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ESTADO DO PIAUI
MUNICIPIO DE BARRAS
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO
RELATÓRIO FINAL DO PMSB
PRODUTO K
BARRAS-PI, 2016
1
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
PRODUTO K
Fundação Nacional de Saúde – Funasa
SUS – Quadra 04 – Bloco “N”
Brasília/DF
CEP 70070-040
www.funasa.gov.br
Prefeitura Municipal de Barras
Rua General Taumaturgo de Azevedo,491-centro
Barras /PI
CEP 64.100-000
Fone: (86) 3242-2550
www.barras.pr.gov.br
EXECUÇÃO
LUIS CARLOS DE SOUSA NETO
ENGENHEIRO CIVIL
ANANIAS ALVES DE ARAÚJO FILHO
BIÓLOGO/BACHAREL EM CIENCIAS CONTÁBEIS
APOIO:
JOSÉ FRANCISCO DOS SANTOS REGO
FRANCISCO VIEIRA
Município: Barras/PI
Objeto: Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico
Empresa: Fundação Francisca Clarinda Lopes.
Contrato Público Administrativo nº: 2012.06.27-02
2
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................... 4
INTRODUÇÃO..................................................................................................... 5
1 DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO ............................................... 8
1.1. Caracterização do município .......................................................................... 8
1.2. Política de Saneamento .................................................................................. 85
2 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE
ABASTECIMENTO D'ÁGUA ............................................................................. 89
2.1. Projeção da Demanda Estimada para o Setor de
Abastecimento de Água......................................................................................... 89
2.2. Proposição de Intervenções ............................................................................ 98
2.3. Programas, Projetos e Ações .......................................................................... 105
2.4. Estimativa de Investimentos ........................................................................... 110
3 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO .......................................................................... 115
3.1. Projeção da Demanda Estimada para o Setor de Esgotamento
Sanitário................................................................................................................. 115
3.2. Proposição de Intervenções ............................................................................ 118
3.3. Programas, Projetos e Ações .......................................................................... 122
3.4. Estimativa de Investimentos ........................................................................... 125
4. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE
LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .......................... 128
4.1. Projeções de Geração de Resíduos Sólidos no Município ............................. 128
4.2. Gestão de Resíduos Sólidos no Município ..................................................... 130
4.3. . Alternativas Estudadas para Manejo dos Resíduos Sólidos ......................... 136
4.4. Critérios para pontos de apoio ao sistema de limpeza nos diversos
setores da área de planejamento (apoio à guarnição, centros de coleta
voluntária, mensagens educativas para a área de planejamento em
geral e para a população específica) ...................................................................... 159
3
4.5. Descrição das formas e dos limites da participação do poder
público local na coleta seletiva e na logística reversa, respeitado o
disposto no art..33, da Lei 12.305/2010, e de outras ações relativas à
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos ......................... 159
4.6. Programas, Projetos e Ações .......................................................................... 162
4.7. Estimativa de Investimentos ........................................................................... 168
5. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE
DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS ......................... 172
5.1. Medidas de Controle para Reduzir o Assoreamento de Cursos
D'Água e de Bacias de Detenção ........................................................................... 176
5.2. Medidas de Controle para Reduzir o Lançamento de Resíduos
Sólidos nos Corpos d' água .................................................................................... 179
5.3. Diretrizes para o Controle de Escoamentos na Fonte ..................................... 181
5.4. Diretrizes para o Tratamento de Fundos de Vale ........................................... 192
5.5. Ações Emergenciais do Sistema de Drenagem Urbana e Manejo
de Águas Pluviais .................................................................................................. 194
5.6. Programas, Projetos e Ações .......................................................................... 204
5.7. Estimativa de investimentos ........................................................................... 207
6. INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E METAS DE
UNIVERSALIZAÇÃO ......................................................................................... 211
6.1. Água ............................................................................................................... 211
6.2. Esgoto ............................................................................................................. 212
6.3. Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos ............................................ 213
6.4. Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais ............................................. 213
7. PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E
CONTINGÊNCIAS............................................................................................... 217
8. INSTRUMENTOS DE GESTÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO
PMSB .................................................................................................................... 223
9. ASPECTOS DA LEI NACIONAL DO SANEAMENTO BÁSICO ................ 225
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 226
4
APRESENTAÇÃO
O presente trabalho foi realizado com recursos financeiros provenientes de convênio
firmado entre o município de Barras (PI) e a Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, e teve
como empresa contratada para sua realização a Fundação Francisca Clarinda, através do
Contrato Público Administrativo nº: 2012.06.27-02, amparado em processo licitatório,
realizado sob os auspícios da Lei 8.666/93 e suas alterações.
O Plano executado atendeu aos termos previstos pela Lei Federal nº 11.445/2007, e
seu Decreto nº 7.217/2010, e nas especificações do Termo de Referência da Funasa, adotado
no Edital, e abrange todo o município de Barras (PI), considerando as localidades rurais e
urbanas e por um horizonte de 20 anos de planejamento, envolvendo os sistemas de:
ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL;
ESGOTAMENTO SANITÁRIO;
LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS;
DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS.
A metodologia utilizada na realização do Plano incluiu a participação e o
envolvimento da sociedade, por meio da execução do Plano de Mobilização Social - PMS,
com a realização de reuniões técnico-participativas e conferência pública.
Com o Plano espera-se melhorar a prestação de serviços nos quatro setores do
saneamento, com reflexos na qualidade de vida da população barrense, mesmo considerando-
se que o atingimento dos objetivos dependerá do envolvimento e capacidade gerencial dos
executores, da participação da sociedade, da implantação da estrutura regulatória prevista e
das revisões periódicas em prazos não superiores a 4 anos.
5
INTRODUÇÃO
Depois de vários anos de debate e tramitação no Congresso Nacional e aprovação da
Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, iniciou uma nova fase para o saneamento, findando
uma estagnação de décadas pela ausência de normas e diretrizes para a prestação de serviços
de saneamento básico e finalmente definindo-se uma Política Nacional de Saneamento.
A nova Lei traça o novo marco regulatório e dispõe dos seguintes princípios
fundamentais:
Universalização do acesso ao saneamento - acesso e usufruto por toda
sociedade, que resulte salubridade ambiental e condições de saúde para os cidadãos;
Integralidade - acesso a todos os serviços de acordo com suas necessidades.
Se o serviço for necessário, ainda que o usuário assim não entenda e não possa remunerá-lo,
este princípio garante que ele será colocado à disposição da população de forma efetiva ou
potencial.
Prestação dos serviços de forma adequada à saúde pública e à proteção do
meio ambiente, à segurança da vida e do patrimônio público e privado, habilitando a
cobrança de tributos - São os serviços de saneamento.
Adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades
locais e regionais - De regra, os serviços de saneamento são executados sob a ótica do
interesse local, tomando-se por referência o Município, operando-se excepcionalmente de
forma regional, embora a Bacia Hidrográfica deva ser considerada como unidade de
planejamento, racionalizando as relações e ações dos diversos usuários e dos atores das áreas
de saneamento, recursos hídricos e preservação ambiental.
Articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de
habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de
promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a melhoria da
qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante - Reflete a
necessidade de articulação entre as ações de saneamento com as diversas outras políticas
públicas.
6
Eficiência e sustentabilidade econômica- A eficiência não significa apenas
prestar serviços, mas sim buscar formas de gestão dos serviços de maneira a possibilitar a
melhor aplicação dos recursos, expansão de rede e de pessoal.
Utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de
pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas–implantação
progressiva dos serviços, respeitando as condições econômicas do usuário, de forma que essa
não seja fator inibidor da adoção de novas tecnologias.
Transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos
decisórios institucionalizados - dar transparência às ações e aos processos de decisão na
gestão dos serviços, exigindo-se a criação de Conselhos Municipal.
Controle social - possibilidade de discussões pelos representantes da
sociedade, preferencialmente pelos Conselhos.
Segurança, qualidade e regularidade -segurança e qualidade: eficiência da
prestação do serviço e o respeito à incolumidade dos consumidores; e regularidade, a
prestação ininterrupta dos serviços.
Integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos
recursos hídricos –tendo presente que a titularidade da água-bruta não é a mesma da
prestação de serviço saneamento(distribuição de água), estas deverão ter suas gestões e
infraestruturas manejadas de forma integrada.
O trabalho realizado pela Consultoria envolveu as seguintes etapas/atividades de
trabalhos técnicos do PMSB:
Levantamento da situação atual com os estudos e projetos já elaborados;
Conhecimento os pontos fortes e fracos dos serviços de saneamento do
município e por localidade e bairros, sob o ponto de vista da sociedade;
Elaboração das diretrizes, objetivos e metas observadas no plano de
saneamento;
Estudos de projeção demográfica;
Estudos dos per capita dos sistemas;
7
Estudo de alternativas técnicas para os sistemas ao longo do tempo (curto,
médio e longo prazo);
Definição da alternativa mais viável para cada sistema;
Elaboração dos estudos técnicos de dimensionamento das principais unidades
para atender as metas fixadas, em nível de detalhe que permita estimar seus custos;
Os produtos desenvolvidos, de acordo com as especificações do Termo de
Referência foram os seguintes
A. Ato do Poder Executivo (Decreto), com definição dos Membros dos Comitês;
B.Plano de Mobilização Social - PMS;
C. Diagnóstico Técnico-Participativo;
D. Prospectiva e Planejamento Estratégico;
E. Programas, Projetos e Ações;
F. Plano de Execução;
G. Minuta de Projeto de Lei do Plano Municipal de Saneamento Básico;
H. Indicadores de Desempenho do PMSB;
I. Sistema de Informações para auxílio à tomada de decisão;
J. Relatório Mensal simplificado do andamento das atividades;
K. Relatório Final do PMSB.
O Relatório Final do PMSB é composto pela síntese dos produtos C, D, E, F e H.
8
1. DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO
1.1. Caracterização do município
1.1.1. Histórico
Barras estar localizada no centro de seis barras de rios e riachos, o que deu origem
ao seu topônimo. A fundação ocorreu em meados do século XVIII, quando o Coronel Miguel
Carvalho de Aguiar, natural do Estado da Bahia, iniciou a construção da primeira capela,
dedicada a Nossa Senhora da Conceição, atualmente Padroeira da Cidade. Em 1759, o
missionário Frei Manoel da Penha, para uns, ou o Padre Gabriel Malagrida, para outros, em
visita à localidade, conseguiu com o fazendeiro Manoel da Cunha Carvalho, e alguns fiéis, a
conclusão da obra. A capela constituiu a base para a formação do núcleo populacional,
desenvolvido a partir da fazenda Buritizinho, e que, em 1809, se transformou na povoação de
Barras, (com meia dúzia de casas de telha, dispersas na parte meridional). Sempre em torno
das atividades religiosas, a povoação foi se desenvolvendo; em 1815, formaram-se as
primeiras ruas, seguindo-se a criação do Distrito de Paz, a construção do novo templo, a
criação da Freguesia, a elevação à categoria de Vila e, finalmente, por Decreto, a criação da
Cidade, com a denominação de Barras do Marataoan. Gentílico: barrense. Historicamente, o
município foi criado pela Lei provincial nº 127, de 24/09/1841, com denominação dada em
19/04/1842.
Elevado à categoria de município e distrito, com a denominação Barras, pela lei estadual nº
837, de 07 de Julho de 1915, desmembrado de São João do Piauí, sede na vila de Barras.
Constituído do distrito sede. Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-1X-1920, o
município é constituído do distrito sede.
Pelo decreto nº1279, o município foi extinto, passando o seu território a pertencer ao
município de São João do Piauí.
Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Barras, pelo decreto
nº1575, de 17 de Agosto de 1934, desmembrado de São João do Piauí. Sede no antigo distrito
Barras e instalado em 29 de Março de 1938. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o
município é constituído do distrito sede, assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
9
Quadro 1: Dados gerais do município de Barras (PI)
Dados Gerais
Município Barras
Distancia de Teresina (km) 126 km
Via de acesso PI 113
Mesorregião Baixo Parnaíba Piauiense
Microrregião Norte Piauiense
Prefeito Edilson Sérvulo de Sousa "Capote"
Vice Prefeito Oziris Bona Junior
Endereço da Prefeitura Rua General Taumaturgo de
Azevedo,491 - Centro
Telefone (86)3242-2550
Fonte: Prefeitura Municipal de Barras
10
FIGURA 1: Localização da Área de Estudo
O município de Barras-PI está situado na Mesorregião Norte Piauiense, Microrregião
do Baixo Parnaíba Piauiense, compreendendo uma área irregular de 1.775 km². Tem como
limites ao norte os municípios de N. Sra. dos Remédios, Campo Largo do Piauí e
Esperantina, ao sul Cabeceiras do Piauí; ao leste Piripiri, Boa Hora e Batalha; e a oeste
Miguel Alves. Figura 02.
Figura 2: Mapa de Localização do Município
FONTE: CPRM
11
Coordenadas geográficas da sede do município: 04º14‟49” de latitude sul, e
42º17‟45” de longitude oeste. Dista cerca de 120 km de Teresina; altitude de 70 metros, com a
área de 1.775,70 km2.
O acesso dar-se pela BR 343 até o Km 10, altura do Posto da PRF, toma a PI 113, via
José de Freitas, dai até Barras. Figura 3.
Figura 3: Acesso ao Município
Tabela 1: Distâncias entre as cidades circunvizinhas a Barras (PI)
KM PI CIDADE
27,4 113 Cabeceiras
37,9 110 Batalha
39,4 331 Boa Hora
53,8 212 Na Sra dos Remédios
58,8 113 José de Freitas
61,3 222 e 110 Esperantina
68,8 110 Piripiri
120,
8
113 Teresina
Fonte : DENIT
12
1.1.2. Características Físicas
1.1.2.1. Aspectos climáticos
O Clima na região tem as seguintes características principais: pluviometria
caracterizada por dois períodos distintos: um chuvoso, com quatro meses ocorrendo as principais
precipitações (inverno), e outro muito seco (verão), com isoietas anuais entre 800 e1.600
mm/ano, conforme Atlas Climatológico do Estado do Piauí. Este também classifica o clima
no município de Barras em sub-úmido úmido C2 - Figura 4, e indica o seguinte:
evapotranspiração de 1.700 a 1.850 mm/ano; evaporação de 1.500 a 2.000 mm/ano; insolação
de 2.800 a 2.900 horas/ano; temperatura máxima variando de 34 a 35º C e mínima de 25 a 35
C e médias anuais de 26 a 28º C; e umidade relativa do ar de 65 a 70%. Atlas Climatológico
do Estado do Piauí. EMBRAPA, 2006.
FIGURA 4: Atlas Climatológico do Piauí
FONTE: EMBRAPA
1.1.2.2. Aspectos geomorfológicos
As formas de relevo da região de Barras compreendem, principalmente, superfícies
tabulares reelaboradas (chapadas baixas), relevo plano com partes suavemente onduladas e
altitudes variando de 150 a 250 metros (IBGE 1977).
13
1.1.2.3. Aspectos geológicos
A maior parte da estrutura geológica do Piauí é formada por terrenos sedimentares
constituintes da Bacia Sedimentar do Meio Norte (cerca de 600.000 km²). Abrange grande
parte dos estados do Maranhão e Piauí, o nordeste do Pará, o extremo nordeste de Tocantins,
pequena porção da Bahia e ainda uma estreita faixa do noroeste do Ceará. O embasamento é
constituído principalmente por rochas cristalinas do Pré-Cambriano. As bases geológicas do
Piauí correspondem aos seguintes corpos rochosos:
I. Embasamento cristalino Pré-Cambriano;
II. Sedimentos paleozóicos da B. Sedimentar do Maranhão-Piauí;
III. Sedimentos Terciários da formação Barreiras; e
IV. Sedimentos costeiros Quaternários
Na geologia do município destaca-se o Grupo Barreiras, constituído de arenito,
conglomerado, com intercalações de siltito e argilito. A formação Sardinha destaca-se com
basalto e diabásio. A formação Poti, constituída de arenito, folheto e siltito. A Longá engloba
arenito, siltito e folheto. Na base sedimentar repousam sedimentos da formação Cabeças que
agrupa arenito, conglomerado e siltito (CPRM, 2004). Figura 5.
FIGURA 5: Esboço Geológico do Município de Barras-Pi.
FONTE: CPRM
14
1.1.2.4. Solos
Os solos no município estão representados por vários tipos. Figura 6 - Grupamento
indiscriminado de planossolos eutróficos, solódicos e não solódicos, fraco a moderado,
textura média, fase pedregosa e não pedregosa, com caatinga hipoxerófila associada. Os solos
hidromórficos, gleizados. Os solos aluviais, álicos, distróficos e eutróficos, de textura
indiscriminada e transições vegetais caatinga/cerrado caducifólio e floresta ciliar de
carnaúba/caatinga de várzea. Os solos arenosos essencialmente quartzosos, profundos,
drenados, desprovidos de minerais primários, de baixa fertilidade, com transições vegetais,
fase caatinga hiperxerófila e/ou cerrado e/ou carrasco estão presentes na área de abrangência do
Plano. EMBRAPA, 2006.
Figura 6: Caracterização dos Tipos de Solos do Município de Barras-Pi
FONTE: ADAPTADO EMBRAPA
1.1.2.5. Recursos hídricos
A Política de Recursos Hídricos no Brasil é disciplinada pela Lei 9.433/1997, que
para assegurar o controle quantitativo e qualitativo das águas e o exercício do efetivo direito
de acesso aos recursos hídricos estabeleceu o sistema de outorga de uso da água, entre os seus
15
seis principais instrumentos, ANA (2004). No Estado do Piauí, para gestão dos recursos
hídricos foi instituída a Política Estadual de Recursos Hídricos, Lei 5.165/2010, através da
qual a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMAR, instituiu o
Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos que estabelece critérios diferentes
de outorga de uso das águas subterrâneas e superficiais, como, por exemplo, nos critérios de
avaliação e isenção. No contexto municipal está vigendo a Lei nº 475, de 09 de outubro de
2001, que no seu Artigo 46º trata do disciplinamento das ações de saneamento básico
(FREITAS, 2003). Em que pese a existência desse arcabouço legal, não há o seu efetivo
cumprimento.
O município de Barras está inserido na Bacia do rio Parnaíba. A bacia hidrográfica
do rio Parnaíba, drena quase todo o território piauiense e partes dos Estados do Maranhão e
Ceará, ocupando 3,9% do território nacional, Maranhão e do Ceará. O rio Parnaíba possui
1.400 quilômetros de extensão e a maioria dos afluentes localizados a jusante de Teresina são
perenes e supridos por águas pluviais e subterrâneas. Dentre as sub-bacias, destacam-se as dos
rios: Balsas, situado no Maranhão; Potí e Portinho, cujas nascentes localizam-se no Ceará;
Piauí, Uruçuí-Preto, Gurguéia, Longa e a do rio Canindé. Este com 26,2% da área total da
bacia do Parnaíba, drena uma grande região semi-árida. Figura 7. Barras faz parte da sub-
bacia do rio Longá; e, conforme CEPRO, 2005, os principais cursos d‟água que drenam o
município são: o rio Longá, o Marataoan, os riachos Ininga, Riachão, D‟anta e Santo Antônio.
A sede do município é banhada pelo rio Marataoan.
FIGURA 7: Localização da Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba
Fonte: AGENCIA NACIONAL DE ÁGUA
16
1.1.2.6. Hidrogeologia
Conforme o diagnóstico produzido pela CPRM, no município de Barras - PI pode-se
distinguir dois domínios hidrogeológicos distintos: rochas sedimentares e as aluviões. As
rochas sedimentares são as da Bacia do Parnaíba pertencentes à Formação Potí e a Formação
Barreiras. A Formação Potí por apresentar rochas de natureza impermeável ou pouco
permeável, que, aliado ao fato de possuir reduzida área no município, apresenta pouco
interesse do ponto de vista hidrogeológico.
O domínio representado pelos sedimentos da Formação Barreiras, com áreas de
exposições em pequenos morrotes na parte nordeste do município, caracteriza-se por uma
expressiva variação faciológica, com intercalações de níveis mais e menos permeáveis, o que
lhe confere parâmetros hidrogeológicos variáveis de acordo com o contexto local. Essas
variações induzem potencialidades diferentes quanto à produtividade de água subterrânea.
Essa situação confere, localmente, ao domínio da Formação Barreiras, características de
aquitardes, ou seja, uma formação geológica que possui baixa permeabilidade e transmite
água lentamente, não tendo muita expressividade como aquífero. Apesar disso, em
determinadas áreas, sua exploração é bastante desenvolvida.
Os depósitos aluvionares são representados por sedimentos areno-argilosos recentes,
que ocorrem margeando as calhas dos principais rios e riachos que drenam a região e
apresentam, em geral, uma boa alternativa como manancial, tendo uma importância relativa
alta do ponto de vista hidrogeológico. Normalmente, a alta permeabilidade dos terrenos
arenosos compensa as pequenas espessuras, produzindo vazões significativas.
1.1.2.7. Aspectos Territoriais
Considerando ainda outros aspectos como o tipo de vegetação, clima, geologia,
diferença de níveis de desenvolvimento dos municípios, níveis tecnológicos, as macrorregiões
foram subdivididas em 11 territórios de desenvolvimento, permitindo maior aproximação dos
municípios com realidades semelhantes, denominados: Planície Litorânea, Cocais,
Carnaubais, Entre Rios, Vale do Sambito, Vale do Guaribas, Vale do Canindé, Tabuleiros dos
Rios Piauí e Itaueiras, Serra da Capivara, Tabuleiros do Alto Parnaíba e Chapada das
Mangabeiras.
17
O município de Barras está inserido no Território dos Cocais - Figura 8, o qual é
composto pelos municípios de Esperantina, Luzilândia, Pedro II, Piracuruca, Piripiri, Batalha,
Barras, Pedro II, Brasileira, Campo Largo do Piauí, Domingos Mourão, Joaquim Pires, Joca
Marques, Lagoa de São Francisco, Madeiro, Matias Olímpio, Milton Brandão, Morro do
Chapéu do Piauí, Nossa Senhora dos Remédios, São João das Fronteiras, São João do Arraial
e São José do Divino. Ocupa uma área de 17.512,81 Km², e abrigava em 2000, uma
população de 347.600 habitantes.(PLANAP, 2006)
Figura 8: Localização de Barras PI no Território dos Cocais
Fonte: Piauí em Números
1.1.2.8. Unidades de Conservação
Barras conta com o Parque Ambiental “Cachoeira da Lapa”, criado com o Decreto nº
576, de 1º de dezembro de 2001, com área de 54 – 25 - 24 há, localizado à margem esquerda
do rio Longá, no lugar Alegre de coordenadas geográficas: 04º 08”38‟ S e 12º 42” 15, 52‟ W,
distando 20 Km da sede do município.
1.1.3. Estudo Populacional
1.1.3.1. Dinâmica Demográfica de Barras
A análise demográfica do município de Barras é um estudo de sua população
humana, com base em dados estatísticos. Aspectos quantitativos e qualitativos foram
levantados em censos demográficos, para tal análise e, baseada nesta, foi feita a
18
caracterização da população do município. Além de objeto de estudo, a análise demográfica
se torna importante referencial para políticas de planejamento econômico e social e, portanto
indispensável no planejamento dos serviços objeto do PMSB.
A pesquisa está atrelada a cenários sociais e econômicos do município sendo
utilizados dados quantitativos de diversas instituições de pesquisa, como o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística – IBGE, o Sistema Nacional de Indicadores Urbanos – SNIU –, o
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, - informações sociais, a
Associação Piauiense das Prefeituras Municipais – APPM, Fundação Centro de Pesquisas
Econômicas e Sociais do Piauí – CEPRO e SIAB - DATASUS.
1.1.3.2. Quantitativos Populacionais
A partir do levantamento e análise de dados dos Censos Demográficos de 2000 a
2010, observa-se que, a partir do ano de 2000, Barras experimentou crescimento
populacional, observando-se, que o percentual de urbanização - 49,3%, em 2010 está abaixo
do que se verifica em muitas regiões do País – 80%, aproximadamente.
Tabela 2: O Crescimento População de 2000 / 2010
POPULAÇÃO
TOTAL
HOMENS
TOTAL
MULHERES
POPULAÇÃO
URBANA
POPULAÇÃO
RURAL
POPULAÇÃO
TOTAL
2000 20.709 20.182 18.809 22.082 40.891
2007 21.789 21.448 20.999 22.329 43.328
2010 22.562 22.288 22.126 22.724 44.850
2014 45.938
IBGE 2010.
Como se pode observar, também, na tabela acima, o crescimento da população rural
seguiu a tendência do crescimento da população total. Pode-se verificar ainda que o aumento
da população urbana amplia a idéia de que a população total seguiu tendência da taxa de
urbanização no município.
19
Tabela 3: Densidade Demográfica: Município de Barras (PI)
Ano Área (km²) Densidade (hab/Km²)
2000 1.721,59 25,0
2007 1.721,59 25,0
2010
1.721,59 26,0
2014 1.721,59 26,7
Fonte: IBGE
1.1.4. Infraestrutura
1.1.4.1. Planejamento territorial
Previsto no Estatuto das Cidades – Lei 10.257/2001, o Plano Diretor é um
documento que compila dados sobre a cidade, como características físicas, cultura, principais
atividades, vocações, culminando com o disciplinamento do uso da cidade pelos cidadãos, a
partir de ampla discussão sobre a mesma com a sociedade, a fim de se construir cidades à
vontade dos seus habitantes. O Plano Diretor deve, com essas características, ser discutido e
aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo prefeito. Trata-se de documento
relevante para a administração municipal, no entanto, o município de Barras não dispõe do
instrumento.
O Estatuto das Cidades, Lei retrocitada, inova no conceito de Zonas de Especial
Interesse Social – ZEIS, que são áreas demarcadas no território de uma cidade para
assentamentos habitacionais de populações de baixa renda. É uma ferramenta administrativa
que reconhece a diversidade das populações urbanas, a partir do que permite a inclusão de
parcela da população marginalizada da cidade, permitindo a inclusão de serviços e
infraestrutura urbana, regularizando áreas antes com problemas fundiários. Isso, aliás, tem
reflexos positivos na arrecadação municipal, pois essas áreas passam a recolher impostos e
taxas para o município.
O planejamento territorial é outra importante ferramenta administrativa que
possibilita perceber a realidade atual, avaliar os caminhos e construir um referencial futuro.
consiste em um processo que escolhe e organiza ações, antecipando resultados esperados. É
um processo dinâmico, contínuo, além de constante realimentação de situações, propostas,
resultados e soluções, num processo contínuo de tomadas de decisões.
20
A ausência desses institutos no planejamento da cidade vem impondo sérios
prejuízos ao seu bom funcionamento, a despeito dos desalojamentos e desabrigados,
consequência da ocupação desordenada de áreas ribeirinhas do rio Marataoan, e da falta de
drenagem urbana adequada. Há, inclusive, loteamentos irregulares construídos ao arrepio da
Lei Federal n 6.766/79 – Lei do parcelamento do solo, que apresentam problemas de falta de
drenagem, e não existem parâmetros de uso e ocupação do solo, como definição das zonas da
cidade: comercial, residencial, mista, etc., o que representa um agravante.
1.1.4.2. Uso e ocupação do solo e zona de especial interesse social
Os usos comuns do solo urbano em Barras (PI), como na maioria das pequenas
cidades, são:
Uso residencial: caracterizado pela presença de residências, em geral unifamiliar,
embora já apresente unidades multifamiliar, com tendência ao crescimento, e com presença de
unidades comerciais.
Uso comercial: identificam-se várias áreas da cidade de uso predominante para a
atividade comercial
Uso misto: existe atualmente uma tendência para o desenvolvimento de atividades
no meio urbano de uso comercial e de serviços associados à residência. Essa modalidade está
presente em Barras e é conhecida como uso misto.
Uso industrial: não há no perímetro urbano de Barras (PI) área característica de uso
industrial, embora existam unidades espalhadas na área urbana e restritas a pequenas serrarias,
metalúrgicas e beneficiamento de arroz e milho.
Uso institucional: destinado à instalação dos prédios que abrigam os serviços
públicos, em Barras (PI) possui edifícios localizados no centro da cidade.
Delimitação das ZEIS
Na zona urbana de Barras foram identificados assentamentos surgidos
espontaneamente, bem com áreas vazias subutilizadas. Ver mapa adiante com a fragmentação
da área urbana de acordo com os usos e a ZEIS do bairro Marupá, com aproximadamente 4
ha, cujo problema é a ausência de saneamento básico: distribuição de água, esgoto, drenagem
21
e coleta de resíduos. Há riscos de contaminação por doenças de veiculação hídrica à falta de
pavimentação e as moradias são precárias.
Figura 9: Delimitação da ZEIS Marupá
Fonte: Google
Mapa 1: Usos e ocupação do solo.
22
FONTE: AGESPISA ADAPTADO
LEGENDA MAPA 1:
ZR PALEST = ZONA RESIDENCIAL PALESTINA
ZR V. PE MAR = ZONA RESIDENCIAL VILA PE. MÁRIO
ZR- V FRA = ZONA RESIDENCIAL VILA FRANÇA
ZR-SANT = ZONA RESIDENCIAL SANTINHO
ZMS = ZONA MISTA SANTINHO
ZR-PEDR = ZONA RESIDENCIAL PEDRINHAS
ZR – B VISTA = ZONA RESIDENCIAL BOA VISTA
ZR – FLOR = ZONA RESIDENCIAL FLORESTA
APP = ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
ZR V NIZE ZONA RESIDENCIAL VILA NIZE
ZR MATAD = ZONA RESIDENCIAL MATADOURO
ZR PIQ = ZONA RESIDENCIAL PIQUIZEIRO
ZE – CUR = ZONA RESIDENCIAL CURUJAL
ZC = ZONA COMERCIAL
ZR XIQ = ZONA RESIDENCIAL XIQUE-XIQUE
ZR – S CRIS = ZONA RESIDENCIAL SÃO CISTOVÃO
1.1.4.3. Situação fundiária e projetos de parcelamento
Existem muitas áreas de propriedade do município ocupadas por famílias de baixa
renda, cuja regularização vem ocorrendo paulatinamente através da concessão de direito de
uso, concedido pela Prefeitura Municipal.
Inexistem no município de Barras projetos de parcelamento ou urbanização.
23
1.1.5. Habitação
Os domicílios são classificados como particulares quando destinados a habitação de
uma pessoa ou de um grupo de pessoas da mesma família ou dependente doméstico.
Considerar os dados abaixo das habitações particulares do município.
Tabela 4: Evolução do Número de Domicílios
ANO DOMICÍLIOS
2000 8.978
2007 11.878
2010 13.376
FONTE: IBGE 2010
Há déficit habitacional no município, conforme apurado no Plano Local de
Habitação de Interesse Social – PLHIS, 2012; e definiu as metas de atendimento previstas
para o horizonte temporal abarcado pelo Plano – curto, médio e longo prazo, que envolveu
uma simulação da disponibilidade total de recursos a serem aplicados em habitação no
município. Para simular a definição de “metas”, estimou-se valores de referência baseados no
critério de porcentagem do déficit habitacional do município de Barras – PI, em relação ao
déficit da Microrregião do Baixo Parnaíba, considerando os números da Fundação João
Pinheiro – FJP, que apontou um déficit habitacional absoluto 44.166, já no levantamento de
campo efetuado pela equipe que elaborou o PLHIS apurou um déficit habitacional
quantitativo de 2.497 no município, representando um déficit de 5,65% da região, já no
Estado do Piauí o déficit habitacional absoluto da FJP é de 139.318, representando um déficit
de 1,79% do Estado e para o país, o déficit habitacional absoluto da FJP é de 6.272.645,
representando um déficit de 0,039% do País.
1.1.6. Energia Elétrica
A ELETROBRAS é a concessionária que fornece energética elétrica no município de
Barras e para todo o Estado do Piauí.
24
De acordo com as informações da Unidade de Atendimento da concessionária em
Barras, o fornecimento de energia elétrica é feito por meio de uma subestação de rede de
69/13.8 Kv, 12 MVA, localizada à margem da PI 113, localidade Cantinho, a 4 Km de centro
da cidade, saída para Teresina, a qual é alimentada por subestação de Piripiri. As tabelas a
seguir indica a distribuição de energia no município.
Tabela 5: Distribuição dos domicílios segundo as formas de disponibilização de
energia elétrica – 2010.
FORMAS DE DISPONIBILIZAÇÃO DOMICÍLIOS ATENDIDOS
Dispunham 10.857
Não dispunham 448
TOTAL 11.305
Fonte: IBGE – 2010
Tabela 6: Número de consumo e consumidores de energia elétrica por classe – 2012
CLASSES CONSUMO (KWh) CONSUMIDORES
Residencial 11.952.841 12.815
Industrial 539.878 61
Comercial 2.726.210 772
Rural 1.744.194 289
Poderes Públicos 1.167.325 150
Iluminação Pública 1.193.021 4
Serviços Públicos 541.513 46
Próprio 20.215 1
TOTAL 19.885.197 14.138
Fonte: Eletrobrás (CEPISA)
25
1.1.7. Comunicação
Barras conta com uma agência dos Correios. Duas estações de rádio AM, dispostas
pelo Ministério das Comunicações, estão inativas e em fase de migração para FM e posterior
funcionamento. Televisão é servida por repetidoras instaladas na capital Teresina, em
operação: TV Club, Meio Norte, Cidade Verde e Antena 10. As informações circulam no
município mais efetivamente por intermédio dos seguintes blogs: Barras News, Grande
Barras, Aqui Você Fica Sabendo, Barras Virtual, Longá.com, 180 graus e Meio Norte.
1.1.8. Transporte e Pavimentação
O sistema viário de Barras é composto principalmente pelas Estaduais que ligam à
Capital e cidades vizinhas: PI 110 – Miguel Alves, Barras a Batalha e entra na BR 222 para
Esperantina; seguindo a 110 vai até Piracuruca; PI 112, Barras para N. Sra. Dos remédios e
Porto (PI); E PI 113 Barras até Teresina, via BR 343. Barras a Piripiri PI nova sem número
que começa na altura do Km da PI 110. A cidade não conta com porto e aeroporto, sendo os
mais próximo, respectivamente, o de Itaqui em São Luis, a 550 Km, e Petrônio Portela, em
Teresina (PI), a 120 Km, tudo por via terrestre. Figura 10.
Figura 10: Mapa Rodoviário de Acesso a Barras
FONTE : Google Maps
26
Tabela 7: Frota do Município
TIPO 2011 2012 2013
Automóvel 673 816 1.003
Caminhão 105 116 130
Caminhão Trator 3 4 4
Caminhonete 247 303 347
Caminhoneta 33 44 50
Micro-ônibus 9 10 11
Motocicleta 4.361 5.204 5.969
Motoneta 987 1.170 1.347
Ônibus 37 51 65
Outros 34 43 59
Trator de rodas 0 0 0
Utilitários 3 3 5
TOTAIS 6.495 7.767 8.995
Com os dados acima, conclui-se que houve um crescimento expressivo da frota do
município, da ordem de 38,5% no período considerado.
Atribui-se ao fenômeno do crescimento da frota as dificuldades encontradas pela
população à falta de sistema de transporte público urbano, aliada à expansão territorial urbana.
A malha viária urbana é composta por ruas e avenidas, contando com
aproximadamente 70 Km de malha, dos quais 27 Km sem pavimentação, e a pavimentação
existente é na sua esmagadora maioria por paralelepípedo, com apenas 3.000 de asfalto, dos
quais 2.000 m são representados pelos corredores de acesso das PI 113 e 110. A parcela sem
pavimentação representa dificuldade de escoamento de águas pluviais, levando risco de
doenças de veiculação hídricas populações dessas comunidades periféricas, e no inverno o
lixo particulado, com perigo de doenças nos olhos.
27
1.1.9. Estrutura Comunitária
1.1.9.1. Escolas
1.1.9.1.1. Escolas municipais
Quadro 2: Escolas do município de Barras (PI)
ESCOLA END./LOC. NOME DO DIRETOR(A)
DES. ARIMATÉIA TITO RUA GERVÁSIO PIRES,
S/N
GILSON DO NASCIMENTO
REIS
DEUSELINA ALENCAR RUA SÃO JOSÉ S/N MARILÉA PUGET EULÁLIO
COSTA
DR. JOSÉ LAGES BAIRRO PEDRINHAS II GERACINDA DE O.
MONTEIRO
HONORINA TITO RUA SÃO JOSÉ INÁCIA DIAS CAVALCANTE
LÉA PUGET EULÁLIO BAIRRO VILA FRANÇA LUIS ANTONIO SARAIVA
PESSOA
MONSENHOR MÁRIO
MENESES BAIRRO SANTINHO
MARA KELINE EVARISTO
DA SILVA
RAIMUNDO NONATO
CARDOSO VILA ESPERANÇA MARIA IRACEMA RAMOS
SIMÃO DE SOUSA RÊGO BAIRRO PEDRINHAS I
SINHAZINHA CORREIA BAIRRO SANTINHO CLEMILDA DA SILVA
SOUSA
LINDOLFO UCHÕA RUA GERVÁSIO
COSTA ROSILDA DE SOUSA SALES
TRANCREDO NEVES BAIRRO SÃO
CRISTOVÃO
JOSÉ FCO
FERREIRA DE
SOUSA
28
FRANCISCO DE A
CARVALHO
RUA DO CHICO DOCA
S/N
GONÇALO SOUSA
NASCIMENTO
TIA DICA BAIRRO SÃO
CRISTOVÃO
NAZARÉ BRITO RUA SÃO JOSÉ ALDA MARIA RÊGO SILVA
HONÓRIODOMINGOS
OLIVEIRA CANTO DO SINDÔ
JOSÉ ANCHEITA NUNES DE
SALES
ESMERINDO JOSÉ FCO
CARA TORTA MARIA DAS DORES L. DE
CARVALHO
Ma BEZERRA DE
CARVALHO PARAISO
CRISTIANE MARIA DA
SILVA
Ma DAS DORES DA
SILVA TIPIS REGINALDO DA COSTA
ROSANGELA DE A.
BARBOSA MALHADA ALTA
COMANDADA PELO
NÚCLEO
ANA BATISTA MUNDO NOVO DOMINGOS DE SOUSA
ALVES
BENEDITO JOSÉ DA
SILVA JARDIM M
a DE DEUS ROCHA
JONAS BORGES ARAÚJO BREJO ELIZABETE LUCIA V. DE
CARVALHO
MIGUEL FERREIRA
FILHO CANTO ESCURO
INÁCIA FERREIRA DE
CARVALHO
SÃO LUIS SÃO LUIS DANIEL FERREIRA
DOMINGOS RAMOS BOM FIM
29
ELOI PIRES LAGES MIMOSOS M
a ODETE MARQUES DA
ROCHA
FELIX REBOUçAS PALMEIRA Ma
DULCIMAR DUARTE
LUÍS PEREIRA RAMOS ISABELINHA COMANDADA PELO
NÚCLEO
LUIS JOSÉ FURTADO MOCAMBO KLEBERTYDE SOUSA
FURTADO
NEMÉSIO MARQUES
LAGES BARRO BRETO LUIZ LOPES DE SOUSA
RAIMUNDO JOSÉ
COSTA FLOR DO CAMPO M
a SALES FERREIRA
ROSA DO RÊGO LAGES ESPERANÇA
SINHARA MONTE LAMEIRÃO FRANCISCA Ma
B. ALVES
TIA DOROTEIA INGÁ
ELIZIÁRIO G. DA SILVA ALTO DA GRAÇA JOSÉ DE DEUS VIERA
SILVA
EUDES RAULINO DE
ALMEIDA SOSSEGO
HELIOMAR MAURO LOPES
LUSTOSA
FCO
OTÁVIO DOS
SANTOS BARREIRO DO OTÁVIO MARIA VAZ
GERÔNIMO FERREIRA
FRANCO VEREDA GRANDE
AURELIVAN CARVALHO
SANTIAGO
JUSTINO COELHO DE
RESENDE LAGOA DE LAGES
ELIZABETE LUCIA V. DE
CARVALHO
Ma DA GLÓRIA P. DE
CARVALHO BOCA DA MATA
CRISTIANE MARIA DA
SILVA
30
CHIQUINHA GOMES PASSA TUDO M
a JOSELITA NUNES
FERREIRA
HAYDEE LAGES MONTE BARREIRO DO
ALCIDES
IOLANDA NASCIMENTO
ALVES
JOÃO JOSÉ FILHO ANGICAL AURA COSTA SOUSA
CARRIAS
LUISA ELISA DE MELO MATA FRIA MARILENE MOURÃO
CARVALHO
MANOEL JOSÉ DE
ALMEIDA MURICI
NOELI CARNEIRO
SANTIAGO
RAIMUNDO SIMPLICIO RIACHO VERDE RAIMUNDO PEREIRA
RAMOS
ANTONIO NUNES
FERREIRA SANTA ROSA
ALZENIRA DO
NASCIMENTO CRUZ
SANTO ANTONIO FORMOSO LUCIANA DE SOUSA
GOMES
SÃO FRANCISCO SOLIDÃO M
a LUCIA FERREIRA
GADELHA
BRASILINO NUNES
FERREIRA TABOCA
Ma
DA CONCEIÇÃO F. DA
SILVA
JOSÉ CANDIDO DE
MESQUITA INGÁ M
a EDILEUZA DA SANTA
FERNANDO TORRES PAISSANDU DEUSINERE DE CARVALHO
ARAÚJO
LUIS PIRES CORREIA FORMOSA FRANCISCO MENESES DA
SILVA
31
ELVIRA COELHO DE
CASTRO LAGOA PRETA
EDNA DE OLIVEIRA CUNHA
RÊGO
ARCÂNGELA Ma
DA
CONCEIÇÃO ANGELIM
Ma
FRANCISCA R. DA
COSTA
PEDRO MARQUES DE
OLIVEIRA LIMOEIRO IVANE FERREIRA LAURENA
1.1.9.1.2. Escolas estaduais
Quadro 3: Escolas estaduais com sede em Barras (PI)
ESCOLA END./LOC. NOME DO DIRETOR(A)
CONRADO AMORIM
(CEJA)
RUA MAL. PIRES
FERREIRA MARIA DE LOUDES SOUSA
U.E. GERVÁSIO COSTA RUA FENELON
CASTELO BRANCO AURILENE VIEIRA BARROS
U.E. N.Sra DA
CONCEIÇÃO RUA SANTO ANTONIO MARIA ROSANGELA
U.E. MATIAS OLIMPIO RUA CARVALHO
FILHO RITA DE CASSIA
U.E. LINDOLFO UCHÔA RUA GERVÁSIO
COSTA BEATRIZ RIBEIRO
U.E. Ma DE JESUS C.
ROCHA VILA PADRE MÁRIO
JOSÉ FCO
DOS SANTOS
RÊGO
32
1.1.9.1.3. Escolas particulares
Quadro 4: Escolas particulares em Barras (PI)
ESCOLA END./LOC. NOME DO DIRETOR(A)
EDUC. SANTO ANTONIO RUA MAL. PIRES
FERREIRA
ALVINA FERNANDES
CARVALHO
COLÉGIO OLGA
FERNANDES RUA 10 DE NOVEMBRO
FCO
DE ASSIS CARVALHO
FILHO
COLÉGIO PRÁTICUS RUA SÃO JOSÉ ANTONIO FRANCISCO DE
ARAÚJO
1.1.9.2. Áreas de Lazer
Praça Monsenhor Bozon, Rua Santo Antônio – Centro, Praça sem. Joaquim Pires,
Praça Lucilo Albuquerque; Praça Santa Luzia, Praça Mártir Gregório, Praça da Concha,
Estádio Juca Fortes, balneários Flutuante, Pesqueiro, Parente, Paraíso Clube.
1.1.9.3. Estabelecimentos de Saúde
Ver no quadro 5 a seguir os principais estabelecimentos instalados no município.
Quadro 5: Estabelecimentos de Saúde
UNIDADE ENDERECO
Hospital Leônidas Melo Rua Santo Antonio – Pça.
Mons.Bozon - Centro
Unidade Básica de Saúde Riacho Verde
Unidade Básica de Saúde Palmeira
Posto de Saúde Formoso
Posto de Saúde Formosa
Posto de Saúde Eudes Raulino Sossego
Posto de Saúde Antônio Félix de Carvalho Boca da Mata
33
Posto de Saúde Antenor de C. Rêgo São Francisco
Posto de Saúde Alfredo Lages Rêgo Esperança
Posto de saúde Alcides do Lages Rêgo Barreiros
Posto de Saúde Paulo Alberto R Gervásio Pires, Centro
Centro de Saúde Matadouro Rua São José – Matadouro
Posto de Saúde Odete Lira Praça Santa Luzia – Boa Vista
Posto de Saúde José Ribamar Pereira Av. Dirceu Arcoverde – Santinho
Posto de Saúde da vila França Vila França
Posto de Saúde São Cristovão Bairro São Cristovão
Posto de Saúde Santinho II Bairro Santinho
Posto de Saúde Francisco Raulino Localidade Murici
Posto de Saúde Morada de Barras Conj. Morada de Barras
Posto de Saúde Dona Dita – Xique-xique Bairro Xique-xique
Posto de Saúde Santa Rosa Localidade Santa Rosa
Posto de Saúde Dr. José Lages Bairro Pedrinhas
Posto de Saúde Justino Coelho Resende Localidade Lagoa de Lages
Núcleo De Apoio à Saúde da Família - NASF Rua Manoel da Cunha – Centro
Centro de Atendimento Psicosocial-CAPS R São José – Matadouro
PARTICULARES
Centro de Regulação de Urgências Médicas R Antenor Rêgo – Matadouro
Clínica Santa Emília R Carvalho Filho – Centro
Clínica Airton Andrade Praça Mons. Bozon – Centro
Clínica New Lab Praça Sem. Joaquim Pires
Laboratório Exame Praça Mons. Bozon
Laboratório Patrick Mesquita Rua Gervásio Pires, Centro
LABOBARRAS Rua Duque de Caxias – Xique-xique
Clínica Espaço vida Rua Gervásio Pires, Pequizeiro
Clínica de Reabilitação Rita Sales Conj. Petrônio Portela – Pequizeiro
34
1.1.9.4. Cemitérios
São estruturas que fazem parte da vida das cidades e causam importantes impactos
socioambientais que vão desde os psicológicos (medo da morte e superstições), até os
impactos no meio físico: o chorume produzido das decomposições colocam em risco de
contaminação as águas superficiais e subterrâneas. Para disciplinamento da construção dessas
estruturas o CONAMA editou a Resolução nº 335/03.
O município de Barras vem sendo servido há muitos anos pelas seguintes unidades:
Cemitério Municipal São José, localizado na Praça Mártir Gregório, rua Fernando Carvalho,
Bairro Pequizeiro e Cemitério do Exú, que serve a população do bairro São Cristovão.
Essas Unidades funcionam à revelia da Resolução citada acima, a primeira,
inclusive, com poço artesiano em operação no entorno de 100 m.
Figura 11: Cemitério São José – Barras (PI)
FONTE: GOOGLE
1.1.9.5. Organização Social
O município é conhecido como “Terra dos Intelectuais”, por ter sido berço de
inúmeros filhos ilustres, com grande destaque para o Artista Plástico Lucílio Albuquerque; e,
também, “Terra dos Governadores”, pois dentre os destaques figuram oito Governadores de
35
Estado, são eles: General Gregório Taumaturgo de Azevedo, Coriolano de Carvalho e Silva,
Raimundo Artur de Vasconcelos, Matias Olímpio de Melo, Leônidas de Castro Melo, João de
Deus Moreira de Carvalho, governaram o Piauí; e: Segismundo Antônio Gonçalves em
Pernambuco; Fileto Pires Ferreira e Gregório Taumaturgo de Azevedo, no Amazonas. No
Senado Federal figuraram: Mal. Pires Ferreira, Firmino Pires Ferreira, Raimundo Artur de
Vasconcelos, Joaquim Pires Ferreira, Matias Olímpio de Melo e Leônidas de Castro Melo;
além de vários Deputados Federais. Outros se destacaram na fundação de cidades, como:
Cruzeiro do Sul (ACRE), Taumaturgo de Azevedo; Ambrósio Aires (AM) Augusto Soriano
de Melo e Floriano (PI), Agrônomo Francisco Parente (Castro Rêgo, 2008).
Em que pese a tradição do município, hoje não existem grupos sociais com
percepção socioambiental capaz de promover discussões que influenciem os destinos dos
setores de saneamento, saúde e meio ambiente.
Diagnosticamos a existência de associação de moradores na grande maioria das
localidades rurais e todos os bairros da cidade, o que demonstra o interesse da população pela
organização social, dado a importância dessas organizações para o desenvolvimento das
comunidades. Isso inobstante, são ações incipientes, que na maioria dos casos atende a
interesses políticos, o que tem desestimulado a participação mais efetiva de membros das
comunidades. Há outros tipos de organizações sociais de importância para o município, como
os Conselhos Municipais de Saúde, de Educação, APAE e Conselho Tutelar dos Direitos da
Criança e do Adolescente, Colônia de Pescadores, Sindicato das Trabalhadoras e
Trabalhadores rurais, Sindicato dos trabalhadores em Educação. No quadro adiante relação
das principais associações com sede no município.
Quadro 6: Associações comunitárias
NOME ENDEREÇO
Associação dos Produtores Rurais da
localidade Carnaubal dos Diolindos
Carnaubal –Barras (PI)
Associação dos Moradores Rurais da
Comunidade Riacho Verde
Riacho Verde – Barras (PI)
Associação dos Moradores da Vila França Bairro Vila França – Barras (PI)
36
Associação dos Pequenos Produtores Rurais
da Comunidade Formosa I
Formosa – Barras (PI)
Associação de Moradores da Comunidade
Caiçara
Caiçara – Barras (PI)
Associação de Moradores da Comunidade
bairro Pedrinhas II
Bairro Pedrinhas – Barras (PI)
Associação Desenvolvimento Comunitário
dos Pequenos Produtores da Comunidade
Bonito
Bonito – Barras (PI)
Associação Rural da Comunidade
Mucambo
Mucanbo – Barras (PI)
Associação dos Moradores Rurais da
Comunidade Tipís
Tipis – Barras (PI)
Associação Comunitária dos Produtores
Rurais de Centro e Tipís
Tipis – Barras (PI)
Associação de Desenvolvimento
Comunitário dos Pequenos Produtores
Rurais da Comunidade Bonito
Bonito – Barras (PI)
Associação dos Pequenos Produtores da
Comunidade Santa Cruz I
Santa – Barras (PI)
Associação Comunitária: Cocos, Mamoeiro
e Alto Bonito
Cocos – Barras (PI)
Associação dos Pequenos Produtores Rurais
da Comunidade Unha de Gato
Unha de Gato – Barras (PI)
Associação de Moradores da Comunidade
Tipís – Centro e Pastores
Tipis – Barras (PI)
Associação de Produtores e Produtoras da Mãe Joana – Barras (PI)
37
Comunidade Mãe Joana
Associação dos Pequenos Produtores Rurais
da localidade Canto do Sindô II
Canto do Sindô – Barras (PI)
Associação dos Moradores do bairro
Pequizeiro
Bairro Pequizeiro – Barras (PI)
Associação Comunitária dos Moradores
Rurais da localidade Lagoa Seca dos
Leocádios
Lagoa Seca dos Leocádios – Barras (PI)
Associação dos Pequenos Produtores Rurais
da comunidade Alto Alegre
Alto Alegre – Barras (PI)
Associação Comunitária de
Desenvolvimento da vila Barbosa
Vila Barbosa – Barras (PI)
Associação Comunitária dos Moradores
Rurais da Comunidade Morada Nova
Morada Nova – Barras (PI)
Associação de Desenvolvimento
Comunitário dos Pequenos Produtores
Rurais da Comunidade Couro de Porco
Coito de Porco – Barras (PI)
Associação de Desenvolvimento de
Moradores da localidade Tamboril e
adjacentes
Tamboril – Barras (PI)
Associação de Moradores do Barro Preto Barro Preto – Barras (PI)
Associação dos Pequenos Produtores Rurais
da Comunidade Izabelinha
Izabelinha – Barras (PI)
Associação de Moradores Rurais da
Comunidade Morada Nova II
Morada No II – Barras (PI)
Associação dos Pequenos Produtores Rurais
da Comunidade Pé do Morro
Pé – do - Morro
38
Associação de Moradores Rurais da
Comunidade Três Caminhos
Três Caminhos
Associação de Moradores da Vila Esperança Bairro V. Esperança – Barras (PI)
Associação Comunitária do bairro Xique-
xique
Bairro Xique-xique
Associação Comunitária da Vila São Pedro Bairro São Pedro
Associação Comunitária dos Moradores do
bairro Matadouro
Bairro Matadouro
Associação comunitária do Bairro Santinho Santinho – Barras (PI)
Associação de Moradores do Bairro Boa
Vista
Boa Vista – Barras (PI)
Associação de Moradores do Bairro de
Fátima
B Fátima – Barras (PI)
Associação Comunitária do bairro Corujal Bairro Corujal – Barras (PI)
Associação Comunitária do Riachinho Bairro Riachinho – Barras (PI)
Associação de Des. Comum. Das Pedrinhas B Pedrinhas – Barras (PI)
Associação de Moradores do Bairro Floresta B Floresta – Barras (PI)
Associação dos Moradores do bairro São
Cristovão
B São Cristovão – Barras (PI)
Os barrenses, como é cediço por aqui, é um povo muito ligado a festas e à
religiosidade, o que eles atribuem à herança de sua fundação por um baiano. Por isso,
secularmente atrai visitantes para os festejos da padroeira Nossa Senhora da Conceição, e há
décadas é destaque no carnaval piauiense. A seguir quadro com calendário dos principais
eventos.
39
Quadro 7: Principais eventos de Barras
EVENTO PERÍODO
CARNAVAL FEVEREIRO/MARÇO
FOLGUEDOS JUNHO
ANIVERSÁRIO DA CIDADE SEMANA DE 24 DE SETEMBRO
FESTEJOS DA PADROEIRA 28/11 A 08/12
FONTE: Prefeitura Municipal de Barras
1.1.9.5.1. Igrejas
Como já dito, é forte a religiosidade no seio da população barrense, o que se verifica
nas realizações de festejos e cultos religiosos. No quadro adiante as principais representações
religiosas presentes no município.
Quadro 8: Representações religiosas do município de Barras (PI)
NOME ENDEREÇO
IGREJAS CATÓLICAS
Igreja de N. Sra. da Conceição Pça. da Matriz – Centro
Igreja de Santa Luzia e São José
Operário Pça. Santa Luzia –Boa Vista
Igreja de São João Batista Av. Sinhazinha Correia – Santinho
Igreja de São Cristovão Av. Francisco Raimundo – São Cristovão
Capela de São Raimundo R Duque de Caxias – Xique-xique
Capela de N. Sra. de Fátima R Leônidas Melo – B. Fátima
Capela de São Sebastião R Fernando Carvalho – Pequizeiro
Capela do Sagrado Coração de Maria R Valdivino Tito – Corujal
Capela de Santa Teresinha Pça. Mártir Gregório - Matadouro
40
IGREJAS EVANGÉLICAS
Assembléia de Deus R Leônidas Melo – Centro
Assembléia de Deus R dos Aracandus – Santinho
1a Igreja Batista Conj. Petrônio Portela - Matadouro
Igreja Batista Central Av. JK – Corujal
Igreja Universal do Reino de Deus R São José – Centro
Templo das Testemunhas de Jeová R Gal. Taumaturgo – Centro
Assembléia de Deus R da Bíblia – Vila Esperança
ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA
Centro Espírita Nosso Lar R Vitor Lopes - Pequizeiro
1.1.9.6. Saúde
Segundo a Organização Mundial de Saúde- OMS, saneamento é o controle de todos
os fatores do meio físico que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem-estar
físico, mental e social, enquanto saúde é boa disposição física e mental, além de bem-estar
social. Frente a esses conceitos diagnosticamos que em Barras não há Práticas de Saúde
efetivas para promoção da saúde e saneamento da população em geral, nos moldes ditados
pela OMS. A propósito, falta estrutura de saneamento, mormente na periferia da cidade, com
flagrantes prejuízos à saúde da população. Inexiste estrutura física e educacional para
promoção de campanhas educativas que promovam educação ambiental para a população e
prevenção e promoção da saúde. Algumas ações isoladas são feitas através da organização de
Agentes Comunitários de Saúde.
1.1.9.6.1. Taxas de mortalidade, natalidade, fecundidade e longevidade
A taxa de mortalidade infantil é o número de óbitos de menores de um ano de idade,
por mil nascidos vivos, considerando a população residente em determinada região, no ano
considerado.
41
O indicador “mortalidade infantil,” além de informar sobre os níveis de saúde da
população, reflete simultaneamente seu grau de desenvolvimento social e econômico e a
qualidade do sistema de saúde, considerando que em condições sanitárias inadequadas o
segmento da população mais afetado é o infantil. Isso remete à responsabilidade do setor
público para a formulação e implantação de políticas públicas de saneamento básico, nos
quatro eixos: abastecimento de água potável, coleta e tratamento de esgotos, coleta e
destinação do lixo, e a outros serviços públicos que contribuam para proteção da população
dos riscos de doenças epidemiológicas, infecciosas e de veiculação hídrica (amebíase,
giardíase, gastroenterite, febres tifoides e paratifoide, hepatite infecciosa e cólera, entre
outras).
O indicador “Longevidade” é composto pelo indicador esperança de vida ao nascer.
Esse indicador mostra o número médio de anos que as pessoas viveriam a partir do
nascimento, mantidos os mesmos padrões de mortalidade observados no ano de referência.
“Esperança de Vida ao Nascer” é o indicador utilizado para compor a dimensão
longevidade do IDHM. “Taxa de Natalidade” é o número de nativivos que nascem
anualmente a cada mil habitantes, e “Taxa de Fecundidade é a estimativa do número médio
de filhos que uma mulher teria até o fim de seu período reprodutivo. Adiante tabela de
nascidos vivos em Barras (PI), nos últimos cinco anos.
Tabela 8: Nascidos vivos nos últimos 5 anos em Barras (PI)
ANO 2010 2011 2012 2013 2014
NASCIDOS
VIVOS
786 757 757 765 556
FONTE: SISNAC
A mortalidade de crianças em Barras em 1991 era de 63,4; de 48,2 em 2000; e
passou para 28,8 por mil nativivos em 2010. No Brasil, a taxa era de 23,1 em 2010; de 41,9
em 2000 e 64,7 em 1991. Entre 2000 e 2010, a taxa de mortalidade infantil no país caiu de
30,6 por mil nativivos para 16,7 por mil nativivos. Em 1991, a taxa era de 44,7 %.
Com a taxa de mortalidade observada em 2010, a cidade de Barras assim como o
País, segue o cumprimento de uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
42
das Nações Unidas, segundo a qual a mortalidade infantil deve estar abaixo de 17,9 óbitos por
mil em 2015. A seguir tabelas com a situação do município de Barras (PI).
Tabela 9: Longevidade, Mortalidade e Fecundidade em Barras (PI).
ITENS 1991 2000 2010
Esperança de vida ao nascer (em anos) 60,5 63,4 71,7
Mortalidade até 1 ano de idade (por mil nativivos ) 63,4 48,2 22,8
Mortalidade até 5 anos de idade (por mil nativivos ) 83,2 61,9 24,6
Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) 4,3 3,9 2,3
Fonte: PNUD/ATLASBRASIL
Tabela 10: Coeficiente de Mortalidade Infantil* - Municípios mais populosos do Estado
Município 1991 2000 2010
Teresina 38,73 32,67 16,13
Piripiri 54,13 41,74 23,40
Picos 54,13 32,32 24,07
Campo Maior 57,04 34,57 20,50
Floriano 61,32 34,09 19,10
Parnaíba 61,32 34,09 16,83
Altos 58,22 41,27 24,80
União 62,59 42,37 22,40
Esperantina 79,73 44,89 24,40
*Mortalidade infantil por ano entre nascidos-vivos
Fonte: SIM. Situação da Base de Dados Nacional – Ministério da Saúde
Segundo a Organização Mundial da Saúde, existem três classificações de coeficiente
de mortalidade infantil: Alto – para 50 ou mais óbitos por mil crianças nascidas vivas; – entre
20 e 49; e Baixo para menos de 20 mortes.
“Expectativa de vida” ao nascer é um importante indicador que mostra o número
médio de anos de vida esperados para um recém-nascido, conforme o padrão de mortalidade
existente na população residente, em determinada região, no ano considerado.
Pode-se afirmar que houve uma melhoria na qualidade de vida da população e
aumento da expectativa de vida, com as melhorias médico-sanitárias e movimentos
migratórios ocorridos nos anos 60 e 70 da população rural rumo às cidades, melhor equipadas
para atender a população em geral do que as mais isoladas e rurais.
43
Ao mesmo tempo em que houve aumento da expectativa de vida houve uma
diminuição na taxa de fecundidade dos brasileiros, decorrentes principalmente da participação
efetiva da mulher no mercado de trabalho. Embora esse não seja o único fator, é certamente o
mais importante para explicar a considerável mudança na pirâmide populacional nacional,
com redução considerável do número de jovens e aumento do número de idosos. O quadro
atual da expectativa de vida no município de Barra, segundo o Atlas de Desenvolvimento
Humano, é de 71,7 anos.
1.1.9.6.2. Indicadores e fatores causais de morbidade de doenças
infecciosas e parasitárias
Segundo o Plano Municipal de Saúde de Barras - PMSaúde, 2014, o perfil
epidemiológico de Barras com relação a morbidade hospitalar está distribuído entre doenças
infecciosas e parasitárias e causas não infecciosas e parasitárias.
A seguir, apresentam-se os percentuais de internações e mortalidades,
especificamente para doenças infecciosas e parasitárias, de Barras e do Brasil.
Tabela 11:Internações por Doenças Infecciosas e Parasitárias / Por Faixa Etária – 2009
Localidade < 1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50/ 64 65 e mais
Barras 35,5% 34,1% 28,9% 26,5% 9,7% 13,2% 7,1% 10,1%
Brasil 14,7% 23,3% 18,1% 14,1% 4,4% 5,2% 6,5% 7,3%
Fonte: SIH / SUS - Porcentagem sobre o total de internações da faixa etária
Tabela 12: Mortalidade por Doenças Infecciosas e Parasitárias / Por Faixa Etária –
2009
Local Menor 1 1 a 4 5 a 9 10 a
14
15 a
19
20 a
49
50a
64
65 e
mais
60 e
mais
Total
Barras 4,5% - - - - 2,9% 8,7% 4,3% 6,1% 4,2%
Brasil 7,0% 15,5% 8,9% 5,8% 2,6% 8,3% 4,9% 3,3% 3,4% 4,9%
Fonte: SIM - Porcentagem sobre o total de óbitos da faixa etária
44
Barras apresenta seu índice total de internação por doenças infecciosas e parasitárias
acima dos valores apresentados no Brasil. Quanto à mortalidade pela mesma causa, a situação
de Barras apresenta taxas próximas ao índice Federal.
Verifica-se, no entanto, que a mortalidade está mais associada à eficácia e
efetividade do atendimento médico, enquanto a internação está associada ao saneamento
básico propriamente dito, que pode ser a causa da veiculação e transmissão das doenças.
1.1.9.7. Segurança
A segurança da população de Barras é mantida pela: Polícia Militar e Polícia Civil,
com o seguinte efetivo.
Quadro 9: Estrutura Efetiva da Segurança de Barras
ESTRUTURA ENDEREÇO EFETIVO
POLICIA MILITAR Rua São José – B. Fátima 13
PILICIA CIVIL Av. Celso Pinheiro- Centro 14
1.1.9.8. Dinâmica social
Dinâmica ou dinamismo social é o fluxo dos costumes práticas e crenças de uma
sociedade. E mais, é o mecanismo que rege a conduta das massas diante de certos estímulos,
em certas circunstâncias, sempre respondendo ao condicionamento social a que o indivíduo
foi exposto durante o curso de sua experiência de vida e do subconsciente. Para Comte, a
dinâmica social se volta para as mudanças sociais e suas causas e se fundamenta no
progresso.A idéia de organização social está ligada ao processo social, a idéia de mudança de
arranjo e comportamento dos indivíduos na construção da vida social.
Dentro de uma organização social os indivíduos podem tomar decisões e fazer
escolhas tendo como referência as normas dadas pela estrutura social, concordando ou não
com os valores grupais, com as convenções, e envolvem diversos campos de atuação humana,
como: econômico (atividades produtivas, comércio e serviços), político (governo), religioso
(líderes espirituais e fiéis). Esses grupos sociais se organizam e mantêm relações recíprocas.
No município de Barras a estrutura de organização social identificada está
representada pela estrutura administrativa do Governo - representada nas três esferas, pelos
sindicatos de categorias profissionais e sindicatos de trabalhadores, associações comunitárias,
45
organizações religiosas, organizações patronais e partidos políticos; e que pelo exposto serão
os atores a ser envolvidos na construção e implementação do plano Municipal de Saneamento
Básico – PMSB, de Barras (PI).
1.1.9.9. Educação
Conforme IBGE, 2012, o município contava com 413 unidades escolares, com
quadro de pessoal de 2.367 pessoas; com 28.326 pessoas alfabetizadas do total populacional
do município. A seguir quadro sinóptico do número de matrículas e docentes da rede escolar,
IBGE, 2012.
Quadro 10: Dados da rede escolar de Barras (PI)
Barras Código: 2201200
Ensino - Matrículas, Docentes e Rede Escolar 2012
Matrícula - Ensino fundamental - 2012
(1) 9.167 Matrículas
Matrícula - Ensino fundamental - escola
pública estadual - 2012 (1) 200 Matrículas
Matrícula - Ensino fundamental - escola
pública federal - 2012 (1) o existente Matrículas
Matrícula - Ensino fundamental - escola
pública municipal - 2012 (1) 8.546 Matrículas
Matrícula - Ensino fundamental - escola
privada - 2012 (1) 421 Matrículas
Matrícula - Ensino médio - 2012 (1) 1.956 Matrículas
Matrícula - Ensino médio - escola
pública estadual - 2012 (1) 1.820 Matrículas
Matrícula - Ensino médio - escola
pública federal - 2012 (1) o existente Matrículas
Matrícula - Ensino médio - escola
pública municipal - 2012 (1) 0 Matrículas
Matrícula - Ensino médio - escola
privada - 2012 (1) 136 Matrículas
Matrícula - Ensino pré-escolar - 2012 (1) 1.641 Matrículas
Matrícula - Ensino pré-escolar - escola pública 0 Matrículas
46
estadual - 2012 (1)
Matrícula - Ensino pré-escolar - escola pública
federal - 2012 (1) o existente Matrículas
Matrícula - Ensino pré-escolar - escola pública
municipal - 2012 (1) 1.477 Matrículas
Matrícula - Ensino pré-escolar - escola privada -
2012 (1) 164 Matrículas
Docentes - Ensino fundamental - 2012 (1) 537 Docentes
Docentes - Ensino fundamental - escola pública
estadual - 2012 (1) 22 Docentes
Docentes - Ensino fundamental - escola pública
federal - 2012 (1) o existente Docentes
Docentes - Ensino fundamental - escola pública
municipal - 2012 (1) 460 Docentes
Docentes - Ensino fundamental - escola privada -
2012 (1) 55 Docentes
Docentes - Ensino médio - 2012 (1) 147 Docentes
Docentes - Ensino médio - escola pública
estadual - 2012 (1) 110 Docentes
Docentes - Ensino médio - escola pública federal
- 2012 (1) o existente Docentes
Docentes - Ensino médio - escola pública
municipal - 2012 (1) 0 Docentes
Docentes - Ensino médio - escola privada - 2012
(1) 37 Docentes
Docentes - Ensino pré-escolar - 2012 (1) 86 Docentes
Docentes - Ensino pré-escolar - escola pública
estadual - 2012 (1) 0 Docentes
Docentes - Ensino pré-escolar - escola pública
federal - 2012 (1) o existente Docentes
Docentes - Ensino pré-escolar - escola pública
municipal - 2012 (1) 75 Docentes
Docentes - Ensino pré-escolar - escola privada -
2012 (1) 11 Docentes
Escolas - Ensino fundamental - 2012 (1) 66 Escolas
47
Escolas - Ensino fundamental - escola pública
estadual - 2012 (1) 2 Escolas
Escolas - Ensino fundamental - escola pública
federal - 2012 (1) o existente Escolas
Escolas - Ensino fundamental - escola pública
municipal - 2012 (1) 60 Escolas
Escolas - Ensino fundamental - escola privada -
2012 (1) 4 Escolas
Escolas - Ensino médio - 2012 (1) 12 Escolas
Escolas - Ensino médio - escola pública estadual -
2012 (1) 9 Escolas
Escolas - Ensino médio - escola pública federal -
2012 (1) o existente Escolas
Escolas - Ensino médio - escola pública
municipal - 2012 (1) 0 Escolas
Escolas - Ensino médio - escola privada - 2012
(1) 3 Escolas
Escolas - Ensino pré-escolar - 2012 (1) 58 Escolas
Escolas - Ensino pré-escolar - escola pública
estadual - 2012 (1) 0 Escolas
Escolas - Ensino pré-escolar - escola pública
federal - 2012 (1) o existente Escolas
Escolas - Ensino pré-escolar - escola pública
municipal - 2012 (1) 54 Escolas
Escolas - Ensino pré-escolar - escola privada -
2012 (1) 4 Escolas
Fonte: Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais - INEP
1.1.9.9.1. Índice da educação básica – IDEB
Calculado a partir de dois componentes: aprovação e média de desempenho nos
exames padronizados aplicados pelo INEP, o IDEB „e um índice que permite traçar metas de
qualidade educacional para a educação. O índice do município apurado em 2013 é 3,8.
Abaixo quadro do IDEB das escolas avaliadas no município:
48
Tabela 13: Índice das escolas municipais avaliadas
ESCOLA
ENDEREÇO/LOCALID
ADE
IDEB
20131 2013
2 EST.2015
DES. ARIMATÉIA TITO RUA GERVÁSIO PIRES,
S/N - 4.9 5.2
DR. JOSÉ LAGES BAIRRO PEDRINHAS II 3.3 3.6 3.9
HONORINA TITO RUA SÃO JOSÉ 4.7 4.8 5.1
RAIMUNDO N.
CARDOSO VILA ESPERANÇA 3.1 3.5 3.8
SINHAZINHA CORREIA BAIRRO SANTINHO 4.1 3.8 4.1
TANCREDO NEVES BAIRRO SÃO
CRISTOVÃO 4.3 3.5 3.8
HONÓRIO D. OLIVEIRA CANTO DO SINDÔ 2.6 3.2 3.4
LEA PUGET EULÁLIO VILA FRANÇA 3.3 3.8 4.1
Ma BEZERRA
CARVALHO PARAISO 3.2 - 3.5
Ma DAS DORES DA
SILVA TIPIS 3.6 - 3.9
MONS. LINDOLFO
UCHÔA BOA VISTA 4.5 4.1 4.4
BENEDITO JOSÉ DA
SILVA JARDIM 4.5 4.8
SÃO LUIS SÃO LUIS 2.9 4.4 4.7
LUIS JOSÉ FURTADO MOCAMBO 3.2 3.9 4.1
49
NEMÉSIO MARQUES
LAGES BARRO BRETO 3.3 - 3.6
FCO
OTÁVIO DOS
SANTOS BARREIRO DO OTÁVIO 2.4 2.7
JUSTINO COELHO DE
RESENDE LAGOA DE LAGES 3.6 3.4 3.7
HAYDEE LAGES MONTE BARREIRO DO
ALCIDES 3.8 3.0 3.3
MANOEL JOSÉ DE
ALMEIDA MURICI 3.6 - 3.9
RAIMUNDO SIMPLICIO RIACHO VERDE 3.6 - 3.9
ANTONIO NUNES
FERREIRA SANTA ROSA 3.3 4.1 4.5
BRASILINO NUNES
FERREIRA TABOCA - 3.1 3.4
JOSÉ CANDIDO DE
MESQUITA INGÁ 2.5 3.5 3.8
FERNANDO TORRES PAISSANDU 3.1 - 3.4
LUIS PIRES CORREIA FORMOSA 3.5 4.0 4.3
ARCÂNGELA Ma
DA
CONCEIçÃO ANGELIM 3.0 3.4 3.7
NOTA: 1=observado 2=projetado
50
Tabela 14: Educação por faixa etária
ANOS DE
ESTUDOS PIAUÍ NORDESTE BRASIL
s/ instrução 544 7.363 15.732
1 a 3 anos 504 7.268 20.469
4 a 7 anos 708 12.421 45.678
8 anos 182 3.310 14.881
9 a 11 anos 529 11.040 45.710
12 anos e
mais 215 3.426 20.337
CEPRO 2009
Tabela 15: Taxa de analfabetismo
2004 2005 2006 2007 2008 2009
PIAUI 27,32 27,32 26,25 23,41 24,36 23,34
NORDESTE 22,44 22,64 20,74 19,93 19,41 18,20
BRASIL 11,38 11,05 10,38 9,99 9,96 9,70
CEPRO 2009
51
1.1.9.9.2. Educação de crianças e jovens
As proporções de crianças e jovens freqüentando ou tendo completado determinados
ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar do Estado e compõe o
IDHM educação. No município, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 97,44 %,
em 2010. No mesmo ano a proporção de crianças de 11 a 13anos freqüentando os anos finais
do ensino fundamental é de 80,4 %; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com o ensino
fundamental completo é de 40,86 %; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino
,médio completo é de 19,89 %. Entre 1991 e 2010, essas proporções aumentaram,
respectivamente, em 80,82 %, 72,91 %, 36,20 % e 16,14 %.a seguir gráficos da situação
exposta.
Gráfico 1:
FONTE: PNUD/IPEA/FJP
52
Gráfico 2:
FONTE: PNUD/IPEA/FJP
Em 2010, 72,53 % da população de 6 a 17 anos do município estava cursando o
ensino básico regular com até dois anos de defasagem idade-série. Em 2000 eram 54,12 % e
em 1991, 59,42 %.
1.1.9.9.3. Nível de educação da população por faixa etária
Os quadros adiante mostram a escolaridade no município por faixa etária (IBGE,
2010).
Tabela 16: População que freqüentava creche ou escola
FAIXA ETÁRIA Nº PESSOAS
0 a 3 anos 397
4 anos 722
5 anos 928
6 anos 834
53
7 a 9 anos 2.658
10 a 14 anos 4.536
15 a 19 anos 3.126
15 a 17 anos 2.308
18 e 19 anos 819
20 a 24 anos 890
25 a 29 anos 419
30 a 39 anos 643
40 a 49 anos 323
50 a 59 anos 180
60 anos ou mais 147
Tabela 17: População que não freqüentava, mas já freqüentou creche ou escola
FAIXA ETÁRIA Nº PESSOAS
0 a 3 anos 11
4 anos 12
5 anos 19
6 anos 5
7 a 9 anos -
10 a 14 anos 62
15 a 19 anos 1.360
15 a 17 anos 495
18 e 19 anos 865
20 a 24 anos 3.412
25 a 29 anos 3.299
30 a 39 anos 4.854
40 a 49 anos 3.733
50 a 59 anos 2.687
54
60 anos ou mais 2.763
Tabela 18: População residente que nunca freqüentou creche ou escola
FAIXA ETÁRIA Nº PESSOAS
0 a 3 anos 2871
4 anos 116
5 anos 16
6 anos 6
7 a 9 anos 65
10 a 14 anos 64
15 a 19 anos 91
15 a 17 anos 81
18 e 19 anos 10
20 a 24 anos 188
25 a 29 anos 155
30 a 39 anos 430
40 a 49 anos 466
50 a 59 anos 697
60 anos ou mais 1663
55
1.1.9.9.4. Sistema educacional, formal e informal, do município e a promoção da
saúde pública
O sistema educacional do município, em todos os níveis, não vem contribuindo
incisivamente com a promoção da saúde pública, na medida em que não tem programas de
aplicação da interdisciplinaridade das disciplinas de educação ambiental previstas no Plano
Nacional de Educação Ambiental. Isso inobstante, por iniciativa de professores, os temas
como o meio físico, a biodiversidade e conceitos preservacionistas vêm sendo abordados em
sala de aula, como forma de inculcar na comunidade estudantil esses novos paradigmas.
1.1.10. Características socioeconômicas do município
O conhecimento da realidade socioeconômica, ambiental e político-institucional é
importante na definição de planos e projetos considerados prioritários para o desenvolvimento
do município. Isso por se ter em vista que o espaço territorial do município congrega a
totalidade cultural e dos arranjos econômicos, revelando especificidades que proporcionam o
princípio de integração social e configuram a singularidade de cada espaço geográfico com
demandas, estratégias e políticas endógenas que expressem sua identidade.
Em tempos atuais, a economia é fortalecida principalmente com a agricultura, como
por exemplo, da cana-de-açúcar, melancia, mandioca, e de outras culturas. Além disso, a
pecuária está em outros pontos como fonte econômica. A exploração de comércios de
pequeno e médio porte vem conduzindo novas ofertas de trabalho na cidade.
1.1.10.1. Movimentação econômica
Podemos considerar indicadores socioeconômicos de Barras, os mencionados pelo
IBGE, conforme Tabela 18:
56
Tabela 19: Indicadores Sócios Econômicos de Barras
Indicadores Sócio Econômicos de Barras
População Total (2010) 44.850 habitantes
Área (2010) 1.719, 798 km²
Densidade Demografica (2011) 26,0 hab/km²
Taxa de Urbanização (2010) 11%
Taxa de Analfabetismo (2010) 9% ~=
Expectativa de Vida ao Nascer
(2010)
60 à 70 anos
PIB pm (2010) R$ 121.310,44
PIB per capita (2010) R$ 6.005,17
Fonte: CENSO 2010 - IBGE
1.1.10.2. Setor primário
As principais atividades desenvolvidas na área rural do município de Barras são
agricultura e a pecuária. Na área agrícola o destaque é para a produção de melancia, cana-de-
açúcar, mandioca e seguido por outras culturas, como, castanha de caju, banana e coco da baía
destacando-se também, conforme demonstrado na Tabela 26.
Já na produção pecuária destaca-se a criação de bovinos, caprinos e ovinos, conforme
Tabela 19. A área rural do município de Barras ainda conta com agricultura de subsistência
dentro das propriedades rurais com cultivos mistos.
57
Tabela 20: Produção Primária – Lavoura
Produto Quantidade Produzida
Manga 520 toneladas
Mandioca 6.500 toneladas
Cana-de-açúcar 7.200 toneladas
Melancia 11.100 toneladas
Milho 1.388 toneladas
Feijão 222 toneladas
Banana 87 toneladas
Castanha de caju 128 toneladas
Coco da baía 72.000 frutos
FONTE: IBGE
Tabela 21: Produção Pecuária
Produto Quantidade (cabeças)
Bovinos 18.986
Ovinos 6.867
Suínos 24.308
Caprinos 24.229
Fonte: CEPRO
58
1.1.10.3. Setor secundário
Há uma grande preocupação da Administração Municipal com o incentivo a
implantação de indústrias para diversificar o mercado de trabalho, dando oportunidade à
população local, evitando, assim, o êxodo, principalmente dos jovens. No município há apenas
pequenas serrarias, beneficiamento de arroz de médio porte, cerâmicas e metalúrgicas.
1.1.10.4. Setor terciário
A partir do panorama da ocupação e dos rendimentos no município é possível se ter
um indicativo das condições de trabalho da população, incluindo desigualdade de renda, de
oferta de trabalho, de acesso á qualificação de mão de obra, de qualidade de vida etc.
A atividade de comercial, segundo informações da PNAD/2007, ocorre intensamente
em todas as Unidades da Federação. Segundo a Pesquisa Anual do Comércio (IBGE/2006), as
atividades neste setor são classificadas em três segmentos: Atacadista, Varejista e Veículos,
peças e motocicletas. No município, o comércio varejista é o carro chefe da geração de
emprego.
A tabela abaixo consta com os principais estabelecimentos do comércio local.
Tabela 22: Estabelecimentos e Pessoas Envolvidas
Tipo de Empresa /
Estabelecimento
Nº de Unidades
Locais*
Nº de Pessoas
Ocupadas*
Nº de Pessoal
Ocupado
Assalariado*
Agricultura,
Pecuária,
Silvicultura e
Exploração Vegetal
10 82 75
Indústrias de
Transformação
24 174 165
Construção 5 1 -
Comércio 238 264 124
59
Alojamento e
Alimentação
7 2 -
Transporte,
Armazenagem e
Comunicações
8 10 7
Intermediação
Financeira
2 - -
Atividades
Imobiliárias,
Aluguéis e Serviços
Prestados as
Empresas
7 7 3
Administração
Pública, Defesa e
Seguridade Social
10 189 189
Educação 7 22 12
Saúde e
Serviços Sociais
4 5 3
Outros
serviços coletivos,
sociais e pessoais
76 19 3
(*) Dados Uniregistros Cidades (-) Dados indisponiveis
A participação do município de Barras para o produto interno bruto (PIB) estadual é
pequena. Ver tabela a seguir:
60
Tabela 23: Produto Interno Bruto – Barras, 2010.
PIB
Agropecuária 24.981 mil reais
Indústrias 11.678 mil reais
Serviços 75.943 mil reais
Total 112.512 mil reais
Total 24.607 milhões reais
Fonte: IBGE
1.1.10.5. Finanças Públicas
No Quadro adiante serão apresentadas as receitas e despesa do Município de Barras
(PI), relativos ao ano de 2015.
DEMONSTRATIVO DA RECEITA E DESPESA NO ANO
Tabela 24: Orçamento do exercício de 2014
Receita e
Despesa
Prevista no Ano Realizada no Ano
Receitas 82.801.000,00 68.778.234,22
Despesas 82.801.000,00 67.536.914,75
61
Tabela 25: Despesas previstas, fixadas e executadas Ano de 2014
Secretaria Previsão no Ano Executada no Ano
Administração 8.839.000,00 6.092.686,78
Educação 36.885.000,00 31.602.960,04
Saúde 19.530.000,00 18.620.763,58
Assistência
Social 3.220.000,00 2.356.188,37
Gabinete 1.685.000,00 1.121.344,31
Finanças 275.000,00 156.695,37
Agricultura 955.000,00 129.069,47
Obras 6.685.000,00 4.831.797,04
Tabela 26: Valores financeiros de secretaria
Procuradoria 80.000,00 47.928,00
Controladoria Geral 70.000,00 29.594,40
Meio Ambiente 340.000,00 139.254,01
Habitação 800.000,00 18.135,59
Juventude 163.000,00 36.368,00
Defesa Civil 180.000,00 3.385,70
Cultura 1.295.000,00 2.195.214,71
62
Tabela 27: Repasses Para o Legislativo Ano 2014
MESES VALORES
JANEIRO 116.850,00
FEVEREIRO 116.850,00
MARÇO 132.730,00
ABRIL 130.365,00
MAIO 136.462,87
JUNHO 130.365,00
JULHO 130.365,00
AGOSTO 130.365,00
SETEMBRO 130.365,00
OUTUBRO 130.365,00
NOVEMBRO 130.365,00
DEZEMBRO 130.365,00
TOTAL 1.546.112,87
Tabela 28: Despesas Previstas e Realizadas
E D U C A Ç Ã O
Percentual Mínimo para Aplicação no ano
de 2014 Percentual Aplicado no Ano de 2014
Educação 63.205.920,08 66.256.450,29
63
Percentual % 25% + (Outras Transf. p/ Educação –
FNDE) + 26,20%
Tabela 29: Saúde
SAÚDE
Percentual Mínimo para Aplicação no
ano de 2014
Percentual Aplicado no
ano de 2014
Saúde 24.253.186,00 37.241.526,00
Tabela 30: Finanças Públicas do Estado, Demonstrativo da Receita – 2006 À 2009
RECEITAS 2006 2007 2008 2009
Receitas
correntes 3.417.860.083 4.145.536.492 5.162.217.133 5.524.428.181
Receitas
tributárias 1.235.301.271 1.387.852.006 1.660.118.329 1.865.161.807
Receitas de
contribuição 110.730.438 193.662.504 226.425.574 243.210.065
Receitas
Patrimoniais 35.804.871 26.040.165 49.153.053 42.549.745
FUNDEB
FUNDEB Base de cálculo – Repasses para o
FUNDEB PERCENTUAIS
Percentual Mínimo para Aplicação no
Magistério
Percentual Aplicado no
Ano
FUNDEB 33.926.071,00 38.786.930,00
Percentual - % 60% 68,60%
64
Receitas de
Serviço 100.216 26.618.291 20.940.551 15.610.397
Transferência
Correte 1.938.116.725 2.212.824.197 2.818.989.518 2.864.057.848
Outras
Receitas 97.806.562 75.100.825 136.640.204 214.783.688
Receitas Intra
orçamentária - 223.438.503 249.949.904 279.054.630
Receitas de
Capital 129.639.960 106.500.238 107.211.592 731.765.061
Operações de
Crédito 12.943.888 9.791.188 17.704.992 567.543.039
Alienação de
Bens 13.701.180 479.137 1.196.350 825.540
Amortização
de
Empréstimo
652.321 586.530 771.067 158.639
Transferência
de Capital 102.064.123 95.400.008 87.539.184 163.234.049
Outras
Receitas de
Capital
278.448 243.375 - 3.794
Receita Total 3.547.500.043 4.252.036.729 5.269.428.725 6.256.193.241
Dedução
Recitas
Correntes
(336.462.410) (752.633.264) (950.076.362) (1.064.959.371)
Receitas
Deduzidas 3.211.037.633 3.499.403.466 4.319.352.364 5.191.233.871
Fonte : Secretária da Fazenda Balanço geral do estado
65
Tabela 31: Finanças Públicas do Estado, Demonstrativo de Despesa – 2006 À 2009
DESPESAS 2006 2007 2008 2009
Despesas
Corrente
2.828.118.938 3.273.734.748 3.622.808.732 3.914.613.259
Pessoal
Encargos
Sociais
1.023.455.904 1.520.502.190 1.640.923.126 1.861.572.185
Juros e
Encargos da
Dívida
170.192.675 259.366.440 216.208.874 155.446.768
Outras
Despesas
correntes
1.634.470.359 1.493.866.118 1.756.676.733 1.897.594.305
Despesas de
Capital
466.446.924 497.876.340 757.665.757 1.346.550.922
Investimentos 290.205.414 216.789.973 432.528.585 770.524.525
Inversões
Financeiras
12.508.120 45.788.504 103.138.018 225.196.792
Amortização
da Dívida
163.733.390 235.297.863 221.999.154 350.829.605
Total 3.294.565.862 3.771.611.089 4.380.474.490 5.261.164.181
Fonte: Secretária da Fazenda Balanço Geral do Estado
Tabela 32: Arrecadação do ICMS, IPVA E FPE no Piauí – 2006 à 2009
DISTRIBUIÇÃO 2006 2007 2008 2009
ICMS 1.068.985 1.176.108 1.402.557 1.587.309
IPVA 53.342 63.071 76.397 87.780
FPE 1.217.810 1.383.267 1.657.278 1.564.624
Ministério da Fazenda.
66
1.1.11. Indicadores de qualidade de vida
Qualidade de vida nas cidades é definida pela Organização das Nações Unidas como
acesso a serviços urbanos de qualidade. No Brasil, O Estatuto da Cidade, ao regulamentar a
política urbana definida pela Constituição de 1988, estabelece que a sustentabilidade das
cidades esteja vinculada à garantia de direitos da população a serviços urbanos de qualidade, à
moradia, trabalho e lazer, ou seja, a todas as condições que contribuem positivamente para o
que se denomina como Qualidade de Vida nas cidades. Quanto maior o acesso a bens e
serviços como educação, saúde e saneamento básico, maior a possibilidade de se criar um
ambiente favorável ao desenvolvimento econômico e social.
Para a caracterização da qualidade de vida no município de Barras foram utilizadas
como principais fontes de informações: as bases de dados municipais mais atualizadas
disponíveis, produzidas pelo IBGE, IPEA, PNUD/Atlas do Desenvolvimento Humano e
outras fontes secundárias disponíveis.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e outros indicadores sociais juntos
traduzem um panorama das condições de vida dos habitantes da região. Os indicadores têm a
função de expressar quais os segmentos da população, áreas da cidade e setores da
administração que necessitam de maior atenção e investimentos visando a melhoria da
qualidade de vida para todos.
1.1.11.1. Desenvolvimento Humano
Através de indicadores sintéticos do desenvolvimento social é possível medir a
variação dos níveis de desenvolvimento humano dos países e também avaliar as ações
promovidas pelos governos e pela sociedade no intuito de diminuir as desigualdades sociais.
Índice de Desenvolvimento Humano – IDH: é a expressão numérica dos fenômenos
sociais territorialmente distribuídos. Consiste na análise de três dimensões básicas
das condições de vida: educação, longevidade e renda. A metodologia de cálculo do
IDH envolve a transformação das três dimensões por ele contempladas (longevidade,
educação e renda) em índices que variam entre 0 (pior) e 1 (melhor), e a combinação
destes índices em um indicador síntese. Quanto mais próximo de 1 o valor deste
indicador, maior será o nível de desenvolvimento humano do município ou região.
67
No ranking internacional de 2012 divulgado pelo PNUD (Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento), o Brasil aparece na 85ª posição, com um índice médio de
0,730 e expectativa de vida de 74,2 anos. Para efeito comparativo tem-se na tabela 12 abaixo
o ranking parcial dos países.
Tabela 33: IDH - Ranking Mundial 2012
Ranking Mundial País IDH 2012
1º Noruega 0,955
2º Austrália 0,938
3º EUA 0,937
4º Países Baixos 0,921
40º Chile 0,819
45º Argentina 0,811
85º Brasil 0,730
186º Níger 0,304
FONTE: PNUD
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDH-M
Também no plano local e regional são avaliados os parâmetros do IDH, gerando o
IDH-M – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, desenvolvido para melhor
expressar as condições sociais de unidades geográficas como os municípios e estados. No
Brasil esse trabalho é realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD), conjuntamente com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e a
Fundação João Pinheiro. Os componentes utilizados por esse índice são os mesmos do IDH de
um país: educação, longevidade e renda, porém, sofreram algumas adaptações metodológicas
e conceituais para sua aplicação no nível municipal. A média geométrica dos índices
das dimensões renda, educação e longevidade possuem pesos iguais no cálculo.
A renda familiar per capita média do município é o indicador utilizado para a
dimensão da renda no IDHM, enquanto a dimensão educação é obtida através da média
geométrica do sub-índice de frequência de crianças e jovens a escola, com peso 2/3, e o sub
índice de escolaridade da população adulta, com peso de 1/3. O terceiro e último indicador
utilizado pela metodologia do IDH-M, a esperança de vida ao nascer, tem o mesmo conceito
utilizado pelo IDH. Esses indicadores, além de melhor representarem as condições de renda e
68
de educação efetivamente vigentes no nível municipal, são obtidos diretamente dos censos
demográficos, portanto o IDH-M só pode ser calculado no mesmo intervalo dos Censos.
Neste plano foram utilizados os períodos 1991, 2000 e 2010 para os índices de
desenvolvimento humano municipal.
No ano de 2010 o IDH-M de Barras foi de 0,576, próximo ao do Estado do Piauí, de
0,646 como se observa na tabela a seguir, que apresenta o ranking dos estados com melhor
posição e as últimas posições no ranking brasileiro, conforme pode ser observado na tabela 13
que apresenta a classificação estadual.
Tabela 34: IDH-M - Ranking Estadual 2010
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2010
Segundo a classificação do PNUD, o município de Barras está entre as regiões
consideradas de baixo desenvolvimento humano. Índice inferior a 0,5 é classificado como
muito baixo, entre 0,500 e 0,599 é considerado baixo, entre 0,600 e 0,699 é considerado
médio, e superior a 0,8 é considerado muito alto.
Em relação aos outros municípios do Brasil, Barras ocupa a 4.718ª posição. O
melhor IDH-M do Brasil é do município de São Caetano do Sul (SP) com 0,862.
Comparativamente aos outros municípios do Estado do Piauí, Barras ocupa a 90ª
posição de 244 classificados.
Ranking
Estadual Estado IDH 2010
1º Distrito Federal 0,824
2º São Paulo 0,783
3º Santa Catarina 0,774
4º Rio de Janeiro 0,761
5º Paraná 0,749
6º Rio Grande do Sul 0,746
7º Espírito Santo 0,740
8º Goiás 0,735
9º Minas Gerais 0,731
10º Mato Grosso do Sul 0,729
24 º Piauí 0,646
26 Maranhão 0,639
27 Alagoas 0,631
69
Na tabela 14 pode-se observar a classificação de alguns municípios do estado em
relação ao IDH-M, focando-se o estado.
Tabela 35: Ranking Nacional e Estadual de Alguns Municípios do PI
Ranking
Nacional
Ranking
Estadual Localidade
IDHM
1991 2000 2010
1º São Caetano do Sul (SP) 0.697 0.820 0.862
526º 1 º Teresina (PI) 0.509 0.620 0.751
1904º 2 º Floriano (PI) 0.436 0.558 0.700
1969º 3 º Picos (PI) 0.427 0.545 0.698
2251º 4 º Parnaíba (PI) 0.414 0.546 0.687
2716º 5 º Bom Jesus (PI) 0.376 0.486 0.668
2870º 6 º São Raimundo Nonato (PI) 0.394 0.497 0.661
2686º 7 º Campo Maoir (PI) 0.397 0.500 0.656
3115º 8 º Guadalupe (PI) 0.401 0.495 0.650
3172º 9 º Valença do Piuaí (PI) 0.394 0.496 0.647
3201º 10
º
São João do Piauí (PI) 0.345 0.451 0.645
4718º 90º Barras 0.314 0.426 0.595
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil
No período 1991-2010, o IDH-M de Barras cresceu 83,4%, passando de 0,314
em 1991 para 0,595 em 2010. Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em
termos absolutos foi Educação (com crescimento de 365%), seguida por Longevidade e
pela Renda, conforme mostrado na tabela a seguir.
Tabela 36: Índices Parciais Componentes do IDH-M
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil
Localidade
IDHM-Educação IDHM-Longevidade IDHM-Renda
1991 2000 2010 1991 2000 2010 1991 2000 2010
Barras (PI) 0.123 0.227 0.462 0.558 0.654 0.724 0.452 0.522 0.571
Teresina 0.308 0.488 0.707 0.708 0.734 0.820 0.606 0.664 0.731
Brasil 0.279 0.456 0.637 0.662 0.727 0.816 0.647 0.692 0.739
70
IDH-M Longevidade
O indicador IDH-M Longevidade sintetiza as condições de saúde e salubridade de
um determinado local, uma vez que quanto mais mortes houver nas faixas etárias mais
precoces, menor será a esperança de vida observada no local. Esse indicador mostra o numero
médio de anos que as pessoas viveriam a partir do nascimento, mantidos os mesmos padrões
de mortalidade observados no ano de referência, de acordo com o PNUD. Pode-se observar
nos quadros a seguir que, em Barras, a esperança de vida ao nascer teve um crescimento de
18,64% no período 1991/2010, alcançando a 26ª posição dentro do estado do Piauí.
Tabela 37: Esperança de Vida ao Nascer
Ranking Localidade 1991 2000 2010
1º Teresina 67,45 69,06 74,22
2º Parnaíba 60,93 67,52 73,98
3º Floriano 60,93 67,52 73,13
4º Picos 62,60 68,10 73,00
8º Campo Maior 61,91 67,36 72,58
14º União 60,65 64,98 71,86
26º Barras 60,47 63,36 71,74
44º Piripiri 62,60 65,16 71,51
68º Esperantina 57,13 64,26 71,15
74º Altos 61,64 65,30 71,03
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2010
Tabela 38: Componentes do IDH-M 2010. Barras e os Municípios mais Populosos do
Estado
Município Esperança de
Vida ao Nascer
% c/18 anos ou
+ c/ Ensino
Médio
Renda
per capita
IDH-M
Educação
IDH-M
Longevidade
IDH-M
Renda
Teresina 74,22 51,17 757,57 0,707 0,820 0,731
71
Piripiri 71,51 28,23 380,67 0,533 0,775 0,621
Picos 73,00 49,94 563,88 0,621 0,800 0,684
Campo Maior
Maior
72,58 42,29 401,74 0,566 0,793 0,629
Floriano 73,13 56,21 536,30 0,633 0,802 0,676
Parnaíba 73,98 51,14 479,58 0,604 0,816 0,658
Altos 71,03 37,53 314,48 0,512 0,767 0,590
Barras 68,41 29,19 279,71 0,462 0,753 0,571
União 71,86 29,81 232,70 0,453 0,781 0,542
Esperantina 71,15 35,07 293,39 0,497 0,769 0,579
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2010.
IDH-M Educação
No período 1991-2010 o IDH-M Educação de Barras cresceu mais de 276%,
passando de 0,123 em 1991 para 0,462 em 2010. Na composição deste índice considera-se a
média geométrica do subíndice de frequência de crianças e jovens à escola, com peso de 2/3,
e do subíndice de escolaridade da população adulta, com peso de 1/3.
Tabela 39: IDH-M Educação
Localidade IDHM-Educação
1991 2000 2010
Brasil 0,279 0,456 0,637
Teresina 0,308 0,488 0,707
Piripiri 0,161 0,267 0,533
Picos 0,225 0,370 0,621
Campo
Maior
0,200 0,325 0,566
Floriano 0,251 0,408 0,633
Parnaíba 0,229 0,381 0,604
Altos 0,119 0,233 0,512
Barras 0,123 0,227 0,462
União 0,110 0,211 0,453
Esperanti
na
0,131 0,231 0,497
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil
72
Renda
A tabela abaixo mostra que a renda per capita de Barras para o ano de 2010 foi
inferior a da média estadual.
Ainda de acordo com a referida tabela, observa-se que a renda per capita do
município de Barras apresentou um aumento de 109,36% de 1991 a 2010.
Tabela 40: Renda Per Capita* do Estado e Municípios mais Populosos do Piauí
Localidade Renda per Capita,
1991 (R$)¹
Renda per Capita,
2000 (R$)¹
Renda per Capita, 2010
(R$)²
Piauí 167,03 254,78 416,93
Teresina 346,37 498,40 757,57
Piripiri 132,90 212,53 380,67
Picos 245,06 355,58 563,88
Campo Maior 190,90 237,51 401,74
Floriano 247,14 337,42 536,30
Parnaíba 199,25 340,35 479,58
Altos 119 165,75 314,48
Barras 133,60 205,42 279,71
União 101,25 126,81 237,70
Esperantina 114,84 167,88 293,39
Fonte¹: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil / Fonte²: IBGE. Microdados do Censo 2010
* Rendimento nominal mensal domiciliar per capita
A tabela abaixo indica que o IDH-M Renda aumentou em quase todos os
municípios entre 19991/2010. Barras apresentou crescimento no período mostrado de
26,3%.
73
Tabela 41: IDH-M Renda
Localidade
IDHM-Renda
1991 2000 2010
Teresina 0,606 0,664 0,731
Piripiri 0,517 0,603 0,658
Picos 0,550 0,610 0,689
Campo Maior 0,452 0,527 0,621
Floriano 0,551 0,601 0,676
Parnaíba 0,510 0,545 0,629
Altos 0,381 0,466 0,588
Barras 0,452 0,522 0,571
União 0,434 0,487 0,590
Esperantina 0,428 0,489 0,570
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil
Acesso a Serviços Básicos
O saneamento básico, que abrange o conjunto de serviços de abastecimento de
água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e coleta de lixo, é considerado como um
importante indicador de qualidade de vida da população, uma vez que melhores
condições de salubridade proporcionam melhores condições de saúde e maior conforto
para os cidadãos, além da necessidade de preservação da qualidade do meio ambiente.
Pode-se observar que a cobertura de atendimento com rede de água, como de
costume, é superior ao atendimento com rede de esgoto.
Em um panorama geral de alguns municípios do estado do Piauí, verifica-se a
deficiência dos índices de atendimento e tratamento de esgotos, apresentando-se como
urgente a necessidade de investimentos no setor para melhorar as condições de saúde da
população afetada.
1.1.11.2. Indicadores de renda, pobreza e desigualdade
Em 2000, o município tinha 73,7 %de sua população vivendo com renda
domiciliar per capita inferior a R$ 140,00, percentual que reduziu para 39,3 %, em
2010. Mesmo com a redução de 46,6 % no período, são 17.419 pessoas nessa condição
de pobreza. Ver gráfico de Pizza abaixo.
74
Gráfico 3: Demonstrativo da linha de pobreza do município
FONTE: IBGE, 2010
O Produto Interno Bruto – PIB do município em 2000 era de R$ 47.445, em
2010, R$ 172.858 reais, e em 2012 R$ 200.820 reais. O PIB per capta em 2012 era de
R$ 4.418,68. A tabela 54 abaixo mostra as classes de rendimento da população de
Barras (PI).
Tabela 42: Moradores em domicílios particulares permanentes, por classe de
rendimento nominal mensal da pessoa responsável pelo domicílio – 2000
FAIXA DE RENDIMENTO (salários mínimos) QUANTIDADE DE MORADORES
Nº ABSOLUTO %
Até ½ 11.602 28,4
Mais de ½ até 01 17.742 43,5
Mais de 01 até 02 7.151 17,5
Mais de 02 até 05 2.890 7,1
Mais de 05 até 20 1.053 2,6
Mais de 20 116 0,3
Sem rendimento 227 0,6
TOTAL 40.781 100
Fonte: IBGE
75
O Índice de GINI é comumente utilizado para calcular a desigualdade de
distribuição de renda. Ele consiste em um número entre 0 e 1, onde zero corresponde à
completa igualdade de renda (onde todos têm a mesma renda), e um corresponde à
completa desigualdade (onde uma pessoa tem toda a renda e as demais nada têm). O
Índice de GINI do município em 2003 era de 0,41, enquanto o da capital Teresina era de
0,5 e cidades circunvizinhas como Esperantina e Piripiri eram 0,39 e 0,42,
respectivamente.
1.1.11.2.1. Outros dados sobre renda, pobreza e desigualdade
A tabela abaixo apresenta resumo da situação do município, segundo
PNUD/IPEA.
Tabela 43: Renda, Pobreza e Desigualdade - Barras - PI
1991 2000 2010
Renda per capita (em R$) 85,4 145,6 257,99
% de extremamente pobres 64,5 44,86 20,74
% de pobres 86,84 73,82 38,78
Índice de Gini 0,54 0,59 0,51
Fonte: PNUD, Ipea e FJP
1.1.11.3. Nível de renda por extrato da população
A participação dos 20 % mais pobres da população, isto é o percentual da
riqueza produzida no município com que ficam os 20 % mais pobres, passou de 3,2 %
em 1991, para 2,4 % em 2010, aumentando os níveis de desigualdade.
Em 2010, analisando o oposto, a participação dos 20 % mais ricos era de 53,4
%, ou 22,6 vezes superior a dos 20 % mais pobres. Ver gráfico abaixo.
76
Gráfico 4: Percentual de renda do município de Barras (PI).
FONTE: IBGE, 2010
1.1.11.4. Índice nutricional da população infantil - 0 a 2 anos
Em 2013, o número de crianças menores de 2 anos pesadas pelo programa
Saúde da Família era de 94,5 %; destas, 1,7 % estavam desnutridas.
No município de Barras (PI), em 2010, 52,5 % das crianças de 0 a 14 anos de
idade estavam na condição de pobreza, ou seja, viviam em famílias com renda per
capita igual ou inferior a R$ 140,00/mês. Ver gráfico abaixo.
77
Gráfico 5: Proporção de crianças desnutridas
FONTE: SIAB-DATASUS
78
1.1.12. Consolidação Cartográfica das Informações Socioeconômicas, Físico-
territoriais e Ambientais sobre o Município e Região
Mapa 2: Mapa de Consolidação cartográfica
2
FONTE: CPRM
79
1.1.13. Caracterização sanitária e epidemiológica
1.1.13.1. Indicadores ambientais
Indicadores são índices estatísticos que refletem uma situação qualquer num
dado momento. Estes são estabelecidos para indicar o estado de uma variável,
comparando as diferenças observadas no tempo e no espaço, e são usados para se
perceber as evoluções alcançadas em projetos e programas, a fim de se conseguir maior
envolvimento social.
Os indicadores ambientais para os recursos hídricos são os índices de qualidade
das águas, especialmente os parâmetros de teor de oxigênio dissolvido, demanda
biológica de oxigênio, teor de nitrogênio e de fósforo; e para outros, como o grau de
cobertura de serviços de abastecimento de água potável, da coleta e tratamento de
esgoto e da coleta e tratamento dos resíduos sólidos, que por se tratar do objeto de
Diagnóstico do Plano serão todos detalhados, de per si, posteriormente.
1.1.13.2. Indicadores epidemiológicos
Estes indicadores refletem as condições atuais dos serviços de saneamento,
constituindo-se em base importante para construção de projetos e programas para o
saneamento ambiental. Ver tabela com dados do município.
TABELA 44: Dados Epidemiológicos Mortalidade por grupo de causas e faixa etária
DOENÇAS
FAIXA ETÁRIA < 1 A > 80 ANOS
< 1
1
A
4
5
A
9
10
A
14
15
A
19
20
A
29
30
A
39
40
A
49
50
A
59
60
A
69
70
A
79
>
80
IGN
OR
AD
A
T
O
T
A
L
Doenças infecciosas e parasitárias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2
Neoplasias (tumores) 0 0 0 0 0 3 0 1 4 2 7 4 0 21
Doenças do sangue e do órgãos
hematopoiéticos e alguns transtornos
imunitários
0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 2
Doenças endócrinas, nutricionais e
metabólicas
0 0 0 0 0 0 0 0 3 2 9 10 0 24
Doenças do sistema nervoso 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1
80
Doenças do aparelho circulatório 0 0 0 1 0 1 3 6 5 14 24 40 0 94
Doenças do aparelho respiratório 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 1 6 0 10
Doenças do aparelho digestivo 0 0 0 0 0 1 0 0 1 3 3 1 0 9
Doenças do sistema osteomuscular e
do tecido conjuntivo
0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1
Doenças do aparelho geniturinário 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 3
Gravidez, parto e puerpério 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1
Algumas afecções originadas no
período perinatal
7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7
Malformações congênitas,
deformidades e anomalias
cromossômicas
6 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9
Sintomas, sinais e achados anormais
de exames clínicos e de laboratório,
não classificados anteriormente.
0 1 0 0 0 0 2 2 4 3 7 18 0 37
Causas externas de morbidade e de
mortalidade
0 0 0 0 3 7 2 5 4 2 0 5 0 28
TOTAIS 13 4 1 1 3 12 8 15 23 29 53 87 0 249
Fonte: Plano Municipal de Saúde de Barras, 2014.
1.1.13.3. Mortalidade
A taxa de mortalidade dar o número de óbitos para cada mil habitantes, em
uma dada região em um período de um ano. Esta taxa indica o risco de morte infantil
através da frequência de óbitos de menores de um ano de idade na população de
nascidos vivos, e utiliza informações sobre o número de óbitos de crianças menores de
um ano de idade, em um determinado ano, e o conjunto de nascidos vivos, relativos ao
mesmo ano civil.
Pode-se relacionar a taxa de mortalidade infantil com a renda familiar, ao
tamanho da família, a educação das mães, a nutrição e a disponibilidade de saneamento
básico. Este indicador também contribui para uma avaliação da disponibilidade e acesso
aos serviços e recursos relacionados à saúde, especialmente ao pré-natal e seu
acompanhamento.
81
A tabela adiante apresenta os dados relativos ao total de óbitos e sua faixa
etária e o total de óbitos no município de Barras (PI).
TABELA 45: Dados Epidemiológicos Mortalidade por grupo de causas e faixa etária (2)
DOENÇAS
FAIXA ETÁRIA < 1 A > 80 ANOS
< 1
1
A
4
5
A
9
10
A
14
15
A
19
20
A
29
30
A
39
40
A
49
50
A
59
60
A
69
70
A
79
>
80
TO
TA
L
Doenças infecciosas e parasitárias 35 82 31 24 25 56 37 41 52 47 37 28
495
Neoplasias (tumores) 0 2 3 6 10 17 19 33 20 22 11 6
149
Doenças do sangue e do órgãos
hematopoiéticos e alguns transtornos
imunitários
3 8 5 4 7 7 4 8 0 3 3 5
57
Doenças endócrinas, nutricionais e
metabólicas
4 2 3 2 3 3 2 13 25 28 33 25
143
Transtornos mentais e comportamentais,
doenças do sistema nervoso
0 0 0 1 3 7 5 6 6 0 0 0 28
Doenças do sistema nervoso 2 1 2 0 1 1 5 6 13 19 14 11 75
Doenças do olho e anexos 3 1 0 0 0 1 0 4 7 20 16 3 55
Doenças do ouvido e da apófise
mastoide
0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 1 0 3
Doenças do aparelho circulatório 3 0 0 1 3 7 17 26 38 70 67 46 278
Doenças do aparelho respiratório 48 80 23 12 14 26 24 12 28 20 30 29 346
Doenças do aparelho digestivo 12 12 13 16 17 72 64 46 43 40 25 19 379
Doenças da pele e do tecido
subcutâneo
0 3 2 2 5 1 1 0 5 1 1 1 22
Doenças do sistema osteomuscular e
do tecido conjuntivo
0 0 2 2 1 2 1 0 3 3 0 1 15
Doenças do aparelho geniturinário 4 4 12 14 21 52 54 29 28 19 28 5 270
Gravidez, parto e puerpério 0 0 0 19 184 273 154 12 0 0 0 0 842
Algumas afecções originadas no
período perinatal
15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15
82
Malformações congênitas,
deformidades e anomalias
cromossômicas
5 8 3 4 0 1 0 0 0 0 0 0 21
Sintomas, sinais e achados anormais
de exames clínicos e de laboratório,
não classificados anteriormente.
1 7 2 4 4 8 5 5 3 4 6 2 51
Lesões, envenenamento e algumas
outras consequências de causas
externas.
2 6 14 13 19 57 31 31 21 12 7 15 228
Fatores que influenciam o estado de
saúde e o contato com os serviços de
saúde
1 0 1 0 0 2 1 0 2 1 0 0 8
TOTAIS 151 216 116 225 317 794 424 272 294 309 279 193
3.480
Fonte: Plano Municipal de Saúde de Barras, 2014.
Ainda relativamente ao saneamento básico, o Plano Municipal de Saúde de Barras
revela que em 2012 houve aumento do número de casos de hepatite, e em 2013 foram
diagnosticados 23 casos de hepatite A, tendo sido notificados 13 casos. O mesmo Plano
conclui que 90% dos casos da doença estão relacionados a ingestão de água ou alimentos
contaminados, e os mais acometidos são as crianças e jovens de 1 a 19 anos; e a hepatite B
em 68% dos casos acometem em jovens de 20 a 49 anos, com causas relacionadas,
principalmente, as relações sexuais sem proteção e ao uso de drogas.
Na tabela abaixo, a frequência da doença por localização no município.
Tabela 46: Frequência das hepatites virais por localização
LOCALIZAÇÃO 2012 2013
Boa Vista 03 01
Zona Rural 01 01
Vila Joao Paulo 0 11
Santinho 2 0
Vila Padre Mario 2 0
Vila Franca 12 0
83
Floresta 1 0
Xique Xique 1 0
Fonte: Plano Municipal de Saúde de Barras – 2014
A Vila Franca, com o maior índice em 2012, e o bairro mais desprovido de
ações de saneamento básico na zona urbana, principalmente no fornecimento de agua
potável.
1.1.13.4. Cobertura vacinal
O quadro a seguir mostra a cobertura vacinal do município de Barras (PI).
Tabela 47: Campanha Nacional contra a Poliomielite - 2013
6 MESES A < DE 1 ANO
META DOSES %COB
378 428 113,23
1 ANO
META DOSES %COB
756 741 98,02
2 ANO
META DOSES %COB
769 764 99,35
3 ANO
META DOSES %COB
850 779 91,65
4 ANO
META DOSES %COB
84
847 943 111,33
TOTAL
META DOSES COB
3.600 3.655 101,53
Tabela 48: Campanha Nacional contra a gripe - 2013
CRIANÇAS
META DOSES %COB
1.134 1.088 95,94
T. SAUDE
META DOSES %COB
544 571 104,96
GESTANTES
META DOSES %COB
567 461 81,31
PUERPERAS
META DOSES %COB
93 31 61,29
IDOSOS
META DOSES %COB
4.791 4.645 96,95
TOTAL
META DOSES %COB
85
7.129 6.822 95,69
Tabela 49: Cobertura Vacinal 1º Ano de Vida – 2009
VACINA COBERTURA
VACINAL
COBERTURA
PERCENTUAL
PIAUI DTP 38.171 82,80
BCG 38.474 83,54
POLIO 38.313 83,11
NORDESTE DTP 732.605 99,10
BCG 777.605 105,43
DTP 735.980 99,56
BRASIL DTP 2.361.601 96,25
BCG 5.510.542 102,44
POLIO 2.371.982 96,68
Datasus
1.2. Política de Saneamento
1.2.1. Regulação dos serviços
Os serviços de saneamento básico no município não possuem regulação ou
fiscalização por qualquer órgão.
1.2.2. Programas e processos de avaliação dos serviços de saneamento básico
Não há programa local para o setor de saneamento básico, embora seja
evidente a preocupação da administração local em levar água potável a todas as
comunidades, com a recente construção de vários sistemas simplificados, em diversas
comunidades rurais do município. Contudo não se verifica adoção de medidas de
controle e acompanhamento da eficácia e eficiência desses sistemas, nem há política de
recursos humanos para o setor.
86
1.2.3. Programas locais de interesse do saneamento básico
Não há programas municipais para o setor de saneamento básico, entretanto é
visível a preocupação da administração local o abastecimento para consumo humano,
tendo sido construído, recentemente, vários sistemas simplificados na zona rural do
município.
1.2.4. Procedimentos para avaliação da eficiência, eficácia e efetividade dos
serviços prestados
Esses procedimentos não são adotados. A construção do prognóstico do PMSB
contempla tais procedimentos.
1.2.5. Política de recursos humanos voltada ao saneamento
Não há política de recursos humanos específica para o saneamento básico, nem
há preocupação com o tema no âmbito do município.
1.2.6. Política tarifária dos serviços de saneamento básico e inadimplência
A prestação de serviço de abastecimento de água, a política tarifária é da
concessionária, que fornece quadro com a estrutura tarifária praticada, em anexo.
Inexistem cobrança das demais taxas: de coleta e tratamento dos resíduos
sólidos, drenagem e esgotamento. Estes dois últimos os serviços não são oferecidos.
Não obtivemos informações sobre o índice de inadimplência no sistema
operado em Barras (PI).
1.2.7. Instrumentos e mecanismos de participação e controle social
Não forma identificadas ações específicas de participação e controle social na
gestão da política de saneamento.
1.2.8. Sistema de Informação sobre os serviços
Inexistem informações sistematizadas no município, estando algumas
disponíveis no SNIS.
1.2.9. Mecanismos de cooperação com outros entes federados
87
Não existem mecanismos de cooperação entre entes federados para a
implantação dos serviços de saneamento.
1.2.10. Projeção da população urbana
Segundo o IBGE, em 2010 o número de nascidos vivos no município foi de
886, contra 168 óbitos, resultando saldo positivo de 718 pessoas. Projetando este
resultado no horizonte de tempo do Plano – 20 anos, estima-se uma população futura
de 60.260 pessoas em 2035. Se considerarmos a taxa de crescimento apurado pelo
mesmo IBGE para o Estado do Piauí – 1,08%, chegamos a 59.108 pessoas no mesmo
período. Assim, seguindo o mesmo percentual atual de habitantes urbanos, 50%,
aproximadamente, teremos 30.130 e 29.554 pessoas na zona urbana, nas duas
projeções, respectivamente.
1.2.11. Situação institucional do saneamento básico
Elencamos a seguir o arcabouço legal do saneamento básico no Brasil, nos três
níveis de Governo:
FEDERAL
• Constituição Federal, Capítulo VI, Art. 225: “Todos têm o direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”
• Lei Federal 9605, de 12 de fevereiro de 1998: Dispõe sobre as sanções penais e
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá
outras providências;
• Lei Federal 6938, de 31 de agosto de 1981: Dispõe sobre a Política Nacional do
Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providencias;
• Lei Federal 11.445/05 – Lei do Saneamento Básico;
• Lei Federal 9.795, de 27/04/99 Dispõe sobre a educação ambiental, institui a
Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências
88
ESTADUAL
• Lei Estadual N° 4.854 DE 10 DE JULHO DE 1996 - Dispõe sobre a
Política de Meio Ambiente do Estado do Piauí e dá outras providências..
MUNICIPAL
• Lei Municipal nº 475/2001 – dispões sobre a Política Municipal de Meio
ambiente.
89
2. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO
D'ÁGUA
2.1. Projeção da Demanda Estimada para o Setor de Abastecimento de Água
Dados disponíveis no PMSB - Barras(PI) sobre o volume produzido per capita,
indicam atendimento médio de 89 % da população urbana em 2014, com produção de
1.147.941 m³, com a perda estimada da ordem de 32,25 %, a produção líquida é de 777.730
m³/ano. A demanda atual da zona urbana de Barras (PI) é de 2.991,25 m3/dia o que
corresponde a 1.091.807 m³/ano, levando-se em consideração a população atual estimada pelo
IBGE de 22.661 habitantes na zona urbana e a necessidade para universalização do
atendimento(100 % da população atendida).
Na zona urbana de Barras são observadas situações de falta de água recorrentes no
sistema de abastecimento. Conforme o diagnóstico existe carência no sistema decorrente da
insuficiente produção de água tratada, uma vez que a disponibilidade existente no manancial é
suficiente para suprir o consumo da população.
Inexistem no município planos diretores de abastecimento d‟água, conforme
diagnóstico. Em face disso, o presente estudo de demanda é realizado com base na projeção
da população no horizonte de tempo considerado – 20 anos, e nos seguintes parâmetros:
Consumo per capita (q): 150 l/hab.dia (SNIS/MCIDADES);
Consumo médio per capita de Barras (q): 120 l/hab.dia;
Coeficiente de consumo máximo diário (K1): 1,2;
Coeficiente de consumo máximo horário (K2): 1,5;
Índice de atendimento inicial; 89%
População final abastecida: 100%; e
Índice de perdas inicial: 32,25%.
Índice de perdas final: 25%.
Consumo Per Capita
O consumo médio de água por pessoa por dia, conhecido por consumo per capita de
uma comunidade é obtido, dividindo-se o total de seu consumo de água por dia pelo número
de pessoas servidas. O consumo de água depende de vários fatores, sendo complicada a
90
determinação do gasto mais provável por consumidor. No Brasil, costuma-se adotar quotas
médias per capita diárias de 120 a 200 litros por pessoa.
Nas zonas urbanas, a variação é motivada pelos hábitos de higiene da população, do
clima, do tipo de instalação hidráulico-sanitária dos domicílios e, notadamente, pelo tamanho
e desenvolvimento da cidade. Na zona rural, o consumo "per capita" é influenciado também
pelo clima, pelos hábitos de higiene e pela distância da fonte ao local de consumo.
Nos projetos de abastecimento público de água, o per capita adotado varia de acordo
com a natureza da cidade e o tamanho da população. A maioria dos órgãos oficiais adotam
200 litros/habitante/dia para as grandes cidades, 150 litros/habitante/dia para médias e
pequenas. A Fundação Nacional de Saúde acha suficiente 100 litros/habitante/dia para vilas e
pequenas comunidades. Em caso de abastecimento de pequenas comunidades, com carência
de água e de recursos é admissível até 60 litros/habitante/dia.
O consumo médio per capita (q) para o município de Barras-PI foi estimado em 150
l/hab.dia; valor que se deve utilizar para os cálculos das demandas futuras.
Índice de Cobertura
Foi prevista a cobertura de 100% para todo o horizonte de planejamento, conforme
fixa a Lei Federal nº 11.445/2007, que estabelece a universalização dos serviços de
saneamento.
Perdas na Distribuição
As perdas na distribuição correspondem ao volume de água tratada produzida na
Estação de Tratamento que não chega aos consumidores, ou seja, é perdida ao longo da
produção e distribuição. As perdas podem ser consideradas reais, físicas, basicamente
constituídas em vazamentos; e aparentes, de âmbito mais comercial, representadas por erros
de medição nos hidrômetros e fraudes.
O processo de redução de perdas tem como meta para final de Plano o índice de
25%, para isso, serão realizadas: fiscalização e reparação de vazamentos, substituição dos
hidrômetros e das redes e ligações existentes, investimento em gerenciamento de pressões e
infraestrutura e um programa de combate à fraude.
91
Tabela 50: Demanda Anual de Água para Zona Urbana
ANO POPULAÇÃO
URBANA (hab.)
ÍNDICE DE
ATENDIMENTO
FUTURO
CONSUMO
ÍNDICE DE
PERDAS
(%)
PRODUÇÃO L/S
MÉDIO
(120 L)
MÁX DIA
(150 L)
MÉDIO
(120 L)
MÁX DIA
(150 L)
2016 24.391 100% 33,88 42,35 32,25 50,81 63,52
2017 24.790 100% 34,43 43,04 32,25 51,65 64,56
2018 25.196 100% 34,99 43,74 32,25 52,49 65,61
2019 25.609 100% 35,57 44,46 32,25 53,35 66,69
2020 26.028 100% 36,15 45,19 32,25 54,23 67,78
2021 26.454 100% 36,74 45,93 32,25 55,11 68,89
2022 26.887 100% 37,34 46,68 32,25 56,01 70,02
2023 27.328 100% 37,96 47,44 32,25 56,93 71,17
2024 27.775 100% 38,58 48,22 32,25 57,86 72,33
2025 28.230 100% 39,21 49,01 32,25 58,81 73,52
2026 28.692 100% 39,85 49,81 30 59,78 74,72
2027 29.162 100% 40,50 50,63 30 60,75 75,94
2028 29.639 100% 41,17 51,46 30 61,75 77,18
2029 30.125 100% 41,84 52,30 30 62,76 78,45
92
2030 30.618 100% 42,53 53,16 30 63,79 79,73
2031 31.119 100% 43,22 54,03 30 64,83 81,04
2032 31.629 100% 43,93 54,91 30 65,89 82,37
2033 32.147 100% 44,65 55,81 30 66,97 83,72
2034 32.673 100% 45,38 56,72 30 68,07 85,09
2035 33.208 100% 46,12 57,65 30 69,18 86,48
2036 33.752 100% 46,88 58,60 30 70,32 87,90
Tabela 51: Demanda Anual de Água para Zona Rural
ANO POPULAÇÃO
RURAL(hab.)
ÍNDICE DE
ATENDIMENTO
FUTURO
CONSUMO (L/S) ÍNDICE
DE
PERDAS
(%)
PRODUÇÃO L/S
MÉDIO -
120 L
MÁX DIA-
150 L
MÉDIO -
110 L
MÁX DIA-
150 L
2016 22.101 100% 30,70 50,74 32,25 46,04 57,55
2017 21.981 100% 30,53 50,47 32,25 45,79 57,24
2018 21.856 100% 30,36 50,18 32,25 45,53 56,92
2019 21.726 100% 30,18 49,88 32,25 45,26 56,58
2020 21.592 100% 29,99 47,61 27,00 44,98 56,23
2021 21.452 100% 29,79 47,30 27,00 44,69 55,86
93
2022 21.307 100% 29,59 46,98 27,00 44,39 55,49
2023 21.155 100% 29,38 46,64 27,00 44,07 55,09
2024 21.000 100% 29,17 46,30 27,00 43,75 54,69
2025 20.838 100% 28,94 45,22 25,00 43,41 54,27
2026 20.671 100% 28,71 44,86 25,00 43,06 53,83
2027 20.498 100% 28,47 44,48 25,00 42,70 53,38
2028 20.319 100% 28,22 44,10 25,00 42,33 52,91
2029 20.133 100% 27,96 43,69 25,00 41,94 52,43
2030 19.942 100% 27,70 43,28 25,00 41,55 51,93
2031 19.745 100% 27,42 42,85 25,00 41,14 51,42
2032 19.541 100% 27,14 42,41 25,00 40,71 50,89
2033 19.331 100% 26,85 41,95 25,00 40,27 50,34
2034 19.114 100% 26,55 41,48 25,00 39,82 49,78
2035 18.890 100% 26,24 40,99 25,00 39,35 49,19
2036 18.659 100% 25,92 40,49 25,00 38,87 48,59
94
Índice de Perdas de Água
As perdas de água são constituídas por duas partes: perdas físicas (reais) e as perdas
não-físicas (aparentes). As físicas são vazamentos, extravasamentos e outros acontecimentos
em que a água retorna ao meio ambiente sem ser utilizada. As não-físicas ou comerciais
referem-se à água que tendo de fato sido utilizada, não foi contabilizada pelo sistema
comercial do organismo operador, devido a erros na micromedição, fraudes, ligações
clandestinas, distorções cadastrais, fornecimento gratuito etc. Conforme a AGESPISA, o
índice de perdas atual do sistema é de 32,25%. Previu-se a redução das perdas para 25%, até o
ano de 2036, em função de medidas de conservação de recursos naturais conjugadas com
medidas que introduzam evolução tecnológica de parte da AGESPISA.
Manancial para abastecimento futuro
O principal manancial para abastecimento futuro da cidade de Barras é o rio
Marathaoan, que já serve como fonte de adução para abastecimento da população. Para
atendimento da população da zona urbana de Barras - PI, o sistema existente conta com uma
ETA com capacidade de produção de 22 L/s de água tratada, estando atualmente produzindo
44 L/s para atendimento médio de 89 % da população, segundo diagnóstico técnico-
participativo. Não foi diagnosticada a vazão outorgada, mas a massa d'água perene no entorno
da zona urbana de Barras, apresenta-se suficiente para abastecimento futuro, em quantidade e
qualidade; garantindo o recurso para o período de planejamento.
Os serviços de saneamento prestados a esta parcela da população apresentam elevado
déficit de cobertura. Conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios –
PNAD/2012, 66,8% da população rural capta água de chafarizes e poços protegidos ou não,
diretamente de cursos de água sem nenhum tratamento ou de outras fontes alternativas
geralmente inadequadas para consumo humano.
As ações de saneamento em áreas rurais visam reverter este quadro, promovendo
também a inclusão social dos grupos sociais minoritários, mediante a implantação integrada
com outras políticas públicas setoriais, tais como: saúde, habitação, igualdade racial e meio
ambiente.
É importante frisar que o meio rural é heterogêneo, constituído de diversos tipos de
comunidades, com especificidades próprias em cada região brasileira, exigindo formas
95
particulares de intervenção em saneamento básico, tanto no que diz respeito às questões
ambientais, tecnológicas e educativas, como de gestão e sustentabilidade das ações.
Tabela 52: Necessidade de Produção de Água para Zona Urbana
ANO
POPULAÇÃO
ABASTECIDA
(hab)
ÍNDICE DE
ATENDIMENTO(%)
PRODUÇÃO
EXISTENTE(L/S)
PRODUÇÃO
NECESSÁRIA
(L/S)
PRODUÇÃO
A
IMPLANTAR
(L/S)
BALANÇO
PRODUÇÃO
(L/S)
2014 22.661 89% 44,00 52,03 - -8,03
2015 23.032 89% 44,00 52,88 30,00 -8,88
2016 24.391 100% 74,00 56,00 - 18,00
2017 24.790 100% 74,00 56,92 - 17,08
2018 25.196 100% 74,00 57,85 - 16,15
2019 25.609 100% 74,00 58,80 - 15,20
2020 26.028 100% 74,00 57,39 - 16,61
2021 26.454 100% 74,00 58,33 - 15,67
2022 26.887 100% 74,00 59,28 - 14,72
2023 27.328 100% 74,00 60,25 - 13,75
2024 27.775 100% 74,00 61,24 - 12,76
2025 28.230 100% 74,00 61,26 - 12,74
2026 28.692 100% 74,00 62,27 - 11,73
96
2027 29.162 100% 74,00 63,29 - 10,71
2028 29.639 100% 74,00 64,32 - 9,68
2029 30.125 100% 74,00 65,38 - 8,62
2030 30.618 100% 74,00 66,45 - 7,55
2031 31.119 100% 74,00 67,53 - 6,47
2032 31.629 100% 74,00 68,64 - 5,36
2033 32.147 100% 74,00 69,76 - 4,24
2034 32.673 100% 74,00 70,90 - 3,10
2035 33.208 100% 74,00 72,07 - 1,93
2036 33.752 100% 74,00 73,25 - 0,75
Notar que a tabela acima leva em consideração o índice de perda de 32,25% até
2019; o índice de perda de 27% de 2020 até 2024; e o índice de perda de 25% até o final do
horizonte do plano.
Conforme demonstra a tabela acima, existe a necessidade atual de ampliação da
produção. A produção atual de 44 l/s deve ser acrescida de 30 l/s referente à previsão de
ampliação do atual sistema, com implantação de nova ETA, totalizando 74 l/s para horizonte
do plano.
97
Tabela 53: Necessidade de Produção de Água para Zona Rural
ANO
POPULAÇÃO
ABASTECIDA
(hab)
ÍNDICE DE
ATENDIMENTO
(%)
PRODUÇÃO
EXISTENTE
(L/S)
PRODUÇÃO
NECESSÁRIA
(L/S)
PRODUÇÃO A
IMPLANTAR
(L/S)
BALANÇO
PRODUÇÃO
(L/S)
2016 22.101 68,8% 21,12 30,70 4,00 -9,58
2017 21.981 78,8% 25,12 30,53 4,00 -5,41
2018 21.856 88,8% 29,12 30,36 4,00 -1,24
2019 21.726 100% 33,12 30,18 4,00 2,94
2020 21.592 100% 37,12 29,99 2,00 7,13
2021 21.452 100% 39,12 29,79 2,00 9,32
2022 21.307 100% 41,12 29,59 1,00 11,53
2023 21.155 100% 42,12 29,38 - 12,74
2024 21.000 100% 42,12 29,17 - 12,95
2025 20.838 100% 42,12 28,94 - 13,18
2026 20.671 100% 42,12 28,71 - 13,41
2027 20.498 100% 42,12 28,47 - 13,65
2028 20.319 100% 42,12 28,22 - 13,90
2029 20.133 100% 42,12 27,96 - 14,16
2030 19.942 100% 42,12 27,70 - 14,42
2031 19.745 100% 42,12 27,42 - 14,69
2032 19.541 100% 42,12 27,14 - 14,98
2033 19.331 100% 42,12 26,85 - 15,27
2034 19.114 100% 42,12 26,55 - 15,57
2035 18.890 100% 42,12 26,24 - 15,88
2036 18.659 100% 42,12 25,92 - 16,20
Conforme demonstra a tabela acima, nota-se que para a população rural, há
necessidade atual de ampliação da produção. A produção atual,que é de cerca de 21 l/s, deve
ser acrescida de, no mínimo 12 l/s referente à previsão de demanda atual. Foi previsto um
98
acréscimo de 21 l/s referente à implantação de novas fontes de água, como: poços tubulares,
sistemas de aproveitamento de água das chuvas. Assim, totalizando cerca de 42 l/s para
horizonte do plano.
2.2. Proposição de Intervenções
2.2.1. Regularização do uso do manancial
A concessionária dos serviços de abastecimento d'água deve observar o cumprimento
da legislação sobre recursos hídricos, providenciando de imediato a consecução da autorga do
uso da água junto a Agencia Nacional de Águas - ANA.
2.2.2. Captação e adução da água bruta, e tratamento
A fonte de captação de água bruta do Rio Marathaoan apresenta-se em bom estado
de conservação, não necessitando de melhorias no curto prazo. Os conjuntos moto bomba da
estação de recalque de água bruta garantem boa modulação da vazão. Deve ser observada a
operação do conjunto, de modo que se verifique a possibilidade de troca do conjunto para
manutenção da eficiência energética.
Quanto ao manancial para abastecimento futuro da cidade de Barras – PI, o principal
é o rio Marathaoan, que atualmente já serve como fonte de adução para abastecimento da
população. Para atendimento da população da zona urbana de Barras-PI, o sistema existente
conta com uma ETA com capacidade de produção de 22 L/s de água tratada, estando
atualmente produzindo 44 L/s para atendimento médio de 89 % da população, segundo
diagnóstico técnico-participativo. Não foi diagnosticada a vazão outorgada, mas a massa de
água perene no entorno da zona urbana de Barras, apresenta-se suficiente para abastecimento
futuro, em quantidade e qualidade; garantindo o recurso para o período de planejamento.
Na área de captação do Rio Marathaoan devem ser construídas cercas para garantir a
segurança do local.
No futuro, no que se refere às adutoras de água bruta, deve ser prevista a limpeza da
adutora, quando houver uma diminuição significativa da vazão aduzida.
Para universalizar o abastecimento de água na zona rural, é necessária a captação
subterrânea com a perfuração de poços artesianos.
99
Conforme demonstrado na Tabela 5 do Relatório do Prognostico de Barras – PI, há
déficit no balanço hídrico, já para o ano de 2015, o que para efeito de entendimento foi
adicionado uma vazão de 30 l/s que está relacionada à construção de uma ETA adicional.
Com a instalação da infraestrutura programada, tem-se um excedente de produção,
que servirá para universalizar o atendimento até o horizonte do plano.
Quanto a ETA antiga, se fazem necessárias as seguintes melhorias operacionais:
Implantação de macromedidor de água bruta
Melhoria da eficiência da ETA através de sua automação
Elaboração de projeto e implantação das obras de tratamento do lodo gerado
Não há a necessidade de investimentos para Estações Elevatórias de Água Tratada,
visto que a topografia local é favorável à distribuição por gravidade.
A reserva hídrica atual do sistema de abastecimento de Barras - PI é de 1.625 m³,
suficiente para atender o dia de maior consumo no início do plano. É de se considerar ainda
que a concessionária dispõe de um terceiro reservatório com capacidade de 225 m³, localizado
no centro da cidade e que serve ao sistema periodicamente.
100
Foto 01: Reservatório do bairro Floresta
Fonte: visita de campo
Foto 02: Reservatório2 do bairro Floresta
Fonte: visita de campo
Não há necessidade de ampliação do sistema de reservação, embora seja necessária a
melhoria das operações neste setor, para o que é necessária instalação de um Centro de
Controle Operacional – CCO que possibilite monitorar o sistema de abastecimento de água,
em tempo real, os serviços de produção, reservação e distribuição de água, a programação dos
101
serviços nas redes, instalações e equipamentos, bem como efetuar a segurança patrimonial das
instalações da empresa.
2.2.3. Gestão de perdas e monitoramento dos sistemas de abastecimento
d'água
Para atingimento dos objetivos de redução nos índices de perdas, deverão ser
realizados controles efetivos da redução de perdas existente. Dentre as quais pode-se
destacar. Medida eficaz nesse sentido é a manutenção de varredura de rotina em toda rede de
distribuição para detecção de vazamentos.
Deverá ser feita a substituição de todos os hidrômetros com idade superior a 10 anos
atualmente instalados, e o cuidado de manter serviço de instalação de hidrômetros em todas
novas ligações e a rotação do parque de hidrômetros existente a cada 10 anos da instalação.
2.2.4. Monitoramento do IQA da água distribuída
A água bruta deve ser objeto de constante monitoramento da qualidade, para o que o
sistema devera dispor de instalações e equipamentos modernos para realização mensal de
análises físico-químicas, bacteriológicas, cianobactérias e agrotóxicos, visando manter a
qualidade da água do manancial de abastecimento dentro dos padrões estabelecidos pela
RESOLUÇÃO Nº 430 do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, de 13 de maio
de 2011, que regulamenta a RESOLUÇÃO Nº 357 de 17 de março de 2005.
2.2.5. Macromedição e micromedição
O sistema do município é desprovido de medidores de vazão. O parque de
hidrômetros do município de Barras é constituído por um total de 9.500 unidades, onde
segundo a concessionária 90% está em funcionamento adequado. O sistema não possui um
programa de troca preventiva de hidrômetros. Há necessidade de implantação de
macromedidores no sistema e implantação de política de gestão do parque de hidrômetros.
2.2.6. Tratamento de resíduos gerados na Estação de tratamento
A estação de tratamento de água produz água para abastecimento e gera resíduos na
forma de lodos acumulados nos decantadores e água de lavagem dos filtros. Por se tratar de
uma ETA antiga, se faz necessário a implantação de obras de tratamento do lodo gerado, pois
102
se os resíduos gerados durante o tratamento não forem também tratados, poderão trazer
prejuízos ao meio ambiente e ao homem.
O lodo pode ter várias formas de disposição e para escolha do destino do lodo deve-
se atentar ao teor de sólidos nele presente. Cada uma das alternativas de disposição final ou
uso benéfico exige um determinado processo de tratamento do lodo.
2.2.7. Controle de qualidade da água
A água destinada ao consumo humano, distribuída por todo sistema de
abastecimento, deve ser objeto de controle e vigilância de qualidade. A Portaria 2.914,
publicada dia 14 de dezembro de 2011, define os procedimentos de controle e de vigilância
da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Segundo essa
Portaria, compete ao responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de
abastecimento de água para consumo humano:
1. Exercer o controle da qualidade da água;
2. Garantir a operação e a manutenção das instalações destinadas ao
abastecimento de água potável em conformidade com as normas técnicas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e das demais normas
pertinentes;
3. Manter e controlar a qualidade da água produzida e distribuída
4. Manter avaliação sistemática do sistema ou solução alternativa coletiva de
abastecimento de água, sob a perspectiva dos riscos à saúde.
Para isto, a concessionária deve implantar e manter também um Centro de Controle
Operacional - CCO, que monitore e atue no funcionamento dos sistemas, controlando o
volume de água distribuído, os níveis dos reservatórios e as pressões na distribuição da água
fornecida. A tecnologia também modela a operacionalidade dos sistemas conforme a variação
do consumo, reduzindo até mesmo os índices de perda de água.
2.2.8. Universalização da distribuição
Conforme exposto nos produtos anteriores do presente plano, na cidade de Barras –
PI em 2014 possuía rede de distribuição com extensão de 54,17 km. Considerando o
103
crescimento populacional ate o horizonte do plano, será necessário implantar
aproximadamente 20 km de rede de distribuição de água,totalizando aproximadamente 74 km.
Para atendimento a zona rural, deverão ser implantados sistemas simplificados de
abastecimento de água.
2.2.9. Educação Ambiental
Inicialmente propõe-se uma atuação junto à comunidade escolar, com realização de
visitas nas unidades escolares para apresentação de um Projeto de Educação Ambiental, com
distribuição de material didático com conteúdo de uso racional da água, abrangendo toda a
população que demanda consumo de água, incentivando-a ao uso racional por meio de ações
modernas e medidas de conscientização da população para enfrentar a escassez de recursos
hídricos.
O projeto deverá ter como seu objetivo principal o uso racional da água e iniciar sua
realização no curto prazo com manutenção durante o período de planejamento, melhorando a
prestação do serviço de abastecimento de água potável, onde se podem destacar:
Conscientizar a população da questão ambiental visando mudanças de
paradigmas para a eliminação dos vícios de desperdício focando o aumento
da disponibilidade do recurso água, a partir da preservação dos mananciais
existentes de modo a garantir o fornecimento da água necessária à população;
Esclarecer que a redução no consumo diminui os custos do tratamento de
água ao diminuir os volumes de água disponibilizados para a população, com
consequente redução de custos do tratamento de esgoto ao diminuir os
volumes de esgotos lançados na rede pública, além de evitar ou postergar
investimentos necessários à ampliação da produção de água;
Incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias voltadas à redução do
consumo de água;
Diminuir o consumo de energia elétrica, produtos químicos e outros insumos.
Para o mister, são sugeridas adiantes algumas Ações de caráter permanente de
educação ambiental:
104
Visitas de rotinas com escolares aos mananciais que abastecem o município e
às Estações de Tratamento de Água;
Campanha de incentivo a organizações comunitárias para aproveitamento de
gordura, evitando seu descarte no solo e na rede de esgoto, fomentando a
renda familiar;
Campanha de limpeza de reservatórios domiciliares;
Apoio à formação de agentes ambientais mirins que deverão promover a
vigilância ambiental em parques e rios;
Promover ações educativas na semana da água;
Parcerias com a Secretaria de Educação, Saúde e outras afins para execução
de projetos interdisciplinares que visem solucionar problemas ambientais
locais (agir localmente, pensar globalmente).
Na zona rural levar orientação aos pequenos produtores quanto ao uso correto de
agrotóxicos, suas aplicações, noções sobre atividades nocivas ao meio ambiente, técnicas agro
florestais e conhecimento sobre a legislação ambiental. Realização de dias de campo para
interação com essas comunidades visando despertar uma consciência social e agro ecológica,
além de visitas às famílias, palestras em escolas e centros comunitários, com demonstração de
práticas e técnicas agrícolas de conservação do solo, de modo que essa população rural possa
conciliar suas práticas tradicionais com o desenvolvimento sustentável.
2.2.10. Conservação do Manancial
A crescente urbanização vem impondo um aumento significativo na devastação das
margens dos mananciais, com ocupação de áreas de preservação permanente. Para fazer frente
ao problema, o presente plano prevê a execução imediata de projetos e ações para preservação
da qualidade e quantidade de água para abastecimento da população barrense, dentre elas:
Controle de invasões das margens;
Recomposição da mata ciliar;
Limpeza e coleta freqüente de resíduos sólidos depositados;
105
2.2.11. Monitoramento e redução de perdas na rede de distribuição
As perdas de água são constituídas por duas partes: perdas físicas (reais) e as perdas
não-físicas (aparentes). As físicas são vazamentos, extravasamentos e outros acontecimentos
em que a água retorna ao meio ambiente sem ser utilizada. As não-físicas ou comerciais
referem-se à água que tendo de fato sido utilizada, não foi contabilizada pelo sistema
comercial do organismo operador, devido a erros na micromedição, fraudes, ligações
clandestinas, distorções cadastrais, fornecimento gratuito etc.
Conforme a AGESPISA, o índice de perdas atual do sistema é de 32,25%. Previu-se
a redução das perdas para 25%, até o ano de 2036, em função de medidas de conservação de
recursos naturais conjugadas com medidas que introduzam evolução tecnológica de parte da
AGESPISA, como:
Monitoramento persistente em toda a rede de distribuição de água em busca
de vazamentos não visíveis.
Manter política de instalação de micromedidores e substituição de todos os
hidrômetros com idade superior a10 anos atualmente instalados.
Tais melhorias devem fazer parte da rotina operacional da concessionária, podendo
assim, garantir o atingimento do índice previsto para o período de planejamento.
2.3. Programas, Projetos e Ações
Apresentamos adiante quadro-resumo dos programas, projetos e ações a serem
implementados para a consecução dos objetivos do eixo do plano abastecimento d' água.
106
Quadro 11: Programas, projetos e ações de abastecimento água
Programas Projetos e Ações Custo
estimado (R$) Prazo Prioridade
%
Existente
hoje
%
Curto
Prazo
%
Médio
Prazo
%
Longo
Prazo
RESPONSABILIDADES
Execução Acompanhamento
Programa de
Universalização e
Melhoria dos
Serviços
Regularização do uso do
manancial:
Outorga do manancial utilizado,
junto a ANA
20.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Concessionária Prefeitura
Captação e adução da água
bruta, e tratamento:
Construir nova ETA.
3.000.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Concessionária Prefeitura
Captação e adução da água
bruta, e tratamento:
Realizar limpeza periódica na
adutora.
300.000,00 Longo prazo Alta 0 100 100 100 Concessionária Prefeitura
Captação e adução da água
bruta, e tratamento: Construir
cerca na área de captação no rio
Marathaoan
12.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Concessionária Prefeitura
Gestão de perdas e
monitoramento do sistema de 300.000,00 Médio Prazo Alta 0 70 100 100 Concessionária Prefeitura
107
abastecimento de água :
Implantação de novas tecnologias
para acompanhamento e controle
dos índices de perdas no sistema
Monitoramento do IQA da água
distribuída:
Dotar o sistema de tecnologias
para monitoramento do índice de
qualidade da água bruta e
distribuída.
200.000,00 Médio Prazo Alta 50 70 100 100 Concessionária Prefeitura
Macromedição e micromedição:
Instalação de macromedidores e
criação de sistema de
acompanhamento do parque de
hidrômetros
1.200.000,00 Médio Prazo Alta 65 90 100 100 Concessionária Prefeitura
108
Tratamento de resíduos gerados
na Estação de tratamento:
Elaboração de projeto e
implantação das obras de
tratamento do lodo gerado.
250.000,00 Médio prazo Alta 0 80 100 100 Concessionária Prefeitura
Controle de qualidade da água:
Instalação de um Centro de
Controle Operacional – CCO, com
monitoramento do IQA da água a
ser distribuída.
600.000,00 Médio prazo Alta 0 50 100 100 Concessionária Prefeitura
Universalização da Distribuição:
Implantação de sistema
simplificados de abastecimento
d'água na zona rural.
1.500.000,00 Médio prazo Alta 66,8 80 100 100 Concessionária Prefeitura
Universalização da Distribuição:
Implantar 20 km de rede na zona
urbana até o horizonte do plano
1.630.000,00 Médio prazo Alta 80 90 100 100 Concessionária Prefeitura
Programa de
Melhorias
Operacionais e
Qualidade dos
Serviços
Projeto de Educação Ambiental:
Ações de educação ambiental nas
escolas;
Parcerias com a Secretaria de
Educação, Saúde e outras afins
para ações de Educação Ambiental
300.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Concessionária e
Prefeitura Prefeitura
109
em todo município.
Projeto de Conservação do
Manancial:
Controle de invasões das margens;
Recomposição da mata ciliar;
Limpeza e coleta freqüente de
resíduos sólidos depositados.
450.000,00 Médio prazo Alta 50 90 100 100 Concessionária e
Prefeitura Prefeitura
Projeto de Monitoramento e
Redução de Perdas na Rede de
Distribuição:
Monitoramento persistente em
toda a rede de distribuição de
água;
Manutenção de política de
instalação de micromedidores e
substituição de todos os
hidrômetros com idade superior a
10 anos.
375.000,00 Médio prazo Alta 0 80 100 100 Concessionária Prefeitura
110
2.4. Estimativa de Investimentos
Exibimos adiante quadro-resumo dos investimentos a serem realizados,
demonstrando ainda as fontes dos recursos, o responsável pela execução e as parcerias que
podem vir a existir.
111
Quadro 12: Estimativa de investimentos para o sistema de abastecimento água
PROGRAMA AÇÕES CUSTO ESTIMADO DA
AÇÃO
FONTE DE
FINANCIAMENTO
META DE
EXECUÇÃO
DA AÇÃO
META DE
EXECUÇÃO
DO
PROGRAMA
RESPONSÁVEL
PELA
EXECUÇÃO DO
PROGRAMA
PARCERIAS
Programa de
Universalização
dos Serviços
Desativação e/ou
regularização de
poços em desusos,
gerenciamento das
derivações dos
ramais principais
existentes,
recuperação de
reservatórios
existentes, revisão
da parte elétrica das
casas de bomba.
1 un. 2000000 R$
2.000.000,00 Governo Federal Longo Prazo
Longo Prazo
Concessionária do
Sistema de
Abastecimento de
Água /
Administração
Municipal
PPP Construção de
lavanderias púbicas
na zona urbana e
rural
1 un. 5000000 R$
5.000.000,00 Governo Federal Longo Prazo
Outorga do
manancial utilizado,
junto a ANA
1 un. 20000 R$
20.000,00 Governo Municipal Curto Prazo
Construir nova ETA. 1 vg. 3000000 R$
3.000.000,00 Governo Federal Curto Prazo
Realizar limpeza
periódica na adutora. 20 vg. 10000
R$
200.000,00
Concessionária do
Sistema de
Abastecimento de
Água
Longo Prazo
112
Construir cerca na
área de captação no
rio Marathaoan
1 vg. 12000 R$
12.000,00
Concessionária do
Sistema de
Abastecimento de
Água
Curto Prazo
Implantação de
novas tecnologias
para
acompanhamento e
controle dos índices
de perdas no sistema
1 vg. 300000 R$
300.000,00
Concessionária do
Sistema de
Abastecimento de
Água
Médio Prazo
Dotar o sistema de
tecnologias para
monitoramento do
índice de qualidade
da água bruta e
distribuída.
1 vg. 200000 R$
200.000,00
Concessionária do
Sistema de
Abastecimento de
Água
Médio Prazo
Instalação de
macromedidores e
criação de sistema
de acompanhamento
do parque de
hidrômetros.
1 vg. 1200000 R$
1.200.000,00
Concessionária do
Sistema de
Abastecimento de
Água
Médio Prazo
Elaboração de
projeto e
implantação das
obras de tratamento
do lodo gerado na
Estação de
Tratamento.
1 vg. 250000 R$
250.000,00
Concessionária do
Sistema de
Abastecimento de
Água
Médio Prazo
Instalação de um
Centro de Controle
Operacional – CCO,
com monitoramento
do IQA da água a
ser distribuída.
1 vg. 600000 R$
600.000,00
Concessionária do
Sistema de
Abastecimento de
Água
Curto Prazo
113
Implantação de
sistema
simplificados de
abastecimento
d'água na zona rural.
1 vg. 1500000 R$
1.500.000,00
Governo Federal /
Emenda Parlamentar Médio Prazo
Implantar 20 km de
rede na zona urbana
até o horizonte do
plano.
1 vg. 4500000 R$
4.500.000,00
Governo Federal /
Emenda Parlamentar Longo Prazo
Programa de
Melhorias
Operacionais e
Qualidade dos
Serviços
Ações de educação
ambiental nas
escolas;
Parcerias com a
Secretaria de
Educação, Saúde e
outras afins para
ações de Educação
Ambiental em todo
município.
1 vg. 1500000 R$
1.500.000,00
Governo Federal /
Governo Municipal Longo Prazo
Longo Prazo
Concessionária do
Sistema de
Abastecimento de
Água
Administração
Municipal
Projeto que vise a
utilização de água de
lavagem de filtros da
ETA em usos não
potáveis.
1 vg. 300000 R$
300.000,00
Concessionária do
Sistema de
Abastecimento de
Água
Médio Prazo
Controle de invasões
das margens;
Recomposição da
mata ciliar;
Limpeza e coleta
freqüente de
resíduos sólidos
depositados.
1 vg. 1400000 R$
1.400.000,00
Governo Federal /
Emenda Parlamentar Longo Prazo
114
Monitoramento
persistente em toda a
rede de distribuição
de água;
Manutenção de
política de instalação
de micromedidores e
substituição de todos
os hidrômetros com
idade superior a 10
anos.
1 vg. 1200000 R$
1.200.000,00
Concessionária do
Sistema de
Abastecimento de
Água
Longo Prazo
SOMA R$
23.182.000,00
115
3. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO
SANITÁRIO
3.1. Projeção da Demanda Estimada para o Setor de Esgotamento Sanitário
Para o planejamento da demanda de esgotamento sanitário, foram considerados os
seguintes parâmetros.
Carga orgânica per capita = 54 gr.DBO/hab/dia
Coeficiente de retorno = 80%
Índice de coleta atual = 0%
Índice de atendimento atual = 0%
Índice de coleta final = 100%
Índice de tratamento atual = 0%
Índice de tratamento final = 100%
Vazão de infiltração = 9-2
L/s/km
As vazões de esgotos e cargas orgânicas estimadas até o final do projeto são
apresentadas a seguir:
Tabela 54: Vazões de Esgotos e Cargas Orgânicas Estimadas
PRAZO
ÍNDICE DE
ATENDIMENTO
POPULAÇÃO
ESGOTADA
EXTENSÃO
DE REDE
(km)
VAZÃO DE
INFILTRAÇÃO
(L/S)
VAZÕES
COLETADAS
VAZÃO DE
TRATAMENTO CARGA
ORGÂNICA
Kg/DBO/DIA COLETADO
(%)
TRATADO
(%)
MÉDIA
(l/s)
MÁXIMA
(l/s) MÉDIA (L/d)
CURTO 14,29 100,00% 3658 10 0,90 5,98 10,90 5,98 197,56
MÉDIO 50,00 100,00% 13664 25 2,25 21,23 37,82 21,23 737,86
LONGO 100,00 100,00% 33752 35 3,15 26,889 50,03 50,03 1822,61
A carga orgânica diária para o município de Barras-PI foi estimada conforme a
projeção populacional, ou seja, número de habitantes vezes a quantidade diária de DBO por
116
habitante, esta carga deve ter como corpo receptor o rio Marathaoan, para o que deverá ser
observado o que dispõe a Resolução CONAMA Nº 357/2005. Será adotada para o principal
corpo receptor do município a classificação de Água doce(águas com salinidade igual ou
inferior a 0,5 ‰).
Os padrões de eficiência no tratamento dos efluentes domésticos previsto para o
sistema de Barras-PI estão representados na tabela abaixo, de acordo com o parâmetro e o
tratamento relacionado ao sistema a ser implantado.
Quadro 13: Padrões de Eficiência no Tratamento dos Efluentes Domésticos - Sistema
Australiano
Parâmetros Eficiência Sistema
Australiano (%)
Remoção de
Coliformes 60 - 99,9
DBO 70 - 90
Fonte: VON SPERLING, 1996.
A previsão de carga orgânica diária para o município de Barras-PI foi estimada
conforme a projeção populacional, ou seja, número de habitantes vezes a carga orgânica diária
de DBO por habitante. Assim, foi possível estimar a DBO diária para a zona urbana da cidade
sem e com tratamento. Ver tabela abaixo
Tabela 55: Previsão de estimativas de carga e concentração de DBO e coliformes ao longo do
plano
ANO POPULAÇÃO
ATENDIDA
CARGA
ORGÂNICA
Kg/DBO/DIA
SEM
TRATAMENTO
COM
TRATAMENTO
(Eficiência de 90%)
2016 24.391 0,054 1317,11 131,71
2017 24.790 0,054 1338,66 133,87
2018 25.196 0,054 1360,58 136,06
2019 25.609 0,054 1382,89 138,29
2020 26.028 0,054 1405,51 140,55
117
2021 26.454 0,054 1428,52 142,85
2022 26.887 0,054 1451,9 145,19
2023 27.328 0,054 1475,71 147,57
2024 27.775 0,054 1499,85 149,99
2025 28.230 0,054 1524,42 152,44
2026 28.692 0,054 1549,37 154,94
2027 29.162 0,054 1574,75 157,48
2028 29.639 0,054 1600,51 160,05
2029 30.125 0,054 1626,75 162,68
2030 30.618 0,054 1653,37 165,34
2031 31.119 0,054 1680,43 168,04
2032 31.629 0,054 1707,97 170,8
2033 32.147 0,054 1735,94 173,59
2034 32.673 0,054 1764,34 176,43
2035 33.208 0,054 1793,23 179,32
2036 33.752 0,054 1822,61 182,26
Definição de alternativas técnicas de engenharia para atendimento da demanda calculada
A instalação de sistemas de esgotamento sanitário é essencial para a proteção da
saúde pública, visto que o esgoto lançado em sarjetas, como é o cenário atual de Barras – PI;
contribui para proliferação de inúmeras doenças parasitárias e infecciosas além da degradação
do corpo hídrico.
Até o final do período de planejamento do PMSB a extensão de rede coletora de
esgoto deverá atingir um total de aproximadamente 74 km, para universalização do serviço e
coincidente com extensão da rede de distribuição de água. Ver quadro abaixo.
Como a alternativa técnica de atendimento da demanda, propõe-se a instalação de um
sistema coletivo centralizado, no qual a rede coletora integrada transportará todo efluente
coletado para um único local onde será realizado o tratamento, com a instalação de uma ETE
com capacidade de tratamento de 1793,23 KgDBO/dia, até o final do plano.
118
Previsão de eventos de emergência e contingência
O PMSB conta com um Plano de Contingência e Emergência, cuja finalidade é
garantir a assiduidade da operação do sistema, evitando prejuízos ao meio ambiente e a saúde
pública. Assim, o Plano de Contingência e Emergência busca estabelecer as formas de
atuação da operação do sistema, a partir das estruturas existentes, procurando dotar o sistema
de segurança que garanta a continuidade das operações de esgotamento sanitário do
município. Para isso, o sistema devera contar com mecanismos de manutenção para evitar
interrupção no funcionamento do sistema, com acompanhamento sistemático das condições
físicas dos equipamentos.
Isso inobstante, em caso de ocorrências atípicas, que excedam a capacidade de
atendimento local, o sistema deverá contar com estruturas de apoio, visando à correção dessas
ocorrências, para que o sistema do município não tenha qualquer prejuízo.
3.2. Proposição de Intervenções
3.2.1. Implantação de sistema de esgotamento sanitário
A instalação de sistemas de esgotamento sanitário é essencial para a proteção da
saúde pública, visto que o esgoto lançado em sarjetas, como é o cenário atual de Barras – PI;
contribui para proliferação de inúmeras doenças parasitárias e infecciosas além da degradação
do corpo hídrico.
A Universalização do serviço de esgotamento sanitário deve-se dar em todo
município seguindo ações que visem manter a relação do homem ao meio ambiente. As ações
elencadas visam implantar sistema de esgotamento sanitário adequado, protegendo a
qualidade do solo e corpos hídricos e,consequentemente, trazendo melhores condições para a
qualidade de vida da população.
Até o final do período de planejamento do PMSB a extensão de rede coletora de
esgoto deverá atingir um total de aproximadamente 74 km, para universalização do serviço e
coincidente com extensão da rede de distribuição de água. Ver quadro 1 abaixo.
119
Quadro 14: Extensão da Rede Coletora de Esgoto
Meta Total
Por Período Acumulado
Curto prazo Até o Ano 4 30000 30000
Médio prazo Ano 5 ao Ano 8 24170 54170
Longo prazo Ano 9 ao Ano 20 20000 74170
Conforme já demonstrado na escolha da alternativa técnica de atendimento da
demanda no Prognostico, propõe-se a instalação de um sistema coletivo, centralizado no qual
a rede coletora integrada transportará todo efluente coletado para um único local onde será
realizado o tratamento, o que se pressupõe a instalação de uma ETE com capacidade de
tratamento de 1793,23 KgDBO/dia, até o final do plano.
O projeto deverá contemplar também alternativas para atendimento a zona rural,
considerando que essas áreas são desprovidas de sistemas sanitários e apenas algumas
residências dispõem de tratamento individual, mas sem a devida funcionalidade, podendo
estar contaminando o lençol freático.
3.2.2. Universalização do saneamento
Este projeto sugere a elaboração de lei municipal visando à obrigatoriedade de
ligação de água e esgoto a toda população urbana.Esta medida é necessária para que a
concessionária tenha instrumentos legais para obrigar as unidades a se ligarem às redes a ser
implantadas, e com isso atender as metas estabelecidas garantindo a qualidade ambiental e
sanitária do município, além de garantir que os investimentos em esgotamento sanitário
tenham o efeito desejado.
Esta lei carecerá ser complementada por um programa amplo de incentivo técnico e
financeiro quanto à ligação das famílias de baixa renda à rede, além de incentivos para essa
parcela da população, tendo em vista que o principal motivo que levará estas famílias a não
executarem a ligação são os custos e a cobrança por estes serviços.
Considerando que o dispositivo adotado atualmente pela população é do tipo fossa
séptica, e em maior parte dos casos, não são corretamente dimensionadas e não possuem
120
eficiência adequada, deve se prever na lei municipal, o atendimento das regiões com menor
densidade populacional, área rural, os quais não serão atendidos por rede coletora de esgoto.
Neste programa é previsto o auxílio técnico e econômico para instalação de Fossas Sépticas
dentro dos padrões previamente estabelecidos e a limpeza periódica destas fossas sendo o
lodo tratado em uma ETE específica a qual deverá ser licenciada para este fim. A limpeza
dessas fossas deverá ser de responsabilidade da concessionária.
3.2.3. Educacional de Sustentabilidade
Define-se sustentabilidade, ações e atividades humanas que visam suprir as
necessidades contemporâneas dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas
gerações. Ou seja, a sustentabilidade está inteiramente relacionada ao desenvolvimento
econômico e material sem agredir o meio ambiente, utilizando os recursos naturais de forma
astuta para que eles não escasseiem no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode
garantir o desenvolvimento sustentável.
A adoção de ações de sustentabilidade garante a médio e longo prazo, os recursos
naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos
naturais. (SUAPESQUISA, 2015)
A sustentabilidade é um compromisso com a sociedade e possibilita transformar a
vida dos cidadãos. É fundamental para ajudar na gestão desses projetos sustentáveis, a criação
de um Comitê de Sustentabilidade, formado por diversos entes da sociedade.
Para a prática deste projeto, sugerem-se no presente plano, os seguintes projetos e
ações educacionais de sustentabilidade:
3.2.4. Coleta de Gordura
Este há como alvo o recolhimento de toda a parcela de óleos, graxas e gorduras que
os estabelecimentos comerciais descartariam na rede,entregando-os para reciclagem em
usinas de bicombustível. Se a gordura for diretamente para rede coletora, ela vira uma espécie
de “cola” nos tubos e qualquer fio de cabelo começa a grudar, assim começam os problemas,
podem ocorrer desde entupimentos, refluxo de esgoto, até mesmo rompimentos nas redes
coletoras, causando transtornos à população, além de causar a impermeabilização e poluição
de córregos e rios que destroem o bioma e provocam enchentes (100PEPINOS, 2015).
121
3.2.5. Visitação à Estação de Tratamento
É um programa de educação ambiental visando às unidades escolares dos
municípios. Os alunos visitam as Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), onde recebem
informações sobre os processos realizados e participam de atividades de conscientização com
foco na valorização do uso racional de água. Inicialmente propõe-se uma atuação junto à
comunidade escolar, com realização de visitas nas unidades escolares para apresentação de
um Projeto de Educação Ambiental, com distribuição de material didático com conteúdo de
uso racional da água, abrangendo toda a população que demanda consumo de água,
incentivando-a ao uso racional por meio de ações modernas e medidas de conscientização da
população para enfrentar a escassez de recursos hídricos.
3.2.6. Disciplinamento das ligações pluviais e esgoto
Esta ação visa à orientação a população para construir as ligações pluviais corretas ao
levantar seus imóveis ou corrigir o problema de maneira a evitar os desagradáveis transtornos
que eles provocam na época das chuvas fortes. Isto porque as estações de tratamento de
esgoto acabam recebendo um volume de água pluvial para o qual não foram projetadas,
causando enchentes e retorno dos esgotos para as casas.
Realização de ações de conscientização dos usuários a efetuarem as ligações de
esgoto, de modo que os esgotos possam ser afastados e dispostos de maneira adequada no
meio ambiente, reduzindo a sua capacidade de deterioração dos corpos hídricos e
consequentemente contribuindo para a melhoria da qualidade de água dos Rios na região.
3.2.7. Reutilização da Água e Aproveitamento da Água da Chuva
A introdução de Projeto de Reuso da Água tem como objetivo despertar na
população a necessidade de utilizar água de menor qualidade em usos não potáveis, fazendo-
se, assim, um reaproveitamento que reduz os gastos com o tratamento de água. Dentre os
programas estruturantes a serem implantados visando à melhoria do sistema de abastecimento
de água, este gera resultados positivos também no sistema de esgotamento sanitário, pois a
água anteriormente utilizada para apenas uma finalidade pode ser também utilizada para outra
não potável antes de retornar para o sistema na forma de esgoto.
O reuso da água resulta na redução do consumo e consequentemente na redução da
geração de esgoto pela população, gerando economias de insumos no tratamento do esgoto e
122
postergando investimentos no dimensionamento da ETE, devido à redução da produção de
efluente.
3.3. Programas, Projetos e Ações
Apresentamos adiante quadro-resumo dos programas, projetos e ações a serem
implementados para a consecução dos objetivos do eixo do plano esgotamento sanitário.
123
Quadro 15: Programas, projetos e ações de esgotamento sanitário
Programas Projetos e Ações
Custo
estimado
(R$)
Prazo Prioridade %
Existente
hoje
%
Curto
Prazo
%
Médio
Prazo
%
Longo
Prazo
RESPONSABILIDADES
Execução Acompanhamento
Programa de
Universalização
e Melhoria dos
Serviços
Projeto de implantação de
sistema de esgotamento
sanitário:
Implantação de sistema de
esgotamento sanitário coletivo
e centralizado na zona urbana
68.803.475,00 Longo prazo Alta 0 100 100 100
Concessionária Prefeitura
Projeto de implantação de
sistema de esgotamento
sanitário:
Projetos que visem melhorias
sanitárias domiciliares para
zona rural
20.000.000,00 Longo prazo Alta 0 100 100 100
Concessionária e
Prefeitura Prefeitura
Programa de
Melhorias
Operacionais e
Qualidade dos
Serviços
Projeto Universalização do
Saneamento:
Elaboração de lei municipal
dispondo sobre a
obrigatoriedade de ligação de
água e esgoto, e uso de fossas
- Curto prazo Média 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura
124
sépticas.
Projeto Educacional de
Sustentabilidade:
Coleta de gordura;
Visitação às estações de
tratamento;
Disciplinamento das ligações
pluviais e esgoto;
30.000,00 Médio prazo Média 0 100 100 100
Concessionária e
Prefeitura Prefeitura
Reutilização da Água e
Aproveitamento da Água da
Chuva:
Incentivar a utilização da água
de menor qualidade em usos
não potáveis;
30.000,00 Médio prazo Média 0 100 100 100
Concessionária e
Prefeitura Prefeitura
125
3.4. Estimativa de Investimentos
Exibimos adiante quadro-resumo dos investimentos a serem realizados,
demonstrando ainda as fontes dos recursos, o responsável pela execução e as parcerias que
podem vir a existir.
126
Quadro 16: Resumo de investimentos do Sistema de Esgotamento Sanitário
PROGRAMA AÇÕES CUSTO ESTIMADO DA AÇÃO FONTE DE
FINANCIAMENTO
META DE
EXECUÇÃO
DA AÇÃO
META DE
EXECUÇÃO
DO
PROGRAMA
RESPONSÁVEL
PELA
EXECUÇÃO DO
PROGRAMA
PARCERIAS
PROGRAMA DE
UNIVERSALIZAÇÃ
O DO SISTEMA DE
ESGOTAMENTO
SANITÁRIO
Implantação de
sistema de
esgotamento
sanitário
coletivo e
centralizado na
zona urbana
1 vg. R$
68.803.475,00 R$
68.803.475,00 Tarifa Longo Prazo
Longo Prazo
Concessionária do
Sistema de
Esgotamento
Sanitário
Administração
Municipal
Projetos que
visem
melhorias
sanitárias
domiciliares
para zona rural
e áreas urbanas
não atendidas
pela rede de
esgoto.
1 vg. R$
20.000.000,00 R$
20.000.000,00 Tarifa Longo Prazo
PROGRAMA DE
MELHORIAS
OPERACIONAIS E
DE QUALIDADE DO
SISTEMA DE
ESGOTAMENTO
SANITÁRIO
Elaboração de
lei municipal
dispondo sobre
a
obrigatoriedade
de ligação de
água e esgoto,
e uso de fossas
sépticas
1 vg. R$
- R$
- Curto Prazo Longo Prazo
Administração
Municipal e
Concessionária do
Sistema de
Esgotamento
Sanitário
Administração
Municipal
127
Coleta de
gordura;
visitação às
estações de
tratamento;
disciplinament
o das ligações
pluviais e
esgoto
1 vg. R$
450.000,00 R$
450.000,00 Tarifa Longo Prazo
Incentivar a
utilização da
água de menor
qualidade em
usos não
potáveis
1 vg. R$
300.000,00 R$
300.000,00 Tarifa Longo Prazo
SOMA R$
89.553.475,00
128
4. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE LIMPEZA URBANA
E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
4.1. Projeções de Geração de Resíduos Sólidos no Município
Para o presente estudo a "geração per capita" relaciona a quantidade de resíduos
urbanos gerada diariamente e o número de habitantes de determinada região. Muitos estudos
consideram de 0,5 a 0,8kg/hab./dia como a faixa de variação média para o Brasil, sem,
contudo, incluir os resíduos públicos e entulhos. Assim, na ausência de dados mais precisos,
vamos considerar a geração per capita fazendo a inclusão dos resíduos urbanos (domiciliar +
público + entulho) e até os resíduos de serviços de saúde, isto resumo a geração per capita
adotada de 0,98 kg/hab/dia. Na tabela abaixo expõe-se a projeção da produção de resíduos em
Barras - PI.
QUADRO 17: Projeção da produção de resíduos sólidos (produção diária e anual)
ANO POPULAÇÃO
Geração
per capta
(kg/hab./dia)
Reciclado
(t/dia)
Compostado
(t/dia)
Aterrado
(t/dia)
Total
(t/dia)
2015 46.214 0,98 0,000 0 0 45,29
2016 46.492 0,98 0,000 0 0 45,56
2017 46.771 0,98 0,000 0 0 45,84
2018 47.052 0,98 4,61 6,92 34,58 46,11
2019 47.335 0,98 4,64 6,96 34,79 46,39
2020 47.620 0,98 4,67 7,00 35,00 46,67
2021 47.906 0,98 4,69 7,04 35,21 46,95
2022 48.194 0,98 4,72 7,08 35,42 47,23
2023 48.483 0,98 4,75 7,13 35,64 47,51
2024 48.775 0,98 4,78 7,17 35,85 47,80
2025 49.068 0,98 7,21 12,02 28,85 48,09
2026 49.363 0,98 7,26 12,09 29,03 48,38
2027 49.660 0,98 7,30 12,17 29,20 48,67
2028 49.958 0,98 7,34 12,24 29,38 48,96
129
2029 50.258 0,98 7,39 12,31 29,55 49,25
2030 50.560 0,98 9,91 17,34 22,30 49,55
2031 50.864 0,98 9,97 17,45 22,43 49,85
2032 51.170 0,98 10,03 17,55 22,57 50,15
2033 51.478 0,98 10,09 17,66 22,70 50,45
2034 51.787 0,98 15,23 25,38 10,15 50,75
2035 52.098 0,98 15,32 25,53 10,21 51,06
2036 52.411 0,98 15,41 25,68 10,27 51,36
ANO POPULAÇÃO
Geração
per capta
(kg/hab./dia)
Reciclado
(t/ano)
Compostado
(t/ano)
Aterrado
(t/ano)
Total
(t/ano)
2015 46.214 0,98 0,000 0 0 16530,78
2016 46.492 0,98 0,000 0 0 16630,14
2017 46.771 0,98 0,000 0 0 16730,09
2018 47.052 0,98 1.683,06 2.524,60 12622,98 16830,64
2019 47.335 0,98 1.693,18 2.539,77 12698,85 16931,80
2020 47.620 0,98 1.703,36 2.555,03 12775,17 17033,56
2021 47.906 0,98 1.713,59 2.570,39 12851,95 17135,94
2022 48.194 0,98 1.723,89 2.585,84 12929,20 17238,93
2023 48.483 0,98 1.734,25 2.601,38 13006,90 17342,54
2024 48.775 0,98 1.744,68 2.617,02 13085,08 17446,77
2025 49.068 0,98 1.755,16 2.632,74 13163,72 17551,63
2026 49.363 0,98 1.765,71 2.648,57 13242,84 17657,12
2027 49.660 0,98 1.776,32 2.664,49 13322,43 17763,25
2028 49.958 0,98 1.787,00 2.680,50 13402,51 17870,01
2029 50.258 0,98 1.797,74 2.696,61 13483,06 17977,41
2030 50.560 0,98 1.808,55 2.712,82 13564,10 18085,46
2031 50.864 0,98 1.819,42 2.729,12 13645,62 18194,16
2032 51.170 0,98 1.830,35 2.745,53 13727,63 18303,51
2033 51.478 0,98 1.841,35 2.762,03 13810,14 18413,52
130
2034 51.787 0,98 1.852,42 2.778,63 13893,14 18524,19
2035 52.098 0,98 1.863,55 2.795,33 13976,64 18635,52
2036 52.411 0,98 1.874,75 2.812,13 14060,65 18747,53
4.2. Gestão de Resíduos Sólidos no Município
Para Santos e Schalch (2002), a gestão ambiental trabalha de forma ordenada as
atividades humanas, para que estas originem o menor impacto possível sobre o meio. Esta
organização vai desde a escolha das melhores técnicas até o cumprimento da legislação e a
alocação correta de recursos humanos e financeiros.
A administração integrada de uma região ou ambiente, com critérios de equilíbrio,
promovendo o desenvolvimento e o bem estar harmonioso dos seres humanos, através da
melhoria da qualidade de vida e manutenção da disponibilidade dos recursos naturais, sem
esgotar e/ou deteriorar os recursos renováveis e sem destruir os não-renováveis, podemos
também denominar de gestão ambiental (STRAUSCH e ALBUQUERQUE, 2008).
Santos e Schalch (2002) colocam que, após o Rio-92, oficializou-se a política de busca
de minimização do resíduo sólido e buscou-se a utilização do conceito de gerenciamento
integrado. Assim, o manejo sustentável de resíduo pressupõe a busca da minimização,
seguida pela organização da coleta, transporte, tratamento e/ou destino final do que, de fato,
não possa ser reutilizado ou reciclado.
Segundo Santos e Schalch (2002), atualmente são diretrizes prioritárias de políticas
de resíduos: evitar ou, nos casos em que não for possível, diminuir a produção de resíduos;
reutilizar ou, quando não for possível, reciclar resíduos; utilizar a energia contida nos
resíduos; tornar inertes os resíduos antes da disposição final. Assim, demonstra-se na quadro
12 a hierarquia de gestão e gerenciamento de resíduos.
131
TABELA 56 - Hierarquia de gestão e gerenciamento de resíduo
Ordem de Importância Ações
6 Prevenir a gereção de resíduos na fonte.
5 Reduzir a geração de resíduos na fonte.
4 Reciclar no processo.
3 Reciclar e reutilizar em outros processos.
2 Tratar os resíduos sólidos para minimizar os impactos.
1 Dispor os resíduos de maneira responsável e segura.
(Fonte: Santos e Schalch, 2002)
4.2.1. Resíduos sólidos domésticos e comerciais - coleta convencional
Segundo os dados disponibilizados pela municipalidade, os serviços de coleta de
resíduos domésticos e comercias, são terceirizados, a empresa contratada Maxmilhan Kolbr
Andrade nome fantasia Eventos e Serviços Andrade – Serviços e Gestão Ambiental Urbana,
através de Edital de Licitação, modalidade pregão, seguindo os preceitos da Lei Federal n°.
8.666/93, a qual institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e, suas
posteriores alterações, na licitação modalidade Pregão n° 005/2013.
O presente contrato tem como objetivo a contratação de empresa para proceder na
coleta e transporte dos resíduos domiciliares, comerciais e de varrições; e coleta e
transporte de resíduos diversos de acordo com a proposta financeira apresentada pela
contratada, atendendo assim a sede do município.
Objetivo: Contratação de empresa especializada na Prestação de Serviços de Limpeza
Pública para realização destes serviços para a Prefeitura Municipal de Barras-PI, pelo período
de 12 (doze) meses, conforme Orçamento detalhado em Planilhas com a composição de todos
os seus custos unitários, Termo de Referência e demais anexos constantes no Edital da
CONCORRÊNCIA Nº 05/2013. Tipo: Técnica e Preço. Total de lotes licitados: 001. Preço
máximo aceito pela administração: R$ 120.665,93 mensais. Valor máximo do contrato: R$
1.447.991,10. Edital: 23/08/2013 de 08h00min às 13h00min. Endereço: Rua Taumaturgo de
Azevedo, n° 491, Centro, Barras-PI. Entrega das propostas: 24/09/2013 às 09h00min
Com prorrogação de até 48 meses.
A coleta é realizada 2ª à 6ª , no horário de 08:00 as 12:00h e das 14:00 as 17:00h.
132
Cronograma do Roteiro de 3 Caminhões, (1) Compactador, (1) Aberto (1) aberto fretado
TABELA 57: Caminhão Compactador:
Dias
Semana Roteiro realizado pelo veiculo
2ª Bairros Matadouro, Piquizeiro, Riachinho, Boa vista, e no período da
tarde no centro da cidade.
3ª Bairros São Cristovão, Fátima, Xiqui-Xiqui, Corujal e no Período da
Tarde Centro.
4ª Bairros Matadouro, Piquizeiro, Riachinho, Boa vista, e no período da
tarde no centro da cidade.
5ª Bairros São Cristovão, Fátima, Xiqui-Xiqui e no Período da Tarde
Centro.
6ª Bairros Matadouro, Piquizeiro, Riachinho, Boa vista, e no período da
tarde no centro da cidade.
Empresa tercerizada
TABELA 58: Caminhão Aberto
Dias
Semana
Roteiro realizado pelo veiculo
2ª Bairros: Santinho, Floresta, Pedrinhas I e II.
3ª Residencial São Francisco, as Vilas: Nisi, João Paulo e Esperança
4ª
Bairros: Santinho,Vilas: França, Padre Mário, No período da tarde Varrição e
Capita expostos .
5ª
Residencial São Francisco, as Vilas: Nisi, João Paulo e Esperança e no
Período da tarde varrição e capita que estiver exposto.
6ª
Bairros: Santinho, Floresta, Pedrinhas I e II.
FONTE: Empresa Tercerizada.
Caminhão Fretado: especificamente para poda , varrição, capina e Obs:o proprietário
é o mortorista condutor do veículo.
133
TABELA 59: Há descrição de todo o corpo funcional dos serviços por cargo
Varrição 09 Funcionários 01 Comando
Capina 1ª equipe 06 funcionários 01 comando
Capina 2ª equipe 07 funcionários 01 Comando
Motorista 02 Funcionários
Coletor Caminhão 1 03 coletores (Compactador)
Coletor Caminhão 2 03 Coletores ( Aberto)
Coletor Caminhão 3 03 Coletores ( Fretado)
Empresa terceirizada.
4.2.2. Reciclagem, tratamento e transporte
Segundo a municipalidade, não existe sistema de coleta seletiva e nenhum projeto de
implantação, nem há associações ou cooperativas de catadores de materiais potencialmente
recicláveis, mas existem catadores informais. Não há trabalho com logística reversa, com
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos ou até mesmo Plano Diretor.
Pelos dados informados pela empresa terceirizada são gerados em torno de 20 Ton/d
em média 850 grs/hab/d. de resíduos sólidos urbanos e de capina, varrição, poda de árvores
são em média 2 Ton/d;
O município não cogita hipótese em se consorciar com municípios vizinhos, pois
nenhum dos mesmos não tem planos no momento para implantar consócio compartilhados,
principalmente dado à distância.
Não há identificação de passivos ambientais relacionadas área de contaminação no
município.
4.2.3. Acondicionamento para transporte
Durante a visita técnica diagnosticou-se que não há lixeiras. Tradicionalmente os
resíduos domésticos são acondicionados em sacos plásticos, sacolas plásticas, dispostos nas
portas das residências e pequenos comércios.
134
4.2.4. Destinação final dos resíduos sólidos domiciliares
No caso dos resíduos domiciliares, são coletados e enviados para o lixão da cidade,
localizado na saída para Nossa Senhora dos Remédios, na PI 212. Não existe estudo para
criação de um aterro sanitário. Trata-se de um problema sério enfrentado pelo município,
havendo termos de ajustes de conduta com ministério público para condução adequada dos
serviços, sem solução até aqui por causa de limitações técnicas e financeiras.
4.2.5. Resíduos dos serviços de saúde
O município possui 20 (vinte) entre Postos de Saúde Pública (PSP) e Unidade Básica
de Saúde (UBS), 1 (um) Hospital Municipal, além do SAMU e do Centro de Atenção
Psicossocial (CAPS). Os resíduos gerados do Hospital são entregues a uma empresa
apropriado e as dos postos de Saúde são destinados ao vazadouro (lixão) pela coleta
seletiva municipal no total entre Hospital e UBS e PS são gerados em média 130 kg/mês,
aproximadamente. Segue a listagem dos geradores de RSS:
Zona Urbana:
Hospital Municipal Leônidas Melo – Centro - Barras/PI
Centro de Atenção Psicossocial – CAPS - Bairro Matadouro;
PSP – Centro
UBS – Conjunto Morada de Barras
SAMU 192 de Barras
Posto de Saúde – B Xique-xique;
Posto de saúde – São Cristovão;
Posto de Saúde – Boa Vista;
Posto de saúde – Pedrinhas;
Postode Saúde – Santinho;
Posto de Saúde – Matadouro.
135
Zona Rural:
UBS – Rio Verde; UBS – Palmeira; PSP – Formoso; PSP – Formosa; PSP – Sossego; PSP –
Boca da Mata; PSP – São Francisco; PSP – Localidade Esperança; PSP – Barreros; PSP –
Lagoa de Lages
A destinação dos resíduos advindos dos serviços de saúde é incumbência do
município. Os resíduos do hospital Leônidas Melo é recolhido pela empresa Esterlix e
encaminhado para incineração em Teresina os demais são recolhidos junto com os resíduos
domésticos pela empresa contratada.
4.2.6. Caracterização dos serviços de limpeza pública existentes
4.2.6.1. Resíduos de limpeza pública
O serviço de limpeza urbana realizado por uma empresa terceirizada – Eventos e
Serviços Andrade, envolve todos os serviços de resíduos do município, varrição, coleta,
capina.
4.2.6.2. Destinação final dos resíduos de limpezas públicas
A destinação final dos resíduos de limpeza pública é de responsabilidade da
empresa contratada, sendo destinados ao lixão da cidade. Este local não possui licença para esta
finalidade.
4.2.6.3. Resíduos da construção civil
Conforme dados do município, a responsabilidade pela destinação final dos resíduos
da construção civil é do município. No entanto, durante visita técnica encontramos resíduos
sendo dispostos em bota-foras, e também em terrenos baldios e em frente às residências, nos
corredores de acesso à cidade, nas PI. A empresa não se responsabilizou pela coleta destes
resíduos.
4.2.6.4. Resíduos especiais
Conforme dados do município, esses resíduos normalmente são descartados na coleta
convencional. Referente ao óleo de cozinha, também não possuem coleta, tratamento e
destinação final, são destinados em fossas tanto em restaurantes quanto em residências.
136
4.2.6.5. Resíduos perigosos
Os resíduos como embalagens de agrotóxicos são queimados e muitos
depositados junto com a coleta convencional.
4.3. . Alternativas Estudadas para Manejo dos Resíduos Sólidos
4.3.1. Resíduos domiciliares e de limpeza urbana
Os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos devem a utilizar-se de
procedimentos operacionais e especificações técnicas que assegurem:
a) A efetiva prestação do serviço, com regularidade e integralidade;
b) A qualidade da prestação do serviço;
c) A saúde e a segurança dos trabalhadores envolvidos;
d) A manutenção das condições de salubridade e higiene dos espaços públicos;
e) A eficiência a sustentabilidade dos serviços;
f) A adoção de medidas que visem a redução, reutilização e reciclagem dos resíduos;
g) Entre outras.
Veja no quadro abaixo, os procedimentos operacionais e as especificações mínimas a
serem adotados nos serviços de limpeza urbana.
137
TABELA 60: Procedimentos Operacionais e as Especificações Mínimas
138
Coletar o lixo consiste em recolher o lixo acondicionado pela população que o
produz,transportando-o para um eventual tratamento e à disposição final, a fim de evitar
problemas de saúde, atração de vetores e animais e a contaminação dos recursos naturais que
ele possa propiciar.
A coleta de lixo ou resíduos nas cidades é um serviço público a cargo das prefeituras
municipais ou de empresas especializadas contratadas para essa finalidade.
139
Esse material é direcionado para aterros sanitários, usinas de compostagem,
incineradores ou reciclagem. Segundo pesquisas, 35% dos materiais do lixo coletado pode ser
objeto de reciclagem e igual quantidade transformada em adubo orgânico. Na atualidade, a
maior parte é destinada aos lixões sem nenhum tratamento.
Para aperfeiçoar a eficiência da coleta de lixo no município, é capital realizar um
planejamento de coleta através de projeto básico de coleta e destinação dos resíduos, com
vistas a compatibilizar a estrutura existente com a demanda e qualidade do serviço. Este
planejamento deve conter informações sobre as condições de saúde pública, as possibilidades
financeiras do município, as características físicas do município e os hábitos da população,
para então discutir a maneira de tratar tais fatores e definir os métodos que forem julgados
mais adequados. Devem ser executados os seguintes levantamentos: população atendida; os
dados sobre população total, urbana, quantidade média de moradores por residência e, caso
houver, o número expressivo de moradores temporários; a definição das zonas de ocupação da
cidade. As áreas delimitadas em mapas deverão indicar os usos predominantes, concentrações
comerciais, setores industriais, áreas de difícil acesso e/ou de baixa renda; os costumes da
população, onde deverão ser destacados os mercados e feiras livres, exposições permanentes
ou em certas épocas do ano, festas religiosas e locais preferidas para a prática do lazer; as
características topográficas e o sistema viário urbano. Deverão ainda caracterizar o tipo de
pavimentação das vias, declividade, sentido e intensidade de tráfego; a geração e a
composição do lixo; volume de lixo coletado; a disposição final do lixo; e ART de
profissional habilitado.
Com essas informações, faz-se a adequação dos setores de coleta e a frequência,
equilibrando as quantidades coletadas com as distâncias das rotas, com reflexos no tempo de
colete e na quilometragem.
Na demarcação dos setores de coleta e os roteiros dos caminhões coletores, deverá
ser considerada, também, a necessidade de redução do tempo e quilometragens, para o que
deverá ser construído roteiro em modelo heurístico, que permita a minimização de manobras e
eliminação dos percursos mortos (sem coleta), sem perder de vista que mesmo a rota mais
segura para a equipe de coleta, nem sempre significa menor trajeto.
140
O numero de vezes por semana que é feita a coleta (frequências de coleta), é
determinada em função do tipo e quantidade de resíduo gerado, condições físico-ambientais
(clima, topografia, etc.), limite necessário ao armazenamento dos sacos de lixo, entre outros.
Conforme Lima, os tipos de frequência mais usuais são:
Diária (exceto domingos) – ideal porque o usuário não precisa guardar o lixo
por mais de um dia, favorecendo a saúde pública;
Duas ou Três vezes na semana – é o mínimo admissível sob o ponto de vista
sanitário, principalmente no caso do município de Barras por questões
climáticas.
Para a determinação da frequência de coleta em cada setor demarcado, devem-se
considerar os seguintes fatores:
Densidade populacional da área;
Tipos de recipientes (lixeiras) utilizados no acondicionamento dos sacos de
lixo; mão de obra;
Condições e acessos existentes.
Juntamente com estas condicionantes, é necessário ponderar a geração total média,
com os totais da coleta em todos os setores, obtidos por meio da amostragem realizada.
Para determinação do horário de execução dos serviços de coleta deve se considerar
o sossego público, além das seguintes vantagens e desvantagens:
Diurno
Vantagens - Possibilita melhor fiscalização do serviço, alem de ser mais
econômica.
Desvantagens – Interferência no trânsito de veículos; maior desgaste dos
trabalhadores, com a consequente redução de produtividade.
Noturno
Vantagens - Indicada para áreas comerciais e turísticas, não interfere no
trânsito em áreas de tráfego muito intenso durante o dia, e o resíduo não fica
à vista das pessoas durante o dia.
Desvantagens – Causa incômodo pelo excesso de ruído provocado pela
manipulação dos recipientes de lixo e pelos veículos coletores, dificulta a
141
fiscalização, e pode aumentar o custo de mão-de-obra, pois há um adicional
pelo trabalho noturno.
A composição da guarnição da coleta de Resíduos Domésticos pode ser considerada
como o conjunto de trabalhadores lotados num veículo coletor, envolvidos na atividade de
coleta dos resíduos. Existe uma variação no número de componentes na equipe de coleta,
dependendo da velocidade que se pretende imprimir na atividade. A equipe comumente é
composta por três coletores e o “puxador”, que vai à frente juntando os sacos de resíduo para
facilitar o serviço. No caso de Barras, por razões econômicas, devera ser utilizada equipe com
três trabalhadores, sem a figura do “puxador”. Estes deverão trabalhar fazendo uso de EPI´s e
EPC´s, conforme legislação trabalhista (NR 6), além da implantação de outros instrumentos
que objetivem a eliminação ou redução dos fatores nocivos no trabalho, no que se refere aos
ambientes, como o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, e o Plano de
Controle Medico de Saúde Ocupacional - PCMSO, sem prejuízo da adoção das seguintes
medidas:
Programas de combate ao alcoolismo e uso de drogas. Deverão ser capacitadas
as chefias para a detecção de problemas relacionados ao uso de álcool e drogas, através de
análise de indicadores como, pontualidade, assiduidade, produtividade e outros. Deverão ser
capacitados agentes de assistência social, para no caso de ocorrência destes casos, atuarem
diretamente com os familiares, orientando sobre o combate e o tratamento;
Programas de diagnóstico e análises nas relações de trabalho, propondo,
quando for o caso, um reestudo das divisões das tarefas, turnos de trabalho, escalas, etc., que
poderão gerar conflitos intersubjetivos que aumentem os riscos de acidentes e a diminuição da
produtividade;
Programas de saúde, com vistas a detectar o aparecimento de doenças
ocupacionais, e também a de prevenção de doenças transmissíveis. Promoção de ações
visando o acompanhamento regular do estado de saúde física e mental, com enfoque na
prevenção de aparecimento de doenças que podem ser evitadas.
Todos os trabalhadores deverão estar munidos de bonés, luvas, botas, uniformes,
capas de chuva, protetor solar, etc. Além disso, todos deverão receber treinamentos
regularmente, cabendo a Prefeitura certificar e fiscalizar a realização adequada desses
treinamentos. O referido treinamento deverá ser realizado no início da implantação do Plano
de Gestão de Resíduos Sólidos, com atualização semestral. O treinamento deverá constar com
142
o seguinte conteúdo: direção defensiva, segurança no trabalho, primeiros socorros,
composição e manejo de resíduos sólidos etc.
Conforme Cartilha de Limpeza Urbana (IBAM), com relação ao transporte, deve-se
escolher um tipo de veículo/equipamento de coleta que apresente o melhor custo/benefício.
Em geral esta relação ótima é atingida utilizando-se a viatura que preencha o maior número de
características de um bom veículo de coleta. Para a coleta e transporte dos resíduos sólidos
domiciliares e comerciais utilizam-se normalmente dois tipos de veículos coletores:
Com compactação - Coletor compactador de lixo, de carregamento traseiro.
Esse tipo de equipamentos destina-se à coleta de lixo domiciliar, público e comercial. Esses
veículos transitam pelas áreas urbanas, suburbanas e rurais da cidade e nos seus municípios
limítrofes. Rodam por vias e terrenos de piso irregular, acidentado e não pavimentado, como
em geral ocorre nos aterros sanitários.
Sem compactação - É utilizado em comunidades pequenas, com baixa
densidade demográfica. Também é empregado em locais íngremes.Trata-se de um
equipamento de baixo custo de aquisição e manutenção, mas sua produtividade é reduzida e
exige muito esforço dos trabalhadores da coleta. Em nossa realidade, este tipo de veículo é
substituído por caminhões cujas carrocerias são de madeira.
A manutenção dos veículos coletores deverá ser constante, garantindo o bom
funcionamento da frota, e mantida as cargas sempre cobertas, não permitindo derramamento
de lixo ou chorume na via pública, protegendo, assim, a saúde publica e o meio ambiente;
bem como a liberação de odores e o atraso na coleta do lixo.
O produto da coleta precisa ser selecionado antes do encaminhamento à reciclagem.
Isso pressupõe a existência de um galpão de triagem composto por um conjunto de estruturas
físicas para a recepção, triagem de lixo, armazenamento de recicláveis e unidades de apoio
(escritório, almoxarifado, instalações sanitárias/vestiários, copa/cozinha, etc). A estrutura dos
galpões deve conter pátio pavimentado para carga e descarga do lixo coletado, com cobertura,
drenagem de águas pluviais e de efluentes. A altura da cobertura deve possibilitar a descarga
do lixo, inclusive o de caminhão-basculante. Os acessos até ao galpão devem ser no mínimo,
encascalhados, preferencialmente pavimentados, e permitir manobras do veículo coletor.
Alguns cuidados que deverão ser observados na operacionalização dos galpões
(PMGIRST, 2013):
143
1. Diariamente, fazer uso rigoroso de EPI‟s e EPC‟s, os funcionários devem
utilizar respirador individual, luvas, botas e aventais, e trocar os uniformes a
cada dois dias, ou antes, se necessário; receber exclusivamente o lixo
doméstico e comercial; retirar os materiais volumosos e promover o seu
acondicionamento adequado; cobrir com lona o lixo que eventualmente não
tenha sido processado no dia da coleta ; impedir a entrada de animais
domésticos no local; varrer a área após o encerramento das atividades; lavar
com detergente e desinfetante a área de recepção, o fosso de alimentação da
mesa de triagem.
2. Mensalmente, limpar os ralos e as canaletas de drenagem.
3. Semestral ou anualmente, devem-se repor os EPIs e uniformes, desinsetizar e
pintar o local de triagem.
Figura 12: Esquema de uma usina de triagem e compostagem
Fonte: RAMOS, 2011
Procedimentos operacionais após a descarga do lixo:
1. Pré-triagem – consiste na retirada dos volumes de médio ou grande porte
(móveis, papelões, sucatas, plásticos, vidros, etc.). A pré-triagem é
dispensável onde há coleta seletiva, pois aí a seleção é feita pelo próprio
gerador.
144
2. Triagem - consiste na separação manual dos diversos componentes do lixo
por meio de uma esteira de catação mecanizada, onde os resíduos são
divididos de acordo com a sua natureza (matéria orgânica, materiais
recicláveis, rejeitos e resíduos sólidos específicos). Nos municípios onde o
lixo é coletado misturado (bruto), o processo de triagem é complexo e
demorado. Após a retirada, na área de recepção dos resíduos maiores, como
sucatas de eletrodomésticos, utensílios plásticos, metais e papelões, os
menores deverão ser encaminhados à mesa de triagem. Esta mesa de triagem
deve ser de concreto ou metal, podendo ser mecanizada ou não, com altura de
90 cm. A mesa mecanizada facilita a triagem e diminui o tempo gasto nesta
etapa.
3. Armazenamento – o armazenamento deve ser feito em tambores metálicos ou
bombonas de plásticos, dispostos atrás da mesa de triagem ou nas suas
laterais.
A parte da coleta que não pode ser reaproveitada ou valorizada à falta de tecnologia,
conhecida como “rejeito”, e que corresponde de 20 a 25% do peso total coletado, deve ser
destinada a aterro sanitário. De acordo com a Associação de Normas Técnicas (1992), a NBR
8419 define aterro sanitário como a técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo,
sem causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais.
Este método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos a menor área
possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na
conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores se for necessário.
O chorume produzido nessas unidades constitui-se um dos principais desafios de sua
gestão. O chorume é um líquido poluente, de cor escura e odor nauseante, originado de
processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de resíduos orgânicos depositados
nos aterros. Esses processos, somados com a ação da água das chuvas, se encarregam de
lixiviar compostos orgânicos presentes nos lixões para o meio ambiente. Chorume também é
uma mistura de água e resíduos da decomposição do lixo. Pode infiltrar-se no solo dos lixões
e contaminar a água subterrânea. O chorume possui alta concentração de Demanda biológica
de oxigênio (DBO).
Para proteção do solo, deve ser instalado junto à célula do aterro um sistema de
impermeabilização, constituído de membranas de PEAD ou camadas de argila, seguido por
145
um sistema de drenagem e coleta do chorume, o qual conduzirá o líquido até o sistema de
tratamento.
Com relação à compostagem, esta é um processo biológico de decomposição da
matéria orgânica contida em restos de origem animal ou vegetal, cujo produto final é chamado
de composto. Este processo tem como resultado final um produto que pode ser aplicado ao
solo para melhorar suas características, sem causar danos ao meio ambiente. (LIMA)
As vantagens do processo de compostagem são:
Economia de aterro;
Aproveitamento agrícola da matéria orgânica;
Reciclagem de nutrientes para o solo;
Processo ambientalmente seguro; e
Eliminação de patógenos
As desvantagens do processo de compostagem são (SCHALCH apud LIMA):
Necessitam de um mercado para venda de seus produtos; e
Necessitam de outro sistema de disposição final, como os aterros sanitários.
O processo de compostagem ocorre por decomposição da matéria orgânica por
agentes biológicos e microbianos e para tal, precisam de condições físicas e químicas
adequadas para resultar um produto de boa qualidade.
Métodos de compostagem:
Natural
Os resíduos orgânicos são dispostos no pátio em pilhas de formas variadas e a
aeração necessária para o processo de decomposição é conseguida revolvendo-se
periodicamente as pilhas. Nesse processo o tempo de compostagem varia de 3 a 4 dias
Acelerado
A aeração é forçada por tubulações perfuradas que são colocadas por baixo das
pilhas, ou em reatores rotatórios, que contem os resíduos. Nesse processo o tempo de
compostagem varia de 2 a 3 dias.
146
Alguns fatores devem ser observados durante a compostagem, tais como:
Aeração – necessária para a atividade biológica, deve ser mantida em níveis
adequados para permitir uma decomposição mais rápida, sem odores ruins. A aeração é
função da granulometria (dimensão doa grãos da matéria em decomposição) e da umidade dos
resíduos.
Umidade – A umidade da matéria deve se manter em torno de 50%, umidades mais
elevadas prejudica o processo e ocorre anaerobiose, aumentando a produção de chorume,
favorecendo a putrefação do material; e umidade reduzida reduz a atividade biológica.
Geralmente ocorre a produção de rejeitos que devem ser peneirados e destinados ao
aterro sanitário. A parte orgânica deve ser incorporada ao material fresco nas novas leiras para
servir como inoculo acelerador do processo de compostagem.
O pátio de compostagem deve possuir piso pavimentado (concreto ou massa
asfáltica), preferencialmente impermeabilizado, possuir sistema de drenagem pluvial e
permitir a incidência solar em toda a área. As juntas de dilatação desse pátio necessitam de
rejunte em tempo integral.
Ainda com relação à unidade de compostagem, para fins de atender a meta de
reciclagem dos resíduos orgânicos no município de Barras - PI, deverá ser elaborado um
Plano Operacional da Compostagem especifico para o município. Tal plano conterá, entre
outras coisas, uma classificação dos grandes geradores de resíduos orgânicos existentes no
município (restaurantes, lanchonetes, supermercados, etc.); deverá ser feito uma listagem da
geração de cada dos grandes geradores e averiguação se seus resíduos são compatíveis com
técnicas de compostagem tradicionais; deverá ser verificada a localização dos grandes
geradores e uma avaliação de uma possível setorização desses para fins de definição do
campo de compostagem para esses geradores; além disso, deverão ser desenvolvidos
programas, projetos e ações necessários para a implantação e operacionalização da unidade,
dirigindo à obtenção de financiamentos, abarcando também idéias de educação ambiental e
habilitação dos agentes envolvidos; deverá haver uma definição de um método de
acompanhamento da unidade, com intuito de avaliar a eficácia de sua operação e ampliação.
O monitoramento da unidade abarca também um enquadramento quanto à
quantificação dos resíduos.
147
A implantação propriamente dita ocorrerá com:
Elaboração do projeto da unidade;
Realização das obras;
Aquisição de veículos e equipamentos;
Sensibilização e mobilização dos grandes geradores;
Capacitação de equipes e mão-de-obra;
Articulação com parcerias;
Operação da coleta diferenciada e;
Operação da (s) unidade (s).
Segundo a Lei 12305/2010, seu artigo 47, mostra que são proibidas as seguintes
formas de destinação ou disposição final de resíduos sólidos ou rejeitos:
a) Lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos;
b) Lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração;
c) Queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não
licenciados para essa finalidade;
d) Outras formas vedadas pelo poder público como: quando decretada emergência
sanitária, a queima de resíduos a céu aberto pode ser realizada, desde que
autorizada e acompanhada pelos órgãos competentes; ou quando for assegurada
a devida impermeabilização, as bacias de decantação de resíduos ou rejeitos
industriais ou de mineração, devidamente licenciadas pelos órgãos
competentes.
São proibidas, nas áreas de disposição final de resíduos ou rejeitos, as seguintes
atividades:
a) utilização dos rejeitos dispostos como alimentação;
b) catação, observado o disposto no inciso V do art. 17 (metas para a eliminação e
recuperação de lixões, associadas à inclusão social e à emancipação econômica
de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis);
c) criação de animais domésticos;
d) fixação de habitações temporárias ou permanentes;
e) outras atividades vedadas pelo poder público.
148
Em seu Art. 49, a lei 12305/2010, mostra que é proibida a importação de resíduos
sólidos perigosos e rejeitos, bem como de resíduos sólidos cujas características causem dano
ao meio ambiente, à saúde pública e animal e à sanidade vegetal, ainda que para tratamento,
reforma, reuso, reutilização ou recuperação.
RECICLÁVEIS
Reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os detritos e
reutilizá-los no ciclo de produção de que saíram. É o resultado de uma série de atividades,
pela qual, materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, coletados,
separados e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos
produtos.
A reciclagem no Brasil como solução para diminuição dos resíduos sólidos apresenta
muitos aspectos a serem melhor estudados e entendidos, no que diz respeito aos benefícios, e
quanto ao escoamento dos resíduos recicláveis no mercado. Sobre este é de se considerar que,
se todos os resíduos produzidos no Brasil fossem recuperados, não teríamos um parque
industrial para absorvê-lo. A lei 12.305/2010, disciplina que a reciclagem é um dos objetivos
da Política Nacional de Resíduos Sólidos, e a mesma lei reconhece os resíduos sólidos
reutilizáveis e recicláveis como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e
renda e promotor de cidadania.
TABELA 61: Principais materiais que podem ou não ser reciclados.
MATERIAL
PESO REATIVO NO
LIXO DOMICILIAR
BRASILEIRO
PRODUTOS
RECICLAVEIS REJEITOS
TAXA DE
RECICLAGEM
NO BRASIL (%)
Papel 25%
papel branco
papel misto
papelão jornais
revistas
impressos
carbono
celofane
plastificados
parafinados
metalizados
37
Metais 4%
latas de alumínio
e tampas
latas de aço
chapas de aço
embalagens de
aerosol
78
35
149
Vidro 3%
garrafas e copos
frascos , potes
cacos
cristal
espelho
lâmpadas*
louças
tubos de TV
40
Plástico 6 a 7%
garrafas frascos,
potes tampas
brinquedos, peças
sacos sacolas
isopor
espuma
acrílico
adesivos
fraldas
15
* Embora lâmpadas fluorescentes sejam rejeitos na maioria dos programas de coleta seletiva.
Fonte: LIMA
ORGÂNICOS
A Lei 12.305/2010 em seu Art. 9° decide que tão-somente poderão ser designados à
disposição final, os resíduos que não podem ser aproveitados de alguma forma. Com relação
dos resíduos orgânicos, existem fundamentalmente três tratamentos possíveis: a incineração, a
compostagem e a biodigestão. Existem também, outras tecnologias menos habituais na
atualidade, como por exemplo: a pirólise e algumas outras mais exóticas o que pode ser um
indicativo de pouca eficiência ou baixa viabilidade econômica.
Assim, temos no Brasil que mais da metade dos resíduos gerados não podem ter
como destinatário os aterros sanitários. As centrais tecnológicas para o tratamento de resíduos
orgânicos precisam ser construídas em todo território brasileiro e a demanda deve movimentar
um mercado bilionário nos próximos anos.
Citaremos a seguir algumas vantagens e desvantagens de cada um desses sistemas,
levando em conta os aspectos técnicos, econômicos e sociais de cada um deles.
Incinerador - A incineração consiste basicamente na queima dos resíduos. Na
queima é possível fazer o aproveitamento energético do processo. Para que isso seja
economicamente viável, é necessário ter uma quantidade mínima de resíduos a serem
incinerados. A composição química dos resíduos é também um fator de extrema importância.
O calor gerado na queima vem de uma reação química entre o oxigênio e a parte
orgânica dos resíduos. Para que isso ocorra, é necessário que haja água nos resíduos. Por isso
150
que nas usinas de queima de lixo, existe uma chama alimentada por gás natural ou outro
combustível. Essa chama evapora a primeira quantidade de água dos resíduos e a queima da
matéria orgânica libera mais calor para evaporar os restante da água. Depois que toda a água
foi evaporada, o calor excedente é direcionado as caldeiras onde é gerado o vapor que vai
alimentar as turbinas e finalmente em um gerador elétrico, “gerar” a energia elétrica. Portanto,
quanto mais água houver nos resíduos, menos energia elétrica poderá ser gerada.
Os resíduos mais indicados para esse processo são os orgânicos secos como os
derivados de madeira e recicláveis como plástico.
A existência de uma grande quantidade de incineradores no mundo se dá pelo fato de
quando esta forma construída em meados dos anos 60, eram a tecnologia mais inovadora
daquele momento e ambientalmente mais correta. Hoje com o avanço da reciclagem, os
projetos de incineradores estão ficando cada vez mais inviáveis.
Segundo a ordem de prioridade no gerenciamento de resíduos estabelecida pela Lei
12.305/2010, o que puder ser reciclado, não deverá sofrer tratamento, desta forma, restam
para os incineradores (por lei) somente os orgânicos com maior umidade. Estes por sua vez,
inviabilizam economicamente o projeto.
No aspecto social, os incineradores não precisam do trabalho dos catadores. A
implementação de incineradores como solução principal de tratamento de resíduos em
municípios brasileiros certamente significará o desemprego para a grande maioria dos
catadores do município em questão.
Compostagem - A compostagem é o processo que faz uso de um principio natural
de decomposição da matéria orgânica na presença de oxigênio. Neste processo, milhares de
bactérias atuam quebrando moléculas até transformá-las em gases (gás carbônico e água) e
minerais. O produto resultante deste processo é o composto orgânico, que pode ser usado para
a agricultura em escala ou doméstica.
A viabilidade econômica deste processo depende do modelo de negócio e da
estrutura das usinas de compostagem. Para ter um composto de qualidade, é preciso investir
em tecnologia, o que torna o empreendimento mais caro. Em um nível mais empresarial, a
geração de receita ocorre basicamente através da venda dos compostos, ou adubo orgânico.
Nem sempre essa venda justifica o investimento no projeto. Em muitos casos, o
151
empreendedor cobra uma taxa para tratar os resíduos em um valor tal, que viabilize
economicamente o empreendimento.
No aspecto social, existe aqui um grande potencial de se empregar vários catadores
que para isso, devem ser devidamente qualificados. Aqui vale o princípio de quanto mais
tecnologia houver no empreendimento, melhor a qualidade do composto e assim melhor o
valor agregado dos produtos, porém menor a taxa de emprego.
Biodigestor - Assim como a compostagem, a biodigestão é um processo natural de
decomposição da matéria orgânica, porem ocorre na ausência de oxigênio. Com isso, os gases
gerados são principalmente o gás carbônico e o metano, que possui um alto poder de
combustão podendo ser utilizado como combustível de automóveis, fonte de energia térmica
em processos industriais ou mesmo para “gerar” energia elétrica. Com as tecnologias atuais,
praticamente qualquer tipo de resíduo orgânicos pode ser tratado.
Existem diversas tecnologias de biodigestores. De uma forma bem geral, podemos
citar 2 técnicas:
Biodigestores sem automação e controle de processo (biodigestores indianos)
Pelo fato de não haver controle e automação, as bactérias responsáveis pela
decomposição e geração de metano sofrem as influencias externas de temperatura além de
outros processos internos e produzem metano de uma forma muito ineficiente.
Biodigestores com automação e controle de processo (biodigestores
convencionais alemães)
Seu objetivo principal é aumentar a eficiência do processo para gerar mais metano
com a menor quantidade de matéria orgânica possível e assim, fazer o empreendimento um
negócio altamente lucrativo. Esse aumento de eficiência depende de um estudo primário sobre
os tipos de matérias orgânicas e sua posterior adaptação da automação.
A viabilidade econômica dessas centrais se dá pela venda de biogás, biofertilizante,
créditos de carbono e a cobrança pelo tratamento dos resíduos orgânicos. Além disso, podem
ser oferecidos cursos de qualificação em biotecnologia, deste modo no aspecto social, os
biodigestores podem gerar milhares de empregos.
152
No aspecto ambiental, é atualmente a melhor solução tecnológica sendo inclusive
priorizado pelo Governo brasileiro quando comparado com a compostagem.
Segundo o Guia para a Elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos do Ministério do Meio Ambiente (MMA):
“Algumas novas tecnologias podem ser consideradas para a
destinação dos resíduos, respeitando-se as prioridades definidas na
Política Nacional de Resíduos Sólidos, em seu Art. 9º, em uma ordem
de precedência que deixou de ser voluntária e passou a ser
obrigatória. A biodigestão é uma tecnologia limpa, já com uso
significativo no tratamento do esgoto urbano no Brasil e uso
crescente no tratamento de resíduos sólidos de criadouros intensivos,
principalmente de suínos e bovinos. Pode ser utilizada como
alternativa de destinação de resíduos sólidos e redução de suas
emissões prejudiciais. O Decreto 7.404, regulamentador da Política
Nacional de Resíduos Sólidos, estabeleceu que, para esta nova
tecnologia, não será necessário aguardar regulamentação específica
dos ministérios envolvidos. ”
TABELA 62: Comparativo das Três Tecnologias Citadas
Fonte: PORTAL RESÍDUOS SOLIDOS, 2015
Fazendo uma contundente análise, baseando-se em aspectos tecnológicos,
ambientais, sociais e econômicos, conclui-se que a solução mais indicada para o tratamento de
resíduos sólidos orgânicos, sejam rurais ou urbanos, é a biodigestão. Em segundo lugar a
compostagem e em último a incineração.
153
4.3.2. Lâmpadas fluorescentes
A reciclagem de lâmpadas fluorescentes é a porta mais segura para tratar com
elementos químicos ameaçadores ali presentes, tal processo incide na separação dos
elementos e substâncias para que estes possam ser aproveitados como matéria prima na
produção de outros produtos. Não obstante de lâmpadas de LED e fluorescentes gastarem até
90% menos energia elétrica para gerar a mesma luminosidade, muitas ocasiões são produzidas
a partir de elementos tóxicos. Determinadas lâmpadas podem conter até 5 mg de mercúrio que
podem acarretar até demência a partir de uma certa quantidade. (PORTAL RESÍDUOS
SÓLIDOS, 2015).
Observa-se atualmente um incentivo maior, por parte do governo brasileiro, ao uso
de lâmpadas fluorescentes como forma de reduzir o consumo de energia, porém, com uma
ausência de planos para a destinação adequada das lâmpadas trocadas, o que é preocupante
sob o aspecto da preservação do meio ambiente e da saúde humana, pois a lâmpada
fluorescente é constituída por um tubo selado de vidro, em cujo interior encontram-se gás
argônio e vapor de mercúrio, o que remete a nossa especial atenção para o descarte dessas
lâmpadas, pois seu lançamento junto com o lixo comum é descartado no meio ambiente
podem contaminar o solo, o lençol freático, além do perigo de entrar na cadeia alimentar.
À falta de plano para destinar adequadamente essas lâmpadas fluorescentes
descartadas, observar o que dispõe o Art. 33, inciso V, da Lei 12.305/2010:
São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante
retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço
público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes de [. . .] lâmpadas fluorescentes, de
vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
Nessa política cabe aos revendedores a coleta e a destinação dos resíduos aos
fabricantes, para dar o tratamento e a destinação mais adequada; sem prejuízo da adoção dos
mesmos princípios das legislações existentes para pilhas e baterias (resolução 257 e 263 do
CONAMA) e/ou pneus (resolução 258 do CONAMA). O quadro adiante resume os
procedimentos a serem adotados com relação a pilhas e baterias.
154
TABELA 63: Resumo sobre pilhas e baterias
Classificação
Classe I – Perigosos (NBR 10.004/96)
Classe I – Perigosos (Resolução CONAMA 275 de
25/04/2001)
Armazenamento Armazenamento de resíduos (NBR 12.235/92)
Procedimento para resíduos Classe I
Transporte
Transporte de resíduos (NBR 13.221/94)
Procedimento NBR 7.500
Simbologia NBR 7.500
Destinação Reciclagem por empresas de recuperação de lâmpadas
fluorescentes
Fonte: ECOTÉCNICA (2008)
Atualmente existem outros tipos de tecnologias de reciclagem de lâmpadas. Todos
eles funcionam em um sistema de pressão negativa para garantir que não ocorram emissões de
gases tóxicos durante os processos. Citamos algumas das principais tecnologias: (PORTAL
RESÍDUOS SÓLIDOS, 2015)
O processo de separação centrífuga
Este método pode ser usado para a reciclagem de todos as lâmpadas que não
possuem forma de bastonete. Numa centrifugadora, as lâmpadas são inicialmente separadas
em duas frações: Vidro e metal ou plástico. Durante esta separação, a lâmpada é aspirada e
separados por meio de sistemas de filtração. A recuperação de restos de mercúrio acontece
através do aquecimento do vidro e do soquete. Os componentes de vidro são
subseqüentemente submetidos a um tratamento térmico para em seguida, devolvê-los ao ciclo
de produção. As peças de metal e plástico são trituradas em um triturador Shredder. As partes
que contenham metais ferrosos são retiradas por um separador magnético.
O processo de separação Kapp
Este processo é indicado para lâmpadas em formato de bastonete. Em um primeiro
momento, as lâmpadas são separadas a mão. Os tipos de substancias utilizadas para a
155
iluminação são reconhecidos em um sistema automático e selecionados para tratamento e
posterior reutilização na fabricação de novas lâmpadas. As extremidades das lâmpadas são
removidas, e os componentes de metal e de vidro que contenham chumbo são recuperados.
Após isso, o material contendo mercúrio é succionado restando somente o metal e o vidro que
são triturados e separados através do uso de um selecionador de metais.
O processo de lavagem de vidros quebrados
Com este processo é possível reciclar qualquer tipo de lâmpada independente do
tamanho e do tipo. Até mesmo lâmpadas quebradas podem ser inseridas no sistema. Após a
quebra das lâmpadas, os metais ferrosos são extraídos com o uso de um separador magnético.
Após isso, o material restante cai em uma esteira vibratória com função de filtragem onde os
materiais contendo fósforo e mercúrio são separados dos cacos de vidro. Após um processo de
sedimentação e destilação é possível separar o mercúrio do fósforo. O mercúrio é recuperado
com um grau de pureza de até 99,9% e pode ser utilizado por exemplo na industria química. O
restante dos materiais pode ser utilizado como matéria prima para a fabricação de novas
lâmpadas.
O processo Shredder
Este método também é indicado para todos os tipos de lâmpadas, desde lâmpadas
quebradas até mesmo resíduos de produção. Este processo acontece em três etapas. Na
primeira etapa as lâmpadas são trituradas e separadas em função do tamanho das frações. A
fração maior contem as extremidades ou bases das lâmpadas, a média contem vidros e
plásticos com frações de cerca de 5 mm. Pó de fósforo e vidro são encontrados na fração mais
fina.
Extração do mercúrio
O mercúrio pode ser separação do fósforo em processos de sedimentação seguidos de
destilação ou mesmo através do processo de reportagem, onde o material é aquecido até a
vaporização do mercúrio (temperaturas acima do ponto de ebulição do mercúrio, 357° C). O
material vaporizado a partir desse processo é condensado e coletado em recipientes especiais
ou decantadores. O mercúrio assim obtido pode passar por nova destilação para se removerem
impurezas. Emissões fugitivas durante esse processo podem ser evitadas usando-se um
sistema de operação sob pressão negativa.
156
4.3.3. Resíduos da construção civil
A gestão e manejo de resíduos da construção e demolição estão disciplinados, desde
2002, pela Resolução 307 do CONAMA. As legislações recentes, que regram o saneamento
básico e definem a política nacional para os resíduos sólidos incorporam as diretrizes gerais
desta resolução e posicionam suas definições no arcabouço regratório do saneamento e gestão
do conjunto dos resíduos.
A perda de materiais na construção civil no Brasil está acima da media mundial que é
de 10%, variando entre 20 e 30% (CONSTRUÇÃO, 1996 apud LIMA). Para que esses
resíduos sejam reduzidos nas fontes geradoras é necessário um projeto adequado, um plano de
construção que aperfeiçoe o consumo de materiais e, ainda, um esforço de supervisão de todas
as atividades que permita a diminuição de quebras de alvenarias, desperdício de madeiras,
etc., e um plano de demolição que permita a recuperação de peças para reuso.
A Resolução de número 307, de 5 de julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio
Ambiente – CONAMA estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos
resíduos da construção civil, disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os
impactos ambientais.
A Classificação dos Resíduos da Construção Civil no Brasil se dá através da
Resolução de número 307 da seguinte forma:
Resolução CONAMA 307 Art. 3°: Os resíduos da construção civil deverão ser
classificados, para efeito desta Resolução, da seguinte forma:
I. Classe A – são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de
infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos
(tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto
(blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
157
II. Classe B – são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:
plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso;
III. Classe C – são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou
recuperação;
IV. Classe D – são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como
tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde
oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações
industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham
amianto ou outros produtos nocivos à saúde.
4.3.4. Pneus
Os pneus não são coletados como lixo pelos sistemas municipais de limpeza pública
e quando são encaminhados a aterro, podem acumular gases no seu interior, gerando riscos de
explosão, e abrigar mosquitos transmissores da dengue e febre amarela.
Os números do descarte de pneus no Brasil são impressionantes. Considere que a
vida útil de um veículo automotivo pode ser medida em km. Em países desenvolvidos, a vida
útil de um automóvel pequeno chega a 350 mil km. Em outros países a vida útil vai até o
limite máximo que o veículo possa aguentar, algumas vezes ultrapassando valores de 450 mil
km. Em média, a cada 40 mil km rodados um veículo precisa trocar seus 4 pneus. Isso
significa que se tomarmos um veículo que tenha uma vida útil de 400 mil km, este irá
aumentar o número de pneus velhos em um país em 40 pneus.
No Brasil, segundo dados do DENATRAN, em dezembro de 2013 o Brasil possuía
uma frota total de veículos, incluindo automóveis, motocicletas, caminhonetas, utilitários,
micro-ônibus, tratores, de 81.600.729 unidades, com o que se conclui por uma produção anual
de pneus velhos de mais de 160 milhões de pneus velhos todo ano, quantidade que só tende a
aumentar. (MACHADO, 2013).
Esse número impressionante gera uma preocupação muito grande, para os gestores
públicos, tendo levado os legisladores a incluir a indústria de pneus no programa obrigatório
de implantação da Logística Reversa em acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(Lei 12.305/2010 Art. 33° Inciso III). Por outro lado, a boa notícia é que com tecnologias
158
modernas, quase 100% de um pneu pode ser reciclado e dessa forma colocar pneus em aterros
sanitários ou incinerá-los é um desperdício de matéria prima e contribui para desmatamentos e
extração de ferro, na medida em que a fabricação de pneus precisa desses componentes.
(MACHADO, 2013).
Para fazer frente à disposição inadequada, alguns programas de coleta seletiva já
abrangem pneus que são encaminhados para recauchutagem.
4.3.5. Resíduos de serviços de saúde
Resíduos de Saúde (RS) são os resíduos gerados em hospitais, clínicas, laboratórios,
consultórios odontológicos e veterinários, farmácia e postos de saúde. A produção desse
resíduo (2 a 4,5Kg/leito x dia), por sua periculosidade potencial, exige um correto
gerenciamento para garantir a qualidade da saúde pública, a preservação do meio ambiente e
as condições de segurança ocupacional.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do
Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), da totalidade de Resíduos de Serviços de Saúde
que são gerados no país, somente 27,7% são encaminhados para os Aterros Sanitários, sendo
que na maioria dos municípios são encaminhados para lixões e, em alguns casos, para valas
especiais, o que pode acarretar infecção hospitalar e até a geração de epidemias ou mesmo
endemias devido a contaminações do lençol freático.
A lei 12.305/2010, que dispõe sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS), estabelece metas importantes, como o fechamento dos lixões e a responsabilidade
pela correta destinação final dos RSS, que compete aos serviços que geram esse tipo de
resíduo. A RDC nº 306/2004, dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento dos
RSS, todo gerador deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de
Saúde (PGRSS), baseado nas características dos resíduos gerados e compatível com as
normas legais relativas à coleta, ao transporte e a disposição final, estabelecidas pelos
órgãos responsáveis por cada uma destas etapas. Esse documento deverá ser elaborado
por todos os estabelecimentos que prestam serviços relacionados com o atendimento a saúde
humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo,
laboratórios analíticos de produtos de saúde, necrotérios, entre outros similares.
159
4.4. Critérios para pontos de apoio ao sistema de limpeza nos diversos setores da área de
planejamento (apoio à guarnição, centros de coleta voluntária, mensagens educativas
para a área de planejamento em geral e para a população específica).
Para usar pontos de apoio serão levados em conta alguns critérios como:
Fluxo de passagem diária de pessoas;
Boa visualização do material de educação ambiental;
Abrangência do maior número possível de pessoas;
Local com pessoas instruídas a ajudar em caso de duvidas das pessoas;
Pontos estratégicos localizados aleatoriamente dentro do município;
4.5. Descrição das formas e dos limites da participação do poder público local na coleta
seletiva e na logística reversa, respeitado o disposto no art..33, da Lei 12.305/2010, e
de outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos
produtos.
A definição das formas e dos limites da participação do poder público na coleta
seletiva elogística reversa deve ser orientada pelo disposto no art. 33° da Lei 12.305/2010 e de
outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.
A coleta seletiva deverá ser implementada mediante a separação prévia dos resíduos
sólidos (nos locais onde são gerados), conforme sua constituição ou composição (úmidos,
secos, industriais, da saúde, da construção civil, etc.). A implantação do sistema de coleta
seletiva é instrumento essencial para se atingir a meta de disposição final ambientalmente
adequada dos diversos tipos de rejeitos. (MMA, 2012)
A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos é um conjunto de
atribuições individualizadas e encadeadas que cabe aos fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes, aos consumidores e aos titulares dos serviços públicos de
limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, com o objetivo de minimizar o volume de
resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde
160
humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, conforme orienta
o disposto no inciso XVII do artigo 3º da Lei n. 12.305/2010.
Na mesma vertente da Lei citada acima, o Decreto n° 7.404/2010, em seu artigo 5º,
disciplina que os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e
titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos são
responsáveis pelo ciclo de vida dos produtos.
A regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos dada no Decreto
7.404/2010 institui que a implantação da coleta seletiva é instrumento essencial para a
disposição ambientalmente adequada dos rejeitos, e deve ser implantada pelos titulares dos
serviços públicos de limpeza e manejo dos resíduos sólidos, estabelecendo, no mínimo, a
separação prévia dos resíduos secos e úmidos. Para ajudar nesse trabalho, mesma legislação,
impôs a obrigação aos consumidores de acondicionar adequadamente e de forma diferenciada
os resíduos sólidos gerados e disponibilizar adequadamente os resíduos sólidos reutilizáveis e
recicláveis para coleta ou devolução. Ao mesmo tempo, o poder público municipal poderá
instituir incentivos econômicos aos consumidores que participam do sistema de coleta
seletiva, além de estabelecer em suas áreas de abrangência as formas adequadas de
acondicionamento, segregação e disponibilização para a coleta seletiva dos resíduos, sendo os
geradores responsáveis pelo cumprimento das normas, conforme prevê o parágrafo único do
artigo 35 da citada Lei.
Relativamente à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos,
cabe ao município de Barras-PI, titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo
de resíduos sólidos, adotar os seguintes procedimentos (art. 36 da Lei 12.305/2010):
Priorizar a organização e o funcionamento de cooperativas ou de outras
formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis;
Adotar procedimentos para reaproveitar os resíduos sólidos reutilizáveis e
recicláveis oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de
resíduos sólidos;
Estabelecer sistema de coleta seletiva;
Articular com os agentes econômicos e sociais medidas para viabilizar o
retorno ao ciclo produtivo dos resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis
oriundos dos serviços de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos;
161
Realizar as atividades definidas por acordo setorial ou termo de compromisso
na forma do § 7o do art. 33, mediante a devida remuneração pelo setor
empresarial;
Implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articular
com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto
produzido;
Dar disposição final ambientalmente adequada aos resíduos e rejeitos
oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos.
Quanto a logística reversa, que esta dentro do conceito de responsabilidade
compartilhada,o art. 33 da Lei nº 12.305/10 aponta que os fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, seus
resíduos e embalagens, lâmpadas fluorescentes, produtos eletroeletrônicos são obrigados a
implementar sistemas de logística reversa de forma independente do serviço público de
limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos.
O Poder Público, através dos instrumentos de implementação e operacionalização da
logística reversa, descritos no Decreto 7.404, pode intervir e reforçar a implantação do
sistema de logística reversa, sob a idéia principal de responsabilidade compartilhada, pelo
recolhimento dos resíduos sólidos entre o município, o fabricante, o importador, o
distribuidor, e até mesmo o consumidor. Os 3 instrumentos da logística reversa com
participação do Poder Público, são os seguintes: acordos setoriais, regulamentos expedidos
pelo Poder Público e termos de compromisso.
Acordo setorial, segundo art. 19 do Decreto 7.404, são atos de natureza contratual,
firmados entre o Poder Público e os fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes,
visando à implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto,para
cuja efetivação deve haver um processo de negociação entre o Poder Público e os particulares,
o que pode ser iniciado por meio de editais de chamamento publicados pelo Ministério do
Meio Ambiente, com o conteúdo mínimo descrito no decreto acima.
Quando não houver acordo setorial e nem regulamento, podem ser firmados termos
de compromisso prevendo a utilização de determinados sistemas de logística reversa para um
determinado setor. Consiste em estipular diretamente os fabricantes, fornecedores,
162
importadores e/ou distribuidores, comprometendo os particulares a implantar alguma forma
de recolhimento dos produtos depois de utilizados pelo consumidor.
4.6. Programas, Projetos e Ações
Apresentamos adiante quadro-resumo dos programas, projetos e ações a serem
implementados para a consecução dos objetivos do eixo do plano gestão de resíduos sólidos.
Quadro 18: Programas, projetos e ações de resíduos sólidos
163
Programas Projetos e Ações
Custo
estimado
(R$)
Prazo Prioridade
%
Existente
hoje
%
Curto
Prazo
%
Médio
Prazo
%
Longo
Prazo
RESPONSABILIDADES
Execução Acompanhamento
Programa de
Universalização e
Melhoria dos
Serviços
Plano de coleta domiciliar
de resíduos sólidos:
Universalizar o serviço, com a
construção do plano de coleta.
100.000,00 Curto prazo Alta 90 100 100 100 Prefeitura Prefeitura
Implantação de locais de
entrega voluntária – LEV´s:
Implantar LEV´s, dispostos
pelos bairros da cidade e zona
urbana.
132.000,00 Médio prazo Alta 0 50 100 100 Prefeitura Prefeitura
Serviços de varrição, capina,
poda e limpeza de feiras e
eventos
Programar e executar a
implantação e expansão dos
serviços.
300.000,00 Médio prazo Alta 0 50 100 100 Prefeitura Prefeitura
Atendimento a zona rural: 300.000,00 Médio prazo Alta 0 50 100 100 Prefeitura Prefeitura
164
Estudo para atender a área
rural do município com a
coleta de resíduos sólidos
Normatizar o
acondicionamento dos
resíduos sólidos urbanos:
Estabelecer na legislação
municipal a forma adequada
de acondicionamento dos
resíduos sólidos
- Curto prazo Alta 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura
Implantação de coletores de
resíduos sólidos:
Implantar coletores de
resíduos sólidos nas vias de
maior circulação de
transeuntes e pontos de grande
fluxo de pessoas
36.000,00 Curto prazo Média 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura
Sistema de gestão
consorciada:
Promover estudo para a
implantação do sistema de
gestão consorciada de
resíduos sólidos
80.000,00 Curto prazo Média 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura
165
Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos (PGRS):
Elaborar e implantar os Planos
de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos por parte de
todos os geradores obrigados
legalmente a possuir tal
instrumento de gestão
350.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura
Programa de
Melhorias
Operacionais e
Qualidade dos
Serviços
Unidade de triagem e
compostagem:
Implantação de uma unidade
de triagem e compostagem
500.000,00 Médio prazo Média 0 80 100 100 Prefeitura Prefeitura
Disposição final
ambientalmente adequada:
Implantação de aterro
sanitário consorciado ou
municipal, com no mínimo 30
anos de vida útil, com
equipamentos.
1.500.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura
166
Destinação dos Resíduos da
Construção Civil e
Demolições:
Elaborar Plano Municipal de
Gerenciamento de Resíduos
da Construção Civil e
Demolição.
150.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Prefeitura e
empresas
privadas
Prefeitura
Destinação dos Resíduos dos
Serviços de Saúde
Elaborar Plano Municipal de
Gerenciamento dos resíduos
de serviços de Saúde
150.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Prefeitura e
empresas
privadas
Prefeitura
Redução, reutilização e
reciclagem:
Elaborar projeto executivo de
coleta seletiva;
Implantar a logística reversa
no município.
280.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura
Capacitação técnica:
Identificar e cadastrar os
grupos interessados no
gerenciamento dos resíduos
sólidos; fomentar a criação
330.000,00 Médio prazo Média 0 75 100 100 Prefeitura Prefeitura
167
e/ou reorganização de
cooperativas e associações de
catadores e de pessoas de
baixa renda; realizar cursos de
capacitação para os grupos
interessados;
Educação Ambiental na
Gestão e Gerenciamento de
Resíduos Sólidos:
Elaborar Plano de Educação
Ambiental aplicável ao
manejo de resíduos sólidos;
criar legislação específica para
a promoção da educação
ambiental;
Realizar campanhas
educativas envolvendo todas
as Secretarias Municipais e
também setores
representativos da
comunidade.
230.000,00 Médio prazo Média 0 70 100 100 Prefeitura Prefeitura
168
4.7. Estimativa de Investimentos
Exibimos adiante quadro-resumo dos investimentos a serem realizados,
demonstrando ainda as fontes dos recursos, o responsável pela execução e as parcerias que
podem vir a existir.
Quadro 19: Programas, projetos e ações de resíduos sólidos
169
PROGRAMA AÇÕES CUSTO ESTIMADO DA AÇÃO FONTE DE
FINANCIAMENTO
META DE
EXECUÇÃO
DA AÇÃO
META DE
EXECUÇÃO DO
PROGRAMA
RESPONSÁVEL
PELA
EXECUÇÃO DO
PROGRAMA
PARCERIAS
PROGRAMA DE
UNIVERSALIZAÇÃO
DOS SERVIÇOS
Universalizar o
serviço, apartir da
construção do plano
de coleta.
1 vg. R$
100.000,00 R$
100.000,00
FUNASA/Caixa
Economica
Federal(CEF) e
Parcerias
Curto Prazo
Medio Prazo Administracao
Municipal
Empresas
Privadas,
Grandes
Geradores,
Universidades.
Instalar locais de
Entrega Voluntária
de resíduos
recicláveis (LEV‟s)
a cada 2.000
habitantes tanto
zona urbana como
zona rural
24 und R$
5.500,00 R$
132.000,00 Medio Prazo
Programar e
executar a
implantação e
expansão dos
serviços.
1 vg. R$
300.000,00 R$
300.000,00 Medio Prazo
Estudo para atender
a área rural do
município com a
coleta de resíduos
sólidos
1 vg. R$
20.000,00 R$
20.000,00 Curto Prazo
Estabelecer na
legislação
municipal a forma
adequada de
acondicionamento
dos resíduos sólidos
1 vg. - #VALOR! Curto Prazo
Implantar coletores
de resíduos sólidos
nas vias de maior
circulação de
transeuntes e pontos
de grande fluxo de
300 und R$
250,00 R$
75.000,00 Curto Prazo
170
pessoas
Promover estudo
para a implantação
do sistema de
gestão consorciada
de resíduos sólidos
1 vg. R$
50.000,00 R$
50.000,00 Curto Prazo
PROGRAMA DE
MELHORIAS
OPERACIONAIS E
QUALIDADE DOS
SERVIÇOS
Implantação de uma
unidade de triagem
e compostagem
1 vg. R$
900.000,00 R$
900.000,00
FUNASA/Caixa
Economica
Federal(CEF) e
Parcerias
Curto Prazo
Medio Prazo Administracao
Municipal
Empresas
Privadas,
Grandes
Geradores,
Universidades,
Escolas.
Elaboracao de
projeto executivo
de aterro sanitário
consorciado ou
municipal, com no
mínimo 30 anos de
vida útil.
1 vg. R$
2.000.000,00 R$
2.000.000,00 Curto Prazo
Elaboracao do
Plano Municipal de
Gerenciamento de
Resíduos da
Construção Civil e
Demolição.
1 vg. R$
50.000,00 R$
50.000,00 Curto Prazo
Elaboracao do
Plano Municipal de
Gerenciamento dos
resíduos de serviços
de Saúde
1 vg. R$
50.000,00 R$
50.000,00 Curto Prazo
Identificar e
cadastrar os grupos
interessados no
gerenciamento dos
resíduos sólidos;
fomentar a criação
e/ou reorganização
de cooperativas e
associações de
catadores e de
1 vg. R$
130.000,00 R$
130.000,00 Medio Prazo
171
pessoas de baixa
renda; realizar
cursos de
capacitação para os
grupos interessados
Elaborar Plano de
Educação
Ambiental aplicável
ao manejo de
resíduos sólidos;
criar legislação
específica para a
promoção da
educação
ambiental; realizar
campanhas
educativas;
envolver todas as
Secretarias
Municipais e
também setores
representativos da
comunidade.
1 vg. R$
130.000,00 R$
130.000,00 Curto Prazo
SOMA R$
2.360.000,00
172
5. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E
MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
O sistema de drenagem deve ser entendido como o conjunto da infraestrutura
existente em uma cidade para realizar a coleta, o transporte e o lançamento final das águas
superficiais. Inclui ainda a hidrografia e os talvegues. É constituído por uma série de medidas
que visam a minimizar os riscos a que estão expostas as populações, diminuindo os prejuízos
causados pelas inundações e possibilitando o desenvolvimento urbano de forma harmônica,
articulada e ambientalmente sustentável. (FEAM, 2006).
Os sistemas de drenagem urbana objetivam prevenir inundações, em áreas baixas das
comunidades e margens dos cursos d‟água. Como todo curso d‟água tem sua área de
inundação, este fenômeno constitui-se um problema quando as inundações ocupam áreas
marginais habitadas pelo homem.
Atualmente, os sistemas de drenagem urbana apontam para a preservação dos cursos
d‟água, sua despoluição e a manutenção das várzeas de inundação, de forma que não sejam
necessárias obras estruturantes, reduzindo-se custos de implantação e problemas provocados
pelas mesmas, tirando proveito de seu potencial urbanístico como áreas verdes e parques
lineares.
O município de Barras não possui sistema de drenagem urbana, nem projeto em
andamento, tanto na macrodrenagem como na microdrenagem. À medida que o desenvolvimento
do espaço urbano não é planejado e ocorre de maneira desordenada, acarreta a ocorrência de
inundações. Houveram ocorrências de inundações/enchente em 2009 e no município existem pontos
de alagamento nas épocas de chuva. Entre outros fatores agravantes está a ocupação intensa e
desordenada do solo, a existência de interferência física no precário sistema de drenagem e o
lançamento inadequado de resíduos sólidos
As intervenções urbanas não obedecem ao regulamento inserto na Lei Federal nº 6.766/79 –
Lei do parcelamento do Solo, o que demonstra total desconhecimento do regulamento; e sem projeto
de drenagem, no município a macro e microdrenagem presente na zona urbana consiste na rede de
meios-fios e poucos metros de galerias na zona central da cidade, que, sem manutenção e limpeza de
bocas-de-lobo, representam um caos em várias áreas da cidade em épocas de chuvas, como mostram
as fotos adiante. A macrodrenagem é representada pelo Riachinho, que corta a zona central da
cidade, e poucos fundos de vales, alguns em fase de impermeabilização por construções
173
desordenadas, e que drenam para o rio Marataoan. Ver fotos abaixo.
Construção em área de drenagem
Drenagem na rua Segismundo (bairro floresta)
O órgão responsável por ações emergenciais de controle de enchentes e desastres naturais
é a Secretaria Municipal de Defesa Civil, cujas atribuições estão exaradas na Lei Municipal Nº620,
de 28 de maio de 2013, com cópia em anexo.
O município não observa a obrigação legal da construção de microdrenagem nos
loteamentos produzidos na cidade.
Os problemas abaixo resenhados ocorrem em épocas de chuva.
1. Alagamentos: Rua Gervásio Pires – Boa Vista e Pequizeiro; Balão da Rodoviária; Rua
Carvalho Filho; Rua Manoel Carvalho; Balão da Zuleide; Rua Marechal Pires Ferreira,
Rua 10 de Novembro e Fco. De Paula e Silva, no Corujal; e Gervásio Pires – Centro.
2. Transbordamentos: Riachinho e São Cristovão.
174
A capacidade limite foi estabelecida com base no mapa da cidade disponível, que
mostra o rio Marataoan como principal ponto de drenagem das águas pluviais precipitadas na
zona urbana de Barras.
Apresentamos a tabela de vazão de pico da bacia, obtida a partir de dados
pluviométricos 2009 e 2014, aplicando a metodologia de I PAI WU.
Tabela 64: Precipitação pluviométrica 2009
ANO 2009
Mês Precipitação (mm) Vazão de Pico ‘Q’ (m³/s)
Janeiro 150,8 17,85
Fevereiro 381,8 45,20
Março 436,2 51,64
Abril 592,7 70,17
Maio 767,2 90,83
Junho 27,4 3,24
Julho 4,8 0,57
Agosto 16,2 1,92
Setembro 0 0,00
Outubro 15,2 1,80
Novembro 2,4 0,28
Dezembro 57 6,75
Média Anual 204,31 24,19
Tabela 65: Precipitação pluviométrica 2014
ANO 2014
Mês Precipitação (mm) Vazão de Pico ‘Q’ (m³/s)
Janeiro 184,6 21,85
Fevereiro 226,6 26,83
175
Março 246 29,12
Abril 206,8 24,48
Maio 210,4 24,91
Junho 23,8 2,82
Julho 8 0,95
Agosto 0 0
Setembro 0 0
Outubro 0 0
Novembro 0 0
Dezembro 0 0
Média Anual 92,18 10,91
Com as vazões obtidas acima conclui-se que a área de drenagem da cidade – 35,66
Km2, suporta as vazões consideradas normais, enquanto, que em épocas de chuvas excessivas,
a exemplo de 2009, o limite da bacia extrapola, ocorrendo inundações.
176
Mapa 3: Área da bacia de contribuição da microdrenagem
„
O município não conta com um eficiente serviço de drenagem urbana. A visão sobre a situação
atual foi obtida a partir das reuniões nas comunidades, bem como através de pesquisa de campo levada a
efeito por funcionários da Prefeitura e membros da equipe técnica de elaboração do Plano, usando o
questionário produzido pela equipe técnica e aprovado pelos Comitês de Coordenação e Executivo,
Proposta de medidas mitigadoras para os principais impactos identificados
5.1. Medidas de Controle para Reduzir o Assoreamento de Cursos D‟água e de Bacias de
Detenção;
Qualquer planejamento deve ter a bacia hidrográfica como unidade de planejamento
(Lei Federal N0 9.433/97). Esta pode ser entendida como um conjunto de terras drenadas por
um rio principal e seus afluentes. A noção de bacia hidrográfica inclui naturalmente a
existência de cabeceiras ou nascentes, divisores d‟água, cursos d‟água principais, afluentes,
subafluentes, etc.
177
Nas bacias hidrográficas deve existir uma hierarquização na hidrografia local. O
conceito de bacia hidrográfica inclui, também, noção de dinamismo, devido às alterações que
ocorrem nas linhas divisórias de água sob o efeito dos agentes erosivos, alargando ou
diminuindo a área da bacia (FEAM, 2006).
O estudo da bacia contribuinte é feito para se conhecer o seguinte:
Forma geométrica, responsável pela individualização da bacia contribuinte;
Relevo, declividade do curso d‟água, declividade da bacia;
Geomorfologia, fornecendo uma visão estrutural da região, a forma do relevo
existente;
Geologia, com o objetivo principal de se conhecer a maior ou menor permeabilidade e
outras características do terreno.
Essas características influenciam as enchentes e as vazões de estiagem alimentadas
pelos próprios lençóis subterrâneos. As características geomorfológicas e geológicas
fornecem importantes elementos para o estudo da bacia, possibilitando a determinação da
parcela de chuva que escoa sobre a superfície do solo, a qual deve ser captada e conduzida ao
seu destino final pelas canalizações pluviais. Outras variáveis que influenciam o
comportamento das chuvas e da bacia são:
Cobertura vegetal - quando a cobertura é densa, como nas matas e gramados, tende a
favorecer a infiltração rápida, protegendo o solo contra as erosões. O efeito da
cobertura do solo pode ser até mais importante que o tipo de solo;
Uso da terra - o solo revestido de quadras habitadas, ruas, estradas consequência da
urbanização - acarreta a impermeabilização progressiva do terreno, reduzindo,
sensivelmente, a capacidade de infiltração do solo. Desse modo, deve-se estudar o
efeito produzido pela impermeabilização no aumento da parcela de escoamento
superficial.
Na situação de bacias parcialmente urbanizadas, deverão ser adotadas as seguintes
medidas de caráter preventivo e emergencial, uma vez que a ocupação começa a se consolidar
ao longo do curso d‟água. Assim, cabe ao município adotar as seguintes medidas (FEAM,
2006):
178
Estabelecer o zoneamento das áreas não ocupadas e adoção de medidas para
que não ocorram ocupações nas áreas de risco;
Preservar a faixa desprovida de edificações ao longo dos cursos d‟água;
Dotar a legislação municipal com instrumento eficaz que promova retenção e a
percolação no solo das águas pluviais no perímetro urbano; tais como valas de infiltração -
sistemas de drenos implantados paralelos às ruas, estradas, conjuntos habitacionais;
Implantar bacias de percolação;
Programar o reflorestamento para prevenir a erosão e o assoreamento do curso
d‟água;
Implantar programas de educação ambiental;
Implantar interceptores de esgotos viabilizando futuro tratamento.
Outras medidas conforme Barbosa (2006):
1. Científico-tecnológica: Implantação de programas de monitoramento
hidrossedimentológico e ambiental visando o melhor conhecimento dos processos
hidrológicos em meio urbano; desenvolvimento de estudos de viabilidade de
implantação de soluções alternativas; capacitação e treinamento dos quadros técnicos
municipais para as novas abordagens propostas;
2. Econômica: Disponibilização de investimentos para implantação de sistemas
adequados de coleta e tratamento de esgotos e lixo, bem como, manutenção dos
sistemas de drenagem urbana;
3. Político-Institucional: Compatibilização da Legislação para regulamentar o uso e
ocupação do solo com a adoção de medidas compensatórias no ciclo hidrológico;
4. Cultural e Educacional: Implementação de programas de treinamento formal e
formação continuada nas diferentes áreas relativas à gestão ambiental urbana;
implantação de programas de educação ambiental para a população em geral.
O sucesso desses procedimentos está atrelado à elaboração de um Plano Diretor de
Drenagem Urbana consistente e perfeitamente alinhado a planos de ocupação urbano, capaz
de integrar as diferentes percepções dos problemas, a fim de propor um ordenamento racional
e coerente das ações que se fazem necessárias.
É mister observar o que dispõe a lei N0 6.766/79, que dispõe sobre o parcelamento do
solo urbano, sendo seus principais dispositivos:
179
1. Não será permitido o parcelamento do solo:
i. Em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas às
providencias para assegurar o escoamento das águas;
ii. Em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde
pública, sem que sejam previamente saneados;
iii. Em terrenos com declividade igual ou superior a 30%, salvo se
atendidas as exigências específicas das autoridades competentes;
iv. Em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a
edificação.
2. Ao longo das águas correntes será obrigatória a reserva de uma faixa non
aedificandide 15m de cada lado, salvo outras exigências da legislação
específica; dentre outros.
5.2. medidas de Controle para Reduzir o Lançamento de Resíduos Sólidos nos Corpos
d‟água.
De acordo com a Resolução CONAMA n. 357, de 17 de março de 2005, a condição
de qualidade das águas é a “qualidade apresentada por um corpo d‟água, num determinado
momento, em termos dos usos possíveis com segurança adequada, frente às Classes de
Qualidade”, sendo que cada classe de qualidade representa um “conjunto de condições e
padrões de qualidade de água necessários ao atendimento dos usos preponderantes, atuais ou
futuros”.
A água é um recurso capital para a sobrevivência dos seres vivos. Não obstante
disso, ela não é ilimitada na natureza; apenas 0,7% de toda a água circulante é que constitui a
água doce disponível. Novamente, em termos de disponibilidades de água doce rotativa no
planeta, a envergadura dos aquíferos subterrâneos é cerca de 6.000 vezes maior do que as
reservas hídricas das mananciais de água corrente superficiais, apesar de estes últimos
costumarem ser normalmente mais utilizados pelo homem para fins de abastecimento público
(Ottoni, 2001).
Ainda segundo Ottoni (2001), o ser humano vem ocupando de forma cada vez mais
desarranjada as bacias hidrográficas no planeta, através de atividades nocivas como:
desmatamentos, queimadas, práticas agrícolas perniciosas, atividades extrativistas agressivas,
ocupações urbanas generalizadas gerando a impermeabilização dos solos, lançamento de
esgotos industriais e domésticos nos rios e lagos, etc. Todas essas ações impactantes ao meio
ambiente têm gerado uma deterioração da qualidade das águas naturais, com riscos de
180
propagação de doenças de propagação hídrica ao ser homem.
Essa situação preocupante pode ser revertida a partir do momento em que as atuações
de uso da água forem realizadas de forma harmônica com a natureza; a importância da
reciclagem dos resíduos produzidos deve ser levada em conta dentro dos processos de
tratamento dos esgotos sanitários e industriais, e saneamento dos resíduos sólidos; além disso,
podem ser aplicados outros tipos de medidas de cunho ecológico.
Diante desse contexto de importância da água, é imperioso levar em conta que o
metabolismo dos mananciais é dependente e regulado, em grande parte, por sua área de
drenagem, em especial por sua interface biogeoquímica terra-água. Dado a essa interface
muito dinâmica há um controle e influencia na maioria dos organismos, nutrientes, matéria e
energia dentro desses mananciais. Dessa forma os aglomerados urbanos próximos aos corpos
d‟água e as ocupações e usos da área de drenagem das bacias hidrográficas têm a
possibilidade de alterar a qualidade das águas. A falta de cuidado com o lançamento de
efluentes e outros vêm contribuindo para agravar a escassez de água, o que sugere urgentes
medidas de gerenciamento dos mananciais (Wetzel apud Pompeu, 2003).
O gerenciamento de resíduos nas áreas urbanas tem reflexos nos sistemas de
drenagem urbana, uma vez que a disposição irregular e a ausência de coleta adequada podem
provocar graves consequências, diretas e indiretas, à drenagem e à saúde pública em geral.
A ausência de gestão dos resíduos sólidos ou gestão inadequada deixam esses
produtos vulneráveis ao transporte pela corrente das chuvas para córregos, rios e bocas-de-
lobo, causando assoreamento de valas, canais, sistemas de microdrenagem, poluição,
disseminação de vetores de doenças tais como da dengue, etc. Todos esses problemas estão
ligados ao nível de educação e conscientização ambiental da população.
Desta forma é imperioso adotar as seguintes medidas: `
1. Criação de campanhas e programas de educação ambiental de abrangência
geral no município de forma a viabilizar a conscientização ambiental quanto
ao tema.
2. Implantar programas de planejamento e proteção dos recursos hídricos para
evitar deterioração na qualidade e quantidade desses recursos. Isto requer
181
uma forte cooperação com órgãos a nível governamental e
intergovernamental.
3. Ordenar as atuações dentro dos ecossistemas lacustres, integrando os fatores
socioeconômicos e ambientais, de tal forma que o desenvolvimento de
atividades como: indústrias, agricultura, florestas e piscicultura, etc.; todos
esses parâmetros devem ficar em harmonia uns com os outros. Esse programa
pode ser implantado conjuntamente com um programa de controle da erosão,
reflorestamento, controle de enchentes e conservação da água.
4. Realização o tratamento dos resíduos domésticos e industriais que geram
poluição hídrica;
5. Adotar a reciclagem e reutilização dos refugos, com aproveitamento do lixo
orgânico na produção de adubo (compostagem) e de outros materiais como
vidros, metais, papéis, etc.;
6. Desenvolver mecanismos punitivos e, por consequência, educacional, os
quais viabilizem o poder de policiamento quanto a essas ações que decorrem
de impactos socioambientais a toda a cidade.
7. Criar legislações municipais específicas que norteiem a destinação adequada
de todos os tipos de resíduos.
8. Implantação de políticas públicas para subsidiar a fiscalização quanto ao
manejo de resíduos gerados pela população, comércio e indústrias existentes
no município;
9. Dotar as secretarias municipais ligadas ao planejamento, meio ambiente e
agricultura; de condições necessárias à fiscalização no lançamento indevido
de resíduos, nas áreas de drenagem e sistemas de esgoto.
5.3. Diretrizes para o Controle de Escoamentos na Fonte
Os sistemas alternativos de drenagem incluem as técnicas utilizadas para minimizar
os impactos causados pela urbanização no ciclo hidrológico natural. No ambiente natural,
parte da água infiltra-se no solo ou passa pela evapotranspiração das plantas e o excedente
182
escoa para os rios e lagos. No entanto, o crescimento urbano faz com que surjam áreas
impermeáveis, de forma que o escoamento se torna mais volumoso e com maior velocidade.
Sistemas de drenagem convencionais buscam a remoção rápida da água para fora do meio
urbano. Apesar disso, muitas vezes não são capazes de suportar o volume escoado, o que
causa enchentes.
Sistemas alternativos de drenagem buscam reproduzir ao máximo as condições
naturais do ciclo hidrológico, através da retenção e infiltração da água do solo. Estas técnicas
podem ser aplicadas localmente, através de estruturas de armazenamento, reaproveitamento
da água da chuva e criação de áreas permeáveis nos lotes. No ambiente urbano, estruturas
maiores que permitam armazenar o volume temporariamente ou promovam a infiltração no
solo são também importantes para reduzir a vazão total, a velocidade do escoamento e o
transporte de sedimentos. Estas estruturas são em geral facilmente integradas à paisagem
urbana.
Existem inúmeros procedimentos que beneficiam a manutenção das condições
naturais de escoamento das águas superficiais, que incluem retenção ou infiltração dá água no
solo. As estratégias para a implantação de sistemas alternativos de drenagem devem ser
adotadas em conjunto para resultar maior eficiência. Para isso, devem-se considerar as
condições locais de permeabilidade do solo e suas características topográficas. Sua aplicação
deve estar em harmonia com as condições locais, inclusive aliadas às redes de drenagem
convencionais de forma a promover a redução e retardamento dos escoamentos.
A seguir as principais diretrizes para o controle de escoamentos na fonte priorizando
soluções que favoreçam o armazenamento, a infiltração e a percolação, ou a jusante,
adotando-se bacias de detenção.Estas medidas e tecnologias deverão integrar de forma
harmoniosa o sistema existente no município com as novas soluções:
a) Incentivar a utilização de reservatórios para acumulação e infiltração de
águas de chuva em prédios, empreendimentos comerciais, industriais,
esportivos, de lazer, inclusive complementando a legislação municipal sobre
a matéria;
183
b) Reflorestar o maior número de áreas possíveis (áreas verdes, canteiros
verdes, parques lineares etc.), de forma a ocupar todos os espaços públicos e
privados livres da cidade;
c) Determinar por lei a implantação de calçadas, sarjetas permeáveis, além de
pátios e estacionamentos drenantes;
d) Implantar valetas, trincheiras e poços drenantes;
Algumas medidas de acumulação e infiltração de águas pluviais
Os ciclos climáticos e o aquecimento global interferem no equilíbrio solo-atmosfera
e, por consequência, afetam a taxa de infiltração e o equilíbrio ambiental. A ocupação
desordenada do solo assim como o seu uso inapropriado contribuem para reduzir a taxa de
infiltração. As consequências são, por um lado,alagamentos, inundações e erosões e, por outro
lado, a falta de alimentação do lençol freático e a alteração do ciclo das águas, que acabam
propiciando longos períodos de estiagem. Essas praticas contrariam o inciso III do artigo 1º,
o caput do artigo 5º e o caput do artigo 225 da Constituição Federal e o artigo 2º da Lei
6.938/1981 que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. Ainda por força do
artigo 225 da Constituição Federal, cabem destacar que é dever do Poder Público e da
coletividade a defesa e a preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado para as
presentes e para as futuras gerações.
A Lei 11.445/2007 considera, no artigo 3º, a drenagem e o manejo das águas pluviais
urbanas como saneamento básico. Embora a cobrança por meio de impostos, inclusive taxas,
dos serviços de manejo das águas pluviais tenha previsão legal (inciso III, art. 29 da Lei
11.445/2007), não constituem serviços públicos ações de saneamento executada por meio de
soluções individuais, bem como ações e serviços de saneamento básico de responsabilidade
privada. No caso de prestação de serviço público, o artigo 36 da mesma Lei prevê que a
cobrança deve levar em conta os percentuais de impermeabilização e a existência de
dispositivos de amortecimento ou de retenção da água de chuva, ou seja, considera-se o zelo
da população para com o meio ambiente.
Por outro lado, as leis citadas restringem a obrigatoriedade de armazenamento e
drenagem das águas pluviais nas construções com um mínimo de área construída ou de área
impermeabilizada, não dispensando a devida atenção às pequenas construções, que são quase
184
sempre as que mais deixam o solo impermeável, pois ocupam lotes de tamanho reduzido,
necessitando de uma intervenção do Poder Público para exigir que essas ocupações instalem
sistemas apropriados de armazenamento, drenagem e de uso das águas pluviais, inclusive
esclarecendo a população, através de programas de educação ambiental.
A água para consumo humano deve atender aos padrões de potabilidade
estabelecidos na Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde. Porém, critérios menos rigorosos
de qualidade da água são exigidos para usos domésticos, tais como descarga de bacias
sanitárias, limpeza de pisos e rega de jardins, neles se enquadrando a água de chuva. A norma
técnica NBR 15.527/2007 estabelece os padrões de qualidade para o uso restrito não potável
da água de chuva.
Para oferecer tutela jurídica ao meio ambiente, o direito busca responsabilizar os
agentes poluidores por seus atos de degradação da natureza. Na esfera civil, a
responsabilização do poluidor tem o intuito de prevenir a concretização de danos ao meio
ambiente e, não sendo possível, buscar a reparação e indenização pela degradação causada.
Quanto à drenagem urbana, nos danos ocasionados pelo excesso de escoamento
superficial da água da chuva por carência de infiltração, como é o caso das erosões e das
inundações, quando o ocupante de um determinado espaço público ou privado desrespeita o
coeficiente de ocupação do solo, impermeabilizando área maior que a permitida, ele está
atuando como um poluidor direto. Já a Administração Pública que deveria educar
ambientalmente a população e promover a fiscalização da ocupação e uso do solo, e não o faz,
deve ser responsabilizada como um poluidor indireto.
Dentro desse contexto, é interessante se ter presente que as águas pluviais são uma
alternativa viável de uso da água, considerando que não há cobrança pelo seu uso e não é
necessária permissão de órgãos públicos. A cultura de retenção de água da chuva para fins
não potáveis, tem se tornado outra ação eficaz sob o aspecto de aumento da disponibilidade
hídrica e procura pela sustentabilidade ambiental. Mostra-se uma alternativa tecnológica
socioambiental economicamente viável em praticamente todos os padrões residenciais.São
dispositivos que captam água da superfície, encaminham-na para algum tipo de tratamento (se
necessário), reservação e posterior uso, inclusive não potáveis, tais como a rega de jardins e
áreas verdes, lavagem de pisos, passeios e fachadas, ornamentação paisagística, descarga de
vasos sanitários, etc.
185
Para se fazer a captação, é preciso ter um sistema de calhas no telhado e, antes do
armazenamento e distribuição para os usos previstos, é recomendável que se tenha também
um filtro para retirar impurezas, como sujeiras trazidas da cobertura e poluição do ar.
Os projetos de arquitetura e de engenharia devem priorizar ainda a economia de
energia. O reservatório para armazenamento de água pluvial é instalado abaixo do telhado e
acima das áreas de uso dispensam a instalação de bombas para elevação da água. Evitando-se,
assim, aumento no consumo de energia elétrica.
Figura 13: Esquema Residencial de Captação e Reservação de Água da Chuva 1
Fonte: CARVALHO, 2010
A seguir são ilustrados outros exemplos de dispositivos de acumulação e infiltração
de águas pluviais, vale lembrar que ainda existe uma lista extensa de inovações tecnológicas
que permitam a escolha mais adequada para cada situação particular considerada.
186
Figura 14: Esquema Residencial de Captação e Reservação de Água da Chuva 2
Fonte: SANTOS, 2015
Figura 15: Dispositivo para Armazenamento/Infiltração/Uso de Águas de Chuva em Áreas
Públicas
Fonte: SANTOS, 2015
187
Figura 16: Dispositivos para acumulação e uso de águas de chuva
Fonte: SANTOS, 2015
Figura 17: Trincheira Drenante Simples
Fonte: SANTOS, 2015
188
Figura 18: Sistema Acoplado de Acumulação e Infiltração
Fonte: SANTOS, 2015
Figura 19: Poços de infiltração em subsolo de edifício
Fonte: SANTOS, 2015
A fim de se evitar problemas urbanos de alagamentos, inundações, enchentes e
erosões, devem ser feitas ações estruturais para controle de águas da chuva e diminuir a
189
propagação de poluentes e resíduos sólidos nos locais de drenagem, geralmente corpos
d‟água, e aumentar a recarga do lençol freático. Essas estruturas podem ser os sistemas
convencionais de drenagem, como canalizações e galerias, ou não convencionais, como valas
e trincheiras de infiltração, entre outros.
Os sistemas não convencionais também podem funcionar como dispositivos de
retenção e armazenamento, visando tanto ao controle de vazão quanto ao uso da água
armazenada.
Para o aumento da área percolação e de infiltração no solo, podem ser utilizados
pavimentos permeáveis em passeios, estacionamentos, quadras esportivas e ruas de pouco
tráfego; com relação ao financeiro, esse tipo de pavimento permeável é mais oneroso. É de
suma importância que a Administração Municipal implante esses tipos de tecnologias nos
logradouros públicos, iniciando um processo de conscientização e disseminação desses novos
materiais e incentivando seu uso prioritário.
Figura 20: Pavimento Intertravado Permeável
FONTE: ABCP, 2015
190
Figura 21: Pavimento Concreto Permeável
FONTE: ABCP, 2015
Outra alternativa viável são as valas de infiltração, que consistem em estruturas
lineares pouco profundas e vegetadas, geralmente utilizadas quando o lençol freático é
superficial ou o manto impermeável é pouco profundo. Elas permitem o armazenamento
temporário de águas pluviais e favorecem sua infiltração no solo. Podem ser implantadas ao
longo de rodovias, estacionamentos, parques industriais e áreas verdes de casas, integrando-se
à paisagem, enquanto drenam as enxurradas.
Figura 22: Valas de Infiltração
Fonte: Brookfield, 2015
191
Uma alternativa que pode ser adotada são as trincheiras de infiltração, que permitem
o armazenamento e a infiltração de água no solo. Estas são estruturas lineares pouco
profundas que, nos sistemas convencionais, são preenchidas total ou parcialmente com
material granular, como britas e seixos, e revestidas com manta de geotêxtil que funciona
como filtro.
Em sistemas não convencionais, tem sido proposto o enchimento com materiais
alternativos, como entulhos de construção, garrafas PET e pneus usados.
São aproveitadas em áreas industriais, junto a pátios de estacionamentos e ao longo
de ruas e avenidas para infiltração de água das áreas urbanas pavimentadas, podendo esses
locais, quando fechados, integrarem-se à paisagem e servir como áreas de parques e jardins.
Figura 23: Trincheira de Infiltração
Fonte: CARVALHO, 2010
A topografia da cidade favorece, também, a implantação de bacias de detenção.
Estas são estruturas impermeabilizadas que impedem a infiltração e apenas retêm
provisoriamente a água, que, por sua vez, é aos poucos liberada, ajustando os picos de vazão.
Nessas estruturas é facultativa a implantação de dispositivo que permita pequenas vazões para
192
infiltração ou para a rede pública de drenagem de águas pluviais. As Bacias de Detenção
também podem abrigar fauna e flora aquáticas e favorecer a evapotranspiração.
Na figura abaixo, uma bacia de detenção incorporada ao ambiente, com importância
paisagística, ao mesmo tempo serve para reter a água da chuva.
Figura 24: Bacia de Detenção
Fonte: CARVALHO, 2010
5.4. Diretrizes para o Tratamento de Fundos de Vale
O termo “fundo de vale” é comumente empregado para denominar os rios, córregos e
suas várzeas, especialmente quando esses entes são analisados em ambiente urbanizado e já
modificado, ou seja, na cidade, onde suas características naturais já foram bastante alteradas,
tendo sido, na maioria dos casos, a vegetação ciliar e ripária suprimida. Assim, entende-se
como fundo de vale o ponto mais inferior de um relevo irregular, por onde passam as águas
pluviais. Este ponto forma uma espécie de calha e recebe a água proveniente de todo seu
entorno e de calhas secundárias. Com a crescente urbanização estas calhas são canalizadas e
abrigadas abaixo da pavimentação das avenidas. Acontece que nas épocas de fortes
193
chuvas,estas canalizações não conseguem dar vazão suficiente de escoamento, ocasionando os
alagamentos nos centros urbanos.
Assim, somos levados a crer que, tanto a ocupação urbana quanto as intervenções no
sistema hídrico começaram a gerar riscos crescentes para a população. É imperioso, em
qualquer programa visando à proteção dos recursos hídricos, que sejam adotadas, para a bacia
hidrográfica, medidas que garantam a drenagem natural das águas e o controle das fontes de
poluição dos mananciais (Mota, 2003).
A análise da construção de avenidas de fundo de vale, conjugada a canalização dos
córregos pode ser desenvolvida a partir das teorias que investigam a multiplicação dos riscos
e das incertezas envolvidos na realização de intervenções, com a intenção de ampliar a ideia
de impacto ambiental ou conflito entre o uso urbano e os fundos de vale, ou várzeas, para o
conceito de risco. A forma como são tratadas as águas superficiais na cidade originou uma
série de problemas, criando um ambiente de risco para a população urbana, pois, em que pese
as proteções legais, os fundos de vales são constantemente invadidos ou usados como
depósitos de lixo.
O tratamento das áreas de fundo de vale deve ser visto como o estabelecimento de
serviços, manutenções ou ainda preservação e manejo do ecossistema existente nessas áreas
de modo a inseri-la no ambiente urbano. Isso inobstante, o que se vê na prática é o abandono
destas áreas em virtude da situação de degradação e poluição em que se encontram.
Com essas características de degradação presentes nos fundos de vales, essas áreas
são pouco valorizadas e atrativas para a população de baixa renda, que as ocupam sem
nenhum tipo de infraestrutura, piorando a situação de degradação e poluição.
Diante desse quadro, e considerando a importância da água e dos aspectos
paisagístico das áreas urbanas e seus reflexos na qualidade de vida da população, é de suma
importância à adoção de medidas preservacionistas dessas áreas, dentre as quais destacamos
as seguintes, passíveis de adoção no município, para preservação de ambientes aquáticos,
abandonando as praticas de construções de estruturas como canais ou tubulações em rios e
córregos:
i. Remover com reassentamento, as famílias que ocupam áreas ribeirinhas
irregularmente;
ii. Desapropriar áreas e imóveis particulares em espaços sujeitos à inundação;
194
iii. Manter limpos os cursos d‟água e fundos de vale;
iv. Recuperar e revitalizar as áreas ribeiras e as matas ciliares ao longo de cursos
d‟água naturais, ou na impossibilidade, revestir com materiais apropriados e estabilizar o leito
e margens, reduzindo erosões e minimizando as influencias no regime hidráulico e
hidrológico original;
v. Identificar áreas de restrição de ocupação em fundos de vale, com vistas à
proteção de ecossistemas, reduzindo os riscos causados por inundações;
vi. Construir bacias de detenção integradas ao projeto urbanístico, criando áreas de
lazer e uso social;
vii. Criar instrumentos legais para regulamentação de soluções em drenagem
urbana de aguas pluviais.
5.5. Ações Emergenciais do Sistema de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais
As ações de respostas a emergências visam descrever as medidas e ações que devem
ser adotadas para enfrentamento de situações atípicas, para prevenir e reduzir os impactos
quando da ocorrência de sinistros, acidentes e desastres naturais, conferindo maior segurança
e confiabilidade operacional aos sistemas de drenagem urbana e manejo de águas pluviais.
A definição de medidas e ações em resposta a situações de emergência estão
estabelecidas abaixo, sendo recomendado que os responsáveis pelos serviços registrem as
eventuais emergenciais, sugerindo alternativas que não listadas nas tabelas, para melhorar o
nível de resposta às situações de emergências.
Estão listadas abaixo as ações a serem adotadas de acordo com os pontos vulneráveis
abaixo relacionados, e de seus respectivos eventos adversos.
1. AÇÕES RELACIONADAS A ALAGAMENTO LOCALIZADO
1.1. Em Caso de Precipitações Intensas
1.1.1. Comunicar a Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e
riscos à população
1.1.2. Comunicar a Secretaria responsável para executar a limpeza da área afetada e
manutenção corretiva;
1.1.3. Registrar o evento;
1.1.4. Comunicar à população sobre o fechamento de vias alagadas;
195
1.1.5. Avaliação do sistema de drenagem existente no local para verificação de sua
capacidade;
1.1.6. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o
lançamento de resíduos nas vias públicas e bocas-de-lobo;
1.2. Em Caso de Boca de Lobo e/ou Ramal Assoreado e/ou Obstruído;
1.2.1. Comunicar a Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e
riscos à população
1.2.2. Comunicar a Secretaria responsável para executar a limpeza da área afetada e
manutenção corretiva;
1.2.3. Registrar o evento;
1.2.4. Comunicar à população sobre o fechamento de vias alagadas;
1.2.5. Avaliação do sistema de drenagem existente no local para verificação de sua
capacidade;
1.2.6. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o
lançamento de resíduos nas vias públicas e bocas-de-lobo;
1.3. Em Caso de Subdimensionamentos da Rede Existente;
1.3.1. Comunicar a Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e
riscos à população
1.3.2. Comunicar a Secretaria responsável para executar a limpeza da área afetada e
manutenção corretiva;
1.3.3. Registrar o evento;
1.3.4. Comunicar à população sobre o fechamento de vias alagadas;
1.3.5. Avaliação do sistema de drenagem existente no local para verificação de sua
capacidade;
1.3.6. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o
lançamento de resíduos nas vias públicas e bocas-de-lobo;
1.4. Em Caso de Deficiência nas Declividades da Via Pública e das Sarjetas;
1.4.1. Comunicar a Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e
riscos à população
1.4.2. Comunicar a Secretaria responsável para executar a limpeza da área afetada e
manutenção corretiva;
1.4.3. Registrar o evento;
1.4.4. Comunicar à população sobre o fechamento de vias alagadas;
196
1.4.5. Avaliação do sistema de drenagem existente no local para verificação de sua
capacidade;
1.4.6. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o
lançamento de resíduos nas vias públicas e bocas-de-lobo;
1.5. Em Caso de Prevalência de Manutenções Corretivas Sobre as Preventivas;
1.5.1. Comunicar a Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e
riscos à população
1.5.2. Comunicar a Secretaria responsável para executar a limpeza da área afetada e
manutenção corretiva;
1.5.3. Registrar o evento;
1.5.4. Comunicar à população sobre o fechamento de vias alagadas;
1.5.5. Avaliação do sistema de drenagem existente no local para verificação de sua
capacidade;
1.5.6. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o
lançamento de resíduos nas vias públicas e bocas-de-lobo;
1.6. Em Caso de Lançamento de Resíduos Sólidos no Sistema de Microdrenagem;
1.6.1. Comunicar a Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e
riscos à população
1.6.2. Comunicar a Secretaria responsável para executar a limpeza da área afetada e
manutenção corretiva;
1.6.3. Registrar o evento;
1.6.4. Comunicar à população sobre o fechamento de vias alagadas;
1.6.5. Avaliação do sistema de drenagem existente no local para verificação de sua
capacidade;
1.6.6. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o
lançamento de resíduos nas vias públicas e bocas-de-lobo;
2. AÇÕES RELACIONADAS À INUNDAÇÃO E ENCHENTE PROVOCADA POR
TRANSBORDAMENTO DE CURSO D‟ ÁGUA
2.1. Em Caso de Precipitações Intensas
2.1.1. Comunicação à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretarias Municipais de
Planejamento, Obras, Meio Ambiente para verificar os danos e riscos à
população;
197
2.1.2. Comunicação à população;
2.1.3. Paralisação parcial do abastecimento de energia elétrica nas áreas inundadas;
2.1.4. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;
2.1.5. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar
temporariamente a população atingida;
2.1.6. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida
e recepção de donativos;
2.1.7. Estudos hidrológicos e hidráulicos para medidas de contenção a inundações;
2.1.8. Limpeza e desassoreamento dos córregos
2.1.9. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o
lançamento de lixo nas vias públicas e captações;
2.2. Em Caso de Deficiência da Capacidade de Escoamento do Curso D’Água;
2.2.1. Comunicação à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretarias Municipais de
Planejamento, Obras, Meio Ambiente para verificar os danos e riscos à
população;
2.2.2. Comunicação à população;
2.2.3. Paralisação parcial do abastecimento de energia elétrica nas áreas inundadas;
2.2.4. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;
2.2.5. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar
temporariamente a população atingida;
2.2.6. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida
e recepção de donativos;
2.2.7. Estudos hidrológicos e hidráulicos para medidas de contenção a inundações;
2.2.8. Limpeza e desassoreamento dos córregos
198
2.2.9. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o
lançamento de lixo nas vias públicas e captações;
2.3. Em Caso de Assoreamento do Curso D’Água;
2.3.1. Comunicação à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretarias Municipais de
Planejamento, Obras, Meio Ambiente para verificar os danos e riscos à
população;
2.3.2. Comunicação à população;
2.3.3. Paralisação parcial do abastecimento de energia elétrica nas áreas inundadas;
2.3.4. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;
2.3.5. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar
temporariamente a população atingida;
2.3.6. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida
e recepção de donativos;
2.3.7. Estudos hidrológicos e hidráulicos para medidas de contenção a inundações;
2.3.8. Limpeza e desassoreamento dos córregos
2.3.9. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o
lançamento de lixo nas vias públicas e captações;
2.4. Em Caso de Estrangulamento do Curso D’Água por Estruturas de Travessias
Existentes;
2.4.1. Comunicação à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretarias Municipais de
Planejamento, Obras, Meio Ambiente para verificar os danos e riscos à
população;
2.4.2. Comunicação à população;
2.4.3. Paralisação parcial do abastecimento de energia elétrica nas áreas inundadas;
2.4.4. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;
199
2.4.5. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar
temporariamente a população atingida;
2.4.6. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida
e recepção de donativos;
2.4.7. Estudos hidrológicos e hidráulicos para medidas de contenção a inundações;
2.4.8. Limpeza e desassoreamento dos córregos
2.4.9. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o
lançamento de lixo nas vias públicas e captações;
2.5. Em Caso de Impermeabilização Excessiva em Áreas Urbanas da Bacia;
2.5.1. Comunicação à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretarias Municipais de
Planejamento, Obras, Meio Ambiente para verificar os danos e riscos à
população;
2.5.2. Comunicação à população;
2.5.3. Paralisação parcial do abastecimento de energia elétrica nas áreas inundadas;
2.5.4. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;
2.5.5. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar
temporariamente a população atingida;
2.5.6. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida
e recepção de donativos;
2.5.7. Estudos hidrológicos e hidráulicos para medidas de contenção a inundações;
2.5.8. Limpeza e desassoreamento dos córregos
2.5.9. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o
lançamento de lixo nas vias públicas e captações;
2.6. Em Caso de Retificação do Curso de Água;
200
2.6.1. Comunicação à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretarias Municipais de
Planejamento, Obras, Meio Ambiente para verificar os danos e riscos à
população;
2.6.2. Comunicação à população;
2.6.3. Paralisação parcial do abastecimento de energia elétrica nas áreas inundadas;
2.6.4. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;
2.6.5. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar
temporariamente a população atingida;
2.6.6. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida
e recepção de donativos;
2.6.7. Estudos hidrológicos e hidráulicos para medidas de contenção a inundações;
2.6.8. Limpeza e desassoreamento dos córregos
2.6.9. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o
lançamento de lixo nas vias públicas e captações;
2.7. Em Caso de Desmatamento da Cobertura Vegetal nas Áreas de Preservação
Permanente – APP;
2.7.1. Comunicação à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretarias Municipais de
Planejamento, Obras, Meio Ambiente para verificar os danos e riscos à
população;
2.7.2. Comunicação à população;
2.7.3. Paralisação parcial do abastecimento de energia elétrica nas áreas inundadas;
2.7.4. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;
2.7.5. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar
temporariamente a população atingida;
201
2.7.6. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida
e recepção de donativos;
2.7.7. Estudos hidrológicos e hidráulicos para medidas de contenção a inundações;
2.7.8. Limpeza e desassoreamento dos córregos
2.7.9. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o
lançamento de lixo nas vias públicas e captações;
2.8. Em Caso de Ocupação do Solo do Leito Maior dos Rios;
2.8.1. Comunicação à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretarias Municipais de
Planejamento, Obras, Meio Ambiente para verificar os danos e riscos à
população;
2.8.2. Comunicação à população;
2.8.3. Paralisação parcial do abastecimento de energia elétrica nas áreas inundadas;
2.8.4. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;
2.8.5. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar
temporariamente a população atingida;
2.8.6. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida
e recepção de donativos;
2.8.7. Estudos hidrológicos e hidráulicos para medidas de contenção a inundações;
2.8.8. Limpeza e desassoreamento dos córregos
2.8.9. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o
lançamento de lixo nas vias públicas e captações;
3. AÇÕES RELACIONADAS À CONTAMINAÇÃO DOS CURSOS D‟ ÁGUA
3.1. Em Caso de Interligação Clandestina de Esgoto nas Galerias de
Microdrenagem;
202
3.1.1. Comunicação e alerta para a Secretaria de Meio Ambiente e Saneamento
Básico, Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e riscos à
população;
3.1.2. Comunicação à operadora do SES para detecção do ponto de lançamento ou
rompimento e regularização da ocorrência;
3.1.3. Limpeza da boca de lobo;
3.1.4. Adoção de medidas imediatas para contenção da contaminação;
3.1.5. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o
lançamento de lixo nas vias públicas e captações.
3.2. Em Caso de Resíduos Lançado nas Bocas de Lobo;
3.2.1. Comunicação e alerta para a Secretaria de Meio Ambiente e Saneamento
Básico, Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e riscos à
população;
3.2.2. Comunicação à operadora do SES para detecção do ponto de lançamento ou
rompimento e regularização da ocorrência;
3.2.3. Limpeza da boca de lobo;
3.2.4. Adoção de medidas imediatas para contenção da contaminação;
3.2.5. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o
lançamento de lixo nas vias públicas e captações.
3.3. Em Caso de Rompimento de Tubulação do Sistema de Esgotamento Sanitário;
3.3.1. Comunicação e alerta para a Secretaria de Meio Ambiente e Saneamento
Básico, Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e riscos à
população;
3.3.2. Comunicação à operadora do SES para detecção do ponto de lançamento ou
rompimento e regularização da ocorrência;
3.3.3. Limpeza da boca de lobo;
203
3.3.4. Adoção de medidas imediatas para contenção da contaminação;
3.3.5. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o
lançamento de lixo nas vias públicas e captações.
3.4. Em Caso de Acidente Ambiental com Lançamento de Contaminantes na Rede
Pluvial;
3.4.1. Comunicação e alerta para a Secretaria de Meio Ambiente e Saneamento
Básico, Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e riscos à
população;
3.4.2. Comunicação à operadora do SES para detecção do ponto de lançamento ou
rompimento e regularização da ocorrência;
3.4.3. Limpeza da boca de lobo;
3.4.4. Adoção de medidas imediatas para contenção da contaminação;
3.4.5. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o
lançamento de lixo nas vias públicas e captações.
4. AÇÕES RELACIONADAS A DESLIZAMENTO DE ENCOSTAS
4.1. Em Caso de Precipitações Intensas;
4.1.1. Comunicar a defesa civil e/ou corpo de bombeiros para verificar os danos e
riscos à população;
4.1.2. Comunicar a Secretaria de Desenvolvimento Urbano para a limpeza da área
afetada e programação de obras de contenção;
4.1.3. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;
4.1.4. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar
temporariamente a população atingida;
4.1.5. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida
e recepção de donativos
204
4.2. Em Caso de Ocupações Irregulares em Áreas de Risco e Áreas de Preservação
Permanente;
4.2.1. Comunicar a defesa civil e/ou corpo de bombeiros para verificar os danos e
riscos à população;
4.2.2. Comunicar a Secretaria de Desenvolvimento Urbano para a limpeza da área
afetada e programação de obras de contenção;
4.2.3. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;
4.2.4. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar
temporariamente a população atingida;
4.2.5. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida
e recepção de donativos
4.3. Em Caso de Ausência de Cobertura Vegetal em Áreas de Forte Declividade;
4.3.1. Comunicar a defesa civil e/ou corpo de bombeiros para verificar os danos e
riscos à população;
4.3.2. Comunicar a Secretaria de Desenvolvimento Urbano para a limpeza da área
afetada e programação de obras de contenção;
4.3.3. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;
4.3.4. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar
temporariamente a população atingida;
4.3.5. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida
e recepção de donativos
5.6. Programas, Projetos e Ações
Apresentamos adiante quadro-resumo dos programas, projetos e ações a serem
implementados para a consecução dos objetivos do eixo do plano drenagem urbana e manejo
de águas pluviais.
Quadro 19: Programas, projetos e ações de drenagem urbana e manejo de águas
pluviais
205
Programas Projetos e Ações Custo
estimado
(R$)
Prazo Prioridade
%
Existente
hoje
%
Curto
Prazo
%
Médio
Prazo
%
Longo
Prazo
RESPONSABILIDADES
Execução Acompanhamento
Programa de
Universalização e
Melhoria dos Serviços
Instalação de Infraestrutura de Micro e
Macrodrenagem
Construção e execução de projetos para a micro e
macrodrenagem
6.000.000,00 Longo
prazo
Alta 10 40 80 100 Prefeitura Prefeitura
Gestão da Drenagem Urbana
Elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana e Manejo
de Águas Pluviais
300.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura
Gestão da Drenagem Urbana
Cadastramento da infraestrutura e de dispositivos do
sistema de drenagem urbana e manejo de águas pluviais
100.000,00 Curto prazo Média 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura
Gestão da Drenagem Urbana
Implantação de um departamento no serviço de saneamento
para administração da drenagem urbana, com integração
entre sistemas de drenagem e manejo de águas pluviais com
os demais eixos do saneamento
160.000,00 Médio
prazo
Média 0 50 100 100 Prefeitura Prefeitura
Monitoramento de Áreas de Risco
Zonear as áreas não ocupadas e adotar medidas para que
não ocorram ocupações nas áreas de risco
120.000,00 Médio
prazo
Média 0 50 100 100 Prefeitura Prefeitura
Monitoramento de Áreas de Preservação
Preservar a faixa desprovida de edificações ao longo dos 320.000,00
Médio
prazo
Média 0 50 100 100 Prefeitura Prefeitura
206
cursos d‟água
Atualização da Legislação Municipal
Dotar a legislação municipal com instrumento eficaz que
promova retenção e a percolação no solo das águas pluviais
no perímetro urbano
- Curto prazo Média 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura
Programa de Melhorias
Operacionais e
Qualidade dos Serviços
Projeto de participação da Comunidade:
Criar mecanismo para participação popular 150.000,00
Médio
prazo
Média 0 50 100 100 Prefeitura Prefeitura
Manutenção do Sistema:
Planejar os serviços de manutenção dos sistemas de
drenagem (microdrenagem e macrodrenagem).
60.000,00
Curto prazo
Média 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura
Projeto de Educação Ambiental:
Formular campanhas e projetos de educação ambiental e de
sustentabilidade, inclusive na zona rural.
310.000,00 Médio
prazo
Média 0 50 100 100 Prefeitura Prefeitura
207
5.7. Estimativa de investimentos
Exibimos adiante quadro-resumo dos investimentos a serem realizados,
demonstrando ainda as fontes dos recursos, o responsável pela execução e as parcerias que
podem vir a existir.
Quadro 20: Estimativa de investimentos para drenagem urbana e manejo de águas
pluviais
208
PROGRAMA AÇÕES CUSTO ESTIMADO DA AÇÃO FONTE DE
FINANCIAMENTO
META DE
EXECUÇÃO
DA AÇÃO
META DE
EXECUÇÃO
DO
PROGRAMA
RESPONSÁVEL
PELA
EXECUÇÃO DO
PROGRAMA
PARCERIAS
PROGRAMA DE
UNIVERSALIZAÇÃ
O DOS SERVIÇOS
Construção e execução
de projetos básico e
executivo para a
instalação de
infraestrutura de micro e
macrodrenagem que
contemple solução para
os pontos de
alagamentos atuais
diagnosticados.
1 vg. R$
6.000.000,00 R$
6.000.000,00
PAC, BNDES,
FUNASA, Min.
Integração Nacional
Longo prazo
Longo Prazo
Concessionária
do Sistema de
Abastecimento de
Água e
Administração
Municipal
ppp
Implantação de 20 km
de pavimentação em
paralelepípedo nas vias
urbanas.
1 vg. 10000000 R$
10.000.000,00
PAC, BNDES,
FUNASA, Min.
Integração Nacional
Médio prazo
Elaboração do Plano
Diretor de Drenagem
Urbana e Manejo de
Águas Pluviais
1 vg. 300000 R$
300.000,00
PAC, BNDES,
FUNASA, Min.
Integração Nacional
Curto prazo
Cadastramento da
infraestrutura e de
dispositivos do sistema
de drenagem urbana e
manejo de águas
pluviais, e promoção de
reparos de bueiros onde
há ocorrência de
refluxos.
1 vg. 800000 R$
800.000,00
PAC, BNDES,
FUNASA, Min.
Integração Nacional
Curto prazo
Implantação de um
departamento no serviço
de saneamento para
administração da
drenagem urbana, com
integração entre sistemas
de drenagem e manejo
1 vg. - -
PAC, BNDES,
FUNASA, Min.
Integração Nacional
Curto prazo
209
de águas pluviais com os
demais eixos do
saneamento.
Zonear as áreas não
ocupadas e adotar
medidas para que não
ocorram ocupações nas
áreas de risco
1 vg. 120000 R$
120.000,00
PAC, BNDES,
FUNASA, Min.
Integração Nacional
Curto prazo
Preservar a faixa
desprovida de
edificações ao longo dos
cursos d‟água
1 vg. 400000 R$
400.000,00
PAC, BNDES,
FUNASA, Min.
Integração Nacional
Curto prazo
Dotar a legislação
municipal com
instrumento eficaz que
promova retenção e a
percolação no solo das
águas pluviais no
perímetro urbano
1 vg. - - Administração
Municipal Curto prazo
Programar o
reflorestamento para
prevenir a erosão e o
assoreamento do curso
d‟água
1 vg. 800000 R$
800.000,00
PAC, BNDES,
FUNASA, Min.
Integração Nacional
Longo prazo
PROGRAMA DE
UNIVERSALIZAÇÃ
O DOS SERVIÇOS
Criar mecanismo para
participação popular 1 vg. 150000
R$
150.000,00
FUNASA,
Administração
Municipal
Curto prazo
Longo Prazo
Concessionária
do Sistema de
Abastecimento de
Água e
Administração
Municipal
ppp
Planejar os serviços de
manutenção dos
sistemas de drenagem
(microdrenagem e
macrodrenagem).
1 vg. 60000 R$
60.000,00
FUNASA,
Administração
Municipal
Curto prazo
Formular campanhas e
projetos de educação
ambiental e de
sustentabilidade,
inclusive na zona rural,
1 vg. 300000 R$
300.000,00
FUNASA,
Administração
Municipal
Longo prazo
210
voltadas ao
aproveitamento de aguas
pluviais
SOMA R$
18.930.000,00
211
6. INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E METAS DE UNIVERSALIZAÇÃO
6.1. Água
6.1.1. Indicadores
Cobertura do sistema de abastecimento de água, com o objetivo de mensurar o
percentual de economias com disponibilidade de acesso ao sistema de
abastecimento de água;
Indicador da qualidade da água distribuída, com o objetivo de comparar a
qualidade da água distribuída com os padrões de potabilidade exigidos na
Legislação vigente (Portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde).
Controle de perdas na rede de abastecimento de água, com o objetivo de
controlar as perdas, objetivando a redução de custos, resultando eficiência no
abastecimento de água.
Indicador de continuidade de abastecimento, com o objetivo de verificar a
qualidade da prestação de serviço quanto à sua regularidade do
abastecimento.
Indicador de Reservação. Verificar a taxa de reservação de água com
relação à produção diária.
6.1.2. Metas de Universalização
Cobertura da Rede de Abastecimento D'água
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025
73,4% 75,82% 78,24% 80,65% 83,07% 85,49% 87,91% 90,33% 92,75% 95,16%
2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035
97,58% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
212
Indicador de Qualidade da Água Distribuída
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025
50% 65% 75% 85% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035
100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Indicador de controle de perdas na rede de abastecimento de água
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025
0% 25% 75% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035
100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
6.2. Esgoto
6.2.1. Indicadores
Indicador de cobertura de rede de esgotamento sanitário. Quantificar o
percentual de economias com disponibilidade de acesso ao sistema de
esgotamento sanitário;
Indicador de qualidade dos efluentes: Assegurar lançamento de efluentes do
sistema no corpo d água dentro dos padrões legalmente exigidos;
Indicador de eficiência da utilização de infraestrutura de esgoto: manter
controle sobre se a estação de tratamento de esgoto está operando dentro dos
limites de projeto.
6.2.2. Metas de universalização
Indicador de cobertura de rede de esgotamento sanitário
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025
0% 10% 10% 20% 20% 30% 40% 50% 50% 60%
2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035
60% 70% 70% 80% 80% 90% 90% 100% 100% 100%
213
6.3. Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos
6.3.1. Indicadores
Indicador de cobertura da limpeza urbana: Verificar o percentual da
população atendida pela coleta de resíduos e conhecer as áreas não atendidas
pela coleta;
Indicador de geração per capita de resíduos sólidos: Manter atualizada a
geração per capita de resíduos sólidos, para compreender o comportamento da
população e trabalhar programas de conscientização ambiental;
Indicador de tratamento de resíduos sólidos: monitorar o tratamento e a
destinação final dos RS;
Indicador do Percentual de limpeza urbana: Monitorar a eficiência da
limpeza urbana no município;
Indicador de Eficiência da Coleta Seletiva: determinar a porcentagem
de resíduos recuperados em relação ao total de resíduos recolhidos ao
mês.
6.3.2. Metas de universalização
Indicador de cobertura da limpeza urbana
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025
34% 37% 40% 42% 44% 46% 48% 50% 60% 70%
2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035
80% 90% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
6.4. Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais
6.4.1. Indicadores
Indicador de eficiência da rede de microdrenagem: monitorar a eficiência
da rede de microdrenagem;
Indicador de cobertura de rede de microdrenagem: monitorar a cobertura
de rede de microdrenagem;
214
Indicador de eficiência da rede de macrodrenagem: monitorar a eficiência
da rede de macrodrenagem;
Indicador de cobertura de rede de macrodrenagem: dimensionar a
cobertura de rede de macrodrenagem;
Indicador de pontos de alagamentos sanados: Verificar o desempenho no
controle e diminuição dos pontos de alagamentos diagnosticados,
melhorando a qualidade ambiental dos recursos hídricos e evitando a
proliferação de doenças de veiculação hídrica.
6.4.2. Metas de universalização
Indicador de cobertura de rede de microdrenagem
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025
10% 12% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 50% 60%
2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035
60% 70% 80% 85% 85% 90% 90% 100% 100% 100%
Indicador de cobertura de rede de macrodrenagem
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025
10% 12% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 50% 60%
2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035
60% 70% 80% 85% 85% 90% 90% 100% 100% 100%
Igualmente importante às metas de “universalização” são os índices de desempenho
operacional que deverão ser monitorados para garantir o funcionamento dos sistemas para
assegurar reflexos positivos na saúde da população e do meio ambiente, como os seguintes:
a) Indicador da qualidade da água distribuída:
No monitoramento da qualidade da água fornecida para a população devem ser
observados o padrão de potabilidade, os valores máximos dos parâmetros a serem
monitorados, a frequência de coleta e o número de análises estabelecidos no Decreto nº 5440
de 2005 do Ministério da Saúde; mantendo-se atualizado caso normas mais modernas sejam
acrescentadas e/ou estabelecidas pelos órgãos competentes.
215
O mesmo decreto acima estabelece que a concessionária dos serviços divulgue no
verso das contas dos consumidores, um resumo das análises das amostras coletadas, contendo
no mínimo informações referentes aos parâmetros: Cor, Turbidez, Flúor, Cloro, Coliformes,
Acidez, contrapondo-os aos valores de referencia aceitáveis; devendo o IQA ser mantido no
mínimo de 99,5% a partir do ano 2018.
b) Indicador de continuidade de abastecimento
Estima-se que o ICA atinja 98% a partir de 2018, devendo ser mantido até o
horizonte do plano.
c) Indicador de qualidade dos efluentes
O IQE não deve ser menor que 90%, devendo atingir 95%, que é classificado como
ótimo, a partir do ano de 2018.
d) Indicador de eficiência de utilização da infraestrutura de tratamento de
esgoto
O sistema deve operar com índice acima de 89%, que é considerado adequado, a
partir do ano de 2017 e mantido nos anos seguintes.
e) Indicador de pontos de alagamentos sanados
O município não deve apresentar pontos de alagamento a partir de 2020 (Indicador
de pontos de alagamentos sanados em 100%). Essa situação indica que a micro e
macrodrenagem estão funcionando adequadamente.
f) Indicador de geração per capita de resíduos sólidos
Contrapor a per capita do município com a média nacional de geração per capita, que
está em torno de 1,1 kg/hab.dia.
g) Indicador do percentual de tratamento de RS
Acompanhar a evolução da introdução de tecnologias de tratamento de RS, para
atingir níveis compatíveis com as exigências legais, até 2024.
h) Indicador do Percentual de limpeza urbana
216
Acompanhar a universalização do serviço para atingimento da meta até 2024 quando
o índice de limpeza urbana atingir 100%.
i) Indicador de eficiência da coleta seletiva
Acompanhar a evolução da implantação de tecnologias de coleta seletiva até 2024
atingir níveis compatíveis com as exigências legais e a realidade local da composição do lixo.
217
7. PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS
Os serviços de saneamento, como outros, apresentam potencial de gerar ocorrências
capazes de provocar danos a pessoas, ao meio ambiente e a bens patrimoniais, inclusive de
terceiros, razão porque deve ter atitude preventiva, o que justifica a construção de um Plano
de Emergência e Contingência, a partir de hipóteses de evento danoso.
Nesse contexto é que o Capítulo IV, da Lei 11.445/2007, trata do planejamento dos
planos de saneamento básico e destaca entre os aspectos requeridos a exigência de estudos
que tratem de ações para emergências e contingências.
Para cumprimento dessa exigência legal, na estruturação de medidas é imperioso
saber que a contingência ocupa-se da prevenção e a emergência programa ações no caso de
ocorrência de um acidente. Basicamente, emergência trata de incidente, caso de urgência,
situação mórbida inesperada e requer tratamento imediato; e contingência, é evento que atinge
a disponibilidade total ou parcial de um ou mais recursos de um sistema, provocando a
descontinuidade de serviços considerados essenciais. Assim, um plano de emergência e
contingência é um documento que contém previsões para atender os diversos eventos e define
as responsabilidades.
O detalhamento das medidas a serem adotadas deve ser apenas o necessário para sua
rápida execução, sem excesso de informações que possam ser prejudiciais numa situação
crítica.
O documento deve ser desenvolvido de forma simples que permita atuação rápida
sem embaralho; e que permita treinamento, organização, orientação, facilidade, agilidade e
uniformização das ações necessárias ao controle e combate às ocorrências anormais e deve
incluir também, medidas para fazer com que seus processos vitais voltem a funcionar
plenamente, ou num estado minimamente aceitável, o mais rápido possível, evitando
paralisações prolongadas que possam gerar maiores prejuízos. Para isso, deverá ser criado o
Comitê para Ações de Emergências e Contingências do PMSB de Barras (PI).
A seguir, são apresentadas as respostas a situações críticas no sistema de saneamento
básico do município de Barras (PI):
Ações Específicas de Abastecimento de Água
a) Proteção do manancial: a Concessionária deverá:
218
I - atuar preventivamente para evitar que incidentes, de quaisquer natureza, possam
comprometer a qualidade da água do rio Marataoan, no seu uso preponderante para
abastecimento público;
II - manter vigilância capaz de identificar, no menor lapso, anormalidades nas características
físicas e biológicas na água do manancial;
III - estabelecer regras para deliberação sobre a interrupção do fornecimento de água,
preventivamente e corretivamente, considerando as incertezas sobre a qualidade da água bruta
no ponto de captação por acontecimento fortuito;
IV - avaliar as condições ambientais, fomentar e implantar procedimentos de monitoramento
de acordo com a legislação vigente e implementar ações de recuperação e preservação
requeridas;
V - disponibilizar dados para atender os órgãos ambientais.
VI - identificar e localizar atividades, que em razão de sua natureza, sejam consideradas de
risco para a qualidade da água do manancial, para elaboração de um diagnostico, de acordo
com a seguinte relação: ausência de tratamento de efluentes domésticos e agropastoris;
ausência ou deficiência da destinação adequada dos resíduos sólidos; depósito de lixo a céu
aberto; inexistência de infraestrutura para escoamento de águas pluviais; atividades
clandestinas (indústrias, criações de animais, abatedouros e atividades extrativistas, dentre
outras); estradas rurais com manutenção inadequada; tráfego de veículos com carga perigosa
(tóxica); loteamentos clandestinos e ocupações ilegais; áreas degradadas; matas ciliar e matas
de topo, inexistente ou altamente degradada;
VII - elaborar esboço preliminar do “Zoneamento Ecológico Econômico” da Área de
Preservação Permanente do manancial, visando a recuperação da qualidade da água por meio
de manejo socioambiental integrado, consubstanciado nas seguintes ações principais: 1)
reflorestamento em áreas ciliares, de topo e grotas; 2) reabilitação de áreas degradadas por
intermédio de revegetação herbária e reflorestamento; 3) ações de saneamento rural por
intermédio de: controle da poluição por fezes de origem animal; controle da poluição pelo
lançamento de efluentes sanitários humanos; controle de emissão de esgoto e efluentes
provenientes de suínos; destinação adequada dos resíduos sólidos rurais; e 4) outras ações
englobando: correção e manutenção de estradas rurais; controle de agrotóxicos; controle de
incêndios florestais; regulamentação restringindo loteamentos à montante da captação;
sinalização informativa e educativa; programa de educação ambiental; fixar placas
indicativas, em locais estratégicos, com o nome e telefone do órgão municipal responsável
pelo recebimento da comunicação;
219
VIII - inspecionar, rotineiramente, a bacia do rio Marataoan, para manutenção e atualização
dos dados contidos no esboço preliminar do “Zoneamento Ecológico Econômico”;
IX - Articular com órgãos ambientais, com objetivo de avaliar e definir a priorização das
medidas mitigadoras e preventivas definidas nos itens anteriores, considerando as seguintes
particularidades: níveis de prioridade; competência institucional; instrumentos de ação; e
resultados pretendidos; e
X - capacitação dos operadores da ETA, com o objetivo de possibilitar a identificação de
alterações das características físicas da água do rio Marataoan, considerando as seguintes
ocorrências: presença de espuma na água; alteração da cor característica (principalmente a cor
verde); presença de odor anormal; mortandade de peixes nas águas do rio; manchas anormais
na superfície da água; e turbidez acentuada fora do período de chuvas.
b) Estação de tratamento de água (ETA): Para melhorar os aspectos gerenciais de operação da
Estação de Tratamento de Água (ETA) são propostas as seguintes ações:
I - implementar vigilância analítica destinada a identificar , no menor lapso, anormalidades
nas características físico-químicas e biológicas na água do manancial;
II - criar banco de dados com histórico do manancial, destinado a balizar medidas preventivas
e corretivas.
III - monitorar, rotineiramente, a água do manancial, para identificar quaisquer anormalidades
em suas características físico-químicas e biológicas que possam comprometer a qualidade da
água distribuída à população; e para fins de enquadramento na legislação para o "Índice de
Qualidade da Água" - IQA;
IV - estabelecer metodologia e protocolo de atuação nos casos de incidentes que possam
comprometer a qualidade da água destinada à população;
V - disponibilizar dados para atender aos órgãos ambientais e de saúde.
VI - fixação de parâmetros de qualidade das águas do manancial e suas variações, baseado na
série histórica das análises realizadas pela AGESPISA, considerando os seguintes indicadores
de avaliação diária e rotineira: pH; cor aparente; turbidez; alcalinidade; acidez; condutividade;
e odor (indicador subjetivo);
VII - aquisição de equipamentos para implantação de novas análises de controle de qualidade,
voltadas para a rápida identificação de anormalidades nas características físico-químicas da
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água: aparelho para oxigênio dissolvido; aparelho para demanda bioquímica de oxigênio;
aparelho para série nitrogenada; aparelho para fosfato; e fotômetro ou espectrofotômetro;
VIII - realização de análises físico-químicas e biológicas para determinação do IQA – Índice
de Qualidade da Água do manancial, considerando a seguinte metodologia: período de coleta
representativas das 4 estações do ano; localização dos pontos de coleta; anexar informações
meteorológicas relativas a temperatura, precipitação e evaporação; e atendimento às
legislações específicas;
IX - capacitação dos operadores de ETA, quanto à introdução dos novos parâmetros de
controle de qualidade da água e para a operação dos respectivos equipamentos, visando os
seguintes objetivos:
1) reconhecimento da importância da introdução dos novos parâmetros de avaliação no
controle da qualidade da água do manancial;
2) reconhecimento do significado dos resultados das análises dos novos parâmetros;
3) aprendizado para a operação dos novos equipamentos; e
4) subsidiar a chefia na identificação e avaliação, nos casos de anormalidades nas
características físico-químicas e biológicas da água do manancial.
X – Nos casos de falta de energia, comunicar, no menor lapso, à fornecedora de energia
elétrica;
XI – manter equipamentos de reserva para substituição de equipamentos danificados;
Ações Específicas de Esgotamento Sanitário
O sistema de esgoto sanitário, por suas características construtivas e operacionais,
permite um sistema de operação, manutenção e de monitoramento que já efetivam uma serie
de procedimentos que se constituem, por si só, em um conjunto de elementos preventivos.
Mas, algumas ações complementares devem ser previstas no Plano de Ações para
Emergências e Contingências, para as quais deverão ser estabelecidos protocolos de atuação
específicos:
a) Conexões cruzadas que contaminam a água para consumo humano;
b) Refluxo de esgoto em domicílios, prédios públicos, em estabelecimentos comerciais e
industriais; e
c) Rompimento de emissário e coletor trono que causam avarias de grande monta.
221
Ações Específicas de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos sólidos
O Plano Municipal de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos (PGIRSU),
complementado pelos planos setoriais de Gerenciamento Integrado: dos Resíduos dos
Serviços de Saúde (PGIRSS); de Resíduos da Construção Civil (PGIRCS); de Coleta Seletiva
(PGICS); de Resíduos Plásticos (PGIRP); de Resíduos de Pilhas, Baterias e lâmpadas
(PGIRPBL); de Resíduos de Equipamentos Eletrônicos (PGIREE); e de Resíduos de Óleo de
Cozinha (PGIROC); vão permitir um sistema de operação, manutenção e de monitoramento
que já efetivam uma serie de procedimentos que se constituem, por si só, em um conjunto de
elementos preventivos. Mas, algumas ações complementares devem ser previstas no Plano de
Ações para Emergências e Contingências, para as quais deverão ser estabelecidos protocolos
de atuação específicos:
a) Ação para acumulo de lixo nos aglomerados urbanos por motivo de greve dos coletores;
b) Cadastro e monitoramento de todas as fontes de matéria radioativo em uso
no Município;
c) Ações emergenciais para contaminação com lixo tóxico provenientes de contaminações
biológicas e químicas.
Ações Específicas de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas
No caso específico da Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas existe na
Secretaria de Vigilância e Saúde, do Ministério da Saúde, um “Plano de Contingência de
Vigilância em Saúde Frente a Inundações” que deverá ser levado em consideração. Sendo
assim, o Comitê para Ações de Emergências e Contingências do PMSB de Barras (PI) deverá
elaborar os protocolos para as intervenções municipais em ações de emergência e
contingências relacionadas aos problemas de drenagem urbana a partir do referido Plano do
Governo Federal.
Atuação em Agravos, Doenças, Surtos Epidêmicos Relacionados ao Saneamento
Ambiental Inadequado
O Sistema único de Saúde (SUS) possui protocolos clínicos bem definidos para atuar
em doenças e agravos decorrentes de adversidades provocados pela falta ou pela inadequação
222
da ações de saneamento básico. Sendo assim, o Comitê para Ações de Emergências e
Contingências deverá construir com a Secretaria Municipal de Saúde estratégia específica
para:
a) atuar na prevenção, vigilância, controle e tratamento das doenças transmissíveis
relacionadas ao saneamento ambiental inadequado;
b) atuar na prevenção, vigilância, controle e tratamento das doenças não transmissíveis
relacionadas ao saneamento ambiental inadequado, como aquelas derivadas de cianotoxinas,
agrotóxicos e outros contaminantes;
c) atuar na prevenção, vigilância, controle e tratamento dos agravos relacionadas ao
saneamento ambiental inadequado decorrentes de traumas, afogamentos e picadas de animais
peçonhentos.
Acidentes com Cargas Perigosas e Produtos Químicos
O Comitê para Ações de Emergências e Contingências deverá propor ao Executivo
Municipal um convênio com o Governo do Estado para cooperação mútua, objetivando
atuação complementar para a prevenção de acidente no transporte terrestre de produtos
perigosos e em situações emergenciais que representam riscos ao meio ambiente, causados
por eventos acidentais ocorridos em fontes ou atividades que manipulam substâncias
químicas.
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8. INSTRUMENTOS DE GESTÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PMSB
Para que os indicadores sirvam a uma boa avaliação do Plano Municipal de
Saneamento Básico de Barras (PI) é indicada a elaboração de um "Relatório Anual de
Avaliação" pelo órgão gestor do saneamento no município, de tal forma que se tenha
condições de averiguar se as ações estabelecidas com o Plano estão surtindo efeito ou se o
indicador não é capaz de mensurar, tornando-se necessária a inclusão de novos indicadores.
Para se melhorar a avaliação das ações previstas no PMSB é sugerida, também, a
“Análise de Execução das Ações Propostas”, o que deve constar no “Relatório de Avaliação
Anual do PMSB”; inclusive deve apresentar a situação em que se encontram as ações
propostas, enquadrando-as como: atrasadas, prorrogadas, concluídas, em execução ou em
conformidade com o prazo estabelecido, como sugerido na tabela seguinte:
Modelo para monitoramento das ações do PMSB
Prazos Ações Situação Comentário
2016 a
2036
Consultar
Prognóstico
Concluída
Em execução
Conforme o prazo
Atrasada
Prorrogada
Descrever dificuldades ou entraves na
execução das ações ou outras considerações
importantes sobre a situação das ações.
É fácil notar a importância desse instrumento como ferramenta de utilização
constante, apesar de constar no relatório anual.
8.1. Mecanismos de Monitoramento
Os indicadores anteriormente definidos e o monitoramento do PMSB propiciam uma
avaliação da eficácia das atividades propostas sendo, portanto, necessário a realização de um
acompanhamento da execução das ações e programas apresentados no Plano. Nesse mister, a
Lei nº 11.445/2007 estabelece que a Prefeitura Municipal crie um sistema de informações
sobre serviços de saneamento, para manter a população informada sobre a execução do Plano,
que deve conter as informações e dados produzidos no relatório e suas análises, configurando-
se em um Sistema Municipal de Informações de Saneamento Básico,
224
8.2. Mecanismos de Representação da Sociedade
Para manter o Plano sob constante discussão e um ambiente de proposição de
melhorias e solução de problemas referentes ao saneamento básico no município de Barras
(PI), foi criado o Conselho Municipal de Saneamento Básico, com representantes dos órgãos
relacionados à área, das empresas prestadoras de serviços, dos usuários, e das entidades
técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do consumidor, conforme disciplinado
na Lei Federal n°. 11.445/2007.
O Conselho deve funcionar como o principal ator na defesa dos interesses dos
usuários dos serviços de saneamento, pois tem como responsabilidade fiscalizar, regular,
discutir e acompanhar os serviços prestados pelo município, sendo, portanto, a principal
ferramenta de controle social, e de grande importância para auxiliar no processo de
implantação das atividades propostas no PMSB, para o que e importante que os membros
participem de conferências, oficinas, palestras e quaisquer tipos de eventos voltados ao
saneamento básico, para que estes aprendam mais sobre o tema e tenham capacidades técnicas
para trabalhar com o Plano.
Outro instrumento importante é o Seminário Público de Acompanhamento do PMSB,
que, juntamente ao Conselho manterá a população ciente das ações e programas do Plano, e
poderá opinar e manifestar-se em relação a isto; cediço que as sugestões da sociedade são
fundamentais para o sucesso do Plano.
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9. ASPECTOS DA LEI NACIONAL DO SANEAMENTO BÁSICO
Apresentamos adiante alguns aspectos relevantes da Lei Nº 11.445/07 – Lei Nacional do
Saneamento Básico:
Artigo 2º - Os princípios fundamentais dos serviços são baseados na universalidade do
acesso, na disponibilidade em todas as áreas urbanas, nas articulações com as políticas de
desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de
proteção ambiental e de promoção da saúde, da eficiência e sustentabilidade econômica, do controle
social, da segurança, qualidade e regularidade dos serviços prestados.
Artigo 19º - A prestação de serviços públicos de saneamento observará os planos de
saneamento, que abrangerá o diagnóstico da situação, os objetivos e metas de curto, médio e longos
prazos para a universalização do atendimento, as ações de emergências e contingências, os
mecanismos e procedimentos para avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações
programadas; os planos de saneamento básico devem ser revistos periodicamente, em prazo não
superior a 4 (quatro) anos, anteriormente à elaboração do Plano Plurianual;
Artigo 20º - Incumbe à entidade reguladora e fiscalizadora dos serviços a verificação do
cumprimento dos planos de saneamento por parte dos prestadores de serviços, na forma das
disposições legais, regulamentares e contratuais.
Artigo 21º Os objetivos principais da regulação são o de estabelecer padrões e normas,
prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, definir tarifas que assegurem o equilíbrio econômico
e financeiro dos contratos.
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REFERÊNCIAS
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atlas de Geomorfologia do IBGE. Rio
de Janeiro, 1995.
JÚNIOR, Rudinei Toneto. Perdas de água: entraves ao avanço do saneamento básico e riscos
de agravamento à escassez hídrica no Brasil. Instituto Trata Brasil. 2013. Disponível
em<http://www.tratabrasil.org.br/datafiles/uploads/perdas-de-agua/estudo-completo.pdf>.
Acesso em: 18 de agosto de 2016.
OMS. Organização Mundial de Saúde. 2012. Disponível em:
<http://www.who.int/countries/bra/es/>. Acesso em: 14 de agosto de 2016.
SNIS, SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO. 2011.
Disponível em <www.snis.gov.br>, acesso em 12 de agosto 2016.
VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. Princípios
do tratamento biológico de águas residuárias. V.1. 3ª., editora UFMG: Belo Horizonte, 1996.