento da personalidade
de cada aluno no processo de aprendizagem; e aprendendo o modo
como as ações são planejadas e administradas, está sendo capacitado,
ao mesmo tempo, para assumir a docência, para coordenar e
supervisionar a prática pedagógica, orientar o desenvolvimento dos
alunos e planejar e administrar a escola; e, assegurada essa formação,
estará também capacitado a inspecionar o funcionamento de outras
escolas. (SAVIANI, 2012, p.130)
A fragmentação do trabalho pedagógico pressupõe a superação da fragmentação
da formação do pedagogo, pois o trabalho desse profissional na escola pública exige
conhecimentos que o capacitem a assumir a docência da sala de aula, a mediação das
questões relativas ao ensino junto aos professores, a mediação das questões relativas a
aprendizagem dos alunos, e a organização do trabalho pedagógico da escola tendo em
vista a garantia da unidade de trabalho entre os professores das diferentes áreas do
conhecimento.
No entanto, é preciso dizer que o professor/pedagogo também forma-se pelo
trabalho. O trabalho é elemento fundamental na formação desses profissionais. O trabalho
como mediação ocorre numa dupla dimensão. Inicialmente nas relações interpessoais que
se estabelecem entre o professor e o pedagogo, mas essencialmente na relação com o
conhecimento.
Dessa forma é fundamental o conhecimento do conteúdo a ser ensinado, como
também das estratégias utilizadas para ensinar. O trabalho da escola é uma atividade
intencional e dessa forma precisa ser planejada.
Saviani (1994) destaca que a educação é uma atividade mediadora no seio da
prática social global. A escola cabe possibilitar o acesso ao saber sistematizado produzido
pela humanidade ao longo do processo histórico à todos os alunos e o trabalho do
professor/pedagogo será fundamental para que isso ocorra.
Mas é necessário assumir um compromisso político com a promoção humana de
todos os homens. Uma escola que esteja comprometida com a transformação e com a
construção de uma sociedade mais solidária e fraterna. É preciso que ocorra uma
transformação nas relações de trabalho e no modo de produzir a vida.
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Nesse sentido o trabalho associado se coloca como possibilidade de superação das
atuais condições de vida que nos encontramos. O trabalho associado é aquele no qual os
homens dominam o processo do trabalho na sua integralidade e nele todos os homens têm
acesso a produção, distribuição e consumo dos bens materiais e espirituais. O objetivo
desse trabalho é a satisfação das necessidades e o desenvolvimento das capacidades
humanas na sua integralidade.
Conclusões
A burocracia é um instrumento institucional do Estado burguês. Esse Estado
governa de acordo com os interesses da classe dominante, ou seja, da classe hegemônica
no poder. O Estado elabora e implementa as políticas de acordo com esses interesses, os
quais visam a manutenção do status quo e da valorização do capital.
Em decorrência das políticas neoliberais implementadas no Paraná na década de
1990 pode-se citar a Resolução nº 3651/2000, a qual reduziu pela metade o número dos
pedagogos nas escolas, o que trouxe consequências para o trabalho dos pedagogos.
A Lei Complementar nº 103/2004 que instituiu o Plano de Carreira do Professor
da Rede Estadual da Educação Básica do Paraná, veio assegurar vários beneficios aos
professores e pedagogos, dentre eles o PDE/PR como programa de formação continuada
atrelado à progressão na carreira. Outro avanço foi a exigência da realização de concursos
públicos para a contratação de professores e pedagogos. Especificamente em relação aos
pedagogos os cargos dos especialistas da educação: orientador educacional, supervisor
escolar e coordenador pedagógico, deixaram de existir e no seu lugar foi criado o cargo
de professor pedagogo assegurando a aposentadoria aos 25 anos de trabalho, como no
caso dos professores.
É importante destacar que essas alterações ocorriam em meio aos debates em torno
do curso de Pedagogia iniciados com a aprovação da LDB 9394/96 e dez anos mais tarde
com a aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia.
No Paraná para além das alterações na carreira, ocorriam transformações no
trabalho do pedagogo, que passa a ser o profissional responsável pela organização do
trabalho pedagógico da escola com foco no processo ensino-aprendizagem. Essa
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atribuição já aparecia com bastante clareza nos editais de concurso de pedagogos
realizados nos anos de 2004, 2007 e 2013.
No entanto, a política elaborada, não foi a mesma consubstânciada na sua
implementação. A análise dos artigos produzidos no PDE/PR nos anos de 2007, 2008,
2009, 2010 e 2012, apontam para a burocratização do trabalho do pedagogo, a qual é
caracterizada pelo grande número de documentos exigidos pela SEED à escola e que
acabam sendo direcionados ao pedagogo para preenchê-los, e pela fiscalização ao
trabalho do professor.
A burocratização do trabalho tem sido um obstáculo para que o pedagogo possa
realizar o acompanhamento do processo pedagógico de forma sistemática, o que traz
implicações ao ensino-aprendizagem.
Para que o pedagogo possa realizar a mediação do ensino-aprendizagem é
necessário que a formação inicial, a formação continuada e as condições objetivas de
trabalho na escola sejam favoráveis a realização desse trabalho. Para isso é preciso rever
a política educacional, uma política que esteja voltada para a valorização da escola
pública e de seus profissionais.
Aponta-se ainda para o trabalho associado como possibilidade de superação das
relações de exploração postas socialmente. O trabalho associado é aquele no qual os
homens dominam o processo do trabalho na sua integralidade e nele todos os homens têm
acesso a produção, distribuição e consumo dos bens materiais e espirituais.
A apropriação do conhecimento sistematizado produzido pelos homens ao longo
do processo histórico é um direito de todos. A escola é a instituição responsável por
trabalhar com esse conhecimento. Aos profissionais que trabalham na escola precisam ser
asseguradas as condições objetivas para realizar as mediações do processo ensino-
aprendizagem. As políticas precisam ser elaboradas e implementadas de forma a garantir
que esse trabalho se realize.
15
REFERÊNCIAS
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