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0 ESTADO DO PIAUI MUNICIPIO DE BARRAS PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO RELATÓRIO FINAL DO PMSB PRODUTO K BARRAS-PI, 2016

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ESTADO DO PIAUI

MUNICIPIO DE BARRAS

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO

RELATÓRIO FINAL DO PMSB

PRODUTO K

BARRAS-PI, 2016

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

PRODUTO K

Fundação Nacional de Saúde – Funasa

SUS – Quadra 04 – Bloco “N”

Brasília/DF

CEP 70070-040

www.funasa.gov.br

Prefeitura Municipal de Barras

Rua General Taumaturgo de Azevedo,491-centro

Barras /PI

CEP 64.100-000

Fone: (86) 3242-2550

www.barras.pr.gov.br

EXECUÇÃO

LUIS CARLOS DE SOUSA NETO

ENGENHEIRO CIVIL

ANANIAS ALVES DE ARAÚJO FILHO

BIÓLOGO/BACHAREL EM CIENCIAS CONTÁBEIS

APOIO:

JOSÉ FRANCISCO DOS SANTOS REGO

FRANCISCO VIEIRA

Município: Barras/PI

Objeto: Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico

Empresa: Fundação Francisca Clarinda Lopes.

Contrato Público Administrativo nº: 2012.06.27-02

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................... 4

INTRODUÇÃO..................................................................................................... 5

1 DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO ............................................... 8

1.1. Caracterização do município .......................................................................... 8

1.2. Política de Saneamento .................................................................................. 85

2 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE

ABASTECIMENTO D'ÁGUA ............................................................................. 89

2.1. Projeção da Demanda Estimada para o Setor de

Abastecimento de Água......................................................................................... 89

2.2. Proposição de Intervenções ............................................................................ 98

2.3. Programas, Projetos e Ações .......................................................................... 105

2.4. Estimativa de Investimentos ........................................................................... 110

3 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE

ESGOTAMENTO SANITÁRIO .......................................................................... 115

3.1. Projeção da Demanda Estimada para o Setor de Esgotamento

Sanitário................................................................................................................. 115

3.2. Proposição de Intervenções ............................................................................ 118

3.3. Programas, Projetos e Ações .......................................................................... 122

3.4. Estimativa de Investimentos ........................................................................... 125

4. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE

LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .......................... 128

4.1. Projeções de Geração de Resíduos Sólidos no Município ............................. 128

4.2. Gestão de Resíduos Sólidos no Município ..................................................... 130

4.3. . Alternativas Estudadas para Manejo dos Resíduos Sólidos ......................... 136

4.4. Critérios para pontos de apoio ao sistema de limpeza nos diversos

setores da área de planejamento (apoio à guarnição, centros de coleta

voluntária, mensagens educativas para a área de planejamento em

geral e para a população específica) ...................................................................... 159

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4.5. Descrição das formas e dos limites da participação do poder

público local na coleta seletiva e na logística reversa, respeitado o

disposto no art..33, da Lei 12.305/2010, e de outras ações relativas à

responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos ......................... 159

4.6. Programas, Projetos e Ações .......................................................................... 162

4.7. Estimativa de Investimentos ........................................................................... 168

5. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE

DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS ......................... 172

5.1. Medidas de Controle para Reduzir o Assoreamento de Cursos

D'Água e de Bacias de Detenção ........................................................................... 176

5.2. Medidas de Controle para Reduzir o Lançamento de Resíduos

Sólidos nos Corpos d' água .................................................................................... 179

5.3. Diretrizes para o Controle de Escoamentos na Fonte ..................................... 181

5.4. Diretrizes para o Tratamento de Fundos de Vale ........................................... 192

5.5. Ações Emergenciais do Sistema de Drenagem Urbana e Manejo

de Águas Pluviais .................................................................................................. 194

5.6. Programas, Projetos e Ações .......................................................................... 204

5.7. Estimativa de investimentos ........................................................................... 207

6. INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E METAS DE

UNIVERSALIZAÇÃO ......................................................................................... 211

6.1. Água ............................................................................................................... 211

6.2. Esgoto ............................................................................................................. 212

6.3. Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos ............................................ 213

6.4. Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais ............................................. 213

7. PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E

CONTINGÊNCIAS............................................................................................... 217

8. INSTRUMENTOS DE GESTÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO

PMSB .................................................................................................................... 223

9. ASPECTOS DA LEI NACIONAL DO SANEAMENTO BÁSICO ................ 225

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 226

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APRESENTAÇÃO

O presente trabalho foi realizado com recursos financeiros provenientes de convênio

firmado entre o município de Barras (PI) e a Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, e teve

como empresa contratada para sua realização a Fundação Francisca Clarinda, através do

Contrato Público Administrativo nº: 2012.06.27-02, amparado em processo licitatório,

realizado sob os auspícios da Lei 8.666/93 e suas alterações.

O Plano executado atendeu aos termos previstos pela Lei Federal nº 11.445/2007, e

seu Decreto nº 7.217/2010, e nas especificações do Termo de Referência da Funasa, adotado

no Edital, e abrange todo o município de Barras (PI), considerando as localidades rurais e

urbanas e por um horizonte de 20 anos de planejamento, envolvendo os sistemas de:

ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL;

ESGOTAMENTO SANITÁRIO;

LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS;

DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS.

A metodologia utilizada na realização do Plano incluiu a participação e o

envolvimento da sociedade, por meio da execução do Plano de Mobilização Social - PMS,

com a realização de reuniões técnico-participativas e conferência pública.

Com o Plano espera-se melhorar a prestação de serviços nos quatro setores do

saneamento, com reflexos na qualidade de vida da população barrense, mesmo considerando-

se que o atingimento dos objetivos dependerá do envolvimento e capacidade gerencial dos

executores, da participação da sociedade, da implantação da estrutura regulatória prevista e

das revisões periódicas em prazos não superiores a 4 anos.

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INTRODUÇÃO

Depois de vários anos de debate e tramitação no Congresso Nacional e aprovação da

Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, iniciou uma nova fase para o saneamento, findando

uma estagnação de décadas pela ausência de normas e diretrizes para a prestação de serviços

de saneamento básico e finalmente definindo-se uma Política Nacional de Saneamento.

A nova Lei traça o novo marco regulatório e dispõe dos seguintes princípios

fundamentais:

Universalização do acesso ao saneamento - acesso e usufruto por toda

sociedade, que resulte salubridade ambiental e condições de saúde para os cidadãos;

Integralidade - acesso a todos os serviços de acordo com suas necessidades.

Se o serviço for necessário, ainda que o usuário assim não entenda e não possa remunerá-lo,

este princípio garante que ele será colocado à disposição da população de forma efetiva ou

potencial.

Prestação dos serviços de forma adequada à saúde pública e à proteção do

meio ambiente, à segurança da vida e do patrimônio público e privado, habilitando a

cobrança de tributos - São os serviços de saneamento.

Adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades

locais e regionais - De regra, os serviços de saneamento são executados sob a ótica do

interesse local, tomando-se por referência o Município, operando-se excepcionalmente de

forma regional, embora a Bacia Hidrográfica deva ser considerada como unidade de

planejamento, racionalizando as relações e ações dos diversos usuários e dos atores das áreas

de saneamento, recursos hídricos e preservação ambiental.

Articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de

habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de

promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a melhoria da

qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante - Reflete a

necessidade de articulação entre as ações de saneamento com as diversas outras políticas

públicas.

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Eficiência e sustentabilidade econômica- A eficiência não significa apenas

prestar serviços, mas sim buscar formas de gestão dos serviços de maneira a possibilitar a

melhor aplicação dos recursos, expansão de rede e de pessoal.

Utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de

pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas–implantação

progressiva dos serviços, respeitando as condições econômicas do usuário, de forma que essa

não seja fator inibidor da adoção de novas tecnologias.

Transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos

decisórios institucionalizados - dar transparência às ações e aos processos de decisão na

gestão dos serviços, exigindo-se a criação de Conselhos Municipal.

Controle social - possibilidade de discussões pelos representantes da

sociedade, preferencialmente pelos Conselhos.

Segurança, qualidade e regularidade -segurança e qualidade: eficiência da

prestação do serviço e o respeito à incolumidade dos consumidores; e regularidade, a

prestação ininterrupta dos serviços.

Integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos

recursos hídricos –tendo presente que a titularidade da água-bruta não é a mesma da

prestação de serviço saneamento(distribuição de água), estas deverão ter suas gestões e

infraestruturas manejadas de forma integrada.

O trabalho realizado pela Consultoria envolveu as seguintes etapas/atividades de

trabalhos técnicos do PMSB:

Levantamento da situação atual com os estudos e projetos já elaborados;

Conhecimento os pontos fortes e fracos dos serviços de saneamento do

município e por localidade e bairros, sob o ponto de vista da sociedade;

Elaboração das diretrizes, objetivos e metas observadas no plano de

saneamento;

Estudos de projeção demográfica;

Estudos dos per capita dos sistemas;

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Estudo de alternativas técnicas para os sistemas ao longo do tempo (curto,

médio e longo prazo);

Definição da alternativa mais viável para cada sistema;

Elaboração dos estudos técnicos de dimensionamento das principais unidades

para atender as metas fixadas, em nível de detalhe que permita estimar seus custos;

Os produtos desenvolvidos, de acordo com as especificações do Termo de

Referência foram os seguintes

A. Ato do Poder Executivo (Decreto), com definição dos Membros dos Comitês;

B.Plano de Mobilização Social - PMS;

C. Diagnóstico Técnico-Participativo;

D. Prospectiva e Planejamento Estratégico;

E. Programas, Projetos e Ações;

F. Plano de Execução;

G. Minuta de Projeto de Lei do Plano Municipal de Saneamento Básico;

H. Indicadores de Desempenho do PMSB;

I. Sistema de Informações para auxílio à tomada de decisão;

J. Relatório Mensal simplificado do andamento das atividades;

K. Relatório Final do PMSB.

O Relatório Final do PMSB é composto pela síntese dos produtos C, D, E, F e H.

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1. DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO

1.1. Caracterização do município

1.1.1. Histórico

Barras estar localizada no centro de seis barras de rios e riachos, o que deu origem

ao seu topônimo. A fundação ocorreu em meados do século XVIII, quando o Coronel Miguel

Carvalho de Aguiar, natural do Estado da Bahia, iniciou a construção da primeira capela,

dedicada a Nossa Senhora da Conceição, atualmente Padroeira da Cidade. Em 1759, o

missionário Frei Manoel da Penha, para uns, ou o Padre Gabriel Malagrida, para outros, em

visita à localidade, conseguiu com o fazendeiro Manoel da Cunha Carvalho, e alguns fiéis, a

conclusão da obra. A capela constituiu a base para a formação do núcleo populacional,

desenvolvido a partir da fazenda Buritizinho, e que, em 1809, se transformou na povoação de

Barras, (com meia dúzia de casas de telha, dispersas na parte meridional). Sempre em torno

das atividades religiosas, a povoação foi se desenvolvendo; em 1815, formaram-se as

primeiras ruas, seguindo-se a criação do Distrito de Paz, a construção do novo templo, a

criação da Freguesia, a elevação à categoria de Vila e, finalmente, por Decreto, a criação da

Cidade, com a denominação de Barras do Marataoan. Gentílico: barrense. Historicamente, o

município foi criado pela Lei provincial nº 127, de 24/09/1841, com denominação dada em

19/04/1842.

Elevado à categoria de município e distrito, com a denominação Barras, pela lei estadual nº

837, de 07 de Julho de 1915, desmembrado de São João do Piauí, sede na vila de Barras.

Constituído do distrito sede. Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-1X-1920, o

município é constituído do distrito sede.

Pelo decreto nº1279, o município foi extinto, passando o seu território a pertencer ao

município de São João do Piauí.

Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Barras, pelo decreto

nº1575, de 17 de Agosto de 1934, desmembrado de São João do Piauí. Sede no antigo distrito

Barras e instalado em 29 de Março de 1938. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o

município é constituído do distrito sede, assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.

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Quadro 1: Dados gerais do município de Barras (PI)

Dados Gerais

Município Barras

Distancia de Teresina (km) 126 km

Via de acesso PI 113

Mesorregião Baixo Parnaíba Piauiense

Microrregião Norte Piauiense

Prefeito Edilson Sérvulo de Sousa "Capote"

Vice Prefeito Oziris Bona Junior

Endereço da Prefeitura Rua General Taumaturgo de

Azevedo,491 - Centro

Telefone (86)3242-2550

Fonte: Prefeitura Municipal de Barras

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FIGURA 1: Localização da Área de Estudo

O município de Barras-PI está situado na Mesorregião Norte Piauiense, Microrregião

do Baixo Parnaíba Piauiense, compreendendo uma área irregular de 1.775 km². Tem como

limites ao norte os municípios de N. Sra. dos Remédios, Campo Largo do Piauí e

Esperantina, ao sul Cabeceiras do Piauí; ao leste Piripiri, Boa Hora e Batalha; e a oeste

Miguel Alves. Figura 02.

Figura 2: Mapa de Localização do Município

FONTE: CPRM

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Coordenadas geográficas da sede do município: 04º14‟49” de latitude sul, e

42º17‟45” de longitude oeste. Dista cerca de 120 km de Teresina; altitude de 70 metros, com a

área de 1.775,70 km2.

O acesso dar-se pela BR 343 até o Km 10, altura do Posto da PRF, toma a PI 113, via

José de Freitas, dai até Barras. Figura 3.

Figura 3: Acesso ao Município

Tabela 1: Distâncias entre as cidades circunvizinhas a Barras (PI)

KM PI CIDADE

27,4 113 Cabeceiras

37,9 110 Batalha

39,4 331 Boa Hora

53,8 212 Na Sra dos Remédios

58,8 113 José de Freitas

61,3 222 e 110 Esperantina

68,8 110 Piripiri

120,

8

113 Teresina

Fonte : DENIT

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1.1.2. Características Físicas

1.1.2.1. Aspectos climáticos

O Clima na região tem as seguintes características principais: pluviometria

caracterizada por dois períodos distintos: um chuvoso, com quatro meses ocorrendo as principais

precipitações (inverno), e outro muito seco (verão), com isoietas anuais entre 800 e1.600

mm/ano, conforme Atlas Climatológico do Estado do Piauí. Este também classifica o clima

no município de Barras em sub-úmido úmido C2 - Figura 4, e indica o seguinte:

evapotranspiração de 1.700 a 1.850 mm/ano; evaporação de 1.500 a 2.000 mm/ano; insolação

de 2.800 a 2.900 horas/ano; temperatura máxima variando de 34 a 35º C e mínima de 25 a 35

C e médias anuais de 26 a 28º C; e umidade relativa do ar de 65 a 70%. Atlas Climatológico

do Estado do Piauí. EMBRAPA, 2006.

FIGURA 4: Atlas Climatológico do Piauí

FONTE: EMBRAPA

1.1.2.2. Aspectos geomorfológicos

As formas de relevo da região de Barras compreendem, principalmente, superfícies

tabulares reelaboradas (chapadas baixas), relevo plano com partes suavemente onduladas e

altitudes variando de 150 a 250 metros (IBGE 1977).

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1.1.2.3. Aspectos geológicos

A maior parte da estrutura geológica do Piauí é formada por terrenos sedimentares

constituintes da Bacia Sedimentar do Meio Norte (cerca de 600.000 km²). Abrange grande

parte dos estados do Maranhão e Piauí, o nordeste do Pará, o extremo nordeste de Tocantins,

pequena porção da Bahia e ainda uma estreita faixa do noroeste do Ceará. O embasamento é

constituído principalmente por rochas cristalinas do Pré-Cambriano. As bases geológicas do

Piauí correspondem aos seguintes corpos rochosos:

I. Embasamento cristalino Pré-Cambriano;

II. Sedimentos paleozóicos da B. Sedimentar do Maranhão-Piauí;

III. Sedimentos Terciários da formação Barreiras; e

IV. Sedimentos costeiros Quaternários

Na geologia do município destaca-se o Grupo Barreiras, constituído de arenito,

conglomerado, com intercalações de siltito e argilito. A formação Sardinha destaca-se com

basalto e diabásio. A formação Poti, constituída de arenito, folheto e siltito. A Longá engloba

arenito, siltito e folheto. Na base sedimentar repousam sedimentos da formação Cabeças que

agrupa arenito, conglomerado e siltito (CPRM, 2004). Figura 5.

FIGURA 5: Esboço Geológico do Município de Barras-Pi.

FONTE: CPRM

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1.1.2.4. Solos

Os solos no município estão representados por vários tipos. Figura 6 - Grupamento

indiscriminado de planossolos eutróficos, solódicos e não solódicos, fraco a moderado,

textura média, fase pedregosa e não pedregosa, com caatinga hipoxerófila associada. Os solos

hidromórficos, gleizados. Os solos aluviais, álicos, distróficos e eutróficos, de textura

indiscriminada e transições vegetais caatinga/cerrado caducifólio e floresta ciliar de

carnaúba/caatinga de várzea. Os solos arenosos essencialmente quartzosos, profundos,

drenados, desprovidos de minerais primários, de baixa fertilidade, com transições vegetais,

fase caatinga hiperxerófila e/ou cerrado e/ou carrasco estão presentes na área de abrangência do

Plano. EMBRAPA, 2006.

Figura 6: Caracterização dos Tipos de Solos do Município de Barras-Pi

FONTE: ADAPTADO EMBRAPA

1.1.2.5. Recursos hídricos

A Política de Recursos Hídricos no Brasil é disciplinada pela Lei 9.433/1997, que

para assegurar o controle quantitativo e qualitativo das águas e o exercício do efetivo direito

de acesso aos recursos hídricos estabeleceu o sistema de outorga de uso da água, entre os seus

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seis principais instrumentos, ANA (2004). No Estado do Piauí, para gestão dos recursos

hídricos foi instituída a Política Estadual de Recursos Hídricos, Lei 5.165/2010, através da

qual a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMAR, instituiu o

Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos que estabelece critérios diferentes

de outorga de uso das águas subterrâneas e superficiais, como, por exemplo, nos critérios de

avaliação e isenção. No contexto municipal está vigendo a Lei nº 475, de 09 de outubro de

2001, que no seu Artigo 46º trata do disciplinamento das ações de saneamento básico

(FREITAS, 2003). Em que pese a existência desse arcabouço legal, não há o seu efetivo

cumprimento.

O município de Barras está inserido na Bacia do rio Parnaíba. A bacia hidrográfica

do rio Parnaíba, drena quase todo o território piauiense e partes dos Estados do Maranhão e

Ceará, ocupando 3,9% do território nacional, Maranhão e do Ceará. O rio Parnaíba possui

1.400 quilômetros de extensão e a maioria dos afluentes localizados a jusante de Teresina são

perenes e supridos por águas pluviais e subterrâneas. Dentre as sub-bacias, destacam-se as dos

rios: Balsas, situado no Maranhão; Potí e Portinho, cujas nascentes localizam-se no Ceará;

Piauí, Uruçuí-Preto, Gurguéia, Longa e a do rio Canindé. Este com 26,2% da área total da

bacia do Parnaíba, drena uma grande região semi-árida. Figura 7. Barras faz parte da sub-

bacia do rio Longá; e, conforme CEPRO, 2005, os principais cursos d‟água que drenam o

município são: o rio Longá, o Marataoan, os riachos Ininga, Riachão, D‟anta e Santo Antônio.

A sede do município é banhada pelo rio Marataoan.

FIGURA 7: Localização da Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba

Fonte: AGENCIA NACIONAL DE ÁGUA

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1.1.2.6. Hidrogeologia

Conforme o diagnóstico produzido pela CPRM, no município de Barras - PI pode-se

distinguir dois domínios hidrogeológicos distintos: rochas sedimentares e as aluviões. As

rochas sedimentares são as da Bacia do Parnaíba pertencentes à Formação Potí e a Formação

Barreiras. A Formação Potí por apresentar rochas de natureza impermeável ou pouco

permeável, que, aliado ao fato de possuir reduzida área no município, apresenta pouco

interesse do ponto de vista hidrogeológico.

O domínio representado pelos sedimentos da Formação Barreiras, com áreas de

exposições em pequenos morrotes na parte nordeste do município, caracteriza-se por uma

expressiva variação faciológica, com intercalações de níveis mais e menos permeáveis, o que

lhe confere parâmetros hidrogeológicos variáveis de acordo com o contexto local. Essas

variações induzem potencialidades diferentes quanto à produtividade de água subterrânea.

Essa situação confere, localmente, ao domínio da Formação Barreiras, características de

aquitardes, ou seja, uma formação geológica que possui baixa permeabilidade e transmite

água lentamente, não tendo muita expressividade como aquífero. Apesar disso, em

determinadas áreas, sua exploração é bastante desenvolvida.

Os depósitos aluvionares são representados por sedimentos areno-argilosos recentes,

que ocorrem margeando as calhas dos principais rios e riachos que drenam a região e

apresentam, em geral, uma boa alternativa como manancial, tendo uma importância relativa

alta do ponto de vista hidrogeológico. Normalmente, a alta permeabilidade dos terrenos

arenosos compensa as pequenas espessuras, produzindo vazões significativas.

1.1.2.7. Aspectos Territoriais

Considerando ainda outros aspectos como o tipo de vegetação, clima, geologia,

diferença de níveis de desenvolvimento dos municípios, níveis tecnológicos, as macrorregiões

foram subdivididas em 11 territórios de desenvolvimento, permitindo maior aproximação dos

municípios com realidades semelhantes, denominados: Planície Litorânea, Cocais,

Carnaubais, Entre Rios, Vale do Sambito, Vale do Guaribas, Vale do Canindé, Tabuleiros dos

Rios Piauí e Itaueiras, Serra da Capivara, Tabuleiros do Alto Parnaíba e Chapada das

Mangabeiras.

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O município de Barras está inserido no Território dos Cocais - Figura 8, o qual é

composto pelos municípios de Esperantina, Luzilândia, Pedro II, Piracuruca, Piripiri, Batalha,

Barras, Pedro II, Brasileira, Campo Largo do Piauí, Domingos Mourão, Joaquim Pires, Joca

Marques, Lagoa de São Francisco, Madeiro, Matias Olímpio, Milton Brandão, Morro do

Chapéu do Piauí, Nossa Senhora dos Remédios, São João das Fronteiras, São João do Arraial

e São José do Divino. Ocupa uma área de 17.512,81 Km², e abrigava em 2000, uma

população de 347.600 habitantes.(PLANAP, 2006)

Figura 8: Localização de Barras PI no Território dos Cocais

Fonte: Piauí em Números

1.1.2.8. Unidades de Conservação

Barras conta com o Parque Ambiental “Cachoeira da Lapa”, criado com o Decreto nº

576, de 1º de dezembro de 2001, com área de 54 – 25 - 24 há, localizado à margem esquerda

do rio Longá, no lugar Alegre de coordenadas geográficas: 04º 08”38‟ S e 12º 42” 15, 52‟ W,

distando 20 Km da sede do município.

1.1.3. Estudo Populacional

1.1.3.1. Dinâmica Demográfica de Barras

A análise demográfica do município de Barras é um estudo de sua população

humana, com base em dados estatísticos. Aspectos quantitativos e qualitativos foram

levantados em censos demográficos, para tal análise e, baseada nesta, foi feita a

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caracterização da população do município. Além de objeto de estudo, a análise demográfica

se torna importante referencial para políticas de planejamento econômico e social e, portanto

indispensável no planejamento dos serviços objeto do PMSB.

A pesquisa está atrelada a cenários sociais e econômicos do município sendo

utilizados dados quantitativos de diversas instituições de pesquisa, como o Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística – IBGE, o Sistema Nacional de Indicadores Urbanos – SNIU –, o

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, - informações sociais, a

Associação Piauiense das Prefeituras Municipais – APPM, Fundação Centro de Pesquisas

Econômicas e Sociais do Piauí – CEPRO e SIAB - DATASUS.

1.1.3.2. Quantitativos Populacionais

A partir do levantamento e análise de dados dos Censos Demográficos de 2000 a

2010, observa-se que, a partir do ano de 2000, Barras experimentou crescimento

populacional, observando-se, que o percentual de urbanização - 49,3%, em 2010 está abaixo

do que se verifica em muitas regiões do País – 80%, aproximadamente.

Tabela 2: O Crescimento População de 2000 / 2010

POPULAÇÃO

TOTAL

HOMENS

TOTAL

MULHERES

POPULAÇÃO

URBANA

POPULAÇÃO

RURAL

POPULAÇÃO

TOTAL

2000 20.709 20.182 18.809 22.082 40.891

2007 21.789 21.448 20.999 22.329 43.328

2010 22.562 22.288 22.126 22.724 44.850

2014 45.938

IBGE 2010.

Como se pode observar, também, na tabela acima, o crescimento da população rural

seguiu a tendência do crescimento da população total. Pode-se verificar ainda que o aumento

da população urbana amplia a idéia de que a população total seguiu tendência da taxa de

urbanização no município.

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Tabela 3: Densidade Demográfica: Município de Barras (PI)

Ano Área (km²) Densidade (hab/Km²)

2000 1.721,59 25,0

2007 1.721,59 25,0

2010

1.721,59 26,0

2014 1.721,59 26,7

Fonte: IBGE

1.1.4. Infraestrutura

1.1.4.1. Planejamento territorial

Previsto no Estatuto das Cidades – Lei 10.257/2001, o Plano Diretor é um

documento que compila dados sobre a cidade, como características físicas, cultura, principais

atividades, vocações, culminando com o disciplinamento do uso da cidade pelos cidadãos, a

partir de ampla discussão sobre a mesma com a sociedade, a fim de se construir cidades à

vontade dos seus habitantes. O Plano Diretor deve, com essas características, ser discutido e

aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo prefeito. Trata-se de documento

relevante para a administração municipal, no entanto, o município de Barras não dispõe do

instrumento.

O Estatuto das Cidades, Lei retrocitada, inova no conceito de Zonas de Especial

Interesse Social – ZEIS, que são áreas demarcadas no território de uma cidade para

assentamentos habitacionais de populações de baixa renda. É uma ferramenta administrativa

que reconhece a diversidade das populações urbanas, a partir do que permite a inclusão de

parcela da população marginalizada da cidade, permitindo a inclusão de serviços e

infraestrutura urbana, regularizando áreas antes com problemas fundiários. Isso, aliás, tem

reflexos positivos na arrecadação municipal, pois essas áreas passam a recolher impostos e

taxas para o município.

O planejamento territorial é outra importante ferramenta administrativa que

possibilita perceber a realidade atual, avaliar os caminhos e construir um referencial futuro.

consiste em um processo que escolhe e organiza ações, antecipando resultados esperados. É

um processo dinâmico, contínuo, além de constante realimentação de situações, propostas,

resultados e soluções, num processo contínuo de tomadas de decisões.

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A ausência desses institutos no planejamento da cidade vem impondo sérios

prejuízos ao seu bom funcionamento, a despeito dos desalojamentos e desabrigados,

consequência da ocupação desordenada de áreas ribeirinhas do rio Marataoan, e da falta de

drenagem urbana adequada. Há, inclusive, loteamentos irregulares construídos ao arrepio da

Lei Federal n 6.766/79 – Lei do parcelamento do solo, que apresentam problemas de falta de

drenagem, e não existem parâmetros de uso e ocupação do solo, como definição das zonas da

cidade: comercial, residencial, mista, etc., o que representa um agravante.

1.1.4.2. Uso e ocupação do solo e zona de especial interesse social

Os usos comuns do solo urbano em Barras (PI), como na maioria das pequenas

cidades, são:

Uso residencial: caracterizado pela presença de residências, em geral unifamiliar,

embora já apresente unidades multifamiliar, com tendência ao crescimento, e com presença de

unidades comerciais.

Uso comercial: identificam-se várias áreas da cidade de uso predominante para a

atividade comercial

Uso misto: existe atualmente uma tendência para o desenvolvimento de atividades

no meio urbano de uso comercial e de serviços associados à residência. Essa modalidade está

presente em Barras e é conhecida como uso misto.

Uso industrial: não há no perímetro urbano de Barras (PI) área característica de uso

industrial, embora existam unidades espalhadas na área urbana e restritas a pequenas serrarias,

metalúrgicas e beneficiamento de arroz e milho.

Uso institucional: destinado à instalação dos prédios que abrigam os serviços

públicos, em Barras (PI) possui edifícios localizados no centro da cidade.

Delimitação das ZEIS

Na zona urbana de Barras foram identificados assentamentos surgidos

espontaneamente, bem com áreas vazias subutilizadas. Ver mapa adiante com a fragmentação

da área urbana de acordo com os usos e a ZEIS do bairro Marupá, com aproximadamente 4

ha, cujo problema é a ausência de saneamento básico: distribuição de água, esgoto, drenagem

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e coleta de resíduos. Há riscos de contaminação por doenças de veiculação hídrica à falta de

pavimentação e as moradias são precárias.

Figura 9: Delimitação da ZEIS Marupá

Fonte: Google

Mapa 1: Usos e ocupação do solo.

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FONTE: AGESPISA ADAPTADO

LEGENDA MAPA 1:

ZR PALEST = ZONA RESIDENCIAL PALESTINA

ZR V. PE MAR = ZONA RESIDENCIAL VILA PE. MÁRIO

ZR- V FRA = ZONA RESIDENCIAL VILA FRANÇA

ZR-SANT = ZONA RESIDENCIAL SANTINHO

ZMS = ZONA MISTA SANTINHO

ZR-PEDR = ZONA RESIDENCIAL PEDRINHAS

ZR – B VISTA = ZONA RESIDENCIAL BOA VISTA

ZR – FLOR = ZONA RESIDENCIAL FLORESTA

APP = ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

ZR V NIZE ZONA RESIDENCIAL VILA NIZE

ZR MATAD = ZONA RESIDENCIAL MATADOURO

ZR PIQ = ZONA RESIDENCIAL PIQUIZEIRO

ZE – CUR = ZONA RESIDENCIAL CURUJAL

ZC = ZONA COMERCIAL

ZR XIQ = ZONA RESIDENCIAL XIQUE-XIQUE

ZR – S CRIS = ZONA RESIDENCIAL SÃO CISTOVÃO

1.1.4.3. Situação fundiária e projetos de parcelamento

Existem muitas áreas de propriedade do município ocupadas por famílias de baixa

renda, cuja regularização vem ocorrendo paulatinamente através da concessão de direito de

uso, concedido pela Prefeitura Municipal.

Inexistem no município de Barras projetos de parcelamento ou urbanização.

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1.1.5. Habitação

Os domicílios são classificados como particulares quando destinados a habitação de

uma pessoa ou de um grupo de pessoas da mesma família ou dependente doméstico.

Considerar os dados abaixo das habitações particulares do município.

Tabela 4: Evolução do Número de Domicílios

ANO DOMICÍLIOS

2000 8.978

2007 11.878

2010 13.376

FONTE: IBGE 2010

Há déficit habitacional no município, conforme apurado no Plano Local de

Habitação de Interesse Social – PLHIS, 2012; e definiu as metas de atendimento previstas

para o horizonte temporal abarcado pelo Plano – curto, médio e longo prazo, que envolveu

uma simulação da disponibilidade total de recursos a serem aplicados em habitação no

município. Para simular a definição de “metas”, estimou-se valores de referência baseados no

critério de porcentagem do déficit habitacional do município de Barras – PI, em relação ao

déficit da Microrregião do Baixo Parnaíba, considerando os números da Fundação João

Pinheiro – FJP, que apontou um déficit habitacional absoluto 44.166, já no levantamento de

campo efetuado pela equipe que elaborou o PLHIS apurou um déficit habitacional

quantitativo de 2.497 no município, representando um déficit de 5,65% da região, já no

Estado do Piauí o déficit habitacional absoluto da FJP é de 139.318, representando um déficit

de 1,79% do Estado e para o país, o déficit habitacional absoluto da FJP é de 6.272.645,

representando um déficit de 0,039% do País.

1.1.6. Energia Elétrica

A ELETROBRAS é a concessionária que fornece energética elétrica no município de

Barras e para todo o Estado do Piauí.

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De acordo com as informações da Unidade de Atendimento da concessionária em

Barras, o fornecimento de energia elétrica é feito por meio de uma subestação de rede de

69/13.8 Kv, 12 MVA, localizada à margem da PI 113, localidade Cantinho, a 4 Km de centro

da cidade, saída para Teresina, a qual é alimentada por subestação de Piripiri. As tabelas a

seguir indica a distribuição de energia no município.

Tabela 5: Distribuição dos domicílios segundo as formas de disponibilização de

energia elétrica – 2010.

FORMAS DE DISPONIBILIZAÇÃO DOMICÍLIOS ATENDIDOS

Dispunham 10.857

Não dispunham 448

TOTAL 11.305

Fonte: IBGE – 2010

Tabela 6: Número de consumo e consumidores de energia elétrica por classe – 2012

CLASSES CONSUMO (KWh) CONSUMIDORES

Residencial 11.952.841 12.815

Industrial 539.878 61

Comercial 2.726.210 772

Rural 1.744.194 289

Poderes Públicos 1.167.325 150

Iluminação Pública 1.193.021 4

Serviços Públicos 541.513 46

Próprio 20.215 1

TOTAL 19.885.197 14.138

Fonte: Eletrobrás (CEPISA)

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1.1.7. Comunicação

Barras conta com uma agência dos Correios. Duas estações de rádio AM, dispostas

pelo Ministério das Comunicações, estão inativas e em fase de migração para FM e posterior

funcionamento. Televisão é servida por repetidoras instaladas na capital Teresina, em

operação: TV Club, Meio Norte, Cidade Verde e Antena 10. As informações circulam no

município mais efetivamente por intermédio dos seguintes blogs: Barras News, Grande

Barras, Aqui Você Fica Sabendo, Barras Virtual, Longá.com, 180 graus e Meio Norte.

1.1.8. Transporte e Pavimentação

O sistema viário de Barras é composto principalmente pelas Estaduais que ligam à

Capital e cidades vizinhas: PI 110 – Miguel Alves, Barras a Batalha e entra na BR 222 para

Esperantina; seguindo a 110 vai até Piracuruca; PI 112, Barras para N. Sra. Dos remédios e

Porto (PI); E PI 113 Barras até Teresina, via BR 343. Barras a Piripiri PI nova sem número

que começa na altura do Km da PI 110. A cidade não conta com porto e aeroporto, sendo os

mais próximo, respectivamente, o de Itaqui em São Luis, a 550 Km, e Petrônio Portela, em

Teresina (PI), a 120 Km, tudo por via terrestre. Figura 10.

Figura 10: Mapa Rodoviário de Acesso a Barras

FONTE : Google Maps

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Tabela 7: Frota do Município

TIPO 2011 2012 2013

Automóvel 673 816 1.003

Caminhão 105 116 130

Caminhão Trator 3 4 4

Caminhonete 247 303 347

Caminhoneta 33 44 50

Micro-ônibus 9 10 11

Motocicleta 4.361 5.204 5.969

Motoneta 987 1.170 1.347

Ônibus 37 51 65

Outros 34 43 59

Trator de rodas 0 0 0

Utilitários 3 3 5

TOTAIS 6.495 7.767 8.995

Com os dados acima, conclui-se que houve um crescimento expressivo da frota do

município, da ordem de 38,5% no período considerado.

Atribui-se ao fenômeno do crescimento da frota as dificuldades encontradas pela

população à falta de sistema de transporte público urbano, aliada à expansão territorial urbana.

A malha viária urbana é composta por ruas e avenidas, contando com

aproximadamente 70 Km de malha, dos quais 27 Km sem pavimentação, e a pavimentação

existente é na sua esmagadora maioria por paralelepípedo, com apenas 3.000 de asfalto, dos

quais 2.000 m são representados pelos corredores de acesso das PI 113 e 110. A parcela sem

pavimentação representa dificuldade de escoamento de águas pluviais, levando risco de

doenças de veiculação hídricas populações dessas comunidades periféricas, e no inverno o

lixo particulado, com perigo de doenças nos olhos.

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1.1.9. Estrutura Comunitária

1.1.9.1. Escolas

1.1.9.1.1. Escolas municipais

Quadro 2: Escolas do município de Barras (PI)

ESCOLA END./LOC. NOME DO DIRETOR(A)

DES. ARIMATÉIA TITO RUA GERVÁSIO PIRES,

S/N

GILSON DO NASCIMENTO

REIS

DEUSELINA ALENCAR RUA SÃO JOSÉ S/N MARILÉA PUGET EULÁLIO

COSTA

DR. JOSÉ LAGES BAIRRO PEDRINHAS II GERACINDA DE O.

MONTEIRO

HONORINA TITO RUA SÃO JOSÉ INÁCIA DIAS CAVALCANTE

LÉA PUGET EULÁLIO BAIRRO VILA FRANÇA LUIS ANTONIO SARAIVA

PESSOA

MONSENHOR MÁRIO

MENESES BAIRRO SANTINHO

MARA KELINE EVARISTO

DA SILVA

RAIMUNDO NONATO

CARDOSO VILA ESPERANÇA MARIA IRACEMA RAMOS

SIMÃO DE SOUSA RÊGO BAIRRO PEDRINHAS I

SINHAZINHA CORREIA BAIRRO SANTINHO CLEMILDA DA SILVA

SOUSA

LINDOLFO UCHÕA RUA GERVÁSIO

COSTA ROSILDA DE SOUSA SALES

TRANCREDO NEVES BAIRRO SÃO

CRISTOVÃO

JOSÉ FCO

FERREIRA DE

SOUSA

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FRANCISCO DE A

CARVALHO

RUA DO CHICO DOCA

S/N

GONÇALO SOUSA

NASCIMENTO

TIA DICA BAIRRO SÃO

CRISTOVÃO

NAZARÉ BRITO RUA SÃO JOSÉ ALDA MARIA RÊGO SILVA

HONÓRIODOMINGOS

OLIVEIRA CANTO DO SINDÔ

JOSÉ ANCHEITA NUNES DE

SALES

ESMERINDO JOSÉ FCO

CARA TORTA MARIA DAS DORES L. DE

CARVALHO

Ma BEZERRA DE

CARVALHO PARAISO

CRISTIANE MARIA DA

SILVA

Ma DAS DORES DA

SILVA TIPIS REGINALDO DA COSTA

ROSANGELA DE A.

BARBOSA MALHADA ALTA

COMANDADA PELO

NÚCLEO

ANA BATISTA MUNDO NOVO DOMINGOS DE SOUSA

ALVES

BENEDITO JOSÉ DA

SILVA JARDIM M

a DE DEUS ROCHA

JONAS BORGES ARAÚJO BREJO ELIZABETE LUCIA V. DE

CARVALHO

MIGUEL FERREIRA

FILHO CANTO ESCURO

INÁCIA FERREIRA DE

CARVALHO

SÃO LUIS SÃO LUIS DANIEL FERREIRA

DOMINGOS RAMOS BOM FIM

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ELOI PIRES LAGES MIMOSOS M

a ODETE MARQUES DA

ROCHA

FELIX REBOUçAS PALMEIRA Ma

DULCIMAR DUARTE

LUÍS PEREIRA RAMOS ISABELINHA COMANDADA PELO

NÚCLEO

LUIS JOSÉ FURTADO MOCAMBO KLEBERTYDE SOUSA

FURTADO

NEMÉSIO MARQUES

LAGES BARRO BRETO LUIZ LOPES DE SOUSA

RAIMUNDO JOSÉ

COSTA FLOR DO CAMPO M

a SALES FERREIRA

ROSA DO RÊGO LAGES ESPERANÇA

SINHARA MONTE LAMEIRÃO FRANCISCA Ma

B. ALVES

TIA DOROTEIA INGÁ

ELIZIÁRIO G. DA SILVA ALTO DA GRAÇA JOSÉ DE DEUS VIERA

SILVA

EUDES RAULINO DE

ALMEIDA SOSSEGO

HELIOMAR MAURO LOPES

LUSTOSA

FCO

OTÁVIO DOS

SANTOS BARREIRO DO OTÁVIO MARIA VAZ

GERÔNIMO FERREIRA

FRANCO VEREDA GRANDE

AURELIVAN CARVALHO

SANTIAGO

JUSTINO COELHO DE

RESENDE LAGOA DE LAGES

ELIZABETE LUCIA V. DE

CARVALHO

Ma DA GLÓRIA P. DE

CARVALHO BOCA DA MATA

CRISTIANE MARIA DA

SILVA

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30

CHIQUINHA GOMES PASSA TUDO M

a JOSELITA NUNES

FERREIRA

HAYDEE LAGES MONTE BARREIRO DO

ALCIDES

IOLANDA NASCIMENTO

ALVES

JOÃO JOSÉ FILHO ANGICAL AURA COSTA SOUSA

CARRIAS

LUISA ELISA DE MELO MATA FRIA MARILENE MOURÃO

CARVALHO

MANOEL JOSÉ DE

ALMEIDA MURICI

NOELI CARNEIRO

SANTIAGO

RAIMUNDO SIMPLICIO RIACHO VERDE RAIMUNDO PEREIRA

RAMOS

ANTONIO NUNES

FERREIRA SANTA ROSA

ALZENIRA DO

NASCIMENTO CRUZ

SANTO ANTONIO FORMOSO LUCIANA DE SOUSA

GOMES

SÃO FRANCISCO SOLIDÃO M

a LUCIA FERREIRA

GADELHA

BRASILINO NUNES

FERREIRA TABOCA

Ma

DA CONCEIÇÃO F. DA

SILVA

JOSÉ CANDIDO DE

MESQUITA INGÁ M

a EDILEUZA DA SANTA

FERNANDO TORRES PAISSANDU DEUSINERE DE CARVALHO

ARAÚJO

LUIS PIRES CORREIA FORMOSA FRANCISCO MENESES DA

SILVA

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ELVIRA COELHO DE

CASTRO LAGOA PRETA

EDNA DE OLIVEIRA CUNHA

RÊGO

ARCÂNGELA Ma

DA

CONCEIÇÃO ANGELIM

Ma

FRANCISCA R. DA

COSTA

PEDRO MARQUES DE

OLIVEIRA LIMOEIRO IVANE FERREIRA LAURENA

1.1.9.1.2. Escolas estaduais

Quadro 3: Escolas estaduais com sede em Barras (PI)

ESCOLA END./LOC. NOME DO DIRETOR(A)

CONRADO AMORIM

(CEJA)

RUA MAL. PIRES

FERREIRA MARIA DE LOUDES SOUSA

U.E. GERVÁSIO COSTA RUA FENELON

CASTELO BRANCO AURILENE VIEIRA BARROS

U.E. N.Sra DA

CONCEIÇÃO RUA SANTO ANTONIO MARIA ROSANGELA

U.E. MATIAS OLIMPIO RUA CARVALHO

FILHO RITA DE CASSIA

U.E. LINDOLFO UCHÔA RUA GERVÁSIO

COSTA BEATRIZ RIBEIRO

U.E. Ma DE JESUS C.

ROCHA VILA PADRE MÁRIO

JOSÉ FCO

DOS SANTOS

RÊGO

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1.1.9.1.3. Escolas particulares

Quadro 4: Escolas particulares em Barras (PI)

ESCOLA END./LOC. NOME DO DIRETOR(A)

EDUC. SANTO ANTONIO RUA MAL. PIRES

FERREIRA

ALVINA FERNANDES

CARVALHO

COLÉGIO OLGA

FERNANDES RUA 10 DE NOVEMBRO

FCO

DE ASSIS CARVALHO

FILHO

COLÉGIO PRÁTICUS RUA SÃO JOSÉ ANTONIO FRANCISCO DE

ARAÚJO

1.1.9.2. Áreas de Lazer

Praça Monsenhor Bozon, Rua Santo Antônio – Centro, Praça sem. Joaquim Pires,

Praça Lucilo Albuquerque; Praça Santa Luzia, Praça Mártir Gregório, Praça da Concha,

Estádio Juca Fortes, balneários Flutuante, Pesqueiro, Parente, Paraíso Clube.

1.1.9.3. Estabelecimentos de Saúde

Ver no quadro 5 a seguir os principais estabelecimentos instalados no município.

Quadro 5: Estabelecimentos de Saúde

UNIDADE ENDERECO

Hospital Leônidas Melo Rua Santo Antonio – Pça.

Mons.Bozon - Centro

Unidade Básica de Saúde Riacho Verde

Unidade Básica de Saúde Palmeira

Posto de Saúde Formoso

Posto de Saúde Formosa

Posto de Saúde Eudes Raulino Sossego

Posto de Saúde Antônio Félix de Carvalho Boca da Mata

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Posto de Saúde Antenor de C. Rêgo São Francisco

Posto de Saúde Alfredo Lages Rêgo Esperança

Posto de saúde Alcides do Lages Rêgo Barreiros

Posto de Saúde Paulo Alberto R Gervásio Pires, Centro

Centro de Saúde Matadouro Rua São José – Matadouro

Posto de Saúde Odete Lira Praça Santa Luzia – Boa Vista

Posto de Saúde José Ribamar Pereira Av. Dirceu Arcoverde – Santinho

Posto de Saúde da vila França Vila França

Posto de Saúde São Cristovão Bairro São Cristovão

Posto de Saúde Santinho II Bairro Santinho

Posto de Saúde Francisco Raulino Localidade Murici

Posto de Saúde Morada de Barras Conj. Morada de Barras

Posto de Saúde Dona Dita – Xique-xique Bairro Xique-xique

Posto de Saúde Santa Rosa Localidade Santa Rosa

Posto de Saúde Dr. José Lages Bairro Pedrinhas

Posto de Saúde Justino Coelho Resende Localidade Lagoa de Lages

Núcleo De Apoio à Saúde da Família - NASF Rua Manoel da Cunha – Centro

Centro de Atendimento Psicosocial-CAPS R São José – Matadouro

PARTICULARES

Centro de Regulação de Urgências Médicas R Antenor Rêgo – Matadouro

Clínica Santa Emília R Carvalho Filho – Centro

Clínica Airton Andrade Praça Mons. Bozon – Centro

Clínica New Lab Praça Sem. Joaquim Pires

Laboratório Exame Praça Mons. Bozon

Laboratório Patrick Mesquita Rua Gervásio Pires, Centro

LABOBARRAS Rua Duque de Caxias – Xique-xique

Clínica Espaço vida Rua Gervásio Pires, Pequizeiro

Clínica de Reabilitação Rita Sales Conj. Petrônio Portela – Pequizeiro

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1.1.9.4. Cemitérios

São estruturas que fazem parte da vida das cidades e causam importantes impactos

socioambientais que vão desde os psicológicos (medo da morte e superstições), até os

impactos no meio físico: o chorume produzido das decomposições colocam em risco de

contaminação as águas superficiais e subterrâneas. Para disciplinamento da construção dessas

estruturas o CONAMA editou a Resolução nº 335/03.

O município de Barras vem sendo servido há muitos anos pelas seguintes unidades:

Cemitério Municipal São José, localizado na Praça Mártir Gregório, rua Fernando Carvalho,

Bairro Pequizeiro e Cemitério do Exú, que serve a população do bairro São Cristovão.

Essas Unidades funcionam à revelia da Resolução citada acima, a primeira,

inclusive, com poço artesiano em operação no entorno de 100 m.

Figura 11: Cemitério São José – Barras (PI)

FONTE: GOOGLE

1.1.9.5. Organização Social

O município é conhecido como “Terra dos Intelectuais”, por ter sido berço de

inúmeros filhos ilustres, com grande destaque para o Artista Plástico Lucílio Albuquerque; e,

também, “Terra dos Governadores”, pois dentre os destaques figuram oito Governadores de

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35

Estado, são eles: General Gregório Taumaturgo de Azevedo, Coriolano de Carvalho e Silva,

Raimundo Artur de Vasconcelos, Matias Olímpio de Melo, Leônidas de Castro Melo, João de

Deus Moreira de Carvalho, governaram o Piauí; e: Segismundo Antônio Gonçalves em

Pernambuco; Fileto Pires Ferreira e Gregório Taumaturgo de Azevedo, no Amazonas. No

Senado Federal figuraram: Mal. Pires Ferreira, Firmino Pires Ferreira, Raimundo Artur de

Vasconcelos, Joaquim Pires Ferreira, Matias Olímpio de Melo e Leônidas de Castro Melo;

além de vários Deputados Federais. Outros se destacaram na fundação de cidades, como:

Cruzeiro do Sul (ACRE), Taumaturgo de Azevedo; Ambrósio Aires (AM) Augusto Soriano

de Melo e Floriano (PI), Agrônomo Francisco Parente (Castro Rêgo, 2008).

Em que pese a tradição do município, hoje não existem grupos sociais com

percepção socioambiental capaz de promover discussões que influenciem os destinos dos

setores de saneamento, saúde e meio ambiente.

Diagnosticamos a existência de associação de moradores na grande maioria das

localidades rurais e todos os bairros da cidade, o que demonstra o interesse da população pela

organização social, dado a importância dessas organizações para o desenvolvimento das

comunidades. Isso inobstante, são ações incipientes, que na maioria dos casos atende a

interesses políticos, o que tem desestimulado a participação mais efetiva de membros das

comunidades. Há outros tipos de organizações sociais de importância para o município, como

os Conselhos Municipais de Saúde, de Educação, APAE e Conselho Tutelar dos Direitos da

Criança e do Adolescente, Colônia de Pescadores, Sindicato das Trabalhadoras e

Trabalhadores rurais, Sindicato dos trabalhadores em Educação. No quadro adiante relação

das principais associações com sede no município.

Quadro 6: Associações comunitárias

NOME ENDEREÇO

Associação dos Produtores Rurais da

localidade Carnaubal dos Diolindos

Carnaubal –Barras (PI)

Associação dos Moradores Rurais da

Comunidade Riacho Verde

Riacho Verde – Barras (PI)

Associação dos Moradores da Vila França Bairro Vila França – Barras (PI)

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Associação dos Pequenos Produtores Rurais

da Comunidade Formosa I

Formosa – Barras (PI)

Associação de Moradores da Comunidade

Caiçara

Caiçara – Barras (PI)

Associação de Moradores da Comunidade

bairro Pedrinhas II

Bairro Pedrinhas – Barras (PI)

Associação Desenvolvimento Comunitário

dos Pequenos Produtores da Comunidade

Bonito

Bonito – Barras (PI)

Associação Rural da Comunidade

Mucambo

Mucanbo – Barras (PI)

Associação dos Moradores Rurais da

Comunidade Tipís

Tipis – Barras (PI)

Associação Comunitária dos Produtores

Rurais de Centro e Tipís

Tipis – Barras (PI)

Associação de Desenvolvimento

Comunitário dos Pequenos Produtores

Rurais da Comunidade Bonito

Bonito – Barras (PI)

Associação dos Pequenos Produtores da

Comunidade Santa Cruz I

Santa – Barras (PI)

Associação Comunitária: Cocos, Mamoeiro

e Alto Bonito

Cocos – Barras (PI)

Associação dos Pequenos Produtores Rurais

da Comunidade Unha de Gato

Unha de Gato – Barras (PI)

Associação de Moradores da Comunidade

Tipís – Centro e Pastores

Tipis – Barras (PI)

Associação de Produtores e Produtoras da Mãe Joana – Barras (PI)

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Comunidade Mãe Joana

Associação dos Pequenos Produtores Rurais

da localidade Canto do Sindô II

Canto do Sindô – Barras (PI)

Associação dos Moradores do bairro

Pequizeiro

Bairro Pequizeiro – Barras (PI)

Associação Comunitária dos Moradores

Rurais da localidade Lagoa Seca dos

Leocádios

Lagoa Seca dos Leocádios – Barras (PI)

Associação dos Pequenos Produtores Rurais

da comunidade Alto Alegre

Alto Alegre – Barras (PI)

Associação Comunitária de

Desenvolvimento da vila Barbosa

Vila Barbosa – Barras (PI)

Associação Comunitária dos Moradores

Rurais da Comunidade Morada Nova

Morada Nova – Barras (PI)

Associação de Desenvolvimento

Comunitário dos Pequenos Produtores

Rurais da Comunidade Couro de Porco

Coito de Porco – Barras (PI)

Associação de Desenvolvimento de

Moradores da localidade Tamboril e

adjacentes

Tamboril – Barras (PI)

Associação de Moradores do Barro Preto Barro Preto – Barras (PI)

Associação dos Pequenos Produtores Rurais

da Comunidade Izabelinha

Izabelinha – Barras (PI)

Associação de Moradores Rurais da

Comunidade Morada Nova II

Morada No II – Barras (PI)

Associação dos Pequenos Produtores Rurais

da Comunidade Pé do Morro

Pé – do - Morro

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Associação de Moradores Rurais da

Comunidade Três Caminhos

Três Caminhos

Associação de Moradores da Vila Esperança Bairro V. Esperança – Barras (PI)

Associação Comunitária do bairro Xique-

xique

Bairro Xique-xique

Associação Comunitária da Vila São Pedro Bairro São Pedro

Associação Comunitária dos Moradores do

bairro Matadouro

Bairro Matadouro

Associação comunitária do Bairro Santinho Santinho – Barras (PI)

Associação de Moradores do Bairro Boa

Vista

Boa Vista – Barras (PI)

Associação de Moradores do Bairro de

Fátima

B Fátima – Barras (PI)

Associação Comunitária do bairro Corujal Bairro Corujal – Barras (PI)

Associação Comunitária do Riachinho Bairro Riachinho – Barras (PI)

Associação de Des. Comum. Das Pedrinhas B Pedrinhas – Barras (PI)

Associação de Moradores do Bairro Floresta B Floresta – Barras (PI)

Associação dos Moradores do bairro São

Cristovão

B São Cristovão – Barras (PI)

Os barrenses, como é cediço por aqui, é um povo muito ligado a festas e à

religiosidade, o que eles atribuem à herança de sua fundação por um baiano. Por isso,

secularmente atrai visitantes para os festejos da padroeira Nossa Senhora da Conceição, e há

décadas é destaque no carnaval piauiense. A seguir quadro com calendário dos principais

eventos.

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Quadro 7: Principais eventos de Barras

EVENTO PERÍODO

CARNAVAL FEVEREIRO/MARÇO

FOLGUEDOS JUNHO

ANIVERSÁRIO DA CIDADE SEMANA DE 24 DE SETEMBRO

FESTEJOS DA PADROEIRA 28/11 A 08/12

FONTE: Prefeitura Municipal de Barras

1.1.9.5.1. Igrejas

Como já dito, é forte a religiosidade no seio da população barrense, o que se verifica

nas realizações de festejos e cultos religiosos. No quadro adiante as principais representações

religiosas presentes no município.

Quadro 8: Representações religiosas do município de Barras (PI)

NOME ENDEREÇO

IGREJAS CATÓLICAS

Igreja de N. Sra. da Conceição Pça. da Matriz – Centro

Igreja de Santa Luzia e São José

Operário Pça. Santa Luzia –Boa Vista

Igreja de São João Batista Av. Sinhazinha Correia – Santinho

Igreja de São Cristovão Av. Francisco Raimundo – São Cristovão

Capela de São Raimundo R Duque de Caxias – Xique-xique

Capela de N. Sra. de Fátima R Leônidas Melo – B. Fátima

Capela de São Sebastião R Fernando Carvalho – Pequizeiro

Capela do Sagrado Coração de Maria R Valdivino Tito – Corujal

Capela de Santa Teresinha Pça. Mártir Gregório - Matadouro

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IGREJAS EVANGÉLICAS

Assembléia de Deus R Leônidas Melo – Centro

Assembléia de Deus R dos Aracandus – Santinho

1a Igreja Batista Conj. Petrônio Portela - Matadouro

Igreja Batista Central Av. JK – Corujal

Igreja Universal do Reino de Deus R São José – Centro

Templo das Testemunhas de Jeová R Gal. Taumaturgo – Centro

Assembléia de Deus R da Bíblia – Vila Esperança

ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA

Centro Espírita Nosso Lar R Vitor Lopes - Pequizeiro

1.1.9.6. Saúde

Segundo a Organização Mundial de Saúde- OMS, saneamento é o controle de todos

os fatores do meio físico que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem-estar

físico, mental e social, enquanto saúde é boa disposição física e mental, além de bem-estar

social. Frente a esses conceitos diagnosticamos que em Barras não há Práticas de Saúde

efetivas para promoção da saúde e saneamento da população em geral, nos moldes ditados

pela OMS. A propósito, falta estrutura de saneamento, mormente na periferia da cidade, com

flagrantes prejuízos à saúde da população. Inexiste estrutura física e educacional para

promoção de campanhas educativas que promovam educação ambiental para a população e

prevenção e promoção da saúde. Algumas ações isoladas são feitas através da organização de

Agentes Comunitários de Saúde.

1.1.9.6.1. Taxas de mortalidade, natalidade, fecundidade e longevidade

A taxa de mortalidade infantil é o número de óbitos de menores de um ano de idade,

por mil nascidos vivos, considerando a população residente em determinada região, no ano

considerado.

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O indicador “mortalidade infantil,” além de informar sobre os níveis de saúde da

população, reflete simultaneamente seu grau de desenvolvimento social e econômico e a

qualidade do sistema de saúde, considerando que em condições sanitárias inadequadas o

segmento da população mais afetado é o infantil. Isso remete à responsabilidade do setor

público para a formulação e implantação de políticas públicas de saneamento básico, nos

quatro eixos: abastecimento de água potável, coleta e tratamento de esgotos, coleta e

destinação do lixo, e a outros serviços públicos que contribuam para proteção da população

dos riscos de doenças epidemiológicas, infecciosas e de veiculação hídrica (amebíase,

giardíase, gastroenterite, febres tifoides e paratifoide, hepatite infecciosa e cólera, entre

outras).

O indicador “Longevidade” é composto pelo indicador esperança de vida ao nascer.

Esse indicador mostra o número médio de anos que as pessoas viveriam a partir do

nascimento, mantidos os mesmos padrões de mortalidade observados no ano de referência.

“Esperança de Vida ao Nascer” é o indicador utilizado para compor a dimensão

longevidade do IDHM. “Taxa de Natalidade” é o número de nativivos que nascem

anualmente a cada mil habitantes, e “Taxa de Fecundidade é a estimativa do número médio

de filhos que uma mulher teria até o fim de seu período reprodutivo. Adiante tabela de

nascidos vivos em Barras (PI), nos últimos cinco anos.

Tabela 8: Nascidos vivos nos últimos 5 anos em Barras (PI)

ANO 2010 2011 2012 2013 2014

NASCIDOS

VIVOS

786 757 757 765 556

FONTE: SISNAC

A mortalidade de crianças em Barras em 1991 era de 63,4; de 48,2 em 2000; e

passou para 28,8 por mil nativivos em 2010. No Brasil, a taxa era de 23,1 em 2010; de 41,9

em 2000 e 64,7 em 1991. Entre 2000 e 2010, a taxa de mortalidade infantil no país caiu de

30,6 por mil nativivos para 16,7 por mil nativivos. Em 1991, a taxa era de 44,7 %.

Com a taxa de mortalidade observada em 2010, a cidade de Barras assim como o

País, segue o cumprimento de uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

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das Nações Unidas, segundo a qual a mortalidade infantil deve estar abaixo de 17,9 óbitos por

mil em 2015. A seguir tabelas com a situação do município de Barras (PI).

Tabela 9: Longevidade, Mortalidade e Fecundidade em Barras (PI).

ITENS 1991 2000 2010

Esperança de vida ao nascer (em anos) 60,5 63,4 71,7

Mortalidade até 1 ano de idade (por mil nativivos ) 63,4 48,2 22,8

Mortalidade até 5 anos de idade (por mil nativivos ) 83,2 61,9 24,6

Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) 4,3 3,9 2,3

Fonte: PNUD/ATLASBRASIL

Tabela 10: Coeficiente de Mortalidade Infantil* - Municípios mais populosos do Estado

Município 1991 2000 2010

Teresina 38,73 32,67 16,13

Piripiri 54,13 41,74 23,40

Picos 54,13 32,32 24,07

Campo Maior 57,04 34,57 20,50

Floriano 61,32 34,09 19,10

Parnaíba 61,32 34,09 16,83

Altos 58,22 41,27 24,80

União 62,59 42,37 22,40

Esperantina 79,73 44,89 24,40

*Mortalidade infantil por ano entre nascidos-vivos

Fonte: SIM. Situação da Base de Dados Nacional – Ministério da Saúde

Segundo a Organização Mundial da Saúde, existem três classificações de coeficiente

de mortalidade infantil: Alto – para 50 ou mais óbitos por mil crianças nascidas vivas; – entre

20 e 49; e Baixo para menos de 20 mortes.

“Expectativa de vida” ao nascer é um importante indicador que mostra o número

médio de anos de vida esperados para um recém-nascido, conforme o padrão de mortalidade

existente na população residente, em determinada região, no ano considerado.

Pode-se afirmar que houve uma melhoria na qualidade de vida da população e

aumento da expectativa de vida, com as melhorias médico-sanitárias e movimentos

migratórios ocorridos nos anos 60 e 70 da população rural rumo às cidades, melhor equipadas

para atender a população em geral do que as mais isoladas e rurais.

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Ao mesmo tempo em que houve aumento da expectativa de vida houve uma

diminuição na taxa de fecundidade dos brasileiros, decorrentes principalmente da participação

efetiva da mulher no mercado de trabalho. Embora esse não seja o único fator, é certamente o

mais importante para explicar a considerável mudança na pirâmide populacional nacional,

com redução considerável do número de jovens e aumento do número de idosos. O quadro

atual da expectativa de vida no município de Barra, segundo o Atlas de Desenvolvimento

Humano, é de 71,7 anos.

1.1.9.6.2. Indicadores e fatores causais de morbidade de doenças

infecciosas e parasitárias

Segundo o Plano Municipal de Saúde de Barras - PMSaúde, 2014, o perfil

epidemiológico de Barras com relação a morbidade hospitalar está distribuído entre doenças

infecciosas e parasitárias e causas não infecciosas e parasitárias.

A seguir, apresentam-se os percentuais de internações e mortalidades,

especificamente para doenças infecciosas e parasitárias, de Barras e do Brasil.

Tabela 11:Internações por Doenças Infecciosas e Parasitárias / Por Faixa Etária – 2009

Localidade < 1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50/ 64 65 e mais

Barras 35,5% 34,1% 28,9% 26,5% 9,7% 13,2% 7,1% 10,1%

Brasil 14,7% 23,3% 18,1% 14,1% 4,4% 5,2% 6,5% 7,3%

Fonte: SIH / SUS - Porcentagem sobre o total de internações da faixa etária

Tabela 12: Mortalidade por Doenças Infecciosas e Parasitárias / Por Faixa Etária –

2009

Local Menor 1 1 a 4 5 a 9 10 a

14

15 a

19

20 a

49

50a

64

65 e

mais

60 e

mais

Total

Barras 4,5% - - - - 2,9% 8,7% 4,3% 6,1% 4,2%

Brasil 7,0% 15,5% 8,9% 5,8% 2,6% 8,3% 4,9% 3,3% 3,4% 4,9%

Fonte: SIM - Porcentagem sobre o total de óbitos da faixa etária

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Barras apresenta seu índice total de internação por doenças infecciosas e parasitárias

acima dos valores apresentados no Brasil. Quanto à mortalidade pela mesma causa, a situação

de Barras apresenta taxas próximas ao índice Federal.

Verifica-se, no entanto, que a mortalidade está mais associada à eficácia e

efetividade do atendimento médico, enquanto a internação está associada ao saneamento

básico propriamente dito, que pode ser a causa da veiculação e transmissão das doenças.

1.1.9.7. Segurança

A segurança da população de Barras é mantida pela: Polícia Militar e Polícia Civil,

com o seguinte efetivo.

Quadro 9: Estrutura Efetiva da Segurança de Barras

ESTRUTURA ENDEREÇO EFETIVO

POLICIA MILITAR Rua São José – B. Fátima 13

PILICIA CIVIL Av. Celso Pinheiro- Centro 14

1.1.9.8. Dinâmica social

Dinâmica ou dinamismo social é o fluxo dos costumes práticas e crenças de uma

sociedade. E mais, é o mecanismo que rege a conduta das massas diante de certos estímulos,

em certas circunstâncias, sempre respondendo ao condicionamento social a que o indivíduo

foi exposto durante o curso de sua experiência de vida e do subconsciente. Para Comte, a

dinâmica social se volta para as mudanças sociais e suas causas e se fundamenta no

progresso.A idéia de organização social está ligada ao processo social, a idéia de mudança de

arranjo e comportamento dos indivíduos na construção da vida social.

Dentro de uma organização social os indivíduos podem tomar decisões e fazer

escolhas tendo como referência as normas dadas pela estrutura social, concordando ou não

com os valores grupais, com as convenções, e envolvem diversos campos de atuação humana,

como: econômico (atividades produtivas, comércio e serviços), político (governo), religioso

(líderes espirituais e fiéis). Esses grupos sociais se organizam e mantêm relações recíprocas.

No município de Barras a estrutura de organização social identificada está

representada pela estrutura administrativa do Governo - representada nas três esferas, pelos

sindicatos de categorias profissionais e sindicatos de trabalhadores, associações comunitárias,

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organizações religiosas, organizações patronais e partidos políticos; e que pelo exposto serão

os atores a ser envolvidos na construção e implementação do plano Municipal de Saneamento

Básico – PMSB, de Barras (PI).

1.1.9.9. Educação

Conforme IBGE, 2012, o município contava com 413 unidades escolares, com

quadro de pessoal de 2.367 pessoas; com 28.326 pessoas alfabetizadas do total populacional

do município. A seguir quadro sinóptico do número de matrículas e docentes da rede escolar,

IBGE, 2012.

Quadro 10: Dados da rede escolar de Barras (PI)

Barras Código: 2201200

Ensino - Matrículas, Docentes e Rede Escolar 2012

Matrícula - Ensino fundamental - 2012

(1) 9.167 Matrículas

Matrícula - Ensino fundamental - escola

pública estadual - 2012 (1) 200 Matrículas

Matrícula - Ensino fundamental - escola

pública federal - 2012 (1) o existente Matrículas

Matrícula - Ensino fundamental - escola

pública municipal - 2012 (1) 8.546 Matrículas

Matrícula - Ensino fundamental - escola

privada - 2012 (1) 421 Matrículas

Matrícula - Ensino médio - 2012 (1) 1.956 Matrículas

Matrícula - Ensino médio - escola

pública estadual - 2012 (1) 1.820 Matrículas

Matrícula - Ensino médio - escola

pública federal - 2012 (1) o existente Matrículas

Matrícula - Ensino médio - escola

pública municipal - 2012 (1) 0 Matrículas

Matrícula - Ensino médio - escola

privada - 2012 (1) 136 Matrículas

Matrícula - Ensino pré-escolar - 2012 (1) 1.641 Matrículas

Matrícula - Ensino pré-escolar - escola pública 0 Matrículas

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estadual - 2012 (1)

Matrícula - Ensino pré-escolar - escola pública

federal - 2012 (1) o existente Matrículas

Matrícula - Ensino pré-escolar - escola pública

municipal - 2012 (1) 1.477 Matrículas

Matrícula - Ensino pré-escolar - escola privada -

2012 (1) 164 Matrículas

Docentes - Ensino fundamental - 2012 (1) 537 Docentes

Docentes - Ensino fundamental - escola pública

estadual - 2012 (1) 22 Docentes

Docentes - Ensino fundamental - escola pública

federal - 2012 (1) o existente Docentes

Docentes - Ensino fundamental - escola pública

municipal - 2012 (1) 460 Docentes

Docentes - Ensino fundamental - escola privada -

2012 (1) 55 Docentes

Docentes - Ensino médio - 2012 (1) 147 Docentes

Docentes - Ensino médio - escola pública

estadual - 2012 (1) 110 Docentes

Docentes - Ensino médio - escola pública federal

- 2012 (1) o existente Docentes

Docentes - Ensino médio - escola pública

municipal - 2012 (1) 0 Docentes

Docentes - Ensino médio - escola privada - 2012

(1) 37 Docentes

Docentes - Ensino pré-escolar - 2012 (1) 86 Docentes

Docentes - Ensino pré-escolar - escola pública

estadual - 2012 (1) 0 Docentes

Docentes - Ensino pré-escolar - escola pública

federal - 2012 (1) o existente Docentes

Docentes - Ensino pré-escolar - escola pública

municipal - 2012 (1) 75 Docentes

Docentes - Ensino pré-escolar - escola privada -

2012 (1) 11 Docentes

Escolas - Ensino fundamental - 2012 (1) 66 Escolas

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Escolas - Ensino fundamental - escola pública

estadual - 2012 (1) 2 Escolas

Escolas - Ensino fundamental - escola pública

federal - 2012 (1) o existente Escolas

Escolas - Ensino fundamental - escola pública

municipal - 2012 (1) 60 Escolas

Escolas - Ensino fundamental - escola privada -

2012 (1) 4 Escolas

Escolas - Ensino médio - 2012 (1) 12 Escolas

Escolas - Ensino médio - escola pública estadual -

2012 (1) 9 Escolas

Escolas - Ensino médio - escola pública federal -

2012 (1) o existente Escolas

Escolas - Ensino médio - escola pública

municipal - 2012 (1) 0 Escolas

Escolas - Ensino médio - escola privada - 2012

(1) 3 Escolas

Escolas - Ensino pré-escolar - 2012 (1) 58 Escolas

Escolas - Ensino pré-escolar - escola pública

estadual - 2012 (1) 0 Escolas

Escolas - Ensino pré-escolar - escola pública

federal - 2012 (1) o existente Escolas

Escolas - Ensino pré-escolar - escola pública

municipal - 2012 (1) 54 Escolas

Escolas - Ensino pré-escolar - escola privada -

2012 (1) 4 Escolas

Fonte: Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais - INEP

1.1.9.9.1. Índice da educação básica – IDEB

Calculado a partir de dois componentes: aprovação e média de desempenho nos

exames padronizados aplicados pelo INEP, o IDEB „e um índice que permite traçar metas de

qualidade educacional para a educação. O índice do município apurado em 2013 é 3,8.

Abaixo quadro do IDEB das escolas avaliadas no município:

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Tabela 13: Índice das escolas municipais avaliadas

ESCOLA

ENDEREÇO/LOCALID

ADE

IDEB

20131 2013

2 EST.2015

DES. ARIMATÉIA TITO RUA GERVÁSIO PIRES,

S/N - 4.9 5.2

DR. JOSÉ LAGES BAIRRO PEDRINHAS II 3.3 3.6 3.9

HONORINA TITO RUA SÃO JOSÉ 4.7 4.8 5.1

RAIMUNDO N.

CARDOSO VILA ESPERANÇA 3.1 3.5 3.8

SINHAZINHA CORREIA BAIRRO SANTINHO 4.1 3.8 4.1

TANCREDO NEVES BAIRRO SÃO

CRISTOVÃO 4.3 3.5 3.8

HONÓRIO D. OLIVEIRA CANTO DO SINDÔ 2.6 3.2 3.4

LEA PUGET EULÁLIO VILA FRANÇA 3.3 3.8 4.1

Ma BEZERRA

CARVALHO PARAISO 3.2 - 3.5

Ma DAS DORES DA

SILVA TIPIS 3.6 - 3.9

MONS. LINDOLFO

UCHÔA BOA VISTA 4.5 4.1 4.4

BENEDITO JOSÉ DA

SILVA JARDIM 4.5 4.8

SÃO LUIS SÃO LUIS 2.9 4.4 4.7

LUIS JOSÉ FURTADO MOCAMBO 3.2 3.9 4.1

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49

NEMÉSIO MARQUES

LAGES BARRO BRETO 3.3 - 3.6

FCO

OTÁVIO DOS

SANTOS BARREIRO DO OTÁVIO 2.4 2.7

JUSTINO COELHO DE

RESENDE LAGOA DE LAGES 3.6 3.4 3.7

HAYDEE LAGES MONTE BARREIRO DO

ALCIDES 3.8 3.0 3.3

MANOEL JOSÉ DE

ALMEIDA MURICI 3.6 - 3.9

RAIMUNDO SIMPLICIO RIACHO VERDE 3.6 - 3.9

ANTONIO NUNES

FERREIRA SANTA ROSA 3.3 4.1 4.5

BRASILINO NUNES

FERREIRA TABOCA - 3.1 3.4

JOSÉ CANDIDO DE

MESQUITA INGÁ 2.5 3.5 3.8

FERNANDO TORRES PAISSANDU 3.1 - 3.4

LUIS PIRES CORREIA FORMOSA 3.5 4.0 4.3

ARCÂNGELA Ma

DA

CONCEIçÃO ANGELIM 3.0 3.4 3.7

NOTA: 1=observado 2=projetado

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50

Tabela 14: Educação por faixa etária

ANOS DE

ESTUDOS PIAUÍ NORDESTE BRASIL

s/ instrução 544 7.363 15.732

1 a 3 anos 504 7.268 20.469

4 a 7 anos 708 12.421 45.678

8 anos 182 3.310 14.881

9 a 11 anos 529 11.040 45.710

12 anos e

mais 215 3.426 20.337

CEPRO 2009

Tabela 15: Taxa de analfabetismo

2004 2005 2006 2007 2008 2009

PIAUI 27,32 27,32 26,25 23,41 24,36 23,34

NORDESTE 22,44 22,64 20,74 19,93 19,41 18,20

BRASIL 11,38 11,05 10,38 9,99 9,96 9,70

CEPRO 2009

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51

1.1.9.9.2. Educação de crianças e jovens

As proporções de crianças e jovens freqüentando ou tendo completado determinados

ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar do Estado e compõe o

IDHM educação. No município, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 97,44 %,

em 2010. No mesmo ano a proporção de crianças de 11 a 13anos freqüentando os anos finais

do ensino fundamental é de 80,4 %; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com o ensino

fundamental completo é de 40,86 %; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino

,médio completo é de 19,89 %. Entre 1991 e 2010, essas proporções aumentaram,

respectivamente, em 80,82 %, 72,91 %, 36,20 % e 16,14 %.a seguir gráficos da situação

exposta.

Gráfico 1:

FONTE: PNUD/IPEA/FJP

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52

Gráfico 2:

FONTE: PNUD/IPEA/FJP

Em 2010, 72,53 % da população de 6 a 17 anos do município estava cursando o

ensino básico regular com até dois anos de defasagem idade-série. Em 2000 eram 54,12 % e

em 1991, 59,42 %.

1.1.9.9.3. Nível de educação da população por faixa etária

Os quadros adiante mostram a escolaridade no município por faixa etária (IBGE,

2010).

Tabela 16: População que freqüentava creche ou escola

FAIXA ETÁRIA Nº PESSOAS

0 a 3 anos 397

4 anos 722

5 anos 928

6 anos 834

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53

7 a 9 anos 2.658

10 a 14 anos 4.536

15 a 19 anos 3.126

15 a 17 anos 2.308

18 e 19 anos 819

20 a 24 anos 890

25 a 29 anos 419

30 a 39 anos 643

40 a 49 anos 323

50 a 59 anos 180

60 anos ou mais 147

Tabela 17: População que não freqüentava, mas já freqüentou creche ou escola

FAIXA ETÁRIA Nº PESSOAS

0 a 3 anos 11

4 anos 12

5 anos 19

6 anos 5

7 a 9 anos -

10 a 14 anos 62

15 a 19 anos 1.360

15 a 17 anos 495

18 e 19 anos 865

20 a 24 anos 3.412

25 a 29 anos 3.299

30 a 39 anos 4.854

40 a 49 anos 3.733

50 a 59 anos 2.687

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54

60 anos ou mais 2.763

Tabela 18: População residente que nunca freqüentou creche ou escola

FAIXA ETÁRIA Nº PESSOAS

0 a 3 anos 2871

4 anos 116

5 anos 16

6 anos 6

7 a 9 anos 65

10 a 14 anos 64

15 a 19 anos 91

15 a 17 anos 81

18 e 19 anos 10

20 a 24 anos 188

25 a 29 anos 155

30 a 39 anos 430

40 a 49 anos 466

50 a 59 anos 697

60 anos ou mais 1663

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55

1.1.9.9.4. Sistema educacional, formal e informal, do município e a promoção da

saúde pública

O sistema educacional do município, em todos os níveis, não vem contribuindo

incisivamente com a promoção da saúde pública, na medida em que não tem programas de

aplicação da interdisciplinaridade das disciplinas de educação ambiental previstas no Plano

Nacional de Educação Ambiental. Isso inobstante, por iniciativa de professores, os temas

como o meio físico, a biodiversidade e conceitos preservacionistas vêm sendo abordados em

sala de aula, como forma de inculcar na comunidade estudantil esses novos paradigmas.

1.1.10. Características socioeconômicas do município

O conhecimento da realidade socioeconômica, ambiental e político-institucional é

importante na definição de planos e projetos considerados prioritários para o desenvolvimento

do município. Isso por se ter em vista que o espaço territorial do município congrega a

totalidade cultural e dos arranjos econômicos, revelando especificidades que proporcionam o

princípio de integração social e configuram a singularidade de cada espaço geográfico com

demandas, estratégias e políticas endógenas que expressem sua identidade.

Em tempos atuais, a economia é fortalecida principalmente com a agricultura, como

por exemplo, da cana-de-açúcar, melancia, mandioca, e de outras culturas. Além disso, a

pecuária está em outros pontos como fonte econômica. A exploração de comércios de

pequeno e médio porte vem conduzindo novas ofertas de trabalho na cidade.

1.1.10.1. Movimentação econômica

Podemos considerar indicadores socioeconômicos de Barras, os mencionados pelo

IBGE, conforme Tabela 18:

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Tabela 19: Indicadores Sócios Econômicos de Barras

Indicadores Sócio Econômicos de Barras

População Total (2010) 44.850 habitantes

Área (2010) 1.719, 798 km²

Densidade Demografica (2011) 26,0 hab/km²

Taxa de Urbanização (2010) 11%

Taxa de Analfabetismo (2010) 9% ~=

Expectativa de Vida ao Nascer

(2010)

60 à 70 anos

PIB pm (2010) R$ 121.310,44

PIB per capita (2010) R$ 6.005,17

Fonte: CENSO 2010 - IBGE

1.1.10.2. Setor primário

As principais atividades desenvolvidas na área rural do município de Barras são

agricultura e a pecuária. Na área agrícola o destaque é para a produção de melancia, cana-de-

açúcar, mandioca e seguido por outras culturas, como, castanha de caju, banana e coco da baía

destacando-se também, conforme demonstrado na Tabela 26.

Já na produção pecuária destaca-se a criação de bovinos, caprinos e ovinos, conforme

Tabela 19. A área rural do município de Barras ainda conta com agricultura de subsistência

dentro das propriedades rurais com cultivos mistos.

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Tabela 20: Produção Primária – Lavoura

Produto Quantidade Produzida

Manga 520 toneladas

Mandioca 6.500 toneladas

Cana-de-açúcar 7.200 toneladas

Melancia 11.100 toneladas

Milho 1.388 toneladas

Feijão 222 toneladas

Banana 87 toneladas

Castanha de caju 128 toneladas

Coco da baía 72.000 frutos

FONTE: IBGE

Tabela 21: Produção Pecuária

Produto Quantidade (cabeças)

Bovinos 18.986

Ovinos 6.867

Suínos 24.308

Caprinos 24.229

Fonte: CEPRO

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58

1.1.10.3. Setor secundário

Há uma grande preocupação da Administração Municipal com o incentivo a

implantação de indústrias para diversificar o mercado de trabalho, dando oportunidade à

população local, evitando, assim, o êxodo, principalmente dos jovens. No município há apenas

pequenas serrarias, beneficiamento de arroz de médio porte, cerâmicas e metalúrgicas.

1.1.10.4. Setor terciário

A partir do panorama da ocupação e dos rendimentos no município é possível se ter

um indicativo das condições de trabalho da população, incluindo desigualdade de renda, de

oferta de trabalho, de acesso á qualificação de mão de obra, de qualidade de vida etc.

A atividade de comercial, segundo informações da PNAD/2007, ocorre intensamente

em todas as Unidades da Federação. Segundo a Pesquisa Anual do Comércio (IBGE/2006), as

atividades neste setor são classificadas em três segmentos: Atacadista, Varejista e Veículos,

peças e motocicletas. No município, o comércio varejista é o carro chefe da geração de

emprego.

A tabela abaixo consta com os principais estabelecimentos do comércio local.

Tabela 22: Estabelecimentos e Pessoas Envolvidas

Tipo de Empresa /

Estabelecimento

Nº de Unidades

Locais*

Nº de Pessoas

Ocupadas*

Nº de Pessoal

Ocupado

Assalariado*

Agricultura,

Pecuária,

Silvicultura e

Exploração Vegetal

10 82 75

Indústrias de

Transformação

24 174 165

Construção 5 1 -

Comércio 238 264 124

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Alojamento e

Alimentação

7 2 -

Transporte,

Armazenagem e

Comunicações

8 10 7

Intermediação

Financeira

2 - -

Atividades

Imobiliárias,

Aluguéis e Serviços

Prestados as

Empresas

7 7 3

Administração

Pública, Defesa e

Seguridade Social

10 189 189

Educação 7 22 12

Saúde e

Serviços Sociais

4 5 3

Outros

serviços coletivos,

sociais e pessoais

76 19 3

(*) Dados Uniregistros Cidades (-) Dados indisponiveis

A participação do município de Barras para o produto interno bruto (PIB) estadual é

pequena. Ver tabela a seguir:

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Tabela 23: Produto Interno Bruto – Barras, 2010.

PIB

Agropecuária 24.981 mil reais

Indústrias 11.678 mil reais

Serviços 75.943 mil reais

Total 112.512 mil reais

Total 24.607 milhões reais

Fonte: IBGE

1.1.10.5. Finanças Públicas

No Quadro adiante serão apresentadas as receitas e despesa do Município de Barras

(PI), relativos ao ano de 2015.

DEMONSTRATIVO DA RECEITA E DESPESA NO ANO

Tabela 24: Orçamento do exercício de 2014

Receita e

Despesa

Prevista no Ano Realizada no Ano

Receitas 82.801.000,00 68.778.234,22

Despesas 82.801.000,00 67.536.914,75

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Tabela 25: Despesas previstas, fixadas e executadas Ano de 2014

Secretaria Previsão no Ano Executada no Ano

Administração 8.839.000,00 6.092.686,78

Educação 36.885.000,00 31.602.960,04

Saúde 19.530.000,00 18.620.763,58

Assistência

Social 3.220.000,00 2.356.188,37

Gabinete 1.685.000,00 1.121.344,31

Finanças 275.000,00 156.695,37

Agricultura 955.000,00 129.069,47

Obras 6.685.000,00 4.831.797,04

Tabela 26: Valores financeiros de secretaria

Procuradoria 80.000,00 47.928,00

Controladoria Geral 70.000,00 29.594,40

Meio Ambiente 340.000,00 139.254,01

Habitação 800.000,00 18.135,59

Juventude 163.000,00 36.368,00

Defesa Civil 180.000,00 3.385,70

Cultura 1.295.000,00 2.195.214,71

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Tabela 27: Repasses Para o Legislativo Ano 2014

MESES VALORES

JANEIRO 116.850,00

FEVEREIRO 116.850,00

MARÇO 132.730,00

ABRIL 130.365,00

MAIO 136.462,87

JUNHO 130.365,00

JULHO 130.365,00

AGOSTO 130.365,00

SETEMBRO 130.365,00

OUTUBRO 130.365,00

NOVEMBRO 130.365,00

DEZEMBRO 130.365,00

TOTAL 1.546.112,87

Tabela 28: Despesas Previstas e Realizadas

E D U C A Ç Ã O

Percentual Mínimo para Aplicação no ano

de 2014 Percentual Aplicado no Ano de 2014

Educação 63.205.920,08 66.256.450,29

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Percentual % 25% + (Outras Transf. p/ Educação –

FNDE) + 26,20%

Tabela 29: Saúde

SAÚDE

Percentual Mínimo para Aplicação no

ano de 2014

Percentual Aplicado no

ano de 2014

Saúde 24.253.186,00 37.241.526,00

Tabela 30: Finanças Públicas do Estado, Demonstrativo da Receita – 2006 À 2009

RECEITAS 2006 2007 2008 2009

Receitas

correntes 3.417.860.083 4.145.536.492 5.162.217.133 5.524.428.181

Receitas

tributárias 1.235.301.271 1.387.852.006 1.660.118.329 1.865.161.807

Receitas de

contribuição 110.730.438 193.662.504 226.425.574 243.210.065

Receitas

Patrimoniais 35.804.871 26.040.165 49.153.053 42.549.745

FUNDEB

FUNDEB Base de cálculo – Repasses para o

FUNDEB PERCENTUAIS

Percentual Mínimo para Aplicação no

Magistério

Percentual Aplicado no

Ano

FUNDEB 33.926.071,00 38.786.930,00

Percentual - % 60% 68,60%

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Receitas de

Serviço 100.216 26.618.291 20.940.551 15.610.397

Transferência

Correte 1.938.116.725 2.212.824.197 2.818.989.518 2.864.057.848

Outras

Receitas 97.806.562 75.100.825 136.640.204 214.783.688

Receitas Intra

orçamentária - 223.438.503 249.949.904 279.054.630

Receitas de

Capital 129.639.960 106.500.238 107.211.592 731.765.061

Operações de

Crédito 12.943.888 9.791.188 17.704.992 567.543.039

Alienação de

Bens 13.701.180 479.137 1.196.350 825.540

Amortização

de

Empréstimo

652.321 586.530 771.067 158.639

Transferência

de Capital 102.064.123 95.400.008 87.539.184 163.234.049

Outras

Receitas de

Capital

278.448 243.375 - 3.794

Receita Total 3.547.500.043 4.252.036.729 5.269.428.725 6.256.193.241

Dedução

Recitas

Correntes

(336.462.410) (752.633.264) (950.076.362) (1.064.959.371)

Receitas

Deduzidas 3.211.037.633 3.499.403.466 4.319.352.364 5.191.233.871

Fonte : Secretária da Fazenda Balanço geral do estado

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Tabela 31: Finanças Públicas do Estado, Demonstrativo de Despesa – 2006 À 2009

DESPESAS 2006 2007 2008 2009

Despesas

Corrente

2.828.118.938 3.273.734.748 3.622.808.732 3.914.613.259

Pessoal

Encargos

Sociais

1.023.455.904 1.520.502.190 1.640.923.126 1.861.572.185

Juros e

Encargos da

Dívida

170.192.675 259.366.440 216.208.874 155.446.768

Outras

Despesas

correntes

1.634.470.359 1.493.866.118 1.756.676.733 1.897.594.305

Despesas de

Capital

466.446.924 497.876.340 757.665.757 1.346.550.922

Investimentos 290.205.414 216.789.973 432.528.585 770.524.525

Inversões

Financeiras

12.508.120 45.788.504 103.138.018 225.196.792

Amortização

da Dívida

163.733.390 235.297.863 221.999.154 350.829.605

Total 3.294.565.862 3.771.611.089 4.380.474.490 5.261.164.181

Fonte: Secretária da Fazenda Balanço Geral do Estado

Tabela 32: Arrecadação do ICMS, IPVA E FPE no Piauí – 2006 à 2009

DISTRIBUIÇÃO 2006 2007 2008 2009

ICMS 1.068.985 1.176.108 1.402.557 1.587.309

IPVA 53.342 63.071 76.397 87.780

FPE 1.217.810 1.383.267 1.657.278 1.564.624

Ministério da Fazenda.

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66

1.1.11. Indicadores de qualidade de vida

Qualidade de vida nas cidades é definida pela Organização das Nações Unidas como

acesso a serviços urbanos de qualidade. No Brasil, O Estatuto da Cidade, ao regulamentar a

política urbana definida pela Constituição de 1988, estabelece que a sustentabilidade das

cidades esteja vinculada à garantia de direitos da população a serviços urbanos de qualidade, à

moradia, trabalho e lazer, ou seja, a todas as condições que contribuem positivamente para o

que se denomina como Qualidade de Vida nas cidades. Quanto maior o acesso a bens e

serviços como educação, saúde e saneamento básico, maior a possibilidade de se criar um

ambiente favorável ao desenvolvimento econômico e social.

Para a caracterização da qualidade de vida no município de Barras foram utilizadas

como principais fontes de informações: as bases de dados municipais mais atualizadas

disponíveis, produzidas pelo IBGE, IPEA, PNUD/Atlas do Desenvolvimento Humano e

outras fontes secundárias disponíveis.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e outros indicadores sociais juntos

traduzem um panorama das condições de vida dos habitantes da região. Os indicadores têm a

função de expressar quais os segmentos da população, áreas da cidade e setores da

administração que necessitam de maior atenção e investimentos visando a melhoria da

qualidade de vida para todos.

1.1.11.1. Desenvolvimento Humano

Através de indicadores sintéticos do desenvolvimento social é possível medir a

variação dos níveis de desenvolvimento humano dos países e também avaliar as ações

promovidas pelos governos e pela sociedade no intuito de diminuir as desigualdades sociais.

Índice de Desenvolvimento Humano – IDH: é a expressão numérica dos fenômenos

sociais territorialmente distribuídos. Consiste na análise de três dimensões básicas

das condições de vida: educação, longevidade e renda. A metodologia de cálculo do

IDH envolve a transformação das três dimensões por ele contempladas (longevidade,

educação e renda) em índices que variam entre 0 (pior) e 1 (melhor), e a combinação

destes índices em um indicador síntese. Quanto mais próximo de 1 o valor deste

indicador, maior será o nível de desenvolvimento humano do município ou região.

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67

No ranking internacional de 2012 divulgado pelo PNUD (Programa das Nações

Unidas para o Desenvolvimento), o Brasil aparece na 85ª posição, com um índice médio de

0,730 e expectativa de vida de 74,2 anos. Para efeito comparativo tem-se na tabela 12 abaixo

o ranking parcial dos países.

Tabela 33: IDH - Ranking Mundial 2012

Ranking Mundial País IDH 2012

1º Noruega 0,955

2º Austrália 0,938

3º EUA 0,937

4º Países Baixos 0,921

40º Chile 0,819

45º Argentina 0,811

85º Brasil 0,730

186º Níger 0,304

FONTE: PNUD

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDH-M

Também no plano local e regional são avaliados os parâmetros do IDH, gerando o

IDH-M – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, desenvolvido para melhor

expressar as condições sociais de unidades geográficas como os municípios e estados. No

Brasil esse trabalho é realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

(PNUD), conjuntamente com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e a

Fundação João Pinheiro. Os componentes utilizados por esse índice são os mesmos do IDH de

um país: educação, longevidade e renda, porém, sofreram algumas adaptações metodológicas

e conceituais para sua aplicação no nível municipal. A média geométrica dos índices

das dimensões renda, educação e longevidade possuem pesos iguais no cálculo.

A renda familiar per capita média do município é o indicador utilizado para a

dimensão da renda no IDHM, enquanto a dimensão educação é obtida através da média

geométrica do sub-índice de frequência de crianças e jovens a escola, com peso 2/3, e o sub

índice de escolaridade da população adulta, com peso de 1/3. O terceiro e último indicador

utilizado pela metodologia do IDH-M, a esperança de vida ao nascer, tem o mesmo conceito

utilizado pelo IDH. Esses indicadores, além de melhor representarem as condições de renda e

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de educação efetivamente vigentes no nível municipal, são obtidos diretamente dos censos

demográficos, portanto o IDH-M só pode ser calculado no mesmo intervalo dos Censos.

Neste plano foram utilizados os períodos 1991, 2000 e 2010 para os índices de

desenvolvimento humano municipal.

No ano de 2010 o IDH-M de Barras foi de 0,576, próximo ao do Estado do Piauí, de

0,646 como se observa na tabela a seguir, que apresenta o ranking dos estados com melhor

posição e as últimas posições no ranking brasileiro, conforme pode ser observado na tabela 13

que apresenta a classificação estadual.

Tabela 34: IDH-M - Ranking Estadual 2010

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2010

Segundo a classificação do PNUD, o município de Barras está entre as regiões

consideradas de baixo desenvolvimento humano. Índice inferior a 0,5 é classificado como

muito baixo, entre 0,500 e 0,599 é considerado baixo, entre 0,600 e 0,699 é considerado

médio, e superior a 0,8 é considerado muito alto.

Em relação aos outros municípios do Brasil, Barras ocupa a 4.718ª posição. O

melhor IDH-M do Brasil é do município de São Caetano do Sul (SP) com 0,862.

Comparativamente aos outros municípios do Estado do Piauí, Barras ocupa a 90ª

posição de 244 classificados.

Ranking

Estadual Estado IDH 2010

1º Distrito Federal 0,824

2º São Paulo 0,783

3º Santa Catarina 0,774

4º Rio de Janeiro 0,761

5º Paraná 0,749

6º Rio Grande do Sul 0,746

7º Espírito Santo 0,740

8º Goiás 0,735

9º Minas Gerais 0,731

10º Mato Grosso do Sul 0,729

24 º Piauí 0,646

26 Maranhão 0,639

27 Alagoas 0,631

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Na tabela 14 pode-se observar a classificação de alguns municípios do estado em

relação ao IDH-M, focando-se o estado.

Tabela 35: Ranking Nacional e Estadual de Alguns Municípios do PI

Ranking

Nacional

Ranking

Estadual Localidade

IDHM

1991 2000 2010

1º São Caetano do Sul (SP) 0.697 0.820 0.862

526º 1 º Teresina (PI) 0.509 0.620 0.751

1904º 2 º Floriano (PI) 0.436 0.558 0.700

1969º 3 º Picos (PI) 0.427 0.545 0.698

2251º 4 º Parnaíba (PI) 0.414 0.546 0.687

2716º 5 º Bom Jesus (PI) 0.376 0.486 0.668

2870º 6 º São Raimundo Nonato (PI) 0.394 0.497 0.661

2686º 7 º Campo Maoir (PI) 0.397 0.500 0.656

3115º 8 º Guadalupe (PI) 0.401 0.495 0.650

3172º 9 º Valença do Piuaí (PI) 0.394 0.496 0.647

3201º 10

º

São João do Piauí (PI) 0.345 0.451 0.645

4718º 90º Barras 0.314 0.426 0.595

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

No período 1991-2010, o IDH-M de Barras cresceu 83,4%, passando de 0,314

em 1991 para 0,595 em 2010. Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em

termos absolutos foi Educação (com crescimento de 365%), seguida por Longevidade e

pela Renda, conforme mostrado na tabela a seguir.

Tabela 36: Índices Parciais Componentes do IDH-M

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

Localidade

IDHM-Educação IDHM-Longevidade IDHM-Renda

1991 2000 2010 1991 2000 2010 1991 2000 2010

Barras (PI) 0.123 0.227 0.462 0.558 0.654 0.724 0.452 0.522 0.571

Teresina 0.308 0.488 0.707 0.708 0.734 0.820 0.606 0.664 0.731

Brasil 0.279 0.456 0.637 0.662 0.727 0.816 0.647 0.692 0.739

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IDH-M Longevidade

O indicador IDH-M Longevidade sintetiza as condições de saúde e salubridade de

um determinado local, uma vez que quanto mais mortes houver nas faixas etárias mais

precoces, menor será a esperança de vida observada no local. Esse indicador mostra o numero

médio de anos que as pessoas viveriam a partir do nascimento, mantidos os mesmos padrões

de mortalidade observados no ano de referência, de acordo com o PNUD. Pode-se observar

nos quadros a seguir que, em Barras, a esperança de vida ao nascer teve um crescimento de

18,64% no período 1991/2010, alcançando a 26ª posição dentro do estado do Piauí.

Tabela 37: Esperança de Vida ao Nascer

Ranking Localidade 1991 2000 2010

1º Teresina 67,45 69,06 74,22

2º Parnaíba 60,93 67,52 73,98

3º Floriano 60,93 67,52 73,13

4º Picos 62,60 68,10 73,00

8º Campo Maior 61,91 67,36 72,58

14º União 60,65 64,98 71,86

26º Barras 60,47 63,36 71,74

44º Piripiri 62,60 65,16 71,51

68º Esperantina 57,13 64,26 71,15

74º Altos 61,64 65,30 71,03

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2010

Tabela 38: Componentes do IDH-M 2010. Barras e os Municípios mais Populosos do

Estado

Município Esperança de

Vida ao Nascer

% c/18 anos ou

+ c/ Ensino

Médio

Renda

per capita

IDH-M

Educação

IDH-M

Longevidade

IDH-M

Renda

Teresina 74,22 51,17 757,57 0,707 0,820 0,731

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Piripiri 71,51 28,23 380,67 0,533 0,775 0,621

Picos 73,00 49,94 563,88 0,621 0,800 0,684

Campo Maior

Maior

72,58 42,29 401,74 0,566 0,793 0,629

Floriano 73,13 56,21 536,30 0,633 0,802 0,676

Parnaíba 73,98 51,14 479,58 0,604 0,816 0,658

Altos 71,03 37,53 314,48 0,512 0,767 0,590

Barras 68,41 29,19 279,71 0,462 0,753 0,571

União 71,86 29,81 232,70 0,453 0,781 0,542

Esperantina 71,15 35,07 293,39 0,497 0,769 0,579

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2010.

IDH-M Educação

No período 1991-2010 o IDH-M Educação de Barras cresceu mais de 276%,

passando de 0,123 em 1991 para 0,462 em 2010. Na composição deste índice considera-se a

média geométrica do subíndice de frequência de crianças e jovens à escola, com peso de 2/3,

e do subíndice de escolaridade da população adulta, com peso de 1/3.

Tabela 39: IDH-M Educação

Localidade IDHM-Educação

1991 2000 2010

Brasil 0,279 0,456 0,637

Teresina 0,308 0,488 0,707

Piripiri 0,161 0,267 0,533

Picos 0,225 0,370 0,621

Campo

Maior

0,200 0,325 0,566

Floriano 0,251 0,408 0,633

Parnaíba 0,229 0,381 0,604

Altos 0,119 0,233 0,512

Barras 0,123 0,227 0,462

União 0,110 0,211 0,453

Esperanti

na

0,131 0,231 0,497

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

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Renda

A tabela abaixo mostra que a renda per capita de Barras para o ano de 2010 foi

inferior a da média estadual.

Ainda de acordo com a referida tabela, observa-se que a renda per capita do

município de Barras apresentou um aumento de 109,36% de 1991 a 2010.

Tabela 40: Renda Per Capita* do Estado e Municípios mais Populosos do Piauí

Localidade Renda per Capita,

1991 (R$)¹

Renda per Capita,

2000 (R$)¹

Renda per Capita, 2010

(R$)²

Piauí 167,03 254,78 416,93

Teresina 346,37 498,40 757,57

Piripiri 132,90 212,53 380,67

Picos 245,06 355,58 563,88

Campo Maior 190,90 237,51 401,74

Floriano 247,14 337,42 536,30

Parnaíba 199,25 340,35 479,58

Altos 119 165,75 314,48

Barras 133,60 205,42 279,71

União 101,25 126,81 237,70

Esperantina 114,84 167,88 293,39

Fonte¹: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil / Fonte²: IBGE. Microdados do Censo 2010

* Rendimento nominal mensal domiciliar per capita

A tabela abaixo indica que o IDH-M Renda aumentou em quase todos os

municípios entre 19991/2010. Barras apresentou crescimento no período mostrado de

26,3%.

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73

Tabela 41: IDH-M Renda

Localidade

IDHM-Renda

1991 2000 2010

Teresina 0,606 0,664 0,731

Piripiri 0,517 0,603 0,658

Picos 0,550 0,610 0,689

Campo Maior 0,452 0,527 0,621

Floriano 0,551 0,601 0,676

Parnaíba 0,510 0,545 0,629

Altos 0,381 0,466 0,588

Barras 0,452 0,522 0,571

União 0,434 0,487 0,590

Esperantina 0,428 0,489 0,570

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

Acesso a Serviços Básicos

O saneamento básico, que abrange o conjunto de serviços de abastecimento de

água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e coleta de lixo, é considerado como um

importante indicador de qualidade de vida da população, uma vez que melhores

condições de salubridade proporcionam melhores condições de saúde e maior conforto

para os cidadãos, além da necessidade de preservação da qualidade do meio ambiente.

Pode-se observar que a cobertura de atendimento com rede de água, como de

costume, é superior ao atendimento com rede de esgoto.

Em um panorama geral de alguns municípios do estado do Piauí, verifica-se a

deficiência dos índices de atendimento e tratamento de esgotos, apresentando-se como

urgente a necessidade de investimentos no setor para melhorar as condições de saúde da

população afetada.

1.1.11.2. Indicadores de renda, pobreza e desigualdade

Em 2000, o município tinha 73,7 %de sua população vivendo com renda

domiciliar per capita inferior a R$ 140,00, percentual que reduziu para 39,3 %, em

2010. Mesmo com a redução de 46,6 % no período, são 17.419 pessoas nessa condição

de pobreza. Ver gráfico de Pizza abaixo.

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74

Gráfico 3: Demonstrativo da linha de pobreza do município

FONTE: IBGE, 2010

O Produto Interno Bruto – PIB do município em 2000 era de R$ 47.445, em

2010, R$ 172.858 reais, e em 2012 R$ 200.820 reais. O PIB per capta em 2012 era de

R$ 4.418,68. A tabela 54 abaixo mostra as classes de rendimento da população de

Barras (PI).

Tabela 42: Moradores em domicílios particulares permanentes, por classe de

rendimento nominal mensal da pessoa responsável pelo domicílio – 2000

FAIXA DE RENDIMENTO (salários mínimos) QUANTIDADE DE MORADORES

Nº ABSOLUTO %

Até ½ 11.602 28,4

Mais de ½ até 01 17.742 43,5

Mais de 01 até 02 7.151 17,5

Mais de 02 até 05 2.890 7,1

Mais de 05 até 20 1.053 2,6

Mais de 20 116 0,3

Sem rendimento 227 0,6

TOTAL 40.781 100

Fonte: IBGE

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75

O Índice de GINI é comumente utilizado para calcular a desigualdade de

distribuição de renda. Ele consiste em um número entre 0 e 1, onde zero corresponde à

completa igualdade de renda (onde todos têm a mesma renda), e um corresponde à

completa desigualdade (onde uma pessoa tem toda a renda e as demais nada têm). O

Índice de GINI do município em 2003 era de 0,41, enquanto o da capital Teresina era de

0,5 e cidades circunvizinhas como Esperantina e Piripiri eram 0,39 e 0,42,

respectivamente.

1.1.11.2.1. Outros dados sobre renda, pobreza e desigualdade

A tabela abaixo apresenta resumo da situação do município, segundo

PNUD/IPEA.

Tabela 43: Renda, Pobreza e Desigualdade - Barras - PI

1991 2000 2010

Renda per capita (em R$) 85,4 145,6 257,99

% de extremamente pobres 64,5 44,86 20,74

% de pobres 86,84 73,82 38,78

Índice de Gini 0,54 0,59 0,51

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

1.1.11.3. Nível de renda por extrato da população

A participação dos 20 % mais pobres da população, isto é o percentual da

riqueza produzida no município com que ficam os 20 % mais pobres, passou de 3,2 %

em 1991, para 2,4 % em 2010, aumentando os níveis de desigualdade.

Em 2010, analisando o oposto, a participação dos 20 % mais ricos era de 53,4

%, ou 22,6 vezes superior a dos 20 % mais pobres. Ver gráfico abaixo.

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76

Gráfico 4: Percentual de renda do município de Barras (PI).

FONTE: IBGE, 2010

1.1.11.4. Índice nutricional da população infantil - 0 a 2 anos

Em 2013, o número de crianças menores de 2 anos pesadas pelo programa

Saúde da Família era de 94,5 %; destas, 1,7 % estavam desnutridas.

No município de Barras (PI), em 2010, 52,5 % das crianças de 0 a 14 anos de

idade estavam na condição de pobreza, ou seja, viviam em famílias com renda per

capita igual ou inferior a R$ 140,00/mês. Ver gráfico abaixo.

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77

Gráfico 5: Proporção de crianças desnutridas

FONTE: SIAB-DATASUS

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78

1.1.12. Consolidação Cartográfica das Informações Socioeconômicas, Físico-

territoriais e Ambientais sobre o Município e Região

Mapa 2: Mapa de Consolidação cartográfica

2

FONTE: CPRM

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79

1.1.13. Caracterização sanitária e epidemiológica

1.1.13.1. Indicadores ambientais

Indicadores são índices estatísticos que refletem uma situação qualquer num

dado momento. Estes são estabelecidos para indicar o estado de uma variável,

comparando as diferenças observadas no tempo e no espaço, e são usados para se

perceber as evoluções alcançadas em projetos e programas, a fim de se conseguir maior

envolvimento social.

Os indicadores ambientais para os recursos hídricos são os índices de qualidade

das águas, especialmente os parâmetros de teor de oxigênio dissolvido, demanda

biológica de oxigênio, teor de nitrogênio e de fósforo; e para outros, como o grau de

cobertura de serviços de abastecimento de água potável, da coleta e tratamento de

esgoto e da coleta e tratamento dos resíduos sólidos, que por se tratar do objeto de

Diagnóstico do Plano serão todos detalhados, de per si, posteriormente.

1.1.13.2. Indicadores epidemiológicos

Estes indicadores refletem as condições atuais dos serviços de saneamento,

constituindo-se em base importante para construção de projetos e programas para o

saneamento ambiental. Ver tabela com dados do município.

TABELA 44: Dados Epidemiológicos Mortalidade por grupo de causas e faixa etária

DOENÇAS

FAIXA ETÁRIA < 1 A > 80 ANOS

< 1

1

A

4

5

A

9

10

A

14

15

A

19

20

A

29

30

A

39

40

A

49

50

A

59

60

A

69

70

A

79

>

80

IGN

OR

AD

A

T

O

T

A

L

Doenças infecciosas e parasitárias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2

Neoplasias (tumores) 0 0 0 0 0 3 0 1 4 2 7 4 0 21

Doenças do sangue e do órgãos

hematopoiéticos e alguns transtornos

imunitários

0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 2

Doenças endócrinas, nutricionais e

metabólicas

0 0 0 0 0 0 0 0 3 2 9 10 0 24

Doenças do sistema nervoso 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

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80

Doenças do aparelho circulatório 0 0 0 1 0 1 3 6 5 14 24 40 0 94

Doenças do aparelho respiratório 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 1 6 0 10

Doenças do aparelho digestivo 0 0 0 0 0 1 0 0 1 3 3 1 0 9

Doenças do sistema osteomuscular e

do tecido conjuntivo

0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1

Doenças do aparelho geniturinário 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 3

Gravidez, parto e puerpério 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1

Algumas afecções originadas no

período perinatal

7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7

Malformações congênitas,

deformidades e anomalias

cromossômicas

6 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9

Sintomas, sinais e achados anormais

de exames clínicos e de laboratório,

não classificados anteriormente.

0 1 0 0 0 0 2 2 4 3 7 18 0 37

Causas externas de morbidade e de

mortalidade

0 0 0 0 3 7 2 5 4 2 0 5 0 28

TOTAIS 13 4 1 1 3 12 8 15 23 29 53 87 0 249

Fonte: Plano Municipal de Saúde de Barras, 2014.

1.1.13.3. Mortalidade

A taxa de mortalidade dar o número de óbitos para cada mil habitantes, em

uma dada região em um período de um ano. Esta taxa indica o risco de morte infantil

através da frequência de óbitos de menores de um ano de idade na população de

nascidos vivos, e utiliza informações sobre o número de óbitos de crianças menores de

um ano de idade, em um determinado ano, e o conjunto de nascidos vivos, relativos ao

mesmo ano civil.

Pode-se relacionar a taxa de mortalidade infantil com a renda familiar, ao

tamanho da família, a educação das mães, a nutrição e a disponibilidade de saneamento

básico. Este indicador também contribui para uma avaliação da disponibilidade e acesso

aos serviços e recursos relacionados à saúde, especialmente ao pré-natal e seu

acompanhamento.

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81

A tabela adiante apresenta os dados relativos ao total de óbitos e sua faixa

etária e o total de óbitos no município de Barras (PI).

TABELA 45: Dados Epidemiológicos Mortalidade por grupo de causas e faixa etária (2)

DOENÇAS

FAIXA ETÁRIA < 1 A > 80 ANOS

< 1

1

A

4

5

A

9

10

A

14

15

A

19

20

A

29

30

A

39

40

A

49

50

A

59

60

A

69

70

A

79

>

80

TO

TA

L

Doenças infecciosas e parasitárias 35 82 31 24 25 56 37 41 52 47 37 28

495

Neoplasias (tumores) 0 2 3 6 10 17 19 33 20 22 11 6

149

Doenças do sangue e do órgãos

hematopoiéticos e alguns transtornos

imunitários

3 8 5 4 7 7 4 8 0 3 3 5

57

Doenças endócrinas, nutricionais e

metabólicas

4 2 3 2 3 3 2 13 25 28 33 25

143

Transtornos mentais e comportamentais,

doenças do sistema nervoso

0 0 0 1 3 7 5 6 6 0 0 0 28

Doenças do sistema nervoso 2 1 2 0 1 1 5 6 13 19 14 11 75

Doenças do olho e anexos 3 1 0 0 0 1 0 4 7 20 16 3 55

Doenças do ouvido e da apófise

mastoide

0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 1 0 3

Doenças do aparelho circulatório 3 0 0 1 3 7 17 26 38 70 67 46 278

Doenças do aparelho respiratório 48 80 23 12 14 26 24 12 28 20 30 29 346

Doenças do aparelho digestivo 12 12 13 16 17 72 64 46 43 40 25 19 379

Doenças da pele e do tecido

subcutâneo

0 3 2 2 5 1 1 0 5 1 1 1 22

Doenças do sistema osteomuscular e

do tecido conjuntivo

0 0 2 2 1 2 1 0 3 3 0 1 15

Doenças do aparelho geniturinário 4 4 12 14 21 52 54 29 28 19 28 5 270

Gravidez, parto e puerpério 0 0 0 19 184 273 154 12 0 0 0 0 842

Algumas afecções originadas no

período perinatal

15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15

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82

Malformações congênitas,

deformidades e anomalias

cromossômicas

5 8 3 4 0 1 0 0 0 0 0 0 21

Sintomas, sinais e achados anormais

de exames clínicos e de laboratório,

não classificados anteriormente.

1 7 2 4 4 8 5 5 3 4 6 2 51

Lesões, envenenamento e algumas

outras consequências de causas

externas.

2 6 14 13 19 57 31 31 21 12 7 15 228

Fatores que influenciam o estado de

saúde e o contato com os serviços de

saúde

1 0 1 0 0 2 1 0 2 1 0 0 8

TOTAIS 151 216 116 225 317 794 424 272 294 309 279 193

3.480

Fonte: Plano Municipal de Saúde de Barras, 2014.

Ainda relativamente ao saneamento básico, o Plano Municipal de Saúde de Barras

revela que em 2012 houve aumento do número de casos de hepatite, e em 2013 foram

diagnosticados 23 casos de hepatite A, tendo sido notificados 13 casos. O mesmo Plano

conclui que 90% dos casos da doença estão relacionados a ingestão de água ou alimentos

contaminados, e os mais acometidos são as crianças e jovens de 1 a 19 anos; e a hepatite B

em 68% dos casos acometem em jovens de 20 a 49 anos, com causas relacionadas,

principalmente, as relações sexuais sem proteção e ao uso de drogas.

Na tabela abaixo, a frequência da doença por localização no município.

Tabela 46: Frequência das hepatites virais por localização

LOCALIZAÇÃO 2012 2013

Boa Vista 03 01

Zona Rural 01 01

Vila Joao Paulo 0 11

Santinho 2 0

Vila Padre Mario 2 0

Vila Franca 12 0

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Floresta 1 0

Xique Xique 1 0

Fonte: Plano Municipal de Saúde de Barras – 2014

A Vila Franca, com o maior índice em 2012, e o bairro mais desprovido de

ações de saneamento básico na zona urbana, principalmente no fornecimento de agua

potável.

1.1.13.4. Cobertura vacinal

O quadro a seguir mostra a cobertura vacinal do município de Barras (PI).

Tabela 47: Campanha Nacional contra a Poliomielite - 2013

6 MESES A < DE 1 ANO

META DOSES %COB

378 428 113,23

1 ANO

META DOSES %COB

756 741 98,02

2 ANO

META DOSES %COB

769 764 99,35

3 ANO

META DOSES %COB

850 779 91,65

4 ANO

META DOSES %COB

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84

847 943 111,33

TOTAL

META DOSES COB

3.600 3.655 101,53

Tabela 48: Campanha Nacional contra a gripe - 2013

CRIANÇAS

META DOSES %COB

1.134 1.088 95,94

T. SAUDE

META DOSES %COB

544 571 104,96

GESTANTES

META DOSES %COB

567 461 81,31

PUERPERAS

META DOSES %COB

93 31 61,29

IDOSOS

META DOSES %COB

4.791 4.645 96,95

TOTAL

META DOSES %COB

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85

7.129 6.822 95,69

Tabela 49: Cobertura Vacinal 1º Ano de Vida – 2009

VACINA COBERTURA

VACINAL

COBERTURA

PERCENTUAL

PIAUI DTP 38.171 82,80

BCG 38.474 83,54

POLIO 38.313 83,11

NORDESTE DTP 732.605 99,10

BCG 777.605 105,43

DTP 735.980 99,56

BRASIL DTP 2.361.601 96,25

BCG 5.510.542 102,44

POLIO 2.371.982 96,68

Datasus

1.2. Política de Saneamento

1.2.1. Regulação dos serviços

Os serviços de saneamento básico no município não possuem regulação ou

fiscalização por qualquer órgão.

1.2.2. Programas e processos de avaliação dos serviços de saneamento básico

Não há programa local para o setor de saneamento básico, embora seja

evidente a preocupação da administração local em levar água potável a todas as

comunidades, com a recente construção de vários sistemas simplificados, em diversas

comunidades rurais do município. Contudo não se verifica adoção de medidas de

controle e acompanhamento da eficácia e eficiência desses sistemas, nem há política de

recursos humanos para o setor.

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86

1.2.3. Programas locais de interesse do saneamento básico

Não há programas municipais para o setor de saneamento básico, entretanto é

visível a preocupação da administração local o abastecimento para consumo humano,

tendo sido construído, recentemente, vários sistemas simplificados na zona rural do

município.

1.2.4. Procedimentos para avaliação da eficiência, eficácia e efetividade dos

serviços prestados

Esses procedimentos não são adotados. A construção do prognóstico do PMSB

contempla tais procedimentos.

1.2.5. Política de recursos humanos voltada ao saneamento

Não há política de recursos humanos específica para o saneamento básico, nem

há preocupação com o tema no âmbito do município.

1.2.6. Política tarifária dos serviços de saneamento básico e inadimplência

A prestação de serviço de abastecimento de água, a política tarifária é da

concessionária, que fornece quadro com a estrutura tarifária praticada, em anexo.

Inexistem cobrança das demais taxas: de coleta e tratamento dos resíduos

sólidos, drenagem e esgotamento. Estes dois últimos os serviços não são oferecidos.

Não obtivemos informações sobre o índice de inadimplência no sistema

operado em Barras (PI).

1.2.7. Instrumentos e mecanismos de participação e controle social

Não forma identificadas ações específicas de participação e controle social na

gestão da política de saneamento.

1.2.8. Sistema de Informação sobre os serviços

Inexistem informações sistematizadas no município, estando algumas

disponíveis no SNIS.

1.2.9. Mecanismos de cooperação com outros entes federados

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87

Não existem mecanismos de cooperação entre entes federados para a

implantação dos serviços de saneamento.

1.2.10. Projeção da população urbana

Segundo o IBGE, em 2010 o número de nascidos vivos no município foi de

886, contra 168 óbitos, resultando saldo positivo de 718 pessoas. Projetando este

resultado no horizonte de tempo do Plano – 20 anos, estima-se uma população futura

de 60.260 pessoas em 2035. Se considerarmos a taxa de crescimento apurado pelo

mesmo IBGE para o Estado do Piauí – 1,08%, chegamos a 59.108 pessoas no mesmo

período. Assim, seguindo o mesmo percentual atual de habitantes urbanos, 50%,

aproximadamente, teremos 30.130 e 29.554 pessoas na zona urbana, nas duas

projeções, respectivamente.

1.2.11. Situação institucional do saneamento básico

Elencamos a seguir o arcabouço legal do saneamento básico no Brasil, nos três

níveis de Governo:

FEDERAL

• Constituição Federal, Capítulo VI, Art. 225: “Todos têm o direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à

sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de

defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

• Lei Federal 9605, de 12 de fevereiro de 1998: Dispõe sobre as sanções penais e

administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá

outras providências;

• Lei Federal 6938, de 31 de agosto de 1981: Dispõe sobre a Política Nacional do

Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras

providencias;

• Lei Federal 11.445/05 – Lei do Saneamento Básico;

• Lei Federal 9.795, de 27/04/99 Dispõe sobre a educação ambiental, institui a

Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências

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ESTADUAL

• Lei Estadual N° 4.854 DE 10 DE JULHO DE 1996 - Dispõe sobre a

Política de Meio Ambiente do Estado do Piauí e dá outras providências..

MUNICIPAL

• Lei Municipal nº 475/2001 – dispões sobre a Política Municipal de Meio

ambiente.

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89

2. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO

D'ÁGUA

2.1. Projeção da Demanda Estimada para o Setor de Abastecimento de Água

Dados disponíveis no PMSB - Barras(PI) sobre o volume produzido per capita,

indicam atendimento médio de 89 % da população urbana em 2014, com produção de

1.147.941 m³, com a perda estimada da ordem de 32,25 %, a produção líquida é de 777.730

m³/ano. A demanda atual da zona urbana de Barras (PI) é de 2.991,25 m3/dia o que

corresponde a 1.091.807 m³/ano, levando-se em consideração a população atual estimada pelo

IBGE de 22.661 habitantes na zona urbana e a necessidade para universalização do

atendimento(100 % da população atendida).

Na zona urbana de Barras são observadas situações de falta de água recorrentes no

sistema de abastecimento. Conforme o diagnóstico existe carência no sistema decorrente da

insuficiente produção de água tratada, uma vez que a disponibilidade existente no manancial é

suficiente para suprir o consumo da população.

Inexistem no município planos diretores de abastecimento d‟água, conforme

diagnóstico. Em face disso, o presente estudo de demanda é realizado com base na projeção

da população no horizonte de tempo considerado – 20 anos, e nos seguintes parâmetros:

Consumo per capita (q): 150 l/hab.dia (SNIS/MCIDADES);

Consumo médio per capita de Barras (q): 120 l/hab.dia;

Coeficiente de consumo máximo diário (K1): 1,2;

Coeficiente de consumo máximo horário (K2): 1,5;

Índice de atendimento inicial; 89%

População final abastecida: 100%; e

Índice de perdas inicial: 32,25%.

Índice de perdas final: 25%.

Consumo Per Capita

O consumo médio de água por pessoa por dia, conhecido por consumo per capita de

uma comunidade é obtido, dividindo-se o total de seu consumo de água por dia pelo número

de pessoas servidas. O consumo de água depende de vários fatores, sendo complicada a

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90

determinação do gasto mais provável por consumidor. No Brasil, costuma-se adotar quotas

médias per capita diárias de 120 a 200 litros por pessoa.

Nas zonas urbanas, a variação é motivada pelos hábitos de higiene da população, do

clima, do tipo de instalação hidráulico-sanitária dos domicílios e, notadamente, pelo tamanho

e desenvolvimento da cidade. Na zona rural, o consumo "per capita" é influenciado também

pelo clima, pelos hábitos de higiene e pela distância da fonte ao local de consumo.

Nos projetos de abastecimento público de água, o per capita adotado varia de acordo

com a natureza da cidade e o tamanho da população. A maioria dos órgãos oficiais adotam

200 litros/habitante/dia para as grandes cidades, 150 litros/habitante/dia para médias e

pequenas. A Fundação Nacional de Saúde acha suficiente 100 litros/habitante/dia para vilas e

pequenas comunidades. Em caso de abastecimento de pequenas comunidades, com carência

de água e de recursos é admissível até 60 litros/habitante/dia.

O consumo médio per capita (q) para o município de Barras-PI foi estimado em 150

l/hab.dia; valor que se deve utilizar para os cálculos das demandas futuras.

Índice de Cobertura

Foi prevista a cobertura de 100% para todo o horizonte de planejamento, conforme

fixa a Lei Federal nº 11.445/2007, que estabelece a universalização dos serviços de

saneamento.

Perdas na Distribuição

As perdas na distribuição correspondem ao volume de água tratada produzida na

Estação de Tratamento que não chega aos consumidores, ou seja, é perdida ao longo da

produção e distribuição. As perdas podem ser consideradas reais, físicas, basicamente

constituídas em vazamentos; e aparentes, de âmbito mais comercial, representadas por erros

de medição nos hidrômetros e fraudes.

O processo de redução de perdas tem como meta para final de Plano o índice de

25%, para isso, serão realizadas: fiscalização e reparação de vazamentos, substituição dos

hidrômetros e das redes e ligações existentes, investimento em gerenciamento de pressões e

infraestrutura e um programa de combate à fraude.

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91

Tabela 50: Demanda Anual de Água para Zona Urbana

ANO POPULAÇÃO

URBANA (hab.)

ÍNDICE DE

ATENDIMENTO

FUTURO

CONSUMO

ÍNDICE DE

PERDAS

(%)

PRODUÇÃO L/S

MÉDIO

(120 L)

MÁX DIA

(150 L)

MÉDIO

(120 L)

MÁX DIA

(150 L)

2016 24.391 100% 33,88 42,35 32,25 50,81 63,52

2017 24.790 100% 34,43 43,04 32,25 51,65 64,56

2018 25.196 100% 34,99 43,74 32,25 52,49 65,61

2019 25.609 100% 35,57 44,46 32,25 53,35 66,69

2020 26.028 100% 36,15 45,19 32,25 54,23 67,78

2021 26.454 100% 36,74 45,93 32,25 55,11 68,89

2022 26.887 100% 37,34 46,68 32,25 56,01 70,02

2023 27.328 100% 37,96 47,44 32,25 56,93 71,17

2024 27.775 100% 38,58 48,22 32,25 57,86 72,33

2025 28.230 100% 39,21 49,01 32,25 58,81 73,52

2026 28.692 100% 39,85 49,81 30 59,78 74,72

2027 29.162 100% 40,50 50,63 30 60,75 75,94

2028 29.639 100% 41,17 51,46 30 61,75 77,18

2029 30.125 100% 41,84 52,30 30 62,76 78,45

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2030 30.618 100% 42,53 53,16 30 63,79 79,73

2031 31.119 100% 43,22 54,03 30 64,83 81,04

2032 31.629 100% 43,93 54,91 30 65,89 82,37

2033 32.147 100% 44,65 55,81 30 66,97 83,72

2034 32.673 100% 45,38 56,72 30 68,07 85,09

2035 33.208 100% 46,12 57,65 30 69,18 86,48

2036 33.752 100% 46,88 58,60 30 70,32 87,90

Tabela 51: Demanda Anual de Água para Zona Rural

ANO POPULAÇÃO

RURAL(hab.)

ÍNDICE DE

ATENDIMENTO

FUTURO

CONSUMO (L/S) ÍNDICE

DE

PERDAS

(%)

PRODUÇÃO L/S

MÉDIO -

120 L

MÁX DIA-

150 L

MÉDIO -

110 L

MÁX DIA-

150 L

2016 22.101 100% 30,70 50,74 32,25 46,04 57,55

2017 21.981 100% 30,53 50,47 32,25 45,79 57,24

2018 21.856 100% 30,36 50,18 32,25 45,53 56,92

2019 21.726 100% 30,18 49,88 32,25 45,26 56,58

2020 21.592 100% 29,99 47,61 27,00 44,98 56,23

2021 21.452 100% 29,79 47,30 27,00 44,69 55,86

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2022 21.307 100% 29,59 46,98 27,00 44,39 55,49

2023 21.155 100% 29,38 46,64 27,00 44,07 55,09

2024 21.000 100% 29,17 46,30 27,00 43,75 54,69

2025 20.838 100% 28,94 45,22 25,00 43,41 54,27

2026 20.671 100% 28,71 44,86 25,00 43,06 53,83

2027 20.498 100% 28,47 44,48 25,00 42,70 53,38

2028 20.319 100% 28,22 44,10 25,00 42,33 52,91

2029 20.133 100% 27,96 43,69 25,00 41,94 52,43

2030 19.942 100% 27,70 43,28 25,00 41,55 51,93

2031 19.745 100% 27,42 42,85 25,00 41,14 51,42

2032 19.541 100% 27,14 42,41 25,00 40,71 50,89

2033 19.331 100% 26,85 41,95 25,00 40,27 50,34

2034 19.114 100% 26,55 41,48 25,00 39,82 49,78

2035 18.890 100% 26,24 40,99 25,00 39,35 49,19

2036 18.659 100% 25,92 40,49 25,00 38,87 48,59

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Índice de Perdas de Água

As perdas de água são constituídas por duas partes: perdas físicas (reais) e as perdas

não-físicas (aparentes). As físicas são vazamentos, extravasamentos e outros acontecimentos

em que a água retorna ao meio ambiente sem ser utilizada. As não-físicas ou comerciais

referem-se à água que tendo de fato sido utilizada, não foi contabilizada pelo sistema

comercial do organismo operador, devido a erros na micromedição, fraudes, ligações

clandestinas, distorções cadastrais, fornecimento gratuito etc. Conforme a AGESPISA, o

índice de perdas atual do sistema é de 32,25%. Previu-se a redução das perdas para 25%, até o

ano de 2036, em função de medidas de conservação de recursos naturais conjugadas com

medidas que introduzam evolução tecnológica de parte da AGESPISA.

Manancial para abastecimento futuro

O principal manancial para abastecimento futuro da cidade de Barras é o rio

Marathaoan, que já serve como fonte de adução para abastecimento da população. Para

atendimento da população da zona urbana de Barras - PI, o sistema existente conta com uma

ETA com capacidade de produção de 22 L/s de água tratada, estando atualmente produzindo

44 L/s para atendimento médio de 89 % da população, segundo diagnóstico técnico-

participativo. Não foi diagnosticada a vazão outorgada, mas a massa d'água perene no entorno

da zona urbana de Barras, apresenta-se suficiente para abastecimento futuro, em quantidade e

qualidade; garantindo o recurso para o período de planejamento.

Os serviços de saneamento prestados a esta parcela da população apresentam elevado

déficit de cobertura. Conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios –

PNAD/2012, 66,8% da população rural capta água de chafarizes e poços protegidos ou não,

diretamente de cursos de água sem nenhum tratamento ou de outras fontes alternativas

geralmente inadequadas para consumo humano.

As ações de saneamento em áreas rurais visam reverter este quadro, promovendo

também a inclusão social dos grupos sociais minoritários, mediante a implantação integrada

com outras políticas públicas setoriais, tais como: saúde, habitação, igualdade racial e meio

ambiente.

É importante frisar que o meio rural é heterogêneo, constituído de diversos tipos de

comunidades, com especificidades próprias em cada região brasileira, exigindo formas

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particulares de intervenção em saneamento básico, tanto no que diz respeito às questões

ambientais, tecnológicas e educativas, como de gestão e sustentabilidade das ações.

Tabela 52: Necessidade de Produção de Água para Zona Urbana

ANO

POPULAÇÃO

ABASTECIDA

(hab)

ÍNDICE DE

ATENDIMENTO(%)

PRODUÇÃO

EXISTENTE(L/S)

PRODUÇÃO

NECESSÁRIA

(L/S)

PRODUÇÃO

A

IMPLANTAR

(L/S)

BALANÇO

PRODUÇÃO

(L/S)

2014 22.661 89% 44,00 52,03 - -8,03

2015 23.032 89% 44,00 52,88 30,00 -8,88

2016 24.391 100% 74,00 56,00 - 18,00

2017 24.790 100% 74,00 56,92 - 17,08

2018 25.196 100% 74,00 57,85 - 16,15

2019 25.609 100% 74,00 58,80 - 15,20

2020 26.028 100% 74,00 57,39 - 16,61

2021 26.454 100% 74,00 58,33 - 15,67

2022 26.887 100% 74,00 59,28 - 14,72

2023 27.328 100% 74,00 60,25 - 13,75

2024 27.775 100% 74,00 61,24 - 12,76

2025 28.230 100% 74,00 61,26 - 12,74

2026 28.692 100% 74,00 62,27 - 11,73

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2027 29.162 100% 74,00 63,29 - 10,71

2028 29.639 100% 74,00 64,32 - 9,68

2029 30.125 100% 74,00 65,38 - 8,62

2030 30.618 100% 74,00 66,45 - 7,55

2031 31.119 100% 74,00 67,53 - 6,47

2032 31.629 100% 74,00 68,64 - 5,36

2033 32.147 100% 74,00 69,76 - 4,24

2034 32.673 100% 74,00 70,90 - 3,10

2035 33.208 100% 74,00 72,07 - 1,93

2036 33.752 100% 74,00 73,25 - 0,75

Notar que a tabela acima leva em consideração o índice de perda de 32,25% até

2019; o índice de perda de 27% de 2020 até 2024; e o índice de perda de 25% até o final do

horizonte do plano.

Conforme demonstra a tabela acima, existe a necessidade atual de ampliação da

produção. A produção atual de 44 l/s deve ser acrescida de 30 l/s referente à previsão de

ampliação do atual sistema, com implantação de nova ETA, totalizando 74 l/s para horizonte

do plano.

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Tabela 53: Necessidade de Produção de Água para Zona Rural

ANO

POPULAÇÃO

ABASTECIDA

(hab)

ÍNDICE DE

ATENDIMENTO

(%)

PRODUÇÃO

EXISTENTE

(L/S)

PRODUÇÃO

NECESSÁRIA

(L/S)

PRODUÇÃO A

IMPLANTAR

(L/S)

BALANÇO

PRODUÇÃO

(L/S)

2016 22.101 68,8% 21,12 30,70 4,00 -9,58

2017 21.981 78,8% 25,12 30,53 4,00 -5,41

2018 21.856 88,8% 29,12 30,36 4,00 -1,24

2019 21.726 100% 33,12 30,18 4,00 2,94

2020 21.592 100% 37,12 29,99 2,00 7,13

2021 21.452 100% 39,12 29,79 2,00 9,32

2022 21.307 100% 41,12 29,59 1,00 11,53

2023 21.155 100% 42,12 29,38 - 12,74

2024 21.000 100% 42,12 29,17 - 12,95

2025 20.838 100% 42,12 28,94 - 13,18

2026 20.671 100% 42,12 28,71 - 13,41

2027 20.498 100% 42,12 28,47 - 13,65

2028 20.319 100% 42,12 28,22 - 13,90

2029 20.133 100% 42,12 27,96 - 14,16

2030 19.942 100% 42,12 27,70 - 14,42

2031 19.745 100% 42,12 27,42 - 14,69

2032 19.541 100% 42,12 27,14 - 14,98

2033 19.331 100% 42,12 26,85 - 15,27

2034 19.114 100% 42,12 26,55 - 15,57

2035 18.890 100% 42,12 26,24 - 15,88

2036 18.659 100% 42,12 25,92 - 16,20

Conforme demonstra a tabela acima, nota-se que para a população rural, há

necessidade atual de ampliação da produção. A produção atual,que é de cerca de 21 l/s, deve

ser acrescida de, no mínimo 12 l/s referente à previsão de demanda atual. Foi previsto um

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acréscimo de 21 l/s referente à implantação de novas fontes de água, como: poços tubulares,

sistemas de aproveitamento de água das chuvas. Assim, totalizando cerca de 42 l/s para

horizonte do plano.

2.2. Proposição de Intervenções

2.2.1. Regularização do uso do manancial

A concessionária dos serviços de abastecimento d'água deve observar o cumprimento

da legislação sobre recursos hídricos, providenciando de imediato a consecução da autorga do

uso da água junto a Agencia Nacional de Águas - ANA.

2.2.2. Captação e adução da água bruta, e tratamento

A fonte de captação de água bruta do Rio Marathaoan apresenta-se em bom estado

de conservação, não necessitando de melhorias no curto prazo. Os conjuntos moto bomba da

estação de recalque de água bruta garantem boa modulação da vazão. Deve ser observada a

operação do conjunto, de modo que se verifique a possibilidade de troca do conjunto para

manutenção da eficiência energética.

Quanto ao manancial para abastecimento futuro da cidade de Barras – PI, o principal

é o rio Marathaoan, que atualmente já serve como fonte de adução para abastecimento da

população. Para atendimento da população da zona urbana de Barras-PI, o sistema existente

conta com uma ETA com capacidade de produção de 22 L/s de água tratada, estando

atualmente produzindo 44 L/s para atendimento médio de 89 % da população, segundo

diagnóstico técnico-participativo. Não foi diagnosticada a vazão outorgada, mas a massa de

água perene no entorno da zona urbana de Barras, apresenta-se suficiente para abastecimento

futuro, em quantidade e qualidade; garantindo o recurso para o período de planejamento.

Na área de captação do Rio Marathaoan devem ser construídas cercas para garantir a

segurança do local.

No futuro, no que se refere às adutoras de água bruta, deve ser prevista a limpeza da

adutora, quando houver uma diminuição significativa da vazão aduzida.

Para universalizar o abastecimento de água na zona rural, é necessária a captação

subterrânea com a perfuração de poços artesianos.

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Conforme demonstrado na Tabela 5 do Relatório do Prognostico de Barras – PI, há

déficit no balanço hídrico, já para o ano de 2015, o que para efeito de entendimento foi

adicionado uma vazão de 30 l/s que está relacionada à construção de uma ETA adicional.

Com a instalação da infraestrutura programada, tem-se um excedente de produção,

que servirá para universalizar o atendimento até o horizonte do plano.

Quanto a ETA antiga, se fazem necessárias as seguintes melhorias operacionais:

Implantação de macromedidor de água bruta

Melhoria da eficiência da ETA através de sua automação

Elaboração de projeto e implantação das obras de tratamento do lodo gerado

Não há a necessidade de investimentos para Estações Elevatórias de Água Tratada,

visto que a topografia local é favorável à distribuição por gravidade.

A reserva hídrica atual do sistema de abastecimento de Barras - PI é de 1.625 m³,

suficiente para atender o dia de maior consumo no início do plano. É de se considerar ainda

que a concessionária dispõe de um terceiro reservatório com capacidade de 225 m³, localizado

no centro da cidade e que serve ao sistema periodicamente.

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Foto 01: Reservatório do bairro Floresta

Fonte: visita de campo

Foto 02: Reservatório2 do bairro Floresta

Fonte: visita de campo

Não há necessidade de ampliação do sistema de reservação, embora seja necessária a

melhoria das operações neste setor, para o que é necessária instalação de um Centro de

Controle Operacional – CCO que possibilite monitorar o sistema de abastecimento de água,

em tempo real, os serviços de produção, reservação e distribuição de água, a programação dos

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101

serviços nas redes, instalações e equipamentos, bem como efetuar a segurança patrimonial das

instalações da empresa.

2.2.3. Gestão de perdas e monitoramento dos sistemas de abastecimento

d'água

Para atingimento dos objetivos de redução nos índices de perdas, deverão ser

realizados controles efetivos da redução de perdas existente. Dentre as quais pode-se

destacar. Medida eficaz nesse sentido é a manutenção de varredura de rotina em toda rede de

distribuição para detecção de vazamentos.

Deverá ser feita a substituição de todos os hidrômetros com idade superior a 10 anos

atualmente instalados, e o cuidado de manter serviço de instalação de hidrômetros em todas

novas ligações e a rotação do parque de hidrômetros existente a cada 10 anos da instalação.

2.2.4. Monitoramento do IQA da água distribuída

A água bruta deve ser objeto de constante monitoramento da qualidade, para o que o

sistema devera dispor de instalações e equipamentos modernos para realização mensal de

análises físico-químicas, bacteriológicas, cianobactérias e agrotóxicos, visando manter a

qualidade da água do manancial de abastecimento dentro dos padrões estabelecidos pela

RESOLUÇÃO Nº 430 do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, de 13 de maio

de 2011, que regulamenta a RESOLUÇÃO Nº 357 de 17 de março de 2005.

2.2.5. Macromedição e micromedição

O sistema do município é desprovido de medidores de vazão. O parque de

hidrômetros do município de Barras é constituído por um total de 9.500 unidades, onde

segundo a concessionária 90% está em funcionamento adequado. O sistema não possui um

programa de troca preventiva de hidrômetros. Há necessidade de implantação de

macromedidores no sistema e implantação de política de gestão do parque de hidrômetros.

2.2.6. Tratamento de resíduos gerados na Estação de tratamento

A estação de tratamento de água produz água para abastecimento e gera resíduos na

forma de lodos acumulados nos decantadores e água de lavagem dos filtros. Por se tratar de

uma ETA antiga, se faz necessário a implantação de obras de tratamento do lodo gerado, pois

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se os resíduos gerados durante o tratamento não forem também tratados, poderão trazer

prejuízos ao meio ambiente e ao homem.

O lodo pode ter várias formas de disposição e para escolha do destino do lodo deve-

se atentar ao teor de sólidos nele presente. Cada uma das alternativas de disposição final ou

uso benéfico exige um determinado processo de tratamento do lodo.

2.2.7. Controle de qualidade da água

A água destinada ao consumo humano, distribuída por todo sistema de

abastecimento, deve ser objeto de controle e vigilância de qualidade. A Portaria 2.914,

publicada dia 14 de dezembro de 2011, define os procedimentos de controle e de vigilância

da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Segundo essa

Portaria, compete ao responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de

abastecimento de água para consumo humano:

1. Exercer o controle da qualidade da água;

2. Garantir a operação e a manutenção das instalações destinadas ao

abastecimento de água potável em conformidade com as normas técnicas da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e das demais normas

pertinentes;

3. Manter e controlar a qualidade da água produzida e distribuída

4. Manter avaliação sistemática do sistema ou solução alternativa coletiva de

abastecimento de água, sob a perspectiva dos riscos à saúde.

Para isto, a concessionária deve implantar e manter também um Centro de Controle

Operacional - CCO, que monitore e atue no funcionamento dos sistemas, controlando o

volume de água distribuído, os níveis dos reservatórios e as pressões na distribuição da água

fornecida. A tecnologia também modela a operacionalidade dos sistemas conforme a variação

do consumo, reduzindo até mesmo os índices de perda de água.

2.2.8. Universalização da distribuição

Conforme exposto nos produtos anteriores do presente plano, na cidade de Barras –

PI em 2014 possuía rede de distribuição com extensão de 54,17 km. Considerando o

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crescimento populacional ate o horizonte do plano, será necessário implantar

aproximadamente 20 km de rede de distribuição de água,totalizando aproximadamente 74 km.

Para atendimento a zona rural, deverão ser implantados sistemas simplificados de

abastecimento de água.

2.2.9. Educação Ambiental

Inicialmente propõe-se uma atuação junto à comunidade escolar, com realização de

visitas nas unidades escolares para apresentação de um Projeto de Educação Ambiental, com

distribuição de material didático com conteúdo de uso racional da água, abrangendo toda a

população que demanda consumo de água, incentivando-a ao uso racional por meio de ações

modernas e medidas de conscientização da população para enfrentar a escassez de recursos

hídricos.

O projeto deverá ter como seu objetivo principal o uso racional da água e iniciar sua

realização no curto prazo com manutenção durante o período de planejamento, melhorando a

prestação do serviço de abastecimento de água potável, onde se podem destacar:

Conscientizar a população da questão ambiental visando mudanças de

paradigmas para a eliminação dos vícios de desperdício focando o aumento

da disponibilidade do recurso água, a partir da preservação dos mananciais

existentes de modo a garantir o fornecimento da água necessária à população;

Esclarecer que a redução no consumo diminui os custos do tratamento de

água ao diminuir os volumes de água disponibilizados para a população, com

consequente redução de custos do tratamento de esgoto ao diminuir os

volumes de esgotos lançados na rede pública, além de evitar ou postergar

investimentos necessários à ampliação da produção de água;

Incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias voltadas à redução do

consumo de água;

Diminuir o consumo de energia elétrica, produtos químicos e outros insumos.

Para o mister, são sugeridas adiantes algumas Ações de caráter permanente de

educação ambiental:

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Visitas de rotinas com escolares aos mananciais que abastecem o município e

às Estações de Tratamento de Água;

Campanha de incentivo a organizações comunitárias para aproveitamento de

gordura, evitando seu descarte no solo e na rede de esgoto, fomentando a

renda familiar;

Campanha de limpeza de reservatórios domiciliares;

Apoio à formação de agentes ambientais mirins que deverão promover a

vigilância ambiental em parques e rios;

Promover ações educativas na semana da água;

Parcerias com a Secretaria de Educação, Saúde e outras afins para execução

de projetos interdisciplinares que visem solucionar problemas ambientais

locais (agir localmente, pensar globalmente).

Na zona rural levar orientação aos pequenos produtores quanto ao uso correto de

agrotóxicos, suas aplicações, noções sobre atividades nocivas ao meio ambiente, técnicas agro

florestais e conhecimento sobre a legislação ambiental. Realização de dias de campo para

interação com essas comunidades visando despertar uma consciência social e agro ecológica,

além de visitas às famílias, palestras em escolas e centros comunitários, com demonstração de

práticas e técnicas agrícolas de conservação do solo, de modo que essa população rural possa

conciliar suas práticas tradicionais com o desenvolvimento sustentável.

2.2.10. Conservação do Manancial

A crescente urbanização vem impondo um aumento significativo na devastação das

margens dos mananciais, com ocupação de áreas de preservação permanente. Para fazer frente

ao problema, o presente plano prevê a execução imediata de projetos e ações para preservação

da qualidade e quantidade de água para abastecimento da população barrense, dentre elas:

Controle de invasões das margens;

Recomposição da mata ciliar;

Limpeza e coleta freqüente de resíduos sólidos depositados;

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2.2.11. Monitoramento e redução de perdas na rede de distribuição

As perdas de água são constituídas por duas partes: perdas físicas (reais) e as perdas

não-físicas (aparentes). As físicas são vazamentos, extravasamentos e outros acontecimentos

em que a água retorna ao meio ambiente sem ser utilizada. As não-físicas ou comerciais

referem-se à água que tendo de fato sido utilizada, não foi contabilizada pelo sistema

comercial do organismo operador, devido a erros na micromedição, fraudes, ligações

clandestinas, distorções cadastrais, fornecimento gratuito etc.

Conforme a AGESPISA, o índice de perdas atual do sistema é de 32,25%. Previu-se

a redução das perdas para 25%, até o ano de 2036, em função de medidas de conservação de

recursos naturais conjugadas com medidas que introduzam evolução tecnológica de parte da

AGESPISA, como:

Monitoramento persistente em toda a rede de distribuição de água em busca

de vazamentos não visíveis.

Manter política de instalação de micromedidores e substituição de todos os

hidrômetros com idade superior a10 anos atualmente instalados.

Tais melhorias devem fazer parte da rotina operacional da concessionária, podendo

assim, garantir o atingimento do índice previsto para o período de planejamento.

2.3. Programas, Projetos e Ações

Apresentamos adiante quadro-resumo dos programas, projetos e ações a serem

implementados para a consecução dos objetivos do eixo do plano abastecimento d' água.

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Quadro 11: Programas, projetos e ações de abastecimento água

Programas Projetos e Ações Custo

estimado (R$) Prazo Prioridade

%

Existente

hoje

%

Curto

Prazo

%

Médio

Prazo

%

Longo

Prazo

RESPONSABILIDADES

Execução Acompanhamento

Programa de

Universalização e

Melhoria dos

Serviços

Regularização do uso do

manancial:

Outorga do manancial utilizado,

junto a ANA

20.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Concessionária Prefeitura

Captação e adução da água

bruta, e tratamento:

Construir nova ETA.

3.000.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Concessionária Prefeitura

Captação e adução da água

bruta, e tratamento:

Realizar limpeza periódica na

adutora.

300.000,00 Longo prazo Alta 0 100 100 100 Concessionária Prefeitura

Captação e adução da água

bruta, e tratamento: Construir

cerca na área de captação no rio

Marathaoan

12.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Concessionária Prefeitura

Gestão de perdas e

monitoramento do sistema de 300.000,00 Médio Prazo Alta 0 70 100 100 Concessionária Prefeitura

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abastecimento de água :

Implantação de novas tecnologias

para acompanhamento e controle

dos índices de perdas no sistema

Monitoramento do IQA da água

distribuída:

Dotar o sistema de tecnologias

para monitoramento do índice de

qualidade da água bruta e

distribuída.

200.000,00 Médio Prazo Alta 50 70 100 100 Concessionária Prefeitura

Macromedição e micromedição:

Instalação de macromedidores e

criação de sistema de

acompanhamento do parque de

hidrômetros

1.200.000,00 Médio Prazo Alta 65 90 100 100 Concessionária Prefeitura

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Tratamento de resíduos gerados

na Estação de tratamento:

Elaboração de projeto e

implantação das obras de

tratamento do lodo gerado.

250.000,00 Médio prazo Alta 0 80 100 100 Concessionária Prefeitura

Controle de qualidade da água:

Instalação de um Centro de

Controle Operacional – CCO, com

monitoramento do IQA da água a

ser distribuída.

600.000,00 Médio prazo Alta 0 50 100 100 Concessionária Prefeitura

Universalização da Distribuição:

Implantação de sistema

simplificados de abastecimento

d'água na zona rural.

1.500.000,00 Médio prazo Alta 66,8 80 100 100 Concessionária Prefeitura

Universalização da Distribuição:

Implantar 20 km de rede na zona

urbana até o horizonte do plano

1.630.000,00 Médio prazo Alta 80 90 100 100 Concessionária Prefeitura

Programa de

Melhorias

Operacionais e

Qualidade dos

Serviços

Projeto de Educação Ambiental:

Ações de educação ambiental nas

escolas;

Parcerias com a Secretaria de

Educação, Saúde e outras afins

para ações de Educação Ambiental

300.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Concessionária e

Prefeitura Prefeitura

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109

em todo município.

Projeto de Conservação do

Manancial:

Controle de invasões das margens;

Recomposição da mata ciliar;

Limpeza e coleta freqüente de

resíduos sólidos depositados.

450.000,00 Médio prazo Alta 50 90 100 100 Concessionária e

Prefeitura Prefeitura

Projeto de Monitoramento e

Redução de Perdas na Rede de

Distribuição:

Monitoramento persistente em

toda a rede de distribuição de

água;

Manutenção de política de

instalação de micromedidores e

substituição de todos os

hidrômetros com idade superior a

10 anos.

375.000,00 Médio prazo Alta 0 80 100 100 Concessionária Prefeitura

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110

2.4. Estimativa de Investimentos

Exibimos adiante quadro-resumo dos investimentos a serem realizados,

demonstrando ainda as fontes dos recursos, o responsável pela execução e as parcerias que

podem vir a existir.

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111

Quadro 12: Estimativa de investimentos para o sistema de abastecimento água

PROGRAMA AÇÕES CUSTO ESTIMADO DA

AÇÃO

FONTE DE

FINANCIAMENTO

META DE

EXECUÇÃO

DA AÇÃO

META DE

EXECUÇÃO

DO

PROGRAMA

RESPONSÁVEL

PELA

EXECUÇÃO DO

PROGRAMA

PARCERIAS

Programa de

Universalização

dos Serviços

Desativação e/ou

regularização de

poços em desusos,

gerenciamento das

derivações dos

ramais principais

existentes,

recuperação de

reservatórios

existentes, revisão

da parte elétrica das

casas de bomba.

1 un. 2000000 R$

2.000.000,00 Governo Federal Longo Prazo

Longo Prazo

Concessionária do

Sistema de

Abastecimento de

Água /

Administração

Municipal

PPP Construção de

lavanderias púbicas

na zona urbana e

rural

1 un. 5000000 R$

5.000.000,00 Governo Federal Longo Prazo

Outorga do

manancial utilizado,

junto a ANA

1 un. 20000 R$

20.000,00 Governo Municipal Curto Prazo

Construir nova ETA. 1 vg. 3000000 R$

3.000.000,00 Governo Federal Curto Prazo

Realizar limpeza

periódica na adutora. 20 vg. 10000

R$

200.000,00

Concessionária do

Sistema de

Abastecimento de

Água

Longo Prazo

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112

Construir cerca na

área de captação no

rio Marathaoan

1 vg. 12000 R$

12.000,00

Concessionária do

Sistema de

Abastecimento de

Água

Curto Prazo

Implantação de

novas tecnologias

para

acompanhamento e

controle dos índices

de perdas no sistema

1 vg. 300000 R$

300.000,00

Concessionária do

Sistema de

Abastecimento de

Água

Médio Prazo

Dotar o sistema de

tecnologias para

monitoramento do

índice de qualidade

da água bruta e

distribuída.

1 vg. 200000 R$

200.000,00

Concessionária do

Sistema de

Abastecimento de

Água

Médio Prazo

Instalação de

macromedidores e

criação de sistema

de acompanhamento

do parque de

hidrômetros.

1 vg. 1200000 R$

1.200.000,00

Concessionária do

Sistema de

Abastecimento de

Água

Médio Prazo

Elaboração de

projeto e

implantação das

obras de tratamento

do lodo gerado na

Estação de

Tratamento.

1 vg. 250000 R$

250.000,00

Concessionária do

Sistema de

Abastecimento de

Água

Médio Prazo

Instalação de um

Centro de Controle

Operacional – CCO,

com monitoramento

do IQA da água a

ser distribuída.

1 vg. 600000 R$

600.000,00

Concessionária do

Sistema de

Abastecimento de

Água

Curto Prazo

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113

Implantação de

sistema

simplificados de

abastecimento

d'água na zona rural.

1 vg. 1500000 R$

1.500.000,00

Governo Federal /

Emenda Parlamentar Médio Prazo

Implantar 20 km de

rede na zona urbana

até o horizonte do

plano.

1 vg. 4500000 R$

4.500.000,00

Governo Federal /

Emenda Parlamentar Longo Prazo

Programa de

Melhorias

Operacionais e

Qualidade dos

Serviços

Ações de educação

ambiental nas

escolas;

Parcerias com a

Secretaria de

Educação, Saúde e

outras afins para

ações de Educação

Ambiental em todo

município.

1 vg. 1500000 R$

1.500.000,00

Governo Federal /

Governo Municipal Longo Prazo

Longo Prazo

Concessionária do

Sistema de

Abastecimento de

Água

Administração

Municipal

Projeto que vise a

utilização de água de

lavagem de filtros da

ETA em usos não

potáveis.

1 vg. 300000 R$

300.000,00

Concessionária do

Sistema de

Abastecimento de

Água

Médio Prazo

Controle de invasões

das margens;

Recomposição da

mata ciliar;

Limpeza e coleta

freqüente de

resíduos sólidos

depositados.

1 vg. 1400000 R$

1.400.000,00

Governo Federal /

Emenda Parlamentar Longo Prazo

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114

Monitoramento

persistente em toda a

rede de distribuição

de água;

Manutenção de

política de instalação

de micromedidores e

substituição de todos

os hidrômetros com

idade superior a 10

anos.

1 vg. 1200000 R$

1.200.000,00

Concessionária do

Sistema de

Abastecimento de

Água

Longo Prazo

SOMA R$

23.182.000,00

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115

3. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO

SANITÁRIO

3.1. Projeção da Demanda Estimada para o Setor de Esgotamento Sanitário

Para o planejamento da demanda de esgotamento sanitário, foram considerados os

seguintes parâmetros.

Carga orgânica per capita = 54 gr.DBO/hab/dia

Coeficiente de retorno = 80%

Índice de coleta atual = 0%

Índice de atendimento atual = 0%

Índice de coleta final = 100%

Índice de tratamento atual = 0%

Índice de tratamento final = 100%

Vazão de infiltração = 9-2

L/s/km

As vazões de esgotos e cargas orgânicas estimadas até o final do projeto são

apresentadas a seguir:

Tabela 54: Vazões de Esgotos e Cargas Orgânicas Estimadas

PRAZO

ÍNDICE DE

ATENDIMENTO

POPULAÇÃO

ESGOTADA

EXTENSÃO

DE REDE

(km)

VAZÃO DE

INFILTRAÇÃO

(L/S)

VAZÕES

COLETADAS

VAZÃO DE

TRATAMENTO CARGA

ORGÂNICA

Kg/DBO/DIA COLETADO

(%)

TRATADO

(%)

MÉDIA

(l/s)

MÁXIMA

(l/s) MÉDIA (L/d)

CURTO 14,29 100,00% 3658 10 0,90 5,98 10,90 5,98 197,56

MÉDIO 50,00 100,00% 13664 25 2,25 21,23 37,82 21,23 737,86

LONGO 100,00 100,00% 33752 35 3,15 26,889 50,03 50,03 1822,61

A carga orgânica diária para o município de Barras-PI foi estimada conforme a

projeção populacional, ou seja, número de habitantes vezes a quantidade diária de DBO por

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116

habitante, esta carga deve ter como corpo receptor o rio Marathaoan, para o que deverá ser

observado o que dispõe a Resolução CONAMA Nº 357/2005. Será adotada para o principal

corpo receptor do município a classificação de Água doce(águas com salinidade igual ou

inferior a 0,5 ‰).

Os padrões de eficiência no tratamento dos efluentes domésticos previsto para o

sistema de Barras-PI estão representados na tabela abaixo, de acordo com o parâmetro e o

tratamento relacionado ao sistema a ser implantado.

Quadro 13: Padrões de Eficiência no Tratamento dos Efluentes Domésticos - Sistema

Australiano

Parâmetros Eficiência Sistema

Australiano (%)

Remoção de

Coliformes 60 - 99,9

DBO 70 - 90

Fonte: VON SPERLING, 1996.

A previsão de carga orgânica diária para o município de Barras-PI foi estimada

conforme a projeção populacional, ou seja, número de habitantes vezes a carga orgânica diária

de DBO por habitante. Assim, foi possível estimar a DBO diária para a zona urbana da cidade

sem e com tratamento. Ver tabela abaixo

Tabela 55: Previsão de estimativas de carga e concentração de DBO e coliformes ao longo do

plano

ANO POPULAÇÃO

ATENDIDA

CARGA

ORGÂNICA

Kg/DBO/DIA

SEM

TRATAMENTO

COM

TRATAMENTO

(Eficiência de 90%)

2016 24.391 0,054 1317,11 131,71

2017 24.790 0,054 1338,66 133,87

2018 25.196 0,054 1360,58 136,06

2019 25.609 0,054 1382,89 138,29

2020 26.028 0,054 1405,51 140,55

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117

2021 26.454 0,054 1428,52 142,85

2022 26.887 0,054 1451,9 145,19

2023 27.328 0,054 1475,71 147,57

2024 27.775 0,054 1499,85 149,99

2025 28.230 0,054 1524,42 152,44

2026 28.692 0,054 1549,37 154,94

2027 29.162 0,054 1574,75 157,48

2028 29.639 0,054 1600,51 160,05

2029 30.125 0,054 1626,75 162,68

2030 30.618 0,054 1653,37 165,34

2031 31.119 0,054 1680,43 168,04

2032 31.629 0,054 1707,97 170,8

2033 32.147 0,054 1735,94 173,59

2034 32.673 0,054 1764,34 176,43

2035 33.208 0,054 1793,23 179,32

2036 33.752 0,054 1822,61 182,26

Definição de alternativas técnicas de engenharia para atendimento da demanda calculada

A instalação de sistemas de esgotamento sanitário é essencial para a proteção da

saúde pública, visto que o esgoto lançado em sarjetas, como é o cenário atual de Barras – PI;

contribui para proliferação de inúmeras doenças parasitárias e infecciosas além da degradação

do corpo hídrico.

Até o final do período de planejamento do PMSB a extensão de rede coletora de

esgoto deverá atingir um total de aproximadamente 74 km, para universalização do serviço e

coincidente com extensão da rede de distribuição de água. Ver quadro abaixo.

Como a alternativa técnica de atendimento da demanda, propõe-se a instalação de um

sistema coletivo centralizado, no qual a rede coletora integrada transportará todo efluente

coletado para um único local onde será realizado o tratamento, com a instalação de uma ETE

com capacidade de tratamento de 1793,23 KgDBO/dia, até o final do plano.

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118

Previsão de eventos de emergência e contingência

O PMSB conta com um Plano de Contingência e Emergência, cuja finalidade é

garantir a assiduidade da operação do sistema, evitando prejuízos ao meio ambiente e a saúde

pública. Assim, o Plano de Contingência e Emergência busca estabelecer as formas de

atuação da operação do sistema, a partir das estruturas existentes, procurando dotar o sistema

de segurança que garanta a continuidade das operações de esgotamento sanitário do

município. Para isso, o sistema devera contar com mecanismos de manutenção para evitar

interrupção no funcionamento do sistema, com acompanhamento sistemático das condições

físicas dos equipamentos.

Isso inobstante, em caso de ocorrências atípicas, que excedam a capacidade de

atendimento local, o sistema deverá contar com estruturas de apoio, visando à correção dessas

ocorrências, para que o sistema do município não tenha qualquer prejuízo.

3.2. Proposição de Intervenções

3.2.1. Implantação de sistema de esgotamento sanitário

A instalação de sistemas de esgotamento sanitário é essencial para a proteção da

saúde pública, visto que o esgoto lançado em sarjetas, como é o cenário atual de Barras – PI;

contribui para proliferação de inúmeras doenças parasitárias e infecciosas além da degradação

do corpo hídrico.

A Universalização do serviço de esgotamento sanitário deve-se dar em todo

município seguindo ações que visem manter a relação do homem ao meio ambiente. As ações

elencadas visam implantar sistema de esgotamento sanitário adequado, protegendo a

qualidade do solo e corpos hídricos e,consequentemente, trazendo melhores condições para a

qualidade de vida da população.

Até o final do período de planejamento do PMSB a extensão de rede coletora de

esgoto deverá atingir um total de aproximadamente 74 km, para universalização do serviço e

coincidente com extensão da rede de distribuição de água. Ver quadro 1 abaixo.

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119

Quadro 14: Extensão da Rede Coletora de Esgoto

Meta Total

Por Período Acumulado

Curto prazo Até o Ano 4 30000 30000

Médio prazo Ano 5 ao Ano 8 24170 54170

Longo prazo Ano 9 ao Ano 20 20000 74170

Conforme já demonstrado na escolha da alternativa técnica de atendimento da

demanda no Prognostico, propõe-se a instalação de um sistema coletivo, centralizado no qual

a rede coletora integrada transportará todo efluente coletado para um único local onde será

realizado o tratamento, o que se pressupõe a instalação de uma ETE com capacidade de

tratamento de 1793,23 KgDBO/dia, até o final do plano.

O projeto deverá contemplar também alternativas para atendimento a zona rural,

considerando que essas áreas são desprovidas de sistemas sanitários e apenas algumas

residências dispõem de tratamento individual, mas sem a devida funcionalidade, podendo

estar contaminando o lençol freático.

3.2.2. Universalização do saneamento

Este projeto sugere a elaboração de lei municipal visando à obrigatoriedade de

ligação de água e esgoto a toda população urbana.Esta medida é necessária para que a

concessionária tenha instrumentos legais para obrigar as unidades a se ligarem às redes a ser

implantadas, e com isso atender as metas estabelecidas garantindo a qualidade ambiental e

sanitária do município, além de garantir que os investimentos em esgotamento sanitário

tenham o efeito desejado.

Esta lei carecerá ser complementada por um programa amplo de incentivo técnico e

financeiro quanto à ligação das famílias de baixa renda à rede, além de incentivos para essa

parcela da população, tendo em vista que o principal motivo que levará estas famílias a não

executarem a ligação são os custos e a cobrança por estes serviços.

Considerando que o dispositivo adotado atualmente pela população é do tipo fossa

séptica, e em maior parte dos casos, não são corretamente dimensionadas e não possuem

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120

eficiência adequada, deve se prever na lei municipal, o atendimento das regiões com menor

densidade populacional, área rural, os quais não serão atendidos por rede coletora de esgoto.

Neste programa é previsto o auxílio técnico e econômico para instalação de Fossas Sépticas

dentro dos padrões previamente estabelecidos e a limpeza periódica destas fossas sendo o

lodo tratado em uma ETE específica a qual deverá ser licenciada para este fim. A limpeza

dessas fossas deverá ser de responsabilidade da concessionária.

3.2.3. Educacional de Sustentabilidade

Define-se sustentabilidade, ações e atividades humanas que visam suprir as

necessidades contemporâneas dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas

gerações. Ou seja, a sustentabilidade está inteiramente relacionada ao desenvolvimento

econômico e material sem agredir o meio ambiente, utilizando os recursos naturais de forma

astuta para que eles não escasseiem no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode

garantir o desenvolvimento sustentável.

A adoção de ações de sustentabilidade garante a médio e longo prazo, os recursos

naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos

naturais. (SUAPESQUISA, 2015)

A sustentabilidade é um compromisso com a sociedade e possibilita transformar a

vida dos cidadãos. É fundamental para ajudar na gestão desses projetos sustentáveis, a criação

de um Comitê de Sustentabilidade, formado por diversos entes da sociedade.

Para a prática deste projeto, sugerem-se no presente plano, os seguintes projetos e

ações educacionais de sustentabilidade:

3.2.4. Coleta de Gordura

Este há como alvo o recolhimento de toda a parcela de óleos, graxas e gorduras que

os estabelecimentos comerciais descartariam na rede,entregando-os para reciclagem em

usinas de bicombustível. Se a gordura for diretamente para rede coletora, ela vira uma espécie

de “cola” nos tubos e qualquer fio de cabelo começa a grudar, assim começam os problemas,

podem ocorrer desde entupimentos, refluxo de esgoto, até mesmo rompimentos nas redes

coletoras, causando transtornos à população, além de causar a impermeabilização e poluição

de córregos e rios que destroem o bioma e provocam enchentes (100PEPINOS, 2015).

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121

3.2.5. Visitação à Estação de Tratamento

É um programa de educação ambiental visando às unidades escolares dos

municípios. Os alunos visitam as Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), onde recebem

informações sobre os processos realizados e participam de atividades de conscientização com

foco na valorização do uso racional de água. Inicialmente propõe-se uma atuação junto à

comunidade escolar, com realização de visitas nas unidades escolares para apresentação de

um Projeto de Educação Ambiental, com distribuição de material didático com conteúdo de

uso racional da água, abrangendo toda a população que demanda consumo de água,

incentivando-a ao uso racional por meio de ações modernas e medidas de conscientização da

população para enfrentar a escassez de recursos hídricos.

3.2.6. Disciplinamento das ligações pluviais e esgoto

Esta ação visa à orientação a população para construir as ligações pluviais corretas ao

levantar seus imóveis ou corrigir o problema de maneira a evitar os desagradáveis transtornos

que eles provocam na época das chuvas fortes. Isto porque as estações de tratamento de

esgoto acabam recebendo um volume de água pluvial para o qual não foram projetadas,

causando enchentes e retorno dos esgotos para as casas.

Realização de ações de conscientização dos usuários a efetuarem as ligações de

esgoto, de modo que os esgotos possam ser afastados e dispostos de maneira adequada no

meio ambiente, reduzindo a sua capacidade de deterioração dos corpos hídricos e

consequentemente contribuindo para a melhoria da qualidade de água dos Rios na região.

3.2.7. Reutilização da Água e Aproveitamento da Água da Chuva

A introdução de Projeto de Reuso da Água tem como objetivo despertar na

população a necessidade de utilizar água de menor qualidade em usos não potáveis, fazendo-

se, assim, um reaproveitamento que reduz os gastos com o tratamento de água. Dentre os

programas estruturantes a serem implantados visando à melhoria do sistema de abastecimento

de água, este gera resultados positivos também no sistema de esgotamento sanitário, pois a

água anteriormente utilizada para apenas uma finalidade pode ser também utilizada para outra

não potável antes de retornar para o sistema na forma de esgoto.

O reuso da água resulta na redução do consumo e consequentemente na redução da

geração de esgoto pela população, gerando economias de insumos no tratamento do esgoto e

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122

postergando investimentos no dimensionamento da ETE, devido à redução da produção de

efluente.

3.3. Programas, Projetos e Ações

Apresentamos adiante quadro-resumo dos programas, projetos e ações a serem

implementados para a consecução dos objetivos do eixo do plano esgotamento sanitário.

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123

Quadro 15: Programas, projetos e ações de esgotamento sanitário

Programas Projetos e Ações

Custo

estimado

(R$)

Prazo Prioridade %

Existente

hoje

%

Curto

Prazo

%

Médio

Prazo

%

Longo

Prazo

RESPONSABILIDADES

Execução Acompanhamento

Programa de

Universalização

e Melhoria dos

Serviços

Projeto de implantação de

sistema de esgotamento

sanitário:

Implantação de sistema de

esgotamento sanitário coletivo

e centralizado na zona urbana

68.803.475,00 Longo prazo Alta 0 100 100 100

Concessionária Prefeitura

Projeto de implantação de

sistema de esgotamento

sanitário:

Projetos que visem melhorias

sanitárias domiciliares para

zona rural

20.000.000,00 Longo prazo Alta 0 100 100 100

Concessionária e

Prefeitura Prefeitura

Programa de

Melhorias

Operacionais e

Qualidade dos

Serviços

Projeto Universalização do

Saneamento:

Elaboração de lei municipal

dispondo sobre a

obrigatoriedade de ligação de

água e esgoto, e uso de fossas

- Curto prazo Média 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura

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124

sépticas.

Projeto Educacional de

Sustentabilidade:

Coleta de gordura;

Visitação às estações de

tratamento;

Disciplinamento das ligações

pluviais e esgoto;

30.000,00 Médio prazo Média 0 100 100 100

Concessionária e

Prefeitura Prefeitura

Reutilização da Água e

Aproveitamento da Água da

Chuva:

Incentivar a utilização da água

de menor qualidade em usos

não potáveis;

30.000,00 Médio prazo Média 0 100 100 100

Concessionária e

Prefeitura Prefeitura

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125

3.4. Estimativa de Investimentos

Exibimos adiante quadro-resumo dos investimentos a serem realizados,

demonstrando ainda as fontes dos recursos, o responsável pela execução e as parcerias que

podem vir a existir.

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126

Quadro 16: Resumo de investimentos do Sistema de Esgotamento Sanitário

PROGRAMA AÇÕES CUSTO ESTIMADO DA AÇÃO FONTE DE

FINANCIAMENTO

META DE

EXECUÇÃO

DA AÇÃO

META DE

EXECUÇÃO

DO

PROGRAMA

RESPONSÁVEL

PELA

EXECUÇÃO DO

PROGRAMA

PARCERIAS

PROGRAMA DE

UNIVERSALIZAÇÃ

O DO SISTEMA DE

ESGOTAMENTO

SANITÁRIO

Implantação de

sistema de

esgotamento

sanitário

coletivo e

centralizado na

zona urbana

1 vg. R$

68.803.475,00 R$

68.803.475,00 Tarifa Longo Prazo

Longo Prazo

Concessionária do

Sistema de

Esgotamento

Sanitário

Administração

Municipal

Projetos que

visem

melhorias

sanitárias

domiciliares

para zona rural

e áreas urbanas

não atendidas

pela rede de

esgoto.

1 vg. R$

20.000.000,00 R$

20.000.000,00 Tarifa Longo Prazo

PROGRAMA DE

MELHORIAS

OPERACIONAIS E

DE QUALIDADE DO

SISTEMA DE

ESGOTAMENTO

SANITÁRIO

Elaboração de

lei municipal

dispondo sobre

a

obrigatoriedade

de ligação de

água e esgoto,

e uso de fossas

sépticas

1 vg. R$

- R$

- Curto Prazo Longo Prazo

Administração

Municipal e

Concessionária do

Sistema de

Esgotamento

Sanitário

Administração

Municipal

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127

Coleta de

gordura;

visitação às

estações de

tratamento;

disciplinament

o das ligações

pluviais e

esgoto

1 vg. R$

450.000,00 R$

450.000,00 Tarifa Longo Prazo

Incentivar a

utilização da

água de menor

qualidade em

usos não

potáveis

1 vg. R$

300.000,00 R$

300.000,00 Tarifa Longo Prazo

SOMA R$

89.553.475,00

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128

4. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE LIMPEZA URBANA

E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

4.1. Projeções de Geração de Resíduos Sólidos no Município

Para o presente estudo a "geração per capita" relaciona a quantidade de resíduos

urbanos gerada diariamente e o número de habitantes de determinada região. Muitos estudos

consideram de 0,5 a 0,8kg/hab./dia como a faixa de variação média para o Brasil, sem,

contudo, incluir os resíduos públicos e entulhos. Assim, na ausência de dados mais precisos,

vamos considerar a geração per capita fazendo a inclusão dos resíduos urbanos (domiciliar +

público + entulho) e até os resíduos de serviços de saúde, isto resumo a geração per capita

adotada de 0,98 kg/hab/dia. Na tabela abaixo expõe-se a projeção da produção de resíduos em

Barras - PI.

QUADRO 17: Projeção da produção de resíduos sólidos (produção diária e anual)

ANO POPULAÇÃO

Geração

per capta

(kg/hab./dia)

Reciclado

(t/dia)

Compostado

(t/dia)

Aterrado

(t/dia)

Total

(t/dia)

2015 46.214 0,98 0,000 0 0 45,29

2016 46.492 0,98 0,000 0 0 45,56

2017 46.771 0,98 0,000 0 0 45,84

2018 47.052 0,98 4,61 6,92 34,58 46,11

2019 47.335 0,98 4,64 6,96 34,79 46,39

2020 47.620 0,98 4,67 7,00 35,00 46,67

2021 47.906 0,98 4,69 7,04 35,21 46,95

2022 48.194 0,98 4,72 7,08 35,42 47,23

2023 48.483 0,98 4,75 7,13 35,64 47,51

2024 48.775 0,98 4,78 7,17 35,85 47,80

2025 49.068 0,98 7,21 12,02 28,85 48,09

2026 49.363 0,98 7,26 12,09 29,03 48,38

2027 49.660 0,98 7,30 12,17 29,20 48,67

2028 49.958 0,98 7,34 12,24 29,38 48,96

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129

2029 50.258 0,98 7,39 12,31 29,55 49,25

2030 50.560 0,98 9,91 17,34 22,30 49,55

2031 50.864 0,98 9,97 17,45 22,43 49,85

2032 51.170 0,98 10,03 17,55 22,57 50,15

2033 51.478 0,98 10,09 17,66 22,70 50,45

2034 51.787 0,98 15,23 25,38 10,15 50,75

2035 52.098 0,98 15,32 25,53 10,21 51,06

2036 52.411 0,98 15,41 25,68 10,27 51,36

ANO POPULAÇÃO

Geração

per capta

(kg/hab./dia)

Reciclado

(t/ano)

Compostado

(t/ano)

Aterrado

(t/ano)

Total

(t/ano)

2015 46.214 0,98 0,000 0 0 16530,78

2016 46.492 0,98 0,000 0 0 16630,14

2017 46.771 0,98 0,000 0 0 16730,09

2018 47.052 0,98 1.683,06 2.524,60 12622,98 16830,64

2019 47.335 0,98 1.693,18 2.539,77 12698,85 16931,80

2020 47.620 0,98 1.703,36 2.555,03 12775,17 17033,56

2021 47.906 0,98 1.713,59 2.570,39 12851,95 17135,94

2022 48.194 0,98 1.723,89 2.585,84 12929,20 17238,93

2023 48.483 0,98 1.734,25 2.601,38 13006,90 17342,54

2024 48.775 0,98 1.744,68 2.617,02 13085,08 17446,77

2025 49.068 0,98 1.755,16 2.632,74 13163,72 17551,63

2026 49.363 0,98 1.765,71 2.648,57 13242,84 17657,12

2027 49.660 0,98 1.776,32 2.664,49 13322,43 17763,25

2028 49.958 0,98 1.787,00 2.680,50 13402,51 17870,01

2029 50.258 0,98 1.797,74 2.696,61 13483,06 17977,41

2030 50.560 0,98 1.808,55 2.712,82 13564,10 18085,46

2031 50.864 0,98 1.819,42 2.729,12 13645,62 18194,16

2032 51.170 0,98 1.830,35 2.745,53 13727,63 18303,51

2033 51.478 0,98 1.841,35 2.762,03 13810,14 18413,52

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130

2034 51.787 0,98 1.852,42 2.778,63 13893,14 18524,19

2035 52.098 0,98 1.863,55 2.795,33 13976,64 18635,52

2036 52.411 0,98 1.874,75 2.812,13 14060,65 18747,53

4.2. Gestão de Resíduos Sólidos no Município

Para Santos e Schalch (2002), a gestão ambiental trabalha de forma ordenada as

atividades humanas, para que estas originem o menor impacto possível sobre o meio. Esta

organização vai desde a escolha das melhores técnicas até o cumprimento da legislação e a

alocação correta de recursos humanos e financeiros.

A administração integrada de uma região ou ambiente, com critérios de equilíbrio,

promovendo o desenvolvimento e o bem estar harmonioso dos seres humanos, através da

melhoria da qualidade de vida e manutenção da disponibilidade dos recursos naturais, sem

esgotar e/ou deteriorar os recursos renováveis e sem destruir os não-renováveis, podemos

também denominar de gestão ambiental (STRAUSCH e ALBUQUERQUE, 2008).

Santos e Schalch (2002) colocam que, após o Rio-92, oficializou-se a política de busca

de minimização do resíduo sólido e buscou-se a utilização do conceito de gerenciamento

integrado. Assim, o manejo sustentável de resíduo pressupõe a busca da minimização,

seguida pela organização da coleta, transporte, tratamento e/ou destino final do que, de fato,

não possa ser reutilizado ou reciclado.

Segundo Santos e Schalch (2002), atualmente são diretrizes prioritárias de políticas

de resíduos: evitar ou, nos casos em que não for possível, diminuir a produção de resíduos;

reutilizar ou, quando não for possível, reciclar resíduos; utilizar a energia contida nos

resíduos; tornar inertes os resíduos antes da disposição final. Assim, demonstra-se na quadro

12 a hierarquia de gestão e gerenciamento de resíduos.

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131

TABELA 56 - Hierarquia de gestão e gerenciamento de resíduo

Ordem de Importância Ações

6 Prevenir a gereção de resíduos na fonte.

5 Reduzir a geração de resíduos na fonte.

4 Reciclar no processo.

3 Reciclar e reutilizar em outros processos.

2 Tratar os resíduos sólidos para minimizar os impactos.

1 Dispor os resíduos de maneira responsável e segura.

(Fonte: Santos e Schalch, 2002)

4.2.1. Resíduos sólidos domésticos e comerciais - coleta convencional

Segundo os dados disponibilizados pela municipalidade, os serviços de coleta de

resíduos domésticos e comercias, são terceirizados, a empresa contratada Maxmilhan Kolbr

Andrade nome fantasia Eventos e Serviços Andrade – Serviços e Gestão Ambiental Urbana,

através de Edital de Licitação, modalidade pregão, seguindo os preceitos da Lei Federal n°.

8.666/93, a qual institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e, suas

posteriores alterações, na licitação modalidade Pregão n° 005/2013.

O presente contrato tem como objetivo a contratação de empresa para proceder na

coleta e transporte dos resíduos domiciliares, comerciais e de varrições; e coleta e

transporte de resíduos diversos de acordo com a proposta financeira apresentada pela

contratada, atendendo assim a sede do município.

Objetivo: Contratação de empresa especializada na Prestação de Serviços de Limpeza

Pública para realização destes serviços para a Prefeitura Municipal de Barras-PI, pelo período

de 12 (doze) meses, conforme Orçamento detalhado em Planilhas com a composição de todos

os seus custos unitários, Termo de Referência e demais anexos constantes no Edital da

CONCORRÊNCIA Nº 05/2013. Tipo: Técnica e Preço. Total de lotes licitados: 001. Preço

máximo aceito pela administração: R$ 120.665,93 mensais. Valor máximo do contrato: R$

1.447.991,10. Edital: 23/08/2013 de 08h00min às 13h00min. Endereço: Rua Taumaturgo de

Azevedo, n° 491, Centro, Barras-PI. Entrega das propostas: 24/09/2013 às 09h00min

Com prorrogação de até 48 meses.

A coleta é realizada 2ª à 6ª , no horário de 08:00 as 12:00h e das 14:00 as 17:00h.

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Cronograma do Roteiro de 3 Caminhões, (1) Compactador, (1) Aberto (1) aberto fretado

TABELA 57: Caminhão Compactador:

Dias

Semana Roteiro realizado pelo veiculo

2ª Bairros Matadouro, Piquizeiro, Riachinho, Boa vista, e no período da

tarde no centro da cidade.

3ª Bairros São Cristovão, Fátima, Xiqui-Xiqui, Corujal e no Período da

Tarde Centro.

4ª Bairros Matadouro, Piquizeiro, Riachinho, Boa vista, e no período da

tarde no centro da cidade.

5ª Bairros São Cristovão, Fátima, Xiqui-Xiqui e no Período da Tarde

Centro.

6ª Bairros Matadouro, Piquizeiro, Riachinho, Boa vista, e no período da

tarde no centro da cidade.

Empresa tercerizada

TABELA 58: Caminhão Aberto

Dias

Semana

Roteiro realizado pelo veiculo

2ª Bairros: Santinho, Floresta, Pedrinhas I e II.

3ª Residencial São Francisco, as Vilas: Nisi, João Paulo e Esperança

Bairros: Santinho,Vilas: França, Padre Mário, No período da tarde Varrição e

Capita expostos .

Residencial São Francisco, as Vilas: Nisi, João Paulo e Esperança e no

Período da tarde varrição e capita que estiver exposto.

Bairros: Santinho, Floresta, Pedrinhas I e II.

FONTE: Empresa Tercerizada.

Caminhão Fretado: especificamente para poda , varrição, capina e Obs:o proprietário

é o mortorista condutor do veículo.

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TABELA 59: Há descrição de todo o corpo funcional dos serviços por cargo

Varrição 09 Funcionários 01 Comando

Capina 1ª equipe 06 funcionários 01 comando

Capina 2ª equipe 07 funcionários 01 Comando

Motorista 02 Funcionários

Coletor Caminhão 1 03 coletores (Compactador)

Coletor Caminhão 2 03 Coletores ( Aberto)

Coletor Caminhão 3 03 Coletores ( Fretado)

Empresa terceirizada.

4.2.2. Reciclagem, tratamento e transporte

Segundo a municipalidade, não existe sistema de coleta seletiva e nenhum projeto de

implantação, nem há associações ou cooperativas de catadores de materiais potencialmente

recicláveis, mas existem catadores informais. Não há trabalho com logística reversa, com

Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos ou até mesmo Plano Diretor.

Pelos dados informados pela empresa terceirizada são gerados em torno de 20 Ton/d

em média 850 grs/hab/d. de resíduos sólidos urbanos e de capina, varrição, poda de árvores

são em média 2 Ton/d;

O município não cogita hipótese em se consorciar com municípios vizinhos, pois

nenhum dos mesmos não tem planos no momento para implantar consócio compartilhados,

principalmente dado à distância.

Não há identificação de passivos ambientais relacionadas área de contaminação no

município.

4.2.3. Acondicionamento para transporte

Durante a visita técnica diagnosticou-se que não há lixeiras. Tradicionalmente os

resíduos domésticos são acondicionados em sacos plásticos, sacolas plásticas, dispostos nas

portas das residências e pequenos comércios.

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134

4.2.4. Destinação final dos resíduos sólidos domiciliares

No caso dos resíduos domiciliares, são coletados e enviados para o lixão da cidade,

localizado na saída para Nossa Senhora dos Remédios, na PI 212. Não existe estudo para

criação de um aterro sanitário. Trata-se de um problema sério enfrentado pelo município,

havendo termos de ajustes de conduta com ministério público para condução adequada dos

serviços, sem solução até aqui por causa de limitações técnicas e financeiras.

4.2.5. Resíduos dos serviços de saúde

O município possui 20 (vinte) entre Postos de Saúde Pública (PSP) e Unidade Básica

de Saúde (UBS), 1 (um) Hospital Municipal, além do SAMU e do Centro de Atenção

Psicossocial (CAPS). Os resíduos gerados do Hospital são entregues a uma empresa

apropriado e as dos postos de Saúde são destinados ao vazadouro (lixão) pela coleta

seletiva municipal no total entre Hospital e UBS e PS são gerados em média 130 kg/mês,

aproximadamente. Segue a listagem dos geradores de RSS:

Zona Urbana:

Hospital Municipal Leônidas Melo – Centro - Barras/PI

Centro de Atenção Psicossocial – CAPS - Bairro Matadouro;

PSP – Centro

UBS – Conjunto Morada de Barras

SAMU 192 de Barras

Posto de Saúde – B Xique-xique;

Posto de saúde – São Cristovão;

Posto de Saúde – Boa Vista;

Posto de saúde – Pedrinhas;

Postode Saúde – Santinho;

Posto de Saúde – Matadouro.

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Zona Rural:

UBS – Rio Verde; UBS – Palmeira; PSP – Formoso; PSP – Formosa; PSP – Sossego; PSP –

Boca da Mata; PSP – São Francisco; PSP – Localidade Esperança; PSP – Barreros; PSP –

Lagoa de Lages

A destinação dos resíduos advindos dos serviços de saúde é incumbência do

município. Os resíduos do hospital Leônidas Melo é recolhido pela empresa Esterlix e

encaminhado para incineração em Teresina os demais são recolhidos junto com os resíduos

domésticos pela empresa contratada.

4.2.6. Caracterização dos serviços de limpeza pública existentes

4.2.6.1. Resíduos de limpeza pública

O serviço de limpeza urbana realizado por uma empresa terceirizada – Eventos e

Serviços Andrade, envolve todos os serviços de resíduos do município, varrição, coleta,

capina.

4.2.6.2. Destinação final dos resíduos de limpezas públicas

A destinação final dos resíduos de limpeza pública é de responsabilidade da

empresa contratada, sendo destinados ao lixão da cidade. Este local não possui licença para esta

finalidade.

4.2.6.3. Resíduos da construção civil

Conforme dados do município, a responsabilidade pela destinação final dos resíduos

da construção civil é do município. No entanto, durante visita técnica encontramos resíduos

sendo dispostos em bota-foras, e também em terrenos baldios e em frente às residências, nos

corredores de acesso à cidade, nas PI. A empresa não se responsabilizou pela coleta destes

resíduos.

4.2.6.4. Resíduos especiais

Conforme dados do município, esses resíduos normalmente são descartados na coleta

convencional. Referente ao óleo de cozinha, também não possuem coleta, tratamento e

destinação final, são destinados em fossas tanto em restaurantes quanto em residências.

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4.2.6.5. Resíduos perigosos

Os resíduos como embalagens de agrotóxicos são queimados e muitos

depositados junto com a coleta convencional.

4.3. . Alternativas Estudadas para Manejo dos Resíduos Sólidos

4.3.1. Resíduos domiciliares e de limpeza urbana

Os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos devem a utilizar-se de

procedimentos operacionais e especificações técnicas que assegurem:

a) A efetiva prestação do serviço, com regularidade e integralidade;

b) A qualidade da prestação do serviço;

c) A saúde e a segurança dos trabalhadores envolvidos;

d) A manutenção das condições de salubridade e higiene dos espaços públicos;

e) A eficiência a sustentabilidade dos serviços;

f) A adoção de medidas que visem a redução, reutilização e reciclagem dos resíduos;

g) Entre outras.

Veja no quadro abaixo, os procedimentos operacionais e as especificações mínimas a

serem adotados nos serviços de limpeza urbana.

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137

TABELA 60: Procedimentos Operacionais e as Especificações Mínimas

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138

Coletar o lixo consiste em recolher o lixo acondicionado pela população que o

produz,transportando-o para um eventual tratamento e à disposição final, a fim de evitar

problemas de saúde, atração de vetores e animais e a contaminação dos recursos naturais que

ele possa propiciar.

A coleta de lixo ou resíduos nas cidades é um serviço público a cargo das prefeituras

municipais ou de empresas especializadas contratadas para essa finalidade.

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139

Esse material é direcionado para aterros sanitários, usinas de compostagem,

incineradores ou reciclagem. Segundo pesquisas, 35% dos materiais do lixo coletado pode ser

objeto de reciclagem e igual quantidade transformada em adubo orgânico. Na atualidade, a

maior parte é destinada aos lixões sem nenhum tratamento.

Para aperfeiçoar a eficiência da coleta de lixo no município, é capital realizar um

planejamento de coleta através de projeto básico de coleta e destinação dos resíduos, com

vistas a compatibilizar a estrutura existente com a demanda e qualidade do serviço. Este

planejamento deve conter informações sobre as condições de saúde pública, as possibilidades

financeiras do município, as características físicas do município e os hábitos da população,

para então discutir a maneira de tratar tais fatores e definir os métodos que forem julgados

mais adequados. Devem ser executados os seguintes levantamentos: população atendida; os

dados sobre população total, urbana, quantidade média de moradores por residência e, caso

houver, o número expressivo de moradores temporários; a definição das zonas de ocupação da

cidade. As áreas delimitadas em mapas deverão indicar os usos predominantes, concentrações

comerciais, setores industriais, áreas de difícil acesso e/ou de baixa renda; os costumes da

população, onde deverão ser destacados os mercados e feiras livres, exposições permanentes

ou em certas épocas do ano, festas religiosas e locais preferidas para a prática do lazer; as

características topográficas e o sistema viário urbano. Deverão ainda caracterizar o tipo de

pavimentação das vias, declividade, sentido e intensidade de tráfego; a geração e a

composição do lixo; volume de lixo coletado; a disposição final do lixo; e ART de

profissional habilitado.

Com essas informações, faz-se a adequação dos setores de coleta e a frequência,

equilibrando as quantidades coletadas com as distâncias das rotas, com reflexos no tempo de

colete e na quilometragem.

Na demarcação dos setores de coleta e os roteiros dos caminhões coletores, deverá

ser considerada, também, a necessidade de redução do tempo e quilometragens, para o que

deverá ser construído roteiro em modelo heurístico, que permita a minimização de manobras e

eliminação dos percursos mortos (sem coleta), sem perder de vista que mesmo a rota mais

segura para a equipe de coleta, nem sempre significa menor trajeto.

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140

O numero de vezes por semana que é feita a coleta (frequências de coleta), é

determinada em função do tipo e quantidade de resíduo gerado, condições físico-ambientais

(clima, topografia, etc.), limite necessário ao armazenamento dos sacos de lixo, entre outros.

Conforme Lima, os tipos de frequência mais usuais são:

Diária (exceto domingos) – ideal porque o usuário não precisa guardar o lixo

por mais de um dia, favorecendo a saúde pública;

Duas ou Três vezes na semana – é o mínimo admissível sob o ponto de vista

sanitário, principalmente no caso do município de Barras por questões

climáticas.

Para a determinação da frequência de coleta em cada setor demarcado, devem-se

considerar os seguintes fatores:

Densidade populacional da área;

Tipos de recipientes (lixeiras) utilizados no acondicionamento dos sacos de

lixo; mão de obra;

Condições e acessos existentes.

Juntamente com estas condicionantes, é necessário ponderar a geração total média,

com os totais da coleta em todos os setores, obtidos por meio da amostragem realizada.

Para determinação do horário de execução dos serviços de coleta deve se considerar

o sossego público, além das seguintes vantagens e desvantagens:

Diurno

Vantagens - Possibilita melhor fiscalização do serviço, alem de ser mais

econômica.

Desvantagens – Interferência no trânsito de veículos; maior desgaste dos

trabalhadores, com a consequente redução de produtividade.

Noturno

Vantagens - Indicada para áreas comerciais e turísticas, não interfere no

trânsito em áreas de tráfego muito intenso durante o dia, e o resíduo não fica

à vista das pessoas durante o dia.

Desvantagens – Causa incômodo pelo excesso de ruído provocado pela

manipulação dos recipientes de lixo e pelos veículos coletores, dificulta a

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141

fiscalização, e pode aumentar o custo de mão-de-obra, pois há um adicional

pelo trabalho noturno.

A composição da guarnição da coleta de Resíduos Domésticos pode ser considerada

como o conjunto de trabalhadores lotados num veículo coletor, envolvidos na atividade de

coleta dos resíduos. Existe uma variação no número de componentes na equipe de coleta,

dependendo da velocidade que se pretende imprimir na atividade. A equipe comumente é

composta por três coletores e o “puxador”, que vai à frente juntando os sacos de resíduo para

facilitar o serviço. No caso de Barras, por razões econômicas, devera ser utilizada equipe com

três trabalhadores, sem a figura do “puxador”. Estes deverão trabalhar fazendo uso de EPI´s e

EPC´s, conforme legislação trabalhista (NR 6), além da implantação de outros instrumentos

que objetivem a eliminação ou redução dos fatores nocivos no trabalho, no que se refere aos

ambientes, como o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, e o Plano de

Controle Medico de Saúde Ocupacional - PCMSO, sem prejuízo da adoção das seguintes

medidas:

Programas de combate ao alcoolismo e uso de drogas. Deverão ser capacitadas

as chefias para a detecção de problemas relacionados ao uso de álcool e drogas, através de

análise de indicadores como, pontualidade, assiduidade, produtividade e outros. Deverão ser

capacitados agentes de assistência social, para no caso de ocorrência destes casos, atuarem

diretamente com os familiares, orientando sobre o combate e o tratamento;

Programas de diagnóstico e análises nas relações de trabalho, propondo,

quando for o caso, um reestudo das divisões das tarefas, turnos de trabalho, escalas, etc., que

poderão gerar conflitos intersubjetivos que aumentem os riscos de acidentes e a diminuição da

produtividade;

Programas de saúde, com vistas a detectar o aparecimento de doenças

ocupacionais, e também a de prevenção de doenças transmissíveis. Promoção de ações

visando o acompanhamento regular do estado de saúde física e mental, com enfoque na

prevenção de aparecimento de doenças que podem ser evitadas.

Todos os trabalhadores deverão estar munidos de bonés, luvas, botas, uniformes,

capas de chuva, protetor solar, etc. Além disso, todos deverão receber treinamentos

regularmente, cabendo a Prefeitura certificar e fiscalizar a realização adequada desses

treinamentos. O referido treinamento deverá ser realizado no início da implantação do Plano

de Gestão de Resíduos Sólidos, com atualização semestral. O treinamento deverá constar com

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o seguinte conteúdo: direção defensiva, segurança no trabalho, primeiros socorros,

composição e manejo de resíduos sólidos etc.

Conforme Cartilha de Limpeza Urbana (IBAM), com relação ao transporte, deve-se

escolher um tipo de veículo/equipamento de coleta que apresente o melhor custo/benefício.

Em geral esta relação ótima é atingida utilizando-se a viatura que preencha o maior número de

características de um bom veículo de coleta. Para a coleta e transporte dos resíduos sólidos

domiciliares e comerciais utilizam-se normalmente dois tipos de veículos coletores:

Com compactação - Coletor compactador de lixo, de carregamento traseiro.

Esse tipo de equipamentos destina-se à coleta de lixo domiciliar, público e comercial. Esses

veículos transitam pelas áreas urbanas, suburbanas e rurais da cidade e nos seus municípios

limítrofes. Rodam por vias e terrenos de piso irregular, acidentado e não pavimentado, como

em geral ocorre nos aterros sanitários.

Sem compactação - É utilizado em comunidades pequenas, com baixa

densidade demográfica. Também é empregado em locais íngremes.Trata-se de um

equipamento de baixo custo de aquisição e manutenção, mas sua produtividade é reduzida e

exige muito esforço dos trabalhadores da coleta. Em nossa realidade, este tipo de veículo é

substituído por caminhões cujas carrocerias são de madeira.

A manutenção dos veículos coletores deverá ser constante, garantindo o bom

funcionamento da frota, e mantida as cargas sempre cobertas, não permitindo derramamento

de lixo ou chorume na via pública, protegendo, assim, a saúde publica e o meio ambiente;

bem como a liberação de odores e o atraso na coleta do lixo.

O produto da coleta precisa ser selecionado antes do encaminhamento à reciclagem.

Isso pressupõe a existência de um galpão de triagem composto por um conjunto de estruturas

físicas para a recepção, triagem de lixo, armazenamento de recicláveis e unidades de apoio

(escritório, almoxarifado, instalações sanitárias/vestiários, copa/cozinha, etc). A estrutura dos

galpões deve conter pátio pavimentado para carga e descarga do lixo coletado, com cobertura,

drenagem de águas pluviais e de efluentes. A altura da cobertura deve possibilitar a descarga

do lixo, inclusive o de caminhão-basculante. Os acessos até ao galpão devem ser no mínimo,

encascalhados, preferencialmente pavimentados, e permitir manobras do veículo coletor.

Alguns cuidados que deverão ser observados na operacionalização dos galpões

(PMGIRST, 2013):

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1. Diariamente, fazer uso rigoroso de EPI‟s e EPC‟s, os funcionários devem

utilizar respirador individual, luvas, botas e aventais, e trocar os uniformes a

cada dois dias, ou antes, se necessário; receber exclusivamente o lixo

doméstico e comercial; retirar os materiais volumosos e promover o seu

acondicionamento adequado; cobrir com lona o lixo que eventualmente não

tenha sido processado no dia da coleta ; impedir a entrada de animais

domésticos no local; varrer a área após o encerramento das atividades; lavar

com detergente e desinfetante a área de recepção, o fosso de alimentação da

mesa de triagem.

2. Mensalmente, limpar os ralos e as canaletas de drenagem.

3. Semestral ou anualmente, devem-se repor os EPIs e uniformes, desinsetizar e

pintar o local de triagem.

Figura 12: Esquema de uma usina de triagem e compostagem

Fonte: RAMOS, 2011

Procedimentos operacionais após a descarga do lixo:

1. Pré-triagem – consiste na retirada dos volumes de médio ou grande porte

(móveis, papelões, sucatas, plásticos, vidros, etc.). A pré-triagem é

dispensável onde há coleta seletiva, pois aí a seleção é feita pelo próprio

gerador.

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2. Triagem - consiste na separação manual dos diversos componentes do lixo

por meio de uma esteira de catação mecanizada, onde os resíduos são

divididos de acordo com a sua natureza (matéria orgânica, materiais

recicláveis, rejeitos e resíduos sólidos específicos). Nos municípios onde o

lixo é coletado misturado (bruto), o processo de triagem é complexo e

demorado. Após a retirada, na área de recepção dos resíduos maiores, como

sucatas de eletrodomésticos, utensílios plásticos, metais e papelões, os

menores deverão ser encaminhados à mesa de triagem. Esta mesa de triagem

deve ser de concreto ou metal, podendo ser mecanizada ou não, com altura de

90 cm. A mesa mecanizada facilita a triagem e diminui o tempo gasto nesta

etapa.

3. Armazenamento – o armazenamento deve ser feito em tambores metálicos ou

bombonas de plásticos, dispostos atrás da mesa de triagem ou nas suas

laterais.

A parte da coleta que não pode ser reaproveitada ou valorizada à falta de tecnologia,

conhecida como “rejeito”, e que corresponde de 20 a 25% do peso total coletado, deve ser

destinada a aterro sanitário. De acordo com a Associação de Normas Técnicas (1992), a NBR

8419 define aterro sanitário como a técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo,

sem causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais.

Este método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos a menor área

possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na

conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores se for necessário.

O chorume produzido nessas unidades constitui-se um dos principais desafios de sua

gestão. O chorume é um líquido poluente, de cor escura e odor nauseante, originado de

processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de resíduos orgânicos depositados

nos aterros. Esses processos, somados com a ação da água das chuvas, se encarregam de

lixiviar compostos orgânicos presentes nos lixões para o meio ambiente. Chorume também é

uma mistura de água e resíduos da decomposição do lixo. Pode infiltrar-se no solo dos lixões

e contaminar a água subterrânea. O chorume possui alta concentração de Demanda biológica

de oxigênio (DBO).

Para proteção do solo, deve ser instalado junto à célula do aterro um sistema de

impermeabilização, constituído de membranas de PEAD ou camadas de argila, seguido por

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um sistema de drenagem e coleta do chorume, o qual conduzirá o líquido até o sistema de

tratamento.

Com relação à compostagem, esta é um processo biológico de decomposição da

matéria orgânica contida em restos de origem animal ou vegetal, cujo produto final é chamado

de composto. Este processo tem como resultado final um produto que pode ser aplicado ao

solo para melhorar suas características, sem causar danos ao meio ambiente. (LIMA)

As vantagens do processo de compostagem são:

Economia de aterro;

Aproveitamento agrícola da matéria orgânica;

Reciclagem de nutrientes para o solo;

Processo ambientalmente seguro; e

Eliminação de patógenos

As desvantagens do processo de compostagem são (SCHALCH apud LIMA):

Necessitam de um mercado para venda de seus produtos; e

Necessitam de outro sistema de disposição final, como os aterros sanitários.

O processo de compostagem ocorre por decomposição da matéria orgânica por

agentes biológicos e microbianos e para tal, precisam de condições físicas e químicas

adequadas para resultar um produto de boa qualidade.

Métodos de compostagem:

Natural

Os resíduos orgânicos são dispostos no pátio em pilhas de formas variadas e a

aeração necessária para o processo de decomposição é conseguida revolvendo-se

periodicamente as pilhas. Nesse processo o tempo de compostagem varia de 3 a 4 dias

Acelerado

A aeração é forçada por tubulações perfuradas que são colocadas por baixo das

pilhas, ou em reatores rotatórios, que contem os resíduos. Nesse processo o tempo de

compostagem varia de 2 a 3 dias.

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Alguns fatores devem ser observados durante a compostagem, tais como:

Aeração – necessária para a atividade biológica, deve ser mantida em níveis

adequados para permitir uma decomposição mais rápida, sem odores ruins. A aeração é

função da granulometria (dimensão doa grãos da matéria em decomposição) e da umidade dos

resíduos.

Umidade – A umidade da matéria deve se manter em torno de 50%, umidades mais

elevadas prejudica o processo e ocorre anaerobiose, aumentando a produção de chorume,

favorecendo a putrefação do material; e umidade reduzida reduz a atividade biológica.

Geralmente ocorre a produção de rejeitos que devem ser peneirados e destinados ao

aterro sanitário. A parte orgânica deve ser incorporada ao material fresco nas novas leiras para

servir como inoculo acelerador do processo de compostagem.

O pátio de compostagem deve possuir piso pavimentado (concreto ou massa

asfáltica), preferencialmente impermeabilizado, possuir sistema de drenagem pluvial e

permitir a incidência solar em toda a área. As juntas de dilatação desse pátio necessitam de

rejunte em tempo integral.

Ainda com relação à unidade de compostagem, para fins de atender a meta de

reciclagem dos resíduos orgânicos no município de Barras - PI, deverá ser elaborado um

Plano Operacional da Compostagem especifico para o município. Tal plano conterá, entre

outras coisas, uma classificação dos grandes geradores de resíduos orgânicos existentes no

município (restaurantes, lanchonetes, supermercados, etc.); deverá ser feito uma listagem da

geração de cada dos grandes geradores e averiguação se seus resíduos são compatíveis com

técnicas de compostagem tradicionais; deverá ser verificada a localização dos grandes

geradores e uma avaliação de uma possível setorização desses para fins de definição do

campo de compostagem para esses geradores; além disso, deverão ser desenvolvidos

programas, projetos e ações necessários para a implantação e operacionalização da unidade,

dirigindo à obtenção de financiamentos, abarcando também idéias de educação ambiental e

habilitação dos agentes envolvidos; deverá haver uma definição de um método de

acompanhamento da unidade, com intuito de avaliar a eficácia de sua operação e ampliação.

O monitoramento da unidade abarca também um enquadramento quanto à

quantificação dos resíduos.

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A implantação propriamente dita ocorrerá com:

Elaboração do projeto da unidade;

Realização das obras;

Aquisição de veículos e equipamentos;

Sensibilização e mobilização dos grandes geradores;

Capacitação de equipes e mão-de-obra;

Articulação com parcerias;

Operação da coleta diferenciada e;

Operação da (s) unidade (s).

Segundo a Lei 12305/2010, seu artigo 47, mostra que são proibidas as seguintes

formas de destinação ou disposição final de resíduos sólidos ou rejeitos:

a) Lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos;

b) Lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração;

c) Queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não

licenciados para essa finalidade;

d) Outras formas vedadas pelo poder público como: quando decretada emergência

sanitária, a queima de resíduos a céu aberto pode ser realizada, desde que

autorizada e acompanhada pelos órgãos competentes; ou quando for assegurada

a devida impermeabilização, as bacias de decantação de resíduos ou rejeitos

industriais ou de mineração, devidamente licenciadas pelos órgãos

competentes.

São proibidas, nas áreas de disposição final de resíduos ou rejeitos, as seguintes

atividades:

a) utilização dos rejeitos dispostos como alimentação;

b) catação, observado o disposto no inciso V do art. 17 (metas para a eliminação e

recuperação de lixões, associadas à inclusão social e à emancipação econômica

de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis);

c) criação de animais domésticos;

d) fixação de habitações temporárias ou permanentes;

e) outras atividades vedadas pelo poder público.

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Em seu Art. 49, a lei 12305/2010, mostra que é proibida a importação de resíduos

sólidos perigosos e rejeitos, bem como de resíduos sólidos cujas características causem dano

ao meio ambiente, à saúde pública e animal e à sanidade vegetal, ainda que para tratamento,

reforma, reuso, reutilização ou recuperação.

RECICLÁVEIS

Reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os detritos e

reutilizá-los no ciclo de produção de que saíram. É o resultado de uma série de atividades,

pela qual, materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, coletados,

separados e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos

produtos.

A reciclagem no Brasil como solução para diminuição dos resíduos sólidos apresenta

muitos aspectos a serem melhor estudados e entendidos, no que diz respeito aos benefícios, e

quanto ao escoamento dos resíduos recicláveis no mercado. Sobre este é de se considerar que,

se todos os resíduos produzidos no Brasil fossem recuperados, não teríamos um parque

industrial para absorvê-lo. A lei 12.305/2010, disciplina que a reciclagem é um dos objetivos

da Política Nacional de Resíduos Sólidos, e a mesma lei reconhece os resíduos sólidos

reutilizáveis e recicláveis como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e

renda e promotor de cidadania.

TABELA 61: Principais materiais que podem ou não ser reciclados.

MATERIAL

PESO REATIVO NO

LIXO DOMICILIAR

BRASILEIRO

PRODUTOS

RECICLAVEIS REJEITOS

TAXA DE

RECICLAGEM

NO BRASIL (%)

Papel 25%

papel branco

papel misto

papelão jornais

revistas

impressos

carbono

celofane

plastificados

parafinados

metalizados

37

Metais 4%

latas de alumínio

e tampas

latas de aço

chapas de aço

embalagens de

aerosol

78

35

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Vidro 3%

garrafas e copos

frascos , potes

cacos

cristal

espelho

lâmpadas*

louças

tubos de TV

40

Plástico 6 a 7%

garrafas frascos,

potes tampas

brinquedos, peças

sacos sacolas

isopor

espuma

acrílico

adesivos

fraldas

15

* Embora lâmpadas fluorescentes sejam rejeitos na maioria dos programas de coleta seletiva.

Fonte: LIMA

ORGÂNICOS

A Lei 12.305/2010 em seu Art. 9° decide que tão-somente poderão ser designados à

disposição final, os resíduos que não podem ser aproveitados de alguma forma. Com relação

dos resíduos orgânicos, existem fundamentalmente três tratamentos possíveis: a incineração, a

compostagem e a biodigestão. Existem também, outras tecnologias menos habituais na

atualidade, como por exemplo: a pirólise e algumas outras mais exóticas o que pode ser um

indicativo de pouca eficiência ou baixa viabilidade econômica.

Assim, temos no Brasil que mais da metade dos resíduos gerados não podem ter

como destinatário os aterros sanitários. As centrais tecnológicas para o tratamento de resíduos

orgânicos precisam ser construídas em todo território brasileiro e a demanda deve movimentar

um mercado bilionário nos próximos anos.

Citaremos a seguir algumas vantagens e desvantagens de cada um desses sistemas,

levando em conta os aspectos técnicos, econômicos e sociais de cada um deles.

Incinerador - A incineração consiste basicamente na queima dos resíduos. Na

queima é possível fazer o aproveitamento energético do processo. Para que isso seja

economicamente viável, é necessário ter uma quantidade mínima de resíduos a serem

incinerados. A composição química dos resíduos é também um fator de extrema importância.

O calor gerado na queima vem de uma reação química entre o oxigênio e a parte

orgânica dos resíduos. Para que isso ocorra, é necessário que haja água nos resíduos. Por isso

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que nas usinas de queima de lixo, existe uma chama alimentada por gás natural ou outro

combustível. Essa chama evapora a primeira quantidade de água dos resíduos e a queima da

matéria orgânica libera mais calor para evaporar os restante da água. Depois que toda a água

foi evaporada, o calor excedente é direcionado as caldeiras onde é gerado o vapor que vai

alimentar as turbinas e finalmente em um gerador elétrico, “gerar” a energia elétrica. Portanto,

quanto mais água houver nos resíduos, menos energia elétrica poderá ser gerada.

Os resíduos mais indicados para esse processo são os orgânicos secos como os

derivados de madeira e recicláveis como plástico.

A existência de uma grande quantidade de incineradores no mundo se dá pelo fato de

quando esta forma construída em meados dos anos 60, eram a tecnologia mais inovadora

daquele momento e ambientalmente mais correta. Hoje com o avanço da reciclagem, os

projetos de incineradores estão ficando cada vez mais inviáveis.

Segundo a ordem de prioridade no gerenciamento de resíduos estabelecida pela Lei

12.305/2010, o que puder ser reciclado, não deverá sofrer tratamento, desta forma, restam

para os incineradores (por lei) somente os orgânicos com maior umidade. Estes por sua vez,

inviabilizam economicamente o projeto.

No aspecto social, os incineradores não precisam do trabalho dos catadores. A

implementação de incineradores como solução principal de tratamento de resíduos em

municípios brasileiros certamente significará o desemprego para a grande maioria dos

catadores do município em questão.

Compostagem - A compostagem é o processo que faz uso de um principio natural

de decomposição da matéria orgânica na presença de oxigênio. Neste processo, milhares de

bactérias atuam quebrando moléculas até transformá-las em gases (gás carbônico e água) e

minerais. O produto resultante deste processo é o composto orgânico, que pode ser usado para

a agricultura em escala ou doméstica.

A viabilidade econômica deste processo depende do modelo de negócio e da

estrutura das usinas de compostagem. Para ter um composto de qualidade, é preciso investir

em tecnologia, o que torna o empreendimento mais caro. Em um nível mais empresarial, a

geração de receita ocorre basicamente através da venda dos compostos, ou adubo orgânico.

Nem sempre essa venda justifica o investimento no projeto. Em muitos casos, o

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empreendedor cobra uma taxa para tratar os resíduos em um valor tal, que viabilize

economicamente o empreendimento.

No aspecto social, existe aqui um grande potencial de se empregar vários catadores

que para isso, devem ser devidamente qualificados. Aqui vale o princípio de quanto mais

tecnologia houver no empreendimento, melhor a qualidade do composto e assim melhor o

valor agregado dos produtos, porém menor a taxa de emprego.

Biodigestor - Assim como a compostagem, a biodigestão é um processo natural de

decomposição da matéria orgânica, porem ocorre na ausência de oxigênio. Com isso, os gases

gerados são principalmente o gás carbônico e o metano, que possui um alto poder de

combustão podendo ser utilizado como combustível de automóveis, fonte de energia térmica

em processos industriais ou mesmo para “gerar” energia elétrica. Com as tecnologias atuais,

praticamente qualquer tipo de resíduo orgânicos pode ser tratado.

Existem diversas tecnologias de biodigestores. De uma forma bem geral, podemos

citar 2 técnicas:

Biodigestores sem automação e controle de processo (biodigestores indianos)

Pelo fato de não haver controle e automação, as bactérias responsáveis pela

decomposição e geração de metano sofrem as influencias externas de temperatura além de

outros processos internos e produzem metano de uma forma muito ineficiente.

Biodigestores com automação e controle de processo (biodigestores

convencionais alemães)

Seu objetivo principal é aumentar a eficiência do processo para gerar mais metano

com a menor quantidade de matéria orgânica possível e assim, fazer o empreendimento um

negócio altamente lucrativo. Esse aumento de eficiência depende de um estudo primário sobre

os tipos de matérias orgânicas e sua posterior adaptação da automação.

A viabilidade econômica dessas centrais se dá pela venda de biogás, biofertilizante,

créditos de carbono e a cobrança pelo tratamento dos resíduos orgânicos. Além disso, podem

ser oferecidos cursos de qualificação em biotecnologia, deste modo no aspecto social, os

biodigestores podem gerar milhares de empregos.

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No aspecto ambiental, é atualmente a melhor solução tecnológica sendo inclusive

priorizado pelo Governo brasileiro quando comparado com a compostagem.

Segundo o Guia para a Elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos

Sólidos do Ministério do Meio Ambiente (MMA):

“Algumas novas tecnologias podem ser consideradas para a

destinação dos resíduos, respeitando-se as prioridades definidas na

Política Nacional de Resíduos Sólidos, em seu Art. 9º, em uma ordem

de precedência que deixou de ser voluntária e passou a ser

obrigatória. A biodigestão é uma tecnologia limpa, já com uso

significativo no tratamento do esgoto urbano no Brasil e uso

crescente no tratamento de resíduos sólidos de criadouros intensivos,

principalmente de suínos e bovinos. Pode ser utilizada como

alternativa de destinação de resíduos sólidos e redução de suas

emissões prejudiciais. O Decreto 7.404, regulamentador da Política

Nacional de Resíduos Sólidos, estabeleceu que, para esta nova

tecnologia, não será necessário aguardar regulamentação específica

dos ministérios envolvidos. ”

TABELA 62: Comparativo das Três Tecnologias Citadas

Fonte: PORTAL RESÍDUOS SOLIDOS, 2015

Fazendo uma contundente análise, baseando-se em aspectos tecnológicos,

ambientais, sociais e econômicos, conclui-se que a solução mais indicada para o tratamento de

resíduos sólidos orgânicos, sejam rurais ou urbanos, é a biodigestão. Em segundo lugar a

compostagem e em último a incineração.

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4.3.2. Lâmpadas fluorescentes

A reciclagem de lâmpadas fluorescentes é a porta mais segura para tratar com

elementos químicos ameaçadores ali presentes, tal processo incide na separação dos

elementos e substâncias para que estes possam ser aproveitados como matéria prima na

produção de outros produtos. Não obstante de lâmpadas de LED e fluorescentes gastarem até

90% menos energia elétrica para gerar a mesma luminosidade, muitas ocasiões são produzidas

a partir de elementos tóxicos. Determinadas lâmpadas podem conter até 5 mg de mercúrio que

podem acarretar até demência a partir de uma certa quantidade. (PORTAL RESÍDUOS

SÓLIDOS, 2015).

Observa-se atualmente um incentivo maior, por parte do governo brasileiro, ao uso

de lâmpadas fluorescentes como forma de reduzir o consumo de energia, porém, com uma

ausência de planos para a destinação adequada das lâmpadas trocadas, o que é preocupante

sob o aspecto da preservação do meio ambiente e da saúde humana, pois a lâmpada

fluorescente é constituída por um tubo selado de vidro, em cujo interior encontram-se gás

argônio e vapor de mercúrio, o que remete a nossa especial atenção para o descarte dessas

lâmpadas, pois seu lançamento junto com o lixo comum é descartado no meio ambiente

podem contaminar o solo, o lençol freático, além do perigo de entrar na cadeia alimentar.

À falta de plano para destinar adequadamente essas lâmpadas fluorescentes

descartadas, observar o que dispõe o Art. 33, inciso V, da Lei 12.305/2010:

São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante

retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço

público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes,

importadores, distribuidores e comerciantes de [. . .] lâmpadas fluorescentes, de

vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

Nessa política cabe aos revendedores a coleta e a destinação dos resíduos aos

fabricantes, para dar o tratamento e a destinação mais adequada; sem prejuízo da adoção dos

mesmos princípios das legislações existentes para pilhas e baterias (resolução 257 e 263 do

CONAMA) e/ou pneus (resolução 258 do CONAMA). O quadro adiante resume os

procedimentos a serem adotados com relação a pilhas e baterias.

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TABELA 63: Resumo sobre pilhas e baterias

Classificação

Classe I – Perigosos (NBR 10.004/96)

Classe I – Perigosos (Resolução CONAMA 275 de

25/04/2001)

Armazenamento Armazenamento de resíduos (NBR 12.235/92)

Procedimento para resíduos Classe I

Transporte

Transporte de resíduos (NBR 13.221/94)

Procedimento NBR 7.500

Simbologia NBR 7.500

Destinação Reciclagem por empresas de recuperação de lâmpadas

fluorescentes

Fonte: ECOTÉCNICA (2008)

Atualmente existem outros tipos de tecnologias de reciclagem de lâmpadas. Todos

eles funcionam em um sistema de pressão negativa para garantir que não ocorram emissões de

gases tóxicos durante os processos. Citamos algumas das principais tecnologias: (PORTAL

RESÍDUOS SÓLIDOS, 2015)

O processo de separação centrífuga

Este método pode ser usado para a reciclagem de todos as lâmpadas que não

possuem forma de bastonete. Numa centrifugadora, as lâmpadas são inicialmente separadas

em duas frações: Vidro e metal ou plástico. Durante esta separação, a lâmpada é aspirada e

separados por meio de sistemas de filtração. A recuperação de restos de mercúrio acontece

através do aquecimento do vidro e do soquete. Os componentes de vidro são

subseqüentemente submetidos a um tratamento térmico para em seguida, devolvê-los ao ciclo

de produção. As peças de metal e plástico são trituradas em um triturador Shredder. As partes

que contenham metais ferrosos são retiradas por um separador magnético.

O processo de separação Kapp

Este processo é indicado para lâmpadas em formato de bastonete. Em um primeiro

momento, as lâmpadas são separadas a mão. Os tipos de substancias utilizadas para a

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155

iluminação são reconhecidos em um sistema automático e selecionados para tratamento e

posterior reutilização na fabricação de novas lâmpadas. As extremidades das lâmpadas são

removidas, e os componentes de metal e de vidro que contenham chumbo são recuperados.

Após isso, o material contendo mercúrio é succionado restando somente o metal e o vidro que

são triturados e separados através do uso de um selecionador de metais.

O processo de lavagem de vidros quebrados

Com este processo é possível reciclar qualquer tipo de lâmpada independente do

tamanho e do tipo. Até mesmo lâmpadas quebradas podem ser inseridas no sistema. Após a

quebra das lâmpadas, os metais ferrosos são extraídos com o uso de um separador magnético.

Após isso, o material restante cai em uma esteira vibratória com função de filtragem onde os

materiais contendo fósforo e mercúrio são separados dos cacos de vidro. Após um processo de

sedimentação e destilação é possível separar o mercúrio do fósforo. O mercúrio é recuperado

com um grau de pureza de até 99,9% e pode ser utilizado por exemplo na industria química. O

restante dos materiais pode ser utilizado como matéria prima para a fabricação de novas

lâmpadas.

O processo Shredder

Este método também é indicado para todos os tipos de lâmpadas, desde lâmpadas

quebradas até mesmo resíduos de produção. Este processo acontece em três etapas. Na

primeira etapa as lâmpadas são trituradas e separadas em função do tamanho das frações. A

fração maior contem as extremidades ou bases das lâmpadas, a média contem vidros e

plásticos com frações de cerca de 5 mm. Pó de fósforo e vidro são encontrados na fração mais

fina.

Extração do mercúrio

O mercúrio pode ser separação do fósforo em processos de sedimentação seguidos de

destilação ou mesmo através do processo de reportagem, onde o material é aquecido até a

vaporização do mercúrio (temperaturas acima do ponto de ebulição do mercúrio, 357° C). O

material vaporizado a partir desse processo é condensado e coletado em recipientes especiais

ou decantadores. O mercúrio assim obtido pode passar por nova destilação para se removerem

impurezas. Emissões fugitivas durante esse processo podem ser evitadas usando-se um

sistema de operação sob pressão negativa.

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156

4.3.3. Resíduos da construção civil

A gestão e manejo de resíduos da construção e demolição estão disciplinados, desde

2002, pela Resolução 307 do CONAMA. As legislações recentes, que regram o saneamento

básico e definem a política nacional para os resíduos sólidos incorporam as diretrizes gerais

desta resolução e posicionam suas definições no arcabouço regratório do saneamento e gestão

do conjunto dos resíduos.

A perda de materiais na construção civil no Brasil está acima da media mundial que é

de 10%, variando entre 20 e 30% (CONSTRUÇÃO, 1996 apud LIMA). Para que esses

resíduos sejam reduzidos nas fontes geradoras é necessário um projeto adequado, um plano de

construção que aperfeiçoe o consumo de materiais e, ainda, um esforço de supervisão de todas

as atividades que permita a diminuição de quebras de alvenarias, desperdício de madeiras,

etc., e um plano de demolição que permita a recuperação de peças para reuso.

A Resolução de número 307, de 5 de julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio

Ambiente – CONAMA estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos

resíduos da construção civil, disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os

impactos ambientais.

A Classificação dos Resíduos da Construção Civil no Brasil se dá através da

Resolução de número 307 da seguinte forma:

Resolução CONAMA 307 Art. 3°: Os resíduos da construção civil deverão ser

classificados, para efeito desta Resolução, da seguinte forma:

I. Classe A – são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:

a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de

infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos

(tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;

c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto

(blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;

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157

II. Classe B – são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:

plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso;

III. Classe C – são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou

aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou

recuperação;

IV. Classe D – são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como

tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde

oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações

industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham

amianto ou outros produtos nocivos à saúde.

4.3.4. Pneus

Os pneus não são coletados como lixo pelos sistemas municipais de limpeza pública

e quando são encaminhados a aterro, podem acumular gases no seu interior, gerando riscos de

explosão, e abrigar mosquitos transmissores da dengue e febre amarela.

Os números do descarte de pneus no Brasil são impressionantes. Considere que a

vida útil de um veículo automotivo pode ser medida em km. Em países desenvolvidos, a vida

útil de um automóvel pequeno chega a 350 mil km. Em outros países a vida útil vai até o

limite máximo que o veículo possa aguentar, algumas vezes ultrapassando valores de 450 mil

km. Em média, a cada 40 mil km rodados um veículo precisa trocar seus 4 pneus. Isso

significa que se tomarmos um veículo que tenha uma vida útil de 400 mil km, este irá

aumentar o número de pneus velhos em um país em 40 pneus.

No Brasil, segundo dados do DENATRAN, em dezembro de 2013 o Brasil possuía

uma frota total de veículos, incluindo automóveis, motocicletas, caminhonetas, utilitários,

micro-ônibus, tratores, de 81.600.729 unidades, com o que se conclui por uma produção anual

de pneus velhos de mais de 160 milhões de pneus velhos todo ano, quantidade que só tende a

aumentar. (MACHADO, 2013).

Esse número impressionante gera uma preocupação muito grande, para os gestores

públicos, tendo levado os legisladores a incluir a indústria de pneus no programa obrigatório

de implantação da Logística Reversa em acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos

(Lei 12.305/2010 Art. 33° Inciso III). Por outro lado, a boa notícia é que com tecnologias

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158

modernas, quase 100% de um pneu pode ser reciclado e dessa forma colocar pneus em aterros

sanitários ou incinerá-los é um desperdício de matéria prima e contribui para desmatamentos e

extração de ferro, na medida em que a fabricação de pneus precisa desses componentes.

(MACHADO, 2013).

Para fazer frente à disposição inadequada, alguns programas de coleta seletiva já

abrangem pneus que são encaminhados para recauchutagem.

4.3.5. Resíduos de serviços de saúde

Resíduos de Saúde (RS) são os resíduos gerados em hospitais, clínicas, laboratórios,

consultórios odontológicos e veterinários, farmácia e postos de saúde. A produção desse

resíduo (2 a 4,5Kg/leito x dia), por sua periculosidade potencial, exige um correto

gerenciamento para garantir a qualidade da saúde pública, a preservação do meio ambiente e

as condições de segurança ocupacional.

De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do

Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), da totalidade de Resíduos de Serviços de Saúde

que são gerados no país, somente 27,7% são encaminhados para os Aterros Sanitários, sendo

que na maioria dos municípios são encaminhados para lixões e, em alguns casos, para valas

especiais, o que pode acarretar infecção hospitalar e até a geração de epidemias ou mesmo

endemias devido a contaminações do lençol freático.

A lei 12.305/2010, que dispõe sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos

(PNRS), estabelece metas importantes, como o fechamento dos lixões e a responsabilidade

pela correta destinação final dos RSS, que compete aos serviços que geram esse tipo de

resíduo. A RDC nº 306/2004, dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento dos

RSS, todo gerador deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de

Saúde (PGRSS), baseado nas características dos resíduos gerados e compatível com as

normas legais relativas à coleta, ao transporte e a disposição final, estabelecidas pelos

órgãos responsáveis por cada uma destas etapas. Esse documento deverá ser elaborado

por todos os estabelecimentos que prestam serviços relacionados com o atendimento a saúde

humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo,

laboratórios analíticos de produtos de saúde, necrotérios, entre outros similares.

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159

4.4. Critérios para pontos de apoio ao sistema de limpeza nos diversos setores da área de

planejamento (apoio à guarnição, centros de coleta voluntária, mensagens educativas

para a área de planejamento em geral e para a população específica).

Para usar pontos de apoio serão levados em conta alguns critérios como:

Fluxo de passagem diária de pessoas;

Boa visualização do material de educação ambiental;

Abrangência do maior número possível de pessoas;

Local com pessoas instruídas a ajudar em caso de duvidas das pessoas;

Pontos estratégicos localizados aleatoriamente dentro do município;

4.5. Descrição das formas e dos limites da participação do poder público local na coleta

seletiva e na logística reversa, respeitado o disposto no art..33, da Lei 12.305/2010, e

de outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos

produtos.

A definição das formas e dos limites da participação do poder público na coleta

seletiva elogística reversa deve ser orientada pelo disposto no art. 33° da Lei 12.305/2010 e de

outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.

A coleta seletiva deverá ser implementada mediante a separação prévia dos resíduos

sólidos (nos locais onde são gerados), conforme sua constituição ou composição (úmidos,

secos, industriais, da saúde, da construção civil, etc.). A implantação do sistema de coleta

seletiva é instrumento essencial para se atingir a meta de disposição final ambientalmente

adequada dos diversos tipos de rejeitos. (MMA, 2012)

A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos é um conjunto de

atribuições individualizadas e encadeadas que cabe aos fabricantes, importadores,

distribuidores e comerciantes, aos consumidores e aos titulares dos serviços públicos de

limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, com o objetivo de minimizar o volume de

resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde

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160

humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, conforme orienta

o disposto no inciso XVII do artigo 3º da Lei n. 12.305/2010.

Na mesma vertente da Lei citada acima, o Decreto n° 7.404/2010, em seu artigo 5º,

disciplina que os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e

titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos são

responsáveis pelo ciclo de vida dos produtos.

A regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos dada no Decreto

7.404/2010 institui que a implantação da coleta seletiva é instrumento essencial para a

disposição ambientalmente adequada dos rejeitos, e deve ser implantada pelos titulares dos

serviços públicos de limpeza e manejo dos resíduos sólidos, estabelecendo, no mínimo, a

separação prévia dos resíduos secos e úmidos. Para ajudar nesse trabalho, mesma legislação,

impôs a obrigação aos consumidores de acondicionar adequadamente e de forma diferenciada

os resíduos sólidos gerados e disponibilizar adequadamente os resíduos sólidos reutilizáveis e

recicláveis para coleta ou devolução. Ao mesmo tempo, o poder público municipal poderá

instituir incentivos econômicos aos consumidores que participam do sistema de coleta

seletiva, além de estabelecer em suas áreas de abrangência as formas adequadas de

acondicionamento, segregação e disponibilização para a coleta seletiva dos resíduos, sendo os

geradores responsáveis pelo cumprimento das normas, conforme prevê o parágrafo único do

artigo 35 da citada Lei.

Relativamente à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos,

cabe ao município de Barras-PI, titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo

de resíduos sólidos, adotar os seguintes procedimentos (art. 36 da Lei 12.305/2010):

Priorizar a organização e o funcionamento de cooperativas ou de outras

formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis;

Adotar procedimentos para reaproveitar os resíduos sólidos reutilizáveis e

recicláveis oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de

resíduos sólidos;

Estabelecer sistema de coleta seletiva;

Articular com os agentes econômicos e sociais medidas para viabilizar o

retorno ao ciclo produtivo dos resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis

oriundos dos serviços de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos;

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161

Realizar as atividades definidas por acordo setorial ou termo de compromisso

na forma do § 7o do art. 33, mediante a devida remuneração pelo setor

empresarial;

Implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articular

com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto

produzido;

Dar disposição final ambientalmente adequada aos resíduos e rejeitos

oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos

sólidos.

Quanto a logística reversa, que esta dentro do conceito de responsabilidade

compartilhada,o art. 33 da Lei nº 12.305/10 aponta que os fabricantes, importadores,

distribuidores e comerciantes de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, seus

resíduos e embalagens, lâmpadas fluorescentes, produtos eletroeletrônicos são obrigados a

implementar sistemas de logística reversa de forma independente do serviço público de

limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos.

O Poder Público, através dos instrumentos de implementação e operacionalização da

logística reversa, descritos no Decreto 7.404, pode intervir e reforçar a implantação do

sistema de logística reversa, sob a idéia principal de responsabilidade compartilhada, pelo

recolhimento dos resíduos sólidos entre o município, o fabricante, o importador, o

distribuidor, e até mesmo o consumidor. Os 3 instrumentos da logística reversa com

participação do Poder Público, são os seguintes: acordos setoriais, regulamentos expedidos

pelo Poder Público e termos de compromisso.

Acordo setorial, segundo art. 19 do Decreto 7.404, são atos de natureza contratual,

firmados entre o Poder Público e os fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes,

visando à implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto,para

cuja efetivação deve haver um processo de negociação entre o Poder Público e os particulares,

o que pode ser iniciado por meio de editais de chamamento publicados pelo Ministério do

Meio Ambiente, com o conteúdo mínimo descrito no decreto acima.

Quando não houver acordo setorial e nem regulamento, podem ser firmados termos

de compromisso prevendo a utilização de determinados sistemas de logística reversa para um

determinado setor. Consiste em estipular diretamente os fabricantes, fornecedores,

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162

importadores e/ou distribuidores, comprometendo os particulares a implantar alguma forma

de recolhimento dos produtos depois de utilizados pelo consumidor.

4.6. Programas, Projetos e Ações

Apresentamos adiante quadro-resumo dos programas, projetos e ações a serem

implementados para a consecução dos objetivos do eixo do plano gestão de resíduos sólidos.

Quadro 18: Programas, projetos e ações de resíduos sólidos

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163

Programas Projetos e Ações

Custo

estimado

(R$)

Prazo Prioridade

%

Existente

hoje

%

Curto

Prazo

%

Médio

Prazo

%

Longo

Prazo

RESPONSABILIDADES

Execução Acompanhamento

Programa de

Universalização e

Melhoria dos

Serviços

Plano de coleta domiciliar

de resíduos sólidos:

Universalizar o serviço, com a

construção do plano de coleta.

100.000,00 Curto prazo Alta 90 100 100 100 Prefeitura Prefeitura

Implantação de locais de

entrega voluntária – LEV´s:

Implantar LEV´s, dispostos

pelos bairros da cidade e zona

urbana.

132.000,00 Médio prazo Alta 0 50 100 100 Prefeitura Prefeitura

Serviços de varrição, capina,

poda e limpeza de feiras e

eventos

Programar e executar a

implantação e expansão dos

serviços.

300.000,00 Médio prazo Alta 0 50 100 100 Prefeitura Prefeitura

Atendimento a zona rural: 300.000,00 Médio prazo Alta 0 50 100 100 Prefeitura Prefeitura

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164

Estudo para atender a área

rural do município com a

coleta de resíduos sólidos

Normatizar o

acondicionamento dos

resíduos sólidos urbanos:

Estabelecer na legislação

municipal a forma adequada

de acondicionamento dos

resíduos sólidos

- Curto prazo Alta 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura

Implantação de coletores de

resíduos sólidos:

Implantar coletores de

resíduos sólidos nas vias de

maior circulação de

transeuntes e pontos de grande

fluxo de pessoas

36.000,00 Curto prazo Média 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura

Sistema de gestão

consorciada:

Promover estudo para a

implantação do sistema de

gestão consorciada de

resíduos sólidos

80.000,00 Curto prazo Média 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura

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165

Plano de Gerenciamento de

Resíduos Sólidos (PGRS):

Elaborar e implantar os Planos

de Gerenciamento de

Resíduos Sólidos por parte de

todos os geradores obrigados

legalmente a possuir tal

instrumento de gestão

350.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura

Programa de

Melhorias

Operacionais e

Qualidade dos

Serviços

Unidade de triagem e

compostagem:

Implantação de uma unidade

de triagem e compostagem

500.000,00 Médio prazo Média 0 80 100 100 Prefeitura Prefeitura

Disposição final

ambientalmente adequada:

Implantação de aterro

sanitário consorciado ou

municipal, com no mínimo 30

anos de vida útil, com

equipamentos.

1.500.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura

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166

Destinação dos Resíduos da

Construção Civil e

Demolições:

Elaborar Plano Municipal de

Gerenciamento de Resíduos

da Construção Civil e

Demolição.

150.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Prefeitura e

empresas

privadas

Prefeitura

Destinação dos Resíduos dos

Serviços de Saúde

Elaborar Plano Municipal de

Gerenciamento dos resíduos

de serviços de Saúde

150.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Prefeitura e

empresas

privadas

Prefeitura

Redução, reutilização e

reciclagem:

Elaborar projeto executivo de

coleta seletiva;

Implantar a logística reversa

no município.

280.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura

Capacitação técnica:

Identificar e cadastrar os

grupos interessados no

gerenciamento dos resíduos

sólidos; fomentar a criação

330.000,00 Médio prazo Média 0 75 100 100 Prefeitura Prefeitura

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167

e/ou reorganização de

cooperativas e associações de

catadores e de pessoas de

baixa renda; realizar cursos de

capacitação para os grupos

interessados;

Educação Ambiental na

Gestão e Gerenciamento de

Resíduos Sólidos:

Elaborar Plano de Educação

Ambiental aplicável ao

manejo de resíduos sólidos;

criar legislação específica para

a promoção da educação

ambiental;

Realizar campanhas

educativas envolvendo todas

as Secretarias Municipais e

também setores

representativos da

comunidade.

230.000,00 Médio prazo Média 0 70 100 100 Prefeitura Prefeitura

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168

4.7. Estimativa de Investimentos

Exibimos adiante quadro-resumo dos investimentos a serem realizados,

demonstrando ainda as fontes dos recursos, o responsável pela execução e as parcerias que

podem vir a existir.

Quadro 19: Programas, projetos e ações de resíduos sólidos

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169

PROGRAMA AÇÕES CUSTO ESTIMADO DA AÇÃO FONTE DE

FINANCIAMENTO

META DE

EXECUÇÃO

DA AÇÃO

META DE

EXECUÇÃO DO

PROGRAMA

RESPONSÁVEL

PELA

EXECUÇÃO DO

PROGRAMA

PARCERIAS

PROGRAMA DE

UNIVERSALIZAÇÃO

DOS SERVIÇOS

Universalizar o

serviço, apartir da

construção do plano

de coleta.

1 vg. R$

100.000,00 R$

100.000,00

FUNASA/Caixa

Economica

Federal(CEF) e

Parcerias

Curto Prazo

Medio Prazo Administracao

Municipal

Empresas

Privadas,

Grandes

Geradores,

Universidades.

Instalar locais de

Entrega Voluntária

de resíduos

recicláveis (LEV‟s)

a cada 2.000

habitantes tanto

zona urbana como

zona rural

24 und R$

5.500,00 R$

132.000,00 Medio Prazo

Programar e

executar a

implantação e

expansão dos

serviços.

1 vg. R$

300.000,00 R$

300.000,00 Medio Prazo

Estudo para atender

a área rural do

município com a

coleta de resíduos

sólidos

1 vg. R$

20.000,00 R$

20.000,00 Curto Prazo

Estabelecer na

legislação

municipal a forma

adequada de

acondicionamento

dos resíduos sólidos

1 vg. - #VALOR! Curto Prazo

Implantar coletores

de resíduos sólidos

nas vias de maior

circulação de

transeuntes e pontos

de grande fluxo de

300 und R$

250,00 R$

75.000,00 Curto Prazo

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170

pessoas

Promover estudo

para a implantação

do sistema de

gestão consorciada

de resíduos sólidos

1 vg. R$

50.000,00 R$

50.000,00 Curto Prazo

PROGRAMA DE

MELHORIAS

OPERACIONAIS E

QUALIDADE DOS

SERVIÇOS

Implantação de uma

unidade de triagem

e compostagem

1 vg. R$

900.000,00 R$

900.000,00

FUNASA/Caixa

Economica

Federal(CEF) e

Parcerias

Curto Prazo

Medio Prazo Administracao

Municipal

Empresas

Privadas,

Grandes

Geradores,

Universidades,

Escolas.

Elaboracao de

projeto executivo

de aterro sanitário

consorciado ou

municipal, com no

mínimo 30 anos de

vida útil.

1 vg. R$

2.000.000,00 R$

2.000.000,00 Curto Prazo

Elaboracao do

Plano Municipal de

Gerenciamento de

Resíduos da

Construção Civil e

Demolição.

1 vg. R$

50.000,00 R$

50.000,00 Curto Prazo

Elaboracao do

Plano Municipal de

Gerenciamento dos

resíduos de serviços

de Saúde

1 vg. R$

50.000,00 R$

50.000,00 Curto Prazo

Identificar e

cadastrar os grupos

interessados no

gerenciamento dos

resíduos sólidos;

fomentar a criação

e/ou reorganização

de cooperativas e

associações de

catadores e de

1 vg. R$

130.000,00 R$

130.000,00 Medio Prazo

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171

pessoas de baixa

renda; realizar

cursos de

capacitação para os

grupos interessados

Elaborar Plano de

Educação

Ambiental aplicável

ao manejo de

resíduos sólidos;

criar legislação

específica para a

promoção da

educação

ambiental; realizar

campanhas

educativas;

envolver todas as

Secretarias

Municipais e

também setores

representativos da

comunidade.

1 vg. R$

130.000,00 R$

130.000,00 Curto Prazo

SOMA R$

2.360.000,00

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5. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E

MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS

O sistema de drenagem deve ser entendido como o conjunto da infraestrutura

existente em uma cidade para realizar a coleta, o transporte e o lançamento final das águas

superficiais. Inclui ainda a hidrografia e os talvegues. É constituído por uma série de medidas

que visam a minimizar os riscos a que estão expostas as populações, diminuindo os prejuízos

causados pelas inundações e possibilitando o desenvolvimento urbano de forma harmônica,

articulada e ambientalmente sustentável. (FEAM, 2006).

Os sistemas de drenagem urbana objetivam prevenir inundações, em áreas baixas das

comunidades e margens dos cursos d‟água. Como todo curso d‟água tem sua área de

inundação, este fenômeno constitui-se um problema quando as inundações ocupam áreas

marginais habitadas pelo homem.

Atualmente, os sistemas de drenagem urbana apontam para a preservação dos cursos

d‟água, sua despoluição e a manutenção das várzeas de inundação, de forma que não sejam

necessárias obras estruturantes, reduzindo-se custos de implantação e problemas provocados

pelas mesmas, tirando proveito de seu potencial urbanístico como áreas verdes e parques

lineares.

O município de Barras não possui sistema de drenagem urbana, nem projeto em

andamento, tanto na macrodrenagem como na microdrenagem. À medida que o desenvolvimento

do espaço urbano não é planejado e ocorre de maneira desordenada, acarreta a ocorrência de

inundações. Houveram ocorrências de inundações/enchente em 2009 e no município existem pontos

de alagamento nas épocas de chuva. Entre outros fatores agravantes está a ocupação intensa e

desordenada do solo, a existência de interferência física no precário sistema de drenagem e o

lançamento inadequado de resíduos sólidos

As intervenções urbanas não obedecem ao regulamento inserto na Lei Federal nº 6.766/79 –

Lei do parcelamento do Solo, o que demonstra total desconhecimento do regulamento; e sem projeto

de drenagem, no município a macro e microdrenagem presente na zona urbana consiste na rede de

meios-fios e poucos metros de galerias na zona central da cidade, que, sem manutenção e limpeza de

bocas-de-lobo, representam um caos em várias áreas da cidade em épocas de chuvas, como mostram

as fotos adiante. A macrodrenagem é representada pelo Riachinho, que corta a zona central da

cidade, e poucos fundos de vales, alguns em fase de impermeabilização por construções

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desordenadas, e que drenam para o rio Marataoan. Ver fotos abaixo.

Construção em área de drenagem

Drenagem na rua Segismundo (bairro floresta)

O órgão responsável por ações emergenciais de controle de enchentes e desastres naturais

é a Secretaria Municipal de Defesa Civil, cujas atribuições estão exaradas na Lei Municipal Nº620,

de 28 de maio de 2013, com cópia em anexo.

O município não observa a obrigação legal da construção de microdrenagem nos

loteamentos produzidos na cidade.

Os problemas abaixo resenhados ocorrem em épocas de chuva.

1. Alagamentos: Rua Gervásio Pires – Boa Vista e Pequizeiro; Balão da Rodoviária; Rua

Carvalho Filho; Rua Manoel Carvalho; Balão da Zuleide; Rua Marechal Pires Ferreira,

Rua 10 de Novembro e Fco. De Paula e Silva, no Corujal; e Gervásio Pires – Centro.

2. Transbordamentos: Riachinho e São Cristovão.

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A capacidade limite foi estabelecida com base no mapa da cidade disponível, que

mostra o rio Marataoan como principal ponto de drenagem das águas pluviais precipitadas na

zona urbana de Barras.

Apresentamos a tabela de vazão de pico da bacia, obtida a partir de dados

pluviométricos 2009 e 2014, aplicando a metodologia de I PAI WU.

Tabela 64: Precipitação pluviométrica 2009

ANO 2009

Mês Precipitação (mm) Vazão de Pico ‘Q’ (m³/s)

Janeiro 150,8 17,85

Fevereiro 381,8 45,20

Março 436,2 51,64

Abril 592,7 70,17

Maio 767,2 90,83

Junho 27,4 3,24

Julho 4,8 0,57

Agosto 16,2 1,92

Setembro 0 0,00

Outubro 15,2 1,80

Novembro 2,4 0,28

Dezembro 57 6,75

Média Anual 204,31 24,19

Tabela 65: Precipitação pluviométrica 2014

ANO 2014

Mês Precipitação (mm) Vazão de Pico ‘Q’ (m³/s)

Janeiro 184,6 21,85

Fevereiro 226,6 26,83

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Março 246 29,12

Abril 206,8 24,48

Maio 210,4 24,91

Junho 23,8 2,82

Julho 8 0,95

Agosto 0 0

Setembro 0 0

Outubro 0 0

Novembro 0 0

Dezembro 0 0

Média Anual 92,18 10,91

Com as vazões obtidas acima conclui-se que a área de drenagem da cidade – 35,66

Km2, suporta as vazões consideradas normais, enquanto, que em épocas de chuvas excessivas,

a exemplo de 2009, o limite da bacia extrapola, ocorrendo inundações.

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Mapa 3: Área da bacia de contribuição da microdrenagem

O município não conta com um eficiente serviço de drenagem urbana. A visão sobre a situação

atual foi obtida a partir das reuniões nas comunidades, bem como através de pesquisa de campo levada a

efeito por funcionários da Prefeitura e membros da equipe técnica de elaboração do Plano, usando o

questionário produzido pela equipe técnica e aprovado pelos Comitês de Coordenação e Executivo,

Proposta de medidas mitigadoras para os principais impactos identificados

5.1. Medidas de Controle para Reduzir o Assoreamento de Cursos D‟água e de Bacias de

Detenção;

Qualquer planejamento deve ter a bacia hidrográfica como unidade de planejamento

(Lei Federal N0 9.433/97). Esta pode ser entendida como um conjunto de terras drenadas por

um rio principal e seus afluentes. A noção de bacia hidrográfica inclui naturalmente a

existência de cabeceiras ou nascentes, divisores d‟água, cursos d‟água principais, afluentes,

subafluentes, etc.

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Nas bacias hidrográficas deve existir uma hierarquização na hidrografia local. O

conceito de bacia hidrográfica inclui, também, noção de dinamismo, devido às alterações que

ocorrem nas linhas divisórias de água sob o efeito dos agentes erosivos, alargando ou

diminuindo a área da bacia (FEAM, 2006).

O estudo da bacia contribuinte é feito para se conhecer o seguinte:

Forma geométrica, responsável pela individualização da bacia contribuinte;

Relevo, declividade do curso d‟água, declividade da bacia;

Geomorfologia, fornecendo uma visão estrutural da região, a forma do relevo

existente;

Geologia, com o objetivo principal de se conhecer a maior ou menor permeabilidade e

outras características do terreno.

Essas características influenciam as enchentes e as vazões de estiagem alimentadas

pelos próprios lençóis subterrâneos. As características geomorfológicas e geológicas

fornecem importantes elementos para o estudo da bacia, possibilitando a determinação da

parcela de chuva que escoa sobre a superfície do solo, a qual deve ser captada e conduzida ao

seu destino final pelas canalizações pluviais. Outras variáveis que influenciam o

comportamento das chuvas e da bacia são:

Cobertura vegetal - quando a cobertura é densa, como nas matas e gramados, tende a

favorecer a infiltração rápida, protegendo o solo contra as erosões. O efeito da

cobertura do solo pode ser até mais importante que o tipo de solo;

Uso da terra - o solo revestido de quadras habitadas, ruas, estradas consequência da

urbanização - acarreta a impermeabilização progressiva do terreno, reduzindo,

sensivelmente, a capacidade de infiltração do solo. Desse modo, deve-se estudar o

efeito produzido pela impermeabilização no aumento da parcela de escoamento

superficial.

Na situação de bacias parcialmente urbanizadas, deverão ser adotadas as seguintes

medidas de caráter preventivo e emergencial, uma vez que a ocupação começa a se consolidar

ao longo do curso d‟água. Assim, cabe ao município adotar as seguintes medidas (FEAM,

2006):

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Estabelecer o zoneamento das áreas não ocupadas e adoção de medidas para

que não ocorram ocupações nas áreas de risco;

Preservar a faixa desprovida de edificações ao longo dos cursos d‟água;

Dotar a legislação municipal com instrumento eficaz que promova retenção e a

percolação no solo das águas pluviais no perímetro urbano; tais como valas de infiltração -

sistemas de drenos implantados paralelos às ruas, estradas, conjuntos habitacionais;

Implantar bacias de percolação;

Programar o reflorestamento para prevenir a erosão e o assoreamento do curso

d‟água;

Implantar programas de educação ambiental;

Implantar interceptores de esgotos viabilizando futuro tratamento.

Outras medidas conforme Barbosa (2006):

1. Científico-tecnológica: Implantação de programas de monitoramento

hidrossedimentológico e ambiental visando o melhor conhecimento dos processos

hidrológicos em meio urbano; desenvolvimento de estudos de viabilidade de

implantação de soluções alternativas; capacitação e treinamento dos quadros técnicos

municipais para as novas abordagens propostas;

2. Econômica: Disponibilização de investimentos para implantação de sistemas

adequados de coleta e tratamento de esgotos e lixo, bem como, manutenção dos

sistemas de drenagem urbana;

3. Político-Institucional: Compatibilização da Legislação para regulamentar o uso e

ocupação do solo com a adoção de medidas compensatórias no ciclo hidrológico;

4. Cultural e Educacional: Implementação de programas de treinamento formal e

formação continuada nas diferentes áreas relativas à gestão ambiental urbana;

implantação de programas de educação ambiental para a população em geral.

O sucesso desses procedimentos está atrelado à elaboração de um Plano Diretor de

Drenagem Urbana consistente e perfeitamente alinhado a planos de ocupação urbano, capaz

de integrar as diferentes percepções dos problemas, a fim de propor um ordenamento racional

e coerente das ações que se fazem necessárias.

É mister observar o que dispõe a lei N0 6.766/79, que dispõe sobre o parcelamento do

solo urbano, sendo seus principais dispositivos:

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1. Não será permitido o parcelamento do solo:

i. Em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas às

providencias para assegurar o escoamento das águas;

ii. Em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde

pública, sem que sejam previamente saneados;

iii. Em terrenos com declividade igual ou superior a 30%, salvo se

atendidas as exigências específicas das autoridades competentes;

iv. Em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a

edificação.

2. Ao longo das águas correntes será obrigatória a reserva de uma faixa non

aedificandide 15m de cada lado, salvo outras exigências da legislação

específica; dentre outros.

5.2. medidas de Controle para Reduzir o Lançamento de Resíduos Sólidos nos Corpos

d‟água.

De acordo com a Resolução CONAMA n. 357, de 17 de março de 2005, a condição

de qualidade das águas é a “qualidade apresentada por um corpo d‟água, num determinado

momento, em termos dos usos possíveis com segurança adequada, frente às Classes de

Qualidade”, sendo que cada classe de qualidade representa um “conjunto de condições e

padrões de qualidade de água necessários ao atendimento dos usos preponderantes, atuais ou

futuros”.

A água é um recurso capital para a sobrevivência dos seres vivos. Não obstante

disso, ela não é ilimitada na natureza; apenas 0,7% de toda a água circulante é que constitui a

água doce disponível. Novamente, em termos de disponibilidades de água doce rotativa no

planeta, a envergadura dos aquíferos subterrâneos é cerca de 6.000 vezes maior do que as

reservas hídricas das mananciais de água corrente superficiais, apesar de estes últimos

costumarem ser normalmente mais utilizados pelo homem para fins de abastecimento público

(Ottoni, 2001).

Ainda segundo Ottoni (2001), o ser humano vem ocupando de forma cada vez mais

desarranjada as bacias hidrográficas no planeta, através de atividades nocivas como:

desmatamentos, queimadas, práticas agrícolas perniciosas, atividades extrativistas agressivas,

ocupações urbanas generalizadas gerando a impermeabilização dos solos, lançamento de

esgotos industriais e domésticos nos rios e lagos, etc. Todas essas ações impactantes ao meio

ambiente têm gerado uma deterioração da qualidade das águas naturais, com riscos de

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propagação de doenças de propagação hídrica ao ser homem.

Essa situação preocupante pode ser revertida a partir do momento em que as atuações

de uso da água forem realizadas de forma harmônica com a natureza; a importância da

reciclagem dos resíduos produzidos deve ser levada em conta dentro dos processos de

tratamento dos esgotos sanitários e industriais, e saneamento dos resíduos sólidos; além disso,

podem ser aplicados outros tipos de medidas de cunho ecológico.

Diante desse contexto de importância da água, é imperioso levar em conta que o

metabolismo dos mananciais é dependente e regulado, em grande parte, por sua área de

drenagem, em especial por sua interface biogeoquímica terra-água. Dado a essa interface

muito dinâmica há um controle e influencia na maioria dos organismos, nutrientes, matéria e

energia dentro desses mananciais. Dessa forma os aglomerados urbanos próximos aos corpos

d‟água e as ocupações e usos da área de drenagem das bacias hidrográficas têm a

possibilidade de alterar a qualidade das águas. A falta de cuidado com o lançamento de

efluentes e outros vêm contribuindo para agravar a escassez de água, o que sugere urgentes

medidas de gerenciamento dos mananciais (Wetzel apud Pompeu, 2003).

O gerenciamento de resíduos nas áreas urbanas tem reflexos nos sistemas de

drenagem urbana, uma vez que a disposição irregular e a ausência de coleta adequada podem

provocar graves consequências, diretas e indiretas, à drenagem e à saúde pública em geral.

A ausência de gestão dos resíduos sólidos ou gestão inadequada deixam esses

produtos vulneráveis ao transporte pela corrente das chuvas para córregos, rios e bocas-de-

lobo, causando assoreamento de valas, canais, sistemas de microdrenagem, poluição,

disseminação de vetores de doenças tais como da dengue, etc. Todos esses problemas estão

ligados ao nível de educação e conscientização ambiental da população.

Desta forma é imperioso adotar as seguintes medidas: `

1. Criação de campanhas e programas de educação ambiental de abrangência

geral no município de forma a viabilizar a conscientização ambiental quanto

ao tema.

2. Implantar programas de planejamento e proteção dos recursos hídricos para

evitar deterioração na qualidade e quantidade desses recursos. Isto requer

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uma forte cooperação com órgãos a nível governamental e

intergovernamental.

3. Ordenar as atuações dentro dos ecossistemas lacustres, integrando os fatores

socioeconômicos e ambientais, de tal forma que o desenvolvimento de

atividades como: indústrias, agricultura, florestas e piscicultura, etc.; todos

esses parâmetros devem ficar em harmonia uns com os outros. Esse programa

pode ser implantado conjuntamente com um programa de controle da erosão,

reflorestamento, controle de enchentes e conservação da água.

4. Realização o tratamento dos resíduos domésticos e industriais que geram

poluição hídrica;

5. Adotar a reciclagem e reutilização dos refugos, com aproveitamento do lixo

orgânico na produção de adubo (compostagem) e de outros materiais como

vidros, metais, papéis, etc.;

6. Desenvolver mecanismos punitivos e, por consequência, educacional, os

quais viabilizem o poder de policiamento quanto a essas ações que decorrem

de impactos socioambientais a toda a cidade.

7. Criar legislações municipais específicas que norteiem a destinação adequada

de todos os tipos de resíduos.

8. Implantação de políticas públicas para subsidiar a fiscalização quanto ao

manejo de resíduos gerados pela população, comércio e indústrias existentes

no município;

9. Dotar as secretarias municipais ligadas ao planejamento, meio ambiente e

agricultura; de condições necessárias à fiscalização no lançamento indevido

de resíduos, nas áreas de drenagem e sistemas de esgoto.

5.3. Diretrizes para o Controle de Escoamentos na Fonte

Os sistemas alternativos de drenagem incluem as técnicas utilizadas para minimizar

os impactos causados pela urbanização no ciclo hidrológico natural. No ambiente natural,

parte da água infiltra-se no solo ou passa pela evapotranspiração das plantas e o excedente

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escoa para os rios e lagos. No entanto, o crescimento urbano faz com que surjam áreas

impermeáveis, de forma que o escoamento se torna mais volumoso e com maior velocidade.

Sistemas de drenagem convencionais buscam a remoção rápida da água para fora do meio

urbano. Apesar disso, muitas vezes não são capazes de suportar o volume escoado, o que

causa enchentes.

Sistemas alternativos de drenagem buscam reproduzir ao máximo as condições

naturais do ciclo hidrológico, através da retenção e infiltração da água do solo. Estas técnicas

podem ser aplicadas localmente, através de estruturas de armazenamento, reaproveitamento

da água da chuva e criação de áreas permeáveis nos lotes. No ambiente urbano, estruturas

maiores que permitam armazenar o volume temporariamente ou promovam a infiltração no

solo são também importantes para reduzir a vazão total, a velocidade do escoamento e o

transporte de sedimentos. Estas estruturas são em geral facilmente integradas à paisagem

urbana.

Existem inúmeros procedimentos que beneficiam a manutenção das condições

naturais de escoamento das águas superficiais, que incluem retenção ou infiltração dá água no

solo. As estratégias para a implantação de sistemas alternativos de drenagem devem ser

adotadas em conjunto para resultar maior eficiência. Para isso, devem-se considerar as

condições locais de permeabilidade do solo e suas características topográficas. Sua aplicação

deve estar em harmonia com as condições locais, inclusive aliadas às redes de drenagem

convencionais de forma a promover a redução e retardamento dos escoamentos.

A seguir as principais diretrizes para o controle de escoamentos na fonte priorizando

soluções que favoreçam o armazenamento, a infiltração e a percolação, ou a jusante,

adotando-se bacias de detenção.Estas medidas e tecnologias deverão integrar de forma

harmoniosa o sistema existente no município com as novas soluções:

a) Incentivar a utilização de reservatórios para acumulação e infiltração de

águas de chuva em prédios, empreendimentos comerciais, industriais,

esportivos, de lazer, inclusive complementando a legislação municipal sobre

a matéria;

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b) Reflorestar o maior número de áreas possíveis (áreas verdes, canteiros

verdes, parques lineares etc.), de forma a ocupar todos os espaços públicos e

privados livres da cidade;

c) Determinar por lei a implantação de calçadas, sarjetas permeáveis, além de

pátios e estacionamentos drenantes;

d) Implantar valetas, trincheiras e poços drenantes;

Algumas medidas de acumulação e infiltração de águas pluviais

Os ciclos climáticos e o aquecimento global interferem no equilíbrio solo-atmosfera

e, por consequência, afetam a taxa de infiltração e o equilíbrio ambiental. A ocupação

desordenada do solo assim como o seu uso inapropriado contribuem para reduzir a taxa de

infiltração. As consequências são, por um lado,alagamentos, inundações e erosões e, por outro

lado, a falta de alimentação do lençol freático e a alteração do ciclo das águas, que acabam

propiciando longos períodos de estiagem. Essas praticas contrariam o inciso III do artigo 1º,

o caput do artigo 5º e o caput do artigo 225 da Constituição Federal e o artigo 2º da Lei

6.938/1981 que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. Ainda por força do

artigo 225 da Constituição Federal, cabem destacar que é dever do Poder Público e da

coletividade a defesa e a preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado para as

presentes e para as futuras gerações.

A Lei 11.445/2007 considera, no artigo 3º, a drenagem e o manejo das águas pluviais

urbanas como saneamento básico. Embora a cobrança por meio de impostos, inclusive taxas,

dos serviços de manejo das águas pluviais tenha previsão legal (inciso III, art. 29 da Lei

11.445/2007), não constituem serviços públicos ações de saneamento executada por meio de

soluções individuais, bem como ações e serviços de saneamento básico de responsabilidade

privada. No caso de prestação de serviço público, o artigo 36 da mesma Lei prevê que a

cobrança deve levar em conta os percentuais de impermeabilização e a existência de

dispositivos de amortecimento ou de retenção da água de chuva, ou seja, considera-se o zelo

da população para com o meio ambiente.

Por outro lado, as leis citadas restringem a obrigatoriedade de armazenamento e

drenagem das águas pluviais nas construções com um mínimo de área construída ou de área

impermeabilizada, não dispensando a devida atenção às pequenas construções, que são quase

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sempre as que mais deixam o solo impermeável, pois ocupam lotes de tamanho reduzido,

necessitando de uma intervenção do Poder Público para exigir que essas ocupações instalem

sistemas apropriados de armazenamento, drenagem e de uso das águas pluviais, inclusive

esclarecendo a população, através de programas de educação ambiental.

A água para consumo humano deve atender aos padrões de potabilidade

estabelecidos na Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde. Porém, critérios menos rigorosos

de qualidade da água são exigidos para usos domésticos, tais como descarga de bacias

sanitárias, limpeza de pisos e rega de jardins, neles se enquadrando a água de chuva. A norma

técnica NBR 15.527/2007 estabelece os padrões de qualidade para o uso restrito não potável

da água de chuva.

Para oferecer tutela jurídica ao meio ambiente, o direito busca responsabilizar os

agentes poluidores por seus atos de degradação da natureza. Na esfera civil, a

responsabilização do poluidor tem o intuito de prevenir a concretização de danos ao meio

ambiente e, não sendo possível, buscar a reparação e indenização pela degradação causada.

Quanto à drenagem urbana, nos danos ocasionados pelo excesso de escoamento

superficial da água da chuva por carência de infiltração, como é o caso das erosões e das

inundações, quando o ocupante de um determinado espaço público ou privado desrespeita o

coeficiente de ocupação do solo, impermeabilizando área maior que a permitida, ele está

atuando como um poluidor direto. Já a Administração Pública que deveria educar

ambientalmente a população e promover a fiscalização da ocupação e uso do solo, e não o faz,

deve ser responsabilizada como um poluidor indireto.

Dentro desse contexto, é interessante se ter presente que as águas pluviais são uma

alternativa viável de uso da água, considerando que não há cobrança pelo seu uso e não é

necessária permissão de órgãos públicos. A cultura de retenção de água da chuva para fins

não potáveis, tem se tornado outra ação eficaz sob o aspecto de aumento da disponibilidade

hídrica e procura pela sustentabilidade ambiental. Mostra-se uma alternativa tecnológica

socioambiental economicamente viável em praticamente todos os padrões residenciais.São

dispositivos que captam água da superfície, encaminham-na para algum tipo de tratamento (se

necessário), reservação e posterior uso, inclusive não potáveis, tais como a rega de jardins e

áreas verdes, lavagem de pisos, passeios e fachadas, ornamentação paisagística, descarga de

vasos sanitários, etc.

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Para se fazer a captação, é preciso ter um sistema de calhas no telhado e, antes do

armazenamento e distribuição para os usos previstos, é recomendável que se tenha também

um filtro para retirar impurezas, como sujeiras trazidas da cobertura e poluição do ar.

Os projetos de arquitetura e de engenharia devem priorizar ainda a economia de

energia. O reservatório para armazenamento de água pluvial é instalado abaixo do telhado e

acima das áreas de uso dispensam a instalação de bombas para elevação da água. Evitando-se,

assim, aumento no consumo de energia elétrica.

Figura 13: Esquema Residencial de Captação e Reservação de Água da Chuva 1

Fonte: CARVALHO, 2010

A seguir são ilustrados outros exemplos de dispositivos de acumulação e infiltração

de águas pluviais, vale lembrar que ainda existe uma lista extensa de inovações tecnológicas

que permitam a escolha mais adequada para cada situação particular considerada.

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Figura 14: Esquema Residencial de Captação e Reservação de Água da Chuva 2

Fonte: SANTOS, 2015

Figura 15: Dispositivo para Armazenamento/Infiltração/Uso de Águas de Chuva em Áreas

Públicas

Fonte: SANTOS, 2015

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Figura 16: Dispositivos para acumulação e uso de águas de chuva

Fonte: SANTOS, 2015

Figura 17: Trincheira Drenante Simples

Fonte: SANTOS, 2015

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Figura 18: Sistema Acoplado de Acumulação e Infiltração

Fonte: SANTOS, 2015

Figura 19: Poços de infiltração em subsolo de edifício

Fonte: SANTOS, 2015

A fim de se evitar problemas urbanos de alagamentos, inundações, enchentes e

erosões, devem ser feitas ações estruturais para controle de águas da chuva e diminuir a

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propagação de poluentes e resíduos sólidos nos locais de drenagem, geralmente corpos

d‟água, e aumentar a recarga do lençol freático. Essas estruturas podem ser os sistemas

convencionais de drenagem, como canalizações e galerias, ou não convencionais, como valas

e trincheiras de infiltração, entre outros.

Os sistemas não convencionais também podem funcionar como dispositivos de

retenção e armazenamento, visando tanto ao controle de vazão quanto ao uso da água

armazenada.

Para o aumento da área percolação e de infiltração no solo, podem ser utilizados

pavimentos permeáveis em passeios, estacionamentos, quadras esportivas e ruas de pouco

tráfego; com relação ao financeiro, esse tipo de pavimento permeável é mais oneroso. É de

suma importância que a Administração Municipal implante esses tipos de tecnologias nos

logradouros públicos, iniciando um processo de conscientização e disseminação desses novos

materiais e incentivando seu uso prioritário.

Figura 20: Pavimento Intertravado Permeável

FONTE: ABCP, 2015

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Figura 21: Pavimento Concreto Permeável

FONTE: ABCP, 2015

Outra alternativa viável são as valas de infiltração, que consistem em estruturas

lineares pouco profundas e vegetadas, geralmente utilizadas quando o lençol freático é

superficial ou o manto impermeável é pouco profundo. Elas permitem o armazenamento

temporário de águas pluviais e favorecem sua infiltração no solo. Podem ser implantadas ao

longo de rodovias, estacionamentos, parques industriais e áreas verdes de casas, integrando-se

à paisagem, enquanto drenam as enxurradas.

Figura 22: Valas de Infiltração

Fonte: Brookfield, 2015

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191

Uma alternativa que pode ser adotada são as trincheiras de infiltração, que permitem

o armazenamento e a infiltração de água no solo. Estas são estruturas lineares pouco

profundas que, nos sistemas convencionais, são preenchidas total ou parcialmente com

material granular, como britas e seixos, e revestidas com manta de geotêxtil que funciona

como filtro.

Em sistemas não convencionais, tem sido proposto o enchimento com materiais

alternativos, como entulhos de construção, garrafas PET e pneus usados.

São aproveitadas em áreas industriais, junto a pátios de estacionamentos e ao longo

de ruas e avenidas para infiltração de água das áreas urbanas pavimentadas, podendo esses

locais, quando fechados, integrarem-se à paisagem e servir como áreas de parques e jardins.

Figura 23: Trincheira de Infiltração

Fonte: CARVALHO, 2010

A topografia da cidade favorece, também, a implantação de bacias de detenção.

Estas são estruturas impermeabilizadas que impedem a infiltração e apenas retêm

provisoriamente a água, que, por sua vez, é aos poucos liberada, ajustando os picos de vazão.

Nessas estruturas é facultativa a implantação de dispositivo que permita pequenas vazões para

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192

infiltração ou para a rede pública de drenagem de águas pluviais. As Bacias de Detenção

também podem abrigar fauna e flora aquáticas e favorecer a evapotranspiração.

Na figura abaixo, uma bacia de detenção incorporada ao ambiente, com importância

paisagística, ao mesmo tempo serve para reter a água da chuva.

Figura 24: Bacia de Detenção

Fonte: CARVALHO, 2010

5.4. Diretrizes para o Tratamento de Fundos de Vale

O termo “fundo de vale” é comumente empregado para denominar os rios, córregos e

suas várzeas, especialmente quando esses entes são analisados em ambiente urbanizado e já

modificado, ou seja, na cidade, onde suas características naturais já foram bastante alteradas,

tendo sido, na maioria dos casos, a vegetação ciliar e ripária suprimida. Assim, entende-se

como fundo de vale o ponto mais inferior de um relevo irregular, por onde passam as águas

pluviais. Este ponto forma uma espécie de calha e recebe a água proveniente de todo seu

entorno e de calhas secundárias. Com a crescente urbanização estas calhas são canalizadas e

abrigadas abaixo da pavimentação das avenidas. Acontece que nas épocas de fortes

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193

chuvas,estas canalizações não conseguem dar vazão suficiente de escoamento, ocasionando os

alagamentos nos centros urbanos.

Assim, somos levados a crer que, tanto a ocupação urbana quanto as intervenções no

sistema hídrico começaram a gerar riscos crescentes para a população. É imperioso, em

qualquer programa visando à proteção dos recursos hídricos, que sejam adotadas, para a bacia

hidrográfica, medidas que garantam a drenagem natural das águas e o controle das fontes de

poluição dos mananciais (Mota, 2003).

A análise da construção de avenidas de fundo de vale, conjugada a canalização dos

córregos pode ser desenvolvida a partir das teorias que investigam a multiplicação dos riscos

e das incertezas envolvidos na realização de intervenções, com a intenção de ampliar a ideia

de impacto ambiental ou conflito entre o uso urbano e os fundos de vale, ou várzeas, para o

conceito de risco. A forma como são tratadas as águas superficiais na cidade originou uma

série de problemas, criando um ambiente de risco para a população urbana, pois, em que pese

as proteções legais, os fundos de vales são constantemente invadidos ou usados como

depósitos de lixo.

O tratamento das áreas de fundo de vale deve ser visto como o estabelecimento de

serviços, manutenções ou ainda preservação e manejo do ecossistema existente nessas áreas

de modo a inseri-la no ambiente urbano. Isso inobstante, o que se vê na prática é o abandono

destas áreas em virtude da situação de degradação e poluição em que se encontram.

Com essas características de degradação presentes nos fundos de vales, essas áreas

são pouco valorizadas e atrativas para a população de baixa renda, que as ocupam sem

nenhum tipo de infraestrutura, piorando a situação de degradação e poluição.

Diante desse quadro, e considerando a importância da água e dos aspectos

paisagístico das áreas urbanas e seus reflexos na qualidade de vida da população, é de suma

importância à adoção de medidas preservacionistas dessas áreas, dentre as quais destacamos

as seguintes, passíveis de adoção no município, para preservação de ambientes aquáticos,

abandonando as praticas de construções de estruturas como canais ou tubulações em rios e

córregos:

i. Remover com reassentamento, as famílias que ocupam áreas ribeirinhas

irregularmente;

ii. Desapropriar áreas e imóveis particulares em espaços sujeitos à inundação;

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194

iii. Manter limpos os cursos d‟água e fundos de vale;

iv. Recuperar e revitalizar as áreas ribeiras e as matas ciliares ao longo de cursos

d‟água naturais, ou na impossibilidade, revestir com materiais apropriados e estabilizar o leito

e margens, reduzindo erosões e minimizando as influencias no regime hidráulico e

hidrológico original;

v. Identificar áreas de restrição de ocupação em fundos de vale, com vistas à

proteção de ecossistemas, reduzindo os riscos causados por inundações;

vi. Construir bacias de detenção integradas ao projeto urbanístico, criando áreas de

lazer e uso social;

vii. Criar instrumentos legais para regulamentação de soluções em drenagem

urbana de aguas pluviais.

5.5. Ações Emergenciais do Sistema de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais

As ações de respostas a emergências visam descrever as medidas e ações que devem

ser adotadas para enfrentamento de situações atípicas, para prevenir e reduzir os impactos

quando da ocorrência de sinistros, acidentes e desastres naturais, conferindo maior segurança

e confiabilidade operacional aos sistemas de drenagem urbana e manejo de águas pluviais.

A definição de medidas e ações em resposta a situações de emergência estão

estabelecidas abaixo, sendo recomendado que os responsáveis pelos serviços registrem as

eventuais emergenciais, sugerindo alternativas que não listadas nas tabelas, para melhorar o

nível de resposta às situações de emergências.

Estão listadas abaixo as ações a serem adotadas de acordo com os pontos vulneráveis

abaixo relacionados, e de seus respectivos eventos adversos.

1. AÇÕES RELACIONADAS A ALAGAMENTO LOCALIZADO

1.1. Em Caso de Precipitações Intensas

1.1.1. Comunicar a Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e

riscos à população

1.1.2. Comunicar a Secretaria responsável para executar a limpeza da área afetada e

manutenção corretiva;

1.1.3. Registrar o evento;

1.1.4. Comunicar à população sobre o fechamento de vias alagadas;

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195

1.1.5. Avaliação do sistema de drenagem existente no local para verificação de sua

capacidade;

1.1.6. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o

lançamento de resíduos nas vias públicas e bocas-de-lobo;

1.2. Em Caso de Boca de Lobo e/ou Ramal Assoreado e/ou Obstruído;

1.2.1. Comunicar a Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e

riscos à população

1.2.2. Comunicar a Secretaria responsável para executar a limpeza da área afetada e

manutenção corretiva;

1.2.3. Registrar o evento;

1.2.4. Comunicar à população sobre o fechamento de vias alagadas;

1.2.5. Avaliação do sistema de drenagem existente no local para verificação de sua

capacidade;

1.2.6. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o

lançamento de resíduos nas vias públicas e bocas-de-lobo;

1.3. Em Caso de Subdimensionamentos da Rede Existente;

1.3.1. Comunicar a Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e

riscos à população

1.3.2. Comunicar a Secretaria responsável para executar a limpeza da área afetada e

manutenção corretiva;

1.3.3. Registrar o evento;

1.3.4. Comunicar à população sobre o fechamento de vias alagadas;

1.3.5. Avaliação do sistema de drenagem existente no local para verificação de sua

capacidade;

1.3.6. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o

lançamento de resíduos nas vias públicas e bocas-de-lobo;

1.4. Em Caso de Deficiência nas Declividades da Via Pública e das Sarjetas;

1.4.1. Comunicar a Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e

riscos à população

1.4.2. Comunicar a Secretaria responsável para executar a limpeza da área afetada e

manutenção corretiva;

1.4.3. Registrar o evento;

1.4.4. Comunicar à população sobre o fechamento de vias alagadas;

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196

1.4.5. Avaliação do sistema de drenagem existente no local para verificação de sua

capacidade;

1.4.6. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o

lançamento de resíduos nas vias públicas e bocas-de-lobo;

1.5. Em Caso de Prevalência de Manutenções Corretivas Sobre as Preventivas;

1.5.1. Comunicar a Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e

riscos à população

1.5.2. Comunicar a Secretaria responsável para executar a limpeza da área afetada e

manutenção corretiva;

1.5.3. Registrar o evento;

1.5.4. Comunicar à população sobre o fechamento de vias alagadas;

1.5.5. Avaliação do sistema de drenagem existente no local para verificação de sua

capacidade;

1.5.6. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o

lançamento de resíduos nas vias públicas e bocas-de-lobo;

1.6. Em Caso de Lançamento de Resíduos Sólidos no Sistema de Microdrenagem;

1.6.1. Comunicar a Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e

riscos à população

1.6.2. Comunicar a Secretaria responsável para executar a limpeza da área afetada e

manutenção corretiva;

1.6.3. Registrar o evento;

1.6.4. Comunicar à população sobre o fechamento de vias alagadas;

1.6.5. Avaliação do sistema de drenagem existente no local para verificação de sua

capacidade;

1.6.6. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o

lançamento de resíduos nas vias públicas e bocas-de-lobo;

2. AÇÕES RELACIONADAS À INUNDAÇÃO E ENCHENTE PROVOCADA POR

TRANSBORDAMENTO DE CURSO D‟ ÁGUA

2.1. Em Caso de Precipitações Intensas

2.1.1. Comunicação à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretarias Municipais de

Planejamento, Obras, Meio Ambiente para verificar os danos e riscos à

população;

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197

2.1.2. Comunicação à população;

2.1.3. Paralisação parcial do abastecimento de energia elétrica nas áreas inundadas;

2.1.4. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;

2.1.5. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar

temporariamente a população atingida;

2.1.6. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida

e recepção de donativos;

2.1.7. Estudos hidrológicos e hidráulicos para medidas de contenção a inundações;

2.1.8. Limpeza e desassoreamento dos córregos

2.1.9. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o

lançamento de lixo nas vias públicas e captações;

2.2. Em Caso de Deficiência da Capacidade de Escoamento do Curso D’Água;

2.2.1. Comunicação à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretarias Municipais de

Planejamento, Obras, Meio Ambiente para verificar os danos e riscos à

população;

2.2.2. Comunicação à população;

2.2.3. Paralisação parcial do abastecimento de energia elétrica nas áreas inundadas;

2.2.4. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;

2.2.5. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar

temporariamente a população atingida;

2.2.6. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida

e recepção de donativos;

2.2.7. Estudos hidrológicos e hidráulicos para medidas de contenção a inundações;

2.2.8. Limpeza e desassoreamento dos córregos

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2.2.9. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o

lançamento de lixo nas vias públicas e captações;

2.3. Em Caso de Assoreamento do Curso D’Água;

2.3.1. Comunicação à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretarias Municipais de

Planejamento, Obras, Meio Ambiente para verificar os danos e riscos à

população;

2.3.2. Comunicação à população;

2.3.3. Paralisação parcial do abastecimento de energia elétrica nas áreas inundadas;

2.3.4. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;

2.3.5. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar

temporariamente a população atingida;

2.3.6. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida

e recepção de donativos;

2.3.7. Estudos hidrológicos e hidráulicos para medidas de contenção a inundações;

2.3.8. Limpeza e desassoreamento dos córregos

2.3.9. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o

lançamento de lixo nas vias públicas e captações;

2.4. Em Caso de Estrangulamento do Curso D’Água por Estruturas de Travessias

Existentes;

2.4.1. Comunicação à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretarias Municipais de

Planejamento, Obras, Meio Ambiente para verificar os danos e riscos à

população;

2.4.2. Comunicação à população;

2.4.3. Paralisação parcial do abastecimento de energia elétrica nas áreas inundadas;

2.4.4. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;

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199

2.4.5. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar

temporariamente a população atingida;

2.4.6. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida

e recepção de donativos;

2.4.7. Estudos hidrológicos e hidráulicos para medidas de contenção a inundações;

2.4.8. Limpeza e desassoreamento dos córregos

2.4.9. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o

lançamento de lixo nas vias públicas e captações;

2.5. Em Caso de Impermeabilização Excessiva em Áreas Urbanas da Bacia;

2.5.1. Comunicação à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretarias Municipais de

Planejamento, Obras, Meio Ambiente para verificar os danos e riscos à

população;

2.5.2. Comunicação à população;

2.5.3. Paralisação parcial do abastecimento de energia elétrica nas áreas inundadas;

2.5.4. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;

2.5.5. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar

temporariamente a população atingida;

2.5.6. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida

e recepção de donativos;

2.5.7. Estudos hidrológicos e hidráulicos para medidas de contenção a inundações;

2.5.8. Limpeza e desassoreamento dos córregos

2.5.9. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o

lançamento de lixo nas vias públicas e captações;

2.6. Em Caso de Retificação do Curso de Água;

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200

2.6.1. Comunicação à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretarias Municipais de

Planejamento, Obras, Meio Ambiente para verificar os danos e riscos à

população;

2.6.2. Comunicação à população;

2.6.3. Paralisação parcial do abastecimento de energia elétrica nas áreas inundadas;

2.6.4. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;

2.6.5. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar

temporariamente a população atingida;

2.6.6. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida

e recepção de donativos;

2.6.7. Estudos hidrológicos e hidráulicos para medidas de contenção a inundações;

2.6.8. Limpeza e desassoreamento dos córregos

2.6.9. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o

lançamento de lixo nas vias públicas e captações;

2.7. Em Caso de Desmatamento da Cobertura Vegetal nas Áreas de Preservação

Permanente – APP;

2.7.1. Comunicação à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretarias Municipais de

Planejamento, Obras, Meio Ambiente para verificar os danos e riscos à

população;

2.7.2. Comunicação à população;

2.7.3. Paralisação parcial do abastecimento de energia elétrica nas áreas inundadas;

2.7.4. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;

2.7.5. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar

temporariamente a população atingida;

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201

2.7.6. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida

e recepção de donativos;

2.7.7. Estudos hidrológicos e hidráulicos para medidas de contenção a inundações;

2.7.8. Limpeza e desassoreamento dos córregos

2.7.9. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o

lançamento de lixo nas vias públicas e captações;

2.8. Em Caso de Ocupação do Solo do Leito Maior dos Rios;

2.8.1. Comunicação à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretarias Municipais de

Planejamento, Obras, Meio Ambiente para verificar os danos e riscos à

população;

2.8.2. Comunicação à população;

2.8.3. Paralisação parcial do abastecimento de energia elétrica nas áreas inundadas;

2.8.4. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;

2.8.5. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar

temporariamente a população atingida;

2.8.6. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida

e recepção de donativos;

2.8.7. Estudos hidrológicos e hidráulicos para medidas de contenção a inundações;

2.8.8. Limpeza e desassoreamento dos córregos

2.8.9. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o

lançamento de lixo nas vias públicas e captações;

3. AÇÕES RELACIONADAS À CONTAMINAÇÃO DOS CURSOS D‟ ÁGUA

3.1. Em Caso de Interligação Clandestina de Esgoto nas Galerias de

Microdrenagem;

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202

3.1.1. Comunicação e alerta para a Secretaria de Meio Ambiente e Saneamento

Básico, Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e riscos à

população;

3.1.2. Comunicação à operadora do SES para detecção do ponto de lançamento ou

rompimento e regularização da ocorrência;

3.1.3. Limpeza da boca de lobo;

3.1.4. Adoção de medidas imediatas para contenção da contaminação;

3.1.5. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o

lançamento de lixo nas vias públicas e captações.

3.2. Em Caso de Resíduos Lançado nas Bocas de Lobo;

3.2.1. Comunicação e alerta para a Secretaria de Meio Ambiente e Saneamento

Básico, Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e riscos à

população;

3.2.2. Comunicação à operadora do SES para detecção do ponto de lançamento ou

rompimento e regularização da ocorrência;

3.2.3. Limpeza da boca de lobo;

3.2.4. Adoção de medidas imediatas para contenção da contaminação;

3.2.5. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o

lançamento de lixo nas vias públicas e captações.

3.3. Em Caso de Rompimento de Tubulação do Sistema de Esgotamento Sanitário;

3.3.1. Comunicação e alerta para a Secretaria de Meio Ambiente e Saneamento

Básico, Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e riscos à

população;

3.3.2. Comunicação à operadora do SES para detecção do ponto de lançamento ou

rompimento e regularização da ocorrência;

3.3.3. Limpeza da boca de lobo;

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203

3.3.4. Adoção de medidas imediatas para contenção da contaminação;

3.3.5. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o

lançamento de lixo nas vias públicas e captações.

3.4. Em Caso de Acidente Ambiental com Lançamento de Contaminantes na Rede

Pluvial;

3.4.1. Comunicação e alerta para a Secretaria de Meio Ambiente e Saneamento

Básico, Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros para verificar os danos e riscos à

população;

3.4.2. Comunicação à operadora do SES para detecção do ponto de lançamento ou

rompimento e regularização da ocorrência;

3.4.3. Limpeza da boca de lobo;

3.4.4. Adoção de medidas imediatas para contenção da contaminação;

3.4.5. Sensibilização da comunidade através de iniciativas de educação, evitando o

lançamento de lixo nas vias públicas e captações.

4. AÇÕES RELACIONADAS A DESLIZAMENTO DE ENCOSTAS

4.1. Em Caso de Precipitações Intensas;

4.1.1. Comunicar a defesa civil e/ou corpo de bombeiros para verificar os danos e

riscos à população;

4.1.2. Comunicar a Secretaria de Desenvolvimento Urbano para a limpeza da área

afetada e programação de obras de contenção;

4.1.3. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;

4.1.4. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar

temporariamente a população atingida;

4.1.5. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida

e recepção de donativos

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204

4.2. Em Caso de Ocupações Irregulares em Áreas de Risco e Áreas de Preservação

Permanente;

4.2.1. Comunicar a defesa civil e/ou corpo de bombeiros para verificar os danos e

riscos à população;

4.2.2. Comunicar a Secretaria de Desenvolvimento Urbano para a limpeza da área

afetada e programação de obras de contenção;

4.2.3. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;

4.2.4. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar

temporariamente a população atingida;

4.2.5. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida

e recepção de donativos

4.3. Em Caso de Ausência de Cobertura Vegetal em Áreas de Forte Declividade;

4.3.1. Comunicar a defesa civil e/ou corpo de bombeiros para verificar os danos e

riscos à população;

4.3.2. Comunicar a Secretaria de Desenvolvimento Urbano para a limpeza da área

afetada e programação de obras de contenção;

4.3.3. Remoção de pessoas e isolamento das zonas críticas;

4.3.4. Preparação de locais públicos como ginásios e escolas para abrigar

temporariamente a população atingida;

4.3.5. Provisão de recursos básicos necessários à sobrevivência da população atingida

e recepção de donativos

5.6. Programas, Projetos e Ações

Apresentamos adiante quadro-resumo dos programas, projetos e ações a serem

implementados para a consecução dos objetivos do eixo do plano drenagem urbana e manejo

de águas pluviais.

Quadro 19: Programas, projetos e ações de drenagem urbana e manejo de águas

pluviais

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205

Programas Projetos e Ações Custo

estimado

(R$)

Prazo Prioridade

%

Existente

hoje

%

Curto

Prazo

%

Médio

Prazo

%

Longo

Prazo

RESPONSABILIDADES

Execução Acompanhamento

Programa de

Universalização e

Melhoria dos Serviços

Instalação de Infraestrutura de Micro e

Macrodrenagem

Construção e execução de projetos para a micro e

macrodrenagem

6.000.000,00 Longo

prazo

Alta 10 40 80 100 Prefeitura Prefeitura

Gestão da Drenagem Urbana

Elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana e Manejo

de Águas Pluviais

300.000,00 Curto prazo Alta 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura

Gestão da Drenagem Urbana

Cadastramento da infraestrutura e de dispositivos do

sistema de drenagem urbana e manejo de águas pluviais

100.000,00 Curto prazo Média 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura

Gestão da Drenagem Urbana

Implantação de um departamento no serviço de saneamento

para administração da drenagem urbana, com integração

entre sistemas de drenagem e manejo de águas pluviais com

os demais eixos do saneamento

160.000,00 Médio

prazo

Média 0 50 100 100 Prefeitura Prefeitura

Monitoramento de Áreas de Risco

Zonear as áreas não ocupadas e adotar medidas para que

não ocorram ocupações nas áreas de risco

120.000,00 Médio

prazo

Média 0 50 100 100 Prefeitura Prefeitura

Monitoramento de Áreas de Preservação

Preservar a faixa desprovida de edificações ao longo dos 320.000,00

Médio

prazo

Média 0 50 100 100 Prefeitura Prefeitura

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206

cursos d‟água

Atualização da Legislação Municipal

Dotar a legislação municipal com instrumento eficaz que

promova retenção e a percolação no solo das águas pluviais

no perímetro urbano

- Curto prazo Média 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura

Programa de Melhorias

Operacionais e

Qualidade dos Serviços

Projeto de participação da Comunidade:

Criar mecanismo para participação popular 150.000,00

Médio

prazo

Média 0 50 100 100 Prefeitura Prefeitura

Manutenção do Sistema:

Planejar os serviços de manutenção dos sistemas de

drenagem (microdrenagem e macrodrenagem).

60.000,00

Curto prazo

Média 0 100 100 100 Prefeitura Prefeitura

Projeto de Educação Ambiental:

Formular campanhas e projetos de educação ambiental e de

sustentabilidade, inclusive na zona rural.

310.000,00 Médio

prazo

Média 0 50 100 100 Prefeitura Prefeitura

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207

5.7. Estimativa de investimentos

Exibimos adiante quadro-resumo dos investimentos a serem realizados,

demonstrando ainda as fontes dos recursos, o responsável pela execução e as parcerias que

podem vir a existir.

Quadro 20: Estimativa de investimentos para drenagem urbana e manejo de águas

pluviais

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208

PROGRAMA AÇÕES CUSTO ESTIMADO DA AÇÃO FONTE DE

FINANCIAMENTO

META DE

EXECUÇÃO

DA AÇÃO

META DE

EXECUÇÃO

DO

PROGRAMA

RESPONSÁVEL

PELA

EXECUÇÃO DO

PROGRAMA

PARCERIAS

PROGRAMA DE

UNIVERSALIZAÇÃ

O DOS SERVIÇOS

Construção e execução

de projetos básico e

executivo para a

instalação de

infraestrutura de micro e

macrodrenagem que

contemple solução para

os pontos de

alagamentos atuais

diagnosticados.

1 vg. R$

6.000.000,00 R$

6.000.000,00

PAC, BNDES,

FUNASA, Min.

Integração Nacional

Longo prazo

Longo Prazo

Concessionária

do Sistema de

Abastecimento de

Água e

Administração

Municipal

ppp

Implantação de 20 km

de pavimentação em

paralelepípedo nas vias

urbanas.

1 vg. 10000000 R$

10.000.000,00

PAC, BNDES,

FUNASA, Min.

Integração Nacional

Médio prazo

Elaboração do Plano

Diretor de Drenagem

Urbana e Manejo de

Águas Pluviais

1 vg. 300000 R$

300.000,00

PAC, BNDES,

FUNASA, Min.

Integração Nacional

Curto prazo

Cadastramento da

infraestrutura e de

dispositivos do sistema

de drenagem urbana e

manejo de águas

pluviais, e promoção de

reparos de bueiros onde

há ocorrência de

refluxos.

1 vg. 800000 R$

800.000,00

PAC, BNDES,

FUNASA, Min.

Integração Nacional

Curto prazo

Implantação de um

departamento no serviço

de saneamento para

administração da

drenagem urbana, com

integração entre sistemas

de drenagem e manejo

1 vg. - -

PAC, BNDES,

FUNASA, Min.

Integração Nacional

Curto prazo

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209

de águas pluviais com os

demais eixos do

saneamento.

Zonear as áreas não

ocupadas e adotar

medidas para que não

ocorram ocupações nas

áreas de risco

1 vg. 120000 R$

120.000,00

PAC, BNDES,

FUNASA, Min.

Integração Nacional

Curto prazo

Preservar a faixa

desprovida de

edificações ao longo dos

cursos d‟água

1 vg. 400000 R$

400.000,00

PAC, BNDES,

FUNASA, Min.

Integração Nacional

Curto prazo

Dotar a legislação

municipal com

instrumento eficaz que

promova retenção e a

percolação no solo das

águas pluviais no

perímetro urbano

1 vg. - - Administração

Municipal Curto prazo

Programar o

reflorestamento para

prevenir a erosão e o

assoreamento do curso

d‟água

1 vg. 800000 R$

800.000,00

PAC, BNDES,

FUNASA, Min.

Integração Nacional

Longo prazo

PROGRAMA DE

UNIVERSALIZAÇÃ

O DOS SERVIÇOS

Criar mecanismo para

participação popular 1 vg. 150000

R$

150.000,00

FUNASA,

Administração

Municipal

Curto prazo

Longo Prazo

Concessionária

do Sistema de

Abastecimento de

Água e

Administração

Municipal

ppp

Planejar os serviços de

manutenção dos

sistemas de drenagem

(microdrenagem e

macrodrenagem).

1 vg. 60000 R$

60.000,00

FUNASA,

Administração

Municipal

Curto prazo

Formular campanhas e

projetos de educação

ambiental e de

sustentabilidade,

inclusive na zona rural,

1 vg. 300000 R$

300.000,00

FUNASA,

Administração

Municipal

Longo prazo

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210

voltadas ao

aproveitamento de aguas

pluviais

SOMA R$

18.930.000,00

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211

6. INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E METAS DE UNIVERSALIZAÇÃO

6.1. Água

6.1.1. Indicadores

Cobertura do sistema de abastecimento de água, com o objetivo de mensurar o

percentual de economias com disponibilidade de acesso ao sistema de

abastecimento de água;

Indicador da qualidade da água distribuída, com o objetivo de comparar a

qualidade da água distribuída com os padrões de potabilidade exigidos na

Legislação vigente (Portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde).

Controle de perdas na rede de abastecimento de água, com o objetivo de

controlar as perdas, objetivando a redução de custos, resultando eficiência no

abastecimento de água.

Indicador de continuidade de abastecimento, com o objetivo de verificar a

qualidade da prestação de serviço quanto à sua regularidade do

abastecimento.

Indicador de Reservação. Verificar a taxa de reservação de água com

relação à produção diária.

6.1.2. Metas de Universalização

Cobertura da Rede de Abastecimento D'água

2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025

73,4% 75,82% 78,24% 80,65% 83,07% 85,49% 87,91% 90,33% 92,75% 95,16%

2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035

97,58% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

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212

Indicador de Qualidade da Água Distribuída

2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025

50% 65% 75% 85% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035

100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

Indicador de controle de perdas na rede de abastecimento de água

2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025

0% 25% 75% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035

100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

6.2. Esgoto

6.2.1. Indicadores

Indicador de cobertura de rede de esgotamento sanitário. Quantificar o

percentual de economias com disponibilidade de acesso ao sistema de

esgotamento sanitário;

Indicador de qualidade dos efluentes: Assegurar lançamento de efluentes do

sistema no corpo d água dentro dos padrões legalmente exigidos;

Indicador de eficiência da utilização de infraestrutura de esgoto: manter

controle sobre se a estação de tratamento de esgoto está operando dentro dos

limites de projeto.

6.2.2. Metas de universalização

Indicador de cobertura de rede de esgotamento sanitário

2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025

0% 10% 10% 20% 20% 30% 40% 50% 50% 60%

2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035

60% 70% 70% 80% 80% 90% 90% 100% 100% 100%

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213

6.3. Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

6.3.1. Indicadores

Indicador de cobertura da limpeza urbana: Verificar o percentual da

população atendida pela coleta de resíduos e conhecer as áreas não atendidas

pela coleta;

Indicador de geração per capita de resíduos sólidos: Manter atualizada a

geração per capita de resíduos sólidos, para compreender o comportamento da

população e trabalhar programas de conscientização ambiental;

Indicador de tratamento de resíduos sólidos: monitorar o tratamento e a

destinação final dos RS;

Indicador do Percentual de limpeza urbana: Monitorar a eficiência da

limpeza urbana no município;

Indicador de Eficiência da Coleta Seletiva: determinar a porcentagem

de resíduos recuperados em relação ao total de resíduos recolhidos ao

mês.

6.3.2. Metas de universalização

Indicador de cobertura da limpeza urbana

2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025

34% 37% 40% 42% 44% 46% 48% 50% 60% 70%

2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035

80% 90% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

6.4. Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais

6.4.1. Indicadores

Indicador de eficiência da rede de microdrenagem: monitorar a eficiência

da rede de microdrenagem;

Indicador de cobertura de rede de microdrenagem: monitorar a cobertura

de rede de microdrenagem;

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214

Indicador de eficiência da rede de macrodrenagem: monitorar a eficiência

da rede de macrodrenagem;

Indicador de cobertura de rede de macrodrenagem: dimensionar a

cobertura de rede de macrodrenagem;

Indicador de pontos de alagamentos sanados: Verificar o desempenho no

controle e diminuição dos pontos de alagamentos diagnosticados,

melhorando a qualidade ambiental dos recursos hídricos e evitando a

proliferação de doenças de veiculação hídrica.

6.4.2. Metas de universalização

Indicador de cobertura de rede de microdrenagem

2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025

10% 12% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 50% 60%

2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035

60% 70% 80% 85% 85% 90% 90% 100% 100% 100%

Indicador de cobertura de rede de macrodrenagem

2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025

10% 12% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 50% 60%

2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035

60% 70% 80% 85% 85% 90% 90% 100% 100% 100%

Igualmente importante às metas de “universalização” são os índices de desempenho

operacional que deverão ser monitorados para garantir o funcionamento dos sistemas para

assegurar reflexos positivos na saúde da população e do meio ambiente, como os seguintes:

a) Indicador da qualidade da água distribuída:

No monitoramento da qualidade da água fornecida para a população devem ser

observados o padrão de potabilidade, os valores máximos dos parâmetros a serem

monitorados, a frequência de coleta e o número de análises estabelecidos no Decreto nº 5440

de 2005 do Ministério da Saúde; mantendo-se atualizado caso normas mais modernas sejam

acrescentadas e/ou estabelecidas pelos órgãos competentes.

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215

O mesmo decreto acima estabelece que a concessionária dos serviços divulgue no

verso das contas dos consumidores, um resumo das análises das amostras coletadas, contendo

no mínimo informações referentes aos parâmetros: Cor, Turbidez, Flúor, Cloro, Coliformes,

Acidez, contrapondo-os aos valores de referencia aceitáveis; devendo o IQA ser mantido no

mínimo de 99,5% a partir do ano 2018.

b) Indicador de continuidade de abastecimento

Estima-se que o ICA atinja 98% a partir de 2018, devendo ser mantido até o

horizonte do plano.

c) Indicador de qualidade dos efluentes

O IQE não deve ser menor que 90%, devendo atingir 95%, que é classificado como

ótimo, a partir do ano de 2018.

d) Indicador de eficiência de utilização da infraestrutura de tratamento de

esgoto

O sistema deve operar com índice acima de 89%, que é considerado adequado, a

partir do ano de 2017 e mantido nos anos seguintes.

e) Indicador de pontos de alagamentos sanados

O município não deve apresentar pontos de alagamento a partir de 2020 (Indicador

de pontos de alagamentos sanados em 100%). Essa situação indica que a micro e

macrodrenagem estão funcionando adequadamente.

f) Indicador de geração per capita de resíduos sólidos

Contrapor a per capita do município com a média nacional de geração per capita, que

está em torno de 1,1 kg/hab.dia.

g) Indicador do percentual de tratamento de RS

Acompanhar a evolução da introdução de tecnologias de tratamento de RS, para

atingir níveis compatíveis com as exigências legais, até 2024.

h) Indicador do Percentual de limpeza urbana

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216

Acompanhar a universalização do serviço para atingimento da meta até 2024 quando

o índice de limpeza urbana atingir 100%.

i) Indicador de eficiência da coleta seletiva

Acompanhar a evolução da implantação de tecnologias de coleta seletiva até 2024

atingir níveis compatíveis com as exigências legais e a realidade local da composição do lixo.

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217

7. PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

Os serviços de saneamento, como outros, apresentam potencial de gerar ocorrências

capazes de provocar danos a pessoas, ao meio ambiente e a bens patrimoniais, inclusive de

terceiros, razão porque deve ter atitude preventiva, o que justifica a construção de um Plano

de Emergência e Contingência, a partir de hipóteses de evento danoso.

Nesse contexto é que o Capítulo IV, da Lei 11.445/2007, trata do planejamento dos

planos de saneamento básico e destaca entre os aspectos requeridos a exigência de estudos

que tratem de ações para emergências e contingências.

Para cumprimento dessa exigência legal, na estruturação de medidas é imperioso

saber que a contingência ocupa-se da prevenção e a emergência programa ações no caso de

ocorrência de um acidente. Basicamente, emergência trata de incidente, caso de urgência,

situação mórbida inesperada e requer tratamento imediato; e contingência, é evento que atinge

a disponibilidade total ou parcial de um ou mais recursos de um sistema, provocando a

descontinuidade de serviços considerados essenciais. Assim, um plano de emergência e

contingência é um documento que contém previsões para atender os diversos eventos e define

as responsabilidades.

O detalhamento das medidas a serem adotadas deve ser apenas o necessário para sua

rápida execução, sem excesso de informações que possam ser prejudiciais numa situação

crítica.

O documento deve ser desenvolvido de forma simples que permita atuação rápida

sem embaralho; e que permita treinamento, organização, orientação, facilidade, agilidade e

uniformização das ações necessárias ao controle e combate às ocorrências anormais e deve

incluir também, medidas para fazer com que seus processos vitais voltem a funcionar

plenamente, ou num estado minimamente aceitável, o mais rápido possível, evitando

paralisações prolongadas que possam gerar maiores prejuízos. Para isso, deverá ser criado o

Comitê para Ações de Emergências e Contingências do PMSB de Barras (PI).

A seguir, são apresentadas as respostas a situações críticas no sistema de saneamento

básico do município de Barras (PI):

Ações Específicas de Abastecimento de Água

a) Proteção do manancial: a Concessionária deverá:

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218

I - atuar preventivamente para evitar que incidentes, de quaisquer natureza, possam

comprometer a qualidade da água do rio Marataoan, no seu uso preponderante para

abastecimento público;

II - manter vigilância capaz de identificar, no menor lapso, anormalidades nas características

físicas e biológicas na água do manancial;

III - estabelecer regras para deliberação sobre a interrupção do fornecimento de água,

preventivamente e corretivamente, considerando as incertezas sobre a qualidade da água bruta

no ponto de captação por acontecimento fortuito;

IV - avaliar as condições ambientais, fomentar e implantar procedimentos de monitoramento

de acordo com a legislação vigente e implementar ações de recuperação e preservação

requeridas;

V - disponibilizar dados para atender os órgãos ambientais.

VI - identificar e localizar atividades, que em razão de sua natureza, sejam consideradas de

risco para a qualidade da água do manancial, para elaboração de um diagnostico, de acordo

com a seguinte relação: ausência de tratamento de efluentes domésticos e agropastoris;

ausência ou deficiência da destinação adequada dos resíduos sólidos; depósito de lixo a céu

aberto; inexistência de infraestrutura para escoamento de águas pluviais; atividades

clandestinas (indústrias, criações de animais, abatedouros e atividades extrativistas, dentre

outras); estradas rurais com manutenção inadequada; tráfego de veículos com carga perigosa

(tóxica); loteamentos clandestinos e ocupações ilegais; áreas degradadas; matas ciliar e matas

de topo, inexistente ou altamente degradada;

VII - elaborar esboço preliminar do “Zoneamento Ecológico Econômico” da Área de

Preservação Permanente do manancial, visando a recuperação da qualidade da água por meio

de manejo socioambiental integrado, consubstanciado nas seguintes ações principais: 1)

reflorestamento em áreas ciliares, de topo e grotas; 2) reabilitação de áreas degradadas por

intermédio de revegetação herbária e reflorestamento; 3) ações de saneamento rural por

intermédio de: controle da poluição por fezes de origem animal; controle da poluição pelo

lançamento de efluentes sanitários humanos; controle de emissão de esgoto e efluentes

provenientes de suínos; destinação adequada dos resíduos sólidos rurais; e 4) outras ações

englobando: correção e manutenção de estradas rurais; controle de agrotóxicos; controle de

incêndios florestais; regulamentação restringindo loteamentos à montante da captação;

sinalização informativa e educativa; programa de educação ambiental; fixar placas

indicativas, em locais estratégicos, com o nome e telefone do órgão municipal responsável

pelo recebimento da comunicação;

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219

VIII - inspecionar, rotineiramente, a bacia do rio Marataoan, para manutenção e atualização

dos dados contidos no esboço preliminar do “Zoneamento Ecológico Econômico”;

IX - Articular com órgãos ambientais, com objetivo de avaliar e definir a priorização das

medidas mitigadoras e preventivas definidas nos itens anteriores, considerando as seguintes

particularidades: níveis de prioridade; competência institucional; instrumentos de ação; e

resultados pretendidos; e

X - capacitação dos operadores da ETA, com o objetivo de possibilitar a identificação de

alterações das características físicas da água do rio Marataoan, considerando as seguintes

ocorrências: presença de espuma na água; alteração da cor característica (principalmente a cor

verde); presença de odor anormal; mortandade de peixes nas águas do rio; manchas anormais

na superfície da água; e turbidez acentuada fora do período de chuvas.

b) Estação de tratamento de água (ETA): Para melhorar os aspectos gerenciais de operação da

Estação de Tratamento de Água (ETA) são propostas as seguintes ações:

I - implementar vigilância analítica destinada a identificar , no menor lapso, anormalidades

nas características físico-químicas e biológicas na água do manancial;

II - criar banco de dados com histórico do manancial, destinado a balizar medidas preventivas

e corretivas.

III - monitorar, rotineiramente, a água do manancial, para identificar quaisquer anormalidades

em suas características físico-químicas e biológicas que possam comprometer a qualidade da

água distribuída à população; e para fins de enquadramento na legislação para o "Índice de

Qualidade da Água" - IQA;

IV - estabelecer metodologia e protocolo de atuação nos casos de incidentes que possam

comprometer a qualidade da água destinada à população;

V - disponibilizar dados para atender aos órgãos ambientais e de saúde.

VI - fixação de parâmetros de qualidade das águas do manancial e suas variações, baseado na

série histórica das análises realizadas pela AGESPISA, considerando os seguintes indicadores

de avaliação diária e rotineira: pH; cor aparente; turbidez; alcalinidade; acidez; condutividade;

e odor (indicador subjetivo);

VII - aquisição de equipamentos para implantação de novas análises de controle de qualidade,

voltadas para a rápida identificação de anormalidades nas características físico-químicas da

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220

água: aparelho para oxigênio dissolvido; aparelho para demanda bioquímica de oxigênio;

aparelho para série nitrogenada; aparelho para fosfato; e fotômetro ou espectrofotômetro;

VIII - realização de análises físico-químicas e biológicas para determinação do IQA – Índice

de Qualidade da Água do manancial, considerando a seguinte metodologia: período de coleta

representativas das 4 estações do ano; localização dos pontos de coleta; anexar informações

meteorológicas relativas a temperatura, precipitação e evaporação; e atendimento às

legislações específicas;

IX - capacitação dos operadores de ETA, quanto à introdução dos novos parâmetros de

controle de qualidade da água e para a operação dos respectivos equipamentos, visando os

seguintes objetivos:

1) reconhecimento da importância da introdução dos novos parâmetros de avaliação no

controle da qualidade da água do manancial;

2) reconhecimento do significado dos resultados das análises dos novos parâmetros;

3) aprendizado para a operação dos novos equipamentos; e

4) subsidiar a chefia na identificação e avaliação, nos casos de anormalidades nas

características físico-químicas e biológicas da água do manancial.

X – Nos casos de falta de energia, comunicar, no menor lapso, à fornecedora de energia

elétrica;

XI – manter equipamentos de reserva para substituição de equipamentos danificados;

Ações Específicas de Esgotamento Sanitário

O sistema de esgoto sanitário, por suas características construtivas e operacionais,

permite um sistema de operação, manutenção e de monitoramento que já efetivam uma serie

de procedimentos que se constituem, por si só, em um conjunto de elementos preventivos.

Mas, algumas ações complementares devem ser previstas no Plano de Ações para

Emergências e Contingências, para as quais deverão ser estabelecidos protocolos de atuação

específicos:

a) Conexões cruzadas que contaminam a água para consumo humano;

b) Refluxo de esgoto em domicílios, prédios públicos, em estabelecimentos comerciais e

industriais; e

c) Rompimento de emissário e coletor trono que causam avarias de grande monta.

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Ações Específicas de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos sólidos

O Plano Municipal de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos (PGIRSU),

complementado pelos planos setoriais de Gerenciamento Integrado: dos Resíduos dos

Serviços de Saúde (PGIRSS); de Resíduos da Construção Civil (PGIRCS); de Coleta Seletiva

(PGICS); de Resíduos Plásticos (PGIRP); de Resíduos de Pilhas, Baterias e lâmpadas

(PGIRPBL); de Resíduos de Equipamentos Eletrônicos (PGIREE); e de Resíduos de Óleo de

Cozinha (PGIROC); vão permitir um sistema de operação, manutenção e de monitoramento

que já efetivam uma serie de procedimentos que se constituem, por si só, em um conjunto de

elementos preventivos. Mas, algumas ações complementares devem ser previstas no Plano de

Ações para Emergências e Contingências, para as quais deverão ser estabelecidos protocolos

de atuação específicos:

a) Ação para acumulo de lixo nos aglomerados urbanos por motivo de greve dos coletores;

b) Cadastro e monitoramento de todas as fontes de matéria radioativo em uso

no Município;

c) Ações emergenciais para contaminação com lixo tóxico provenientes de contaminações

biológicas e químicas.

Ações Específicas de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas

No caso específico da Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas existe na

Secretaria de Vigilância e Saúde, do Ministério da Saúde, um “Plano de Contingência de

Vigilância em Saúde Frente a Inundações” que deverá ser levado em consideração. Sendo

assim, o Comitê para Ações de Emergências e Contingências do PMSB de Barras (PI) deverá

elaborar os protocolos para as intervenções municipais em ações de emergência e

contingências relacionadas aos problemas de drenagem urbana a partir do referido Plano do

Governo Federal.

Atuação em Agravos, Doenças, Surtos Epidêmicos Relacionados ao Saneamento

Ambiental Inadequado

O Sistema único de Saúde (SUS) possui protocolos clínicos bem definidos para atuar

em doenças e agravos decorrentes de adversidades provocados pela falta ou pela inadequação

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da ações de saneamento básico. Sendo assim, o Comitê para Ações de Emergências e

Contingências deverá construir com a Secretaria Municipal de Saúde estratégia específica

para:

a) atuar na prevenção, vigilância, controle e tratamento das doenças transmissíveis

relacionadas ao saneamento ambiental inadequado;

b) atuar na prevenção, vigilância, controle e tratamento das doenças não transmissíveis

relacionadas ao saneamento ambiental inadequado, como aquelas derivadas de cianotoxinas,

agrotóxicos e outros contaminantes;

c) atuar na prevenção, vigilância, controle e tratamento dos agravos relacionadas ao

saneamento ambiental inadequado decorrentes de traumas, afogamentos e picadas de animais

peçonhentos.

Acidentes com Cargas Perigosas e Produtos Químicos

O Comitê para Ações de Emergências e Contingências deverá propor ao Executivo

Municipal um convênio com o Governo do Estado para cooperação mútua, objetivando

atuação complementar para a prevenção de acidente no transporte terrestre de produtos

perigosos e em situações emergenciais que representam riscos ao meio ambiente, causados

por eventos acidentais ocorridos em fontes ou atividades que manipulam substâncias

químicas.

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8. INSTRUMENTOS DE GESTÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PMSB

Para que os indicadores sirvam a uma boa avaliação do Plano Municipal de

Saneamento Básico de Barras (PI) é indicada a elaboração de um "Relatório Anual de

Avaliação" pelo órgão gestor do saneamento no município, de tal forma que se tenha

condições de averiguar se as ações estabelecidas com o Plano estão surtindo efeito ou se o

indicador não é capaz de mensurar, tornando-se necessária a inclusão de novos indicadores.

Para se melhorar a avaliação das ações previstas no PMSB é sugerida, também, a

“Análise de Execução das Ações Propostas”, o que deve constar no “Relatório de Avaliação

Anual do PMSB”; inclusive deve apresentar a situação em que se encontram as ações

propostas, enquadrando-as como: atrasadas, prorrogadas, concluídas, em execução ou em

conformidade com o prazo estabelecido, como sugerido na tabela seguinte:

Modelo para monitoramento das ações do PMSB

Prazos Ações Situação Comentário

2016 a

2036

Consultar

Prognóstico

Concluída

Em execução

Conforme o prazo

Atrasada

Prorrogada

Descrever dificuldades ou entraves na

execução das ações ou outras considerações

importantes sobre a situação das ações.

É fácil notar a importância desse instrumento como ferramenta de utilização

constante, apesar de constar no relatório anual.

8.1. Mecanismos de Monitoramento

Os indicadores anteriormente definidos e o monitoramento do PMSB propiciam uma

avaliação da eficácia das atividades propostas sendo, portanto, necessário a realização de um

acompanhamento da execução das ações e programas apresentados no Plano. Nesse mister, a

Lei nº 11.445/2007 estabelece que a Prefeitura Municipal crie um sistema de informações

sobre serviços de saneamento, para manter a população informada sobre a execução do Plano,

que deve conter as informações e dados produzidos no relatório e suas análises, configurando-

se em um Sistema Municipal de Informações de Saneamento Básico,

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8.2. Mecanismos de Representação da Sociedade

Para manter o Plano sob constante discussão e um ambiente de proposição de

melhorias e solução de problemas referentes ao saneamento básico no município de Barras

(PI), foi criado o Conselho Municipal de Saneamento Básico, com representantes dos órgãos

relacionados à área, das empresas prestadoras de serviços, dos usuários, e das entidades

técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do consumidor, conforme disciplinado

na Lei Federal n°. 11.445/2007.

O Conselho deve funcionar como o principal ator na defesa dos interesses dos

usuários dos serviços de saneamento, pois tem como responsabilidade fiscalizar, regular,

discutir e acompanhar os serviços prestados pelo município, sendo, portanto, a principal

ferramenta de controle social, e de grande importância para auxiliar no processo de

implantação das atividades propostas no PMSB, para o que e importante que os membros

participem de conferências, oficinas, palestras e quaisquer tipos de eventos voltados ao

saneamento básico, para que estes aprendam mais sobre o tema e tenham capacidades técnicas

para trabalhar com o Plano.

Outro instrumento importante é o Seminário Público de Acompanhamento do PMSB,

que, juntamente ao Conselho manterá a população ciente das ações e programas do Plano, e

poderá opinar e manifestar-se em relação a isto; cediço que as sugestões da sociedade são

fundamentais para o sucesso do Plano.

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9. ASPECTOS DA LEI NACIONAL DO SANEAMENTO BÁSICO

Apresentamos adiante alguns aspectos relevantes da Lei Nº 11.445/07 – Lei Nacional do

Saneamento Básico:

Artigo 2º - Os princípios fundamentais dos serviços são baseados na universalidade do

acesso, na disponibilidade em todas as áreas urbanas, nas articulações com as políticas de

desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de

proteção ambiental e de promoção da saúde, da eficiência e sustentabilidade econômica, do controle

social, da segurança, qualidade e regularidade dos serviços prestados.

Artigo 19º - A prestação de serviços públicos de saneamento observará os planos de

saneamento, que abrangerá o diagnóstico da situação, os objetivos e metas de curto, médio e longos

prazos para a universalização do atendimento, as ações de emergências e contingências, os

mecanismos e procedimentos para avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações

programadas; os planos de saneamento básico devem ser revistos periodicamente, em prazo não

superior a 4 (quatro) anos, anteriormente à elaboração do Plano Plurianual;

Artigo 20º - Incumbe à entidade reguladora e fiscalizadora dos serviços a verificação do

cumprimento dos planos de saneamento por parte dos prestadores de serviços, na forma das

disposições legais, regulamentares e contratuais.

Artigo 21º Os objetivos principais da regulação são o de estabelecer padrões e normas,

prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, definir tarifas que assegurem o equilíbrio econômico

e financeiro dos contratos.

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REFERÊNCIAS

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atlas de Geomorfologia do IBGE. Rio

de Janeiro, 1995.

JÚNIOR, Rudinei Toneto. Perdas de água: entraves ao avanço do saneamento básico e riscos

de agravamento à escassez hídrica no Brasil. Instituto Trata Brasil. 2013. Disponível

em<http://www.tratabrasil.org.br/datafiles/uploads/perdas-de-agua/estudo-completo.pdf>.

Acesso em: 18 de agosto de 2016.

OMS. Organização Mundial de Saúde. 2012. Disponível em:

<http://www.who.int/countries/bra/es/>. Acesso em: 14 de agosto de 2016.

SNIS, SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO. 2011.

Disponível em <www.snis.gov.br>, acesso em 12 de agosto 2016.

VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. Princípios

do tratamento biológico de águas residuárias. V.1. 3ª., editora UFMG: Belo Horizonte, 1996.