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Volume 1, Número 2 ISSN 2527-0532 João Pessoa, 2017 Artigo ESTADO DA PARAÍBA IMPLANTA PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE LARGA ESCALA DENOMINADO DE IDEPB Páginas 111 a 132 111 ESTADO DA PARAÍBA IMPLANTA PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE LARGA ESCALA DENOMINADO DE IDEPB Tereza Vidal da Silva 1 RESUMO: Este artigo discute a implantação e a evolução da Avaliação do Estado da Paraíba conhecida por IDEPB Índice de Desenvolvimento da Educação da Paraíba em que o governador Ricardo Coutinho, contratou o Centro de Avaliação da Educação da Universidade CAED da Universidade Federal de Juiz de Fora, Ela teve início em 2012 sendo novidade em todo o estado. Nos seguintes 2013, 2014, 2015 e 2016 fez parte do calendário de atividades da Secretaria de Estado da Educação. O IDEPB contemplou os 5º e 9º Anos do Ensino Fundamental, 1ª e 3ª Séries do Ensino Médio. Nesta avaliação é aplicado as provas e questionários aos alunos além de questionários aos professores de Língua Portuguesa e Matemática, gestores. Consolidando o monitoramento do desempenho dos estudantes da Rede Estadual da Paraíba e reforçando o compromisso com a educação pública, a SEE/PB estabeleceu em 2015 o Plano de Metas Educação Paraíba 2015/2018, em articulação com o Plano de Governo Quadriênio 2015/2018. A educação inova a sua avaliação a partir da LDB em 1996 quando ela prioriza duas dimensões: avaliação interna e externa avaliação interna o responsável é o professor, enquanto que a avaliação externa são autores externos ou fora da escola, e para sua efetivação é elaborado o caderno de provas a partir da Matriz de Referência especifica para as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, por isso, queremos mostrar a importância dessa avaliação no estado da Paraíba por apresentar o Padrão de Desempenho dos estudantes que em 2016 pode-se compare os resultados obtidos nos anos de 2012 a 2016. Palavras Chaves: Avaliação, estudantes, IDEPB, escolas, resultados. 1 Mestranda em Ciências da Educação, pela OLWA UNIVERSITY UNIGRENDAL. Especialista em Supervisão e Orientação Escolar (FIP) Licenciada em Pedagogia (UEPB), Bacharel em Comunicação Social e Artes/Hab. em Jornalismo (UEPB), E-mail: [email protected].

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ESTADO DA PARAÍBA IMPLANTA PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE

LARGA ESCALA DENOMINADO DE IDEPB

Tereza Vidal da Silva1

RESUMO: Este artigo discute a implantação e a evolução da Avaliação do Estado da

Paraíba conhecida por IDEPB – Índice de Desenvolvimento da Educação da Paraíba em

que o governador Ricardo Coutinho, contratou o Centro de Avaliação da Educação da

Universidade – CAED da Universidade Federal de Juiz de Fora, Ela teve início em 2012

sendo novidade em todo o estado. Nos seguintes 2013, 2014, 2015 e 2016 fez parte do

calendário de atividades da Secretaria de Estado da Educação. O IDEPB contemplou os

5º e 9º Anos do Ensino Fundamental, 1ª e 3ª Séries do Ensino Médio. Nesta avaliação é

aplicado as provas e questionários aos alunos além de questionários aos professores de

Língua Portuguesa e Matemática, gestores. Consolidando o monitoramento do

desempenho dos estudantes da Rede Estadual da Paraíba e reforçando o compromisso

com a educação pública, a SEE/PB estabeleceu em 2015 o Plano de Metas Educação

Paraíba 2015/2018, em articulação com o Plano de Governo Quadriênio 2015/2018. A

educação inova a sua avaliação a partir da LDB em 1996 quando ela prioriza duas

dimensões: avaliação interna e externa – avaliação interna o responsável é o professor,

enquanto que a avaliação externa são autores externos ou fora da escola, e para sua

efetivação é elaborado o caderno de provas a partir da Matriz de Referência especifica

para as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, por isso, queremos mostrar a

importância dessa avaliação no estado da Paraíba por apresentar o Padrão de Desempenho

dos estudantes que em 2016 pode-se compare os resultados obtidos nos anos de 2012 a

2016.

Palavras – Chaves: Avaliação, estudantes, IDEPB, escolas, resultados.

1 Mestranda em Ciências da Educação, pela OLWA UNIVERSITY – UNIGRENDAL.

Especialista em Supervisão e Orientação Escolar (FIP) Licenciada em Pedagogia (UEPB),

Bacharel em Comunicação Social e Artes/Hab. em Jornalismo (UEPB), E-mail:

[email protected].

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ABSTRACT: This article discusses the implantation and evolution of the state of

Paraiba's assessment known by IDEPB – the development index of Paraiba's education

in which Governor Ricardo Coutinho, hired the university Education Evaluation Center

– CAED University Federal judge of the outside, she had begun in 2012 being new in the

whole state. In the following 2013, 2014, 2015 and 2016 was part of the activities calendar

of the secretariat of State of Education. The IDEPB contemplated the 5th and 9th years

of Elementary School, 1st and 3rd grade of high School. In this evaluation, the tests and

questionnaires are applied to students besides questionnaires to Portuguese-speaking

teachers and mathematics, managers. Consolidating the monitoring of the performance

of students from the state network of Paraíba and reinforcing the commitment to public

education, SEE/PB established in 2015 the plan of Goals education Paraiba 2015/2018,

in conjunction with the government plan quadrennium 2015/2018. Education innovates

Its evaluation from the LDB in 1996 when it prioritizes two dimensions: internal and

external evaluation – internal evaluation The responsible is the teacher, while the external

evaluation is external or outside the school, and for its effective it is elaborated the

notebook of Evidence from the specific reference matrix for the Portuguese language and

mathematics disciplines, so we want to show the importance of this evaluation in the state

of Paraíba by presenting the performance pattern of the students that in 2016 can compare

the results Obtained in the years 2012 to 2016.

Keywords: Evaluation, students, IDEPB, schools, results.

INTRODUÇÃO

Avaliação Interna da aprendizagem realizada pelo professor em sala de aula, busca

verificar a aprendizagem do aluno, ela é determinada em concordância com o

planejamento escolar e do plano de ensino dos professores, enquanto a Avaliação Externa

é realizada por agentes externos à escola, geralmente aplicada em larga escala, ou seja,

envolve outros sujeitos fora da instituição de ensino para a sua realização, esse tipo de

avaliação é uma ferramenta que fornece elementos para a formulação e o monitoramento

de políticas públicas, bem como o redirecionamento de práticas pedagógicas.

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O processo de avaliação escolar é um dos temas mais discutidos no sistema de

ensino da Educação Básica, mas nas últimas décadas um novo método de avaliar alunos,

nas escolas de todo o país, estados e municípios, vem desbravando o sistema da avaliação

das escolas públicas.

Dentro deste contexto, este artigo quer mostrar como acontece a Avaliação de Larga

Escala ou externa do Estado da Paraíba denominada de IDEPB – Índice de

Desenvolvimento da Educação Básica com intuito de apresentar os órgão responsáveis e

como a adesão do estado para a efetivação da avaliação, a partir de 2012 à 2016 , além de

mostrar como acontece o desempenho dos estudantes avaliados, a aferição da qualidade

do ensino ofertado pela rede estadual da Paraíba através dos resultados em cada ano.

A Avaliação Externa é elaborada e monitorada por um grupo de estudiosos da

Universidade Federal de Juiz de Fora/MG, com o propósito de elaborar os cadernos,

apresentar resultados e capacitar equipes, enquanto que o estado no seu setor de avaliação

monitora o desenvolvimento dos alunos nas 14 Gerências de Ensino para obtenção dos

resultados que são encaminhados para a UFJF.

Para o desenvolvimento deste trabalho, fizemos uma pesquisa bibliográfica em site

exclusivo do órgão responsável pela Avaliação da Paraíba que é o CAED da Universidade

de Juiz de Fora, em Revistas do Sistema, Revistas distribuídas nas escolas com

informações precisas sobre a referida avaliação. De acordo com DEMO (2010, p. 10).

Luckesi (2003, p. 25) diz que o ato de avaliar, por sua constituição mesma, não se destina a um

julgamento definitivo sobre alguma coisa, pessoa ou situação, pois que não é um ato seletivo,

enquanto que

Machado (2012, p. 71) diz a avaliação externa: é todo processo avaliativo do desempenho das

escolas desencadeado e operacionalizado por sujeitos alheios ao cotidiano escolar, mas Casassus

(2009, p.73), contesta a opinião de Machado e está próximo da ideia de Luckesi quando diz que

diminui a qualidade porque diminui a sua abrangência e, como instrumento de gestão, retira aos

docentes a sua vontade de melhorar a educação.

CASASSUS, J. Uma nota crítica sobre a avaliação estandardizada: a perda de qualidade e a

segmentação social. In: Sísifo/ Revista de Ciências da Educação. N°. 9. mai/ago 09.

FREITAS, Luiz Carlos de. Avaliação Educacional – Caminhando pela contramão/ Luiz Carlos

de Freitas... [et.al.]. ed.- Petropólis, RJ: Vozes, 2014. – (Coleção Fronteiras Educacionais).

MACHADO, C. Avaliação Externa e Gestão Escolar: Reflexões sobre usos dos resultados. In

Revista @ambienteeducação. 5(1): 70-82, jan/jun/2012.

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Avaliação tem efeito escalar, o autor aponta para a necessidade de

cautela em relação a este escalonagem (as escalas, a existência das

escalas), ele coloca que tem que ter sentido, deve haver sentido o fato

de avaliar sabendo que as escalas existem, é preciso ter objetivo e não

apenas só escalar por escalar, a avaliação tem que acontecer com um

sentido para que progrida a aprendizagem do aluno.

Os anos anteriores ao não de 2012, o Estado da Paraíba aplicava uma avaliação

de acordo com a grade curricular Nacional, que apresenta avaliação a cada bimestre com

fechamento de notas para a obtenção de aprovação e reprovação, e desse forma, esperava

para o aplicação do IDEPB – Índice de Avaliação da Educação Básica.

O Estado da Paraíba implantou o processo de avaliação de Larga Escala desde 2012

denominado de IDEPB – Índice de Desenvolvimento da Educação da Paraíba desde

2012, onde todas as escolas de Educação Básica avaliação no mesmo dia nas turmas de

5º e 9º Anos do Ensino Fundamental e 3ª Série do Ensino Médio, apresentando um

diferencial em 2016 em que foi a 1ª Série do Ensino Médio acrescido neste processo.

Apresentaremos a Avaliação de Larga Escala com Base nas inovações da LDB –

Lei de Diretrizes e Base de 1996 que inova a avaliação a partir de duas dimensões: a

avaliação interna e a avaliação externa e Penin comenta (2009, p. 23- 24) sobre a

avaliação interna e diz que os professores são responsáveis e podem avaliar sua prática

pedagógica, enquanto que avaliação externa envolve outros segmentos fora da escola. Já

D’Ambrósio (1998, 19) define etnomatemática dizendo que é uma ciência vista como

um corpus de conhecimentos que esta inserida nas outras de conhecimento, já Freitas

(2014, 36) diz que a avaliação institucional é um processo de apropriação da escola pelos

seus atores, (idem) a Avaliação de Larga Escala seria mais eficaz se os Conselhos

Municipais (Estaduais) planejassem e a conduzisse por estarem mais próximos da

realidade em que os aluno se encontram.

Mostraremos também a trajetória do Avaliando o IDEPB fazendo um comparativo

desde sua implantação em 2012 à 2016, refletindo diante dos atraso e retrocessos nesse

período e dessa forma fizemos um paralelo com a Matriz de Referência e o Padrão de

Desempenho e proficiência dos estudantes, das turmas, da escola, dos Regional de Ensino

e do Estado, destacando as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática nos anos de

2012 a 2016.

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Avaliação de Larga Escala

O Ministério da Educação (MEC) criou em 1988 o Sistema de Avaliação da

Educação Básica (Saeb), mas foi em 1996 a Lei De Diretrizes e Base (LDB) inova o

processo de avaliação no país a partir de duas dimensões: a avaliação interna que consiste

em um processo que inicia com a avaliação diagnóstica, contínua e processual que é

realizada pelo professor a partir da sua prática pedagógica.

Diante desse processo, ele acompanha o rendimento do aluno e atribui conceitos,

notas para que assim emita o termo “aprovado” ou “retido”. A outra dimensão é a

avaliação externa ou de Larga Escala que tem uma abrangência de maior extensão, seja

país, estado ou município. Quando essa é a nível nacional como é o caso da Prova Brasil,

ela tem o objetivo de verificar o rendimento da Educação Básica em todas as escolas

públicas do país e aferir a sua qualidade, mas cada uma tem a sua importância no contexto

educacional como Penin comenta (2009, p. 23- 24)

[...] no âmbito interno, possibilita a avaliação como instrumento de ação

formativa, levando instituições e os professores e refletirem a respeito

de suas práticas e de seus objetivos e, assim, a melhorar sua ação

docente e sua identidade profissional. Por outro, em âmbito externo,

oferece informações para que tanto os pais quanto a sociedade,

especialmente os sistemas de ensino possam efetivar um

relacionamento produtivo com a instituição escolar. Apurar os usos da

avaliação, comparar resultados e comportamento de entrada dos alunos

em cada situação e contexto social e institucional é de maior

importância para não homogeneizar processos que são de fato

diferentes.

Penin mostra que a avaliação externa aponta a qualidade na educação, pois é a

partir de dados comprovados através dos dados obtidos, a organização governamental e

as escolas avaliam e planejam novas estratégias de venham contribuir no desempenho do

desempenho dos alunos, para isso, é proposto simulados, testes de proficiências,

questionários, diagnósticos para conhecer melhor a realidade em que o estudante faz

parte.

Mas a questão sócio econômica dos discentes é uma preocupação dos gestores

escolares, pois desencadeia problemas de aprendizagem em virtude de situações

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vivenciadas pelos estudantes no seu cotidiano, os quais repercutem na aprendizagem e no

desenvolvimento das habilidades.

É com os resultados que a Secretaria de Estado da Educação que cria novas

técnicas ou projetos que venham dar um suporte na aprendizagem dos alunos das escolas

públicas estaduais, oportunizando análise de dados de forma diferente da avaliação

interna.

A avaliação externa prioriza as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática,

pois elas são importantes na contextualidade, tendo em vista, que as demais dependem de

uma leitura , interpretação e da etnomatemática como vivência social. D’Ambrósio (1998,

19) define etnomatemática como:

Ciência como um corpus de conhecimentos, organizados e

hierarquizados de acordo com uma graduação de complexidade e de

generalidade, elaborados pelo homem na sua ânsia de desvendar a

ordem cósmica e natural e de esclarecer o comportamento físico,

emocional e psíquico do indivíduo e de outros: conhecer-me e

conhecer-te.

A matemática vai além dos cálculos e das operações, ela envolve outros aspectos

como o físico, emocional e psíquico do individuo avisando-o que os resultados não são

exatos, mas podem ser contestados e reformulados, por isso, necessita da interação com

outros componentes curriculares para que assim comunguem de temáticas que os

envolvam. Então pensando em uma proposta contextualizada, surge a proposta de

uma avaliação em todo estado contemple todas as disciplinas básicas e estejam

contextualizadas na Língua Portuguesa e na Matemática.

Avaliando IDEPB

Implementado em 2012 pela Secretaria de Estado da Educação da Paraíba

(SEE/PB), em parceria com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação

(CAED/UFJF), o Sistema Estadual de Avaliação da Educação da Paraíba (Avaliando

IDEPB) possibilita, por meio de medidas de desempenho dos estudantes avaliados, a

aferição da qualidade do ensino ofertado pela rede estadual da Paraíba. Para FREITAS

(2014, 36).

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A avaliação institucional é um processo de apropriação da escola pelos

seus atores, não na visão liberal da “responsabilização” pelos resultados

da escola como contraponto da desresponsabilização do estado pela

escola, mas no sentido de que seus atores têm um projeto e um

compromisso social, em especial junto às classes populares e, portanto,

necessitam além deste seu compromisso, do compromisso do estado em

relação à educação.

A avaliação institucional tem o compromisso de verificar o índice de

desenvolvimento dos alunos, disponibilizando resultados para a comunidade escolar

analisar e buscar medidas que melhore a qualidade do ensino na escola. O detalhe, é que

as famílias dos alunos devidamente matriculados desconhecem suas responsabilidade

quanto a esses resultados. Muitos deles não tem acesso, por que a gestão não tornou

visível a comunidade a qual a escola faz parte.

Essas medidas auxiliam não apenas a elaboração de estratégias para a melhorar,

mas também o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação da Paraíba. O IDEPB

combina indicadores de desempenho e fluxo escolar e oferece consistente diagnóstico.

Para Sousa (2009, p. 34).

Os sistemas de avaliação contemporâneos apresentam as seguintes

características: “ênfase nos produtos ou resultados; atribuição de mérito

a alunos, instituições ou redes de ensino; dados de desempenho

escalonados, resultando em classificação; dados predominantemente

quantitativos; destaque à avaliação externa não articulada à auto

avaliação.

As medidas de desempenho elaboradas a partir da aplicação dos testes cognitivos

utilizam a Teoria de Resposta ao Item (TRI), traduzindo as medidas de proficiência

alcançada pelos estudantes, e a Teoria Clássica dos Testes (TCT), apresentando os

percentuais de acerto por descritor. Além dos testes cognitivos, são aplicados

questionários contextuais, por meio dos quais é possível aferir o nível socioeconômico

dos respondentes, dentre outros fatores associados ao desempenho. Para Souza & Lopes

(2010) essa avaliação, de caráter censitário, viabilizou a criação de um instrumento de

gestão dos sistemas e das unidades escolares.

Consolidando o monitoramento do desempenho dos estudantes da Rede Estadual

da Paraíba e reforçando o compromisso com a educação pública de qualidade, a SEE/PB

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estabeleceu em 2015 o Plano de Metas Educação Paraíba 2015/2018, em articulação com

o Plano de Governo Quadriênio 2015/2018 (Educação), o Plano Estadual de Educação e

o Plano Nacional de Educação.

Com o intuito de continuar acompanhando o desenvolvimento da educação dos

estudantes no estado e o cumprimento das metas estabelecidas para a área, em 2015, o

Avaliando IDEPB aplicou testes de Língua Portuguesa e Matemática, para estudantes do

5º e 9º anos do Ensino Fundamental, da 3ª série do Ensino Médio Regular e da 4ª série do

Ensino Médio Normal. Na opinião de FREITAS (2014, p.47) a Avaliação de Larga

Escala seria mais eficaz se os Conselhos Municipais (Estaduais) planejassem e a

conduzisse por estarem mais próximos da realidade em que os aluno se encontram.

A trajetória do Avaliando IDEPB, desde a sua primeira edição

A avaliação do IDEPB realizada em todas as escolas do Estado da Paraíba,

movimenta a educação nos dias da sua realização, tendo em vista, que envolve alunos do

5º e 9º Ano do Ensino Fundamental e 1ª e 3ª Séries do Ensino Médio das escolas estaduais,

que envolve a Língua Portuguesa e a Matemática. Apresentamos aqui o índice de

desenvolvimento da educação do Estado da Paraíba a partir de 2012 a 2016.

2016: 72,6% estudantes previstos: 110.149, estudantes avaliados: 79.931,

disciplinas avaliadas: Língua Portuguesa e Matemática, etapas de escolaridade: 5º ano do

Ensino Fundamental, 9º ano Fundamental, 1ª série do Ensino Médio e 3ª Série do Ensino

Médio.

Fazendo um comparativo entre o ano de 2016 de estudantes que fizeram a

avaliação foi maior que 2012, ficando abaixo de 2015, 2014 e 2013. Esse compromisso é

de cada gestor das escolas, pois precisam incentivar a presença dos alunos e fazer um

trabalho de conscientização.

2015: 77,6% estudantes previstos: 60.424, estudantes avaliados: 46.901,

disciplinas avaliadas: Língua Portuguesa e Matemática, etapas de escolaridade: 5º ano do

O CAED fez uma previsão da quantidade de alunos que poderiam está em cada escola, em

cada Gerência de Ensino e no Est. da Paraíba desde 2012.

Portal http://www.avaliacaoparaiba.caedufjf.net/

Avaliação Paraíba - Avaliando o IDEPB 2015 - Revista do Sistema

Home – Avaliação Educacional – Coleções – Resultados – Download

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Ensino Fundamental, 9º ano Fundamental, 3º ano do Ensino Médio e 4ª Série do Ensino

Normal.

O ano de 2015 a quantidade de alunos que realizaram a avaliação superou todos

os anos do Avaliando IDEPB, pois houve um trabalho voltado a presença de todos os

alunos envolvidos na avaliação externa.

2014: 74,0% estudantes previstos: 63.690, estudantes avaliados: 47.128.

disciplinas avaliadas: Língua Portuguesa e Matemática, etapas de escolaridade: 5º ano do

Ensino Fundamental, 9º ano Fundamental, 3º ano do Ensino Médio e 4ª Série do Ensino

Normal.

Na avaliação de 2014 os alunos que realizaram a avaliação foi menor que 2013,

nesse contexto os gestores precisam se auto avaliarem para entender em que necessita sua

administração está falha, pois não está convencendo os alunos a frequentarem a sala de

aula em dia de avaliação externa.

2013: 74,3% estudantes previstos: 65.861, estudantes avaliados: 48.909,

disciplinas avaliadas: Língua Portuguesa e Matemática, etapas de escolaridade: 5º ano do

Ensino Fundamental, 9º ano Fundamental, 3º ano do Ensino Médio e 4ª Série do Ensino

Normal.

Já em 2013 a avaliação superou 2012 mas ainda é pouco perto da quantidade de

alunos que ficaram de fora dela, por isso, a equipe gestora, professores e técnicos devem

se envolver nesse processo de índice de desenvolvimento da educação para superar essa

defasagem.

2012: 68,7% estudantes previstos: 68.815, estudantes avaliados: 47.260,

disciplinas avaliadas: Língua Portuguesa e Matemática, etapas de escolaridade: 5º ano do

Ensino Fundamental, 9º ano Fundamental e 3º ano do Ensino Médio.

Esse ano de 2012, a avaliação do IDEPB despontou com uma nova metodologia

de avaliar a educação do estado da Paraíba, houve formação para professores

multiplicadores e um incentivo ao processo de conscientização dos alunos a estarem na

escola no dia da avaliação.

Os resultados acima apresentados nos permitem analisar os dados obtidos por uma

literatura exposta do sistema do CAED, como também por meio dos resultados

apresentados pela Secretaria de Estado da Educação e ainda por revistas que foram

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entregues nas escolas para acesso de professores e alunos que se interessem na análise

dos resultados.

Vale salientar que em 2012, por ser o ano da implantação do IDEPB, a quantidade

alunos, comparada aos outros anos, foi baixa. Apenas 68,7% do alunado fez provas,

enquanto em 2015 a porcentagem foi de 77,6%, resultado que superou o ano seguinte

2016 que teve participação de 72,6% , os anos de 2013 e 2014 apresentam números

equivalentes de um pouco mais de 74% .

Essa avaliação não está para castigar ou premiar, mas para promover, conhecer a

qualidade da educação do estado, tendo em vista que se faz necessário que cada escola,

analise seus resultados e foque na aprendizagem dos alunos, e não se limitar no

desempenho da escola. Segundo Vianna (2005, p. 17);

Os resultados das avaliações não devem ser usados única e

exclusivamente para traduzir um certo desempenho escolar. A sua

utilização implica em servir de forma positiva na definição de novas

políticas públicas, de projetos de implantação e modificação de

currículos, de programas de formação continuada dos docentes e, de

maneira decisiva, na definição de elementos para a tomada de decisões

que visem a provocar um impacto, ou seja, mudanças no pensar e no agir

dos integrantes do sistema.

Atualmente, o Avaliando IDEPB busca investigar o contexto por meio dos

questionários, em especial os aspectos relacionados ao perfil sócio demográfico, à

formação e experiência docente, à trajetória escolar estudantil e ao nível socioeconômico

estudantil, além dos temas clima escolar, atitudes e práticas pedagógicas e de reprovação

bem como gestão escolar.

Com os resultados expostos no portal do CAED os gestores compartilham com a

comunidade escolar e essa por sua vez, analisar e busca mecanismo para minimizar os

problemas e realizar um trabalho em equipe.

Com a implantação desse novo sistema de Avaliação da Paraíba em 2012 alguns

professores do 5º e 9º do Ensino Fundamental e 3ª Série do Ensino Médio foram

capacitados e multiplicadores nas suas escolas de origem.

http://www.avaliacaoparaiba.caedufjf.net/

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Tal capacitação foi ministrada pela equipe da Universidade de Juiz de Fora- Minas

Gerais, que também é responsável pela elaboração dos cadernos de provas, além dos

resultados das escolas de todo o Estado.

O CAED – Centro de Avaliação da Educação da Universidade de Juiz de Fora,

instituição de ensino contratada pelo Governo do Estado para elaborar, monitorar e

apresentar os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado da Paraíba

– IDEPB, e responsável pelas analises e sua divulgação para a comunidade escolar.

Partindo deste pressuposto, as escolas quando recebem seus resultados, comparam

com o índice da Paraíba, da sua Gerência de Ensino local com a sua escola, analisando os

avanços ou em que precisam melhorar diante dos resultados, e para conhecer melhor o

processo de avaliação, o CAED oferece revistas de informação com todas as informações

as escolas, com intuito de informar todo o processo de avaliação do IDEPB como:

Revista do Sistema de Avaliação, Revista para a Gestão, Revista Pedagógicas.

Diante das informações divulgadas pelo CAED muitos professores desconhecem

as informações precisas sobre o resultado da sua escola ou do estado e não tem interesse

em conhecer a Matriz de Referência, isso dificulta o trabalho em equipe e a elaboração

de novas estratégias que proporcione a progressão da escola.

No Sistema Estadual de Avaliação da Educação da Paraíba (Avaliando IDEPB),

a Matriz de Referência consiste em um documento vinculado ao trabalho realizado pela

escola e, sendo assim, apresenta um conjunto de habilidades relacionadas às orientações

curriculares da rede de ensino.

As habilidades apresentadas em cada Matriz de Referência, específicas para cada

disciplina e etapa avaliada, servem como base para a elaboração de itens do teste.

Conheça e observe as Matrizes de Referência do Avaliando IDEPB.

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Fonte:M\triz de Referência - portal da avaliação do CAED

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Além disso, a escola deve buscar associar as habilidades apresentadas em cada

Matriz com as orientações curriculares da sua rede, e perceba como esses documentos

estão associados aos conteúdos propostos no trabalho desenvolvido pela escola. Língua

Portuguesa e Matemática 5º ano Ensino Fundamental, 9º ano Ensino Fundamental, 1º ano

Ensino Médio, 3º ano Ensino Médio. Gatti (2002, p.17) diz que:

Avaliação Educacional hoje não é apenas um campo com teorias,

processos e métodos específicos, mas também um campo abrangente

que comporta subáreas, com características diferentes: avaliação de

sistemas educacionais, de desempenho escolar em sala de aula, de

rendimento escolar com objetivo de macroanálises, de programas,

avaliação institucional e auto-avaliação. Admite ainda diferentes

enfoques teóricos como avaliação sistêmica, avaliação iluminativa ou

compreensiva, avaliação participativa etc.

As Matrizes de Referência não esgotam o conteúdo a ser trabalhado em sala de

aula e, portanto, não podem ser confundidas com propostas curriculares, estratégias de

ensino ou diretrizes pedagógicas, ela é utilizada no processo de avaliação do IDEPB.

Enquanto que o Padrão de Desempenho tem a responsabilidade de analisar o

desempenho dos alunos no 9º Ano do Ensino Fundamental e na 1ª e 3ª Séries do Ensino

Médio de todo o Estado da Paraíba, assim, é possível verificar os níveis referente a cada

escola, e busca melhora-los no ano seguinte.

O Padrão de Desempenho é uma forma de mostrar os indicadores de

desenvolvimento de ano de estudo e com ele elaborar novas metas ou objetivos a ser

atingidas em anos seguintes em cada escola, e para isso, é entregue em cada escola no fim

do ano letivo, a metas e probabilidade de índice a ser conquistado por ela, e para isso, se

faz necessário um planejamento estratégico com as metas e ações a ser aplicadas.

Disponível em : http://www.portalavaliacao.caedufjf.net/pagina-exemplo/matriz-de-

referencia/ 01 de setembro de 2-17

Os Padrões de Desempenho são agrupamentos a partir da proficiência obtida nas avaliações em larga

escala por meio da Teoria de Resposta ao Item (TRI). Esses padrões podem ser divididos em três ou quatro

níveis, de acordo com as diretrizes pedagógicas adotadas pelos municípios e estados. O agrupamento visa

a facilitar a interpretação pedagógica das habilidades

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Assim como as escolas planejam em atingir sua Meta de ensino, a Secretaria

também cria suas perspectivas relacionadas a cada escola do estado e quando essa é

conquistada, os gestores são responsáveis em responder aos questionamentos dos

Gerentes Regionais e mostrar suas Metas almejadas ou não.

Por isso, todo esse processo de avaliação é importante para a eficácia do estado e

ao mesmo tempo, conhecer a que situação social pertence os indivíduos que fazem parte

da escola e de que forma podem intervir para a escola possa melhorar seu Padrão de

Desempenho. Para LUCKESI (1995, p. 93). O ato de avaliar implica coleta, análise e

síntese dos dados que configuram o objeto da avaliação.

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Fonte: Padrão de Desempenho - portal da avaliação do CAED

Disponível em : http://www.portalavaliacao.caedufjf.net/pagina-exemplo/matriz-de-referencia/

01 de setembro de 2-17

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Alguns indicadores de Desempenho precisam ser adotados por causa da

heterogeneidade, pois as salas de aula apresentam um nível de baixo de desempenho dos

alunos e isso, pode ser consequências dos fatores sócio econômicos das famílias, então é

se faz necessário uma intervenção que esteja mais próxima da realidade do aluno e como

a elaboração da Matriz de Referência tem uma avaliação estadual, significa dizer que

conhece a realidade das escolas do estado e pode garantir uma avaliação próxima do

cotidiano dos estudantes e, dessa forma, melhorar o Padrão de Desempenho dos discentes

do Estado da Paraíba. Para LUCKESI (1995, p. 93).

O processo de avaliação escolar existe há centenas de anos seja ela

formativa, somativa ou diagnóstica faz parte do currículo da educação,

mas surgiu nas últimas décadas uma outra forma de avaliar os alunos

da Educação Básica priorizando as disciplinas da Língua Portuguesa e

Matemática, seja nacional, estadual ou municipal. Esse novo tipo de

avaliação é denominada de Larga Escala por atingir um grupo maior de

escolas, alunos, professores, gestores e coordenadores.

A princípio a Avaliação de Larga Escala não era bem vista pela comunidade

escolar, seja federal, estadual ou municipal, mas a partir dos resultados gerou uma

preocupação em melhorar o nível de Desempenho de cada escola, pois assim, os gestores

tinham como intervir através de projetos interdisciplinares que envolvesse a comunidade

escolar. Para isso, o CAED disponibiliza um quadro para que as escolas analise a

qualidade da sua escola:

Quadro 1 – Padrões de Desempenho e Proficiência de Língua Portuguesa

Níveis de Proficiência Padrões de Desempenho

0 - 225 Muito crítico

225 – 275 Crítico

275 – 325 Intermediário

Acima de 325 Adequado

Fonte: do autor

Ao ter acesso aos dados a escola deve expor em painel em lugar que a comunidade

tenha acesso, mas quando isso não acontece, é preciso que as famílias tenham esse

conhecimento e exija sua divulgação, com intuito de contribuir no desenvolvimento do

ensino aprendizagem dos alunos.

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O Centro de Avaliação da Educação – CAED divulga os dados de todas as escolas

e em 2016 ele propôs para cada escola do Estado da Paraíba analisasse seus dados através

dos gráficos, e a gestão escolhesse um grupo de professores para refletir sobre os seus

resultados, assim eles preenchiam o gráfico referente a cada nível, desempenho, meta,

percentual ou evolução, conforme os gráficos abaixo :

Gráfico 1- .Percentual de estud. participantes Gráfico 2. Prof. M. Esc. Munic da

avaliação– 3ª Série do M. de L. Portuguesa Est. – 3ª M– L. Portuguesa -2013.

No Gráfico 1 os professores fazem uma análise da participação dos alunos na

avaliação em Larga diante do resultado da sua escola, comparando os avanços ou

retrocesso nos últimos três anos

No Gráfico 2 os dados ajuízam a situação da escola, e a equipe responsável pela

análise refletem em qual nível a escola se encontra, se estiver no nível crítico deve elabora

nova estratégia que venha melhorar a proficiência da escola.

0

20

40

60

80

100

2013 2014 2015

Participação % de estudantes na

avaliação da Escola

Participação % de estudantes na avaliação da Escola

0

50

100

150

200

250

300

Estado Regional Escola

Proficiência Media 2013

Proficiência Media 2013

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Gráfico 3 – Evol. da Prof. Média - Gráfico 4 – Evol da Prof. Média –

3ª S.

3ª Série L. Port. – 2013, 2014 e 2015. E. Médio, L. Port.2013, 2014, e

2015

O Gráfico 3 a equipe analisa os avanços ou dificuldades dos alunos na Língua

Portuguesa da 3ª Série do Ensino Médio da escola, o que foi investido que viesse dar um

suporte no desenvolvimento dos resultados da escola e o que precisa para avançar até

2021 no aspecto da evolução da proficiência média da escola, enquanto que no Gráfico 4

é estudado a proficiência média do estado e comparado com o da escola.

0

100

200

300

2013 2014 2015

Evolução da proficiência

média da Escola

Evolução da proficiência média da Escola

0

50

100

150

200

250

300

2013 2014 2015

Estado

0

20

40

60

80

100

Estado GRE EscolaAbaixo do básicoBásicoAdequadoAvançado

0

20

40

60

80

100

2013 2014 2015Abaixo do básicoBásicoAdequadoAvançado

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Gráfico 5 – Perc. de alunos da escola, Gráfico 6 – Evolução do perc. do

aluno

Munic. Est. por Padrão de Des. da escola por P. Des. – 3ª E.

Médio

– 3ª Série – E.M. L. Port. – 2015 L. Port.– 2013, 2014, 2015

Nos gráficos 5 e 6 Análise do Percentual de alunos da escola, do município (ou

regional) e do estado por Padrão de Desempenho – 3ª Série – Ensino Médio – Língua

Portuguesa – 2015 em que os professores sopesam se os alunos estão no nível abaixo do

básico, básico, adequado ou avançado.

Gráfico 7 - Profic. Média Gráfico 8 - Percentual de alunos por

Padrão da escola por turma – 3ª Série – de Des. por turma – 3ª S. – E. Médio

– L. Portuguesa.

No gráfico 7 a Proficiência Média da 3ª Série do Ensino Médio da escola e dos

alunos são analisadas por turma em Língua Portuguesa, em que a equipe faz um

comparativo entre elas e, leva em consideração as dificuldades e se o problema é na leitura

ou escrita.

Diante dos gráficos acima, percebemos que é uma forma das escolas avaliarem

sua proficiência média e o desempenho dos alunos com alteridade, mesmo diante das

dificuldades e desafios da educação, o professor deve esta participar de formação

0

100

200

300

2014 Turma A2014 Turma B2015 Turma A

Proficiência por turma

Proficiência por turma

0

20

40

60

80

2014 - TurmaA

2014 - TurmaB

2015 - TurmaA

Abaixo do básicoBásicoAdequadoAvançado

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continuada e promover expectativas de futuro para seus alunos através de atividades

lúdicas que estimule o seu desemprenho.

A avaliação externa é tão importante quanto a avaliação contínua por envolver

profissionais da escola ou fora dela de maneira que todos tenham o mesmo propósito de

melhorar a qualidade do ensino nas escolas públicas, sendo assim, os setores

governamentais podem analisar os resultados e investir em política públicas ou programas

em benefício da escola, como também para a classe estudantil

Ao estudar a literatura percebemos que muito temos a conhecer sobre a pesquisa

cientifica e os tipos de pesquisa, pois os autores mostram suas opiniões sobre a temática

e convergem com outros que defendem a mesma ideia científica.

Ao descrevermos sobre a pesquisa cientifica percebemos que a metodologia

cientifica e os tipos de pesquisa fazem parte do cotidiano do pesquisador e esse deve

delimitar seu tema e definir qual a pesquisa será apropriada para o seu texto e assim buscar

textos literários que dê apoio para sequenciar seu trabalho pesquisado.

A contribuições oferecidas nesse artigo está relacionada a um resumo sobre a

pesquisa cientifica e os tipos de pesquisa como forma de orientação e que desperte a

curiosidade de quem se apropria do saber a ler mais, a buscar outras fontes de

conhecimento que lhe dê uma abrangência maior a respeito do assunto aqui exposto.

Neste artigo mostramos que o pesquisador ao delimitar seu tema, escolhe o tipo

de pesquisa a ser detalhado no seu estudo, para isso, faz escolhas de teóricos que venham

subsidiar sua sistematização. Com isso mostramos a importância que os tipos de pesquisa

tem nos trabalhos científicos, pois fortalecem o estudo e contribuem no processo de

execução e conclusão das amostras, dados estatísticos e análise de coletas.

Diante da temática em discussão, o pesquisador deve procurar atribuir nos seus

estudos uma pesquisa que venha melhorar sua práxis e assim expandir sua pesquisa em

outros meios de conhecimento e comunicação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este artigo tem o propósito de mostrar como acontece a Avaliação de Larga Escala

ou externa do Estado da Paraíba denominada de IDEPB – Índice de Desenvolvimento

da Educação Básica com intuito de apresentar os órgão responsáveis e como a adesão

do estado para a efetivação da avaliação, a partir de 2012 à 2016 para a sua realização,

esse tipo de avaliação é uma ferramenta que fornece elementos para a formulação e o

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monitoramento de políticas públicas, bem como o redirecionamento de práticas

pedagógicas.

A avaliação escolar passou a ser vista a partir de duas dimensões: a avaliação

interna que consiste em um processo que inicia com a avaliação diagnóstica, contínua e

processual que é realizada pelo professor a partir da sua prática pedagógica. Diante desse

processo, ele acompanha o rendimento do aluno e atribui conceitos, notas para que assim

emita o termo “aprovado” ou “reprovado”.

Tal resultado, também indicará se persiste o modelo de gestão centralizadora ou

se há uma tendência nas escolas em se efetivar a democracia em seu contexto por meio

do Projeto Político Pedagógico e dos Conselhos Escolares. Ainda que os resultados a

serem obtidos sobre esta realidade seja ainda pujante, o maior desafio da gestão

democrática nas escolas será envolver os atores sociais nos processos da escola, tornando-

os responsáveis por um ensino de qualidade, que beneficiará a todos nos mais diversos

aspectos da sociedade.

BIBLIOGRAFIA

DEMO, Pedro. Mitologias da Avaliação: de como ignorar, em vez de enfrentar os

problemas. 3 ed., Campinas, SP: Autores Associados, 2010

FREITAS, Luiz Carlos de. Avaliação Educacional – Caminhando pela contramão/ Luiz

Carlos de Freitas... [et.al.]. ed.- Petropólis, RJ: Vozes, 2014. – (Coleção Fronteiras

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GATTI, Bernardete A. Avaliação educacional no Brasil: pontuando uma história de

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Paulo. Sammus, 2009.

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REVISTA DE SAÚDE PÚBLICA. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da USP, v.

46, n. 5, out. 2012. Fonte de Portal http://www.avaliacaoparaiba.caedufjf.net/

Avaliação Paraíba - Avaliando o IDEPB 2015 - Revista do Sistema

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